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Plano de Negócios para a Criação de um Operador Turístico
Vanessa Filipa Rodrigues Costa
Projeto de Mestrado
Mestrado em Gestão do Turismo
Versão final (Esta versão contém as críticas e sugestões dos elementos do júri.)
Porto, novembro de 2017
INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO DO PORTO INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO
Plano de Negócios para a Criação de um Operador Turístico
Vanessa Filipa Rodrigues Costa
Projeto de Mestrado apresentado ao Instituto de Contabilidade e
Administração do Porto para a obtenção do Grau de Mestre em Gestão do
Turismo, sob orientação do Professor Doutor Adalmiro Álvaro Malheiro de
Castro Andrade Pereira, e sob a coorientação da Professora Doutora Dália
Filipa Veloso de Azevedo Liberato
Porto, novembro de 2017
INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO DO PORTO INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO
ii
Resumo
O turismo é um setor em desenvolvimento a nível mundial segundo
apontam as estatísticas. Mas é também um setor muito complexo e, devido à
sua complexidade e importância começou a existir a necessidade de se recorrer
a intermediários para ajudar os turistas a planear e organizar as suas viagens.
Foi assim que surgiram os operadores turísticos.
Os operadores turísticos têm como função a elaboração de pacotes
turísticos que incluem todos os bens e serviços necessários para viajar para um
destino. Isto foi uma grande vantagem para os turistas porque lhes oferece a
possibilidade de adquirirem nos pacotes turísticos tudo incluído para realizar as
viagens a um preço mais barato.
O objetivo deste Projeto de Mestrado é a realização de um estudo da
viabilidade de um operador turístico que comercializa os seus pacotes turísticos
diretamente ao consumidor final e que tem como fator diferenciador a inclusão
de um guia turístico nos pacotes de viagem. Este fator demonstra a presença da
Move to Travel no mercado e o foco nos clientes.
Após a realização de um plano de negócios detalhado sobre a empresa,
e o estudo financeiro, conclui-se que o projeto é viável a nível financeiro, uma
vez que se obteve indicadores positivos, como o VAL – 202.957€ – e a TIR –
8514,06% –, que são fundamentais. Em conclusão, o projeto tem todas as
características necessárias para ser atrativo para o seu público-alvo, levando a
empresa ao sucesso.
Palavras chave: Turismo, Operadores Turísticos, Pacotes Turísticos, Plano de
Negócios, Público-Alvo.
iii
Abstract
According to the statistics, tourism is a sector in strong development
worldwide. But it is also a very complex sector. Due to its complexity and
importance there has been the need to use intermediaries that could help the
tourists to plan and organize their travels. This is how tour operators appeared.
The main function of tour operators is to develop tour packages that
include all goods and services needed to travel to a destination. This is also a
great advantage for tourists because it offers them the possibility of purchasing
an “all-inclusive” tour package at a lower price.
The aim of this Master’s Project is to study the feasibility of a tour operator
that markets its tour packages directly to the final consumer with the inclusion of
a tour guide in the travel packages, which is the differentiating factor. This factor
demonstrates Move to Travel's presence in the market and customer focus.
After completing a detailed business plan for the company and the financial
study, the conclusion is that the project is financially feasible, given that positive
indicators such as the "NPV" – 202.957€ – and the "IRR" – 8514,06% – were
obtained, and they are fundamental. In conclusion, the project has all the features
necessary to be attractive to the companies’ target audience, leading the
company to success.
Key Words: Tourism, Tour Operatour, Tour Packages, Business Plan, Target
Audience.
iv
Agradecimentos
Este projeto representa a realização de um objetivo pessoal e de muito sacrifício.
Contudo, sem algumas pessoas, isto não seria possível.
Agradeço em primeiro lugar aos meus pais pelo apoio e compreensão ao longo
destes anos.
Agradeço ao meu irmão, pois a ideia para este tema deve-se a ele, assim como
outras ideias.
Ao Professor Doutor Adalmiro Pereira pela ajuda, disponibilidade e confiança ao
longo destes meses, obrigada.
Agradeço à Professora Doutora Dália Liberato pela ajuda e disponibilidade que
demonstrou no desenvolvimento do trabalho.
Agradeço aos amigos que demonstraram apoio, incentivo e compreensão ao
durante todo o meu percurso académico.
v
Lista de Abreviaturas
APA – Alojamento e Pequeno Almoço
DR – Demonstração de Resultados
EBIT – Earning Before Interest and Taxes
EBITDA - Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization
ET2027 – Estratégia Turismo 2027
FSE – Fornecimentos e Serviços Externos
IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação
INE – Instituto Nacional de Estatística
IRC – Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
IRS – Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado
KFS – Key Factors For Sucess
MP – Meia Pensão
OMT – Organização Mundial do Turismo
PA – Pequeno Almoço
PC – Pensão Completa
PENT – Plano Estratégico Nacional do Turismo
PEST – Política, Económica, Social e Tecnológica
PME – Pequenas e Médias Empresas
PIB – Produto Interno Bruto
RevPar – Revenue per Available Room
RL – Resultado Liquido
ROE – Return On Equity
ROI – Return on investment
SA – Só Alojamento
SWOT – Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats
TIR – Taxa Interna de Rendibilidade
UE – União Europeia
UNESCO – United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization
UNWTO – United Nations World Tourism Organization
VAL – Valor Atual Líquido
WACC – Weighted Average Cost of Capital
vi
Índice
Resumo ....................................................................................................................... 2
Abstract ....................................................................................................................... 3
Agradecimentos .......................................................................................................... 4
Lista de Abreviaturas ................................................................................................. 5
Índice de Tabelas ........................................................................................................ 8
Índice de Figuras ........................................................................................................ 9
Índice de Gráficos ....................................................................................................... 9
Introdução ................................................................................................................... 1
Capitulo I – Fundamentação Teórica ......................................................................... 6
1.1 O Turismo – Contextualização ........................................................................ 7
1.1.1 O Setor do Turismo no Mundo e em Portugal ............................................... 9
1.2 Os Operadores Turísticos ............................................................................. 18
1.2.1 Agências de Viagens .................................................................................. 21
1.3 Produtos Turísticos ....................................................................................... 23
1.4 Pacotes Turísticos ........................................................................................ 25
1.5 Distribuição Turística e Intermediários .......................................................... 26
1.6 Plano de Negócios........................................................................................ 28
1.6.1 O Plano de Negócios como Ferramenta de Gestão .................................... 30
1.6.2 Estrutura do Plano de Negócios .................................................................. 30
Capitulo II – Plano de Negócios ............................................................................... 32
2.1 Sumário Executivo ............................................................................................ 33
2.2 Apresentação e Caracterização da empresa ..................................................... 33
2.3 Missão, Visão, Objetivos e Valores ................................................................... 36
2.4 Público-Alvo ...................................................................................................... 39
2.5 Processo de Produção dos Pacotes Turísticos.................................................. 40
2.6 Análise da Concorrência ................................................................................... 43
2.7 Análise Estratégica ............................................................................................ 49
2.7.1 Análise Externa: Análise PEST ................................................................... 51
2.7.2 Análise do Setor: As 5 Forças de Porter ..................................................... 52
2.7.3 Análise Interna e Externa: Análise SWOT ................................................... 54
2.8 Estratégia de Marketing – Marketing-Mix ........................................................... 56
Capitulo III – Plano Financeiro ................................................................................. 63
3.1 Plano Financeiro ............................................................................................... 64
3.1.1 Pressupostos Financeiros ........................................................................... 64
3.1.2 Estimativa de Volume de Negócios ............................................................. 64
vii
3.1.3 Fornecimentos e Serviços Externos (FSE) .................................................. 66
3.1.4 Gastos Com Pessoal .................................................................................. 67
3.1.5 Fundo de Maneio ........................................................................................ 68
3.1.6 Investimento ............................................................................................... 68
3.1.7 Financiamento ............................................................................................ 69
3.1.8 Demonstrações dos Resultados ................................................................. 70
3.1.9 Balanço ....................................................................................................... 70
3.1.10 Indicadores Económicos e Financeiros ..................................................... 71
3.1.11 Avaliação da Viabilidade do Negócio ........................................................ 72
Capitulo IV – Conclusão ........................................................................................... 75
Webgrafia .................................................................................................................. 83
Anexos....................................................................................................................... 85
Apêndices ................................................................................................................. 98
viii
Índice de Tabelas
Tabela 1: Os desafios de Portugal para os próximos 10 anos ................................................... 16
Tabela 2: Metas do Turismo Português (2017 - 2027) ............................................................... 16
Tabela 3: Ativos Estratégicos (2017 - 2027) ............................................................................... 17
Tabela 4: Operadores Turísticos ................................................................................................. 20
Tabela 5: Operador turístico vs. Agência de Viagens ................................................................. 22
Tabela 6: Características dos Produtos Turísticos ..................................................................... 24
Tabela 7: Estrutura do Plano de Negócios ................................................................................. 31
Tabela 8: Critérios de Seleção Para Análise da Concorrência ................................................... 43
Tabela 9: Nortravel – Operador Turístico .................................................................................... 44
Tabela 10: Tui Viagens – Portugal .............................................................................................. 45
Tabela 11: Pinto Lopes Viagens ................................................................................................. 45
Tabela 12: Solférias – Operador Turístico .................................................................................. 46
Tabela 13: Lusanova Tours ......................................................................................................... 46
Tabela 14: Soltropico – Operador Turístico ................................................................................ 47
Tabela 15: E-Destinos – Operador Turístico ............................................................................... 47
Tabela 16: Jade Travel – Histórias e Viagens ............................................................................ 48
Tabela 17: Viagens Tempo – Operador Turístico ....................................................................... 48
Tabela 18: Análise PEST ............................................................................................................ 52
Tabela 19: As 5 Forças de Porter ............................................................................................... 54
Tabela 20: Análise SWOT ........................................................................................................... 55
Tabela 21: Previsão do Volume de Negócios – Mercado Nacional ............................................ 65
Tabela 22: Previsão do Volume de Negócios – Exportações ..................................................... 65
Tabela 23: Fornecimentos e Serviços Externos (2018) .............................................................. 67
Tabela 24: Quadro Resumo de Encargos com Pessoal ............................................................. 68
Tabela 25: Investimento Inicial .................................................................................................... 69
Tabela 26: Demonstração dos Resultados Previsionais ............................................................ 70
Tabela 27: Avaliação Pré-Financiamento ................................................................................... 73
Tabela 28: Perspetiva do Investidor ............................................................................................ 74
Tabela 29: Estimativa do Volume de Negócios .......................................................................... 86
Tabela 30: Estimativa do Fornecimento e Serviços Externos .................................................... 87
Tabela 31: Estimativa dos Gastos Com Pessoal ........................................................................ 88
Tabela 32: Estimativa do Fundo de Maneio ................................................................................ 90
Tabela 33: Estimativa do Investimento ....................................................................................... 91
Tabela 34: Previsão do Financiamento ....................................................................................... 92
Tabela 35: Ponto Crítico Previsional ........................................................................................... 93
Tabela 36: Estimativa das Demonstrações dos Resultados ....................................................... 93
Tabela 37: Plano de Financiamento............................................................................................ 94
Tabela 38: Balanço Previsional ................................................................................................... 95
Tabela 39: Estimativa dos Indicadores Financeiros.................................................................... 96
Tabela 40: Previsão da Avaliação ............................................................................................... 97
ix
Índice de Figuras
Figura 1: Canais de Comunicação .............................................................................................. 27
Figura 2: Fase de Planeamento .................................................................................................. 41
Figura 3: Fase de Negociação .................................................................................................... 42
Figura 4: Questões administrativas ............................................................................................. 42
Figura 5: Marketing e Vendas ..................................................................................................... 43
Figura 6: Equipamentos Necessários ......................................................................................... 69
Índice de Gráficos
Gráfico 1: Evolução das Chegadas e das Receitas Internacionais ............................................ 10
Gráfico 2: Chegadas Internacionais por Regiões (%) - 2016 ..................................................... 11
Gráfico 3: Saldo da Balança Turística dos países da União Europeia ....................................... 12
Gráfico 4: Evolução das Receitas Turísticas Portuguesas (2005 – 2015).................................. 13
Gráfico 5: Evolução das Dormidas em Portugal (2005 – 2015) .................................................. 14
Gráfico 6: Crescimento das Receitas (2005 – 2015) .................................................................. 14
Gráfico 7: RevPar (2005 – 2015) ................................................................................................ 15
1
Introdução
2
Introdução
Neste projeto apresenta-se um plano de negócios para uma empresa que
se enquadra num dos mais importantes setores de atividade económica – o setor
do turismo. Este setor, contrariando o clima de adversidade e estagnação que
se vive em Portugal desde o início da crise económica de 2008, tem tido um
impacto muito positivo para o país e tem sido um dos principais impulsionadores
da economia portuguesa.
O turismo é um setor de atividade que traz grandes vantagens para os
países e populações: gera riqueza, contribui para a melhoria da qualidade de
vida das pessoas, impulsiona a recuperação e preservação do património
histórico-cultural e do ambiente, potencia o desenvolvimento de regiões e
contribui para o investimento e inovação, que por sua vez criam oportunidades
de emprego (UNWTO, 2017; ET2027, 2017; INE, 2017).
De acordo com Smith (1988, pp. 183) o turismo é o “conjunto de todos os
negócios que diretamente providenciam produtos ou serviços que possibilitam
as atividades de negócios, lazer ou outras de indivíduos fora do seu ambiente
habitual”.
Segundo Cunha (2006) o turismo tem um caráter multifacetado e é
possível analisar este conceito através da oferta e/ou da procura. Relativamente
à perspetiva da procura o turismo “inclui todas as deslocações de pessoas,
quaisquer que sejam as suas motivações, que deem origem a consumos,
durante a sua deslocação e permanência temporária fora do seu ambiente
habitual, de valor superior ao rendimento que, eventualmente, aufiram em locais
visitados”; em relação à oferta o turismo abrange um “vasto conjunto de lugares,
organizações, empresas, profissões e relações que se combinam para satisfazer
as necessidades decorrentes das viagens temporárias” (Cunha, 2006, pp. 21-
22).
De acordo com Marujo e Carvalho (2010) o turismo tem uma grande
importância para o desenvolvimento local, sendo, portanto, visto como um pilar
tanto ao nível económico como ao nível social e cultural:
“O turismo, graças à sua importância económica e sociocultural, é um importante
pilar para a economia e desenvolvimento de muitas regiões, dado que arrasta consigo
um conjunto de atividades bastante relevantes e, por isso, os governos regionais e locais
3
interessados em promover o desenvolvimento local e regional veem no turismo um forte
aliado na procura desse desenvolvimento.” (Marujo & Carvalho, 2010, pp. 148).
Os negócios, e a criação de novos empreendimentos (investimento e
inovação) são o motor de qualquer economia, mas um passo fundamental para
a concretização e desenvolvimento do negócio com sucesso é o plano de
negócios. Este é um instrumento utilizado para estruturar devidamente a ideia e
defendê-la, com foco nos principais objetivos e nos principais recursos do
negócio.
Sendo os negócios importantes para o bom funcionamento de qualquer
economia, e sendo que o Turismo contribui positivamente para o investimento
nacional, é de relevância afirmar que, os operadores turísticos são uma das
empresas que ajudaram a impulsionar o turismo. Mesmo quando se detetou a
necessidade de existir intermediários facilitadores que planeassem viagens e
criassem pacotes turísticos, fazendo com que os turistas poupassem tempo e
dinheiro.
Este projeto visa demonstrar, através de um Plano de Negócios a
viabilidade do investimento na criação de um Operador Turístico diferenciador
na medida em que oferece aos clientes serviço de guia turístico e que pretende
vender os seus pacotes turísticos diretamente ao cliente. A venda dos pacotes
será sobretudo feita através do website da empresa, cujo nome será Move to
Travel, por isso só se pretende abrir a empresa ao público no segundo ano de
atividade.
O principal objetivo deste projeto é a elaboração de um plano de negócios
detalhado e, posteriormente, a determinação da viabilidade financeira do
negócio. A empresa criada tem o nome de Move to Travel, fazendo alusão direta
ao ato de viajar.
Outro ponto importante deste trabalho é também a elaboração e
apresentação dos três primeiros pacotes de férias, bem como dos programas e
serviços dos mesmos, do operador turístico a disponíveis para o público na
abertura da empresa.
Todavia, este projeto começa a ser desenvolvido através da apresentação
dos conceitos mais importantes que estão relacionados com o tema deste
projeto. Assim, este projeto terá a seguinte estrutura descrita.
4
Inicia-se este projeto com a revisão de literatura no primeiro capítulo, isto
é, uma análise da literatura existente sobre os temas que se consideram ser mais
relevantes para este projeto. Os referidos temas considerados mais importantes
na revisão de literatura passam, naturalmente, pela apresentação do conceito de
turismo e algumas definições relacionadas.
O primeiro ponto – O turismo - terá um subcapítulo para fazer uma análise
ao setor do turismo – com dados globais e dados relativos a Portugal. O ponto
seguinte apresenta-se o conceito de operadores turísticos e as diferenças que
existem entre estes e as agências de viagens. Segue-se a apresentação dos
conceitos de produtos turísticos e de pacotes turísticos e as respetivas
definições, apresentadas de acordo com a investigação de vários autores.
Outro dos conceitos mencionados será o conceito de distribuição turística
e intermediários, devido à importância das redes de distribuição e do uso, ou
não, de intermediários para os operadores turísticos. Por fim será analisado o
que foi dito sobre o conceito de plano de negócio, sobre a sua importância
enquanto ferramenta de gestão e estruturas do plano de negócios segundo os
autores.
O segundo capítulo tem como foco a realização do plano de negócio para
a empresa deste projeto. Neste capítulo pretende-se fazer a caracterização da
empresa, dar a conhecer a sua missão, visão, objetivos e valores. A definição do
público-alvo e a delineação do processo de produção dos pacotes turísticos são
pontos importantes para este capítulo. Será feita uma análise da concorrência
de modo a que se perceba quais são os principais concorrentes e os seus
principais mercados, a análise estratégica, onde se faz a análise externa (análise
PEST), a análise do setor (análise das cinco Forças de Porter) e a análise interna
(análise SWOT). A combinação destas análises ajuda a perceber o ambiente em
que a empresa está inserida e quais são os principais fatores que influenciam o
seu sucesso, ou insucesso, permitindo, a partir daqui delinear estratégias para
superar as ameaças e evidenciar os pontos fortes. O último ponto do plano de
negócios da empresa é a estratégia de Marketing, ou seja, o marketing-mix, onde
se apresentam a política de preços, a política de produtos, a política de
comunicação e a política de distribuição.
Surge, por fim, o terceiro capítulo, onde se irá fazer a análise da
viabilidade financeira do projeto. Neste capítulo serão apresentados os
5
pressupostos, a previsão do volume de negócios, a previsão dos fornecimentos
e serviços externos, a previsão dos gastos com pessoal, o fundo de maneio, a
estimativa do investimento inicial, o plano de financiamento, as demonstrações
dos resultados, o balanço, os indicadores económicos e financeiros e, por último,
a avaliação da viabilidade do negócio.
Para a elaboração deste projeto foi necessário aplicar uma metodologia
que terá a seguinte estrutura: Em primeiro lugar foi definido o tema do projeto.
Seguiu-se uma pesquisa bibliográfica para a revisão de literatura e
fundamentação teórica. Após a revisão de literatura o passo seguinte envolveu
a elaboração do plano de negócios detalhado com a descrição da empresa e
todos os pormenores essenciais para o início do projeto. No âmbito do plano
financeiro, procedeu-se ao tratamento dos valores para o início do negócio de
modo a ser possível verificar a viabilidade financeira do projeto.
6
Capitulo I – Fundamentação Teórica
7
1.1 O Turismo – Contextualização
Não se sabe exatamente em que época o Homem começou a realizar
viagens. Pensa-se que deverá ter sido na altura em que ainda era um nómada
(Vasconcelos, 2005). O que se sabe é que, atualmente, o turismo é uma
atividade e um fenómeno social complexo, e explicar esta área de atividade
revela alguma complexidade, uma vez que é uma atividade que afeta a vida de
milhões de pessoas em todo o mundo. Existe, no entanto, um aspeto comum
entre várias definições, que é a deslocação temporária do local de residência
para um destino escolhido e o retorno ao local de origem em menos de um ano
(Vasconcelos, 2005).
Existem diversas definições para o conceito de turismo, dependendo da
perspetiva, sendo, portanto, praticamente impossível encontrar apenas uma
definição, devido ao facto de não haver consenso quanto ao que este termo
realmente significa. E existem mesmo certos autores que se dedicam a estudar
esta área, como Cunha (1997) e Burkart e Medlick (1992) que abordam as
dificuldades da definição do conceito de turismo e afirmam que é realmente difícil
chegar a uma definição precisa e abrangente para este conceito. Assim, pode-
se considerar que se encontram tantas definições para este conceito como
investigadores que estudam a área. Este conceito surge devido à mobilidade de
pessoas, que é cada vez maior, sobretudo porque as pessoas viajam por vários
motivos, entre os quais, aventura, lazer, motivos profissionais, familiares, ou até
mesmo por motivos de saúde.
Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT, 2001, pp. 38) o
turismo “compreende as atividades que realizam as pessoas durante suas
viagens e estadas em lugares diferentes do seu entorno habitual, por um período
consecutivo inferior a um ano, com finalidade de lazer, negócios ou outros”.
Hunziker e Krapf (1942) definiram o turismo como o “conjunto das
relações e fenómenos originados pela deslocação e permanência de pessoas
fora do seu local habitual de residência, desde que tais deslocações e
permanências não sejam utilizadas para o exercício de uma atividade lucrativa
principal, permanente ou temporária” (Cunha, 1997, pp. 8). Sintetizando, na
opinião destes autores, o turismo tem como base as relações e os fenómenos e
8
exige que o turista se desloque para fora do seu local de residência num intervalo
de tempo.
