plano de manejo da flona de irati - vol 2
DESCRIPTION
Volume 2 do Plano de Manejo da Floresta Nacional de Irati, contendo o planejamento das ações para a Unidade.TRANSCRIPT
-
Plano de Manejo da
Floresta Nacional de Irati
FERNANDES PINHEIRO
DEZEMBRO/ 2013
-
PRESIDENTA DA REPBLICA DILMA VANA ROUSSEFF
MINISTRA DO MEIO AMBIENTE IZABELLA MNICA VIEIRA TEIXEIRA
PRESIDENTE DO INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAO DA BIODIVERSIDADE ROBERTO RICARDO VIZENTIN
DIRETOR DE CRIAO E MANEJO DE UNIDADES DE CONSERVAO GIOVANNA PALAZZI
COORDENADOR GERAL DE CRIAO, PLANEJAMENTO E AVALIAO DE UNIDADES DE CONSERVAO CAIO MARCIO PAIM PAMPLONA
COORDENADOR DE ELABORAO E REVISO DE PLANO DE MANEJO ALEXANDRE LANTELME KIROVSKY
COORDENADOR DA 9 REGIO DO ICMBio DANIEL PENTEADO
CHEFE DA FLORESTA NACIONAL DE IRATI RICARDO AUGUSTO ULHOA
SOCIEDADE DE PESQUISA EM VIDA SELVAGEM E EDUCAO AMBIENTAL CLVIS RICARDO SCHRAPPE BORGES - Diretor Executivo
-
PLANO DE MANEJO DA FLORESTA NACIONAL DE IRATI
SUPERVISO TCNICA Augusta Rosa Gonalves
ELABORAO DO VOLUME I Cibele Munhoz
Ademar Luis Brandalise
Ricardo Augusto Ulhoa
Augusta Rosa Gonalves
Andrea von der Heyde Lamberts
ELABORAO DO VOLUME II Cibele Munhoz
Ademar Luis Brandalise
Ricardo Augusto Ulhoa
Augusta Rosa Gonalves
Cirineu Jorge Lorensi
Randolf Zachow
FLORESTA NACIONAL DE IRATI Ademar Luis Brandalise
Adilson Jos Bora
Jair Ferreira Luz
Jocieli Aparecida Lawandowski
Maria Ins da Silva
Ricardo Augusto Ulhoa
Trajano Gracia Neto
-
RELATRIOS TEMTICOS
AVALIAO ECOLGICA RPIDA Execuo: Natturis Consultoria e Advocacia Ambiental e Consiliu Meio Ambiente
e Projetos.
Financiamento: Fundo Brasileiro para a Biodiversidade FUNBIO (Atlantic Forest
Conservation (AFCoF) e Fundo de Conservao da Mata Atlntica Funbio/KfW).
Coordenao Cosette Barrabas Xavier da Silva
Srgio Augusto Abraho Morato
Fabio te Vaarwerk
Anurofauna Carlos Eduardo Conte
Avifauna Alberto Urben Filho
Fernando C. Straube
Herpetofauna Srgio Augusto Abraho Morato
Carlos Eduardo Conte
Ictiofauna Gislaine Otto
Amaraldo Piccoli
Mastofauna Gledson Vigiano Bianconi
Rodrigo Csar Benet
Meio Fsico Andr Rafael Possani
Vegetao Raul Silvestre
-
Cartografia Franco Amato
Apoio Tcnico Eliana Keyko F. Nery Nakaya
Maria Dolores Alves dos Santos Domit
Deborah Pina
DIAGNSTICO SOCIOECONMICO Execuo: Maria Vitria Yamada Muller
Financiamento: Fundo Brasileiro para a Biodiversidade FUNBIO (Atlantic Forest
Conservation (AFCoF) e Fundo de Conservao da Mata Atlntica Funbio/KfW).
Responsabilidade Tcnica Kusum Vernica Toledo
Colaborao Antonio Luiz Zilli
Karen de Ftima Follador Karam
Leandro ngelo Pereira
Guilherme Silveira Dias
Superviso Maria Vitria Yamada Muller
Cibele Munhoz
INVENTRIO DAS FLORESTAS NATURAIS NA FLORESTA NACIONAL DE IRATI, ESTADO DO PARAN. Execuo: Departamento de Engenharia Florestal Universidade Estadual do
Centro-Oeste UNICENTRO Campus de Irati e Fundao de Apoio da
Universidade Estadual do Centro-Oeste - FAU
Financiamento: Organizao das Naes Unidas para a Agricultura e alimentao
FAO / Ministrio do Meio Ambiente - MMA (Projeto FAO UTF/BRA/062/BRA -
Consolidao dos instrumentos polticos e institucionais para a implementao do
PNF - Programa Nacional de Florestas).
-
Coordenao Afonso Figueiredo Filho Eng. Florestal, Dr.
Andrea Nogueira Dias Eng. Florestal, Dr.
Luciano Farina Watzlawick Eng. Florestal, Dr.
Inventrio Florestal Rafael Rode - Engenheiro Florestal
Alex Roberto Sawsczuk - Engenheiro Florestal
Flvio Augusto Ferreira do Nascimento - Engenheiro Florestal
Jlio Cezar Ferreira do Nascimento - Engenheiro Florestal
Ademar Luiz Chiquetto - Acadmico de Engenharia Florestal
Adisnei Barzotto Ribeiro - Acadmico de Engenharia Florestal
Agnaldo Jos de Mattos - Acadmico de Engenharia Florestal
Daniel Saueressing - Acadmico de Engenharia Florestal
Fabiano Carneiro - Acadmico de Engenharia Florestal
Francisco Alves de Moura Jnior - Acadmico de Engenharia Florestal
Hilbert Blum - Acadmico de Engenharia Florestal
Maria Dolores dos Santos - Acadmico de Engenharia Florestal
Marshall Watson Herbert - Acadmico de Engenharia Florestal
Raul Silvestre - Acadmico de Engenharia Florestal
Thiago Floriani Stepka - Acadmico de Engenharia Florestal
Vagner Putton - Acadmico de Engenharia Florestal
Cubagem Ademar Luiz Chiquetto - Acadmico de Engenharia Florestal
Adisnei Barzotto Ribeiro - Acadmico de Engenharia Florestal
Maria Dolores dos Santos - Acadmico de Engenharia Florestal
Ricardo Yoshiaki Tani Acadmico de Engenharia Florestal
Enerson Cruziniani - Acadmico de Engenharia Florestal
Raul Silvestre - Acadmico de Engenharia Florestal
Identificao Botnica Daniel Saueressing Tcnico Florestal e Acadmico de Engenharia Florestal
-
INVENTRIO DAS FLORESTAS PLANTADAS NA FLORESTA NACIONAL DE IRATI, ESTADO DO PARAN. Execuo: Departamento de Engenharia Florestal Universidade Estadual do
Centro-Oeste UNICENTRO Campus de Irati e Fundao de Apoio da
Universidade Estadual do Centro-Oeste - FAU
Financiamento: Organizao das Naes Unidas para a Agricultura e alimentao
FAO / Ministrio do Meio Ambiente - MMA (Projeto FAO UTF/BRA/062/BRA -
Consolidao dos instrumentos polticos e institucionais para a implementao do
PNF - Programa Nacional de Florestas).
Coordenadores Afonso Figueiredo Filho Eng. Florestal, Dr.
Andrea Nogueira Dias Eng. Florestal, Dr.
Luciano Farina Watzlawick Eng. Florestal, Dr.
Inventrio Florestal Rafael Rode - Eng. Florestal
Alex Roberto Sawsczuk - Eng. Florestal
Flvio Augusto Ferreira do Nascimento - Eng. Florestal
Jlio Cezar Ferreira do Nascimento - Eng. Florestal
Ademar Luiz Chiquetto - Acadmico de Engenharia Florestal
Adisnei Barzotto Ribeiro - Acadmico de Engenharia Florestal
Agnaldo Jos de Mattos - Acadmico de Engenharia Florestal
Daniel Saueressing - Acadmico de Engenharia Florestal
Fabiano Carneiro - Acadmico de Engenharia Florestal
Francisco Alves de Moura Jnior - Acadmico de Engenharia Florestal
Hilbert Blum - Acadmico de Engenharia Florestal
Maria Dolores dos Santos - Acadmico de Engenharia Florestal
Marshall Watson Herbert - Acadmico de Engenharia Florestal
Raul Silvestre - Acadmico de Engenharia Florestal
Thiago Floriani Stepka - Acadmico de Engenharia Florestal
Vagner Putton - Acadmico de Engenharia Florestal
Cubagem Ademar Luiz Chiquetto - Acadmico de Engenharia Florestal
Adisnei Barzotto Ribeiro - Acadmico de Engenharia Florestal
-
Maria Dolores dos Santos - Acadmico de Engenharia Florestal
Ricardo Yoshiaki Tani Acadmico de Engenharia Florestal
Enerson Cruziniani - Acadmico de Engenharia Florestal
Raul Silvestre - Acadmico de Engenharia Florestal
Identificao Botnica Daniel Saueressing Tcnico Florestal e Acadmico de Engenharia Florestal
OFICINA DE PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO Cecil Roberto de Maya Brothehood de Barros Planejamento e moderao
Cibele Munhoz Planejamento e relatoria
Ricardo Augusto Ulhoa Planejamento
Ademar Luis Brandalise - Planejamento
-
Contedo 1. VISO GERAL DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO ................................................................................ 12
2. AVALIAO ESTRATGICA DA FLORESTA NACIONAL DE IRATI .............................................................. 12
3. ELEMENTOS DO PLANEJAMENTO ESTRATGICO DA FLONA ................................................................. 19
3.1. MISSO DA FLONA ............................................................................................................................... 19
3.2. VISO DE FUTURO ................................................................................................................................ 19
3.3. VALORES ............................................................................................................................................... 19
4. OBJETIVOS DA FLORESTA NACIONAL DE IRATI ..................................................................................... 19
4.1. OBJETIVOS ESPECFICOS DE MANEJO (GERAIS SEGUNDO SNUC) .............................................................. 20
4.2. OBJETIVOS ESTRATGICOS DE GESTO ................................................................................................ 21
5. ZONEAMENTO ...................................................................................................................................... 24
5.1. ZONA PRIMITIVA .................................................................................................................................. 26
5.2. ZONA DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTVEL ...................................................................................... 28
5.3. ZONA DE RECUPERAO ...................................................................................................................... 31
5.4. ZONA DE USO ESPECIAL ........................................................................................................................ 32
5.5. ZONA DE USO PBLICO ........................................................................................................................ 33
5.6. ZONA DE USO CONFLITANTE ................................................................................................................ 35
6. NORMAS GERAIS DA FLONA DE IRATI ................................................................................................... 36
7. PROGRAMAS DE MANEJO .................................................................................................................... 38
7.1. PROGRAMA DE MANEJO FLORESTAL ............................................................................................................. 38
7.2. PROGRAMA DE PESQUISA E MONITORAMENTO AMBIENTAL. ............................................................................. 44
OBJETIVOS ESPECFICOS: ..................................................................................................................................... 45
7.3. PROGRAMA DE RECUPERAO DE REAS DEGRADADAS .................................................................................... 47
7.4. PROGRAMA DE PROTEO .......................................................................................................................... 48
7.5. PROGRAMA DE USO PBLICO E EDUCAO AMBIENTAL ................................................................................... 51
7.6. PROGRAMA DE INCENTIVO A ALTERNATIVAS DE DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL SUSTENTVEL DO ENTORNO. .............. 53
7.7. PROGRAMA DE ADMINISTRAO .................................................................................................................. 54
7.8. PROGRAMA DE REGULARIZAO FUNDIRIA ................................................................................................... 59
8. CRONOGRAMA FSICO PARA IMPLEMENTAO DO PM ...................................................................... 60
-
Floresta Nacional de Irati Plano de Manejo
11
PLANEJAMENTO
-
Floresta Nacional de Irati Plano de Manejo
12
1. VISO GERAL DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO
O planejamento de uma unidade de conservao elaborado dentro do
marco legal da Lei n 9.985, de 18/07/2000, que institui o Sistema Nacional de
Unidades de Conservao da Natureza, e do Decreto n 4.340, de 22/08/2002, que
regulamentou essa lei, e considera ainda, no caso da Floresta Nacional de Irati
(FNI), o Decreto n 1.298, de 27/08/1994 que regulamenta a categoria FLONA.
