plano de gestÃo das penÍnsulas e ilhas de … · plano de ordenamento das albufeiras do alqueva e...

PLANO DE GESTÃO DAS PENÍNSULAS E ILHAS DE ALQUEVA

CARLOS RIO CARVALHO

OBJETIVOS E MOTIVAÇÃO DO TRABALHO

“…um instrumento de ordenamento específico, enquadrando as ilhas de Alqueva nos diferentes tipos de utilização viáveis (…) e

dotando-as de estruturas adequadas à sua utilização tendo em consideração o uso previsto.”

ilhas categorizadas de acordo com o potencial de utilização

critérios e indicadores mensuráveis

definição ações geradoras de valor económico numa perspetiva de sustentabilidade.

Reposta:

proposta de plano, regulamento e fundamentos da revisão do POAAP para as ilhas.

proposta de um novo modelo de gestão para as ilhas de Alqueva

organização da informação de ordenamento e gestão no WebSig Alqueva Insulae

ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

150 ilhas

emergentes e isoladas entre a cota média de exploração (147.5m) e a cota máxima (152m)

superfície > 0.5ha.

ilhas onde foi efetuada recolha de dados biológicos independentemente da dimensão

Área total Área média 1º quartil Mediana 3ºquartil Max Média DPH 680,71 4,53 0,69 1,26 3,58 138,66 2,70

(ha)

INSTRUMENTOS DE GESTÃO TERRITORIAL Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo

Plano Regional de Ordenamento Florestal do Alentejo Central

Plano Regional de Ordenamento Florestal do Baixo Alentejo

Plano Sectorial da Rede Natura 2000

Plano de Gestão da Bacia Hidrográfica do Guadiana

Plano de Ordenamento das Albufeiras do Alqueva e Pedrógão (POAAP)

Zona de Proteção da Albufeira - Áreas de Conservação Ecológica: Preservação da biodiversidade - variedade, distribuição e estrutura das comunidades animais e vegetais. Integridade estrutural e funcional dos habitats presentes, em especial dos habitats prioritários. Valorização do material genético, das espécies e populações, das comunidades e ecossistemas, da paisagem e da região. Proibições: Non aedificandi (ampliação limitada, centros de interpretação amovíveis) Competições desportivas Caça Servidões: REN Domínio Público Hídrico

CARACTERIZAÇÃO ECOLÓGICA E ATUALIZAÇÃO DO

DIAGNÓSTICO

0

5

10

15

20

25

30

35

2000 2004 2012

aves

0

0,5

1

1,5

2

2,5

2000 2004 2012

anfíbios

répteis

micromamíferos

,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

2000 2004 2012

plantas

• Projeto Ilhas I (Fonseca et al. 2001), em 2000/2001, antes do encerramento das comportas; • Projeto Ilhas II (Figueiredo et al. 2005), em 2004/2005, após o enchimento da albufeira; • Inventariação Biológica nas Ilhas de Alqueva (Matos et al. 2013), em 2012.

Média do nº espécies por ilha (da)


DIAGNÓSTICO

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2000 2004 2012

Riqueza específica

aves

0

2

4

6

8

10

12

2000 2004 2012

Riqueza específica

anfíbios

répteis

micromamíferos

a variação de riqueza inter- ilhas (aves) sugere um aumento da heterogeneidade de condições ecológicas

a utilização atual das ilhas poderá estar associada à diminuição do seu valor natural.


DIAGNÓSTICO

• Erosão hídrica

• Deposição de resíduos

• Caça ilegal

• Utilização ilegal pelo gado

• Atividades recreativas não controladas


DIAGNÓSTICO Valoração Ecológica

VE Ilha

VE Flora

Valoração das unidades de vegetação

Soma dos VEE

(espécies)

VE Fauna

Soma dos VEE

Média dos VEE

Riqueza específica

VE Flora VE Fauna

Conservação – Diretiva Habitats

Estatuto de Conservação

Conservação - European Red List of Vascular Plants (IUCN)

