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PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS 1/ 25 Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas abril 2016

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PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS

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Plano de Prevenção de

Riscos de Corrupção e

Infrações Conexas

abril 2016

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ÍNDICE

1. Enquadramento e Âmbito ...................................................................................................... 3

2. A IFD ..................................................................................................................................... 5

2.1. Missão e Objetivos ........................................................................................................ 5

2.2. Atividade ........................................................................................................................ 5

Gestão por Mandato .................................................................................................................. 6

Operações por Grosso .............................................................................................................. 8

Soluções “powered by IFD” ....................................................................................................... 8

2.3. Código de Conduta........................................................................................................ 8

3. Estrutura Orgânica e Descrição de Competência ............................................................... 10

4. Definição dos Graus de Risco ............................................................................................. 16

5. Identificação das Áreas de Incidência de Risco .................................................................. 18

6. Identificação dos Riscos de Corrupção e Infrações Conexas e Medidas Preventivas ....... 20

7. Controlo e Monitorização do Plano ..................................................................................... 24

8. Legislação e Documentação de Suporte ............................................................................ 25

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1. ENQUADRAMENTO E ÂMBITO

A corrupção consiste na prática de um qualquer ato ou a sua omissão, seja lícito ou ilícito, contra

o recebimento ou a promessa de uma qualquer compensação que não seja devida, para o próprio

ou para terceiro. O fenómeno da corrupção constitui uma violação clara dos princípios de

interesse geral que todas as instituições e colaboradoras e colaboradores se devem pautar,

nomeadamente o princípio da igualdade, da transparência, da justiça, da imparcialidade e da boa

administração.

Neste sentido, após a promulgação da Lei 54/2008, de 4 setembro, foi criado o Conselho de

Prevenção da Corrupção (CPC), que desenvolve uma atividade de âmbito nacional no domínio

da prevenção da corrupção e infrações conexas. Nos termos do artigo 9.º do referido diploma e

da Recomendação do CPC, de 1 de julho de 2009, os órgãos dirigentes máximos das entidades

gestoras de dinheiros, valores ou património públicos, devem elaborar um Plano de Prevenção

de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas (Plano), e remetê-lo ao CPC, bem como aos órgãos

de superintendência, tutela e controlo. O Plano deve conter obrigatoriamente os seguintes

elementos:

Identificação, relativamente a cada área ou departamento, dos riscos de corrupção e

infrações conexas;

Identificação das medidas adotadas que previnam a ocorrência dos riscos acima

explicitados;

Definição e identificação dos vários responsáveis envolvidos na gestão do plano, sob a

direção do órgão dirigente máximo;

Elaboração anual de um relatório sobre a execução do plano.

Do mesmo modo, o DL 133/2013, de 3 de outubro, que regula o Setor Empresarial do Estado,

através do seu art.º 46.º, impõe a obrigatoriedade da elaboração do relatório identificativo das

ocorrências, ou risco de ocorrências no âmbito das várias tipologias de corrupção, em

conformidade com a referida Lei 54/2008, de 4 de setembro.

Pese embora a IFD ter natureza de sociedade financeira, sujeita ao rigor da supervisão exercida

pelo Banco de Portugal (BdP), a sociedade iniciou a sua atividade apenas em 2015, tendo, ao

longo desse exercício, levado a cabo as tarefas atinentes ao seu registo junto das autoridades

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de supervisão, bem como à preparação dos vários produtos e serviços de financiamento que irá

disponibilizar às empresas, enquanto grossista, através dos intermediários financeiros a

selecionar. Por razões que lhe são alheias, não lhe foi possível, ainda, lançar no mercado esses

produtos e serviços, nem desenvolver uma atividade comercial/operacional que permita validar

a implementação do presente plano, no entanto, vem dar cumprimento à obrigatoriedade acima

referida através da elaboração do presente plano.

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2. A IFD

2.1. Missão e Objetivos

A IFD foi criada pelo DL 155/2014, de 21 de outubro, com a missão de apoiar o desenvolvimento

do tecido empresarial português, colmatando as falhas de mercado no acesso ao financiamento

das empresas, com enfoque nas Pequenas e Médias Empresas (PME) e, em particular, ao nível

da capitalização e do financiamento de médio e longo prazo da atividade produtiva. Nesse

sentido, definiu um conjunto de objetivos estratégicos que assentam no seguinte:

Melhorar as condições de financiamento das PME;

Desempenhar as funções de gestão de fundos de fundos públicos;

Aperfeiçoar a arquitetura institucional dos instrumentos financeiros existentes e a sua

coordenação ao serviço das empresas e dos empreendedores;

Exercer, complementarmente, as funções de apoio técnico sobre modelos de

financiamento público na promoção da competitividade e da internacionalização e no

desenho/conceção de soluções e propostas concretas de produtos/serviços para o

financiamento das empresas (as chamadas soluções powered by IFD);

Desenvolver mecanismos de comunicação aos agentes económicos dos IF que a IFD

irá oferecer, de forma a maximizar o seu impacto na economia;

Assegurar a harmonização e coerência estratégica das várias instituições e dos IF

disponíveis para o apoio à economia.

