plano de recuperaÇÃo judicial grupo vignis · 4.3. classe iii – crÉditos quirografÁrios 4.4....

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PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL GRUPO VIGNIS CNPJ Nº 14.038.763/0001-36 CNPJ Nº 14.038.763/0002-17 CNPJ Nº 14.038.763/0003-06 CNPJ Nº 23.737.100/0001-09 CNPJ Nº 23.679.480/0001-64 CNPJ Nº 23.926.776/0001-32 CNPJ Nº 24.657.993/0001-37 CNPJ Nº 23.258.153/0001-39 CNPJ Nº 23.258.153/0002-10 CNPJ Nº 27.883.061/0001-09 CNPJ Nº 20.871.179/0001-60 CNPJ Nº 20.871.179/0002-40 CNPJ Nº 20.871.179/0003-21 CNPJ Nº 22.100.364/0001-86 Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1001649-41.2018.8.26.0296 e código 2F88104. Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RUI FERREIRA PIRES SOBRINHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 10/08/2018 às 14:04 , sob o número WJAG18700238660 . fls. 1623

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PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL

PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL

GRUPO VIGNIS CNPJ Nº 14.038.763/0001-36

CNPJ Nº 14.038.763/0002-17

CNPJ Nº 14.038.763/0003-06

CNPJ Nº 23.737.100/0001-09

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O presente Plano de Recuperação Judicial, é apresentado, em cumprimento ao disposto no artigo 53 da Lei 11.101/05, perante aos autos do processo nº 1001646.41.2018.8.26.0296 em trâmite na 2ª Vara Cível - Foro de Jaguariúna, elaborado por DWM DO BRASIL CONSULTORIA EMPRESARIAL E SERVIÇOS CONTÁBEIS LTDA.

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SUMÁRIO

DEFINIÇÕES

1. INTRODUÇÃO

1.1. DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL

1.1.1. SOBRE O GRUPO VIGNIS

1.1.2. DAS CAUSAS JUSTIFICADORAS – CRISE ECONÔMICO-FINANCEIRA

1.2. FATOS RELEVANTES

1.2.1. DIAGNÓSTICO PRELIMINAR

1.2.2. CONCLUSÃO

2. DOS CREDORES

2.1. DAS CLASSES – FUNDAMENTOS PARA A SUBDIVISÃO

2.2. DA SUBDIVISÃO DAS CLASSES DE CREDORES

2.2.1. CLASSE I – CRÉDITOS DERIVADOS DA LEGISLAÇÃO DO TRABALHO

2.2.2. CLASSE II – CRÉDITOS COM GARANTIA REAL

2.2.3. CLASSE III – CRÉDITOS QUIROGRAFÁRIOS | PRIVILEGIADOS ESPECIAL E GERAL | SUBORDINADOS

2.2.4. CLASSE IV – CRÉDITOS QUIROGRAFÁRIOS DE MICROEMPRESAS OU EMPRESAS DE PEQUENO PORTE

2.2.5. SÍNTESE DA DIVISÃO EM CLASSES E SUBCLASSES DE CREDORES

3. DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL PROPRIAMENTE DITA

3.1. DOS OBJETIVOS DA LEI 11.101/05

3.2. DOS REQUISITOS LEGAIS DO ART. 53 DA LRF

3.2.1 DOS MEIOS DE RECUPERAÇÃO ADOTADOS

4. DO PLANO DE PAGAMENTOS

4.1. CLASSE I – CRÉDITOS DERIVADOS DA LEGISLAÇÃO DO TRABALHO

4.1.1. CONDIÇÕES GERAIS

4.1.2. DOS VALORES BLOQUEADOS EM RECLAMAÇÕES TRABALHISTAS | DEPÓSITOS RECURSAIS

4.1.3. CRÉDITOS TRABALHISTAS ILÍQUIDOS

4.1.4. DAS PARCELAS FUNDIÁRIAS EM ATRASO

4.1.4.1. PARCELAMENTO

4.1.4.2. EXPURGO

4.2. CLASSE II – CRÉDITOS COM GARANTIA REAL

4.2.1 – CONDIÇÕES GERAIS

4.2.2 - PLANO DE PAGAMENTO ATRAVÉS DE VENDA DE BEM IMÓVEL

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4.3. CLASSE III – CRÉDITOS QUIROGRAFÁRIOS

4.4. CLASSE IV – CRÉDITOS QUIROGRAFÁRIOS DE MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE

5. SOBRE A DEMONSTRAÇÃO DA VIABILIDADE ECONÔMICA

6. DA SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRO

7. NOVO PLANO DE NEGÓCIOS DO GRUPO VIGNIS

8. DISPOSIÇÕES FINAIS

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DEFINIÇÕES

Os termos e expressões abaixo relacionados deverão ser compreendidos estritamente conforme aqui

indicado. As designações contidas entre parênteses deverão ser tidas por sinônimos das expressões que

as antecedem.

Assembleia Geral de Credores (AGC): Assembleia formada nos termos e para as finalidades especificadas

no art. 35 e seguintes da Lei 11.101/05, composta pelos credores relacionados no art. 41 da LRF (titulares

de créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; titulares de

créditos com garantia real; titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio

geral ou subordinados).

CC: Lei nº 10.406/02 - Código Civil.

Classe I: credores titulares de créditos definidos no art. 41, I, da LRF.

Classe II: credores titulares de créditos definidos no art. 41, II, da LRF.

Classe III: credores titulares de créditos definidos no art. 41, III, da LRF.

Comitê Estratégico de Crise: Comitê formado para a realização do diagnóstico da crise, com a

identificação e implementação das medidas estratégicas pertinentes.

CPC: Lei nº 5.869/73 – Código de Processo Civil.

Credores sujeitos: Nos termos do art. 49 da Lei 11.101/05, são todos os créditos existentes na data do

pedido, ainda que não vencidos, excluídos os créditos definidos como extraconcursais, os créditos fiscais

e aqueles indicados no art. 49, §§ 3º e 4º da LRF.

Credores Extraconcursais: Credores que se enquadrem na definição do art. 67 c/c art. 84 da LRF e que,

em princípio, não se sujeitam aos efeitos da Recuperação Judicial e do Plano de Recuperação.

Credores Não Sujeitos: Credores que se enquadrem na definição do art. 49, §§ 3º e 4º, bem como na

definição do art. 67 c/c art. 84 da LRF, os quais, em princípio, não se sujeitam aos efeitos da Recuperação

Judicial e do Plano de Recuperação.

Deferimento do processamento: Decisão proferida pelo Juízo da 5ª Vara Cível de Campinas/SP na data

de 13 de abril de 2016, deferindo o processamento da recuperação judicial nos termos do art. 52 da Lei

11.101/05.

Diário da Justiça Eletrônico (DJE): Publicação oficial do Poder Judiciário de São Paulo.

Juízo da Recuperação: Juízo da 2ª Vara Cível da Comarca de Jaguariúna/SP.

Lock-up: período a partir da emissão de ações por uma companhia durante o qual é vedada a negociação

destas mesmas ações.

LRF: Lei nº 11.101/05 – Lei de Recuperação de Empresas e Falências.

Plano de Recuperação (Plano): Plano apresentado na forma e nos termos do art. 53 da LRF, no qual são

expostos os meios de recuperação a serem adotados e as condições de pagamento dos credores.

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Recuperanda: Sociedade autora da ação de recuperação judicial nº 1001646.41.2018.8.26.0296 em

trâmite na 2ª Vara Cível - Foro de Jaguariúna/SP, e que apresenta o Plano de Recuperação, leia-se, GRUPO

VIGNIS.

Relação de Credores: compreende-se como Relação de Credores o Quadro Geral de Credores consolidado

ou, até que seja este homologado pelo Juízo na forma do art. 18 da Lei 11.101/05, a relação de credores

a que alude o art. 7º §2º, do mesmo diploma legal.

Quadro Geral de Credores (QGC): quadro ou relação de credores consolidado e homologado na forma do

art. 18 da Lei 11.101/05.

