plano de gerenciamento de resíduos sólidos de belém.pará

138
PREFEITURA MUNICIPAL DE BELÉM SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO SESAN PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGRS PRODUTO IV AUBE -051111 NOVEMBRO / 2011

Upload: gabriella-salgado-mota

Post on 30-Jul-2015

1.847 views

Category:

Documents


15 download

TRANSCRIPT

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO SESAN PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS PRODUTO IVAUBE -051111 NOVEMBRO / 2011

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM - PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS PGRS AUBE 051111NOVEMBRO/2011

1

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

So Paulo, 05 de Novembro de 2011AUBE 051111

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM Travessa Dom Pedro, I Umarizal Belm PA Cep: 66050-100 Att.: Ivan Jos dos Santos

Secretrio Municipal de Saneamento de Belm-PA Ref.: Plano de Gerenciamento de Resduos Slidos - PGRS

Prezado Senhor, Vimos atravs deste encaminhar o Plano de Gerenciamento de Resduos Slidos PGRS no municpio de Belm. Sendo o que se apresenta para o momento, subscrevemo-nos.

Atenciosamente,

___________________________ Eng Francisco J. P. de Oliveira

2

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

NDICE1 2 2.1 2.2 3 3.1 3.2 3.2.1 3.2.2 3.2.3 3.2.4 3.2.5 3.2.6 3.2.7 3.2.8 3.2.9 3.2.10 3.2.11 3.2.12 4 4.1 4.1.1 4.1.2 4.2 INTRODUO.............................................................................................................7 INFORMAES CADASTRAIS ...................................................................................9 IDENTIFICAO DO EMPREENDEDOR................................................................................9 IDENTIFICAO DO RESPONSVEL TCNICO PELO PGRS..................................................9 CARACTERIZAO DO MUNICIPIO DE BELM - PA ..............................................10 LOCALIZAO ..............................................................................................................11 CARACTERSTICAS DA REGIO ......................................................................................14 Clima ................................................................................................................... 14 Geologia e Relevo ............................................................................................... 14 Hidrogeografia..................................................................................................... 15 Aspectos Scio - Econmicos ............................................................................. 15 Setor Industrial .................................................................................................... 16 Setor de Servios ................................................................................................ 17 Setor Comercial e Turstico ................................................................................. 17 Setor Agropecurio ............................................................................................. 18 Extrativismo Vegetal ........................................................................................... 19 Dinmica Demogrfica e de Distribuio de Renda ........................................... 19 Abastecimento de gua ...................................................................................... 21 Coleta de Esgoto................................................................................................. 22 LEGISLAO APLICVEL ........................................................................................24 MBITO NACIONAL .......................................................................................................24 Resolues: ........................................................................................................ 25 Normas:............................................................................................................... 27 MBITO ESTADUAL .......................................................................................................31

3

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

4.3 4.4 4.4.1 4.4.2 4.4.3 4.4.4 5 6 6.1 6.2 6.2.1 6.2.2 6.2.3 6.2.4 6.2.5 6.3 6.4 6.5 7 7.1 7.2 8 8.1 8.2 8.2.1

mbito Municipal ................................................................................................. 31 RESDUOS SLIDOS DEFINIO E CLASSIFICAO.......................................................33 Quanto origem: ................................................................................................ 33 Quanto periculosidade: .................................................................................... 34 De acordo com a NBR 10.004/2004: .................................................................. 34 Resduos de Servios de Sade Classificao ................................................ 35 GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS ..........................................................37 SITUAO ATUAL ....................................................................................................38 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ......................................................................................38 COLETA ......................................................................................................................39 Coleta de Lixo ..................................................................................................... 39 Coleta Seletiva .................................................................................................... 41 Coleta de Entulho................................................................................................ 41 Educao Ambiental ........................................................................................... 41 Contineres ......................................................................................................... 41 OS RESDUOS SLIDOS DE BELM ................................................................................42 VARRIO ...................................................................................................................44 UNIDADES DE DISPOSIO............................................................................................46 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS .......................................48 NORMAS E REGULAMENTOS SANITRIOS EXISTENTES ....................................................48 DA LEI ORGNICA ........................................................................................................49 NDICES TCNICOS .................................................................................................50 CONSIDERAES METODOLGICAS ..............................................................................50 IDENTIFICAO E QUANTIFICAO DOS RESDUOS SLIDOS GERADOS ............................53 Identificao dos Resduos Gerados Varrio ................................................. 54

4

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

8.3 8.3.1 8.3.2 8.3.3 8.4 8.4.1 8.4.2 8.4.3 8.4.4 8.5 8.5.1 8.5.2 8.5.3 8.6 8.6.1 8.6.2 8.6.3 8.6.4 8.6.5

SEGREGAO DOS RESDUOS SLIDOS ........................................................................64 Grupo A ............................................................................................................... 64 Grupo B ............................................................................................................... 65 Grupo D............................................................................................................... 65 ACONDICIONAMENTO ...................................................................................................66 Grupo A ............................................................................................................... 66 Grupo B ............................................................................................................... 68 Grupo D:.............................................................................................................. 71 Acondicionamentos de Resduos - Municpio de Belm ..................................... 72 IDENTIFICAO ............................................................................................................75 Grupo A ............................................................................................................... 75 Grupo B ............................................................................................................... 76 Grupo D:.............................................................................................................. 76 COLETA E TRANSPORTE DOS RESDUOS SLIDOS ..........................................................77 Coleta Domiciliar/Comercial ................................................................................ 77 Coleta dos Resduos de Varrio ....................................................................... 77 Coleta dos Resduos provenientes dos Servios Congneres ........................... 77 Coleta dos Resduos de Construo e Obras Civis/Entulho ............................... 78 Coleta dos Resduos Gerados por Pedestres nas Vias Pblicas-Caixas para Pedestres ............................................................................................................ 79

8.6.6 8.6.7 8.6.8 8.6.9 8.6.10 8.7

Coleta dos Resduos de Servios de Sade ....................................................... 79 Transporte Interno............................................................................................... 83 Armazenamento Temporrio dos RS .................................................................. 85 Coleta e Transporte Externo dos RS .................................................................. 86 Equipamentos de Proteo Individual ................................................................. 91 COLETA SELETIVA ........................................................................................................975

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

8.8 8.8.1 8.9 8.9.1 8.10 8.10.1 8.10.2 8.10.3 8.10.4 8.10.5 8.11 8.12 8.12.1 8.12.2 8.12.3 8.12.4 8.12.5 8.13 8.14 8.15 9

TRATAMENTO ..............................................................................................................98 Reciclagem ......................................................................................................... 99DESTINAO FINAL .....................................................................................................110

Formas de disposio ....................................................................................... 113 RESDUOS DA CONSTRUO CIVIL ...............................................................................114 Classificao ..................................................................................................... 114 Triagem ............................................................................................................. 115 Acondicionamento ............................................................................................. 115 Transporte ......................................................................................................... 116 Destinao ........................................................................................................ 117 CONTROLE DE INSETOS E ROEDORES .........................................................................119 EDUCAO AMBIENTAL ..............................................................................................120 Compromisso .................................................................................................... 120 Justificativas ...................................................................................................... 121 Metas ................................................................................................................ 122 Metodologia....................................................................................................... 123 Produo e Divulgao de Material .................................................................. 124 SITUAES DE EMERGNCIA E DE ACIDENTES .............................................................125 FLUXOGRAMA DO GERENCIAMENTO DE RESDUOS .......................................................126 INDICADORES DE EXECUO E AVALIAO ...................................................................129 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ..........................................................................132

6

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

1

INTRODUO

Apresentamos neste documento o Plano de Gerenciamento Resduos Slidos - PGRS, proposto para o Municpio de BELEM- PA, que se constituiu num documento integrante do sistema de gesto ambiental, baseado nos princpios da no gerao e da minimizao da gerao de resduos, que aponta e descreve as aes relativas ao seu manejo, contemplando os aspectos referentes a minimizao na gerao, segregao, acondicionamento, identificao, coleta e transporte interno, armazenamento temporrio, tratamento interno, armazenamento externo, coleta e transporte externo, tratamento externo e disposio final. O PGRS busca minimizar a gerao de resduos na fonte, adequar a segregao na origem, controlar e reduzir riscos ao meio ambiente e assegurar o correto manuseio e disposio final, em conformidade com a legislao e normas vigentes. Desta forma, o Plano de Gerenciamento de Resduos Slidos a ser implantado tornase um importante instrumento de sistema de gesto, contribuindo para o atendimento legislao vigente, garantia de proteo sade pblica e a qualidade do meio ambiente. Para a elaborao deste Plano de Gerenciamento de Resduos Slidos do Municpio de Belm, abordaram-se os seguintes itens: Levantamento de normas ambientais referentes ao assunto com o intuito de se atender a legislao ambiental vigente; Anlise e adequao do Plano de Gesto de Limpeza Urbana do Municpio de Belm; Identificao de programas de gesto existentes; Proposio de solues a partir do diagnstico do sistema.

7

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Este trabalho teve como principal objetivo apontar qual a melhor alternativa de gerenciamento dos resduos slidos, visando minimizao de riscos de impactos ao meio ambiente e a sade da comunidade envolvida. Salienta-se que o gerenciamento de tais resduos implica na aceitao de uma srie de procedimentos normativos, financeiros, operacionais e de planejamento, fundamentado em critrios sanitrios, ambientais e econmicos para o manejo adequado, de acordo com as normas e legislaes pertinentes.