O Plano de Manejo da Floresta Nacional de Irati composto por dois
volumes: I Diagnstico e II - Planejamento, contando ainda com uma verso
resumida denominada Resumo Executivo.
Este volume de Planejamento traz alguns elementos do Planejamento
Estratgico - Viso, Misso e Valores, bem como os itens previstos no SNUC, quais
sejam: os objetivos gerais da FNI, seu zoneamento, as normas que devem presidir o
uso da rea e o manejo dos recursos naturais e os programas temticos com suas
atividades e subatividades.
2. AVALIAO ESTRATGICA DA FLORESTA NACIONAL DE IRATI
A Anlise Estratgica da FNI teve como base os dados do diagnstico
elaborado para este Plano de Manejo (Volume I) e as informaes obtidas por meio
da Oficina de Planejamento Participativo (OPP) e reunies tcnicas.
A OPP foi realizada na sede da unidade, nos dias 03 e 04 de outubro de
2011. Foram convidados para participar da OPP todos os membros do Conselho
Consultivo (CC) da FNI, representantes de instituies pblicas ou privadas da
regio que tm alguma interface com essa Unidade de Conservao, alm dos
funcionrios da FNI e da Coordenao Regional do ICMBio CR9, totalizando 32
participantes. A programao da oficina incluiu o levantamento de atributos da UC
(envolvendo pontos fortes e oportunidades) e a proposio de misso, viso de
futuro e valores para a Floresta Nacional de Irati, bem como propostas para o
zoneamento e de diretrizes / recomendaes para aes a serem desenvolvidas.
-
Floresta Nacional de Irati Plano de Manejo
13
Para o processamento da anlise foram utilizadas duas ferramentas:
1. O software Miradi: essa ferramenta gera um modelo conceitual que
estabelece claramente os alvos de conservao, que so analisados conforme suas
viabilidades de manuteno e ameaas. Com isso so priorizadas as estratgias de
ao possibilitando um direcionamento quelas que promovam um melhor custo-
benefcio em termos de aplicao de recursos e de resultados para o alcance dos
objetivos da unidade (Figura 1).
2. A anlise SWOT: tendo como fundamento a viso com maior foco em
conservao promovida pela aplicao do software Miradi, foi desenvolvida ainda
uma anlise de cenrio (anlise SWOT), com o intuito de complementar a viso
possibilitada pela ferramenta anterior. A anlise SWOT permite a visualizao dos
aspectos internos (foras e fraquezas) e do contexto externo (oporturnidades e
ameaas) da unidade, de maneira que as estratgias a serem propostas aproveitem
as oportunidades e mitiguem as ameaas em funo dos aspectos fortes (foras) e
minimizem ou ultrapassem os pontos fracos e, se possvel, evitem as ameaas
(Quadros 1, 2, 3 e 4).
-
Floresta Nacional de Irati Plano de Manejo
14
Figura 1. Modelo conceitual da Floresta Nacional de Irati.
-
Floresta Nacional de Irati Plano de Manejo
15
Quadro 1. Anlise SWOT da Floresta Nacional de Irati estratgias de desenvolvimento.
O1
- Nec
essid
ade
de
estu
dos p
ara
o de
senv
olvi
men
to d
e sil
vicu
ltura
de
esp
cies
alte
rnat
ivas
pa
ra o
uso
co
mer
cial
;
O2
- Ativ
o flo
rest
al
com
nec
essid
ade
de
expl
ora
o
O3
- Int
eres
se d
a so
cied
ade
loca
l na
retir
ada
dos p
lant
ios
de p
inus
;
O4
- Int
eres
se
turs
tico
/ uso
re
crea
tivo
sobr
e a
rea
;
O5-
Nov
as p
arce
rias
pote
ncia
is.
Atributos naturaisS1 - Remanescentes importantes de FOM;
Seleo de matrizes e coleta de sementes de espcies com potencial comercial
S2 - Rios das Antas e Imbituva;Restaurao das APPs dos rios das Antas e Imbituva
S3 - Ser enquadrada como categoria de UC que permite o uso mltiplo;
Proposio de manejo e plantio de espcies nativas de interesse comercial
S4 - Grande potencial gentico;
Consulta a instituies com potencial interesse nos planteis existentes na rea
Atributos de gestoS6 - Equipe capacitada;S7 - PREVFOGO;S8 - Nmero significativo de estudos e pesquisas; Incentivo a pesquisas
para silvicultura de espcies nativas;
S9 - Atividades de educao ambiental; Incremento nas atividades de EA e diversificao do pblico.
S10 - Facilidade de acesso;Incentivo a pesquisas para silvicultura de espcies nativas;
Incremento nas atividades de EA e diversificao do pblico.
S11 - Parcerias estabelecidas (ICMS Ecolgico, EMBRAPA); Incentivo a pesquisas
para silvicultura de espcies nativas;
S12 - reconhecimento da unidade pela sociedade local.
Disseminao dos resultados de pesquisas para aplicao em propriedades da regio.
Implementao de novos atrativos para uso pblico.
Incremento nas atividades de EA e diversificao do pblico.
OPORTUNIDADES
FOR
AS (S
)
ESTRATGIAS DE DESENVOLVIMENTO (OU DE AVANO)
-
Floresta Nacional de Irati Plano de Manejo
16
Quadro 2. Anlise SWOT da Floresta Nacional de Irati estratgias de crescimento.
O1
- Nec
essid
ade
de
estu
dos p
ara
o de
senv
olvi
men
to d
e sil
vicu
ltura
de
esp
cies
al
tern
ativ
as p
ara
o us
o co
mer
cial
;
O2
- Ativ
o flo
rest
al
com
nec
essid
ade
de
expl
ora
o
O3
- Int
eres
se d
a so
cied
ade
loca
l na
retir
ada
dos p
lant
ios
de p
inus
;
O4
- Int
eres
se tu
rstic
o / u
so re
crea
tivo
sobr
e a
rea
;
O5-
Nov
as p
arce
rias
pote
ncia
is.
Atributos naturaisW1 - Plantios antigos com manejoinadequado.
Implantao de experimentos com espcies alternativas de interesse comercial em reas exploradas.
Explorao dos plantios de espcies exticas
Explorao dos plantios de espcies exticas
W2 - Risco de incndios;W3 - Linhas de transmisso e estradasfragmentando ambientes;
Parceria com COPEL
Atributos de gestoW4 - Equipe insuficiente; Articulao de
parcerias para o desenvolvimento de atividades especficas
W5 - Escassez de recursos financeiros; Venda do ativo florestal
Articulao de parcerias para o desenvolvimento de atividades especficas
W6 - Pouca interao com entorno; Disseminao dos resultados de pesquisas para aplicao em propriedades da regio
W7 - Infraestrutura com necessidade deadequaes.
Venda do ativo florestal
OPORTUNIDADESFR
AQU
EZAS
(W)
ESTRATGIAS DE CRESCIMENTO
-
Floresta Nacional de Irati Plano de Manejo
17
Quadro 3. Anlise SWOT da Floresta Nacional de Irati estratgias de sobrevivncia.
T1 -
Isol
amen
to d
os
frag
men
tos n
ativ
os a
inda
ex
isten
tes p
rom
ovid
o pe
la
desc
arac
teriz
ao
de
habi
tats
do
ent
orno
e re
gio
;
T2 -
rea
de
vida
insu
ficie
nte
para
gra
ndes
mam
fero
s;
T3 -
Caa
;
T4 -
Polu
io
por
resd
uos d
a ag
ricul
tura
e p
or d
ejet
os
urba
nos (
rio d
as A
ntas
e
Imbi
tuva
);
T5 -
Expl
ora
o m
adei
reira
ile
gal,
prej
udic
ando
a
man
uten
o
de m
atriz
es e
a
viab
ilida
de d
e po
pula
es
de
esp
cies
am
eaa
das d
e ex
tin
o;
T6 -
Supr
ess
o de
pl
ntul
as
em p
ropr
ieda
des p
rivad
as,
prej
udic
ando
o
dese
nvol
vim
ento
de
mat
rizes
e
a vi
abili
dade
de
popu
la
es
de e
spc
ies a
mea
ada
s de
extin
o;
T7 -
Legi
sla
o in
adeq
uada
T8 -
Ater
ro ir
regu
lar;
T9 -
Aban
dono
de
ces
pr
xim
o
unid
ade;
T10
- Red
uo
da
equi
pe d
o PR
EVFO
GO.
T11
- Esp
cie
s ex
ticas
in
vaso
ras (
faun
a e
flora
);
Atributos naturaisW1 - Plantios antigos com manejoinadequado.