Baptista (1997) aborda o conceito de turismo como sendo:
“A atuação de um individuo em viagem cuja decisão foi tomada com base em
perceções, interpretações, motivações, restrições e incentivos e representa
manifestações, atitudes e atividades, tudo relacionado com fatores psicológicos,
educacionais, culturais, étnicos, económicos, sociais e políticos, viagem essa que
envolve uma multiplicidade de agentes institucionais e empresariais desde que o viajante
parte até que volta, situação que, por isso, também se estende ao próprio turismo como
setor de atividade que, sendo fundamentalmente económica, tem igualmente
significados, implicações, relações e incidências sociais, culturais e ambientais” (cit. por
Madeira, 2010, pp. 9).
É possível concluir através desta definição que o turista é um ser social e
que o turismo, para além de resultados económicos, gera também outro tipo de
impactos, como ao nível ambiental (contribui para a conservação e proteção do
património natural e artificial, mas também pode causa o congestionamento das
zonas de entretenimento e lazer, bem como poluição sonora e ambiental) e
cultural (interação entre culturas diferentes e partilhas diferentes, mas, por outro
lado pode sempre existir um choque cultural e preconceitos).
De acordo com Firmino (2007, pp. 69) o turismo “traduz-se num
movimento de pessoas, com reflexos nos costumes, nos valores, nos estilos de
vida e na prosperidade económica de muitas indústrias”. Através da definição é
possível concluir que o turismo é um estilo de vida que é partilhado com um
número cada vez maior de pessoas de todo o mundo.
Cooper et al. (2001, pp. 40-41), por sua vez, destacam que o turismo
pode:
“Ser pensado como sendo uma ampla gama de indivíduos, empresas,
organizações e lugares, que se combinam de alguma forma para proporcionar uma
experiência de viagem. O turismo é uma atividade multidimensional e multifacetada, que
tem contacto com muitas vidas e atividades económicas diferentes”.
Percebe-se que estes autores veem o turismo como uma atividade que
envolve mais do que um indivíduo, como uma atividade que envolve todo um
conjunto de pessoas e ainda empresas e destinos, afetando todas as partes
envolvidas, ou seja, os turistas e as empresas deste setor.
9
O turismo deixou de ser visto como apenas um sinónimo de lazer e
assumiu um papel de agente social nas sociedades em que se desenvolve
(Marujo, 2008), e as empresas turísticas têm como sua responsabilidade
satisfazer as necessidades e os desejos dos turistas, ou seja, devem estar
atentas às tendências da procura turística.
1.1.1 O Setor do Turismo no Mundo e em Portugal
O setor do turismo tem uma grande importância tanto a nível político,
como económico, ambiental, social e cultural. No contexto económico, este setor
é uma das atividades mais importantes com um papel fundamental para o
investimento, rendimento e para criação de emprego e que contribui ainda para
o desenvolvimento de outras áreas de atividades económicas (UNWTO, 2017).
No panorama mundial, o setor do turismo é um setor de atividade muito
promissor, cujo crescimento tem sido sólido e constante ao longo das últimas
décadas, apesar das crises económicas globais. Segundo a UNWTO (2017) as
chegadas internacionais de turistas aumentaram de 25 milhões em 1950 para 1
235,2 milhões em 2016. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE, 2017)
este valor das chegadas internacionais de turistas atingido em 2016 representa
um crescimento mundial de 3,9% em comparação com 2015.
O crescimento das chegadas internacionais de turistas gerou o aumento
global das receitas do turismo, de US$ 2 biliões em 1950 para US$ 1.220 biliões
2016. O valor das receitas obtidas em 2016, comparativamente ao ano de 2015
aumentou cerca de 2,6% (UNWTO, 2017). O crescimento do turismo ao nível
mundial que se verifica entre estas décadas reforça a importância e o peso deste
setor. No gráfico 1 é possível ver a evolução das chegadas e das receitas
internacionais entre 1950 e 2016:
10
Gráfico 1: Evolução das Chegadas e das Receitas Internacionais
Fonte: UNWTO (2017), INE (2017)
Este gráfico faz o cruzamento entre a evolução das chegadas
internacionais e as receitas obtidas através do turismo nos destinos desde 1950
até à atualidade, onde se pode verificar o constante crescimento do setor do
turismo.
Em 2016, na Europa concentraram-se praticamente metade das
chegadas internacionais dos turistas, 49,8% (INE, 2017). Esta percentagem
traduz-se em 615,2 milhões de turistas. Um aumento de 2,1% de 2015 para
2016. No que diz respeito ao resto do mundo, em 2016, as Américas receberam
um total de 199,9 milhões de turistas; na Ásia e ilhas do Pacífico as chegadas
rondaram os 308,7 milhões; o continente africano recebeu 57,8 milhões de
turistas, e o Médio Oriente, que sofreu uma queda face a 2015, recebeu 53,6
milhões de turistas (INE, 2017).
O gráfico número 2, a seguir apresentado, traduz a percentagem das
chegadas internacionais por regiões, tendo por base o total de chegadas globais
correspondentes ao ano 2016, que, como já referido, foi de 1.235,2 Milhões (INE,
2017).
25
278
674
1 189 1 235,20
2 104 495
1 1961 220
0
200
400
600
800
1 000
1 200
1 400
0
200
400
600
800
1 000
1 200
1 400
1950 1980 2000 2015 2016
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Chegadas Receitas
11
Gráfico 2: Chegadas Internacionais por Regiões (%) - 2016
Fonte: INE (2017), Adaptado
Segundo os dados fornecidos pela UNWTO (2017), a atividade
económica resultante do turismo, mostrou-se muito importante para o comércio
de serviços, ao nível do transporte de passageiros e das exportações, a nível
mundial. Em 2016, as receitas obtidas foram de US$ 216 biliões em transporte
de passageiros, elevando o valor total das exportações do turismo para US$ 1.4
triliões. “O turismo internacional representa 7% das exportações mundiais em
bens e serviços, após aumentar 1% aos 6% de 2015. Este setor desenvolveu-se
mais rápido do que o comércio mundial nos últimos cinco anos” (UNWTO, 2017,
pp. 2).
Segundo o relatório sobre o turismo a longo prazo da UNWTO, a
expetativa para o turismo mundial entre 2010 e 2030 é que as chegadas de
turistas aos destinos aumentem cerca de 3,3% por ano e que se atinja um total
de 1.8 biliões de chegadas internacionais em 2030 (UNWTO, 2017).
No contexto português, e tendo por base os dados disponibilizados pelo
INE (2017), verificou-se um aumento no Produto Interno Bruto (PIB) de 1,4%,
que corresponde a 185 biliões de euros. A taxa de desemprego desceu para os
11,1%, e a tendência é que continue a baixar.
Já no que diz respeito à balança turística portuguesa, de acordo com o
Banco de Portugal, o nosso país obteve um crescimento de 12,7% no saldo da
balança turística em 2016, com 8,8 milhões €. Esta percentagem permitiu ao país
consolidar o 5º lugar entre os países da União Europeia (UE) que têm o maior
saldo da balança turística (INE, 2017).
Europa50%
Ásia e Pacifico
25%
Américas16%
África5%
Médio Oriente
4% Europa
Ásia e Pacifico
Américas
África
Médio Oriente
12
Gráfico 3: Saldo da Balança Turística dos países da União Europeia
Fonte: INE (2017)
Este gráfico mostra os países com maior saldo da balança turística da
União Europeia. À semelhança de 2015, Portugal manteve-se em 5º lugar.
Contudo, em 2016 o que contribuiu para o aumento do saldo foi a aceleração do
crescimento das receitas para 10,7%, que se traduz em 12,7 mil milhões, e uma
subida das despesas de apenas 6,6%, equivalente a 3,85 mil milhões de euros
(INE, 2017).
A Estratégia do Turismo 2027 (ET2027, 2017) destaca outros números
para Portugal, entre os quais a diminuição do índice da sazonalidade de 37%
para 35%, isto é, a afluência de turismo sentiu-se mais até na chamada época
baixa, assim como o crescimento de 5% do mercado interno português.
Outro resultado de grande relevância a assinalar foi o aumento do
emprego no turismo em 2016, de cerca de 14,2%, e 1500 novas empresas
ligadas à animação turística que contribuíram para a empregabilidade no setor
(ET2027, 2017).
Ainda segundo os dados fornecidos pela ET2027, registaram-se em 2016,
53,5 milhões de dormidas, mais 4,6 milhões face a 2015, e um total de 19,1
milhões de hóspedes em 2016, 1,7 milhões a mais do que em 2015. As receitas
obtidas em Portugal através do turismo foram de 12,7 mil milhões em 2016, mais
1,2 mil milhões por comparação ao ano anterior. Foi ainda possível concluir que
o crescimento dos proveitos hoteleiros e das receitas se deu a um ritmo mais
acelerado, como ainda se verificou o aumento do peso do turismo para as
exportações de bens e serviços em Portugal, com um total de 16,7% em 2016
(ET2027, 2017).
36,3
14,411,2
8,8 8,8
0
10
20
30
40
Espanha Itália Grécia Áustria Portugal
Mil
Milh
ões
Saldo da Balança Turística em 2016
13
Sobre a Estratégia para o Turismo 2027 esta é “o referencial estratégico
para o turismo em Portugal para a próxima década” que “consubstancia uma
visão a longo prazo, combinada com uma ação no curto prazo” (ET2027, 2017,
pp. 9).
A ET2027 definiu a sua visão como “afirmar o turismo como hub para o
desenvolvimento económico, social e ambiental em todo o território,
posicionando Portugal como um dos destinos turísticos mais competitivos e
sustentáveis do mundo” (ET2027, 2017, pp. 6), assumindo a importância de
preparar o futuro do turismo em Portugal, ou seja, delinear estratégias a longo
prazo para dinamizar a atividade turística e antecipar soluções para eventuais
problemas que ocorram na próxima década (ET2027, 2017).
Para além de propor novas medidas para o turismo português, a ET2027
analisou ainda a evolução do desempenho do turismo em Portugal entre a
década de 2005 e 2015, através da evolução das receitas turísticas entre 2005
e 2015.
Gráfico 4: Evolução das Receitas Turísticas Portuguesas (2005 – 2015)
Fonte: ET2027 (2017)
No gráfico 4 é possível ver a evolução das receitas turísticas portuguesas
e é importante realçar ainda que, nesta década, as receitas cresceram a uma
taxa média anual de 6,3% (ET2027, 2017).
O crescimento das dormidas deu-se a uma taxa média anual de 3,2%
entre 2005 e 2015 (ET2027, 2017).
6,2 6,7 7,4 7,4 6,9 7,6 8,1 8,6 9,2 10,4 11,3
0
2
4
6
8
10
12
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Mil
Milh
õe
s
Receitas
14
Gráfico 5: Evolução das Dormidas em Portugal (2005 – 2015)
Fonte: ET2027 (2017)
Como se pode ver no gráfico 5, segundo os dados da ET2027, as
dormidas em Portugal por residentes em Portugal são menores em 2015 e,
embora as dormidas em Portugal de residentes no estrangeiro sejam superiores
em 2015 face a 2005, registaram-se algumas oscilações ao longo desta década.
As receitas também registaram um crescimento entre 2005 e 2015, assim
como o RevPar1. A ET2027 apresenta os proveitos de aposento e os proveitos
globais.
Gráfico 6: Crescimento das Receitas (2005 – 2015)
Fonte: ET2027 (2017)
É notória a evolução entre 2005 e 2015, sobretudo nas receitas globais,
apesar das oscilações observadas. A queda mais significativa dos proveitos de
aposento foi em 2009, após a crise económica que se instalou em 2008.
1 RevPAR (Revenue Per Available Room) – Trata-se do rendimento obtido por quarto disponível, medido através da relação entre os proveitos de aposento e o número de quartos disponíveis, num período de referência.
32,6% 29,6%
67,4% 70,4%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2005 2015
Residentes em Portugal Residentes no Estrangeiro
1063,21153,21301,9 1324 1190,11225,51307,71290,11370,1 1549 1776,5
1593,71741,51943,61964,6
1764 1807,51906,61856,41954,62192,9
2478,9
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Milh
ões
Proveitos de Aposento Receitas Globais
15
Contudo, a partir de 2013 as receitas de aposento têm vindo a aumentar
consideravelmente. A mesma situação acontece nas receitas globais, em que a
queda mais acentuada nas receitas globais ocorre em 2009 e só a partir de 2013
as receitas globais estabilizam e começam a aumentar.
Gráfico 7: RevPar (2005 – 2015)
Fonte: ET2027 (2017)
Tendo por base os dados da ET2027, esta foi a evolução do RevPar entre
2005 e 2013. Regista-se um crescimento até 2007, contudo deu-se uma descida
logo em 2008. Houve uma subida ligeira em 2010 e 2011, mas só a partir de
2013 é que começou a subir com força e estabilidade, atingindo 37,6% em 2015
(ET2027, 2017). O mesmo documento assinala as mudanças, os desafios e as
perspetivas para o futuro do turismo português, uma vez que o objetivo é tornar
Portugal um destino ainda mais competitivo em permanente crescimento, tendo
sempre em conta o ambiente externo (ET2027, 2017), pelo estabelecimento de
dez desafios para a sua estratégia de dez anos para “liderar o turismo do futuro”
(ET2027, 2017, pp. 40). Assim, apresenta-se na tabela 1 os desafios de Portugal
para a próxima década, de acordo com a ET2027 (2017).
26,3% 28,0%31,6% 31,3%
28,1% 28,3% 29,4% 28,5% 30,2% 33,0%37,6%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
RevPar
RevPar
16
Tabela 1: Os desafios de Portugal para os próximos 10 anos
Desafios para 10 anos
As pessoas Promover o emprego, aumentar os rendimentos do emprego no
turismo, investir na formação.
A Coesão Estender a atividade turística a todo o território português –
homogeneidade da procura turística.
A Sustentabilidade Promover a preservação e a valorização do património cultural e
natural do país.
Acessibilidade e Inclusão Promover as acessibilidades ao destino Portugal, promover a
mobilidade no território; Promover a inclusão de todos.
A Procura Atingir um ritmo de crescimento mais acelerado das receitas e
dormidas, e acabar com a sazonalidade.
Inovação e Empreendedorismo Estimular o empreendedorismo e o desenvolvimento tecnológico
para ligar ainda mais o país ao mundo.
Investimento Dinamizar o financiamento, promover o investimento e a criação de
novas empresas.
Fonte: ET2027 (2017)
Em termos de metas estabelecidas para a próxima década, a ET2027
delineou metas económicas, sociais e ambientais, sintetizadas na tabela 2.
Tabela 2: Metas do Turismo Português (2017 - 2027)
Metas 2017 - 2027
Económica 80 Milhões de dormidas;
26 Mil milhões €;
Social Reduzir o índice de sazonalidade para 33,5%;
Aumentar o número de habilitações ao nível do secundário e pós
secundário para mais de 60%;
Conseguir que mais de 90% dos residentes em Portugal considerem que o
impacto do turismo é positivo;
Ambiental Conseguir que mais de 90% das empresas adotem medidas de utilização
eficiente de energia, que promovam a utilização responsável e eficiente da
água nas operações e que desenvolvam ações de gestão eficiente dos
resíduos.
Fonte: ET2027 (2017)
Para atingir as metas propostas (tabela 3), o documento sugere que se
adote “uma estratégia focada em ativos que visam a sustentabilidade e a
competitividade do destino Portugal” (ET2027, 2017, pp. 46): diferenciadores,
qualificadores e emergentes e ainda o “ativo único transversal” que são as
pessoas. (ET2027, 2017, pp. 46).
17
Tabela 3: Ativos Estratégicos (2017 - 2027)
Ativos Estratégicos
Ativos Diferenciadores Clima e Luz (Ameno e agradável);
História e Cultura (Património cultural e religioso, Património
Mundial da Unesco, tradições, Arquitetura rica…);
Mar (país costeiro, tem potencial para atividades náuticas,
biodiversidade marinha vasta; condições naturais e
infraestruturais para cruzeiros);
Água (Rios, termas, lagos, praias fluviais – grande potencial
turístico);
Natureza (Paisagens únicas, fauna e flora ímpares);
Ativos Qualificadores Gastronomia e Vinhos (Portugal tem grandes chefs, dos
melhores peixes e dos vinhos do mundo);
Eventos artístico-culturais, desportivos e de negócios (A
diversidade de eventos por todo o país permite chegar a
diversos públicos);
Ativos Emergentes Bem-Estar (Conseguido através da realização de tratamentos
de saúde e bem-estar em termas e centros especializados,
por exemplo);
Viver em Portugal (É um país atrativo para viver devido à
qualidade de vida, ao clima, gastronomia. E o aumento da
procura contribui para um meio multicultural).
Pessoas
O “saber receber” faz parte da identidade e da cultura portuguesa devido ao interesse genuíno
que os portugueses sentem em conhecer e interagir com novas pessoas, novas culturas. Assim,
as Pessoas são vistas como um Ativo Único e Transversal para o Turismo.
Fonte: ET2027 (2017)
Foram definidas algumas linhas de atuação para ser possível o turismo
português atingir as metas desejadas, entre as quais a necessidade de valorizar
e conservar o território e o património, assim como a preservação da
autenticidade de Portugal. Em termos económicos deve-se assegurar a
competitividade das empresas turísticas, procurar reduzir os custos jurídico-
fiscais e diminuir a burocracia. É importante inovar, empreender e fazer de
Portugal um Pólo de referência na produção de bens e serviços turísticos
(ET2027, 2017).
18
O conhecimento é outro aspeto necessário para atingir as metas
desejadas, pelo que se deverá reforçar o investimento na formação de recursos
humanos, valorizar as profissões no setor do turismo e ainda afirmar Portugal
como um smart destination. A conetividade e as redes também são necessárias:
é importante estabelecer novas rotas aéreas e reforçar as que já existem,
devendo os sistemas de transporte acompanhar as evoluções tecnológicas
(ET2027, 2017). É determinante projetar Portugal e mostrar a sua atratividade
enquanto destino turístico não só para visitar, mas também para viver, estudar e
investir, consolidando-se como um destino de interesse para congressos,
eventos culturais e desportivos (ET2027, 2017).
1.2 Os Operadores Turísticos
Sendo o objetivo principal deste projeto analisar a viabilidade financeira
para criar um operador turístico torna-se essencial definir e compreender o que
é e como funcionam os operadores turísticos.
Com a evolução do turismo ao longo dos tempos tornou-se cada vez mais
complexo planear e organizar as viagens. A partir daí surgiu a necessidade e as
condições para a existência de intermediários que ajudassem os turistas a
encontrar aquilo que procuravam. As empresas que começaram a surgir eram
os operadores turísticos e as agências de viagens que tinham como função a
reserva de todos os serviços que tornassem as viagens possíveis.
De acordo com Martinez (2002) os operadores turísticos surgiram devido
às companhias aéreas charter que são um fenómeno do final da segunda guerra
mundial. O que se verificou nesta altura foi que as companhias charter recorriam
aos operadores turísticos para reduzirem os custos, fazendo, assim,
concorrência às companhias aéreas regulares, tornando-se competitivas no
mercado. A fusão entre as companhias aéreas charter e cadeias de hotéis e
outros tipos de estabelecimentos turísticos originou que os operadores turísticos
começassem a organizar viagens de grupos e a controlar os serviços de viagens.
Portanto, os operadores turísticos são empresas que tratam da
elaboração de pacotes turísticos – viagens de grupo organizadas para diversos
destinos –, com inúmeros serviços e bens incluídos, que programam todos os
19
pormenores desde a viagem, o alojamento, os restaurantes, os monumentos a
visitar, até aos meios de transporte durante a própria estadia. De acordo com
Abranja et al. (2012) um operador turístico pode ter o papel de retalhista, porque
pode ter a sua própria rede de distribuição e vender diretamente ao consumidor
final, como de grossista, pois também pode vender para outro intermediário.
Ao contrário das agências de viagens, que são outros intermediários entre
a oferta e a procura, que têm como principal objetivo responder às necessidades
dos clientes e orientá-los na escolha do destino, dos transportes, reservas de
alojamento e até a tratar da documentação necessária, sobretudo àqueles
turistas que têm menos experiência em organização de viagens, sejam elas por
motivos de lazer, férias ou por outros motivos, os operadores turísticos são
responsáveis por criar pacotes de férias do início, antevendo a procura, e
incluindo nos mesmos todos os bens e serviços necessários para tornar as férias
dos turistas o mais confortáveis possível sem que eles tenham preocupações.
Nas agências de viagens o turista diz o que pretende e o agente procura
oferecer-lhe o que ele procura mediante os pacotes turísticos adquiridos aos
operadores turísticos (grossistas).
Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT, 2001), os operadores
turísticos são os intermediários dentro da atividade turística no que diz respeito
aos produtos, aos serviços turísticos e aos consumidores, isto é, são os
operadores turísticos que participam na organização dos pacotes turísticos e na
consequente mobilização dos turistas.
Os operadores turísticos elaboram de raiz os pacotes turísticos:
estabelecem contacto com hotéis, restaurantes, transportadoras e com as
empresas de animação turística para conseguirem construir um programa que
possa atender às necessidades e motivações dos turistas e, assim, estarem
aptos para venda.
De acordo com o Diário da República Portuguesa, a definição jurídica de
operador turístico (cit. por Nascimento, 2013, pp. 253) está no decreto-lei
61/2011, de 6 de maio que declara o seguinte: “Artigo 2º “1 – As agências de
viagens e Turismo podem ser agências vendedoras e ou agências organizadoras
de viagens. 2 – São agências vendedoras as empresas que vendem ou propõem
para venda viagens organizadas tal como definidas no n.º 2 do artigo 15º,
elaboradas por agências organizadoras. 3 – São agências organizadoras,
20
também designadas por operadores turísticos, as empresas que elaboram
viagens organizadas tal como definidas no n.º 2 do artigo 15º e as vendem
diretamente ou através de uma agência de viagens”.
