plano de gerenciamento integrado de resÍduos

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VOLUME I DIAGNÓSTICO PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGIRS DEZEMBRO 2008

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Page 1: PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS

VOLUME IDIAGNÓSTICO

PLANO DE GERENCIAMENTOINTEGRADO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS - PGIRS

DEZEMBRO 2008

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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL – PMSA Rio Negro- PR

RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

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CCCOOONNNTTTRRRAAATTTAAAÇÇÇÃÃÃOOO///FFFIIISSSCCCAAALLLIIIZZZAAAÇÇÇÃÃÃOOO

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO NEGRO Rua Juvenal Pereira Pinto nº 1070, Seminário. CEP: 83.880-000 – RIO NEGRO – PR Fone: (47) 3642-3280 Site: www.rionegro.gestour.com.br e www.prefeiturarionegro.com.br CNPJ: 76.002.641/0001-47 Prefeito Municipal............................................................................................................. Alceu Ricardo Swarowski Supervisão / Coordenação................................................................................................ Eng. Florestal Sidney Hirt

EEEXXXEEECCCUUUÇÇÇÃÃÃOOO

ECOTÉCNICA – TECNOLOGIA E CONSULTORIA LTDA.

Rua José Fabiano Barcik, 406. Bairro Cajuru CEP: 82.940-050 – Curitiba – Paraná E-mail: [email protected] Fone/fax: (0*41) 3026-8639 / 3026-8641 / cel.: 9934-3334 CNPJ: 02.610.553/0001-91

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

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EEEQQQUUUIIIPPPEEE TTTÉÉÉCCCNNNIIICCCAAA

Coordenação Geral Arquiteta e Urbanista Esp. Sandra Mayumi Nakamura CREA-PR 33.072/D Coordenação Adjunta Engenheiro Civil Esp. Nilo Aihara CREA-PR 8.040/D Coordenação Técnica Arquiteta e Urbanista Esp. Vanessa Boscaro Fernandes CREA-PR 70.332/D Arquiteta e Urbanista Esp. Débora Rocha Faria Jorge CREA-PR 89.820/D Engenheira Ambiental Lídia Sayoko Tanaka CREA-PR 87.131/D Engenheira Civil Camila Mileke Scucato CREA-PR 96.342/D Engenheira Civil Priscila Koga CREA-PR 98.487/D Zootecnista Milton Kentaro Nakamura CRMV-PR 0568/Z Acadêmica em Arquitetura e Urbanismo Nara Yumi Fujii Acadêmica em Arquitetura e Urbanismo Angelita Feitosa Rodrigues Acadêmica em Arquitetura e Urbanismo Karine Koga Acadêmica em Arquitetura e Urbanismo Érica Naomi Fukunishi

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

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AAAPPPRRREEESSSEEENNNTTTAAAÇÇÇÃÃÃOOO

Os resíduos sólidos, conhecidos como lixo, são resultantes das atividades do homem e dos animais e descartados ou considerados como imprestáveis e indesejáveis. A sua geração se dá, inicialmente, pelo aproveitamento das matérias-primas, durante a confecção de produtos (primários ou secundários) e no consumo e disposição final. Com o desenvolvimento tecnológico e econômico, modificando-se continuamente. Assim, o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos tem que levar em consideração uma estimativa da variação qualitativa e quantitativa do resíduo produzido na cidade. Para a elaboração do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos de Rio Negro realizaram-se levantamentos e análises dos diversos tipos de resíduos, do modo de geração, formas de acondicionamento na origem, coleta, transporte, processamento, recuperação e disposição final utilizado atualmente. Também está apresentada neste volume a caracterização dos resíduos domésticos gerados na cidade. Foram elaborados a partir de levantamentos em campo, considerando estudos e programas existentes no próprio município. Assim, esta compilação de dados municipais referentes ao serviço de limpeza urbana entende-se como o diagnóstico da situação atual, utilizado como subsídio pela equipe para a definição das proposições. Este documento é parte integrante do processo de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Ambiental. O Plano Municipal de Saneamento Ambiental foi elaborado em conformidade com a LEI DO SANEAMENTO BÁSICO, nº 11.445 de 5 de janeiro de 2007, conforme Ordem de serviço nº 552/2008 e Contrato de Prestação de Serviço nº89, firmado entre a Prefeitura Municipal de Rio Negro e a empresa Ecotécnica Tecnologia e Consultoria Ltda. Este documento faz uma descrição das atividades relacionadas com a limpeza urbana, em primeiro momento discorrendo sobre a Caracterização dos Serviços de Limpeza Pública Existentes, apresentando a situação atual da coleta de resíduos sólidos domésticos, coleta seletiva de materiais recicláveis, limpeza urbana, resíduos de serviços de saúde, resíduos especiais e industriais, procurando detalhar o funcionamento desses serviços e suas particularidades. Também são tratados os Aspectos Legais, através da apresentação das Legislações existentes sobre o assunto, nas esferas municipal, estadual e federal, além de detalhar os contratos relacionados à limpeza pública existentes no município. Os Aspectos Financeiros, com o detalhamento do Plano Plurianual e Orçamento Municipal, além dos cálculos de remuneração e custeio dos serviços de Limpeza Pública encontram-se detalhados no Capítulo 6. Por conseguinte, no capítulo 7, são apresentadas as estruturas administrativas das secretárias de Obras e Limpeza Urbana e da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, e detalhados os recursos humanos envolvidos no serviço de limpeza urbana. Por fim, no Capítulo 8 foi realizada a Análise Integrada, que tem por objetivo apontar as principais deficiências com relação aos serviços de limpeza pública, apontando as causas e conseqüências da situação descrita.

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SSSUUUMMMÁÁÁRRRIIIOOO

CONTRATAÇÃO/FISCALIZAÇÃO ...........................................................................................................I EXECUÇÃO ..............................................................................................................................................I EQUIPE TÉCNICA ................................................................................................................................... II APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................... III SUMÁRIO ............................................................................................................................................... IV LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................................. VII LISTA DE MAPAS ................................................................................................................................... X LISTA DE TABELAS .............................................................................................................................. XI LISTA DE QUADROS .......................................................................................................................... XIII 1  INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1 2  CONSIDERAÇÕES GERAIS .................................................................................................... 2 2.1  LIXO E RESÍDUO SÓLIDO ........................................................................................................................... 2 2.2  CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................................................................. 2 2.2.1  Quanto à Natureza Física .................................................................................................................. 3 2.2.2  Quanto à Composição Química ......................................................................................................... 3 2.2.3  Quanto aos Riscos Potenciais ao Meio Ambiente ............................................................................. 4 2.2.4  Quanto à Origem ............................................................................................................................... 4 2.3  O PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ......................................................... 11 2.4  LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA ................................................................................................................. 11 

3  CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO .................................................................................... 12 3.1  CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL .............................................................................................................. 12 3.1.1  Histórico ........................................................................................................................................... 12 3.1.2  Localização ...................................................................................................................................... 13 3.1.3  Acessos ........................................................................................................................................... 13 3.2  ASPECTOS FÍSICO-AMBIENTAIS ............................................................................................................... 13 3.2.1  Clima ................................................................................................................................................ 13 3.2.2  Hidrografia ....................................................................................................................................... 14 3.2.3  Geologia ........................................................................................................................................... 14 3.2.4  Vegetação ........................................................................................................................................ 14 3.2.5  Unidades de Conservação ............................................................................................................... 15 3.3  ASPECTOS ANTRÓPICOS ........................................................................................................................ 16 

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3.3.1  Demografia ...................................................................................................................................... 16 3.3.2  Equipamentos Sociais ..................................................................................................................... 16 3.3.3  Infra-Estrutura Viária ........................................................................................................................ 18 3.3.4  Saneamento Básico ......................................................................................................................... 19 3.3.5  Economia ......................................................................................................................................... 20 3.3.6  Estrutura Administrativa ................................................................................................................... 21 

4  CARACTERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA PÚBLICA EXISTENTES ................... 23 4.1  RESÍDUOS SÓLIDOS DOMÉSTICOS E COMERCIAIS – COLETA CONVENCIONAL ............................................. 24 4.1.1  Itinerário e Freqüência de Coleta dos Resíduos Domésticos .......................................................... 25 4.1.2  Lixeiras Comunitárias e Containeres ............................................................................................... 29 4.1.3  Transporte dos Resíduos Domésticos ............................................................................................. 30 4.1.4  Destinação Final dos Resíduos Domésticos .................................................................................... 32 4.1.5  Histórico da Disposição Final dos Resíduos Urbanos ..................................................................... 33 4.1.6  Caracterização Física dos Resíduos Sólidos Domésticos ............................................................... 36 4.1.7  Projeção Populacional ..................................................................................................................... 41 4.1.8  Produção Per Capita de Resíduos Domésticos ............................................................................... 57 4.1.9  Taxa de Crescimento de Geração Per Capita de Resíduo Doméstico ............................................ 57 4.1.10  Estimativa da Quantidade de Resíduos Gerados ............................................................................ 58 4.2  COLETA SELETIVA – MATERIAIS RECICLÁVEIS ......................................................................................... 59 4.2.1  Coleta Seletiva Municipal ................................................................................................................. 60 4.2.2  Coleta Informal: Receptadores/ Barracões ...................................................................................... 72 4.2.3  Catadores ........................................................................................................................................ 73 4.2.4  Compatibilidade das atividades com o Uso e Ocupação do Solo .................................................... 81 4.2.5  Educação Ambiental ........................................................................................................................ 84 4.3  VARRIÇÃO, PODA, CAPINA E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL. .............................................................. 87 4.4  RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE ........................................................................................................ 91 4.4.1  KLS Consultoria e Assessoria .......................................................................................................... 93 4.4.2  Serrana Engenharia Ltda. ................................................................................................................ 94 4.5  RESÍDUOS FUNERÁRIOS ......................................................................................................................... 95 4.6  RESÍDUOS ESPECIAIS ............................................................................................................................. 96 4.6.1  Pilhas e Baterias .............................................................................................................................. 96 4.6.2  Lâmpadas Fluorescentes ................................................................................................................. 97 4.6.3  Óleos e Graxas ................................................................................................................................ 97 4.6.4  Pneus ............................................................................................................................................... 98 4.6.5  Embalagens de Agrotóxicos .......................................................................................................... 100 

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4.7  RESÍDUOS INDUSTRIAIS ........................................................................................................................ 102 4.7.1  Atividades Industriais ..................................................................................................................... 103 4.7.2  Caracterização e Classificação dos Resíduos Industriais .............................................................. 106 

5  ASPECTOS LEGAIS ............................................................................................................ 111 5.1  CONTRATOS, CONVÊNIO E PROTOCOLO DE INTENÇÕES ......................................................................... 111 5.1.1  Contrato nº. 056/2007 - de 1 de junho de 2007 e Termos Aditivos ao Contrato ............................ 111 5.1.2  Contrato nº. 057/2007 - de 1 de junho de 2007 e Termos Aditivos ao Contrato ............................ 112 5.2  LEGISLAÇÃO PERTINENTE ..................................................................................................................... 113 5.2.1  Legislação Municipal ...................................................................................................................... 113 5.2.2  Legislação Estadual ....................................................................................................................... 118 5.2.3  Legislação Federal ......................................................................................................................... 119 

6  ASPECTOS FINANCEIROS ................................................................................................. 125 6.1  PLANO PLURIANUAL – PPA................................................................................................................... 125 6.2  ORÇAMENTO MUNICIPAL ...................................................................................................................... 126 6.3  REMUNERAÇÃO E CUSTEIO ................................................................................................................... 132 6.3.1  Receitas ......................................................................................................................................... 132 6.3.2  Despesas ....................................................................................................................................... 133 

7  ESTRUTURA ADMINISTRATIVA ........................................................................................ 138 7.1  ESTRUTURA ADMINISTRATIVA ORGANIZACIONAL .................................................................................... 138 7.2  RECURSOS HUMANOS .......................................................................................................................... 139 

8  ANÁLISE INTEGRADA ........................................................................................................ 141 8.1  PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS .................................................................................................................... 141 

9  REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 145 

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LLLIIISSSTTTAAA DDDEEE FFFIIIGGGUUURRRAAASSS

Figura 1: Início da ocupação de Rio Negro ........................................................................................................... 12 Figura 2: Temperatura média anual ....................................................................................................................... 13 Figura 3: Parque Eco turístico Municipal São Luis de Tolosa. ............................................................................... 15 Figura 4: Distribuição da população urbana e rural ............................................................................................... 16 Figura 5: Rio Negro – Perímetro Urbano. .............................................................................................................. 18 Figura 6: Produção em Piquetes ........................................................................................................................... 21 Figura 7: Produção de Mudas de Fumo ................................................................................................................ 21 Figura 8: Lixeiras residenciais ............................................................................................................................... 28 Figura 9: Disposição incorreta de resíduos para coleta ......................................................................................... 28 Figura 10: Lixeiras dos estabelecimentos de comércio ......................................................................................... 29 Figura 11: Lixeiras dispostas nos passeios do centro da cidade ........................................................................... 29 Figura 12: Lixeira comunitária ................................................................................................................................ 30 Figura 13: Caminhão Compactador Serrana Engenharia ...................................................................................... 31 Figura 14: Coletor caminhão Compactador Serrana Engenharia .......................................................................... 31 Figura 15: Funcionário responsável pela coleta de resíduos domésticos .............................................................. 31 Figura 16: Unidade administrativa da Serrana....................................................................................................... 31 Figura 17: Rede de drenos de chorume das células ............................................................................................. 32 Figura 18: Tubulação PVC coletora dos drenos de chorume ................................................................................ 32 Figura 19: Lagoas de equalização ......................................................................................................................... 33 Figura 20: Tratamento físico-químico .................................................................................................................... 33 Figura 21: Reator anaeróbio .................................................................................................................................. 33 Figura 22: Lagoas de Filtragem ............................................................................................................................. 33 Figura 23: Desinfecção com ultravioleta ................................................................................................................ 33 Figura 24: Acesso ao aterro Sanitário da SERRANA, Mafra - SC. ........................................................................ 33 Figura 25: Despejo do lixo na sede ....................................................................................................................... 36 Figura 26: Separação do lixo ................................................................................................................................. 36 Figura 27: Embalagens Longa vida separadas ...................................................................................................... 37 Figura 28: Papel misto separados ......................................................................................................................... 37 Figura 29: Segregação dos Rejeitos ...................................................................................................................... 37 Figura 30: Estoque de Rejeitos aguardando a coleta para encaminhamento ao aterro. ....................................... 37 Figura 31: Quantidades médias por tipo de resíduos coletados para a caracterização ........................................ 39 Figura 32: Estudo de regressão, curvas de projeção populacional com base nos dados censitários ................... 46 

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Figura 33: Sede da FUNDIR .................................................................................................................................. 61 Figura 34: FUNDIR - Área de pesagem de materiais ............................................................................................ 63 Figura 35: FUNDIR - Área de estocagem de materiais ......................................................................................... 63 Figura 36: FUNDIR - Área de prensagem de materiais ......................................................................................... 63 Figura 37: FUNDIR - Área de triagem de materiais ............................................................................................... 63 Figura 38: FUNDIR – Refeitório ............................................................................................................................. 63 Figura 39: FUNDIR - Armazenamento em fardos e baias ..................................................................................... 63 Figura 40: FUNDIR - Funcionário utilizando EPIs .................................................................................................. 64 Figura 41: FUNDIR – Carrinhos ............................................................................................................................. 64 Figura 42: Sede da ACMRRN ................................................................................................................................ 68 Figura 43: ACMRRN - Balanças adaptadas .......................................................................................................... 69 Figura 44: ACMRRN - Caminhão .......................................................................................................................... 69 Figura 45: ACMRRN - Área de triagem ................................................................................................................. 69 Figura 46: ACMRRN - Área de estocagem descoberta ......................................................................................... 69 Figura 47: ACMRRN - Área de estocagem coberta ............................................................................................... 69 Figura 48: ACMRRN - mural .................................................................................................................................. 70 Figura 49: ACMRRN - Carrinho ............................................................................................................................. 70 Figura 50: Instalações da Rio Negro Ambiental..................................................................................................... 73 Figura 51: Divisão por sexo dos catadores ............................................................................................................ 75 Figura 52: Faixa etária dos catadores ................................................................................................................... 75 Figura 53: Escolaridade dos catadores ................................................................................................................. 76 Figura 54: Número de integrantes da família dos catadores ................................................................................. 76 Figura 55: Bairros com maior concentração de catadores .................................................................................... 77 Figura 56: Estado Civil dos catadores ................................................................................................................... 77 Figura 57: Filhos de catadores que ajudam os pais catadores .............................................................................. 78 Figura 58: Tempo que exerce a atividade de catador ............................................................................................ 78 Figura 59: Situação dos carrinhos dos catadores .................................................................................................. 79 Figura 60: Local de entregua dos materiais recicláveis ......................................................................................... 79 Figura 61: Residência de um catador com estoque de materiais recicláveis ........................................................ 80 Figura 62: Renda média semanal obtida com a coleta de recicláveis ................................................................... 80 Figura 63: Funcionários responsáveis pela varrição. ............................................................................................. 87 Figura 64: Funcionários responsáveis pela poda/capina ....................................................................................... 87 Figura 65: Folheto informativo coleta de entulhos ................................................................................................. 88 Figura 66: Caminhão caçamba - coleta de entulhos ............................................................................................. 89 Figura 67: Pá carregadeira - coleta de entulhos .................................................................................................... 89 

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Figura 68: Funcionários responsáveis pela coleta de entulhos ............................................................................. 89 Figura 69: Geração de Resíduos de Saúde nos Estabelecimentos Municipais de Saúde de Rio Negro. ............. 91 Figura 70: Tipo de Estabelecimento. ..................................................................................................................... 92 Figura 71: Quantidade de Resíduos Gerados por clínicas odontologicas ............................................................. 92 Figura 72: Tipo de Resíduos Gerados. .................................................................................................................. 93 Figura 73: Maquinário utilizado no processo de incineração ................................................................................. 95 Figura 74: Maquinário utilizado no processo de incineração ................................................................................. 95 Figura 75: Lixeiras de depósito de resíduos funerários ......................................................................................... 95 Figura 76: Lixeiras de depósito de resíduos funerários ......................................................................................... 95 Figura 77: Reforma do cemitério ........................................................................................................................... 96 Figura 78: Depósito de entulho em terreno no fundo do cemitério ........................................................................ 96 Figura 79: disposição de entulho em terrreno no fundo do cemitério .................................................................... 96 Figura 80: Disposição de entulho e materia orgânica misturados ......................................................................... 96 Figura 81: Local de armazenamento dos óleos em postos de gasolina ................................................................ 98 Figura 82: Percentuais mensais médios gastos com limpeza pública ................................................................. 135 

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LLLIIISSSTTTAAA DDDEEE MMMAAAPPPAAASSS

Mapa 1: Freqüência de coleta de resíduos domésticos e comerciais ................................................................... 27 Mapa 2: Dias da coleta dos resíduos para caracterização .................................................................................... 40 Mapa 3: Compatibilidade dos barracões receptadores de recicláveis com o zoneamento do solo ....................... 83 Mapa 4: Freqüência da coleta de entulho .............................................................................................................. 90 

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LLLIIISSSTTTAAA DDDEEE TTTAAABBBEEELLLAAASSS

Tabela 1: Tipos e quantidades de estabelecimentos existentes, pessoas ocupadas e remuneração. .................. 20 Tabela 2: Quantidade de resíduos domésticos coletados em 2004/2008 ............................................................. 24 Tabela 3: Composição das equipes de trabalho de acordo com o turno ............................................................... 30 Tabela 4: Tonelagem de Resíduos produzidos por mês no ano (Ton). ................................................................. 35 Tabela 5: Caracterização dos resíduos sólidos domésticos .................................................................................. 38 Tabela 6: Evolução do número de economias domiciliares ................................................................................... 41 Tabela 7: Histórico do crescimento das unidades consumidoras de energia elétrica ............................................ 41 Tabela 8: População Censitária do município de Rio Negro ................................................................................. 42 Tabela 9: Estudo de regressões, projeção populacional com base nos dados censitários. .................................. 44 Tabela 10: Estudo de regressões, projeção do nº de economias domiciliares - SANEPAR .................................. 47 Tabela 11: Estudo de regressões, projeção do nº de unidades consumidoras de energia elétrica - COPEL E

CELESC ........................................................................................................................................................ 49 Tabela 12: Projeção populacional com taxas de crescimento obtidas da projeção do nº de economias

domiciliares – SANEPAR, a partir do censo 2000 ........................................................................................ 52 Tabela 13: Projeção populacional com taxas de crescimento obtidas da projeção do nº de unidades

consumidoras de energia elétrica – COPEL e CELESC, a partir do censo 2000 ......................................... 54 Tabela 14: Populações estimadas pelo método de regressão para o ano de 2007. ............................................. 56 Tabela 15: Crescimento populacional adotado para o município de Rio Negro .................................................... 56 Tabela 16: Geração per capita de resíduos domésticos do Brasil ......................................................................... 57 Tabela 17: Produção Per Capita atual de Resíduos Sólidos do município de Rio Negro ...................................... 57 Tabela 18: Geração Per Capita dos Resíduos Domésticos entre os anos de 2004 e 2008 .................................. 58 Tabela 19: Estimativa da geração anual dos resíduos domésticos ....................................................................... 58 Tabela 20: Formas de realização da coleta seletiva .............................................................................................. 59 Tabela 21: Valores pagos por tipo de papel (Kg.).................................................................................................. 64 Tabela 22: Valores pagos por tipo de plástico (Kg.) .............................................................................................. 65 Tabela 23: Valores pagos por tipo de vidro (Kg).................................................................................................... 65 Tabela 24: Valores pagos por tipo de metal (Kg)................................................................................................... 65 Tabela 25: Valores pagos para outros tipos de material. ....................................................................................... 66 Tabela 26: Histórico de compra e venda de materiais recicláveis, julho de 2007 a julho de 2008. ....................... 66 Tabela 27: Valores pagos por tipo de papel (Kg.).................................................................................................. 71 Tabela 28: Valores pagos por tipo de plástico (Kg.) .............................................................................................. 71 Tabela 29: Valores pagos por tipo de vidro (Kg).................................................................................................... 71 Tabela 30: Valores pagos por tipo de metal (Kg)................................................................................................... 71 

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Tabela 31: Valores pagos para outros tipos de material (Kg.) ............................................................................... 71 Tabela 32: Histórico de compra de materiais recicláveis, Setembro de 2008. ...................................................... 72 Tabela 33: Parâmetros de Uso do solo urbano ..................................................................................................... 82 Tabela 34: Participação no projeto agrinho. .......................................................................................................... 84 Tabela 35: Histórico da frota de veículos em Rio Negro – 2001 a 2008 ................................................................ 99 Tabela 36: Frota de Veículos em Rio Negro, setembro de 2008. .......................................................................... 99 Tabela 37: Histórico da Geração de Pneus – 2001 a 2008 ................................................................................. 100 Tabela 38: Valores mensais pagos pelo serviço de Gestão de Resíduos Sólidos .............................................. 112 Tabela 39: PPA 2006/2009 – Programa Obras Públicas e Serviços Urbanos ..................................................... 125 Tabela 40: Receitas do município de Rio Negro, arrecadada, orçada e previsão. .............................................. 127 Tabela 41: Despesas do município de Rio Negro, empenhada, orçada e previsão. ........................................... 129 Tabela 42: Freqüência de Coleta de resíduos domésticos .................................................................................. 132 Tabela 43: Receita obtida para o custeio da limpeza pública – 2006 a 2008. ..................................................... 132 Tabela 44: Despesas com os serviços de limpeza pagos à empresa Serrana engenharia Ltda. ........................ 134 Tabela 45: Valores médios mensais de despesa com limpeza pública ............................................................... 135 Tabela 46: Análise Receitas x despesas ............................................................................................................. 136 Tabela 47: Orçado x Executado para os Serviços de Limpeza pública ............................................................... 137 

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xiii

LLLIIISSSTTTAAA DDDEEE QQQUUUAAADDDRRROOOSSS

Quadro 1: Classificação dos Resíduos Sólidos ....................................................................................................... 3 Quadro 2: Classificação dos Resíduos de Serviços de Saúde ................................................................................ 6 Quadro 3: Espécies nativas mais cultivadas ......................................................................................................... 14 Quadro 4: Unidades de Saúde Municipais – Área Urbana e Rural ........................................................................ 16 Quadro 5: Número de Matrículas - 2005 ............................................................................................................... 18 Quadro 6: Itinerário e frequência de coleta de resíduos domésticos, turno da manhã .......................................... 25 Quadro 7: Itinerário e frequência de coleta de resíduos domésticos, turno da tarde ............................................. 25 Quadro 8: Itinerário e frequência de coleta de resíduos domésticos, turno extra .................................................. 26 Quadro 9: Histórico do processo de desativação e recuperação da área do lixão de rio negro ............................ 34 Quadro 10: FUNDIR – Condições dos Serviços e Estruturas ................................................................................ 62 Quadro 11: Empresas que compram materiais recicláveis da FUNDIR ................................................................ 67 Quadro 12: ACMRRN - Condições dos Serviços e Estruturas .............................................................................. 68 Quadro 13: Subclassificação das Atividades de Usos Comerciais e de Serviços ................................................. 81 Quadro 14: Compatibilidade com a Lei de Uso e Ocupação do Solo .................................................................... 82 Quadro 15: Freqüência de coleta de resíduos de saúde nos estabelecimentos municipais ................................. 91 Quadro 16: Classificação dos resíduos de acordo com a classe. ......................................................................... 93 Quadro 17: Tipo de tratamento adotado por classe de resíduo. ............................................................................ 94 Quadro 18: Roteiro de coleta de embalagens de agrotóxico, 2008. .................................................................... 101 Quadro 19: Empresas que apresentaram o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), 2008. ...... 103 Quadro 20: Classificação de Atividades das Indústrias Extrativas e de Transformação ..................................... 105 Quadro 21: Estrutura empresarial de Rio Negro, 2006. ....................................................................................... 106 Quadro 22: Estrutura Empresarial por tipo de atividadade .................................................................................. 106 Quadro 23: Caracterização e Classificação dos Resíduos Industriais................................................................. 106 Quadro 24: Leis Municipais Consideradas no Diagnóstico da Situação Atual do Município ............................... 113 Quadro 25: Legislação de Referência – Âmbito Estadual ................................................................................... 118 Quadro 26: Legislação de Referência – Âmbito Federal ..................................................................................... 119 Quadro 27: Legislação de Referência – Resoluções, Normas e Instruções Normativas de Referência – Âmbito

Federal e Estadual. ..................................................................................................................................... 120 Quadro 28: Orçamento 2009 destinado a Obras, Habitação e Urbanismo. ......................................................... 130 Quadro 29: Estrutura administrativa organizacional da secretaria de obras públicas e serviços urbanos .......... 139 Quadro 30: Estrutura administrativa organizacional da secretaria de agricultura e meio ambiente .................... 139 Quadro 31: Relação de Funcionários Destinados à Limpeza Pública ................................................................. 139 Quadro 32: Custos com Pessoal – 2007/2008 .................................................................................................... 139 

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Quadro 33: Quadro atual de pessoal de limpeza Pública .................................................................................... 140 Quadro 34: Quadro de Deficiências: Serviços de Limpeza Pública existente no Município ................................ 141 Quadro 35: Quadro de Deficiências: Aspectos Legais ........................................................................................ 143 Quadro 36: Quadro de Deficiências: Aspectos Financeiros ................................................................................ 144 

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111 IIINNNTTTRRROOODDDUUUÇÇÇÃÃÃOOO

É crescente a preocupação com a proteção e conservação do meio ambiente no panorama mundial, considerado como aspecto essencial e condicionante na sociedade moderna. A degradação ambiental traz prejuízos, na grande maioria das vezes irreparáveis ao ecossistema e conseqüentemente a toda a sociedade e, atualmente, todos os focos estão voltados aos resíduos sólidos urbanos. No cenário paranaense 39% dos municípios possuem aterros sanitários (isolados ou em consórcios), porém, a grande maioria não apresenta o manejo adequado (gerenciamento, tratamento e disposição final dos resíduos). Como conseqüência, 114 municípios apresentam lixões ao invés de aterros sanitários (PATZSCH, 2007). É sabido que a partir da composição dos resíduos sólidos domiciliares gerados em uma cidade, mais de 50% destes não precisariam ser destinados a aterros sanitários e sim reciclados ou reutilizados. Há diversas técnicas e alternativas ambientalmente corretas e sustentáveis para os diferentes tipos de resíduos e materiais que podem ser reutilizados e/ou reciclados minimizando significativamente o volume a ser destinado ao aterro sanitário. Considerando quantidade e a qualidade dos resíduos gerados no município de Rio Negro, assim como a população atual e sua projeção, apresenta-se a caracterização da situação atual do sistema de limpeza desde a sua geração até o seu destino final. Este produto permite o planejamento do gerenciamento dos resíduos de forma integrada, de modo a abranger um sistema adequado de coleta, segregação, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos municipais.

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222 CCCOOONNNSSSIIIDDDEEERRRAAAÇÇÇÕÕÕEEESSS GGGEEERRRAAAIIISSS

Este capítulo apresenta algumas importantes definições, normas técnicas, legislações e demais materiais relacionados a resíduos, que subsidiarão a elaboração e compreensão deste relatório.

22..11 LLiixxoo ee RReessíídduuoo SSóólliiddoo

De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa Aurélio, “lixo é tudo aquilo que não se quer mais e se joga fora; coisas inúteis, coisas imprestáveis, velhas e sem valor”. Contudo deve-se ressaltar que nos processos naturais não há lixo, apenas produtos inertes. Além disso, aquilo que não apresenta mais valor para aquele que descarta, para outro pode se transformar em insumo para um novo produto ou processo. A NBR 10.004/04 define resíduos sólidos como:

“Resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos, resultantes de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviço e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes do sistema de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos, cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviável em face à melhor tecnologia disponível”.

Para este documento, ainda que os termos lixo e resíduos sólidos tenham significado equivalente está se utilizando o termo Resíduo Sólido.

22..22 CCllaassssiiffiiccaaççããoo ddooss RReessíídduuooss SSóólliiddooss

Os resíduos sólidos são classificados de diversas formas, as quais se baseiam em determinadas características ou propriedades. A classificação é relevante para a escolha da estratégia de gerenciamento mais viável. Os resíduos podem ser classificados quanto: à natureza física, a composição química, aos riscos potenciais ao meio ambiente e ainda quanto à origem, conforme explicitado no Quadro 1 abaixo.

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QUADRO 1: CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

QUANTO A NATUREZA FÍSICA Secos Molhados

QUANTO A COMPOSIÇÃO QUÍMICA Matéria Orgânica Matéria Inorgânica

QUANTO AOS RISCOS POTENCIAIS AO MEIO AMBIENTE

Resíduos Classe I – Perigosos Resíduos Classe II – Não perigosos: Resíduos classe II A – Não Inertes Resíduos classe II B – Inertes

QUANTO A ORIGEM

Doméstico Comercial Público Serviços de Saúde Resíduos Especiais Pilhas e Baterias Lâmpadas Fluorescentes Óleos Lubrificantes Pneus Embalagens de Agrotóxicos Radioativos Construção Civil / Entulho Industrial Portos, Aeroportos e Terminais Rodoviários e Ferroviários Agrícola

Fonte: IPT/CEMPRE, 2000.

2.2.1 Quanto à Natureza Física

2.2.1.1 Resíduos Secos e Úmidos

Os resíduos secos são os materiais recicláveis como, por exemplo: metais, papéis, plásticos, vidros, etc. Já os resíduos úmidos são os resíduos orgânicos e rejeitos, onde pode ser citado como exemplo: resto de comida, cascas de alimentos, resíduos de banheiro, etc.

2.2.2 Quanto à Composição Química

2.2.2.1 Resíduo Orgânico

São os resíduos que possuem origem animal ou vegetal, neles podem-se incluir restos de alimentos, frutas, verduras, legumes, flores, plantas, folhas, sementes, restos de carnes e ossos, papéis, madeiras, etc.. A maioria dos resíduos orgânicos pode ser utilizada na compostagem sendo transformados em fertilizantes e corretivos do solo, contribuindo para o aumento da taxa de nutrientes e melhorando a qualidade da produção agrícola.

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2.2.2.2 Resíduo Inorgânico

Inclui nessa classificação todo material que não possui origem biológica, ou que foi produzida por meios humanos como, por exemplo: plásticos, metais, vidros, etc. Geralmente estes resíduos quando lançados diretamente ao meio ambiente, sem tratamento prévio, apresentam maior tempo de degradação.

2.2.3 Quanto aos Riscos Potenciais ao Meio Ambiente

A NBR 10.004 - Resíduos Sólidos de 2004, da ABNT classifica os resíduos sólidos baseando-se no conceito de classes em:

2.2.3.1 Resíduos Classe I – Perigosos

São aqueles que apresentam risco à saúde pública e ao meio ambiente apresentando uma ou mais das seguintes características: periculosidade, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. (ex.: baterias, pilhas, óleo usado, resíduo de tintas e pigmentos, resíduo de serviços de saúde, resíduo inflamável, etc.)

2.2.3.2 Resíduos Classe II – Não perigosos

Resíduos classe II A – Não Inertes: Aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos classe I – perigosos ou de resíduos classe II B – inertes, nos termos da NBR 10. 004. Os resíduos classe II A – Não inertes podem ter propriedades tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. (ex.: restos de alimentos, resíduo de varrição não perigoso, sucata de metais ferrosos, borrachas, espumas, materiais cerâmicos, etc.) Resíduos classe II B – Inertes: Quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma representativa, segundo ABNT NBR 10007, e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor. (ex.: rochas, tijolos, vidros, entulho/construção civil, luvas de borracha, isopor, etc.).

2.2.4 Quanto à Origem

2.2.4.1 Doméstico

São os resíduos gerados das atividades diária nas residências, também são conhecidos como resíduos domiciliares. Apresentam em torno de 50% a 60% de composição orgânica, constituído por restos de alimentos

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(cascas de frutas, verduras e sobras, etc.), e o restante é formado por embalagens em geral, jornais e revistas, garrafas, latas, vidros, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma grande variedade de outros itens. A taxa média diária de geração de resíduos domésticos por habitante em áreas urbanas é de 0,5 a 1 Kg/hab.dia para cada cidadão, dependendo do poder aquisitivo da população, nível educacional, hábitos e costumes.

2.2.4.2 Comercial

Os resíduos variam de acordo com a atividade dos estabelecimentos comerciais e de serviço. No caso de restaurantes, bares e hotéis predominam os resíduos orgânicos, já os escritórios, bancos e lojas os resíduos predominantes são o papel, plástico, vidro entre outros. Os resíduos comerciais podem ser divididos em dois grupos dependendo da sua quantidade gerada por dia. O pequeno gerador de resíduos pode ser considerado como o estabelecimento que gera até 120 litros por dia, o grande gerador é o estabelecimento que gera um volume superior a esse limite.

2.2.4.3 Público

São os resíduos provenientes dos serviços de limpeza urbana (varrição de vias públicas, limpeza de praias, galerias, córregos e terrenos, restos de podas de árvores, corpos de animais, etc.), limpeza de feiras livres (restos vegetais diversos, embalagens em geral, etc.). Também podem ser considerados os resíduos descartados irregularmente pela própria população, como entulhos, papéis, restos de embalagens e alimentos.

2.2.4.4 Serviços de Saúde

Segundo a Resolução RDC nº 306/04 da ANVISA e a Resolução RDC nº. 358/05 do CONAMA, os resíduos de serviços de “saúde são todos aqueles provenientes de atividades relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios; funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento; serviços de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimento de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos; importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, entre outros similares”. E também de acordo com essas mesmas resoluções, os resíduos de serviços de saúde são classificados conforme o Quadro 2, a seguir.

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QUADRO 2: CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE GRUPO DESCRIÇÃO

Grup

o A

(Pote

ncial

mente

Infec

tante)

A1

Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de microrganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética. Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco quatro, microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido. Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta. Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.

A2

Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica.

A3

Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou familiar.

Grup

o A

(Pote

ncial

mente

Infec

tante)

A4

Kits de linhas arteriais, endovenosas e deslizadores, quando descartados. Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares. Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco quatro, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons.

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GRUPO DESCRIÇÃO Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo. Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica. Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações. Bolsas transfusionais vazia ou com volume residual pós-transfusão.

A5

Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfuro cortantes ou escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons.

Grupo B (químicos)

Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, quando descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos Medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações. Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfetantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes. Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores). Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR 10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).

Grupo C (Rejeitos

Radioativos)

Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção especificados nas normas do CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. Enquadram-se neste grupo os rejeitos radioativos ou contaminados com radionuclídeos, proveniente de laboratórios de análises clinica, serviços de medicina nuclear e radioterapia, segundo a resolução CNEN-6.05.

Grupo D (Resíduos Comuns)

Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto alimentar de paciente, material utilizado em anti-sepsia e hemostasia de venóclises,

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GRUPO DESCRIÇÃO equipo de soro e outros similares não classificados como A1; Sobras de alimentos e do preparo de alimentos; Resto alimentar de refeitório; Resíduos provenientes das áreas administrativas; Resíduos de varrição, flores, podas e jardins Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde

Grupo E (Perfurocortantes)

Materiais perfuro cortantes ou escarificantes, tais como: Lâminas de barbear, agulhas, escalpes ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.

Fonte: ANVISA/CONAMA, 2006.

2.2.4.5 Especial

Os resíduos especiais são considerados em função de suas características tóxicas, radioativas e contaminantes, devido a isso passam a merecer cuidados especiais em seu manuseio, acondicionamento, estocagem, transporte e sua disposição final. Dentro da classe de resíduos de Fontes especiais, merecem destaque os seguintes resíduos: Pilhas e baterias: As pilhas e baterias contêm metais pesados, possuindo características de corrosividade, reatividade e toxicidade, sendo classificadas como Resíduo Perigoso de Classe I. Os principais metais contidos em pilhas e baterias são: chumbo (Pb), cádmio (Cd), mercúrio (Hg), níquel (Ni), prata (Ag), lítio (Li), zinco (Zn), manganês (Mn) entre outros compostos. Esses metais causam impactos negativos sobre o meio ambiente, principalmente ao homem se expostos de forma incorreta. Portanto existe a necessidade de um gerenciamento ambiental adequado (coleta, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final correta), uma vez que descartadas em locais inadequados, liberam componentes tóxicos, assim contaminando o meio ambiente. Lâmpadas Fluorescentes: A lâmpada fluorescente é composta por um metal pesado altamente tóxico o “Mercúrio”. Quando intacta, ela ainda não oferece perigo, sua contaminação se dá quando ela é quebrada, queimada ou descartada em aterros sanitários, assim, liberando vapor de mercúrio, causando grandes prejuízos ambientais, como a poluição do solo, dos recursos hídricos e da atmosfera. Óleos Lubrificantes: Os óleos são poluentes devido aos seus aditivos incorporados. Os piores impactos ambientais causados por esse resíduo são os acidentes envolvendo derramamento de petróleo e seus derivados nos recursos hídricos. O óleo pode causar intoxicação principalmente pela presença de compostos como o tolueno, o benzeno e o xileno, que são absorvidos pelos organismos provocando câncer e mutações, entre outros distúrbios.