Explorao deplantios pararestaurao de habitats
Articulao comCGPRO paramanuteno doPREVFOGO
Explorao dosplantios econtrole deinvases
W2 - Risco de incndios; Articulao comCGPRO paramanuteno doPREVFOGO
W3 - Linhas de transmisso e estradasfragmentando ambientes;
Atributos de gestoW4 - Equipe insuficiente; Articulao com
CGPRO paramanuteno doPREVFOGO
Programa devoluntariado paracontrole deinvases
W5 - Escassez de recursos financeiros;
W6 - Pouca interao com entorno; Incentivo restaurao dasAPPs e RLs
Incentivo restaurao das APPs eRLs
Incremento nasatividades de EAe diversificaodo pblico.
Incremento nasatividades deEA ediversificao do pblico.
Disseminao dosresultados depesquisas paraaplicao empropriedades daregio.
Incremento nasatividades de EAe diversificaodo pblico.
W7 - Infraestrutura com necessidade deadequaes.
AMEAASFR
AQU
EZAS
(W)
ESTRATGIAS DE SOBREVIVNCIA (OU DEFENSIVAS)
-
Floresta Nacional de Irati Plano de Manejo
18
Quadro 4. Anlise SWOT da Floresta Nacional de Irati estratgias de manuteno.
T1 - I
solam
ento
dos f
ragm
ento
s na
tivos
aind
a exis
tent
es
prom
ovido
pela
desc
arac
teriz
ao
de ha
bitat
s do
ento
rno e
regi
o;
T2 -
rea d
e vida
insu
ficien
te
para
gran
des m
amfe
ros;
T3 - C
aa;
T4 - P
olui
o por
resd
uos d
a ag
ricult
ura e
por d
ejeto
s ur
bano
s (rio
das A
ntas
e Im
bituv
a);
T5 - E
xplor
ao
mad
eireir
a ile
gal, p
reju
dican
do a
man
uten
o d
e mat
rizes
e a
viabil
idade
de po
pula
es d
e es
pcie
s am
eaa
das d
e ext
ino
;
T6 - S
upre
sso
de pl
ntu
las em
pr
oprie
dade
s priv
adas
, pr
ejudic
ando
o de
senv
olvim
ento
de
mat
rizes
e a v
iabilid
ade d
e po
pula
es d
e esp
cies
am
eaa
das d
e ext
ino
;
T7 - L
egisl
ao
inad
equa
da
T8 - A
terro
irre
gular
;
T9 - A
band
ono d
e ce
s pr
ximo
unid
ade;
T10 -
Red
uo
da eq
uipe d
o PR
EVFO
GO.
T11 -
Esp
cies e
xtic
as in
vaso
ras
(faun
a e flo
ra);
Atributos naturaisS1 - Remanescentes importantes de FOM;
Seleo dematrizes e coletade sementes parafomento restaurao dereas, promovendo aconectividade
Operaes defiscalizao conjuntas comoutros rgose/ou Ucs.
Operaes defiscalizao conjuntas comoutros rgose/ou Ucs.
Controle deinvases
S2 - Rios das Antas e Imbituva; Restaurao dasAPPs dos rios dasAntas e Imbituva.
Restaurao das APPs dosrios das Antas eImbituva.
Restaurao dasAPPs dos rios dasAntas e Imbituva.
S3 - Ser enquadrada como categoria de UC que permite o uso mltiplo;S4 - Grande potencial gentico;
Atributos de gestoS6 - Equipe capacitada; Controle de
invases
S7 - PREVFOGO; Controle deinvases
S8 - Nmero significativo de estudos e pesquisas;
Incentivo apesquisas para ouso mltiploflorestal;
Incentivo apesquisas para ouso mltiploflorestal;
Incentivo a pesquisaspara silvicultura deespcies nativas;
Incentivo apesquisas para silvicultura de espciesnativas;
Controle deinvases
S9 - Atividades de educao ambiental; Disseminao dosresultados depesquisas paraaplicao empropriedades daregio.
Incremento nasatividades deEA ediversificao do pblico.
Incremento nasatividades de EAe diversificaodo pblico.
Disseminao dosresultados depesquisas paraaplicao empropriedades daregio.
Disseminao dosresultados depesquisas paraaplicao empropriedades daregio.
Incremento nasatividades deEA ediversificao do pblico.
S10 - Facilidade de acesso; Programa devoluntariado para controlede invases
S11 - Parcerias estabelecidas (ICMS Ecolgico, EMBRAPA);
Incentivo apesquisas para o usomltiplo florestal;
S12 - reconhecimento da unidade pela sociedade local.
Disseminao dosresultados depesquisas paraaplicao empropriedades daregio.
AMEAAS
FOR
AS (S
)
ESTRATGIAS DE MANUTEN0
-
Planejamento
19
3. ELEMENTOS DO PLANEJAMENTO ESTRATGICO DA FLONA
Os elementos estratgicos da FLONA esto em consonncia com os do
ICMBio, que tem como misso: Proteger o patrimnio natural e promover o desenvolvimento socioambiental.
3.1.
Promover a conservao do patrimmio ecolgico, histrico e cultural da
Floresta Ombrfila Mista (Floresta com Araucria), gerando e resgatando
conhecimento sobre este ecossistema e o uso mltiplo sustentvel dos seus
recursos naturais renovveis, contribuindo para a formao da conscincia
ambiental na sociedade.
MISSO DA FLONA
3.2. VISO DE FUTURO
Ser uma unidade de referncia na conservao, pesquisa e uso sustentvel
dos recursos florestais no mbito da Floresta Ombrfila Mista (Floresta com
Araucria), sob o ponto de vista social, econmico e ambiental, com participao da
comunidade.
3.3. VALORES
- Respeito (respeito vida, legislao, s diferentes culturas e ao meio
ambiente; utilizando-se racionalmente os recursos naturais).
- Compromisso com a atual e as futuras geraes.
- Convivncia harmoniosa com a sociedade.
4. OBJETIVOS DA FLORESTA NACIONAL DE IRATI
Os objetivos especficos das FLONAs foram definidos conforme a lei que
institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza SNUC, que
estabelece que as Florestas Nacionais tm como objetivo bsico o uso mltiplo
sustentvel dos recursos florestais e a pesquisa cientfica, com nfase em mtodos
-
Planejamento
20
para explorao sustentvel de florestas nativas1. Alm disso, nas FLONAs, a
visitao pblica permitida, condicionada s normas estabelecidas para o manejo
da unidade pelo rgo responsvel por sua administrao2. Como marco legal
utilizou-se, tambm, o objetivo de manejo da categoria definido no decreto de
regulamentao das FLONAs3
4.1.
. Como marco tcnico, o referencial foram os
resultados dos diagnsticos temticos e da oficina de planejamento participativo.
1. Conservar uma amostra significativa da Floresta Ombrfila Mista, utilizando
tcnicas para o uso sustentvel e para a preservao.
OBJETIVOS ESPECFICOS DE MANEJO (Gerais segundo SNUC)
2. Proteger as espcies da fauna, com destaque quelas de interesse para a
conservao, com ocorrncia na UC, tais como: (aves) balana-rabo
(Polioptila lactea), Tinamus solitarius e Clibanornis dendrocolaptoides,
Primolius maracan, Leptasthenura setaria, (mamferos) tamandu
Myrmecophaga tridactyla, bugio Alouatta guariba, lagomorfo Sylvilagus
brasiliensis, morcego Diaemus youngii, gato-do-mato Leopardus tigrinus,
cachorro-do-mato Chrysocyon brachyurus, lontra Lontra longicaudis, cateto
Pecari tajacu, veado Mazama nana e a paca Cuniculus paca.
3. Proteger as espcies cinergticas como: tatu Euphractus sexcinctus, cateto
Pecari tajacu e veado Mazama nana.
4. Proteger as espcies de feldios como: puma (Puma yagouarondi),
jaguatirica Leopardus pardalis, gato-maracaja Leopardus wiedii e o gato-do-
mato Leopardus tigrinus.
5. Proteger espcies vegetais ameaadas de extino, tais como: pinheiro-
brasileiro Araucaria angustifolia e xaxim Dicksonia sellowiana Hook.
1 Artigo 17 do SNUC Lei n. 9.985/2000.
2 3, Art. 17do SNUC Lei n. 9.985/2000.
3 Decreto Federal n. 1.298/1994.
-
Planejamento
21
6. Proteger o banco gentico do pinheiro-brasileiro Araucaria angustifolia.
7. Proteger as nascentes de cursos dgua e os demais recursos hdricos
existentes na UC, incluindo os rios e vrzeas.
8. Contribuir para conservao dos recursos hdricos em sua rea de entorno,
especialmente as bacias dos rios das Antas e do Imbituva.
9. Ser referncia no manejo de espcies potencialmente comerciais.
4.2.
1. Ser exemplo da estrutura e funcionamento de unidade de conservao de
uso sustentvel.
OBJETIVOS ESTRATGICOS DE GESTO
2. Ser exemplo de como agir para tornar o meio ambiente mais sustentvel.
3. Ser um laboratrio vivo do manejo sustentvel da Floresta com Araucria e
das espcies florestais nativas.
4. Inserir-se no desenvolvimento socieconmico da regio de abrangncia
como um modelo de uso sustentvel dos recursos naturais renovveis.
5. Promover o manejo florestal sustentvel de espcies nativas, de produtos
madeireiros e no madeireiros.
6. Desenvolver e difundir tcnicas e tecnologias de manejo florestal
sustentvel, de recuperao de reas degradadas e restaurao de
ambientes.
7. Promover aes de recuperao e restaurao de reas degradadas e ou
convertidas.
8. Fomentar a conservao e o uso dos recursos naturais renovveis.
9. Promover a visitao e as aes de educao ambiental como instrumento
estratgico da conservao.
-
Planejamento
22
10. Promover a integrao do visitante com o ambiente utilizando tcnicas de
uso pblico de baixo impacto e interpretao ambiental.
11. Incentivar a pesquisa cientfica bsica e aplicada.
12. Contribuir para aprimorar o conhecimento sobre o bioma Floresta Ombrfila
Mista visando preservao da biodiversidade, conservao dos
processos ecolgicos, bem como ao uso mltiplo e sustentvel dos recursos
naturais renovveis.
13. Contribuir com o planejamento e o ordenamento dos usos e a ocupao do
solo em sua Zona de Amortecimento, to logo essa seja instituda.
14. Servir de instrumento para a proteo, controle ambiental e de
desenvolvimento social e econmico da regio onde a UC est inserida.
15. Promover a conectividade entre os fragmentos de vegetao nativa na
FLONA, bem como dessa UC com a Reserva Biolgica das Araucrias e a
Estao Ecolgica Fernandes Pinheiro e demais fragmentos localizados na
ZA.
