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PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO PDDI - 1994

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PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO

PDDI - 1994

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São José dos CamposPrefeitura Municipal de São José dos Campos

1994

Prefeitura Municipal de São José dos CamposRua José de Alencar, 12312201-970 - São José dos Campos - SPTel: (012) 3947-8000

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EXECUTIVO

PrefeitaAngela Moraes Guadagnin

Vice-PrefeitoEdmundo Carlos de Andrade Carvalho

Secretaria de AdministraçãoSecretário Plínio Alves de Lima

Secretaria de Assuntos JurídicosSecretário João Lúcio Teixeira

Secretaria de Desenvolvimento SocialSecretária Maria Regina de Ávila Moreira

Secretaria de EducaçãoSecretária Maria Helena Rezende Van Veen

Secretaria de EsportesSecretário Michiaru Sogabe

Secretaria da FazendaSecretária Claudia Castello Branco Lima

Secretaria de GovernoSecretário Vitor Luís Lazzaretti Salazar

Secretaria de Obras e Sistema ViárioSecretário Luis Carlos Pontes

Secretaria de Planejamento e Meio AmbienteSecretário Edmundo Carlos de Andrade Carvalho

Secretaria de SaúdeSecretário Paulo Roberto Roitberg

Secretaria de Serviços MunicipaisSecretário José Roberto Fernandes da Silva

Secretaria de TransportesSecretário José Luiz Golçalves

Administrações Distritais

Distrito de Eugenio de MeloAdministradora Dulce Rita Chaves Andrade Dabkiewicz

Distrito de São Francisco XavierAdministrador João Batista Cândido

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Empresas Municipais e Fundações

Fundação Cultural Cassiano RicardoPresidente André Luiz Cardoso Freire

FUNDHAS - Fundação Hélio Augusto de SouzaPresidenta Najla Jamile Santos Machado de Araújo

UNIPAS - Unidade Participativa de Ação SocialPresidenta Ana Lúcia Espírito Santo Friggi

URBAM - Urbanizadora MunicipalPresidente Naoto Shitara

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EQUIPE TÉCNICA

Supervisão Geral: - Edmundo Carlos de Andrade Carvalho

Secretaria de Planejamento e meio Ambiente

Coordenação Geral: - Emmanuel Antonio dos Santos - Sonia Maria Fonseca Bologna

Caracterização Geral do Município de São José dos Campos- Benedito Rodrigues Mathias- Cecília Maria de Sousa Calixto- Maria Lúcia Braga Pereira- Valdemar Domingues da Silva

Desenvolvimento Econômico

Desenvolvimento Econômico Urbano- Adriana Renata Verdi- Carlos Alberto Bello e Silva- Elson Luciano Silva Pires- Fábio Ricci- Fábio Segatto Machiori- José Fábio de Moura- Luis Henrique Suzigan- Valentina Elizete Bariviera

Desenvolvimento Econômico Rural- Amélia Oikawa- Fábio Ricci- Oswaldo Vieira de Paula Jr.

Desenvolvimento Econômico - Abastecimento- Amélia Oikawa- Antonio Carlos de Carvalho- Oswaldo Vieira de Paula Junior- Sebastião Jansen de Faria

Desenvolvimento Econômico Minerário- Oswaldo Vieira de Paula Jr.- Sonia Maria Fonseca Bologna

Ocupação do solo

Ocupação Territorial - Claudio Antonio Januário - Emmanuel Antonio dos Santos - Oswaldo Vieira de Paula Jr. - Raquel Avancini Manhães de Andrade - Sonia Maria Fonseca Bologna

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Ocupação Urbana- Amélia Oikawa- Cecília Maria de Sousa Calixto- Cláudio Antonio Januário- Emmanuel Antonio dos Santos- Gilberto Alves da Cunha- João Roberto Quaggio Barreto- José Fábio de Moura- Maria Auxiliadora Costa Bastos- Maria Lígia Machado Torquato- Oswaldo Vieira de Paula Jr.- Paulo Eduardo de Oliveira Costa- Raquel Avancini Manhães de Andrade- Rossana de Fátima Mazza Masieiro- Sonia Maria Fonseca Bologna

Meio Ambiente- Bernardo de Oliveira Sampaio- Cláudio Antonio de Mauro- Oswaldo Vieira de Paula Jr.- Ricardo Novaes- Sonia Gandra Küster- Sonia Maria Taucci- Vera Elisabeth de Assis- Vergílio César S. da Costa- Yves Hublet

Infraestrutura - Claudio Antonio Januário - Sonia Maria Fonseca Bologna

Circulação e transporte- Adriana Vieira Ayres Martins- Eli Kimura Vazzola- José Jorge da Silva Franco- Patrícia Pereira Veras

Serviços públicos

Manutenção da cidade- José Roberto Fernandes da Silva

Defesa da cidade e da cidadania- Creuza Consolação Nogueira Ferreira- Daniel Teixeira Duarte- Dulce Rita Chaves Andrade Dabkiewicz- Emmanuel Antonio dos Santos- Yves Hublet

Serviços Funerários- Claudio Antonio Januário

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Desenvolvimento Social

Desenvolvimento Social- Ivone Pereira Ignácio- Margarida Maria Maranhão da Silva Pereira- Maria Regina de Ávila Moreira- Maria Teresa dos Santos- Miriam Nakamura- Najla Jamile Santos Machado de Araújo- Odila Fátima de Toledo Derrico

Educação- Antonio Roim Caracuel- Benedita Lídia Silva- Marcia Luzia Camargo- Raquel Avancini Manhães de Andrade- Regina Aparecida Osório Duarte- Vera Lúcia Gualtieri Machado

Saúde- Beatriz de Fátima Pereira- Hilmar Watanabe- Maria Teresa Palha Rocha- Paulo Roberto Roitberg

Cultura- André Luiz Cardoso Freire- Célio Chaves- Elisabeth Brait Alvim Klein

Esportes e Lazer- Flávia da Cunha Bastos- Maria Helena Rezende Van Veen- Maria Zélia da Silva- Osvaldo Terra da Silva- Rosana Infante

Habitação- Cecília Maria de Sousa Calixto- Claudio Antonio Januário- Denise Thirry Penna Firme- Luis Carlos Pontes- Marcos Tamai- Maria Teresa dos Santos- Rosimary Tolentino

Finanças Municipais- Claudia Castello Branco Lima- Márcio Cunha Nascimento- Roberto Paes Leme Garcia

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Aspectos Institucionais e Jurídicos Processo de planejamento e gestão do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado

Patrimônio Imobiliário Municipal- Irene Maria Pereira Marttinen- R`quel Avancini Manhães de Andrade

Desenhistas- Hélio Lemes de Oliveira- Paulo José de Oliveira- Vanderlei Alevato

Digitação- Adauto de Andrade- Luiz Paulo Rezende Van Veen- Martha Manhães Savio- Roberto Carlos de Freitas

Normalização- Vilma Brandt de Barros

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COLABORADORES

Comgás - Companhia de Gás de São Paulo

Corpo de Bombeiros - SJC

Eletropaulo - Eletricidade do Estado de São Paulo

IBGE - Fundação e Inst. Bras. de Geografia e Estatística

INPE - Instituto de Pesquisasa Espaciais

IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas

Polícia Civil - SJC

Polícia Militar - SJC

SABESP - Comp. de Saneamento Básico do Estado de SãoPaulo

SEADE - Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados

TELESP - Telecomunicações do Estado de São Paulo

UNESP - Univ. Est. do Estado de São Paulo - Rio Claro -SP

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MENSAGEM À POPULAÇÃO

A administração democrática e popular reafirmando o seucompromisso de garantir a ampla participação da população emtodas as esferas de decisão como exercício de cidadania, vema público apresentar para discussão por todos os segmentos dasociedade, o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado parao Município de São José dos Campos.

Essa iniciativa, mais que um compromisso formal, sebaseia no entendimento de que a Cidade é o resultado doesforço conjunto de todos os seus habitantes, que a constroema partir de vivências diárias, nas atividades econômicas,produtivas e sociais.

Nesse sentido entendemos que uma Cidade melhor, só seconcretizará na medida em que sejam criadas condições para opleno exercício da cidadania, em um cenário de justiça eequilíbrio sócio ambiental.

O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, oradenominado "Um Plano da Cidade para a Cidadania", apresentapropostas de profundas transformações no modo como produzimosa cidade, procurando com isso atingir os principais objetivosnorteadores de sua elaboração.

Angela GuadagninPrefeita

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PREFÁCIO

O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado para oMunicípio de São José dos Campos foi conduzido sob acoordenção da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente,resultando num trabalho desenvolvido entre todas as equipestécnicas das Secretarias e Fundações da AdministraçãoMunicipal; de diversos órgãos Estaduais; Concessionárias deServiços Públicos Municipais; das sugestões colhidas junto àpopulação participante da primeira audiência públicarealizada em outubro de 1991 e sugestões encaminhadas pelossegmentos organizados da sociedade.

O Plano Diretor iniciou-se a partir do 2º semestre de1988 com o levantamento de dados sócio-econômicos doMunicípio e em 1990 com a elaboração do Censo Escolar ematendimento à Lei Orgânica do Município. Esta etapa dotrabalho serviu para mostrar os principais aspectos físicos eurbanísticos do processo de desenvolvimento do Município. Em1991, a continuidade deste se deu com a assessoria daUniversidade Estadual Paulistra - UNESP/Rio Claro, juntamentecom as equipes técnicas das Secretarias e Fundações daAdministração Municipal, resultando no início de 1993 noprimeiro volume do Plano, denominado "Plano Preliminar". Omesmo contém o diagnóstico da realidade do Município quantoaos aspectos econômico, social, físico territorial eadministração pública, bem como um capítulo de proposições,no qual estão inseridos os objetivos e dirtrizes gerais doPDDI, os programas e projetos nas diversas áreas acimarelacionados.

Em função da mundança de Governo em 1993, o PlanoPreliminar foi encaminhado aos novos Secretários daAdministração e Diretores das Fundações para conhecimento,análise e sugestões.

Em 1994, visando a conclusão do mesmo, foram elaboradasdiversas reuniões setoriais com a participação das equipestécnicas das diversas Secretarias e Fundações já mencionadas;resultando neste segundo volume intitulado "Plano Diretor deSão José dos Campos - Um Plano da Cidade para a Cidadania".Nesta segunda etapa alguns aspectos foram aprofundados, aexemplo da Carta das Unidades Territoriais que indica aCapacitação do solo para todo o território do Município e aproposta de Macrozoneamento. Na realização dessas tarefas,além do atendimento as questões intrínsecas que envolvem oplanejamento do desenvolvimento do município, foram revistosos principais eixos norteadores do processo de planejamento,que cria e recria a cidade, buscando "o espaço onde é bomviver e conviver".

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Apresentaremos a seguir as propostas do PDDI para oMunicípio de São José dos Campos.

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E MEIOAMBIENTE

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NOTA EXPLICATIVA

As modificações efetuadas do primeiro volume intitulado"Plano Preliminar" elaborado em 1991/1992, reformulado em1993/1994 que culminou na proposta do Plano Diretor de SãoJosé dos Campos que a seguir apresentamos foram:

- atualização dos dados diagnosticados;

- sintetização do Capítulo que trata dos diagnósticossetoriais;

- revisão e inclusão de novas diretrizes, Programas eProjetos;

- inclusão do item que trata sobre os aspectosinstitucionais e jurídicos;

- Revisão do Projeto de Lei do Plano Diretor.

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SUMÁRIO

PAG.

1 -Apresentação............................................19

1.1 - Fundamentos da elaboração do PDDI de São Josédos Campos.................................19

2 - Caracterização Geral do Município de São José dos Campos.

2.1 - Localização.......................................

Mapa 01 - Município de São José dos Campos.......

2.2 - Evolução Histórica................................

2.3 , Demografia.........................................

3 - Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado..............

3.1 - Objetivos e Diretrizes Gerais......................

3.2 - Desenvolvimento Econômico..........................

3.2.1 - Diagnóstico do Desenvolvimento EconômicoUrbano.........................................

3.2.2 - Diretrizes e Programas do DesnvolvimentoEconômicoUrbano................................

3.2.3 - Diagnóstico do Desenvolvimento EconômicoRural..

3.2.4 - Diretrizes, Programas e Projetos doDesenvolvimento EconômicoRural.................

3.2.5 - Diagnóstico doAbastecimento..................

3.2.6 - Diretrizes, Programas e Projetos doAbastecimento...................................

3.2.7 - Diagnóstico do Desenvolvimento EconômicoMinerário........................................

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3.2.8 - Diretrizes e Programas do DesenvolvimentoEconômico Minerário.............................

3.3 - Da Ocupação doSolo.................................

3.3.1 - Diagnóstico da OcupaçãoTerritorial............

Mapa 02 - Ocupação doTerritório...............

3.3.2 - Diretrizes da OcupaçãoTerritorial.............

3.3.2.1 - Unidades Territoriais dasCaracterísticas Físico, AntrópicasHomogêneas................

Mapa 03 - Carta de Unidades Territoriaisdas Características Físicos -Antrópicashomogênicas.............................

3.3.2.2 - MacrozoneamentoTerritorial..............

Mapa 04 -Macrozoneamento....................

3.3.3 - Diagnóstico da OcupaçãoUrbana..................

Mapa 05 - Elementos Estruturadores da ÁreaUrbana......................................

Mapa 06 - Uso do Solo Predominate e PopulaçãodaRegião......................................

Mapa 07 - Evolução Urbana até a década de1920....

Mapa 08 - Evolução Urbana até a década de1940....

Mapa 09 - Evolução Urbana de 1950 a1954..........

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Mapa 10 - Lei de Uso do Solo - nº3.721/90.......

Mapa 11 - População porRegião...................

Mapa 12 - Distribuição Espacial do TecidoUrbano......................................

3.3.4 - Diretrizes, Programas e Projetos da OcupaçãoUrbana...........................................

3.3.5 - Diagnóstico do MeioAmbiente...................

Mapa 13 - SistemaHídrico........................

Mapa 14 - Resíduos Sólidos/ErosãoUrbana.........

Mapa 15 - Fontes de Poluição Atmosférica - GraudeRisco..................................

Mapa 16 - CoberturaVegetal......................

3.3.6 - Diretrizes, Programas e Projetos do MeioAmbiente........................................

3.3.7 - Diagnóstico da Infra-EstruturaUrbana...........

Mapa 17 - Água - Configuraçào daProdução.........

Mapa 18 - PoçosArtesianos........................

Mapa 19 -Esgoto..................................

Mapa 20 - BaciasHidrográficas....................

Mapa 21 - DrenagemUrbana........................

Map` 22 - EnergiaElétrica........................

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Mapa 23 - GásCanalizado..........................

Mapa 24 -Telefonia...............................

Mapa 25 -Pavimentação............................

3.3.8 - Diretrizes da Infra-EstruturaUrbana...........

3.3.9 - Diagnóstico da Circulação e doTransporte......

M`pa 26 - Saturação dasVias.....................

3.3.10 - Diretrizes, Programas e Projetos daCirculação e do Transporte.....................

Mapa 27 - MacroestruturaViária...................

3.3.11 - ServiçosPúblicos.............................

3.3.11.1 - Diagnóstico da Manutenção daCidade.....

3.3.11.2 - Diretrizes e Programas para ManutençãodaCidade...................................

3.3.11.3 - Diagnóstico da Defesa da Cidade eCidadania...................................

Mapa 28 - Áreas deRisco....................

3.3.11.4 - Diretrizes da Defesa da Cidade eCidadania...................................

3.3.11.5 -Diagnóstico dos ServiçosFunerários.....

3.3.11.6 - Diretrizes, Programas e Projetos dosServiçosFunerários.........................

3.4 - DesenvolvimentoSocial..............................

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3.4.1 - Diagnóstico, Diretrizes, Programas e Projetosdo Desenvolvimento Social.....................

3.4.1.1 - Diagnóstico Desenvolvimento Social /Secretaria de DesenvolvimentoSocial........

3.4.1.2 - Diretrizes, Programas e Projetos doDesenvolvimento Social / Secretaria deDesenvolvimento Social.....................

3.4.1.3 - Diagnóstico Desenvolvimento Social /FUNDHAS....................................

3.4.1.4 - Diretrizes, Programas e Projetos doDesenvolvimento Social / FUNDHAS..........

3.4.2 - Diagnóstico da Educação......................

3.4.3 - Diretrizes, Programas e Projetos daEducação..

3.4.4 - Diagnóstico daSaúde..........................

3.4.5 - Diretrizes, Programas e Projetos da Saúde....

3.4.6 - Diagnóstico da Cultura.......................

3.4.7 - Diretrizes, Programas e Projetos da Cultura..

3.4.8 - Diagnóstico do Esporte e do Lazer............

3.4.9 - Diretrizes, Programas e Projetos do Esporte e do Lazer....................................

3.4.10 - Diagnóstico daHabitação.....................

3.4.11 - Diretrizes, Programas e Projetos daHabitação.

3.5 - FinançasMunicipais.................................

3.5.1 - Diagnóstico das Finanças PúblicasMunicipais..

3.5.2 - Diretrizes das Finanças PúblicasMunicipais...

3.6 - Aspectos Institucionais eJurídicos.................

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Glossário....................................................

Siglas.......................................................

Bibliografia.................................................

ANEXO

Projeto de Lei

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1 - APRESENTAÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo apresentar aproposta do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado para oMunicípio de São José dos Campos.

1.1 - FUNDAMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE

DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS

CAMPOS

A Lei Orgânica do Município de São José dos Campos,promulgada em 5 de abril de 1990, em seu Titulo I - CapítuloIII dispõe sobre a participação popular determinando que oPlano Diretor de Desenvolvimento Integrado, contemple arealização de audiência pública. Desta forma, o "PlanoDiretor" que ora o Executivo Municipal apresenta, não foi umaatribuição exclusiva de um setor técnico de planejamento, massim, produto de uma atuação conjunta de diversos setores dogoverno e sobretudo da interlocução com as diversasassociações representativas do Município. Os agentes queutilizam e produzem o espaço urbano e rural foram tambémparte integrante e essencial do seu processo de elaboração.Participação esta que deverá ainda estar em processo até suapromulgação como lei pela Câmara Municipal.

O presente documento contém um diagnóstico, no qualembasaram-se os objetivos gerais, diretrizes gerais,diretrizes específicas, bem como programas e projetos quedeverão propiciar uma visão da direção do desenvolvimento doMunicípio. Neste sentido o Plano Diretor é um instrumentoorientador do processo de planejamento/construção da cidade,sendo o instrumento do governo municipal que possibilitadetectar os problemas existentes nos meios urbano e rural,suas causas e efeitos; propor um modelo de desenvolvimentoconsiderando suas reais possibilidades de execução, e definiras estratégias e os instrumentos para sua solução.

Com esta finalidade, dada a extrema mobilidade de nossapopulação e a dinâmica econômica das diferentes regiões dopaís, o Plano Diretor teve o horizonte temporal fixado em 10anos, para o qual foram elaborados os programas, projetosdecorrentes de suas diretrizes.

O Plano Diretor do Desenvolvimento Integrado doMunicípio de São José dos Campos caracteriza-se por:

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- abordar o Município sob dois enfoques: o regional e olocal, em termos de sua estrutura interna;

- diagnosticar a situação de todos os setores nos meiosurbano e rural e estabelecer as inter-relações setoriais;

- resgatar as aspirações das comunidades locais;

- determinar os objetivos e diretrizes para o desenvolvimentodo município;

- determinar as linhas de ação, os instrumentos legais,administrativos, financeiros e técnicos que deverão nortear oprocesso de planejamento, objetivando promover odesenvolvimento com crescimento qualificado e equilibrado detodas as atividades no município; com o reconhecimento dapresença concomitante de contradições e interessesdivergentes.

Em relação ao seu conteúdo o Plano Diretor procuroucumprir as determinações da Lei Orgânica Municipal, expressasnos artigos 113 e 114:

"Artigo 113 - Na elaboração do Plano Diretor deDesenvolvimento Integrado observar-se-ão as seguintes normas:

I - quanto ao aspecto físico, conterá disposições sobre:

a) sistema viário urbano e rural;

b) zoneamento urbano, loteamento urbano ou para finsurbanos e expansão urbana;

c) edificações e serviços públicos locais;

d) estabelecer normas de delimitação dos bairros;

II - quanto ao aspecto econômico, conterá disposições sobre:

a) desenvolvimento econômico;

b) integração da economia municipal à regional;

III - quanto ao aspecto social, conterá disposições sobre:

a) promoção social da comunidade;

b) criação de condições de bem-estar da população;

IV - quanto ao aspecto administrativo, conterá disposiçõessobre preservação, conservação, defesa, recuperação emelhoria do meio ambiente natural, artificial e do trabalho,atendidas as peculiaridades regionais e locais.

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Artigo 114 - Para atingir os seus objetivos, o PlanoDiretor de Desenvolvimento Integrado conterá as seguintesmetas:

I - socialização e valorização da vida autônoma dos bairroscom o desenvolvimento de uma estrutura de equipamentos eserviços que viabilizem o seu desempenho;

II - fortalecimento da pequena e média empresa de capitallocal e do setor de serviços, de modo a construir um mercadode trabalho alternativo ao da empresa de grande porte;

III - desenvolvimento rural em todos os sentidos e interaçãourbano-rural, objetivando recíprocos benefícios;

IV - desenvolvimento do setor turístico, aproveitando aspeculiaridades da paisagem natural;

V - criação de mecanismos de descentralização e autogestãoque possibilitem a implantação de canais naturais dereivindicação dos interesses e necessidades da população noexercício dos seus direitos de cidadania;

VI - estabelecimento de diretrizes para elaboração de planossetoriais para as áreas de atuação da AdministraçãoMunicipal, definição de programas, projetos e atividades, quepoderão ser desenvolvidos em cada área de governo e avaliaçãodos planos setoriais já existentes".

Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente

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2 - CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO

2.1 - LOCALIZAÇÃO

O território do Município de São José dos Campos abrangeuma área de 1.118 km2, formado por 2 sub-distritos e 2distritos: 1º sub-distrito - sede, 2º sub-distrito - Santanado Paraíba e os distritos São Francisco Xavier (ao norte) eEtgênio de Melo (a leste) sendo que cerca de 70% desta áreaestá localizada ao Norte da Rodovia Dutra, constituída pormontanhas, serras e picos. Quanto à parte Sul, com cerca de30% do território, parte apresenta o relevo brando e suave,formado por um imenso planalto, composto de uma série deplatôs entrecortados de pequenos vales, onde se concentratoda a população urbana do Município, em 120 km2 (vide Mapa01 - Município de São José dos Campos).

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A existência de acidentes naturais e artificiais,influem de forma decisiva nas possibilidades da expansão daCidade. O rio Paraíba do Sul e sua várzea plana e turfosa; aoNorte, a topografia montanhosa, limitam a expansão do sítiourbano atual; no sentido norte-sul, os afluentes do rioParaíba: rio Comprido, córrego Serimbura, ribeirão Vidoca,ribeirão dos Putins, rio Alambari, ribeirão Pararangaba eribeirão Nossa Senhora da Ajuda. A área ocupada pelo CentroTécnico Aeroespacial, ao sul da rodovia Dutra, ocupando umaárea de 1200 hectares e a área ocupada pela RefinariaHenrique Lajes - REVAP, são também elementos condicionantesdo crescimento da cidade.

São José dos Campos está situada a leste do estado deSão Paulo, no Médio Vale do Paraíba configurando-se como omais importante dos trinta e cinco municípios que compõem aBacia do Paraíba do Sul. Sofreu expressiva taxa decrescimento demográfico a partir dos anos 50, resultado daimplantação de um parque industrial diversificado, em funçãode sua especial localização entre as duas principais regiõesmetropolitanas do País, considerados os dois maiores centrosprodutores e consumidores - São Paulo e Rio de Janeiro -distando 84Km e 321Km destes centros respectivamente.

O Município é cortado no sentido leste-oeste, pelarodovia federal BR-116 (Presidente Dutra); no sentido norte-sul, pela rodovia estadual SP-50, que liga São José dosCampos aos Municípios do Sul de Minas e Campos do Jordão e,pela rodovia estadual SP-99 (Rodovia dos Tamoios), que liga omunicípio ao litoral norte do Estado. Está, assim, omunicípio ligado aos dois principais polos turísticos doEstado.

Atualmente, encontra-se em fase de construção, a RodoviaCarvalho Pinto, paralela à Rodovia Presidente Dutra, queinterligará a Região Metropolitana de São Paulo ao Vale doParaíba, fazendo, também, conexão com a Rodovia dos Tamoios.Além destas rodovias, o Município é cortado, no sentidoleste-oeste, pela Estrada de Ferro Central do Brasil (RFFSA),que liga o Estado do Rio de Janeiro ao Estado de São Paulo.

O Município de São José dos Campos configura-se como umpolo econômico com ascendência sobre todos os demais núcleosurbanos paulistas do Vale do Paraíba do Sul. Abrange em suaárea de influência mais próxima (commuter zone) as cidades deJacareí, Caçapava, Pindamonhangaba e Taubaté. Cerca de 25%da mão-de-obra empregada nas indústrias joseenses, têmresidências em cidades vizinhas, evidenciando-se um processode metropolização desses núcleos, segundo esta variável.

Nas últimas décadas, o Município vem apresentandoexpressiva taxa de crescimento demográfico em função devantagens locacionais, resultado da implantação de um parqueindustrial com participação significativa na produção

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estadual, principalmente no tocante às exportações e ao usode tecnologia avançada.

A sua posição estratégica, em relação às duas maioresregiões metropolitanas do País, a proximidade do Porto de SãoSebastião*, que apresenta grandes potencialidades para amovimentação de cargas especializadas, a desconcentraçãoindustrial, principalmente de São Paulo, a implantação doCentro Técnico Aeroespacial-CTA e do Instituto Nacional dePesquisas Espaciais - INPE, são alguns dos fatores queexplicam a existência no Município, de um Parque Industrialmoderno, que em 1988, contava com 596 estabelecimentosindustriais (muitos deles de grande porte) empregando 64.429pessoas.

Este desenvolvimento tem se refletido nas atividades decomércio e de prestação de serviços. A exemplo, a cidadeconta com alguns equipamentos do setor terciário (comérciovarejista em grande escala), próprios de metrópoles,destacando-se, assim, dos demais núcleos urbanos da região esubstituindo São Paulo nesta função, tais como o UEMURA, oMAKRO, o CARREFOUR, e um "shopping center" com uma grandequantidade de lojas âncoras de abrangência nacional. Nasdécadas de 60 e 70, as taxas anuais de crescimento do pessoalocupado no "comércio" foi de 12,75% e 10,46%, enquanto na"prestação de serviços" foi de 12,46% e 15,23%respectivamente. (Dados do Censo Comercial e de Serviços doEstado de São Paulo.) Todos estes fatores permitiram aoMunicípio, uma economia sólida e um desenvolvimento aceleradonos mais variados setores.

A diversificação do parque industrial é caracterizadapor atividades que vão desde a produção da cerâmica domésticae artística, passando pela fabricação de cobertores e fiossintéticos, equipamentos eletro-eletrônicos (especialmentetelecomunicações), material fotográfico, produtos químicos eprodutos farmacêuticos, calçados, máquinas fabris,combustível, carros bélicos, aviões, foguetes espaciais esatélites. Portanto, a cidade e sua população estãofortemente arraigadas, econômica e culturalmente, aodesenvolvimento industrial

O parque industrial de São José dos Campos caracteriza-se também pelas indústrias voltadas à exportação. No ano de1991, o município possuia 21 indústrias abaixo relacionadasvoltadas à exportação, para a América Latina, para a Ásia,para a Europa, para a América do Norte, para a África e paraa Oceânia:

01 - Orion02 - Kodak03 - Johnson & Johnson S.A.

* Vide "Estudo sobre a Viabilidade de Exploração do Porto de São Sebastião".

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04 - EMBRAER - Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.05 - Eaton Corporation do Brasil06 - Rhodia S.A.08 - Petrobrás09 - Fiação e Tecelagem Kanebo10 - Mannesmann11 - Ferdimat12 - Torin13 - Elevadores Kone14 - Amplimatic Telecomunicações15 - Neles Válvulas16 - Phillips do Brasil17 - Ericson do Brasil18 - Indústrias Hitachi19 - National Componentes Eletrônicos20 - National do Brasil (Panasonic)21 - McQuay

Em 1993 contava com 736 indústrias, e uma populaçãoestimada de 447.926 habitantes, ocupando o quinto lugar emarrecadação de ICMS e o oitavo em consumo de energia elétricaem relação aos 625 município do Estado de São Paulo.