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Pneus: No Brasil, aproximadamente100 milhões de pneus usados estão espalhados em aterros sanitários, terrenos baldios, rios e lagos, segundo estimativa da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos - ANIP (2006). Sua principal matéria-prima é a borracha vulcanizada, mais resistente que a borracha natural, não se degrada facilmente e, quando queimada a céu aberto, gera enormes quantidades de material particulado e gases tóxicos, contaminando o meio ambiente com carbono, enxofre e outros poluentes. Esses pneus abandonados não apresentam somente problema ambiental, mas também de saúde pública, se deixados em ambiente aberto, sujeito a chuvas, os pneus acumulam água, formando ambientes propícios para a disseminação de doenças como a dengue e a febre amarela. Devido a esses fatos, o descarte de pneus é hoje um problema ambiental grave ainda sem uma destinação realmente eficaz. Embalagens de Agrotóxicos: Os agrotóxicos são insumos agrícolas, produtos químicos usados na lavoura, na pecuária e até mesmo no ambiente doméstico como: inseticidas, fungicidas, acaricidas, nematicidas, herbicidas, bactericidas, vermífugos. As embalagens de agrotóxicos são resíduos oriundos dessas atividades e possuem tóxicos que representam grandes riscos para a saúde humana e de contaminação do meio ambiente. Grande parte das embalagens possui destino final inadequado sendo descartadas em rios, queimadas a céu aberto, abandonadas nas lavouras, enterradas sem critério algum, inutilizando dessa forma áreas agricultáveis e contaminando lençóis freáticos, solo e ar. Além disso, a reciclagem sem controle ou reutilização para o acondicionamento de água e alimentos também são considerados manuseios inadequados. Radioativo: São resíduos provenientes das atividades nucleares, relacionadas com urânio, césios, tório, radônio, cobalto, entre outros, que devem ser manuseados de forma adequada utilizando equipamentos específicos e técnicos qualificados.

2.2.4.6 Construção Civil/ Entulho

Os resíduos da construção civil são uma mistura de materiais inertes provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., freqüentemente chamados de entulhos de obras. De acordo com o CONAMA nº. 307/02, os resíduos da construção civil são classificados da seguinte forma:

Classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: De construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura,

inclusive solos provenientes de terraplanagem; De construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos,

telhas, placas de revestimento, entre outros), argamassa e concreto;

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De processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios, entre outros) produzidas nos canteiros de obras.

Classe B: são materiais recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros.

Classe C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso.

Classe D: são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas, solventes, óleos, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais.

2.2.4.7 Industrial

São os resíduos gerados pelas atividades dos ramos industriais, tais como metalúrgica, química, petroquímica, papelaria, alimentícia, entre outras. São resíduos muito variados que apresentam características diversificadas, podendo ser representado por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras, borracha, metal, escórias, vidros, cerâmicas etc. Nesta categoria também, inclui a grande maioria dos resíduos considerados tóxicos. Esse tipo de resíduo necessita de um tratamento adequado e especial pelo seu potencial poluidor. Adota-se a NBR 10.004 da ABNT para classificar os resíduos industriais: Classe I (Perigosos), Classe II (Não perigosos), Classe II A (Não perigosos - não inertes) e Classe II B (Não perigosos - inertes).

2.2.4.8 Portos, Aeroportos e Terminais Rodoviários e Ferroviários

São os resíduos gerados em terminais, como dentro dos navios, aviões e veículos de transporte. Os resíduos encontrados nos portos e aeroportos são devidos o consumo realizado pelos passageiros, a periculosidade destes resíduos está diretamente ligada ao risco de transmissão de doenças. Essa transmissão também pode ser realizada através de cargas contaminadas (animais, carnes e plantas).

2.2.4.9 Agrícola

Originados das atividades agrícolas e da pecuária, formado basicamente por embalagens de adubos e defensivos agrícolas contaminadas com pesticidas e fertilizantes químicos, utilizados na agricultura. A falta de fiscalização e de penalidades mais rigorosas para o manuseio inadequado destes resíduos faz com que sejam misturados aos resíduos comuns e dispostos nos vazadouros das municipalidades, ou o que é pior sejam

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queimados nas fazendas e sítios mais afastados, gerando gases tóxicos. O resíduo proveniente de pesticidas é considerado tóxico e necessita de um tratamento especial.

22..33 OO PPllaannoo ddee GGeerreenncciiaammeennttoo IInntteeggrraaddoo ddee RReessíídduuooss SSóólliiddooss

O Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (PGIRS) constitui-se em um documento que visa a administração dos resíduos por meio de um conjunto integrado de ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamento que leva em consideração os aspectos referentes à sua geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, de forma a atender os requisitos ambientais e de saúde pública. Além da administração dos resíduos, o plano tem como objetivo minimizar a geração dos resíduos no município. O PGIRS deve ser elaborado pelo gerador dos resíduos e de acordo com os critérios estabelecidos pelos órgãos de meio ambiente e sanitário federal, estaduais e municipais. Gerenciar os resíduos sólidos de forma adequada significa:

Manter o município limpo por um sistema de coleta seletiva e transporte adequado, tratando o resíduo sólido com tecnologias compatíveis com a realidade local;

Um conjunto interligado de todas as ações e operação do gerenciamento, influenciando umas as outras. Assim, uma coleta mal planejada encarece o transporte; um transporte mal dimensionado gera prejuízos e reclamações e prejudica o tratamento e a disposição final do resíduo; tratamento mal dimensionado não atinge os objetivos propostos, e disposições inadequadas causam sérios impactos ambientais;

Garantir o destino ambiental correto e seguro para o resíduo sólido; Conceber o modelo de gerenciamento do município, levando em conta que a quantidade e a qualidade

do resíduo gerada em uma dada localidade decorrem do tamanho da população e de suas características socioeconômicas e culturais, do grau de urbanização e dos hábitos de consumo vigentes;

Manter a conscientização da população para separar materiais recicláveis; Catadores de materiais recicláveis organizados em cooperativas e/ou associações, adequados a

atender à coleta do material oferecido pela população e comercializá-lo junto às Fontes de beneficiamento.

22..44 LLeeggiissllaaççããoo ddee RReeffeerrêênncciiaa

No sentido de orientar a correta destinação dos diversos resíduos gerados pela atividade humana, se faz necessária a elaboração das mais diversas normas que possam alcançar todos os setores.

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Nos quadros a seguir são elencadas as leis pertinentes ao Gerenciamento de Resíduos Sólidos, iniciando-se pelas legislações em âmbito Federal e Estadual, assim como as normas técnicas e por fim as legislações Municipais.

333 CCCAAARRRAAACCCTTTEEERRRIIIZZZAAAÇÇÇÃÃÃOOO DDDOOO MMMUUUNNNIIICCCÍÍÍPPPIIIOOO

33..11 CCoonntteexxttuuaalliizzaaççããoo RReeggiioonnaall

3.1.1 Histórico

A História do município de Rio Negro começa com a determinação do então governador da Capitania de São Paulo, D. Antonio da Silva Caldeira Pimentel, que se abrisse uma via de comunicação com Viamão, na Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul, com o objetivo de alcançar a feira de Sorocaba, em São Paulo. O núcleo de colonização iniciou-se na região conhecida como “Sertão da Mata”, com o estabelecimento de famílias portuguesas açorianas vindas de Porto de Cima (Morretes). Em 1829, chegaram os imigrantes alemães, que deram um forte impulso ao lugar.

A elevação para nível de município aconteceu dia 02 de Abril de 1870, através da Lei Provincial nº 219, com o território desmembrado do município de Lapa. A instalação oficial deu-se no dia 15 de Novembro de 1870. Desde o inicio de sua colonização, os povoadores de Rio Negro ocuparam ambas as margens do Rio Negro, no entanto, a cidade ficou divida em duas, de um lado Rio Negro e de outro, Mafra. Em 01 de Dezembro de 1896, Rio Negro passou a ser sede de Comarca pela Lei Estadual nº 210.

FIGURA 1: INÍCIO DA OCUPAÇÃO DE RIO NEGRO Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008. Disponível em: <www.rionegro.gestour.com.br>

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3.1.2 Localização

Rio Negro está situado às margens do Rio Negro, fazendo limite com os municípios de Campo do Tenente (Norte), Piên (Nordeste), São Bento do Sul e Rio Negrinho – SC (Sudeste), Mafra – SC (Sudoeste) e Lapa (Noroeste). Está localizado a uma altitude de 775,00m em relação ao nível do mar, e conta com uma superfície de 603,37km² (SEMA, 2005).

3.1.3 Acessos

O município de Rio Negro é cortado pelo principal corredor de transporte rodo ferroviário que liga a Região Sul às demais regiões do país, (BR 116 e tronco da ALL – América Latina Logística) e ainda pela BR-280.

33..22 AAssppeeccttooss FFííssiiccoo--AAmmbbiieennttaaiiss

3.2.1 Clima

O município possui um clima pluvial quente-temperado (Cfb) cuja temperatura média é de 17ºC, tendo 6ºC como temperatura média mínima e 28ºC, média máxima. A umidade relativa do ar é de 80% devida à alta pluviosidade presente na região, cuja média anual é de 2.000mm (SUDERHSA, 2006).

FIGURA 2: TEMPERATURA MÉDIA ANUAL Fonte: IAPAR, 1994

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3.2.2 Hidrografia

Rio Negro faz parte do complexo hidrográfico do Rio Paraná, estando inserido na sub-bacia do Alto Iguaçu. É cortado pelas bacias dos Rios Negro e da Várzea, que constituem as divisas municipais ao sul e a oeste, e por seus afluentes.

3.2.3 Geologia

O município de Rio Negro localiza-se na porção sul do Segundo Planalto Paranaense. O relevo onde está inserido é caracterizado por topografia levemente ondulada entremeada de grandes várzeas, onde está situada a sede Municipal. Ao nordeste do município, o território apresenta as maiores declividades de sua área e a menores estão situados na porção sudeste. As cotas mais baixas estão em torno de 775 metros em relação ao nível do mar, com variação de até 80 metros. O relevo heterogêneo é formado por rochas sedimentares com variações de matriz sílica, ora mais argilosas e ora mais arenosas, eventualmente com porções conglomeráticas. No território ocorrem planícies aluvionares de média expressão, acompanhando o curso dos principais rios. Além da porção alunionar, onde se tem a formação de solos hidromórficos e argilosos, o restante da área compreende vastas extensões onde a camada superficial é rasa, deixando expostos maciços rochosos.

3.2.4 Vegetação

A cobertura vegetal, classificada conforme sistema proposto pelo IBGE, observada em Rio Negro é de: Floresta Ombrófila Mista Aluvial (“mata ciliar”); Floresta Ombrófila Mista Montana (onde ocorre a presença do pinheiro - do- Paraná – Araucária angustifólia) e Formações Pioneiras com Influencia Fluvial (campos de várzeas). QUADRO 3: ESPÉCIES NATIVAS MAIS CULTIVADAS Espécies de nativas Utilizadas

Arborização urbana (ruas, praças e lotes)

Enriquecimento e/ ou recuperação áreas degradadas

Urbanização e/ou recuperação

Acácia Aleluia x Acácia Manduirana x x x Araçá Vermelho x Ariticum x x Araucária/pinheiro x x Aroeira Vermelha x x Aroeira Salsa x x Bracatinga x Branquilho x x Capororoca x Carne de Vaca x

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Cedro Rosa x x x Cereja Silvestre x x Dedaleiro x x Erva Mate x Grevilha x x Guaçatunga x x Gurucaia x Gavirova x x Imbuia x x Ipê Amarelo x x x Jabuticaba x x Jacarandá x Pinho Bravo x x x Pitanga x x x Tarumã x x Timbauva x Uvaia x Vassourão Branco/Preto x x Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2006.

3.2.5 Unidades de Conservação

O Parque Eco turístico Municipal São Luis de Tolosa, localizado dentro do perímetro urbano atual, se caracteriza como uma Unidade de Conservação, tendo área de mais de 53 há e importante cobertura vegetal, além de diversas plantas exóticas. Ao longo dos anos, vem apresentando áreas degradadas e ocorrência significativa de espécies arbóreas exóticas, devido à proximidade à área urbana e pelo uso não ordenado. Apesar das alterações sofridas, em especial devido à exploração madeireira, as áreas de floresta mais desenvolvida têm características fisionômicas, estruturais e de diversidade parecidas com as florestas primárias. Há diversos fragmentos florestais próximos ao parque, os quais são fundamentais para a manutenção de área verde próxima a área urbanizada e, portanto, podendo fazer parte de projetos de ligação de fragmentos, através de corredores.

FIGURA 3: PARQUE ECO TURÍSTICO MUNICIPAL SÃO LUIS DE TOLOSA. Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2006.

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33..33 AAssppeeccttooss AAnnttrróóppiiccooss

3.3.1 Demografia

3.3.1.1 Densidade Demográfica

Segundo o IBGE (2007), a população rio negrense residente é de 29.862 habitantes, distribuindo-se predominantemente na área urbana do município. Segundo dados do PNUD, no período de 1991-2000, a população de Rio Negro teve uma taxa média de crescimento anual de 1,01%. Com base nos dados do censo 2000, por setores censitários do IBGE, a área rural com maior densidade é a localidade de Roseira (32,89hab./km²) e na área urbana, é o setor que abrange parte dos bairros Bom Jesus e Volta Grande, com 9.990,29 hab./km². A população residente, tanto na área urbana como na rural, é mais representativa na faixa de 15 a 19 anos. Há o predomínio da população feminina (50,34%) em relação à masculina (49,66%). Segundo estimativa do IPARDES para o ano de 2005, a densidade demográfica é de 49,37hab./km², muito próxima à média do estado do Paraná (50,25hab./km²), porém bem abaixo da Mesorregião Metropolitana que é de 119,60hab./km².

Pop. Rural21,77%

Pop. Urbana78,23%

Pop. Rural Pop. Urbana

FIGURA 4: DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO URBANA E RURAL Fonte: IBGE, 2007.

3.3.1.2 Urbanização

A taxa de urbanização cresceu 1,91, segundo o PNUD 1991-2000, passando de 76,76% em 1991 para 78,23% em 2000. De acordo com o IBGE (2000), a taxa de crescimento urbana é de 1,20% e a rural de 0,25%.

3.3.2 Equipamentos Sociais

3.3.2.1 Saúde e Educação

QUADRO 4: UNIDADES DE SAÚDE MUNICIPAIS – ÁREA URBANA E RURAL

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UNIDADE DE SAÚDE LOCALIZAÇÃO Unidade ambulatorial de emergência Centro CAPSI - Centro de Atenção Psicossocial Vila Paraíso Centro de saúde (centro médico) Centro Posto de saúde enfermeiro José Krajewski Bairro Bom Jesus. Casa de assistência integral à saúde da mulher Centro Posto de saúde Antonio Abdala José Bairro Alto

Posto de saúde da vila São Judas Tadeu Vila São Judas Tadeu

Posto de saúde Jorge Ricardo Hirt Estação Nova

Centro social rural do Lageado dos Vieiras Lageado dos Vieiras

Centro social rural da Fazendinha Fazendinha Posto de saúde da barra grande Barra Grande

Posto de saúde da Campina dos Andrades Campina dos Andrades

Posto de saúde do Cunhupã Cunhupã Posto de saúde da Roseira Roseira

Posto de saúde da Campina dos Martins Campina dos Martins

Posto de saúde da Campina Bonita Campina Bonita Posto de saúde de Lençol Lençol

Clínica odontológica simplificada – Colégio Presidente Caetano Munhoz da Rocha Bairro Campo do Gado

Clínica odontológica convencional – Colégio Dr. Ovande do Amaral Bairro Bom Jesus Clínica odontológica do sindicato rural de Rio Negro Centro Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2006

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) de Rio Negro tem melhorado ao longo dos anos. Segundo dados fornecidos pelo PNUD (2000) o índice é de 0, 801, considerado de alto desenvolvimento. Com relação à taxa de mortalidade, esta diminuiu 70,94%, no período de 1991-2000, ficando em 12,48 (por mil nascidos vivos). Os centros de saúde municipais concentram-se nas regiões centro-sul e interior da cidade, mas não estão dispostos de forma uniforme, forçando o deslocamento dos usuários para serem atendidos. Na área rural, os postos de saúde distribuem-se homogeneamente no território, possibilitando atendimento abrangente e próximo aos locais de residência. Quanto à educação, segundo dados da Prefeitura de Rio Negro, o município conta com 34 estabelecimentos de ensino, sendo 25 localizados na sede do município e 09 na zona rural. De modo geral, a implantação destes equipamentos é satisfatória, pois o raio de abrangência é suficiente, e não deixando espaços sem cobertura. Nas áreas rurais, os alunos utilizam transporte escolar do município.

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QUADRO 5: NÚMERO DE MATRÍCULAS - 2005 ENSINO Nº. de alunos

Educação Infantil Creche 384 alunos Pré-escola 975 alunos Educação Especial 59 alunos

Ensino Fundamental 1ª a 4ª série 2401 alunos 5ª a 8ª série 2454 alunos Ensino Médio 1788 alunos Educação Especial 123 alunos Cursos Técnicos 237 alunos Ensino para Jovens e Adultos (Semi – Presencial)

Ensino Fundamental 372 alunos Ensino Médio 487 alunos

Total de Matrículas 9.280 alunos Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, disponível em www.portalpublico.com.br/pmrionegro

3.3.3 Infra-Estrutura Viária

3.3.3.1 Sistema Viário

O traçado viário em Rio Negro é predominantemente linear no sentido Nordeste-Sudeste. Verifica-se um traçado irregular na porção mais antiga de ocupação (região Central). O município apresenta uma malha urbana xadrez, com exceção à topografia nas áreas de encostas. Os principais eixos viários na área urbana de Rio Negro são as Avenidas General Plínio Tourinho, Saturno Olinto e Ildefonso Camargo, classificadas, como estrutural, conectora e via do limite, respectivamente.

FIGURA 5: RIO NEGRO – PERÍMETRO URBANO. Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008

3.3.3.2 Pavimentação das Vias Urbanas e Rurais

As principais rodovias de acesso à Rio Negro – BR 116, PR 427 e PR 280 - apresentam pavimentação asfáltica (CBUQ). As demais rodovias não são pavimentadas, embora também possibilitem o acesso de Rio Negro a outros municípios.

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De acordo com a Secretaria do Estado dos Transportes (2006), atualmente 98,8% das estradas rurais de Rio Negro não são pavimentadas, possuindo revestimento primário ou leito natural. Já as vias da sede urbana, em sua maioria, recebem revestimento primário (saibro). Existem, também, vias com pavimentação asfáltica, pedras irregulares, pararalelepípedos, lajotas, entre outros.

3.3.4 Saneamento Básico

3.3.4.1 Drenagem

Segundo a prefeitura municipal, na sede de Rio Negro a macro drenagem existente atende satisfatoriamente a malha urbana, sendo que 70% as vias urbanas possuem sistema de drenagem pluvial. No distrito de Lageado dos Vieiras, como as vias são de pavimentação primaria e pedras irregulares, não possuem sistema de drenagem pluvial.

3.3.4.2 Abastecimento de Água

Nas áreas mais afastadas, o abastecimento é feito através de poços artesianos e superficiais existentes nas propriedades, com aplicação de cloro para a melhoria de suas características de potabilidade. Na sede urbana e algumas comunidades rurais, o município de Rio Negro possui um contrato de concessão de operação e manutenção do sistema de abastecimento de água tratada com a SANEPAR. O abastecimento do Distrito Lageado de Vieiras é realizado através de poços semi-artesianos contando ainda com dois reservatórios para atendimento da demanda do Distrito. A captação de água bruta para abastecimento é feita no Rio Negro, numa estação localizada na Rua Boleslau Paluch, bombeada para a Estação de Tratamento de Água (ETA).

3.3.4.3 Esgotamento Sanitário

Atualmente, o município conta com sistema de esgotamento sanitário, com extensão de 68 km. O Tratamento de esgoto sanitário em Rio Negro é constituído basicamente por duas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE). Existem ainda 06 estações elevatórias para o recalque do esgoto à ETE. O efluente tratado é lançado no rio Passa Três, já o lodo proveniente do processo de tratamento após estar seco é desinfetado, pode ser usado como adubo na agricultura. Nas residências e áreas não atendidas pela rede de esgoto, o tratamento domiciliar adotado são fossas sépticas, sumidouros e similares. Existem também lançamentos de esgoto doméstico nos cursos de água.

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3.3.5 Economia

3.3.5.1 Emprego e Renda

A história do município é diretamente ligada as atividades praticadas pelos colonos germânicos, como a agricultura, pecuária e atividades madeireiras. Hoje, essas atividades permanecem junto com a atividade industrial, e trazem o desenvolvimento ao município. O número de indústrias é o menor, apesar de significar a maior arrecadação municipal (74%), e os autônomos são em maior número que todos os outros profissionais. TABELA 1: TIPOS E QUANTIDADES DE ESTABELECIMENTOS EXISTENTES, PESSOAS OCUPADAS E REMUNERAÇÃO.

Tipo de empresa/estabelecimento Nº. de

Unidades locais

Nº. de pessoas ocupadas

Nº. de pessoas assalariadas

Salários (mil reais)

Agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal

47 300 234 1.101

Pesca 1 11 3 19 Indústrias de transformação 214 3.335 3.013 20.802 Construção 15 31 9 94 Indústrias extrativas 8 - - - Comércio; reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos

703 1.799 926 5.363

Alojamento e alimentação 123 216 75 282 Transporte, armazenagem e comunicações 59 175 96 818 Intermediação financeira 9 38 33 1.129 Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas

87 253 120 585

Administração pública, defesa e seguridade social 4 658 648 4.398 Educação 20 172 150 1.256 Saúde e serviços sociais 19 128 106 631 Outros serviços coletivos, sociais e pessoais 137 225 78 534 Fonte: IBGE, 2003.

3.3.5.2 Setor Primário

A principal atividade desenvolvida na área rural de Rio Negro é a agricultura (anual e permanente), tendo o milho como principal cultura, seguida pelo fumo. Nos últimos anos, a EMATER vem incentivando os produtores rurais a realizarem a fruticultura de clima temperado, como pêssego, pêra e maçã, pois a cultura permanente não tem apresentado grande destaque. A atividade pecuária em Rio Negro é composta por avicultura de frangos para abate e galinhas poedeiras, suinocultura e bovinocultura de criação de animais mistos, para corte e leite. Nos últimos anos, a suinocultura quintuplicou o número de rebanhos representando a mudança do sistema de subsistência ou consumo próprio, para um sistema integrado com outras empresas de comercialização.

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A atividade de silvicultura é a mais desenvolvida na região, sendo a extração de toras a atividade mais comum em relação ao carvão e lenha. Gradativamente, esta atividade tem ocupado as áreas com os melhores solos do que o necessário, eliminando os pequenos proprietários rurais.

FIGURA 6: PRODUÇÃO EM PIQUETES Fonte: Ecotécnica, 2006

FIGURA 7: PRODUÇÃO DE MUDAS DE FUMO Fonte: Ecotécnica, 2006

3.3.5.3 Setor Secundário

Segundo a prefeitura, as principais atividades industriais são ligadas a indústria do fumo e do couro, transformando estes materiais em produtos de comercialização. Por estar inserido num pólo madeireiro, Rio Negro possui atividades que compreendem o reflorestamento, extração, serraria, laminados, com destaque para a fabricação de móveis.

3.3.5.4 Setor Terciário

O ramo do comércio mais representativo é o de alimentação, como bares, restaurantes e lanchonetes, seguido pelo comércio varejista. O setor de comércio e serviços é o segundo na arrecadação que, segundo a prefeitura, representa 14%.

3.3.6 Estrutura Administrativa

A Estrutura Administrativa do Governo Municipal é composta por órgãos segmentados, tendo níveis de atuação e abrangência definidos por área. Estes têm como objetivo de criar condições e realizar as metas e ações propostas. Consolidada pela LEI nº. 1346/2003, no seu artigo 17º, a Prefeitura está constituída pelos seguintes órgãos: I - Órgão de Assistência Imediata

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II – Órgãos de Assessoramento III – Órgão de Coordenação Geral IV – Secretaria Municipal de Natureza Instrumental V - Secretaria Municipal de Natureza Substantiva VI – Órgão de Desconcentração Territorial Esta mesma LEI reorganiza a Estrutura Básica do Poder Executivo, é bem caracterizada, abrangente e orientativa. Cabe destaque ao órgão responsável pela Ouvidoria Municipal, este se refere a um canal direto de comunicação formalizado de contato direto com a população.

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444 CCCAAARRRAAACCCTTTEEERRRIIIZZZAAAÇÇÇÃÃÃOOO DDDOOOSSS SSSEEERRRVVVIIIÇÇÇOOOSSS DDDEEE LLLIIIMMMPPPEEEZZZAAA PPPÚÚÚBBBLLLIIICCCAAA EEEXXXIIISSSTTTEEENNNTTTEEESSS

A Constituição Federal, em seu art. 30, inciso V, dispõe sobre a competência dos municípios em "organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o transporte coletivo, que tem caráter essencial". O que define e caracteriza o "interesse local" é a predominância do interesse do Município sobre os interesses do Estado ou da União. No que tange aos municípios, portanto, encontram-se sob a competência dos mesmos os serviços públicos essenciais, de interesse predominantemente local e, entre esses, os serviços de limpeza urbana (IBAM, 2001). No município de Rio Negro, a geração de resíduos domésticos é de aproximadamente 300 toneladas/mês (PMRN, 2008), contabilizando todos os resíduos coletados pela coleta convencional. A coleta, transporte e disposição final dos resíduos domésticos são terceirizados, através da empresa Serrana Engenharia LTDA. O destino final dos resíduos ocorre no aterro sanitário de Mafra/SC. Quanto aos resíduos de serviço de saúde, o serviço é terceirizado, ficando aos estabelecimentos comerciais que geram este tipo de resíduo, como farmácias, clinicas e consultórios, a responsabilidade de contratação e pagamento do mesmo. Existem duas empresas que fazem este serviço na cidade de Rio Negro: KLS Consultoria e Engenharia e Serrana Engenharia Ltda., e são responsáveis pelo transporte e destinação final. No caso dos resíduos de serviço de saúde provenientes do serviço público, a coleta, transporte e destinação é também de responsabilidade da Serrana Engenharia Ltda. A execução dos serviços de limpeza pública de Rio Negro também é terceirizada, feita pela mesma empresa que faz a coleta e destinação dos resíduos domiciliares e de saúde pública. Os serviços abrangidos pelo contrato de limpeza pública são: varrição das sarjetas e calçadas, limpeza e desobstrução de bocas de lobo, capinam manual e mecanizada das vias públicas, roçagem dos terrenos baldios, inclusive o transporte e destinação final dos resíduos produzidos por estes serviços. Também faz parte do serviço contratado a destinação final dos entulhos gerados pela construção civil. A limpeza pública que compete ao município é a coleta e transporte dos resíduos verdes e entulhos, com volume de até 1m³, cabendo à empresa Serrana a destinação final. Para volumes superiores, o próprio gerador torna-se responsável pela destinação. A prefeitura de Rio Negro não possui oficialmente coleta seletiva municipal. Os resíduos recicláveis são coletados por carrinheiros associados à Fundação Comunitária de Desenvolvimento Integrado (FUNDIR), Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Rio Negro (ACMRRN) ou por carrinheiros autônomos. Além da FUNDIR e da Associação de Catadores, segundo a prefeitura, só existe mais um local que também trabalha como receptor dos materiais recicláveis, a Rio Negro Ambiental reconhecida pelos moradores da cidade através nome de seu proprietário Sr. Valdevino.

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No município não existe serviço público de coleta e destinação dos resíduos funerários. Segundo a prefeitura, as funerárias devem cumprir as exigências do CONAMA 283/01 e 358/05, assim como da ANVISA RDC 306/04, e possuir o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde, sendo responsáveis pela destinação de final destes resíduos através de empresa terceirizada. Os resíduos industriais são de responsabilidade dos seus respectivos geradores, os quais fazem a contratação de empresa especializada na destinação final dos mesmos. Para um melhor entendimento da situação atual dos serviços de limpeza pública existentes no município de Rio Negro, os itens a seguir descrevem o diagnóstico de cada serviço existente no município.

44..11 RReessíídduuooss ssóólliiddooss ddoommééssttiiccooss ee ccoommeerrcciiaaiiss –– CCoolleettaa ccoonnvveenncciioonnaall

Atualmente, no município de Rio Negro, o serviço de coleta de resíduos domésticos e comercias (coleta convencional) atende toda a área urbana e, semanalmente, localidades rurais. O serviço de limpeza urbana, que compreende a coleta, transporte e destinação final dos resíduos, foi terceirizado através de processo licitatório, em 2004, o qual foi vencido pela empresa Serrana Engenharia Ltda., a qual faz o destino final dos resíduos coletados no o aterro de Mafra/SC. Até meados de 2004, o “Lixão” de Rio Negro era o destino final dos resíduos sólidos do município, mas foi desativado por não se enquadrar nos parâmetros exigidos pelo órgão ambiental estadual. A avaliação do projeto de recuperação do “lixão” está no órgão ambiental competente, aguardando liberação para implantação. No período do ano de 2004 até meados de 2008, o histórico de coleta de resíduos convencionais mostra que houve aumento de 18,56% na quantidade de resíduos coletados, destacando-se a maior alta, de 8,67% no período de 2006 a 2007, conforme Tabela 2. TABELA 2: QUANTIDADE DE RESÍDUOS DOMÉSTICOS COLETADOS EM 2004/2008

Ano Média de contribuição mensal (Kg) Meses com maior contribuição

2004* 246.879 Dezembro 2005 253.913 Dezembro 2006 268.650 Dezembro 2007** 294.178 Outubro 2008*** 303.149 Janeiro Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008 * Não constam dados do mês de novembro ** Não constam dados do mês de março ***Dados dos meses de janeiro a agosto

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4.1.1 Itinerário e Freqüência de Coleta dos Resíduos Domésticos

A coleta dos resíduos domésticos de Rio Negro é realizada pela Serrana Engenharia LTDA. As rotas e freqüência de coleta foram definidas pela prefeitura municipal. Um único caminhão compactador realiza a coleta de resíduos de todo o município, juntamente com duas equipes que se revezam entre os turnos manhã, das 07h00min às 16h00min horas, tarde das 15h00min às 23h40min horas e o chamado turno extra que ocorre em dias pré determinados nas regiões mais afastadas do centro da cidade, das 07h00min às 12h00min horas. As freqüências de coleta de resíduos por turno foram fornecidas pela Serrana Engenharia, e encontra-se representados no Quadro 6, Quadro 7 e Quadro 8. QUADRO 6: ITINERÁRIO E FREQUÊNCIA DE COLETA DE RESÍDUOS DOMÉSTICOS, TURNO DA MANHÃ Dias da semana Bairros Kms rodados

(diário)

Segunda-feira

Centro (Calçadão)

66 km

Centro (Hospital) Campo do Gado Vila Militar Casa do Menor Bombeiro

Terça-feira

Centro (Calçadão)

63 km Centro (Hospital) Vila Paraíso Vila Paraná

Quarta-feira Centro (Calçadão)

62 km Centro(Hospital) Vila Militar

Quinta-feira

Centro(Calçadão)

74 km Centro (Hospital) Vila Paraná Casa do Menor Bombeiro

Sexta-feira

Centro (Calçadão)

68 km Centro (Hospital) Vila Paraíso Vila Militar

Sábado Centro (Calçadão) 18 km Fonte: Serrana Engenharia, 2008.

QUADRO 7: ITINERÁRIO E FREQUÊNCIA DE COLETA DE RESÍDUOS DOMÉSTICOS, TURNO DA TARDE

Dias da semana Bairros Kms rodados

(diário)

Segunda-feira Volta Grande

78 km São Judas Tadeu

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Dias da semana Bairros Kms rodados

(diário) B. Bom Jesus (Casas de Pedra) Belém Hipódromo Vila Ema

Terça-feira

Jardim Zelinda

81 km Bairro Souza Cruz Vila Seidel Santa Clara Passa Três

Quarta-feira Bairro Alto

100 km Roseira

Quinta-feira

Volta Grande

73 km

São Judas Tadeu B. Bom Jesus (Casas de Pedra Hipódromo MotoCross Tijuco Preto Vila Ema

Sexta-feira

Jardim Zelinda

100 km Bairro Souza Cruz Sítio dos Rauen Santa Clara Passa Três

Sábado Bairro Alto

64 km Vila Seidel

Fonte: Serrana Engenharia, 2008. QUADRO 8: ITINERÁRIO E FREQUÊNCIA DE COLETA DE RESÍDUOS DOMÉSTICOS, TURNO EXTRA

Dias da semana Bairros Kms rodados

(diário)

Segunda-feira Campina dos Andrade 26 km Passo do Valo

Segunda-feira Última do Mês Fazendinha 26 km

Segunda-feira Sexta-feira Sítio dos Rauen 35 km

Quarta-feira Roseira 27 km Sábado Lageado dos Vieiras 28 km Fonte: Serrana Engenharia, 2008. O Mapa 1, ilustra a freqüência de coleta de resíduos nos bairros do município.

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No município de Rio Negro, os resíduos domésticos e comerciais costumeiramente ficam acondicionados em sacos plásticos e dispostos em lixeiras em frente às residências ou comércio, conforme Figura 8 e Figura 10. Durante visita em campo, verificou-se que em alguns locais ocorre à disposição de resíduos de maneira incorreta, devido à inexistência de lixeiras ou simplesmente fora das lixeiras existentes, como ilustra a Figura 9. No centro da cidade e nas praças centrais, encontram-se lixeiras dispostas em pontos estratégicos, onde ocorre a maior circulação de pessoas (Figura 11).

FIGURA 8: LIXEIRAS RESIDENCIAIS Fonte: Ecotécnica, 2008

FIGURA 9: DISPOSIÇÃO INCORRETA DE RESÍDUOS PARA COLETA Fonte: Ecotécnica, 2008

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FIGURA 10: LIXEIRAS DOS ESTABELECIMENTOS DE COMÉRCIO Fonte: Ecotécnica, 2008

FIGURA 11: LIXEIRAS DISPOSTAS NOS PASSEIOS DO CENTRO DA CIDADE Fonte: Ecotécnica, 2008

4.1.2 Lixeiras Comunitárias e Containeres

As lixeiras comunitárias existentes no município são de iniciativa da própria comunidade, que, em algumas localidades mobilizam-se de forma a dispor os resíduos comuns em um mesmo recipiente para posterior coleta pela empresa responsável, conforme Figura 12. Por se tratarem de iniciativas particulares, sem interferência da prefeitura, não existe nenhum tipo de monitoramento quanto à localização ou situação atual das lixeiras

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FIGURA 12: LIXEIRA COMUNITÁRIA Fonte: Ecotécnica, 2008.

4.1.3 Transporte dos Resíduos Domésticos

Para o transporte dos resíduos domésticos de Rio Negro, a SERRANA dispõe de caminhão compactador Ford Cargo 1717 e, com coletor compactador da marca DAMAEQ, com capacidade de 8,5 ton. (Figura 13 e Figura 14). No serviço de coleta de resíduos sólidos, trabalham equipes com composição variável de acordo com o turno. O primeiro turno costuma atender a região central da cidade, que possui maior demanda de coletores. Já o segundo turno atende os bairros. TABELA 3: COMPOSIÇÃO DAS EQUIPES DE TRABALHO DE ACORDO COM O TURNO

TURNO E HORÁRIO EQUIPE QTDE MÉDIA COLETADA

1º Turno (07h00minh. às 16h00minh.) 1 motorista e 2 coletores 5 ton.

2º Turno (15h00minh. às 23h40minh.) 1 motorista e 3 coletores 6 a 7 ton.

Fonte: Serrana, 2008. Verificou-se, durante visita em campo, que os funcionários responsáveis pela coleta de resíduos apresentavam-se devidamente equipados com EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual, como por exemplo: luvas, uniforme completo refletivo, calçado antiderrapante, entre outros, conforme Figura 15.

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FIGURA 13: CAMINHÃO COMPACTADOR SERRANA ENGENHARIA Fonte: ECOTÉCNICA, 2008

FIGURA 14: COLETOR CAMINHÃO COMPACTADOR SERRANA ENGENHARIA Fonte: ECOTÉCNICA, 2008

FIGURA 15: FUNCIONÁRIO RESPONSÁVEL PELA COLETA DE RESÍDUOS DOMÉSTICOS Fonte: ECOTÉCNICA, 2007 A unidade administrativa da Serrana Engenharia Ltda. está localizada no centro do município de Mafra em Santa Catarina, na Rua Frederico Heinz, Nº 04, conforme mostra a Figura 16.

FIGURA 16: UNIDADE ADMINISTRATIVA DA SERRANA Fonte: ECOTÉCNICA, 2008

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4.1.4 Destinação Final dos Resíduos Domésticos

Os resíduos domésticos coletados do Município de Rio Negro são destinados ao Aterro da SERRANA, em Mafra/SC. Além de Rio Negro, o aterro recebe resíduos domiciliares de mais 12 municípios próximos à Mafra, num total aproximado de 180 a 190 toneladas diárias. São os seguintes municípios:

• Itapoá • Piên

• Schroeder • Mafra

• Guaramirin • Itaiópolis

• Jaraguá do Sul • Canoinhas

• São Bento do Sul • Três Barras

• Campo Alegre

• Mato Costa

O Aterro da SERRANA, ilustrado pelas figuras a seguir, encontra-se na localidade de Rio Branco Município de Mafra-SC, as margens da BR 116 e a 800m da BR 280. O sistema de aterramento utilizado é de células em camadas de 4 metros. Estas são impermeabilizadas com argila compactada e geomembrana PEAD de 1,5 milímetros. Rede de drenos dispostos em “espinha de peixe” coleta o chorume, que através de tubos de PVC e é encaminhado para o tratamento. O chorume coletado vai para uma lagoa de equalização e na seqüência para uma série de tratamento composto de tratamento físico-químico, decantação, reator anaeróbio, uma série de lagoas de filtração e última desinfecção através de raios ultravioleta. Postos de monitoramento analisam a água filtrada para assegurar que volte ao rio sem poluentes. O lodo que resta do chorume vai para um leito de secagem e é desidratado antes de ir para o aterro. A vida útil do aterro é estimada em vinte anos. A infra-estrutura do aterro é adequada, possuindo na entrada cancela e balança rodoviária para pesagem dos caminhões, área administrativa e operacional composto de escritório e almoxarifado. O controle ambiental é efetuado com a utilização dos poços de monitoramento distribuídos na área.

FIGURA 17: REDE DE DRENOS DE CHORUME DAS CÉLULAS FIGURA 18: TUBULAÇÃO PVC COLETORA DOS DRENOS DE

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Fonte: Ecotécnica, 2008. CHORUME Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 19: LAGOAS DE EQUALIZAÇÃO Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 20: TRATAMENTO FÍSICO-QUÍMICO Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 21: REATOR ANAERÓBIO Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 22: LAGOAS DE FILTRAGEM Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 23: DESINFECÇÃO COM ULTRAVIOLETA Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 24: ACESSO AO ATERRO SANITÁRIO DA SERRANA, MAFRA - SC. Fonte: Ecotécnica, 2008.