16. Desenvolver e implementar novas tcnicas para o manejo das florestas
plantadas (exticas e nativas).
17. Buscar a integrao entre rgos de pesquisas interessados em usufruir do
banco gentico de espcies exticas existentes na FLONA.
-
Planejamento
23
Figura 2. Zoneamento da Floresta Nacional de Irati.
-
Planejamento
24
5. ZONEAMENTO
A organizao espacial definida neste zoneamento tem como fundamentao
as informaes geradas pelos levantamentos realizados para subsidiar o Plano de
Manejo, por pesquisas desenvolvidas na unidade e na regio, bem como as
contribuies oriundas da Oficina de Planejamento Participativo e das Reunies
Tcnicas.
Este zoneamento (Figura 2) busca estabelecer o cenrio desejado segundo a
misso e a viso de futuro definidas para a FNI.
Na sequncia so apresentadas as caractersticas e normas para cada uma
das zonas consideradas estratgicas para o cumprimento dos objetivos especficos
da FNI.
Os critrios de incluso/excluso e rea total das zonas esto apresentados
no Quadro 5.
-
Planejamento
25
Quadro 05: Criterios para o zoneamento da Floresta Nacional do Irati
Nome da Zona Critrios Incluso/Excluso rea (ha)
Zona Primitiva - Grau de Conservao da Vegetao.
- Representatividade da Floresta Ombrfila Mista.
- Riqueza e Diversidade.
- Susceptibilidade Ambiental
641,97
Zona de Manejo Florestal Sustentvel
- rea propcia para o manejo florestal sustentvel madeireiro e no madeireiro.
- Potencial para desenvolvimento de pesquisas para dar suporte s mudanas ou complementao da legislao florestal.
- Promover a recuperao das reas de APP e restaurao de reas.
- Desenvolvimento de pesquisas para dar suporte aplicao da legislao florestal e do manejo florestal, prioritariamente de espcies nativas.
-Desenvolver aes de manejo para a transnformao de florestas plantadas com espcies nativas em reas de produo de madeira, reas de coleta de frutos/sementes e em floresta ombrfila mista com araucria
- Desenvolver aes de manejo florestal em reas de florestas plantadas com exticas visando o maior aproveitamento do material lenhosos em diferentes usos.
- Implantar projetos de manejo florestal demonstrativo com espcies ameaadas de extino, visando o uso e o incentivo ao cultivo e aproveitamento destas espcies por pequenos e mdios proprietrios rurais da regio.
Total 1.580,90 ha.
rea I 713, 77 ha.
rea II 867,13 ha.
Zona de Recuperao - Representativa das vrzeas da regio.
- Riqueza e diversidade de espcies.
- Suscetibilidade da rea degradao por contaminao do ambiente pelo pinus e pela diminuio da qualidade do ambiente alagado
1.329,23 ha.
-
Planejamento
26
decorrente da sedimentao e poluio dos rios das Antas e Imbituva.
- Talhes com espcies nativas e exticas que sero manejadas visando conduo para seu enquadramento como zona primitiva.
- implantar e testar a recuperao de reas degradadas com a composio de diferentes espcies preferencialmente nativas observando sistemas de plantio e enriquecimento.
Zona de Uso Especial - Presena de infraestrutura, estado de conservao e potencial de uso das mesmas.
13,95 ha.
Zona de Uso Pblico - rea com facilidade de acesso e de controle.
- Potencial de visitao e para conscientizao ambiental, bem como presena de infraestrutura para abrigar centro de visitantes, edificao histrica (chamin) e igreja do perodo inicial de ocupao da rea.
135,24 ha.
Zona de Uso Conflitante - rea do traado de linhas de transmisso (LT Irati Sabar / 138Kv, operada pela COPEL e LT Areia Ponta Grossa / 230Kv, operada pela ELETROSUL) e as reas de servido dessas linhas.
47,62 ha.
5.1. ZONA PRIMITIVA
Conceito: Segundo o Roteiro Metodolgico (ICMBio, 2009) aquela onde tenha ocorrido pequena ou mnima interveno humana, contendo espcies da flora e
fauna, monumentos e fenmenos naturais de relevante interesse cientfico.
Critrios utilizados: rea com alto grau de conservao de Floresta Ombrfila Mista em estgio avanado de regenerao. Sua representatividade alta devido
diversidade de ambientes e riqueza e diversidade da fauna e flora nativas. uma
rea com grande susceptibilidade ambiental devido s nascentes e reas de
preservao permanente em seu interior.
rea aproximada total: 641,97 ha.
-
Planejamento
27
Caracterstica da Zona: Refere-se rea de florestas nativas localizadas na poro sudoeste da FNI. Trata-se de regio afetada por pouca interveno humana, com
presena significativa de espcies da flora ameaadas de extino e com altos
ndices de riqueza vegetal e animal.
Objetivo Geral: conservar o ambiente natural e facilitar as atividades de pesquisa cientfica e tecnolgica, educao ambiental e formas primitivas de recreao.
Objetivo Especfico de Manejo:
Conservar fragmento da Floresta Ombrfila Mista.
Proteger os corpos dgua e nascentes.
Oportunizar pesquisas comparativas entre uma rea de baixa interveno e
reas submetidas ao manejo florestal e recuperao.
Garantir a continuidade dos processos naturais de sucesso ecolgica da
Floresta Ombrfila Mista.
Preservar os ambientes naturais e o banco de germoplasma para
repovoamento de outras reas da FNI e de seu entorno.
Estabelecer reas de produo de sementes.
Possibilitar a coleta de sementes para produo de mudas e recuperao de
reas degradadas na FNI.
Normas Especficas: 1. As atividades desenvolvidas nesta Zona so limitadas pesquisa cientfica, ao
monitoramento ambiental, proteo, a eventos didticos no mbito do ensino
superior ou tcnico, visitao de baixo impacto e coleta de sementes.
2. A coleta de sementes ser permitida em projetos de pesquisa e de recuperao
ambiental e para a formao de banco de germoplasma em programas de
conservao ex situ.
3. vedada a introduo de espcies exticas nesta zona.
4. As atividades permitidas na Zona Primitiva no podero causar dano biota.
5. A trilha dos angicos, localizada em rea de floresta nativa, poder ser utilizada
para caminhadas e atividades educativas e de sensibilizao, sendo essas
-
Planejamento
28
permitidas apenas com a presena de guia autorizado pela administrao da
unidade.
6. Nesta zona no possvel a instalao de infraestruturas permanentes, somente
as temporrias destinadas a dar suporte s atividades de pesquisa, coleta de
semente e proteo.
7. No possvel o uso de veculos nesta zona exceto em ocasies especiais, em
casos de necessidades de proteo da unidade e das atividades prprias da
zona.
5.2. ZONA DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTVEL
Conceito: aquela que compreende as reas de floresta nativa ou plantada, com potencial econmico para o manejo sustentvel dos produtos florestais madeireiros
e no madeireiros.
Critrios utilizados: rea com potencial de uso para o manejo florestal sustentvel madeireiro e no madeireiro. Os fragmentos de florestas nativas contidos nesta zona
tm potencial para demonstrar a viabilidade do manejo de produtos no madeireiros,
bem como o desenvolvimento de pesquisas para dar suporte s sugestes de
mudanas ou complementao da legislao florestal. Os talhes de florestas
plantadas tm potencial para demonstrar a viabilidade do manejo florestal, da
recuperao das reas de APP, reconverso de reas, desenvolvimento de
pesquisas para dar suporte aplicao da legislao florestal e do manejo florestal,
prioritariamente de espcies nativas.
rea aproximada total: 1.580,90 ha
Caracterstica da Zona: Ser constituda pelas pores leste da FNI, com maiores aglomerados de talhes com espcies exticas, e de regio a sudoeste e central da
unidade, recoberta por plantios de pinus e de araucrias.
A ZMFS dividade em duas reas, a saber:
Zona de Manejo - rea 1 867,13 ha. Esta rea concentra-se na poro
sudoeste e central da FNI, recoberta por plantios de pinus e de araucrias, com
fragmentos de florestas nativas.
-
Planejamento
29
Zona de Manejo Florestal - rea 2 713,77 ha. Refere-se poro a leste da
FNI, recoberta predominantemente por plantios de pinus com sub-bosque pouco
denso.
Objetivo Geral: Gerao de tecnologia e de modelos de manejo florestal para o uso mltiplo sustentvel dos recursos florestais.
Objetivos Especficos de Manejo:
Abrigar experimentos de produo florestal tanto em reas de florestas nativas
quanto de plantadas.
Propiciar o manejo de produtos madeireiros da araucria, pinus, eucalipto e
outras espcies a serem cultivadas, utilizando tcnicas de baixo impacto.
Transformar alguns talhes com plantios de araucria em reas com
caractersticas aproximadas s da Floresta Ombrfila Mista.
Transformar alguns talhes com plantios de araucria em exemplo de uso
sustentvel da espcie com interesse econmico.
Explorar os talhes de pinus, e nestas reas promover: a recuperao ambiental
com espcies nativas (nas APPs) e a implantao de novos plantios comerciais,
prioritariamente com espcies nativas, exceto nos casos de pesquisas com
espcies exticas para a inovao do setor florestal.
Manejar os produtos no madeireiros como, por exemplo: a erva-mate, o pinho,
o bambu, plantas medicinais e ornamentais.
Promover a interpretao e educao ambiental, valorizando as espcies
vegetais e animais nativos, e as tcnicas de manejo florestal.
Testar tcnicas e mtodos de recuperao ambiental de APP e reas com
plantios homogneos.
Testar tcnicas de erradicao de espcies exticas invasoras.
Selecionar reas de plantio com espcies exticas para a coleta de sementes
que interessem aos centros de pesquisas, viveiros pblicos ou particulares e
empresas.
-
Planejamento
30
Normas da Zona: 1. As atividades desenvolvidas nesta Zona so limitadas ao manejo florestal,
pesquisa cientfica, ao monitoramento ambiental, proteo, recuperao
ambiental, educao ambiental com eventos didticos no mbito do ensino
superior ou tcnico, coleta de sementes e produo de mudas. 2. As mudas produzidas devero ser destinadas prioritariamente para consumo
interno e para atender a projetos de interesse da FLONA. O excedente poder
ser comercializado.
3. A realizao de eventos didticos, quando em perodo de explorao ou manejo
dos talhes, dever ser acompanhada por tcnico da unidade. A presena do
grupo em rea de corte ser condicionada ao uso de Equipamentos de Proteo
Individual (EPI) adequados a esse tipo de atividade.
