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PLANO de PORMENOR da ZONA INDUSTRIAL do Tortosendo Alteração AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA FUNDAMENTAÇÃO DA DISPENSA

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PLANO de PORMENOR da ZONA INDUSTRIAL do Tortosendo

Alteração

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA FUNDAMENTAÇÃO DA DISPENSA

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ÍNDICE

I. INTRODUÇÃO 3 

1.1.  NOTA INTRODUTÓRIA 3 1.2.  ENQUADRAMENTO LEGAL 3 1.3.  ÂMBITO DO PLANO - ALTERAÇÃO 5 1.4.  ÂMBITO GEOGRÁFICO 5 

II. ALTERAÇÃO DO PLANO DE PORMENOR 7 

2.1.  ANTECEDENTES 7 2.2.  AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO DO PLANO 7 2.3.  OBJECTIVOS 9 

III. QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICA 10 

3.1.  ENQUADRAMENTO NOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO TERRITORIAL EM VIGOR 10 3.2.  CONDICIONANTES, SERVIDÕES E RESTRIÇÕES DE UTILIDADE PÚBLICA 10 

IV. FUNDAMENTAÇÃO PARA A NÃO AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA 11 

4.1.  ÁREA DE INTERVENÇÃO 11 4.2.  ENQUADRAMENTO DO PROCEDIMENTO DE ALTERAÇÃO NO RJIGT 12 4.3.  CRITÉRIOS DE DETERMINAÇÃO DA PROBABILIDADE DE EFEITOS SIGNIFICATIVOS NO AMBIENTE 13 

V. CONCLUSÃO 16 

ANEXO 17 

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I. INTRODUÇÃO

1.1. NOTA INTRODUTÓRIA

Atendendo às exigências legais requeridas pelo Decreto-lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, na redacção

dada pelo Decreto-Lei n.º 46/2009 de 20 de Fevereiro, serve o presente relatório para fundamentar a isenção

de Avaliação Ambiental Estratégica da Proposta de Alteração do Plano de Pormenor da Zona Industrial do

Tortosendo, adiante designado por PP ZIT, nos termos do n.º 3 do artigo 96.º do supra citado diploma.

1.2. ENQUADRAMENTO LEGAL

De acordo com o n.º4 do Artigo 96.º do Decreto-lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, na redacção dada pelo

Decreto-Lei n.º 46/2009 de 20 de Fevereiro, a qualificação das alterações compete à entidade responsável

pela elaboração do plano de acordo com os critérios estabelecidos no anexo ao Decreto -Lei n.º 232/2007,

de 15 de Junho, podendo ser precedida de consulta às entidades às quais, em virtude das suas

responsabilidades ambientais específicas, possam interessar os efeitos ambientais resultantes.

Compete, nos termos do n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, à entidade com

responsabilidade pela elaboração do plano, neste caso a Câmara Municipal da Covilhã, ponderar face aos

termos de referência do plano em causa, se este é ou não, susceptível de enquadrar projectos que possam

vir a ter impactes ambientais, isto é se o mesmo se encontra sujeito à Avaliação Ambiental Estratégica.

O quadro legal em vigor, remete o procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental para a fase de projecto,

na qual as possibilidades de tomar diferentes opções e de apostar em diferentes alternativas de

desenvolvimento são restritas, face aos IGT´s em vigor, nos quais não foram ponderadas as questões

ambientais.

Aliás o preâmbulo do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho é claro quando refere “(…) não é raro

verificar que a decisão acerca das características de determinado projecto se encontra já previamente

condicionada por planos e programas nos quais o projecto se enquadra, esvaziando de utilidade e alcance a

própria avaliação de impacte ambiental.”

Assim, a integração da avaliação ambiental ao nível do planeamento é um contributo para assegurar que os

eventuais impactes ambientais negativos são equacionados e mitigados numa fase anterior à fase de

projecto, condicionando e orientando o processo de planeamento.

Contudo, nem todos os planos e programas se encontram sujeitos a procedimento de Avaliação Ambiental.