8

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

2

INFORMAES CADASTRAIS 2.1 IDENTIFICAO DO EMPREENDEDOR

Razo Social: SESAN- Secretaria de Saneamento do Municpio de Belm-PA CNPJ: 047898220001-54 Endereo: Avenida Almirante Barroso, n 3110, Souza CEP 66610-830, Belm, Par. Telefone: (91)-3039-3402

2.2

IDENTIFICAO DO RESPONSVEL TCNICO PELO PGRS

Empresa responsvel pelo Projeto: FRAL Consultoria Ltda. EPP CNPJ: 03559597/0001-05 Telefone: (11)-5093-3591 Endereo: Rua Camanducaia, n 77, Campo Belo, CEP 04606-040, So Paulo, SP. Email: [email protected] Responsvel Tcnico: Francisco Jos Pereira de Oliveira CREA: 0600793880

9

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

3

CARACTERIZAO DO MUNICIPIO DE BELM - PA

Belm um municpio brasileiro, capital do estado do Par com uma rea de aproximadamente 1.059,402 km, localiza-se no norte brasileiro, distando 2146 quilmetros de Braslia, a capital nacional. Localizada na latitude 0 1 23 Sul e longitude 048 29 Oeste. A regio onde a atual cidade se localiza era primitivamente ocupada pelos ndios Tupinambs, o estabelecimento do primitivo ncleo do municpio remonta ao contexto da conquista da foz do rio Amazonas no incio do sculo XVII, desde seu descobrimento, a cidade passou por diversas alteraes em sua malha urbana, influenciadas por diversos acontecimentos histricos. Belm tambm conhecida como porto de entrada da Amaznia e proporciona diversas possibilidades de cultura e lazer, a cidade rica em construes histricas, acervo cultural, praias, e possui uma exuberante natureza, sendo a maior cidade da Regio Norte. Sua regio metropolitana composta por 5 municpios : Belm, Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Brbara, e totaliza 1.794.981 habitantes, sendo que a maioria da populao reside em zonas urbanas. Apenas o Municpio de Belm possui 1.393.399 habitantes (Censo 2010/IBGE).

10

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Figura 1:

Regio Metropolitana de Belm

Fonte: Secretaria Municipal de Coordenao Geral de Planejamento e Gesto SEGEP

3.1 LOCALIZAO A regio metropolitana de Belm constituda de 8 distritos: Belm (Centro), Entroncamento (Zona Leste), Guam (Zona Sul), Icoaraci (Zona Noroeste), Mosqueiro (Zona Nordeste), Outeiro (Zona Noroeste), Bengu (Zona Norte), Sacramenta (Zona Oeste).

11

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Situada na foz do rio Amazonas a cidade dispe do moderno Aeroporto Internacional de Belm e rodovias importantes da malha rodoviria do Norte do pas, como a BR316 (Belm-Nordeste), a BR-010 (Belm- Braslia) e a PA-150 (Belm Sul do Par), o que torna a cidade de Belm do Par facilmente acessada, no s quanto a toda a Regio Norte, mas tambm em relao ao restante do pas.

Figura 02: Localizao de Belm - Par

Fonte: Secretaria de Estado de Transporte Governo Estado do Par

A cidade foi construda em plena selva, a uma importante regio metropolitana do Norte do pas e porto de entrada da Amaznia, a cidade se encontra distante de algumas cidades brasileiras conforme indicado na tabela 01.

12

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Tabela 01: Quadro - acesso sede do municpio distncias entre cidades do estado e algumas das principais cidades do pas MUNICPIO Marab Altamira So Lus Braslia So Paulo Rio de Janeiro DISTNCIA (Km) 568 777 803 2.134 2.967 3.246

A navegao fluvial uma aptido natural no Estado do Par. Seus rios constituem uma farta rede de transportes disponvel e organizada, a extenses significativas desses rios so acessveis diretamente navegao martima, dispensando transbordos para acesso aos seus portos de destinos, localizados s margens dos rios, que foram os primeiros vetores de ocupao do Estado.

Figura 03: Imagem da Cidade de Belm - Par

13

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

O Municpio de Belm est dividido em 8 Distritos Administrativos e 71 bairros, com um territrio de 50.582,30 ha, sendo a poro continental correspondente a 17.378,63 ha ou 34,36% da rea total, e a poro insular composta por 39 ilhas, que correspondem a 33.203,67 ha ou 65,64%. O contingente populacional na rea urbana representa uma taxa de urbanizao muito superior observada para o conjunto da Amaznia e para o Estado do Par. Atualmente, Belm apresenta uma densidade demogrfica de 1.315,27 hab./km.

3.2

CARACTERSTICAS DA REGIO

3.2.1 Clima O clima do municpio de Belm do tipo tropical quente e mido com chuvas concentradas de outono a inverno, influenciado por localizar-se numa rea de transio entre o clima mido do litoral e o semi-rido do serto, a temperatura mdia anual do municpio de Belm est em torno de 26 a 27 C, com pluviosidade mdia anual de 1000 a 1200 milmetros, e uma insolao mdias de 2600 a 2700 horas anuais. 3.2.2 Geologia e Relevo Segundo Instituto de desenvolvimento Econmico, Social e Ambiental do Par o territrio do municpio de Belm constitudo por restos da Formao Barreiras e terrenos do Quaternrio Subatual e do Recente. Refletindo a litologia, suas formas de relevo caracterizam-se pelos baixos plats e plancies litorneas, fazendo parte neste contexto, junto com reas limtrofes, na unidade morfoestrutural Planalto Rebaixado do Amazonas

14

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

3.2.3

Hidrogeografia

Os principais acidentes geogrficos do Municpio so: as baas de Maraj, ao norte e Guajar, a oeste. Nesta ltima desgua o rio Guam que em conjunto, contribui para a conformao peninsular do Municpio. Na baa de Guajar desguam os igaraps, Bacuri, Val-de-Ces, Una e o furo do Maguari que separa a Ilha de Caratateua do continente. Em frente baa do Maraj, situa-se a ilha de Mosqueiro, onde toda sua orla, a noroeste, constituda por praias, esta Ilha separada do continente atravs da baa do Sol e pelo furo das Marinhas, entre as ilhas de Mosqueiro e Caratateua, encontra-se a baa de Santo Antnio, onde desguam os rios Pratiquar e Mar-Mar. No rio Guam, desembocam os igaraps Tucunduba e gua Preta. Este faz limite natural com Ananindeua, a sudeste. Na foz do Guam, aparecem trs grandes ilhas que so: Cumb, do Marinheiro e Grande ou Paulo Cunha. 3.2.4 Aspectos Scio - Econmicos A economia da cidade baseia-se principalmente em atividades relacionadas ao comrcio, turismo e terceiro setor, no entanto, a presena de grandes estaleiros, metalrgicas, madeireiras, empresas de pesca so indicadores de forte atividade industrial no municpio. O turismo merece destaque, a cidade recebe anualmente milhares para apreciar as belezas naturais, e conhecer sua histria atravs dos inmeros museus da cidade.

15

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

3.2.5 Setor Industrial Com a revitalizao dos distritos industriais de Icoaraci e Ananindeua, a implantao da Hidrovia do Tocantins e com a chegada da Ferrovia Norte-Sul, a cidade aguarda um novo ciclo de desenvolvimento. Com 2.700 quilmetros (desde Barcarena, no Par, at Estrela dOeste, em So Paulo), a integrao de longa distncia desta ferrovia, interligar as malhas ferrovirias do Sul e do Sudeste com a malha ferroviria do Norte (Estrada de Ferro Carajs), e com as vias navegveis da Amaznia. Segundo a Secretaria Executiva de Estado de Planejamento Oramento e Finanas as principais indstrias que mais empregam na regio so a da fabricao de produtos qumicos, construo civil, a indstria de transformao puxada pela produo de metal e os de produtos minerais no metlicos.Tabela 02 - Nmero de estabelecimentos com vinculo empregatcio segundo setor de atividade econmica do cadastro RAIS Setor de atividade Extrativa Mineral Indstria de Transformao Serv. Indust. Utilidade Pblica Construo Civil Comrcio Servios Administrao Pblica Agropecuria Outros / Ignorados TOTAL 2004 5 722 23 580 5291 5485 138 213 12457 2005 7 716 25 567 5537 5594 138 212 12796 2006 8 796 28 643 5662 5716 130 197 13180 2007 13 791 29 599 5782 5866 146 193 13419 2008 10 842 29 701 6061 6189 158 211 14201 2009 13 855 33 747 6231 6469 143 201 14692

Fonte: TEM/RAIZ apud Secretaria executiva de Estado de Planejamento Oramento e Finanas

16

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

3.2.6 Setor de Servios A capital do Estado do Par possui grandes eventos fixos locais, como o caso do Crio de Nazar, Feira Amaznica do Livro e o Grand Prix Brasileiro de Atletismo que realizado desde 2002. O Crio de Nazar, uma das maiores procisses crists do pas, movimenta a economia da cidade, no perodo h aquecimento na produo industrial, no comrcio, no setor de servios e no turismo A cidade tambm conta atualmente com o Hangar - Centro de Convenes e Feiras da Amaznia, atualmente um dos maiores do Brasil e o maior da Amaznia e com o Estdio Olmpico do Par (Mangueiro), um dos mais completos do pas. No Setor de Servios, que por sua vez apresenta forte correlao com as atividades agropecurias e industriais, Belm destaca-se em sua participao (valor agregado) no Estado 5,14%, devido a sua atividade comercial, em especial pela sua estratgica localizao e sua produo de servios de apoio atividade industrial. 3.2.7 Setor Comercial e Turstico Devido aos eventos realizados na cidade em conjunto com o turismo, que so impulsionadores do comrcio local, a cidade conta com 18 museus, seis universidades publicas, 16 centros de ensino superior privados entre outros pontos tursticos e comerciais. No aspecto turstico a disposio geogrfica da cidade apresenta uma beleza natural que consta de 55 ilhas existentes, nos seus igaraps que um grande atrativo turstico. Dentre estes pontos destacam-se o Mercado do Ver-o-Peso que a maior feira livre da Amrica Latina e tambm o smbolo de Belm e sua maior atrao turstica, abastece a cidade com produtos alimentcios do interior paraense.