Sediando estabelecimentos de grande porte, unidadesindustriais tecnológicas de produção intensiva e novosnúcleos integrados de pesquisa científica e industrial,gerando, permanentemente, novos empregos e exigindo oaperfeiçoamento de mão-de-obra-especializada.

O Município conta, assim, com várias instituições deensino e pesquisa, formadora de mão-de-obra altamenteespecializada, tais como o ITA - Instituto Tecnológico daAeronáutica e o INPE - Instituto de Pesquisa Espaciais, queministram cursos de graduação e pós-graduação, instituiçõesestas que colocam a cidade no cenário nacional e mesmo nomundial. Conta, assim, com cinco estabelecimentos de ensinosuperior, dois federais, um estadual e dois particulares.Nesses estabelecimentos, além de dois cursos de Engenharia,são mantidos cursos de Direito, Economia, Filosofia,Arquitetura, Odontologia e Serviço Social. Com essesequipamentos São José dos Campos configura-se um importantecentro universitário da região, com grande possibilidade deampliação, na oferta de cursos em nível superior para atenderparte da demanda que é cumprida por São Paulo, principalmenteno campo da pós-graduação.

No segundo grau, São José dos Campos conta com 30estabelecimentos públicos e onze estabelecimentosparticulares, dos quais merece destaque a Escola TécnicaProf. Everardo Passos (ETEP), que ministra ensino técnicoindustrial em mecânica, eletrônica e informática. São Josédos Campos conta, ainda, com a Escola SENAI "Santos Dumont",que ministra cursos de aprendizagem industrial,especialização e qualificação profissional em cerca de trinta

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especialidades, oferecendo cursos dentro das própriasempresas.

Hoje, devido a concentração industrial em seuterritório, São José dos Campos pode ser considerado, àprimeira aproximação, um município "rico" no contextonacional. Mas esta consideração é apenas uma face darealidade. De fato, hoje, São José dos Campos apresenta-secomo uma cidade deficitária de infra-estrutura física esocial, necessária para atender sua população, e sem osrecursos suficientes para sanar esta situação a curto prazo.As riquezas geradas em seu território, não canalizaram para oMunicípio os recursos compatíveis com suas reaisnecessidades.

As crescentes desigualdade na distribuição de todos osgêneros de infra-estrutura acabam por comprometer umaqualidade da vida comunitária e urbana compatível com o seudesenvolvimento econômico.

O modelo de desenvolvimento centrado na grande indústriade capital monopolista precisa ser repensado, redirecionado ecomplementado, priorizando-se a geração de empregos, umamelhor distribuição de renda, a diversificação da baseeconômica e a fixação de excedentes no território. Cabe aopoder público municipal envidar esforços na captação deinvestimentos para consecução destas diretrizes.

2.2 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MUNICÍPIO E DA CIDADE DE SÃO JOSÉDOS CAMPOS

Embora existindo dificuldade na busca e na obtenção dedocumentos que revelem com certa precisão a data da fundaçãode São José dos Campos, supõe-se que ela seja contemporâneada Capitania de São Vicente. Em 1611, foi criada a lei queregulamentava os aldeamentos indígenas nos pontos que melhorconviessem aos interesses do Reino e entre os antigosaldeamentos que vieram merecer a atenção dos jesuítas,figurava, para as bandas do leste, o de São José dos Campos,localizado no Bairro do Rio Comprido, a dez quilômetros dacidade atual.

De 1643 a 1660, os jesuítas obtiveram diversas léguas deterra concedidas por João Mafra Cavalheiro, fidalgo de SuaMajestade. As terras situavam-se em magnífica planície, ondese encontra a cidade, denominada naquela época "Vila Nova SãoJosé". Após longos anos de um lento progresso, foi descobertauma taba no lugar conhecido por "Lavras", de lá trouxeramamostras de ouro puríssimo, vindo despertar a atenção dosjesuítas que foram explorar as minas ali localizadas. Pertodesse lugar (Lavras) existia um pequeno povoado chamado"Tanque dos Índios", atual Fazenda "Montes Claros". Com aexpulsão dos jesuítas em 1769, alguns brancos agregaram-se

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aos índios sob a direção de José Araújo, Capitão-Mor deJacareí, dando um grande impulso à povoação. Em 27 de julhode 1767, por ordem do Governador Geral, Dom Luiz de SouzaBotelho Mourão e pelo Ouvidor e Corregedor Salvador PereiraSilva, foi criada a Vila de São José do Paraíba sem ter sidoantes freguesia.

A povoação teve várias denominações: a) Vila Nova de SãoJosé; b) Vila de São José do Sul; e c) Vila de São José doParaíba, tendo, esta última, os foros de cidade. Em atenção àtopografia do seu sítio, pela lei provincial nº 47, de 2 deabril de 1871, passou-se a chamar SÃO JOSÉ DOS CAMPOS.

Em sua evolução o Município passou por quatro distintasfases, a saber:

- o ciclo do algodão;

- o ciclo do café;

- a fase sanatorial (estância hidromineral);

- a fase industrial.

O Ciclo do Algodão: São José do Paraíba foi o municípiomais destacado na cultura do algodão da região ocidental doVale que visava, principalmente, o abastecimento dasindústrias inglesas de tecidos.

O algodão teve um rápido desenvolvimento na região,atingindo seu apogeu no biênio 1867-1869, como a maiorprodução da província, quando chegou até a concorrer com aprodução cafeeira, declinando, no entanto, sensivelmente atéo final do século.

Em 1872 é criada a Comarca de São José dos Campos esegundo o Censo do mesmo ano é registrado uma população de12.988 habitantes, incluindo 1.245 escravos.

Grande alento foi dado ao progresso da cidade com achegada, em 1876, da Estrada de Ferro Central do Brasil,cortando o centro urbano.

O Ciclo do Café: Essa cultura no Vale do Paraíba começoua ter alguma expressão a partir de 1830, já com aparticipação de São José do Paraíba na produção regional. Em1854, verificou-se incremento da produção, passando a ser umadas maiores da região, conseguindo destaque nacional.

No ano de 1886, a produção cafeeira no município de SãoJosé teve seu auge, mesmo num momento em que já acontecia adecadência dessa cultura na região, conseguindo ainda algumdestaque até por volta de 1930.

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No censo de 1920, o rebanho bovino alcançava 10.966cabeças, indo atingir no Censo de 1940 o total de 28.549,época em que o ciclo da pecuária se sobrepõe às culturas docafé e algodão.

A Fase Sanatorial: A procura do município de São Josédos Campos para tratamento de tuberculosos, teria se tornadoperceptível no início deste século, devido às condiçõesclimáticas supostamente favoráveis. No entanto, somente em1935, quando o município foi transformado em EstânciaHidromineral, é que São José dos Campos passou a receberbenefícios que puderam ser aplicados na área sanatorial. Édesta fase, a implantação de grandes sanatórios, na parteoeste do núcleo central, e o surgimento de vários hotéis epensões. Essa fase ainda persistiu até fins da década de 50,quando definitivamente começa o processo de industrializaçãoque passaria a comandar o desenvolvimento da cidade e domunicípio.

A Fase Industrial: O processo de industrialização, nomunicípio, tem início a partir da década de 1920, quando háocorrência de um conjunto de fatores favoráveis à implantaçãode indústrias. Além da situação geográfica favorável e outrosfatores de ordem geral, refletiu também a atuação de fatoresespecíficos locais, como a concessão de incentivos fiscais ea oferta de terrenos para a instalação de indústrias, pelaPrefeitura Municipal. E, assim, vantagens comparativas seacumularam, intensificando o processo de industrialização e,conseqüentemente, expandindo o núcleo original da cidade, queaté então existia em função de suas relações com a economiaagrária.

Temos até a década de 1950, um maior desenvolvimentourbano nas regiões periféricas do núcleo original e na partenorte da cidade, onde se instalaram as primeiras grandesindústrias (Tecelagem Parahyba e Rhodia). Nas décadasseguintes, o município passa aceleradamente por mudanças emseu sistema urbano, relacionadas com diversas etapas de seudesenvolvimento sócio-econômico.

Um dos marcos do progresso do município foi a instalaçãodo Centro Técnico da Aeronáutica - CTA, em 1950, inspirado nomodelo americano do MIT (Instituto de Tecnologia deMassachussets), projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. A 19de janeiro de 1951, acelerava-se o desenvolvimentoindustrial, com a inauguração da Rodovia Presidente Dutra. Apartir daí, o município começou a caminhar para a basecientífica-tecnológica que é hoje.

Em seguida, com a consolidação do chamado "complexotecnológico industrial aeroespacial", há incremento nocrescimento populacional, intensificando a urbanização domunicípio, que passa a ter um caráter disperso, atravessandoa Via Dutra, tomando espaços rurais.

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Em 1980, o quadro urbano do município sofre uma grandetransformação, devido a intensidade da industrializaçãoocorrida nas décadas de 1960/1970, ocasionada por fatoresdiversos e principalmente pela instalação da RefinariaHenrique Lajes-REVAP, bem como pela implantação de indústriasde grande porte, ocupando grande áreas de expansão urbana.Deste modo, o processo de urbanização de São José dos Camposdá-se em patamares descontínuos, ocasionados por fatoresexógenos independentemente do planejamento a nível municipal.

A presente estrutura urbana de São José dos Campos, comoresultado deste processo, que extrapola o controle do poderpúblico local, apresenta graves problemas que são enfocadosno diagnóstico da Estrutura Urbana (item 34). Em função dosesforços do Poder Público Municipal, em corrigir estasdistorções através do processo de planejamento permanente,São José dos Campos tem consolidada uma cultura deplanejamento através de intervenções diretas e disposiçõesnormativas, tanto no que diz respeito a questões urbanas comoambiental, conforme pode-se observar no diagnóstico daocupação urbana (item .....).

Dada a importância da renda gerada pela sua base econômicaindustrial, São José dos Campos dispõe de um setorterciário significativo na região, impulsionando oprocesso de metropolização, fato este que também seconsubstancia no processo de conurbação dos aglomeradosurbanos ao longo da Via Dutra.

2.3 - DEMOGRAFIA

a) Dinâmica Populacional

No sentido de diagnosticar a situação populacional e oritmo de crescimento que o município, ocupa em relação aoVale do Paraíba e o Estado de São Paulo a partir de 1940,foram utilizados os dados censitários do IBGE.

Constata-se, de início, que o município desde 1940 vemdemonstrando um crescimento populacional bastante acentuadoem relação ao Vale do Paraíba e ao Estado. Um dos fatoresdeterminantes que contribuíram decisivamente para a mudançado perfil demográfico do município foi o grande fluxomigratório que ocorreu a partir dos anos 50, decorrente daindustrialização.

A população de São José dos Campos em 1940 e 1950,representava 9,2% e 9,3% em relação ao Vale do Paraíba e 0,5%e 0,4% em relação ao Estado, respectivamente.

Por outro lado, a medida que o desenvolvimentocientífico-tecnológico configurava-se no município, notamos

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que nas décadas de 60 e 70 a população correspondia a 12,8% e18% em relação ao Vale do Paraíba e 0,5% e 0,8% em relação aoEstado de São Paulo respectivamente.

Conforme demonstramos na tabela (2.3 a), o quadro departicipação populacional manteve-se, crescente. Dentro destecontexto, nota-se que a dinâmica populacional em nível destasvariáveis agregadas, evidencia o papel polarizador domunicípio nas últimas 4 décadas.

┌──────────────────────────────────────────────────────────┐│ QUADRO 2.3a ││ EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO E DA SUA PARTICIPAÇÃO RELATIVA NO ││ VALE DO PARAÍBA E NO ESTADO DE SÃO PAULO ││ MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS ││ 1940 - 1991 │├──────────────────────────────────────────────────────────┤│ ANO POPULAÇÃO ABSOLUTA POPULAÇÃO RELATIVA ││ S.J. Campos V. Paraíba São Paulo ││ (%) (%) │├──────────────────────────────────────────────────────────┤│ 1940 36.279 9,2 0,5 ││ 1950 44.804 9,3 0,4 ││ 1960 76.994 12,8 0,5 ││ 1970 148.500 18,0 0,8 ││ 1980 287.513 24,1 1,1 ││ 1991 441.984 29,4 1,4 │└──────────────────────────────────────────────────────────┘ FONTE: FIBGE; Censos Demográficos de 1940 a 1991

Portanto, nota-se que a dinâmica populacional, ao níveldest`s variáveis agregadas, evidencia o papel polarizador domunicípio de São José dos Campos, nas últimas quatro décadas(vide Gráfico Evolução da População e a Participação Relativano Vale do Paraíba e Estado de São Paulo).

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EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO E A PARTICIPAÇÃO RELATIVA NOVALE DO PARAÍBA E ESTADO DE SÃO PAULO

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 1940 - 1991

Fonte: Censo Demográfico

b) População Urbano e Rural 1940 - 1991

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O município até 1940, contava com 36.279 habitantes,sendo que 60% correspondia a população rural.

A partir de 1950, na medida em que toma impulso oprocesso de industrialização, o quadro demográfico começa areverter-se, registrando uma taxa de urbanização predominanteem relação a rural (Quadro 2.3 b).

┌──────────────────────────────────────────────────────────┐│ QUADRO 2.3b ││ EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO ││ SÃO JOSÉ DOS CAMPOS ││ 1940-1991 │├──────────────────────────────────────────────────────────┤│ PERÍODO TOTAL URBANO RURAL T.URBANIZAÇÃO %│├──────────────────────────────────────────────────────────┤│ 1940 36.279 14.474 21.805 40,0 ││ 1950 44.804 26.600 18.204 59,0 ││ 1960 77.533 56.882 20.651 73,0 ││ 1970 148.332 132.482 15.850 89,0 ││ 1980 287.513 276.901 10.612 96,0 ││ 1991 441.984 425.132 16.852 96,2 │└──────────────────────────────────────────────────────────┘ FONTE: FIBGE; Censos Demográficos de 1940 a 1991

c) Incremento CensitárioPodemos observar a partir do quadro (2.3 c) a participaçãodos fluxos migratórios, de modo mais intenso a partir de 1950no incremento censitário.

┌──────────────────────────────────────────────────────────┐│ QUADRO 2.3 c ││ INCREMENTO CENSITÁRIO ││ SÃO JOSÉ DOS CAMPOS ││ 1950-1980 │├──────────────────────────────────────────────────────────┤│ ANO TOTAL VEGETATIVO MIGRATÓRIO ││ HAB. % HAB. % │├──────────────────────────────────────────────────────────┤│ 1950 2.493 608 24,4 1.885 75,6 ││ 1960 5.218 2.637 45,4 2.851 54,6 ││ 1970 10.130 3.931 38,8 6.199 61,2 ││ 1980 19.598 7.796 39,8 11.802 60,2 │└──────────────────────────────────────────────────────────┘ FONTE: IBGE - Censos Demográficos 1950-1980

(vide gráfico Incremento Censitário Período 1950-1980)

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INCREMENTO CENSITÁRIOPERÍODO 1950 - 1980 (%)

Fonte: IBGE - Censos Demográficos 1950 - 1980

d) Incremento IntercensitárioVerifica-se que nas décadas de 40-50 que a taxa decrescimento foi de 2,1% a.a., enquanto que na década seguintefoi de 5,6% a.a. Esta tendência de crescimento populacionalcada vez mais intenso permanece nas duas décadas seguintesapresentando um patamar próximo a 6,7% a.a. e 6,8% a.a.respectivamente.No entanto, como podemos verificar no quadro (2.3 d) apesarde ainda significativa, a taxa de crescimento foi menor noperíodo 1980-91. O que pode ser em parte explicado peloperíodo recessivo da época, e em parte pela maiorparticipação de outras regiões e cidades no crescimento doEstado.

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┌──────────────────────────────────────────────────────────┐│ QUADRO 2.3d ││ INCREMENTO INTERCENSITÁRIO ││ SÃO JOSÉ DOS CAMPOS ││ 1940 - 1980 (%) │├──────────────────────────────────────────────────────────┤│ PERÍODOS - 40-50 50-60 60-70 70-80 80-91 │├──────────────────────────────────────────────────────────┤│ DECENAL 23,50 71,90 92,70 93,50 42,00 ││ ANUAL 2,10 5,60 6,70 6,80 4,00 │└──────────────────────────────────────────────────────────┘ FONTE: IBGE - Censos Demográficos - 1940-1991

(vide gráfico Incremento Intercensitário)

INCREMENTO INTERCENSITÁRIOPERÍODO 1940 A 1990 (ANUAL)

Projeção da População de São José dos Campos:

No período de 60 a 80, o comportamento demográfico domunicípio manteve elevadas taxas de crescimento decorrente daintensa migração, em parte motivada pela busca de melhores

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oportunidades de emprego; em 1991 verificou-se que para operíodo 80/91 houve uma taxa de 3,98%a.a, demonstrando umdesaceleramento considerável.

Tomando-se como base os dados do último CensoDemográfico com relação a taxa média de crescimentogeométrico de incremento anual de 3,986554, a projeçãopopulacional dos próximos 10(dez) anos para o município éestimada como segue abaixo:

1992 - 459.604 hab.1993 - 477.9261994 - 496.9791995 - 516.7911996 - 537.3941997 - 558.8171998 - 581.0951999 - 604.2602000 - 628.3492001 - 653.3992002 - 679.447

FONTE: Divisão de Pesquisa e Teoria (PMSJC)

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3 - PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO - PDDI

O PDDI constitui o instrumento básico do processo deplanejamento municipal para a realização do desenvolvimentode todo territótio do município nos seus aspectos físico-territorial, econômico, social e institucional(administrativo). É Plano, porque estabelece objetivos aserem atingidos, é Diretor porque fixa as diretrizes dodesenvolvimento físico - econômico - social do Município. Éde desenvolvimento, porque realizar o desenvolvimento dacomunidade local é seu objetivo fundamental. É integrado,porque deve integrar o desenvolvimento do município no daregião, no estadual e no nacional.

3.1. OBJETIVOS E DIRETRIZES GERAIS

Os conceitos estruturais do plano estão embasados emseis pilares conceituais que sustentam toda a proposta doplano:

- Promover o incremento, a fixação, a otimização e autilização dos excedentes econômicos públicos eprivados no interesse da coletividade e da contínuaexpansão sócio-econômica do município.

- Promover o aprendizado social na gestão e na construção davida social e econômica, assegurando aos moradores domunicípio o controle sobre a gerência dos espaçosurbanos e rurais e a justa repartição dos custos ebenefícios do processo de urbanização.

- Estimular e desenvolver políticas que promovam o acesso domunícipe ao mercado de trabalho.

- Garantir a proteção, a preservação e a recuperação do meioambiente natural e edificado, bem como do patrimôniocultural, histórico, artístico, paisagístico earquitetônico.

- Administrar e desenvolver com eficiência, eficácia ejustiça social, o território do município, bem como asrelações entre os agentes privados e os diversos níveisgovernamentais, considerando as diferentes escalasterritoriais.

- Organizar a administração pública de forma a garantir umprocesso de planejamento permanente, que atenda àspeculiaridades locais e regionais, aos princípiostécnicos convenientes ao desenvolvimento da comunidadee aos objetivos e diretrizes estabelecidos no planodiretor de desenvolvimento integrado.(lei orgânica domunicípio)

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DIRETRIZES GERAIS

01 - Respeito ao pluralismo de idéias, à liberdade deaprender, ensinar e divulgar o pensamento, a arte e osaber.

02 - Reconhecimento do município como parte de sistemassócio-econômicos e geopolíticos maiores, na busca dassoluções regionais e intermunicipais para os problemasque assim exijam.

03 - Gestão democrática e incentivo à participação popular edos agentes econômicos privados na formulação,implementação e avaliação das políticas públicas.

04 - Diversificação da economia considerando as diferentesescalas territoriais. promoção da organizaçãoterritorial no sentido de criar economias deaglomeração tanto o ponto de vista do consumidor comodo produtor.

05 - "Desmonopolização" do saber com ampla divulgação deinformações por parte dos órgãos de administraçãomunicipal (acesso ao saber acumulado).

06 - Reconhecimento do papel do poder público municipal noprovimento dos bens e serviços essenciais à vida digna,consignados como direitos de todos e adequados àscaracterísticas sócio-econômicas da população.

07 - Abordagem multiprofissional/interdisciplinar daspolíticas públicas, com integração entre os órgãos deadministração municipal e as outras instituiçõespúblicas.

08 - Acesso a um lugar social digno, tanto do ponto de vistada moradia como do trabalho, que assegure uma vidafísica e mental sadia.

09 - Atenuação dos ciclos recessivos da economia através doincremento da receita e da adequação dos gastospúblicos aos objetivos do desenvolvimento socialgarantindo o acesso aos diferentes segmentos sociais.

10 - Cumprimento da função social da propriedade,prevalecendo sobre o exercício do direito depropriedade individual ou coletivo.

11 , Proteção, preservação e recuperação da natureza e domeio ambiente construído, evitando-se adiamentos decustos ambientais.

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12 - Integração e complementaridade entre o meio urbano erural.

13 - Geração de emprego através da fixação de excedenteslocais no município e da priorização de técnicas queutilizem intensivamente a mão-de-obra local na expansãodas atividades econômicas.

14 - Recuperação dos recursos produtivos ociosos nomunicípio, inclusive revertendo os investimentos dosetor especulativo improdutivo para o setor produtivo.

15 - Descentralização político-administrativa, inclusive doplanejamento e da gestão financeira, tanto setorialcomo espacial

16 - Reestruturação administrativa e instrumentalização dopoder público local, visando a eficácia social e aeficiência econômica.

17 - Estruturação da unidade de vizinhança (bairros) comocélula da organização física, social e econômica deforma a facilitar a vida e a participação da comunidadena administração municipal.

18 - Reconhecimento do processo de planejamento como partedo desenvolvimento urbano, tomando como objeto detrabalho a cidade real, com sua história e condiçõesambientais concretas.

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3.2 - DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

3.2.1. - DIAGNÓSTICO DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO URBANO

A) DINÂMICA DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA INDÚSTRIA EURBANIZAÇÃO INTERIORIZADA NO ESTADO DE SÃO PAULO.

A partir da década de 60, redefinem-se as funções dametrópole paulistana na dinâmica da acumulação em nívelnacional.

Com o fortalecimento e concentração do sistema dedecisão em poucos pontos do território nacional, a regiãometropolitana de São Paulo firmou-se como o centro líder doconjunto metropolitano brasileiro, ampliando e sofisticandoas características do seu setor de serviços urbanos eadquirindo progressivamente as dimensões de metrópole deâmbito internacional, concomitantemente a uma maior"descentralização" de suas unidades produtivas para ointerior do estado de São Paulo.

O processo de "descentralização" passa então à matrizde importantes alterações na vida das cidades do interior.Antigas cidades de porte médio assistiram à generalização dasformas de reprodução da vida social que caracterizam associedades de massa. Este processo foi acompanhado pelainteriorização dos serviços, aumentando o grau de urbanizaçãoe do número das atividades secundárias e terciáriasinstaladas, provocando a metropolização de algumas regiões,gerando o adensamento de determinadas áreas e aumentando aconcentração nas periferias da população de baixa renda.

O fator determinante da descentralização foi a"deseconomia de escala" da metrópole, gerando a expulsão dasindústrias e formando novos pólos industriais no interior. Aprovisão dos serviços públicos tem apresentado custoscrescentes na metrópole em relação às demais áreas do estadode São Paulo (transporte coletivo, saneamento básico, etc), eo transbordamento da metrópole, como desdobramento daatividade produtiva.

Os fatores de atração das cidades do interior foram:

- Existência de rede urbana moderna no interior eadequado atendimento do setor terciário (saúde,saneamento básico, educação, transporte e habitação).

- Investimento estadual em infra-estrutura, estradas,energia elétrica e federal em telecomunicações.

- Investimento direto do estado de São Paulo no setorprodutivo (refinarias, siderurgica, etc).

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- Criação do Proálcool gerando fortes encadeamentos com aindústria de bens de capital.

- Investimento federal em institutos de pesquisas ecentros tecnológicos, complexo aeronaútico e indústria dematerial bélico.

A interiorização foi marcada no período, porinstalações modernas e comandadas pelos setores químico emetalúrgico. O acelerado crescimento e a diversificação daestrutura produtiva industrial juntamente com astransformações modernizantes na agricultura, a intensaurbanização concomitante à crescente complexidade doarcabouço social, com a emergência de novos hábitos de vida epadrões de consumo e a ação do estado em diferentesdimensões, compuseram o pano de fundo das múltiplassolicitações que condicionaram as transformações noterciário, e consequentemente na "interiorização dosserviços".

A crise no início da década de 1980 e a consequenteretração industrial, atinge menos o interior que a metrópole,consolidando a sua indústria. A política de incentivos àexportação aliada às unidades modernas foi um dos fatoresprincipais dessa consolidação.Em São José dos Campos isso foimarcante com a indústria bélica e aeronaútica. Ao final dadécada, com o corte dos investimentos estatais em nívelfederal, motivada pelas mudanças no cenário internacional,provocando grande crise nessas indústrias, levou à umaacelerada mudança, ainda em andamento, na vida econômica dacidade.

Os investimentos estaduais evidenciam a região do Valedo Paraíba como atrativa, a exemplo temos a duplicação daRodovia D.Pedro II, a implantação da Rodovia Carvalho Pinto ea implantação do gasoduto (gás natural).

FORÇA DE TRABALHO, EMPREGO E SALÁRIOS NO MUNICÍPIO

A industrialização e diversificação das atividades noMunicípio aumentaram a oferta de empregos para a população dacidade.

No entanto, com a crise iniciada na década de 80, a cidadepassa a ter um elevado índice de desemprego, atingindo em1890 um patamar mais elevado que na região metropolitana deSão Paulo. A mão de obra desempregada passou então adesempenhar outros papéis:

- "exército de reserva", gerando a queda nos saláriosreais e piora das condições de trabalho.

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- Atividades informais (sub-emprego).

- Criação de pequenas e microempresas, das quais 80% nãosobrevivem ao primeiro ano de fundação, refletindo suaprecariedade e ineficiência.

No que se refere à ocupação por sexo, constata-se oincremento das mulheres no mercado de trabalho, provocandomudanças significativas nos processos sociais, políticos eculturais, realçados por tratar-se de uma "cidade dointerior".

Quanto à ocupação por faixa etária, pode-se dizer quetanto os jovens em idade escolar, como pessoas com mais de 60anos ocupadas, são indícios de necessidades sociais eeconômicas dos trabalhadores e suas famílias. A populaçãoprocurou inserir-se ou manter-se no mercado de trabalho comoforma de garantir uma complementação da renda familiar devidoà perda real de salários e ao desemprego crescente,refletindo assim as precárias condições de existência equalidade do nível de vida de parcela da população, que seagrava em época de crise.

Quanto ao grau de instrução, a maioria da força detrabalho ocupada possui o 1º grau completo ou menos do queisso.

Chama a atenção não haver, no grande centro hegemônicodo Vale do Paraíba, um campus universitário público, estadualou federal, limitando-se à oferta existente à poucasinstituições de ensino com limitado número de especialidades.

Na estrutura de empregos, o grupo de assalariadosapresenta um nível de renda elevado para a média do Estado emais ainda do país, se bem que este perfil venha se reduzindoem favor da atividade autônoma, concentrando-se também naatividade "ambulante". O poder público local precisa seposicionar em meio ao conflito, tendo que regular relaçõesinformais que se prolongam por redes e ramos de atividades,ainda não devidamente reconhecidas.

Outro segmento importante da ocupação de mão de obrasão os profissinais domésticos, onde temos significativaparticipação de menores.

No grupo dos empregadores, a grande incidência depessoas jovens (26 a 35 anos), indica a existência de novasaspirações e novas formas de "contratos" de trabalho. Osprofissionais liberais juntam-se a esse grupo.

Quanto às relações de trabalho por ramo de atividadeeconômica, observamos que nos últimos anos, a industriadiminuiu sua participação na ocupação da mão de obra da

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cidade, concomitantemente com o aumento no ramo de comércioe serviços.

Porém, o peso da indústria no município ainda seevidencia no nível de especialização da mão de obra, seuelevado poder aquisitivo em relação a outros setores e noalto grau de politização, devido à atuação de sindicatos bemorganizados. Isso se reflete, por exemplo, no nível deregulação das relações de trabalho.