4. Podero ser implantadas infraestruturas temporrias necessrias s atividades
de manejo, tais como: ptio de estocagem, ptio de mquinas e acampamento.
5. Os processos de explorao florestal devero prever mecanismos de
monitoramento e de mitigao dos impactos decorrentes da atividade,
especialmente sobre a fauna e flora remanescente.
6. As torres de observao existentes nesta zona podero ser utilizadas como
equipamento de suporte tanto proteo da Unidade quanto aos eventos
didticos no mbito do ensino superior ou tcnico.
7. Para realizao do manejo florestal devero ser utilizadas boas prticas
silviculturais, de conservao do solo, dentre outras que minimizem o impacto da
atividade sobre o ambiente. Para operacionalizar o manejo na zona, os aceiros e
estradas devero estar em boa condio de manuteno e, se julgado
necessrio, podero ser abertos novos ramais para facilitar a atividade e a
proteo da rea.
Normas Especficas da rea 1: 1. A trilha das imbuias, localizada entre reas de plantio de pinus e de araucria,
poder ser utilizada para caminhadas, passeios ciclsticos de pequenos grupos e
atividades educativas e de sensibilizao, sendo essas permitidas apenas
acompanhadas de guia autorizado pela administrao da unidade;
-
Planejamento
31
2. O manejo nessa rea dever ser direcionado para a gerao de conhecimento e
tecnologia voltados a sistemas agroflorestais.
5.3. ZONA DE RECUPERAO
Conceito: aquela que contm reas consideravelmente antropizadas. considerada como zona provisria e, uma vez recuperada4 e/ou restaurada, ser
incorporada a uma zona permanente. No caso da FLONA de Irati, dever ser
restaurada de forma a se tornar parte da Zona Primitiva.
Critrio Utilizado: uma rea representativa das vrzeas da regio, com grande riqueza e diversidade de espcies, suscetvel degradao por contaminao do
ambiente pelo pinus e pela diminuio da qualidade do ambiente alagado
Promover a recuperao natural ou induzida do ambiente.
decorrente
da sedimentao e poluio dos rios das Antas e Imbituva. Alm disso, nas reas
mais elevadas foram implantados, no passado, talhes com pinus e araucria.
rea Aproximada Total: 1.329,23 ha.
Caractersticas da Zona: Localizada nas pores norte, nordeste e noroeste da FLONA, na vrzea da confluncia dos rios das Antas e Imbituva, onde o relevo
plano e rea de aluvio. Na poro noroeste vai at a propriedade particular
incrustada nos limites da FLONA denominada stio Pinhal Ralo e a nordeste
abrange toda a rea de vrzea do rio Imbituva at os limites da FLONA com
propriedades de terceiros.
Objetivo Geral: Garantir o processo de regenerao do ambiente de maneira que permita a estruturao da floresta em condies prximas s originais (FOM e
vrzeas), por meio da explorao dos talhes de floresta plantada e manejo das
demais reas.
Objetivos Especficos de Manejo:
Promover a pesquisa de tcnicas de recuperao ambiental.
4 Segundo Art. 2, Inciso XIII Lei que institui o SNUC recuperao: restituio de um ecossistema ou
de uma populao silvestre degradada, que pode ser diferente de sua condio original.
-
Planejamento
32
Promover a visitao de cunho educativo e didtico.
Promover formas de acompanhamento e monitoramento das atividades de
recuperao desenvolvidas que possam servir de parmetros para projetos
semelhantes.
Divulgar as aes desenvolvidas atravs de peridicos.
Normas da Zona: 1. As atividades desenvolvidas na Zona de Recuperao sero limitadas ao manejo
dos plantios existentes, pesquisa cientfica, ao monitoramento ambiental,
proteo, recuperao ambiental, visitao, a eventos didticos no mbito do
ensino superior e tcnico e coleta de sementes.
2. Apenas ser permitida a instalao da infraestrutura necessria s atividades de
manejo florestal, recuperao, proteo, educao ambiental e visitao.
Considerando que esta rea ser transformada no futuro em zona primitiva as
instalaes devem ser prioritariamente provisrias, exceto as pontes.
3. Apenas espcies nativas podero ser utilizadas no processo de recuperao.
4. As espciesmes exticas devero ser eliminados.
5.4. ZONA DE USO ESPECIAL
Conceito: aquela que contm as infraestruturas necessrias administrao, manuteno e servios da Floresta Nacional.
Critrio Utilizado: Presena de infraestrutura, estado de conservao e potencial de usos das mesmas.
rea Aproximada Total: 13,95 ha. Caracterstica da Zona: Contempla reas alteradas onde j existe infraesturura e ocorrem atividades relacionadas administrao, manuteno e servios da
unidade, prximas ao limite sul da FNI.
Objetivo de Geral: Desenvolver as atividades inerentes administrao, manuteno e servios, de maneira a evitar ou minimizar a interferncias dessas
atividades no ambiente natural e sobre as experincias promovidas pelas atividades
de uso pblico.
-
Planejamento
33
Objetivos Especficos:
Servir de unidade demonstrativa de tecnologia e de edificaes em harmonia
com o ambiente.
Concentrar as instalaes, infraestruturas, equipamentos e servios necessrios
gesto da FNI.
1. As atividades desenvolvidas na Zona de Uso Especial sero limitadas quelas
inerentes administrao e gesto da unidade.
Normas da Zona
2. A Zona de Uso Especial dever ser visualmente isolada da Zona de Uso Pblico
por uma barreira natural.
3. Hortas e pomares ficaro restritos ao entorno das edificaes, para consumo
exclusivo de servidores residentes na FLONA, no sendo permitido o plantio para
comercializao. O local das hortas e pomares no poder comprometer a
harmonia paisagstica da UC. A produo de frutas exticas dever ser evitada e,
se estas se tornarem invasoras, devero ser erradicadas. Em caso de utilizao
de espcies com potencial de invaso, devero ser aplicados mtodos de
controle de disseminao dessas espcies, por parte do responsvel pelo cultivo.
4. No permitida a permanncia de animais domsticos, bem como a criao de
animais silvestres, salvo em casos de projetos especficos em que haja tal
necessidade.
5.5. ZONA DE USO PBLICO
Conceito: aquela constituda por reas naturais ou alteradas pelo homem. O ambiente mantido o mais prximo possvel do natural, devendo conter: centro de
visitantes, museus, outras facilidades e servios. No caso da FNI constitudo
tambm de reas plantadas com pinus e araucria.
Critrios Utilizados: Potencial de visitao e para conscientizao ambiental, bem como a presena de infraestrutura
Caracterstica da Zona: Localiza-se na poro do extremo sudoeste da FNI. Contempla reas que descrevem os diferentes ambientes presentes na FNI.
para abrigar o centro de visitantes, edificao
histrica (chamin) e igreja do perodo inicial de ocupao da rea. rea aproximada total: 135,24 ha.
-
Planejamento
34
Compreende regies da unidade destinadas implantao de estruturas de
recepo e apoio ao visitante, devido ao fcil acesso, bem como trilhas e caminhos
j tradicionalmente utilizados na unidade. Abrange rea alterada onde as edificaes
foram contrudas, trilha ao longo do rio das Antas que percorre rea de plantio de
pinus e de floresta ciliar e vrzea, bem como trilha em plantio de araucrias. Objetivo Geral: Sensibilizar os usurios para a conservao ambiental, mais especificamente para a conservao da biodiversidade e dos servios prestados
pela natureza.
Objetivos Especficos de Manejo:
Abrigar instalaes, infraestrutura e equipamentos de apoio aos visitantes.
Criar e possibilitar oportunidades para educao e interpretao ambiental,
recreao e lazer.
Proporcionar a integrao da FLONA com as populaes do entorno.
Normas da Zona: 1. As atividades desenvolvidas na Zona de Uso Pblico sero limitadas visitao
e lazer, pesquisa cientfica, ao monitoramento ambiental, proteo,
recuperao ambiental, a eventos de treinamento e capacitao e coleta de
sementes.
2. As trilhas desta zona so passveis de uso para caminhadas guiadas e
autoguiadas.
3. A utilizao da infraestrutura desta zona ser subordinada capacidade de
suporte dessas instalaes.
4. O uso do fogo, de aparelhos de som e similares somente ser permitido em
casos especficos autorizados pela administrao da Unidade.
5. As atividades de manejo florestal previstas nesta zona devero levar o visitante a
entender a filosofia e as prticas de conservao da natureza, por meio do
manejo de baixo impacto.
6. Em ocasio das atividades de recuperao ambiental dos talhes de pinus e de
araucria existentes nesta zona, as atividades de uso pblico nas proximidades
dessas reas devero ser acompanhadas por tcnico da unidade.
-
Planejamento
35
5.6. ZONA DE USO CONFLITANTE
Conceito: Constitui-se em espaos localizados dentro de uma Unidade de Conservao, cujos usos e finalidades, estabelecidos antes da criao da Unidade,
conflitam com os objetivos de conservao da FLONA.
Critrios Utilizados: rea das linhas de transmisso e as de servido
necessrias
para a manuteno dessas linhas.
rea aproximada total: 47,62 ha.
Caracterstica da Zona: Sua rea de abrangncia determinada pelo traado de linhas de transmisso (LT Irati Sabar / 138Kv, operada pela COPEL e LT Areia
Ponta Grossa / 230Kv, operada pela ELETROSUL), que cortam principalmente
pores de florestas nativas e reas de vrzeas, respectivamente.
Dessa maneira, a ZUC pode ser dividida em duas reas, a saber:
Zona de Uso Conflitante - rea 1 Sua rea de abrangncia determinada
pelo traado da linha de transmisso LT Irati Sabar / 138Kv, operada pela
COPEL que corta principalmente pores de florestas nativas e reas de vrzeas. Zona de Uso Conflitante - rea 2 Sua rea de abrangncia determinada
pelo traado da linha de transmisso LT Areia Ponta Grossa / 230Kv, operada pela
ELETROSUL.
Objetivo Geral: Minimizar os impactos provocados pela presena das linhas de transmisso e sua faixa de servido sobre a biodiversidade da FNI.
-
Planejamento
36
6. NORMAS GERAIS DA FLONA DE IRATI
1. Nas estruturas a serem implantadas devero ser aplicados os princpios da
arquitetura ecolgica e do menor impacto sobre a paisagem, bem como as
especificaes da Lei 10.098/2000. As estruturas existentes devero ser
readequadas segundo essas diretrizes, bem como as prticas de coleta e
tratamento de resduos.
2. A visitao com fins didticos dever ser acompanhada de tcnico da unidade
ou por pessoa autorizada pela administrao da unidade. 3. A velocidade mxima permitida nas vias internas de 40 km/h, exceto normas
mais restritivas em determinadas zonas, definidas pela administrao da
Unidade.