O n.º 1 do artigo 3.º do diploma acima referenciado, define os Planos que se encontram sujeitos a Avaliação

Ambiental:

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1. “Os planos e programas para os sectores da agricultura, floresta, pescas, energia, indústria,

transportes, gestão de resíduos, gestão das águas, telecomunicações, turismo, ordenamento

urbano e rural ou utilização dos solos e que constituam enquadramento para a futura aprovação de

projectos mencionados nos anexos I e II do Decreto-lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, na sua actual

redacção.”

2. “Os planos e programas que, atendendo aos seus eventuais efeitos num sítio da lista nacional de

sítios, num sítio de interesse comunitário, numa zona especial de conservação ou numa zona de

protecção especial, devam ser sujeitos a uma avaliação de incidências ambientais nos termos do

artigo 10.º do Decreto-lei n.º 140/99, de 24 de Abril, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-lei

n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro.”

3. “Os planos e programas que, não sendo abrangidos pelas alíneas anteriores, constituam

enquadramento para a futura aprovação de projectos e que sejam qualificados como susceptíveis

de ter efeitos significativos no ambiente.”

A directa aplicação do disposto anteriormente, nomeadamente do n.º 3, obrigaria a Avaliação Ambiental de

qualquer Plano de Pormenor, uma vez que constitui enquadramento para o licenciamento de projectos.

Contudo o legislador restringiu e balizou os planos que devem ser objecto de Avaliação Ambiental

Estratégica, quando o n.º 2 do artigo 1.º da actual redacção do RJIGT, refere que à avaliação ambiental dos

instrumentos de gestão territorial se aplica esse mesmo diploma e subsidiariamente o Decreto-lei n.º

232/2007, de 15 de Junho.

Ora o n.º 3 do artigo 96.º do Decreto-lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, na redacção dada pelo Decreto-Lei

n.º 46/2009 de 20 de Fevereiro,” As pequenas alterações aos instrumentos de gestão territorial só são

objecto de avaliação ambiental no caso de se determinar que são susceptíveis de ter efeitos significativos no

ambiente.”

O n.º 5 do artigo 74.º refere“(…) os planos de pormenor que impliquem a utilização de pequenas áreas a

nível local só são objecto de avaliação ambiental no caso de se determinar que são susceptíveis de ter

efeitos significativos no ambiente”.

Para efeitos dessa qualificação o n.º 6 do mesmo articulado refere que “A qualificação (…) dos planos de

pormenor (…) compete à Câmara Municipal de acordo com os critérios estabelecidos no anexo ao Decreto-

lei n.º 232/2007, de 15 de Junho (…)”. Ou seja, O regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial

remete para o Regime de Avaliação Ambiental Estratégica, para efeitos de qualificação de um Plano de

Pormenor a esse procedimento.

Assim, para efeitos de sujeição, ou não, da Alteração do PP ZIT, seguir-se-ão os seguintes critérios que

constam do anexo, a que acrescem as considerações genéricas atrás mencionadas.

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1.3. ÂMBITO DO PLANO - ALTERAÇÃO

O procedimento de alteração do PP ZIT enquadra-se no artigo 93.º do Regime Jurídico dos Instrumentos de

Gestão Territorial.

Compete à Câmara Municipal, o reordenamento industrial e a qualificação desses espaços, através da

alteração ou revisão dos seus instrumentos de planeamento, com vista a um desenvolvimento económico e

social sustentável.

Decorridos 10 anos sobre a entrada em vigor do Plano de Pormenor da Zona Industrial do Tortosendo, e

encontrando-se a sua área de intervenção praticamente consolidada em termos de ocupação, verifica-se a

necessidade da adequação das condicionantes urbanísticas, fixadas no seu Regulamento, Planta de Síntese

e Planta de Condicionantes, às exigências e tendências evolutivas do sector empresarial, bem como as

tendências evolutivas da economia do concelho e da região, de forma a corresponder à procura de solo

industrial infra-estruturado e a criar as condições para acolher projectos de investimento que, embora não se

enquadrem na tipologia indústria, se apresentem como tipologias de actividades complementares desta,

garantindo, dessa forma, a expansão e ou melhoria da capacidade produtiva das empresas já instaladas.