O oposto ocorre com a indústria da construção civil,que pela sua grande rotatividade e sazonalidade, é um dossetores onde a relação de trabalho não é regulada, podendo setornar um indutor da ampliação do emprego e um multiplicadorde investimentos no município. O poder Público pode induzi-loatravés de uma política de obras públicas, principalmentedaquelas de cunho mais social, provocando efeitosmultiplicadores de impactos positivos, tanto no mercado detrabalho quanto no de produtos.

O ramos de comércio e serviços são os que tem crescidomais em termos de ocupação de mão de obra, concentrando asmaiores parcelas relativas de menores, boa parte nãoregistradas e com condições de trabalho precárias e debaixíssimo salários, além do fato de concentrar parcelasignificativa das atividades informais.

O setor de transportes é o que concentra maiorincidência de trabalhadores adultos.

A mão de obra nos serviços da administração pública temoscilado nos últimos anos, mantendo-se porém na médiaproporcional da população ocupada no município.

Por fim, temos o setor agropecuário, que temparticipação mínima (5% do PEA) no total da força de trabalhono município, evidenciando que a urbanização tem sido fatorde atração da mão de obra rural.

No que se refere a distribuição de salários, temos umamaior concetração no nível inferior a cinco salários mínimos,sendo que, na sua distribuição temos na base dos rendimentosos trabalhadores domésticos e por conta própria e no pico osautônomos e profissionais liberais, predominando nosintermediários os assalariados.

DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO PRODUTIVA DO MUNICÍPIO

Combinando os indicadores de produto, concentração,emprego, massa salarial e salário médio, verifica-se que ossetores modernos foram responsáveis pela prosperidadeeconômica da cidade, incluindo a criação de um amplo mercadode trabalho e de consumo. Devido ao menor ritmo decrescimento das indústrias de bens de consumo popular, grande

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parte da demanda por mercadorias essenciais dirigiu-se àoutras regiões.

Mesmo no período recessivo do início dos anos 80, acidade continua a crescer com base na indústria, devido avitalidade dos investimentos estatais e a moderna tecnologiadas unidades industriais, beneficiadas pelas políticasFederais de fomento à exportação.

No final dos anos 80 e início dos 90, a indústriabrasileira entra definitivamente no ajuste global do modeloneoliberal, com brusco corte nos investimentos estatais eajustamento tecnológico no setor privado.

O município ressente-se como grande volume dedesemprego, necessitando de execução de políticas públicasou privadas que redirecionem o perfil de ocupação.

Proliferam-se a partir de 1980, micros e pequenasempresas e aumenta substancialmente a ocupação no setor decomércio e serviços, porém esta proliferação tem somentedividido a produção do município ainda mais, pois não severifica aumento de faturamento nestes setores.

Na atual conjuntura cabe ao poder público, redirecionaro fomento ao crescimento da cidade, dirigindo-o a setores compotencial de crescimento face à nova conjuntura mundial econsorciando a produção num encadeamento em escala regional,até então pouco consistente, no sentido de diminuir suadependência a fatores exógenos.

VALOR DA TRANSFORMAÇÃO INDUSTRIAL

Ú----------------------Â-------------------------------------¿

³ Estado de São Paulo ³ No Estado de São Paulo ³

³ em relação ao Brasil Ã-------Â--------------------Â--------´

³ ³capital³região metropolitana³interior³

Ú-------Å----------------------Å-------Å--------------------Å--------´

³ 1970 ³ 58% ³ 44% ³ 27% ³ 29% ³

³ ³ ³ ³ ³ ³

³ 1987 ³ 51% ³ 31% ³ 29% ³ 40% ³

À-------Á----------------------Á-------Á--------------------Á--------Ù

fonte: SEADE/IBGE

FORMAÇÃO DO PIB SÃO JOSÉ DOS CAMPOS POR SETOR-1985

Ú------------------------¿

³ indústria: 70,53% ³

Ã------------------------´

³ comércio: 26,54% ³

Ã------------------------´

³ serviços: 2,33% ³

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Ã------------------------´

³ agricultura: 0,6% ³

À------------------------Ù

fonte: IBGE

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-PERFIL DA PEA (ACIMA DE 11 ANOS)Ú-----------------------------------------------------------------------¿

³ não trabalha trabalha ocupada desemprego aberto ³

Ã-----------------------------------------------------------------------´

³ 1977 50,1% 49,9% 46,68 6,45% ³

Ã-----------------------------------------------------------------------´

³ 1892 46,7% 53,3% 44,24 16,99% ³

À-----------------------------------------------------------------------Ù

fonte: PMSJC

PERFIL DA PEA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Fonte: PMSJC

POR SEXO:

Ú-----------Â----------¿

³ masculimo ³ feminino ³

Ú------Å-----------Å----------´

³ 1877 ³ 70,1% ³ 29,9% ³

Ã------Å-----------Å----------´

³ 1992 ³ 66,6% ³ 33,4% ³

À------Á-----------Á----------Ù

POR FAIXA ETÁRIA EM 1992:Ú-------------Â------------Â------------Â------------Â------------Â-----------¿

³ até 17 anos ³ 18-25 anos ³ 26-35 anos ³ 36-45 anos ³ 46-60 anos ³ + 60 anos ³

Ã-------------Å------------Å------------Å------------Å------------Å-----------´

³ 6,5% ³ 22,3% ³ 29,5% ³ 25,5% ³ 14,1% ³ 2,1% ³

À-------------Á------------Á------------Á------------Á------------Á-----------Ù

POR GRAU DE INSTRUÇÃO EM 1992:Ú----------Â----------Â-------Â--------Â-------Â--------Â-------Â-------Â-------Â------¿

³analfabeto³alfabetiz.³1º grau³1º grau ³2º grau³2º grau ³3º grau³3º grau³4ºgrau ³4ºgrau³

³ ³sem escola³incomp.³completo³incomp.³completo³incomp.³compl. ³incomp.³compl.³

Ã----------Å----------Å-------Å--------Å-------Å--------Å-------Å-------Å-------Å------´

³ 3,2%³ 1,6%³ 60,1%³ 8,9%³ 8,0%³ 9,8%³ 2,5%³ 5,3%³ 0,2%³ 0,5%³

À----------Á----------Á-------Á--------Á-------Á--------Á-------Á-------Á-------Á------Ù

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PERFIL DA PEA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS QUE POSSUEM OCUPAÇÃO

POR SEXO E OCUPAÇÃO EM 1992: Ú---------Â--------Â---------------------¿

³masculino³feminino³no total dos ocupados³

Ú---------------Å---------Å--------Å---------------------´

³assalariado ³ 69,6% ³ 30,4% ³ 71,5% ³

Ã---------------Å---------Å--------Å---------------------´

³autônomo ³ 70,3% ³ 29,7% ³ 19,8% ³

Ã---------------Å---------Å--------Å---------------------´

³empregadores ³ 73,9% ³ 26,1% ³ 2,6% ³

Ã---------------Å---------Å--------Å---------------------´

³prof.liberal ³ 68,9% ³ 31,1% ³ 1,0% ³

Ã---------------Å---------Å--------Å---------------------´

³empr. doméstico³ 2,7% ³ 97,3% ³ 4,9% ³

Ã---------------Å---------Å--------Å---------------------´

³outros ³ 52,4% ³ 47,6% ³ 0,3% ³

À---------------Á---------Á--------Á---------------------Ù

POR OCUPAÇÃO E FAIXA ETÁRIA EM 1992:

Ú----------------Â----------Â---------Â---------Â----------Â----------Â---------¿

³ no tot.de ocup.³até 17anos³18-25anos³26-35anos³36-45 anos³46-60 anos³+ 60 anos³

Ú--------Å----------------Å----------Å---------Å---------Å----------Å----------Å---------´

³assalar.³ 71,5% ³ 7,0% ³ 24,7% ³ 30,2% ³ 24,8% ³ 11,9% ³ 1,4% ³

Ã--------Å----------------Å----------Å---------Å---------Å----------Å----------Å---------´

³autônom.³ 19,8% ³ 2,7% ³ 14,7% ³ 29,0% ³ 28,2% ³ 21,2% ³ 4,2% ³

Ã--------Å----------------Å----------Å---------Å---------Å----------Å----------Å---------´

³ elpreg.³ 2,6% ³ --- ³ 8,0% ³ 31,6% ³ 33,8% ³ 22,6% ³ 4,0% ³

Ã--------Å----------------Å----------Å---------Å---------Å----------Å----------Å---------´

³prof.lib³ 1,0% ³ --- ³ 5,4% ³ 18,9% ³ 45,9% ³ 20,3% ³ 9,5% ³

Ã--------Å----------------Å----------Å---------Å---------Å----------Å----------Å---------´

³emp.dom.³ 4,9% ³ 17,8% ³ 26,7% ³ 23,5% ³ 18,3% ³ 11,6% ³ 2,1% ³

Ã--------Å----------------Å----------Å---------Å---------Å----------Å----------Å---------´

³outros ³ 0,3% ³ 25,0% ³ 45,0% ³ --- ³ 15,0% ³ 5,0% ³ 10,0% ³

À--------Á----------------Á----------Á---------Á---------Á----------Á----------Á---------Ù

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POR OCUPAÇÃO E GRAU DE INSTRUÇÃO - 1992: Ú------Â--------Â-------Â-------Â-------Â------Â-------Â------Â-------Â------¿

³analf.³alfabet.³1º grau³1ºgrau ³2º grau³2ºgrau³3º grau³3ºgrau³4º grau³4ºgrau³

³ ³sem esc.³incomp.³compl. ³incomp.³compl.³incomp.³compl.³incomp.³compl.³

Ú----------Å------Å--------Å-------Å-------Å-------Å------Å-------Å------Å-------Å------´

³arsalalar.³ 0,9% ³ 0,8% ³ 41,9% ³ 12,5% ³ 10,0% ³ 15,8%³ 5,1% ³ 11,6%³ 0,5% ³ 0,9% ³

Ã----------Å------Å--------Å-------Å-------Å-------Å------Å-------Å------Å-------Å------´

³autônomon.³ 1,9% ³ 2,1% ³ 56,5% ³ 12,6% ³ 6,7% ³ 12,0%³ 3,0% ³ 4,7%³ ³ 0,5% ³

Ã----------Å------Å--------Å-------Å-------Å-------Å------Å-------Å------Å-------Å------´

³emp/dores*³ 0,5% ³ --- ³ 37,6% ³ 10,4% ³ 5,5% ³ 16,4%³ 6,0% ³ 20,1%³ 0,5% ³ 3,0% ³

Ã----------Å------Å--------Å-------Å-------Å-------Å------Å-------Å------Å-------Å------´

³prof.lib. ³ ---- ³ --- ³ 1,4% ³ 1,4% ³ 1,4% ³ 8,1%³ 2,7% ³ 63,4%³ 1,4% ³ 20,2%³

Ã----------Å------Å--------Å-------Å-------Å-------Å------Å-------Å------Å-------Å------´

³emp.domés.³ 6,4% ³ 3,5% ³ 74,4% ³ 5,8% ³ 7,2% ³ 2,7%³ --- ³ ---- ³ --- ³ --- ³

Ã----------Å------Å--------Å-------Å-------Å-------Å------Å-------Å------Å-------Å------´

³outros ³ ---- ³ ---- ³ 65,0% ³ 15,0% ³ 10,0% ³ 5,0%³ --- ³ 5,0%³ --- ³ --- ³

À----------Á------Á--------Á-------Á-------Á-------Á------Á-------Á------Á-------Á------Ù

POR OCUPAÇÃO E RENDA - 1992: Ú-----------Â--------Â---------Â-------------Â-------------Â------Â--------¿

³assalariado³autônomo³empregad.³prof.liberais³emp.doméstico³outros³no total³

Ú---------Å-----------Å--------Å---------Å-------------Å-------------Å------Å--------´

³até 1 ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³sal. min.³ 12,2% ³ 16,9 ³ 5,0 ³ 1,4 ³ 58,4 ³ 70,0%³ 15,3% ³

Ã---------Å-----------Å--------Å---------Å-------------Å-------------Å------Å--------´

³de 1 a 2 ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³sal. min.³ 9,8% ³ 16,5 ³ 4,5 ³ 1,4 ³ 21,8 ³ 10,0%³ 11,5% ³

Ã---------Å-----------Å--------Å---------Å-------------Å-------------Å------Å--------´

³de 2 a 3 ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³sal. min.³ 12,8% ³ 16,4 ³ 6,0 ³ 1,4 ³ 16,1 ³ 5,0%³ 13,3% ³

Ã---------Å-----------Å--------Å---------Å-------------Å-------------Å------Å--------´

³de 3 a 4 ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³sal.min. ³ 11,0% ³ 11,9 ³ 6,0 ³ 2,7 ³ 3,2 ³ 5,0%³ 10,6% ³

Ã---------Å-----------Å--------Å---------Å-------------Å-------------Å------Å--------´

³de 4 a 6 ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³ sal.min.³ 15,1% ³ 13,8 ³ 17,3 ³ 9,5 ³ ---- ³ 5,0%³ 14,2% ³

Ã---------Å-----------Å--------Å---------Å-------------Å-------------Å------Å--------´

³de 6 a 10³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³sal.min. ³ 19,3% ³ 11,9 ³ 14,5 ³ 13,6 ³ 0,5 ³ --- ³ 16,7% ³

Ã---------Å-----------Å--------Å---------Å-------------Å-------------Å------Å--------´

³ 10 a 15 ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³sal.min. ³ 8,5% ³ 5,2 ³ 16,3 ³ 16,1 ³ ---- ³ 5,0%³ 7,7% ³

Ã---------Å-----------Å--------Å---------Å-------------Å-------------Å------Å--------´

³ 15 a 20 ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³sal.min. ³ 4,5% ³ 3,2 ³ 7,0 ³ 10,8 ³ ---- ³ --- ³ 4,1% ³

Ã---------Å-----------Å--------Å---------Å-------------Å-------------Å------Å--------´

³ 20 a 30 ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³sal.min. ³ 3,6% ³ 2,7 ³ 12,4 ³ 18,8 ³ ---- ³ --- ³ 3,6% ³

Ã---------Å-----------Å--------Å---------Å-------------Å-------------Å------Å--------´

³+ dd 30 ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³sal.min. ³ 3,2% ³ 1,5 ³ 11,0 ³ 24,3 ³ ---- ³ --- ³ 3,0% ³

À---------Á-----------Á--------Á---------Á-------------Á-------------Á------Á--------Ù

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POR RAMO DE ATIVIDADE E POR: Ú------Â------Â------Â------Â------Â-------Â------Â------Â--------¿

³Agrop.³ Ind. ³Const.³Comér.³Prest.³Transp.³Poder ³outros³ Total ³

³ ³ ³Civil ³ ³Serv. ³ ³Públ. ³ ³ Geral ³

Ú--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å------Å------Å--------´

³ 1977 ³ 1,19%³41,26%³ 4,33%³11,14%³29,69%³ 1,5% ³10,66%³ 0,23%³ 100,0%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å------Å------Å--------´

³ 1990 ³ 0,94%³32,65%³ 5,4% ³17,15%³27,75%³ 3,22% ³ 9,78%³ 3,11%³ 100,0%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å------Å------Å--------´

³ 1992 ³ 0,72%³28,66%³ 5,17%³15,25%³35,17%³ 3,15% ³11,60%³ 0,28%³ 100,0%³

Ã--------------Á------Á------Á------Á------Á------Á-------Á------Á------Á--------Ù

³ SEXO:Ã--------------Â------Â------Â------Â------Â------Â-------Â------Â------Â--------¿

³ Masculino ³ 85,8%³ 84,1%³ 94,8%³ 62,3%³ 52,0%³ 93,5%³ 52,1%³ 61,1%³ 66,56%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å------Å------Å--------´

³ Feminino ³ 14,2%³ 15,9%³ 5,2%³ 37,7%³ 48,0%³ 6,5%³ 47,9%³ 38,9%³ 33,44%³

Ã--------------Á------Á------Á------Á------Á------Á-------Á------Á------Á--------Ù

³ OCUPAÇÃOÃ--------------Â------Â------Â------Â------Â------Â-------Â------Â------Â--------¿

³ Assalariado ³ 82,3%³ 96,7%³ 43,5%³ 60,2%³ 51,1%³ 66,9%³ 98,8%³ 50,0%³ 71,5%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å------Å------Å--------´

³ Autônomo ³ 14,2%³ 1,9%³ 52,5%³ 30,2%³ 30,2%³ 33,1%³ 0,8%³ 27,8%³ 19,8%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å------Å------Å--------´

³ Empregador ³ 1,8%³ 1,1%³ 2,5%³ 9,0%³ 2,2%³ - ³ - ³ - ³ 2,6%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å------Å------Å--------´

³ Prof. Liberal³ 1,7%³ - ³ 1,2%³ 0,2%³ 2,3%³ - ³ 0,2%³ 11,1%³ 1,0%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å------Å------Å--------´

³ Empr.Domést. ³ - ³ - ³ 0,3%³ 0,2%³ 13,6%³ - ³ - ³ - ³ 4,9%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å------Å------Å--------´

³ Outros ³ - ³ 0,3%³ - ³ 0,2%³ 0,6%³ - ³ 0,2%³ 11,1%³ 0,3%³

Ã--------------Á------Á------Á------Á------Á------Á-------Á------Á------Á--------Ù

³ GRAU DE INSTRUÇÃOÃ--------------Â------Â------Â------Â------Â------Â-------Â------Â------Â--------¿

³Analfabeto ³ 5,3%³ 0,3%³ 2,7%³ 1,3%³ 2,0%³ 0,8%³ 1,0%³ - ³ 1,3%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å------Å------Å--------´

³Alfab. s/ Esc.³ 1,8%³ 0,6%³ 4,7%³ 0,5%³ 1,6%³ 0,8%³ 0,7%³ - ³ 1,2%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å------Å------Å--------´

³1º grau incom.³ 48,8%³ 41,0%³ 67,8%³ 45,8%³ 50,2%³ 66,9%³ 29,7%³ 44,4%³ 45,9%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å------Å------Å--------´

³1º grau compl.³ 10,6%³ 15,9%³ 7,0%³ 13,3%³ 9,9%³ 19,2%³ 7,5%³ - ³ 12,0%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å------Å------Å--------´

³2º grau incom.³ 5,3%³ 9,2%³ 2,7%³ 12,6%³ 9,7%³ 3,7%³ 6,5%³ 16,7%³ 9,0%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å------Å------Å--------´

³2º grau compl.³ 15,9%³ 16,6%³ 9,2%³ 17,7%³ 11,5%³ 4,5%³ 17,6%³ 16,7%³ 14,3%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å------Å------Å--------´

³3º grau incom.³ 3,5%³ 5,2%³ 0,5%³ 3,6%³ 4,5%³ 0,8%³ 6,5%³ - ³ 4,5%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å------Å------Å--------´

³3º grau compl.³ 8,8%³ 10,5%³ 4,0%³ 4,5%³ 9,1%³ 3,3%³ 26,2%³ 22,2%³ 10,4%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å------Å------Å--------´

³4º grau incom.³ - ³ 0,2%³ 0,2%³ - ³ 0,4%³ - ³ 1,6%³ - ³ 0,4%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å------Å------Å--------´

³4º grau compl.³ - ³ 0,5%³ 1,2%³ 0,7%³ 1,1%³ - ³ 2,7%³ - ³ 1,0%³

Ã--------------Á------Á------Á------Á------Á------Á-------Á------Á------Á--------´

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Ã--------------------------------------------------------------------------------Ù

³FAIXA ETÁRIAÃ--------------Â------Â------Â------Â------Â------Â-------Â-----Â------Â---------¿

³ até 17 anos ³ 11,5%³ 2,2%³ 4,5%³ 11,4%³ 8,1%³ 0,4%³ 8,0%³ 11,1%³ 6,5%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å-----Å------Å---------´

³ 18 a 25 anos ³ 26,6%³ 20,2%³ 18,5%³ 29,8%³ 25,1%³ 13,1%³12,9%³ 22,2%³ 22,3%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å-----Å------Å---------´

³ 26 a 35 anos ³ 15,9%³ 33,4%³ 29,0%³ 25,9%³ 27,1%³ 32,9%³32,2%³ 16,7%³ 29,5%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å-----Å------Å---------´

³ 36 a 45 anos ³ 33,7%³ 31,1%³ 24,7%³ 19,4%³ 22,6%³ 30,7%³27,4%³ 22,2%³ 25,5%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å-----Å------Å---------´

³ 46 a 60 anos ³ 8,8% ³ 12,2%³ 19,8%³ 11,3%³ 14,6%³ 20,0%³16,7%³ 16,7%³ 14,1%³

Ã--------------Å------Å------Å------Å------Å------Å-------Å-----Å------Å---------´

³ + de 60 anos³ 3,5% ³ 0,9%³ 3,5%³ 2,2%³ 2,5%³ 2,9%³ 2,8%³ 11,1%³ 2,1%³

À--------------Á------Á------Á------Á------Á------Á-------Á-----Á------Á---------Ù

3.2.2 - DIRETRIZES E PROGRAMAS PARA O DESENVOLVIMENTOECONÔMICO URBANO

DIRETRIZES:

- Formular junto com a sociedade civil, um conjunto depolíticas macroeconômicas que dinamizem a geração doproduto e sua circulação no município.

- Garantir o máximo de aproveitamento nas aplicações dosrecursos públicos.

- Fortalecer e consolidar o Parque Industrial existente.

- Incentivar a implantação de pequenas microempresas.

- Fomento ao desenvolvimento de tecnologia de ponta nomunicípio.

- Descentralizar as atividades econômicas do município.

- Fortalecimento do setor terciário no município.

PROGRAMAS

- Dinamizar as atividades do Forum de DdsenvolvimentoMunicipal.

- Criar intrumentos de informação que ampliem e agilizem asrelações econômicas no âmbito municipal, estadual efederal.

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- Mover gestões junto ao Governo Federal, no sentido degarantir a aplicação de um percentual mínimo dos recursosoriundo do Fundo de Garantia, arrecadado no próprioMunicípio.

- Incentivar política de contratação de obras e de compras nomercado local, através da criação de um banco de dadosinformatizado contendo a relação de empresas, produtos epreços no mercado local.

- Buscar o máximo de efeitos encadeadores na geração deempregos e serviços à população.

- Incentivar os órgãos que congregam o setor secundário, aserem agentes divulgadores das políticas econômicasfederais e estaduais de incentivos à referido setor.

- Criação de centros empresariais em diversas regiões nomunicípio (comércio, serviço e indústria).

- Implementar programa para identificação de incentivos paramicro e pequenas empresas.

- Incentivar e buscar consolidação de polos tecnológicos deponta no município.

- Gestões no sentido de ampliar a base educacional a cargo dogoverno estadual e/ou federal para o ensino de 3º e 4ºgrau.

- Utilizar os instrumentos de operação urbana e operaçãointerligada para produção do espaço urbano, conjuntamentecom os agentes públicos e privados.

- Exigência de criação para os novos loteamentos residenciaisde setores específicos para abrigar atividades econômicas.

- Identificação e fortalecimento de Sub Centros de Comércio eServiços como fatores indutores de atividades econômicas.

3.2.3 - DIAGNÓSTICO DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO RURAL

O perímetro rural de São José dos Campos, abrange cercade 899,34 km2 (80,4%) da área total do município, sendo queestas terras caracterizam-se principalmente pela existênciade um relevo acidentado, um dos fatores deeterminantes naocupação e utilização deste solo.

Além dos fatores físicos a compreensão das formas deocupação atual do solo rural, passa necessariamente pelaanálise histórica e pela própria vocação econômica de SãoJosé dos Campos.

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De maneira geral, os solos do Vale do Paraíba não sãonaturalmente férteis.Este fato aliado às formas inadequadasdo cultivo agrícola ao longo dos tempos, principalmentedurante o ciclo do café, proporcionaram um empobrecimento eum desgaste do solo da região, que contribuíram para odeclínio da cultura cafeeira. Com o término desta fase e oinício da industrialização, o município de São José dosCampos cresceu vertiginosamente, consequentemente sua malhaurbana assentou-se sobre os terrenos mais planos, e sob oponto de vista agrícola, mais "tratoráveis"e aptos ao cultivointensivo, restringindo este tipo de prática somente àsvárzeas do Rio Paraíba do Sul e do Rio Jaguari e as pequenasglebas em torno do perímetro urbano. O cultivo das várzeasapresenta certo nível tecnológico, onde predomina o cultivodo arroz, milho para forragem, feijão da seca e em menorescala a olericultura.

Segundo dados do Projeto MAVALE (Macro Zoneamento doVale do Paraíba-1992) nos últimos anos houve retração dasáreas cultivadas em terrenos de várzea, sendo que a maiormudança ocorrida foi a transformação de áreas de cultura empastagens naturais e, em menor expressão, em ocupação urbana.

Devido a topografia acidentada os demais terrenos domunicípio são inadequados ao cultivo intensivo do solo, fatorque contribuiu para o exercício de uma pecuária leiteiraextensiva através do uso de pastagens naturais, situação estaque atinge cerca de 80% das propriedades rurais produtivas,No setor leiteiro, constata-se que somente cerca de 20% daspropriedades realizam algum tipo de incremento oumelhoramento tecnológico do setor. Segundo informações daCOOPER (Cooperativa de Laticínios de São José dos Campos) apecuária leiteira mantém uma economia estável no municípiocom aproximadamente 400 produtores e uma produção diária de140 a 180 mil litros de leite, que abastece o mercadojoseense e o da região, sendo esta uma produção igualitáriade 50% para leite B e 50% para leite C.

O enfraquecimento do setor primário (agrícola) promoveuuma descapitalização do produtor rural, consequentementeaumentando a disponibilidade de terras ociosas no município.Este fato aliado ao crescente desenvolvimento das indústriasde celulose na região, propiciaram aos proprietários uma novaalternativa econômica para o setor, o arrendamento de terraspara as empresas de reflorestamento. Diante disto ocorreu umaumento significativo da silvicultura, com predomínio docultivo do eucalípto em áreas abrangidas anteriormente pelaspastagens.

As indústrias instaladas na Zona Rural são basicamenteextrativas e de transformação com o predomínio de olarias.Essa atividade, apesar das péssimas condições de trabalho,vem garantindo a subsistência de alguns trabalhadores. Notocante a agroindústria, com excessão da Granja Itambi que

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esta inserida no perímetro urbano, a mesma apresenta-seeconomicamente incipiente, não contribuindo ao fortalecimentodo setor rural.

Dentro do contexto dd zona rural, ressalta-se ainda aexistência de uma belíssima paisagem com aspecto natural,ocorrência de inúmeros rios, córregos e quedas d'água epresença de significativas manchas de vegetação nativa,constituindo-se num grande potencial turístico, sendo umaalternativa econônica a ser explorada na região. Ressalta-seainda que este quadro tem atraído muitas pessoas interessadasem adquirir propriedades na região, fato que tem resultadonum constante desmembramento de terras. Este desmembramentotem como consequência a descaracterização da propriedaderural, uma vez que nessas áreas a produtividade do solo não épreponderante, pois essas "chácaras" são adquiridaspreferencialmente para o lazer e recreação.

O parcelamento do solo com características urbanas,feito de forma clandestina, também é uma realidade daocupação atual do zona rural.

Este parcelamento em forma de loteamento se dá nosnúcleos rurais mais próximos a zona urbana, sendo que essessão muito problemáticos uma vez que carecem de qualquer infraestrutura e equipamentos básicos à população local.

Diante do exposto acima, constata-se que, de certaforma, o setor primário (agropecuário) vem subexistindoprecariamente num município que é predominantementeindustrial, inclusive com o aumento de estabelecimentosagropecuários e de mão de obra ocupada sem no entanto haverum correspondente aumento em termos de área explorada,resultante do já citado fracionamento das propriedades. Deacordo com o Censo Agropecuário de 1985 o valor da produçãoagrícola, corresponde a 0,6% do total do PIB municipal.

Dentro ainda da realidade rural, faz-se necessárioressaltar a existência do Distrito de São Francisco Xavierque foi criado através da Lei Estadual nº 8092/64, perfazendouma área de 322 km2 que corresponde a 28,8% da área total domunicípio de São José dos Campos.

Localizado na Região Norte do município (Serra daMantiqueira) limita-se ao norte com Camanducaia (MG) eSapucaí Mirim (MG), a leste com Joanópolis (SP), a oeste comMonteiro Lobato (SP) e ao sul com o distrito de São José dosCampos, situando-se a cerca de 50 km da Sede do Município,sendo seu principal acesso composto pelas rodovias SP-050 eSJC-216.