Estatuto Biogeográfico

Conservação – Grau de ameaça local Estatuto Biológico

Estatuto biogeográfico – Grau de endemismo

Estatuto biogeográfico – Isolamento

Estatuto biogeográfico – Raridade

Estatuto biogeográfico – Importância da população nas ilhas e penínsulas de Alqueva

Cartografia do Valor Florístico (VF)


DIAGNÓSTICO

Valor Nº de ilhas Nomes das ilhas

Excecional 6 Escorpião, Línguas, Panças, Pedro Pensador, Vulcão, Meio Xisto

Elevado 24

Abibe, Alcarrache, Arruda, Barbosinha, Azenha, Clorofila,

Cometa, Erva, Gaspar, Gorda, Luardinha, Monte Novo, Mordillo,

Pardais, Pequena, Perdição, Pião, Pipinhas, Porco, Retama,

Tábua, Tosse, Três, Tubolz Daisy

Médio 33

Amor, António, Balanco, Bicas, Cágados, Castro, Dejebe,

Duqueza, Espinhos, Esteva, Estevinha, Estrela, Fraga, Fraguinha,

Linda, Lorosai, Luz, Moncarxa, Mostarda, Musgos, Noite,

Ofioglóssica, Outeiro, Pedras, Rasta, Rocha, Sargaço, Serros, Sol,

Solapau, Touro, Tubarão, Vaca Oito, Zambujeiro

Reduzido 1 Calitro

ATIVIDADES E PERCEÇÃO DAS PARTES

INTERESSADAS

Hotelaria Animação Autarquias Turistas Residentes

Conservação da Natureza 8 3 3 6 6

Usufruto do Ambiente Natural 2 1 2 2 3 Pesca 1 8 7 7 7

Turismo de Natureza 4 2 1 5 2

Desportos Náuticos 3 1 5 7 8

Caça 9 9 9 9 9 Merendas 6 1 4 1 1 Pernoita 5 1 8 4 5

Eventos de Arte Cultura 7 4 7 2 4

PERCEÇÃO DAS PARTES

INTERESSADAS

ATIVIDADES E PERCEÇÃO DAS PARTES

INTERESSADAS

PERCEÇÃO DAS PARTES

INTERESSADAS

7,447

7,956

4,578

8,136

7,651

7,239

7,410

7,276

8,154

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Actividades de conservação da natureza

Almoços e piqueniques campestres

Caça

Descanso, relaxamento e usufruto do ambiente …

Desportos náuticos

Eventos artísticos e culturais

Pernoitar numa ilha

Pesca

Turismo de natureza

Grau de Importância (0 - não desejável ; 9- muito importante)

Utilização Futura - Actividades

Média

Turistas

Residentes

Operadores

Hotéis

Autarquias

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Improvável

Provável

Bastante provável

Disponibilidade para Investir nas Ilhas

CLASSIFICAÇÃO DE APTIDÃO DAS ILHAS

Valor Natural ZNIS Valor Pesca Dimensão

Total

Declive das

margens

Recorte das

margens

(Dimensão

fractal)

Coberto

Arbóreo

Coberto

Herbáceo

(Zonas abertas)