4.1.5 Histórico da Disposição Final dos Resíduos Urbanos

O município de Rio Negro possui uma área de lixão, localizada na zona rural, na antiga estrada de ligação entre Rio Negro e Lapa, no bairro de Bom Retiro, a 14,5km do centro da cidade.

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Esta área começou a operar como lixão no final da década de 80 - segundo o Projeto Executivo de Recuperação do Lixão de Rio Negro/PR de autoria da empresa Ambienge (2004) – atualmente, encontra-se desativada. Em Março de 1991, foi realizado um Relatório de Inspeção nº 1904/91 pela antiga Superintendência dos Recursos Hídricos e Meio Ambiente – SUREHMA. Este relatório compreende a vistoria na área pretendida para a instalação, manutenção e operação de aterro sanitário (controlado) dos resíduos gerados no município. A área em questão tinha 52.000m² e abordava a central de armazenamento dos resíduos da Indústria Química Cubatão, já licenciada pela SUREHMA. O relatório também expõe que se trabalhada tecnicamente, a área teria condições de comportar a destinação final de resíduos sólidos, reunindo, portanto, fatores satisfatórios para atender condições ambientais e sanitárias do município. Em 2002, foi quando o município de Rio Negro foi notificado pelo IAP, por crime ambiental. A partir deste momento, a questão da erradicação do trabalho infantil dentro do lixão juntamente com a recuperação da área onde está inserido ainda está em processo. Isto está acontecendo, pois, até o momento, o Projeto Executivo de Recuperação da Área do Lixão de Rio Negro ainda está em análise no IAP. A prefeitura providenciou o isolamento da área do antigo lixão através de cercas não permitindo acesso de qualquer indivíduo, situação mantida até a elaboração deste trabalho. Atualmente, o prazo do cumprimento de obrigação de reparação do dano ambiental junto ao lixão já foi prorrogado duas vezes, a primeira em 2007 e a segunda em 2008 ficando o município no aguardo da decisão final do órgão ambiental. O Quadro 9 apresenta a questão do lixão, listando de forma cronológica os episódios que aconteceram até o momento. QUADRO 9: HISTÓRICO DO PROCESSO DE DESATIVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DA ÁREA DO LIXÃO DE RIO NEGRO

DATA ORGÃO DOCUMENTO DESCRIÇÃO

Abril / 02

IAP

Relatório de Inspeção Ambiental nº 21065

Notificou o município, motivo: no aterro sanitário possuem catadores garimpando o local, presença pneus e animais; uma residência implantada no local, além de não haver cercamento do aterro com o entorno

Abril / 02 Ministério Público

Termo de Compromisso nº 122/02

Comprometimento do município em viabilizar a gestão ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e para a erradicação do trabalho de crianças e adolescentes na catação do lixo

Outubro/02 IAP Requerimento de

Licenciamento Ambiental nº 5.329.310-7

O município solicitou ao IAP a regulação do lixão, e posterior adequação, tornando-o um aterro sanitário controlado

Novembro/02 IAP Termo de Embargo/

Interdição ou Suspensão Nº 17.917

Autuação por danos ambientais, de natureza florestal. Embargo do uso da área de preservação permanente num raio de 50 m da nascente do imóvel.

Novembro/02 IAP Auto de Infração Ambiental nº 27.055

Autuação por danos ambientais, de natureza florestal, por supressão da vegetação nativa e movimentação de solo em área de preservação permanente sobre cabeceira de nascente

Novembro/02 PRN Protocolo no IAP Nº 5.329.965-2

Prefeitura solicitou ao IAP a isenção do auto de infração nº 27.055

Novembro/02 IAP Termo de Compromisso de Ajuste de Conduta

Adoção de medidas específicas para fazer cessar e corrigir o dano ambiental, descrito no AIA nº27. 055

Abril/03 PRN Oficio ao Ministério Público

Prefeitura informou os programas e ações tomadas de acordo com o solicitado no Termo de Compromisso nº 122/02

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DATA ORGÃO DOCUMENTO DESCRIÇÃO

Junho/03 IAP Relatório de Inspeção Ambiental nº 32.415

Constatado que ainda existem catadores garimpando o local, a área está parcialmente cercada, ainda há pequena proliferação de vetores. Foi observado que o lixo está sendo disposto a céu aberto, e posteriormente coberto com camada de terra.

Junho/03 IAP Relatório de Inspeção Ambiental nº 32.417

Solicitação de projeto técnico de recuperação da área do lixão, e apresentar outra área passível de implantação de aterro sanitário, a ser analisadas pelo IAP

Julho/04 Ambienge Protocolo nº8203565 Encaminhamento do projeto de recuperação da área degradada por lixão no município de Rio Negro

Junho/05 Ministério Público Mandado de Intimação Transação penal que consiste na obrigação de reparação do

dano ambiental num período de dois anos

Julho/05 Ministério Público

Notificação Circular nº1.344/05

Intimação a comparecer em audiência coletiva para discutir fatos atinentes à gestão dos resíduos sólidos e inclusão social dos catadores de materiais recicláveis

Outubro/05 PRN Recurso Administrativo Requerimento por parte do Município da isenção da multa ora aplicada, em face ai auto de infração nº 27.055/02

Setembro/05 IAP Procedimento Administrativo

Declara que o auto de infração nº27055/02 foi considerado subsistente, sendo mantida a multa administrativa original

Outubro/05 PRN Ofício 066/2005 Requerimento de cancelamento do pedido de Licença Prévia para implantação de aterro sanitário, por motivo de desistência devido à terceirização da disposição de resíduos sólidos

Junho/07 Ministério Público Auto nº 199/05 TCIP

Deferimento do pedido formulado anteriormente, prorrogando-se o prazo para comprovação de recuperação da área do lixão em um ano, a partir da presente data

Julho/08 PRN Auto nº 199/05 TCIP O Município requer novamente a prorrogação de dois anos no prazo de cumprimento da obrigação de reparação do dano ambiental junto à área do lixão, pois o Projeto de Recuperação ainda está na Coordenadoria do IAP para análise e aprovação

Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro elaborado por Ecotécnica, 2008 Em 2004, a Prefeitura optou por terceirizar a coleta, transporte e destino dos resíduos sólidos domiciliares. A empresa Serrana Engenharia Ltda. vencedora do processo licitatório ficou responsável por este serviço, destinando os resíduos no aterro sanitário em Mafra/SC. Com isto, o lixão de Rio Negro foi desativado, encontrando-se assim, até o momento. O levantamento elaborado pela Prefeitura de Rio Negro em 2008 demonstra que foram destinadas 1.366.769,36 toneladas de resíduos domésticos do município de Rio Negro ao Aterro de Mafra/SC, no período dos últimos 4 anos que o referido aterro tem sido o destino dos resíduos, conforme Tabela 4. TABELA 4: TONELAGEM DE RESÍDUOS PRODUZIDOS POR MÊS NO ANO (TON).

MÊS 2004 2005 2006 2007 2008 Totais Janeiro 232.630 250.550 270.440 303.880 332.370 1.389.870 Fevereiro 215.040 226.900 237.530 278.640 286.440 1.244.550 Março 236.760 242.270 275.420 - 296.040 1.050.490 Abril 251.890 237.840 237.630 274.500 294.520 1.296.380 Maio 241.920 252.830 275.120 300.480 313.550 1.383.900 Junho 256.950 259.840 265.300 300.370 298.020 1.380.480 Julho 266.990 253.090 269.390 293.550 311.160 1.394.180

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MÊS 2004 2005 2006 2007 2008 Totais Agosto 226.900 262.370 271.180 289.450 293.090 1.342.990 Setembro 258.100 258.340 259.160 273.830 * 1.049.430 Outubro 260.650 264.370 278.500 313.190 * 1.116.710 Novembro * 254.570 277.730 299.350 * 831.650 Dezembro 267.840 283.990 306.400 308.720 * 1.166.950 Total Geral 14.647.580 Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008. * Não constam dados deste mês.

4.1.6 Caracterização Física dos Resíduos Sólidos Domésticos

Para o processo de caracterização física dos resíduos sólidos domésticos foram obtidas amostras dos resíduos coletados pelo serviço de limpeza pública do município, coletando amostras de diferentes bairros do município, conforme Mapa 2, a fim de se conseguir resultados que se aproximem o máximo possível da realidade. Estas amostras foram coletas dos volumes depositados pelos caminhões de coleta. Todo o processo de separação foi realizado no pátio da Associação dos Catadores de Mafra, entre os dias 10/11/2008 e 13/11/2008, alternados entre os turnos da manhã e tarde. Os procedimentos práticos de separação de Rio Negro foram realizados da seguinte maneira: Primeiramente os caminhões coletores tipo caçamba, após o preenchimento pleno das caçambas de 6 m³ cada, se dirigiram ao aterro sanitário da SELUMA onde foram feitas as pesagens das cargas. Posteriormente descarregaram na sede da associação dos catadores sobre uma geomembrana de PEAD especialmente disponibilizada para este trabalho. Em seguida os catadores iniciaram a abertura de todos os sacos e o processo de triagem. O processo consistia em separar os lixos recicláveis dos rejeitos. Os catadores despejaram todo o lixo dos sacos, e separaram os recicláveis dos rejeitos, que eram colocados em tambores. Esses procedimentos podem ser observados nas Figura 25 a Figura 30.

FIGURA 25: DESPEJO DO LIXO NA SEDE Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 26: SEPARAÇÃO DO LIXO Fonte: Ecotécnica, 2008.

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FIGURA 27: EMBALAGENS LONGA VIDA SEPARADAS Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 28: PAPEL MISTO SEPARADOS Fonte: Ecotécnica, 2008.

Foram considerados como rejeitos todos os resíduos que não possuem valor de mercado como: fraldas, grama, terra, papel higiênico, copos de plásticos, pilhas, lâmpadas, borrachas e cerâmicas. Os rejeitos eram segregados em tambores que em média comportavam 65 kg de rejeito. Depois da separação das amostras, os tambores com os rejeitos foram disponibilizados para serem levados ao aterro sanitário. As cerâmicas eram retiradas e colocadas (espalhadas) nas ruas da sede para que em dia de chuva os caminhões não atolem.

FIGURA 29: SEGREGAÇÃO DOS REJEITOS Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 30: ESTOQUE DE REJEITOS AGUARDANDO A COLETA PARA ENCAMINHAMENTO AO ATERRO. Fonte: Ecotécnica, 2008.

Com as quantidades por tipo de resíduo, foi possível fazer uma análise quanto à caracterização dos resíduos sólidos da coleta no município de Rio Negro, apresentada na Tabela 5.

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TABELA 5: CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DOMÉSTICOS

MUNICÍPIO DE RIO NEGRO Caminhão 1 LYF Caminhão 2 LYF Caminhão 3 BWB Caminhão 4 LYF

Tota

l por

com

pone

nte (

Kg)

Data: 10/11/2008 Data: 11/11/2008 Data: 12/11/2008 Data: 13/11/2008 SEGUNDA TARDE TERÇA MANHA QUARTA TARDE QUINTA MANHA

Volume Caminhão Caçamba (m³) 5,2 4 7,5 3,6

Componentes Peso (kg) Porcentagem (%) Peso (kg) Porcentagem

(%) Peso (kg) Porcentagem (%) Peso (kg) Porcentagem

(%) Papel Misto 101,00 20,3 79,50 12,8 115,00 9,8 29,00 4,8 324,50

Papel Branco 22,00 4,4 11,00 1,8 33,00 2,8 11,00 1,8 77,00 Papelão 35,00 7,0 21,00 3,4 38,00 3,2 37,00 6,1 131,00

Embalagem PET verde 9,00 1,8 9,00 1,4 6,00 0,5 9,00 1,5 33,00 Embalagem PET branco 16,00 3,2 11,00 1,8 18,00 1,5 7,50 1,2 52,50

Longa Vida 16,00 3,2 9,20 1,5 26,00 2,2 21,00 3,5 72,20 Vidro 30,00 6,0 29,00 4,7 20,00 1,7 19,00 3,1 98,00 Ferro 17,00 3,4 19,00 3,1 41,00 3,5 17,00 2,8 94,00

Alumínio 3,50 0,7 4,20 0,7 11,00 0,9 2,50 0,4 21,20 Plástico Colorido (filme colorido) 99,00 19,9 30,00 4,8 146,00 12,4 18,00 3,0 293,00

Plástico Cristal 22,00 4,4 26,00 4,2 36,00 3,1 11,00 1,8 95,00 Plástico Duro colorido 16,00 3,2 30,00 4,8 28,00 2,4 30,50 5,1 104,50 Plástico Duro branco 9,00 1,8 11,00 1,8 19,00 1,6 10,50 1,7 49,50

Isopor 1,10 0,2 0,80 0,1 1,80 0,2 0,80 0,1 4,50 Total de recicláveis por caminhão

(Kg) 396,60 290,70 538,80 223,80

2.899,90 Fonte: Ecotécnica, 2008.

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Quanto aos rejeitos, ao final da classificação nos 4 dias, obteve-se um total de 362,50 Kg.. Nestes estão incluídos os materiais que não são recicláveis e/ou não tem mercado comprador. De acordo com a Figura 31, 50% dos resíduos coletados são rejeitos. Dentre os materiais recicláveis, o Papel Misto seguido do Plástico Colorido são os recicláveis que se apresentam em quantidades mais representativas.

FIGURA 31: QUANTIDADES MÉDIAS POR TIPO DE RESÍDUOS COLETADOS PARA A CARACTERIZAÇÃO Fonte: Ecotécnica, 2008. Considerando o total das amostras de 7.190,00 kg e o total de recicláveis separados de 1.449,90 kg podemos afirmar que o percentual de recicláveis com valor de mercado corresponde a 20,17%. Dos dados obtidos também verifica-se que os rejeitos correspondem a aproximadamente 20% do total da amostra, o que nos leva a concluir que a matéria orgânica corresponde a 60 %.

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4.1.7 Projeção Populacional

Para a estimativa da produção per capita dos resíduos sólidos, item deste relatório, foi elaborado um estudo preliminar para a definição do crescimento populacional no intervalo entre 2008 e 2028, com base nos seguintes dados: Os dados censitários anteriores; A evolução das ligações e economias de água entre 2003 a 2008 – SANEPAR e A evolução do número de consumidores de energia elétrica entre 1980 e 2007 – COPEL e CELESC.

4.1.7.1 Dados da SANEPAR, COPEL e CELESC

Com base na planilha de informações sobre localidades e dos dados fornecidos pela SANEPAR e COPEL e CELESC, pode-se verificar a evolução das economias de água (Tabela 6) e das unidades consumidoras residenciais de energia elétrica (Tabela 7). TABELA 6: EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ECONOMIAS DOMICILIARES

Ano Economias

residenciais de água (ud)

Período (%)

2003 6.543 - 2004 6.702 1,02 2005 6.840 1,02 2006 6.946 1,01 2007 7.129 1,02 2008* 7.290 1,02

* Dado referente à Agosto/2008. Fonte: SANEPAR, 2008. TABELA 7: HISTÓRICO DO CRESCIMENTO DAS UNIDADES CONSUMIDORAS DE ENERGIA ELÉTRICA

Ano Consumidores Período (%) 1980 3.651 - 1981 3.871 6,02 1982 4.158 7,41 1983 4.218 1,44 1984 4.498 6,63 1985 4.880 8,49 1986 5.181 6,16 1987 5.666 9,36 1988 6.125 8,10 1989 6.379 4,14 1990 6.466 1,36 1991 6.661 3,01 1992 6.844 2,74 1993 7.189 5,04 1994 7.455 3,70

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Ano Consumidores Período (%) 1995 7.746 3,90 1996 8.067 4,14 1997 8.383 3,91 1998 8.639 3,05 1999 8.899 3,00 2000 9.231 3,73 2001 9.399 1,81 2002 9.585 1,97 2003 9.767 1,89 2004 10.020 2,59 2005 10.210 1,89 2006 10.387 1,73 2007 10.519 1,27

Fonte: COPEL e CELESC, 2008. Analisando os dados fornecidos pela SANEPAR, COPEL E CELESC para o período de 2003 a 2008, pode-se verificar que os números referentes ao crescimento das unidades consumidoras de energia elétrica apresentam crescimento superior ao número de economias domiciliares apresentados pela SANEPAR.

4.1.7.2 Dados do IBGE

Para o cálculo da projeção populacional, foram adotados os dados censitários do município de Rio Negro, a partir do ano de 1980, considerando população urbana e rural. TABELA 8: POPULAÇÃO CENSITÁRIA DO MUNICÍPIO DE RIO NEGRO

Ano População (IBGE)

1980 21.676 1991 26.315 1996 27.824 2000 28.710 2007 29.862

Fonte: IBGE, 2007.

4.1.7.3 Estudo Populacional

Com base nas populações censitárias, utilizando o Método dos Mínimos Quadrados, foram realizados estudos de regressão que permitem avaliar as tendências de crescimento para o município de Rio Negro, conforme Tabela 9 e Figura 32. No estudo populacional, os métodos de regressão estudados foram: Linear, Exponencial, Logarítmica e Potência.

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43

Como parâmetros de comparação, foram feitas projeções do crescimento do número de economias domiciliares da SANEPAR (Tabela 10) e das unidades consumidoras de energia da COPEL e CELSEC (Tabela 11) para obtenção das respectivas taxas de crescimento, ano a ano através dos métodos de regressão.

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44

TABELA 9: ESTUDO DE REGRESSÕES, PROJEÇÃO POPULACIONAL COM BASE NOS DADOS CENSITÁRIOS. Regressão Linear Regressão Exponencial Regressão Logarítmica Regressão Potência

Ano População Taxa de

crescimento (%)

Ano População Taxa de

crescimento (%)

Ano População Taxa de

crescimento (%)

Ano População Taxa de

crescimento (%)

2001 28782 2001 28779,47 2001 28784,71 2001 28773,31 2002 29089,2 1,07 2002 29127,13 1,21 2002 29090,77 1,06 2002 29119,64 1,20 2003 29396,39 1,06 2003 29478,99 1,21 2003 29396,67 1,05 2003 29469,95 1,20 2004 29703,59 1,05 2004 29835,10 1,21 2004 29702,42 1,04 2004 29824,3 1,20 2005 30010,78 1,03 2005 30195,50 1,21 2005 30008,02 1,03 2005 30182,73 1,20 2006 30317,98 1,02 2006 30560,27 1,21 2006 30313,47 1,02 2006 30545,28 1,20 2007 30625,17 1,01 2007 30929,44 1,21 2007 30618,76 1,01 2007 30912,01 1,20 2008 30932,36 1,00 2008 31303,06 1,21 2008 30923,9 1,00 2008 31282,96 1,20 2009 31239,56 0,99 2009 31681,21 1,21 2009 31228,89 0,99 2009 31658,16 1,20 2010 31546,75 0,98 2010 32063,92 1,21 2010 31533,73 0,98 2010 32037,68 1,20 2011 31853,95 0,97 2011 32451,25 1,21 2011 31838,42 0,97 2011 32421,56 1,20 2012 32161,14 0,96 2012 32843,26 1,21 2012 32142,95 0,96 2012 32809,84 1,20 2013 32468,34 0,96 2013 33240,01 1,21 2013 32447,34 0,95 2013 33202,57 1,20 2014 32775,53 0,95 2014 33641,55 1,21 2014 32751,57 0,94 2014 33599,81 1,20 2015 33082,72 0,94 2015 34047,94 1,21 2015 33055,65 0,93 2015 34001,59 1,20 2016 33389,92 0,93 2016 34459,24 1,21 2016 33359,58 0,92 2016 34407,98 1,20 2017 33697,11 0,92 2017 34875,51 1,21 2017 33663,36 0,91 2017 34819,03 1,19 2018 34004,31 0,91 2018 35296,81 1,21 2018 33966,99 0,90 2018 35234,77 1,19 2019 34311,5 0,90 2019 35723,19 1,21 2019 34270,47 0,89 2019 35655,27 1,19 2020 34618,7 0,90 2020 36154,73 1,21 2020 34573,8 0,89 2020 36080,58 1,19

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

45

Regressão Linear Regressão Exponencial Regressão Logarítmica Regressão Potência

Ano População Taxa de

crescimento (%)

Ano População Taxa de

crescimento (%)

Ano População Taxa de

crescimento (%)

Ano População Taxa de

crescimento (%)

2021 34925,89 0,89 2021 36591,48 1,21 2021 34876,98 0,88 2021 36510,74 1,19 2022 35233,08 0,88 2022 37033,51 1,21 2022 35180,01 0,87 2022 36945,82 1,19 2023 35540,28 0,87 2023 37480,87 1,21 2023 35482,89 0,86 2023 37385,86 1,19 2024 35847,47 0,86 2024 37933,64 1,21 2024 35785,61 0,85 2024 37830,92 1,19 2025 36154,67 0,86 2025 38391, 8865 1,21 2025 36088,19 0,85 2025 38281,06 1,19 2026 36461,86 0,85 2026 38855,66 1,21 2026 36390,62 0,84 2026 38736,32 1,19 2027 36769,06 0,84 2027 39325,03 1,21 2027 36692,91 0,83 2027 39196,78 1,19 2028 37076,25 0,84 2028 39800,08 1,21 2028 36995,04 0,82 2028 39662,47 1,19

Fonte: Ecotécnica, 2008.

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

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FIGURA 32: ESTUDO DE REGRESSÃO, CURVAS DE PROJEÇÃO POPULACIONAL COM BASE NOS DADOS CENSITÁRIOS

Fonte: Ecotécnica, 2008.

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TABELA 10: ESTUDO DE REGRESSÕES, PROJEÇÃO DO Nº DE ECONOMIAS DOMICILIARES - SANEPAR Regressão Linear Regressão Exponencial Regressão Logarítmica Regressão Potência

Ano Nº de economias

Taxa de crescimento

(%) Ano Nº de economias

Taxa de crescimento

(%) Ano Nº de economias

Taxa de crescimento

(%) Ano Nº de

economias Taxa de

crescimento (%)

2000 6103,45 2000 6144,73 2000 6102,45 2000 6143,77 2001 6249,79 2,40 2001 6276,25 2,14 2001 6249,15 2,40 2001 6275,59 2,15 2002 6396,13 2,34 2002 6410,58 2,14 2002 6395,79 2,35 2002 6410,18 2,14 2003 6542,47 2,29 2003 6547,79 2,14 2003 6542,35 2,29 2003 6547,58 2,14 2004 6688,81 2,24 2004 6687,93 2,14 2004 6688,83 2,24 2004 6687,86 2,14 2005 6835,16 2,19 2005 6831,08 2,14 2005 6835,25 2,19 2005 6831,08 2,14 2006 6981,50 2,14 2006 6977,28 2,14 2006 6981,59 2,14 2006 6977,29 2,14 2007 7127,84 2,10 2007 7126,62 2,14 2007 7127,86 2,10 2007 7126,55 2,14 2008 7274,19 2,05 2008 7279,15 2,14 2008 7274,05 2,05 2008 7278,92 2,14 2009 7420,53 2,01 2009 7434,95 2,14 2009 7420,18 2,01 2009 7434,48 2,14 2010 7566,87 1,97 2010 7594,09 2,14 2010 7566,23 1,97 2010 7593,28 2,14 2011 7713,21 1,93 2011 7756,62 2,14 2011 7712,20 1,93 2011 7755,39 2,13 2012 7859,56 1,90 2012 7922,64 2,14 2012 7858,11 1,89 2012 7920,88 2,13 2013 8005,90 1,86 2013 8092,21 2,14 2013 8003,94 1,86 2013 8089,82 2,13 2014 8152,24 1,83 2014 8265,41 2,14 2014 8149,70 1,82 2014 8262,27 2,13 2015 8298,59 1,80 2015 8442,32 2,14 2015 8295,39 1,79 2015 8438,31 2,13 2016 8444,93 1,76 2016 8623,01 2,14 2016 8441,00 1,76 2016 8618,01 2,13 2017 8591,27 1,73 2017 8807,58 2,14 2017 8586,54 1,72 2017 8801,45 2,13 2018 8737,61 1,70 2018 8996,09 2,14 2018 8732,01 1,69 2018 8988,70 2,13 2019 8883,96 1,67 2019 9188,63 2,14 2019 8877,41 1,67 2019 9179,83 2,13

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

48

Regressão Linear Regressão Exponencial Regressão Logarítmica Regressão Potência

Ano Nº de economias

Taxa de crescimento

(%) Ano Nº de economias

Taxa de crescimento

(%) Ano Nº de economias

Taxa de crescimento

(%) Ano Nº de

economias Taxa de

crescimento (%)

2020 9030,30 1,65 2020 9385,30 2,14 2020 9022,74 1,64 2020 9374,93 2,13 2021 9176,64 1,62 2021 9586,18 2,14 2021 9167,99 1,61 2021 9574,08 2,12 2022 9322,99 1,59 2022 9791,35 2,14 2022 9313,18 1,58 2022 9777,36 2,12 2023 9469,33 1,57 2023 10000,92 2,14 2023 9458,29 1,56 2023 9984,85 2,12 2024 9615,67 1,55 2024 10214,97 2,14 2024 9603,33 1,53 2024 10196,64 2,12 2025 9762,01 1,52 2025 10433,61 2,14 2025 9748,29 1,51 2025 10412,81 2,12 2026 9908,36 1,50 2026 10656,92 2,14 2026 9893,19 1,49 2026 10633,45 2,12 2027 10054,7 1,48 2027 10885,02 2,14 2027 10038,02 1,46 2027 10858,66 2,12 2028 10201,05 1,46 2028 11117,99 2,14 2028 10182,77 1,01 2028 11088,52 2,12

Fonte: Ecotécnica, 2008.

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

49

TABELA 11: ESTUDO DE REGRESSÕES, PROJEÇÃO DO Nº DE UNIDADES CONSUMIDORAS DE ENERGIA ELÉTRICA - COPEL E CELESC Regressão Linear Regressão Exponencial Regressão Logarítmica Regressão Potência

Ano Nº de unidades

Taxa de crescimento

(%) Ano Nº de unidades

Taxa de crescimento

(%) Ano Nº de unidades

Taxa de crescimento

(%) Ano Nº de

unidades Taxa de

crescimento (%)

2000 9056,03 2000 9058,62 2000 9056, 937 2000 9060, 473 2001 9325, 542 2,98 2001 9430,90 4,11 2001 9325, 456 2,96 2001 9431, 517 4,10 2002 9595, 054 2,89 2002 9818,48 4,11 2002 9593, 841 2,88 2002 9817,56 4,09 2003 9864, 567 2,81 2003 10221,98 4,11 2003 9862, 093 2,80 2003 10219,2 4,09 2004 10134,08 2,73 2004 10642,07 4,11 2004 10130,21 2,72 2004 10637,06 4,09 2005 10403,59 2,66 2005 11079,43 4,11 2005 10398,19 2,65 2005 11071,78 4,09 2006 10673,1 2,59 2006 11534,75 4,11 2006 10666,04 2,58 2006 11524,04 4,08 2007 10942,62 2,53 2007 12008,79 4,11 2007 10933,76 2,51 2007 11994,53 4,08 2008 11212,13 2,46 2008 12502,31 4,11 2008 11201,34 2,45 2008 12483,98 4,08 2009 11481,64 2,40 2009 13016,12 4,11 2009 11468,79 2,39 2009 12993,15 4,08 2010 11751,15 2,35 2010 13551,03 4,11 2010 11736,11 2,33 2010 13522,81 4,08 2011 12020,66 2,29 2011 14107,94 4,11 2011 12003,29 2,28 2011 14073,79 4,07 2012 12290,18 2,24 2012 14687,72 4,11 2012 12270,34 2,22 2012 14646,92 4,07 2013 12559,69 2,19 2013 15291,34 4,11 2013 12537,26 2,18 2013 15243,1 4,07 2014 12829,2 2,15 2014 15919,76 4,11 2014 12804,05 2,13 2014 15863,22 4,07 2015 13098,71 2,10 2015 16574,01 4,11 2015 13070,7 2,08 2015 16508,25 4,07 2016 13368,23 2,06 2016 17255,15 4,11 2016 13337,22 2,04 2016 17179,16 4,06 2017 13637,74 2,02 2017 17964,28 4,11 2017 13603,61 2,00 2017 17876,99 4,06 2018 13907,25 1,98 2018 18702,55 4,11 2018 13869,87 1,96 2018 18602,79 4,06 2019 14176,76 1,94 2019 19471,16 4,11 2019 14135,99 1,92 2019 19357,68 4,06

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

50

Regressão Linear Regressão Exponencial Regressão Logarítmica Regressão Potência

Ano Nº de unidades

Taxa de crescimento

(%) Ano Nº de unidades

Taxa de crescimento

(%) Ano Nº de unidades

Taxa de crescimento

(%) Ano Nº de

unidades Taxa de

crescimento (%)

2020 14446,27 1,90 2020 20271,36 4,11 2020 14401,98 1,88 2020 20142,81 4,06 2021 14715,79 1,87 2021 21104,44 4,11 2021 14667,85 1,85 2021 20959,37 4,05 2022 14985,3 1,83 2022 21971,76 4,11 2022 14933,58 1,81 2022 21808,61 4,05 2023 15254,81 1,80 2023 22874,73 4,11 2023 15199,17 1,78 2023 22691,8 4,05 2024 15524,32 1,77 2024 23814,80 4,11 2024 15464,64 1,75 2024 23610,3 4,05 2025 15793,84 1,74 2025 24793,51 4,11 2025 15729,98 1,72 2025 24565,5 4,05 2026 16063,35 1,71 2026 25812,44 4,11 2026 15995,18 1,69 2026 25558,84 4,04 2027 16332,86 1,68 2027 26873,24 4,11 2027 16260,26 1,66 2027 26591,83 4,04 2028 16602,37 1,65 2028 27977,64 4,11 2028 16525,2 1,63 2028 27666,03 4,04

Fonte: Ecotécnica, 2008.

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

51

De posse das taxas de crescimento do número de economias domiciliares ativas e de unidades consumidoras de energia elétrica, obtidas pelo estudo de regressão, foram feitas projeções populacionais tomando como base a população censitária do ano de 2000.

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

52

TABELA 12: PROJEÇÃO POPULACIONAL COM TAXAS DE CRESCIMENTO OBTIDAS DA PROJEÇÃO DO Nº DE ECONOMIAS DOMICILIARES – SANEPAR, A PARTIR DO CENSO 2000 Regressão Linear Regressão Exponencial Regressão Logarítmica Regressão Potência

Ano População Taxa de

crescimento aplicada (%)

Ano População Taxa de

crescimento aplicada (%)

Ano População Taxa de

crescimento aplicada (%)

Ano População Taxa de

crescimento aplicada (%)

2000 28710* 2000 28710* 2000 28710* 2000 28710* 2001 29398 2,40 2001 29324 2,14 2001 29400 2,40 2001 29326 2,15 2002 30087 2,34 2002 29952 2,14 2002 30090 2,35 2002 29955 2,14 2003 30775 2,29 2003 30593 2,14 2003 30780 2,29 2003 30597 2,14 2004 31464 2,24 2004 31248 2,14 2004 31469 2,24 2004 31253 2,14 2005 32152 2,19 2005 31917 2,14 2005 32158 2,19 2005 31922 2,14 2006 32840 2,14 2006 32600 2,14 2006 32846 2,14 2006 32605 2,14 2007 33529 2,10 2007 33298 2,14 2007 33534 2,10 2007 33303 2,14 2008 34217 2,05 2008 34010 2,14 2008 34222 2,05 2008 34015 2,14 2009 34905 2,01 2009 34738 2,14 2009 34909 2,01 2009 34742 2,14 2010 35594 1,97 2010 35482 2,14 2010 35597 1,97 2010 35484 2,14 2011 36282 1,93 2011 36241 2,14 2011 36283 1,93 2011 36241 2,13 2012 36971 1,90 2012 37017 2,14 2012 36970 1,89 2012 37015 2,13 2013 37659 1,86 2013 37809 2,14 2013 37656 1,86 2013 37804 2,13 2014 38347 1,83 2014 38618 2,14 2014 38342 1,82 2014 38610 2,13 2015 39036 1,80 2015 39445 2,14 2015 39027 1,79 2015 39433 2,13 2016 39724 1,76 2016 40289 2,14 2016 39712 1,76 2016 40272 2,13 2017 40412 1,73 2017 41152 2,14 2017 40397 1,72 2017 41129 2,13 2018 41101 1,70 2018 42032 2,14 2018 41081 1,69 2018 42004 2,13 2019 41789 1,67 2019 42932 2,14 2019 41765 1,67 2019 42898 2,13

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Plano Municipal de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Município de Rio Negro - PR

RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

53

Regressão Linear Regressão Exponencial Regressão Logarítmica Regressão Potência

Ano População Taxa de

crescimento aplicada (%)

Ano População Taxa de

crescimento aplicada (%)

Ano População Taxa de

crescimento aplicada (%)

Ano População Taxa de

crescimento aplicada (%)

2020 42478 1,65 2020 43851 2,14 2020 42449 1,64 2020 43809 2,13 2021 43166 1,62 2021 44789 2,14 2021 43132 1,61 2021 44740 2,12 2022 43854 1,59 2022 45748 2,14 2022 43815 1,58 2022 45690 2,12 2023 44543 1,57 2023 46727 2,14 2023 44498 1,56 2023 46660 2,12 2024 45231 1,55 2024 47727 2,14 2024 45180 1,53 2024 47649 2,12 2025 45920 1,52 2025 48749 2,14 2025 45862 1,51 2025 48659 2,12 2026 46608 1,50 2026 49792 2,14 2026 46544 1,49 2026 49690 2,12 2027 47296 1,48 2027 50858 2,14 2027 47226 1,46 2027 50743 2,12 2028 47985 1,46 2028 51947 2,14 2028 47705 1,01 2028 51817 2,12

Fonte: Ecotécnica, 2008. * População censitária do ano 2000.

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

54

TABELA 13: PROJEÇÃO POPULACIONAL COM TAXAS DE CRESCIMENTO OBTIDAS DA PROJEÇÃO DO Nº DE UNIDADES CONSUMIDORAS DE ENERGIA ELÉTRICA – COPEL E CELESC, A PARTIR DO CENSO 2000

Regressão Linear Regressão Exponencial Regressão Logarítmica Regressão Potência

Ano População Taxa de

crescimento aplicada (%)

Ano População Taxa de

crescimento aplicada (%)

Ano População Taxa de

crescimento aplicada (%)

Ano População Taxa de

crescimento aplicada (%)

2000 28710* 2000 28710* 2000 28710* 2000 28710* 2001 29565,56 2,98 2001 29889,88 4,10 2001 29561,19 2,96 2001 29885,73 4,09 2002 30420,02 2,89 2002 31118,25 4,10 2002 30411,96 2,87 2002 31108,99 4,09 2003 31274,47 2,80 2003 32397,11 4,10 2003 31262,3 2,79 2003 32381,67 4,09 2004 32128,93 2,73 2004 33728,52 4,10 2004 32112,22 2,71 2004 33705,73 4,08 2005 32983,39 2,65 2005 35114,65 4,10 2005 32961,71 2,64 2005 35083,24 4,08 2006 33837,85 2,59 2006 36557,74 4,10 2006 33810,78 2,57 2006 36516,32 4,08 2007 34692,3 2,52 2007 38060,14 4,10 2007 34659,43 2,50 2007 38007,17 4,08 2008 35546,76 2,46 2008 39624, 2858 4,10 2008 35507,65 2,44 2008 39558,1 4,08 2009 36401,22 2,40 2009 41252, 70957 4,10 2009 36355,45 2,38 2009 41171,5 4,07 2010 37255,67 2,34 2010 42948, 05605 4,10 2010 37202,83 2,33 2010 42849,86 4,07 2011 38110,13 2,29 2011 44713, 07551 4,10 2011 38049,79 2,27 2011 44595,74 4,07 2012 38964,59 2,24 2012 46550, 63128 4,10 2012 38896,32 2,22 2012 46411,84 4,07 2013 39819,05 2,19 2013 48463, 70437 4,10 2013 39742,44 2,17 2013 48300,93 4,07 2014 40673,5 2,14 2014 50455, 39827 4,10 2014 40588,14 2,12 2014 50265,93 4,06 2015 41527,96 2,10 2015 52528, 94404 4,10 2015 41433,41 2,08 2015 52309,82 4,06 2016 42382,42 2,05 2016 54687, 70551 4,10 2016 42278,27 2,03 2016 54435,75 4,06 2017 43236,88 2,01 2017 56935, 18475 4,10 2017 43122,71 1,99 2017 56646,96 4,06 2018 44091,33 1,97 2018 59275, 02777 4,10 2018 43966,73 1,95 2018 58946,83 4,06

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

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Regressão Linear Regressão Exponencial Regressão Logarítmica Regressão Potência

Ano População Taxa de

crescimento aplicada (%)

Ano População Taxa de

crescimento aplicada (%)

Ano População Taxa de

crescimento aplicada (%)

Ano População Taxa de

crescimento aplicada (%)

2019 44945,79 1,93 2019 61711, 0304 4,10 2019 44810,33 1,91 2019 61338,86 4,05 2020 45800,25 1,90 2020 64247, 14448 4,10 2020 45653,51 1,88 2020 63826,71 4,05 2021 46654,71 1,86 2021 66887, 48425 4,10 2021 46496,28 1,84 2021 66414,15 4,05 2022 47509,16 1,83 2022 69636, 33303 4,10 2022 47338,63 1,81 2022 69105,12 4,05 2023 48363,62 1,79 2023 72498, 15017 4,10 2023 48180,56 1,77 2023 71903,71 4,04 2024 49218,08 1,76 2024 75477, 57829 4,10 2024 49022,08 1,74 2024 74814,18 4,04 2025 50072,54 1,73 2025 78579, 4508 4,10 2025 49863,18 1,71 2025 77840,92 4,04 2026 50926,99 1,70 2026 81808, 79976 4,10 2026 50703,86 1,68 2026 80988,53 4,04 2027 51781,45 1,67 2027 85170, 86401 4,10 2027 51544,13 1,65 2027 84261,77 4,04 2028 52635,91 1,65 2028 88671, 09769 4,10 2028 52383,99 1,62 2028 87665,59 4,03

Fonte: Ecotécnica, 2008. * População censitária do ano 2000.

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

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Para analisar a coerência dos crescimentos populacionais calculados, foi adotada a contagem populacional do Censo 2007, ou seja, 29.862 pessoas. A Tabela 14 contém a síntese dos valores obtidos nos estudos de regressão, todos para o ano de 2007. TABELA 14: POPULAÇÕES ESTIMADAS PELO MÉTODO DE REGRESSÃO PARA O ANO DE 2007.