2.2. Atividade

A atividade desenvolvida ou a desenvolver pela IFD encontra-se, presentemente, focalizada nos

seguintes eixos, a seguir desenvolvidos:

Gestão por Mandato, a que corresponde à gestão de fundos europeus para IF através

dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI) e do Plano Juncker;

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Operações por Grosso, nomeadamente, ao financiamento junto de entidades

multilaterais e/ou congéneres através da realização de operações de on-lending e

arrangement;

Desenvolvimento de “soluções powered by IFD”, atuando em parceria com entidades já

existentes.

Gestão por Mandato

Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI)

A IFD atua, numa primeira fase, e em conformidade com a autorização da DG Concorrência,

como entidade gestora dos fundos de fundos FEEI destinados a capitalizar Instrumentos

Financeiros (IF) de capital ou quase-capital e de dívida ou garantia, com um valor global € 1,7

mil milhões, no âmbito do Programa Portugal 2020. Os IF criados têm por base dois princípios:

por um lado, a utilização de forma o mais eficiente possível dos fundos comunitários

disponibilizados no âmbito do Programa Portugal 2020 e, por outro lado, a alavancagem dos

fundos públicos com a contribuição de investidores privados, aumentando assim de forma

significativa os montantes disponíveis para as empresas.

Enquanto sociedade gestora dos fundos de fundos, cabe à IFD a realização de um

acompanhamento próximo dos investimentos realizados pelos intermediários financeiros em IF,

monitorizando aspetos como: nível e ritmo de execução dos programas; cumprimento dos planos

de reembolsos pelos beneficiários finais (empresas e empreendedores) e condições de

remuneração das aplicações; cumprimento das obrigações assumidas pelos intermediários

financeiros; remuneração dos intermediários financeiros; implementação dos mecanismos de

saída. Este acompanhamento tem como fim último avaliar o sucesso dos instrumentos

concebidos, retirar experiências que possam ser incorporadas em futuros instrumentos e

maximizar a dimensão do retorno dos meios financeiros investidos, no sentido de

proporcionarem novas fases de investimento.

Os IF concentram financiamento público e privado associado ao instrumento específico. A

existência de cofinanciamento privado nestes instrumentos permite reduzir o risco da

componente pública e gerará um efeito multiplicador na dimensão da oferta financeira junto das

Pequenas e Médias Empresas (PME).

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Fundo de Capital e Quase Capital (FC&QC)

O FC&QC é destinado à intervenção na área do capital de risco e/ou business angels (BA) em

PME viáveis, seja nas fases de arranque (start-up, seed e early stage), seja em fases de elevado

crescimento, nomeadamente pela implementação de processos/criação de produtos e/ou

serviços inovadores, pela abordagem a novos mercados ou outras formas de crescimento, quer

orgânico, quer por aquisições. Com a constituição deste fundo, pretende-se inicialmente, a

criação de três IF, a saber:

Linha de Financiamento de Entidades Veículo de Business Angels, para projetos e

empresas com elevadas perspetivas de crescimento e rentabilidade, por via de

financiamento de Fundos de/ou business angels. Serão reforçadas as formas de

intervenção na promoção de redes de business angels que permitem o reforço dos

capitais próprios das PME e do Empreendedorismo.

Linha de Financiamento a Fundos de Capital de Risco, para projetos e empresas

com elevadas perspetivas de crescimento e rentabilidade, por via de financiamento de

Fundos de Capital de Risco. Serão reforçadas as formas de intervenção nas vertentes

de Venture Capital (seed e start-up capital e second round financing), que permitam o

reforço dos capitais próprios das PME e do Empreendedorismo.

Linha de Financiamento a Operações de Capital Reversível, com o objetivo de

capitalizar as empresas, aumentar os seus rácios de autonomia financeira, melhorar os

níveis e a qualidade de informação e o perfil de gestão e governance das PME e mid

caps. Este fundo investirá nas empresas como capital, podendo essa posição vir a ser

revertida a longo prazo, com a transformação dessas participações em empréstimos a

médio e longo prazo, uma vez atingidos os objetivos de capitalização inicialmente

definidos pelas empresas.

Fundo de Dívida e Garantias (FD&G)

O FD&G destina-se a colmatar as falhas de financiamento das PME relativas ao capital alheio,

em particular em financiamento de médio e longo prazo, com o objetivo de promover a

internacionalização e a criação de processos/produtos ou serviços inovadores. Tem igualmente

como objetivo o coinvestimento em IF a criar por sociedades gestoras de fundos de

contragarantia, que terão a missão de financiar PME, através de linhas de crédito com

financiamento dos bancos e intervenção dos PO Regionais ao nível do reforço de um Fundo de

Contragarantia Mútua (FCGM). Existe, ainda, a possibilidade de proceder à bonificação de taxas

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de juro e de comissões de garantia no âmbito deste IF. Poderá vir a ser concretizado, numa fase

posterior, o financiamento por empréstimos para áreas muito específicas e o apoio ao

desenvolvimento de IF de titularização de carteiras de financiamentos de bancos comerciais a

PME, tendo como condição a concessão de novos financiamentos a PME e acautelando as

questões de elegibilidade destes IF, nomeadamente a eventual necessidade de intervenção do

BEI/FEI.

Plano Juncker

Caracteriza-se pela gestão de fundos para financiamento das PME, ao abrigo Programas da

Comissão Europeia, como o COSME e o Horizonte 2020, em coordenação com o BEI (Banco

Europeu de Investimento) e o FEI (Fundo Europeu de Investimento).