São Francisco Xavier apresenta característicastipicamente rurais, cuja economia esta assentada na pecuárialeiteira. Como todo o setor rural, o Distrito possui uma

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grande vocação turística, que ainda não foi exploradaeconomicamente, em função de uma deficitária infra estruturaexistente. Isto ocorre, porque devido a distância e adificuldade de acesso, o Distrito permaneceu quase isolado ecarente de investimentos, fato que o torna seguramente um dosmaiores consumidores de bens e serviços públicos com enormedependência econômica da Prefeitura de São José dos Campos.Assim, cabe ao poder público definir uma política para todo osetor rural, hierarquizando propostas que visem o seudesenvolvimento econômico.

3.2.4 - DIRETRIZES, PROGRAMAS E PROJETOS PARA ODESENVOLVIMENTO ECONÔMICO RURAL

DIRETRIZES:

- Promover e orientar o desenvolvimento sócio-econômico dazona rural do município privilegiando a utilização racionalde seus recursos naturais.

- Fomentar a criação de instrumentos institucionais queviabilizem o fortalecimento do setor rural.

- Fomentar uma política de incremento, à produção,objetivando o aumento do valor agregado.

PROGRAMAS E PROJETOS:

- Promover o levantamento de dados físicos e sócio-econômicosvisando o incremento da produção rural, objetivando amelhoria da condição de vida do produtor/trabalhador e oabastecimento do município.

- Orientar a utilização racional dos recursos naturais deforma sustentada, incentivando a cooperação da comunidadena preservação do meio ambiente, especialmente quanto aproteção e conservação do solo e da água, através deconvênios com órgãos públicos, privados e instituiçõesafins, tendo como base o macrozoneamento do município

- Apoiar e otimizar a produção rural principalmente atravésda pequena e média propriedade por meio de assistênciatécnica e material, bem como facilidades de escoamento ecomercialização da produção.

- Estimular a fruticultura de clima subtropical e de climatemperado, bem como a formação de pastagens plantadas parao desenvolvimento de uma pecuária tecnificada e intensiva.

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- Incentivar a adoção de técnicas de conservação de solos nasáreas destinadas à agricultura e reflorestamento, bem comoo florestamento com essências nativas na recuperação deáreas degradadas.

- Incentivar e apoiar a iniciativa privada na implantação deagroindústrias no município.

- Estimular o potencial econômico das áreas protegidas"APAS", através do desenvolvimento de atividadesturísticas, manifestações da cultura local, e do manejosustentado dos recursos naturais existentes.

- Promover e apoiar a organização da população rural,fomentando e reconhecendo a criação de seus instrumentos derepresentatividade tais como: associações e cooperativas.

- Programa de dotação de serviços públicos e equipamentosbásicos para os núcleos rurais e circunvizinhanças.

- Apoiar o Conselho Distrital de São Francisco Xavier.

- Dotar a Sub Prefeitura de São Francisco Xavier de corpotécnico adequado ao desenvolvimento e a orientação deprogramas e projetos da Administração Municipal junto acomunidade.

- Criar uma escola fundamental rural adaptada ao meio edotada de todos os recursos humanos e materiais,indispensáveis à sua permanência e continuidade, comoembrião da reforma do ensino rural em conformidade com alei orgânica municipal.

- Fomentar e apoiar as iniciativas privadas para a dotação deinfra estrutura turística tais como: meios de hospedagemeatividades comerciais.

- Criação de uma "Central Turística" com o objetivo de manterum banco de dados referentes aos eventos e outrospotenciais de estruturação do setor, objetivando a suadivulgação e dos serviços oferecidos.

- Atualização e oficialização do Cadastro das Estradas Rurais"Plano Rodoviário Rural".

3.2.5 - DIAGNÓSTICO DO ABASTECIMENTO

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São José dos Campos, cuja base econômica está centradana indústria de grande porte e de alta tecnologia, atingiu umexpressivo desenvolvimento urbano e populacional ao longo dosanos, tornando-se um grande centro consumidor de bens eserviços. Em contrapartida, não houve um desenvolvimento dosetor primário e sim uma retração das áreas de plantio, econsequentemente uma diminuição da produção agrícola. SãoJosé dos Campos produz menos de 0,5% dos hortifrutigranjeirosque consome; esse fato coloca o município, sob a ótica doabastecimento urbano, em total dependência do sistemaestadual de abastecimento.

Dentro do município, o abastecimento é realizadobasicamente através de um entreposto estadual (CEAGESP), ondeos feirantes e comerciantes de modo geral adquirem osprodutos dos atacadistas e repassam aos consumidores atravésde feiras, supermercados entre outros. Nesse contexto, aatuação do poder público municipal vem restringindo-se afiscalização da qualidade dos produtos, a administração domercado municipal, a determinação e localização das chamadasfeiras livres, a realização de campanhas como a de produtosmais baratos e de alimentos de época, campanhas do "peixevivo", comitês de combate a fome, aquisição de mercadoriapara creches e escolas municipais, e principalmente aimplantação de "sacolões", locais onde consegue-seestabelecer algum controle de preços. No tocante às feiraslivres, a administração pública procura otimizar os serviços,distribuindo-as nos diversos bairros e regiões do município.

Diante de todo esse quadro, faz-se necessárioestabelecer uma política de abastecimento que contemple oproduto agrícola do plantio ao consumo final, com o intuitode incentivar o setor, aproximando o consumidor do produtorrural, procurando minimizar a influência do "atacadista" e oconsequente aumento de custo do produto, garantindo ainda oacesso da população de baixa renda aos gêneros de primeiranecessidade. Essa política não deve ter a pretensão deotimizar a produção agrícola municipal a ponto da mesmaatender a demanda do município, uma vez que ascaracterísticas físicas do solo limitam em muito o manejointensivo e consequentemente sua produtividade.

Deve porém, incentivar o setor agrícola e aperfeiçoaros serviços, criando oportunidades para oprodutor/trabalhador rural, no sentido de evitar que talsegmento venha a ser excluído da economia do municípioevitando maiores problemas referentes ao desemprego e aociosidade das terras. Como iniciativa de uma políticamunicipal de abastecimento, está em vias de implantação oCEASA Municipal, com o propósito de criar um entreposto paraprodutores locais e da região. O município de São José dosCampos possui uma população de aproximadamente 500 milhabitantes, tornando-sd em nível regional um grandeconsumidor de bens, serviços e alimentos, assim,

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estratégicamente esse entreposto municipal deve objetivar aformação de um polo regional de abastecimento e distribuiçãode alimentos, atraindo a atenção de inúmeros investidores eprodutores do Vale do Paraíba e Serra da Mantiqueira einterferindo nos custo e qualidade dos produtos.

3.2.6 - DIRETRIZES ESPECÍFICAS, PROGRAMAS E PROJETOS PARA OABASTECIMENTO

DIRETRIZES:

- Garantir a distribuição de alimentos nas áreas urbanas eprincipalmente o acesso da população de baixa renda aosgêneros de primeira necessidade.

- Otimizar o escoamento da produção agrícola, minimizando aexcessiva intermediação e o alto custo final dos alimentos.

- Garantir a qualidade dos serviços prestados e dos produtosofertados.

- Incrementar o setor agrícola principalmente no que serefere a produção de hortifrutigranjeiros.

- Propiciar a participação dos pequenos produtores ecomerciantes na oferta de hortifrutigranjeiros.

PROGRAMAS E PROJETOS:

- Programa de criação de novos espaços coletivos paracomercialização de hortifrutigranjeiros e outros produtospara o melhor atendimento das necessidades da população.

- Implantação do CEASA Municipal visando a criação de um poloregional de distribuição e comercialização de alimentos.

- Programa de consolidação e ampliação das feiras livres ematendimento a dinâmica do processo de urbanização.

- Implantação de novos sacolões para comercialização dehortifrutigranjeiros à preços controlados, principalmentepara atendimento a população de baixa renda. Criação do"Sacolão" Campo dos Alemães.

- Implantação de feiras especiais como a da Gastronomia, doMel, do Produtor Rural, Ervas Medicinais, entre outras,visando a formação de novos hábitos alimentares.

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- Programa de Nutrição Alimentar, objetivando orientar opúblico sobre a ciência dos alimentos e sua implicação nasaúde humana.

- Programa de incentivos a implantação de hortas comunitáriasem áreas ociosas do município, bem como quintais dasresidências, escolas e creches da Administração Municipal.

- Programa de apoio técnico e material ao pequeno e médioprodutor.

- Programa de apoio e orientação ao consumidor em nível deprodutos e preços - Disk Economia.

3.2.7 - DIAGNÓSTICO DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO MINERÁRIO

A exploração econômica mineral no Município de São Josédos Campos, como em toda região do médio Vale do Paraíba doSul, está baseada na extração de areia nos terrenos aluviais(várzeas) e no leito do Rio Paraíba e na exploração bem menossignificativa de argila, cascalho e turfa.

A significativa importância da extração de areia naregião deve-se ao fato da disponibilidade de grandesquantidades de jazidas e da qualidade desse recurso natural,bem como a proximidade da região com o Centro consumidor da"Grande São Paulo".

A intensificação da exploração dessas jazidas na região,ocorreu no final da década de 60 e início dos anos 70, com ocrescimento da construção civil, notadamente com a construçãodo metrô na cidade de São Paulo, Rodovia dos Imigrantes eBandeirantes.

Entretanto, essa exploração na região deu-se semcritérios de proteção às áreas marginais aos recursoshídricos e recuperação das áreas exploradas, promovendo aolongo dos anos sérios problemas de degradação ambiental econflitos com o ambiente urbano, devido a destruição do leitocarroçavel das vias públicas, solapamentos de pontes eacidentes de trânsito, resultado do tráfego intenso decaminhões com sobrecarga de areia.

Diante destes problemas e das constantes reclamações dacomunidade, o poder público municipal normatizou a instalaçãodas atividades minerárias classe 2 ( areia, argila, cascalho)no município, através da Lei Municipal 3.666/89. A referidalegislação estabelece normas ambientais e urbanísticas paraexploração desses minerais, objetivando exercer maiorcontrole sobre as mesmas.

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Com as restrições do artigo 258 da Lei Orgânica doMunicípio que proíbe a extração de areia na várzea do RioParaíba dentro dos limites do perímetro urbano e apromulgação da já citada Lei 3.666/89, a extração por métodode cava ficou inviabilizada nas várzeas do Rio Paraíba,ficando restrita a extração no leito do referido rio.Observa-se que essas legislações modificaram de formapositiva o quadro de excessiva degradação ambiental que vinhaocorrendo nos últimos anos em São José dos Campos.

Entretanto, tal situação difere dos demais municípiosque compõem o Vale do Paraíba, fato que demonstra a ausênciade uma política minerária integrada para toda a região.

Embora, a atividade areeira seja economicamente rentávelpara os agentes privados e a areia de suma importância para odesenvolvimento econômico e social da região, sua exploraçãonão tem constituído benefícios para o município, uma vez queo imposto recolhido é pouco significativo em relação aosgrandes danos ambientais e incômodos causados ao meioambiente urbano e rural. Como nos diversos setoresprodutivos, também no setor de exploração mineral, há umaevasão significativa da receita em razão das dificuldadesfiscalizadoras por parte dos orgãos federais, estaduais emunicipais, contribuindo para a manutenção do quadro acimadescrito.

Diferindo da atividade areeira, a extração de argila nomunicípio é efetuada de forma rudimentar, muitas vezes comomeio de sobrevivência. Com relação à exploração de cascalho,basicamente é efetuada pelo poder público, através dapedreira municipal visando a manutenção de estradas vicinaise a realização dos serviços e obras essenciais para aconstrução e manutenção da cidade.

Observa-se que a mineração no decorrer do tempo vemsendo controlada por legislação de âmbito Federal, Estadual eMunicipal, consubistanciadas em medidas restritivas e decaráter preservacionista no que tange a forma de exploraçãopropriamente dita. Estas medidas no entanto, não contemplam odesenvolvimento de uma política minerária que determine edelimite áreas efetivamente propícias à exploração levando emconsideração os conflitos de uso entre as atividadesagrícolas, urbanas e minerárias, bem como de ocupaçãoeconomicamente racional do meio ambiente.

Diante deste quadro e considerando a importância daextração minerária para o desenvolvimento econômico domunicípio, em especial a extração de areia como matéria primabásica para a urbanização dos municípios, faz-se necessárioestabelecer uma política minerária de carater regional quecomtemple a identificação do potencial minerário dosmunicípio, sua compatibilização em relação as demaisatividades urbanas e rurais, objetivando estabelecer um

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Zoneamento Mineral. O referido zoneamento deverá indicar asáreas propícias para exploração das atividades minerárias, asnormas diciplinadoras de proteção e recuperação do meioambiente além dos limites do município de forma a evitardanos a outros municípios componentes da mesma, baciahidrográfica.

3.2.8 - DIRETRIZES E PROGRAMAS DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICOMINERÁRIO

- Promover a elaboração do Plano Minerário do Município,integrando neste processo a participação dos municípios domédio Vale do Paraíba;

- Promover a regulamentação do zoneamento minerário baseadanas diretrizes estabelecidas no "Plano Minerário";

- Mover gestões junto ao Governo Federal no sentido deampliar a ação fiscalizatória, objetivando incrementar aarrecadaçào, diminuindo a evasão de receita;

3.3 - DA OCUPAÇÃO DO SOLO

3.3.1 - DIAGNÓSTICO DA OCUPAÇÃO TERRITORIAL

O município de São José dos Campos ocupa uma áreaterrestre de 1.118Km2, sendo que o perímetro urbano legalabrange 218,66Km2 correspondendo a 19,6% deste total e a ZonaRural abrange área de 899,34Km2, correspondendo a 80,4% dototal do município.

Cabe observar que dentro do perímetro urbano legal, aárea efetivamente urbanizada ocupa 119,63Km2, correspondendoa 10,7% da área total do município.

De acordo com o Censo Demográfico de 1991 realizado pelaFIBGE, a população total do Município era de 441.984habitantes, sendo que 425.132 habitantes estão situados naárea urbana e 16.852 habitantes na zona rural, correspendendorespectivamente a 96,19% e 3,8% da população total.

A população urbana passa a ser predominante no municípoa partir de 1950, na medida em que foi configurado econsolidado o processo de industrialização, revertendo oquadro demográfico apresentado até 1940.

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A área total cultivada no município é de aproximadamente10.812,00 ha., distribuida em:

- agropecuária: 384 ha.

- horticultura/floricultura: 88 ha.

- silvicultura: 10.340 ha.

A face norte do município concentra 80% da área rural eo restante encontra-se na face sul do município.

A região norte apresenta características físicasbastantes peculiares : Relevo acidentado constituído demontanhas, serras e picos, rede hidrográfica riquíssima, redevicinal extensa e cortada pela rodovia estadual SP-50 queliga a zona urbana do município (Buquira) ao sul de MinasGerais. Devido aos fatôres descritos no diagnóstico da zonarural (item 3.2.3), em especial com relação à restrição douso de terrenos para cultivo intensivo do solo, ocorreu odesenvolvimento da pecuária leiteira extensiva através depastagens naturais, situação que atinge a maioria daspropriedades rurais produtivas.

Atualmente grande parte da região à esquerda do extremonorte do município, vem sendo ocupada pelo cultivo deEucalipto (reflorestamento), em áreas anteriormente ocupadaspor pastagens naturais, decorrente da descapitalização dosprodutores rurais que vem arrendando suas terras para asempresas de reflorestamento, devido ao crescimento dasindústrias de celulose.

As indústrias instaladas na zona rural (face norte) sãobasicamente extrativas e de transformação com predomínio deolarias. Observa-se entretanto que devido ao alto custo daterra no perímetro urbano legal, nos últimos três anos aocorrência de indústrias e atividades comerciais/prestadorasde serviços vem aumentando consideravelmente na zona rural,muitas de forma clandestina.

Dentro da região norte cabe ressaltar a existência doDistrito de São Francisco Xavier com área de 322Km2,localizada na Serra da Mantiqueira junto à divisa domunicípio com o Estado de Minas Gerais, apresentandocaracterísticas tipicamente rurais com predominância napecuária leiteira. Cerca de 38% de seu território constitui-se em Área de proteção Ambiental pela Lei Municipalnº4212/92. Devido à distância do centro urbano, o distritopermanece isolado na expectativa de transformação queconsolide o seu potencial na área turística. Durante 4décadas, São Francisco Xavier apresentou crescimentopopulacional negativo, ou seja de 1940 até 1980, perdeupopulação; embora sua população rural seja superior àpopulação urbana. Em 1990, há um aumento populacional no

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distrito, sendo que a população urbana manteve o índice decrescimento, enquanto o decréscimo da população rural foiinsignificante. Estes dados indicam que o fluxo migratóriopara são Francisco Xavier vem aumentando consideravelmente,observa-se ainda a ocorrência de parcelamento clandestino eirregular próximo ao núcleo urbano. Cabe ressaltar que naelaboração do Plano de Metas realizado pela Secretaria dePlanejamento em 1992 para o Distrito, foi detectado acréscimona demanda por moradia urbana.

Na região norte além da área de proteção ambiental daSerra da mantiqueira em Sào Francisco Xavier, existem maisduas áreas sobre proteção ambiental.

- APA da Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul - ConformeDecreto Federal nº87.561/82 de 13 de setembro de 1982com área total de 37,88Km2.

- Reserva Florestal Augusto Ruschi - Lei Municipalnº2163/79 com área total de 2,46Km2.

Existe ainda nesta região a Represa do Jaguari, cuja áreainundada ocupa uma superfície de 19,34Km2.

No perímetro urbano do município também existem áreassobre proteção ambiental:

. APA do Banhado - Lei Municipal nº2792/84 e LeiMunicipal nº3721/90 ocupando uma área aproximada de 18Km2.

. APA do Torrão de Ouro - Lei Municipal nº3721/90,ocupando área de 4,57Km2.

Parte do município é constituída pela várzea do RioParaíba e do Rio Jaguarí aptos ao cultivo intensivo, sendoque parte destas áreas vem sendo cultivadas com predomínio doarroz, milho e feijão. Entretanto a área da várzea do RioParaíba que encontra-se contígua à área urbanizada, vemperdendo suas características, devido ao alto grau depoluição dos vários córregos e rios que atravessam a zonaurbana e desaguam na várzea, contaminando sua produção. Estefato tem levado os proprietários a buscar outras formasalternativas de ocupação, como atividade de lazer, através daimplantação de clubes recreativos.

Outro fato a ser observado na ocupação do territóriorefere-se ao parcelamento do solo rural para fins urbanos,tanto na região leste quanto na região sul, passando a seruma característica predominante a partir de 1984 nos bairrosrurais periféricos ao limite da zona urbana. Nesteloteamentos clandestinos se concentra uma população de baixarenda, em lotes que a princípio foram vendidos com áreasvariando entre 1000m2 à 5000m2, porém a curto prazo foram

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subdivididos em lotes menores (125m2), transformando-se emverdadeiros lotes urbanos que rapidamente foram ocupados comconstrução e moradias de carater permanente. Carentes de todainfra-estrutura básica desde saneamento até equipamentoscomunitários, passam a cobrar do Poder Público estes serviçosque são originalmente de responsabilidade do loteador. Estasocupações totalizam atualmente 108 loteamentos que estãosituados na região norte e na região leste predominantemente.Observa-se que muitos já constituem-se em verdadeiros bolsõesurbanos, sendo que a demanda aí existente utiliza osequipamentos dos bairros urbanos próximos.

O exposto acima demonstra que a forma de ocupação doterritório, vem se dando de modo inadequado, não observandoas potencialidades e limitações do meio físico para atotalidade do território municipal (Mapa 02 - OcupaçãoTerritorial).

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No sentido de se ordenar a ocupação do terrtório, foielaborada a carta das unidades territoriais dascaracterísticas físicas, antrópicas homogêneas apresentada aseguir no item 3.3.2.1 e a proposta de macrozoneamento doterritório do município no item 3.3.2.2.

3.3.2 - DIRETRIZES DA OCUPAÇÃO TERRITORIAL

3.3.2.1 - UNIDADES TERRITORIAIS DE CARACTERÍSTICAS FÍSICAS EANTRÓPICAS HOMOGÊNEAS

O município de São José dos Campos está localizado naProvíncia geomorfológica denominada Planalto Atlântico, no"graben" do Paraíba do Sul, abrangendo áreas que vão desde osesporões da Serra da Mantiqueira até as bordas do PlanaltoParaitinga-Paraibuna.

A Carta das Unidades Territoriais de CaracterísticasFísicas e Antrópicas Homogêneas foi elaborada a partir delevantamentos de campo, da leitura, análise e consolidaçãodos dados constantes nos trabalhos e cartas temáticaspertencentes ao acervo técnico da Secretaria de Planejamentoe Meio Ambiente ou por ela produzidos relacionados a seguir:

. Cartas de Declividades (SPMA-UNESP 1992-1:50.000);

. Carta Hipsométrica (SPMA-1985-1:50.000);

. Carta de Hidrografia e Cobertura Vegetal (SPMA-1993-1:50.000);

. Mapa Geológico do Estado de São Paulo (IPT 1978-1:100.000);

. Projeto Macrozoneamento da região do Vale doParaíba... (INPE 1992-1:250.000);

. Relatório Para o Combate à Erosão no Estado de SãoPaulo (IPT 1993-1:250.000);

. Levantamento de Campo (SPMA-1991-1:50.000);

. Proposta de Caracterização e Regulamentação da A.P.A.do Banhado (SPMA-1989);

. Legislação Ambiental Vigente.

A carta das Unidades Territoriais de característicasFísicas e Antrópicas Homogêneas tem como diretriz básica

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identificar as potencialidades e limitações para ocupação euso do território do Município. Observamos que aspotencialidades minerárias não foram contempladas na referidacarta pelos motivos já descritos no item 3.2.7, devendo seremdefinidas no Plano Minerário a ser elaborado pelo orgãomunicipal competente.

As potencialidades e limitações identificadas durante aelaboração da Carta das Unidades Territoriais resultaram emuma subdivisão do território em 07 (sete) unidades homogêneasa seguir definidas (Mapa 03 - Carta das UnidadesTerritoriais):

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Unidade 1

Características Gerais do Meio Físico

. Correspondente as planícies aluviais (várzea) eterraços fluviais do Rio Paraíba, e em menor escala do RioJaguari, apresenta terrenos baixos com declividadesinferiores a 5% e escoamento superficial lento. A unidade I éconstituída por material inconsolidado, predominantementeareno-argiloso de natureza essencialmente aluvionar, muitopermeável, com ocorrência de solos aluviais, hidromórficos eorgânicos com baixa capacidade de suporte e de carga, elençol freático muito próximo a superfície.

Devido a essas características, apesar das condiçõestopográficas favoráveis, do baixo potencial de riscogeológico e grau de erodibilidade praticamente nulo, essesterrenos são altamente problemáticos para ocupação urbana, notocante às extremas dificuldades de implantação de obras desaneamento e drenagem, de realização de escavações e deconstrução de fundações e por estarem sujeitos a "inundações"resultantes do acúmulo de águas do escoamento superficialprovenientes da impermeabilização urbana a montante. Asenchentes periódicas resultantes da elevação do nível do RioParaíba, foram controladas pelo sistema de " controle decheias" do reservatório de Paraibuna - Paraitinga e SantaBranca. Neste caso, a que se considerar ainda a extensa áreade influência do Paraíba, que, sendo um rio de pouco declivese movimenta muito dentro da calha secundária e altera comrelativa rapidez e frequência a forma dos seus meandros. Esseprocesso torna os limites do rio tão mutáveis que quaisquerinstalações próximas estarão sempre em risco.

Características Antrópicas

. A área de "várzea" do Rio Paraíba do Sul situada anordeste da malha urbana, nas regiões da Vargem Grande e doDistrito de Eugênio de Melo, apresenta predomínio deatividades agrícolas com cultivos intensivos e de extraçãomineral ao longo do rio, com ocorrência de campos antrópicos(pasto sujo) e algumas manchas significativas de mata ciliar.Já as áreas de "várzea" do Rio Paraíba do Sul e do RioJaguari, inseridas no atual Perimetro Urbano apresentam umpredominio de atividades agrícolas e campos antrópicos, comalguma ocorrência de ocupação urbana e industrial. Valeressaltar que a "várzea", principalmente à áreacorrespondente ao Banhado, em função de sua grandeimportância paisagística e cultural para a população de SãoJosé dos Campos, encontra-se caracterizada como área deproteção ambiental na lei de uso do solo vigente.

Potencialidades e Limitações

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A Unidade 1 é imprópria ao desenvolvimento urbano e aimplantação de obras viárias. É indicada às atividadesagrícolas (lavouras anuais com severas restrições ao uso deprodutos agrotóxicos). Admitidas as atividades de lazer desdeque sujeitas a uma taxa de impermeabilização limitada aomínimo e obrigatoriamente dotadas de rigoroso saneamento. Éimprópria ao desenvolvimento urbano e a implantação de obrasviárias.

Unidade 2

Características Gerais do Meio Físico

Compreende a região de colinas tabuliformes (topo amplo)de relevo ondulado suave e declividades entre 3 e 10%, cominterfluvios extensos e aplainados, vertentes ravinadas depequena extensão e vales abertos com planícies aluviaisrestritas situadas ao longo da planície aluvial do RioParaíba do Sul. A Unidade 2 é constituída essencialmente porsedimentos do Grupo Taubaté com predomínio de rochasinconsolidadas de granulometria fina. Os solos sãoessencialmente latossolos com textura predominantementeargilosa, de natureza friável e moderadamente permeável.

A Unidade 2 apresenta fenômenos erosivos de poucaintensidade, limitando-se basicamente as áreas em que o solode alteração (subsolo) é exposto sem que se adote medidas deproteção superficial, ou provocados pelo dimensionamentoinadequado de obras públicas (lançamentos de águas pluviais eservidas) e terraplenagem indevida. Por possuir topografiasuave, baixo grau de erodibilidade e baixo potencial de riscogeológico, esta unidade é adequada ao desenvolvimento urbanointensivo.

Características Antrópicas

A Unidade 2 caracteriza-se pelo intensivodesenvolvimento urbano, existência de campos antrópicos comalgumas manchas isoladas de mata, e ausência de agriculturaeconomicamente viável.

Potencialidades e Limitações

A Unidade 2 é apropriada ao desenvolvimento urbanointensivo e a implantação de obras viárias. As restriçõeslimitam-se a ocupação de fundos de vale, a correta disposiçãofinal de rejeitos sépticos e à adoção de medidas paracontrole de emissões atmosféricas e fenômenos erosivos.

Unidade 3

Características do Meio Físico

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Compreende áreas de relevo suave ondulado e declividadesentre 10 e 20%, com colinas pequenas e médias, morrotesalongados e morros arredondados com topos achatados. A maiorparte desta unidade encontra-se localizada de forma quasecontínua junto a faixa das colinas tabuliformes até oslimites com a Rodovia Carvalho Pinto. O fato de ser uma ViaExpressa, situada nas proximidades da interface dos terrenosentre as Unidades 3 e 4 e das obras de sua implantação teremhomogeneizado o meio físico local, credencia a RodoviaCarvalho Pinto como o divisor mais adequado entre asreferidas unidades. Ressalta-se ainda a existência de umamenor porção desta unidade, situada entre os Rios Paraíba doSul e Jaguari, e caracterizada como área do "ProjetoUrbanova".

As unidades 2 e 3, diferenciam-se essencialmente pelasclasses de declividade, sendo ambas constituídas porsedimentos do Grupo Taubaté e consequentemente com as mesmascaracterísticas físico-químicas. Entretanto, em função dasdeclividades serem mais acentuadas que as da Unidade 2, podemocorrer fenômenos erosivos mais intensos, nas áreas em que ossolos forem alterados (corte/aterro) sem à adoção de medidasadequadas de proteção superficial.

Características Antrópicas

A Unidade 3, com exceção da área do "Projeto Urbanova",apresenta-se intensamente ocupada na porção inserida dentrodo atual perimetro urbano, havendo na interface externapredominancia de campos antrópicos e ocupações urbanas,provenientes de diversos loteamentos clandestinos,observando-se ainda a existência de algumas instalaçõesindustriais de pequeno e médio porte.

Vale mencionar a existência de pequenaspropriedades com atividades hortifrutigranjeiros, com algumaprodução leiteira e ainda a presença de manchas isoladas demata.