4. A captura, a coleta e apanha de espcimes da fauna e da flora ou de parte
destas so permitidas exclusivamente com finalidade cientfica e/ou didtica,
de recuperao e de controle ou erradicao de espcies invasoras,
devidamente autorizadas pelo ICMBio.
5. A soltura de espcimes da fauna autctone somente ser permitida quando
estes forem apreendidos logo aps a sua captura no interior da Unidade e
constatado seu bom estado de sade.
6. Atividades de reintroduo de fauna nativa somente podero ocorrer aps a
realizao de pesquisas ou pareceres tcnicos favorveis e a anuncia do
ICMBio. proibido introduzir na Unidade qualquer espcie de animal extico.
7. Plantios com espcies exticas sero admitidos exclusivamente em carter
experimental. Para tanto, devero ser previamente definidos protocolos de
controle e erradicao, em projeto a ser aprovado pela administrao da
Unidade. A implementao desses protocolos ser de inteira responsabilidade
do proponente/executor do projeto, o que dever ser oficializado mediante
termo de compromisso a ser firmado com o rgo gestor da Unidade antes do
incio da pesquisa. O corte final dever ser realizado imediatamente aps a
obteno dos resultados propostos no projeto.
8. proibido o plantio de espcies exticas prximo s reas midas.
9. proibida a entrada e a permanncia de animais domsticos e exticos na
Unidade, exceto ces-guia, conforme disposto pela Lei Federal n
-
Planejamento
37
11.126/2005, e ces farejadores utilizados em pesquisas, por tempo
determinado.
10. proibida a extrao de materiais de origem mineral, excludas os
necessrios s atividades cientficas e/ou didticas devidamente autorizadas
pelo ICMBio. 11. O uso de defensivos e fertilizantes no interior da Unidade somente ser
permitido em projetos especficos, quando no houver produto ou
procedimento alternativo, com rigoroso controle.
12. O paisagismo das Zonas de Uso Especial e Uso Pblico dever ser realizado
preferencialmente com espcies nativas.
13. Os veculos de visitantes e usurios da FNI devero ser estacionados em local
apropriado para evitar risco de danos e acidentes em virtude das atividades de
manejo e danos biodiversidade da FNI.
14. Os horrios das atividades de atendimento no escritrio, visitao e uso
pblico sero definidos em regimento interno da FNI.
15. Eventos de cunho poltico e partidrio no podero ser realizados na interior
da FNI.
16. proibido o uso do fogo no interior da FNI exceto nos casos necessrios
proteo e nas zonas de Uso Especial, Uso Pblico e Manejo, em locais
apropriados para evitar incndios.
17. Todo material, marcao, armadilhas e demais estruturas utilizadas durante a
execuo da pesquisa devero ser retirados e o local reconstitudo, exceto os
de interesse da UC e aprovados pela Chefia da FNI.
18. Pesquisas que se caracterizem como acesso ao patrimnio gentico e acesso
ao conhecimento tradicional associado podero ser realizados na FNI desde
que licenciados pelo ICMBio e pelo Conselho de Gesto do Patrimnio
Gentico (CGEN).
19. A FNI dever ser citada nos crditos das pesquisas.
-
Planejamento
38
7. PROGRAMAS DE MANEJO
Os Programas de Manejo so destinados para orientar a execuo de
atividades agrupadas em diversas reas temticas de gesto e manejo de uma UC.
Eles contm detalhamentos no nvel estratgico, ttico e operacional que norteiam a
gesto e o manejo. As aes previstas nos programas podero ser detalhadas
posteriormente, em projetos especficos a serem desenvolvidos pela equipe da
FLONA, parceiros institucionais ou consultoria especializada.
O objetivo de desenvolver projetos especficos, posteriores elaborao do
Plano de Manejo, detalhar atividades que envolvam diferentes reas do
conhecimento e demandem a participao de profissionais especializados.
Destinam-se ainda a complementar alguma atividade prevista no Plano de Manejo,
identificada na etapa de Monitoria e Avaliao.
Para a gesto e manejo da FLONA, so previstos 8 Programas listados a
seguir:
i. Programa de Manejo Florestal;
ii.
iii. Programa de Recuperao de reas Degradadas;
Programa de Pesquisa e Monitoramento Ambiental;
iv.
v. Programa de Uso Pblico e Educao Ambiental;
Programa de Proteo;
vi. Programa de Incentivo a Alternativas de Desenvolvimento Ambiental Sustentvel do Entorno.
vii. Programa de Administrao; e
viii.
Programa de Regularizao Fundiria;
7.1. Programa de Manejo Florestal
Objetivo Geral: Utilizao sustentvel das florestas nativas e plantadas e seus produtos madeireiros e no-madeireiros, visando demonstrar a viabilidade do
uso mltiplo e sustentvel dos recursos florestais.
-
Planejamento
39
Objetivos Especficos
1. Promover o manejo florestal, valorizando as espcies nativas e
demonstrando a sua viabilidade ecolgica, econmica e social.
2. Manter as caractersticas atuais das florestas nativas e estabelecer
critrios para o manejo das florestas plantadas definindo objetivos claros
para nova destinao destas reas.
3. Manejar parte da floresta plantada de araucria com objetivo de
transformar estas reas em Floresta Ombrfila Mista.
4. Manejar parte da floresta plantada de araucria, demonstrando sua
viabilidade econmica.
5. Conservar o banco de germoplasma da araucria.
6. Estabelecer formas de manejo para as reas de araucria plantada
observando informaes dendrocrolgicas com a aplicao de diferentes
taxas de corte.
7. Estabelecer, nos talhes de araucria, reas de coleta de sementes,
frutos, etc.
8. Desenvolver projetos demonstrativos que possam auxiliar no processo de
retirada das espcies da lista de ameaadas de extino.
9. Desenvolver projetos de manejo na FOM que possam criar condies
propcias para o aumento da fauna local.
10. Promover a implantao de Projetos de Manejo Demonstrativos de
produtos florestais no madeireiros nas florestas nativas.
11. Promover a implantao de projetos demonstrativos de manejo do xaxim-
bugio Dicksonia spp., visando consolidar informaes para o uso racional
e desenvolvimento desta espcie, proporcionando assim sua retirada da
lista das ameaadas de extino.
-
Planejamento
40
Diretrizes
1. As exploraes a serem realizadas devero observar os parmetros
tcnicos pr estabelecidos para cada rea visando minimizar os impactos
gerados pela atividade.
2. A colheita dos talhes de pinus vizinhos s reas de uso pblico dever
ser realizada de maneira gradativa, visando minimizar o impacto visual
provocado pelo processo de explorao.
3. Ser priorizado o monitoramento e o controle das fontes de propgulos
das espcies exticas invasoras na Floresta Ombrfila Mista,
principalmente na Zona Primitiva, e nas margens dos rios e vrzeas.
4. Podero ser utilizados sistemas de manejo homogneos, heterogneos,
equi e multineos e suas interaes.
5. Sero plantados, prioritariamente, povoamentos com espcies nativas,
visando demonstrar a viabilidade econmica do manejo dessas e uso para
conservao e recuperao de rea da regio. Ficam ressalvadas as
pesquisas com espcies exticas para a inovao do setor florestal.
6. Antes da explorao da madeira dos plantios de pinus dever ser
promovido o aproveitamento econmico das espcies do sub-bosque, tais
como: erva-mate, bambus, dentre outras, se estudos comprovarem a
viabilidade econmica dessa atividade.
7. Todas as atividades previstas para o manejo das reas de florestas
plantadas e nativas devero ser precedidas de um cronograma de
execuo definindo as formas de implantao, controle e monitoramento.
Atividades
1. Manejar os talhes de pinus e eucalipto existentes na FLONA visando
substituio gradativa dessas espcies e o controle das fontes de propgulos na
regio da vrzea. A explorao se dar em blocos, e o inicial ser o que engloba
os talhes das zonas de Uso Especial, Uso Pblico e Manejo Florestal rea 1. O
-
Planejamento
41
segundo bloco depender de avaliao mais especfica dos talhes,
estabelecendo o sistema de corte, se corte raso ou talhadia.
1.1 Na explorao dos talhes localizados na zona de Manejo Florestal
dever ser elaborado um sistema de explorao e transporte que
minimize os impactos que possam ser causados nas reas de vrzeas.
1.2 Antes de se executarem as aes de corte raso nos povoamentos das
florestas plantadas devero ser consultadas as instituies de
pesquisas e de silvicultura sobre o interesse na coleta do material
gentico destes povoamentos. Realizar novos plantios, aps o corte
final, nos talhes indicados no zoneamento.
1.3 Nas reas onde o zoneamento define a continuidade do manejo, ou
seja, nas zonas de Manejo Florestal, devero ser implantados
povoamentos com espcies preferencialmente nativas, de interesse
para o desenvolvimento do setor florestal, atendendo demanda da
regio. Para isso, dever ser feito um levantamento das possibilidades
de uso das espcies a curto, mdio e longo prazo, visando
sustentabilidade econmica e ambiental. O objetivo desses plantios
demonstrar a viabilidade econmica para o manejo florestal no entorno
da UC visando diminuir a fragmentao ambiental da regio, como
previsto no Programa de Pesquisa.
1.4 Implantar, em parte da rea explorada, povoamentos com araucria em
diferentes espaamentos e consrcios com outras espcies nativas.
1.5 Promover a restaurao das reas aps o corte final, de acordo com
projetos especficos e nas Zonas de Recuperao, Uso Pblico e Uso
Especial.
1.6 Restaurar e manter as reas de Preservao Permanente, visando
proteo dos cursos dgua e nascentes. A restaurao induzida e o
enriquecimento devero levar em considerao o plantio de espcies
que ocorrem nestes ambientes, principalmente as que sejam atrativas
fauna, favorecendo a disperso das sementes e incremento no
sucesso da recuperao.
-
Planejamento
42
1.7 Em reas de projetos demonstrativos de manejo de Dicksonia
sellowiana xaxim-bugio, realizar censo (populao total).
2. Selecionar reas e identificar produtos no madeireiros potenciais nas florestas
nativas para a implantao de projetos demonstrativos.
3. Implantar estruturas de viveiro para produo de mudas.
4. Monitorar e controlar a disseminao das espcies exticas na Floresta
Ombrfila Mista, especialmente nas margens dos rios e nas vrzeas.
3.1. Elaborar e implementar um projeto de monitoramento e controle das
espcies exticas invasoras.