Operações por Grosso

On-lending

Operações de on-lending caracterizam-se pelo levantamento de fundos junto de entidades

congéneres ou multilaterais a nível internacional, com vista à sua canalização para a economia

nacional, através dos bancos e outras instituições financeiras a atuar no nosso País.

Arrangement

Operações de arrangement caracterizam-se pela intermediação de operações de crédito entre

instituições internacionais e a banca nacional, aumentando a liquidez do sistema financeiro

português e, consequentemente, a liquidez das empresas, mas sem utilização do balanço da

IFD.

Soluções “powered by IFD”

Caracteriza-se pelo apoio técnico sobre modelos de financiamento público na promoção da

competitividade e da internacionalização e no desenho/conceção de soluções e propostas

concretas de produtos/serviços para o financiamento das empresas, a ser distribuídos por

operadores financeiros parceiros da IFD.

2.3. Código de Conduta

A IFD rege-se por um Código de Conduta, aprovado por deliberação do Conselho de

Administração a 10 de fevereiro de 2015, encontrando-se disponível a todas as colaboradoras e

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colaboradores e publicado no seu site (www.ifd.pt). Este regulamento integra o conjunto de

princípios e normas de conduta de natureza ética e deontológica a observar pela sociedade e

por todas as colaboradoras e colaboradores, tanto no relacionamento recíproco, como nas

relações que, em nome da mesma, são estabelecidas com terceiras entidades, de forma

duradoura ou ocasional, com incidência para a existência de diretrizes e planos de ação para

prevenir conflitos de interesses, fraudes internas e externas.

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3. ESTRUTURA ORGÂNICA E DESCRIÇÃO DE COMPETÊNCIA

Organigrama da IFD

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A sociedade é constituída pelos órgãos e departamentos constantes do organigrama

apresentado, os quais assumem, genericamente, as seguintes competências:

Assembleia Geral

Responsável por deliberar sobre todos os assuntos para os quais a lei e os estatutos lhe atribuem

competência, nomeadamente, a eleição dos membros dos órgãos sociais; a apreciação dos

documentos do plano de negócios anual bem como da prestação de contas e deliberação sobre

a aplicação dos resultados do exercício; a apreciação da gestão e fiscalização da sociedade, e

ainda a deliberação sobre eventuais propostas de alterações dos estatutos.

Conselho de Administração

Responsável pela administração e representação da Sociedade, nos termos previstos na lei e

do artigo 16.º do contrato de sociedade, nomeadamente, a gestão de todos os negócios sociais

e de todas as operações relativas ao objeto social, a definição da estratégia, dos objetivos e das

políticas gerais da IFD, sob proposta da Comissão Executiva, bem como a deliberação sobre

todas as matérias estratégicas. A atividade do Conselho de Administração rege-se pelo

Regulamento do Conselho de Administração, aprovado em reunião de Conselho de

Administração de 23 de janeiro de 2015.

Comissão Executiva

Responsável a gestão corrente da sociedade, no sentido de assegurar aquela gestão e a

representação social, estabelecer um sistema de gestão de risco, uma organização técnico-

administrativa e normas de funcionamento interno, bem como, submeter ao Conselho de

Administração, propostas para a criação e desenvolvimento de novos produtos que permitam

assegurar o cumprimento da missão da IFD. Compete, especificamente, ao Presidente da

Comissão Executiva, em articulação com o Presidente do Conselho de Administração, a

preparação da estratégia da sociedade, da política de Recursos Humanos, as relações com o

Conselho de Administração, Tutelas e a Representação Internacional, bem como a relação com

a Comunicação Social. A atividade da Comissão Executiva rege-se pelo Regulamento da

Comissão Executiva, aprovado em reunião de Conselho de Administração de 23 de janeiro de

2015.

Comissão de Auditoria

Possui as atribuições e competências estabelecidas no artigo 423º-F do Código das Sociedades

Comerciais e no artigo 21º, nº 3 do contrato da sociedade, com especial relevância para o

acompanhamento regular da atividade dos auditores externos e do Revisor Oficial de Contas,

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pela aferição dos planos de trabalho e dos recursos afetos às áreas de Controlo Interno e pelo

cumprimento dos princípios do governo da IFD. A atividade da Comissão de Auditoria rege-se

pelo Regulamento da Comissão de Auditoria, aprovado em reunião de 23 de janeiro de 2015.

Departamento de Auditoria Interna

O Departamento de Auditoria Interna (DAI) destina-se a acrescentar valor e a melhorar as

operações da IFD, proporcionando uma abordagem sistemática e disciplinada na avaliação e

aperfeiçoamento das diversas componentes do Sistema de Controlo Interno (SCI). O DAI

assegura a monitorização do SCI, identificando oportunidades de melhoria que contribuam para

a redução do risco e a promoção da qualidade e eficiência das práticas, conduzindo ao

reconhecimento de valor por parte dos stakeholders da IFD. O DAI desenvolve a sua atividade

no cumprimento consistente dos padrões constantes nos requisitos regulamentares, do Banco

de Portugal, e nos requisitos de referência, do The Institute of Internal Auditors, atuando com

independência e objetividade e desenvolvendo a sua atividade com carácter permanente e sem

interferência das áreas auditadas, em estreita articulação com a Comissão de Auditoria.