Conservação da Natureza Excecional

Elevado n.a n.a n.a n.a n.a n.a n.a

Usufruto do Ambiente Natural n.a N n.a n.a ∃ < 6% n.a ∃ >10% n.a

Pesca n.a N S n.a n.a n.a n.a n.a

Turismo de Natureza Excecional

Elevado N n.a n.a n.a n.a n.a n.a

Desportos Náuticos n.a N n.a n.a ∃ < 6% n.a n.a n.a

Caça n.a N n.a n.a ∃ < 6% Elevado n.a ∃>20%

Merendas n.a N n.a >2 ha ∃ < 6% n.a ∃ >10% n.a

Pernoita n.a N n.a >2 ha ∃ < 6% n.a ∃ >10% n.a

Eventos de Arte Cultura n.a N n.a >2 ha ∃ < 6% n.a ∃ >10% n.a

MUDANÇA DE MODELO NO ORDENAMENTO E GESTÃO DAS ILHAS DE ALQUEVA

Classe de espaço n Área (ha) % de superfície à

cota 152 m

Conservação da natureza 34 164.4 24.15

Uso Desportivo e Recreativo I 112 471.1 69.2

Uso Desportivo e Recreativo II 4 45.2 6.64

Classe Conservação da Natureza > aumentar o valor natural, sem que as ilhas estejam associadas à geração de valor através de atividades produtivas. Classes de Uso Desportivo e Recreativo > geração de valor económico, através de atividades que permitam também a manutenção do valor natural.

• gestão das atividades em cada ilha será regulada por um Plano de Gestão / Caderno de Encargos Ambiental

• requisitos da utilização e os objetivos ligados à conservação do valor natural definidos no CAE

• uso “Desportivo e Recreativo" concessionadas, cumprindo um Caderno de Encargos Ambiental

PLANO DE GESTÃO – CADERNO DE ENCARGOS AMBIENTAL

Turismo de Natureza Caça Desportos Náuticos

Pernoita/Campismo

• Gestão de Resíduos

• Preservação das Áreas Naturais

• Solos e Erosão

• Água

• Ocorrências Ambientais

Dossier de procedimentos da Actividade

Entretenimento, Arte e Cultura

Pesca

Usufruto do Ambiente NaturalMerendas



• Solos e Erosão

• Água




• Solos e Erosão

• Água




• Solos e Erosão

• Água



• Solos e Erosão

• Água




• Solos e Erosão


UM NOVO MODELO

Aumentar simultaneamente o valor natural e o valor económico das ilhas de Alqueva:

Gestão de 34 ilhas exclusiva com objetivos exclusivos de conservação da natureza controlada por programas de monitorização com frequência elevada.

Concessão de 116 ilhas a operadores privados para a realização de atividades para as quais tenham aptidão. A concessão tem associada um Caderno de Encargos Ambiental que especifica as ações da responsabilidade do concessionário, entre as quais a conservação do valor natural e a sua monitorização.

Criação do Parque Natural Regional das Ilhas de Alqueva incluindo todas as ilhas do arquipélago, através de uma iniciativa conjunta com os municípios e o ICNF.

Gestão dos contratos de concessão - EDIA.

Gestão das ilhas destinadas à conservação da natureza - EDIA.

A evolução envolve questões jurídicas relevantes: Regime jurídico da Reserva Ecológica Nacional Regime jurídico da conservação da natureza e da biodiversidade (Parque Natural Regional) Domínio Público Hídrico Revisão do Plano de Ordenamento das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão (POAAP) Constituição da área protegida

ÁREA PROTEGIDA ?

• a classificação de Parque Natural Regional tem potencial de diferenciação do território para o turismo e um

acréscimo na atratividade para o investimento privado

• o processo de classificação co-responsabiliza as entidades nele envolvidas, criando diversidade de opções

para a gestão , financiamento e cumprimento dos normativos associados à futura AP.

• a inclusão no Sistema Nacional de Áreas Classificadas pode enquadrar de forma mais eficaz o financiamento

da gestão das ilhas de Alqueva.

• Presença valores naturais que amplamente o justificam, por exemplo:

garça-pequena (Ixobrychus minutus) andorinha-do-mar-anã (Sternula albifrons) colhereiro (Platalea leucorodia) papa-ratos (Ardeola ralloides), garça-vermelha (Ardea purpurea) pato-de-bico-vermelho (Netta rufina) gaivina-dos-pauis (Chlidonias hybridus) gaivina-de-bico-preto (Gelochelidon nilotica) perdiz-do-mar (Glareola pratincola)

WEB SIG ALQUEVA INSULAE

base de informação geo-referenciada para um sistema de gestão técnica do arquipélago, organização através de uma ficha de ilha e de mapas associados

http://niugis.com/login

plano de gestÃo das penÍnsulas e ilhas de … · plano de ordenamento das albufeiras do alqueva e...

Documents