De acordo com Nascimento (2013, pp. 253) “Numa perspetiva económica,
os operadores compram elementos individuais e depois constroem os seus
próprios pacotes de turismo que são vendidos às agências mediante a cobrança
de uma comissão”. Os operadores turísticos antecipam a procura e
compram/reservam em grande número os serviços de alojamento, transporte,
tours, entre outros serviços turísticos para que possam organizar e preparar os
seus pacotes turísticos, normalmente destinados para viagens de grupo.
A tabela 4 evidencia de forma sucinta as vantagens e desvantagens dos
operadores turísticos:
Tabela 4: Operadores Turísticos
Operadores Turísticos
Vantagens Desvantagens
Os pacotes turísticos incluem vários
serviços a preços mais acessíveis do que
se fossem adquiridos em separado;
Os pacotes turísticos oferecem maior
segurança e garantia aos clientes por
serem organizados por uma entidade;
É vantajoso para as unidades de
alojamento, de transporte e outras
empresas turísticas fazerem parte de
pacotes turísticos uma vez que
beneficiam do marketing e do esforço de
vendas dos operadores turísticos;
Os destinos também beneficiam das
ações de marketing dos operadores
turísticos.
Viagens em grupo: pode ser uma
desvantagem uma vez que nem todos
gostam ou querem viajar em grupo (com
desconhecidos);
Datas de ida e volta e a duração da
viagem são fixas: pode ser um
inconveniente;
A fase de negociação com as empresas
de transporte, alojamento e outros
serviços é complicada e por vezes exige
a deslocação do agente para descobrir se
existe boa relação entre qualidade/preço;
Não contribui maioritariamente para gerar
receitas no destino, a maior parte das
receitas dos operadores turísticos ficam
nos países de origem.
Fonte: OMT (2001), Martinez (2002), Abranja et al (2012), Nascimento (2013)
Em suma, embora não haja total consenso entre os investigadores, pode-
se concluir que os operadores turísticos podem ser entidades que funcionam
como intermediários nos canais de distribuição turística, contudo, eles são vistos
como fabricantes de pacotes turísticos, uma vez que reúnem uma série de
serviços fornecidos por outras empresas num novo produto. Os operadores
21
turísticos são ainda empresas muito vantajosas para os fornecedores de
serviços turísticos (unidades hoteleiras, restaurantes, por exemplo) devido à
promoção e ao marketing realizado pelos próprios operadores turísticos, e
também para os consumidores, pois é possível adquirir vários serviços num só
pacote turístico por um só preço.
1.2.1 Agências de Viagens
Embora o foco deste projeto sejam os operadores turísticos é inevitável
notar que existe alguma confusão entre este tipo de empresa e as agências de
viagens, sendo, por isso, importante definir este conceito de modo a entender
em que é que consistem realmente as agências de viagens.
Importa referir que a agência de viagens Thomas Cook & Son foi uma das
primeiras agências de viagens a surgir. Fundada em 1841, teve um grande
impacto no turismo uma vez que entrou no mercado com o objetivo de influenciar
o preço das viagens de modo a que estes começassem a decair, fazendo com
que o turismo deixasse de ser exclusivo para a classe alta.
Dias (2008) considera que foi após a Revolução Industrial, no século XVIII,
em Inglaterra, que começaram a observar-se grandes transformações no setor
do turismo, uma vez que, a partir deste evento histórico ocorreram grandes
alterações a nível laboral – como o limite de horas de trabalho e direito a férias.
Assim, as pessoas começaram a desejar sair da rotina e começar a conhecer
outras regiões. Por isso surgiram as agências de viagens, com o intuito de vir
facilitar a organização das viagens, uma vez que esta tarefa foi ficando cada vez
mais complexa à medida o setor do turismo se desenvolvia.
De acordo com Tavares e Braga (2008) pode-se considerar que as
agências de viagens surgiram com o objetivo de dar resposta às necessidades
dos turistas, quer para organizar as viagens, reservas (de transporte e
alojamento), quer para dar informações ou para ajudar com a documentação
necessária para viajar.
Cunha (1997, pp. 184) também apresentou uma definição para este
conceito e afirma que as agências de viagens são os “retalhistas que atuam em
nome dos fornecedores de serviços e assumem a função de intermediários entre
os turistas e todos os fornecedores, recebendo em contrapartida uma comissão”.
Porém para a OMT (cit. por Pizarro, 2005) o papel das agências não é apenas
22
de intermediário, uma vez que estas também desempenham funções de
atendimento ao cliente e prestam serviços a organizações e fazem outro tipo de
atividades relacionadas com o setor das viagens e do turismo.
Mostra-se pertinente a elaboração de um quadro que permita a rápida e
sucinta distinção entre operador turístico e agência de viagem (tabela 5).
Tabela 5: Operador turístico vs. Agência de Viagens
Operador Turístico vs. Agência de Viagens
Operador Turístico Agência de Viagens
Fazem estudos de mercado, procuram
novas tendências e destinos
emergentes antevendo a procura;
Elaboram pacotes de férias a um preço
mais baixo, com vários serviços e bens
incluídos;
Responsáveis por programar todos os
pormenores das viagens dos pacotes
(transporte, alojamento, atividades de
lazer, alimentação e seguro);
Podem ter os papéis:
o Retalhista: têm a própria rede
de distribuição e vender
diretamente ao consumidor;
o Grossista: vendem apenas
através de intermediários;
o Grossistas e retalhistas:
recorrem a intermediários
mas também têm uma rede de
distribuição própria.
São os intermediários entre a oferta e a
procura, isto é, entre os fornecedores e
os consumidores em troca de uma
comissão;
Compram pacotes turísticos a
operadores turísticos (grossistas);
Orientam o cliente na escolha das suas
férias e em questões burocráticas.
Fonte: Cunha (1997), OMT (2001), Martinez (2002), Pizarro (2005), Dias (2008), Tavares e Braga (2008), Abranja et al
(2012),
Conclui-se que as agências de viagens são entidades que atuam no setor
do turismo com o objetivo de facilitar a organização e o planeamento das viagens
devido ao seu fácil acesso aos fornecedores e, por isso, apresentam um grande
leque de opções. A sua existência é conveniente, uma vez que facilita
informações e conselhos, transmitem segurança, têm uma grande experiência
no setor do turismo e preços competitivos.
23
1.3 Produtos Turísticos
É importante perceber o que é que se entende por produtos turísticos uma
vez que os intervenientes do setor do turismo procuram tirar o máximo partido
deles para obter lucro. Todavia, esta definição implica a existência de um bem
intangível com características muito próprias.
Na perspetiva do Marketing, Kotler (1997) afirma que um produto pode ser
qualquer coisa que se pode comercializar com o objetivo de satisfazer uma
necessidade.
Uma definição mais generalizada é apresentada por Balanzá e Nadal
(2003) que descrevem o produto turístico como sendo qualquer tipo de bem,
serviço e/ou ideia que seja capaz de satisfazer o consumidor. A apresentação
desta definição mais generalizada deve-se ao facto de não ser fácil ser concreto
no que diz respeito ao conceito de produto turístico, uma vez que todos têm
características intrínsecas diferentes uns dos outros. Estes autores defendem
ainda que os produtos turísticos são “a combinação de bens e serviços, de
recursos e infraestruturas, ordenados de forma a oferecerem vantagens ao
cliente, para conseguir satisfazer as suas motivações e expectativas, e que
estejam disponíveis para serem consumidos pelos turistas” (Balanzá & Nadal,
2003, p. 68).
A definição dada pela OMT (2001, pp. 290) sobre produtos turísticos diz
que é o “conjunto de bens e serviços que são utilizados para o consumo turístico
por determinados grupos de usuários”.
Licínio Cunha (2006) define produto turístico como todo um conjunto de
elementos que sendo comercializados, direta ou indiretamente, originam
deslocações. Já Albino Silva (1998; cit. por Madeira, 2010) refere que o produto
turístico é mais do que um lugar num avião, uma cama de hotel ou uma visita a
uma determinada atração turística. Um produto turístico inclui todo o tipo de
recursos, sejam eles construídos pelo homem, culturais ou naturais, ou
atividades. “A totalidade daquilo que é usufruído numa viagem é a experiência
vivida pelo turista, ou seja, o produto turístico. Deve ser vivido com emoção, pois
é essa a forma de o turista ficar realmente satisfeito” (Madeira, 2010, pp. 12).
24
Madeira (2010) considera que os produtos turísticos têm quatro
características: são perecíveis, sazonais, intangíveis e complementares.
Apresenta-se na tabela 6 as características e respetivas descrições.
Tabela 6: Características dos Produtos Turísticos
Característica Descrição
Perecibilidade
Não é possível armazenar para consumir mais
tarde. A prestação de serviços é produzida numa
base diária, em locais específicos e em
determinadas quantidades.
Sazonalidade
Certos produtos turísticos – atividades turísticas –
dependem da época do ano para serem
acontecerem.
Intangibilidade
A grande maioria dos serviços turísticos são vistos
como um benefício para o futuro, até porque as
compras dos serviços são realizadas com
determinada antecedência e é necessário que o
vendedor seja capaz de comunicar ao público as
vantagens dos produtos turísticos mesmo sem que
os possa mostrar.
Complementaridade
Verifica-se uma interdependência entre os
elementos que constituem os produtos turísticos,
além disso estes influenciam-se mutuamente.
Fonte: Madeira (2010, pp. 57)
De acordo com Middleton (1995) o produto turístico é composto por quatro
componentes: as atrações turísticas, através das quais se procura a satisfação
dos turistas; os transportes, que pretende-se que existam em grande quantidade
e qualidade, ligando os locais de residência aos destinos; os serviços variados e
de qualidade, de alojamento, alimentação, entretenimento e organização dos
produtos turísticos; e a informação e promoção para dar a conhecer ao turista a
oferta que existe.
Em suma, pode-se perceber que através destas características e
componentes é possível perceber que agrupar os produtos turísticos por
categorias tendo em conta as suas semelhanças ajuda as organizações e outros
intervenientes a perceber que não atuam sozinhos e que, para apresentar um
produto final necessitam de estabelecer parcerias de modo a proporcionar uma
experiência completa ao consumidor final.
25
1.4 Pacotes Turísticos
Swarbrooke e Horner (2002) fizeram a seguinte distinção: pacotes
turísticos e os produtos específicos. De acordo com estes autores, os pacotes
turísticos oferecem vários serviços que se complementam mutuamente, tais
como o alojamento, o transporte, a alimentação e/ou visitas a atrações. Já os
produtos específicos são os que são vendidos separadamente como um bilhete
de avião ou de comboio, por exemplo.
Os pacotes turísticos são fabricados para incluírem vários serviços
turísticos num determinado lugar com o objetivo de serem vendidos em conjunto
por um preço. Tavares et al. (2008) afirma que pacotes turísticos são criados,
geralmente, para organizar viagens de grupo, e dessa forma, através da
combinação de serviços num pacote, consegue-se que haja uma diminuição dos
custos. Não se verificava esta situação no caso de se adquirir os serviços
turísticos individualmente em vez de optar pelo pacote turístico.
Segundo Bercial e Timón (2005) a atividade turística é cada vez mais
complexa porque já não se trata apenas de viajar para visitar um destino para
ver uma determinada atração. Na atualidade, significa ir até um destino com o
objetivo de realizar certos desejos, pelo que surgiu a necessidade de construir
pacotes turísticos que ofereçam aos turistas a possibilidade de realizarem as
atividades pretendidas no destino.
Quando se constrói um pacote turístico o objetivo é incluir no mesmo o
máximo de elementos possíveis que um destino turístico detém de modo a
proporcionar aos turistas a melhor experiência possível, desse modo o pacote
turístico pode tornar-se viável para apresentar aos consumidores finais –
agências de viagens ou diretamente aos turistas.
Na elaboração dos pacotes turísticos incluem-se, como já referido,
diversos componentes, entre os quais a viagem, transporte no destino, guias
turísticos, reservas de alojamento, alimentação – total, parcial ou nenhuma –,
visitas a atrações turísticas, diversas atividades de lazer sendo ainda possível
incluir ligação a outros locais próximos do destino principal.
26
1.5 Distribuição Turística e Intermediários
Existe todo um processo de criação e distribuição dos bens turísticos, pelo
que, importa definir o conceito de distribuição turística e os intermediários
envolvidos neste processo.
Poon (2006) considera a distribuição turística uma atividade essencial
para o turismo e sem uma rede de distribuição apropriada no mercado é
praticamente impossível sobreviver, até mesmo os melhores destinos.
Já a OMT (2001) afirma que a distribuição turística é todo o processo por
que um bem de consumo passa desde o momento da sua produção até ao
momento em que é colocado à disposição para consumo, independentemente
do número de intervenientes durante o processo.
Kotler (2000) afirma que a missão principal da distribuição turística é
colocar à disposição do consumidor o produto e/ou serviço turístico desejado, no
momento e local ideal, de modo atrativo para levar o cliente a comprar.
Licínio Cunha (2003) define canal de distribuição turística como “um
sistema de relações ou várias combinações de organizações, através das quais
um produtor de bens e serviços turísticos vende ou confirma a viagem ao
comprador” (cit por. Ramos, 2010, pp. 113). Neste tipo de distribuição, o
consumidor, ou seja, o turista, tem de se dirigir a determinado local para
consumir o bem que adquiriu, uma vez que este não é entregue pelos
intermediários. Por exemplo, quando um turista adquire um pacote turístico com
diversos serviços, incluindo, naturalmente, alojamento, o turista, só conhece
efetivamente a sua estadia no local de alojamento quando lá chega.
Assim, distribuição turística é vista como o canal pelo qual o consumidor
consegue obter aquilo que deseja, ou seja, a distribuição turística estabelece
uma ligação entre os produtores e os consumidores, e entre eles existem vários
canais de comunicação. “A função principal da distribuição é a informação, a
combinação e a organização de viagens” (Buhalis, 2003; cit. por. Ramos, 2010,
pp. 113).
27
Figura 1: Canais de Comunicação
Fonte: Elaboração Própria
Bakos (1998; cit por. Bédard, 2001) afirma que os intermediários turísticos
são as entidades que fazem a ligação, isto é, a distribuição turística, entre as
empresas e organizações - que tratam da produção de bens e/ou serviços - e
entre o público. Compete aos intermediários a função de criar valor, reunir e
disponibilizar todas as informações necessárias, bem como os produtos e/ou
serviços.
São várias as definições que os autores apresentam sobre o conceito de
distribuição turística e de intermediários. Contudo, pode-se concluir de forma
generalizada que a grande maioria das definições já apresentadas sobre estes
conceitos dizem que existe uma forte ligação entre distribuição turística, a
procura e oferta, e esta interligação verifica-se através das ações dos
intermediários, que compram os bens aos produtores e os vendem de forma
independente aos consumidores.
É ainda relevante referir que a distribuição turística pode ser feita de forma
direta ou indireta. A distribuição turística direta significa que não existem
intermediários envolvidos e os bens e serviços são adquiridos diretamente
àqueles que os produziram. Na distribuição turística indireta os produtores
recorrem a intermediários para fazer com que os seus produtos cheguem aos
consumidores finais.
Em síntese, os intermediários podem ser as agências de viagens, como
retalhistas, ou os operadores turísticos que são os grossistas, uma vez que,
como já referido anteriormente, são entidades responsáveis pela organização de
Canais de Comunicação
Redes Sociais
Sites das Empresas
Tripadvisor
Blogs de turismo
28
viagens em grupo que, consequentemente, combinam diversos bens e serviços
no mesmo pacote turístico, a um determinado preço, adquiridos previamente aos
respetivos produtores. Os intermediários, seja os operadores turísticos ou as
agências de viagem, têm a sua própria rede de distribuição.
1.6 Plano de Negócios
Para levar uma empresa a atingir todos os seus objetivos com sucesso é
necessário elaborar um plano de negócios. O que se pretende com este ponto é
compreender o que é este conceito e o quão importante é realizar um plano de
negócios para que se possa ser bem-sucedido.
Não basta sonhar e fantasiar com um negócio, antes de tudo o
empreendedor deve ter o cuidado de pensar e planear para minimizar as
incertezas. E é o plano de negócios que é visto pelos empreendedores como
uma ferramenta que lhes permite ter uma visão completa do negócio para
conseguir alcançar competitividade no mercado e crescimento.
Segundo Biagio e Batocchio (2005; cit. por Nogueira e Almeida, 2011) o
plano de negócios é uma ferramenta utilizada para planear segundo as
necessidades de cada negócio, que deve ser capaz de demonstrar a viabilidade
e as vantagens competitivas do mesmo, ao nível estratégico, administrativo,
técnico, financeiro ou operacional.
De acordo com Mariano e Mello (2014, pp. 4) o plano de negócios é visto
como sendo:
“Amplo e abrange diversos setores e departamentos da empresa, indica
responsáveis, recursos financeiros, humanos e materiais necessários para a consecução
do negócio, ao mesmo tempo em que oferece a visão organizacional, análise do mercado
e as ponderações a respeito das iniciativas pretendidas pelo empreendedor/empresário”.
Considera-se que um plano de negócios se constrói por várias etapas, e,
segundo com Salim et al. (2005; cit. por Nogueira e Almeida, 2011, pp. 4) essas
etapas:
“Nada mais são que as perguntas essenciais que devem ser respondidas antes
da elaboração do plano e que ajudarão no planeamento estratégico da empresa, como
por exemplo: Qual é o negócio da empresa? Onde se quer chegar? O que deverá ser
29
vendido? Que estratégias serão utilizadas? Como conquistar mercado? Quais são os
fatores críticos de sucesso do negócio?2 Quanto será gasto? Que retorno esperar sobre
o investimento?”.
No que diz respeito à estrutura do plano de negócios, esta não é restrita,
mas, segundo Ferreira (2011, pp. 198) o plano de negócios deve:
“Possuir um número mínimo de seções, onde o empreendedor possa ter uma
compreensão de como será a execução desse plano. Essas secções devem estar
dispostas de forma lógica e racional para permitir que qualquer pessoa que venha a ler
esse plano consiga perceber de que maneira essa empresa é estruturada, os seus
objetivos, os produtos e/ou serviços, em que mercado está inserida e em que situação
financeira se encontra”.
Um plano de negócios funciona, portanto como uma forma de
planeamento, uma vez que, ao incluir diversos aspetos sobre o negócio, permite
perceber, após a sua elaboração, a viabilidade do mesmo e ajuda a preparar as
empresas para a competitividade do mercado. Segundo o IAPMEI o plano de
negócios do projeto é o “cartão-de-visita” do empresário perante os possíveis
fornecedores, investidores, clientes, parceiros, e outras instituições3”. Tarôco e
Falco (2014, pp. 90) afirmam que “de modo geral, podemos chamar ao plano de
negócio o documento que é elaborado com o intuito de definir os objetivos de
um empreendimento e as formas de cumpri-los, havendo ainda preocupações
em diminuir os riscos do investimento”.
Com base em todas as definições analisadas é possível concluir que, um
plano de negócios é um documento escrito onde estão delimitados de forma
clara e objetiva todas as metas que se pretende atingir com determinado
negócio, e onde estão também descritos os meios que vão ser utilizados e os
caminhos a percorrer para atingir as metas da empresa. A ideia do negócio e o
seu modo de funcionamento devem ser claros, deve-se detalhar quais os
recursos que vão ser necessários e como é que vão ser utilizados. Também se
deve explicar por que é que o negócio alcançará o sucesso, como é que se
conseguirá obter lucro e quais são as principais ameaças para a empresa.
2 Segundo Teixeira (2011, pp. 75). “Os fatores críticos de sucesso (KFS – Key Factors For Sucess) são os recursos, capacidades e atributos que, numa indústria concreta, as empresas devem possuir para nessa atividade conseguirem obter sucesso”. 3 Consultado no website https://www.iapmei.pt/ (consultado em: 11/10/2017)
30
1.6.1 O Plano de Negócios como Ferramenta de Gestão
Ferreira (2011, pp. 198) afirma que, se o empresário quer que o plano de
negócios funcione como uma ferramenta de gestão para a organização é
“necessário que as informações circulem de maneira aberta dentro da própria
organização”. Deste modo todos os colaboradores têm acesso ao conteúdo e
podem agir em conformidade com aquilo que se pretende para atingir os
objetivos da empresa. Todavia, para que isto aconteça com sucesso é
necessário fazer um acompanhamento das metas, dos números e dos objetivos
do plano de negócios através de painéis4 com gráficos que demonstrem a
evolução do negócio, devendo todos ter acesso a esta informação.
Segundo Dornelas (2007; cit. por Ferreira, 2011) através de uma
supervisão, o plano de negócios pode ser uma ferramenta estratégica de gestão
fundamental para a empresa que irá ajudar o empresário a atingir o sucesso
desejado, ou então, mostrar-lhe-á que tal não é o melhor momento para iniciar o
negócio idealizado.
Assim, podemos concluir que o plano de negócios é uma ferramenta
fundamental para perceber a viabilidade de um negócio, e quando este é traçado
de forma clara e objetiva pelo empreendedor é possível perceber se é ou não o
melhor momento para arriscar e iniciar o investimento. Outro aspeto igualmente
importante sobre o plano de negócio é o facto de funcionar como ferramenta de
gestão e permitir fazer o acompanhamento da evolução do negócio.
1.6.2 Estrutura do Plano de Negócios
Embora o plano de negócios seja uma ferramenta importante, esta não
tem uma estrutura rigorosa, ou seja, existem diversos tipos de estruturas, não
existindo, portanto, um modelo padrão. Contudo, estruturar devidamente o plano
de negócios funciona como pilar de uma forma de planeamento estratégico, uma
vez que, desse modo, fica claro onde é que se pretende chegar e como é que
se pretende lá chegar.