17

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Outro centro comercial importante o Mercado de So Brs, foi construdo na primeira dcada do sculo XX, o mercado em suas dependncias, funcionam lojas de artesanato, produtos agrcolas, domsticos e vesturio. 3.2.8 Setor Agropecurio Os principais produtos agrcolas da cidade so a mandioca e o coco, sendo as duas lavoras pouco representativa quanto a produo, pois a produo de mandioca em 2007 foi de apenas 1480 ton e a de coco de oito mil frutos segundo Secretaria executiva de Estado de Planejamento Oramento e Finanas J os principais rebanhos so: de aves e sunos, segundo a mesma secretaria o rebanho de sunos vem diminuindo, mas em contrapartida o de aves vem aumentando ao longo dos anos.Tabela 03: Principais rebanhos existentes Rebanhos Bovinos Sunos Bulbalinos Equinos Muares Ovinos Caprinos Galinhas Galos, Frangas, Frangos e Pintos Vacas Ordenhadas 1000 3500 5 1600 45400 10 2005 451 1360 200 145 75 2006 480 1300 260 135 75 2007 495 1590 280 142 80 34 12 1800 116000 15 2008 430 1350 280 108 60 37 12 1000 90000 10 2009 470 1633 285 98 63 48 20 1200 88200 20

Fonte: IBGE apud Secretaria executiva de Estado de Planejamento Oramento e Finanas

18

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

3.2.9 Extrativismo Vegetal um setor importante da economia local, pois uma das primeiras atividades desenvolvidas na regio aps a colonizao da regio, dentre as atividades mais importantes so a extrao de madeira, sendo esta dividida em gerao de carvo e a produo de lenha. Outra atividade extrativista da regio a coleta de aa que um fruto regional que serve como alimento e bastante consumido nas outras regies do pas e at no exterior, sendo tambm utilizado como matria prima para outros produtos industrializados como leos e cosmticos. 3.2.10 Dinmica Demogrfica e de Distribuio de Renda Com uma populao de 1.393.399 habitantes, a dcima cidade mais populosa do Brasil e a segunda da regio Norte. A cidade possui o maior IDH entre as cidades do norte e, nos ltimos anos, vem se verticalizando de forma acelerada, pelo fato de no haver mais reas horizontais, levando investimentos para sua regio metropolitana. Segundo o anurio do Municpio de Belm de 2009 aproximadamente 99% da populao reside em reas urbanas e apenas 1% em areal rural, apresentando uma densidade demogrfica de 1.315,27 hab/km2Tabela 04: Crescimento populacional de Belm ao longo do tempo Ano 1991 1996 2000 2010 Populao (hab) 1.244.689 1.140.349 1.280.614 1.393.399 Fonte: IBGE

A Grande Belm localiza-se na regio mais dinmica do estado e juntamente com o municpio de Barcarena, integra o segundo maior parque industrial da Amaznia.19

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

A cidade conta com os portos brasileiros mais prximos da Europa e dos Estados Unidos (Belm, Miramar e Outeiro). A cidade de Belm segundo o IBGE vem se desenvolvendo ao longo dos ltimos anos, a tabela 05 indica a evoluo do PIB e atualmente a cidade apresenta o 23o maior PIB das cidades brasileiras.Tabela 05: Variao do PIB de Belm ao longo do tempo Ano 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2010 PIB (R$x 1.000) 7.810.923 8.895.271 10.390.391 11.277.415 12.520.258 13.797.141 15.316.130 Fonte: IBGE

Segundo a Secretaria executiva de Estado de Planejamento Oramento e Finanas aproximadamente 55% da populao economicamente ativa do municpio tem uma renda mensal de at 2 salrios mnimos como pode ser observado na tabela. J o rendimento mdio real dos trabalhadores ficou em R$ 1.557,00 (3,5 salrios) no ltimo ms de maro, o valor mais alto para o ms desde 2002, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica comeou a monitorar os valores, indicando que a mdia salarial do municpio menor que a mdia registrada no Brasil.

20

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Tabela 06: Rendimento mdio da populao economicamente ativa de Belm CLASSE DE RENDIMENTO at 1 de 1 a 2 de 2 a 3 de 3 a 5 de 5 a 10 de 10 a 20 mais de 20 Sem rendimento Total QUANTIDADE DE HABITANTES 118.221 134.290 55.985 54.002 49.586 24.307 13.507 10.641 460.539 PORCENTAGEM DA POPULAO (%) 25,67 29,16 12,16 11,73 10,77 5,28 2,93 2,31 100

Fonte: Secretaria executiva de Estado de Planejamento Oramento e Finanas (2000)

3.2.11 Abastecimento de gua O Municpio de Belm atendido por duas prestadoras de servios de saneamento bsico: A COSANPA e o SAAEB, a COSANPA, Companhia Estadual, explora a Zona Urbana Central de Belm, atendendo com gua de captao do manancial superficial, e em menor escala de captao; o SAAEB, Autarquia Municipal, atende os Distritos de Icoaraci, Mosqueiro, Outeiro e rea de expanso na periferia da Zona Central Urbana, abastecendo uma populao estimada de 150.000 habitantes com gua de captao do manancial subterrneo. No Municpio de Belm estima-se um dficit no abastecimento pblico de gua potvel para uma populao estimada de 235.871 habitantes, equivalente a 16.78%.

21

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

A soluo utilizada pelo SAAEB, explorando o manancial subterrneo, resolve os problemas das comunidades com cerca de 25 a 30 mil habitantes por unidade operacional de captao (sistemas isolados), eliminando, desse modo, a utilizao de grandes extenses de adutoras que demandam elevado custo. Segundo dados de IBGE o sistema de abastecimento de gua da cidade tem um total de 352332 economias ativas e de domiclios abastecidas com um volume de gua tratada distribuda por dia de 455255 m3 3.2.12 Coleta de Esgoto Segundo o senso de 2000 do IBGE apenas 5 dos 13 distritos da regio metropolitana de Belm apresentavam sistema de coleta de esgoto sendo o esgotos lanados diretamente nas baias da regio sem nenhum tipo de tratamento.Esta situao apresentava-se a mesma em 2009, segundo publicaes jornalsticas.

22

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Figura 04: Imagem da Cidade de Belm Par (Fonte: IBGE)

23

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

4

LEGISLAO APLICVEL

Apresentao do conjunto de legislao Federal, Estadual e Municipal, bem como normas tcnicas vigentes e aplicveis s aes relativas ao manejo de resduos slidos contemplando os aspectos referentes gerao, coleta, manuseio, acondicionamento, transporte e armazenagem, tratamento e destinao final. 4.1 MBITO NACIONAL Lei n 6.938, de 31 de agosto de 1981 (Poltica Nacional de Meio Ambiente PNMA) Dispe sobre a Poltica Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulao e aplicao, e d outras providncias. Lei Federal n. 7.347 de 24 de julho de 1985

Disciplina a ao civil pblica de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico e turstico e d outras providncias. Constituio da Repblica Federativa do Brasil, promulgada em 05 de outubro de 1988. Trata especificamente da Poltica Ambiental Brasileira no captulo VI Art. 225, que dispe sobre o direito de todos quanto ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv-lo para as presentes e futuras geraes. Tambm faz referncias ao meio ambiente nos artigos: 5 (inciso LXXIII), 23 (incisos VI e VII), 24 (incisos VI, VII e VIII), 129 (inciso III), 170 (inciso VI), 174 (3), 200 (inciso VIII) e 216 (incisos V e 1,2,3,4 e 5). No captulo II Da Poltica Urbana, o art. 182, determina que a poltica de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Pblico Municipal, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.

24

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

DEC. FEDERAL 96.044/88

Regulamenta o Transporte Rodovirio de Produtos Perigosos Lei n 9.605 de 12 de fevereiro de 1998 (Lei de Crimes Ambientais).

Dispe sobre as sanes penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e d outras providncias. Lei n 9.795, de 27 de abril de 1999 (Poltica Nacional de Saneamento

Estabelece as diretrizes nacionais para o Saneamento Bsico e para a Poltica Federal de Saneamento Bsico e d outras providncias. Lei n 11.455, de 5 de janeiro de 2007 (Poltica Nacional de Educao Ambiental PNEA) Dispe sobre a educao ambiental, institui a Poltica Nacional de Educao Ambiental e d outras providncias. Lei n. 12.305, de 02 de agosto de 2010 (Poltica Nacional de Resduos Slidos)

Dispe sobre a Poltica Nacional de Resduos Slidos; altera a Lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e d outras providncias. 4.1.1 Resolues: CONAMA 06/88

Dispe sobre a gerao de resduos nas atividades industriais Resoluo CONAMA n. 006, de 19 de setembro de 1991.

Dispe sobre o tratamento de resduos slidos provenientes de estabelecimentos de sade, portos e aeroportos.

CONAMA 05/93

25

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Estabelece normas relativas aos resduos slidos oriundos de servios de sade, portos, aeroportos, terminais ferrovirios e rodovirios Resoluo CONAMA n. 005, de 5 de agosto de 1993.

Dispe sobre Resduos de Servios de Sade de terminais ferrovirios, rodovirios, de portos e aeroportos, terminais ferrovirios e rodovirios e estabelecimentos prestadores de servio de sade; CONAMA 09/93

Dispe sobre uso, reciclagem, destinao re-refino de leos lubrificantes Resoluo CONAMA n 237, 22 de dezembro de 1997.