Departamento de Compliance

O Departamento de Compliance (DCo) tem como principais responsabilidades a implementação

de sistemas de controlo do cumprimento das obrigações legais e dos deveres a que a sociedade

se encontre sujeita, atuando em estreita coordenação com a Comissão de Auditoria. A sua

função consiste em prevenir, monitorizar e reportar riscos nos processos organizacionais

incluindo, entre outros, a prevenção do branqueamento de capitais, o combate ao financiamento

do terrorismo, a prevenção do conflito de interesses e o cumprimento dos deveres de informação

junto das autoridades de supervisão e dos stakeholders.

Departamento de Gestão de Riscos

O Departamento de Gestão de Riscos (DGR) da IFD identifica, avalia, acompanha e controla

todos os riscos relevantes da sociedade, garantindo que não ultrapassam os níveis aceitáveis

para a sociedade e que não afetam a sua solvabilidade. O DGR procede a uma análise imparcial

de todos os riscos globais, de acordo com as boas práticas da sociedade e segundo as

orientações constantes da Diretiva 2013/36/UE (CRD IV) e do Regulamento (UE) N.º 575/2013

(CRR). A gestão global de riscos da IFD é da competência do órgão de administração a quem

compete aprovar e rever periodicamente as estratégias e políticas relativas à assunção, gestão,

controlo e mitigação dos riscos a que a instituição está ou possa vir a estar sujeita, incluindo os

resultantes da conjuntura macroeconómica em que atua, atendendo à fase do ciclo económico.

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É, igualmente, da responsabilidade da DGR a coordenação, em conjunto com as áreas de IF e

de operações por grosso, da elaboração e implementação de um Regulamento de Crédito a

apresentar às entidades de supervisão, bem como o Regulamento Interno de Apoio à decisão

de investimento/financiamento dos IF a financiar através dos fundos FEEI, sob sua gestão,

fundamental para assegurar o profissionalismo, credibilidade e transparência no desempenho

desta atividade.

Gabinete de Apoio à Administração

O Gabinete de Apoio à Administração tem como missão o apoio ao Presidente da Comissão

Executiva, na gestão diária das suas atividades e agenda, no controlo do cumprimento da

respetiva missão de representação institucional e contacto com os acionistas e stakeholders.

Assume igualmente o apoio administrativo ao Presidente do Conselho de Administração e ao

Presidente da Comissão de Auditoria, nas tarefas relacionadas com a IFD.

Marketing e Comunicação

O Gabinete de Marketing e Comunicação tem como missão assegurar o planeamento, desenho,

implementação e atualização permanente dos instrumentos de comunicação externa da

sociedade (website, newsletter e outros suportes), bem como a produção gráfica e design de

documentos internos da sociedade e realização de iniciativas, em coordenação com as áreas

responsáveis dentro da organização. Apoia o Conselho de Administração e a Comissão

Executiva na relação com a Comunicação Social.

Planeamento, Controlo de Gestão & Estudos

O Departamento de Planeamento, Controlo de Gestão & Estudos tem como missão garantir um

adequado planeamento das atividades da IFD, seu controlo de execução, medição de impactos

e reporte aos stakeholders, nomeadamente através dos estudos ex ante e outros necessários.

Deve, ainda, assegurar a existência de um mecanismo de suporte ao processo de planeamento

e de informação de gestão, e da realização das análises, apreciações, recomendações e

informações acerca da execução das metas e o desempenho eficaz da atividade da IFD, numa

ótica de Controlo de Gestão, bem como o estudo do impacto dos programas adotados.

Instrumentos Financeiros

O Departamento de Instrumentos Financeiros destina-se a conceber, gerir e disponibilizar, via

operadores de mercado, Instrumentos Financeiros que contribuam para concretização das

políticas públicas de promoção do crescimento e emprego, e redução das dificuldades estruturais

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das empresas portuguesas, em particular das PME, no acesso a instrumentos de financiamento

alheio e capitalização.

A área de produtos de capital e quase-capital encontra-se focalizada na conceção, promoção,

distribuição e monitorização de produtos/instrumentos financeiros de capital e quase-capital,

visando a satisfação de necessidades de financiamento das empresas servidas pela IFD na

componente de capitais próprios.

A área de produtos de dívida, garantias e securitização encontra-se focalizada na conceção,

promoção, distribuição e monitorização de produtos / instrumentos financeiros de dívida,

garantias, titularização e outros, que permitam suprir as falhas de mercado no que respeita ao

financiamento por capitais alheios das necessidades das empresas servidas pela IFD.

A área de Gestão de Portfólio de fundos FEEI encontra-se focalizada na gestão de portfólio de

veículos criados com o cofinanciamento dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento

Operações por Grosso

O departamento de Operações por Grosso caracteriza-se pela montagem (angariação, análise

risco, negociação, contratação e acompanhamento) de operações por grosso, e sua distribuição

pelos operadores de mercado, de forma equilibrada, assegurando o aporte de recursos externos

para complementar os já existentes em Portugal, em matéria de financiamento do sector

empresarial.

Cooperação Internacional

O departamento de Cooperação Internacional dedica-se a assegurar a cooperação com

entidades internacionais e organismos multilaterais e de representação, que tenham interesse

para o desenvolvimento económico de Portugal e das suas empresas.