A definição rígida de usos existente no Plano de Pormenor actualmente em vigor constitui um

constrangimento à instalação e desenvolvimento da Zona Industrial. Pelo que, no âmbito das suas

competências, nomeadamente no que se refere à regulação de solo industrial, deve a Câmara Municipal

desenvolver acções que possibilitem a diversificação do tecido económico e empresarial do concelho e em

particular dessa zona.

Verifica-se assim a necessidade de dotar este instrumento municipal de ordenamento em vigor, das

condições necessárias que permitam acompanhar a evolução do sector empresarial, respondendo às

exigências da procura de espaços infra-estruturados para a instalação de actividades económicas.

Neste sentido, a Câmara Municipal da Covilhã, considerou oportuno dar início a um procedimento de

alteração do Plano de Pormenor da Zona Industrial do Tortosendo. A Alteração do PP ZIT seguirá, nos

termos do n.º 1 do artigo 96.º do RJIGT, com as devidas adaptações, os procedimentos estabelecidos para a

elaboração de um Plano de Pormenor.

1.4. ÂMBITO GEOGRÁFICO

A área de intervenção da proposta de Alteração do Plano coincide com a área de intervenção do Plano de

Pormenor da Zona Industrial do Tortosendo, publicado através da Resolução de Conselho de Ministros n.º

86/2002, de 19 de Abril.

O perímetro da área de intervenção abrange uma superfície com cerca de 26,7 ha.

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Fig. 1 – Localização da área de intervenção do Plano de Pormenor da Zona Industrial do Tortosendo

Fig. 2 – Planta de Síntese do Plano de Pormenor da Zona Industrial do Tortosendo, em Vigor

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II. ALTERAÇÃO DO PLANO DE PORMENOR

2.1. ANTECEDENTES

O Plano de Pormenor da Zona Industrial do Tortosendo foi publicado através da Resolução de Conselho de

Ministros n.º 86/2002, de 19 de Abril, encontrando-se em vigor à presente data.

2.2. AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO DO PLANO

Alvarás de Licença de Construção

LOTE EMPRESA N.º

PROCESSO

DE OBRAS

ALVARÁ DE LICENÇA DE

CONSTRUÇÃO

N.º DATA

3 João Mendes Gonçalves 510/99 53/01 16-02-2001

4 Dias e Pereira dos Santos, Lda. 264/98 115/01 06-04-2001

5 António Ezequiel, Lda. 539/00 4/04 17/07

05-01-2004 12-01-2007

7 Helifer, Lda. 48/00 247/03 20-05-2003

10 Pinto & Filhos, Lda. 224/00 68/02 21-02-2002

12 José Fernandes Lagares – Tipografia Minerva 425/00 174/03 31-03-2003

13 Multifibras, Lda. 554/99 169/01 18-05-2001

14 José Manuel Pinheiro Madaleno 358/05 484/06 19-12-2006

15 Carlos Benjamim Neves Luciano, Lda. 5/00 250/01 16-07-2001

16 Soconstrutor 518/99 274/01 12-07-2001

18 Valcon – Válvulas Automáticas de Controle, Lda. 200/00 91/04 449/05

05-03-2004 03-10-2005

19 Paulo Conceição, Lda. 198/00 415/00 15-11-2000

20 Covialimentar, Lda. 12/97 22/00 124/05

24-01-2000 09-03-2005

21 Alcriestor – Estores, Lda. 205/99 396/00 07-11-2000

22 Somebe – Sociedade Metalúrgica da Beira, Lda. 52/00 421/02 16-09-2002

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Alvarás de Licença de Utilização