3.2. Identificar as espcies e os locais de ocorrncia.
3.3. Estabelecer as reas prioritrias para o controle e estabelecer um
cronograma para as aes.
3.4. Testar e/ou desenvolver tcnicas de controle e erradicao dessas
espcies.
3.5. Em ocasio da explorao dos talhes adjacentes s vrzeas, avaliar a
viabilidade de incluso da venda dos produtos advindos do controle de
espcies invasoras dessas reas alagadas no edital. Divulgar o
programa de controle de espcies exticas invasoras.
4. Sensibilizar os vizinhos da UC quanto ao impacto da contaminao das espcies
exticas invasoras nas margens de rios e vrzeas, visando diminuio das
fontes de propgulos por meio da substituio dessas espcies contaminantes
por outras no contaminantes.
4.1. Analisar os usos das espcies exticas invasoras plantadas no
entorno.
4.2. Verificar o risco de contaminao dessas espcies exticas invasoras,
plantadas nas propriedades rurais do entorno da Flona, nas reas de
vrzea e margens de rios da UC.
-
Planejamento
43
4.3. Criar alternativas para demonstrar que a substituio de alguns
povoamentos existentes nas propriedades rurais do entorno podem
trazer retornos econmicos mais atraentes.
4.4. Mobilizar os produtores para aderirem a essa nova proposta.
4.5. Monitorar a adeso e os resultados das propostas das prticas
silviculturais.
5. Manejar parte das reas de araucria plantada visando induzir uma maior
regenerao natural desta espcie.
5.1. Manejar os povoamentos de araucria plantada, observando a relao
macho x fmea para a produo de reas de coleta de sementes e
frutos.
5.2. Manejar alguns povoamentos de araucria plantada visando
transformar estes povoamentos em reas de FOM.
5.3. Implantar um banco de germoplasma em programa de conservao ex
situ visando manter o material gentico da Araucria existente na
FLONA.
5.4. Identificar fatores limitantes para o desenvolvimento da Araucria.
6. Desenvolver tecnologia para manejo e explorao de espcies nativas
madeireiras e no madeireiras.
6.1. Promover o manejo da erva-mate existente no sub bosque dos plantios
de Pinus, Eucalipto e Araucria, aperfeioando as tcnicas de
explorao.
6.2. Promover o manejo do pinho da Araucria, aperfeioando as tcnicas
de coleta, armazenamento e processamento com a participao da
populaes do entorno.
6.3. Promover o manejo de plantas medicinais e ornamentais,
aperfeioando as tcnicas de coleta e manejo com a participao da
populao do entorno.
-
Planejamento
44
6.4. Implantar povoamentos experimentais com espcies cujo produto seja
a lenha, visando oferecer aos agricultores uma alternativa que diminua
a presso sobre os fragmentos da FOM.
6.5. Desenvolver tecnologias para manejo e explorao de espcies
florestais ameaadas.
6.6. Implantar viveiro para produo de mudas de espcies nativas.
6.7. Selecionar, identificar e marcar matrizes para coleta de sementes de
espcies nativas.
6.8. Selecionar e demarcar reas de produo de sementes.
6.9. Promover a coleta, armazenamento e tratamento de frutos e de
sementes, de acordo com a legislao vigente.
6.10. Implantar um banco de germoplasma em programas de conservao
ex situ visando manter o material gentico das espceis nativas
ameaadas de extino e as de potencial econmico existente na
FLONA.
6.11. Divulgar tecnologias de manejo de espcies nativas.
7. Incentivar e apoiar a adequao ambiental nas propriedades rurais do entorno no
que se refere recuperao de APP e averbao da Reserva Legal.
6.1 Criar um programa de incentivo e apoio ao plantio de espcies nativas
nas reas do entorno.
7.2. Programa de Pesquisa e Monitoramento Ambiental.
Objetivos Gerais:
Conhecer melhor e de forma progressiva os recursos naturais e
culturais da Floresta Nacional e seu entorno e desenvolver
tecnologias para a utilizao racional dos recursos naturais
renovveis.
-
Planejamento
45
Registrar e avaliar os resultados de quaisquer fenmenos e
alteraes naturais ou induzidos na FLONA e regio que permitam
melhorar o manejo e a proteo da rea.
Objetivos Especficos:
1. Incentivar e implantar projetos de pesquisa voltados para o uso
sustentvel de espcies nativas da FOM.
2. Proporcionar subsdios para o aprimoramento do manejo da FLONA,
especialmente em relao s espcies ameaadas e de seus habitats e
controle; erradicao de espcies invasoras; a recuperao de reas de
vrzeas e nascentes; manejo da araucria e das demais espcies de
interesse para a conservao e manejo sustentvel da FOM.
3. Priorizar pesquisas que auxiliem na gesto da UC.
4. Estabelecer indicadores que permitam avaliar a efetividade do manejo e
da proteo da FOM e ecossistema associado.
5. Estabelecer indicadores para acompanhar as atividades de restaurao de
reas degradadas e manejo florestal da rea da UC e do entorno,
avaliando o avano do reestabelecimento da conectividade entre os
fragmentos e melhoria da matriz florestal onde a UC est inserida.
Diretrizes
1. Todo e qualquer material de pesquisa coletado dever ser depositado em
coleo cientfica oficial, preferencialmente da regio e a administrao da
FLONA dever ser informada do local e o nmero do registro.
2. Os estudos devem, sempre que possvel e pertinente, considerar a
localizao geogrfica dos dados e resultados, por meio de
geoprocessamento.
3. Os resultados das pesquisas devero ser utilizados em programas de
interpretao e educao ambiental.
4. No ser autorizada a coleta de espcimes das espcies de fauna
ameaadas de extino, existentes na FLONA, sendo permitido para
-
Planejamento
46
essas espcies apenas a captura de indivduos para: marcao, fotografia,
coleta de sangue ou fezes e anlise de contedo estomacal.
5. O acesso do pesquisador s reas da UC deve ser comunicado
previamente administrao.
Atividades
1. Melhorar a estrutura de apoio pesquisa existente na Unidade.
2. Divulgar as linhas de pesquisa prioritrias para a UC junto a instituies de
pesquisa e de ensino, buscando parcerias para a implementao destas
pesquisas.
3. Avaliar permanentemente os resultados das pesquisas, verificando se eles esto
fornecendo as informaes necessrias para promover melhorias na gesto e
manejo da UC.
4. Atualizar permanentemente as demandas de pesquisa na FLONA e o banco de
dados sobre os projetos executados e em andamento.
5. Aprimorar o levantamento florstico e fitossociolgico da rea de vrzea e da
FOM visando subsidiar os projetos de recuperao dessas reas.
Periodicamente devero ser monitoradas as parcelas para verificar a dinmica
dos fragmentos de FOM.
5.1 Definir as espcies da flora que sero monitoradas visando avaliar o
sucesso das aes de manejo e proteo.
5.2 Estabelecer o protocolo de monitoramento.
5.3 Realizar o monitoramento e divulgar os resultados periodicamente.
6. Incentivar e apoiar a realizao de estudos sobre os efeitos da fragmentao
florestal e peculiaridades da fitofisionomia.
7. Desenvolver pesquisa com as espcies nativas de potencial para explorao de
produtos madeireiros e no madeireiros (como: sementes, aromticos, leos,
medicinais, dentre outros) para indicao das espcies a serem fomentadas a
produo de mudas e o seu plantio na UC e regio.
-
Planejamento
47
7.1 Levantar a demanda de produtos florestais na regio e anlise do cenrio
de futuro para orientar os plantios e a produo de mudas.
8. Gerar tecnologia para plantios e explorao das espcies nativas ameaada de
extino.
9. Realizar estudo dendrocronolgico da araucria plantada visando indicar o
melhor manejo desse povoamento.
10. Monitorar a dinmica hdrica do riacho Jacu e dos rios Imbituvinha, Imbituva e
das Antas, em relao ao assoreamenteo e contaminao, visando subsidiar as
atividades de manejo e interao com as propriedades do entorno e gestores
pblicos.
11. Definir as espcies da fauna que sero monitoradas visando avaliar o sucesso
das aes de manejo e proteo.
11.1 Estabelecer o protocolo de monitoramento.
11.2 Realizar o monitoramento e divulgar os resultados periodicamente.
12. Monitorar o impacto do manejo dos talhes de araucria sobre o subbosque ao
longo do tempo.
13. Realizar pesquisas voltadas seleo de espcies nativas que possam ser
utilizadas como cortina de segurana para controle de fogo na FNI e regio, bem
como para a definio dos parmetros silviculturais necessrios.
14. Desenvolver pesquisa visando dar suporte s mudanas na legislao ambiental
das espcies vegetais nativas ameaadas de extino.
7.3. Programa de Recuperao de reas Degradadas
Objetivo Geral: reabilitao da rea antropizada utilizando-se tcnicas de restaurao e manejo dos recursos naturais, buscando semelhanas com seu status
primrio.
Objetivos Especficos
1. Ampliar as reas contnuas com ambientes semelhantes Floresta
Ombrfila Mista, aumentando assim a viabilidade ambiental da Unidade.
-
Planejamento
48
2. Melhorar a qualidade dos habitats.
3. Recuperar as reas de preservao permanente.
Diretrizes
1. Dar prioridade recuperao das reas midas.
2. Na medida do possvel, testar diferentes formas de recuperao com
vistas a gerar modelos para aplicao no entorno da FLONA.
Atividades
1. Recuperar as reas de floresta do interior da FLONA definidas no zoneamento,
aps o corte final do pinus e o manejo da araucria.
1.1 Selecionar as espcies a serem utilizadas nos processos de restaurao
das reas a partir dos levantamentos florsticos realizados na Flona, para
cada ambiente.
2. Recuperar as APPs do interior da FLONA.
3. Divulgar as metodologias de recuperao utilizadas na FLONA para a populao
do entorno visando sua aplicao nas propriedades da regio.
4. Incentivar a recuperao das reas de preservao permanente (APPs),
localizadas no entorno na FLONA, principalmente na bacia do rio das Antas e
Imbutiva.
5. Incentivar a reconverso de reas utilizadas para agricultura no entorno da
FLONA em reas florestais.
7.4. Programa de Proteo
Objetivo Geral: estabelecer medidas para garantir a integridade dos recursos naturais nos limites da Flona e do seu entorno, visando manter a qualidade
ambiental.
Objetivos Especficos:
1. Prevenir e combater incndios florestais na FLONA e propriedades vizinhas.
2. Estabelecer aes de controle fitossanitrio.
-
Planejamento
49
3. Controlar a prtica da caa na FLONA e entorno.
4. Controlar a prtica da pesca na FLONA.
5. Proteger os recursos culturais da Unidade.
6. Garantir a segurana dos visitantes e do patrimnio existente na FLONA
Diretrizes
1. Sempre que possvel, envolver a populao do entorno nas atividades em
que caiba servio voluntrio.