Departamento de Gestão Administrativa e Financeira:

Responsável por todas as tarefas de contabilidade, informação, reporte prudencial ao BdP,

fiscalidade, gestão de tesouraria e processamento de pagamentos e recebimentos. Este

departamento compreende as áreas da contabilidade, tesouraria, fiscalidade, pagamentos e

recebimentos e património.

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Suporte Operacional

O Departamento de Suporte Operacional tem por missão garantir o correto funcionamento das

atividades correntes da IFD em conexão com todas as outras áreas e departamentos existentes.

Este departamento compreende as áreas administrativa, de aprovisionamento e logística, de

recursos humanos, de jurídico e contencioso e de sistemas de informação e tecnologia.

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4. DEFINIÇÃO DOS GRAUS DE RISCO

Para o CPC consideram-se riscos os factos, acontecimentos, situações ou circunstâncias

suscetíveis de gerar corrupção ou uma infração conexa. Estes poderão ser identificados e

classificados quanto à probabilidade da sua ocorrência e quanto à gravidade das suas

consequências.

A gestão global de riscos da IFD é da competência do órgão de administração a quem compete

aprovar e rever periodicamente as estratégias e políticas relativas à assunção, gestão, controlo

e mitigação dos riscos a que a instituição está ou possa vir a estar sujeita, incluindo os resultantes

da conjuntura macroeconómica em que atua, atendendo à fase do ciclo económico.

A gestão de riscos na IFD assenta na constante identificação e análise dos diferentes riscos a

que a sociedade se encontra exposta, nomeadamente os riscos operacional, de crédito, de

compliance e reputacional.

Tendo por base a deliberação do CPC sobre a avaliação da gestão de riscos de corrupção e

infrações conexas, foi efetuada uma classificação do risco quanto à probabilidade da sua

ocorrência e quanto à gravidade das suas consequências.

Probabilidade de ocorrência

Alta: O risco decorre de processo corrente e frequente da sociedade.

Média: O risco decorre de processo esporádico da sociedade, mas que se admite que venha a

ocorrer ao longo do ano.

Baixa: O risco decorre de processo que só ocorrerá em circunstâncias excecionais.

Gravidade da Consequência

Alta: A situação de risco identificada pode provocar prejuízos financeiros significativos e violação

grave dos princípios associados ao interesse público, lesando a credibilidade da sociedade e

seus acionistas.

Média: A situação de risco pode comportar prejuízos financeiros e perturbar o normal

funcionamento da sociedade.

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Baixa: A situação de risco em causa não tem potencial para provocar prejuízos financeiros, não

sendo as infrações suscetíveis de ser praticadas causadoras de danos relevantes na imagem e

operacionalidade da sociedade.

Graus de Risco

Da conjugação das variáveis apresentadas, e tendo em consideração a atividade desenvolvida

e a estrutura da sociedade, para efeitos do PGRCIC da IFD foram considerados somente 3 graus

de risco distintos:

Elevado: Situação grave com probabilidade de ocorrência elevada que poderá levar a perdas

financeiras substanciais, violação grave da estratégia, politicas e valores da sociedade, danos

na reputação/prestígio da sociedade e incumprimento nas disposições legais e regulamentares.

Moderado: Situação com probabilidade de ocorrência moderada que poderá levar a perdas

financeiras e/ou resultar em danos na reputação/prestígio da sociedade.

Reduzido: Situação com probabilidade de ocorrência reduzida e com impacto financeiro e

reputacional limitado para a sociedade.

A tabela seguinte espelha a informação acima descrita:

Tabela de Graus de Riscos definidos na IFD

Alta Média Baixa

Alta Muito Elevado Elevado Moderado

Média Elevado Moderado Reduzido

Baixa Moderado Reduzido Muito Reduzido

Probabilidade de ocorrênciaGraus de Risco

Gravidade da

Consequência

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5. IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE INCIDÊNCIA DE RISCO

Tendo em consideração que a IFD é uma start up que iniciou a sua atividade em 2015, e

necessitando de aprofundar a experiência operacional, encetaram-se procedimentos para a

análise de atividades e processos, potencialmente sujeitos a riscos de corrupção e infrações

conexas, relacionados com os aspetos gerais da sociedade. Durante 2016, com a

operacionalização da atividade de gestão por mandato, já referida, e o esperado arranque das

atividades de on lending e arrangement, pretende-se analisar, identificar e desenvolver

atividades e processos potencialmente sujeitos a riscos de corrupção e infrações conexas.

As principais áreas de intervenção analisadas foram:

Aquisição de bens e serviços

Inclui tarefas de realização de consultas ao mercado, negociação, adjudicação, celebração de

contratos, acompanhamento da execução do contrato e pagamento a fornecedores, com riscos

potenciais de participação económica em negócio, suborno e utilização de informação

privilegiada.

Gestão dos recursos financeiros e patrimoniais

Inclui tarefas de gestão dos recursos bancários e de tesouraria, controlo orçamental e

processamento contabilístico, com riscos potenciais associados à manipulação e/ou omissão de

informação de modo a facilitar o pagamento de valores indevidos, suborno e peculato; e tarefas

de alienação e/ou rentabilização de património e gestão de inventários e viaturas, com riscos de

aquisição ou desvio de bens para proveito próprio, peculato e utilização indevida de recursos

públicos.