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1. INTRODUÇÃO

1.1. DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Em função das dificuldades narradas na petição inicial, a RECUPERANDA ingressou, em 31 de maio de

2018, com Pedido de Recuperação Judicial.

O processo foi distribuído à 2ª Vara Cível do Foro da Comarca de Jaguariúna/SP, tramitando sob o nº

1001646.41.2018.8.26.0296.

Atendidos todos os pressupostos da Lei 11.101/05 (LRF), arts. 48 e 51, obteve-se, em 07 de junho de 2018,

o deferimento do processamento da recuperação judicial, com a decisão de fls. 812 a 815 dos autos do

processo acima mencionado, e publicação no Diário da Justiça Eletrônico nº 2592, Pag. 862/866, de

11/06/2018.

Foi nomeado Administrador Judicial, para exercer as atribuições especificadas no art. 22, I e II, da LRF, o

Sr. MAURICIO DELLOVA DE CAMPOS, que aceitou o encargo e firmou o respectivo compromisso.

O edital de que trata o art. 52, § 1º, da Lei 11.101/05, foi juntado ao processo em 02 de agosto de 2018,

a ser publicado no Diário da Justiça Eletrônico.

Nos termos do disposto no art. 53 da LRF, a RECUPERANDA tem o prazo de 60 (sessenta) dias para

apresentar o plano de recuperação, contado da publicação da decisão que deferiu o processamento do

pedido e na forma prevista no art. 241, do Código de Processo Civil, de aplicação subsidiária por força do

disposto no art. 189 da LRF, considerada ainda a regra do art. 4º da Lei 11.419/06.

A fim de prevenir qualquer controvérsia, como data de publicação da decisão de deferimento do

processamento da recuperação judicial foi tomada aquela veiculada através de Certidão de Publicação

Expedida ao DJE em 12 de junho de 2018 – antes, portanto, da publicação do edital a que alude o art. 52,

§1º, da LRF.

O termo final para apresentação definitiva do plano de recuperação judicial em juízo, nestas

circunstâncias – e desconsiderando-se o período de suspensão definido pela Resolução nº 13/2012-TJ – é

o dia 11 de agosto de 2018.

Cumpriram-se, nesse período entre o deferimento do processamento da Recuperação Judicial e a

apresentação do Plano, todas as exigências lançadas na decisão que deferiu o processamento da

Recuperação Judicial e as demais presentes na LRF.

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Efetuadas estas considerações introdutórias, traz-se ao conhecimento deste juízo o presente Plano, que

abaixo será pormenorizado.

1.1.1. SOBRE O GRUPO VIGNIS

Grupo Vignis iniciou suas atividades no setor de biotecnologia no ano de 2010, tendo como motor o

desenvolvimento de programa de melhoramento genético dedicado a uma variedade de cana-de-açúcar,

a cana energia, que tem grande potencial de produção agrícola. No ano de 2015 foi inaugurada sua

primeira unidade de produção de biomassa, com expectativa de colheita, na safra 2019/2020, de mais de

4 milhões de toneladas de cana. Além disso, foram firmados contratos com grandes empresas e que

tinham expectativa de plantar, no ano de 2018, área superior a 25 mil hectares e, consequentemente,

aumentar exponencialmente o seu faturamento.

Focada no desenvolvimento de tecnologias que ajudem a alavancar a produtividade de biomassa e,

consequentemente, a rentabilidade das empresas que dela dependem para gerar energia liquida (etanol),

térmica (vapor de processo), gasosa (Biogás) ou elétrica, a Vignis, desde a sua fundação, já investiu muito

em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e planeja investir ainda mais.

O principal pilar da área de P&D da Vignis é seu Programa de Melhoramento Genético; que em se tratando

de cana energia, é o maior do mundo. Mas nossos esforços não se resumem apenas ao programa de

melhoramento genético de cana energia, temos desenvolvido tecnologias nas mais variadas áreas, como:

colheita e plantio mecanizado, processamento industrial de cana energia, geração de energia utilizando

diferentes tipos de caldeiras, nutrição e mais recentemente em biologia molecular, onde muitos

resultados já foram colhidos. O programa de melhoramento genético, por exemplo, já protegeu 13

variedades de cana energia junto ao Ministério da Agricultura e pretende proteger mais 23 nos próximos

dois anos.

O desenvolvimento da colheita mecanizada gerou uma nova plataforma de colheita de cana, que por ser

mais econômica e eficiente que o sistema tradicional, poderá revolucionar a colheita de cana no Brasil.

Os resultados das análises de fermentação mostraram que o caldo da cana energia pode ser fermentado

e destilado com alta eficiência e estabilidade, conforme dados obtidos em parceria com grupos

tradicionais no setor como Zillor e Odebrecht Agro.

Em 2016 iniciamos o investimento na implementação de uma estação quarentenária e de um laboratório

de genética molecular que nos possibilitará prospectar genes e marcadores moleculares associados às

principais características agronômicas e tecnológicas buscadas pelo melhoramento clássico, além de

suportar todas as diagnoses necessárias da estação quarentenária. Ter uma estação quarentenária

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própria dedicada à importação de germoplasma de todo o mundo, também será um grande diferencial

da Vignis, pois amplia exponencialmente as possibilidades hibridação com espécies e genótipos de outros

países jamais testados em um programa de melhoramento.

1.1.2. DAS CAUSAS JUSTIFICADORAS – CRISE ECONÔMICO-FINANCEIRA

No entanto, erros na administração dos projetos e o cancelamento de alguns de seus maiores contratos

impediram a realização de novos investimentos, tendo sido frustradas as perspectivas para o ano. Para o

seguimento do grupo, novas perspectivas de negócios estão sendo buscadas, com a reformulação do

modelo de gestão de negócio, a fim de obter lucros que possibilitem a manutenção das suas atividades.

Com isso, ante a premente situação de dificuldade econômica da Recuperanda, um novo Plano de

Negócios foi elaborado para reestruturar as operações comerciais e financeiras. Este plano visa a

reestruturação de todo processo feito até aqui, a Recuperanda não mais cuidará de todo processo, mas

apenas da parte em que detém a maior qualificação mundial, que a de melhoramento genético da Cana-

de-açúcar.

1.2. FATOS RELEVANTES

1.2.1. DIAGNÓSTICO PRELIMINAR

O pedido de recuperação judicial foi precedido de uma etapa anterior de diagnóstico, realizado por equipe

de profissionais atuantes nas áreas jurídica, administrativa, financeira e contábil, momento onde se

identificou o seguinte cenário.

A empresa possui um alto endividamento, tanto financeiro quanto tributário, causado por sucessivos

resultados econômicos negativos, ou seja, sucessivos prejuízos. Ficou evidenciada a incapacidade de

remunerar de forma adequada os ativos vinculados à operação da biotecnologia, seja por uma elevada

estrutura de custos fixos, seja pelo valor elevado dos próprios ativos.

Os prejuízos acumulados, além de gerar o endividamento, acabaram por consumir a totalidade do capital

próprio, impossibilitando o financiamento da necessidade de capital de giro.

Com isso, revela-se necessária a reestruturação do negócio e do passivo, buscando realocar ativos a

atividades que os remunerem de forma adequada, bem como buscar alternativas de financiamento para

uma atividade concentrada em produtos e serviços que gerem maior margem de contribuição.

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1.2.2. CONCLUSÃO

Como resultado dos estudos realizados, concluiu-se não contar a RECUPERANDA com capacidade de

amortização do passivo na modelagem original, principalmente devido: i. ao alto custo fixo; ii. ao extenso

ciclo financeiro, gerador de grande necessidade de capital de giro, sendo esta, por sua vez, causadora de

vultosas despesas financeiras sem a suficiente contribuição de cobertura; iii. ativos operacionais de

elevado valor, dificultando a sua remuneração. Por fim, concluiu-se que a viabilidade da empresa

(atividade) depende de uma reestruturação do seu passivo e da reorganização de seus ativos, de modo a

permitir o retorno do crescimento e do desenvolvimento da empresa, além da implantação de um novo

plano de trabalho com a geração de resultados positivos que permitirão a satisfação das obrigações

sujeitas e não sujeitas à recuperação judicial.