O plano de negócios deve ser sucinto e conciso e deve conter a descrição
da empresa: missão, visão, valores, objetivos e produtos/serviços; bem como a
4 Segundo Ferreira (2011, pp. 199) os painéis são “ferramentas dinâmicas que exigem atualizações contantes das informações, de forma a ter-se sempre uma visão momentânea da empresa”.
31
descrição do negócio da empresa de modo a provar que o investimento irá ser
recompensado com um retorno atrativo (Peterson, Jaret, & Schenk, 2005).
A título de exemplo serão apresentados dois modelos de planos de
negócios apresentados por autores na tabela 7:
Tabela 7: Estrutura do Plano de Negócios
Autor Estrutura de Plano de Negócios proposta
(Martins, 2006)
1. Resumo Executivo;
2. Visão, Missão e Metas;
3. Características do Negócio;
4. Análise de Mercado;
5. Estratégia de Produtos e/ou Serviços;
6. Plano de Marketing Básico;
7. Plano Financeiro Básico.
(Gaspar, 2009)
1. Sumário Executivo;
2. Análise de Mercado;
3. Plano de Marketing;
4. Plano Operacional;
5. Plano Financeiro;
6. Construção de Cenários;
7. Avaliação Estratégica;
8. Avaliação do Plano de Negócios.
Fonte: Martins (2006), Gaspar (2009)
A escolha recaiu sobre estes dois autores porque são aqueles que
apresentam modelos de planos de negócios cujas estruturas são mais
semelhantes àquela que se pretende apresentar no próximo capítulo. Uma das
grandes vantagens do plano de negócios é não ter rigor quanto ao modelo,
devendo existir a capacidade de adequar devidamente a estrutura do modelo ao
tipo de atividade económica, bem como ao seu propósito e finalidade.
Sendo assim, no caso deste projeto, haverá, liberdade para escolher qual
a melhor estrutura para o plano de negócio, onde será apresentado o negócio
através do sumário executivo, a missão, visão, valores, os objetivos, os
produtos/serviços, o público-alvo, análise de mercado, o plano de Marketing e,
por fim, o plano financeiro, baseado no modelo de Martins (2006).
32
Capitulo II – Plano de Negócios
33
2.1 Sumário Executivo
O objetivo deste plano de negócios é criar uma nova empresa no setor do
turismo, mais concretamente no segmento das viagens. A empresa em questão
é um operador turístico que se propõe a elaborar e comercializar pacotes
turísticos diretamente aos clientes e a agências de viagens. Esta empresa nasce
na cidade do Porto e, inicialmente, o leque de escolhas em termos de pacotes
de viagens não é muito grande, apenas três pacotes turísticos. Contudo, a longo
prazo, pretende-se ter mais pacotes turísticos para os melhores destinos
turísticos do mundo.
Este operador turístico, denominado nome Move to Travel, é uma
sociedade por quotas e pretende introduzir-se no mercado nacional com o
objetivo de organizar pacotes turísticos para fora de Portugal e também em
Portugal. Pretende-se apresentar preços bem mais convidativos do que a
maioria dos operadores já estabelecidos no mercado.
O investimento desta empresa será feito da seguinte forma: 30.000€ de
empréstimos dos sócios, isto é, 15.000€ de cada um, e ainda um financiamento
de 10.000€ de capital próprio dos sócios de modo a cobrir o investimento inicial
do primeiro ano de atividade da empresa. Nos restantes anos estima-se que a
empresa será capaz de sobreviver com os próprios meios libertos de
exploração5.
2.2 Apresentação e Caracterização da empresa
2.2.1 A Organização
A Move to Travel Operador Turístico é uma Sociedade por Quotas,
constituída por dois sócios. O financiamento do projeto será feito pelos próprios
sócios através da garantia de 10.000€ de Capital próprio e 30.000€ de
empréstimo dos sócios (15.000€ cada). Estes valores permitem a realização de
todos os pagamentos necessários para o primeiro ano de atividade, antes de a
empresa começar a gerar receitas.
5 Os meios libertos são os excedentes gerados pela empresa e que mostram a viabilidade financeira do negócio de modo a que seja possível gerar rendimentos superiores aos custos de funcionamento. Os meios libertos anuais líquidos demonstram a capacidade de autofinanciamento da empresa (Teixeira & Pardal, 2005b).
34
Espera-se que a empresa inicie a sua atividade no início do ano de 2018,
apresentando-se como um operador turístico que tem como objetivo principal
vender os seus pacotes turísticos diretamente aos clientes através do seu
website. Contudo também faz parte dos objetivos (a curto-prazo) estabelecer
parcerias com intermediários – agências de viagens – e comercializar os pacotes
através das suas redes de distribuição. Assim, a Move to Travel tornar-se-á um
operador turístico grossista e retalhista. Outro dos objetivos será a abertura ao
público no segundo ano de atividade.
Esta empresa começa por apresentar ao público três pacotes turísticos:
um com destino para a Rússia, outro para Itália, e outro para Portugal. A escolha
recaiu sobre estes três destinos sobretudo devido à sua diversidade e que, por
isso, oferecem aos turistas a possibilidade de conhecerem novas culturas.
A Rússia é um destino conhecido pelos seus majestosos palácios e que
oferece uma cultura rica e diversificada (arquitetura, artes e música, museus,
tradições…), paisagens impressionantes de lagos e montanhas e gastronomia
interessante. Por estes motivos torna-se um destino de interesse, pela oferta
disponibilizada aos turistas6 (Russia Tourism).
O segundo destino em que este operador aposta é em Itália. Esta aposta
deve-se ao facto deste destino ter para oferecer aos turistas: desde
conhecimentos sobre história e cultura, assim como momentos de aventura e
dias de praia. A versatilidade deste destino é imensa, tornando-o bastante
interessante7 (Turismo in Italia).
Desenvolver um pacote turístico para Portugal foi a terceira opção. Este
destino não poderia faltar uma vez que este país, para além de ser o país onde
este operador turístico nasceu, é acima de tudo, um país que desperta cada vez
mais o interesse dos turistas. Contudo o principal objetivo deste pacote de férias
é despertar o interesse dos próprios portugueses em conhecerem o seu próprio
país8 (Turismo de Portugal).
6 https://www.russiatourism.ru/en/ (acedido 09/10/2017); 7 http://www.italia.it/en/home.html (acedido 09/10/2017); 8 http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/Pages/Homepage.aspx (acedido 09/10/2017).
35
2.2.2 Definição do negócio
A ideia deste projeto é propor a realização de pacotes turísticos que
ofereçam aos turistas a oportunidade de disfrutarem de uma experiência
inesquecível e memorável em destinos únicos. A aposta inicial terá com foco
Itália, Rússia e Portugal – para dar a conhecer o país de origem da empresa
tanto a portugueses como a estrangeiros. Posteriormente pretende-se partir para
outros mercados como a Macedónia, Montenegro, Marrocos, Mongólia, Grécia,
Tunísia, Tanzânia e Finlândia, entre outros mercados.
É de realçar que o foco número um é o cliente, ou seja, para a Move to
Travel o cliente é o mais importante. Ouvi-los será uma regra para percebermos
o que é que eles querem e, assim, renovar ideias, inventar e reinventar
programas e dar respostas às suas necessidades. A Move to Travel aspira a ser
uma empresa de prestação de serviços de excelência com garantia da
segurança dos seus clientes.
Com os pacotes de férias comercializados deseja-se tornar as viagens
mais simples e agradáveis, libertando os clientes de qualquer preocupação
operacional, perda de tempo ou burocracia. Faz parte dos objetivos da empresa
tornar a vida dos clientes mais confortável muito antes das férias, através da
elaboração do pacote que garante a melhor viagem, com a melhor estadia, com
visitas aos pontos mais emblemáticos e monumentais do destino e da
oportunidade de estar presente nos melhores restaurantes para provar a melhor
comida e o melhor vinho, tudo isto ao melhor preço possível.
Através dos programas de viagens comercializados planeia-se oferecer
todos os serviços necessários para garantir umas férias acima das expectativas,
e oferecer também aos clientes a oportunidade de se fazerem acompanhar por
um guia turístico da empresa que estará presente em todas as visitas turísticas
que se realizarem no destino, como também estará disponível para os ajudar em
qualquer situação necessária que surja durante a viagem. Este fator é
diferenciador pois a maior parte dos pacotes turísticos que existem no mercado,
se incluem guia turístico, é um guia contratado a outra empresa, normalmente
originário do país do destino (turístico) e que pode não falar a língua do grupo.
Acredita-se ser importante enviar com o grupo um guia que seja já um
elemento da própria organização, que esteja preparado para desempenhar essa
36
tarefa e que se dedicou a estudar o destino, pois este vai demonstrar uma
atenção e dedicação para com aquele grupo completamente diferente do que no
caso de uma pessoa aleatória, contratada numa outra empresa alheia à Move to
Travel. Na Move to Travel não fica esquecido que, mesmo quando são viagens
de grupo nunca deixam de existir necessidades individuais. A dedicação aos
clientes vai fazer com que exista todo um tratamento diferente e mais cuidadoso
para proporcionar a todos a melhor viagem possível.
Importa informar que apenas será enviado um guia turístico para viagens
com grupos superiores a 15 pessoas, no caso de grupos menores solicitar-se-á
um guia turístico contratado, contudo, se os clientes assim o desejarem poderão
solicitar um guia da Move to Travel.
O objetivo é oferecer o melhor ao melhor preço e ambiciona-se que os
clientes consigam perceber que o seu bem-estar é essencial e garantir que eles
conseguem disfrutam de momentos memoráveis com os pacotes de férias da
empresa.
No primeiro ano de atividade da empresa as vendas dos pacotes de
viagens serão realizadas apenas através do website da empresa. Este website
será construído por um dos sócios, terá opção para quatro idiomas – português,
inglês, francês e espanhol – e será possível fazer a reserva ou a pré-reserva do
pacote. Antes de decidir adquirir um determinado pacote de férias, se o cliente
desejar, terá a possibilidade de solicitar uma pré-reserva de modo a que,
primeiramente, possa contactar com um dos agentes da empresa e solicitar mais
informações sobre a viagem ou até mesmo sobre as opções de pagamento do
pacote turístico. Através de uma pré-reserva o cliente está a salvaguardar um
pacote de férias para si, contudo não se está a comprometer até obter toda a
informação que necessita até tomar uma decisão.
2.3 Missão, Visão, Objetivos e Valores
Neste ponto será apresentada a missão da empresa e as suas
orientações essenciais para que, no início de atividade, esteja claro para o
público-alvo da empresa qual o objetivo da mesma, a sua missão, a visão e os
valores por que se rege.
37
Teixeira (2011) afirma que a missão é uma declaração do objetivo
principal de uma organização e das suas operações, produtos e mercados de
atuação.
A visão é a principal aspiração que tem o objetivo de desafiar e motivar
os colaboradores da organização de modo a proporcionar um significado para a
realização do seu trabalho (Teixeira, 2011).
Os valores abrangem as convicções e os princípios éticos (Reis, 2000)
que orientam as resoluções e o comportamento do dia-a-dia (Pessoa, 2010) ao
definir o que é que está certo e o que é que está errado (Padma & Nair, 2009).
Reis (2000) afirma que os valores de uma organização são definidos com
base nos valores dos fundadores da empresa. São ainda influenciados pelos
colaboradores e outros intervenientes que têm também os seus próprios valores
(Carvalho & Filipe, 2008).
2.3.1 Missão
A Move to Travel visa tornar os sonhos dos seus clientes realidade e
proporcionar-lhes experiências que fiquem gravadas nas suas memórias,
através do desenvolvimento de pacotes turísticos que primam pela qualidade de
excelência.
2.3.2 Visão
A Move to Travel pretende ser mais do que um novo operador turístico.
Quer ser um operador turístico de referência, que se destaca não só pelos
produtos/serviços de excelência que presta, isto é, pelos pacotes turísticos que
antecipam as necessidades – procura – e que realizam os sonhos dos turistas,
mas também pretende ser uma empresa com um excelente ambiente de
trabalho.
Pretende-se ainda desenvolver e fomentar relações com parceiros
comerciais de modo a desenvolver uma rede de trabalho de valor que ajude a
empresa a oferecer aos seus clientes produtos únicos e inovadores, de valor
inigualável que acrescentem às suas vidas alguma coisa. Mais do que enviar os
clientes de viagem pretende-se enviá-los para uma experiência única.
38
2.3.3 Valores
Na Move to Travel, todos os seus elementos orientar-se-ão pelos
seguintes valores:
Ética: Gestão honesta, íntegra e transparente, capacidade de assumir
compromissos, respeito pelos colaboradores e pelo ambiente que em que
estão inseridos;
Orientação para o cliente: Foco nos clientes e na realização das suas ideias
e sonhos, pelo que todas as atividades realizadas devem ter em conta as
suas necessidades, de modo a conquistar a sua confiança e fidelização do
cliente;
Bom ambiente de trabalho e espírito de equipa: Motivar e garantir o bem-
estar dos colaboradores é muito importante para que eles tenham o melhor
desempenho possível. Isso será conseguido através de aumentos de salário,
oportunidades de formação e boa liderança;
Inovação, dinamismo e qualidade: Os pacotes turísticos desenvolvidos nesta
empresa procuram levar os turistas a realizar os seus sonhos, pelo que, na
Move to Travel, deve existir primazia pela inovação e pelo dinamismo, assim
como é de extrema importância garantir que cada um dos pacotes turísticos
são de elevada qualidade;
Responsabilidade Social e Ambiental: a Move to Travel pretende ser uma
empresa que procura desenvolver ações que contribuam para a inclusão
social e que contribuam para a sustentabilidade do meio ambiente.
2.3.4 Objetivos
Os objetivos são tudo aquilo que uma empresa pretende atingir. Nos
objetivos estabelecem-se ainda os valores que uma organização pretende
alcançar através do resultado da exploração da atividade de negócio (Cardoso,
1992).
Os objetivos de uma organização são o fim idealizado que se pretende
atingir e que orientam todo o comportamento dentro da organização face ao
futuro e ao ambiente envolvente. Assim, os objetivos são a razão que uma
organização tem para existir (Real, 2014).
39
Definir quais são os objetivos do negócio é um passo essencial para
perceber a viabilidade deste plano de negócios e quais são as estratégias e os
meios adequados para alcançá-los com sucesso, pelo que se consideram os
objetivos financeiros e os objetivos não-financeiros.
2.3.4.1 Objetivos Financeiros:
Ter autonomia financeira acima dos 50% após o 3º ano de atividade;
Atingir uma taxa de crescimento de vendas dos pacotes turísticos e uma
rentabilidade estáveis;
Aumentar a quota de mercado da empresa a cada ano;
2.3.4.2 Objetivos Não-Financeiros:
Conquistar notoriedade junto dos clientes e de empresas dentro do setor do
turismo;
Estar presente em pelo menos cinco feiras de turismo;
Desenvolver duas a três novas parcerias (nacionais e internacionais) por ano
com o objetivo de melhor a qualidade de serviço para o cliente e gerar valor
para a empresa;
Obter pelo menos 90% de satisfação de clientes, assim como a dos
colaboradores;
Ser capaz de conseguir aumentar a fidelização de clientes através da
qualidade de excelência e dos bons preços praticados;
2.4 Público-Alvo
Num plano de negócios é imprescindível definir qual o público-alvo que se
pretende atingir, pois a definição do público-alvo permite comunicar de forma
mais eficaz com o público e fazer chegar até ele com maior rapidez todas as
linhas de atuação da empresa.
A identificação do público-alvo é necessária para comunicar de forma
eficiente com ele. Assim, deve-se segmentar o mercado em grupos tendo em
conta as caraterísticas que os potenciais clientes têm em comum e que iriam
procurar um produto/serviço semelhante (Cooper et al., 2001).
40
De acordo com a OMT (2007) a definição do público-alvo permite perceber
as características que o grupo partilha e é o ponto de partida para a delineação
de uma estratégia de marketing.
Este operador turístico pretende chegar a turistas portugueses e a turistas
estrangeiros. Pode considerar-se que, de modo geral, o público-alvo da Move to
Travel é um público abrangente, considerando-se apenas as seguintes
características:
Pessoas que têm gosto por viagens e que se interessam por
conhecer novos destinos e culturas;
Pessoas de nível socioeconómico médio e/ou médio-alto;
Que viajem por motivos: de lazer, de recreio e/ou férias.
O público-alvo principal da Move to Travel será sobretudo os turistas que
querem fazer mais do que “viajar por viajar”, ou seja, a preferência de público
recai sobre aqueles que valorizam todos os elementos que refletem o carácter e
a personalidade dos destinos, desde a sua arquitetura, as paisagens, a
gastronomia, o ambiente citadino ou rural, por exemplo, a população, a cultura
do destino, a história. A Move to Travel visa chegar sobretudo aos turistas que
se interessam pelas experiências inesquecíveis, cuja motivação é conhecer,
descobrir e experimentar tudo aquilo que um destino tem para lhes oferecer.
Assim, considera-se que o público-alvo deste operador é abrangente
porque é possível chegar a muita gente, e cada vez mais as pessoas querem
viajar e disfrutar das suas férias. Contudo procura-se oferecer a cada um dos
clientes produtos personalizados para que consigam obter a melhor experiência
possível graças aos serviços/produtos disponíveis da Move to Travel.
2.5 Processo de Produção dos Pacotes Turísticos
Os operadores turísticos têm um trabalho complexo e bastante exigente
no que diz respeito à produção de pacotes turísticos, uma vez que estes devem
antever a procura e proporcionar aos turistas uma experiência de sonho num
destino. É necessário um planeamento cuidado e uma grande organização, logo,
este processo não se faz com rapidez nem facilidade, pelo contrário, passa por
várias fases e envolve uma quantidade considerável de intervenientes.
41
Cunha (2003) e Carrasqueira (2012) consideram que no processo de
produção dos pacotes turísticos deve existir (I) organização antecipada, isto é,
antes da procura. Nesta fase fazem-se estudos de mercado, determinam-se os
destinos, meios de transporte, meios de alojamento e o nível de
acompanhamento no destino; (II) devem-se definir os serviços que vão estar
incluídos no pacote (transfers, refeições, transporte – ida e volta –, visitas,
seguro…); (III e IV) por último deve-se estabelecer o preço, o modo de
pagamento e que o pagamento é feito antes do início da viagem, englobando
questões administrativas e de marketing.
A 1ª fase diz respeito ao planeamento, pois, em primeiro lugar, deve-se
fazer um estudo de mercado para perceber quais são as tendências, e observar
os fatores que influenciam os destinos emergentes e o seu desenvolvimento. De
seguida é importante identificar os elementos que fazem parte da oferta turística
e é necessário perceber qual será a melhor estratégia de marketing para esse
destino.
Figura 2: Fase de Planeamento
Fonte: Elaboração Própria
Na 2ª fase deve-se escolher o tipo de unidade de alojamento e negociar
com as várias unidades as reservas pretendidas, decidir a rota da viagem e,
assim, o meio de transporte de viagem, com base em características como a
capacidade, tipos de equipamentos, a segurança, referências e eventuais
serviços a bordo. Também é necessário negociar com as mesmas os preços,
assim como contactar empresas que prestem serviços no destino que sejam
Estudo de mercado
• Perceber as tendências e os destinos emergentes;
• Fatores económicos, políticos, sociais e culturais.
Oferta do Destino
• Identificar as atrações do destino;
• Descobrir as principais atividades do destino e investigar os seus recursos culturais: história, gastronomia e vinhos, museus...
• Recursos Naturais.
Marketing
• Delinear uma estratégia de marketing para apresentar o destino;
• "Porque devem escolher este pacote turístico.
42
úteis para a viagem, como transporte, por exemplo, e conhecer a existência no
destino de tours, museus, por exemplo. Deve-se estabelecer as datas da viagem
e nesta fase também é conveniente pensar no layout para os pacotes turísticos.
Figura 3: Fase de Negociação
Fonte: Elaboração Própria
Já na 3ª fase deve-se estimar e determinar os preços de venda, preparar
as brochuras turísticas a promover o pacote turístico, estabelecer o sistema de
reservas, delegar a contabilidade e documentação relativas aos pacotes
turísticos, assim como se deve definir quem vão ser os representantes dos
destinos selecionados para que estes acompanhem os turistas durante as
viagens.
Figura 4: Questões administrativas
Fonte: Elaboração Própria
A 4ª e última fase diz respeito ao marketing e às vendas. É nesta fase que
se fará a distribuição das brochuras para o mercado de modo a apresentar os
pacotes turísticos ao público, também é conveniente apostar em publicidade
intensiva. Também é nesta fase que as reservas começam a chegar, sendo que
o último passo é a partida para o destino.
Unidades de alojamento
• Negociar preços;
• Reservar quartos.
Viagem
• Definir a duração da viagem;
• Definir as datas de ida e volta;
Unidades de Transporte
• Negociar com a companhia de transporte as tarifas e as classes.
Serviços Turísticos no Destino
• Serviços de transporte no destino;
• Gastronomia e Vinhos;
• Tours e reservas em entretenimento.
Pacote Turístico
• Definir o design e o layout dos pacotes turísticos
Preços dos pacotes turísticos
Brochuras Turísticas
Preparar o sistema de reservas
Selecionar os representantes
do destino
43
Figura 5: Marketing e Vendas
Fonte: Elaboração Própria
A elaboração de pacotes turísticos requer grande responsabilidade dado
que é uma tarefa de extrema importância, pelo que um operador turístico deve
ser constituído por uma equipa responsável que esteja à altura de cumprir esta
tarefa, uma vez que a mesma exige muita dedicação, preparação, programação
e uma forte aposta na promoção dos pacotes turísticos.