Gestão dos recursos humanos

Inclui tarefas do processo de recrutamento, seleção e progressão de recursos humanos, com

riscos potenciais de favorecimento ilícito na escolha dos recursos, abuso de poder e tráfico de

influências; tarefas do processo de avaliação de desempenho, com riscos potenciais associados

à aceitação de favores e/ou favorecimentos ilícitos em troca da concessão de vantagens

indevidas, falsificação de documentos, abuso de poder e tráfico de influências; e tarefas do

processamento de remunerações, abonos e descontos, com riscos potenciais de manipulação

de informação de modo a facilitar o pagamento indevido de benefícios e compensações, suborno

e peculato.

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PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS

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A definição da Matriz de Riscos da sociedade, decorrente da sua natureza de sociedade

financeira, igualmente irá permitir um maior detalhe das áreas de risco ao nível do negócio e das

medidas de prevenção necessárias ao nível das operações e tomada de decisão de negócio.

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6. IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS E MEDIDAS PREVENTIVAS

Aquisição de bens e serviços

PO GC GR

Favorecimento de fornecedores de bens e/ou serviços para obtenção de

benefícios próprios ou para terceiros, participação económica em negócio,

suborno e utilização de informação privilegiada:

B A M

• Existência de conflitos de interesses que ponham em causa a transparência

dos procedimentos;B A M

• Convite a fornecedores que não reúnem as condições mínimas exigidas para o

fornecimento do bem ou a prestação do serviço pretendido;B M R

• Deficiente ou inadequada condução dos processos de aquisição de bens e

serviços;M M M

• Adjudicações autorizadas por órgão sem competência para o efeito. B A M

Supressão dos procedimentos obrigatórios e incumprimento dos princípios

gerais de contratação, suborno:B A M

• Inexistência de formalização atempada de contratos, que assegurem o

cumprimento das condições de fornecimento do bem ou prestação do serviço;B A M

• Inexistência de aplicação de penalizações por incumprimento ou cumprimento

defeituoso de contratos;M M M

• Incumprimento de boa e atempada execução dos contratos por parte dos

fornecedores e prestadores de serviços.B A M

Existência de conluio entre os intervenientes e de eventual corrupção entre os

mesmos, participação económica em negócio:B A M

• Deficiente ou inadequada condução dos processos de encomenda de bens e

serviços;B M R

• Aquisições de bens e serviços não enquadradas em planeamento de

necessidades reais.B A M

Desvio ou não entrega dos bens contratados, não prestação dos serviços

contratados, peculato:B A M

• Deficiente controlo da quantidade e qualidade dos bens recebidos e serviços

prestados;B M R

• Realização de pagamento de bens e serviços sem que exista a entrega dos

bens ou a realização dos serviços.B A M

Classificação dos Riscos: PO - Probabilidade de Ocorrência (A - Alta; M - Média; B - Baixa); GC - Gravidade da Consequência (A - Alta; M- Média; B - Baixa); GR - Grau de Risco (E - Elevado; M - Moderado; R - Reduzido).

Receção de Bens e Serviços

Implementação de rotinas de controlo especializado pela área responsável

pelas compras.

Segregação de funções nas várias etapas do processo de aquisição de bens e

serviços.

Celebração e Execução de Contratos

Definição de regras para a formalização de contratos escritos a celebrar

previamente ao início da entrega do bem ou prestação do serviço.

Aplicação de penalizações por incumprimento contratual de acordo com a

enunciação no caderno de encargos.

Acompanhamento e avaliação regular do desempenho dos fornecedores e

prestadores de serviço.

Cumprimento das obrigações legais advenientes à publicitação dos contratos

nas plataformas eletrónicas de contratação pública.

Encomenda de Bens e Serviços

Fundamentação devida da necessidade das aquisições com aprovação pela

estrutura hierárquica.

Despistagem de valores contratados anormalmente elevados e verificação de

eventual concentração nos mesmos fornecedores.

Monitorização das aquisições de bens e serviços pela àrea responsável pelas

compras, com análise periódica pela estrutura hierárquica.

Principais Atividades Identificação dos RiscosClassificação dos Riscos

Medidas Preventivas

Consulta, Negociação e Adjudicação

Normas consignadas no Código de Conduta.

Cumprimento da legislação em vigor associada à contratação pública.

Proceder periodicamente à recolha de informação e escolha dos fornecedores,

com atualização do histórico de cumprimento de contratos ou encomendas.

Acompanhamento e supervisão dos desenvolvimentos negociais por parte do

departamento responsável pela condução dos processos de aquisição de bens

e serviços.

Segregação de funções no processo de avaliação e decisão da aquisição

(hierarquia de decisão).

Utilização de plataformas eletrónicas de contratação pública.