2. DOS CREDORES

2.1. DAS CLASSES – FUNDAMENTOS PARA A SUBDIVISÃO

O presente plano dá tratamento a todos os créditos sujeitos aos efeitos da recuperação (LRF, art. 49),

ainda que possam existir créditos pendentes de liquidação (os quais também são aqui abrangidos,

observadas as disposições específicas pertinentes).

Cuida-se, portanto, de todos os créditos existentes à data do pedido, excetuados aqueles pré-excluídos

pela Lei 11.101/05 nos arts. 49, §§ 3º e 4º e 67 c/c art. 84.

Refere-se a estes credores, de modo genérico, como Credores Sujeitos.

Quanto à classificação destes créditos sujeitos ao Plano de Recuperação, há que se efetuar algumas

observações, como segue.

Para fins de composição de quórum na Assembleia Geral de Credores (AGC), acaso venha a ser convocada,

serão observados os critérios definidos no art. 41 da LRF:

Art. 41. A assembleia-geral será composta pelas seguintes classes de credores:

I – titulares de créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de

trabalho;

II – titulares de créditos com garantia real;

III – titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio geral ou

subordinados.

Desse modo, no que diz respeito à verificação dos quóruns de instalação e deliberação, bem

como para a tomada de votos, serão os credores divididos nas 03 (três) classes especificadas

nos incisos do art. 41 acima transcrito, atentando em especial ao que determina o art. 45 da

Lei 11.101/05.

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Da mesma forma, observar-se-á o quanto disposto no art. 26 da LRF 1em caso de constituição do Comitê

de Credores.

Estas classificações constantes dos arts. 26 e 41 da LRF são, contudo, direcionadas estrita e

especificamente à constituição/instalação e às deliberações do Comitê de Credores e da AGC, não

apresentando maior amplitude vinculativa.

Assim, o tratamento dos Créditos Sujeitos pelo presente Plano, em função de particularidades

identificadas no caso concreto, observará outros elementos, qualitativos e quantitativos, que orientarão

um maior detalhamento da modelagem de pagamentos a ser adiante apresentada.

Em síntese: propõe-se a subdivisão daquelas classes definidas no art. 41 da LRF, a fim de melhor adequar

o plano de pagamentos às características dos créditos sujeitos.

A esse respeito, é conveniente salientar a grande quantidade de credores abrangidos na presente

recuperação judicial, cujos créditos, em especial nas classes definidas nos incisos II e III do art. 41 da LRF,

apresentam peculiaridades que ensejam maior especificação.

Registra-se, ao par disso, que, além de plenamente justificada em termos práticos, a subdivisão das classes

definidas no art. 41 da LRF não encontra qualquer óbice legal.

Com efeito, seria o suficiente aludir ao que, contrario sensu, consta do art. 58, §2º2, da Lei 11.101/058,

ou seja: caso haja tratamento diferenciado para credores integrantes de uma mesma classe, o que a Lei

veda é, tão somente, o chamado cram down (aprovação do plano imposta pelo juízo).

É fundamental destacar que este procedimento por modo algum importa em violação do princípio da par

conditio creditorum, o qual, de mais a mais, não tem na recuperação judicial o mesmo rigor de que se

reveste na falência.

1 Art. 26. O Comitê de Credores será constituído por deliberação de qualquer das classes de credores na assembleia-geral e terá a

seguinte composição: I – 1 (um) representante indicado pela classe de credores trabalhistas, com 2 (dois) suplentes; II – 1 (um) representante indicado pela classe de credores com direitos reais de garantia ou privilégios especiais, com 2 (dois) suplentes; III – 1 (um) representante indicado pela classe de credores quirografários e com privilégios gerais, com 2 (dois) suplentes. 2 Art. 58. Cumpridas as exigências desta Lei, o juiz concederá a recuperação judicial do devedor cujo plano não tenha sofrido objeção

de credor nos termos do art. 55 desta Lei ou tenha sido aprovado pela assembléia-geral de credores na forma do art. 45 desta Lei. §1º O juiz poderá conceder a recuperação judicial com base em plano que não obteve aprovação na forma do art. 45 desta Lei, desde que, na mesma asse l ia, te ha o tido, de fo a u ulativa: … §2º A recuperação judicial somente poderá ser concedida

com base no §1º deste artigo se o plano não implicar tratamento diferenciado entre os credores da classe que o houver rejeitado.

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Observe-se: não se cuida aqui de concurso de credores sobre patrimônio de devedor insolvente, onde o

ativo arrecadado é estanque e será simplesmente rateado. Pelo contrário, a recuperação judicial

pressupõe, justamente, a convergência de vontades pelos interessados, revelando notado caráter

negocial.

O entendimento aqui sustentado foi consolidado na 1ª Jornada de Direito Comercial, promovida pelo

Conselho da Justiça Federal, da qual resultou o enunciado nº 57, nos seguintes termos:

O pla o de re uperação judi ial deve prever tratamento igualitário para os membros da

mesma classe de credores que possuam interesses homogêneos, sejam estes delineados em

função da natureza do crédito, da importância do crédito ou de outro critério de similitude

justificado pelo proponente no plano e ho ologado pelo agistrado.

Em outras palavras, ao Plano de Recuperação Judicial se permite (dir-se-ia, mesmo, que se

recomenda) aproximar a categorização dos credores a critérios de igualdade material, e não

meramente formal, a partir da identificação, na prática, de grupos onde haja maior

homogeneidade e afinidade entre os diversos interesses envolvidos.

É precisamente nesses termos que se procede à subdivisão das classes no presente Plano,

levando-se em consideração a importância dos créditos, a natureza das obrigações, as

espécies e o valor das garantias, e o perfil institucional dos credores.

A seguir são especificadas as classes e subclasses dos créditos que orientarão o plano de

pagamentos.

2.2. DA SUBDIVISÃO DAS CLASSES DE CREDORES

Como acima referido, a partir das classes definidas no art. 41, I II e III da LRF, o presente Plano adotará

subdivisões, de modo que, identificando-se uma maior diversidade de interesses do que aquela

contemplada pelos incisos do referido dispositivo legal e, ao mesmo tempo, diferentes grupos de credores

que apresentem maior afinidade ou homogeneidade de interesses, seja viabilizada a formatação de um

plano de pagamentos que respeite não só a capacidade das devedoras, mas também as particularidades

de cada crédito.

São, assim, articuladas as classes e subclasses de credores cujos conteúdo e abrangência serão

explicitados nos itens a seguir.

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2.2.1. CLASSE I – CRÉDITOS DERIVADOS DA LEGISLAÇÃO DO TRABALHO

Nesta classe não haverá qualquer distinção de tratamento, aplicando-se a todos os credores que se

enquadrem na definição legal do art. 41, I, da LRF – e que assim estejam ou venham a ser habilitados no

processo de recuperação judicial – identidade de condições de pagamento, conforme modelo a ser

oportunamente detalhado no presente Plano.

2.2.2. CLASSE II – CRÉDITOS COM GARANTIA REAL

Nesta classe estão inseridos todos os créditos revestidos de garantias reais, limitados os valores, para fins

de enquadramento nesta classe, àquele da própria garantia, como expressamente dispõem o art. 41, §2º

e o art. 83, II, da Lei 11.101/05.

2.2.3. CLASSE III - CRÉDITOS QUIROGRAFÁRIOS | COM PRIVILÉGIOS ESPECIAL E GERAL| SUBORDINADOS

Os credores abrangidos pela Classe III (inciso III do art. 41 da LRF), independentemente de se haverem

como quirografários, privilegiados ou subordinados, são subdivididos como a seguir exposto.