2.6 Análise da Concorrência
A análise da concorrência é um passo fundamental porque permite
conhecer os outros intervenientes no mercado, ou seja, as empresas que já
atuam no mercado.
No setor do turismo a oferta é muito vasta, portanto é crucial analisar a
concorrência para se perceber quais são as principais empresas já estabelecidas
no mercado a oferecer o mesmo tipo de serviço dentro do setor do turismo. Para
realizar a análise da concorrência foram consideradas as empresas que
produzem e comercializam pacotes de férias com loja aberta ao público.
Apresenta-se na tabela 8 os principais concorrentes da Move To Travel
com base nos seguintes critérios:
Tabela 8: Critérios de Seleção Para Análise da Concorrência
Critérios de Seleção da Concorrência
Características do Operador Turístico;
Tipo de Rede de Distribuição (Direta ou Indireta);
Destinos onde atuam;
Prémios recebidos;
Os operadores selecionados são operadores antigos e já bem posicionados no mercado.
Fonte: Elaboração Própria
1. Nortravel – Operador Turístico: É considerado o melhor operador turístico
português e localiza-se no Porto. Organiza viagens de grupo e comercializa
Distribuir as brochuras e
apostar noutros meios de
publicidade
ReservasPartida para o
Destino
44
viagens feitas à medida do cliente. Nos seus pacotes de férias, a Nortravel
pode incluir todos ou só alguns serviços turísticos.
Tabela 9: Nortravel – Operador Turístico
Características Destinos
Prémio de Melhor Operador turístico
de 20169;
Circuitos turísticos já com horários e
percursos pré-estabelecidos que
incluem visitas acompanhadas por
guias a zonas turísticas de valor
histórico-cultural e também
paisagístico;
Vende apenas através de agências
de viagens. No site o registo é
exclusivo para agências de viagens
portuguesas.
Europa – Sobretudo Itália, Malta, Suíça,
Roménia e Bulgária;
Ásia – Principalmente Israel, Irão,
Uzbequistão, Indochina;
Grandes Viagens para América do Norte,
América Central, América do Sul,
Oceânia;
Pacotes para praias – Brasil, Sicília,
Sardenha.
Pacotes de Férias em Cruzeiros e para
City Breaks.
Fonte: Elaboração Própria10
2. Tui Viagens11: A representar o TUI Group (empresa alemã) em Portugal, tem
lojas em Lisboa, Porto, Madeira e Açores. O TUI Group é o principal operador
turístico a nível mundial. Esta empresa conta com companhias aéreas,
cadeias de hotéis, frotas de navios de cruzeiros, operadores e outros
profissionais de turismo experientes em todos os mercados em que está
inserida, sendo um grupo altamente competitivo.
9 Portugal Travel Awards. 10 https://www.nortravel.pt/optitravel/online/www/layout15/index.php (acedido em: 09/10/2017). 11 TUI Ambassador Tours, Unipessoal, Lda.
45
Tabela 10: Tui Viagens – Portugal
Características Destinos
Operador turístico especializado em
grandes viagens com foco para o
continente americano e asiático;
Os programas dos pacotes deste
operador incluem visitas turísticas e
culturais de maior relevância no
destino;
Fazem distribuição online e offline;
Este operado destina-se
exclusivamente a reservas através de
agências de viagens.
África – Quénia e Tanzânia; Maurícia;
Pacífico – Austrália: Nova Zelândia;
Polinésia Francesa;
América – USA; Canadá; México;
Argentina; Colômbia; Guatemala;
Ásia – Vietname; Japão; China;
Tailândia; Filipinas; Indonésia.
Fonte: Elaboração Própria 12 13
3. Pinto Lopes Viagens: É um operador turístico e agência de viagens com
mais de 40 anos de experiência, cuja especialização se baseia nas viagens
culturais e de autor, em grupo. Tem sede no Porto e um balcão em Lisboa
desde 2012. Cada viagem conta com uma programação própria que pode ser
em destinos tradicionais e/ou destinos totalmente desconhecidos.
Tabela 11: Pinto Lopes Viagens
Características Destinos
A programação das viagens é feita no
início de cada ano já com todas as
características pré-definidas;
Também têm organizam circuitos à
medida para grupos;
Realizam passatempos (exemplo:
realizam um passatempo anual de
fotografia);
Vende os pacotes de viagem diretamente
ao consumidor e é possível realizar
reservas através do website.
Europa – Polónia, Bélgica e Holanda,
Córsega e Sardenha;
Ásia – Irão – Antiga Pérsia;
Pacotes “Especial Islândia”;
Organiza pacotes de férias para
cruzeiros – Caraíbas; Golfo Arábico;
Itália, Croácia, Grécia; Canal do Suez;
Pacotes de Fim de Ano já preparados
– Rússia, Rio de Janeiro.
Fonte: Elaboração Própria14
12 http://www.tuiviagens.pt/ (acedido em: 09/10/2017). 13 http://pt.tui.com/pt/Catalogos/Lista#1 (acedido em: 09/10/2017). 14 http://www.pintolopesviagens.com/ (acedido em: 09/10/2017).
46
4. Solférias: É um operador turístico sediado em Lisboa, que está no mercado
desde 1995. Desenvolvem programas de lazer e de negócios para os 5
continentes.
Tabela 12: Solférias – Operador Turístico
Características Destinos
Já foi premiado com – Melhor
Operador Turístico 201115; Melhor
Site de Operador 201216;
Operador turístico grossista, ou seja,
recorre a intermediários para distribuir
os seus produtos.
Europa – Grécia; Turquia; Paris (França);
Açores; Madeira; Ilhas Canárias;
Ásia – Sri Lanka; Israel; Bali; Dubai;
Maldivas;
África – Guiné; Marrocos; Quénia;
Senegal; Tanzânia; Tunísia; Cabo Verde;
Maurícia;
Américas; Canadá; Colômbia; Costa
Rica; Cuba; Brasil.
Fonte: Elaboração Própria17
5. Lusanova Tours: É o operador turístico do grupo Lusanova Travel Group,
sediado em Lisboa. Elaboram pacotes turísticos mas procuram diferenciar-
se através de viagens planeadas à medida do cliente.
Tabela 13: Lusanova Tours
Características Destinos
Oferta diversificada – Excursões
ibéricas, circuitos europeus, cruzeiros
e grandes viagens;
Recorrem a agências de viagens para
distribuir os seus pacotes turísticos.
Europa – Portugal e Espanha; Suíça;
Escócia;
África – Marrocos;
América do Norte – USA; Canadá;
América do Sul – Costa Rica; Perú; Chile;
Médio Oriente – Israel e Jordânia; Irão
(Pérsia Antiga); Jerusalém;
Ásia e Pacífico – Índia; Dubai; Camboja;
Malásia.
Fonte: Elaboração Própria 18
6. Soltrópico: Foi criado em Cabo Verde há mais de 20 anos e é líder de
mercado neste destino, tendo, por isso, os destinos tropicais como foco
principal. Em Portugal, foi o primeiro operador turístico a conseguir obter o
15 Publituris Travel Awards. 16 Publituris Trade Awards. 17 https://www.solferias.pt/#home (acedido em: 09/10/2017). 18 http://www.lusanovatours.pt/ (acedido em: 09/10/2017).
47
Certificado de Qualidade ISO 9001. A localização deste operador turístico fica
na cidade de Lisboa.
Tabela 14: Soltropico – Operador Turístico
Características Destinos
Já ganhou o prémio de Melhor Site de
Operador19 em 2011;
Vende os seus pacotes através de
agências de viagens e através do seu
website – embora venda através do
próprio site, o cliente, antes de confirmar
a reserva, tem de escolher um agente
intermediário de viagens e contacta-lo
no prazo de 3 dias.
Brasil;
Indonésia;
Moçambique;
Polinésia Francesa;
Quénia;
Tailândia;
Tanzânia;
Tunísia.
Fonte: Elaboração Própria 20
7. E-Destinos: Este operador pertence ao Grupo MTS Globe e é o operador
líder no mercado português no segmento Portugal Continental.
Tabela 15: E-Destinos – Operador Turístico
Características Destinos
Tem mais de 1000 agências no seu
portfolio de clientes;
Aceitam pedidos de viagem feitos à
medida se for para um grupo igual ou
maior a 8 pessoas;
Rede de distribuição indireta, ou seja,
através de agências de viagens.
Portugal Continental;
Açores;
Madeira;
Espanha.
Fonte: Elaboração Própria 21
8. Jade Travel: Esta empresa, localizada em Lisboa, pertence ao grupo
Nortravel e nasceu com o objetivo de se tornar num operador turístico
especializado no Médio Oriente, Norte de África e Extremo Oriente.
19 Prémios Publituris Trade Awards. 20 https://www.soltropico.pt/ (acedido em: 10/10/2017). 21 http://www.e-destinos.net/pt-PT/institucional/destinos-contatos (acedido em: 10/10/2017).
48
Tabela 16: Jade Travel – Histórias e Viagens
Características Destinos
Programação Especializada na área do
turismo cultural;
Estudam intensamente o destino para
oferecer o máximo de informações
sobre o mesmo;
Forte aposta nas novas tecnologias
com conteúdos atualizados e dinâmicos
para agentes de viagens e viajantes;
Recorre a intermediários para vender
as suas viagens.
África – Egipto; Marrocos; São Tomé e
Príncipe; Zanzibar;
Médio Oriente – Dubai; Jordânia;
Líbano;
Ásia – India; Macau; Nepal; Tibete.
Fonte: Elaboração Própria 22
9. Viagens Tempo: É um operador turístico sediado no Porto. A diversidade
cultural são o motivo principal dos seus pacotes turísticos.
Tabela 17: Viagens Tempo – Operador Turístico
Características Destinos
Organizam circuitos para Safaris e
férias e praia.
No ano de 2015 foram distinguidos pelo
Turismo de Portugal e pelo IAPMEI
com o prémio de Pequena-Média
Empresa (PME) de Excelência;
Comercializa os seus pacotes turísticos
apenas através de agências de viagens
(é possível uma agência recorrer ao
website do operador para efetuar as
reservas);
Europa – Itália; Reino Unido e Irlanda;
Escandinávia;
Rússia e Báltico;
África – Safari + viagem ao Zanzibar;
Quénia;
Ásia e Oceânia;
Pacotes de Férias para as praias do
Oceano Índico;
Organiza pacotes para Lua-de-mel.
Fonte: Elaboração Própria 23 24
Apesar de existirem muitos mais operadores turísticos no mercado,
apenas foram selecionados estes para a análise da concorrência pois, para além
da maioria deles já serem empresas que estão no mercado há muitos anos, têm
já redes próprias de distribuição definidas e estabelecidas, assim como
parcerias, além de que já conquistaram a sua quota de mercado, e têm,
naturalmente, notoriedade e reputação conquistadas. Este é um mercado
22 http://www.jade.travel/ (acedido em: 10/10/2017). 23 http://www.viagenstempo.pt/engine.php (acedido em: 10/10/2017). 24 https://www.facebook.com/pg/viagenstempo.ot/about/?ref=page_internal (acedido em: 10/10/2017).
49
competitivo e existem concorrentes muito fortes e já experientes, pelo que, sem
objetivos, metas bem definidas e um bom plano de negócios, não é fácil entrar
nesta área e ser bem-sucedido.
Mostra-se ainda importante referir que, para esta análise o critério da
localização (embora sendo mencionado onde se localiza cada um dos
operadores) não era relevante devido à existência da internet e do facto de ser
facilitadora em todo o processo de pesquisa e de reserva de viagens. Mesmo no
caso dos operadores que comercializam apenas através de agências de
viagens, cabe ao cliente realizar a pesquisa e decidir qual a agência que prefere
e esta contacta o operador onde o cliente encontrou o pacote de férias para
efetuar a reserva. Posteriormente são acordados todos os pormenores do
processo de reserva/compra. Já para aqueles operadores que têm várias
agências de viagens em portfolio, o cliente que pretende adquirir um pacote
turístico, normalmente, pode encontrar essas agências nos sites do operador.
Ainda que a maior parte destes operadores seja generalista, eles
procuram diferenciar-se uns dos outros com novos destinos, novos programas,
novos pacotes turísticos totalmente diferentes de modo a atrair dos clientes.
Essa é a chave para sobreviver neste mercado. A título de exemplo, o operador
turístico Pinto Lopes Viagens diferencia-se através dos pacotes turísticos de
viagens culturais e de autor. As viagens de autor são únicas a nível nacional, e
são viagens desenhadas por personalidades de várias áreas de interesse,
convidadas pelo operador, que acompanham o grupo nessas mesmas viagens.
Refere-se ainda que estas viagens são inspiradas ainda na vida destes “autores”
e são viagens com serviços premium25.
Em suma, conclui-se que a concorrência no mercado é forte e que está
bem estabelecida, pelo que o fator diferenciação é crucial para o sucesso deste
negócio.
2.7 Análise Estratégica
A análise do ambiente envolvente em que as organizações se inserem
levam à elaboração da criação de estratégias que permitem às empresas
25 Viagens com serviços premium são viagens de elevada qualidade que incluem serviços exclusivos, como passeios privados, mais conforto, pacotes turísticos com número restrito de pessoas (grupo menor), por exemplo.
50
responder aos obstáculos e desafios que surgem (Lisboa et al., 2007). Segundo
Restrepo (2009), a elaboração de uma estratégia obriga a pensar sobre o futuro,
porque, segundo Fernandes (2007), é resultado do pensamento estratégico e da
análise feita ao meio envolvente em que as organizações estão inseridas, bem
como da delineação da missão do negócio, dos objetivos e das políticas da
empresa.
A estratégia da Move to Travel é definir um posicionamento de
diferenciação e diversificação com o objetivo de conquistar vantagem
competitiva no mercado para fazer frente à concorrência já existente, sobretudo
no mercado português.
No entanto, primeiramente é necessário avaliar todas as implicações
pertencentes a um negócio, para isso recorre-se à análise estratégica que se faz
através da análise PEST, da análise das 5 Forças de Porter e da análise SWOT
para compreender o ambiente externo e interno em que o negócio está inserido,
e os fatores que influenciam diretamente o sucesso ou insucesso do negócio.
A análise PEST é uma ferramenta que permite às organizações perceber
qual é a dinâmica da envolvente externa macro ambiental. Segundo Teixeira
(2011) o ambiente externo é composto por fatores externos que mostram às
organizações que elas têm que se adaptar às variáveis pois estas não podem
ser alteradas nem controladas.
A análise SWOT é a análise é uma técnica que permite investigar e revelar
os pontos fortes e os pontos fracos de uma organização, ou que permite
identificar o ciclo de vida de um produto (isto é, o seu tempo de permanência no
mercado: introdução, fase de crescimento, fase de maturidade e declínio), bem
como as oportunidades e as ameaças que existem no mercado (Santos, 2008).
Assim, o objetivo final destas análises é o cruzamento das informações
reunidas pós-análise e a sua utilização na elaboração de estratégias através das
oportunidades detetadas e aproveitadas, bem como do extermínio das ameaças
e dos pontos fracos do operador. Os pontos fortes devem ser evidenciados e
utilizados para bom proveito das empresas, neste caso, do operador turístico
Move to Travel.
51
2.7.1 Análise Externa: Análise PEST
A análise PEST é um método que permite estudar um determinado
ambiente com base nos seguintes fatores: Políticos, Económicos, Sociais e
Tecnológicos. A análise destes fatores possibilita a compreensão de ambientes
complexos que estão em constantes mudanças.
A análise PEST permite identificar tendências e permite que se criem
condições que podem ser essenciais para a continuidade futura da organização,
que se podem tornar fortes atributos para a ajudar a organização a enfrentar
eventuais obstáculos (Tsikkiros & Pashiardis, 2002).
Teixeira (2011) afirma que a análise PEST permite conhecer as variáveis
políticas, ou seja, o governo, a sua estabilidade e atitudes, órgãos políticos e a
legislação; as variáveis económicas, isto é, o estado da economia e o uso dos
recursos de um país (ou região); os fatores sociais consideram os valores
pessoais, crenças, estilo de vida e atitudes de um país (ou região); e as variáveis
tecnológicas mostram os desenvolvimentos ao nível das tecnologias e o impacto
que estes têm nas organizações, nos produtores, nos consumidores e na
sociedade.
Com base nas teorias e referências apresentadas elabora-se a tabela 18
onde se apresenta a análise PEST à envolvente externa da Move to Travel.
52
Tabela 18: Análise PEST
Políticos
Atualmente, em Portugal, vive-se um clima de alguma
estabilidade governativa e existe espaço para mudança;
Contudo, em geral, na Europa, existe um clima de incerteza
devido às crises políticas que se tem vivido nos últimos anos,
além disso, 2017 é um ano de mudanças governativas em
diversos países europeus;
No que diz respeito às políticas fiscais o futuro é incerto,
resultado ainda da instabilidade que se viveu no passado;
O Governo aposta muito no setor do turismo;
O PENT afirma que o apoio às empresas turísticas é prioritário;
A ET2027 propôs mudanças e estabeleceu desafios para o
futuro do turismo português para os próximos dez anos.
Económicos
Embora a situação económica do país tenha altos e baixos, o
turismo tem uma grande importância na economia portuguesa
e é um dos principais motores da mesma, conseguindo gerar
receitas e emprego;
Existência de planos de apoio, como o Portugal 2020;
A taxa de desemprego ainda está elevada, porém existem
mais políticas de apoio para a contratação.
Socioculturais
Atitude positiva das populações face ao turismo;
Mudança de comportamentos e hábitos: cada vez mais as
pessoas recorrem ao turismo para obter experiências únicas;
Tecnológicos
Excelente rede de infraestruturas de comunicação e internet e
em constante desenvolvimento;
Possibilidade de efetuar reservar através das plataformas
online.
Fonte: Elaboração Própria
2.7.2 Análise do Setor: As 5 Forças de Porter
Porter (2008) afirma que para formular uma estratégia eficiente é
necessário analisar as cinco forças competitivas de Porter, uma vez que a
caracterização estratégica da indústria é realizada pela análise à competitividade
do setor, à sua evolução e às relações estabelecidas.
A estrutura de um setor caracteriza-se, portanto por cinco forças
determinantes que são:
A rivalidade dentro do setor: Porter (2008) afirma que a rivalidade entre
concorrentes diz respeito à capacidade de cada organização para atuar no
mercado face à concorrência que existe, tendo em conta os
produtos/serviços, preços, qualidade, e condições;
53
O poder negocial dos fornecedores: Segundo Porter (2008), este fator diz
respeito à capacidade que os fornecedores têm de exercer força nas
condições de venda dos produtos/serviços. Freire (2008) afirma que o poder
dos fornecedores aumenta quando estes têm poucos concorrentes, porque
não existem outros produtos substitutos, logo, os clientes não têm poder no
negócio dos fornecedores;
O poder negocial dos clientes: Porter (2008) afirma que esta força diz respeito
à capacidade que os clientes têm de influenciar as condições de compra dos
produtos/serviços. Segundo Freire (2008) o poder os cliente aumenta
quando, existem poucos clientes e/ou quando estes são sensíveis aos preços
ou quando não há produtos diferenciadores e inovadores, por exemplo;
A potencial entrada de novos concorrentes: Segundo Porter (2008) se as
barreiras de entrada no setor forem altas, a ameaça de novas entradas é
mais baixa. Existem vários tipos de barreias que podem ser os pedidos de
financiamento, as desigualdades no acesso aos canais de distribuição (quem
já se encontra estabelecido impõe dificuldades à entrada de novos produtos
e serviços), ou as políticas governamentais, que podem facilitar, ou não, a
entrada de novos concorrentes;
A ameaça de produtos substitutos: segundo Porter (2008) esta força
caracteriza-se pelo facto de existirem outros produtos capazes de
satisfazerem as necessidades dos clientes.
Através desta análise percebe-se se o setor é atrativo ou não pode-se
diagnosticar as principais pressões competitivas do mercado e avaliar a sua
força e importância.
Assim, em função das teorias e referências anteriormente mencionadas
elabora-se a tabela 19 para fazer a análise do setor, isto é, das 5 forças de Porter:
54
Tabela 19: As 5 Forças de Porter
Análise do Setor
5 Forças de Porter
Variáveis Impacto Explicação
Rivalidade dentro do
Setor
Forte
A concorrência é forte: existe um grande número de
operadores turísticos. A estratégia de entrada é oferecer
preços mais baixos e o serviço de guia turístico.
Poder Negocial dos
Clientes
Médio
Os clientes tendem a procurar nas agências e operadores
turísticas os melhores serviços ao preço mais baixo e podem
optar por reservar online sem recorrer a intermediários. Mas
os pacotes turísticos incluem o máximo de serviços e produtos
turísticos possíveis a preço mais baixo do que se fossem
adquiridos em separado.
Poder Negocial dos
Fornecedores
Fraco
Existe um grande número de fornecedores no mercado, seja
de unidades de transporte, de alojamento, restauração, lazer,
recreio, pelo que existe margem de manobra para encontrar
os melhores preços.
Potencial de Novas
Entradas
Forte
Existe um elevado risco de imitação, não obstante, considera-
se ainda a instabilidade económica e o risco que este tipo de
negócio acarreta.
Ameaça de Produtos
Substitutos
Fraco
A alternativa aos pacotes turísticos passa pelo turista fazer as
reservas tanto de voos, comboio, ou outros meios de
transporte, nos respetivos sites, reservar o alojamento
recorrendo a uma plataforma adequada, como o booking, por
exemplo, e planear toda a viagem sozinho, desde locais a
visitar, atividades a realizar, entre outros.