Potencialidades e Limitações

A Unidade 3 é indicada ao desenvolvimento urbano e aimplantação de obras viárias, apresentando alguns setoresproblemáticos a ocupação urbana, tais como fundos de vale,cabeceiras de drenagem e encostas com altas taxas dedeclividade, que devem ser descartados para parcelamento.Este fato aliado a ocorrência de fenômenos erosivos maisintensos que os existentes na Unidade 2, apontam para anecessidade de estudos geotécnicos e hidrológicos maisdetalhados por ocasião de sua ocupação, a fim de que aqualidade das obras e a proteção ao meio ambiente sejamefetivas. As restrições para o desenvolvimento urbano limita-se ainda a correta disposição final de rejeitos sépticos eadoção de medidas para controle de emissões atmosféricas.

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A Unidade 3 é também apropriada para usos agrícolas,pecuários e florestais, associados à práticasconservacionistas de solo.

Unidade 4

Características do Meio Físico

Compreende áreas de relevo ondulado característico demorros, com topos arredondados e baixos, rampas de encostascurtas, vales fechados assimétricos com planícies aluviaisrestritas e predomínio de declividades entre 20 e 40%. AUnidade 4 esta situada entre a Rodovia Carvalho Pinto e asdivisas com os municípios de Jacareí, Jambeiro e Caçapava,sendo constituída por uma diversidade de tipos litológicos(rochas cristalinas) e solos com propriedades físico-químicasvariáveis e inconsolidados. É uma unidade inadequada aocupação urbana devido à natureza de seus materiais, aossetores de alta declividade, às cabeceiras de drenagem e àsvertentes de vale fortemente encaixadas, acarretarem um altopotencial de riscos geológicos com acentuado grau deerodibilidade e suscetibilidade a escorregamentos de terra.

A Unidade 4 tem com caraterística "peculiar", o fato deconter as cabeceiras de drenagem de quase a totalidade doscórregos que percorrem a malha urbana, dentro de seuslimites. A preservação desta região e sua exclusão para odesenvolvimento urbano são imprescindíveis para garantir nãosó a qualidade das águas mas principalmente para previnirgraves problemas de enchentes e inundações na malha urbanaconsolidada a jusante. O aumento do grau de impermeabilizaçãoem decorrência do adensamento urbano, geraria maiorescontribuições ao sistema hídrico, acarretando tambémsignificativo incremento às velocidades dos fluxos, fato queimplicaria em sérios problemas de escoamento de águasprincipalmente nas travessias mais antigas, sob o sistemaviário, que no geral não foram dimensionadas para estasituação.

Assim é necessário restringir severamente odesenvolvimento urbano nesta unidade, como forma de garantira eficiência do sistema de drenagem instalado a jusante eevitar ônus futuro ao poder público e a sociedade em geral.

Características Antrópicas

Predomínio de pastagens e campos antrópicos comatividades voltadas a pecuária leiteira, ocorrência demanchas isoladas de mata nativa e grandes áreas com cultivode Eucalípto. Observa-se a existência de ocupação urbanaproveniente de loteamentos clandestinos próximos a Rodoviados Tamoios e a Rodovia Carvalho Pinto.

Potencialidades e Limitações

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A Unidade 4 é destinada a proteção de cabeceiras dedrenagem. Admitido o uso agropecuário vinculado a práticasconservacionistas de solo e a silvicultura com essênciasnativas. Imprópria ao desenvolvimento urbano, devendo seradotadas soluções adequadas as características do meio físicopara as ocupações já existentes.

Unidade 5

Características do Meio Físico

Situada ao norte do atual perimetro urbano ecompreendendo os terrenos das Bacias do Buquira e do Jaguarie do Butá localizados no município, a Unidade 5 apresentacaraterísticas geomorfológicas e propriedades físico-químicassimilares as da Unidade 4, exceto no tocante a configuraçãohidrográfica. Neste caso o fenômeno da impermeabilização nãoé determinante, em razão de os principais rios e córregos damargem esquerda do Rio Paraíba do Sul que atravessam aUnidade 5 possuirem muito mais extensão e volume de água eainda por não interferirem significativamente com a malhaurbana existente.

Características Antrópicas

Predominam os campos antrópicos com manchas isoladas dematas nativas, em especial a Reserva Florestal AugustoRuschi. As atividades agrícolas são insignificantes eincipientes do ponto de vista econômico, predominando umapecuária extensiva com considerável produção leiteira,principalmente no bairro de Bonsucesso. Observa-se tambemáreas de reflorestamento com predomínio do cultivo deEucalípto.

A Unidade 5 apresenta ainda setores com ocupaçãocaracteristicamente urbana, provenientes de loteamentosclandestinos e de núcleos rurais espontâneos, principalmentenas proximidades da Rodovia SP-50 e no entorno do atualperimetro urbano, sendo notáveis os Bairros do Costinha, dosFreitas, do Bengalar e do Bonsucesso.

Potencialidades e Limitações

Em função das características geomorfológicas, osterrenos da Unidade 5 possuem severas restrições aodesenvolvimento urbano intensivo, devendo ser adotadassoluções próprias e adequadas ao meio físico para asocupações urbanas existentes. Esses terrenos são apropriadospara atividades de lazer e turismo, sendo admitidos paraessse fim, ocupações de baixa densidade tais como chácaras derecreio, clubes esportivos e usos similares cuja instalaçãodeve ser precedida de estudos mais detalhados, afim deadequar os seus projetos e minimizar as interferências nosolo e no ambiente da região.

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A Unidade 5 mediante a utilização de práticasconservacionistas de solo, é indicada para fruticultura,silvicultura, agropecuária entre outros, podendo ser admitidacomo consequência destas atividades á Agroindústria.

Unidade 6

Caraterísticas do Meio Físico:

Compreendendo os terrenos da Bacia Hidrográfica do Riodo Peixe até atingir os limites com a APA municipal daMantiqueira, a Unidade 6 caracteriza-se pela presença demorros alongados com espigões e serras locais apresentandoamplitudes de 200 e 300 metros e declividades entre 20 e 50%,serras com vales profundos, apresentando amplitudes maioresque 300 metros e declividades entre 40 e 60%.

A Unidade 6 é predominantemente constituída por rochascristalinas de moderada a fortemente fraturada, comocorrência de latossolos, cambissolos e podzólicos comtextura argilosa, expessuras médias e fortemente drenados.

As condições geodinâmicas da Unidade 6, determinam umalto potencial de riscos geológicos e forte erodibilidade comocorrência de movimentos de massa, deslizamentos eescorregamentos de terra, tornando esses terrenos altamenteproblemáticos para quaisquer instalações urbanas incluindo asestruturas viárias.

Nos terrenos desta unidade, constata-se a presença designificativas áreas de recarga dos aquíferos subterrâneos ede vasta rede hidrográfica, constituída basicamente pelabacia do Rio do Peixe, cujas águas contribuem para as áreasde recarga bem como para a represa do Jaguari. Assim, apreservação destes recursos hídricos, em volume e qualidade,é de suma importância não só para o equilíbrio ambiental, masprincipalmente como manaciais de reserva para o abastecimentode água da região.

Características Antrópicas

Predomínio de campos antrópicos com atividade pecuáriaextensiva incipiente economicamente. Presença de manchassignificativas de matas com importante papel no equilibriodinâmico das encostas e na perenização das nascentes. Eexistência de grandes propriedades com cultivo de eucalípto.

Constata-se ocorrência de uma "pré-nucleação" ainda comcaracterísticas rurais, principalmente na região de Lavras,do Vale do Guirra e Fartura, e também a existência de algunsloteamentos de chacáras de recreio.

Potencialidades e Limitações

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A Unidade 6 é imprópria ao desenvolvimento urbano,apresentando severas restrições a instalação de estruturasviárias, sendo necessária à adoção de soluções oportunas, emparticular de saneamento, no sentido de orientar e delimitaro referido processo de pré-nucleação e garantir a qualidadedos recursos hídricos. Esses terrenos devem ser destinados aproteção dos mananciais existentes, sendo indicados àatividades agrícolas, florestais (silvicultura com essênciasnativas ), e pecuárias com práticas conservacionistas de soloe severas restrições ao uso de produtos agrotóxicos,piscicultura, agroindústria e atividades turísticas e delazer desde que se garanta baixíssimas densidades, absolutaadequação sanitária e equilíbrio ambiental.

Unidade 7

Características do Meio Físico

Abrangendo os terrenos da atual APA da Mantiqueira, aUnidade 7 caracteriza-se pela presença de serras e escarpascom escostas muito entalhadas, sendo frequente a ocorrênciade cabeceiras de drenagem e de grotas profundas. Os topos sãoestreitos e alongados confinando vales fechados e abruptospredominando declividade de encostas da ordem de 60%.

A Unidade 7 é constituída por rochas cristalinas comalto grau de fraturamento com predominancia de cambissolos detextura argilosa e solos litólicos bem drenados com espessuramédia pouco permeável.

Tal conjunto de características configura uma região comalto potencial de riscos geológicos extremamente propícia aocorrência de fenomenos erosivos com escorregamentos edeslizamentos de terra, totalmente inadequada aodesenvolvimento urbano e a instalação de estruturas viárias.

Características Antrópicas

A Unidade 7 caracteriza-se pela presença de maciçossignificativos de vegetação nativa imprescindíveis para aperenização dos abundantes recursos hídricos existentes epara a sobrevivência da fauna da região.

A atividade econômica da região é incipiente,predominando a pecuária leiteira praticada em pequenaspropriedades rurais com o uso de pastagens naturais.

O núcleo mais importante e influente é o de SãoFrancisco Xavier que possui características tipicamenteurbanas e abriga a sede administrativa do Distrito. Além deSão Francisco, é comum na região a existência de núcleosrurais espontâneos tais como os Bairros de Remédios, Cateto eSanta Cruz.

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Em função da grande beleza paisagística e dos recursosnaturais existentes, esta região vem sofrendo especulaçãodecorrente da grande procura por imóveis para o lazer,principalmente nas regiões de Santa Barbára, Ferreira, entreoutras, o que vem transformando através de desmembramentos,grandes propriedades rurais em módulos menores comcaracterísticas predominantemente recreacionais.

Potencialiades e Limitações

Essas áreas são absolutamente impróprias para odesenvolvimento urbano, devendo ser destinadas a proteçãoambiental, podendo ainda ser admitidos alguns usos quereduzam ao mínimo a alteração e o comprometimento doequilíbrio ambiental. Entre tais usos estaria principalmenteo lazer associado a prática do Eco-Turismo e todas asatividades que se possam integrar ao meio, tais como asilvicultura com essências nativas, a piscicultura,caprinocultura e criação de pequenos animais, sendo aindaadmitidas a pecuária e agricultura de subsistência associadoa técnicas adequadas a conservação do solo. Cabe ainda aopoder público, através de soluções oportunas, adequar,orientar e fiscalizar o processo de desmembramento de terras,limitando-o aos módulos mínimos rurais com ocupações de baixadensidade, intervenções restritas de terraplenagem e soluçõesrigorosamente completas de saneamento.

3.3.2.2 - MACROZONEAMENTO TERRITORIAL

Com base na Carta das Unidades Territoriais deCaracterísticas Físicas e Antrópicas Homogêneas, propõe-seque o crescimento da cidade ocorra onde isso seja possível,sem levar a degradação urbana, preservando o meio ambiente,os recursos naturais de forma a assegurar o equilíbrioecológico do território do município.

Para tanto foram estabelecidos três tipos de macrozonasbásicas: Macrozona Urbana, Macrozona de Expansão Urbana eMacrozona Rural, caracterizadas a seguir:

Macrozona Urbana - é a porção do território do municípioapropriada predominantemente às funções urbanas. Foi definidaa pate das áreas já urbanizadas e dos vetores de expansãourbana Leste e Sul, respeitadas as atividades e restriçõesconstantes da Carta de Unidades Territoriais - Unidades 2 e3. Dentro do perímetro da Macrozona Urbana delimitou-se aporção do Território denominado Área de Proteção AmbientalQuatro - APA IV que pelas características de seu solo, desuas condições hídricas, apresentam alta vulnerabilidade efragilidade, com vários problemas de drenagem pelaproximidade do lençol na superfície, resultando em condiçõessanitárias de alta criticidade, apresentando alta restrição àimplantação de atividades urbanas. Necessita de normas

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diciplinadas às de uso e ocupação com o objetivo precípuo daproteção ambiental, visando assegurar o bem estar dapopulação, conservar e melhorar as condições ecológicaslocais.

Observa-se que de acordo com a legislação vigente - Lei3.666/89, a atividade de areia é proibida no perímetro urbanodo município, entretanto após a elaboração do Plano Minerárioa citada legislação deverá ser revista, no sentido deadequar-se as novas diretrizes que serão apontadas noPlano/Zoneamento Minerário conforme item 3.2.7 deste plano.

Macrozona de Expansão Urbana foi subdividida em duasmacrozonas:

Macrozona de Expansão Urbana I - é a porção doterritório do município indicada ao desenvolvimento urbano eà implantação de obras viárias, sendo também apropriada parausos agrícolas, pecuários e florestais associados à práticasconservacionistas de solo, devendo respeitar as atividades erestrições constantes da Carta de Unidade Territorial -Unidade 3.

Macrozona de Expansão Urbana II - é a porção doterritório do município apropriada à atividades de turismo elazer com ocupação de baixa densidade, devendo respeitar asatividades e restrições constantes da Carta de UnidadesTerritoriais - Unidade 5.

Macrozona Rural - é a porção de território do municípiodestinada à proteção ambiental dos manaciais existentes e dascabeceiras de drenagem, sendo imprópria ao desenvolvimentourbano, indicada às atividades agrícolas, pecuárias,inclusive a agroindústria, devendo respeitar as atividades erestrições constantes da carta das Unidades Territoriais.

Dentro do perímetro da Macrozona Rural delimitou-se trêsÁreas de Proteção Ambiental a seguir caracterizadas:

APA I - Área de Proteção Ambiental Um - que pelapresença de serras e escarpas, grutas profundas, frequênciade ocorrência de cabeceiras de drenagem, declividadesacentuadas da ordem de 60%, e pela constituição de rochas emalto grau de fraturamento, configura uma porção do territóriocom alto potencial de riscos geológicos - fenômenos erosivoscom escorregamento e deslizamento de terra, sendo inadequadaao desenvolvimento urbano. Necessita de normasdisciplinadoras com objetivo precípuo da proteção ambiental,visando assegurar a conservação e melhoria das condiçõesecológicas locais.

APA II - Área de Proteção Ambiental Dois - compreende osterrenos da Bacia Hidrográfica do Rio do Peixe até atingir aAPA 1. As condições geodinâmicas desta porção do território

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determinam um alto potencial de riscos geológicos e forteerodibilidade, com ocorrência de movimento de massa,deslizamentos e escorregamentos de terra, tornando estesterrenos altamente inadequados a quaisquer instalação urbana,incluindo as estruturas viárias. Constata-se ainda a presençade significativas áreas de recarga dos aquíferos subterrâneose vasta rede hidrográfica, sendo necessária a preservaçãodestes recursos hídricos, em volume e qualidade não só para oequilíbrio ambiental, mas principalmente como manaciais dereserva para o abastecimento de água da região.

APA III - Área de Proteção Ambiental Três - caracteriza-se por áreas de relevo ondulado, situada entre a RodoviaCarvalho Pinto e as divisas com os municípios de Jacareí,Jambeiro e Caçapava. Devido à natureza de seus materiais, aossetores de alta declividade, a presença de inúmerascabeceiras de drenagem, ao alto potencial de riscosgeológicos com acentuado grau de erodibilidade esuscitibilidade a escorregamento de terra, é inadequada àocupação urbana.

A preservação desta porção do território é imprecindívelpara garantir a qualidade das águas e previnir gravesproblemas de enchentes e inundações na malha urbanaconsolidada a jusante e na Macrozona da Expansão Urbana I.

Conclusão

Desta forma, a maior parte dos loteamentos clandestinossituados na região sudeste estarão incorporados no novotraçado do perímetro da Macrozona de Expansão Urbana 1,possibilitando que a regularização urbanistica e fundiáriados mesmos sejam efetuadas.

Os loteamentos clandestinos não incorporados no novoperímetro das Macrozonas de Expansão Urbana 1 e 2, porestarem situados em áreas inadequadas à ocupação urbanaintensiva, deverão ser devidamente delimitados, formandobolsões específicos para posterior inclusão no perímetrourbano através de legislação específica, possibilitandoviabilizar sua regularização perante as exigências da LeiFederal nº6766/79.

O perímetro da Macrozona de Expansão Urbana 1 e 2,possibilitará um aumento na oferta de terras urbanizáveis,estimulando a diminuição dos preços fundiários; apossibilidade de regularizar a maior parte dos assentamentosclandestinos, ao mesmo tempo que garante a permanência deáreas produtivas e a preservação dos recursos naturais nasoutras unidades identificadas no macrozoneamento. Os limitesdas Macrozona urbana, Macrozona de expansão urbana eMacrozona rural constam do Mapa 04 - Macrozoneamento.

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3.3.3 - DIAGNÓSTICO DA OCUPAÇÃO URBANA

A cidade de São José dos Campos está assentada naregião sul do Município. Constituida de relevo onduladosuave, composta por uma série de platôs, entrecortada porplanícies aluviais, transversais à varzea do Rio Paraíba doSul, ao Banhado, e à Rodovia Presidente Dutra.

São José dos Campos, como todas cidades brasileiras deseu porte, sofreu as consequências do "desenvolvimentoindustrial periférico". Independentemente do planejamento emnível municipal, fatores exógenos levaram a implantação degrandes estruturas, que definiram e alteraram marcadamente asua configuração urbana. (Mapa 05 - Elementos Estruturadoresda Área Urbana).

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O espaço urbano composto pelos tecidos agregados deJacareí à Pindamonhangaba, inserido na malha rodo-ferroviáriamais dinâmica do país, tem proporcionado à região umdesenvolvimento contínuo, com a implantação de inúmerasindústrias de grande porte e pólos tecnológicos, atraindo umcontigente populacional que atinge cerca de 977.940 pessoas(Mapa 06 - Uso do solo Predominante e População de Região).

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O declínio das atividades agrícolas e a política dedescentralização industrial da Região Metropolitana de SãoPaulo, a partir dos anos 70, provocou um crescimentodemográfico acentuado do aglomerado, tendo sido observada umagrande corrente migratória, com origem principalmente nosEstados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Esses migrantes, de um modo geral tiveram como destinoo município de São José dos Campos, atraídos pelo grandenúmero de indústrias em implantação, pelo nível de renda eemprego oferecido e pela variedade de serviços e equipamentosurbanos.

O aspecto atual da área urbanizada da cidade de SãoJosé dos Campos, tem uma história que toma impulso à partirda segunda metade dos anos 20. O núcleo urbano originalestava concentrado no que hoje chamamos de "platô central" dacidade. Situado entre o antigo leito da ferrovia ao sul, avárzea do Rio Paraíba - o Banhado - à oeste e norte, e oCórrego do Lavapés à leste. Era um pequeno aglomerado bemlocalizado e de contornos definidos.(Mapa 07 - EvoluçãoUrbana até a década de 1920).

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Com a implantação do Ramal Ferroviário Paratey, odeslocamento da estação ferroviária, a abertura da RodoviaS.P.50 - São José dos Campos/Campos do Jordão - e ainstalação das indústrias Tecelagem Parayba e Rhodia, aonorte do núcleo urbano existente, temos até a década de 50 umadensamento da área urbanizada, agora a partir do "platôcentral" em direção norte.

Ao sul, com a inauguração da primeira ligaçãorodoviária São Paulo/Rio de Janeiro - SP-66, cortando omunicípio no sentido leste-oeste aproximadamente a 3 (três)Km da Igreja Matriz, a implantação do caminho para Paraibuna,somados à liberação de áreas como resultado da desativação doantigo trecho da ferrovia, nota-se um pequeno espraiamento daurbanização nesse setor.(Mapa 08 - Evolução Urbana até adécada de 1940).

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Em 1935 fica criada a Estância Climática de São Josédos Campos e com a posse do primeiro prefeito nomeado, porforça do Artigo 47 da Lei Orgânica do Município, consideradaEstância Hidromineral. Floresce a instalação de sanatórios, oque dá sobrevida comercial e hospedeira de caráter local,enquanto que, o processo de decadência do café aliado aoprocesso de substituição de importações e a industrializaçãonos centros mais avançados, mudam a dinâmica produtiva domunicípio, que passa a ser mais diversificada no setorindustrial.

No período de 1950 à 1960, acelera-se o processo deindustrialização do município, propiciado em função dainauguração da Rodovia Presidente Dutra, da instalação doCentro Técnico Aeroespacial - CTA com vistas aodesenvolvimento de uma indústria aeronáutica nacional, e odesvio da linha de alta tensão Cubatão-Lajes. O municípiopassa a estar inserido em um conjunto de perspectivas dedesenvolvimento além de suas próprias fronteiras, o que maistarde viria a se confirmar com a dinamização do parqueindustrial paulista e do vale do Paraíba.

Nota-se na configuração da urbanização do município,cada vez mais fortemente marcado, o "eixo de expansão" nosentido leste-oeste, acentuado pelo paralelismo entre o RioParaíba, a Ferrovia, a linha de alta tensão Cubatão/Lajes e aRodovia Presidente Dutra.

Podemos observar a partir de 1950, que a ocupaçãourbana até então centralizada em sua maior parte no "platôcentral" e no bairro de Santana ao norte, avança para o setorsudeste e leste transpondo a Rodovia Presidente Dutra,atingindo os córregos Cambuí/Putim e Alambari, e para o setorsudoeste atravessando os córregos Vidoca/Serimbura.

Em 1954 com a Lei nº 281/54, temos o primeiro Códigode Obras do Município, que possui disposições que tratam dozoneamento, criando zonas industriais, comerciais,residenciais, sanatorial e aeronáutica, estabelecendo um"zoneamento de massa" que procura fixar as indústrias de modoa preservar de eventual poluição as zonas habitacionais bemcomo a captação de água para o consumo da população. A partirde 1958, com a criação da Comissão do Plano Diretor (CPEU-FAU/USP), as legislações urbanísticas tomam novo aspecto,assentadas sobre planos urbanísticos bem elaborados, naperspectiva de que o município se tornaria uma metrópole.Elaborou-se à época leis específicas para zoneamento eparcelamento do solo dando novas diretrizes, tais como:fixação de coeficiente de aproveitamento dos lotes egabaritos de altura. Através do decreto 250/58, procurou-sepreservar a zona habitacional de eventual poluição d`sindústrias que viessem à se instalar, fixando áreasespecíficas para estas. Temos ainda o decreto nº286/59 que

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definiu o perímetro urbano, contendo todos os loteamentosimplantados, bem como abrangendo grandes áreas vazias.

Em 1960 através da Lei nº 657/60 e suasregulamentações, o poder público tentava assegurar noslimites de sua competência, devido ao grande número deloteamentos implantados sem infra-estrutura, os meiosnecessários para exigir dos interessados a execução no mínimode rede de água e de distribuição elétrica.

Neste período observamos a implantação no setor leste,dos loteamentos Vila Industrial, Vila Tatetuba, JardimValparaíba e Vila Ester e loteamentos na área onde hoje seencontra a Refinaria Henrique Lajes-REVAP. No setor sudoestetemos o Jardim Anhembi, Jardim Paraíso, Parque Industrial e oinício da ocupação nos loteamentos Vila Letônia e Vila SãoBento. Observamos ainda, o início do processo de instalaçãoindustrial ao longo da Rodovia Presidente Dutra, com asindústrias: Johnson & Johnson, Ericsson, Eaton, GeneralMotors, Alpargatas, Bendix-Eluma, Neiva, e também em outroslocais da cidade como as indústrias Kanebo e Kaeme.

O período de 1960 à 1973 é marcado principalmente peloassentamento industrial e de loteamentos urbanos na regiãosudoeste tais como: Jardim Satélite, Cidade Jardim, JardimMorumbi, Chácaras Reunidas, e indústrias: Kodak, Fiel(Mannesman) e Phillips. Na região sudeste em parte da área doCentro Técnico Aeroespacial - CTA, temos a instalação do INPE(Instituto de Pesquisas Aeroespaciais) e da Embraer,sedimentando esta região como centralizadora do parqueindustrial aeroespacial no Município.

Neste período, o perímetro urbano definido pelo Dec. nº286/59 foi retraído com a Lei nº934/62, e novamente ampliadoatravés da Lei nº1.359/67, procurando delimitar basicamenteas áreas ocupadas por loteamentos.

Em 1970 com a conclusão do Plano Diretor deDesenvolvimento Integrado do Município - Lei nº1623/71, forampromulgadas leis referentes à parcelamento do solo - Leinº1.576/70 e zoneamento - Lei nº1.606/71. As áreas urbana ede expansão urbana definidas, passam então a ser divididas emzonas segundo a sua destinação urbanística, como : depredominância Comercial (ZpC), de predominância Habitacional(ZpH), de predominância Recreacional (ZpR), de predominânciaIndustrial (ZpI), Zona Industrial (ZI), Zona Especial (ZE) eZona Central (ZC).

A zona predominantemente comercial (ZpC) foi expandidado núcleo central da cidade, para a área dos loteamentos daVila Ady_Ana e Vila Maria. A Lei de Zoneamento tambémestimulou a construção de edifícios para habitaçõescoletivas, comerciais e conjuntos habitacionais, fixandocoeficientes de aproveitamento do lote diferenciado em

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relação à dimensão dos lotes. Cabe salientar que váriosaspectos abordados na Lei de Zoneamento foram baseados naestrutura viária proposta no PDDI/70.

Temos também, através do Dec. nº1.437/71, a liberaçãode alvará de construção para uma série de loteamentosirregulares quanto ao atendimento de exigências de infra-estrutura da Lei nº657/60, já ocupados por construçõesclandestinas.

O período de 1973 à 1980 foi marcado pela instalação daRefinaria Henrique Lajes-REVAP em área de aproximadamente900ha. que juntamente com o CTA, com aproximadamente1.200ha., na região diretamente oposta ao centro da cidade,ao sul da Rodovia Presidente Dutra, bloqueou a expansãourbana, contribuindo ainda mais para a escassez deinterligações entre os platôs nesse setor.

Constatamos através de foto aérea da área ocupada - Ano1973 escala 1:8000 - que a mancha urbana possuia umaconfiguração esparsa, descontínua e bastante extensa.

A cidade neste período se estende ainda mais à sudoestecom a implantação do loteamento Bosque dos Eucaliptos.Observa-se ainda o surgimento de alguns loteamentos comcaracterísticas de chácaras fora do perímetro urbano e deexpansão urbana.

Em 1974 com a redefinição do perímetro de expansãourbana do município através da Lei nº1.707/75, a gleba doprojeto denominado Urbanova com área de 1.400ha., situada aonorte da várzea do Rio Paraíba até o Rio Jaguarí, e à oesteda cidade, foi incorporada ao perímetro de expansão urbana. AUrbanova teve seu Plano Diretor de Ocupação aprovado atravésda Lei nº1.873/77. Em 1980 iniciaram-se as obras desteempreendimento, que deveria abrigar por volta de 1986 umapopulação aproximada de 120.000 habitantes, com 24.000unidades residenciais distribuídas para todas as faixaseconômicas, entretanto sua ocupação iniciou-se em 1989.

O crescimento da população da zona urbana passa de132.000 habitantes em 1970, para 205.000 habitantes em 1975,acarretando sensível mudança no aspecto físico da cidade,tornando necessários estudos para a reformulação da lei dezoneamento. A Lei nº1.606/71 não correspondia mais asnecessidades locais, favorecendo a construção maciça deresidências e apartamentos para classe média, valorizando asterras dentro do perímetro urbano, já notando-se nesta épocaum flagrante desequilíbrio no número de unidades residenciaisdisponíveis para as diferentes camadas sociais. Apenas em1980 são aprovadas, através da Lei nº2.263/80 novasdisposições para o zoneamento e o parcelamento do solo,juntamente com a definição do perímetro urbano e de expansão

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urbana, que embora bastante abrangente, foi posteriormenteampliado através da Lei nº2.313/80.

Os anos de 80 à 82 foram marcados por uma explosão deloteamentos na região sudeste e norte do município, cada vezmais distantes do centro urbanizado e dos locais de trabalho,criando um grande número de vazios na malha urbana.

É desta época o início do Programa Habitacional doMunicípio com a declaração de utilidade pública para fins demoradia popular, de uma gleba com aproximadamente 260ha.,localizada na região sudoeste da cidade entre o JardimMorumbi, Bosque dos Eucaliptos e Jardim Colonial, na qual seprevia a instalação de 8.000 moradias através da EmpresaMunicipal de Habitação S/A - EMHA, empresa de economia mista.