Regulamenta os aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos na Poltica Nacional do Meio Ambiente. Resoluo CONAMA n. 257, de 30 de julho de 1999 e n 263 de 12 de novembro de 1999. Prev que as pilhas e baterias que contenham em suas composies chumbo, cdmio, mercrio e seus compostos, necessrias ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos, veculos ou sistemas, mveis ou fixos devero ser encaminhados para disposio final adequada. Resoluo CONAMA n. 278, de 26 de agosto de 1999.

Estabelece que as empresas fabricantes e importadoras de pneumticos ficam obrigadas a coletar e dar destinao final ambientalmente adequada. Resoluo CONAMA n. 275, de 25 de abril de 2001.

Estabelece o cdigo de cores para os diferentes tipos de resduos, a ser adotado na identificao de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.

26

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Resoluo CONAMA n 283 de 12 de julho de 2001

Dispe sobre o tratamento e destinao final dos Resduos Slidos de Sade Resoluo CONAMA n 316 de 20 de novembro de 2002

Dispe sobre procedimentos e critrios para o funcionamento de sistemas de tratamento trmico de resduos. Resoluo ANVISA - RDC n 342, de 13 de dezembro de 2002

Instituir e aprovar o Termo de Referncia, em anexo, para elaborao dos Planos de Gerenciamento de Resduos Slidos Resoluo CONAMA n 358 de 04 de maio de 2005

Dispe sobre o tratamento e a disposio final dos resduos dos servios de sade e d outras providncias. Obs. Revogou as disposies da Resoluo no 05/93, que tratam dos resduos slidos oriundos dos servios de sade, para os servios abrangidos no art. 1o desta Resoluo. Resoluo ANVISA -RDC n 306 de 07 de dezembro de 2004

Dispe sobre o Regulamento Tcnico para o gerenciamento de resduos de servios de sade. CONTRAN n 404

Classifica a periculosidade das mercadorias a serem transportadas 4.1.2 Normas: NBR 9.190/00

Sacos Plsticos para o Acondicionamento de Lixo - Classificao NBR 9.191, de 1993

Sacos plsticos para acondicionamento de lixo - Especificao.

27

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

NBR 7500

Transporte de produtos perigosos NBR 7501/83

Transporte de cargas perigosas NBR 7503/82

Ficha de emergncia para transporte de cargas perigosas NBR 7504/83

Envelope para transporte de cargas perigosas . Caractersticas e dimenses NBR 8.418/83

Apresentao de projetos de aterros de resduos industriais perigosos NBR 10.157/87

Aterros de resduos perigosos Critrios para projetos, construo e operao NBR 10004/87

Resduos slidos - Classificao NBR 10005/87

Lixiviao de Resduos - Procedimentos NBR 10006/87

Solubilizao de Resduos - Procedimento NBR 10007/87

Amostragem de Resduos - Procedimento NBR 12235/87

Armazenagem de Resduos Slidos Perigosos

28

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

NBR 8286/87

Emprego da simbologia para o transporte rodovirio de produtos perigosos NBR 11174/89

Armazenamento de resduos classes II (no inertes) e III (inertes) NBR 11.175/90

Incinerao de resduos slidos perigosos Padres de desempenho (antiga NB 1265) PORT. INMETRO 221/91

Aprova o Regulamento Tcnico Inspeo em equipamentos destinados ao transporte de produtos perigosos a granel no includos em outros regulamentos. NBR 12.235/92

Armazenamento de Resduos Slidos Perigosos NBR 12807/93

Resduos de servio de sade - Terminologia NBR 12.808/93

Resduos de Servios de Sade Classificao NBR 12809/93

Manuseio de resduos de servios de sade - Procedimentos NBR 12.810/93

Coleta de Resduos de Servios de Sade NBR 12.980/93

Coleta, Varrio e Acondicionamento de Resduos Slidos.

29

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

NBR 13.055, de 1993

Sacos plsticos para acondicionamento de lixo - Determinao da capacidade volumtrica. NBR 13.056, de 1993

Filmes plsticos para sacos para acondicionamento de lixo - Verificao da transparncia. NBR 13221/94

Transporte de resduos - Procedimento NBR 13463/95

Coleta de resduos slidos - Classificao NBR 8285/96

Preenchimento da ficha de emergncia NBR 13.853, de 1997

Coletores para resduos de servios de sade perfurantes ou cortantes - Requisitos e mtodos de ensaio. NBR 13.896/97

Aterro de Resduos No Perigosos Critrios para Projeto, Implantao e Operao. NR-25

Resduos Industriais NBR 7.500/00

Smbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais

30

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

4.2

MBITO ESTADUAL Lei Estadual n 5.887, de 09 de maio de 1995

Dispe sobre a Poltica Estadual do Meio Ambiente e d outras providncias. Lei n 5.610, de 20/11/1990

Dispe sobre a criao e o funcionamento do Conselho Estadual do meio Ambiente na forma do artigo 255 inciso VIII.

4.3

mbito Municipal Decreto Municipal n39091 (05/07/1991)

Dispe sobre coleta, transporte e destinao final de lixo patolgico e d outras providncias. Decreto Municipal n38323 (09/04/2001)

Dispe sobre a coleta, transporte e destinao final de resduos slidos industriais e entulhos em aterros sanitrios ou em incineradores municipais no abrangidos pela coleta regular. Lei Ordinria n 7192 de 21 de dezembro de 1981

Institui a Taxa de Resduos Slidos no Municpio de Belm e d outras providncias. Lei Ordinria n 7631 de 24 de maio de 1993

Torna obrigatria a coleta seletiva do lixo nas Escolas Pblicas, Hospitais, Restaurantes, Supermercados, Feiras, Mercados, Grandes Lojas, Praias, Logradouros Pblicos ou similares e d outras providncias. Lei Ordinria n 8012 de 02 de junho de 2000

Dispe sobre a coleta, transporte e destinao final de lixo patolgico e d outras providncias.

31

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Lei Ordinria n 8014 de 28 de junho de 2000

Dispe sobre a coleta, transporte e destinao final de resduos slidos industriais e entulhos em aterros sanitrios ou em incineradores municipais no abrangidos pela coleta regular, e d outras providncias. Lei Ordinria n 8552 de 28 de dezembro de 2006

Dispe sobre a obrigatoriedade, do Executivo Municipal, enviar Cmara Municipal de Belm Relatrio Semestral sobre a execuo da coleta, tratamento e destinao final do lixo no Municpio de Belm, e d outras providncias. Lei Ordinria n 8595 de 25 de junho de 2007

Dispe sobre a distribuio de produto da coleta seletiva do lixo a cooperativas de catadores de materiais reciclveis, e d outras providncias. Lei Ordinria n 8655 de 30 de julho de 2008

Dispe sobre o plano diretor do municpio de Belm, e d outras providncias. Lei Ordinria n 8710 de 03 de agosto de 2009

Dispe sobre a criao do Dia Municipal da Conscientizao Ambiental, da Coleta Seletiva de Lixo Reciclvel e Combate Degradao Ambiental e d outras providncias.

32

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

4.4

RESDUOS SLIDOS DEFINIO E CLASSIFICAO

A Poltica Nacional dos Resduos Slidos Lei n. 12.305/10 define como resduos slidos todo material, substncia, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade. Os resduos slidos podem ser classificados, segundo a PNRS (2010), pelos seguintes critrios: 4.4.1 Quanto origem: a) Resduos domiciliares: os originrios de atividades domsticas em residncias urbanas; b) Resduos de limpeza urbana: os originrios da varrio, limpeza de logradouros e vias pblicas e outros servios de limpeza urbana; c) Resduos slidos urbanos: os englobados nas alneas a e b; d) Resduos de estabelecimento comerciais e prestadores de servios: os geradores nessas atividades, excetuados os referidos nas alneas b, e, g, h e j; e) Resduos dos servios pblicos de saneamento bsico: os geradores nessas atividades, excetuados os referidos na alnea c; f) Resduos industriais: os geradores nos processos produtivos e instalaes industriais; g) Resduos de servios de sade: os gerados nos servios de sade, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos rgos do SISNAMA e do SNVS; h) Resduos da construo civil: os gerados nas construes, reformas, reparos e demolies de obras de construo civil, includos os resultantes da preparao e escavao de terrenos para obras civis;

33

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

i) Resduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecurias e silviculturais, includos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades; j) Resduos de servios de transportes: os originrios de portos, aeroportos, terminais alfandegrios, rodovirios e ferrovirios e passagens de fronteira; k) Resduos de minerao: os gerados na atividade de pesquisa, extrao ou beneficiamento de minrios; 4.4.2 Quanto periculosidade: a) Resduos perigosos: aqueles que, em razo de suas caractersticas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, e toxicidades, patogenicidade, apresentam carcinogenicidade, teratogenicidade mutagenicidade,

significativo risco sade pblica ou qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma tcnica; b) Resduos no perigosos: aqueles no enquadrados na alnea a. 4.4.3 De acordo com a NBR 10.004/2004: a) Resduos Classe I Perigosos: Caracterstica apresentada por um resduo que, em funo de suas propriedades fsicas, qumicas ou infecto-contagiosas, pode apresentar: Risco sade pblica, provocando mortalidade, incidncia de doenas ou acentuando seus ndices; Riscos ao meio ambiente, quando o resduo for gerenciado de forma inadequada. E tambm podem apresentar caracterstica como, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade ; b) Resduos Classe II A - Resduos no inertes: Aqueles que no se enquadram nas classificaes de resduos classe I - Perigosos ou de resduos classe II B Inertes, nos termos desta Norma. Os resduos classe II A No inertes podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em gua. (lodo fsico-qumico e biolgico da Estao de