[III.1.] Titulares de crédito de qualquer natureza enquadrados na Classe III (art. 41, III, da LRF), no valor

de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais):

[III.1.1.] Créditos até R$ 2.000,00;

[III.1.2.] Créditos entre R$ 2.000,01 e R$ 5.000,00;

[III.1.3.] Créditos entre R$ 5.000,01 e R$ 10.000,00;

[III.1.4.] Créditos entre R$ 10.000,01 e R$ 15.000,00;

[III.1.5.] Créditos entre R$ 15.000,01 e R$ 20.000,00;

[III.2.] Titulares de crédito de qualquer natureza enquadrados na Classe III (art. 41, III, da LRF), com

créditos superiores a R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

[III.3.] Credores especiais: serão considerados credores especiais aqueles que, enquadrados na Classe III

(art. 41, III, LRF) possuam alguma condição especial de recebimento do seu crédito, a qual seja, por

qualquer motivo, de aplicabilidade impossível aos demais credores.

2.2.4. CLASSE IV – CRÉDITOS QUIROGRAFÁRIOS DERIVADOS DE MICROEMPRESAS OU EMPRESAS DE

PEQUENO PORTE

Os credores abrangidos pela Classe IV (inciso IV do art. 41 da LRF), são subdivididos como a seguir exposto.

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[IV.1.] Titulares de crédito de qualquer natureza enquadrados na Classe III (art. 41, III, da LRF), no valor

de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais):

[IV.1.1.] Créditos até R$ 2.000,00;

[IV.1.2.] Créditos entre R$ 2.000,01 e R$ 5.000,00;

[IV.1.3.] Créditos entre R$ 5.000,01 e R$ 10.000,00;

[IV.1.4.] Créditos entre R$ 10.000,01 e R$ 15.000,00;

[IV.1.5.] Créditos entre R$ 15.000,01 e R$ 20.000,00;

[IV.2.] Titulares de crédito de qualquer natureza enquadrados na Classe IV (art. 41, IV, da LRF), com

créditos superiores a R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

2.2.5. SÍNTESE DA SUBDIVISÃO EM CLASSES E SUBCLASSES DE CREDORES

A partir do que se expôs nos itens precedentes, a subdivisão dos credores sujeitos aos efeitos da

Recuperação Judicial, em classes e subclasses, apresenta a seguinte articulação:

Classe I – Créditos derivados da legislação do trabalho

Classe II – Créditos com garantia real

[II.1.] Créditos garantidos pelo ativo operacional

Classe III - Créditos Quirografários | Privilegiados Geral e Especial | Subordinados

[III.1.] Titulares de crédito até R$ 20.000,00;

[III.1.1.] Titulares de crédito até R$ 2.000,00;

[III.1.2.] Titulares de crédito entre R$ 2.000,01 e R$ 5.000,00;

[III.1.3.] Titulares de crédito entre R$ 5.000,01 e R$ 10.000,00;

[III.1.4.] Titulares de crédito entre R$ 10.000,01 e R$ 15.000,00;

[III.1.5.] Titulares de crédito entre R$ 15.000,01 e R$ 20.000,00;

[III.2.] Credores de qualquer natureza, titulares de crédito superior a R$ 20.000,00;

[III.3.] Credores especiais

Classe IV - Créditos Quirografários derivados de microempresas ou empresas de pequeno porte

[IV.1.] Titulares de crédito até R$ 20.000,00;

[IV.1.1.] Titulares de crédito até R$ 2.000,00;

[IV.1.2.] Titulares de crédito entre R$ 2.000,01 e R$ 5.000,00;

[IV.1.3.] Titulares de crédito entre R$ 5.000,01 e R$ 10.000,00;

[IV.1.4.] Titulares de crédito entre R$ 10.000,01 e R$ 15.000,00;

[IV.1.5.] Titulares de crédito entre R$ 15.000,01 e R$ 20.000,00;

[IV.2.] Credores de qualquer natureza, titulares de crédito superior a R$ 20.000,00;

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Cada uma das subclasses acima será indicada no texto do presente Plano de Recuperação pelo número

que designa cada uma delas, acima, entre colchetes. A subdivisão aqui proposta valerá em todos os

termos e atos exceto onde expressamente afastada neste Plano em eventuais alterações e emendas, ou

em virtude de disposição legal expressa (exemplificativamente, e em especial, na hipótese do art. 45 da

LRF).

3. DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL PROPRIAMENTE DITA

3.1 DOS OBJETIVOS DA LEI N° 11.101/05

O art. 47 da LRF, abaixo transcrito in verbis, explicita de forma clara os objetivos da recuperação judicial:

Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-

financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores

e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da sociedade, sua função social e o

estímulo à atividade econômica.

Assim, a Recuperação Judicial, como feedback estatal, em auxílio à homeostase do sistema econômico,

insere-se no ordenamento jurídico como um instrumento indutivo à alocação eficiente dos recursos do

empresário em crise. Permite-se, com a recuperação, a reorganização do seu estoque de ativos e passivos,

dando-lhes vazão eficiente, mantendo, assim, a atividade empresária.

Decorrem daí todos os efeitos corolários, e.g., a manutenção dos empregos e a geração de novos, o

pagamento de tributos e dos credores, entre outros tantos, sobretudo o estímulo à atividade econômica.

De fato, é o que se busca com a presente medida, como abaixo se demonstrará.

3.2. DOS REQUISITOS LEGAIS DO ART. 53 DA LRF

3.2.1. DOS MEIOS DE RECUPERAÇÃO ADOTADOS

A Lei 11.101/05 relaciona, nos diversos incisos de seu art. 50, uma série de meios de recuperação judicial

tidos como viáveis.

Naturalmente que esse rol de medidas passíveis de adoção no processo de recuperação não é exaustivo,

como nem poderia ser.

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Como já anteriormente referido, a efetiva recuperação envolve uma série de providências tendentes à

(re) organização da sociedade e da empresa (aqui como atividade).

No caso do GRUPO VIGNIS, a recuperação que se busca a partir do presente Plano envolverá

fundamentalmente a reestruturação do passivo mediante a alteração das condições e meios de

pagamento dos créditos sujeitos.

Isso não significa dizer que o que aqui se propõe limitar-se a mecanismos dilatórios e/ou remissórios dos

débitos sujeitos.

Com efeito – e assim será evidenciado – o pla o de paga e tos e volve ão só a o essão de prazos

e o dições espe iais , o o alude o a t. 50, I, da LRF, as ta , po exe plo, a dação em pagamento

de bens.

Assim, objetivamente, o presente Plano é baseado nos seguintes meios de recuperação, todos os quais

constam expressamente do rol do art. 50 da LRF, a cujos incisos se efetuam as pertinentes remissões:

i. concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou

vincendas - art. 50, I, da LRF;

ii. venda parcial dos bens – art. 50, XI, da LRF;

iii. equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza – art. 50, XII, da

LRF;

Nada obstante, é importante registrar que estes meios não serão empregados de modo isolado e pontual.

Em realidade, todo o plano de pagamentos é fundado em diversas das medidas acima relacionadas.

Assim, permite-se dispensar a exposição individualizada de cada um dos meios de recuperação antes

referidos, aos quais se fará, contudo, a pertinente remissão quando da exposição do plano de pagamentos

demais medidas concretas que serão adotadas.

4. DO PLANO DE PAGAMENTOS

Como acima referido, o Plano de Recuperação do GRUPO VIGNIS, com os principais meios de recuperação

propostos, revolve sobre o Plano de Pagamentos dos credores sujeitos.

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Foi dito também que esse Plano de Pagamentos, longe de se limitar a propostas dilatórias ou remissórias

da dívida, valer-se-á de uma série de outros mecanismos – todos previstos expressamente nos incisos do

art. 50 da LRF.

Passa-se, assi , ap ese tação, po lasse e su lasse vide ite 2 , a i a , do Pla o de Pagamentos

dos créditos sujeitos aos efeitos da Recuperação Judicial.

Explicita-se que todos os pagamentos serão efetuados com base no Quadro Geral de Credores (QGC) a

ser oportunamente elaborado e homologado pelo Juízo nos termos do art. 18 da LRF.