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Gestão dos recursos financeiros e patrimoniais

PO GC GR

Manipulação e/ou omissão de informação da situação financeira da Sociedade: B M R

• Erros ou detalhe insuficiente na elaboração do Plano de Atividades e

Orçamento;B M R

• Inexistência de avaliação de resultados reais vs resultados orçamentados no

Orçamento.B M R

Deficiências na qualidade da informação contabilística: B M R

• Erros/falhas na preparação das demonstrações financeiras a serem

divulgadas por não incluírem informação suficiente e/ou fiável;B M R

• Aplicação indevida de princípios contabilísticos. B M R

Manipulação e/ou omissão de informação de modo a facilitar o pagamento de

valores indevidos, suborno e peculato: M M M

• Pagamentos indevidos a terceiros relativamente a situações não previstas nos

contratos;B M R

• Efectivação de pagamentos sem a devida autorização prévia; B M R

• Erros/falhas na introdução/processamento das notas de crédito ou outros

ajustamentos em contas a pagar;M M M

• Existência de registos de transacções sem que estas tenham ocorrido ou sua

supressão ou omissão nos registos.M M M

Manipulação e/ou omissão de informação de modo a facilitar a emissão

fraudulenta de documentos retificativos a valores faturados, concussão, conflito

de interesses e participação económica em negócio:

M M M

• Erros/falhas na introdução/processamento das faturas ou outros ajustamentos

em contas a receber.M M M

Aceitação de favores e/ou favorecimentos ilícitos em troca da concessão de

vantagens e/ou benefícios, suborno e peculato:B B R

• Erros/falhas/atrasos na disponibilização de informação relativa a recebimentos

e pagamentos, nomeadamente quanto às operações realizadas;B B R

• Desvio de dinheiros e valores; B B R

• Erros/falhas no registo de investimentos e respetivas maturidades e retornos

de investimento.M M M

Classificação dos Riscos: PO - Probabilidade de Ocorrência (A - Alta; M - Média; B - Baixa); GC - Gravidade da Consequência (A - Alta; M- Média; B - Baixa); GR - Grau de Risco (E - Elevado; M - Moderado; R - Reduzido).

Gestão Financeira

Prévia validação pelo departamento responsável da fatura do fornecedor.

Introdução dos pagamentos nas plataformas homebanking desde que

devidamente suportados.

Supervisão que garanta a autorização prévia ao pagamento pelo órgão com

competência para o efeito.

Ações periódicas de controlo e monitorização para cruzamento entre os registos

contabilísticos e os elementos tangíveis/intangíveis das operações.

Níveis de responsabilidade diferenciados para a autorização de documentos

retificativos.

Níveis de responsabilidade diferenciados para a autorização de documentos

retificativos.

Ações periódicas de controlo e monitorização para cruzamento entre os registos

contabilísticos e os elementos tangíveis/intangíveis das operações.

Validação de informação pelos vários níveis de responsabilidade.

Reconciliações bancárias.

Procedimentos de contratação de aplicações financeiras.

Processamento Contabilístico

Acompanhamento e monitorização contínua da execução das tarefas.

Atuação do Técnico Oficial de Contas, Revisor Oficial de Contas e da Comissão

de Auditoria.

Principais Atividades Identificação dos RiscosClassificação dos Riscos

Medidas Preventivas

Controlo Orçamental Controlo regular da execução orçamental.

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Gestão dos recursos financeiros e patrimoniais (continuação)

PO GC GR

Manipulação de inventários de imobilizado propiciando o furto ou apropriação de

bens para proveito próprio:B M R

• Alienação de bens de modo a obter vantagens em benefício próprio ou de

terceiros;B M R

• Alienação de bens sem a adequada aprovação. B M R

• Apropriação indevida de bens por parte dos colaboradores. B M R

Avaliação desajustada das necessidades de intervenção na frota automóvel: B M R

• Realização de serviços de manutenção, inspeção e reparação das viaturas fora

do âmbito dos planos programados de manutenção sem a adequada

aprovação;

B M R

• Reparações resultantes de sinistros não abrangidas pelas coberturas

previstas nas apólices de seguro sem a adequada aprovação;B M R

Apropriação de equipamento informático de modo a obter vantagens em

benefício próprio ou de terceiros:B B R

• Alienação de equipamento informático não obsoleto ; B B R

• Realização de intervenções injustificadas ao equipamento informático.

B B R

Classificação dos Riscos: PO - Probabilidade de Ocorrência (A - Alta; M - Média; B - Baixa); GC - Gravidade da Consequência (A - Alta; M- Média; B - Baixa); GR - Grau de Risco (E - Elevado; M - Moderado; R - Reduzido).

Gestão Patrimonial

Normativos sobre inventários e abate de bens.

Controlo periódico do património da sociedade.

Monitorização permanente da utilização de veículos e planos de manutenção.

Controlo sistemático do estado dos equipamentos informáticos.

Validação da realização de intervenções pelos vários níveis de responsabilidade.

Monitorização e registo detalhado das intervenções efetuadas.

Existência ferramentas de gestão do equipamento informático.

Principais Atividades Identificação dos RiscosClassificação dos Riscos

Medidas Preventivas

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Gestão dos recursos humanos

PO GC GR

Manipulação de informação de modo a facilitar o pagamento indevido de

benefícios e compensações, peculato e concussão:B A M

• Processamento de vencimentos sem aderência à assiduidade dos

colaboradores e sua categoria profissional/remuneração contratual;B A M

• Processamento de abonos e descontos não autorizados; B A M

• Inadequado registo e controlo do tempo de trabalho e da assiduidade; B M R

• Falhas no registo da informação das bases de dados dos colaboradores e

divulgação de informação confidencial.B M R

Favorecimento ilícito na escolha dos recursos humanos a contratar, abuso de

poder e tráfico de influências:B B R

• Intervenção no processo de recrutamento de pessoas com relações de

proximidade dos candidatos;B B R

• Utilização de critérios de seleção discricionários, sem respeito pelo principio da