Regressão Linear

Regressão Exponencial

Regressão Logarítmica

Regressão Potência

IBGE 30.625 30.929 30.619 30.912 SANEPAR 33.529 33.298 33.534 33.303 COPEL/CELESC 34.693 38.060 34.659 38.007 Fonte: Ecotécnica, 2008. Dos estudos realizados, a população que mais se aproxima da obtida no Censo 2007 foi o estudo de regressão logarítmica a partir dos dados do IBGE, que previu uma população de 30.619 pessoas. Assim, será adotada a projeção populacional baseada no método de regressão logarítmica, com base nos dados históricos do IBGE, conforme Tabela 15. TABELA 15: CRESCIMENTO POPULACIONAL ADOTADO PARA O MUNICÍPIO DE RIO NEGRO

Regressão Logarítmica

Ano População Taxa de crescimento (%)

2008 30.924 2009 31.229 0,99 2010 31.534 0,98 2011 31.839 0,97 2012 32.143 0,96 2013 32.448 0,95 2014 32.752 0,94 2015 33.056 0,93 2016 33.360 0,92 2017 33.664 0,91 2018 33.967 0,90 2019 34.271 0,89 2020 34.574 0,89 2021 34.877 0,88 2022 35.180 0,87 2023 35.483 0,86 2024 35.786 0,85 2025 36.089 0,85 2026 36.391 0,84

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

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Regressão Logarítmica

Ano População Taxa de crescimento (%)

2027 36.693 0,83 2028 36.996 0,82

Fonte: Ecotécnica, 2008.

4.1.8 Produção Per Capita de Resíduos Domésticos

A geração “per capita” relaciona a quantidade de resíduos urbanos gerada diariamente e o número de habitantes de determinada região. Muitos técnicos consideram de 0,50 a 1,30 hab./dia como a faixa de variação média para o Brasil conforme tabela abaixo: TABELA 16: GERAÇÃO PER CAPITA DE RESÍDUOS DOMÉSTICOS DO BRASIL

Tamanho da Cidade População Urbana (habitantes)

Geração Per Capita (kg/hab.dia)

Pequena Até 30.000 0,50 Média De 30.000 a 500.000 De 0,50 a 0,80

Grande De 500.000 a 3.000.000 De 0,80 a 1,00 Megalópole Acima de 3.000.000 De 1,00 a 1,30

Fonte: CEMPRE, 2000. Para o cálculo da produção per capita de resíduos domésticos do município de Rio Negro, foram utilizadas a população urbana estimada pelo IBGE e as quantidades de resíduos coletados pela empresa SERRANA no ano de 2008 até o mês de agosto. O valor obtido para o per capita foi de 0,33kg/hab.dia (Tabela 17), o qual pode ser considerado subestimado em relação às referências bibliográficas que utilizam entre 0,50 a 0,80 kg/hab.dia para população urbana entre 30.000 a 500.000 habitantes. Ressaltamos que não foram incluídos os resíduos originados nos setores públicos, construção civil e industrial. TABELA 17: PRODUÇÃO PER CAPITA ATUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO MUNICÍPIO DE RIO NEGRO População Urbana (hab.) Coleta Doméstica

(kg/mês) Coleta Doméstica

(kg/dia) Per capita

(kg/hab.dia) 30.985 303.148,8 10.104,96 0,33

Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

4.1.9 Taxa de Crescimento de Geração Per Capita de Resíduo Doméstico

A Tabela 18 a seguir, apresenta a geração per capita dos resíduos domésticos gerados no município de Rio Negro entre o ano de 2004 e 2008.

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

58

TABELA 18: GERAÇÃO PER CAPITA DOS RESÍDUOS DOMÉSTICOS ENTRE OS ANOS DE 2004 E 2008 Ano População Urbana Coleta Doméstica

média (Kg/mês) Coleta Doméstica

(Kg/dia) Per Capita

(Kg/hab.dia) 2004 29939 246.879,1 8.229,30 0,27 2005 30210 253.913,3 8.463,77 0,28 2006 30480 268.650 8.955 0,29 2007 29862 294.178,2 9.805,93 0,33 2008 30985 303.148,8 10.104,96 0,33

Fonte: ECOTÉCNICA, 2008. Ao analisar a tabela acima, pode-se observar um crescimento da geração de resíduos, entretanto os valores da geração per capita, obtiveram-se variações pequenas praticamente constantes. Assim, pode-se dizer que há aumento da geração dos resíduos domésticos com o crescimento da geração per capita. Salienta-se que foram considerados para análise 100% da coleta dos resíduos na área urbana, não havendo mudança na taxa de atendimento do serviço. Para o cálculo da taxa de crescimento de geração per capita ao longo do tempo, foram considerados o período de 20 anos (2008 a 2028) e uma tendência linear do crescimento da geração per capita de resíduos de 0,33 a 0,5 kg/hab.dia, obtendo uma taxa de crescimento de 2,57% ao ano.

4.1.10 Estimativa da Quantidade de Resíduos Gerados

A fim de avaliar o impacto da geração de resíduos do município, realizou-se um cálculo para estimativa da quantidade de resíduos gerados, conforme Tabela 19. Foram utilizados os dados populacionais apresentados anteriormente e a variação anual do per capita de 0, 0085. TABELA 19: ESTIMATIVA DA GERAÇÃO ANUAL DOS RESÍDUOS DOMÉSTICOS

Ano População Urbana (hab.)

Per Capita (Kg/hab.dia)

Quantidade de resíduos (Kg/ano) Quantidade acumulada (Kg)

2008 31.303 0,33 3.718.804,60 3.718.804,60 2009 31.681 0,34 3.860.672,37 7.579.476,97 2010 32.064 0,35 4.005.425,00 11.584.901,97 2011 32.451 0,36 4.153.111,48 15.738.013,45 2012 32.843 0,36 4.303.781,58 20.041.795,03 2013 33.240 0,37 4.457.485,83 24.499.280,86 2014 33.642 0,38 4.614.275,54 29.113.556,41

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59

2015 34.048 0,39 4.774.202,83 33.887.759,24 2016 34.459 0,40 4.937.320,63 38.825.079,87 2017 34.876 0,41 5.103.682,68 43.928.762,54 2018 35.297 0,42 5.273.343,55 49.202.106,09 2019 35.723 0,42 5.446.358,67 54.648.464,77 2020 36.155 0,43 5.622.784,33 60.271.249,09 2021 36.591 0,44 5.802.677,67 66.073.926,76 2022 37.034 0,45 5.986.096,72 72.060.023,49 2023 37.481 0,46 6.173.100,43 78.233.123,91 2024 37.934 0,47 6.363.748,62 84.596.872,53 2025 38.392 0,47 6.558.102,05 91.154.974,58 2026 38.856 0,48 6.756.222,44 97.911.197,02 2027 39.325 0,49 6.958.172,42 104.869.369,43 2028 39.800 0,50 7.164.015,60 112.033.385,04

Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

44..22 CCoolleettaa SSeelleettiivvaa –– MMaatteerriiaaiiss RReecciicclláávveeiiss

A coleta seletiva é o sistema de recolhimento dos materiais recicláveis como: papéis, plásticos, vidros, metais, entre outros. Conforme o Kit Resíduo n° 14 - Coleta Seletiva do programa de Desperdício Zero do Paraná, “a coleta seletiva é um sistema ecologicamente correto que visa recolher o material potencialmente reciclável, que foi previamente separado na fonte geradora através de uma ação conjunta entre inúmeros parceiros” (SEMA, 2007). Segundo o programa Desperdício Zero, a coleta seletiva proporciona benefícios nos âmbitos ambiental, econômico e social, conforme demonstra a Tabela 20 a seguir. TABELA 20: FORMAS DE REALIZAÇÃO DA COLETA SELETIVA

BENEFÍCIOS DA COLETA SELETIVA

AMBIENTAL

- Diminui a exploração de recursos naturais renováveis e não renováveis - Evita a poluição do solo, da água e do ar - Melhora a qualidade do composto produzido a partir da matéria orgânica - Melhora a limpeza da cidade - Possibilita o reaproveitamento de materiais que iriam para o aterro sanitário - Prolonga a vida útil dos aterros sanitários - reduz o consumo de energia para fabricação de novos bens de consumo - Diminui o desperdício

ECONOMICO - Diminui os custos da produção, com o aproveitamento de recicláveis pelas indústrias - Gera renda pela comercialização dos recicláveis - Diminui os gastos com a limpeza urbana

SOCIAL - Cria oportunidade de fortalecer organizações comunitárias - Gera empregos para a população - Incentiva o fortalecimento de associações e cooperativas

Fonte: SEMA, 2007. Os procedimentos de coleta dos materiais recicláveis encontrados atualmente podem ser da seguinte maneira: Porta-a-porta ou Coleta Doméstica: Os resíduos são separados no local onde são gerados – fonte

geradora: nas residências da população, nos estabelecimentos de comércio.

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PEV´s - Pontos de Entrega Voluntária ou LEV´s - Locais de Entrega Voluntária: São locais ou pontos específicos para o depósito espontâneo e voluntário dos materiais recicláveis pela população.

Postos de troca: É baseado na entrega do material reciclável pela troca de outro material (algum bem ou benefício).

Associações ou Cooperativas de Catadores/Carrinheiros: A coleta formal envolve a participação da prefeitura, com equipamentos adequados para realização da coleta, uniformização e cadastramento e dos catadores, etc. A coleta informal envolve a coleta dos materiais recicláveis em lugares como lixões ou aterros (quando permitido), ou recolhem os recicláveis por meio da coleta de porta em porta, nas residências e comércios.

Após o processo de coleta, separação e triagem, os materiais recicláveis são vendidos pelos barracões e catadores como matéria prima aos sucateiros, aparistas e às indústrias. Dentre os fatores contribuintes de todo esse processo, atribui-se que o sucesso da coleta seletiva é proporcional ao nível de sensibilização e conscientização da população em realizar e participar da coleta seletiva, assim como da existência de mercado ara os materiais recicláveis. Os itens a seguir detalham sobre a situação atual de Rio Negro relacionada com a coleta de material reciclável no município: sistema de coleta, transporte e destinação final dos materiais recicláveis, ações da prefeitura, abordagem dos diversos atuantes da coleta seletiva como os catadores, receptadores e empresas.

4.2.1 Coleta Seletiva Municipal

No município de Rio Negro não existe coleta regular de materiais recicláveis feita pela prefeitura. Esta atividade é realizada por carrinheiros, que podem ou não fazer parte da FUNDIR ou Associação de Catadores. No entanto, a prefeitura municipal procura apoiar essas instituições, através do Programa Cidade Limpa, que visa conscientizar a população quanto à importância da reciclagem de materiais.

4.2.1.1 Entidades Municipais de Coleta de Materiais Recicláveis

Para melhor entender a situação da coleta, separação e destinação dos materiais recicláveis no município de Rio Negro é necessário descrever as atividades das duas entidades que fazem este serviço: FUNDIR e Associação dos Catadores.

4.2.1.1.1 Fundação Comunitária de Desenvolvimento Integrado de Rio Negro – FUNDIR

Esta entidade é de natureza fundacional, sem fins lucrativos, que visa auxiliar e participar do desenvolvimento da comunidade. A finalidade específica é a assistência social, desenvolvendo programas educacionais em geral,

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bem como culturais, esportivos, de meio ambiente e ecologia, voltados para o amparo e desenvolvimento do ser humano. Sua sede está localizada na Rua Governador Moisés Lupion, 357 no bairro Estação Nova, como mostra a Figura 33.

FIGURA 33: SEDE DA FUNDIR Fonte: Ecotécnica, 2008 A criação da FUNDIR se deu em agosto de 1991 em assembléia geral realizada no salão nobre do Colégio Estadual Caetano Munhoz da Rocha. A estrutura administrativa tem a seguinte organização básica: I – Conselho Administrativo: composto por 5 membros aprovados em assembléia geral; II – Conselho Curador: composto por 3 membros titulares e 3 suplentes, constituído por associados; III – Presidência: eleito por assembléia geral com mandato de dois anos; IV – Conselho Fiscal: composto por 3 membros titulares, e igual número de suplentes. V – Diretoria Executiva: constituído pelo presidente da Fundação, Vice-Presidente, Diretor Executivo e Secretário Geral, eleitos pela Assembléia Geral. A estrutura física da Fundação é de um barracão de 700m², no qual está à administração e a estrutura de apoio ao Programa Cidade Limpa, com 1 prensa 1 balança, um veículo Saveiro e um caminhão Mercedes Benz 709. Os projetos em desenvolvimento são: Coral dos Serafins e Música Instrumental, voltados para crianças de Escolas Públicas, e o Projeto Cidade Limpa. Possui também convênio com dois programas do Governo Federal, Programa Saúde da Família (PSF) e Programa Agente Comunitário de Saúde (PACS). Dentre os projetos desenvolvidos pela FUNDIR, o de maior relevância para este plano é o Projeto Cidade Limpa. Este projeto tem como finalidade básica a melhoria da renda e das condições de vida dos carrinheiros e de suas famílias que arrecadam materiais pela cidade, e vendem a FUNDIR. No item a seguir será detalhado o principal programa de desenvolvimento social voltado aos catadores.

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4.2.1.1.2 Programa Cidade Limpa

Atualmente, a FUNDIR possui 9 funcionários e 1 estagiário que trabalham diretamente no Programa Cidade Limpa, administrando e operacionalizando todas as atividades envolvidas no programa. Entre as atividades relacionadas estão:

• Coleta, quando não realizada por carrinheiros autônomos, é realizada pelo motorista da fundação através de um caminhão doado pela empresa Souza Cruz;

• Classificação, realizada por dois funcionários encarregados de separar os materiais de acordo com a sua composição;

• Pesagem e enfardamento, feita por um funcionário que preenche um controle de pesagem;

• Prensagem, feita por dois funcionários, que utilizam uma prensa hidráulica e estocam os materiais em suas respectivas baias;

• Limpeza, realizada por um funcionário responsável pelos serviços gerais. Realizando uma avaliação sucinta do empreendimento, tendo como critério de avaliação a análise de condicionantes básicas (ex: infra-estrutura, pavimentação, tipo de construção, equipamentos, organização procedimentos e formas de acondicionamento, triagem, etc.) conforme demonstra o QUADRO 5, tem-se a seguinte avaliação: QUADRO 10: FUNDIR – CONDIÇÕES DOS SERVIÇOS E ESTRUTURAS

ITENS CONDIÇÕES

INFRA-ESTRUTURA

Equipamentos (balança, prensa, caminhão) em bom estado de conservação Área de pesagem coberta, mas sem pavimentação (Figura 34). Área prensagem e estocagem coberta, com pavimentação (Figura 35 e Figura 36) Área de triagem externa sem pavimentação (Figura 37). Refeitório em alvenaria (Figura 38).

ORGANIZAÇÃO

Organização no recebimento (local específico para o recebimento) Organização no processo da triagem (local específico para a triagem) Organização no processo de armazenamento (local específico) Procedimentos e formas de acondicionamento (utilização de fardos e baias, Figura 39)

SEGURANÇA Utilização de EPI’S - Equipamentos de Proteção Individual (utilização de luvas, botas e protetores auriculares, Figura 40)

CONTROLE OPERACIONAL

Possuem controle de compra e venda dos materiais recicláveis Possuem controle de peso e volume dos materiais recicláveis Possuem listagem simplificada (sem tipologia) de pessoas/empresas que vendem materiais Não possuem listagem de empresas que compram materiais

Fonte: Ecotécnica, 2008.

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FIGURA 34: FUNDIR - ÁREA DE PESAGEM DE MATERIAIS Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 35: FUNDIR - ÁREA DE ESTOCAGEM DE MATERIAIS Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 36: FUNDIR - ÁREA DE PRENSAGEM DE MATERIAIS Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 37: FUNDIR - ÁREA DE TRIAGEM DE MATERIAIS Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 38: FUNDIR – REFEITÓRIO Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 39: FUNDIR - ARMAZENAMENTO EM FARDOS E BAIAS Fonte: Ecotécnica, 2008.

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FIGURA 40: FUNDIR - FUNCIONÁRIO UTILIZANDO EPI’S Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 41: FUNDIR – CARRINHOS Fonte: Ecotécnica, 2008.

A FUNDIR possui 10 carrinhos que são utilizados por carrinheiros cadastrados pela fundação (Figura 41), em regime de empréstimo, podendo ser utilizados das 7h às 17h30minh, de segunda à sexta-feira. A manutenção dos carrinhos da FUNDIR e do caminhão utilizados na coleta são patrocinados por terceiros. Além dos 10 carrinheiros cadastrados, existem cerca de 200 que utilizam carrinhos próprios e a mesma estrutura. Os carrinheiros que utilizam os carrinhos da FUNDIR não possuem vínculos trabalhistas, por isso não tem obrigatoriedade de metas de coleta a serem cumpridas. As rotas de coleta são estabelecidas pelos próprios carrinheiros, que dão preferência a região central e aos bairros lindeiros, como: Vila Paraná, Bom Jesus, Campo do Gado, Vila Militar, Vila Paraíso e Estação Nova. Nas localidades mais afastadas e nas áreas rurais, a coleta ocorre através do caminhão, sempre que solicitado pelos moradores. A FUNDIR possuem em seu cadastro 660 fornecedores, entre carrinheiros, indústrias, comércio, escolas e pessoas da comunidade em geral que pelo menos uma vez trouxeram seus recicláveis para vender. Segundo dados fornecidos pela Fundação, os preços pagos em 2008 por tipo de material são os seguintes: TABELA 21: VALORES PAGOS POR TIPO DE PAPEL (KG.)

P A P E L

Papelão R$ 0,20 Papel Misto R$ 0,05 Papel Kraft R$ 0,20 Papel branco / list. R$ 0,17 Jornal R$ 0,20 Tetra Pak R$ 0,08 Saco de cimento R$ 0,08

Fonte: FUNDIR, 2008.

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TABELA 22: VALORES PAGOS POR TIPO DE PLÁSTICO (KG.)

P L Á S T I C O

Filme misto R$ 0,15 Filme canela R$ 0,35 Filme cristal R$ 0,65 Filme lona R$ 0,20 Filme stretch R$ 0,15 PEAD R$ 0,30 PP Margarina R$ 0,30 PS. R$ 0,10 ABS R$ 0,10 PVC R$ 0,10 Caixaria R$ 0,50 Fitilho R$ - PET - limpo R$ 0,40 PET - sujo R$ 0,15 PET - azeite R$ 0,15 Galão (unid) R$ 0,15

Fonte: FUNDIR, 2008. TABELA 23: VALORES PAGOS POR TIPO DE VIDRO (KG)

V I D R O

Litros 1ª (JAMEL, 51) R$ 0,15 Litros 2ª (CAMPO LARGO) R$ 0,15 Litros 3ª (V. BARREIRO) R$ 0,05 Compota R$ - Garrafão Pequeno R$ - Garrafão sem Palha R$ - Garrafão emp. R$ 0,60

Fonte: FUNDIR, 2008. TABELA 24: VALORES PAGOS POR TIPO DE METAL (KG)

M E T A L

Latinha R$ 2,50 Alumínio grosso R$ 2,20 Alumínio panela R$ 2,50 Cobre limpo R$ - Cobre encapado R$ - Latão / bronze R$ 3,50 Antimônio/inox R$ 2,00 Chumbo R$ 1,70 Ferro / aço R$ 0,20

Fonte: FUNDIR, 2008.

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TABELA 25: VALORES PAGOS PARA OUTROS TIPOS DE MATERIAL. O U T R O S

Caixa de ovos (kg) R$ 0,05

Bateria (unid) R$ 7,00

Bateria de moto (unid) R$ 0,50 Fonte: FUNDIR, 2008. Também, segundo dados da Fundação, o orçamento semanal para compra de material gira em torno de R$1.500, variando de acordo com a época do ano. Nos meses de dezembro e janeiro, tradicionalmente, ocorrem as maiores quantidades de compra e venda de materiais recicláveis. Os pagamentos aos carrinheiros são feitos de maneira cumulativa às sextas-feiras. Atualmente, devido à sazonalidade do mercado, a arrecadação com a venda de materiais tem sido menor do que as despesas na compra dos materiais. Na Tabela 26, é possível conferir o histórico de compra e venda de materiais recicláveis da FUNDIR no período de Julho de 2007 a Julho de 2008. TABELA 26: HISTÓRICO DE COMPRA E VENDA DE MATERIAIS RECICLÁVEIS, JULHO DE 2007 A JULHO DE 2008.

Material Qtde.

Comprada (kg)

Qtde. Vendida

(kg)

Qtde. Estocada

(kg) Papelão 159.696 133.080 26.616 Papel misto 61.971,80 56.338 5.634 Papel Kraft 2.059,20 1872 187 Papel listagem 23.283,70 21.167 2.117 Tetra pak 5.947,70 5.407 541 Saco de cimento 13.825,90 12.569 1.257 Jornal 932,80 848 85 Filme misto 14.227,40 12.934 1.293 Filme canela 8.395,20 7.632 763 Filme cristal 5.812,40 5.284 528 Filme lona 12.732,50 11.575 1.158 PEAD 22.815,10 20.741 2.074 PVC/PP 8.241,50 3.865 4.377 PET 13.524,50 12.295 1.230 Latinha de alumínio 5.769,50 5.245 525 Alumínio 2.792,90 2.539 254 Inox 56,10 51 5 Antimônio 300,30 273 27

Ferro 104.775 95.250 9.525 Fonte: FUNDIR, 2008.

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Os materiais arrecadados pela FUNDIR são vendidos para diversas empresas, com emissão de nota fiscal. O requisito para que haja negociações entre as partes é que a empresa possua Licença de operação emitida pelo órgão ambiental do estado. QUADRO 11: EMPRESAS QUE COMPRAM MATERIAIS RECICLÁVEIS DA FUNDIR

Empresa Tipo de material comercializado Endereço Município

Santiago Comércio de Aparas de Papel Ltda. Papel Rua Gouber Pinto

Dionísio, 415 Curitiba/PR

Goulart Plast Recuperação de Materiais Plásticos Ltda. Filmes Rua Quirino Zagonel,

361 São José dos Pinhais /PR

H E Indústria e Comércio de Reciclados e Conexões Ltda. Plásticos Rua Vale do Selke

Grande, 3830 Pomerode/SC

Sul Metal Comércio de Metais Ltda. Não ferrosos Rua Bom Jesus do Iguape, 170 Curitiba/PR

Tupy S.A Ferro Rua Albano Schmidt, 3400 Joinville/SC

Fonte: FUNDIR, 2008.

4.2.1.2 Associação de Catadores

A Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Rio Negro (ACMRRN) foi fundada, segundo seu Estatuto Social, dia 15 de Fevereiro de 2008. De acordo com artigo 4º “É objetivo da Associação a prestação de

serviços que possam contribuir para o fomento e racionalização das atividades com materiais recicláveis e a

defesa das atividades econômicas, sociais e culturais de seus associados, buscando iguais oportunidades de

trabalho para todos os associados, no desempenho de sua profissão e defesa direta ao meio ambiente”. A estrutura administrativa, eleita em Assembléia Geral com mandato de um ano podendo se reeleger. Tem a seguinte organização básica: I – Presidente; II – Vice-presidente; III – 1º Secretário e 2º Secretário; IV – 1º Suplente e 2º Suplente; V – 1º Tesoureiro e 2º Tesoureiro; A data oficial do início das atividades da Associação é dia 22 de Julho de 2008. Até o momento as atividades limitam- se a compra de materiais dos carrinheiros cadastrados. Os carrinheiros não possuem vínculos trabalhistas com a Associação, por isso não possuem metas de coleta a serem cumpridas. A sede da ACMRRN está localizada na Rua Governador Moises Lupion, 357, no bairro Campo do Gado (Figura 42).

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FIGURA 42: SEDE DA ACMRRN Fonte: Ecotécnica, 2008. Realizando uma avaliação sucinta do empreendimento, tendo como critério de avaliação a análise de condicionantes básicas (ex: infra-estrutura, pavimentação, tipo de construção, equipamentos, organização, procedimentos e formas de acondicionamento, triagem, etc.) conforme demonstra o Quadro 12, tem-se a seguinte avaliação: QUADRO 12: ACMRRN - CONDIÇÕES DOS SERVIÇOS E ESTRUTURAS

ITENS CONDIÇÕES

INFRA-ESTRUTURA

Equipamentos: balanças adaptadas (Figura 43) e caminhão emprestado (Figura 44) Área de pesagem coberta e pavimentada Área de triagem pavimentada (Figura 45) Área de estocagem com pavimentação, coberta e descoberta (Figura 46 e Figura 47)

ORGANIZAÇÃO Não há uma definição de locais específicos para recebimento, triagem e armazenamento Procedimentos e formas de acondicionamento: em sacos ou amontoados

SEGURANÇA Não Utilizam EPI’S - Equipamentos de Proteção Individual

CONTROLE OPERACIONAL

Não foram apresentados qualquer tipo de cadastros de compradores/vendedores de materiais, ou controle por escrito das quantidades compradas/vendidas.

Possuem um mural (Figura 48) onde é afixado o preço pago pela compra de materiais

Fonte: Ecotécnica, 2008.

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FIGURA 43: ACMRRN - BALANÇAS ADAPTADAS Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 44: ACMRRN - CAMINHÃO Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 45: ACMRRN - ÁREA DE TRIAGEM Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 46: ACMRRN - ÁREA DE ESTOCAGEM DESCOBERTA Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 47: ACMRRN - ÁREA DE ESTOCAGEM COBERTA Fonte: Ecotécnica, 2008.

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FIGURA 48: ACMRRN - MURAL Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 49: ACMRRN - CARRINHO Fonte: Ecotécnica, 2008.

A estrutura física da Associação é de um barracão de 892 m², murado, com piso concretado e instalação sanitária. Este imóvel é alugado, sendo o pagamento feito pela Prefeitura Municipal. No mesmo barracão está a administração da ACMRRN e a estrutura de apoio, com 2 balanças, e um caminhão carroceria Ford F-4000 emprestada por uma empresa parceira. Atualmente, segundo o presidente da ACMRRN, Sr. Manel Osório Pereira da Silva, atuam na coleta dos materiais recicláveis e levam até a Associação apenas 5 carrinheiros, que possuem carrinhos próprios, conforme pode ser visto na Figura 49. A classificação dos materiais é feita pelos próprios carrinheiros, visto que a Associação não possui funcionários. A freqüência de coleta dos materiais recicláveis é de segunda a sexta-feira, das 7h as 17h30. As rotas de coleta não são pré-estabelecidas, ficando a critério dos carrinheiros. No caso de grandes quantidades de material ou local de difícil acesso, a coleta é feita pela caminhonete da Associação. Os materiais recicláveis podem chegar a ACMRRN através de:

• Doação: feitas pela comunidade e empresas e

• Venda: de materiais recicláveis coletados pelos carrinheiros ou levados pela comunidade. De acordo com o Decreto 045/2008 que determina que os grandes geradores de resíduos sólidos do município de Rio Negro apresentem Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, segundo o art. 2º “Os PGRSs deverão

contemplar a inclusão social dos catadores através do direcionamento de todo o resíduo reciclável aos catadores

de materiais recicláveis”. Na visita técnica feita á sede da Associação de Catadores, o presidente da Instituição Sr. Manel observou que o artigo 2º do referido decreto não está sendo cumprido por parte dos grandes geradores de materiais recicláveis, pois o volume de materiais recicláveis doados aos associados ainda é inexpressivo. Vale lembrar que para as empresas que possuem PGRS o destino dos recicláveis só é permitido para instituições ou empresas devidamente detentoras de licenciamento ambiental para o respectivo material.

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O pagamento pelos materiais coletados é feito diariamente ou semanalmente, de acordo com a preferência do carrinheiro. Segundo dados fornecidos pela Associação, os preços pagos em 2008 por tipo de material são os seguintes: TABELA 27: VALORES PAGOS POR TIPO DE PAPEL (KG.)

P A P E L

Papelão R$ 0,15 Papel Misto R$ 0,05 Papel branco / list. R$ 0,20 Jornal R$ 0,05 Tetra Pak R$ 0,05

Fonte: ACMRRN, 2008. TABELA 28: VALORES PAGOS POR TIPO DE PLÁSTICO (KG.)

P L Á S T I C O

Plástico misto R$ 0,45 Filme cristal R$ 0,60 PEAD colorido R$ 0,35 PEAD branco R$ 0,50 Sacola R$ 0,20 PVC R$ 0,15 PET R$ 0,50

Fonte: ACMRRN, 2008. TABELA 29: VALORES PAGOS POR TIPO DE VIDRO (KG)

V I D R O

Litros 1ª (JAMEL, 51) R$ 0,15

Litros 2ª (CAMPO LARGO) R$ 0,10

Litros 3ª (V. BARREIRO) R$ 0,05 Fonte: ACMRRN, 2008. TABELA 30: VALORES PAGOS POR TIPO DE METAL (KG)

M E T A L

Latinha R$ 2,80

Alumínio grosso R$ 1,80

Sucata de cobre R$ 7,00 Fonte: ACMRRN, 2008. TABELA 31: VALORES PAGOS PARA OUTROS TIPOS DE MATERIAL (KG.)

O U T R O S

Bateria (carro) R$ 8,00

Bateria (caminhão) R$ 30,00 Fonte: ACMRRN, 2008.

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Na Tabela 32, é possível conferir o histórico de compra de materiais recicláveis da ACMRRN no mês de Setembro de 2008 (dados aproximados informados pelo presidente da associação). Não existem registros precisos de quantidades e materiais comprados pela Associação, visto que as atividades efetivamente começaram há cerca de 1 mês. TABELA 32: HISTÓRICO DE COMPRA DE MATERIAIS RECICLÁVEIS, SETEMBRO DE 2008. Resíduo Qtde.

Comprada Papel 1.000 kg Plástico 1.000 kg Alumínio / mat. Nobre 80 kg Ferro 1.200kg Fonte: ACMRRN, 2008.

4.2.2 Coleta Informal: Receptadores/ Barracões

No município de Rio Negro, segundo informações da prefeitura municipal, existem vários receptores que vem de outros municípios comprar materiais de carrinheiros. Esta situação é bastante preocupante visto que, nestes casos, os carrinheiros acabam fazendo a triagem e estocando os materiais em suas próprias residências, em condições e locais impróprios para tal atividade. Em relação aos receptadores existentes no município, a prefeitura tem conhecimento da empresa Rio Negro Ambiental detalhada no item seguinte.

4.2.2.1 Rio Negro Ambiental

A Rio Negro Ambiental realiza as atividades de compra, recebimento, triagem, armazenamento e posteriormente a venda dos materiais recicláveis. Pela lei de zoneamento, seu endereço anterior não permitia a realização de suas atividades. Por esse motivo a prefeitura concedeu um terreno localizado na Rua Francisco Amaury Peters S/N (Figura 50), que está em fase de preparação para o recebimento dos materiais. Os principais fornecedores de materiais são catadores, indústrias e comércio.

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FIGURA 50: INSTALAÇÕES DA RIO NEGRO AMBIENTAL Fonte: Ecotécnica, 2008.

4.2.3 Catadores

Cada vez mais a figura do catador e da catadora ganha destaque no cenário nacional. Mesmo refletindo uma delicada condição socioeconômica, cumprem um papel essencial na re-inserção de matéria-prima secundária na cadeia de produção e consumo. Frente ao desafio crescente dos municípios em gerenciar de forma adequada as quantidades cada vez maiores de resíduos, o catador passa a ser visto como um aliado das prefeituras no trabalho de coleta de resíduos sólidos. Estudos realizados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância - UNICEF no ano de 2000 mostram que os catadores estão presentes em 3.800 municípios brasileiros atuando em lixões e nas ruas do país. Estes grupos de trabalhadores diferenciam se entre si pelo local onde catam os instrumentos que usam e o nível organizacional e de articulação de que dispõem. Existem aqueles que têm como local de trabalho o espaço de descarrego dos caminhões nos lixos e aterros. Existem também aqueles que utilizam carrinhos ou carroças para desempenhar sua função. Eles podem ser autônomos, o que quer dizer, serem donos do seu próprio carrinho, carroça ou, então, dependentes de depósitos ou associados a organizações (associações ou cooperativas). Existe ainda a classe composta por catadores que saíram ou não das ruas e tem nas esteiras de triagem ou mesas de separação o seu local de trabalho. Em geral, esses trabalhadores são membros de alguma organização de catadores, triadores ou recicladores. A “catação” de materiais recicláveis é um fenômeno típico dos países em desenvolvimento, variando de cidade para cidade em intensidade e complexidade, mas possuindo algumas características comuns, entre as quais: As péssimas condições de trabalho; A falta de apoio do poder público; Preconceito e desprezo da população.

Vistos pela sociedade como grupos marginalizados, possuem ainda como características a informalidade, a falta de vínculos e o baixo grau de instrução e organização. Muitos dos catadores já exerceram outras funções em

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empresas, comércio, residências ou em trabalhos autônomos, porém, devido à crise econômica ficaram desempregados e aderiram à função de catadores. Alguns levam os resíduos recicláveis para separar em suas casas, obrigando suas famílias ao convívio com as conseqüências dos resíduos sólidos acumulados: mau cheiro, moscas, baratas, ratos e outros insetos transmissores de doenças que podem até mesmo levar ao óbito. O crescimento da atividade de catação está relacionado com a pobreza e o desemprego. Alguns consideram a função como uma atividade transitória. Outros, porém, lutam pelo reconhecimento da categoria e das circunstâncias de trabalho. Trata-se de uma massa de trabalhadores, excluída socialmente, cuja cidadania se perdeu nas ruas, nos rejeitos dos lixões e na necessidade de sobrevivência. No entanto, são muitos os benefícios que os catadores trazem para as cidades, entre os quais: Redução dos gastos com limpeza pública; Coleta e encaminhamento dos materiais para as indústrias de reciclagem; Geração de empregos; Redução da quantidade de resíduos sólidos enviados aos aterros sanitários; Preservação do planeta por meio da poupança de recursos naturais, dentre outros.

Fazendo parte do primeiro elo da reciclagem de materiais, os catadores são os que menos se beneficiam da agregação de valores aos produtos por eles coletados, vindo em seguida os “atravessadores” ou donos de pequenos depósitos e finalmente os grandes intermediários e a indústria da transformação. Em novembro de 2.002, a atividade dos catadores de materiais recicláveis foi reconhecida pelo Ministério do Trabalho, que estabeleceu para a categoria os mesmos direitos e obrigações de trabalhador autônomo. 4.2.3.1 Catadores em Rio Negro

Assim como em outros municípios brasileiros, em Rio Negro há catadores realizando informalmente o trabalho de coleta seletiva de resíduos recicláveis. A Secretaria Municipal de Assistência Social do município possui um cadastro geral dos catadores atuantes. As informações fornecidas pelos catadores no preenchimento do cadastro permitem traçar um perfil do catador rio negrense. Existem 64 catadores cadastrados no município, sendo em sua maioria homens, conforme Figura 51.

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FIGURA 51: DIVISÃO POR SEXO DOS CATADORES Fonte: Ecotécnica, 2008 A faixa etária principal dos catadores varia entre 26 e 55 anos, sendo que a maior parte se enquadra na faixa dos 36 a 45 anos. Os dados mostram que há uma pequena participação de idosos e menores (Figura 52)

FIGURA 52: FAIXA ETÁRIA DOS CATADORES Fonte: Ecotécnica, 2008 Analisando a Figura 53 pode-se observar que aproximadamente 60% dos catadores possuem o ensino fundamental de 1ª a 4ª série incompletos. A minoria possui o ensino médio, sendo que entre os cadastrados, nenhum afirmou ser analfabeto.

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FIGURA 53: ESCOLARIDADE DOS CATADORES Fonte: Ecotécnica, 2008 As famílias dos catadores apresentam um número considerável de integrantes. Entre elas, 30% possuem três integrantes, seguido por famílias de quatro integrantes (Figura 54).

FIGURA 54: NÚMERO DE INTEGRANTES DA FAMÍLIA DOS CATADORES Fonte: Ecotécnica, 2008 A localidade com a maior concentração de catadores é o bairro Alto onde 28 pessoas declararam residir, seguidos pelos bairros Roseira e Campo do Gado, conforme Figura 55.

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FIGURA 55: BAIRROS COM MAIOR CONCENTRAÇÃO DE CATADORES Fonte: Ecotécnica, 2008 A Figura 56, denominada estado civil dos catadores, mostra que há um equilíbrio relativo entre os estados civis, amasiado e casado, que correspondem a cerca de 60% do universo de catadores. Os solteiros vêm logo em seguida, com 22%.

FIGURA 56: ESTADO CIVIL DOS CATADORES Fonte: Ecotécnica, 2008 No cadastro dos catadores, grande parte não respondeu se os filhos ajudam na coleta. Dentre os que responderam 36% afirmaram que seus filhos não ajudam na coleta de recicláveis, enquanto 17% disseram que os filhos os ajudam (Figura 57)

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FIGURA 57: FILHOS DE CATADORES QUE AJUDAM OS PAIS CATADORES Fonte: Ecotécnica, 2008 No município de Rio Negro, conforme Figura 58, a maior parte dos catadores começou a atuar recentemente e tem entre 1 a 5 anos de atuação, seguido por catadores que se enquadram na faixa de 6 a 10 anos. Verificou-se, de acordo com as informações do cadastro, que muitos não tem a profissão de catador como principal fonte de renda, tendo outras profissões oficialmente. As profissões mais citadas foram servente e auxiliar de serviços gerais.

FIGURA 58: TEMPO QUE EXERCE A ATIVIDADE DE CATADOR Fonte: Ecotécnica, 2008 Aproximadamente 60% dos catadores possuem carrinhos próprios, de acordo com a Figura 59. Os 23% que utilizam carrinhos de terceiros, costumam emprestar os carinhos da FUNDIR ou de particulares. No cadastro verificou-se que muitos não possuem carrinhos e costumam coletar os recicláveis de bicicleta.

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FIGURA 59: SITUAÇÃO DOS CARRINHOS DOS CATADORES Fonte: Ecotécnica, 2008 A maior parte dos cadastros data de janeiro de 2008. Naquela época, a ACMRRN ainda não existia. Dentre os catadores cadastrados, 54% afirmaram vender os materiais recicláveis para a FUNDIR (Figura 60). A Análise dos cadastros permitiu observar que muitos catadores não tem um comprador fixo de materiais recicláveis, vendem para quem paga mais. Há muitas empresas que têm sede em municípios vizinhos e vêm para Rio Negro comprar os materiais diretamente nas residências dos catadores. Esta situação é bastante preocupante, visto que as residências dos catadores não possuem estrutura adequada para a seleção e armazenamento de materiais (Figura 61).

FIGURA 60: LOCAL DE ENTREGUA DOS MATERIAIS RECICLÁVEIS Fonte: Ecotécnica, 2008

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FIGURA 61: RESIDÊNCIA DE UM CATADOR COM ESTOQUE DE MATERIAIS RECICLÁVEIS Fonte: Ecotécnica, 2008 Os valores semanais obtidos com a coleta de materiais recicláveis pelos catadores giram em torno de R$50,00 a R$60,00, de acordo com a Figura 62. Através da análise dos cadastros, pode-se observar que os menores valores arrecadados correspondiam às pessoas que não tem a coleta de lixo como atividade principal.

FIGURA 62: RENDA MÉDIA SEMANAL OBTIDA COM A COLETA DE RECICLÁVEIS Fonte: Ecotécnica, 2008 Tanto o perfil quanto as condições de trabalho, renda e moradia dos catadores de Rio Negro se assemelham muito com a realidade dos demais municípios brasileiros: os catadores trabalham de modo informal, de forma solitária, as condições de trabalho são precárias e o preço de venda dos materiais é baixo.