LOTE EMPRESA N.º

PROCESSO

DE OBRAS

ALVARÁ DE LICENÇA DE

UTILIZAÇÃO

N.º DATA

1 FITECOM – Comercialização e Industrialização Têxtil, Lda.

350/97 23/11 22-01-2011

3

João Mendes Gonçalves

510/99

117/01

04-06-2001

4 Dias e Pereira dos Santos, Lda. 264/98 114/01 28-05-2001

5 António Ezequiel, Lda. 539/00

47/11 25-03-2011

8 Viegas & Lucito, Lda. 208/99 123/07 14-06-2007

10 Pinto & Filhos, Lda. 224/00 6/05 11-01-2005

13 Multifibras, Lda. 554/99 178/01 30-07-2001

16 Soconstrutor 518/99 204/02 01-07-2002

18 Valcon – Válvulas Automáticas de Controle, Lda. 200/00 9/06 06-01-2006

20 Covialimentar, Lda. 12/97 156/06 09-06-2006

21 Alcriestor – Estores, Lda. 205/99 271/01 20-11-2001

24 Licores Serrano, Lda. 146/09 21-06-2009

25 Serragel, Lda. 388/04 230/10 10-11-2010

28 Branco & Figueiredo, Lda. 472/02 79/08 24-08-2005

29 Bormaia, S.A. – Brimtêxtil, Lda. 512/00 242/07 07-11-2005

Processos de Licenciamento em Trânsito

LOTE EMPRESA N.º PROCESSO

DE OBRAS DATA

ENTRADA

2 ED – Entregas ao Domicílio, Lda. 517/99 30-11-1999

6 Ana Cristina & Beato, Lda. 522/99 30-11-1999

9 Proexact, Lda. 520/99 30-11-1999

11 Álvaro Manuel Nobre Miguel Santos Azevedo 521/99 30-11-1999

17 Candicova – Indústrias de Candeeiros e Abat-Jours, Lda. 296/97 02-07-1997

23 Confecções J. Vaz, Lda. 512/99 29-11-1999

26 Benoli Confecções, Lda. 519/99 30-11-1999

27 Carvalho & Carvalho, Lda. 515/99 30-11-1999

30 J. Gil & Companhia, Lda. 544/99 17-12-1999

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2.3. OBJECTIVOS

A Alteração do Plano de Pormenor da Zona Industrial do Tortosendo, visa os seguintes objectivos

programáticos:

a) Promover a fixação de indústrias e de empresas em áreas complementares à actividade produtiva;

b) Garantir a expansão e a melhoria da capacidade produtiva das empresas instaladas;

c) Redefinir os indicadores urbanísticos de acordo com as necessidades através da resolução de

ambiguidades e omissões, adoptando parâmetros urbanísticos mais compatíveis com intenções e

compromissos existentes que visem a manutenção de postos de trabalho e a realização de

investimento por parte das empresas;

d) Qualificar os espaços existentes para o desenvolvimento de actividades económicas,

nomeadamente industria, armazém, comércio e serviços, por forma a garantir a implementação das

actividades de acordo com as necessidades actuais.

FACTORES POTENCIADORES DO DESENVOLVIMENTO URBANO

A sua localização, a cerca de 2,0 km da cidade da Covilhã;

Bons níveis de acessibilidades, quer pelo Eixo TCT (Eixo Urbano Teixoso/Covilhã/Tortosendo), quer pela variante à EN 18, com ligação directa à A23 (Acesso Sul à Auto-estrada) facilitando o escoamento de produtos para o mercado Europeu;

A área encontra-se infra-estruturada, nomeadamente, com rede pública de abastecimento de água, rede de drenagem de águas residuais e pluviais, rede de comunicação de voz e dados, rede de infra-estruturas eléctricas e de iluminação pública e rede de gás natural.

A sua área é servida pela rede de transportes urbanos;

Localização de vários serviços na sua área de intervenção e envolvente.

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III. QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICA

3.1. ENQUADRAMENTO NOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO TERRITORIAL EM VIGOR

O Plano de Pormenor da Zona Industrial do Tortosendo foi publicado através da Resolução de Conselho de

Ministros n.º 86/2002, de 19 de Abril,

O Plano de Urbanização da Grande Covilhã (PUGC), publicado pelo Aviso nº 15208/2010, Diário da

República n.º 147/2010, II Série, de 30 de Julho, mantém em vigor o Plano de Pormenor da Zona Industrial

do Tortosendo.

Assim na área em estudo vigora o Plano de Pormenor da Zona Industrial do Tortosendo, nomeadamente, o

disposto no Regulamento, Planta de Síntese e Planta de Condicionantes.

Vigora ainda o Plano Regional de Ordenamento Florestal da Beira Interior Norte, publicado em 24 de Julho

de 2006, através do Decreto-Regulamentar n.º 12/2006.