Enquanto não homologado o Quadro Geral de Credores, serão tais pagamentos efetuados com base na

relação elaborada e publicada na forma do art. 7º, §2º, da LRF (exceto quando expressamente definido

como critério o QGC homologado), procedendo-se, quando homologado o referido quadro consolidado,

nos eventuais ajustes pertinentes, se e quando for o caso, conforme as condições previstas relativamente

a cada classe e subclasse de credores.

No p ese te Pla o, a efe ia a Relação de C edo es , po ta to i di a a uele uad o ou relação que

se encontre vigente à época – seja ele o Quadro Geral de Credores consolidado ou, não tendo este sido

homologado judicialmente, a relação de credores do art. 7º, §2º, da LRF.

Desse modo, viabiliza-se o cumprimento das medidas aqui propostas mesmo na eventualidade de

retardamento na consolidação do QGC, o que depende, por disposição legal, do julgamento de todos os

incidentes de habilitação e impugnação de crédito.

4.1. CLASSE I – CRÉDITOS DERIVADOS DA LEGISLAÇÃO DO TRABALHO

4.1.1. CONDIÇÕES GERAIS

Será efetuado o pagamento integral das rubricas de natureza salarial.

Registra-se que será respeitada, ainda, a regra do art. 54, parágrafo único, da Lei 11.101/05, segundo o

qual O pla o ão poderá, ai da, prever prazo superior a 3 tri ta dias para o pagamento, até o limite

de 5 i o salários í i os .

A quitação dos créditos como aqui proposto importa na adoção dos meios de recuperação previstos no

a t. 50, I e XII, da LRF o essão de p azos e o dições espe iais pa a paga e to das obrigações

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ve idas ou vi e das e e ualização de e a gos fi a ei os elativos a d itos de ual ue atu eza ,

observado o quanto disposto no art. 54, caput e parágrafo único, da LRF.

Os pagamentos dos créditos da Classe I serão realizados nas seguintes condições:

i. Prazo: Os créditos desta classe serão pagos em até 12 (doze) meses contados do trânsito

em julgado da decisão que conceder a recuperação judicial (homologação do Plano de

Recuperação – art. 58 da LRF). O pagamento poderá ocorrer de modo parcelado ou em uma

única parcela, de acordo com a capacidade da devedora, mas sempre respeitado o prazo

máximo de 12 (doze) meses.

ii. Correção monetária: os créditos acima descritos serão corrigidos pelo IGP-M, com termos

inicial e final de incidência idênticos aos termos inicial e final do prazo para pagamentos.

iii. Forma de pagamento: todos os pagamentos serão efetuados através de depósito judicial a

ser realizado em conta vinculada ao Processo de Recuperação, cabendo ao Juízo da

Recuperação determinar a liberação das quantias aos respectivos titulares.

4.1.2. DOS VALORES BLOQUEADOS EM RECLAMAÇÕES TRABALHISTAS |DEPÓSITOS RECURSAIS

Nas hipóteses em que já tenham sido depositados valores em reclamações trabalhistas movidas perante

a Justiça do Trabalho, tais valores serão havidos como pagos ao respectivo reclamante.

Estes pagamentos serão imputados, primeiramente, à conta daqueles previstos pelo art. 54, parágrafo

único, da LRF; os valores depositados em reclamações trabalhistas que excederem a este montante serão

descontados do total a ser pago ao respectivo credor.

Estes valores eventualmente já pagos também sofrerão a incidência de atualização pelo IGP-M, desde a

data da liberação do mencionado recurso até a data em que sejam efetuados os pagamentos dos créditos

da Classe I, nos autos na recuperação judicial, conforme previsto no item 4.1.1., acima.

4.1.3. CRÉDITOS TRABALHISTAS ILÍQUIDOS

Serão considerados créditos ilíquidos todos aqueles que, no momento do início dos pagamentos previstos

a esta classe, não tenham sido, ainda, liquidados perante a Justiça Especializada e habilitados perante o

juízo em que se processa a presente recuperação judicial.

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Na hipótese de tal liquidação contemplar rubricas relativas a créditos não sujeitos à recuperação judicial

(Contribuição Social, Imposto de Renda, FGTS, entre outros), a respectiva rubrica será excluída da Relação

de Credores.

Os créditos ilíquidos serão pagos de acordo com os mesmos critérios que vigoram para todos demais,

como acima exposto, em até 12 (doze) meses contados do trânsito em julgado da decisão que homologar

o Quadro Geral de Credores consolidado.

4.1.4. DAS PARCELAS FUNDIÁRIAS EM ATRASO

4.1.4.1. PARCELAMENTO

Os débitos atinentes ao FGTS serão objeto de reparcelamento a ser aderido em até 12 (doze) meses

contados do trânsito em julgado da decisão de concessão da recuperação judicial (homologação do Plano

de Recuperação – art. 58 da LRF).

Conforme consta nas regulações específicas que tratam a matéria (Resolução do Conselho Curador do

FGTS nº 615/2009, Circular CAIXA nº 508 e nº 557), o prazo de reparcelamento será de 180 (cento e

oitenta) meses.

Ainda antes da adesão voluntária, a devedora requererá ao Juízo da Recuperação Judicial seja

determinado à Caixa Econômica Federal que outorgue tal reparcelamento, excluindo todas as multas e

juros decorrentes de inadimplências e novações anteriores com base na previsão contida na LRF, art. 6º,

§7º, bem como o que consta no enunciado de nº 55 do Conselho da Justiça Fede al O pa ela e to do

crédito tributário na recuperação judicial é um direito do contribuinte, e não uma faculdade da Fazenda

Pública, e, enquanto não for editada lei específica, não é cabível a aplicação do disposto no art. 57 da Lei

n. 11.101/2005 e no art. 191-A do CTN .

A adesão ao reparcelamento implica obrigação de fazer que não é sujeita aos efeitos da LRF, art. 62. A

não adesão por eventual proibição da CAIXA ao reparcelamento, portanto, não caracteriza hipótese de

descumprimento do Plano de Recuperação, reiterando-se que tal adesão será buscada precisamente pelo

fato de tais créditos serem considerados como não abrangidos pelo sistema da recuperação judicial.

4.1.4.2. EXPURGO

Os valores relativos às parcelas de FGTS em atraso serão objeto de expurgo no âmbito deste Plano e

respectivo processo.

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A exclusão destas rubricas tem razão de ser nas divergências jurisprudenciais e doutrinárias acerca da

natureza jurídica do FGTS (tributária, parafiscal ou, mesmo, meramente salarial – ainda que diferida).

Assim, eventual imputação de natureza diversa da salarial imporia sua exclusão dos créditos sujeitos à

recuperação judicial, tornando inócuo o tratamento que se buscasse dar a estes créditos.

Admitindo-se a não sujeição do FGTS aos efeitos da recuperação judicial, não haveria mecanismo de

tratamento passível de implementação por este Plano. Ao expurgar a parcela relativa do FGTS, caberá às

respectivas devedoras providenciarem a adesão às ferramentas de reparcelamento pelas vias ordinárias.

Contempla-se, assim, toda a universalidade de credores de tal rubrica.

É o que consta no acórdão proferido em sede de Agravo de Instrumento pela Câmara Reservada à Falência

e Recuperação, Tribunal de Justiça de São Paulo, Des. Manoel Pereira Calças (AI nº 990.10.395031-3), no

qual consta:

E razão disso, es o e se o sidera do a possi ilidade legal de o trabalhador ajuizar

reclamação trabalhista para exigir os depósitos que lhe são devidos, em virtude do não

recolhimento pelo empregador do FGTS, bem como de ser admitida a realização de

transação sobre tais verbas no âmbito da reclamatória, tais créditos não se sujeitam aos

efeitos da recuperação judicial, tendo em vista o indiscutível perfil tributário (não de

imposto) que o STF e o TST visualizam na aludida contribuição, não se justificando a inclusão

dos valores concernentes ao FGTS devido aos empregados ou ex- empregados da empresa

em recuperação na relação de créditos derivados da legislação do tra alho...