4.2.3.2 Ações da Prefeitura

A prefeitura de Rio Negro procura incentivar esta atividade através da doação de cestas básicas para os catadores que comprovadamente entreguem para a reciclagem uma quantidade mensal estipulada em comum acordo pela FUNDIR e ACMRRN, em média 50 Kg. Este incentivo teve início no final de 2005. São doadas pela prefeitura, em média, 30 cestas básicas por mês.

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Além da cesta básica, a prefeitura auxilia a ACMRRN através do pagamento do aluguel mensal do barracão utilizado atualmente pela associação.

4.2.3.3 Destinação do Material Reciclável para a Associação

No município de Rio Negro, segundo informações da prefeitura municipal, existem vários receptores que vem de outros municípios comprar materiais de carrinheiros. Esta situação é bastante preocupante visto que, nestes casos, os carrinheiros acabam fazendo a triagem e estocando os materiais em suas próprias residências, em locais impróprios para tal atividade. Em relação aos receptadores existentes no município, a prefeitura tem conhecimento da empresa Rio Negro Ambiental detalhada no item 4.2.2.1.

4.2.4 Compatibilidade das atividades com o Uso e Ocupação do Solo

Realizaram-se uma análise expedita da compatibilidade da localização destas atividades (barracões) com Lei Complementar n°. 1767/2007, que dispõe sobre o Código de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo do Município de Rio Negro, conforme Mapa 3. Conforme a referida Lei, os barracões da Fundir, Associação de Catadores e Rio Negro Ambiental encontram-se no Setor Especial de Serviço 1,1 e 2, respectivamente. O Setor Especial de Serviço 1 (SES-1) é o setor destinado ao uso de comércio e serviços de pequeno e médio porte, desde que compatíveis com o uso residencial. O Setor Especial de Serviços 2 é destinado ao uso predominantemente de serviços de pequeno e médio e grande porte ao longo da BR-116, sendo permissível o uso residencial. Conforme a Lei 1767/2007 citada anteriormente, as atividades de Usos Comerciais e de Serviços classificados como atividades pelas quais fica definida uma relação de troca visando o lucro e estabelecendo-se a circulação de mercadorias, ou atividades pelas quais fica caracterizado o préstimo de mão-de-obra ou assistência de ordem intelectual, sub-classificadas conforme demonstra a Quadro 13. QUADRO 13: SUBCLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES DE USOS COMERCIAIS E DE SERVIÇOS

SUBCLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO Comércio e Serviço Vicinal e de Bairro

Atividade comercial varejista de pequeno e médio porte, destinada ao atendimento de determinado bairro ou zona

Comércio e Serviço Setorial Atividades comerciais varejistas e de prestação de serviços, destinadas ao atendimento de maior abrangência;

Comércio e Serviço Geral Atividades comerciais varejistas e atacadistas ou de prestação de serviços, destinados a atender à população em geral, que, por seu porte ou natureza, exijam confinamento em área própria;

Comércio e Serviço Específico 1 Atividade peculiar cuja adequação à vizinhança e ao sistema viário depende de análise especial;

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Comércio e Serviço Específico 2 Atividade peculiar cuja adequação à vizinhança e ao sistema viário depende de análise especial.

Fonte: Lei Municipal Complementar n°. 1767/2007. Dentre as atividades apresentadas no ANEXO 6 – Parâmetros de Uso do Solo Urbano, da Lei do Uso e Ocupação do Solo de Rio Negro, as atividades dos Barracões de materiais recicláveis, da Fundir, da Associação e da Rio Negro Ambiental, podem ser classificadas como “Serviços de Coleta de Lixo”, portanto atividades do “Comércio e Serviço Geral”. A Tabela 33 lista os parâmetros permitidos, permissíveis e proibidos de ocupação do solo dentro do SES-1 e SES-2. TABELA 33: PARÂMETROS DE USO DO SOLO URBANO

PERMITIDO PERMISSÍVEL PROIBIDO SETOR ESPECIAL DE SERVIÇO - 1

Habitação Uni familiar Habitação coletiva horizontal Habitação coletiva vertical Uso institucional Uso comunitário 1 Uso comunitário 2 Comércio e serviço vicinal e de bairro Comércio e serviço setorial Indústria tipo 1

Comércio e serviço geral Comercio e serviço específico 2 Todos os demais usos

SETOR ESPECIAL DE SERVIÇO – 2 Comércio e serviço vicinal e de bairro Comércio e serviço geral Comercio e serviço específico 1 Indústria tipo 1 Indústria tipo 2 Indústria tipo 3

Habitação Uni familiar (4) Uso comunitário 3 Comércio e serviço setorial

Todos os demais usos

Fonte: Lei Municipal Complementar n°. 1767/2007. (4) Somente nos casos de residências para funcionários, caseiros e vigias das empresas O Quadro 14 lista a situação da compatibilidade das atividades “Serviços de Coleta de Lixo”, de acordo com os parâmetros de uso do solo. QUADRO 14: COMPATIBILIDADE COM A LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

EMPRESA ZONEAMENTO SITUAÇÃO 1 Fundir Setor Especial de Serviço 1 – SES 1 PERMISSÍVEL 2 Associação dos Catadores Setor Especial de Serviço 1 – SES 1 PERMISSÍVEL 3 Rio Negro Ambiental Setor Especial de Serviço 2 – SES 2 PERMITIDO

Fonte: ECOTÉCNICA, 2008 Em compatibilidade com a tabela anterior, no Mapa 3 a seguir, podem ser conferidas as localidades aproximadas dos Barracões que trabalham com material reciclável, bem como o zoneamento de uso e ocupação do solo dos mesmos. O endereço específico de cada barracão pode ser consultado conforme a sua descrição nos itens 4.2.1.1.1 - Fundir, 4.2.1.2 – Associação de Catadores, e 4.2.2.1 - Rio Negro Ambiental.

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MAPA 3: COMPATIBILIDADE DOS BARRACÕES RECEPTADORES DE RECICLÁVEIS COM O ZONEAMENTO DO SOLO

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4.2.5 Educação Ambiental

4.2.5.1 Programa Agrinho

Este programa é uma iniciativa do sistema FAEP – Federação da Agricultura Do Estado do Paraná, com parcerias entre o SENAR-PR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e as Prefeituras Municipais, como é o caso da de Rio Negro. O Programa Agrinho teve seu início em 1995. Inicialmente, a proposta pedagógica

contemplava alunos das escolas municipais e estaduais, de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental. Na ocasião, temática ambiental foi priorizada, em decorrência da necessidade de responder a um problema pontual de extrema gravidade no meio rural: o da contaminação da população por agrotóxicos. No ano seguinte, com base na elevada receptividade e participação da comunidade escolar, outros temas foram agregados à temática inicial, especialmente os relativos à questão da saúde. Posteriormente, aprofundaram-se as temáticas relativas ao Meio Ambiente (solo, biodiversidade, água e clima) e também o tema Cidadania, que incorporou as temáticas relativas à Trabalho e Consumo, Temas Locais e Civismo. Em 2007, o Programa completou 12 anos de trabalhos no Paraná. O material didático passou por reestruturação, passando a ser organizado por série e não mais por temas. O público alvo é ampliado, além das escolas da rede pública, as escolas da rede particular de ensino foram incluídas no projeto, tendo a proposta pedagógica baseada na interdisciplinaridade e na pedagogia da pesquisa. Em 2008, mais de 95 % dos municípios paranaenses aderiram ao Programa Agrinho, conforme pode ser observado na Tabela 34, a seguir. TABELA 34: PARTICIPAÇÃO NO PROJETO AGRINHO.

Ano Municípios Alunos Professores 1996 05 7.443 351 1997 203 364.880 13.983 1998 232 696.597 26.692 1999 310 1.223.463 47.275 2000 370 1.227.135 42.926 2001 355 1.244.021 45.791 2002 394 1.625.660 55.147 2003 399 1.730.900 58.695 2004 399 1.588.118 54.762 2005 399 1.587.171 52.905 2006 399 1.699.323 56.644 2007 383 1.500.144 76.523 2008 385 1.526.935 76.523

Fonte: Sistema Faep, 2008. Disponível em: http://www.agrinho.com.br/beta/area_publica/controles/ScriptPublico.php?cmd=institucional_historico_numeros

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4.2.5.2 Programa Verde é Vida

Sendo a fumicultura sul-brasileira desenvolvida em pequenas propriedades, muitas vezes em regiões de topografia acidentada e de pouco acesso à tecnologia, é comum o uso inadequado dos recursos naturais.

A Associação dos Fumicultores do Brasil - AFUBRA resolveu, em 1991, criar o Projeto Verde é Vida, programa permanente de educação ambiental que leva às comunidades, por meio

das escolas, informações, conceitos e práticas de preservação ambiental. O Verde é Vida atua nas comunidades rurais onde a AFUBRA está presente, defendendo os interesses dos pequenos agricultores na fumicultura e na diversificação da propriedade rural. Inicialmente, o Projeto Verde é Vida promoveu a distribuição de mudas de árvores nativas nas escolas e nas comunidades. Em seguida, os técnicos da entidade passaram a realizar palestras sobre aspectos ambientais nas escolas, atividade que ainda hoje é realizada. Em 1997, foi editado o 1° volume da Série Ecologia, coletânea de cinco livros que abordam os elementos vitais à sobrevivência do planeta. Desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria/RS, a minienciclopédia, como é chamada, tornou-se referência para muitos trabalhos de pesquisa e de atividades pedagógicas desenvolvidas nas escolas e nas universidades, proporcionando para os bancos escolares e bibliotecas uma gama de informações inéditas sobre o meio ambiente. A partir de 2002, o Projeto Verde é Vida iniciou uma nova etapa com o lançamento do Programa de Ação Socioambiental, que prevê o desenvolvimento de ações conjuntas com as escolas, envolvendo professores, alunos e, também, a comunidade na identificação dos problemas ambientais existentes nas regiões em que vivem e na busca de soluções para esses problemas. Consciência Ambiental, Bolsa de Sementes, Recuperação de Formações Florestais, Diagnóstico Ambiental e Desenvolvimento Sustentável são as atividades disponibilizadas aos cidadãos para que possam se integrar na busca do seu bem-estar social e ambiental. Nos últimos 14 anos, a AFUBRA, através do Projeto Verde é Vida, distribuiu, gratuitamente, mais de 4 milhões de mudas de árvores nativas para escolas e projetos ambientais; em torno de 85.000 livros da Série Ecologia; e 550.000 cadernos, réguas e cartilhas de exercícios. Atendeu mais de 170.000 alunos e professores, atingindo, nesse período, 600 municípios no Sul do Brasil - desses, 159 estão atualmente integrados aos Programas de Sensibilização Ambiental e de Ação Socioambiental. O Projeto Verde é Vida divide suas atividades em dois programas: o Programa de Sensibilização Ambiental (PSA) e o Programa de Ação Socioambiental (PASA).

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4.2.5.3 Grupo de Monitores de Trilhas do Parque Municipal São Luiz de Tolosa

O grupo de monitores de trilhas interpretativas foi criado em 1998, com o objetivo de oferecer ao visitante do Parque Municipal São Luiz de Tolosa a oportunidade de aprendizado sobre as características do ecossistema local, bem como reconhecer a importância da conservação desse ecossistema. Atualmente é composto por 17 estudantes do Ensino Fundamental (6ª a 8ª série) e do Ensino Médio das Escolas Municipais de Rio Negro. O nome do grupo é Monilepe (Moni= monitor; Lepe= serelepe), em homenagem ao serelepe, disseminador da semente de araucária. As atividades desenvolvidas pelos monitores consistem em acompanhar as visitas educativas e turísticas na UC, e realizar palestras e oficinas ambientais destinadas às crianças. Além disto, estagiam junto aos pesquisadores do Parque e prestam serviços voluntários junto às escolas e comunidades onde estão inseridos. Este grupo de monitores faz parte dos programas desenvolvidos pelo Centro Ambiental Casa Branca (CACB), o qual foi criado com o objetivo de implementar o Plano de Manejo do Parque Municipal São Luiz de Tolosa, assim como coordenar e desenvolver as pesquisas científicas no Parque e entorno, desenvolvendo, por fim, a Educação Ambiental. As atividades são destinadas a estudantes, professores, turistas e amantes da Natureza. As programações são escolhidas pelos visitantes e comunidade do entorno visando uma integração da mesma com o Patrimônio natural do Parque. São elas: trilhas interpretativas, pesquisas na biblioteca, palestras, oficinas, cursos, pistas orientadas com mapa e/ou bússola, acantonamentos, e visitas acadêmicas.

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44..33 VVaarrrriiççããoo,, PPooddaa,, CCaappiinnaa ee RReessíídduuooss ddaa CCoonnssttrruuççããoo CCiivviill..

Os serviços de varrição, poda, capina e a destinação dos resíduos da construção civil – entulhos – são feitos pela empresa Serrana Engenharia Ltda., contratada após o processo licitatório, pela Prefeitura Municipal. A varrição, poda e capina são realizadas diariamente (dias úteis) pela empresa terceirizada, a qual é responsável pela destinação final. Os trabalhos ocorrem basicamente na área central da cidade, das 05h00minh às 16h00minh, podendo ocorrer em outras localidades de acordo com a solicitação da prefeitura. Durante visita em campo, constatou-se que a área central da cidade e as praças encontram-se em bom estado de conservação. A equipe que executa os serviços é composta por 6 varredores, 1 encarregado e 9 funcionários responsáveis pela poda capinam e pintura, todos devidamente uniformizados conforme Figura 63 e Figura 64.

FIGURA 63: FUNCIONÁRIOS RESPONSÁVEIS PELA VARRIÇÃO. Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 64: FUNCIONÁRIOS RESPONSÁVEIS PELA PODA/CAPINA Fonte: Ecotécnica, 2008.

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A coleta de resíduos da construção civil (entulhos) com volume de até 1m³ é realizada pelos funcionários da Prefeitura, cabendo à empresa terceirizada, Serrana Engenharia, a destinação final destes resíduos. A coleta, transporte e destinação de volumes acima de 1m³ é de responsabilidade do munícipe, que deve contratar uma empresa responsável para realizar estes serviços. Nesse sentido, não há nenhuma lei específica que obrigue o munícipe a se responsabilizar por entulhos gerados acima de 1m³. Para orientar a população quanto a essa limitação de volume de entulho coletado pela prefeitura, foi distribuído um folheto informativo que está apresentado na Figura 65.

FIGURA 65: FOLHETO INFORMATIVO COLETA DE ENTULHOS Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008. Para o serviço de coleta de entulhos é utilizado um caminhão caçamba (Figura 66) e uma pá carregadeira (Figura 67). Na realização deste serviço, a Prefeitura disponibiliza 5 funcionários: 01 motorista, 01 operador de pá carregadeira e 03 auxiliares (Figura 68).

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FIGURA 66: CAMINHÃO CAÇAMBA - COLETA DE ENTULHOS Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 67: PÁ CARREGADEIRA - COLETA DE ENTULHOS Fonte: Ecotécnica, 2008.

FIGURA 68: FUNCIONÁRIOS RESPONSÁVEIS PELA COLETA DE ENTULHOS Fonte: Ecotécnica, 2008.

A freqüência de coleta pode ser mensal, quinzenal ou duas vezes por semana, conforme a localidade. O Mapa 4 mostra a freqüência de coleta de entulho nos bairros do município.

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MAPA 4: FREQÜÊNCIA DA COLETA DE ENTULHO

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44..44 RReessíídduuooss ddee SSeerrvviiççooss ddee SSaaúúddee

Verificou-se que o sistema de coleta, transporte e destinação final dos resíduos oriundos de serviços de saúde nos estabelecimentos públicos e privados do Município de Rio Negro são feitos por empresas terceirizadas. A Prefeitura Municipal contrata a empresa Serrana Engenharia Ltda. para a coleta, transporte e destinação final dos resíduos gerados nas Unidades de Saúde do município, os quais são encaminhados para o aterro industrial de Rio Negrinho/SC. As unidades de saúde atendidas e a freqüência de coleta, de acordo como Processo Licitatório – Edital de Tomada de Preços Nº003/2007, podem ser observadas no Quadro 15. QUADRO 15: FREQÜÊNCIA DE COLETA DE RESÍDUOS DE SAÚDE NOS ESTABELECIMENTOS MUNICIPAIS

Estabelecimento Endereço Freqüência de Coleta PS. Enf. José Krajweski Rua Kalil Gemael – Bairro Bom Jesus Quinzenal PS. Central Praça João Pessoa – Centro Semanal PS. Abdala José Rua Rodolfo Allois Pfeffer – Bairro Alto Semanal PS. VI São Judas Rua José Train – Vila S. Judas Tadeu Semanal Casa Saúde da Mulher Rua Nicolaue Mader – Centro Semanal Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008. Conforme o contrato de prestação de serviços nº057/2007 entre a referida empresa e a Prefeitura de Rio Negro, a quantidade mensal dos serviços de coleta, transporte e destinação final dos resíduos de saúde produzidos nas Unidades de Atendimento de Saúde de Rio Negro, é de 1.500 l / mês. Segundo levantamento da Serrana, a geração de resíduos nestes estabelecimentos não é regular, conforme Figura 69 a seguir. Considerando a coleta mensal destes resíduos, entre Janeiro e Agosto de 2008, a média produzida no período é de 1.003,28l/mês.

FIGURA 69: GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE SAÚDE NOS ESTABELECIMENTOS MUNICIPAIS DE SAÚDE DE RIO NEGRO. Fonte: Serrana Engenharia Ltda., 2008.

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Para os estabelecimentos privados, fica a critério dos mesmos a escolha e contratação da empresa. Existem duas que realizam, atualmente, este serviço, que são: KLS Consultoria e Assessoria e a Serrana Engenharia Ltda. As coletas são efetuadas periodicamente, conforme demanda (semanal, quinzenal ou mensalmente). Segundo a Prefeitura Municipal, os consultórios odontológicos e as farmácias são os estabelecimentos em maior número que contratam o serviço terceirizado de coleta, transporte e destinação final, conforme Figura 70.

Mesmo em maior número, estes estabelecimentos não são os maiores geradores. Segundo a empresa KLS, com relação aos seus clientes de clínicas odontológicas, a quantidade de resíduos classe A, B e E produzida varia entre 5,1 e 8,0kg por mês, conforme Figura 71.

Os resíduos produzidos pelos empreendimentos privados de saúde são, em sua maior parte, resíduos comuns (lixo doméstico) representando 29% do total, seguido dos resíduos químicos (20%), conforme Figura 72. Segundo a Prefeitura Municipal, não existem geradores de resíduos Classe C.

FIGURA 70: TIPO DE ESTABELECIMENTO. Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008.

FIGURA 71: QUANTIDADE DE RESÍDUOS GERADOS POR CLÍNICAS ODONTOLOGICAS Fonte: KLS Consultoria e Assessoria Ltda., 2008.

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Conforme a Resolução do Conama nº 358/2005, os resíduos de saúde são classificados de acordo com sua classe, como mostra a Quadro 16. QUADRO 16: CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE ACORDO COM A CLASSE.

Classificação do Resíduo Descrição Classe A Resíduos Infectantes Classe B Resíduos Químicos Classe C Resíduos Radioativos Classe D Resíduos Comuns Classe E Materiais Perfurocortantes ou Escarificantes

Fonte: Resolução do CONAMA 358/2005.

4.4.1 KLS Consultoria e Assessoria

A empresa KLS Consultoria e Assessoria, localizada na cidade de Curitiba/PR, iniciou a prestação de serviço para os estabelecimentos privados em 2004. As atividades prestadas são: coleta, transporte e destinação final de resíduos de saúde, tanto para resíduos sólidos quanto para líquido e pastoso. A empresa fornece a embalagem padrão para o acondicionamento e transporte dos resíduos. As embalagens para os resíduos de Classe A, B e E são de 20 e 50 litros, e as descartex, específicas para resíduo Classe E, são de 07 e 13 litros. A freqüência de coleta pode ser mensal, quinzenal ou semanal, especificada no contrato de prestação de serviços, estabelecida de acordo com a demanda. O pagamento pelo serviço é feito mensalmente, com o valor fixo, de acordo com o peso da embalagem coletada. O contrato prevê a coleta de até 50 kg por mês, acima desta importância, é cobrado por quilograma adicional.

FIGURA 72: TIPO DE RESÍDUOS GERADOS. Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008.

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Todo o material coletado é destinado às empresas de Curitiba/PR ou Guaratinguetá/SP, onde é efetuada incineração ou descontaminação por autoclaves ou microondas, conforme tipo de resíduo tratado, conforme Quadro 17. QUADRO 17: TIPO DE TRATAMENTO ADOTADO POR CLASSE DE RESÍDUO.

Resíduo Tipo de Tratamento Local do Tratamento Classe A e E Autoclavação / Trituração Curitiba/PR Classe A e E Tratamento microondas / Trituração Curitiba/PR

Classe B Incineração Curitiba/PR Classe B Incineração Guaratinguetá/SP

Fonte: KLS Consultoria e Assessoria Ltda.. Após sua destinação final, mediante expedição de nota fiscal, fornece a declaração de incineração expedida pela unidade incineradora. As empresas de Curitiba que recebem os resíduos de saúde para o tratamento são: Ambserv e Serquip. Em Guaratinguetá/SP, é a empresa Basf S.A.

4.4.2 Serrana Engenharia Ltda.

A empresa Serrana Engenharia Ltda. - é responsável pelos serviços de coleta, transporte e destinação final dos resíduos sólidos de saúde públicos pertencentes às Classes A e E. A freqüência de coleta pode ser mensal, quinzenal, semanal ou outra, sendo estabelecida de acordo com a demanda. O pagamento pelo serviço é feito mensalmente, com o valor fixo, de acordo com o peso da embalagem coletada. O contrato de coleta mensal, semanal e quinzenal prevê a coleta de até 30 litros por mês, acima desta importância, é cobrado por litro adicional. Para as coletas que ocorrem a cada 2 meses, o valor fixo de cada coleta é de acordo com o peso da embalagem, podendo ser de 5, 10, 20 e 30 litros cada. Acima de 240 litros é cobrado R$0,50 / litro. Atualmente, todo o material coletado é enviado à empresa Servioeste, localizada no município de Chapecó – SC, a qual se encarrega da destinação final. O processo de tratamento e destinação final dos resíduos de saúde realizado pela empresa Servioeste é o tratamento térmico. Este tratamento, mais conhecido como incineração, é um processo de destruição térmica, através da combustão controlada, no qual há redução de até 97% do peso e do volume, além das características de periculosidade dos resíduos.

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FIGURA 73: MAQUINÁRIO UTILIZADO NO PROCESSO DE INCINERAÇÃO Fonte: SERVIOESTE, 2008.

FIGURA 74: MAQUINÁRIO UTILIZADO NO PROCESSO DE INCINERAÇÃO Fonte: SERVIOESTE, 2008.

44..55 RReessíídduuooss FFuunneerráárriiooss

Os resíduos produzidos pelos de serviços funerários, caracterizados por materiais comuns, como restos de flores e velas, são depositados em lixeiras distribuídas pelo cemitério, conforme Figura 75. A destinação final é lixo doméstico, coletado pela empresa Serrana Engenharia Ltda. Os restos funerários, geralmente, são mantidos dentro dos jazigos ou lançados em um terreno baldio, no fundo do cemitério. Atualmente, com a reforma do cemitério, existe entulho presente no local, o qual está sendo depositado nos fundos do cemitério.

FIGURA 75: LIXEIRAS DE DEPÓSITO DE RESÍDUOS FUNERÁRIOS Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

FIGURA 76: LIXEIRAS DE DEPÓSITO DE RESÍDUOS FUNERÁRIOS Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

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FIGURA 77: REFORMA DO CEMITÉRIO Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

FIGURA 78: DEPÓSITO DE ENTULHO EM TERRENO NO FUNDO DO CEMITÉRIO Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

FIGURA 79: DISPOSIÇÃO DE ENTULHO EM TERRRENO NO FUNDO DO CEMITÉRIO Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

FIGURA 80: DISPOSIÇÃO DE ENTULHO E MATERIA ORGÂNICA MISTURADOS Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

44..66 RReessíídduuooss EEssppeecciiaaiiss

4.6.1 Pilhas e Baterias

Como diagnóstico da situação atual dos resíduos de pilhas e baterias, o município de Rio Negro não apresenta programas específicos para a coleta de pilhas e baterias bem como não apresenta pontos de entrega voluntária. Devido a essa deficiência, em conjunto com a falta de conscientização da população, os resíduos de pilhas e baterias do município são dispostos na coleta convencional de resíduos domésticos, tendo por fim o aterro sanitário de Mafra/SC. Quando a separação é feita em domicilio, geralmente, estes resíduos são entregues a Fundir juntamente com os resíduos recicláveis. A destinação final das pilhas eventualmente coletadas pela Fundir é o aterro de Mafra/SC, juntamente com o lixo comum coletado pela empresa Serrana Engenharia Ltda.

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4.6.2 Lâmpadas Fluorescentes

Segundo informações obtidas pelos técnicos da Consultoria, verificou-se a falta de programas específicos para a coleta dos resíduos de lâmpadas fluorescentes, bem como a falta de pontos de entrega voluntária. Verificou-se também a disposição destes materiais para a coleta convencional de resíduos domésticos do município, cuja destinação final é provida pela empresa Serrana Engenharia Ltda. Algumas empresas, inclusive a Prefeitura, destinam as lâmpadas fluorescentes para Fundir. Lá estas lâmpadas ainda não atingiram o número de 3000 unidades, quantidade mínima necessária para que a empresa Ambiensys Gestão Ambiental – Bulbox, de Curitiba/PR, faça a descontaminação das lâmpadas. Até o momento, as lâmpadas estão armazenadas em local fechado, separadas dos outros resíduos recolhidos pela Fundir. As lâmpadas fluorescentes provenientes da manutenção da iluminação de um posto de gasolina são coletadas pela empresa J. Jesus Instalações Elétricas, a qual se encarrega da destinação final. As lâmpadas comuns são depositadas no lixo reciclável.

4.6.3 Óleos e Graxas

Os resíduos gerados na manutenção dos veículos públicos são armazenados em tambores no barracão da oficina da Prefeitura, sito à Rua João Raimundo, s/n. Quando atingem 1.200 litros é feito um leilão para a destinação final destes resíduos. No ano de 2007, foram realizados 2 leilões, nos quais os tambores de óleos queimados fizeram parte dos bens disponibilizados. No primeiro, 1.200 litros estavam disponíveis, mas não foram arrematados. No segundo, 1.400 litros foram arrematados por pessoa física, a qual deveria apresentar declaração informando a destinação final, de acordo com as leis do IAP. Nos estabelecimentos privados, tais como lojas, postos de combustíveis, oficinas mecânicas, concessionárias, indústrias em geral, transportadoras e agricultores, os resíduos de óleos e graxas também são armazenados em tambores, e posteriormente coletados por empresas terceirizadas, as quais dão a destinação correta. No caso das estopas, filtros e serragem contaminadas com óleo e graxa, o processo de armazenamento ocorre da mesma forma, sendo o destino final o aterro industrial de Rio Negrinho/SC através da empresa Serrana Engenharia Ltda. Existem também embalagens de óleo que são coletadas, transportadas e limpas por recicladores, os quais destinam para recicladores de plásticos. Para obter o Licenciamento Ambiental, os estabelecimentos de lavagem de automóveis são obrigados a instalar filtros para o tratamento de efluentes líquido, bem como caixas separadoras e coletoras de óleos e graxas. A coleta é feita por caminhão tanque munido de bomba de sucção pela empresa Lwart Lubrificantes, de Curitiba, e

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igualmente coletado por uma empresa de São Bento do Sul/SC. A destinação feita por estas empresas é a reciclagem.

FIGURA 81: LOCAL DE ARMAZENAMENTO DOS ÓLEOS EM POSTOS DE GASOLINA Fonte: ECOTÉCNICA, 2008.

4.6.4 Pneus

Os pneumáticos descartados tanto pela Prefeitura, na manutenção dos veículos públicos, são armazenados no barracão da prefeitura, localizado na Rua João Raimundo, s/n, onde permanecem até formarem uma quantia justificável para a venda, através de leilão. A empresa que vence o leilão fica responsável pela destinação final dos pneus, devendo apresentar declaração, conforme as exigências do IAP. No ano de 2007, houve o leilão de 123 pneus carcaça, sendo 70 unidades provenientes de veículos de pequeno e médio porte, 43 pneus de caminhão e 10 pneus de patrola e pá carregadeira. Como nenhuma empresa arrematou o lote, então foram entregues para a empresa Recapadora Fronteira ME, a qual utilizou algumas unidades para fazer “manchão” e as que não foram utilizadas para este fim foram encaminhadas para uma empresa de Curitiba, a qual utilizou para fazer base asfáltica. Para os estabelecimentos privados, a situação não é muito diversa. As borracharias estabelecidas no município também armazenam estes resíduos até que a quantidade justifique financeiramente o envio à Votorantin para processamento. Alguns estabelecimentos os pneus são devolvidos para a empresa que os fornecem, tendo como exemplo a Pirelli, que a cada 300 pneus, aproximadamente, recolhe os pneus usados Outras empresas fazem doações desses pneus.

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Histórico da Geração de Pneus Para realizar o histórico de geração de pneus usados no município utilizaram-se dados obtidos do DETRAN/PR – Departamento de Transito do Paraná, conforme Tabela 35. TABELA 35: HISTÓRICO DA FROTA DE VEÍCULOS EM RIO NEGRO – 2001 A 2008

Ano Evolução da Frota de Veículos Crescimento A.A. 2001 11.507 - 2002 12.199 6,01% 2003 12.831 5,18% 2004 13.291 3,59% 2005 13.483 1,44% 2006 13.998 3,82% 2007 14.680 4,87% 2008 15.189* 3,46%

Fonte: DETRAN/PR, 2008. *Dados referentes à Setembro de 2008. O número de veículos registrados em Rio Negro até Setembro de 2008, segundo o DETRAN/PR foi de 15.189 veículos, sendo que o maior número de veículos é do tipo Automóvel com 61% da frota total no município, seguidos da motocicleta com 18% e camioneta com 6%. Conforme demonstra a Tabela 36 a seguir, a quantidade estimada de pneus rodando no município no ano de 2008, até Setembro, foi de 57.876 pneus. TABELA 36: FROTA DE VEÍCULOS EM RIO NEGRO, SETEMBRO DE 2008.

Tipo de Veículo Nº. de Veículos N° de Pneus por Tipo de Veículo

Quantidade Total de Pneus segundo o Tipo de Veículo

AUTOMÓVEL 9.298 4 37.192 CAMINHÃO 718 8 5.744 CAMINHÃO TRATOR 110 8 880 CAMINHONETE 555 4 2.220 CAMIONETA 871 4 3.484 CICLO-MOTOR 15 2 30 MICRO-ÔNIBUS 51 4 204 MOTOCICLETA 2.799 2 5.598 MOTONETA 411 2 822 ÔNIBUS 46 4 184 REBOQUE 153 2 306 SEMI-REBOQUE 142 8 1136 SIDE-CAR 3 3 9 TRÍCICLO 1 3 3 UTILITÁRIO 16 4 64

TOTAL 15.189 - 57.876 Fonte: DETRAN/PR, 2008

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Na Tabela 37, mostra a evolução da geração de pneus, de acordo com frota de veículos em Rio Negro. Como o crescimento anual na frota não apresenta regularidade, não foi possível fazer uma projeção da geração destes resíduos. TABELA 37: HISTÓRICO DA GERAÇÃO DE PNEUS – 2001 A 2008

Ano Evolução da Frota de Veículos N° Total de Pneus 2001 11.507 43.846 2002 12.199 46.483 2003 12.831 48.891 2004 13.291 50.644 2005 13.483 51.375 2006 13.998 53.338 2007 14.680 55.937 2008 15.189* 57.876

Fonte: DETRAN/PR, 2008

4.6.5 Embalagens de Agrotóxicos

4.6.5.1 Coleta

A coleta de embalagens de agrotóxicos do município de Rio Negro é realizada pela Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente e pelas empresas fumageiras, anualmente, entre os meses de agosto e setembro, desde o ano de 2002. Para conscientização dos agricultores, é feito divulgação da campanha através de rádio e distribuição de panfletos. As embalagens são coletadas nos locais de maior concentração de agricultores, mediante rota pré-estabelecida e são levadas pela Associação dos Revendedores de Insumos Agropecuários da Região Metropolitana de Curitiba – ASSIPAR, localizada na Rua João Gusso n° 05, no bairro Poço Negro, no município de Colombo-PR. Os agricultores, ao entregar às embalagens, recebem um comprovante de entrega das embalagens vazias. Para um maior controle das embalagens, a prefeitura iniciou este ano um trabalho junto às empresas que vendem agrotóxicos, onde estas empresas irão informar à prefeitura os compradores e as respectivas quantidades de embalagens de agrotóxicos. No Quadro 18, encontra-se o roteiro de coleta de embalagem de agrotóxico referente ao ano de 2008. Estas embalagens são recolhidas independentes da cultura em que foi utilizada.

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QUADRO 18: ROTEIRO DE COLETA DE EMBALAGENS DE AGROTÓXICO, 2008.

Data Horário Bairro Local

27/08

08h00min às 09h30min

Fazendinha I, II e Bom Retiro Pátio da Igreja da Fazendinha

10h00min às 11h00min

Barra Grande e parte dos Queimados Pátio da Igreja de Barra Grande

13h00min às 14h30min

Lageado dos Cordeiros, Campina dos Martins e Campina dos Anjos Pátio da Igreja Campina dos Martins

15h00min às 17h00min

Sítio dos Valérios I, II e Passo do Valo Pátio da Igreja Santa Terezinha

28/08

08h00min às 11h00min

Sítios dos Hirt, Laranjal, Campino dos Andrades, Maitaca, Queimados e Boa Vista Pátio da Igreja do Laranjal

14h00min às 16h00min

Retiro Bonito, Pau de Casca, Roseira e Tijuco Preto Pátio da Igreja da Roseira

29/08

08h00min às 09h30min

Cunhupã I e II e parte do Retiro Bonito Pátio da Igreja de Cunhupã

10h00min às 11h00min

Campina Bonita I e II Pátio da Igreja de Campina Bonita

14h00min às 16h00min

Matão do Caçador e parte do Lageado das Vieiras Pátio da Igreja do Matão

02/09

08h00min às 09h00min

Lageado dos Cordeiros, parte do Sítio dos Valérios e parte da Campina dos Martins Pátio da escola Francisco Alves

09h30min às 10h30min

Lençol-Areia Fina e parte do Lageado das Mortes Pátio da Igreja de Lençol

11h00min às 12h00min

Ovelhas e parte do Lageado das Mortes Pátio da Igreja das Ovelhas

14h00min às 16h00min

Lageado dos Vieiras e Barreirinha Pátio da Igreja São José

Fonte: Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Rio Negro, 2008. Seguem abaixo, as condições necessárias para a entrega das embalagens, segundo a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente:

• As embalagens devem ser tríplices lavadas e secas;

• Devem estar classificadas, com vasilhames separados das embalagens em pó;

• As tampas devem estar separadas dos pacotes;

• A nota fiscal de compra deve ser apresentada;

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Segundo dados as ASSIPAR, na campanha realizada no ano 2008 foram devolvidas em torno de 100 mil embalagens vazias por aproximadamente 1.120 produtores. Todos os tipos de embalagens são devolvidos: plástico rígido, flexível, alumínio, metal, caixas de papelão. Quanto à destinação todas as embalagens lavadas, que não estejam contaminadas, metálicas, alumínio e papelão seguem para reciclagem, enquanto as embalagens vazias que não foram tríplice lavadas ou as embalagens não-laváveis (flexíveis ou aluminizadas) seguem para incineração. As empresas recicladoras transformam as embalagens vazias em produtos como conduíte, madeira plástica, economizadores de concreto, dutos corrugados, etc.

44..77 RReessíídduuooss IInndduussttrriiaaiiss

A coleta dos resíduos sólidos industriais gerado por grandes estabelecimentos de Rio Negro não é atribuição do Serviço de Limpeza Pública. As indústrias, que normalmente não tem uma quantidade tão grande de resíduos sólidos, contratam empresas particulares especializadas para coletarem e fazerem a correta destinação final dos residuos industriais. Há casos em que os resíduos de uma empresa constituem matéria prima para outra como, por exemplo, processamento de carnes, cujo resíduo é matéria prima para fábricas de rações. O problema de remoção é resolvido entre as firmas interessadas. Outro caso comum em Rio Negro, é a maravalha, resíduo gerado nas indústrias de móveis, comprada por indústrias de artefatos de cerâmica, sendo utilizada como combustivel para os fornos. No ano de 2008, por o município de Rio Negro publicou o Decreto Municipal nº 045/2008, que determina que os grandes geradores de resíduos sólidos do município de Rio Negro apresentassem Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Foram considerados como grandes geradores de resíduos sólidos aqueles que geram mais de 80 (oitenta) litros diários de resíduos. Os planos devem contemplar a inclusão social dos catadores através do direcionamento de todo o resíduo reciclável aos catadores de matérias recicláveis. O critério que caracteriza os grandes geradores, segundo este decreto, não foi utilizado para enquadrar as empresas que deveriam entregar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para a Prefeitura de Rio Negro, pois, segundo a própria Prefeitura, não existem empresas que geram a quantidade estipulada no decreto. Por isto, a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente convencionou que os 30 maiores pagadores de ICMS do Município deveriam apresentar o PGRS, utilizando como base o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Curitiba, conforme o decreto municipal 983/2004. O Quadro 19apresenta as empresas que entregaram o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos em Julho, 2008.

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QUADRO 19: EMPRESAS QUE APRESENTARAM O PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PGRS), 2008. EMPRESA LICENÇA AMBIENTAL 1 Compex Componentes de Poliuretano Expandido Ltda. IAP: L.O 1.536 28/09/2012 2 Metalúrgica Zenker Ltda. IAP: L.O 9.000 23/10/2009 3 MIG Frigorífico Ltda. IAP: L.O 10.992 12/06/2010 4 Móveis Semmer Ltda. IAP: L.O 6.978 28/03/2011 5 Nortefios Ind. E Com Fios Ltda. IAP: L.O 10.164 16/03/2010 6 Abi Belém Cia Ltda. Não apresentou 7 AGM Ind. E Com. De Embalagens Ltda. Não apresentou 8 Bond Street Ind. E Com. Bolsas Ltda. Não apresentou 9 Embalplan Ind. E Com. De Embalagens Ltda. Não apresentou 10 Kaliski Comercio de Combustíveis Ltda. Não apresentou 11 Madem S/A Indústria de Madeiras e Embalagens Não apresentou 12 Móveis JOR Ltda. Não apresentou 13 Renova Floresta Ltda. Não apresentou 14 Riverplast Ind. E Com. Plástico Ltda. Não apresentou 15 Souza Cruz S.A Não apresentou 16 Start-up Solution Provider Ltda. Não apresentou 17 Universal Leaf Tabacos Ltda. Não apresentou 18 Vidraçaria Linde Ltda. Não apresentou Empresas dispensadas 19 Masisa Madeiras Ltda. Não desenvolve atividades em RN desde 2006 20 Cereagro S/A Não se enquadra no Decreto Municipal 045/2008 21 Indústrias Químicas Cubatão Não se enquadra no Decreto Municipal 045/2008 Fonte: Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Rio Negro – PR. Embora o PGRS simplificado tenha sido apontado como modelo para a elaboração dos PGRS das indústrias de Rio Negro, as informações foram apresentadas de forma diferente uma das outras, dificultando a análise. Sumariamente, das 18 empresas que apresentaram os PGRS, apenas 28% apresentou licença ambiental da indústria. As quantidades de resíduos gerados nas indústrias variam muito, especialmente porque o porte delas é distinto, dificultando a tabulação das quantidades. Os resíduos característicos de cada empresa, quando não há possibilidade de reciclagem ou reuso em atividades internas, é coletado por empresa terceirizada. A freqüência varia de acordo com a geração dos resíduos, podendo ser mensal, quinzenal, ou a cada dois meses. O pagamento é mensal, por coleta ou peso.