Atividades
1. Definir uma rea especfica para treinamentos e capacitaes das equipes de
brigadistas para controle e combate a incndios e para pesquisas e atividades
com fins didticos aplicadas rea de incndios florestais;
2. Manter a brigada de incndios contratada, conforme disponibilidade institucional.
3. Estabelecer cortina de segurana para controle de fogo na FNI e regio,
utilizando-se dos resultados da pesquisa para este fim, prevista no programa de
pesquisa e monitoramento ambiental.
4. Realizar campanhas de sensibilizao da comunidade vizinha para que haja
troca da prtica do uso do fogo para limpeza de rea, por outra que no utilize o
fogo, visando diminuir o risco de incndios.
5. Fiscalizar a rea da FLONA visando diminuir a possibilidade de incndios,
principalmente nas reas de FOM.
6. Estabelecer um programa de voluntrios para auxiliar na proteo da Unidade.
7. Estabelecer um sistema de controle de pessoas nas diferentes entradas da
FLONA.
8. Analisar o sistema de estradas e aceiros, por onde so realizados os
deslocamentos e, se julgado, pertinente eliminar os que no forem mais
necessrios.
-
Planejamento
50
9. Fiscalizar, monitorar e adequar as linhas de transmisso nos trechos em que
estas cruzam a FLONA.
9.1 Solicitar formalmente, ao rgo licenciador e s impressas operadoras
das linhas de transmisso que cruzam a Flona, informaes referentes ao
licenciamento ambiental das mesmas.
9.2 Estabelecer regras para a manuteno da linha de transmisso e sua
rea de servido, visando diminuir o impacto dessas operaes sobre a
vegetao e fauna e minimizando o impacto da fragmentao.
9.3 Avaliar a rea utilizada pela linha de transmisso e sua faixa de servido
e verificar se estas ocupam a rea definida no processo de licenciamento.
Caso estejam ocupando uma rea superior solicitar a recomposio dos
ambientes nos locais identificados.
9.4 Monitorar a adequao solicitada e pactuada.
10. Fiscalizar os empreendimentos, localizados no entorno que cultivam peixes
exticos e demais espcies da fauna com potencial invasor (p. ex: javali), que
possam comprometer a biota da FLONA.
11. Acompanhar, monitorar e participar dos processos de licenciamento nos
empreendimentos, com potencial poluidor, que venham a ser implantados no
entorno da FLONA.
12. Monitorar os fragmentos de FOM no entorno visando coibir a explorao ilegal
da Mata Atlntica.
13. Estabelecer um plano de fiscalizao de caa, articulado com os demais rgos
de proteo, visando um trabalho integrado de maior intensidade e eficincia.
1.1 Formalizar parcerias.
1.2 Estabelecer rotinas e protocolo de fiscalizao.
14. Instalar placas informativas sobre os limites da Unidade e as proibies de caa,
pesca, coleta etc.
15. Informar populao sobre a necessidade e importncia de proteger os
ecossistemas da FLONA e seu entorno.
-
Planejamento
51
7.5. Programa de Uso Pblico e Educao Ambiental
Objetivo Geral: ordenar, orientar e direcionar o uso da FLONA para o visitante, promovendo seu contato com o meio ambiente por meio das atividades de
recreao, lazer, ecoturismo, interpretao ambiental e consequentemente
aumentando seu conhecimento sobre a UC e entorno. Objetivos Especficos 1. Promover a sensibilizao ambiental dos alunos das escolas da regio,
colgios tcnicos, universidades e do pblico em geral.
2. Sensibilizar a populao do entorno sobre a biodiversidade, sua importncia e
principais fatores de perda.
3. Sensibilizar a sociedade sobre a importncia da FNI para a conservao da
biodiversidade e sua insero na histria da regio.
Estabelecer um programa de integrao entre a FLONA e as populaes do
entorno
Diretrizes 1. Nas atividades, sempre que possvel, deve ocorrer a valorizao e a
divulgao das caractersticas histricas e culturais da FNI e da regio.
2. A sinalizao das trilhas dever ser projetada de forma a minimizar a
interferncia visual, ser resistente e com baixo custo de manuteno.
Atividades 1. Implantar estruturas de centro de visitantes, auditrio, banheiros, estacionamento
para visitantes, rea de recreao infantil e de atividades ao ar livre, na zona de
uso pblico.
2. Desenvolver e implementar projeto de exposio interpretativa para o Centro de
Visitantes.
3. Realocar a igrejinha (Capela Nossa Senhora das Graas) para rea prxima ao
centro de visitantes, e restaur-la, de modo a preservar essa edificao como
retrato histrico de estilo arquitetnico regional, alm de resguardar um dos usos
tradicionais da FLONA e elo de integrao com a comunidade local.
-
Planejamento
52
4. Implantar projeto paisagstico na Zona de Uso Pblico, com espcies nativas,
aproveitando o espao como demonstrao da potencialidade da flora original da
regio para fins ornamentais.
5. Definir e implantar locais apropriados para a realizao de piqueniques, na Zona
de Uso Pblico.
6. Planejar as trilhas das guas e das Araucrias, preferencialmente com trajeto
circular, com baixo grau de dificuldade, de maneira a possibilitar o uso pela maior
gama de pblicos possvel e seguindo trajeto que promova o menor impacto
possvel sobre o ambiente em funo de sua utilizao.
7. Implantar e ou adequar a trilha dos Angicos e das Imbuias.
7.1 Definir traado das trilhas, preferencialmente com trajeto circular e
caminho que promova o menor impacto possvel, sobre o ambiente, em
funo de sua utilizao;
7.2 Realizar pesquisas de capacidade de carga das trilhas para promover os
ajustes nos limites estabelecidos.
7.3 Realiza a retirada e promover o controle de espcies exticas invasoras
ao longo das trilhas.
7.4 Realizar monitoramento e manuteno peridica da trilha, visando conter
processos erosivos e de compactao do solo.
8. Promover levantamento de espcies da flora e da fauna passveis de serem
encontrados ao longo desta trilha e elaborar roteiros interpretativos especficos,
para diferentes pblicos (p. ex. observao da vegetao, ornitofauna, entre
outros);
9. Implantar um programa de visitao destinado aos alunos das instituies de
ensino da regio.
10. Implantar sistema de sinalizao e comunicao visual de carter informativo
(localizao, acesso, alertas sobre reas de risco, regras e proibies), de
sensibilizao e interpretativo nas estradas, trilhas e edificaes da Zona de Uso
Pblico.
11. Manter livro de registro de visitao.
-
Planejamento
53
12. Integrar, se possvel, os projetos de visitao da FLONA com o da REBIO das
Araucrias e da ESEC de Fernandes Pinheiro, objetivando promover a
valorizao dessas reas.
12.1 Elaborar material de divulgao da FLONA, nos quais dever indicar as
demais Unidades de Conservao.
13. Implantar programa de educao ambiental visando sensibilizar os agricultores
da importncia do desenvolvimento das plntulas das espceis em ameaadas
de extino, especialmente araucria e canelas, evitando assim seu corte
prematuro.
14. Promover campanha para evitar o abandono de ces e gatos nas proximidades
da FLONA, demonstrando o risco tanto para a fauna silvestre quanto para a
sade humana. Para o desenvolvimento dessas campanhas deve ser buscada
parceria com as Prefeituras dos municpios do entorno e os Servios de
Vigilncia e Controle Sanitrio.
7.6. Programa de incentivo a alternativas de desenvolvimento ambiental sustentvel do entorno.
Objetivo Geral: Fomentar a difuso de conhecimento e a implementao de alternativas de uso racional dos recursos naturais, por parte da populao do
entorno.
Objetivo Especfico
1. Criar alternativas para o uso do solo do entorno e da regio visando frear a
descaracterizao dos habitats e incentivar a recuperao da conectividade
entre os fragmentos existentes, por meio da recuperao de APPs e
averbao das reservas legais.
2. Apoiar as populaes do entorno para que possam ter acesso a benefcios
previstos na lei (Lei 12.651de 25/05/2012) com relao a servios ambientais,
ICMS ecolgico, compensao de Reserva legal entre outros.
3. Criar um canal de aproximao com a populao do entorno para a
implantao Cadastro Ambiental Rural- CAR.
-
Planejamento
54
Atividades 1. Desenvolver projetos demonstrativos de usos alternativos do solo, com espcies
vegetais nativas.
2. Apoiar boas prticas agrosilvopastoris com menor impacto para o meio ambiente,
no que se refere: perda de solo por processos erosivos, contaminao do solo
e da gua por agrotxico, alm de uso de culturas com baixo poder de
contaminao biolgica, respeito reserva legal e aos fragmentos da vegetao
nativa.
3. Orientar as populaes do entorno sobre a legalizao ambiental de suas
propriedades atravs do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
7.7. Programa de Administrao
Objetivo Geral: Propiciar a gesto adequada, garantindo o funcionamento da FLONA e o atendimento de seus objetivos de criao e espefcos, no que se
refere ao provimento dos recursos humanos, infraestrutura, equipamentos,
organizao e controle de processos administrativos e financeiros, dando suporte
aos demais programas estabelecidos neste Plano de Manejo.
Objetivos Especficos
1. Adequar a Unidade s normas e atividades que foram definidas no Plano de
Manejo.
2. Implantar novas estruturas na FLONA.
Diretrizes 1. Aplicar os princpios da arquitetura ecolgica sobre as estruturas a serem
construdas ou readequadas.
2. As estruturas dos sistemas de coleta e tratamento de efluentes devem
preferencialmente utilizar tecnologias alternativas de baixo impacto;
Atividades 1. Manter em bom estado de conservao as estradas e aceiros julgados
necessrios proteo, manejo e gesto da UC.
-
Planejamento
55
2. Definir locais para estacionamento dos veculos dos diferentes pblicos:
visitantes, administrao e gesto, pesquisadores.
3. Definir local para entrada, circulao, estacionamento e manuteno das
mquinas e veculos que sero utilizados durante as operaes de manejo dos
povoamentos florestais.
4. Construir e ou adequar infraestruturas existentes para funcionar como: refeitrio,
garagem, lavador de carros, depsito, almoxarifado, carpintaria e sede da
brigada de incndios na Zona de Uso Especial;
5. Reformar as edificaes atualmente utilizadas como ncleo de pesquisas,
escritrio e casa funcional, de forma a adequar a distribuio dos esp