Fonte: Porter (2008) e Freire (2008)
2.7.3 Análise Interna e Externa: Análise SWOT
A análise SWOT é uma análise que se faz tanto ao ambiente externo
como ao ambiente interno, capaz de fazer um diagnóstico real da situação da
empresa, capaz de definir estratégias e planos que ajudem à diferenciação da
empresa e a combater as suas fraquezas, e do ambiente que a rodeia que
permite perceber a posição da empresa face ao ambiente em que esta se insere.
Esta análise avalia as forças (strengths), fraquezas (weaknesses) da própria
empresa e as oportunidades (opportunities) e as ameaças (threats) do ambiente
que a rodeia.
De acordo com Kotler (2000) a análise SWOT está subdividida na análise
do ambiente interno (forças e fraquezas) e do ambiente externo (oportunidades
55
e ameaças). Ao nível do ambiente externo são consideradas as forças macro
ambientais.
A análise ao ambiente interno considera os pontos fortes e pontos fracos
que a organização possui de modo que, depois de conhecidas as oportunidades
e ameaças (ambiente externo) seja possível avaliar e selecionar a melhor
estratégia para superar as fraquezas (Teixeira, 2011).
Após o estudo das teorias e com base nas referências anteriormente
citadas, apresenta-se a tabela 20.
Tabela 20: Análise SWOT
Ambiente Interno
Forças (S)
Oferta de pacotes turísticos personalizados – qualidade de excelência;
Oferta de serviço guia-turístico;
Forte aposta no Marketing;
Parceria com unidades de alojamento, de transporte, lazer e cultura de qualidade;
Recursos humanos qualificados e dedicados a oferecer o melhor produto;
Fraquezas (W)
Empresa recente no mercado e, por isso, sem história e notoriedade;
Necessidade de investir em Marketing e publicidade;
Preços relativamente elevados face à concorrência no início da atividade comercial;
Ambiente Externo
Oportunidades (O)
Valorização do turismo e aumento da procura;
Mercados e destinos turísticos em expansão;
Legislação atual facilitadora da entrada no setor;
Entidades potencialmente interessadas em estabelecer parcerias;
Ameaças (T)
Forte concorrência por empresas já estabelecidas no mercado, que são mais experientes e já
têm reputação e notoriedade conquistadas;
Crescente independência dos consumidores na reserva dos produtos turísticos, isto é, há uma
diminuição no recurso aos intermediários;
Preços de mercado competitivos;
Conjuntura socioeconómica instável;
Fonte: Elaboração Própria
56
2.8 Estratégia de Marketing – Marketing-Mix
Kotler (1996; cit. por Madeira, 2010, pp. 19) o marketing é a “orientação
para os desejos e necessidades dos consumidores, através de um esforço
integrado da empresa para satisfazer esses desejos e necessidades de forma
mais eficaz do que os seus concorrentes. E de forma a atingir determinados
objetivos”.
A definição do marketing-mix é um passo importante porque não é
suficiente apresentar um serviço, ou produto de qualidade que satisfaça as
necessidades do consumidor, é igualmente importante definir a política de preço
que seja justa em relação à qualidade, a política de distribuição, para que os
clientes tenham facilmente acesso aos produtos, e a política de comunicação,
para, não só apresentar os produtos no mercado, mas também os seus
benefícios. Assim, o conceito de marketing-mix engloba quatro variáveis que
são:
1. Produto (product);
2. Preço (price);
3. Distribuição (place);
4. Comunicação (promotion).
Estas quatro variáveis devem ser usadas de forma articulada para que a
empresa possa oferecer produtos que reúnam as características desejadas
pelos consumidores, porém é muito importante que todas as estratégias do
marketing-mix estejam em sintonia e é essencial ter em conta os recursos
financeiros de que a empresa dispõe, o público-alvo e a concorrência (Ferreira
et al., 2010).
Kotler (1997) entende que estas variáveis são as fundamentais para as
organizações para atingir os objetivos propostos, sendo por isso, necessário
desenvolver as devidas políticas operacionais.
2.8.1 Produto
A Move to Travel é um operador turístico que tem como objetivo, como já
referido, a criação e comercialização de pacotes turísticos em território nacional
mas que também podem ser comercializados a nível internacional, uma vez que
podem ser adquiridos por qualquer um através do website da empresa. Os
57
pacotes turísticos que são comercializados incluem desde logo os serviços
essenciais que serão: o transporte para o destino, o alojamento, os transfers, os
tours, seguro e um guia enviado pela Move to Travel. E depois, mediante a oferta
do destino, serão definidas outras atividades turísticas para tornar a experiência
dos clientes no destino memorável.
Os pacotes são construídos através da seleção dos seguintes elementos:
1. Transporte, Alojamento e outros:
Viagens de avião, de comboio ou de autocarro
Hotéis, Hostels ou Guest Houses;
Meios de comunicação (Internet…);
Seguro;
Guia-turístico.
2. Oferta Turística:
Tours;
Atrações turísticas;
Museus;
Turismo Gastronómico e Enoturismo;
Turismo de Sol e Mar;
Turismo de Natureza.
O objetivo da Move to Travel passa pela elaboração de pacotes de férias
em grupo. Contudo, e tendo em conta que existem pessoas que não se sentem
confortáveis, ou não gostam de viajar com grandes grupos, a empresa atenderá
a pedidos individuais dos clientes e pretende elaborar também programas feitos
à medida dos clientes.
2.8.2 Preço
A política de preços praticados é muito importante para o sucesso do
negócio. Considera-se que melhor preço dos pacotes turísticos será aquele que
permitir obter a maior margem possível de lucro de modo a permitir cobrir todos
os gastos de produção e que, naturalmente, o público esteja disposto a pagar.
No Marketing-mix, a definição do preço envolve estratégias que visam
obter lucro através dos produtos/serviços comercializados (Zambaldi &
Mascarenhas, 2010).
58
Pretende-se que este seja um operador turístico com preços competitivos
para conseguir atrair clientes, que tem em conta os preços praticados pela
concorrência. O objetivo desta estratégia é garantir a sustentabilidade da
empresa.
Como já foi referido, quando as empresas reservam em grandes
quantidades conseguem obter preços mais baixos (nas empresas de transporte,
alojamento, entretenimento, lazer…), sendo uma grande vantagem dos pacotes
turísticos. Assim, o preço de venda de um pacote turístico é estabelecido com
base na soma dos serviços que ele inclui: serviço de transporte, o serviço de
alojamento, os transfers, os tours, outros serviços no destino e o seguro de
viagem. Logo, a compra de pacotes de viagens torna-se vantajoso para os
turistas porque um programa de viagem completo fica mais barato do que
adquirir todos os serviços em separado.
Ao contrário da grande maioria dos operadores turísticos que, porque
podem, uma vez que já estão estabelecidos no mercado, acrescentam sobre
preço dos pacotes turísticos uma margem de 20% a 25%, na Move to Travel
pretende-se, com o propósito de cativar e atrair os clientes, numa fase inicial,
acrescentar uma margem com valores substancialmente mais baixos para que
a empresa consiga ser competitiva. Estima-se que a margem estabelecida fique
entre os 16% e os 18%.
Outro ponto importante no que diz respeito à política de preço são as
condições e prazos de pagamentos. Planeia-se oferecer aos clientes condições
de pagamento mais económicas, por isso, os clientes podem optar pelo
pagamento a pronto, o pagamento em duas prestações ou em 30 dias (após a
reserva). No entanto a viagem terá de estar paga até ao dia de embarque.
Posteriormente, com o crescimento da empresa, o objetivo é estabelecer
protocolos com Bancos de modo a permitir mais facilidades para os clientes.
É importante ainda referir que uma vez que os clientes podem adquirir
pacotes de viagens através do website podem optar por fazer uma pré-reserva
no site da empresa e, assim, entrar primeiro em contacto com os agentes de
viagens da empresa, ou solicitar um contacto da parte da empresa para que
possam obter mais pormenores sobre os programas e sobre as formas de
pagamento.
59
Posteriormente serão também adotadas outras políticas de preço com o
intuito de atrair clientes, como descontos para quem levar crianças, descontos
seniores, ou para quem levar os seus animais (uma vez que esta é uma
organização de valores e socialmente responsável). Existe ainda a ideia de
aplicar descontos, se for possível, quando for requisitado um pacote de grupo
feito à medida, se for um número de pessoas superior a quinze.
2.8.3 Comunicação
Este ponto do marketing-mix tem como objetivo promover a empresa e/ou
os produtos/serviços junto dos diferentes públicos (clientes, fornecedores,
distribuidores, acionistas, concorrentes, parceiros, entre outros). A comunicação
procura influenciar o processo de decisão de compra do consumidor, isto é,
alertar para as vantagens e os benefícios de um produto/serviço e capacidade
de satisfação das suas necessidades.
Uma vez que o público-alvo da empresa pode ser muito heterogéneo,
ambiciona-se que as ações de comunicação da empresa cheguem ao número
máximo possível de clientes. Pretende-se que que a internet permita à empresa
chegar a um vasto leque de potenciais clientes, assim sendo, o objetivo é apostar
fortemente na publicidade online.
Pretende-se fazer publicidade através dos seguintes meios:
1. Website: O website do operador é o meio de comunicação mais importante
porque mostra a imagem da empresa e permite a sua apresentação, pois
contém toda a informação necessária para que os utilizadores possam
encontrar o pacote de férias de sonho que procuram. Pretende-se que seja
um site dinâmico, interativo e ao mesmo tempo simples e intuitivo para que
em pouco tempo os utilizadores encontrem exatamente aquilo que
procuravam, mas não é só por estas razões que é o meio de comunicação
mais importante: é o mais importante, e essencial porque através dele será
possível fazer a comercialização dos pacotes turísticos, ou seja, será aqui
que os clientes poderão encontrar as suas férias de sonho e reservá-las;
2. Youtube: Criar um canal de Youtube para divulgar vídeos promocionais
sobre os pacotes turísticos e vídeos realizados durante as férias organizadas
que serão partilhados posteriormente nas redes sociais da empresa;
60
3. Facebook e Instagram: Será importante estar presente nestas redes sociais
para partilhar conteúdos das atividades típicas dos destinos (escolhidas para
os programas de viagens) e os roteiros “típicos” realizados nos destinos;
4. LinkedIn: Estar presente nesta rede social é importante devido ao facto de
ser uma rede social dirigida a profissionais e empresas que também lançou
um programa de anúncios, portanto, este website mostrar-se-á benéfico na
medida em que permitirá uma maior aproximação com potenciais parceiros;
5. Email Marketing: É um método de criar campanhas que divulguem aos
consumidores as promoções e os novos pacotes de férias através de email.
Ajudará a divulgar e promover a marca da empresa e os seus produtos e
promoções, bem como será útil para cativar novos clientes e parceiros;
6. Uso de Banners26: Utilizar-se-á banners em sites estratégicos para fazer a
divulgação de outros, que sejam dedicados ao turismo, ou em blogs de
turismo, por exemplo;
7. Google Adwords: Recorrer-se-á a este meio de modo a gerar aumento da
notoriedade e a presença do site da empresa na internet;
8. E-Brochuras: São brochuras online e têm como objetivo apresentar aos
clientes os pacotes turísticos disponíveis para venda. Através das brochuras
pretende-se dar a conhecer os serviços/produtos turísticos incluídos no
pacote, cujo objetivo é garantir uma experiência única, as razões por que o
destino é atrativo (imagens do destino e de atrações), tours opcionais, preço
e formas de pagamento, datas de viagem, condições de pagamento e formas
de reembolso;
9. Press releases: Publicações em jornais e revistas de turismo para dar a
conhecer a empresa e os seus serviços. A Turisver, a Publituris e a Ambitur
são exemplos de revistas de turismo a que se pode recorrer;
10. Presença em Feiras dedicadas ao turismo.
A internet é uma forte aliada neste tipo de negócio, uma vez que é através
dela que se pode fazer chegar ao público-alvo as mensagens e as ofertas. Será
uma ferramenta essencial para que se possa, como já referido, promover a
filosofia da Move to Travel, porque mais do que vender pretende-se que aqueles
26 Os banners são utilizados na internet para fazer a divulgação de um determinado site. São criados com o intuito de atrair um utilizador a um site através de um determinado link que aparece num site específico, mas é preciso pagar. Os sites mais visitados são os sites mais indicados para este tipo de publicidade.
61
que comprarem os pacotes da empresa vivam experiências memoráveis e é
assim que se ambiciona promover a Move to Travel, como uma empresa que
tem para oferecer pacotes turísticos que vão permitir aos seus clientes ter muito
mais do que umas férias, vão ter uma experiência única, porque a Move to Travel
importa-se com os próprios clientes.
2.8.4 Canais de Distribuição
Pretende-se utilizar como canais de distribuição o site da empresa, que
estará disponível em quatro línguas, português, inglês, francês e espanhol, para
que os cidadãos de outros países possam consultar o site e consigam
compreender o seu conteúdo.
No website da empresa estarão disponíveis inúmeras informações sobre
a mesma, desde informações institucionais, isto é, a missão, os valores, a visão,
bem como informações com parcerias estabelecidas, os contactos da empresa,
a equipa de colaboradores da empresa, e, em destaque, os pacotes turísticos e
o formulário de reservas.
Apesar de, numa fase inicial, apenas ser possível fazer reservas através
da internet, pretende-se, a curto prazo, abrir uma loja física para que os clientes
possam visitar a loja e obter informações diretamente, junto dos agentes de
viagens, ou fazer reservas diretamente na loja. A localização da loja será na
cidade do Porto, preferencialmente numa área de fácil acesso e movimentada,
sendo que o ideal será o centro do Porto. Também se idealiza que a loja seja um
espaço acolhedor e inspirador para incentivar, não só o trabalho dos futuros
colaboradores, como também para fazer com que os clientes se sintam bem no
espaço.
Outra opção a explorar no futuro será as parcerias com agências de
viagens intermediadoras, isto é, as agências de viagens que promovem e
vendem os pacotes turísticos de operadores turísticos à cobrança de uma
comissão. Este tipo de parceria pode ser vantajoso uma vez que existe um leque
abrangente de agências já estabelecidas no mercado. É também uma forma de
reduzir custos em promoção e, normalmente nestes casos, uma parte do negócio
é paga de forma adiantada.
Em conclusão, a ideia é que no primeiro ano a comercialização dos
pacotes de viagens seja feita através do website da Move to Travel, que será
62
criado por um dos sócios (que tem formação e experiência para tal), e no
segundo ano de atividade abrir uma loja física na Cidade do Porto para se
começar a comercializar diretamente ao público e ter um espaço de trabalho
aberto. Numa fase posterior, pretende-se negociar com agências de viagens
para que estas promovam e comercializem os pacotes turísticos da Move to
Travel.
63
Capitulo III – Plano Financeiro
64
3.1 Plano Financeiro
O Plano Financeiro deste projeto foi desenvolvido através do uso da folha
de cálculo disponibilizada no website do IAPMEI27, que é utilizada para
candidaturas ao programa FINICIA, programa este que facilita o acesso a
soluções para financiamento, assistência técnica na criação de empresas, ou
então na fase inicial da criação de uma empresa.
3.1.1 Pressupostos Financeiros
A atividade da Move to Travel terá início em 2018, havendo já neste
mesmo ano exploração do negócio, e serão considerados os seguintes
pressupostos base:
Unidade Monetária: Euros;
Número de Postos de Trabalho (em 2018): 7;
Prazo médio de Recebimento (dias): 30;
Taxa de IVA – Prestação de Serviços: 23%;
Taxa de IVA – FSE: 23%;
Taxa de IVA – Investimento: 23%;
Taxa média de IRS: 15% (média salários);
Taxa de IRC: 23% (Taxa normal de IRC: 21%, mais uma média de 2%
para eventuais tributações autónomas);
Capitais Próprios: 10.000€;
Capital Financiado: 30.000€
Investimento Total: 32.145€28.
3.1.2 Estimativa de Volume de Negócios
No volume de negócios procurou-se fazer uma previsão das vendas dos
três pacotes turísticos comercializados desde o início de atividade desta
empresa para cada ano, bem como a sua respetiva evolução futura, tanto ao
nível nacional como ao nível internacional, isto é, no que diz respeito às
27https://www.iapmei.pt/PRODUTOS-E-SERVICOS/Assistencia-Tecnica-e-Formacao/Ferramentas/Ferramenta-de-Avaliacao-de-Projetos-de-Investiment.aspx acedido a 02/06/2017 28 Consultar Anexo VI da Previsão do Financiamento (Tabela 34) na página 92 na secção dos Anexos.
65
exportações, pois, tendo em conta que qualquer um pode aceder à Internet, pelo
que estima-se que turistas de outros países comprem os pacotes de férias.
Na tabela 21 prevê-se que, no primeiro ano de atividade, ou seja 2018, a
Move to Travel, consiga atingir um total de 348.300€ com os três pacotes de
viagens, ao nível nacional.
Tabela 21: Previsão do Volume de Negócios – Mercado Nacional
Mercado Nacional – 2018
Roteiro – Rússia 103 Pacotes 1.100€ 113.300€
Roteiro – Itália 100 Pacotes 1.250€ 125.000€
Roteiro – Portugal 110 Pacotes 1.000€ 250.000€
Total Anual 348.300€
Fonte: Elaboração Própria.
Nos anos seguintes, visto que estes são mercados bastante atrativos, faz-
se uma previsão de um crescimento de vendas destes três pacotes entre os 3%
e os 6%, atingindo um total anual, em 2023 de 433.345€.
No que diz respeito às exportações, a previsão para o ano de 2018 é de
um total de 47.300€, com um crescimento entre os 2% e os 4% para os três
pacotes lançados. No mercado internacional, a Move to Travel não prevê tanto
sucesso de vendas, pois a concorrência é muito maior e muito mais forte,
portanto o número de pacotes de viagens vendidos será consideravelmente
inferior (Tabela 22).
Tabela 22: Previsão do Volume de Negócios – Exportações
Exportações – 2018
Roteiro – Rússia 13 Pacotes 1.100€ 14.300€
Roteiro – Itália 12 Pacotes 1.250€ 15.000€
Roteiro – Portugal 18 Pacotes 1.000€ 18.000€
Total Anual 47.300€
Fonte: Elaboração Própria.
O valor anual estimado referente ao ano de 2023 ascende um total de
54.543€, presumindo que exista um crescimento entre os 2% e os 4% para estes
três pacotes de viagens ao longo destes anos.
66
3.1.3 Fornecimentos e Serviços Externos (FSE)
O Fornecimento e os Serviços Externos têm componentes variáveis e
fixas e a maior parte deste investimento será aplicado em deslocações e
estadas. Prevê-se um gasto mensal que possa ascender aos 8.000€ para
suportar as despesas dos guias nos destinos enquanto estes acompanham os
grupos, e também quando for necessário viajar para estabelecer parcerias em
novos destinos que sejam de interesse para a Move to Travel (para criar pacotes
de viagens).
Os combustíveis também serão outro gasto elevado. A Move to Travel
suportará os gastos em combustível até 3000€ mensais devido ao investimento
na criação de pacotes de férias em Portugal, que exigirá a deslocação dos guias.
A publicidade é o terceiro maior gasto. Pretende-se investir através da
Internet (Banners, Google Adwords, E-brochuras) e, quando for pertinente (por
exemplo, quando for lançado um novo pacote turístico para um novo destino)
publicações em revistas e jornais dirigidas ao público-alvo e flyers. Estima-se
uma média mensal de 2.500€ em publicidade para o ano de 2018.
Prevê-se para o arrendamento do local de trabalho que a renda possa
ascender aos 1.500€ mensais. Embora a Move to Travel não esteja aberta ao
público logo desde o seu início de atividade é importante que exista um espaço
de trabalho comum, que, com o tempo virá a ser preparado para receber os
clientes.
Devido à exploração da atividade num local situado no Porto, as despesas
de eletricidade, água, comunicação e vigilância e segurança estimam-se num
montante de 250€, 150€, 200€ e 750€, respetivamente, por mês. E para o
primeiro ano de atividade prevê-se uma média de 600€ mensais gastos na
contratação de uma empresa para fazer a limpeza do espaço.
Existirá ainda um gasto em seguros, que é imprescindível para assegurar
que os clientes se sintam seguros a viajar com esta empresa, pois, assim têm
todos os riscos assegurados através de um Seguro Multiviagens que será feito
a uma seguradora e estima-se que o valor seja uma média de 500€ mensais.
Haverá ainda gastos com materiais de escritórios, num valor médio
mensal previsto de 50€ e com artigos para oferta (destinados aos clientes e/ou
parceiros), de um valor médio mensal de 200€.
67
A tabela 23 mostra detalhadamente o valor médio previsto de todos os
gastos e o valor total anual de cada um dos FSE’s, bem como a soma de todos.
Tabela 23: Fornecimentos e Serviços Externos (2018)
FSE IVA Custos Fixos Custos
Variáveis
Valor
Mensal
Valor em 2018
Publicidade 23% 100% 2.500€ 30.000€
Material de
Escritório
23% 100% 80€ 960€
Artigos para Oferta 23% 100% 200€ 2.400€
Renda e Aluguer 23% 100% 1.500€ 18.000€
Eletricidade 23% 100% 250€ 3.000€
Água 23% 100% 150€ 2.400€
Vigilância 23% 100% 750€ 9.000€
Limpeza 23% 100% 600€ 7.200€
Comunicação 23% 20% 80% 200€ 1.200€
Deslocações e
Estadas
23% 100% 8.000€ 96.000€
Seguros 23% 100% 600€ 7.200€
FSE – Custos Fixos 82.680€
FSE – Custos Variáveis 131.280 €
Total FSE 213.960€
Total IVA 12.748€
Total FSE (c/ IVA) 226.708,80€
Fonte: Elaboração Própria.
3.1.4 Gastos Com Pessoal
A equipa da Move to Travel será, inicialmente, constituída por 7
elementos: três agentes de viagens, um profissional de marketing, e um
administrativo-financeiro. A direção é constituída pelos dois sócios, um
desempenhará as funções de gerência e será também responsável pelo design
(por exemplo, website, como já referido), e outro será o responsável pelo
departamento de comunicação e marketing.