4.7.1 Atividades Industriais

O IBGE utiliza para a classificação da atividade industrial segundo o CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), essa classificação pode ser observada no

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Quadro 20, abaixo.

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QUADRO 20: CLASSIFICAÇÃO DE ATIVIDADES DAS INDÚSTRIAS EXTRATIVAS E DE TRANSFORMAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DE ATIVIDADES (CNAE)

SEÇÃO A: EXPLORAÇÃO ORDENADA DOS RECURSOS NATURAIS Esta seção contém as seguintes divisões:

1 Agricultura, pecuária e serviços relacionados 2 Produção florestal 3 Pesca e aqüicultura

SEÇÃO C: INDÚSTRIAS EXTRATIVAS Esta seção contém as seguintes divisões: 10 Extração de carvão mineral 11 Extração de petróleo e serviços relacionados 13 Extração de minerais metálicos 14 Extração de minerais não-metálicos SEÇÃO D: INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇAO Esta seção contém as seguintes divisões: 15 Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 16 Fabricação de produtos do fumo 17 Fabricação de produtos têxteis 18 Confecção de artigos do vestuário e acessórios 19 Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados. 20 Fabricação de produtos de madeira 21 Fabricação de celulose, papel e produtos de papel. 22 Edição, impressão e reprodução de gravações. 23 Fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool. 24 Fabricação de produtos químicos 25 Fabricação de artigos de borracha e de material plástico 26 Fabricação de produtos de minerais não-metálicos 27 Metalurgia básica 28 Fabricação de produtos de metal - exclusive maquina e equipamentos 29 Fabricação de máquinas e equipamentos 30 Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática 31 Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos. 32 Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicações

33 Fabricação de equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, instrumentos de precisão e ópticos, equipamentos para automação industrial, cronômetros e relógios.

34 Fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias. 35 Fabricação de outros equipamentos de transporte 36 Fabricação de móveis e indústrias diversas 37 Reciclagem Fonte: www.cnae.ibge.gov.br Segundo a Prefeitura, o setor industrial representa 45,54% na economia do município. O município conta com 209 indústrias de transformação, entre pequenas, médias e grandes empresas. O número de indústrias é menor aos outros setores, apesar de significar a maior arrecadação municipal (74%). Os dados do IBGE demonstram que a indústria de transformação é a mais representativa no município.

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QUADRO 21: ESTRUTURA EMPRESARIAL DE RIO NEGRO, 2006. C Indústrias extrativas 8 D Construção 20 D Indústrias de transformação 209 Produção e distribuição de eletricidade, gás e água 1 Fonte: IBGE, 2008. QUADRO 22: ESTRUTURA EMPRESARIAL POR TIPO DE ATIVIDADADE

ATIVIDADES ECONÔMICAS ESTABELECIMENTOS Indústria de calçados 3 Indústria de produtos alimentícios, de bebida e álcool etílico 16 Serviços industriais de utilidade pública 1 Indústria de extração de minerais 5 Indústria de produtos minerais não metálicos 4 Indústria metalúrgica 10 Indústria mecânica 9 Indústria de materiais elétricos e de comunicação 2 Indústria da madeira e do mobiliário 30 Indústria do papel, papelão, editorial e gráfica 4 Indústria da borracha, fumo, couros, peles, prod.sim. e ind.diversa 9

Indústria química, prod.farmac.,veterin.,perf.,sabões,velas e mat.plást. 11

Indústria têxtil, do vestuário e artefatos de tecidos 13 Outras 92 TOTAL 209 Fonte: IPARDES, 2008. Ainda faltam estudos mais precisos sobre o número de indústrias dos municípios no Paraná, bem como dos impactos causados pelos resíduos industriais e da quantidade de resíduos gerada pelas indústrias no Paraná.

4.7.2 Caracterização e Classificação dos Resíduos Industriais

Para a determinação da característica dos resíduos industriais e sua classificação utilizou-se o Inventário Industrial, obtido no IAP. Primeiramente listou os resíduos gerados por atividade de acordo com o CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) e depois de caracterizados os resíduos, classificou-se considerando as legislações vigentes, tais como: NBR 10.004/04, como mostra o Quadro 23. QUADRO 23: CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS

DESCRIÇÃO CLASSIFICAÇÃO Resíduos de restaurante (restos de alimentos) Classe II – Não perigosos Resíduos gerados fora do processo industrial (material de escritório, embalagens de escritório, material de consumo etc.) Classe II – Não perigosos

Resíduos de varrição de fábrica Classe II – Não perigosos Sucata de metais ferrosos Classe II – Não perigosos Embalagens metálicas (latas vazias ou contaminadas com substâncias/produtos não perigosos) * Classe II – Não perigosos

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DESCRIÇÃO CLASSIFICAÇÃO Tambores metálicos (vazios ou contaminados com substâncias/produtos não perigosos) * Classe II – Não perigosos Sucata de metais não ferrosos (latão cobre, alumínio, etc.) Classe II – Não perigosos Embalagens de metais não ferrosos (latas vazias ou contaminadas com substâncias/produtos não perigosos) * Classe II – Não perigosos

Resíduos de papel e papelão Classe II – Não perigosos Resíduos de papel/papelão e plástico Classe II – Não perigosos Resíduos de plásticos polimerizados de processo Classe II – Não perigosos Bombonas de plástico (vazias ou contaminadas com substâncias/produtos não perigosos) * Classe II – Não perigosos Filmes e pequenas embalagens de plástico Classe II – Não perigosos Outros resíduos plásticos (outras embalagens plásticas, lona plástica, etc.) Classe II – Não perigosos Resíduos de borracha Classe II – Não perigosos Resíduos de acetato de etil vinila (EVA) Classe II – Não perigosos Resíduos de poliuretano (PU) Classe II – Não perigosos Espumas Classe II – Não perigosos Pneus Classe II – Não perigosos Resíduos de madeira contaminado ou não contaminado com substâncias/produtos não perigosos* Classe II – Não perigosos

Casca de árvores (madeira, lenha, etc.) Classe II – Não perigosos Fibras da indústria de papel contaminados ou não contaminados com substâncias não perigosas Classe II – Não perigosos

Resíduos de materiais têxteis contaminados ou não contaminados com substâncias/ produtos não perigosos* Classe II – Não perigosos

Resíduos de minerais não metálicos Classe II – Não perigosos Cinzas de caldeira Classe II – Não perigosos Escória de fundição de alumínio Classe II – Não perigosos Escória de produção de ferro e aço Classe II – Não perigosos Escória de fundição de latão Classe II – Não perigosos Escória de fundição de zinco Classe II – Não perigosos Areia de fundição Classe II – Não perigosos Resíduos de refratários e materiais cerâmicos contaminados ou não contaminados com substâncias/produtos não perigosos* Classe II – Não perigosos

Resíduos de vidros Classe II – Não perigosos Resíduos sólidos composto de metais não tóxicos Classe II – Não perigosos Resíduos sólidos de estações de tratamento de efluentes contendo material biológico não tóxico Classe II – Não perigosos

Isopor Classe II – Não perigosos Resíduos sólidos de estações de tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas Classe II – Não perigosos Resíduos pastosos de estações de tratamento de efluentes contendo substâncias não tóxicas Classe II – Não perigosos

Resíduos pastosos contendo calcário Classe II – Não perigosos Fibra de vidro Classe II – Não perigosos Escória de jateamento contendo substâncias não tóxicas Classe II – Não perigosos Catalisadores usados contendo ou não contendo substâncias não perigosas* Classe II – Não perigosos Resíduos de sistema de controle de emissão gasosa contendo substâncias não tóxicas (precipitadores, filtros de manga entre outros) Classe II – Não perigosos

Produtos fora da especificação ou fora do prazo de validade contendo ou não contendo substâncias não perigosas* Classe II – Não perigosos

Aparas salgadas Classe II – Não perigosos

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

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DESCRIÇÃO CLASSIFICAÇÃO Aparas de peles caleadas Classe II – Não perigosos Aparas, retalhos de couro atanado Classe II – Não perigosos Serragem, farelo e pó de couro atanado Classe II – Não perigosos Lodo do caleiro Classe II – Não perigosos Carnaça Classe II – Não perigosos Resíduos orgânicos de processo (sebo, soro, ossos, sangue, outros da indústria alimentícia, etc.) Classe II – Não perigosos

Animais mortos Classe II – Não perigosos Resíduos de grãos (casca, película, farelo e outros de arroz, milho, soja, etc.) Classe II – Não perigosos Resíduos de frutas (bagaço, mosto, casca, etc.) Classe II – Não perigosos Bagaço de cana Classe II – Não perigosos EPI’s contaminados ou não contaminados com substâncias/produtos não perigosos (luvas, botas, aventais, capacetes, máscaras, etc.) Classe II – Não perigosos

Os seguintes solventes halogenados gastos, utilizados em desengraxe: tetracloroetileno; tricloroetileno; cloreto de metileno; 1,1,1-tricloroetano; tetracloreto de carbono e fluorocarbonetos clorados, além de lamas provenientes da recuperação destes solventes.

Classe I – Perigosos

Os seguintes solventes halogenados gastos: tetracloroetileno; 1,1,1-tricloroetano; cloreto de metileno; tricloroetileno; 1,1,1-tricloroetano, clorobenzeno; 1,1,2-tricloro; 1,2,2-trifluoretano; ortodiclorobenzeno; triclorofluormetano e resíduo de fundo da recuperação destes solventes

Classe I – Perigosos

Os seguintes solventes não halogenados gastos: xileno, acetona, acetato de etila, etilbenzeno, éter etílico, metilisobutilcetona, n-butilálcool, ciclohexanona e metanol além de resíduo de fundo de coluna da recuperação destes solventes

Classe I – Perigosos

Os seguintes solventes não halogenados gastos: cresóis e ácido cresílico; nitrobenzeno e resíduo de fundo de coluna da recuperação destes solventes Classe I – Perigosos

Os seguintes solventes não halogenados gastos: tolueno, metiletilcetona, dissulfeto de carbono, isobutanol, piridina, benzeno, 2-etoxietanol e 2-noitropropano e resíduo de fundo de coluna proveniente da recuperação destes solventes.

Classe I – Perigosos

Lodos de tratamento de águas residuárias provenientes de operações de eletrodeposição, exceto os originários dos seguintes processos: (1) anodização do alumínio com ácido sulfúrico; (2) estanhagem do aço carbono; (3) zincagem (bases agregadas) do aço carbono; (4) revestimento de alumínio ou zinco-alumínio no aço carbono; (5) operações de limpeza/extração associadas com revestimentos de estanho, zinco e alumínio do aço carbono e (6) fresagem e estampagem química de alumínio.

Classe I – Perigosos

Soluções exauridas de banho de tratamento superficial com cianeto provenientes de operações de eletrodeposição (exceto soluções exauridas que contêm cianetos provenientes da eletrodeposição de metais preciosos)

Classe I – Perigosos

Lodos de fundo de tanque de banhos de tratamento superficial provenientes de operações de eletrodeposição onde os cianetos são utilizados no processo (exceto lodos de banho de tratamento superficial com metais preciosos por eletrodeposição).

Classe I – Perigosos

Soluções exauridas de banhos de extração e limpeza provenientes de operações de eletrodeposição onde os cianetos são utilizados no processo (exceto soluções exauridas dos banhos de extração e limpeza da eletrodeposição com metais preciosos).

Classe I – Perigosos

Lodos de banho de têmpera provenientes de banhos de óleo das operações de tratamento térmico de metais dos processos, onde são utilizados cianetos (exceto lodos de banho de têmpera no tratamento térmico de metais preciosos).

Classe I – Perigosos

Soluções de cianeto exauridas provenientes da limpeza do cadinho de banho salino das operações de tratamento térmico de metais (exceto soluções exauridas do tratamento térmico de metais preciosos provenientes da limpeza de cadinhos de banhos salinos).

Classe I – Perigosos

Lodos de tratamento de águas residuárias provenientes de banhos de Têmpera das operações de tratamento térmico de metais dos processos onde os cianetos são utilizados (exceto lodos de tratamento de águas residuárias provenientes de banhos de Têmpera no

Classe I – Perigosos

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

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DESCRIÇÃO CLASSIFICAÇÃO tratamento térmico de metais preciosos). Sedimentos de fundo de lagoa de descarga do tratamento de águas residuárias da cianetação das operações de extração de metais de minérios Classe I – Perigosos

Soluções exauridas de banhos, que contém cianeto provenientes das operações de extração de metais e minérios. Classe I – Perigosos

Resíduos e lodos de tinta da pintura industrial. Classe I – Perigosos Lodos de sistema de tratamento de águas residuárias da pintura industrial. Classe I – Perigosos Lodos de tratamento de águas residuárias do revestimento do alumínio por conversão química Classe I – Perigosos

Resíduos (exceto águas residuárias e carvão gasto na purificação do ácido clorídrico) da produção ou uso (como reagente, intermediário ou componente) de tri ou tetraclorofenol, ou de intermediários usados para produzir seus biocidas derivados, exceto os resíduos da produção de hexacloropreno a partir de 2,4,5-triclorofenol.

Classe I – Perigosos

Resíduos da produção ou uso (como reagente, intermediário ou componente) do pentaclorofenol ou de intermediários usados para produzir seus derivados, exceto águas residuárias e carvão gasto na purificação do ácido clorídrico.

Classe I – Perigosos

Resíduos do uso (como reagente, intermediário ou componente) do tetra, penta ou hexaclorobenzeno sob condições alcalinas, exceto águas residuárias e carvão gasto na purificação do ácido clorídrico.

Classe I – Perigosos

Resíduos (exceto águas residuárias e carvão gasto na purificação do ácido clorídrico) da produção de materiais em equipamentos usados previamente para a produção ou uso (como reagente, intermediário ou componente) do tri e tetraclorofenol, exceto resíduos de equipamento usado somente para a produção ou uso de hexacloropreno quando feito a partir de 2,4,5-triclorofenol

Classe I – Perigosos

Resíduos da produção de hidrocarbonetos alifáticos clorados que possuam de um a cinco carbonos, utilizando processo de radicais livres catalisados, incluindo, mas não se limitando a resíduos de destilação, fundos de coluna, alcatrões e resíduos de limpeza de reator

Classe I – Perigosos

Resíduos da produção de materiais em equipamentos usados previamente para o uso (como reagente, intermediário ou componente) de tetra, penta ou hexaclorobenzeno sob condições alcalinas, exceto águas residuárias e carvão gasto na purificação de ácido clorídrico.

Classe I – Perigosos

Resíduos de formulações não usadas contendo tri, tetra ou pentaclorofenol ou aquelas que contém compostos derivados destes clorofenóis, exceto formulações contendo hexacloropreno sintetizado de 2,4,5-triclorofenol.

Classe I – Perigosos

Resíduos resultantes da incineração ou tratamento térmico de solo contaminado com resíduos F020, F021. F022, F023, F026 ou F027. Classe I – Perigosos

Óleo lubrificante usado Classe I – Perigosos Fluido hidráulico Classe I – Perigosos Óleo de corte e usinagem Classe I – Perigosos Óleo usado contaminado em isolação ou na refrigeração Classe I – Perigosos Resíduos oleosos do sistema separador de água e óleo Classe I – Perigosos Óleo combustível Classe I – Perigosos Fluidos dielétricos a base de bifenilas policloradas. PCB's. Embalagens contaminadas com PCBs inclusive transformadores e capacitores Classe I – Perigosos

Solventes contaminados ou não contaminados com substâncias/produtos perigosos ou não perigosos** Classe I – Perigosos

Restos e borras de tintas e pigmentos Classe I – Perigosos Aparas de couro curtido ao cromo Classe I – Perigosos Serragem e pó de couro contendo cromo Classe I – Perigosos Lodo de estações de tratamento de efluentes de curtimento ao cromo Classe I – Perigosos

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

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DESCRIÇÃO CLASSIFICAÇÃO Catalisadores usados contaminados com substâncias perigosas** Classe I – Perigosos Resíduos oriundos de laboratórios industriais (produtos químicos) Classe I – Perigosos Produtos fora da especificação ou fora do prazo de validade ou solos contaminados contendo substâncias perigosas** Classe I – Perigosos

EPI’s contaminados com substâncias/produtos perigosos (luvas, botas, aventais, capacetes, máscaras, etc.) ** Classe I – Perigosos

Lâmpadas (fluorescentes, incandescentes, outras) Classe I – Perigosos Pilhas e baterias Classe I – Perigosos Embalagens de agrotóxicos** Classe I – Perigosos Embalagens vazias contaminadas com óleo combustível** Classe I – Perigosos Embalagens vazias contaminadas com óleos: lubrificante, fluido hidráulico, corte / usinagem, isolação e refrigeração** Classe I – Perigosos

Embalagens vazias contaminadas com tintas borras de tintas e pigmentos** Classe I – Perigosos Embalagens vazias contaminadas com produtos alcalinos** Classe I – Perigosos Embalagens vazias contaminadas com produtos ácidos** Classe I – Perigosos Embalagens vazias contaminadas com outras substâncias/produtos perigosas Classe I – Perigosos Resíduos de materiais têxteis contaminados ou não contaminados com substâncias/ produtos perigosos** Classe I – Perigosos Fonte: Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Industriais – Paraná, 2002 * Para ser classificado como resíduo Classe II – Não perigosos é necessário especificar o contaminante. ** Para ser classificado como resíduo Classe I – Perigosos é necessário especificar o contaminante.

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

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555 AAASSSPPPEEECCCTTTOOOSSS LLLEEEGGGAAAIIISSS

Nesta etapa serão analisadas as legislações do Município em confronto com normas estaduais e federais que regulamentam as questões envolvendo os Resíduos Sólidos Urbanos. Serão analisadas também outras Normas e Resoluções que compõem o Sistema Nacional do Meio Ambiente, no intuito de identificar as características legais e normativas do Município de Rio Negro. No sentido de orientar a correta destinação dos diversos resíduos gerados pela atividade humana, tornaram-se necessária a regulamentação por meio dos mais diversos instrumentos legais que possam alcançar todos os setores, iniciando-se pelo município, onde a atividade é iminente. Conhecendo-se o histórico do desenvolvimento das cidades e entendendo que a urbanização, industrialização e modernização nas mais diversas áreas que atendem a população são os grandes causadores de resíduos em todos os aspectos, com destaque para os resíduos sólidos. A legislação busca regulamentar a forma de coleta e destinação, de acordo com a origem, em todos os níveis hierárquicos da federação, desde normas federais, passando pelas estaduais e culminando nas normas e regulamentos municipais.

55..11 CCoonnttrraattooss,, CCoonnvvêênniioo ee PPrroottooccoolloo ddee IInntteennççõõeess

5.1.1 Contrato nº. 056/2007 - de 1 de junho de 2007 e Termos Aditivos ao Contrato

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PARA EXECUÇÃO DE LIMPEZA URBANA CELEBRADO ENTRE A PREF. MUNICIPAL DE RIO NEGRO E SERRANA ENGENHARIA LTDA. – 056/2007, de 1 de junho de 2007 e TERMO ADITIVO AO CONTRATO 056/2007, de 3 de junho de 2008. A prefeitura Municipal de Rio Negro contratou os serviços de limpeza urbana, através do processo licitatório modalidade tomada de preços, Nº002/2007, nos termos do Edital publicado em 08 de maio de 2007. Venceu a concorrência a empresa SERRANA ENGENHARIA LTDA.. De acordo com contrato em epígrafe, os serviços são varrição das sarjetas e calçadas; raspagem de material depositado nas sarjetas e disposição deste material em contêineres, que serão transportados pela empresa proponente até o ponto de destinação final; destinação final destes resíduos em aterro sanitário devidamente licenciado; limpeza e desobstrução de bocas de lobo; capina manual e capina mecanizada das vias públicas; roçada dos terrenos baldios até o limite de 2 (dois) metros a contar do alinhamento predial; pintura dos meios-fios e postes com cal, conforme item 1 do Objeto do Edital de Concorrência Pública Nº002/2007.

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

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O prazo do contrato inicial foi de 12(doze) meses contados a partir da assinatura, 03 de junho de 2007, com prorrogação ajustada por meio de Termo Aditivo, sendo que este estabelece o prazo de vigência de 03 de junho de 2008 a 03 de junho de 2009, mantendo-se as demais cláusulas contratuais em vigor. O valor mensal dos serviços, de acordo com o Termo Aditivo, corresponde a R$22.776,00, valor este que foi ajustado considerando o Índice de Preço ao Consumidor Amplo – IPCA, em relação ao contrato vigente no período de junho de 2007 a junho de 2008.

5.1.2 Contrato nº. 057/2007 - de 1 de junho de 2007 e Termos Aditivos ao Contrato

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PARA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS CELEBRADO ENTRE A PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO NEGRO E SERRANA ENGENHARIA LTDA. – 057/2007, de 8 de maio de 2007 e TERMO ADITIVO AO CONTRATO 057/2007, de 3 de junho de 2008. A prefeitura Municipal de Rio Negro contratou os serviços de gestão de resíduos sólidos, através do processo licitatório modalidade tomada de preços, Nº003/2007, nos termos do Edital publicado em 08 de maio de 2007. Venceu a concorrência a empresa SERRANA ENGENHARIA LTDA. De acordo com contrato em epígrafe, a Gestão de Resíduos Sólidos compreende os serviços de coleta, transporte e destinação final em aterro sanitário licenciado, dos resíduos sólidos urbanos compactáveis e domiciliares, transporte e destinação dos resíduos de saúde e destinação final de entulhos, conforme item 1 do Objeto do Edital de Concorrência Pública Nº002/2007. O prazo do contrato inicial foi de 12(doze) meses contados a partir da assinatura, 01 de junho de 2007, com prorrogação ajustada por meio de Termo Aditivo, sendo que o Termo Aditivo ao contrato estabelece o prazo de vigência de 03 de junho de 2008 a 03 de junho de 2009, mantendo-se as demais cláusulas contratuais em vigor. O valor dos serviços, de acordo com o Termo Aditivo, está especificado na Tabela, e foi ajustado considerando o Índice de Preço ao Consumidor Amplo – IPCA, em relação ao contrato vigente no período de junho de 2007 a junho de 2008. TABELA 38: VALORES MENSAIS PAGOS PELO SERVIÇO DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Serviço Valor unitário mensal (R$) Valor por unidade excedente (R$) Coleta e transporte de resíduos domiciliares 22.885,50 (até 330 ton.) -

Destinação final dos resíduos sólidos domiciliares 20.791,70 (até 310 ton.) 67,07 / ton.

Destinação final de entulhos em aterro sanitário 4.694,90 (até 70 ton.) 67,07 / ton.

Coleta e transporte e destinação final de resíduos sólidos de saúde 945,00 (até 1.500 litros) 0,63 / litro Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008.

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

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55..22 LLeeggiissllaaççããoo PPeerrttiinneennttee

No sentido de orientar a correta destinação dos diversos resíduos gerados pela atividade humana, se faz necessário a elaboração das mais diversas normas que possam alcançar todos os setores, iniciando-se pelo Município. A seguir são disponibilizadas as leis pertinentes ao Gerenciamento de Resíduos Sólidos, iniciando-se pelas legislações municipais, seguidas das normas de âmbito Estadual e Federal.

5.2.1 Legislação Municipal

QUADRO 24: LEIS MUNICIPAIS CONSIDERADAS NO DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DO MUNICÍPIO LEI SÚMULA ESPECIFICAÇÕES

ORGÂNICA De 09 de dezembro de 2002, Institui o ordenamento jurídico

básico do município

Art.9º, incisos XVII – prover a limpeza dos logradouros públicos, o transporte e o destino do lixo domiciliar e de outros resíduos de qualquer natureza; Art. 10º, inciso VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer uma de suas formas; Art. 11 – Compete ainda ao município, suplementar a legislação federal e a estadual, visando ao exercício de sua autonomia e à consecução do interesse local, especialmente sobre: IV – defesa e preservação do meio ambiente e conservação do solo; V – combate a todas as formas de poluição ambiental; Art. 178 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade devida, impondo-se ao Município e à coletividade e dever de defendê-lo e preservá-lo para a presente e futuras gerações, garantindo-se proteção dos ecossistemas e uso racional dos recursos ambientais; Art. 181 – O Município, juntamente com o Estado, instituirá juntamente com a participação popular, programa de saneamento urbano e rural com o objetivo de promover a defesa da saúde pública, respeitada a capacidade de suporte do meio ambiente e os impactos causados; Art. 182. - É de competência comum do Estado e do Município implantar o programa de saneamento referido no artigo anterior, cujas premissas básicas serão respeitadas quando da elaboração do plano diretor da cidade.

LEI 915/1995 Dispõe sobre o meio ambiente do perímetro urbano da sede do município de Rio Negro e

dá outras providências

Art. 1º - A Política de Meio Ambiente do Município de Rio Negro deverá ter como objetivo, respeitadas as competências da União e dos Estados, manter o equilíbrio do meio ambiente, como bem de uso comum e essencial à sadia qualidade de vida, cabendo ao Município o dever de defendê - los e preservá - los para as gerações presentes e futuras. Art. 3º - São objetivos da Política de Meio Ambiente do Município de Rio Negro: I. A adoção, no planejamento da cidade, de Normas de Desenvolvimento Urbano compatíveis com a proteção ambiental, a utilização adequada do espaço territorial do solo, do ar, da água e dos recursos naturais; II. A integração entre as ações Federais, Estaduais e Municipais na área de saneamento básico; V. A redução dos níveis de poluição atmosférica e hídrica aos

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

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níveis compatíveis com os parâmetros estabelecidos pela legislação nacional; VI. A proteção da bacia do Rio Negro, de modo a assegurar a sua conservação, bem como a qualidade da água e a integração à paisagem urbana; VII. A criação de parques e outras unidades de conservação para proteger os ecossistemas regionais representativos; IX. O monitoramento permanente das atividades potencialmente ou efetivamente poluidoras; X. O cumprimento das normas de segurança no tocante à armazenagem, transporte, manipulação de produtos perigosos e/ou tóxicos; XI. Impor ao degradador do meio ambiente a obrigação de recuperar ou indenizar os danos causados. Art. 6º - São instrumentos da Política Municipal de Meio Ambiente de Rio Negro e constituem o Sistema Municipal de Meio Ambiente: I. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente; II. O Fundo Municipal de Meio Ambiente; III. O zoneamento ambiental; IV. As normas, padrões, critérios e parâmetros de qualidade ambiental; V. O cadastro das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; VI. O licenciamento ambiental; VII. Os planos de manejo para as Unidades de Conservação; VIII. O Sistema de Informações Ambientais; IX. A fiscalização;

LEI Nº 1491/2005

Institui o conselho municipal de administração,

desenvolvimento urbano e meio ambiente de Rio Negro e

dá outras providências".

Art. 3º - O Conselho Municipal de Administração, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente de Rio Negro terá funções deliberativas, normativas, fiscalizadoras e consultivas, objetivando basicamente o estabelecimento, acompanhamento, controle e avaliação da política Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente de Rio Negro, de acordo com a Lei Orgânica do Município e a Constituição Federal, a saber: I - Incrementar e aperfeiçoar o relacionamento sistemático com os poderes constituídos, Ministério Público, Câmara de Vereadores e mídia, bem como com setores relevantes não representados no Conselho; II - Articular-se com outros conselhos setoriais com o propósito de cooperação mútua e de estabelecimento de estratégias comuns para o fortalecimento do sistema de participação e desenvolvimento local;

LEI Nº 1139/1998 Código tributário municipal

CAP VII - Taxa da Coleta de Lixo Art. 337.- A taxa de coleta de lixo tem como fato gerador a prestação, pela Prefeitura, ou concessionária, de serviços públicos, do serviço de coleta de lixo; Art. 338. - O tributo de que trata este artigo será lançado com base no cadastro imobiliário, e incidirá sobre cada uma das propriedades prediais urbanas beneficiadas pelo serviço e será cobrado juntamente com o imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana; Art. 339. - O valor total a ser cobrado pelo serviço de coleta de lixo será o "custo total estimado" por órgão próprio do município, que na realização de seus cálculos, levará em consideração o plano de coleta a ser desenvolvido no ano de lançamento e cobrança; Art. 340. - A Assessoria de planejamento será o órgão

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

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responsável, que anualmente calculará o custo unitário médio de cada coleta, para tanto, será dividido o custo estimado total pelo número total de coletas a serem efetuadas nas diversas economias autônomas, após, multiplicar-se-á o custo médio unitário por coleta pela freqüência anual, segundo o enquadramento na tabela abaixo

Freqüência semanal Freqüência anual 01 54 vezes 02 De 55 a 108 vezes 03 De 109 a 162 vezes 04 De 163 a 216 vezes 05 De 217 a 270 vezes 06 Mais de 271 vezes

LEI 1200/2000

Normatiza a coleta seletiva de materiais recicláveis por

catador carrinheiro no período urbano e dá outras

providências.

Art. 1º - Toda a coleta seletiva de materiais recicláveis feita através de catadores carrinheiros no perímetro urbano na cidade de Rio Negro estará sujeito as normas previstas em Lei. Art. 2º - Toda pessoa que exerce a atividade mencionada no Artigo 1º desta Lei, será considerada como catador carrinheiro. Art. 3º - O Município através da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, fará o cadastramento dos coletores carrinheiros. Art. 4º - Somente serão cadastrados catadores carrinheiros com idade mínima de 18 anos. Art. 5º - A Secretaria de Meio Ambiente fornecerá o respectivo crachá de identificação ao catador carrinheiro devidamente cadastrado. Art. 7º - Somente serão autorizados a exercer tal atividade os carrinheiros devidamente cadastrados, previstos no Artigo 3º desta Lei. Art. 8º - Os carrinhos coletores terão cor padronizada a critério do Poder Público Municipal, quanto da regulamentação desta Lei. Art. 11 - Os compradores de materiais recicláveis ficam obrigados a licenciar suas atividades, providenciando o respectivo cadastro de seus depósitos junto a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a qual fará o controle dos possíveis impactos ao Meio Ambiente.

LEI Nº 1753/2007

Cria o conselho municipal de meio ambiente - CMMA, o fundo municipal de meio

ambiente e da outras providências

Art. 2º - Compete ao Conselho Municipal de Meio Ambiente: I - Conservar o patrimônio ambiental natural, étnico e cultural do Município de Rio Negro; II - Localizar e mapear áreas críticas onde se desenvolvam atividades com utilização de recursos naturais ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como, empreendimentos capazes de causar degradação ambiental a fim de permitir a vigilância e o controle desses procedimentos e o cumprimento da legislação vigente; III - Colaborar no planejamento municipal mediante recomendações à proteção do patrimônio ambiental do Município; IV - Estudar, definir e propor normas e procedimentos visando a estrutura ambiental do Município; V - Promover e colaborar na execução de programas de proteção ambiental do Município VI - Fornecer informações e subsídios técnicos relativos ao conhecimento e proteção do meio ambiente; VII - Colaborar em campanhas educacionais relativas ao meio ambiente e aos problemas de saúde, de saneamento básico, de uso e ocupação racional de águas e solos; VIII - Manter intercâmbio com entidades oficiais e privadas de

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

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pesquisas e/ou atividades ligadas ao conhecimento e proteção ambiental; IX - Identificar, prever e comunicar as agressões ambientais ocorridas no Município, diligenciando efetiva apuração e sugerindo aos poderes e órgãos públicos as medidas cabíveis, além de contribuir, em caso de emergência para mobilização da comunidade; Art. 10 - Deverá constar obrigatoriamente dos currículos escolares dos estabelecimentos de ensino fundamental a cargo do Município, noções e conhecimentos referentes ao patrimônio do Município, noções e conhecimento referentes ao patrimônio ambiental, natural, étnico e cultural, além da respectiva conservação e/ou recuperação; Art. 14 - Fica criado e instituído no âmbito do Município de Rio Negro, o Fundo Municipal de Meio Ambiente - FUNDEMA, que será gerido e administrado na forma desta lei; Art. 15 - O FUNDEMA tem por objetivo proporcionar recursos e meios para empreender a proteção, recuperação e conservação do meio ambiente no âmbito do Município de Rio Negro.

LEI Nº 1764/2007

Dispõe da revisão plano diretor municipal, estabelece

objetivos, diretrizes e instrumentos para as ações de planejamento no município de

Rio Negro e dá outras providências.

Art. 5º O Plano Diretor Municipal de Rio Negro tem por princípios: IV - A preservação e recuperação do ambiente natural e construído; VI - A garantia da qualidade ambiental. Art. 7º São objetivos específicos do Plano Diretor Municipal de Rio Negro: XIV - Proteger o meio ambiente de qualquer forma de degradação ambiental, mantendo a qualidade da vida urbana e rural, com as finalidades de: a) Consolidar e atualizar as ações municipais para a gestão ambiental, em consonância com as legislações estaduais e federais; b) Promover a preservação, conservação, defesa, recuperação e melhoria do meio ambiente natural, em harmonia com o desenvolvimento social e econômico do Município; c) Recuperar e conservar as matas ciliares; d) Preservar as margens dos rios, fauna e reservas florestais do Município, evitando a ocupação na área rural, dos locais com declividade acima de 30%, das áreas sujeitas a inundação e dos fundos de vale; e) Recuperar áreas degradadas e despoluir os rios (rio Negro e Passa Três principalmente); f) Garantir o desenvolvimento industrial de forma a minimizar a degradação ambiental e paisagística atento aos níveis de poluição; g) Melhorar a limpeza urbana, a redução do volume de resíduo gerado, a reciclagem do lixo urbano, o tratamento e destino final dos resíduos sólidos. Art. 22 O Eixo Gestão Ambiental Sustentável possui o objetivo de promover uma política de meio ambiente integrada com a finalidade de se atingir o desenvolvimento sustentável com a máxima redução de danos ao meio ambiente.

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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL – PMSA Rio Negro- PR

RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

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LEI 1770/2007 Dispõe sobre o novo código

de obras do município de Rio Negro e dá outras

providências.

Art. 84 A não retirada dos materiais de construção ou do entulho autoriza a Prefeitura Municipal a fazer a remoção do material encontrado em via pública, dando-se o destino conveniente, e a cobrar dos executores da obra a despesa de remoção, bem como a aplicação das sanções cabíveis.

LEI Nº 1771/2007 Dispõe sobre o código de

posturas do município de Rio Negro e dá outras

providências.

Art. 114 - No interesse do controle da poluição do ar, do solo e água, a Prefeitura exigirá parecer técnico do órgão Estadual Competente, sempre que lhe for solicitada licença de funcionamento para estabelecimentos industriais ou quaisquer outros que se figurem em eventuais poluidores do meio ambiente; Art. 118 - É proibido comprometer, por qualquer forma, a qualidade e pureza das águas destinadas ao consumo público ou particular; Art. 129 O lixo das habitações deverá ser recolhido em sacos plásticos apropriados, para ser removido pelo serviço de limpeza pública; Art. 130 É proibido lançar nas vias públicas, nos terrenos sem edificações, várzeas, lixo de qualquer origem, entulhos, cadáveres de animais, fragmentos pontiagudos ou qualquer material que possa causar incômodo à população, prejudicar a estética da cidade, ou que causem danos ao meio ambiente; Art. 131 O Município manterá o serviço regular de coleta e transporte do lixo nas ruas e demais logradouros públicos da cidade para pequenos geradores (até 100l/dia), estando os demais geradores sujeitos à cobrança da coleta do serviço público, preço fixado nas tabelas oficiais vigentes. § 1º O Município deverá além de cobrar pelos serviços de coleta dos grandes geradores, fixar os dias da semana para a coleta e remoção dos materiais a seguir especificados: I - Resíduos com volume total superior a 100 l (cem litros) por dia; II - Móveis, colchões, utensílios de mudanças e outros similares; III - Restos de limpeza e podas de jardins; IV - Entulho, terras e sobras de material de construção; V - Materiais contaminados, radioativos ou outros que necessitem de condições especiais na sua remoção; VI - Material remanescente de obras ou serviços em logradouros públicos; e. VII - Sucatas. § 2º Estabelecimento com geração maior do que o estabelecido no inciso I do parágrafo anterior deverá desenvolver um plano de gerenciamento de resíduos próprio a ser apresentado para a prefeitura e para o órgão ambiental estadual se este assim o exigir Art. - 132 Os serviços de coleta de resíduos com volume total superior a 100 l (cem) litros por dia serão de caráter permanente quando se tratar de resíduos produzidos por estabelecimentos industriais, comerciais, médico-hospitalares, de prestação de serviços e assemelhados em função do exercício de suas atividades; Art. 139 - Os proprietários ou condutores de animais serão responsáveis pela limpeza dos dejetos dispostos pelos mesmos em qualquer logradouro público; Art. 140 - A execução dos serviços de limpeza pública, de competência do Município, poderá ser realizada diretamente ou por terceiros, observadas as prescrições legais pertinentes.

DECRETO Determina que os grandes Art. 1º - Todos os grandes geradores de resíduos sólidos do

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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL – PMSA Rio Negro- PR

RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

118

Nº045/2008 geradores de resíduos sólidos do município de Rio Negro

apresentem plano de gerenciamento de resíduos

sólidos - PGRS

município de Rio negro devem apresentar seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS, no prazo de 30 dias, a partir da publicação deste decreto; Parágrafo Único – Considera-se como grande gerador de resíduos sólidos aqueles que geram mais de 80 litros diários de resíduos. Art. 2º - Os Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para o município de Rio Negro, deverão contemplar a inclusão social dos catadores através do direcionamento de todo o resíduos reciclável aos catadores de materiais recicláveis;

LEI Nº1800/2008

Regulamenta o programa social de incentivo as famílias

de baixa renda e aos catadores de materiais

recicláveis, programa este já em execução orçamentária

nos exercícios de 2005, 2006, e 2007, e dá outras

providências

Art. 1º - Fica regulamentado o programa social de incentivo aos catadores de materiais recicláveis existentes no município, e que desenvolvam suas atividades junto ao Programa "Cidade Limpa". § 1º - O incentivo previsto no Caput deste Artigo terá como objetivo principal e único, a inclusão social dessas famílias, erradicação da pobreza, proteção de sua vulnerabilidade, conforme Termo de Ajuste de Conduta realizado entre a Municipalidade e o Ministério Público do Trabalho da 9ª Região. § 2º - O incentivo social previsto na presente Lei deverá atender somente aos trabalhadores que atuam no Município como catadores de material reciclável, capacitando-os através de orientação correta, para que possam obter, assim, meios de subsistência sustentável. Art. 2º - O Município realizará a distribuição de cestas básicas para famílias em estado de carência temporária, mediante relatório social realizado pela Secretaria Municipal de Ação Social. Parágrafo Único - Fará jus a cesta básica, a família que estiver devidamente cadastrada na Secretaria Municipal de Ação Social, dependendo também da disponibilidade de recursos da Prefeitura Municipal.

Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008.

5.2.2 Legislação Estadual

QUADRO 25: LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA – ÂMBITO ESTADUAL LEI SÚMULA

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ

Na primeira linha de hierarquia das Leis, no âmbito Estadual, tem-se a Constituição do Estado do Paraná, que é o ordenamento básico do Estado, em consonância com os fundamentos, objetivos e princípios expressos na Constituição Federativa do Brasil. Fundamenta-se na Constituição Estadual a Organização dos Municípios, alcançando matéria da política urbana e políticas agrícola e agrária. A Constituição do Estado do Paraná dispõe que o Plano Diretor instrumento básico da política de desenvolvimento econômico e social e de expansão urbana, e deve ser aprovado pela Câmara Municipal (art. 152). Nos termos desse artigo, o plano diretor disporá sobre normas relativas ao desenvolvimento urbano; políticas de orientação da formulação de planos setoriais; critérios de parcelamento, uso e ocupação do solo e zoneamento, prevendo áreas destinadas a moradias populares, com garantias de acesso aos locais de trabalho, serviço e lazer; proteção ambiental; ordenação de usos, atividades e funções de interesse zonal.

LEI ESTADUAL Nº12. 493, de 22 de janeiro 1999.

Estabelece princípios, procedimentos, normas e critérios referentes à geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos no estado do Paraná, visando controle da poluição, da contaminação e a minimização de seus impactos ambientais e adota outras

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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL – PMSA Rio Negro- PR

RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

119

providências. Destaca-se nesta oportunidade, o artigo 12 onde se determina que as empresas produtoras e/ ou comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins, em todo o território do estado do Paraná, são responsáveis pelo estabelecimento de mecanismos de coleta e recebimento e pela destinação das embalagens vazias dos produtos por elas fabricados e/ ou comercializados, bem como pelos produtos apreendidos pela ação fiscalizatória e pelos tornados impróprios para utilização, obedecidas às condições e critérios estabelecidos pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP.

LEI ESTADUAL Nº13.039, de 11 de janeiro de 2001.

Dispõe sobre a responsabilidade das indústrias farmacêuticas e das empresas de distribuição de medicamentos, dar destinação adequada a medicamentos com prazos de validade vencidos.

DECRETO ESTADUAL Nº6.674, de 03 de dezembro de 2002.

Aprova o Regulamento da Lei nº. 12.493, de 1999, que dispõe sobre princípios, procedimentos, normas e critérios referentes à geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos Resíduos Sólidos no Estado do Paraná, visando o controle da poluição, da contaminação e a minimização de seus impactos ambientais e adota outras providências.

LEI ESTADUAL Nº12.726/99

Institui a Política Estadual de Recursos Hídricos, em conformidade com a Lei Federal 9.433/97(Política Nacional de Recursos Hídricos). Os municípios devem estar atentos aos princípios e diretrizes das políticas de Recursos Hídricos, sejam elas federais ou estaduais. Há um consenso de que os resíduos sólidos urbanos inadequadamente dispostos no Meio Ambiente afetam os recursos hídricos. As cidades, por exemplo, estão diretamente vinculadas a determinada bacia ou micro-bacia, tornando imprescindível o gestão dos resíduos sólidos urbanos gerados no sentido de proteger os recursos hídricos. Da mesma forma há que se olhar para a área rural do Município, onde são utilizados os agrotóxicos, cujo uso deve seguir normas federais e a disposição de suas embalagens ser feita com todo cuidado, não podendo ser lavadas nos rios das propriedades, e tampouco jogadas ou largadas a céu aberto, sujeitos a chuvas infiltrando-se nos lençóis freáticos e nascentes contaminando-as.

LEI ESTADUAL Nº7.827/83 Regulamenta a questão dos agrotóxicos e destino das respectivas embalagens, que devem ser observadas pelas autoridades municipais, particulares, proprietários rurais, enfim, todos envolvidos.

DECRETO ESTADUALNº3.876, de 20 de setembro de 1984.

O Estado do Paraná como responsável por grande parte da produção agrícola brasileira, regulamentou a situação dos agrotóxicos, e regulamenta através deste decreto que cabe à Secretaria de Estado da Agricultura a competência de fiscalizar, à Secretaria do Estado da Saúde e do Bem-Estar Social, dentre outras competências, realizarem amostragem dos alimentos para análise de resíduos e realizar estudos epidemiológicos para identificar problemas de saúde ocupacional na agricultura, e, por fim, à Secretaria de Estado do Interior realizar amostragem de ar, água e solo para identificação de resíduos de agrotóxicos e dar as normas para a destinação final de materiais que tenham apresentado resíduos contaminantes de agrotóxicos acima das tolerâncias permitidas, dentre outras competências.

Fonte: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ: www.pr.gov.br, 2007.

5.2.3 Legislação Federal

QUADRO 26: LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA – ÂMBITO FEDERAL LEI SÚMULA

LEI FEDERAL Nº6. 938, de 31 de agosto de 1981

Esta Lei, com fundamento nos incisos VI e VII do art. 23 e no art. 225 da Constituição Federal, estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, constitui o Sistema

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

120

Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, cria o Conselho Superior do Meio Ambiente – CSMA, e institui o Cadastro de Defesa Ambiental.

LEI FEDERAL Nº7. 802, de 11 de julho de 1989

Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências.

DECRETO Nº4.074, de 04 de janeiro de 2002

Regulamenta a Lei nº. 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências.

LEI FEDERAL Nº9605, de 12 de fevereiro de 1998

Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.

DECRETO Nº875, de 19 de julho de 1993 Promulga o texto da Convenção sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito.

LEI Nº5. 764, de 16 de dezembro de 1971 Define a Política Nacional de Cooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas.

LEI Nº8. 666/93, de 21 de junho de 1993

Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública. Alterada pela Lei 8.883, de 8 de junho de 1993 e pela lei 8.987, de 12 de fevereiro de 1995, esta ultima dispondo sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previstos no art.l 175 da Constituição Federal. Última alteração e atualização foram efetuadas pela lei 9.854, de 27 de outubro de 1999.

LEI Nº11. 107/2005 – de 06 de abril de 2005

Dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências.

Decreto Nº6. 017/2007 – de 17 de janeiro de 2007

Regulamenta a Lei no 11.107, de 06 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos.

LEI Nº11. 445/2007 – de 05 de janeiro de 2007

Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979; 8.036, de 11 de maio de 1990; 8.666, de 21 de junho de 1993; 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências.

Fonte: PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Casa Civil, www.planalto.gov.br/ civil. Acesso 06 de outubro de 2008. QUADRO 27: LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA – RESOLUÇÕES, NORMAS E INSTRUÇÕES NORMATIVAS DE REFERÊNCIA – ÂMBITO FEDERAL E ESTADUAL.

ORIGEM NORMATIVO SÚMULA

SEMA/ SESA Resolução Conjunta nº.

001/94 – SEMA/SESA, de 28 de março de 1.994.

Regulamenta a geração, o acondicionamento, o armazenamento, a coleta, o transporte, o tratamento e a destinação final dos resíduos sólidos visando ao controle da poluição, da contaminação e à minimização dos impactos ambientais no território do Estado do Paraná, regidos em estrito atendimento ao disposto na Lei nº. 12.493, de 22 de janeiro de 1.999.

SEMA/ SESA Resolução SEMA nº. 031, de 24 de agosto de 1.998.

Estabelecem requisitos, critérios e procedimentos administrativos referentes ao licenciamento ambiental, autorizações ambientais, autorizações florestais e anuência prévia para desmembramento e parcelamento de gleba rural, a serem cumpridos no território do Estado do Paraná.

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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL – PMSA Rio Negro- PR

RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

121

ORIGEM NORMATIVO SÚMULA

SEMA Resolução SEMA nº. 006, de 02 de maio de 2001

Dispõe sobre a importação e exportação de resíduos no território do Estado do Paraná

SEMA/ SESA Resolução SEMA/PR nº. 027, de 05 de agosto de

2003.

Estabelece requisitos e condições técnicas para a implantação de cemitérios destinados ao sepultamento, no que tange à proteção e à preservação do ambiente, em particular do solo e das águas subterrâneas.

SEMA/ SESA Resolução nº. 335, de 3 de abril de 2003

Dispõe sobre o licenciamento ambiental de cemitérios

IAP – INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ IN: DIRAM 103.002 -

Estabelece os critérios, procedimentos, níveis de competência, aspectos técnicos e premissas para a concessão de Licenciamento Ambiental para Empreendimentos/Atividades de Gerenciamento (armazenamento, transporte, tratamento, e disposição final) de Resíduos Sólidos (industriais, de unidades e serviços de saúde e urbanos), bem como sistematiza o trâmite administrativo necessário.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO.

Instrução Normativa nº. 23, de 31 de Agosto de

2005.

Aprova as Definições e Normas Sobre as Especificações e as Garantias, as Tolerâncias, o Registro, a Embalagem e a Rotulagem dos Fertilizantes Orgânicos Simples, Mistos, Compostos, Organominerais e Biofertilizantes destinados à Agricultura.

CONAMA Resolução nº. 001/86, de 23 de janeiro de 1.986.

Estabelece critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente.

CONAMA Resolução nº. 05/93, de 05 de agosto de 1.993.

Dispõe sobre os resíduos sólidos gerados em Portos, aeroportos, Terminais Ferroviários e Rodoviários e estabelecimentos prestadores de Serviços de Saúde.

CONAMA Resolução nº. 09/93, de 31 de agosto de 1.993.

Recolhimento e destinação adequada de óleos lubrificantes.

CONAMA Resolução nº. 237/97, de 19 de dezembro de 1.997.

Define procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental, de forma a efetivar a utilização do sistema de licenciamento como instrumento de gestão ambiental, instituído pela Política Nacional do Meio Ambiente.

CONAMA Resolução nº. 257/99, de 30 de junho de 1.999.

Dispõe sobre procedimentos especiais ou diferenciados para destinação adequada quando do descarte de pilhas e baterias usadas, para evitar impactos negativos ao meio ambiente.

CONAMA Resolução nº. 258/99, de 26 de agosto de 1.999.

(alterada pela Resolução 301/02), dispõe da coleta e destinação final adequada aos pneus inservíveis;

CONAMA Resolução nº. 263/99, de 12 de novembro de 1.999.

Inclui o inciso IV no Artigo 6º da Resolução CONAMA 257 de 30 de junho de 1999;

CONAMA Resolução nº. 264/99, de 26 de agosto de 1.999.

Define procedimentos, critérios e aspectos técnicos específicos de licenciamento ambiental para o co-processamento de resíduos em fornos rotativos de clínquer, para a fabricação de cimento.

CONAMA Resolução nº. 275/01, de 25 de abril de 2.001.

Estabelece o código de cores para diferentes tipos de resíduos.

CONAMA Resolução 283/01, de 12 de julho de 2.001.

Complementa os procedimentos do gerenciamento, estabelecendo as diretrizes para o tratamento e

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

122

ORIGEM NORMATIVO SÚMULA disposição dos resíduos de serviços de saúde.

CONAMA Resolução nº. 301/02, de 21 de março de 2002.

Altera dispositivos da Resolução n. 258, de 26 de agosto de 1999, sobre pneumáticos.

CONAMA Resolução nº. 307/02, de 05 de julho de 2.002.

Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.

CONAMA Resolução nº. 308/02, de 21 de março de 2.002.

Licenciamento Ambiental de sistemas de disposição final dos resíduos sólidos urbanos gerados em municípios de pequeno porte.

CONAMA Resolução nº. 313/02, de 29 de outubro de 2.002.

Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.

CONAMA Resolução nº. 314/02, de 29 de outubro de 2.002.

Dispõe sobre o registro de produtos destinados à remediação.

CONAMA Resolução nº. 316/02, de 29 de outubro de 2.002.

Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos.

CONAMA Resolução nº. 301/03, de

28 de Agosto de 2003.

Altera dispositivos da Resolução CONAMA 258, relativo a passivo pneumático.

CONAMA Resolução nº. 330/03, de 25 de Abril de 2003.

Institui a Câmara Técnica de Saúde, Saneamento, Ambiental e Gestão de Resíduos.

CONAMA Resolução nº. 334/03, de 3 de abril de 2003.

Dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos.

CONAMA Resolução nº. 358/05 –

CONAMA, de 29 de Abril de 2005.

Dispõe sobre o tratamento e a destinação final dos resíduos dos serviços de saúde.

ANVISA Resolução ANVISA RDC

nº. 306 DE 07 de dezembro de 2004

Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde

ANVISA Resolução ANVISA RDC nº. 33, de 25 de fevereiro

de 2003. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

ANVISA Portaria ANVISA nº. 802 de 08 de outubro de 1998.

Institui o Sistema de Controle e Fiscalização em toda a cadeia dos produtos farmacêuticos.

ANVISA Resolução - RDC nº. 342,

de 13 de dezembro de 2002.

Institui e aprova o Termo de Referência para a elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos a serem apresentados a ANVISA para análise e aprovação relativos à Gestão de resíduos sólidos em Portos, Aeroportos e Fronteiras.

TRATADOS INTERNACIONAIS Protocolo de Kyoto, 10 de dezembro de 1997.

TRATADOS INTERNACIONAIS Agenda 21 Brasileira Tem por objetivo definir uma estratégia de desenvolvimento sustentável para o País a partir de um processo de articulação e parceria entre o governo e a sociedade.

TRATADOS INTERNACIONAIS Carta da Terra.

TRATADOS INTERNACIONAIS Agenda 21 Global.

Estabelece diretrizes para a obtenção do desenvolvimento sustentável e para a proteção do meio ambiente. Os capítulos 19, 20, 21 e 22 tratam especificamente de resíduos sólidos.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

NBR 10.004 – Resíduos Sólidos Classificação

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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL – PMSA Rio Negro- PR

RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

123

ORIGEM NORMATIVO SÚMULA TÉCNICAS

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 10.005 – Lixiviação

de Resíduos Procedimento

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 10.006 –

Solubilização de Resíduos Procedimento

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 10.007 –

Amostragem de Resíduos Procedimento

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS

NBR 10.703 – Degradação do Solo

Terminologia

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 11.174/NB 1.264. Armazenamento de resíduos classe II – não inertes

e III inertes

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 13.894

Tratamento no solo (landfarming) – Procedimento

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 11.175/NB 1.265 Incineração de resíduos sólidos perigosos. Padrões

de desempenho – Procedimento

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 12.235 Procedimentos o armazenamento de Resíduos

Sólidos Perigosos;

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 13.221 Transporte de resíduos

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 13.968 Embalagem rígida vazia de agrotóxico Procedimento

de lavagem

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 14.719 Embalagem rígida vazia de agrotóxico – Destinação

Final da Embalagem lavada – Procedimento

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NB 1.183 Armazenamento de resíduos sólidos perigosos.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 14.283 Resíduos em solos - Determinação da biodegradação

pelo método respirométrico – Procedimento;

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 8.843 Tratamento do resíduo em aeroportos –

Procedimento

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 8.418/NB 842 Apresentação de projetos de aterros de resíduos

industriais perigosos – Procedimento

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 8.419/NB 843 Apresentação de projetos de aterros sanitários de

resíduos sólidos urbanos – Procedimento

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 8.849 Apresentação de projetos de aterros controlados de

resíduos sólidos urbanos – Procedimento

ABNT - ASSOCIAÇÃO NBR 10.157 Aterros de resíduos perigosos – Critérios para

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

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ORIGEM NORMATIVO SÚMULA BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS projeto, construção e operação – Procedimento

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 13.896 Aterros de resíduos não perigosos – Critérios para

projeto, implantação e operação – Procedimento.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 13.895 Construção de poços de monitoramento e

amostragem – Procedimento

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 12.807 Resíduos de serviços de saúde – Terminologia

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 12.808 Resíduos de serviços de saúde – Classificação

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 12.809 Manuseio de resíduos de serviços de saúde –

Procedimento

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 12.810 Coleta de resíduos de serviços de saúde –

Procedimento

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 9.190 Classificação de sacos plásticos para

acondicionamento do lixo

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS NBR 9.191 Especificação de sacos plásticos para

acondicionamento de lixo Fonte: www.resol.com.br/legislações, 2007.

Page 140: PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

125

666 AAASSSPPPEEECCCTTTOOOSSS FFFIIINNNAAANNNCCCEEEIIIRRROOOSSS

A Prefeitura do Município de Rio Negro direciona as atividades de limpeza urbana à Secretaria de Obras Públicas e Serviços Urbanos, a qual recebe os recursos orçamentários previstos no exercício para gerenciar os contratos das empresas terceirizadas para este fim, bem como a estrutura interna existente.

66..11 PPllaannoo PPlluurriiaannuuaall –– PPPPAA

O Plano Plurianual é o instrumento que orienta o planejamento e a gestão da administração pública para o período de 04 anos. No Plano Plurianual estarão definidas as metas físicas e financeiras para fins do detalhamento dos orçamentos anuais. De acordo com a Constituição Federal, o Projeto de Lei do PPA deve conter "as diretrizes, objetivos e metas da administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada". Deste modo, o PPA de Município de Rio Negro foi instituído pela LEI 1572/2005 que dispõe sobre o Plano Plurianual do Rio Negro para o Quadriênio 2006 a 2009. A prefeitura Municipal de Rio Negro disponibilizou além da LEI 1572/2005, as leis que a alteram, a saber:

• LEI 1627/2006;

• LEI 1630/2006;

• LEI 1643/2006;

• LEI 1711/2007;

• LEI 1750/2007;

• LEI 1805/2008;

• LEI 1802/2008 e

• LEI 1811/2008. Na análise das referidas leis, as metas referentes ao serviço de limpeza pública encontram-se dentro da ação “Manter as unidades da Secretaria de Obras Públicas e Serviços Urbanos”, conforme Tabela 39. TABELA 39: PPA 2006/2009 – PROGRAMA OBRAS PÚBLICAS E SERVIÇOS URBANOS

Ação/Produto 2006 2007 2008 2009 Manter as unidades da Secretaria de Obras Públicas e Serviços Urbanos

Meta Física / Valor 3.738.800 4.316.108 4.276.575 4.849.579

Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008.

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RELATÓRIO 01 – Diagnóstico da Situação Atual dos Serviços

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66..22 OOrrççaammeennttoo MMuunniicciippaall

Lei nº. 1826/2008 – Dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o ano 2009. Nos anexos da referida Lei, são detalhadas as despesas e receitas de acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, além dos gastos previstos por cada uma das secretarias.

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TABELA 40: RECEITAS DO MUNICÍPIO DE RIO NEGRO, ARRECADADA, ORÇADA E PREVISÃO. Receita Arrecadada Orçada Previsão

Especificação 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Impostos 2.231.311,41 2.548.720,66 2.487.000,00 2.586.480,00 2.689.939,00 2.857.537,00 Taxas 610.961,56 734.398,08 1.379.400,00 1.434.576,00 1.491.959,00 1.621.637,00 Contribuição de Melhoria 139.646,90 245.552,81 523.500,00 544.440,00 566.218,00 608.866,00 Contribuições Sociais 622.444,48 712.735,90 330.200,00 343.408,00 357.144,00 391.430,00 Contribuições Econômicas 1.191.568,13 1.103.823,98 948.500,00 986.440,00 1.035.898,00 1.146.934,00 Receitas Imobiliárias 21.402,11 41.847,28 83.200,00 86.528,00 89.989,00 93.589,00 Receita de Valores Mobiliários 1.566.395,07 1.463.301,27 515.304,11 535.916,00 557.353,00 579.647,00 Receita de Concessões e Permissões 0,00 11.515,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Receita de Serviços 200.154,06 505.495,15 392.500,00 408.200,00 434.528,00 471.509,00 Transferência da União 9.847.889,06 12.357.162,66 12.164.774,00 12.751.365,00 13.298.378,00 13.723.716,00 Transferência do Estado 7.199.470,82 8.148.054,45 8.235.968,00 8.619.407,00 8.998.023,00 9.338.643,00 Transferências Multigovernamentais 2.857.051,13 3.531.346,58 4.200.000,00 4.356.000,00 4.562.720,00 4.754.429,00 Transferência de Convênios da União 50.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Transferência de Convênios do Estado 195.991,51 202.101,52 80.000,00 83.200,00 86.528,00 89.989,00 Multas e Juros de Mora 223.450,12 268.223,02 338.250,00 351.780,00 365.851,00 390.485,00 Indenizações e Restituições 202.895,20 215.900,77 485.200,00 504.608,00 534.792,00 565.784,00 Receita da Divida Ativa Tributária 486.676,04 473.674,94 582.250,00 605.540,00 639.762,00 654.952,00 Receita da Divida Ativa não Tributária 0,00 5.548,74 6.000,00 6.240,00 6.490,00 6.749,00 Receitas Corrente Diversas 961.597,45 536.524,55 29.500,00 30.680,00 31.907,00 33.183,00 Receita Corrente Intra-orçamentária 0,00 713.840,98 1.379.900,00 1.435.096,00 1.492.021,00 1.543.602,00 Operações de Crédito 1.961.517,34 28.277,18 4.000.000,00 4.000.000,00 4.000.000,00 4.000.000,00

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Receita Arrecadada Orçada Previsão

Especificação 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Alienação de Bens 28.772,85 1.515.859,48 50.000,00 50.000,00 50.000,00 50.000,00 Transferência de Capital 415.327,35 46.284,10 0,00 0,00 0,00 0,00 Dedução da Receita Corrente 2.056.365,63 2.886.527,42 3.206.077,11 3.314.320,00 3.427.693,00 3.546.401,00 Total 28.958.156,96 32.523.661,68 35.005.369,00 36.405.584,00 37.861.807,00 39.376.280,00 Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008

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TABELA 41: DESPESAS DO MUNICÍPIO DE RIO NEGRO, EMPENHADA, ORÇADA E PREVISÃO. Despesa Empenhada Orçada Previsão

Especificação 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Despesas Correntes 22.235.053,86 24.849.066,48 26.071.095,00 27.396.245,00 28.387.644,00 29.561.541,00 Salários e Encargos Sociais 11.760.891.66 13.829.094,80 15.646.589,00 16.478.265,00 17.119.993,00 17.937.144,00 Juros e Encargos da Dívida 198.747,66 298.034,47 352.000,00 442.574,00 373.229,00 294.197,00 Outras Despesas Correntes 10.275.414,54 10.721.937,21 10.072.506,00 10.475.406,00 10.894.422,00 11.330.200,00 Despesas de Capital 5.517.363,06 2.341.565,96 8.208.274,00 8.249.339,00 8.684.163,00 8.994.739,00 Investimentos 3.599.360,04 1.560.368,96 7.111.513,00 7.395.974,00 7.691.812,00 7.999.485,00 Inversões Financeiras 1.488.851,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Amortização da Dívida 429.151,95 781.197,00 1.096.761,00 853.365,00 992.351,00 995.254,00 Reserva 0,00 0,00 726.000,00 760.000,00 790.000,00 820.000,00 Reserva Orçamentária 0,00 0,00 626.000,00 660.000,00 690.000,00 720.000,00 Reserva de Contingência 0,00 0,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 Total 27.752.416,92 27.190.632,44 35.005.369,00 36.405.584,00 37.861.807,00 39.376.280,00 Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008

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O anexo VI – Obras, Habitação e Urbanismo, contém o detalhamento das ações previstas para a secretaria de Obras e Serviços Urbanos QUADRO 28: ORÇAMENTO 2009 DESTINADO A OBRAS, HABITAÇÃO E URBANISMO.

Item AÇÃO PRODUTO META A/P VALOR 1 - Manter as atividades da Secretaria de Obras - Atividades mantidas. Global A 4.578.178,00

1.1 - Firmar convênios e/ou parcerias com os Governos Federal, Estadual, Municipal e com a iniciativa privada, para a elaboração e execução de projetos de interesse do Município.

- Convênios e parcerias firmadas. Global A

1.2 - Firmar convênios, contratos e manter parcerias com empresas privadas para manutenção e readequação das estradas rurais. - Manutenção e readequação garantidas. Global A

1.3 - Manter e reformar pontes e pontilhões. - Manutenção e reformas implantadas. Global A 1.4 - Equipar e mobiliar a Secretaria de Obras. - Equipamentos e mobiliários adquiridos. Global A 1.5 - Manter a limpeza pública. - Limpeza pública mantida Global A 1.6 - Efetuar a manutenção do Paço Municipal. - Manutenção realizada. Global A 1.7 - Promover a capacitação de pessoal. - Servidores treinados. Global A 1.8 - Promover melhorias no centro de serviço. - Melhorias realizadas. Global A 1.9 - Manter e conservar as instalações dos bens móveis e imóveis do Município. - Instalações mantidas e conservadas. Global A

1.10 - Elaborar e Implantar Sistema de Fiscalização para a Implementação da Lei de Parcelamento. - Sistema de Fiscalização elaborado e implantado. Global A

1.11 - Ampliar a rede de esgoto através de convênio com a SANEPAR. - Convênio firmado. Global A

1.12 - Manter o saneamento geral através da ampliação de galeria de águas pluviais e canalização de córregos. - Saneamento mantido. 700 m A

1.13 - Firmar convênio com a Cohapar para a construção de moradias populares. - Convênio firmado e moradias construídas. 100 Unidades A 2 - Ampliar a eletrificação rural. - Eletrificação ampliada. 10 Km P 15.483.00

3 - Construir ponte de concreto na Fazendinha, em Convênio com o Município da Lapa e o Governo do Estado. - Ponte construída. 01 P 200.000,00

4 - Construir, melhorar e ampliar praças parques - Construção e melhorias implantadas. 02 P 100.000,00

5 - Urbanizar as margens do rio Negro, com a relocação das famílias em áreas de risco. - Urbanização e relocação realizada. Global P 5.000,00

6 - Adquirir maquinário. - Maquinário adquirido. 02 P 180.000,00 7 - Adquirir Veículos. - Veículos adquiridos. 02 P 80.000,00

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Item AÇÃO PRODUTO META A/P VALOR 8 - Pavimentar e recapear ruas e avenidas. - Ruas e avenidas pavimentadas e recapeadas. Global P 3.524.727,00

9 - Adquirir terrenos para construção de moradias populares. - Terrenos adquiridos. Global P 119.102,00

10

- Reurbanizar a cidade através de ampliação da rede de energia elétrica, desapropriar área para abertura de ruas, construir calçadas, pontos de ônibus, conservar ruas e avenidas, melhorar sistema de sinalização de trânsito e implementar melhorias no Cemitério Municipal, entre outras melhorias.

- Reurbanização efetuada. Global P 226.292,00

TOTAL DAS AÇÕES E PROJETOS DE OBRAS E URBANISMO R$ 9.028.782,00 Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008

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Observando o Quadro 28, nota-se que a atividade de Limpeza Pública está englobada dentro da atividade principal ou seja manter as atividades da secretaria de obras, que apresenta um valor global para o ano de 2009 de R$ 4.578.178,00.

66..33 RReemmuunneerraaççããoo ee CCuusstteeiioo

6.3.1 Receitas

A LEI Nº1139/1998, que institui o Código Tributário do Município de Rio Negro, determina no Capítulo VII – Taxa de Coleta de Lixo que este tributo é cobrado com base no cadastro imobiliário, incidindo sobre cada uma das propriedades prediais urbanas beneficiadas pelo serviço, sendo cobrado juntamente com o imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana. Ainda segundo esta mesma LEI, o valor total a ser cobrado pelo serviço de coleta de lixo será o custo total estimado por órgão próprio do município, que na realização de seus cálculos levará em consideração o plano de coleta a ser desenvolvido no ano de lançamento e cobrança. A Assessoria de Planejamento será o órgão responsável pelo cálculo do custo unitário médio de cada coleta, que será obtido dividindo o custo estimado total pelo número total de coletas a serem efetuadas nas diversas economias autônomas após, multiplicar-se-a o custo médio unitário por coleta pela freqüência anual, conforme Tabela 42. TABELA 42: FREQÜÊNCIA DE COLETA DE RESÍDUOS DOMÉSTICOS

Freqüência Semanal Freqüência Anual 01 54 vezes 02 De 55 a 108 vezes 03 De 109 a 162 vezes 04 De 163 a 216 vezes 05 De 217 a 270 vezes 06 Mais de 271 vezes

Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008. No entanto, o valor do custo médio unitário de cada coleta cobrado atualmente, segundo a Prefeitura Municipal, está desatualizado e não corresponde ao custo total estimado do serviço de limpeza pública. O custo unitário em uso foi calculado há tempos e não há registros sobre a maneira como o referido cálculo foi feito. A Receita da Prefeitura Municipal de Rio Negro para assuntos relacionados à Coleta de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública, Conservação de Vias e Logradouros Públicos nos anos de 2006 a 2008 está representada Tabela 43. TABELA 43: RECEITA OBTIDA PARA O CUSTEIO DA LIMPEZA PÚBLICA – 2006 A 2008.

Ano Valor arrecadado Valor Previsto Inadimplência 2006 R$ 266.664,79 R$358.996,62 25,72% 2007 R$ 297.914,96 R$ 411.024,69 27,52%

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2008 (até 19/11/2008) R$ 285.691,84 R$ 446.210,85 35,97% Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008. Este tipo de cobrança faz com que o pagamento da taxa de limpeza pública fique dependente do pagamento do IPTU. A inadimplência nos anos de 2006 e 2007 ficou em torno de 25%. Segundo informações da Prefeitura Municipal, está previsto um aumento no valor da taxa de Limpeza Pública já para o próximo ano.

6.3.2 Despesas

A despesa média mensal com os serviços de Limpeza Pública, pagos à empresa Serrana engenharia Ltda. é de aproximadamente R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Dentro destas despesas estão inclusos a coleta e destinação final dos resíduos domésticos, varrição e conservação de calçadas, destinação final de entulhos e destinação de resíduos de saúde. Cabe ressaltar novamente que a destinação dos resíduos de saúde pagos à empresa terceirizada são apenas os gerados pelo hospital municipal e postos de saúde. A Tabela 44 apresenta um resumo das despesas distribuídas segundo sua aplicação. Além das despesas com a empresa terceirizada, a prefeitura municipal realiza com mão-de-obra e veículos próprios o serviço de coleta de entulhos e resíduos verdes e também a coleta de recicláveis na zona rural quando solicitada. Segundo a prefeitura do município, os valores gastos para a coleta de entulho e resíduos verdes é de aproximadamente R$ 9.200,00 (nove mil e duzentos reais) por mês, incluído a mão-de-obra. No item 4.2, Recursos Humanos, estas despesas são mais bem detalhadas. Já os gastos com a coleta de recicláveis é de aproximadamente R$ 1.012,00 (um mil e doze reais) mensais. As despesas com os veículos utilizadas para a coleta de entulhos e recicláveis, segundo a prefeitura, são de difícil mensuração visto que estes mesmos veículos são utilizados também para outras finalidades, como por exemplos em obras, terraplagem entre outros.

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TABELA 44: DESPESAS COM OS SERVIÇOS DE LIMPEZA PAGOS À EMPRESA SERRANA ENGENHARIA LTDA.

Destinação resíduos domésticos Varrição / Conservação

Coleta resíduos Destinação entulhos Coleta e destinação resíduos de saúde

Peso (ton) Preço/ton Total Valor fixo Valor fixo Peso

(ton) Preço/ton Total Volume (l) Preço/l Total Total mensal

jul/07 293,55 R$ 64,05 R$ 18.801,88 R$ 21.750,00 R$ 21.854,55 50,61 R$ 64,05 R$ 3.241,57 1230 R$ 0,59 R$ 725,70 R$ 66.373,70

ago/07 289,45 R$ 64,05 R$ 18.539,27 R$ 21.750,00 R$ 21.854,55 - R$ 64,05 - 710 R$ 0,59 R$ 418,90 R$ 62.562,72

set/07 273,83 R$ 64,05 R$ 17.538,81 R$ 21.750,00 R$ 21.854,55 43,77 R$ 64,05 R$ 2.803,47 1125 R$ ,59 R$ 663,75 R$ 64.610,58

out/07 313,19 R$ 64,05 R$ 20.059,82 R$ 21.750,00 R$ 21.854,55 297,13 R$ 64,05 R$ 19.031,18 1105 R$ 0,59 R$ 651,95 R$ 83.347,50

Nov/07 299,35 R$ 64,05 R$ 19.173,37 R$ 21.750,00 R$ 21.854,55 49,94 R$ 64,05 R$ 3.198,66 1015 R$ 0,59 R$ 598,85 R$ 66.575,42

dez/07 224,98 R$ 64,05 R$ 14.409,97 R$ 21.750,00 R$ 21.854,55 46,09 R$ 64,05 R$ 2.952,06 768 R$ 0,59 R$ 453,12 R$ 61.419,70

jan/08 416,11 R$ 64,05 R$ 26.651,85 R$ 21.750,00 R$ 21.854,55 83,47 R$ 64,05 R$ 5.346,25 1485 R$ 0,59 R$ 876,15 R$ 76.478,80

fev/08 286,44 R$ 64,05 R$ 18.346,48 R$ 21.750,00 R$ 21.854,55 33,46 R$ 64,05 R$ 2.143,11 780 R$ 0,59 R$ 460,20 R$ 64.554,35

mar/08 296,04 R$ 64,05 R$ 18.961,36 R$ 21.750,00 R$ 21.854,55 40,89 R$ 64,05 R$ .619,00 1085 R$ 0,59 R$ 640,15 R$ 65.825,07

abr/08 294,52 R$ 64,05 R$ 18.864,01 R$ 21.750,00 R$ 21.854,55 101,19 R$ 64,05 R$ 6.481,22 1364 R$ 0,59 R$ 804,76 R$ 69.754,54

mai/08 313,55 R$ 64,05 R$ 20.082,88 R$ 21.750,00 R$ 21.854,55 - - - 1005 R$ 0,59 R$ 592,95 R$ 42.438,83

jun/08 298,02 R$ 67,07 R$ 19.988,20 R$ 22.776,00 R$ 22.885,50 54,01 R$ 67,07 R$ 3.622,45 840 R$ 0,63 R$ 529,20 R$ 69.801,35

jul/08 311,16 R$ 67,07 R$ 20.869,50 R$ 22.776,00 R$ 22.885,50 208,5 R$ 67,07 R$ 3.984,10 695 R$ 0,63 R$ 437,85 R$ 80.952,95

ago/08 293,09 R$ 67,07 R$ 19.657,55 R$ 22.776,00 R$ 22.885,50 88,03 R$ 67,07 R$ 5.904,17 486 R$ 0,63 R$ 306,18 R$ 71.529,40

Média 300,23 R$ 19.424,64 91,42 R$ 5.943,94 978,1 R$ 582,84 R$ 67.587,49 Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008.

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A síntese das despesas médias mensais com gastos de limpeza pública, somados os gastos com o pagamento da empresa terceirizada estão representados na Tabela 45. TABELA 45: VALORES MÉDIOS MENSAIS DE DESPESA COM LIMPEZA PÚBLICA Serviço Valor (R$) Responsabilidade

Coleta entulhos 9.200,00 Prefeitura Municipal

Coleta eventual de recicláveis zona rural 1.012,00 Prefeitura Municipal

Destinação resíduos domésticos 19.424,64 Serrana

Varrição 22.776,00 Serrana

Coleta de resíduos domésticos 22.885,50 Serrana

Destinação entulhos 5.943,94 Serrana

Coleta e Destinação resíduos de saúde (público) 582,84 Serrana

Total aproximado de despesas mensais 81.824,91 Serrana Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008. Os valores percentuais médios mensais das despesas de acordo com o tipo de serviço estão representados na Figura 82. Os maiores gastos são os relacionados à coleta de resíduos domésticos e varrição, seguido pela destinação de resíduos domésticos.

FIGURA 82: PERCENTUAIS MENSAIS MÉDIOS GASTOS COM LIMPEZA PÚBLICA Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008.

6.3.2.1 Análise Receitas x Despesas

Para a análise do custeio dos serviços de limpeza pública entre os meses de Julho de 2007 à Agosto de 2008, foram considerados nas despesas mensais os valores pagos à empresa Serrana Engenharia juntamente com os

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valores referentes à coleta de entulhos e coleta eventual de recicláveis na zona rural. A receita média mensal foi obtida dividindo-se as receitas anuais da taxa de limpeza pública pelos meses do ano. A diferença entre Receita Média Mensal e Despesa Mensal resultou nos valores do Déficit no custeio da limpeza pública no município de Rio Negro, conforme Tabela 46. TABELA 46: ANÁLISE RECEITAS X DESPESAS

MÊS DESPESA MENSAL (R$)

RECEITA MÉDIA MENSAL (R$) DÉFICIT (R$)

jul/07 76.585,70 24.826,25 51.759,45 ago/07 72.774,72 24.826,25 47.948,48 set/07 74.822,58 24.826,25 49.996,33 out/07 93.559,50 24.826,25 68.733,25 Nov/07 76.787,42 24.826,25 51.961,18 dez/07 71.631,70 24.826,25 46.805,46 jan/08 86.690,80 25.971,99 60.718,81 fev/08 74.766,35 25.971,99 48.794,36 mar/08 76.037,07 25.971,99 50.065,08 abr/08 79.966,54 25.971,99 53.994,55 mai/08 52.650,83 25.971,99 26.678,84 jun/08 80.013,35 25.971,99 54.041,37 jul/08 91.164,95 25.971,99 65.192,96 ago/08 81.741,40 25.971,99 55.769,41 Média 77.799,49 25.480,95 52.318,54 Fonte: Ecotécnica, 2008. A média do Déficit mensal no custeio da limpeza pública no período compreendido entre Julho de 2007 a Agosto de 2008 foi de R$ 52.318,54. É importante ressaltar que os valores obtidos constituem-se de estimativas, visto que a Receita Média Mensal foi calculada através da simples divisão do valor anual arrecadado pelo número de meses. Este valor, no entanto, é bastante variável, visto que a arrecadação da taxa de limpeza pública ocorre juntamente com o IPTU, obedecendo aos mesmos critérios e possibilidades de parcelamentos. Sendo assim, os primeiros meses do ano apresentam uma tendência de maior arrecadação, devido aos pagamentos do imposto à vista.

6.3.2.2 Análise Orçado x Executado

De acordo com informações repassadas pelo setor de Contabilidade da Prefeitura Municipal de Rio Negro, nos anos de 2006 e 2007, os valores executados para os serviços de limpeza pública foram superiores aos orçados.

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Para o ano de 2008, além do valor executado até o dia 18 de novembro, ainda estão empenhados R$ 215.457,32, totalizando o valor executado de R$ 847.005,85, ou seja, 32,1% superior ao valor orçado. Os valores orçados para o exercício do ano seguinte são baseados na média de gastos do ano em exercício, salvo a existência de exceções como novos projetos. TABELA 47: ORÇADO X EXECUTADO PARA OS SERVIÇOS DE LIMPEZA PÚBLICA

Exercício Orçados (R$) Executados (R$) 2006 338.000,00 396.915,32 2007 380.500,00 754.718,44 2008 641.000,00 631.548,53 (até 18/11/2008) Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008.