Na mesma linha, transcreve-se o ue o sta o T atado de Di eito Fali e ta de F ede i o Augusto

Monte Simonato (apud Amauri Mascaro Nascimento in Curso):

salário é a totalidade das percepções econômicas dos trabalhadores, qualquer que seja a

forma ou meio de pagamento, que retribuam o trabalho efetivo, os períodos de interrupção

do contrato e os descansos computáveis na jornada de trabalho. Não integram o salário as

indenizações, inclusive as diárias e ajudas de custo, os benefícios e complementações

previdenciárias, os recolhimentos sociais e parafiscais, os pagamentos de direitos

intelectuais e outros pagamentos não considerados por lei. Indenizações diferem dos

salários pela sua finalidade, que é a reparação de danos ou ressarcimento de gastos do

empregado, como as diárias e ajudas de custo, as indenizações adicionais de dispensa, etc.

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Os recolhimentos sociais, como contribuição sindical, contribuição do FGTS, contribuições

para a previdência social também não se confundem com salários. pág. 77 .

Desse modo, controvertida como é a natureza de tais depósitos fundiários, eventual tratamento que se

buscasse dar no presente Plano poderia resultar frustrado em face de execução autônoma que viesse a

ser ajuizada sob argumento de não sujeição de tais créditos aos efeitos da recuperação judicial.

Diante destas considerações, proceder-se-á em tal expurgo, preservando a segurança necessária ao

cumprimento do próprio Plano de Recuperação.

4.2. CLASSE II – CREDORES COM GARANTIA REAL

4.2.1. CONDIÇÕES GERAIS

A estes credores será ofertado o pagamento dos seus créditos, conforme valor que constar na Relação de

Credores, da seguinte forma:

i. Pagamento: será pago o valor correspondente a 40% (quarenta por cento) sobre o valor do

crédito, tal como conste na Relação de Credores.

ii. Plano de amortização: o pagamento será efetuado em 120 (cento e vinte) parcelas mensais

e consecutivas, sendo a primeira em até 36 (trinta e seis) meses contados do trânsito em

julgado da decisão que conceder a recuperação judicial (homologação do Plano de

Recuperação – art. 58 da LRF), porém temos a expectativa, bem avançada, da venda de duas

unidades industriais, uma situada em São Simão – GO e outra em Cachoeira Alta - GO, fato

que possibilitara a amortização de R$ 2.500.000,00, que serão distribuídos

proporcionalmente aos credores desta classe.

iii. Correção: todos os pagamentos serão corrigidos anualmente pelo IGP-M e juros de 2% a.a,

desde a data da concessão da recuperação judicial, através de decisão transitada em julgado,

até o respectivo pagamento. Os valores relativos à correção desde esta data até o primeiro

pagamento serão divididos proporcionalmente entre as 120 (cento e vinte) parcelas de

amortização.

iv. Forma de pagamento: todos os pagamentos serão efetuados através de depósito judicial a

ser realizado em conta vinculada ao Processo de Recuperação, cabendo ao Juízo da

Recuperação determinar a liberação das quantias aos respectivos titulares. Realizado o

depósito judicial, considerar-se-á quitada a respectiva parcela.

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4.2.2. PLANO DE PAGAMENTO ATRAVÉS DE VENDA DE ATIVO IMOBILIZADO

A unidades industriais de São Simão – GO e Cachoeira Alta - GO, avaliadas em R$ 10.000.000,00, serão

vendidas, dentro do que prevê a LFR, e o valor estimado de lucro nesta operação gira em torno de R$

5.000.000,00, sendo que deste valor temos alienado algo em torno de R$ 2.500.000,00 que seriam usados

para amortizar parte dos débitos da classe II. O restante seria aplicado no fluxo de caixa do grupo Vignis

para geração de caixa e pagamento das demais classes.

AS UNIDADES INDUSTRIAIS DE SÃO SIMÃO – GO E CACHOEIRA ALTA – GO, SÃO COMPOSTAS CADA UMA DOS SEGUINTES EQUIPAMENTOS: UM TERNO DE MOENDA 26 X 48", COMPOSTO DE: 02 (dois) castelos fundidos em aço SAE 1020; 3 (três) camisas de moenda fundida; 3 (três) eixos forjados SAE 1045; 1 (uma) camisa do rolo de pressão; 1 (um) eixo do rolo de pressão; 1 (um) suporte da bagaceira em aço; 1 (uma) bagaceira fundida em aço SAE 1050; 2 (dois) munhão da bagaceira em aço; 1 (um) suporte do pente inferior em aço; 1 (um) pente inferior em ferro fundido; 1 (um) pente superior em ferro fundido; 1 (um) suporte do pente superior; 4 (quatro) cabeçotes laterais em aço; 4 (quatro) tirantes de fixação dos cabeçotes laterais com porcas; 5 (cinco) rodetes em aço SAE 1045; 2 (dois) cabeçotes hidráulicos; 2 (dois) braços de articulação da bagaceira; 8 (oito) casquilhos em bronze SAE 67; 1 (uma) garrafa hidráulica; 1 (uma) bomba para caldo; 1 (um) gamelão para caldo do castelo ACIONAMENTO: Redutor planetário Potencia: 450 CV Potencia efetiva: 500 CV Rotação de entrada: 1180 rpm Rotação de saída: 6,94 rpm Motor elétrico de 450 CV

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UM DONELLY Donelly com 3400 mm de altura Chapa em aço Carbono Visor Lateral em Acrílico Chapa Frontal com Ajuste de volume

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UMA MOEGA, COMPOSTA DE: vigas de sustentação com sapatas; chapas lateral, frontal e trazeira tambores dosadores; eixos motores e motriz; rodas dentadas motoras; rodas lisas trazeira; correntes; taliscas metálicas;

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UMA ESTEIRA TRANSPORTADORA DE CANA DE AÇUCAR, SENDO: 22.000 mm de comprimento vigas de sustentação com sapatas; laterais em chapa; rolos motor e motriz; rolos guia; lona de borracha; mancais; rolamentos; rolos do esticador da borracha; ACIONAMENTO: Redutor planetário Potencia: 25 CV Potencia efetiva: 25 CV Rotação de entrada: 1750 rpm Rotação de saída: 80 rpm Motor elétrico de 25 CV

UMA ESTEIRA TRANSPORTADORA DE BAGAÇO, SENDO: 11.000 mm de comprimento vigas de sustentação com sapatas; laterais em chapa; rolos motor e motriz; rolos de guia; lona de borracha; mancais; rolamentos; ACIONAMENTO: Redutor planetário Potencia: 15 CV Potencia efetiva: 15 CV

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Rotação de entrada: 1750 rpm Rotação de saída: 63 rpm Motor elétrico de 15 CV

UMA ESTEIRA TRANSPORTADORA DE BAGAÇO, SENDO: 10.000 mm de comprimento vigas de sustentação com sapatas; laterais em chapa; rolos motor e motriz; rolos guia; lona de borracha; mancais; rolamentos; ACIONAMENTO: Redutor planetário Potencia: 7,5 CV Potencia efetiva: 7,5 CV Rotação de entrada: 1750 rpm Rotação de saída: 63 rpm Motor elétrico de 7,5 CV

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UMA PENEIRA ROTATIVA 100 TCH, COMPOSTA DE: cesto em inox malha 0,5 mm estrutura e vigas em aço carbono; com acionamento (motor e redutor) Tanque de caldo na estrutura da peneira.

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4.3 CLASSE III - CRÉDITOS QUIROGRAFÁRIOS

i. Pagamento: será pago o valor correspondente a a 40% (quarenta por cento) sobre o valor

do crédito, tal como conste na Relação de Credores.

ii. Plano de amortização: os créditos inferiores a R$ 20.000,00 (vinte mil reais) serão pagos em

parcela única 24 meses contados do trânsito em julgado da decisão que conceder a

recuperação judicial (homologação do Plano de Recuperação – art. 58 da LRF). Para os

créditos superiores a R$ 20.000,00, será efetuado o pagamento em 120 (cento e vinte)

parcelas mensais e consecutivas, sendo a primeira em até 36 (trinta e seis) meses contados

do trânsito em julgado da decisão que conceder a recuperação judicial (homologação do

Plano de Recuperação – art. 58 da LRF).

iii. Correção: todos os pagamentos serão corrigidos anualmente pelo IGP-M desde a data da

concessão da recuperação judicial, através de decisão transitada em julgado, até o

respectivo pagamento. Os valores relativos à correção desde esta data até o primeiro

pagamento serão divididos proporcionalmente entre as 120 (cento e vinte) parcelas de

amortização.

iv. Forma de pagamento: todos os pagamentos serão efetuados através de depósito judicial a

ser realizado em conta vinculada ao Processo de Recuperação, cabendo ao Juízo da

Recuperação determinar a liberação das quantias aos respectivos titulares. Realizado o

depósito judicial, considerar-se-á quitada a respectiva parcela.