34

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Tratamento de Efluentes, papel, papelo, resduos de varrio, resduos orgnicos e resduos domsticos); c) Resduos Classe II B - Resduos inertes: Quaisquer resduos que, quando amostrados de forma representativa, segundo a ABNT NBR 10.007, e submetidos a um contato dinmico e esttico com gua destilada ou deionizada, temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10.006, no tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentraes superiores aos padres de potabilidade de gua, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G da NBR 10.004 (vidros, metais, plsticos e entulhos). 4.4.4 Resduos de Servios de Sade Classificao

De acordo com a RDC n. 306/04 ANVISA, os Resduos de Servios de Sade so classificados em cinco grupos: Grupo A: Resduos com a possvel presena de agentes biolgicos que, por suas caractersticas, podem apresentar risco de infeco; Grupo B: Resduos contendo substncias qumicas que podem apresentar risco a sade pblica ou ao meio ambiente, dependendo de suas caractersticas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade; Grupo C: Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionucldeos e quantidades superiores aos limites de iseno especificados nas normas do CNEN (Comisso Nacional de Energia Nuclear) e para os quais a reutilizao imprpria ou no-prevista; Grupo D: Resduos que no apresentem risco biolgico, qumico ou radiolgico sade ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resduos domiciliares; e

35

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Grupo E: Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodnticas, pontas diamantadas, lminas de bisturi, lancetas, tubos capilares, micropipetas, lminas de lamnulas, esptulas e todos os utenslios de vidro quebrados e laboratrios e outros similares.

36

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

5

GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS

De acordo com a Poltica Nacional dos Resduos Slidos Lei 12.305/10, gerenciamento de resduos slidos o conjunto de aes exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinao final ambientalmente adequada dos resduos slidos e disposio final ambientalmente adequada dos rejeitos. Segundo a PNRS (2010), o gerenciamento de resduos slidos deve possuir o seguintemnimo dos planos contedo mnimo: seo IV pg 11 contedode resduos slido municipais de gesto integrada/ Seo V pg 13, dos planos de gerenciamento

Descrio do empreendimento ou atividade; I Diagnstico dos resduos slidos gerados ou administrados, contendo a origem, o volume e a caracterizao dos resduos, incluindo os passivos ambientais a eles relacionados; II

III - observadas as normas estabelecidas pelos rgos do Sisnama, do SNVS e do Suasa e, se houver, o plano municipal de gesto integrada de resduos slidos: a) explicitao dos responsveis por cada etapa do gerenciamento de resduos slidos; b) definio dos procedimentos operacionais relativos s etapas do gerenciamento de resduos slidos sob responsabilidade do gerador;

Levantamento da legislao especfica, federal, estadual e municipal; Identificao das solues consorciadas ou compartilhadas com outros geradores; IVse refere aos outros municpios ?

Aes preventivas e corretivas a serem executadas em situaes de gerenciamento incorreto ou acidentes; V

Metas e procedimentos relacionados minimizao da gerao de resduos slidos, reutilizao e reciclagem;VI

Medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resduos slidos; e VIII

Periodicidade de sua reviso, observado o prazo de vigncia da respectiva licena de operao.IX

O PGRS busca minimizar a gerao de resduos na fonte, adequar a segregao na origem, controlar e reduzir riscos ao meio ambiente e assegurar o correto manuseio e disposio final, em conformidade com a legislao vigente.

37

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

6

SITUAO ATUAL

A anlise da situao da limpeza urbana foi realizada sob trs aspectos a saber: frente a condio atual da infra-estrutura urbana da cidade; em funo da posio do cliente/usurio dos servios; e frente a posio do fornecedor/prestador dos servios.

6.1

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A Prefeitura Municipal de Belm administra os servios de limpeza urbana atravs da Secretaria Municipal de Saneamento SESAN que alm desta, tem como atividades a drenagem, pavimentao e educao ambiental, visando melhoria da qualidade de vida no Municpio de Belm. A SESAN dispe de 1.100 agentes de servios urbanos contratados por empresas terceirizadas, que so os profissionais que executam as diversas tarefas relacionadas limpeza urbana do municpio O sistema de limpeza urbana da competncia do Departamento de Resduos Slidos situado junto a avenida Alcindo Cacela, 2631 Cremao, cujas as atribuies so as seguintes: coleta seletiva de lixo; coleta de entulho e de lixo domiciliar porta a porta; limpeza mecanizada atravs de contineres; servios de limpeza urbana, como limpeza, varrio manual e desobstruo de vias; abertura de valas; capinao e raspagem de vias e logradouros; limpeza de canal; desobstruo do sistema de drenagem urbana;38

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

acondicionamento e destino final dos resduos das feiras livres; aplicao do Cdigo de Posturas do Municpio; educao ambiental; gerenciamento do Aterro Sanitrio do Aur e aterramento com entulho de reas de cota baixa.

6.2

COLETA

6.2.1 Coleta de Lixo Atualmente o servio de coleta de lixo domiciliar obedece 108 roteiros, ocorrendo em dia alternados, nos perodos noturno e diurno, sendo feita de porta em porta. A coleta de lixo domiciliar feita regularmente pela SESAN, com cobertura de 97% dos domiclios, segundo dados do IBGE. Os 3% restantes dizem respeito, por exemplo, aos resduos jogados em terrenos baldios e ao material lanado s margens dos canais este ltimo, alis, um dos principais problemas enfrentados pela Secretaria, para manter a cidade limpa. Os prprios moradores dessas reas despejam entulho (formado, por exemplo, por sof velho e restos de construo) s margens dos canais, incentivando outras pessoas a depositarem tambm o lixo domiciliar nesses locais, o que prejudica bastante a limpeza da cidade. O transporte do lixo realizado atravs de duas empresas contratadas/terceirizadas (Belm Ambiental e Terraplena), que contam com um total de 46 caminhes equipados com coletor-compactador. A empresa Terraplena realiza a coleta dos resduos domiciliares nas reas centrais de Belm denominada de lote 1. e no Distrito Administrativo de Mosqueiro.

39

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Empresa Belm Ambiental realiza a coleta dos resduos domiciliares nos distritos administrativos de Icoaraci e Outeiro, nos conjuntos habitacionais ao longo da Av. Julio Cezar e Rod. Augusto Montenegro e seus entorno, denominada de lote 2, conforme planta no anexo A. A mdia mensal de resduos gerados nos domiclios de Belm de aproximadamente 11.280,00 toneladas, que representam cerca de 42% de todo o lixo gerado na cidade de Belm.Figura 05: Trabalho de coleta na Cidade de Belm

Fonte: SESAN/PMB

A freqncia da coleta foi planejada pela SESAN e DRS (departamento de resduos slidos), tendo a seguinte configurao para os 108 roteiros de coleta: 23 roteiros pares - 2, 4 e 6 / diurno; 24 roteiros mpares 3, 5 e sbados / diurno; 11 roteiros dirios diurno; 27 roteiros dirios noturno; e 23 roteiros com polinguindastes (containers de 7 m).

40

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

6.2.2 Coleta Seletiva Realizada pela SESAN em parceria com empresas e instituies pblicas e privadas, que doam o material reciclvel (vidro, papel, papelo, plstico, alumnio), que coletado pela Cooperativa de Trabalhadores do Aterro Sanitrio do Aur (COOTPA). 6.2.3 Coleta de Entulho A SESAN coleta o entulho que jogado clandestinamente nas vias pblicas, e o produzido nas residncias, desde que a quantidade seja de at meio metro cbico, o equivalente ao tamanho de um fogo de quatro bocas. O destino final do lixo orgnico o Aterro Sanitrio do Aur, em Ananindeua. 6.2.4 Educao Ambiental

O Grupo de Trabalho e Educao Ambiental (GTEA) o responsvel pelas aes, que incluem o trabalho corpo a corpo junto aos moradores, sempre com orientao sobre o correto acondicionamento de lixo, entulho e os cuidados que se deve ter para manter as ruas limpas e ainda evitar doenas, cuja proliferao aumenta com o acmulo de lixo. O GTEA tambm atua junto a empresas pblicas e privadas, escolas e condomnios. 6.2.5 Contineres

Para evitar a exposio do lixo a animais e insetos, e assim combater provveis doenas, a SESAN implantou o sistema de conteinerizao, com o projeto piloto nos bairro de Nazar, Reduto, Campinas e Umarizal, onde h maior produo de lixo. Cada residncia recebeu um continer de 120 litros para acondicionamento do lixo. Nos condomnios, foram implantados contineres de 750 e 1.000 litros.

41

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

6.3

OS RESDUOS SLIDOS DE BELM

A cidade de Belm produz aproximadamente 908 ton /dia de resduos slidos, incluindo resduos oriundos de coleta domiciliar, feiras e mercados, comercio e resduos hospitalares.Tabela 07: Resduos depositados anual no aterro de Aur em 2007 Distritos Administrativos de Belm Origem DABEL DAGUA DASAC DABEN DAICO Icoaraci + DAOUT + OuteiroDomiciliar Feiras e Mercados Comercial Hospitais TOTAL 43.044,00 97.375,64 66.468,23 36.001,01 49.614,35 42.095,35 29.712,62 12.802,09

DAENT +

DAMOS+ Mosqueiro

3.576,06

8.089,89

5.522,12

2.990,93

1.961,73

906,41

2.468,50

606,02

1.155,43 48,48 47.823,97

2.613,87 71,71 108.151,11

1.784,22 59,59 73.834,16

966,38 38,38 39.996,70

633,84 35,35 52.245,27

292,86 13,13 43.307,75

797,58 27,27 33.005,97

195,80 36,36 13.640,27

Fonte: SESAN 2007

Estes resduos so oriundos dos 08 distritos administrativos de Belm, de acordo com a diviso poltica administrativa conforme lei n 7.682/94.