A Lei nº2.263/80 ampliou a zona urbana e de expansãourbana, detalhou as zonas de uso e criou outras,restringindo a instalação e ampliação de grandes indústrias.Quanto às normas para parcelamento do solo, manteve aexigência a cargo do empreendedor de toda a infra-estrutura,o que onerou o custo final dos lotes urbanizados. Emconsequência, limitou-se drasticamente a oferta de lotespopulares no mercado. Tentou-se atenuar o problema através daLei nº2.492/81, que dispôs sobre a implantação de"loteamentos especiais", diminuindo os encargos de infra-estrutura e vinculando a aprovação desses loteamentos àgarantia de que os mesmos fossem vendidos exclusivamente àpopulação de renda de até 3 salários mínimos. Tal vinculaçãoacabou por desestimular a iniciativa privada.(Mapa 09 -Evolução Urbana de 1950 à 1994).

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No período de 1980 à 1990, a lei de zoneamento, sofreuinúmeras alterações. Através da Lei nº3.110/86 o perímetrourbano foi retraído e a zona de expansão urbana foi extinta.Tal retração objetivava induzir a ocupação urbana para osvazios existentes na malha urbanizada, otimizando desta formaa utilização da infra e supra-estrutura existentes.

Começam a surgir no município, um grande número de"loteamentos de chácaras" na zona rural, próximas ao novoperímetro urbano, sem qualquer infra-estrutura.Principalmente a população de baixa renda, passou a residirnestas "chácaras", que na verdade são lotes de 1.000 a 2.000m2, subdivididos em pequenos lotes para fins residenciaisurbanos.

Em 1988 tem início a revisão da Lei nº2.263/80, buscandoconsolidar toda legislação existente, inserindo-se tambémnovos conceitos de parcelamento do solo e zoneamento,resultando na Lei nº3.721/90, em vigência até hoje. Esta leitem como proposta o estímulo à implantação de loteamentospara a população de média e baixa renda, através decategorias de loteamentos diferenciados quanto às exigênciasde infra-estrutura, tamanho dos lotes e percentuais de áreaspúblicas. Define parâmetros ambientais para o uso industrialno município, restringindo a implantação de indústriaspoluidoras e institui medidas de controle para as existentes,objetivando preservar o meio ambiente, e cria os "subcentrosde comércio e serviços" à nível de "bairro" através das zonascomerciais e corredores de uso especial.(Mapa 10 - Lei de Usoe Ocupação do Solo - nº3.721/90).

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Conforme inicialmente mencionado, o processo que definiua atual configuração da cidade, não foi adequadamenteacompanhado pelo poder público local, principalmente naúltima década em função da descontinuidade administrativa,apesar dos esforços de planejamento, coordenação de ações,planos setoriais e projetos urbanisticos oriundos do PDDI/70e vários projetos setoriais elaborados até 1981.

Em função deste processo descontínuo, as ações deplanejamento passaram a ter um papel mitigador, sempredefasado em relação às forças que produziamdesestruturadamente a cidade. A exemplo disto, parteconsiderável da zona rural possui loteamentos clandestinos,bem como observa-se a ausência de espaços urbanizadosadequados para abrigar pequenas e médias indústrias, faz comque estas continuem a se instalar em bairros residenciais,gerando conflitos de uso e limitando sua expansão. Talsituação, além das perversas relações sociais que refletem ereproduzem, implica também em entraves no desenvolvimentointegrado da cidade.

A lei de zoneamento e parcelamento do solo, apesar deser constantemente atualizada para atender problemasemergentes, não tem sido capaz de resolver as questõesestruturais do espaço urbano. As reformas legais de caráterconjuntural, desintegradas das políticas públicas setoriais,não tem sido suficientes para coibir o crescente edesestruturado crescimento da cidade, manifesto num tecidourbano de baixa densidade e de fortes e desiguais relaçõesespaciais, sociais e econômicas.

A razoável estruturação da "região centro" que abrigacerca de 30 % da população urbana de São José dos Campos, nãose repete nas outras regiões da cidade (Norte, Sul e Leste),apesar da tentativa de nucleação secundária e "abairramento"em diversos planos e projetos municipais.(Mapa 11 - Populaçãopor Região).

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Atualmente os órgãos municipais de desenvolvimentosocial, FUNDHAS, saúde, educação, cultura, esportes e lazer,administração e serviços municipais, vem procurando minimizara dispersão do espaço joseense, através da descentralizaçãotanto da rede física de atendimento, como de suas atividades.

A densidade bruta do perímetro urbano legal do distrito-sede de São José é de cerca de 19 hab/ha, enquanto que adensidade bruta da área urbanizada é de cerca de 35 hab/ha,índices b`stantes baixos, mesmo considerando os já baixospadrões urbanos brasileiros. Os altos custos de urbanizaçãodecorrentes das deseconomias de aglomeração* ocasionam, emúltima análise, maior "custos de vida" para os munícipes,maiores encargos para a administração pública em seusdiversos níveis e maiores custos de produção para asatividades econômicas. O quadro à seguir mostra o percentualdas diversas zonas de uso em relação ao perímetro urbanolegal, e suas respectivas densidades habitacionais brutas.

* "A urbanização é frequentemente defendida e justificada como elemento produtor do

crescimento econômico, pelo fato de possibilitar a utilização mais eficientes dos recursos,

ou seja, ela permite obter, coom um dado montante dd recursos, o nível de produto superior

ao que seria obtido por outra forma de organização especial da produção".

Os principais elementos associados à maior produtividade das áreas urbanas são a

especialização da produção e as economias de aglomeração.

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QUADRO DAS ÁREAS URBANAS LEGAIS E RESPECTIVAS DENSIDADES

BRUTAS - LEI DE ZONEAMENTO 3721/90

Ú-------------------------Â---------------------Â-----Â----------Â--------Â-----------Â-----------¿

³ CÓDIGO ³ CATEGORIA ³QUANT³ÁREA (km2)³ % ³ ÁREA (ha) ³DENS. BRUTA³

³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ (hab/ha) ³

Ã-------------------------Å---------------------Å-----Å----------Å--------Å-----------Å-----------´

³ ZR-1, ZR-2, ZR-3, ZR-4, ³ ZONAS RESIDENCIAIS ³ 33 ³ 24,09 ³ 11,07 ³ 2.409,40 ³ 76,87 ³

³ ZR-5 ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

Ã-------------------------Å---------------------Å-----Å----------Å--------Å-----------Å-----------´

³ ZC-1, ZC-2, ZC-3, ZC-4 ³ ZONAS COMERCIAIS ³ 14 ³ 1,49 ³ 0,68 ³ 149,50 ³ 80,56 ³

Ã-------------------------Å---------------------Å-----Å----------Å--------Å-----------Å-----------´

³ ZM-1, ZM-2, ZM-3, ZM-4, ³ ZONAS MISTAS ³ 28 ³ 41,68 ³ 19,06 ³ 4.168,11 ³ 43,12 ³

³ ZM-5, ZM-6, ZM-7, ZM-8 ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

Ã-------------------------Å---------------------Å-----Å----------Å--------Å-----------Å-----------´

³ APA-1, APA-2, APA-3, ³ ÁREA DE PROTEÇÃO ³ 10 ³ 28,21 ³ 12,90 ³ 2.821,50 ³ - ³

³ APA-4, APA-5 ³ AMBIENTAL ³ ³ ³ ³ ³ ³

Ã-------------------------Å---------------------Å-----Å----------Å--------Å-----------Å-----------´

³ ZE ³ ZONA ESPECIAL ³ 01 ³ 12,51 ³ 5,72 ³ 1.250,68 ³ 3,36 ³

³ ³ (CTA) ³ ³ ³ ³ ³ ³

Ã-------------------------Å---------------------Å-----Å----------Å--------Å-----------Å-----------´

³ ZUPI-1 * ³ ZONA PREDOMINANTE/ ³ 10 ³ 8,49 ³ 3,88 ³ 849,73 ³ 16,71 ³

³ ³ INDUST.(NÃO OCUPADA)³ ³ ³ ³ ³ ³

Ã-------------------------Å---------------------Å-----Å----------Å--------Å-----------Å-----------´

³ ZUPI-2 ³ ZONA PREDOMINANTE/ ³ 22 ³ 22,76 ³ 10,40 ³ 2.276,54 ³ 3,03 ³

³ ³ INDUST. (OCUPADA) ³ ³ ³ ³ ³ ³

Ã-------------------------Å---------------------Å-----Å----------Å--------Å-----------Å-----------´

³ ZDCA ³ ZONA DE CURSO D'ÁGU ³ 06 ³ 5,86 ³ 2,67 ³ 586,77 ³ - ³

Ã-------------------------Å---------------------Å-----Å----------Å--------Å-----------Å-----------´

³ ZUI ³ ZONA DE USO INSTITU-³ 03 ³ 0,95 ³ 0,43 ³ 95,23 ³ - ³

³ ³ CIONAL (ATERRO) ³ ³ ³ ³ ³ ³

Ã-------------------------Å---------------------Å-----Å----------Å--------Å-----------Å-----------´

³ ZVU * ³ ZONA DE VAZIO URBANO³ 13 ³ 72,59 ³ 33,19 ³ 7.259,43 ³ - ³

Ã-------------------------Å---------------------Å-----Å----------Å--------Å-----------Å-----------´

³PDRÍMETRO URBANO LEGAL ³ TOTAL ³ ³ 218,66 ³ 100,00 ³ 21,866,00 ³ 19,00 ³

À-------------------------Á---------------------Á-----Á----------Á--------Á-----------Á-----------Ù

Área total do Município - 1.118,00 km2 (100 %)

Área do perímetro urbano legal - 218,66 km2 (19,5 %)

Área urbanizada / perímetro urbano legal - 119,63 km2

Estoque disponível para expansão considerando a Lei Municipal 3721/90 menos APA-3:

- Total - 77,62 km2

- Zona Industrial - 8,4 km2

- ZVU * - 65,52 km2 ( excluídos: Campo dos Alemães,

Parque União,

Urbanova Etapa I a VII,

Cruzeiro do Sul)

Desta forma, o descompasso entre uma políticaterritorial e as demais políticas públicas setoriais, resultanum tecido urbano diferenciado enquanto lugar social e lugarprodutivo. Em outra palavras, munícipes têm um acessodesigual à infra-estrutura urbana, serviços públicos eprivados, tanto como cidadãos, quanto como agentes

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econômicos. Além disto, algumas zonas apresentam capacidadeociosa de investimentos públicos, enquanto outras sãobastante deficitárias. Assim sendo, as zonas apresentamcustos diferenciados de urbanização. Porém, tanto alegislação urbana como a política desintegrada deinvestimentos públicos (principalmente ao nível estadual efederal) e privados não estão afinados com esta questão,acarretando ineficiência (alta relação custo/benefício) naaplicação dos escassos fundos públicos e, conseqüentemente,ineficácia no atendimento às necessidades sociais eeconômicas da comunidade. (Mapa 12 - Distribuição Espacial doTecido Urbano).

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Dois outros aspectos agravam este quadro: o crescimentodisperso do tecido urbano, efetivado pelo processo depauperização/periferização da habitação de baixa renda e aocupação "clandestina" de áreas de alto risco geo-ambiental.Encontram-se no primeiro aspecto, as pseudo-chácaras derecreio que não passam de loteamentos urbanos carentes detoda infra-estrutura, forma encontrada pelo mercado para"resolver" o problema da habitação urbana. Verifica-se aqui aatuação de dois aspectos contraditórios do cenário econômicordcessivo: o subconsumo devido a pauperização da população ea ociosidade de excedentes econômicos. O capital, elementodominante desta identidade procura a terra urbana como formade sobrevivência através da extração da renda de populaçõescada vez mais pobres. Este é o lado mais perverso de talprocesso, conhecido na literatura específica como especulaçãoimobiliária.

Enquanto o poder público local procura minimizar osproblemas da urbanização periférica com um instrumental legal(zoneamento, código de obras etc.), o mesmo também reproduzindiretamente a lógica dos agentes privados, uma vez que osinvestimentos públicos estão sempre defasados às necessidadesda população. Não se utiliza o potencial dos investimentospúblicos como indutor da produção do espaço urbano. Isto éválido tanto para as políticas públicas setoriais (saúde,educação etc.) que têm uma instância espacial, como aspolíticas públicas que dão atributos qualitativos (urbanos)ao espaço tais como o abastecimento d'água, o sistema viárioetc.).

Portanto é preciso reconhecer em cada ação das políticaspúblicas, a sua participação na produção do espaço. É precisopensar as políticas públicas não como um eterno atendimentoapenas à demandas que se reproduzem, mas sim como ações que"constroem" a cidade para todos.

É possivel identificar uma cultura de planejamentourbano no município, seja através das ações do poder público,seja através da participação de diversas entidades dasociedade civil nos Conselhos e Comissões, entretanto nota-setambém desvios, a este processo em função de tentativaspontuais de desenvolvimento e implementação de planos,programas e projetos.

Assim como a condução operacional de processosadministrativos referentes às análises para concessão dealvarás de instalação de atividades, a execução de projetospontuais para atendimento dos mais diversos programas daadministração, somadas à responsabilidade de pensar a cidade,com utilização de uma estrutura de pessoal reduzida, atuandoem caráter "polivalente", sobrecarregam a Secretaria dePlanejamento.

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Tais circunstâncias indicam que, para se obtereficiência e eficácia na utilização dos recursos de pessoal enos procedimentos envolvidos na elaboração e implementação deinstrumentos de planejamento, é nescessário não só aadequação da Secretaria de Planejamento através do aumento deefetivo e suporte material e ainda da simplificação deprocessos e procedimentos, mas também a criação de umaestrutura mais ágil e flexível, voltada preponderadamente àpesquisa e ao apoio às decisões visando o desenvolvimento daurbanização com "qualidade".

Para tanto propomos a criação de um Instituto dePlanejamento Urbano do Município, como alternativa parasuprir as deficiências mencionadas e complemento às ações daSecretaria de Planejamento.

No sentido de ordenar a ocupação na área urbana domunicípio de forma contínua, planejada multidisciplinarmentee participativa; a política de ocupação urbana toma como basealém dos instrumentos de intervenção urbana citados no item3.3.4, e do conceito das Unidades Territoriais citadas noitem 3.3.2, a criação na área urbana e de expansão urbana dasUnidades de Planejamento.

A divisão da área urbana e de expansão urbana emUnidades de Planejamento tem como objetivo:

. a disseminação de informações;

. o planejamento e controle do uso e ocupação do solo;

. a participação das comunidades diretamente envolvidascom as soluções das políticas urbanas.

As Unidades de Planejamento são "porções da área urbanae de expansão urbana, constituídas por áreas com continuidadegeográfica, definidas segundo indicadores de integração ecompartimentação, a seguir relacionados:

. Integração: bacias hidrográficas, parcelamento, uso eocupação do solo, tipologia de edificações, sistemade circulação, valor de terra;

. Compartimentação: elevações, rios canais, sistema decirculação, áreas de uso específico e vaziosurbanos".

Os fatores determinantes para a delimitação de seusperímetros são: o reconhecimento oficial, a atratividade decentros de comércio e serviços, fatores de acessibilidade,fatores culturais, históricos e sócio econômicos, suascondições ambientais e a descentralização administrativa.

Dentro de seus limites estarão contidos os bairros,estes entendidos como "porções do território municipal, que

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reúnem pessoas que utilizam os mesmos equipamentos urbanos,dentro de limites reconhecidos pela população".

As Unidades de Planejamento serão objetos dedetalhamento através dos Projetos de Estruturação Urbana, quetratarão de:

. definir as zonas de ocupação e uso do solo;

. hierarquizar as vias oficiais de circulação;

. determinar as intensidades de uso;

. determinar as áreas para equipamentos urbanospúblicos;

. determinar as áreas de especial interesse;

. caracterizar o desenho urbano e o abairramento.

Os limites das Unidades de Planejamento serãoestabelecidos por lei , devendo ser obedecidos para efeitodas ações de governo, garantindo sua continuidade. Esteslimites serão passíveis de revisão de acordo com as premissasbásicas quanto ao processo de planejamento.

3.3.4 - DIRETRIZES, PROGRAMAS E PROJETOS DA OCUPAÇÃO URBANA

DIRETRIZES:

- Manter disponível para todos as informações pertinentesao Sistema de Planejamento físico territorial.

- Embasar o Sistema de Planejamento físico territorial nosseguintes instrumentos:

. Carta das Unidades Territoriais;

. Carta geotécnica e hidrológica;

. Carta de macrodrenagem;

. Banco de dados mobiliários e imobiliários;

. Carta da rede viária estrutural;

. Banco de dados estatísticos sócio-econômicos;

. Geoprocessamento;

. Carta de delimitação das Unidades de Planejamento-UP;

. Capacidade da infra-estrutura instalada e projetadacompreendendo equipamentos e recursos humanos,destinados à saneamento básico, energia, sistemaviários, transportes, saúde, educação, comunicações,desenvolvimento social, esportes, cultura,abastecimento e segurança pública.

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- Promover a participação da comunidade no processo deplanejamento.

- Acompanhar, atualizar e adequar a implementação desteP.D.D.I..

- Criar e implementar instrumentos que otimizem a completautilização dos terrenos beneficiados por investimentopúblicos e privados.

- Promover, conjuntamente com órgãos da administraçãopública municipal, estadual e federal, a integração dassoluções na aquisição, localização, utilização, ocupaçãoe estocagem de terrenos a elas destinados.

PROGRAMAS E PROJETOS:

- Criar o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano doMunicípio.

- Detalhar a carta do Macrozoneamento baseada nosinstrumentos do Sistema de Planejamento.

- Produzir os Projetos de Estruturação Urbana - PEU, paracada Unidades de Planejamento - UP.

- Revisar a legislação de uso e ocupação do solo.

- Revisar a legislação de parcelamento do solo.

- Instituir e regulamentar a aplicação dos seguintesinstrumentos de intervenção urbana:

. Operações interligadas: é o instrumento pelo qual épermitido mudanças urbanísticas referentes à ocupaçãoe uso do solo, em troca de Habitação de InteresseSocial - HIS;

. Operações urbanas: é o instrumento pelo qual épermitido mudanças urbanísticas, referentes àocupação e uso do solo, em troca de investimentos emmelhorias urbanas em determinados perímetrosdefinidos em lei;

. Parcelamento ou Edificação Compulsórias: é oinstrumento utilizado para assegurar o cumprimento dafunção social da propriedade urbana, através do qualo o Poder Público poderá determinar o parcelamento, aedificação ou utilização compulsória do solo urbanonão edificado, sub-utilizado ou não utilizado, nostermos dos artigos 156 parágrafo 1 e 182 parágrafo 4ºinciso I da Constituição Federal e dos artigos 197parágrafo 1º e artigo 254 inciso I da Lei Orgânica doMunicípio;

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. Imposto Predial e Territorial Progressivo no Tempo: éo instrumento utilizado para assegurar o cumprimentoda função social da propriedade urbana, através doqual o Poder Público poderá tornar progressivo notempo o imposto sobre a propriedade predial eterritorial urbana, nos termos dos artigos 156parágrafo 1º e 182 parágrafo 4º inciso II daConstituição Federal e artigos 197 parágrafo 1º e 254inciso II da Lei Orgânica Município;

. Despropriação com pagamento mediante títulos dadívida pública - é o instrumento através do qual,após a aplicação do Imposto Predial e TerritorialUrbano Progressivo no Tempo, sem o devidoparcelamento, edificação ou utilização do imóvelprevista na notificação, este estará sujeito adesapropriação, com pagamento mediante títulos dadívida pública, nos termos do artigo 182 parágrafo 4ºinciso III da Constituição Federal e artigo 254inciso III da Lei Orgânica do Município;

. Zonas especiais de interesse social - ZEIS : São asque se destinam primordialmente para a ampliação deprogramas e projetos habitacionais destinados àpopulação de baixa renda. Enquadram-se nestacategoria as áras ocupadas por sub-habitações/favelas, loteamentos clandestinos, ondehaja interesse social em promover a regulamentaçãofundiária e urbanistica e glebas ociosas no perímetrourbano.

. Instituir e regulamentar o Conselho e o Fundo deDesenvolvimento Urbano.

- Implantar o programa de criação e gerenciamento dedistritos empresariais.

- Consolidar os Subcentros de comércio e serviços.

- Integrar o processo de planejamento ao sistema deinformatização em implantação na administração municipal.

- Implantar os parques urbanos de recreação e lazer.

- Promover a revisão e implementação dos plano básicos deação já elaborados pela Secretaria de Planejamento, osqtais se destinam aos distritos de Eugênio de Mello, SãoFrancisco Xavier e ao Programa Habitacional do Campo dosAlemães.

- Revisão do perímetro da divisa do Distrito de Eugênio deMelo - Lei Estadual 8092 de 28/02/1964, adequando-o aconfiguração da malha urbana existente.

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- Apoiar a criação dos Conselhos Distritais de Eugênio deMelo e São Francisco Xavier.

- Produzir o projeto geométrico da rede estrutural viáriada expansão periférica do município, baseada no traçadoconstante do mapa 27 - Micro Estrutura Viária, que passaa fazer parte integrante do P.D.D.I..

. A região leste do município deve ser considerada áreade prioridade para este detalhamento.

- Viabilizar a implantação do projeto de revitalização daárea central.

- Criar e implementar normas e critérios para padronizaçãode mobiliário urbano com ênfase para sua adequação aoconforto e segurança dos portadores de necessidadesespeciais.

- Criar normas e critérios para padronização dasedificações e equipamentos da rede pública municipal.

3.3.5 - DIAGNÓSTICO DO MEIO AMBIENTE

INTRODUÇÃO

No momento em que diversos setores da sociedade sereúnem para discutir a questão do desenvolvimento, éinteressante que provoquemos uma reflexão à respeito dasorigens da crise contempôranea, buscando, desta forma, apossibilidade de vislumbrarmos perspectivas de criação denovos, ou readequação de antigos, paradigmas dedesenvolvimento.

A crise que hoje vivenciamos tem componentes históricose espaciais. O desenvolvimento que queremos deve incorporaras dimensões de qualidade de vida das populações e amanutenção da vida no planeta.

São José dos Campos sente as contradições de um modelode desenvolvimento que se mostra perverso em todos ossentidos. O ser humano passa a ser visto como um meroprodutor e consumidor, tendo todas as suas potencilidadesmassacradas. A natureza é transformada em simples bem deconsumo.

É esse modelo que não queremos perpetuar. Porém não énegando nosso passado e nosso presente que construiremos asbases de uma nova utopia. Ao assumirmos a existência dacrise, nos potencilizamos para a sua superação.

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Crise civilizatória, crise do capitalismo, crise docomunismo, crise moral, crise ética, crise política, crisedas instituições, crise ecológica, crise energética, criseindividual, crise dos paradigmas....Crise representa, antesde mais nada, oportunidades de superação.

As grandes transformações do mundo são silenciosas.

O processo tem início quando percebermos que um modelode desenvolvimento que exclui 2/3 de toda a humanidade ésimplesmente insustentável, tanto social quantoecologicamente. Verificamos, então, que os não miseráveis doplaneta tem um padrão de consumo irresponsável e perdulário,que caso fosse compartilhado pela população global, levariaao esgotamento da capacidade de suporte do planeta.Paradoxalmente, a miséria pode ser considerada comoresponsável pelos grandes impactos sócio-ambientais noterceiro mundo. A questão Ambiental, ao contrário do quemuitos apregoam, atinge de maneira distinta as diferentesclasses sociais. A imagem do planeta Terra, poeticamentedescrita como uma nave espacial, onde todos os tripulantesliteralmente "estão no mesmo barco", começa a se mostrarenganosa. É verdade que as ameaças ambientais globais (camadade ozônio, efeito estufa, etc), são reais e se o "barcoafundar vai todo mundo junto". Porém, temos sempre quelembrar, que a bordo dessa nave-Terra, 2/3 da humanidadeviaja no vagão de carga, enquanto na primeira classe (e nacabine de comando) vão justo aqueles que mais consomem osrecursos e que mais ameaçam a vida no planeta.

Conquistas e avanços tecnológicos poderão, cada vezmais, reduzir (pelo menos temporariamente) algumas dessasprincipais ameaças que sofre o planeta. Porém, não cabe àtecnologia reverter aquilo que não tem origem na Tecnologia.Ainda mais quando lembramos que a tecnologia não existe soltano vácuo. A utilização desta tecnologia está atrelada à umacosmovisão marcada histórica e socialmente.

A questão, portanto, já não é "desenvolvimento X nãodesenvolvimento". Que tipo de desenvolvimento queremos, qualo compromisso deste com a justiça social e com a manutençãoda vida no planeta? Esta é nossa questão.

Após esta constatação passamos para as açõescotidianas. São essas pequenas ações que, vagarosamente,porém inexoravelmente, trazem a transformação da realidade.Percebemos, então, que as máximas "pensar global e agirlocal"e "tudo está relacionado a tudo" são maravilhosamenteverdadeiras. Os ecologistas estavam certos!

O Estado, como gestor das políticas públicas, tem umpapel importante na reversão deste processo. Cabe a ele zelarpelo público, direcionando as políticas para uma perspectiva

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desenvolvimentista que esteja atrelada ao social, aoambiental e ao humano.

É fundamental que o empresariado assuma uma parcerianeste projeto, estando embuido desta preocupação. Talpreocupação e sensibilização devem advir, quer seja atravésda orientação e direcionamento das políticas públicas, querseja via pressões de mercado.

O cidadão, portanto, passa a exercer pressões, agoratambém na qualidade de consumidor, tanto de bens privadosquanto dos serviços públicos, porém, mais do que meroconsumidor, o cidadão deve passar a ser um coadjuvante nagestão da coisa pública. Como visto, participação dasociedade é condição "sine qua nom" na construção deste novomodelo. Cabe ao Estado o resgate dessa cidadaniaesquecida.Desenvolvimento e Cidadania - os papéiscontempôraneos do Estado.

Dentro desta ótica devemos procurar lançar à discussãoalgumas propostas concretas, que norteiem as nossas açõescotidianas referentes a trabalho, comida, lazer,lixo,educação, diversão, arte, transporte e saúde....,; em suma,propostas que venham de encontro a uma Vida com Qualidade.

A atual situação do Brasil exige um novo modelo dedesenvolvimento que, além de ser economicamente viável esocialmente equitativo, seja ecologicamente equilibrado.

A questão ambiental envolve soluções integradas eemergenciais de problemas, muitas vezes complexos, quenecessitam continuamente, de ações políticas, técnicas eadministrativas, ágeis e eficazes, à nível regional.

A preocupação com o ordenamento do uso do solo, no Valedo Paraíba, não é algo novo nos estudos de planejamento,particularmente pelas suas características físicas ambientaise disposição geográfica.

Diversos estudos foram elaborados, * sendo que um deleschegou a culminar com a assinatura do Decreto Federalnº87.561/82, dispondo sobre as medidas especiais de * CODIVAP. Caracterização do conhecimento: Vale do Paraíba 1971. [São José dos Campos]:

CODIVAP, [1972?].

PLANO regional do macro-eixo paulista. São Paulo: Secretaria de Estado de Economia e

Planejamento, 1978.

5v.

MACROZONEAMENTO da bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. São Paulo: CEEIVAP,

Secretaria de Estado de

Obras e Meio Ambiente, 1982-1985. 4v.

MACROZONEAMENTO da região do Vale do Paraíba e litoral norte do estado de São Paulo. São

José dos Campos:

INPE, CODIVAP, 1992.

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recuperação e proteção ambiental da Bacia Hidrográfica do RioParaíba do Sul, estabelecendo restrições à implantação deindústrias poluidoras; à ocupação de várzeas e às áreas deproteção de mananciais, visando um zoneamento que garantissea compatibilização de seu desenvolvimento com a proteçãoambiental.

Muito dos problemas econômicos, sociais, demográficos,ambientais e físicos territoriais, extrapolam os limites dosmunicípio, sendo que o enfoque regional, para a solução detais problemas, produz resultados mais eficientes. Contudo,essa visão não tem conseguido sensibilizar políticos eadministradores que veêm seu município, como um espaço físicocompartimentado, como se os recursos naturais, ou a qualidadede vida não dependesse do restante da região. São José dosCampos encontra-se praticamente "conurbado" com os municípiode Jacareí e Caçapava.