No ano de 2019 prevê-se a entrada de dois novos elementos para a
equipa que são para a parte de receção e para a limpeza. Estes dois novos
elementos são essenciais para a abertura do Operador Turístico ao público.
Ao longo dos anos vão entrando novos colaboradores para a equipa de
trabalho para colmatar as necessidades da empresa.
68
Na tabela 24 apresenta-se um resumo dos gastos com pessoal da Move
to Travel.
Tabela 24: Quadro Resumo de Encargos com Pessoal
Quadro
Resumo
2018 2019 2020 2021 2022 2023
Total de
Vencimentos
105.000€ 121.275€ 136.075€ 138.116€ 153.561€ 168.684€
Encargos Sobre
Remunerações
24.938€ 28.803€ 32.318€ 32.803€ 36.471€ 40.063€
Seguros de
Trabalho
1.050€ 1.213€ 1.361€ 1.381€ 1.536€ 1.687€
Gastos de Ação
Social
348€ 447€ 497€ 497€ 547€ 597€
Total de Gastos 131.336€ 151.738€ 170.251€ 172.797€ 192.115€ 211.030€
Fonte: Elaboração Própria.
3.1.5 Fundo de Maneio
Para as necessidades de fundo de maneio foram contabilizados 5000€ de
reserva de segurança de tesouraria para evitar futuras quebras de caixa.
Ao longo do período de vida do projeto regista-se um fundo de maneio
positivo29.
3.1.6 Investimento
Para o início deste projeto será necessário fazer um investimento inicial
para implementar a ideia e garantir o bom funcionamento da mesma e boas
condições de trabalho. Os investimentos nos custos do website da empresa e
licenciamento de programas, equipamento básico e equipamentos
administrativos diversos30 (Figura 6). Assim, para iniciar este projeto será
necessário investir 25.500€ em 2018 (Tabela 25).
29 Ver anexo IV do Fundo de Maneio (Tabela 32) na página 90 da secção dos Anexos. 30 Ver anexo V do Investimento (Tabela 33) na página 91-92 da secção dos Anexos.
69
Figura 6: Equipamentos Necessários
Fonte: Elaboração Própria.
Tabela 25: Investimento Inicial
Investimento 2018
Equipamento Básico 8.000€
Equipamento Administrativo 15.000€
Programas de Computador 2.500€
Total 25.500€
Fonte: Elaboração Própria.
3.1.7 Financiamento
No que refere ao Plano de Financiamento são necessários 33.100€ em
2018. Existem várias fontes de financiamento disponíveis no mercado, mas as
mais comuns são o capital próprio, o investimento pessoal dos sócios, os
empréstimos bancários, programas de financiamento ou Business Angels.
Para a cobertura do investimento inicial ambos os sócios vão investir
30.000€ (15.000€ cada um) e recorrer-se-á a um financiamento de Capital
Próprio, no montante de 10.000€. Deste modo, a empresa não está dependente
de um financiamento externo, apesar dos riscos do investimento, assim evita as
taxas de juros e as suas respetivas flutuações. As necessidades de investimento
do 1º ano de atividade serão cobertas por estes valores e pelos meios libertos,
bem como nos anos seguintes, que se preveem serem suficientes para manter
a empresa31 32.
31 Ver anexo VI da Estimativa do Financiamento (Tabela 34) na página 92 da secção dos Anexos. 32 Ver anexo IX do Plano de Financiamento (Tabela 37) na página 94 da secção dos Anexos.
Equipamento Básico
• Material de Escritório;
• Arquivos;
• Iluminação.
Equipamento Administrativo
• Computadores;
• Telefones;
• Impressoras e tinteiros.
70
3.1.8 Demonstrações dos Resultados
O objetivo da Demonstração dos Resultados é apresentar o Resultado
Líquido (RL) ao longo do tempo de vida útil do projeto. Através dos pressupostos
que já foram previamente apresentados foi permitido construir uma série de
mapas e, através deles, recorrendo, como já referido anteriormente, à
ferramenta Finicia, foi possível obter os mapas finais da Demonstração dos
Resultados e do Balanço Previsional.
A tabela 26 demonstra o resultado líquido ao longo do período de
atividade da empresa que, como se pode verificar, vai aumentado ao longo dos
anos.
Tabela 26: Demonstração dos Resultados Previsionais
DR 2018 2019 2020 2021 2022 2023
Serviços Prestados 395.600€ 408.095€ 422.470€ 441.404€ 462.652€ 487.888€
FSE’s 213.960€ 210.895€ 215.113€ 219.415€ 223.804€ 228.280€
Gastos c/ Pessoal 131.336€ 151.738€ 170.251€ 172.797€ 192.115€ 211.030€
Imparidade de
dívidas a receber
9.514€ 9.817€ 10.166€ 10.625€ 11.139€ 11.751€
EBITDA 40.790€ 35.645€ 26.941€ 38.567€ 35.594€ 36.827€
Gastos/Reversões 4.833€ 4.833€ 4.833€ 4000€ 4000€ 1000€
EBIT 35.957€ 30.811€ 22.108€ 34.567€ 31.594€ 35.827€
Resultados Antes de
Impostos
35.957€ 30.811€ 22.108€ 34.567€ 31.594€ 35.827€
Imposto sobre o
rendimento do
período
8.989€ 7.703€ 5.527€ 8.642€ 7.899€ 8.957€
Resultado Líquido 26.968€ 23.108€ 16.581€ 25.925€ 23.696€ 26.870€
Fonte: Elaboração Própria.
3.1.9 Balanço
O Balanço, assim como a Demonstração dos Resultados, resulta da
introdução dos pressupostos e mostra a situação patrimonial da empresa, neste
caso, da Move to Travel.
No ano de 2018 prevê-se um total de ativos de 113.954€.
Verifica-se, no Passivo deste Balanço as dívidas aos fornecedores, ao
Estado e aos sócios, num total de 76.987€ em 2018.
71
Nos capitais próprios deste balanço pode-se verificar que o RL é sempre
positivo ao longo dos anos, e apresenta apenas uma queda, no ano de 2020,
mas em 2023 atinge os 26.870€. Neste último ano prevê-se que o valor total dos
ativos da empresa ascendam um valor de 239.999€33.
3.1.10 Indicadores Económicos e Financeiros
Indicadores Económicos e Financeiros34
A previsão de crescimento do negócio para o ano de 2019 é de 3%, para
2020 e 2021 é de 4%, e atinge os 5% em 2022, mantendo em 2022. A
rendibilidade líquida sobre as vendas apresenta taxas na ordem dos 6%.
Verifica-se um Return On Investiment (ROI) é positivo que começa nos
24%, em 2018 mas em 2023 é de 11%. Já o Rendibilidade dos Capitais Próprios
(ROE – Return on Equity) começa em 73%, em 2018, e em 2023 situa-se nos
18% devido ao resultado subir pouco de ano para ano.
Indicadores Financeiros e de Liquidez
Estima-se que a Autonomia Financeira se situe entre os 32%, 2018, e os
64%, em 2023, existindo solvabilidade total, que começa com 148% em 2018 e
atinge os 276% em 2023.
Os indicadores de liquidez (corrente e reduzida) iniciam-se em 1,21, e
situam-se nos 2,74 em 2023.
Indicadores de Risco de Negócio
Os indicadores de Risco de Negócio são bastante positivos e ultrapassam
o volume de negócios, não se registando ponto crítico em nenhum dos anos. A
margem bruta ascende os 181.640€ em 2018 e aumenta todos os anos. Estima-
se um Grau de Alavanca Operacional bastante elevado para todos os anos, que
começa em 505% em 2018 e que se situa em 725% em 2023. E o Grau de
Alavanca Financeira é de 100% todos os anos.
33 Ver anexo X do Balanço Previsional (Tabela 38) na página 95 da secção dos Anexos. 34 Ver Anexo XI dos Indicadores Financeiros (Tabela 39) na página 96 da secção dos Anexos.
72
3.1.11 Avaliação da Viabilidade do Negócio
Perspetiva do Projeto
Na perspetiva do projeto considera-se como elemento de avaliação o cash
flow operacional, uma vez que este indica o resultado do cash flow de
exploração, que é obtido após serem considerados os meios libertos (sem IRC)
pela empresa e o investimento e gastos do projeto.
A perspetiva do projeto não é influenciada pela escolha dos meios de
financiamento para o início da empresa, pois assume que os projetos são
sempre financiados por capitais próprios. Deste modo não se consideram juros
de financiamentos externos.
Nesta ótica observam-se ainda que os free cash flows são os meios
libertos pelo projeto, após terem sido cobertas todas as necessidades de
investimento ou de fundo de maneio, permitindo a continuidade da atividade.
No ano de início de atividade do negócio da Move to Travel os free cash
flows são negativos, -344€, resultado do investimento inicial, mas nos anos
seguintes registam-se valores positivos.
O Custo Médio Ponderado do capital, ou o WACC35, permite calcular a
média ponderada dos custos das fontes que financiam um projeto de
investimento. Esta taxa de desconto permite determinar qual é o valor atual dos
free cash flows. Neste projeto o custo ponderado é de 5,25% em 2018.
O Valor Atual Líquido (VAL) mostra o esforço financeiro do projeto e os
fluxos que este tem capacidade de gerar ao longo do tempo de vida do negócio.
Assim, o VAL deve ser superior a 0, pois só assim irá contribuir para aumentar o
valor da empresa, pelo que, deste modo o projeto será aceite (IAPMEI36).
A Taxa Interna de Rendibilidade (TIR) é utilizada para estudos de análise
de viabilidade financeira, pois é a taxa que representa a rendibilidade gerada por
determinado investimento com o intuito de ser calculada como taxa de
atualização do VAL, gerando um VAL nulo. Assim, para a avaliação da
viabilidade de um projeto de investimento deve-se analisar a TIR e esta deve ser
superior à taxa de atualização para que o projeto seja aceite (Vasco & Zunido,
2006).
35 WACC significa Weighted Average Cost of Capital. 36 Consultado no website https://www.iapmei.pt/ (consultado em: 11/10/2017)
73
Tabela 27: Avaliação Pré-Financiamento
Perspetiva do Projeto
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
Free Cash Flow -344€ 29.371€ 21.563€ 29.409€ 27.549€ 27.530€ 5.927€
Valor Atual
Líquido (VAL)
120.544€
Taxa Interna de
Rendibilidade
8514,06%
Pay Back Period 1 Ano
Fonte: Elaboração Própria
Como se pode verificar na tabela 27, o VAL é positivo, atinge o valor de
120.544€, isto significa que o valor gerado através da exploração deste projeto
cobre totalmente o investimento gerando riqueza.
A TIR de 8514,06% também demonstra a viabilidade financeira do projeto
uma vez que este é um valor bastante superior ao WACC - custo médio
ponderado.
O Pay Back Period obtido é de um ano, significa que o capital investido
será recuperado dentro de 1 ano.
Assim, através da análise destes valores é possível concluir que o projeto
é viável.
Perspetiva do Investidor
Na perspetiva do investidor avaliam-se os free cash flows. Estes são
considerados porque são os meios financeiros líquidos do montante de capital
investido no início do projeto e do financiamento necessário após serem
cumpridas as obrigações financeiras da empresa e terem sido realizados os
eventuais investimentos necessários para dar continuidade ao projeto no futuro
(Sá & Queirós, 2013).
Os free cash flows obtidos são o valor gerado pela atividade da empresa
(cash flows de exploração), considerando o investimento e o financiamento
externos (cash flow de investimento). Assim, na perspetiva do investidor, o que
se pretende é determinar os free cash flows que ficam disponíveis para o
investidor. Percebe-se que esta ótica presume que o investimento e meios de
financiamento dependem de capitais alheios, calculando por isso o fluxo que
pertencem aos investidores.
74
Nesta perspetiva do investidor, à exceção do VAL e do free cash flows do
ano de 2024 (previsão apresentada) os valores são semelhantes à perspetiva do
projeto.
Tabela 28: Perspetiva do Investidor
Perspetiva do Investidor
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
Free Cash Flows -344€ 29.371€ 21.563€ 29.409€ 27.549€ 27.530€ 112.485€
Valor Atual
Líquido (VAL)
202.957€
Taxa Interna de
Rendibilidade
8514,06%
Pay Back Period 1 Ano
Fonte: Elaboração Própria
Através dos valores que se observam na tabela 28, é possível concluir
que o projeto também é viável na perspetiva do investidor com um VAL de
202.957€, o que significa que este valor é superior e suficiente para cobrir o
investimento. A TIR de 8514,06%, sendo este um valor muito superior à média
estabelecida para as taxas de atualização.
A TIR na perspetiva pré financiamento e na perspetiva são iguais, assim
como o Pay Back Period, que é de 1 ano em ambas as perspetivas, ou seja, o
investimento será facilmente recuperado num curto espaço de tempo.
75
Capitulo IV – Conclusão
76
Conclusão
Através da realização deste projeto foi possível determinar a viabilidade
da criação de um operador turístico na cidade do Porto. O objetivo foi perceber
se este projeto seria, numa perspetiva de cinco anos, viável através da venda de
pacotes turísticos para três destinos. Através da utilização de todos os dados
necessários, com a análise realizada confirma-se a viabilidade do negócio, tanto
na perspetiva do projeto como na perspetiva do investidor.
A ideia para este projeto é diferente e inovadora pelo facto de a empresa
oferecer a possibilidade de os grupos se fazerem acompanhar por um guia
turístico que pertence à empresa e são poucos os operadores turísticos em
Portugal que demonstram essa preocupação para com os seus clientes,
sobretudo porque parte dos operadores turísticos não comercializa os seus
pacotes de viagens diretamente ao público. Dos operadores selecionados para
a análise da concorrência, apenas um vende os seus pacotes turísticos
diretamente ao público.
Inicialmente foram abordadas questões teóricas que foram úteis para
perceber melhor o conceito de turismo e o que esta área de atividade representa
para Portugal. Também ajudou a perceber o que se entende exatamente pelo
conceito de operador turístico e em que é que estes se diferenciam das agências
turísticas, quais os seus pontos em comum, e em que é que são úteis um ao
outro. Foi estabelecida a diferença entre produto turístico e pacote turístico, e
possível compreender o quão importante é a distribuição turística e os
intermediários para as empresas turísticas, pois é através da distribuição turística
que os bens chegam ao mercado depois de produzidos, e os intermediários são
as entidades que fazem a distribuição turística propriamente dita entre os
produtores e o público. Abordar o conceito de plano de negócios e compreender
a sua importância foi igualmente importante pois é através desta ferramenta que
é possível planear e delinear estratégias para o negócio, bem como antecipar
obstáculos e preparar soluções para os mesmos, garantindo o sucesso do
projeto.
Após a realização da abordagem teórica do trabalho passou-se às
questões práticas deste projeto, que consistiu, no segundo capítulo, na
77
construção de um plano de negócios para a empresa Move to Travel – um
Operador Turístico.
O segundo capítulo dividiu-se em vários pontos, entre os quais a
caracterização da empresa (a sua missão, visão, valores, objetivos), o público-
alvo, a apresentação dos produtos comercializados (os pacotes turísticos) e o
processo de produção dos pacotes turísticos. Realizou-se a análise da
concorrência, assim como a análise estratégica: esta passou pela análise
externa (análise PEST), a análise de setor (as 5 Forças de Porter) e a análise
interna e externa (análise SWOT). Por fim delineou-se a estratégia de Marketing
da empresa: o marketing-mix. Definiu-se que marketing-mix seria composto
pelos 4P’s: Preço, Produto, Canais de Distribuição e Comunicação.
O plano de negócios permite apresentar não só a empresa, mas também
como é que se pretende proceder desde o seu início de atividade: no caso deste
operador turístico definiu-se que o objetivo será comercializar, durante o primeiro
ano de atividade, os seus pacotes turísticos através do website da empresa.
Assim, torna-se imprescindível delinear estratégias de marketing. Deve-
se sobretudo apostar no marketing digital, uma vez que, uma boa parte da
população mundial está ligada à internet, seja através do seu smartphone, do
seu tablet ou do seu computador. Esta situação veio alterar o modo como os
turistas planeiam as suas viagens pois, hoje em dia, já não têm de se deslocar a
uma agência de viagens para planear uma viagem, podem fazê-lo através dos
seus dispositivos digitais. Deste modo a aposta no marketing digital é essencial
para chegar aos utilizadores e publicitar os produtos do operador, bem como
gerar notoriedade para a empresa e atrair potencias clientes.
Considerou-se ainda que o fator de diferenciação seria importante e a
Move to Travel procura diferenciar-se de duas formas: preços competitivos e pelo
serviço de guia turístico especializado. A média de preços destes três primeiros
pacotes é mais baixa do que os pacotes turísticos da concorrência que oferecem
basicamente o mesmo. A Move to Travel disponibiliza um guia turístico que faz
parte da equipa da empresa e que terá toda uma atenção e preocupação com o
grupo que um guia contratado não teria.
Face ao grande aumento que se verifica no turismo – nas chegadas
internacionais, nas dormidas e consequente aumento das receitas –, porque
viajar é uma necessidade cada vez maior para o ser humano, este projeto, como
78
referido, é viável numa perspetiva de cinco anos, com pacotes turísticos para
três destinos, que são, Rússia, Itália e Portugal.
Será necessário fazer um investimento inicial para a empresa avaliado em
cerca de 32.145€: este valor considera as despesas iniciais necessárias para dar
início ao negócio e o investimento em fundo de maneio. As necessidades de
financiamento totais são de 33.100€. O financiamento é, no total, de 40.000€:
30.000€ de Empréstimos de Sócios e 10.000€ de Capital Próprio. O
financiamento do projeto será totalmente suportado pelos sócios da empresa.
Os indicadores financeiros preveem que o valor residual líquido seja de
112.485€, que o WACC seja de 5,25%, esta taxa é um elemento fundamental
para a decisão de investimento do projeto porque é vista como o custo de
oportunidade esperado e tem influência na aceitação ou não dos projetos de
investimento. Estima-se que o VAL ascenda os 202.957€, a TIR atinja 8514,06%
e o pay back period seja 1 ano. Assim, como se pode verificar, este investimento
é viável com um projeto que se diferencia das demais empresas do mesmo setor
de atividade conseguindo colmatar necessidades de mercado.
79
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junho de 2017);
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em: 29 de junho de 2017);
http://www.besttimetour.com/tour/circuito-9-dias-lisboa-portugal/ (Consultado em: 29 de junho de
2017);
85
Anexos
86
Anexo I
Estimativa do Volume de Negócios
Tabela 29: Estimativa do Volume de Negócios
87
Anexo II
Estimativa do Fornecimento e Serviços Externos
Tabela 30: Estimativa do Fornecimento e Serviços Externos
88
Anexo III
Estimativa dos Gastos Com Pessoal
Tabela 31: Estimativa dos Gastos Com Pessoal
89
90
Anexo IV
Estimativa do Fundo de Maneio
Tabela 32: Estimativa do Fundo de Maneio
91
Anexo V
Estimativa do Investimento
Tabela 33: Estimativa do Investimento
92
Anexo VI
Previsão do Financiamento
Tabela 34: Previsão do Financiamento
93
Anexo VII
Ponto Crítico Previsional
Tabela 35: Ponto Crítico Previsional
Anexo VIII
Estimativa das Demonstrações dos Resultados
Tabela 36: Estimativa das Demonstrações dos Resultados
94
Anexo IX
Plano de Financiamento
Tabela 37: Plano de Financiamento
95
Anexo X
Balanço Previsional
Tabela 38: Balanço Previsional
96
Anexo XI
Estimativa dos Indicadores Financeiros
Tabela 39: Estimativa dos Indicadores Financeiros
97
Anexo XII
Previsão da Avaliação
Tabela 40: Previsão da Avaliação
98
Apêndices
99
Apêndice I
Pacote Turístico – Rússia
Moscovo e São Petersburgo
Pacote de Viagem – Com este pacote de férias os turistas vão ter a
oportunidade de realizar um percurso de sonho que vai desde a incrível cosmopolita
Moscovo até à imponente cidade São Petersburgo, cidades que são consideradas as
joias da Rússia. A viagem entre estas duas cidades será feita de comboio.
A viagem será de 8 dias e 7 noites, e será feita em voos regulares pela TAP
Portugal. O Grupo será acompanhado por um guia português, que pertence à Move to
Travel. Estão incluídas 12 refeições e estadia em hotéis de 4 estrelas.
Preço: 1.100€
Plano da Viagem
1º Dia
Portugal – Moscovo (SA)
Comparecer no aeroporto (de Lisboa ou Porto – a definir) duas horas antes da
partida para tratar das formalidades de embarque e partida com destino a Moscovo. Na
chegada a Moscovo o grupo é transportado pelo transfer para o Hotel.
2º Dia
Moscovo (PC)
Pequeno-almoço com buffet no hotel. Manhã dedicada a conhecer a magnífica
capital russa com direito a visita panorâmica. Visita ao centro histórico e aos seus
principais monumentos.
Visita à Praça Vermelha (que é Património da UNESCO), construída no século
XV pelo czar Ivan III. Deste local pode-se ver o Museu da História, as muralhas do
Kremlin e a Catedral de São Basílio. Neste sítio também se encontra o mausoléu de
Lenine, construído em 1924 pelo arquiteto Schussev, e é ainda nesta praça que desfila
o exército vermelho em eventos comemorativos.
Nas proximidades pode-se encontrar o teatro Bolshoi, a Catedral de São
Salvador, o edifício Lubianka, a antiga sede KGB e o pequeno bairro Kitai Gorod.
Contornando o Rio Moskva pode-se ver o Parlamento (Casa Branca Russa), o Estádio
Olímpico, a Colina dos Pardais e a Universidade Lomonossov.