42

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Tabela 08: Diviso Poltica Administrativa de Belm Sigla Distritos Administrativos de Belm Resduos Gerado em 2007 DABEL DAGUA DASAC DABEN DAICO DAOUT DAENT DAMOS Distrito Administrativo Belm Distrito Administrativo Guam Distrito Administrativo Sacramenta Distrito Administrativo Bengu Distrito Administrativo Icoaraci Distrito Administrativo Outeiro Distrito Administrativo Entroncamento Distrito Administrativo Mosqueiro Fonte: SESAN 2007 47.823,97 108.151,11 73.834,16 39.996,70 52.245,27 43.307,75 33.005,97 13.640,27

43

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

6.4

VARRIO

Na rea comercial, o servio de varrio s realizado aps o fechamento do centro comercial de Belm, s 19h, equipes de varrio e coleta de lixo e entulho comeam a limpeza das estreitas ruas do bairro da Campina. De acordo com o Departamento de Resduos Slidos (DRS) da Secretaria Municipal de Saneamento (SESAN), o acmulo de lixo ocorre logo aps a limpeza das vias. A SESAN informa que a varrio e a coleta do lixo, no centro comercial, so feitas diariamente, no perodo noturno. O servio realizado noite por causa do intenso fluxo de pessoas e de veculos nessa rea. A SESAN estima que de 20 a 22 toneladas de resduos slidos so retiradas diariamente do centro comercial.Figura 06: Trabalho de Varrio Noturno

Fonte: SESAN/PMB

Segundo o DRS, as ruas onde h maior incidncia de comrcio so a Santo Antnio e a Joo Alfredo, que so divididas pelo Largo das Mercs. Neste permetro se concentram lojas, restaurantes e lanchonetes. Quem passa noite, aps a limpeza, encontra as caladas carregadas de entulho.

44

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Ao todo, 20 trabalhadores fazem servios de varrio e coleta apenas no centro comercial, fora equipe fixa que atua no Ver-o-Peso, formada por 15 trabalhadores, totalizando 35 garis. Das 908 toneladas coletadas diariamente em Belm, estima-se que entre 10 e 15%, so proveniente das feiras e mercados de Belm e distritos administrativos, pois em muitos casos so coletados juntamente com resduos domiciliares na rea a qual a feira esta instalada. A varrio, inclusive, feita aos domingos. O servio conta ainda com um carro compactador, que carrega at 9 toneladas, e uma caamba de entulho, com capacidade para 15 m.

45

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

6.5

UNIDADES DE DISPOSIO FINAL

Arrendada pela Prefeitura Municipal de Belm, a rea do Aterro Controlado do Aur localiza-se as margens do Rio Aur, entre as coordenadas UTM 790.450-W e 791.500E; 9.844-500-N e 9.842.000-N, nos limites dos Municpios de Belm e Ananindeua. A rea encontra-se em uma localidade denominada Santana do Aur, distante 4 km da Rodovia BR- 316 e 13 km do centro da cidade de Belm. O acesso se d pela Rodovia BR-316, 5 quilmetros, contados a partir do entroncamento com a rodovia Augusto Montenegro.Figura 07: Localizao do Aterro do Aur

Fonte: Google Earth, 2011

46

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Estima-se que atualmente estejam depositados no Aterro Sanitrio do Aur trs milhes e duzentas mil toneladas de resduos (Gundisalvo Piratoba Morales, 2002), distribudos em 10 Clulas. A taxa de recebimento diria de resduos da ordem de 1.900 toneladas, sendo: 1.300 ton/dia de resduos domsticos; 600 ton/dia de resduos advindos da construo civil.Figura 08: Localizao do Aterro do Aur

Fonte: Google Earth, 2011

Levando-se em considerao que a cidade de Belm gera 908 ton/dia de resduos domsticos, infere-se que os outros 392 ton/dia, so gerados em Ananindeua e Marituba, uma vez que o Aterro Sanitrio de Aur recebe resduos destes trs muncipios.

47

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

7

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS 7.1 NORMAS E REGULAMENTOS SANITRIOS EXISTENTES

O saneamento bsico, em particular a limpeza urbana, passou a ter significativa importncia nesta dcada, diante das estatsticas que mostram a perda de qualidade de vida das comunidades desassistidas, do comprovado aumento de doenas por esta via de contaminao, pelo aumento do lixo gerado advento dos descartveis e conseqente escassez de reas para o descarte adequado, sem contar um nmero de lixes/vazadouros agredindo o meio ambiente, aumentando o desmatamento e contaminando as guas. Belm dispe de instrumentos legais que regulamentam as aes do poder pblico quanto a ordem pblica, higiene e questes relativas ao meio ambiente. So as leis ordinrias que dispem quanto : Coleta, Transporte, Disposio final, obrigatoriedade da Coleta Seletiva, Distribuiao dolixo a cooperativas de catadores de materiais reciclveis e Combate a Degradao Ambiental. Os instrumentos carecem de leis complementares, atualizaes e detalhamento no que diz respeito limpeza pblica, devido ao aumento da sua populao e crescimento da cidade aumento de vias, alm dos desdobramentos de ordem econmica e social dos servios prestados comunidade.

48

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

7.2

DA LEI ORGNICA

Aprovada pela cmara municipal de Belm, o pargrafo nico diz: o municpio regerse- por esta Lei orgnica e as demais que adotar, respeitados os princpios constitucionais. Do Meio Ambiente (Art. 159, 160 e 165) regulamenta a necessidade de discutir e oferecer propostas para preservao e recuperao do meio ambiente, alm de acompanhar e fiscalizar as atividades de saneamento, e todas as modificaes ambientais devero ser avaliadas no seu impacto ecolgico e regulamentadas pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente Da Sade e do Saneamento (Art. 172 e 189) regulamenta mediante polticas sociais, econmicas, educacionais e ambientais, que visem a eliminao ou reduo do risco de doenas e de outros agravos, atravs de acesso universal e igualitrio s aes de servios de promoo, proteo e recuperao da sade e a coleta de lixo far-se- com a separao do lixo reciclvel e seu aproveitamento

49

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

8

NDICES TCNICOS

Foram considerados os seguintes ndices tcnicos: peso especfico, produo per capita por faixa de renda, volume do lixo gerado na sede municipal e a composio quali-quantitativa dos resduos. Com isto pretendeu-se obter subsdios especficos, dentro do que estabelece o Plano de Gesto de Limpeza Urbana do municpio, que auxiliem na formulao e seleo de melhores alternativas para a soluo dos problemas de: acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e disposio final dos resduos slidos produzidos. 8.1 CONSIDERAES METODOLGICAS

Amostragem Estatstica Para a determinao dos dados previstos neste relatrio, adotou-se determinar os parmetros de uma amostra representativa da populao, utilizando-se para tanto, conceitos estatsticos. Foram identificados domiclios em reas situadas tanto na zona central, como na periferia, considerando quatro classes de renda definidas para a cidade, Classe A, Classe B, Classe C e Classe D, identificadas em campo utilizando-se o modelo definido para as caractersticas predominantes de uso e ocupao do solo e padres construtivos. Tal situao se verifica no caso do lixo urbano coletado em uma cidade, ou mesmo em um setor de coleta, para um grande nmero de residncias, o que dificulta a avaliao dos parmetros requeridos para a caracterizao do lixo. Quando uma amostra satisfaz certas condies estatsticas, pode-se afirmar, dentro de uma margem de segurana pr-determinada, que os parmetros calculados a partir desta amostra, representa a realidade da populao. Tal afirmao apoia-se no Teorema do Limite Central, o qual estabelece: "A medida que aumenta o tamanho da

50

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

amostra, a distribuio das mdias das amostras obtidas da populao se aproxima da forma da distribuio da populao." O Teorema do Limite Central enseja o estudo da variao das mdias das amostras de tamanhos diferentes, obtidas a partir de uma dada populao e as condies em que esta amostra representa a populao. No estudo em questo, trata-se de definir o nmero de residncias cujo lixo ser coletado e para o qual sero determinados os parmetros de caracterizao. Entretanto, o tamanho da amostra, isto , o nmero de residncias amostradas deve ser tal que fiquem asseguradas as margens de segurana estatstica prdeterminadas. Adota-se para a definio da amostra o valor da mdia diria do lixo produzido por residncia, dado que este lixo coletado por unidade residencial. Por outro lado, as variaes dirias do lixo coletado por residncia, observadas a partir dos veculos coletores que operam em um mesmo setor, demonstram que a variao dos volumes coletados por dia uma distribuio normal, com uma mdia prxima de 3 Kg/residncia/dia e uma disperso em torno desta mdia representada pelo valor do desvio padro de 1 Kg/residncia/dia. O tamanho mnimo da amostra, a qual deve ser obtida de uma populao normalmente distribuda, fornecido pela frmula:

N = (S. DP/E).2 Na frmula (1),

(1)

O N representa o tamanho da amostra, expresso em nmero de residncias das quais ser coletado o lixo domstico;

O DP exprime o desvio padro da mdia da quantidade de lixo, ou seja, 1 kg/residncia/dia; S representa o grau de confiana pr determinado; e

51

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

O E representa o fator de erro (para mais ou menos) permitido no intervalo de confiana.