Melhorar a qualidade de vida dos cidadãos; recuperar omeio ambiente degradado; evitar e mitigar os impactosambientais; conservar os sistemas naturais e formar umacosciência cultural, que sensibilize as presentes e futurasgerações de forma a garantir uma vida ambientalmente sadiapara todos os seres vivos de nosso planeta; deverão ser osprincípios mais importantes para uma gestão ambientalintegrada entre os municípios que compõem o Vale do Paraíba.

Atualmente, são escassos os estudos e inventáriosespecíficos, que avaliam quantitativamente e qualitativamenteos recursos e problemas ambientais existentes no município.Numa análise preliminar, foi elaborado um "diagnósticoambiental" do município, baseado em fatos e experiênciasvivenciados pelo órgão municipal de meio ambiente.

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

A ÁGUA

O Município de São José dos Campos, utiliza as águas dabacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul, como mananciaisabastecedores das redes urbanas para uso doméstico,industrial e para a agricultura e pecuária. Ao mesmo tempoestes rios são receptores de efluentes domésticos lançados"in natura", e efluentes industriais que apesar de tratadosnas grandes indústrias, continuam representando, em algunscasos, fontes de poluição.

De maneira geral, os rios e córregos do municípioencontram-se mais preservados na zona rural; entretanto amedida em que se aproximam das áreas urbanizadas, e quandoadentram o núcleo urbano principal, são imediatamentecontaminados. Isto ocorre entre outros motivos, porque para

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uma população de 441.984 habitantes, no município, trata-seapenas 1,5% dos esgotos domésticos. Córregos como Vidoca,Cambuí, Senhorinha, entre outros, cortam a malha urbana emdireção ao Rio Paraíba, praticamente mortos, porque recebematravés da rede coletora da SABESP, o lançamento direto deefluentes domésticos "in natura" em suas águas. Estescórregos foram transformados em verdadeiras valas de esgoto acéu aberto, e conseqüentemente oferecem riscos a populaçãopor favorecerem o desenvolvimento de animais transmissores dedoenças como: ratos, mosquitos, pernilongos, baratas, vetoresda leptospirose, encefalite, hepatite, febre tifóide, entreoutras.

O problema da degradação dos recursos hídricos da Baciado Paraíba do Sul, fica mais complexo a medida em que se dá o"lançamento de água a montante e a captação de água ajusante" pelos municípios situados às margens do rio Paraíbae seus afluentes. Este fato agrava-se devido as pequenasdistâncias entre os pontos de lançamento e captação das redesurbanas, dificultando a auto-depuração da água e provocandocomo conseqüência o acréscimo nos custos de tratamento daágua a ser distribuída à população.

. Extração de Areia

As operações de extração de areia realizada no RioParaíba do Sul, vem provocando sensíveis alterações em seuregime hidráulico através do alargamento do leito, destruiçãodas margens, desaparecimento da vegetação ciliar e da faunaregional, rebaixamento do lençol freático e comprometimentoda qualidade de água. Além dos problemas já citados aexploração do mineral pelo método de cava nas várzeasinterfere diretamente na agricultura, reduzindo as áreascultivadas, dificultando tecnicamente o manejo do solo e airrigação das culturas e consequentemente onerando os custosda produção agrícola.

Com a promulgação da lei municipal nº 3.666/89 queprocurou disciplinar a exploração dos minerais classe 2 nomunicípio, o Poder Público passou a exercer um controle maisefetivo sobre as extratoras de areia, fato que alterou deforma positiva o quadro de degradação ambiental que vinhaocorrendo no município de São José dos Campos. Entretantoeste processo de degradação ainda encontra-se presente, emdecorrência da falta de conscientização dos agentes privadose do reduzido número do quadro de pessoal fiscalizatório dosórgãos públicos responsáveis pelo controle ambiental.

Paralelamente a este fato, o órgão municipal de meioambiente conjuntamente com o Ministério Publico por meio daCuradoria de Meio Ambiente, vem efetuando gestões junto àsêmpresas instaladas no município e as já desativadas, nosentido de promover a recuperação das áreas degradadas. (Mapa13 - Sistema Hídrico).

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O SOLO

Os solos de maneira geral, sofrem ao longo do tempoprocessos naturais de erosão. Entretanto, a ação antrópicainiciada pela remoção da cobertura vegetal, intervenções semadequada aplicação tecnológica, sobretudo os movimentos deterras, expõe o solo a ação de agentes naturais, constituindofatores decisivos para a aceleração dos processos erosivos.Dentre as principais causas que empobrecem o solo e acelerama ação dos agentes da erosão no município de São José dosCampos, destacam-se:

- grandes movimentações de terras em obras de terraplenagem,quando da implantação de loteamentos, como podemos notarnos loteamentos Campos de São José e Parque Interlagos;

- ausência de pavimentação, guias e sarjetas, agravadasmuitas vezes por um traçado inadequado do sistema viárioque expõe o solo a ação dos agentes erosivos,principalmente o escoamento das águas pluviais;

- Ineficácia e/ou ausência de um sistema de drenagem urbana,ocasionando formas de erosão por lançamentos de águas dechuvas e águas servidas, a exemplo do "buraco do Naum", noJardim Colonial;

- deficiência de ação fiscalizatória municipal para controlede erosão e de mecanismos administrativos e jurídicos quegarantam sua observância ;

- técnicas de manejo inadequadas na agricultura intensiva nasvárzeas do Rio Paraíba que resulta em perda do soloagrícola e conseqüente assoreamento do rio;

O impacto da erosão nos recursos hídricos, manifesta-seprincipalmente através do assoreamento de galerias e cursosd'água. As maiores conseqüências deste fato são:

- deterioração da qualidade destas águas;

- ocorrência e ampliação de áreas sujeitas a enchentes;

- redução da capacidade de armazenamento;

- ônus aos cofres públicos, resultantes de constantesoperações de desassoreamento dos cursos d'água.

O crescimento da malha urbana tem incorporado áreastecnicamente inadequadas ao assentamento urbano, acarretandoproblemas de degradação do meio físico e expondo a populaçãoà riscos.

Como exemplos deste problema temos:

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- implantação de loteamentos em locais não apropriados sob oponto de vhsta geotécnico;

- aterro e ocupação de várzeas ao longo dos rios e córregos,expondo a população à inundações. Problemas com estascaracterísticas são observados no Jardim Pararangaba,Vila Cristina, Vila Guarani;

- ocupação de morros e encostas, expondo essas populações apossíveis escorregamentos de terra e soterramentos, aexemplo da Vila São Bento, Vila Letônia, Jardim Guimarães;

Convém salientar a existência de problemas referentes aordenação do uso do solo urbano, no que diz respeito alocalização inadequada de algumas atividades, gerando muitasvezes conflitos de uso.

Os exemplos mais significativos são:

- conflitos existentes entre os usos "residencial" e"industrial", sendo constantes as reclamações de munícipesno tocante a emissão de material particulado, odores eruídos provenientes do exercício das atividadesindustriais;

- o assentamento urbano em áreas de várzeas, incompatível como uso previsto na Lei Orgânica Municipal (artigo 258), quedestina essas áreas exclusivamente para o uso agrícola;

- conflitos na ocupação do solo das áreas de preservaçãopermanente ao longo dos rios e córregos, necessitando deestudos técnicos de macrodrenagem para determinar a cotade inundação dos terrenos ao longo desses recursoshídricos. As reservas das faixas de preservação atualmentedevem respeitar o Código Florestal e a Lei de Uso eOcupação do Solo Municipal que caracteriza as faixassujeitas a inundação em Zona de Uso de Domínio de CursosD'Água - ZDCA.

Resíduos Sólidos Urbanos

A Lei Municipal nº 3718/89, praticamente funciona comoum plano diretor de limpeza urbana. Para elaboração destalei, em 1989, foram levantados os diversos resíduosproduzidos no núcleo urbano e para cada um desses resíduos,foram definidas as formas de acondicionamento, de dhsposiçãopara coleta, transporte e destino final.

Para os resíduos sólidos urbanos, isto é, resíduosprovenientes das residências, comércio, partesadministrativas de hospitais e indústrias, existe a coletaregular em praticamente todo o núcleo urbano, sendodiariamente dispostos no aterro sanitário, cerca de 260

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toneladas que representam uma produção média de 600 gramas delixo por cidadão/dia.

O aterro sanitário do município possui uma área de298.570,58 m2, sendo que a área específica para disposição deresíduos é de 125.278 m2. Foi implantado, em 1986, com umaprevisão de vida útil de 10 anos. Recebe ainda resíduosprovenientes dos municípios de Caçapava e Paraibuna. O tempode vida útil deste aterro, portanto estará esgotado nospróximos anos.

Conscientes dos desperdícios representados peladisposição de diversos resíduos no aterro sanitário, é que noano de 1990, foi lançada a coleta seletiva de lixo nomunicípio - "Projeto Luxo do Lixo". Inicialmente comoexperiência piloto em dois bairros, a coleta seletiva temcomo questão central, a mudança de comportamento dapopulação, a partir da conscientização dos benefíciosambientais e sociais representados pela separação dosmateriais recicláveis.

Para os resíduos sépticos hospitalares, isto é, aquelescontaminados, provenientes de clínicas, farmácias, clínicasveterinárias e hospitais, a Lei nº3.718/89, estabeleceu desdea forma de acondicionamento de acordo com as normas da ABNT,até a disposição para coleta; a coleta especial e aincineração como destinação final ideal. Até então, estesresíduos eram dispostos também no aterro sanitário,representando possível contaminação. O incinerador foiinstalado em 1990, na área do aterro sanitário - Bairro doTorrão de Ouro, hoje recebendo diariamente 1560 kg de lixoséptico provenientes de hospitais e 290 kg provenientes declínicas, inclusive veterinárias, farmácias e ambulatórios.Este incinerador recebe inspeção mensal da CETESB eamostragem de chaminé a cada 3 meses.

A legislação municipal sobre resíduos sólidos, acimaespecificada, proíbe a disposição dos resíduos industriais,isto é, aqueles provenientes de processo industrial, dentroda própria indústria. O controle é feito pela CETESB, e paracada tipo produzido há uma classificação por este órgão, quedefine também a disposição final. Hoje, cerca de 40 toneladasde resíduos industriais, após análise da CETESB, sãodispostos no próprio aterro sanitário. Existe ainda nomunicípio uma aterro para resíduos industriais, operado pelainiciativa privada, de propriedade da Ecossistema S/A, ondesão dispostos inclusive resíduos perigosos e não inertes, quese encontram na forma sólida ou semi-sólida. Este aterrorecebe resíduos não só das indústrias do município, mas detodo o vale. Este aterro também é controlado pela CETESB,pela competência definida em Lei Estadual.

Embora a legislação inicialmente especificada tenhacontemplado toda a questão de resíduo do município, e o poder

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público tenha implantado um serviço bastante avançado comrelação a limpeza urbana, a cidade continua com diversospontos de lixões. Bairros atendidos pela coleta diária tambémpossuem focos de lixões. Podemos observar resíduos dispostosem margens de córregos e rios, em locais destinados a áreasverdes, ainda não urbanizadas, e terrenos baldios.

Existem ainda no município algumas áreas que apesar deinadequadas, estão recebendo entulhos. Este problema decorreda falta de definição de locais específicos para deposiçãodos mesmos. Não há uma política municipal para os "tira-entulhos" nos bairros. Este serviço representa um custo àcomunidade, que prefere contratar um caminhoneiro, as vezescarroceiro, que acaba jogando o material no primeiro terrenobaldio encontrado. Em seguida, outros moradores vendo aquelaárea com entulho, continuam jogando, sacos de lixo, animaismortos etc..

Com relação às áreas problemas pela disposiçãoinadequada de resíduos, temos ainda o antigo lixão municipalque funcionava antes da implantação do aterro sanitário em1986. Naquela época, os resíduos eram dispostos sem qualquertratamento em área próxima ao atual aterro - o Torrão deOuro. O antigo depósito está aterrado, contudo, em sua baseformou-se uma lagoa composta pelos líquidos provenientes dadecomposição do lixo - o chorume. Esta concentração deefluentes do lixo poderá estar afetando o lençol freático eeventualmente a várzea do córrego Vidoca. (vide Mapa 14 -Resíduos Sólidos/Erosão Urbana).

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O AR

O Médio Vale do Paraíba possui condições naturais quelhe dão potencial para apresentar graves problemas depoluição do ar.

A posição topográfica de São José dos Campos, localizadaem um vale, associada às condições meteorológicas da região,apresenta alguns pontos desfavoráveis ao transporte edispersão dos poluentes.

A estabilidade atmosférica da região, gerando calmariasidentificadas por CONTI (1975) somada à presença departículas, em suspensão, proporciona a formação de névoaúmida, nevoeiro e inversões de radiação ao longo do vale,especialmente no inverno.

Os dados de umidade relativa do ar tem apresentado umligeiro acréscimo, o que pode se relacionar com à construçãode algumas barragens que funcionam como reguladoras dasvazões hidrográficas no Vale do Paraíba. As mediçõespluviométricas mostram que durante o inverno a precipitação ébaixa e são frequentes as neblinas. O clima se caracterizaportanto, por apresentar uma estação úmida, de outubro amarço e uma estação seca, de abril a setembro.

Os ventos dominantes são fracos, procedentes do sudeste,durante o maior período do ano, e da direção nordeste, numasegunda predominância. No inverno há uma maior exposiçãosolar efetiva, devido a uma redução da nebulosidade,associada a presença de anticiclones polar e subtropical.Nota-se que são frequentes as inversões térmicas durante oinverno.

De acordo com dados fornecidos pela CETESB, em São Josédos Campos ainda não foram detectados episódios agudos depoluição do ar. Os problemas causados pela poluição do ar,quase sempre têm sido traduzidos em odores incômodos quegeram reclamações diárias em pontos localizados, geralmentepróximos a alguns estabelecimentos industriais. Contudo, nãohá uma rede de aparelhos instalados para verificar os níveisde comprometimento do ar, em pontos específicos da áreamunicipal.

As fontes fixas de poluição do ar, são representadasprincipalmente pelas indústrias instaladas próximas à RodoviaPresidente Dutra. Tais fontes contribuem com emissõesatmosféricas significativas, em especial no que se refere aemissão de dióxido de enxofre, material particulado epartículas em suspensão. Estes poluentes causam váriosefeitos negativos sobre a saúde humana. Os efeitos causadospelos poluentes dependem da concentração presente naatmosfera; do tempo de exposição do indivíduo e da

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sensibilidade de cada pessoa. Outros parâmetros não puderamser considerados por falta de informações.

As fontes móveis de poluição do ar, representadas peloaumento da frota de veículos provoca uma mudançasignificativa na qualidade do ar da região. A concentração deveículos, se dá especialmente no trecho da Rodovia PresidenteDutra (BR-116); Estrada dos Tamoios (SP-99) e nos Corredoresde Uso Especial (Lei nº 3721/90); etc. Estas fontescontribuem com emissões significativas de materialparticulado; monóxido de carbono; hidrocarbonetos, etc.

Algumas fontes situadas na região leste do municípioapresentam potencial de periculosidade, tais como a RefinariaHenrique Lajes; engarrafadoras e distribuidoras de GLP, basede distribuição de derivados de petróleo e álcoois etílicos.Estas fontes podem causar, em casos de emissões acidentais:incêndios, explosões. emissão de substâncias de elevadatoxidade e corrosividade etc..

A poluição sonora do município é representada por fontessonoras fixas (casas noturnas; templos religiosos; serviçosgeradores de ruídos; algumas indústrias; etc., e por fontesmóveis, os veículos. A área central do município vem sofrendoum agravamento do ruído urbano, principalmente pelo aumentoda frota de veículos e da concentração de atividadesurbanas.(vide Mapa 15 - Fontes de Poluição Atmosférica - Graude Risco).

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A COBERTURA VEGETAL

Com a exploração cafeeira no início do século, eposteriormente as atividades pecuárias e o intensivodesenvolvimento urbano e industrial ocorrido nas últimasdécadas, houve uma devastação muito acentuada e rápida dacobertura vegetal original.

A vegetação nativa remanescente predomina nas encostas,esporões e nas posições de cumeeira da Serra da Mantiqueira,por constituírem áreas de preservação natural. Ocorre tambémem trechos que acompanham as margens do rio Paraíba do Sul eprincipais tributários, constituindo-se nas denominadas matasciliares.

São por demais conhecidos os efeitos negativos dosdesmatamentos, tanto das encostas, como das matas ciliares. Odesmatamento desencadeia e acelera processos erosivos comcarregamento de sedimentos, cujas conseqüências conduzem aoassoreamento e aumento da turbidez do meio aquático,alterando a qualidade hídrica, trazendo sérios riscos quecomprometem o equilíbrio da biota dos ecossistemas aquáticos.

A destruição da mata ciliar e da vegetação nativaremanescentes por práticas de desmatamentos e queimadas, éresultante de: falta de conscientização por parte dapopulação sobre a importância destes recursos para oecossistema; desconhecimento da legislação ambiental vigente;apropriação privada da natureza, com objetivo de lucro, emdetrimento do papel social da propriedade; fiscalizaçãodeficiente por parte do poder público e da ausência de umapolítica municipal, ao longo dos anos, para incentivar apreservação das áreas revestidas por florestas e demaisformas de vegetação.

Constata-se um aumento da silvicultura através doacréscimo de áreas de reflorestamento, com o predomínio docultivo do Eucalipto. Chamada de reflorestamento, asilvicultura muitas vezes infringe a legislação vigente,pois ocupa glebas anteriormente desmatadas, que apresentamsituações físicas de preservação permanente (CódigoFlorestal), impedindo a regeneração da vegetação nativa.

Áreas verdes e Arborização Urbana

Os espaços públicos livres coletivos urbanoscaracterizados por praças, parques e bosques constituem avegetação urbana. Este por sua vez tem como função, além depropiciar ao cidadão espaço para atividades de lazer, atenuaras mudanças bruscas de temperatura atuando como moderadora domicro-clima urbano, minimizar a poluição atmosférica causadapor gases e partículas, bem como de atenuar os efeitos dapoluição sonora e harmonizar a paisagem urbana tornando avida da cidade mais agradável.

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Tendo em vista a importância dos espaços públicos livrescoletivos urbanos para o município, para o cálculo daquantidade de área verde urbana visando suprir o déficitmunicipal, foi considerado como ideal o índice de 22,50m2 porhabitação. Este índice tem sido considerado em diversosestudos e são utilizados nos municípios de Curitiba e SãoPaulo. A Divisão de Pesquisa Sócio Econômica da PrefeituraMunicipal constatou que cada família é composta em média porcinco pessoas, o que resulta o índice de 4,5m2 de área verdepor habitante.

Tomando como base este índice e a disponibilidade deáreas verdes públicas na área urbana, observa-se uma carênciade espaços públicos livres coletivos urbano como praças ebosques em diversos bairros do nosso município, tais como:Jardim Morumbi, Jardim América, Jardim Satélite, JardimAeroporto, Vila Ema, Jardim Oswaldo Cruz, Jardim Paulista,Jardim Ismênia, Vila Maria e Santana, entre outros.

O Parque Santos Dumont, por exemplo apesar de terdimensões e equipamentos para atuar como parque local, istoé, atender aos usuários das proximidades, tem sido procuradopelas populações residentes em bairros mais distantes, que láacorrem para a satisfação das suas necessidades de lazer erecreação, dando ao parque, características de parquemunicipal.

Constatou-se que muitas áreas destinadas a praçaspúblicas não possuíam delimitação, guias e sarjetas,sinalização de seu perímetro, vegetação ou equipamento que ascaracterizassem como áreas de lazer. Outra constatação foique um grande número de espaços destinados a princípio àimplantação de áreas verdes, foram ocupados com atividadesinstitucionais ou permissionadas para outras entidades com afinalidade de edificar equipamentos sociais.

A arborização urbana é da mais alta importância para aqualidade de vida humana, agindo sobre os aspectos físicos ementais do homem, absorvendo ruídos, atenuando o calor dosol, filtrando partículas sólidas em suspensão no ar,contribuindo ainda para a formação e o aprimoramento do sensoestético. Entretanto os vários benefícios práticos daarborização de ruas só serão obtidos quando houver umplanejamento adequado em sua execução e manutenção. Oconhecimento das características das espécies arbóreas e doambiente urbano constituem-se pré condições básicas para osucesso da arborização.

O município de São José dos Campos, teve sua arborizaçãoimplantada sem um adequado planejamento. Decorrência dessefato têm sido os inúmeros inconvenientes e prejuízosconstantes verificados, a exemplo de:

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a) danos à fiação aérea e telefônica com o invariávelresultado de mutilação das árvores que levam a sériasconseqüências biológicas e estéticas, muitas vezesirreparáveis;

b) danos e prejuízos às tubulações subterrâneas de águae esgoto que para manutenção, com frequência, determinamsenão a remoção das árvores, danos irreparáveis em suasraízes, com conseqüências nos seus processos fisiológicosou na própria estabilidade física;

c) ocorrência de inúmeros outros inconvenientes, como autilização de espécies arbóreas de grande porte em ruassem afastamento predial, prejudicando as edificações; osistema radicular aflorante, provocando danos napavimentação e nos passeios públicos; ruas escuras einseguras devido a não compatibilização do porte da árvoree forma da copa com a posição das luminárias de iluminaçãopública, etc.;

d) outros fatores também contribuem para a degeneração daarborização urbana, entre eles:

- ausência de práticas silviculturais necessárias para mantera árvore saudável e compatível com o meio urbano, taispráticas consistem na formação e utilização de mudasadequadas para o plantio, adubação e tratosfitossanitários;

- grande depredação de mudas de árvores e espécies arbóreasadultas, provocada pela ação do homem;

- ausência de um Departamento Municipal de Parques, Praças eÁreas Verdes, com técnicos e funcionários treinados, aptosa desenvolverem atividades específicas da área.( vide Mapa16 - Cobertura Vegetal).

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A FAUNA

A fauna nativa da região vem sendo praticamenteeliminada em consequência de sucessivas ações antrópicas,como os desmatamentos e as queimadas, causando destruição doambiente natural das espécies.

Os principais problemas com relação à proteção da faunalocal, são os seguintes:

- falta de infra-estrutura dos órgãos competentes para afiscalização do comércio de animais silvestres;

- animais silvestres colocados em cativeiro;

- caça, captura ilegal e mau trato de animais silvestres;

- falta de uma estrutura municipal, com apoio do Estado, parao recebimento, trato e readaptação de animais silvestres;

- mau trato de animais domésticos;

- falta de uma estrutura municipal, com apoio da UIPA (UniãoInternacional de Proteção dos Animais e Setor de Zoonosesda Secretaria Municipal de Saúde) para o recebimento etrato de animais domésticos abandonados e doentes.

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O Poder Público Municipal implantou à partir de 1992 emtoda rede de ensino o Programa de Educação Ambiental de "SãoJosé - Verde Limpa", voltado para o tema de resíduos sólidos,especialmente sobre coleta seletiva.

A atual Administração está lançando o ProgramaPermanente de Educação Ambiental "Rio Paraíba: as relaçõessociedade-meio ambiente e as atividades espaciais". Oreferido programa consiste na implantação e desenvolvimentode atividades voltadas à compreenção da ocupação e uso dosolo no Vale do Rio Paraíba, com vistas à proteção dosrecursos hídricos, através do monitoramento da baciahidrográfica do Rio Paraíba do Sul.

O presente programa envolve a rede municipal, estaduale particular de ensino. Primeiramente no âmbito do municípioe futuramente no âmbito regional (Vale do Paraíba), contandocom o apoio técnico do Instituto Nacional de PesquisasEspaciais - INPE.

O Programa de Educação Ambiental tem por objetivo odesenvolvimento da sociedade de forma sustentada, priorizandouma educação popular e libertária, que esteja engajada naproposta de resgate e formação da cidadania. A preocupação

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com as questões ambientais deverá estar contemplada na baseestrutural do projeto, ao invés de isoladamente. O ambiente aser explorado deverá ser compreendido em toda a suatotalidade e complexidade. Deve-se extrapolar a idéia deambiente natural, trabalhando conjuntamente com os conceitosde ambiente social, político, espiritual e corporal. Aeducação ambiental deve se pautar na educação pela ação-transformação, negando desta forma o fatalismo - pessimismo- imobilismo tão observado em outras ações de educaçãoambiental. É interessante que tal proposta educacionalprocure resgatar a história local, recontada pelos seusagentes, procurando-se relatar as relações históricas , com omeio.

Consideramos que tal proposta de Educação Ambientaldeva estar contemplada tanto no campo formal como não formal.Desta forma talvez consiga-se construir as bases de umasociedade melhor relacionada com o seu meio natural e social;solidária e responsável pela vida no planeta.

3.3.6 - DIRETRIZES, PROGRAMAS E PROJETOS DE MEIO AMBIENTE

DIRETRIZES:

- Garantir a promoção e manutenção do equilíbrio ecológico,considerando o meio ambiente como um patrimônio a sernecessariamente assegurado e protegido, tendo em vista acoletividade

- Participar do planejamento da racionalização do uso dosolo, subsolo, da água, do ar, cobertura vegetal e fauna

- Participação do planejamento e fiscalização do uso dosrecursos naturais (ambientais)

- Participação da proteção dos ecossistemas, com apreservação das áreas representativas

- Participação do controle e zoneamento das atividadespotencial ou efetivamente poluidoras

- Prever incentivos ao estudo e a pesquisa de tecnologiasvoltadas à proteção de recursos ambientais ao seu usoracional e à sua proteção

- Participação do monitoramento da qualidade ambiental

- Participação de programas de recuperação de áreas deelevado grau de degradação

- Participação de programas de educação ambiental, em nívelformal e não formal, objetivando capacitar e sensibilizar a

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comunidade para a participação ativa na defesa do meioambiente.

PROGRAMAS E PROJETOS

a)- Programa de institucionalização legal e administrativa dapolítica ambiental do município de são josé dos camposobjetivo: elaboração de legislação específica, com afinalidade de disciplinar, orientar e condicionar oplanejamento ambiental do município e a execução de suasações, mediante integração dos diversos órgãos do poderpúblico e da comunidade, estabelecendo a políticamunicipal de meio ambiente

. Institucionalização da política ambiental domunicípio de são josé dos campos

. Elaboração da carta de meio ambiente para o município

b) - Programa de compatibilização do assentamento industrialcom as características ambientais do município objetivo:inventariar as principais fontes industriais deprodução; emissão de detritos: líquidos e gasosos domunicípio; e selecionar áreas adequadas para aimplantação de distritos industriais

. Projeto de inventário das principais fontes deprodução, emissão de detritos, líquidos e gasososinstalados no município

. Definição legal dos padrões de emissão do ar, água,resíduos sólidos, bem como dos níveis máximospermissíveis de sons e ruídos no município,associados a um mecanismo de fiscalização

. Elaboração de uma nova matriz de enquadramento paraas fontes de poluição, com base nos projetos 1.1 e1.2, para fins da confecção de uma nova lei de uso eocupação do solo do município

c) - Programa de controle da qualidade do ar e sonoraobjetivo: implantar projetos de controle de poluiçãoatmosférica e campanhas educativas de controle dapoluição de veículos automotores e da poluição sonora

. Seleção de áreas adequadas para implantação dedistritos industriais, considerando os aspectosfísicos e territoriais, sistema viário e energético,recursos naturais, predominância e orientação dosventos, etc

. Implantação de um processo de controle de poluiçãoindustrial, dando prioridade aos processos que

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apresentam significativas emissões atmosféricas, notocante ao dióxido de enxofre e material particulado

. Elaboração de campanhas educativas de controle depoluição dos veículos automotores

. Elaboração de campanhas educativas de controle depoluição sonora

. Viabilizar a instalação de rede(s) de monitoramentomanual(ais) e/ou automática(s) da cetesb nas diversasregiões do município

d) - Programa de controle d`s atividade que apresentampericulosidade significativaobjetivos: estabelecer medidas corretivas para as fontesque apresentam grau de risco (explosões, incêndios,vazamentos etc.) já instaladas; e medidas preventivaspara as fontes que vierem a se instalar no município

. Seleção de áreas adequadas para a instalação deatividades que apresentam significativo grau de riscoambiental (emissões acidentais, que causam:explosões, incêndios, vazamentos, etc)

. Elaboração de um estudo de análise de risco da regiãoda vista verde, estrada tancredo neves, estrada docajuru, jardim três josé, jardim americano, queabrigam a refinaria henrique lajes, base dedistribuição de derivados de petróleo e álcooisetílicos, engarrafadoras de glp, etc, abrangendo seuslimites geográficos e vizinhança, constituída pelosnúcleos habitacionais com possibilidade de serematingidos por emissões acidentais dessas fontes

e) - Programa de controle e tratamento de esgotos domésticosdo municípioobjetivo: apresentar estudos sobre as alternativas decontrole e tratamento de esgotos domésticos para omunicípio, e campanhas educativas sobre os cuidados como saneamento básico

. Cadastramento das ligações clandestinas de esgoto

. Estudo sobre as alternativas de controle e tratamentode esgotos domésticos para o município

. Elaboração de campanhas educativas sobre os cuidadoscom o saneamento básico

f) - Programa de controle da qualidade das águasobjetivo: elaborar estudos e plano de mineração domunicípio, visando o controle das águas superficiais esubterrâneas

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. Estudo do transporte de sedimentos sólidos no rioparaíba do sul e seus afluentes

. Plano de mineração do município

. Implantação da rede de monitoramento da qualidade daságuas superficiais

. Projeto de controle da poluição industrial, dandoprioridade aos processos que apresentam metaispesados e substâncias tóxicas em seus efluentes

. Inventário quantitativo e qualitativo das fontes deáguas subterrâneas

g) - Programa de controle e prevenção da erosão urbanaobjetivo: elaborar estudos e material cartográfico,contendo ar especificidades geotécnicas da região, a fimde planejar a ocupação do solo de acordo com o seupotencial urbano, agrícola, minerário, identificando asáreas de risco (problemas erosivos) e de preservaçãopermanente

. Criação de diretriz municipal de controle epreservação de problemas erosivos que além dosaspectos condicionantes e dispositivos legaisespecíficos, aborde a existência de mecanismos quegarantam sua observância

. Elaboração de carta geotécnica com o intuito dedeterminar a ocupação e uso do solo, de acordo comseu potencial urbano, agrícola, minerário,identificando as áreas de risco e de preservaçãopermanente

. Traçar medidas de recuperação de áreas degradadas eações no âmbito do uso do solo, drenagem urbana,preservação e recuperação da cobertura vegetal eeducação ambiental

h) - Programa de controle e disposição de resíduos sólidosobjetivo: melhorar a administração e manejo dos resíduossólidos urbanos através da implantação de projetos quevisam adequar tecnologias apropriadas para os diferentestipos de resíduos, bem como o reaproveitamento dosresíduos sólidos.