4.4 CLASSE IV - CRÉDITOS QUIROGRAFÁRIOS DE MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE

i. Pagamento: será pago o valor correspondente a 40% (quarenta por cento) sobre o valor do

crédito, tal como conste na Relação de Credores.

ii. Plano de amortização: os créditos inferiores a R$ 20.000,00 (vinte mil reais) serão pagos em

parcela única 24 meses contados do trânsito em julgado da decisão que conceder a

recuperação judicial (homologação do Plano de Recuperação – art. 58 da LRF). Para os

créditos superiores a R$ 20.000,00, será efetuado o pagamento em 120 (cento e vinte)

parcelas mensais e consecutivas, sendo a primeira em até 36 (trinta e seis) meses contados

do trânsito em julgado da decisão que conceder a recuperação judicial (homologação do

Plano de Recuperação – art. 58 da LRF).

iii. Correção: todos os pagamentos serão corrigidos anualmente pelo IGP-M desde a data da

concessão da recuperação judicial, através de decisão transitada em julgado, até o

respectivo pagamento. Os valores relativos à correção desde esta data até o primeiro

pagamento serão divididos proporcionalmente entre as 120 (cento e vinte) parcelas de

amortização.

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iv. Forma de pagamento: todos os pagamentos serão efetuados através de depósito judicial a

ser realizado em conta vinculada ao Processo de Recuperação, cabendo ao Juízo da

Recuperação determinar a liberação das quantias aos respectivos titulares. Realizado o

depósito judicial, considerar-se-á quitada a respectiva parcela.

5. SOBRE A DEMONSTRAÇÃO DA VIABILIDADE ECONÔMICA

A seguir os balanços patrimoniais e as demonstrações de resultado dos anos de 2015, 2016, 2017 e em

30 de abril de 2018, com a análise vertical das contas.

A análise vertical do balanço patrimonial demonstra a participação percentual de cada conta em relação

ao total do ativo ou do passivo. Assim, pode-se verificar o comportamento dos valores nos mesmo e

identificar possíveis distorções que mereçam análise especifica em determinados períodos.

BALANÇO PATRIMONIAL 31/12/2015 31/12/2016 31/12/2017 30/04/2018

ATIVO

CIRCULANTE

Caixa 0,33% 0,09% 0,00% 0,03%

Contas a Receber de clientes 0,64% 0,25% 0,04% 0,05%

Estoques 0,00% 0,77% 0,10% 0,69%

Ativo biológico 3,12% 52,84% 54,79% 69,16%

Adiantamentos 4,08% 4,52% 0,24% 0,31%

Tributos a Recuperar 1,40% 0,60% 0,57% 0,73%

TOTAL ATIVO CIRCULANTE 9,57% 59,07% 55,74% 70,96%

NÃO CIRCULANTE

Adiantamentos para parcerias agrícolas 3,66% 0,32% 0,00% 0,00%

Tributos a recuperar 1,00% 0,33% 0,40% 0,51%

Partes relacionadas 9,81% 2,96% 6,05% 7,71%

Ativo disponível para venda 0,00% 0,29% 0,00% 0,00%

Imobilizado 60,51% 31,88% 30,45% 11,45%

Investimento 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Intangível 15,46% 5,16% 7,35% 9,36%

TOTAL NÃO ATIVO CIRCULANTE 90,43% 40,93% 44,26% 29,04%

TOTAL DO ATIVO 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

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BALANÇO PATRIMONIAL 31/12/2015 31/12/2016 31/12/2017 30/04/2018

PASSIVO

CIRCULANTE

Fornecedores 5,72% 7,66% 9,27% 12,99%

Empréstimos e financiamentos 10,05% 3,77% 7,03% 8,93%

Salários e encargos sociais 2,97% 3,07% 9,81% 14,88%

Tributos a recolher 3,27% 1,58% 9,70% 12,23%

Adiantamentos de clientes 4,53% 2,49% 0,00% 0,00%

Provisão para perdas em investimento 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Outros passivos 2,29% 8,99% 10,85% 13,78%

1,21% 0,38% 0,94% 1,45%

TOTAL PASSIVO CIRCULANTE 30,03% 27,94% 47,60% 64,27%

NÃO CIRCULANTE

Empréstimos e financiamentos 11,08% 1,86% 5,78% 7,34%

Adiantamentos de clientes 55,01% 36,33% 48,97% 35,57%

Tributos a recolher 0,00% 5,73% 6,91% 8,79%

Partes relacionadas 0,12% 0,16% 0,00% 0,00%

TOTAL NÃO PASSIVO CIRCULANTE 66,21% 44,08% 61,66% 51,70%

PATRIMÔNIO

Capital social 0,90% 0,22% 0,27% 0,34%

Reserva de lucros 2,87% 27,76% -9,53% -16,31%

TOTAL DO PATRIMONIO 3,78% 27,98% -9,26% -15,97%

Participação de Não Controladores -0,02% -0,01% 0,00% 0,00%

TOTAL DO PASSIVO 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

Neste item, é interessante observar o aumento dos percentuais em relação à dívida da empresa junto a

seus fornecedores e obrigações tributárias.

A análise vertical das Demonstrações de Resultados permite identificar o percentual de participação de

cada conta em relação ao faturamento bruto da empresa. Pode-se identificar, portanto, qual é o

percentual de margem líquida da empresa nos anos de 2015, 2016, 2017 e 2018, conforme quadro abaixo:

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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 31/12/2015 31/12/2016 31/12/2017 30/04/2018

Receitas Liquidas 100,00% 100,00% 100,00% 0,00%

Variação ao valor justo dos ativos bio -15,99% 2328,96% -12,43% 0,00%

Custo dos produtos e serviços -44,31% -306,16% -43,47% 0,00%

Lucro Bruto 39,71% 2122,80% 44,10% 0,00%

Gerais e administrativas -35,01% -214,30% -126,97% 0,00%

Resultado de equivalência patrimonial 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Outras receitas operacionais liquidas 0,40% -3,00% -0,77% 0,00%

Lucro operacional 5,11% 1905,51% -83,64% 0,00%

Despesas financeiras -22,60% -43,72% -36,12% 0,00%

Receitas financeiras 0,07% 0,00% 0,33% 0,00%

Lucro operacional -22,53% -43,72% -35,79% 0,00%

Lucro (prejuizo) antes do IRPJ e CSLL -17,42% 1861,78% -119,43% 0,00%

IRPJ e CSLL -10,14% -263,16% -42,18% 0,00%

Lucro (prejuizo) liquido exercício -27,56% 1598,63% -161,61% 0,00%

Dentre as principais análises a serem feitas, podemos ressaltar o aumento da participação dos gastos

gerais e despesas administrativas, além do alto gasto com despesas financeiras. Este último é resultante

do aumento constante do volume de capital de terceiros que ingressam na empresa no período analisado.

Esta situação é considerada um reflexo do colapso financeiro em que a empresa mergulhou neste período,

uma vez que ela se via obrigada a recorrer ao mercado para financiar suas operações do dia a dia.