Na frmula (1), o valor de N no pode ser inferior a 30, a fim de que seja assegurada a condio de distribuio normal para a amostra, o grau de confiana calculada a partir da distribuio de probabilidade normalmente distribuda apresentado no Quadro abaixo, "Valores dos Intervalos de Confiana, para Amostra Normalmente Distribudos".Tabela 09: Intervalos de Confiana para Amostras Normalmente Distribudas Intervalos de Confiana (%) 90 95 99 Valores da Varivel (S) 1,65 1,96 2,58

Fonte: KAZMIER, L . J.; Estatstica Aplicada Economia e Administrao, Mc Graw-Hill, 1982

O desvio padro (DP) foi calculado e representa 1 kg por residncia dia. O fator de erro (E) ser de 0,2 kg, para mais ou menos, na determinao da produo diria por residncia (kg/residncia. dia).

Com relao ao tamanho mnimo da amostra, este foi calculado substituindo-se os valores de DP = 1kg, com o fator de erro de 0,2kg na frmula (1). Para o valor do grau de confiana, adotou-se 95%, isto , a mdia da amostra (kg/residncia.dia) representar em 95% dos casos a mdia da populao. O valor do grau de confiana de 1,96. Estes valores substitudos na frmula (1) definem o nmero de residncias a serem amostradas, ou seja:52

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

N = (1,96 * 1/0,2)2 N = 96,04 Efetuando-se os clculos encontra-se: N= 96,04, logo devem ser amostradas, no mnimo, 96 residncias, ou ainda, considerando-se 3 kg/residncia. dia, devero ser amostrados um total mnimo de 288 kg.

8.2

IDENTIFICAO E QUANTIFICAO DOS RESDUOS SLIDOS GERADOS

Este Plano de Gerenciamento de Resduos Slidos do Municpio de Belm contempla um modelo de coleta tratamento de destinao final dos resduos slidos. Os servios esto formulados no propsito de atender s premissas estabelecidas no modelo adotado, conforme descrito a seguir: O servio de coleta ser diferenciado por tipo de resduo, tendo em vista respeitar as caractersticas de heterogeneidade do lixo urbano, facilitar o tratamento, favorecer o reaproveitamento, racionalizar a utilizao de pessoal e equipamentos, otimizando os custos operacionais. O servio de coleta foi dividido em quatro categorias: coleta domiciliar/comercial, coleta de entulho, coleta de servios congneres e dos resduos de servios de sade (RSS). Os resduos provenientes de estabelecimentos de sade, com caractersticas de resduo domiciliar, segregados na fonte, se enquadram na coleta domiciliar/comercial. Os resduos provenientes dos servios de varrio, pelas suas caractersticas, se enquadram tambm na coleta domiciliar/comercial. Os animais mortos esto caracterizados na categoria de coleta dos servios congneres. Constatada a presena de animais mortos nas vias da cidade, esta atividade caracterizar-se- como servio especial/congneres e a sua coleta ser realizada eventualmente pela prpria equipe.53

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

8.2.1 Identificao dos Resduos Gerados VarrioFluxograma Plano de Varrio

PLANODEVARRIO

VARRIOMANUAL

SACHEAMENTO

REMOODOLIXO DEPOSITADONASCAIXASPARA PEDESTRES

CONFINAMENTODA PRODUO

8.2.1.1

Plano de Varrio

Essencial para a manuteno e conservao da cidade, em que o desfolhe das rvores, o movimento de pedestres e a localizao de reas para comercializao de produtos por vendedores ambulantes originam o acmulo de diversos tipos de resduo dispostos nas vias e logradouros pblicos. Os servios de varrio sero necessrios para o recolhimento destes resduos e por conseqncia sua destinao final.

54

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Com exceo do desfolhe de rvores, estes servios a mdio ou longo prazo podero ser minimizados ou mesmo desnecessrios, quando a populao atravs da mudana de postura ou hbitos obtidos pela educao dos jovens (escolar), educao ambiental (adultos) ou mesmo atravs de campanhas pblicas e da adoo de medidas coercitivas, lanarem estes resduos em caixas dispostos nas vias pblicas. Para implementar o plano de varrio, sero adotadas medidas tcnicas/operacionais e gerenciais. A diviso da cidade em reas centrais e perifricas ser a primeira medida para a operacionalizao dos servios. Em seguida com a diviso da cidade em Zonas de Limpeza ZL e as mesmas em trechos/itinerrios de varrio complementar as aes de ordem espacial. A adoo de freqncias diria na rea central e alternada nas demais, e a definio do perodo de realizao dos servios, diurno e/ou noturno determinaro as aes de ordem temporal. Diviso das Zonas de Limpeza em Trechos de Varrio Os Trechos, com extenso aproximada de 1.500m, medidos no eixo da via, representa uma unidade de varrio de cada ZL.

A) Freqncia e Horrio A freqncia dos servios de varrio tambm dever ser apresentada em cumprimento da legislao trabalhista e acordos coletivos de trabalho (totalizando em cada semana 44 horas). O horrio proposto para os servios de varrio ser: 7:00h s 11:00h e 12:00h s 15:30h de segunda-feira a quinta-feira; 7:00h s 11:00h e 12:00h s 15:00h s sextas-feiras e sbados; Exceto para o centro comercial, onde a limpeza ocorra no perodo noturno, devido a grande movimentao no local durante o dia.

55

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

B) Abrangncia A rea de abrangncia da varrio e os trechos correspondentes ocorrero em 100% das vias pavimentadas da sede do municpio. C) Dimensionamento dos Trechos de Varrio Para o dimensionamento do nmero de trechos de varrio, aplicar-se- a seguinte frmula. N= L/l Onde, O N=Nmero de trechos/itinerrios de varrio; O L=Extenso das vias; O l=Rendimento por agente/dia=1,50km de eixo de via.

D) Equipamento/Ferramental/Materiais Os equipamentos e as ferramentas necessrias para cada equipe de varrio so: 01 Lutocar 01 Vassouro 01 P quadrada 01 Sacho 01 Vassoura de ao ( apenas para sem pavimentao. ) Sacos plsticos de 100 L

56

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

E) Dimensionamento de sacos plsticos Peso Especfico do lixo = 81,7 kg/m3 Produtividade de um Agente de Varrio = 1,5 km/dia x 30 kg/km = 45 kg/dia Volume de lixo por trecho = (45 kg/dia / 81,7 kg/m3) = 0,55 m3/dia = 550 litros/dia 80% do saco de 100 l = 80 l Quantidade de sacos por trecho/dia = 550 / 80 = 6,87 = 7

F) Pontos de Confinamento Os pontos de confinamento so locais pr-estabelecidos para a colocao do material de varredura, situados nas caladas dos prprios logradouros.

57

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

8.2.1.2 Identificao dos Resduos Gerados Servios Especiais/ Congneres FLUXOGRAMAPLANODESERVIOSCONGNERES

PLANODESERVIOS CONGNERES

CAPINAOE ROAGEM/ PODAS

PINTURADE MEIOFIO

VARRIO DE FEIRAS

LIMPEZA DECANAIS

RASPAGEM DE TERRA NASVIAS

RETIRADADE CARTAZESE PICHAES

LAVAGEMDEVIAS ELOGRADOURO

LIMPEZADE BOCADE LOBO

Os Servios Congneres/Especiais constituem-se de um amplo leque de atividades nos quais inserem-se todas as aes de limpeza urbana que no estejam classificadas como coleta, varrio, tratamento ou destinao final dos resduos slidos. Estas atividades usualmente assumem carter preventivo, completando os servios de coleta e varrio. A responsabilidade pelo cumprimento das tarefas ser do chefe de equipe, subordinado ao chefe do Setor. O horrio para os Servios Congneres poder ser das 7:00h s 11:00h e 12:00h s 15:30h de segunda-feira a quinta-feira, e 7:00h s 11:00h e 12:00h s 15:00h s sextas-feiras e sbados, totalizando 44 horas semanais.

58

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

A) Limpeza de canais Para os canais existentes ser elaborada uma programao para a execuo dos servios; inicialmente dever ser feita a limpeza de suas margens realizando a roagem e a retirada do lixo acumulado. Seu leito poder ser limpo manualmente, utilizando ps, picaretas, ganchos e enxadas ou por retro-escavadeira. A periodicidade dever ser semestral.

B) Limpeza de boca de lobo Consiste na limpeza e desentupimento de bocas de lobo, de forma preventiva, manualmente, utilizando-se ferramentas adequadas como ps, picaretas e ganchos. A periodicidade dever ser semestral. Ateno especial dever ser dada s reas onde se realizam feiras livres, nas vias prximas Central de Abastecimento, nas reas sujeitas a inundaes (baixadas) e nas reas de comrcio intenso.

C) Raspagem de terra nas vias Na rea da sarjeta ao longo das ruas de Belm, quais se desenvolvero os servios de tiragem de terra. Considera-se uma produtividade mdia de 30 m/ homem.hora e freqncia semestral. Neste trabalho devero ser utilizadas como ferramentas, ps, vassoures e carro de mo.

D) Capinao e Roagem So atividades que tm por finalidade a preservao das reas urbanas, no edificadas, principalmente dos logradouros pblicos no pavimentados, onde se desenvolvem facilmente capim, mato e ervas daninhas.59

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Estes servios so realizados para impedir que o acmulo de vegetao transforme essas reas em depsitos de detritos, esconderijos e focos de vetores transmissores de doenas. Consiste no corte, limpeza e retirada de capim, mato e ervas daninhas. Para acondicionar os resduos provenientes desses servios, sero utilizados sacos confeccionados em rfia, tipo big-bag, com capacidade para 200,0L. A produtividade dos servios de capinao e roagem varia em funo de uma srie de fatores como; declividade do terreno; tipo e altura da vegetao; condies climticas; presena de lixo no terreno; e acessibilidade,

A produtividade adotada ser de 25m por homem/hora, com freqncia varivel de semanal na rea central, mensal em bairros prximos a rea central e trimestral nas demais reas.