equidade;B B R

• Utilização de critérios de avaliação pouco objectivos, sem respeito pelo

principio da equidade;B B R

• Ausência ou deficiente fundamentação dos resultados de selecção; B B R

• Ausência de mecanismos que identifiquem e impeçam a ocorrência de

conflitos de interesse.B B R

Favorecimento ou prejuízo ilícito na gestão dos programas de formação: B M R

• Ações de formação inadequadas às funções a desempenhar pelos

colaboradores;B M R

• Contratação de entidades formadoras sem habilitação adequada; B M R

• Não execução na integra de planos de formação aprovados para os

colaboradores.M M M

Classificação dos Riscos: PO - Probabilidade de Ocorrência (A - Alta; M - Média; B - Baixa); GC - Gravidade da Consequência (A - Alta; M- Média; B - Baixa); GR - Grau de Risco (E - Elevado; M - Moderado; R - Reduzido).

Formação

Identificação das necessidades de formação e implementação das respetivas

ações.

Existência de diversos níveis de aprovação na instrução dos processos de

contratação da formação.

Elaboração de relatórios de execução da formação.

Recrutamento e Seleção

Obtenção de declaração de impedimento expressa e sob a forma escrita de não

intervenção em processos de pessoas com relações de proximidade dos

candidatos.

Definição de critérios e métodos, para a seleção de candidatos.

Avaliação dos candidatos envolvendo várias fases com triagem dos candidatos

independente da seleção e realização de entrevistas.

Exigência de fundamentação de propostas de recrutamento.

Registo das decisões de contratação devidamente fundamentadas.

Elaboração e divulgação de normas para prevenção de conflitos de interesse.

Principais Atividades Identificação dos RiscosClassificação dos Riscos

Medidas Preventivas

Gestão Administrativa

Interligação entre as bases dados de registos de colaboradores e de

processamento de vencimentos.

Participação de diversos intervenientes nos processos de processamento de

salários.

Segregação de funções e responsabilidade das operações.

Sistema de registo eletrónico das ausências dos colaboradores com circuito de

aprovação pela hierarquia.

Sistema de autenticação e restrição de acessos às bases de dados.

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7. CONTROLO E MONITORIZAÇÃO DO PLANO

Nos termos da legislação em vigor, deverá ser elaborado o relatório anual identificativo das

ocorrências, ou risco de ocorrências o âmbito das várias tipologias de corrupção, avaliando os

respetivos procedimentos de prevenção e controlo instituídos, de forma a avaliar o risco inerente

e a necessidade de novas medidas de prevenção face à realidade da sociedade.

Seguindo a recomendação do CPC, de 1 de julho de 2009, compete às funções de Controlo

Interno da IFD (Auditoria Interna, Compliance e Gestão de Riscos), nas suas ações, verificar, de

acordo com a natureza das mesmas, se os vários departamentos dispõem e aplicam

efetivamente o plano, mencionando tal facto nos seus relatórios.

O controlo e monitorização do Plano ficam a cargo da função de Auditoria Interna, que

apresentará ao Conselho de Administração o referido relatório anual sobre o cumprimento das

ações de implementação do Plano, com as conclusões retiradas da avaliação interna do plano e

eventuais recomendações preconizadas com vista à melhoria do sistema de controlo instituído.

Sempre que se identifiquem novos riscos ou se justifique a alteração das medidas propostas ou

implementadas, o Conselho de Administração determinará a revisão do Plano, sendo tal trabalho

assegurado pela função de Gestão de Riscos.

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PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS

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8. LEGISLAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO DE SUPORTE

Para elaboração do presente plano, foi considerada a seguinte legislação e documentação de

suporte:

Lei nº 54/2008 de 4 de setembro (criação do CPC);

Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro (estabelece os princípios e regras aplicáveis

ao sector público empresarial, incluindo as bases gerais do estatuto das empresas

públicas);

Decreto Regulamentar n.º 1/2014, de 10 de fevereiro (estabelece a missão, as

atribuições, a organização e o funcionamento da Unidade Técnica de Acompanhamento

e Monitorização do Setor Público Empresarial);

Decreto-Lei n.º 298/92 de 31 de dezembro (Regime Geral das Instituições de Crédito e

Sociedades Financeiras), na sua versão republicada pela Lei n.º 23-A/2015 (regula o

acesso à atividade e respetivo exercício por parte das instituições de crédito e das

sociedades financeiras e o exercício da supervisão das instituições de crédito e das

sociedades financeiras, respetivos poderes e instrumentos);

Recomendação do CPC, de 1 de julho de 2009 (estabelece a elaboração e aplicação de

planos de gestão de riscos de corrupção e infrações conexas);

Recomendação do CPC n.º 1/2010, de 7 de abril (estabelece a publicidade dos planos

de prevenção de riscos de corrupção e infrações conexas nos sítios da internet das

respetivas entidades);

Recomendação do CPC, de 7 de novembro de 2012 (estabelece a inclusão nos relatórios

sobre a execução dos planos de prevenção de riscos de uma referência sobre gestão

de conflitos de interesse);

Recomendação do CPC, de 7 de janeiro de 2015 (recomenda o reforço na identificação,

prevenção e gestão de riscos de corrupção e infrações conexas na contratação pública).