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777 EEESSSTTTRRRUUUTTTUUURRRAAA AAADDDMMMIIINNNIIISSSTTTRRRAAATTTIIIVVVAAA

77..11 EEssttrruuttuurraa AAddmmiinniissttrraattiivvaa OOrrggaanniizzaacciioonnaall

A abrangência desta caracterização para análise deste Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos - PGIRS tem seu foco nos serviços urbanos relacionados à coleta de resíduos sólidos, que por sua vez integra as responsabilidades dos serviços de limpeza urbana. Nesse aspecto, as competências por órgão funcional são baseadas na Lei municipal ordinária nº. 903/1995 que dispõe sobre a estrutura administrativa da prefeitura de Rio Negro e apresenta as competências de cada órgão. Assim, de acordo com o artigo 18 desta Lei, a Secretaria de Obras Públicas e Serviços Urbanos tem por finalidades, entre outras: [...] VII - Executar atividades referentes à prestação e manutenção de serviços de limpeza pública, cemitérios, matadouros, mercados, feiras-livres e iluminação pública; [...] Ainda de acordo com a Lei municipal ordinária nº. 903/1995, a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente tem por finalidades: [...] VIII - Implementar medidas concernentes às normas e padrões de proteção e preservação ambiental e de fiscalização e controle de atividades; IX - Participar do processo de licenciamento de atividades e obras poluidoras ou potencialmente poluidoras; X - Aplicar a Lei e Uso, Ocupação do Solo e Código de Posturas, para que o meio urbano e rural apresente melhoria de vida [...] XIV - Implantar com a cooperação da população, coleta seletiva de lixo e na área rural adequado destino do lixo; XV - Desenvolver ações conjuntas com órgãos públicos federais, estaduais e entidades particulares, para execução de tarefas que objetivem o controle da poluição do meio ambiente e dos planos estabelecidos para a sua proteção; [...] Assim, a Secretaria de Obras Públicas e Serviços Urbanos possui atribuições diretamente relacionadas à execução dos serviços de Limpeza Pública enquanto a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente tem suas atividades voltadas à fiscalização e controle de atividades poluidoras, além de ser responsável pela coleta seletiva municipal e destinação dos resíduos da área rural.

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O Quadro 29 apresenta a estrutura administrativa da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos, e o Quadro 30, da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente. QUADRO 29: ESTRUTURA ADMINISTRATIVA ORGANIZACIONAL DA SECRETARIA DE OBRAS PÚBLICAS E SERVIÇOS URBANOS SECRETARIA DE OBRAS E SERVIÇOS URBANOS Reinaldo Herbst Junior

Assistentes administrativos Daniele Valério Hirt Emerson Roiman Jorge Mendes Maurer

Desenhista Jorge Alberto Candeo

Fiscais de Obras Cyro Goya Daniel Teixeira da Cruz Kelly Cristiane Peters

Topógrafo Sílvio Wilzec Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008. QUADRO 30: ESTRUTURA ADMINISTRATIVA ORGANIZACIONAL DA SECRETARIA DE AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE SECRETARIA DE AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE Reinaldo Herbst Junior

Chefes do departamento de meio ambiente Sidney Hirt Claudinéia Radunz

Diretora do departamento de agricultura Sônia Mara Wolf Administrador do Parque Tarcísio Schelbauer Assistentes administrativos Neiva Maria C. B. Marques

Biólogas Lenita Kozak Walquíria Menna Brusamolin

Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008.

77..22 RReeccuurrssooss HHuummaannooss

A Prefeitura Municipal de Rio Negro, mantém em sua folha de pagamento cinco funcionários destinados a Limpeza Pública, onde um está lotado no Núcleo de Agricultura e Meio Ambiente e quatro estão lotados no Núcleo de Obras e Serviços Urbanos QUADRO 31: RELAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS DESTINADOS À LIMPEZA PÚBLICA

FUNCIONÁRIO CARGO NUCLEO HORAS/MÊS SALÁRIO 01 Aux. de Serv. Gerais A Obras 220 R$ 415,00 02 Motorista B Obras 220 R$ 415,00 03 Motorista B Obras 220 R$ 804,00 04 Aux. de Serv. Gerais C Obras 220 R$ 415,00 05 Aux. de Serv. Gerais C Meio Ambiente 220 R$ 415,00 Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008. QUADRO 32: CUSTOS COM PESSOAL – 2007/2008

MÊS Func. 1 (R$) Func. 2 (R$) Func. 3 (R$) Func. 4 (R$) Func. 5 (R$) Total (R$) SET/07 614,72 1.831,72 924,16 728,11 707,13 4.805,84

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MÊS Func. 1 (R$) Func. 2 (R$) Func. 3 (R$) Func. 4 (R$) Func. 5 (R$) Total (R$) OUT/07 637,24 1.588,10 1.277,02 1.025,06 749,03 5.276,45 NOV/07 641,33 2.193,26 2200,22 855,57 749,03 6.639,41 DEZ/07 790,07 2.944,15 924,16 858,28 749,03 6.265,69 JAN/08 680,22 1.890,81 972,96 1.007,43 749,03 5.300,45 FEV/08 600,40 1.754,67 1.092,36 795,90 727,28 4.970,61 MAR/08 874,27 1.677,92 1.039,29 1.783,59 739,83 6.114,90 ABR/08 857,23 2.135,53 1.225,04 903,28 917,81 6.038,89 MAI/08 659,85 3.840,14 1.265,95 1.121,69 846,61 7.734,24 JUN/08 815,06 1.918,16 1.530,20 1.229,05 1.158,60 6.651,07 JUL/08 691,34 1.941,04 1.298,01 1.119,47 949,21 5.999,07 AGO/08 727,33 1.812,75 1.357,72 1.058,05 1.760,56 6.716,41 SET/08 659,85 1.686,28 981,00 995,47 815,21 5.137,81 TOTAL 9.248,91 27.214,53 16.088,09 13.480,95 11.618,36 77.650,84

Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008. Em relação o efetivo de pessoal disponível para a os Serviços de Limpeza Urbana do Município disponibilizado pela empresa terceirizada, o quadro de funcionários é apresentado na Quadro 33 a seguir. QUADRO 33: QUADRO ATUAL DE PESSOAL DE LIMPEZA PÚBLICA

FUNÇÃO SERRANA Supervisor 1

Garis 6 Capina/Pintura 9

Total 16 Fonte: Prefeitura Municipal de Rio Negro, 2008.

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888 AAANNNÁÁÁLLLIIISSSEEE IIINNNTTTEEEGGGRRRAAADDDAAA

88..11 PPrriinncciippaaiiss DDeeffiicciiêênncciiaass

A partir dos capítulos, expostos acima, tem-se uma visão abrangente e detalhada dos vários aspectos que influenciam, condicionam e caracterizam o desenvolvimento municipal. Sendo que esses componentes estão intimamente interligados e interagindo, de modo que determinem os padrões e processos funcionais do município. A análise sistemática dos fatores apresentados tem por objetivo agregar e relacionar questões cruciais inerentes ao gerenciamento dos resíduos. As questões avaliadas seguiram a categoria adotada para elaboração deste diagnostico, nos aspectos principais. As tabelas na seqüência apresentam as principais deficiências apontadas pela equipe técnica da consultoria: QUADRO 34: QUADRO DE DEFICIÊNCIAS: SERVIÇOS DE LIMPEZA PÚBLICA EXISTENTE NO MUNICÍPIO N° DEFICIÊNCIAS JUSTIFICATIVAS

1 Rotas de Coleta de Resíduos Domésticos e Comerciais muito longas

As rotas foram estabelecidas pela Prefeitura quando ainda era responsável pelo serviço, a qual se manteve mesmo depois da terceirização.

2 Freqüência da Coleta de Resíduos Domésticos e Comerciais

Em decorrência da rota estabelecida, a freqüência de coleta está mal distribuída. As rotas são longas, variando de 62 a 100 km por turno

3 Turnos de Coleta sobrepostos Existe uma sobreposição de turnos, pois o matutino é das 7hrs as 16hrs, e o vespertino, das 15hrs as 23h40.

4 Falta regulamentação de lixeiras comunitárias

As lixeiras que existem são de iniciativa da própria comunidade, não existindo por parte da prefeitura nenhuma medida de manutenção nem gerenciamento das existentes, bem como o estudo de implantação de novas lixeiras

5 Falta de um trabalho de educação ambiental com a comunidade

Constatou-se que a população de Rio Negro não separa adequadamente os materiais recicláveis. De acordo com depoimentos dos catadores, os materiais coletados vêm muito misturados com o lixo orgânico, ocasionando um volume grande de rejeito.

6 Ausência de controles formais de coleta e destinação de resíduos

Falta detalhamento de quantidades coletadas e destino final dos resíduos coletados, juntamente com a emissão de certificados de destinação

7 Sobreposição das atividades da Fundir e da ACMRRN

As duas entidades, embora de origens diferentes, desempenham a mesma atividade de recepção dos materiais recicláveis coletados pelos carrinheiros, e pelos caminhões, que coletam em localidades mais distantes

8 Não cumprimento da inclusão social dos catadores

A origem ACMRRN ainda é recente. Mesmo criada como medida de inclusão social dos catadores, este objetivo ainda não está sendo alcançado. Ainda há preferência dos catadores em entregar os recicláveis para a Fundir.

9

Carência de técnicos sociais Ausência de técnicos da área social da Prefeitura no acompanhamento do trabalho com os catadores. Entende-se que é fundamental a participação de um Assistente Social para acompanhá-los e orientá-los no seu desenvolvimento uma vez que um dos objetivos do projeto é o resgate da cidadania dos catadores e suas famílias

10 Estrutura da ACMRRN O barracão da ACMRRN ainda não foi organizado em setores, a fim de facilitar o

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recebimento, pesagem e triagem dos recicláveis. O controle operacional ainda é feito de forma deficiente.

11 Não encaminhamento dos recicláveis para a ACMRRN s

Segundo o decreto 045/2008, os recicláveis gerados nas indústrias de Rio Negro devem ser encaminhados para a ACMRRN, mas isto ainda não acontece, pois a referida Associação não possui nenhuma licença, nem ambiental nem de operação

12 Condições de trabalho dos catadores

Existem catadores que trabalham de modo informal, de forma solitária, sem utilizar a estrutura das entidades municipais de apoio a esta atividade. Assim, as condições de trabalho são precárias, na maioria das situações o material reciclado é armazenado nas próprias residências, não sendo esta situação ideal.

13 Desconhecimento em relação aos materiais recicláveis

Os catadores desconhecem os diversos tipos de materiais recicláveis deixando de coletá-los e, conseqüentemente, de vendê-los e ampliar sua renda. Também se constatou desconhecimento em relação aos compradores de determinados materiais, entre os quais, o isopor e alguns tipos de plásticos.

14 Atividade de receptores informais

Alguns receptores informais compram o material reciclável direto dos carrinheiros, os quais costumam armazenar os resíduos nas próprias residências.

15 O perfil dos catadores caracteriza uma faixa sócio econômica que não condiz com a atividade exercida

A maioria dos catadores se encontra em idade produtiva, de 35 a 55 anos. Tem escolaridade mínima, pelo menos até a 4 serie do ensino fundamental, sendo que nenhum se declarou analfabeto. A maior parcela está neste tipo de atividade há 1 até 5 anos, seguido dos que exercem há 6 a 10 anos.

16 Programas de educação ambiental focam pouco a temática do lixo

Os programas de educação ambiental são focados nas crianças, não estendendo às outras faixas etárias. Geralmente, a temática do lixo é pouco abordada.

17

De acordo com o volume a coleta e destinação de Entulhos têm um responsável

A questão da coleta dos entulhos, com volume até 1m³, é feita pela prefeitura, mas a destinação é pela Serrana. Acima de 1m³ o munícipe é responsável por contratar uma empresa terceirizada.

18 Empresas de coleta e destinação final de entulhos

Não existe, por parte da prefeitura, a fiscalização das empresas que fazem a coleta e destinação do entulho (verificar se tem alvará e onde é a destinação).

19 Deposição de lixo em terrenos baldios

Os terrenos baldios são locais de depósitos de resíduos de toda natureza.

20

Falta de fiscalização ambiental

Durante visitas técnicas foram observados terrenos com acúmulo de resíduos, apontando para uma ausência devida de fiscalização dos órgãos Ambientais – Prefeitura, órgãos ambientais como IAP, IBAMA, VIGILANCIA SANITÁRIA (descarte em locais inadequados, terrenos baldios, rios, córregos, vias públicas).

21

Não fiscalização do cumprimento do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde

Mesmo com a exigência de Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde, já entregue anteriormente para Vigilância Sanitária do município, não existe fiscalização do cumprimento deste plano, nem nos estabelecimento públicos nem privados.

23

Inexistência de gerenciamento dos Resíduos Funerários

No cemitério, não existe separação dos resíduos sólidos dos resíduos funerários, cujo destino é o lixo comum. As funerárias não tem plano de gerenciamento de resíduos sólidos.

24

Falta de separação e destinação correta dos Resíduos Especiais – pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes

O município não tem programas específicos de separação dos resíduos especiais, bem como locais de recebimentos destes materiais. São comumente destinados com o lixo comum

25 Armazenamento de Pneus por tempo muito grande

O tempo de armazenamento até o leilão é extenso. Se não quem arremate este tempo se estende.

26 Resíduos Industriais O município não tem programas específicos de separação dos resíduos especiais,

bem como locais de recebimentos destes materiais. São comumente destinados com o lixo comum

27 Armazenamento de pneus por O tempo de armazenamento até o leilão é extenso. Se não houver quem arremate

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tempo muito longo este tempo se estende.

28 Resíduos Industriais O PGIRS exigido pela Prefeitura não conseguiu caracterizar de forma objetiva os resíduos e as quantidades geradas pelas indústrias do município

Fonte: ECOTÉCNICA, 2007. QUADRO 35: QUADRO DE DEFICIÊNCIAS: ASPECTOS LEGAIS N° DEFICIÊNCIAS JUSTIFICATIVAS

1 Taxa de coleta de lixo Cobrança da taxa de coleta de lixo fixada de forma única e anual Considera no cálculo apenas o numero de coletas realizadas na semana, sem levar em conta rotas, peso, geradores (domésticos e grandes geradores como comércio, indústrias etc.);

2 Falta de clareza em lei Falta de clareza em lei sobre a destinação dos resíduos; os tipos de geradores; responsabilidades

3 Falta de leis e/ou normas específicas

Falta de leis e/ou normas específicas para resíduos especiais (lâmpadas, pilhas, baterias, pneus, agrotóxicos, etc.) resíduos de saúde, construção civil.

4 Local específico para entrega de resíduos perigosos

Falta de indicação de local especifico para entrega de resíduos perigosos, como lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias, pneus, entre outros.

5 Falta clareza em lei Falta clareza em lei quanto à forma de acompanhamento, fiscalização e controle das normas ambientais existentes;

6 Falta de leis e/ou normas específicas

Ausência de legislações regulamentando a implementação de PGRSS de clínicas e hospitais públicos e particulares

7 Falta de leis e/ou normas específicas

Ausência de legislações regulamentando a implementação de PGRS da área de Construção Civil, Resíduos Funerários e Resíduos Industriais

8 Falta de leis e/ou normas específicas

Falta uma lei que regulamente o fato de que geradores de entulhos acima de 1m³ devem ser responsáveis pela destinação final destes resíduos;

9 Não cumprimento da Lei 1200/2000

Art. 8º diz que “os carrinhos coletores terão cor padronizada a critério do Poder Público Municipal, quanto da regulamentação desta Lei”.

10 Não cumprimento da Lei 1770/2007

“A não retirada dos materiais de construção ou do entulho autoriza a Prefeitura Municipal a fazer a remoção do material encontrado em via pública, dando-se o destino conveniente, e a cobrar dos executores da obra a despesa de remoção, bem como a aplicação das sanções cabíveis”. Até o presente momento, a prefeitura não cobra ninguém por este serviço.

11 Não cumprimento da Lei 1139/1998

Art. 340. A Assessoria de planejamento será o órgão responsável, que anualmente calculará o custo unitário médio de cada coleta, para tanto, será dividido o custo estimado total (planilha de custos elaborada para este fim) pelo número total de coletas a serem efetuadas nas diversas economias autônomas. A planilha de custos através da qual levantar-se-á o valor médio a ser cobrado por cada coleta a partir do ano 2000 será fixada por Decreto do Sr. Prefeito Municipal, o qual homologará os cálculos do órgão responsável pelo trabalho. Até hoje não existe nenhum decreto com os valores calculados na referida planilha.

Fonte: ECOTÉCNICA, 2007.

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QUADRO 36: QUADRO DE DEFICIÊNCIAS: ASPECTOS FINANCEIROS N° DEFICIÊNCIAS JUSTIFICATIVAS

1 Orçamento Um orçamento que não contempla receita por secretaria, não contempla despesas específicas por programas, essas são encontradas somente no PPA.

2 Arrecadação da Taxa de Coleta de Lixo

A Arrecadação da Taxa de Coleta de Lixo não cobre as despesas de coleta e limpeza publica ficando em média com déficit de 67,25% em relação à arrecadação, ou seja, a despesa é o triplo da arrecadação.

3 Inadimplência acentuada no pagamento do IPTU

Mesmo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, a inadimplência no pagamento do IPTU ainda é grande, na ordem de 34%..

Fonte: ECOTÉCNICA, 2007. Como pode ser observado, aspectos de influência e concretização direta no dia-a-dia da gestão de resíduos sólidos de Rio Negro foram aqueles que receberam maior destaque, uma vez que o quadro é originário de uma leitura técnica. Em linhas gerais, o quadro obtido possibilita o fornecimento tanto de aspectos gerais, a serem observados na elaboração das proposições, quanto de alguns aspectos pontuais, que por sua relevância não puderam deixar de ser citados e que poderão ser considerados quando da elaboração de ações específicas.

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999 RRREEEFFFEEERRRÊÊÊNNNCCCIIIAAASSS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NB 1.183. Armazenamento de resíduos sólidos perigosos. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.004 – Resíduos Sólidos, de 31 de maio de 2004. Classificar os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados adequadamente. ABNT, 2004. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.005/2004: Lixiviação de Resíduos: O ensaio de lixiviação referente a NBR 10.005 é utilizado para a classificação de resíduos industriais, pela simulação das condições encontradas em aterros. A lixiviação classifica um resíduo como tóxico ou não, seja classe I ou não. ABNT, 2004. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.006/2004. Solubilização de Resíduos: O ensaio de solubilização previsto na Norma NBR 10.006 é um parâmetro complementar ao ensaio de lixiviação, na classificação de resíduos industriais. Este ensaio tem por objetivo, a classificação dos resíduos como inerte ou não, isto é, classe III ou não. ABNT, 2004. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.007/2004. Amostragem de Resíduos: Esta norma é referente à coleta de resíduos e estabelece as linhas básicas que devem ser observadas, antes de se retirar qualquer amostra, com o objetivo de definir o plano de amostragem (objetivo de amostragem, número e tipo de amostras, local de amostragem, frascos e preservação da amostra). ABNT, 2004. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.157/ 1987. Aterros de resíduos perigosos – Critérios para projeto, construção e operação – Procedimento. ABNT, 1987. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.703/1989. Degradação do solo: Terminologia. ABNT, 1989.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 11.174/NB1264 de 1990. Armazenamento de resíduos classes II – não inertes e III – inertes. ABNT, 2004.

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ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 11.175/NB 1.265 de 1990. Incineração de resíduos sólidos perigosos. Padrões de desempenho – Procedimento. ABNT, 1990. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12.235/ 1992. Procedimentos o armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos. ABNT, 1992. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12.807/ 1993. Resíduos de serviços de saúde – Terminologia. ABNT, 1993. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12.808/ 1993. Resíduos de serviços de saúde – Classificação. ABNT, 1993. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12.809/1993. Manuseio de resíduos de serviços de saúde – Procedimento. ABNT, 1993. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12.810/ 1993. Coleta de resíduos de serviços de saúde – Procedimento. ABNT, 1993. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13.221/1995. Transporte de resíduos. ABNT, 1995. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13.894, de 16 de março de 2006. TRATAMENTO NO SOLO (landfarming). Esta técnica é apropriada para dispor óleo não passível de recuperação como materiais absorventes impregnados (palha, serragem e turfa), e as emulsões água em óleo. ABNT, 2006.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13.895/ 1997. Construção de poços de monitoramento e amostragem – Procedimento. ABNT, 1997. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13.896/ 1997. Aterros de resíduos não perigosos – Critérios para projeto, implantação e operação – Procedimento. ABNT, 1997. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13.968/ 2007. Embalagem rígida vazia de agrotóxico Procedimento de lavagem. ABNT, 2007. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14.283/1999. Resíduos em solos - Determinação da biodegradação pelo método respirométrico – Procedimento. ABNT, 1999.

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ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14.719 de julho de 2001. Embalagem rígida vazia de agrotóxico – Destinação Final da Embalagem lavada – Procedimento. ABNT, 2001. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8.418/NB 842 de dezembro de 1983. Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos – Procedimento. ABNT, 1983. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8.419/NB 843 de abril de 1992. Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos – Procedimento. ABNT, 1992. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8.843/1996. Tratamento do resíduo em aeroportos – Procedimento. ABNT, 1996. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8.849/1985. Apresentação de projetos de aterros controlados de resíduos sólidos urbanos – Procedimento. ABNT, 1985. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9.190/ 1993. Classificação de sacos plásticos para acondicionamento do lixo. ABNT, 1993. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9.191/ 2002. Especificação de sacos plásticos para acondicionamento de lixo. ABNT, 2002. ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria ANVISA nº. 802 de 08 de outubro de 1998. Institui o Sistema de Controle e Fiscalização em toda a cadeia dos produtos farmacêuticos. ANVISA, 1998. ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RDC nº. 342, de 13 de dezembro de 2002. Institui e aprova o Termo de Referência para a elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos a serem apresentados a ANVISA para análise e aprovação relativos à Gestão de resíduos sólidos em Portos, Aeroportos e Fronteiras. ANVISA, 2002. ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução ANVISA RDC nº. 306, de 07 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. ANVISA, 2004.

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ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução ANVISA RDC nº. 33, de 25 de fevereiro de 2003. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. ANVISA, 2003. BRASIL Lei Federal n°11.107/2005 de 06 de abril de 2005. Dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências. Brasília 2005. BRASIL Lei Federal n°9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Brasília 1998. BRASIL, Lei Federal Nº6. 938, de 31 de agosto de 1981. Esta Lei, com fundamento nos incisos VI e VII do art. 23 e no art. 225 da Constituição Federal, estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, cria o Conselho Superior do Meio Ambiente – CSMA, e institui o Cadastro de Defesa Ambiental. Brasil, 1981. BRASIL, Lei Federal Nº7. 802, de 11 de julho de 1989. Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. Brasil, 1989.

BRASIL, Lei nº. 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nº. 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Brasil 2007.

BRASIL. Decreto Federal Nº. 4.074, de 04 de janeiro de 2002. Regulamenta a Lei nº. 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. Brasil, 2002. BRASIL. Decreto Federal Nº6. 017/2007 – de 17 de janeiro de 2007. Regulamenta a Lei no 11.107, de 06 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos. Brasil, 2007.

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BRASIL. Decreto Federal Nº875, de 19 de julho de 1993. Promulga o texto da Convenção sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito. Brasil, 1993. BRASIL. Lei Federal nº. 8.666/93, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública. Alterada pela Lei 8.883, de 8 de junho de 1993 e pela lei 8.987, de 12 de fevereiro de 1995, esta ultima dispondo sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previstos no art.l 175 da Constituição Federal. BRASIL, 1993. BRASIL. Lei Federal Nº5. 764, de 16 de dezembro de 1971. Define a Política Nacional de Cooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas. Brasil, 1971. BRASIL. Portaria MS 344, de 12 de maio 1998. Aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Brasil, 1998. BRASIL. Resolução CNEN – NE – 6.05. Gerência de rejeitos radioativos em instalações radioativas. Brasil. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução 283, de 12 de julho de 2001. Complementa os procedimentos do gerenciamento, estabelecendo as diretrizes para o tratamento e disposição dos resíduos de serviços de saúde. CONAMA, 2001. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 001, de 23 de janeiro de 1986. Estabelece critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. CONAMA, 1986. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 05, de 05 de agosto de 1993. Dispõe sobre os resíduos sólidos gerados em Portos, aeroportos, Terminais Ferroviários e Rodoviários e estabelecimentos prestadores de Serviços de Saúde. CONAMA, 1993. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 09, de 31 de agosto de 1993. Recolhimento e destinação adequada de óleos lubrificantes. CONAMA, 1993. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 237, de 19 de dezembro de 1997. Define procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental, de forma a efetivar a utilização do sistema de

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licenciamento como instrumento de gestão ambiental, instituído pela Política Nacional do Meio Ambiente. CONAMA, 1997. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 257, de 30 de junho de 1999. Dispõe sobre procedimentos especiais ou diferenciados para destinação adequada quando do descarte de pilhas e baterias usadas, para evitar impactos negativos ao meio ambiente. CONAMA, 1999. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 258, de 26 de agosto de 1999. Alterada pela Resolução 301/02, dispõe da coleta e destinação final adequada aos pneus inservíveis. CONAMA, 1999. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 263, de 12 de novembro de 1999. Inclui o inciso IV no Artigo 6º da Resolução CONAMA 257 de 30 de junho de 1999. CONAMA, 1999. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 264, de 26 de agosto de 1999. Define procedimentos, critérios e aspectos técnicos específicos de licenciamento ambiental para o co-processamento de resíduos em fornos rotativos de clínquer, para a fabricação de cimento. CONAMA, 1999. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 275, de 25 de abril de 2001. Estabelece o código de cores para diferentes tipos de resíduos. CONAMA, 2001. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 301, de 21 de março de 2002. Altera dispositivos da Resolução n. 258, de 26 de agosto de 1999, sobre pneumáticos. CONAMA, 2002. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 301, de 28 de Agosto de 2003. Altera dispositivos da Resolução CONAMA 258, relativo a passivo pneumático. CONAMA, 2003. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 307, de 05 de julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. CONAMA, 2002. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 308, de 21 de março de 2002. Licenciamento Ambiental de sistemas de disposição final dos resíduos sólidos urbanos gerados em municípios de pequeno porte. CONAMA, 2002.

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CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 313, de 29 de outubro de 2002. Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais. CONAMA, 2002. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 314, de 29 de outubro de 2002. Dispõe sobre o registro de produtos destinados à remediação. CONAMA, 2002. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 316, de 29 de outubro de 2002. Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos. CONAMA ,2002. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 330, de 25 de Abril de 2003. Institui a Câmara Técnica de Saúde, Saneamento, Ambiental e Gestão de Resíduos. CONAMA, 2003. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 334, de 3 de abril de 2003. Dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos. CONAMA, 2003. CONAMA, Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a destinação final dos resíduos dos serviços de saúde. CONAMA, 2005. CONSTIRUIÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ. Fundamenta-se na Constituição Estadual a Organização dos Municípios, alcançando matéria da política urbana e políticas agrícola e agrária. IAP, Instituto Ambiental do Paraná. Instrução Normativa DIRAM 103.002: Estabelece os critérios, procedimentos, níveis de competência, aspectos técnicos e premissas para a concessão de Licenciamento Ambiental para Empreendimentos/Atividades de Gerenciamento (armazenamento, transporte, tratamento, e disposição final) de Resíduos Sólidos (industriais, de unidades e serviços de saúde e urbanos), bem como sistematiza o trâmite administrativo necessário. IBAM, Instituto Brasileiro de Administração Municipal 2001. Definição e caracterização de interesse local. IBAM, 2001. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 2000. Dados sobre a taxa de crescimento urbano cidade de Rio Negro – PR. IBGE, 2007.

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IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 2007. Dados populacionais da cidade de Rio Negro – PR. IBGE, 2007. IPARDES, Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social 2005. Dados sobre a densidade demográfica da cidade de Rio Negro – PR. IPARDES, 2005. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Instrução Normativa Nº. 23, de 31 de agosto de 2005. Aprova as Definições e Normas Sobre as Especificações e as Garantias, as Tolerâncias, o Registro, a Embalagem e a Rotulagem dos Fertilizantes Orgânicos Simples, Mistos, Compostos, Organominerais e Biofertilizantes destinados à Agricultura. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, 2005. PARANÁ - Lei Estadual nº. 210 de 01 de dezembro de 1896. Rio Negro passou a ser sede de Comarca. Paraná, 1896. PARANÁ - Lei providencial n. 219 de 02 de abril de 1870. Desmembrou o município de Rio Negro do município de Lapa. Paraná, 1870. PARANÁ. Decreto Estadual Nº. 3.876, de 20 de setembro de 1984. Regulamentação da situação dos agrotóxicos. Paraná, 1984. PARANÁ. Decreto Estadual Nº. 6.674, de 03 de dezembro de 2002. Aprova o Regulamento da Lei nº. 12.493, de 1999, que dispõe sobre princípios, procedimentos, normas e critérios referentes à geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos Resíduos Sólidos no Estado do Paraná, visando o controle da poluição, da contaminação e a minimização de seus impactos ambientais e adota outras providências. Paraná, 2002. PARANÁ. Lei Estadual Nº. 12.726/1999. Institui a Política Estadual de Recursos Hídricos, em conformidade com a Lei Federal 9.433/97(Política Nacional de Recursos Hídricos). Os municípios devem estar atentos aos princípios e diretrizes das políticas de Recursos Hídricos, sejam elas federais ou estaduais. Paraná, 1999. PARANÁ. Lei Estadual Nº. 13.039, de 11 de janeiro de 2001. Dispõe sobre a responsabilidade das indústrias farmacêuticas e das empresas de distribuição de medicamentos, dar destinação adequada a medicamentos com prazos de validade vencidos. Rio Negro, 2001.

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PARANÁ. Lei Estadual Nº. 7.827/1983. Regulamentam a questão dos agrotóxicos e destino das respectivas embalagens, que devem ser observadas pelas autoridades municipais, particulares, proprietários rurais, enfim, todos envolvidos. Paraná, 1983. PARANÁ. Lei Estadual Nº12. 493, de 22 de janeiro 1999. Estabelece princípios, procedimentos, normas e critérios referentes à geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos. Paraná, 1999. PATZSCH, L. Cidades encaram o desafio do lixo – Bomba Relógio. Revista CREA/PR, Curitiba, Ano 9 n°. 43, p.18 – 21, Jan. e Fev. 2007. PMRN, Prefeitura Municipal de Rio Negro 2008. Dados de geração de resíduos domésticos. PMRN, 2008. PNUD, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 1991/2000. Dados sobre a taxa de urbanização da cidade de Rio Negro – PR. PNUD, 1991/2000. PNUD, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 2000. Dados sobre o índice de desenvolvimento humano da cidade de Rio Negro – PR. PNUD, 2000. RIO NEGRO, Decreto de Rio Negro – PR, Nº045, de 26 de junho de 2008. Determina que os grandes geradores de resíduos sólidos do município de Rio Negro apresentem plano de gerenciamento de resíduos sólidos – PGRS. Rio Negro, 2008. RIO NEGRO, Lei n° 1139, de 24 de dezembro de 1998. Código tributário municipal. Rio Negro, 1998. RIO NEGRO, Lei n° 1200, de 5 de junho de 2000. Normatiza a coleta seletiva de materiais recicláveis por catador carrinheiro no período urbano e dá outras providências. Rio Negro, 2000. RIO NEGRO, Lei n° 1491/2005, de 28 de janeiro de 2005. Institui o conselho municipal de administração, desenvolvimento urbano e meio ambiente de Rio Negro e dá outras providências. Rio Negro, 2005.

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RIO NEGRO, Lei n° 1764, de 21 de dezembro de 2007. Dispõe da revisão plano diretor municipal, estabelece objetivos, diretrizes e instrumentos para as ações de planejamento no município de Rio Negro e dá outras providências. Rio Negro, 2007. RIO NEGRO, Lei n° 1811, de 06 de junho de 2008. Dispõe sobre alterações no anexo, de que tratam os artigos 1º e 2º, da lei nº. 1572 – PPA, de 01/12/2005, alterada pelas leis nº. 1627 – PPA, de 19/06/2006, nº. 1630 – PPA, de 05/07/2006, nº. 1643 – PPA, de 31/08/2006, nº. 1711 – PPA, de 23/05/2007, nº1750 – PPA, de 14/11/2007, nº. 1802 – PPA, de 25/04/2008 e nº. 1805 - PPA, de 16/05/2008. Rio Negro, 2008. RIO NEGRO, Lei n° 1826, de 17 de julho de 2008. Dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o ano de 2009 e da outras providências. Rio Negro, 2008. RIO NEGRO, Lei n°1753, de 14 de novembro de 2007. Cria o conselho municipal de meio ambiente - CMMA, o fundo municipal de meio ambiente e da outras providências. Rio Negro, 2007. RIO NEGRO, Lei n°915/1995, de 22 de setembro de 1995. Dispõe sobre o meio ambiente do perímetro urbano da sede do município de Rio Negro e dá outras providências. Rio Negro, 1995. RIO NEGRO, Lei nº. 1139, de 24 de dezembro de 1998. Institui o código tributário do município de Rio Negro. Rio Negro, 1998. RIO NEGRO, Lei nº. 1572, de 01 de dezembro de 2005. Dispõe sobre o plano plurianual de governo do município de Rio Negro, para o período de 2006 a 2009. Rio Negro, 2005. RIO NEGRO, Lei nº. 1627, de 19 de junho de 2006. Dispõe sobre alterações no anexo, de que tratam os artigos 1º e 2º, da lei nº. 1572 – PPA, de 01/12/2005. Rio Negro, 2006. RIO NEGRO, Lei nº. 1630, de 05 de julho de 2006. Dispõe sobre alterações no anexo, de que tratam os artigos 1º e 2º, da lei nº. 1572 – PPA, de 01/12/2005, alterada pela lei nº. 1627 – PPA, de 19/06/2006. Rio Negro, 2006. RIO NEGRO, Lei nº. 1643, de 31 de agosto de 2006. Dispõe sobre alterações no anexo, de que tratam os artigos 1º e 2º, da lei nº. 1572 – PPA, de 01/12/2005, alterada pelas leis nº. 1627 – PPA, de 19/06/2006 e nº. 1630 – PPA, de 05/07/2006. Rio Negro, 2006.

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RIO NEGRO, Lei nº. 1750, de 14 de novembro de 2007. Dispõe sobre alterações no anexo, de que tratam os artigos 1º e 2º, da lei nº. 1572 – PPA, de 01/12/2005, alterada pelas leis nº. 1627 – PPA, de 19/06/2006, nº. 1630 – PPA, de 05/07/2006, nº. 1643 – PPA, de 31/08/2006 e nº. 1711 – PPA, de 23/05/2007. Rio Negro, 2007. RIO NEGRO, Lei nº. 1770, de 21 de dezembro de 2007. Dispõe sobre o novo código de obras do município de Rio Negro e dá outras providências. Rio Negro, 2007. RIO NEGRO, Lei nº. 1802, de 25 de abril de 2008. Dispõe sobre alterações no anexo, de que tratam os artigos 1º e 2º, da lei nº. 1572 – PPA, de 01/12/2005, alterada pelas leis nº. 1627 – PPA, de 19/06/2006, nº. 1630 – PPA, de 05/07/2006, nº. 1643 – PPA, de 31/08/2006, nº. 1711 – PPA, de 23/05/2007 e nº1750 – PPA, de 14/11/2007. Rio Negro, 2008. RIO NEGRO, Lei nº. 1805, de 16 de maio de 2008. Dispõe sobre alterações no anexo, de que tratam os artigos 1º e 2º, da lei nº. 1572 – PPA, de 01/12/2005, alterada pelas leis nº. 1627 – PPA, de 19/06/2006, nº. 1630 – PPA, de 05/07/2006, nº. 1643 – PPA, de 31/08/2006, nº. 1711 – PPA, de 23/05/2007, nº1750 – PPA, de 14/11/2007 e nº. 1802 – PPA, de 25/04/2008. Rio Negro, 2008. RIO NEGRO, Lei nº1711, de 23 de maio de 2007. Dispõe sobre alterações no anexo, de que tratam os artigos 1º e 2º, da lei nº. 1572 – PPA, de 01/12/2005, alterada pelas leis nº. 1627 – PPA, de 19/06/2006, nº 1630 – PPA, de 05/07/2006 e nº. 1643 – PPA, de 31/08/2006. Rio Negro, 2006. RIO NEGRO, Lei nº903, de 19 de junho de 1995. Dispõe sobre a estrutura administrativa da prefeitura de Rio Negro e da outras providências. Rio Negro, 1995. RIO NEGRO, Lei Ordinária de Rio Negro – PR, Nº. 1771, de 21 de dezembro de 2007. Dispõe sobre o código de posturas do município de Rio Negro e dá outras providências. Rio Negro, 2007. RIO NEGRO, Lei Ordinária de Rio Negro – PR, Nº1800, de 03 de abril de 2008. Regulamenta o programa social de incentivo as famílias de baixa renda e aos catadores de materiais recicláveis, programa este já em execução orçamentária nos exercícios de 2005, 2006, e 2007, e dá outras providências. Rio Negro, 2008. RIO NEGRO, Lei Orgânica, de 09 de dezembro de 2002. Institui o ordenamento jurídico básico do município. Rio Negro, 2002.

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SEMA, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná. Resolução Conjunta N° 031, de 24 de agosto de 1998. Estabelecem requisitos, critérios e procedimentos administrativos referentes ao licenciamento ambiental, autorizações ambientais, autorizações florestais e anuência prévia para desmembramento e parcelamento de gleba rural, a serem cumpridos no território do Estado do Paraná. SEMA, 1998. SEMA, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná. Resolução Conjunta N° 006, de 02 de maio de 2001. Dispõe sobre a importação e exportação de resíduos no território do Estado do Paraná. SEMA, 2001. SEMA/SESA, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná/ Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. Resolução Conjunta N° 001, de 28 de março de 1994. Regulamenta a geração, o acondicionamento, o armazenamento, a coleta, o transporte, o tratamento e a destinação final dos resíduos sólidos visando ao controle da poluição, da contaminação e à minimização dos impactos ambientais no território do Estado do Paraná, regidos em estrito atendimento ao disposto na Lei nº. 12.493, de 22 de janeiro de 1.999. SEMA/SESA, 1994. SEMA/SESA, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná/ Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. Resolução SEMA/PR Nº. 027, de 05 de agosto de 2003. Estabelece requisitos e condições técnicas para a implantação de cemitérios destinados ao sepultamento, no que tange à proteção e à preservação do ambiente, em particular do solo e das águas subterrâneas. SEMA/SESA, 2003. TRATADOS INTERNACIONAIS. Agenda 21 Brasileira: tem por objetivo definir uma estratégia de desenvolvimento sustentável para o País a partir de um processo de articulação e parceria entre o governo e a sociedade. TRATADOS INTERNACIONAIS. Agenda 21 Global: estabelece diretrizes para a obtenção do desenvolvimento sustentável e para a proteção do meio ambiente. Os capítulos 19,20,21 e 22 tratam especificamente de resíduos sólidos. TRATADOS INTERNACIONAIS. Carta da Terra. TRATADOS INTERNACIONAIS. Protocolo de Kyoto, 10 de dezembro de 1997.