E) Retirada de cartazes e pichaes Esta atividade dever ter uma ateno dos poderes pblicos constitudos na definio dos locais para a fixao de cartazes. A realizao de pichaes em imveis no ser permitida. Devero ser normalizadas as reas para a realizao das atividades de colocao de cartazes, tendo em vista a poluio visual causada pelas mesmas. Para os locais onde sero permitidas as fixaes de cartazes, dever haver prvia autorizao da PMB.

F) Pintura de meio fio60

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Este tipo de servio visa ressaltar os meio-fios, servindo de sinalizador horizontal para o trfego de veculos e tambm como padro esttico e de limpeza nos logradouros. Cada Zona de Limpeza responsvel por sua rea e, portanto, possuir equipe para executar a pintura em intervalos variveis de um a quatro meses, de forma alternada, utilizando-se soluo de tinta hidrax e cimento na proporo de 20:1, pincel tipo broxa e balde.

G) Varrio de feiras Para a limpeza dos locais onde funcionam as feiras livres, o Centro de Abastecimento e os mercados, deve haver uma equipe de varrio durante todo o perodo de funcionamento, para evitar o acmulo de resduos provocado pelo trnsito muito grande de usurios e vendedores ambulantes no seu interior. Alm de ser definido um local para a estocagem dos resduos durante o dia, os boxes e/ou barracas devem ter recipientes para acondicionar o lixo para posterior transporte at a rea prdeterminada onde devero existir caixas estacionrias de 5,0 m de capacidade para acondicionar os resduos. No final do dia o veculo poliguindaste retirar as caixas com o lixo. Nos pontos de venda de pescado, a utilizao de sacos plsticos dever ser obrigatria para o acondicionamento de restos de peixes. Aps a feira, a rea ser lavada com aplicao de desinfetante. importante ressaltar que a presena da fiscalizao reveste-se de fundamental importncia para a execuo deste servio, notadamente no sentido de cobrar dos barraqueiros o acondicionamento dos resduos. O ferramental a ser utilizada consta de vassouras, ps quadradas, enxadas e carros de mo.

H) Lavagem de vias e logradouros61

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

A lavagem de logradouros necessria quando sujeita s atividades que causem odores desagradveis, como as feiras livres, mercados populares, centrais de abastecimento, alm de caladas, ruas do centro comercial, monumentos e locais onde se realizam festas populares. Conforme dimensionado, apresenta-se a seguir o quantitativo dos equipamentos.Tabela 10: Equipamentos e quantitativo Equipamento P - Carregadeira Caminho Pipa Quantitativo 01 01

Para apoiar os servios, ser necessria a utilizao de materiais tipo; Saco plstico 100L, saco tipo Big Bag 200L, desinfetante, tinta mineral e cimento comum. Para atender legislao especfica relacionada com a higiene, sade e segurana do trabalhador, apresenta-se no Quadro abaixo o fardamento e EPIs necessrios. O mais importante logradouro pblico que tem limpeza e coleta diria o Mercado Ver o Peso. Aproximadamente 2 a 3 viagens/dia mais lavagem e desinfeco.

62

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Tabela 11: Fardamento e EPI necessrios Fardamento / EPI Conjunto camisa/cala Conjunto camisa/bermuda Meia Meia grossa Bota de borracha Sapato de couro Bota de couro cano curto Luva de raspa Bon Mscara Capa plstica 01 03 01 dia 12 03 03 06 06 06 Vida til (ms) 03 03

63

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

8.3

SEGREGAO DOS RESDUOS SLIDOS

8.3.1 Grupo A- Segregao dos Resduos de Sade De acordo com a RDC ANVISA 56/08, os Resduos Slidos pertencentes ao Grupo A devem ser segregados dos demais resduos (...). Segundo a ANVISA n. 306/04, a segregao dos resduos deve ser realizada no momento e local de sua gerao, de acordo com suas caractersticas fsicas, qumicas, biolgicas, a sua espcie, estado fsico e classificao. A segregao no momento e local de sua gerao permite reduzir o volume de resduos perigosos e a incidncia de acidentes ocupacionais dentre outros benefcios sade pblica e ao meio ambiente. A NBR 12.809/93 define que todos os funcionrios envolvidos no processo de segregao dos resduos de servios de sade devem ser capacitados para segregar adequadamente os resduos e reconhecer o sistema de identificao. O manuseio dos resduos deve ser executado por funcionrio dotado de equipamento de proteo individual (EPI) adequado. As empresas terceirizadas devem ser responsveis pelo fornecimento de EPI, em perfeito estado de conservao para todos os profissionais envolvidos. Devero ser fornecidos os seguintes EPIs: Proteo para os membros superiores; Proteo para os membros inferiores; Proteo auditiva para circulao no ptio de aeronaves.

64

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

8.3.2 Grupo B Os resduos do Grupo B devem ser segregados, de acordo com suas caractersticas, para fins de reduo de volume dos resduos a serem tratados e dispostos. O manuseio dos resduos do Grupo B deve ser executado por funcionrio dotado de equipamento de proteo individual (EPI) adequado. Para o manuseio dos resduos do Grupo B, devem ser usados os seguintes EPIs: Proteo para os membros superiores; Proteo para os membros inferiores; Proteo facial (mscaras)

As empresas terceirizadas devem ser responsveis pelo fornecimento gratuito de EPI, em perfeito estado de conservao para todos os profissionais envolvidos.

8.3.3 Grupo D A segregao dos resduos do Grupo D deve ser realizada de acordo com suas caractersticas, a fim de facilitar a reciclagem, reutilizao, reduo e disposio final. Salienta-se que a segregao na fonte aumenta o valor agregado dos materiais reaproveitveis, alm de evitar a contaminao dos mesmos. Entretanto, para se implantar um programa de coleta seletiva preciso avaliar, quantitativamente e qualitativamente, o perfil dos resduos slidos gerados, com a finalidade de se estruturar melhor o processo. A segregao dos resduos do Grupo D dever ser realizada pelos trabalhadores.

65

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

8.4

ACONDICIONAMENTO

O acondicionamento consiste no ato de embalar os resduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam s aes de punctura e ruptura. A capacidade os recipientes de acondicionamento deve ser compatvel com a gerao diria dos resduos (RDC n. 306/04). 8.4.1 Grupo A A Resoluo ANVISA RDC n. 306/08, para o acondicionamento de resduos do Grupo A, define que: Todos os resduos deste grupo devero ser acondicionados de forma a no permitir a contaminao cruzada com os demais resduos slidos; Os resduos devero estar permanentemente acondicionados em sacos de cor branco leitosa, impermeveis, de material resistente ruptura e vazamento de resduos contidos no seu interior, respeitados seus limites de peso; Os recipientes de acondicionamento devero ser impermeveis, de material lavvel, dotados de tampas ntegras, resistentes punctura, ruptura e vazamento de resduos contidos no seu interior, respeitando a sua capacidade.

A Resoluo ANVISA RDC n. 56/08, tambm para o acondicionamento de resduos do Grupo A, define que: Os sacos acondicionadores devero ser lacrados ao atingirem 2/3 da capacidade de preenchimento ou pelo menos 1 (uma) vez ao dia; Ao lacrar os sacos acondicionadores, no prprio local de gerao dos resduos, deve-se lentamente expelir o excesso de ar, tomando-se o cuidado de no inalar ou provocar forte fluxo desse ar com conseqente aumento do arraste de elementos potencialmente patognicos;66

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Aps o lacre dos sacos acondicionadores, os mesmos devero ser dispostos em recipientes de acondicionamento resistente a queda e com capacidade compatvel com a gerao diria dos resduos;

Os sacos acondicionadores devero ser substitudos sempre que necessrio, sendo proibido o seu esvaziamento e reaproveitamento e,

Os sacos devem permanecer, durante todas as etapas de gerenciamento, identificados e dentro de recipientes de acondicionamento tampados.

As figuras a seguir, ilustram o modelo dos sacos acondicionadores que devem ser utilizados no acondicionamento dos resduos do Grupo A.

Figura 10: Exemplo de sacos acondicionadores de resduos do Grupo A (NBR 9191/93)

67

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO - SESAN PREFEITURA MUNICIPAL DE BELM PMB PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS - PGRS AUBE 051111 NOVEMBRO/2011

Figura 11: Smbolo de Substncia Infectante Grupo A (NBR 7500/94)

Ainda de acordo com a Resoluo ANVISA RDC n. 56/08, a identificao dos resduos do Grupo A deve estar aposta nos sacos, nos carros coletores, nos recipientes de acondicionamento e no veculo coletor, em local de fcil visualizao, de forma indelvel, utilizando-se smbolos, cores e frases, de substncia infectante, com rtulos de fundo branco, desenhos e contornos pretos conforme as especificaes das normas tcnicas para identificao deste grupo de resduos. 8.4.2 Grupo B Para o acondicionamento de resduos do Grupo B, segundo Resoluo ANVISA RDC n 56/08, devem ser utilizados recipientes de material resistente aos impactos e esforos previstos, adequados para cada tipo de substncia qumica, respeitando as suas caractersticas fsico-qumicas garantindo a conteno total de gases, lquidos e vapores aps seu fechamento definitivo. A capacidade dos recipientes deve ser compatvel com o volume de resduos gerados e os mesmos devem ser dotados de dispositivo que permita o fechamento nos intervalos en