100
Paragem para conhecer o Parque Vitória, construído após o final da 2ª Guerra
Mundial, depois segue-se em direção à Rua Arbat, que fica no coração do centro
histórico da Cidade. É um dos pontos de encontro preferidos dos moscovitas.
Visita ao Mosteiro Novodévitchi (Património da Humanidade pela UNESCO),
fundado em 1524 por Basílio III, situa-se à beira de um lago, lago esse que inspirou a
composição do lago dos cisnes. Neste Mosteiro pode-se encontrar coleções de artigos,
joias, bordados e livros antigos.
Degustação de Vodka, uma das imagens de marca da Rússia, que está
fortemente enraizada na cultura popular russa e almoço.
Visita ao metro de Moscovo. Mandado construir por Lenine e foi inaugurado a 15
de maio de 1935. O metro de Moscovo era considerado o “Palácio do Povo” e era visto
como um símbolo de progresso tecnológico e industrial. Jantar. Transfer para o Hotel.
3º Dia
Moscovo (PC)
Pequeno-almoço com buffet no hotel.
Visita ao Kremlin e às catedrais. Visita ao interior do recinto para admirar o “Sino
Zarina”, inaugurado em 1733, e é o maior sino do mundo. Visita à “Praça das Catedrais”
para ver as catedrais do Arcanjo São Miguel, da Ascensão e da Anunciação.
Almoço. Transfer para visitar a Galeria Tretyakov. O nome da galeria foi DADO
em homenagem ao famoso negociante Pavel Tretyakov, grande mecenas russo durante
o século XIX. Jantar. Transfer para o Hotel.
4º Dia
Moscovo – São Petersburgo (PC)
Pequeno-almoço com buffet no Hotel. Transfer para realizar uma excursão para
conhecer a Sergiev Posad, o “Vaticano Russo”, seguida de uma visita ao Mosteiro da
Trindade.
Almoço e partida para Izmailovo. Nesta região existe um enorme mercado onde
se encontra desde lembranças baratas a peças requintadas dos melhores artesãos.
Em hora a definir transfer para a estação de comboio com partida para São
Petersburgo. O jantar será a bordo do comboio. Transfer para o hotel.
5º Dia
São Petersburgo (PC)
Pequeno-almoço com buffet no hotel. Transfer para o centro da cidade.
Visita panorâmica à cidade de São Petersburgo. Visita ao centro histórico e aos
principais monumentos. Pode-se ver a Avenida Nevsky e os principais edifícios, as
101
igrejas (luteranas, católicas e arménias), assim como a Catedral Ortodoxa da Nossa
Senhora de Kazan.
Atravessar o Rio Fontanka, rio que cruza o centro histórico de São Petersburgo,
o Rio Moika e o Canal Griboyedov para, no fim, encontrar a Catedral do Salvador do
Sangue Derramado, de puro estilo russo com as suas típicas cúpulas coloridas e
douradas em forma de bolbo. Pode-se ver Palácio de Inverno que se situa ao lado, e é
conhecido por ter sido a residência dos czares russos. Na outra margem do rio pode-se
ver a Fortaleza de São Pedro e de São Paulo e ainda a Cabana de Pedro, o Grande.
Partida para a Ilha de Vassiliev para ver a o Palácio Menshikov e o edifício
histórico da Universidade, com passagem pelo Almirantado e pela Catedral do Santo
Isaac. Oportunidade de ver a praça Teatralnaya, o Conservatório e o Teatro Mariinsky.
Fim do tour pela cidade na Catedral de São Nicolau dos Marinheiros, com visita,
rodeada por canais. Passeio pelo Bairro Dostoiévski, que se situa mesmo no centro de
São Petersburgo e é detentor de belas fachadas. Visita ao Mercado Kuznechny,
construído no século XX e localiza-se neste bairro. Vista exterior do Couraçado "Aurora",
barco da antiga marinha de guerra imperial, cujos canhões deram início à Revolução
Russa em 1917. Visita à Fortaleza de São Pedro e de São Paulo, que se localiza numa
ilha em frente ao Palácio de Inverno. Almoço e resto do dia livre. Jantar e transfer para
o Hotel.
6º Dia
São Petersburgo (PC)
Pequeno-almoço com buffet no hotel e manhã livre para atividades à escolha do
grupo. Após o almoço transfer para visitar o Museu Hermitage: a maior atração da
cidade e é onde se situava o Palácio de Inverno, a antiga residência dos czares. Jantar
e transfer para o Hotel.
7º Dia
São Petersburgo (PC)
Pequeno-almoço com buffet no Hotel.
Transfer. Visita ao Parque de Catarina localizado em Pushkin e vista exterior do
palácio. Excursão por Pavlovsk. Visita ao Palácio de Pavlovsk e ao seu Parque. Este
palácio foi oferecido por Catarina, a Grande ao seu filho Paulo, futuro Czar Paulo I.
Almoço e resto do dia para atividades livres. Jantar e transfer para o Hotel.
8º Dia
São Petersburgo – Portugal (APA)
Pequeno-almoço no Hotel.
102
Tempo livre para o grupo passear pela cidade.
Transfer para o aeroporto 2h antes do voo em hora a combinar.
Serviços Incluídos:
1. Assistência nas formalidades de embarque;
2. Passagem aérea em classe regular do Porto ou Lisboa/Moscovo e São
Petersburgo/Porto ou Lisboa, em voo regular da TAP, com direito a uma
bagagem até 20kg e respetivas taxas de aeroporto;
3. Alojamento no hotel de 4*;
4. 7 Pequenos-almoços com buffet no Hotel;
5. 6 Almoços e 6 Jantares;
6. Bilhetes de Comboio Moscovo – São Petersburgo;
7. Transfers – Autocarro privado para o grupo;
8. Acompanhamento de um Guia Turístico (Português) da Move to Travel durante
todo o circuito;
9. Circuito em Autocarro de Turismo;
10. Visitas e entradas conforme as mencionadas no programa;
11. Seguro de viagem.
Serviços Não Incluídos:
1. Bebidas às refeições;
2. Visto de entrada na Rússia (cerca de 90€);
3. Gastos opcionais: de caráter particular e tudo o que não estiver mencionado
como incluído.
Observações:
Este circuito terá partidas durante todo o ano.
103
Apêndice II
Pacote turístico – Itália Clássica
Milão, Veneza, Florença, Roma, Nápoles
Pacote de viagem: Um Pacote de Férias imperdível que permite conhecer
algumas das mais belas cidades italianas começando a Norte, com Milão e Veneza,
Florença no Centro, e, para terminar, a já mais Sul de Itália para conhecer Roma,
Nápoles e Capri.
Este pacote proporcionar-lhe-á umas férias de sonho pois neste país encontrará
não só um povo hospitaleiro e orgulhoso do seu país e a oportunidade de conhecer uma
história única e uma cultura vibrante. Poderá ver alguns dos melhores museus e locais
mais emblemáticos da Europa, como ainda terá a possibilidade de ver algumas das mais
belas praias do país.
A viagem será de 8 dias e 7 noites, e será feita em voos regulares pela TAP
Portugal. O Grupo será acompanhado por um guia português, que pertence à Move to
Travel. Inclui pequeno-almoço com buffet em todos os hotéis, 3 jantares e 1 almoço. A
estadia será em Hotéis de 4 estrelas.
Preço: 1250€
Plano da Viagem
1º Dia
Portugal – Milão (SA)
Comparecer no aeroporto (a definir) duas horas antes da partida para tratar das
formalidades de embarque e partida com destino a Milão. Chegada e transfer para o
hotel.
Milão é a capital da moda internacional, é também o centro financeiro e comercial
do país. Foi governada por grandes mecenas italianos como os Visconti e Sforza. É uma
cidade que combina o estilo antigo e o estilo moderno.
Após o grupo estar instalado tempo livre para conhecer a cidade, podendo assim
admirar a sua grandiosidade e os seus edifícios incríveis, passear pelas ruas da moda
onde poderá ver as montras das lojas: Versace, Dolce & Gabbana, Gucci, Armani,
e outras. Terá ainda oportunidade para visitar algum dos cafés mais tradicionais do final
do século XIX e início do século XX. Sugere-se o Zucca. Recomenda-se ainda um
passeio pela Via Manzoni e a Via Napoleão. Transfer para o Alojamento.
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2º Dia
Milão - Veneza (MP)
Pequeno-almoço com buffet no Hotel.
Transfer para fazer uma visita panorâmica pela cidade para que o grupo possa
ver o Castelo de Sforzesco, o Teatro alla Scala (o mais famoso teatro de ópera do
mundo), a Piazza del Doumo, a Catedral de Milão (Catedral de Nossa Senhora de Milão)
e as Galerias de Vittorio Emanuelle.
Partida para visitar o Lago di Garda, o maior lago em Itália. Passagem por
Sirmione, cidade conhecida pelas suas águas termais e os seus poderes curativos, onde
se pode observar o Castelo Scaligero. Continuação até Verona, na região de Vêneto,
cidade imortalizada pela obra “Romeu e Julieta” de Shakespeare. Tour e tempo livre.
Partida em direção a Veneza, arquipélago composto por 118 ilhas, ligadas por 400
pontes. Jantar e Alojamento.
3º Dia
Veneza (APA)
Pequeno-almoço com buffet no Hotel.
Cruzeiro pela Lagoa Veneziana para chegar ao centro de Veneza. Vista para a
Basílica de Santa Maria da Saúde, o exterior do Palácio Ducal e da Piazzetta de São
Marcos.
Resto do dia livre para passear pela cidade. Excursão (opcional) através da qual
poderá usufruir de um romântico passeio de gôndola pelos canais venezianos, e/ou um
passeio pela intitulada de “Veneza Escondida”, para conhecer os locais mais pitorescos
da cidade. Aconselha-se também uma visita (opcional) à Basílica de São Marcos.
Jantar. Transfer para o Hotel.
4º Dia
Veneza – Florença (APA)
Pequeno-almoço com buffet no Hotel.
Partida para Florença. O “berço do Renascimento” e também um dos principais
centros artísticos e culturais do mundo.
Visita panorâmica para ver a Catedral de Santa Maria de Fiore o exterior do
Batistério de São João, a Ponte Vecchio, a Pizza della Signoria, que é a praça central
de Florença, e é a Sede do Poder Civil, com o Palácio Vecchio, e é ainda o coração da
vida social da cidade. Detém também um conjunto de estátuas e é fonte de riqueza
artística. Encontra-se a poucos metros da Ponte Vecchio e do rio Arno.
Resto do dia livre para o grupo conhecer a cidade. Aconselha-se que visitem os
museus florentinos para descobrir as principais obras desta cidade, como o “David”, as
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Capelas dos Médici e/ou as obras-mestras de Miguel Ângelo (opcional). Jantar. Transfer
para o Hotel.
5º Dia
Florença – Roma (MP)
Pequeno-almoço com buffet no Hotel. Saída do Hotel com destino a Roma, com
passagem por Assis (Pátria de São Francisco) com tempo livre para que o grupo possa
visitar a Basília de São Francisco. Continuação para a capital Italiana.
Chegada a Roma: visita panorâmica para ver a Piazza Venezia, os Fóruns
Imperiais, a Colina do Capitólio, o exterior do Coliseu e o Arco de Constantino.
Tempo livre para o grupo. Aconselha-se uma visita (opcional) às fontes e praças
mais emblemáticas da cidade: a Piazza Navona, a Fonte dos Quatro Rios e a Fontana
de Trevi. Jantar. Transfer para o Hotel.
6º Dia
Roma (APA)
Pequeno-almoço com buffet no Hotel.
Dia Livre para o grupo visitar a capital de Itália – um verdadeiro museu ao ar
livre: para a manhã aconselha-se uma visita (opcional) aos Museus do Vaticano Capela
Sistina (obra-prima de pintura, e local onde é realizada a eleição do Papa), Basílica de
São Pedro; para a parte da tarde aconselha-se uma visita (opcional) ao Coliseu, Circo
Massimo, Boca da Verdade, ao Teatro Marcelo; para o final da tarde recomenda-se um
passeio no Bairro de Tratevere. Transfer para o Hotel.
7º Dia
Roma (Nápoles e Capri) (APA)
Pequeno-almoço com buffet no Hotel.
Excursão ao Sul de Itália: a Nápoles e a Capri. Nápoles, na parte da manhã,
porque representa o Sul do país. Visita panorâmica à baía de Nápoles, ao centro
histórico: pode-se ver o Teatro de São Carlos, o Palácio Real, o Castelo Novo e a Praça
do Plesbicito. Almoço Gastronómico nesta região.
Visita a Capri, da parte da tarde. É uma Ilha paradisíaca, cheia de grutas e
cavernas. O grupo terá tempo livre para conhecer a ilha ao seu gosto. Sugere-se um
passeio de barco ao redor da ilha para descobrir grutas e enseadas, ou percorrer o
caminho da Migliera, que termina no mirante do Trovão, cuja vista é incrível. Transfer
para o Hotel.
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8º Dia
Roma – Portugal (PA)
Pequeno-almoço com buffet no Hotel.
Tempo livre até à chegada do transfer (em hora ainda a definir) para transportar
o grupo para o aeroporto, duas horas antes da viagem. Assistência dos Guia enviados
da Move to Travel nas formalidades de embarque. Partida de regresso para Portugal.
Serviços Incluídos:
1. Assistência nas formalidades de embarque;
2. Passagem aérea em classe regular de Portugal (aeroporto a definir) / Milão e de
Roma/Portugal (aeroporto a definir), em voo regular da TAP, com direito a uma
bagagem até 20kg e respetivas taxas de aeroporto;
3. Alojamento no hotel de 4*;
4. Pequeno-Almoço incluído com Buffet nos Hotéis;
5. 3 Jantares e 1 almoço;
6. Transfers – Autocarro privado para o grupo;
7. Circuito em Autocarro de Turismo pelas cidades;
8. Transporte de barco (ida e volta) para Capri);
9. Acompanhamento de um Guia Turístico (Português) da nossa empresa durante
todo o circuito;
10. Seguro de Viagem.
Serviços Não Incluídos:
4. Bebidas às refeições;
5. Gastos opcionais: de caráter particular e tudo o que não estiver mencionado
como incluído.
Observações:
Este circuito terá partidas durante todo o ano;
Por questões meteorológicas, no período de Inverno – entre novembro e março
– não será realizada a visita a Capri. Esse tempo será utilizado para dar a
conhecer melhor a região de Nápoles e arredores, e/ou Pompeia (se o grupo
assim preferir).
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Apêndice III
Roteiro Português
Lisboa e Norte
Pacote de viagem: Este pacote de férias de 7 dias e 6 noites, dirigido a turistas
nacionais e estrangeiros, que permite conhecer a Capital Portuguesa e a Região de
Sintra, seguindo para a Cidade do Porto para proporcionar umas férias inesquecíveis
nesta região que conta com uma história e cultura incríveis, bem como uma gastronomia
e vinhos de qualidade impressionante e ainda um povo hospitaleiro sempre pronto a
receber bem quem por lá passa, tudo para garantir umas férias fantásticas.
O Pacote de férias é composto por 7 dias, com passagem por Lisboa, Sintra,
Porto, Aveiro, Braga, Guimarães e a Região do Douro, inclui pequeno-almoço com buffet
em Hotéis de 4 estrelas, 2 jantares e 1 almoço de gastronomia típica, bem como duas
provas de Vinho do Porto.
Preço: 1000€
Plano de Viagem
1º Dia
Portugal – Lisboa (MP)
Os guias designados recebem o grupo no aeroporto para dar as boas-vindas a
Portugal, e acompanham o grupo ao hotel, no transfer.
Depois de instalado o grupo segue num tour panorâmico por Lisboa para ver o
Marquês de Pombal, o Parque Eduardo VII, o Rossio, a Torre de Belém e o Monumento
dos Descobrimentos. Prova dos Pastéis de Belém, um doce típico português. Depois
será realizada uma visita ao Mosteiro dos Jerónimos. Resto de tempo livre. Jantar.
Transfer para o Hotel.
2º Dia
Lisboa – Sintra – Porto (APA)
Pequeno-almoço com buffet no Hotel. Partida para Sintra para ver o Palácio
Nacional de Sintra, o Cabo da Roca e o centro da Vila. Tempo livre para o grupo
conhecer a região. Aconselha-se uma visita à Serra de Sintra, Quinta da Regaleira (ou
Palácio da Regaleira) ou ao Palácio Nacional da Pena (opcional).
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Regresso a Lisboa em direção à estação de comboios de Santa Apolónia para
partir em direção ao Porto (em hora a definir). Já na cidade do Porto o transfer levará o
grupo ao Hotel (a designar). Resto do dia livre.
3º Dia
Porto (APA)
Pequeno-almoço com buffet no Hotel.
Visita panorâmica pela cidade Invicta para dar a conhecer a História que está
visível em alguns dos monumentos, como na Torre dos Clérigos, na Sé do Porto e na
Estação de São Bento. Visita ao Mercado do Bolhão e à Rua de Santa Catarina. O
centro histórico da cidade é património mundial da UNESCO desde 1996.
Da parte da tarde realizar-se-á uma visita às Caves de Vinho do Porto, que se
situam na outra margem do rio, em Vila Nova de Gaia, para uma degustação e para dar
a conhecer mais um pouco da história e da cultura da cidade através desta visita. Resto
do dia livre. Aconselha-se uma visita à Foz do Porto e a prova do prato típico do Porto:
a Francesinha. Transfer para o Hotel em hora a combinar.
4º Dia
Porto – Aveiro (APA)
Pequeno-almoço com buffet no Hotel.
Dia para conhecer a cidade de Aveiro. Tour da parte da manhã para dar a
conhecer Aveiro, os seus canais e barcos típicos (os “moliceiros”). Esta cidade é
considerada a “Veneza Portuguesa”. Resto do dia livre. Aconselha-se a prova do doce
típico da cidade: os ovos-moles. Transfer de volta para o Porto em hora a combinar.
5º Dia
Porto – Minho (MP)
Pequeno-almoço com buffet no Hotel.
Para conhecer o Minho inicia-se o percurso, de manhã, pela cidade de Braga, e
tendo em conta a sua vertente religiosa é importante começar pelo Santuário do Bom
Jesus e a sua Escadaria. Outros lugares a visitar são a Sé de Braga, a florida Avenida
Liberdade, o Jardim de Santa Bárbara e o Paço Arquiepiscopal.
Almoço. Partida para Guimarães, cidade berço de Portugal, onde se pode ver a
estátua de D. Afonso Henriques, o 1º Rei de Portugal. Visita ao Castelo de Guimarães,
ao Largo da Oliveira (onde se encontram alguns marcos históricos da cidade como a
Igreja de Nossa Senhora de Oliveira, o Padrão do Salado e a Domus Municipalis), o
exterior do Paço dos Duques de Bragança. Resto de tempo livre para visitar o Centro
Histórico da cidade, que é património mundial da UNESCO. Recomenda-se uma visita
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à Praça de Santiago e à Rua de Santa Maria. Transfer de volta para o Porto em hora a
combinar.
6º Dia
Porto – Douro (MP)
Pequeno-almoço com buffet no Hotel.
De transfer parte-se rumo à região onde é produzido o Vinho do Porto, o
chamado Douro Vinhateiro, percurso que tem paisagens incríveis devido às plantações.
Esta região foi considerada o 7º Melhor Destino de Turismo Sustentável do Mundo, pela
National Geographic, em 2010. O principal destino é a Régua onde se realizará uma
visita vinícola que terminará com uma prova de vinhos. Visita a Pinhão, região conhecida
pelas inúmeras quintas produtoras de Vinho do Porto, e a sua bela estação de comboios
– Estação do Pinhão, em Alijó – famosa pelos seus painéis de azulejos, pela sua loja e
museu com produtos exclusivamente ligados ao vinho e às suas tradições. Nesse
seguimento aproveita-se para visitar a aldeia de Favaios, que se localiza no concelho
de Alijó e tem paisagens admiráveis, marcas arqueológicas, casas brasonadas, vários
monumentos históricos ligados à Idade do Ferro. Nesta região é produzido o Moscatel
do Douro, um dos vinhos mais apreciados no mundo. Jantar. Transfer de volta para o
Porto em hora a combinar.
7º Dia
Porto (APA)
Pequeno-almoço com buffet no Hotel.
Tempo livre para o grupo conhecer melhor a cidade do Porto. Recomenda-se
uma visita ao Palácio da Bolsa, aos Jardins do Palácio de Cristal, a Igreja de Cedofeita,
ou a Igreja de São Francisco. Pode aproveitar para visitar o Museu de Serralves e/ou o
Museu Soares dos Reis.
Aconselha-se ainda que faça a travessia da Ponte D. Luís para apreciar a incrível
vista, e no fim aproveite e faça uma visita à Ribeira do Porto e às suas ruelas onde
poderá estar em contacto com as gentes do Porto.
Em hora a definir transfer para o aeroporto três horas antes do voo.
Serviços Incluídos
11. Estadia em Hotel de 4 estrelas com pequeno-almoço buffet;
12. Bilhetes de Comboio Lisboa/Porto 1ª Classe;
13. Transfers – Autocarro privado para o grupo (inclui a chegada e partida no
aeroporto e das estações de comboio);
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14. Circuito em Autocarro de Turismo pelas cidades;
15. Entrada nas Caves (degustação incluída);
16. Visita e Degustação no Douro Vinhateiro;
17. 2 Jantares e 1 almoço;
18. Acompanhamento de um Guia Turístico (Português) da Move to Travel durante
todo o circuito;
19. Assistência ao Cliente durante 24/7;
Serviços Não Incluídos
1. Não inclui voos (chegada e partida) para Portugal;
2. Despesas de caráter pessoal;
3. Bebidas às refeições.
Observações:
Este circuito terá partidas durante todo o ano.