3.2. CONDICIONANTES, SERVIDÕES E RESTRIÇÕES DE UTILIDADE PÚBLICA

Na área do Plano existem diversas servidões administrativas e restrições de utilidade pública, as quais se

regem pela legislação aplicável não sendo por isso necessário descrever as suas obrigatoriedades. A maioria

das situações estão cartografadas na Planta de Condicionantes, com excepção daquelas que não são

cartografáveis.

Fig. 3 – Planta de Condicionantes do Plano de Pormenor da Zona Industrial do Tortosendo, em Vigor

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IV. FUNDAMENTAÇÃO PARA A NÃO AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

A qualificação da alteração ao PP ZIT, ao procedimento de Avaliação Ambiental Estratégica, far-se-á em

primeira instância através da verificação da aplicabilidade dos critérios definidos no n.º 1 do artigo 3.º do

Decreto-lei n.º 232/2007, de 15 de Junho e a amplitude e relevância de cada um deles no contexto de

alteração do Plano.

CRITÉRIO: Estão sujeitos a avaliação ambiental “Os planos e programas para os sectores da agricultura,

floresta, pescas, energia, indústria, transportes, gestão de resíduos, gestão das águas, telecomunicações,

turismo, ordenamento urbano e rural ou utilização dos solos e que constituam enquadramento para a futura

aprovação de projectos mencionados nos anexos I e II do Decreto-lei n.º 69/2000, de 3 de Maio, na sua

actual redacção.”

Considerando que a área de intervenção do PP ZIT é uma área ocupada e consolidada, com as infra-

estruturas totalmente construídas, não há lugar à realização de obras.

Não existindo realização de obras, não se perspectivam quaisquer efeitos sobre o ambiente.

CRITÉRIO: Estão sujeitos a avaliação ambiental “Os planos e programas que, atendendo aos seus eventuais

efeitos num sítio da lista nacional de sítios, num sítio de interesse comunitário, numa zona especial de

conservação ou numa zona de protecção especial, devam ser sujeitos a uma avaliação de incidências

ambientais nos termos do artigo 10.º do Decreto-lei n.º 140/99, de 24 de Abril, na redacção que lhe foi dada

pelo Decreto-lei n.º 49/2005, de 24 de Fevereiro.”

O PP ZIT não se inscreve em qualquer área acima mencionada, pelo que se considera que este critério é

não aplicável.

CRITÉRIO: Estão sujeitos a avaliação ambiental “Os planos e programas que, nãos sendo abrangidos pelas

alíneas anteriores, constituam enquadramento para a futura aprovação de projectos e que sejam qualificados

como susceptíveis de ter efeitos significativos no ambiente.” (Decorrente do disposto na alínea c) do n.º 1 do

artigo 3.º e do Anexo do Decreto-lei n.º 232/2007, de 15 de Junho).

Este critério subdivide-se em vários sub-critérios que serão analisados no ponto 4.3.

4.1. ÁREA DE INTERVENÇÃO

A revisão do PP ZIT não altera a área de intervenção do Plano em vigor e que se encontra prevista no Plano

de Urbanização da Grande Covilhã, como Zona Industrial Consolidada.

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Fig. 4 – Extracto da Planta de Zonamento do Plano de Urbanização da Grande Covilhã

Fig. 5 – Extracto da Legenda da Planta de Zonamento do Plano de Urbanização da Grande Covilhã

4.2. ENQUADRAMENTO DO PROCEDIMENTO DE ALTERAÇÃO NO RJIGT

O presente procedimento constitui uma mera alteração do Plano de Pormenor válido e eficaz existente para o

local.

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A alteração do Plano não resultará alterações significativas, considerando que serão apenas redefinir os

indicadores urbanísticos de acordo com as necessidades através da resolução de ambiguidades e omissões,

adoptando parâmetros urbanísticos mais compatíveis com intenções e compromissos existentes; pequenos

acertos ao nível dos polígonos de implantação e acertos nos usos previstos para cada uma das parcelas.