Análise da demonstração de resultados e dos balanços patrimoniais

Índices de Endividamento

LIQUIDEZ 2015 2016 2017 30/04/2018

Endividamento de Curto Prazo

ECP = PC / AT 30,03% 27,94% 47,60% 64,49%

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Índices de Liquidez e necessidade de Capital de Giro

RENTABILIDADE 2015 2016 2017 30/04/2018

Liquidez Geral

LG = (AC+ARLP)/(PC+PELP) 0,25 0,87 0,57 0,68

Liquidez Corrente

LC = AC/PC 0,32 2,11 1,17 1,10

At av s da a lise destes i di ado es, pode os dize ue ta to o í di e de Li uidez Ge al ue i di a a

apa idade total de paga e to da e p esa, o o í di e de Li uidez Co e te , ue i di a a apa idade

teórica de pagamento da empresa no curto prazo, demonstram a grande capacidade da empresa em se

recuperar os números-índices estão bem próximos da unidade de referência 1.

Estes índices demonstram claramente a necessidade do pedido de Recuperação Judicial, passando a

dívida para o Exigível a Longo Prazo, permitindo que a empresa se restabeleça e volte a pagar sua dívida.

Fato importante a ser observado é que a Necessidade de Capital de Giro da empresa tende à mesma

ordem de grandeza dos débitos inscritos em recuperação Judicial. Assim, o alongamento do

endividamento acarretará em uma recuperação imediata da liquidez e da capacidade de pagamento da

empresa.

6. DA SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRO

Este plano de recuperação será viabilizado com a consolidação das estratégias comerciais, produção e

administrativo-financeiras. Várias ações assertivas já foram implementadas com resultados positivos. As

ações que ainda não foram praticadas não apresentam custo alto de investimento. Como por exemplo,

na área administrativa, a estruturação de um departamento de Recursos Humanos com políticas de

aperfeiçoamento contínuo.

Nas áreas financeira e comercial, a empresa está sendo reestruturada por seus sócios diretores e uma

equipe de profissionais altamente qualificados, e possibilitará a RECUPERANDA maior confiabilidade dos

números orçados para os novos projetos a serem implantados.

Tais medidas têm por base o ajuste dos controles financeiros por implantação de fluxos de caixa passado

e futuro, negociações bancárias e controles de taxas de desconto, criação e cumprimento de metas

financeiras, redução de mão de obra, sempre adequando ao binômio possibilidade-necessidade.

A previsão de crescimento da receita bruta é resultado das expectativas positivas das ações sobre vendas

de um plano de negócio totalmente reestruturado com a capacidade técnica da RECUPERANDA.

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Projeção de receita Bruta Anual - em R$

2018 4.085.900,00

2019 6.474.805,00

2020 8.754.805,00

2021 8.734.805,00

2022 9.836.605,00

2023 10.549.165,00

2024 11.669.165,00

2025 13.187.915,00

2026 14.862.915,00

2027 16.075.415,00

2028 16.644.165,00

8. NOVO PLANO DE NEGÓCIOS DO GRUPO VIGNIS

O novo modelo de negócios continua baseado no conceito de criação da Vignis, que é o programa de

melhoramento genético dedicado a uma variedade de cana-de-açúcar, a cana energia, porém com

remuneração por meio de royalties, e com a Vignis trabalhando apenas no melhoramento propriamente

dito, sem interferir na plantação, colheita e transporte, pois tais fatores seriam de responsabilidade dos

clientes que adquirissem a tecnologia de melhoramento genético, através de mudas já testadas e com

qualidade garantida e acompanhamento de nossos especialistas.

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Dentro deste novo modelo de negócio a VIGNIS já fechou 2 contratos e tem outros potenciais clientes em

negociações avançadas.

Como podemos observar acima, a cana-de-açúcar em comparação com a soja e o milho, sofreu uma

queda em sua produtividade nos últimos anos, enquanto os outros 2 cresceram e se mantiveram em um

nível superior, tudo isso decorrente de melhoramentos genéticos que tanto a soja quanto o milho,

receberam neste período.

Com o melhoramento, já testado e comprovado, da Vignis a expectativa é que tenhamos uma retomada

do crescimento da cana-de-açúcar e um melhor aproveitamento de todos os benefícios que ela tem a nos

oferecer.

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A produção de Etanol por hectare de cana-de-açúcar processada, em comparação com o milho e a

beterraba, está estabilizada ao longo dos anos, porém com a implantação da cana energia seria possível

retomar o crescimento, pois o melhoramento genético possibilita maior produção em menor espaço.

A Vignis encontra-se muito bem instalada, com duas Fazendas Experimentais, uma em Alagoas onde está

localizado o seu Banco de Germoplasma onde são feitas as hibridações, para a produção de sementes que

todos os anos são usadas para iniciar uma nova população do seu Programa de Melhoramento Genético,

outra em Santo Antonio de Posse, onde todas as fases do Programa de Melhoramento Genético estão

plantadas e sua Sede e Laboratórios em Campinas, que completam as necessidades estruturais para o

desenvolvimento do novo modelo de negócios.

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A Cana Energia tem o sistema radicular muito mais competente em comparação com a Cana-de-açúcar,

devido à esta característica sua produtividade agrícola é consideravelmente superior, por este fato, a

Vignis acredita que no futuro uma parte das áreas hoje dedicadas à Cana-de-açúcar serão transformadas

em Cana Energia com ganhos expressivos de produtividade de Etanol e Energia por hectare.

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A Cana Energia é obtida através do cruzamento de ancestrais do complexo saccahrum em nosso Banco

de Germoplasma temos diversos acessos destes ancestrais que usamos todos os anos nos cruzamentos

que são feitos para a produção de sementes hibridas que são anualmente germinadas para dar origem a

uma nova população segregante que será submetida às diversas fases de seleção até a obtenção de uma

nova variedade, mais produtiva, com melhor resistência a doenças e pragas que será então levada a

mercado para segundo o modelo novo de negócios desenvolvido pela Vignis ser licenciada para

produtores que queiram planta-las com o pagamento de royalties em favor da Vignis.

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A Vignis já protegeu 13 variedades junto ao Ministério da Agricultura, e temos hoje diversas em processo

de proteção, todas elas tem uma característica que entendemos muito importante , quando se fala em

agricultura de alta produtividade, a Resiliência, que na planta se traduz entre outras características pela

maior resistência a seca, melhor brotação de soqueiras, melhor resistência ao pisoteio de maquinas na

colheita mecanizada, etc.

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Como se pode ver na ilustração acima, existem vários tipos de Cana Energia, mas quando comparadas

com Cana-de-açúcar, as boas variedades de Cana Energia são sempre mais produtivas, produzindo mais

Etanol por hectare com um excedente de bagaço, que é usado para produzir energia elétrica muito maior.

No novo modelo de negócios da Vignis, como se pode ver na ilustração acima, introduzimos as variedades

de Cana Energia, em um sistema de competição com as variedades de Cana-de-açúcar mais plantadas na

unidade de produção do nosso cliente, para que ele possa avaliar as melhores variedades em comparação

com o padrão de produção atual, e assim tomar a decisão correta de quais variedades plantar na lavoura

comercial, a partir dai começamos a receber royalties pelo licenciamento.

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8. DISPOSIÇÕES FINAIS

Este Profissional, contratado para elaborar o Plano de Recuperação e dar seu parecer sobre a viabilidade

econômico-financeira do GRUPO VIGNIS, acredita que as informações constantes neste Plano de

Recuperação, evidenciam que a empresa é rentável.

Baseada nas estratégias sugeridas para a reestruturação neste plano, o GRUPO VIGNIS será capaz de

trabalhar como uma empresa viável e lucrativa.

Este Profissional acredita que todos os credores terão maiores benefícios com a implementação deste

plano de recuperação, uma vez que a proposta aqui analisada não agrega nenhum risco adicional aos

credores. Observe que nenhum credor foi convidado a participar de um plano de capitalização da empresa

e não foi forçado a continuar estabelecendo relações comerciais com o GRUPO VIGNIS.

Após o cumprimento dos art. 61 e 63 da Lei 11.101/2005, a RECUPERANDA compromete-se a honrar com

os demais pagamentos no prazo e na forma de seu plano devidamente homologado.

É o relatório.

Jaguariúna, 04 de agosto de 2018.

DWM DO BRASIL CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA

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