4.3. CRITÉRIOS DE DETERMINAÇÃO DA PROBABILIDADE DE EFEITOS SIGNIFICATIVOS NO AMBIENTE

(anexo ao Decreto-lei n.º 232/2007, de 15 de Junho)

Como referido anteriormente, segundo o disposto no n.º 3 do artigo 96º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de

Setembro, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 46/2009 de 20 de Fevereiro,” As pequenas alterações aos

instrumentos de gestão territorial só são objecto de avaliação ambiental no caso de se determinar que são

susceptíveis de ter efeitos significativos no ambiente.”

O mesmo diploma refere também no n.º5 do artigo 74.º “os planos de pormenor que impliquem a utilização

de pequenas áreas a nível local só são objecto de avaliação ambiental no caso de se determinar que são

susceptíveis de ter efeitos significativos para o ambiente”.

O n.º 6 do mesmo artigo, refere que a “qualificação (…) dos planos de pormenor para efeitos do número

anterior compete à Câmara Municipal de acordo com os critérios estabelecidos no anexo do Decreto-lei n.º

232/2007, de 15 de Junho (… )”.

A análise efectuada apenas se refere às alterações introduzidas pela Alteração do Plano de Pormenor da

Zona Industrial do Tortosendo.

4.3.1. Características do Plano

a) O grau em que o Plano ou programa estabelece um quadro para os projectos e outras

actividades no que respeita à localização, natureza, dimensão e condições de funcionamento

ou pela afectação dos recursos

A alteração do PP ZIT contribui para a requalificação da zona industrial do Tortosendo,

introduzindo pequenas alterações e ajustes nas regras de ocupação, nos parâmetros e

indicadores urbanísticos. Introduz ao mesmo tempo pequenas alterações nos polígonos de

implantação das parcelas existentes, introduz a possibilidade de implementação de uso

comercial e de serviços, enquanto usos complementares ao uso industrial existente.

b) O grau em que o plano ou programa influencia outros planos ou programas, incluindo os

inseridos numa hierarquia

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A área de intervenção do PP ZIT, insere-se na área de intervenção do Plano de Urbanização

da Grande Covilhã, publicado pelo Aviso nº 15208/2010, Diário da República n.º 147/2010, II

Série, de 30 de Julho.

O Plano de Urbanização da Grande Covilhã, identifica a área como abrangida por Plano de

Pormenor, classificado a mesma como Solo Urbanizado – Zona Industrial Consolidada,

reconhecendo este Plano de Nível superior, a condição de zona Industrial consolidada, da área

de intervenção do PP ZIT.

Por esse motivo, conclui-se que a Alteração do PP ZIT não influenciará o Plano acima

referenciado.

c) A pertinência do plano ou programa para a integração de considerações ambientais, em

especial com vista a promover o desenvolvimento sustentável

A Alteração do PP ZIT tem por objectivo o desenvolvimento de uma economia sustentável e

competitiva, procurando satisfazer as necessidades da geração actual, sem comprometer a

capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, protegendo

os recursos vitais, incrementando factores de coesão social e equidade, garantindo um

crescimento económico e amigo do ambiente e das pessoas.

d) Os problemas ambientais pertinentes para o plano ou programa

A área em causa encontra-se já humanizada, não apresentando características do ponto de

vista ambiental pertinentes para o Plano.

e) A pertinência do plano ou programa para a implementação da legislação em matéria de

ambiente

Não é pertinente.

4.3.2. Características dos impactes e da área susceptível de ser afectada:

a) A probabilidade, a duração, a frequência e a reversibilidade dos efeitos

A Alteração do PP ZIT não altera o tipo de ocupação prevista no Plano em vigor, pelo que não

produzirá novos impactes.

b) A natureza cumulativa dos efeitos

Não significativo.

c) A natureza transfronteiriça dos efeitos

Não aplicável.

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d) Os riscos para a saúde humana ou para o ambiente, designadamente devido a acidentes

Os riscos para a saúde humana serão reduzidos com a implementação da alteração do Plano,

uma vez a área em questão se encontra ocupada e consolidada e que o mesmo determina no

seu Regulamento, a obrigatoriedade do cumprimento de legislação em matéria de Ruído e

tratamento de gasosos, líquidos e resíduos sólidos.

e) A dimensão e extensão espacial dos efeitos, em termos de área geográfica e dimensão da área

susceptível de ser afectada, devido a: características naturais específicas ou património

cultural, ultrapassagem das normas ou valores limite em matéria de qualidade ambiental, e

utilização intensiva do solo

Não Significativo.

f) Os efeitos sobre as áreas ou paisagens com estatuto protegido a nível nacional, comunitário ou

internacional

Não aplicável.

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V. CONCLUSÃO

A Alteração do PP ZIT tem subjacente a requalificação daquela Zona Industrial, adequando os critérios de

ocupação com vista à sustentabilidade do espaço.

Assim, considerando que:

- A implementação do Plano de Pormenor da Zona Industrial do Tortosendo se encontra praticamente

concluída, encontrando-se a área em questão praticamente consolidada, com todas as infra-estruturas

necessárias executadas e implementadas no terreno, não havendo lugar à realização de obras;

- A área objecto de alteração mantém a área de intervenção do Plano de Pormenor da Zona Industrial do

Tortosendo publicado através da Resolução de Conselho de Ministros n.º 86/2002, de 19 de Abril,

actualmente em vigor, consistindo apenas em pequenas alterações ao nível dos parâmetros urbanísticos,

polígonos de implantação e usos. A Alteração do PP ZIT não implicará a utilização de qualquer área, que não

estivesse delimitada no Plano em vigor;

- A área correspondente ao PP ZIT encontra-se identificada no Plano de Urbanização da Grande Covilhã,

como Zona Industrial Consolidada, plano esse sujeito a procedimento de Avaliação Ambiental Estratégica.

Pelo que ao abrigo do disposto no n.º 2 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de Junho, considera-

se que fica excluído do âmbito da avaliação ambiental da Alteração do PP ZIT eventuais efeitos ambientais,

considerando que serão avaliados no âmbito da avaliação do primeiro.;

- A não aplicabilidade da maior parte dos critérios para a qualificação do Plano a Avaliação Ambiental

Estratégica, conforme exposto no ponto 4.3. - Critérios de determinação da probabilidade de efeitos

significativos no ambiente.

Considera-se assim que se encontram preenchidas as condições previstas na legislação em vigor para

dispensa de realização do Relatório Ambiental.

O título conclusivo, julga-se que a decisão acerca das características de determinado investimento, que

possa vir a ser enquadrado na área de intervenção do Plano, não será condicionada por qualquer opção

constante da proposta de alteração do mesmo, nomeadamente no que se refere a questões ambientais.

Assim, o presente Relatório de Fundamentação, é justificativo suficiente para que a proposta de

Alteração do Plano de Pormenor da Zona Industrial do Tortosendo possa ser dispensada do

procedimento de Avaliação Ambiental Estratégica, nos termos da legislação aplicável.

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ANEXO

Critérios de Determinação da Probabilidade de Efeitos Significativos no Ambiente

Características dos Planos e Programas

a) O grau em que o plano ou programa estabelece um quadro para os projectos e outras actividades no que respeita à localização, natureza, dimensão, e condições de funcionamento ou pela afectação de recursos;

b) O grau em que o plano ou programa influencia outros planos ou programas, incluindo os inseridos numa hierarquia;

c) A pertinência do plano ou programa para a integração de considerações ambientais, em especial com vista a promover o desenvolvimento sustentável;

d) Os problemas ambientais pertinentes para o plano ou programa;

e) A pertinência do plano ou programa para a implementação da legislação em matéria de ambiente;

Características dos impactes e da área susceptível de ser afectada

a) A probabilidade, a duração, a frequência e a reversibilidade dos efeitos;

b) A natureza cumulativa dos efeitos;

c) A natureza transfronteiriça dos efeitos;

d) Os riscos para a saúde humana ou para o ambiente, designadamente devido a acidentes;

e) A dimensão e a extensão espacial dos efeitos, em termos de área geográfica e dimensão da população susceptível de ser afectada;

f) O valor e a vulnerabilidade da área susceptível de ser afectada, devido a:

i. Características naturais específicas ou património cultural;

ii. Ultrapassagem das normas ou valores limite em matéria de qualidade ambiental;

iii. Utilização intensiva do solo.

g) Os efeitos sobre as áreas ou paisagens com estatuto protegido a nível nacional, comunitário ou internacional.