. Seleção de áreas adequadas para a instalação deaterros sanitários, aterros industriais,incineradores e locais para a deposição de entulhosno município

. Programas de orientação quanto ao uso de agrotóxicose adequada disposição de embalagens utilizadas.

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. Ampliação do projeto de coleta seletiva para todo omunicípio

. Projeto para viabilizar a reativação da usina decompostagem do município

. Estudo para o aproveitamento do gás do aterrosanitário

. Elaboração do projeto de reciclagem de entulhos

i) - Programa de áreas verdes e arborização urbana,objetivo: ampliar o índice de áreas verdes domunicípio; contribuindo para amenizar o impacto dasáreas construídas e impermeabilizadas; propiciar amelhoria das condições ambientais no que se refere apoluição urbana.

. Inventário da arborização urbana

. Cadastramento e classificação dos espaços públicoslivres coletivos urbanos municipais caracterizadoscomo áreas verdes

. Projeto de aproveitamento de áreas "non edificandi"para aumento das áreas verdes

. Transformação da reserva florestal augusto ruschi emparque municipal

. Projeto de implantação dos parques setoriais

. Projeto de plantio de espécies frutíferas parapássaros e peixes em espaços públicos livrescoletivos urbanos municipais e ao longo de córregos erios

. Zoneamento ao longo de córregos, rios e áreas devárzeas

. Seleção de áreas com características de unidades deconservação

. Projeto de elaboração de dispositivo legal queautoriza e cria estímulos à preservação e formação deáreas verdes particulares

. Projeto de criação de um viveiro de mudas deessências florestais nativas e frutíferas

. Projeto de arborização e urbanização dos espaçospúblicos livres coletivos urbanos municipais

. Projeto de renovação da arborização urbana

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. Projeto de arborização de vias públicas

j) - Programa de apoio e de preservação à faunaobjetivo: criar projetos de apoio à preservação dosanimais silvestres e domésticos

. Projeto de um centro para o recebimento, trato ereadaptação de animais silvestres

. Projeto de uma estrutura municipal para o recebimentoe trato de animais domésticos abandonados e doentes,com o apoio de entidades particulares e setor dezoonose da secretaria municipal de saúde

l) - Programa de educação ambientalobjetivo:contribuir para a conscientização dapopulação, frente à problemática ambiental, buscandodesenvolver capacidades e ações concretas em defesa daqualidade de vida

. Realização de programas educativos, visando ofortalecimento de uma consciencia social voltada parao desenvolvimento sustentável

. Promoçào de campanhas e eventos, visando sensibilizara população para a ação em defesa da qualidade devida

. Formação, capacitação e reciclagem de recursoshumanos para viabilizar e implementar políticas eações de educação ambiental no âmbito do município

. Coordenação de atividades de educação ambientalvoltadas para a capacitação técnica e a formação derecursos humanos da rede de ensino, de instituiçõespúblicas e privadas e entidades da sociedade civil

. Criação de um acervo ambiental para o município,objetivando um centro de informações de meioambiente.

. Reestruturação dos parques municipais visando suacapacitação para o desenvolvimento de atividades deeducação ambiental.

3.3.7 - DIAGNÓSTICO DA INFRA-ESTRUTURA URBANA

ÁGUA

Desde 1976, quando aderiu ao PLANASA, o Município de SãoJosé vem sendo atendido pela SABESP, no que diz respeito ao

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saneamento básico. Essa empresa substituiu o antigo serviçoautônomo (D.A.E. depois COMAE) municipal.

O horizonte do projeto técnico elaborado em 1970 era de20 anos. No entanto, devido ao rápido crescimento demográficoverificado em São José na década de 70, fizeram-senecessários reestudos deste projeto.

Foram produzidos, então, uma série de estudos, a saber:

1976 - Planejamento pela Probeco;

1982 - Reestudo Planejamento pela Sondotécnica;

1982 - Relatório Técnico Preliminar pela Sondotécnica;

1986 - Reformulação do RTP Sondotécnica pela Prosed;*

passando, assim, o RTP/Prosed a ser atualmente a base dotrabalho da SABESP, objetivando a atender as demandas que deacordo com as projeções só deverão saturar o sistema em2.009.

Em relação a estes estudos, e em particular à atualproposta, é importante notar que a razão das diversasrevisões é geralmente alguma alteração notada nas projeçõesde demanda assumidas, seja devido à alguma anomalia naevolução populacional, seja devido a alterações da legislaçãode uso do solo.

Verificou-se uma superestimação da população de projetodo RTP/Prosed, em relação a alguns dados de pesquisarealizados pela Prefeitura Municipal no Censo Escolar de1990. O número obtido no Censo Escolar de 1990 foi de 408.249habitantes contra uma população assumida de 521.400habitantes na proposta - cerca de 27% de diferença a mais naestimativa. O Censo Demográfico do IBGE, preliminarmentedivulgado vem corroborar esta diferença.

Se pelo lado da eficácia (atendimento absoluto dademanda) do sistema, isto não se consubstancia num problema,por outro representaria uma folga, vista pelo aspecto daeficiência (relação custo/benefício) a situação merece umaavaliação. É também notável a colocação dessas propostas emrelação ao comportamento da ocupação urbana, de vez que aoassumir a lei de uso do solo como referência é feita umaabordagem limitada, que no nosso caso desconsideratendências: por exemplo, a distribuição dos loteamentosclandestinos na zona rural, ou ainda, programas de médio a * PROSED S/A- PROJETOS DE SISTEMAS DE ENGENHARIA E DESENVOLVIMENTO. Ampliação do Sistema de

Abastecimento de

Água de São José dos Campos: reformulação do Relatório Técnico Preliminar. [São José

dos Campos]:

PROSED, SABESP, 1986. 3v.

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longo prazo, indutores de ocupação, tais como o depavimentação dos corredores de transporte (a maior omissão éa bacia do Pararangaba, pelas duas razões).

Configuração do Sistema Atual: Produção e Distribuição

O sistema de abastecimento de água de São José estáestruturado sobre a proposta do projeto técnico de 1970, ouseja, é um sistema misto, composto de uma estação detratamento de água, cujo maior manancial é o Rio Paraíba doSul, complementado por uma rede de poços profundos, dispersosna periferia da malha urbana.(Mapa 17 - ÁGUA - Configuraçãoda Produção).

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Devido às circunstâncias históricas e ao modeloassumido, a região servida com água tratada pelo sistema sedispõe e se expande mais ou menos em faixas concêntricas, emrelação ao local em que está instalada a estação detratamento. Este, aliás, é o modelo de expansão adotado nareformulação do RTP/Prosed.

A região atendida por poços profundos é irregular(dispersa na periferia urbana), composta por inúmerossistemas autônomos, em geral constituídos por um únicoloteamento. Esta característica advém da forma pela qual aexpansão urbana ocorreu nos últimos dez anos, e da postura dopoder público, tanto da Prefeitura como da concessionáriaque, salvo raríssimas exceções têm aceito e incorporado novosloteamentos com sistemas de abastecimento de água autônomos esem rede de esgotos (afastamento via fossas séptica/poços deabsorção) baseados quase que exclusivamente na política deuso do solo e na expectativa de que o ritmo de ocupação doslotes fosse suficientemente lento para permitir um ajustegradual de toda esta situação, proporcionando a estasregiões, afinal, condições razoáveis de saneamento básico.(Mapa 18 - Poços Artesianos).

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Ao longo dos últimos anos, a SABESP, com o intuito deotimizar o desempenho destes sub-sistemas, os vem integrando,agrupando loteamentos vizinhos em blocos ainda autônomos,porém, menos onerosos e mais funcionais em termos demanutenção e operação.

Configurada como está, a produção dos poços profundos écapaz de atender aproximadamente 40% da população, sendo os60% restantes atendidos pela ETA Central, e pequenas ETAS.

SUB-SISTEMAS

Hoje os sub-sistemas em fase de integração ou as opçõesde investimento nessa linha localizam-se em três regiões:

- Ao sul, compreendendo o programa habitacional (Campodos Alemães, D. Pedro I, D. Pedro II ) e o loteamentoCruzeiro do Sul.

- Ao norte, compreendendo os parcelamentos irregulareslocalizados próximo ao bairro do Buquirinha ( Buquirinha II,Mirante, Bairro dos Freitas, Bairro do Costinha, etc).

- Ao leste, compreendendo a região próxima à Pousada doVale.

A SABESP orientada pelo planejamento assumido, veminvestindo na integração do sistema, que futuramente (ao fimdo programa em 2.009), deverá, quase que exclusivamente,estar baseado na produção de água tratada, mantendo o RioParaíba do Sul como único manancial. Por esta data deverãoainda subsistir alguns dos sub-sistemas autônomos maisdistantes.

A atual configuração do sistema consiste aproximadamentede 70Km de adutoras e de 700Km de rede de distribuição.

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CAPACIDADE DE PRODUÇÃO E CARACTERÍSTICAS DE CONSUMO:

Ligações de Água:

Local Resid. Comer. Publi. Indus. Total

S.J.C. 90.613 10.623 521 400 102.157E. Melo 1.310 97 15 3 1.425S.F.Xav. 319 35 11 02 367

Totais 92.242 10.755 547 405 103.949

Economias de Água:

Local Resid. Comer. Publi. Indus. Total

S.J.C. 106.923 11.840 528 429 119.720E. Melo 1.395 98 15 03 1.511S.F.Xav. 327 35 11 02 375

Totais 108.645 11.973 554 434 121.606

A p`rtir do número de economias residenciais abastecidasda população atual do Município e considerando a média de 4,3habitantes por economia, o índice de atendimento noabastecimento de água é da ordem de 95% e a populaçãoatendida de cerca de 467.173 habitantes.

Considerando as recomendações técnicas paradimensionamento (ABNT, 250 l/hab x dia), que já incluemperdas e demandas comercial, de uso público e de indústriasque não utilizam água em seus processos, temos a produçãodiária hoje de todo o sistema, por volta de 1.400 l/s.

Atualmente a capacidade nominal da estação de tratamentode água é de 800 l/s (1994) sendo a vazão complementarfornecida pela malha de poços profundos.

Segundo informa a SABESP, o índice de perdas do sistemaé alto, da ordem de 30%, entre fugas, consumo indevido,sangrias na rede etc., havendo já um programa piloto deredução dessas perdas em andamento.

Estão sendo executadas obras de ampliação no sistema deprodução, envolvendo a Estação de Tratamento de Água - ETA, osistema de captação, recalque e adução de água bruta queobjetivam aumentar a capacidade de produção de água tratadapara 1.900 l/s. Tais obras deverão estar concluídas em meadosde 1995. Dentro da programação assumida, a produção extraserá distribuída preferencialmente nas regiões que já possuemdistribuição interligada ao sistema central (misto ETA/Poços)

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com subseqüente desativação dos poços em operação nesseslocais.

Considerações Finais

O fato da concessionária operar preferencialmente nazona urbana, isola da solução de abastecimento os loteamentosclandestinos da zona rural, ou no mínimo, dificulta o seuatendimento.

Isola-os (pelo menos até então) do planejamento daSABESP. Também a forma pela qual se vem resolvendo a expansãourbana via loteamentos aprovados, necessita de uma revisãosob o aspecto da conveniência, disponibilidade eoportunidade, vinculando-se de alguma forma a aprovação aocronograma de expansão do sistema de abastecimento. Aperfuração de poços profundos por particulares deveriaatender a padrões mais rígidos e previamente estabelecidos ouser monopolizada de vez pela concessionária a fim de se obtertais padrões.

Os poços profundos existentes e futuros constituem umaimportante reserva local e deveriam ser cadastrados,permanentemente monitorados (da forma mais abrangentepossível) e submetidos a um maior controle, inclusive,criando-se mecanismos para sua aprovação prévia.

Sistema de Esgotos Sanitários

O segmento urbanizado do município localiza-se em suamaior parte na margem direita do Rio Paraíba e devido àspeculiaridades do processo, se configurou como uma manchamais ou menos paralela ao Rio, sendo portanto cortada portodos os afluentes deste lado.

Diferentemente do abastecimento de água, o sistema deesgotos não teve uma reformulação feita em 1986, ficando aproposta do "Relatório Técnico Preliminar" da Sondotécnica-83como base da atividade da SABESP, cujo horizonte de projeto éde 21 anos (1984 - 2004)*. Resumo dos estudos realizados:

- PLANIDRO-FESB/DEZ/68"Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Financeirado Sistema de Esgotos Sanitários";

- PLANIDRO-FESB/1971Revisão do Estudo - "Sistema de Esgotos Sanitários -Estudo de Viabilidade"

* SABESP - Sistema de Esgotos de São José dos Campos: relatório técnico preliminar. [São

José dos Campos]:

SABESP, 1983. 3v.

Os dados demográficos em que se baseia o Relatório Técnico Preliminar são os mesmos do

relatório da Sondotécnica realizado em 1982 para abastecimento de água.

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- PROBECO ENG. LTDA/1976Revisão do RTP

- SONDOTÉCNICA/1983Relatório Técnico Preliminar

Neste último relatório (RTP/83) também se verifica umasuperestimação da população de projeto. Em face da alteraçãodas projeções verificadas a partir de 1988 pelo IBGE econstatada no último censo realizado em 1991, (o crescimentode 6,81% a.a. inicialmente projetado para a década, decresceupara 3,9%a.a.).

População Urbana de S.J.Campos e Eugênio de Melo

Ano População Urbana Adotada (habs.)1980 291.0001985 433.0001990 600.4001991 637.6001995 794.9002000 1.000.2002010 1.365.6002030 1.719.600Saturação 1.810.000

FONTE: SONDOTÉCNICA S.A.

Temos, portanto, em 1990, uma projeção adotada de600.400 habitantes contra o total levantado no censo escolardeste ano que foi de 408.249 habitantes e a projeção para1991 de 637.600 habitantes contra o dado preliminar do censodo IBGE/91 que é de 441.984 habitantes, havendo divergêncianos dados da ordem de 47% e 44% respectivamente.

Do ponto de vista de saneamento, em particular comrelação aos esgotos, o aspecto a notar é o de não ter havidonas aprovações dos loteamentos contemporâneos uma abordagemou tratamento diferenciado, que vinculasse cada ocupação àbacia onde estivesse e às suas peculiaridades.

Disto resultou o comprometimento de quase todos oscórregos da margem direita do Rio Paraíba, praticamente desdeas nascentes, havendo casos de instalação de loteamentos,primeiro nas cabeceiras e em seguida ao longo do córrego.

As diretrizes para instalação, fornecidas pela SABESP,eram sempre vinculadas a um fator determinante; estar ou nãoa gleba contida no chamado "Plano de Expansão".

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Os limites dessa condição eram fixados peladisponibilidade de conexão com as redes existentes deabastecimento de água (tratada/ETA) e de esgotos sanitários.

Então os loteamentos ficavam ou totalmente autônomos(poços profundos + fossas sépticas) ou "integrados" a futurasolução de saneamento. Situações intermediárias foram raras.

Assim produziu-se um grande número de loteamentosisolados, com sistemas autônomos, ocupando várias baciasdiferentes, e no geral, num primeiro momento, distantes unsdos outros.

Com o andamento deste processo, verificou-se ainstalação de loteamentos vizinhos, mas totalmente estanquesna solução do seu saneamento. São exemplos, o JardimCastanheira/Jardim Paraíso do Sol; Jardim Cerejeiras/ParqueNovo Horizonte/Parque Nova Esperança e Jardim SantaInês/Jardim Santa Inês II etc.).

Tal fato ocorria porque as obras de infraestruturaexecutadas por cada loteador via de regra não atendiam nemaos cronogramas assumidos nem às especificações de projeto eassim quando pleiteada a aprovação de um loteamento novo,vizinho, tais obras estavam inconclusas ou inadequadas,portanto não aceitas ou operadas pela SABESP que então asdesconsiderava na análise, tratando o novo projeto como umaocupação isolada.

Como decorrência houve superposição de investimentos,multiplicação de sistemas e diversos ônus operacionais,resultando em muito desperdício e em custos muitas vezessuperiores àquele necessário à adequada solução do problema.Destes sistemas autônomos, a maciça maioria, devido aquestões técnicas associadas a altura do lençol freático e abaixa capacidade de absorção do solo, rapidamente se revelouinadequada para a opção de fossas sépticas com poços deabsorção (os estudos indicativos da solução foram falhos ouincompletos) e acabaram por se transformar em gravessituações de saúde, com os efluentes correndo a céu abertopelas ruas e a solução original absolutamente descartada.

A partir de então, com a ocupação definida, taisparcelamentos ficaram dependentes da urgente instalação deredes para coleta e afastamento dos esgotos, o que só setornou possível com grandes investimentos por parte damunicipalidade.

Esta situação evoluiu para um convênio SABESP/PrefeituraMunicipal, para a construção de redes domiciliares deesgotos, devendo cobrir até o fim do ano (1994), 85% dasnecessidades do sistema coletor.

Configuração do Sistema Atual de Coleta e Tratamento

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O nosso sistema público de esgotos data de 1941 econtava originalmente com uma única estação de tratamentoprimário (já desativada). Tal sistema atendia a parte dabacia do Lavapés e o bairro de Santana.

Em 1959/1960 foram construídas lagoas de Estabilizaçãodo tipo "Benoit" (modelo australiano) que tiveram desempenhosbastante satisfatórios, apesar das constantes interrupções defuncionamento em face dos questionamentos levantados pelapopulação, principalmente devido ao odor. A evolução dasabordagens das propostas já foi exposta no início deste item.

Embora exista uma proposta bem definida no estudo daSondotécnica/83, estabelecendo as bases do projeto desaneamento, os investimentos têm-se concentrado na construçãode redes domiciliares, existindo no sistema um mínimo desoluções envolvendo tratamento de efluentes. Assim, excetopor grande parte da bacia do Lavapés, de ocupação muitoantiga e já estruturada, todas as demais não contam comsistemas de esgotos integrados às soluções de tratamentodaquele projeto.

A configuração da malha sanitária está definida naplanta "Esgotos" (Mapa 19 - Esgoto).

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Cabe ainda ressaltar os seguintes aspectos:

- não existem, a não ser na bacia do Lavapés, grandesestruturas de integração de redes e de encaminhamento dosefluentes para o destino final;

- é regra geral hoje o encaminhamento destes efluentes para ocorpo receptor, através dos cursos d'água tributários;

- o tratamento está restrito a áreas isoladas (de pequenoporte) em várias bacias.

O sistema existente compreende aproximadamente 23 km deemissários e interceptores e 650km de rede coletorainstalada, e ainda as estações de tratamento da Vista Verde,do Residencial Planalto, do Satélite II, do bairro do Ronda,do Jardim das Flores e da Urbanova.

A capacidade de tratamento de todas estas Estações deTratamento de Esgotos - ETE's, é de aproximadamente 103 l/s.E nelas estão envolvidos vários processos distintos detratamento com graus de eficiência diversos.

Foram desenvolvidos vários projetos (Sondotécnica) dosinterceptores dos córregos Vidoca, Cambuí e Ressaca, bem comoprojetos técnicos das Estações Recuperadoras de Qualidade dasÁguas - ERQ's, das bacias do Vidoca e do Lavapés, ambas dotipo lodo ativado por aeração prolongada (redução da DemandaBioquímica de Oxigênio - DBO em cerca de 80%). A ERQ Lavapésjá obteve financiamento e está atualmente em fase delicitação. O cronograma de construção é de três anos.

Características da Proposta de Tratamento

O projeto indicado pela Sondotécnica propunha umaconfiguração através da qual os despejos da área de projetoseriam concentrados em duas grandes áreas, onde selocalizariam as duas Estações Recuperadoras de Qualidade daÁgua - ERQ's, já mencionadas, com bacias assim distribuídas:

- E.R.Q. Vidoca. B. Rio Comprido. B. Vidoca/Senhorinha. B. Ressaca. B. Jaguari. B. Buquira. Urbanova (trecho Rio Paraíba)

- E.R.Q. Lavapés. B. Lavapés. B. Cambuí. B. Alambari. B. Pararangaba. B. Divisa

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. Santana (trecho Rio Paraíba)

A capacidade nominal de tratamento das ERQ's é de 1.660l/s no Vidoca e de 1.760 l/s no Lavapés.

Porém, conforme já foi dito, tal proposta ignorava opotencial de crescimento de alguns setores da área urbana,particularmente na região compreendida pela Bacia doPararangaba.

Deste modo, a opção anteriormente mencionada deve sofreruma revisão a fundo e de acordo com as indicações fornecidaspela SABESP, deve-se configurar de forma a concentrar osdespejos em quatro áreas com quatro ERQ's e a seguintedistribuição:

- E.R.Q. Vidoca:. B. Rio Comprido. B. Ressaca. B. Jaguari. B. Buquira. Urbanova (trecho Rio Paraíba)

- E.R.Q. Lavapés. B. Lavapés. B. Cambuí. B. Alambari. Santana (trecho Rio Paraíba)

- E.R.Q. Pararangaba. B. Pararangaba

- E.R.Q. Eugênio de Melo. B. Divisa

A revisão objetiva reequilibrar o sistema em razão doenorme crescimento demográfico verificado nas bacias deEugênio de Melo e do Pararangaba, superando a capacidadeassumida para a ERQ Lavapés.

As bacias do Pararangaba e de Eugênio de Melo podem vira ser integradas em uma só ERQ, dependendo de umaprofundamento dos estudos em curso.

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Utilização da Rede Sanitária Existente:

Ligações de Esgoto:

Local Resid. Comer. Publi. Indus. Total

S.J.C. 76.915 9.490 519 256 87.180E. Melo 635 73 12 4 724S.F.Xav. 103 13 02 01 119Totais 77.653 9.576 533 261 88.023

Economias de Esgoto:

Local Resid. Comer. Publi. Indus. Total

S.J.C. 92.050 10.368 525 266 103.209E. Melo 704 73 12 04 793S.F.Xav. 103 13 2 1 119Totais 92.857 10.454 539 271 104.121

FONTE: SABESP

A partir do número de economias residenciais atendidasda população urbana do município (dados preliminares doIBGE/Censo 1991) e da média de 4,3 habitantes por economia, oíndice de atendimento na coleta de esgotos é da ordem de 81%e a população atendida é de cerca de 399.300 habitantes.

Dada a atual configuração do tratamento e, assumidas ascaracterísticas de dimensionamento recomendado pelo RelatórioTécnico Preliminar - R.T.P.. temos a seguinte situação:

- Capacidade instalada de tratamento - 103 l/s

- Percentual de esgoto tratado no sistema - 5%

Até o final deste ano, com o término de obras emandamento, ou já iniciadas, o índice de atendimento devepassar a 85% na coleta e afastamento de esgotos.

A ERQ Lavapés, quando instalada, absorverá, emprincípio, o tratamento dos esgotos das bacias a elaintegradas, não significando portanto que sua capacidadenominal de 1760 l/s será incorporada ao sistema como um dadoabsoluto.

Conforme se nota no diagnóstico a prioridade doinvestimento vem sendo dada ao abastecimento de água, vindoem seguida a coleta de esgotos e, por último, apenascomplementarmente, o seu tratamento.

No nosso caso, embora tenham sido elaborados pelaSABESP, os programas e projetos esbarram sempre na exigüidadedos recursos disponíveis para o seu financiamento.

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Em razão disto o que acaba por prevalecer em face dapressão do crescimento urbano é o atendimento às necessidadesmais imediatas, postergando-se tudo aquilo que, mesmo que comprejuízos, seja possível adiar.

A crítica colocada em "Sistema de Abastecimento de Água"nas considerações finais se aplica também à forma pela qual oplanejamento para esgotos vem sendo implementado.

O planejamento da SABESP vinha sendo atualizado tendocomo base apenas o número e as características dos novosloteamentos regularmente aprovados, porém, em razão daquantidade de parcelamentos irregulares ou clandestinos (115)levantados pela Prefeitura e formalmente noticiados àquelaempresa, o projeto técnico de saneamento para o municípiodeverá ser reformulado.

Finalmente, em razão das características comuns queassume na Bacia do Alto Paraíba, a questão do saneamentonecessita urgentemente de uma abordagem regional até a níveldas atribuições afim de ser convenientemente encaminhada.

Drenagem Urbana das Águas Pluviais

O Rio Paraíba do Sul é o principal curso de drenagem daságuas pluviais no Município de São José dos Campos, permeandocom alguns dos seus afluentes toda a área urbana do distrito-sede e de Eugênio de Melo.

Na área urbana, em sua margem esquerda, existem duassub-bacias: do rio Jaguari e o do rio Buquira. Estes cursosd'água são de maior porte do que os da margem direita quepermeiam a zona sul da cidade. Nesta região, o adensamentourbano é bastante concentrado junto à margem do rio,tornando-se progressivamente rarefeito nas áreas maisdistantes da faixa ribeirinha devido, principalmente, aosdesníveis topográficos. O núcleo mais importante desteadensamento está confinado no interflúvio das duas sub-bacias.(Mapa 20 - Bacias Hidrográficas).

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Devido a estas características, a questão da drenagemurbana na região norte é menos problemática do que no restoda cidade e demanda investimentos menores, que visam,principalmente, a complementação de redes e obras demanutenção. Esta é, ainda, uma das áreas de ocupação maisremota na formação da cidade, sofrendo menos a pressão daocupação recente, que geralmente incorpora áreas inadequadasà urbanização.

O adensamento urbano maior (cerca de 90% da área urbana)está localizado a partir da margem direita do Rio Paraíba,que é cortada por uma série de bacias tributárias, todasligeiramente paralelas. Em razão da multiplicidade de cursosdágua, embora muito impermeabilizada pela ocupação do solo, aregião possui bons recursos naturais de escoamento.

Com a implantação , primeiro da ferrovia e em seguida darodovia Presidente Dutra, ambas cortando transversalmente arede fluvial tributária do Rio Paraíba, formaram-se duasgrandes barreiras físicas, alterando estes cursos naturais,no seu traçado, na sua secção de vazão, obstruindo os seusleitos de transbordamento.

Em outras palavras, nos pontos de transposição destasvias, os cursos de drenagem passaram a ter limites de vazão,greides reduzidos de escoamento, formando-se novas áreas deinundação a montante das obras de arte implantadas.

Estas áreas, quando incorporadas ao processo de expansãourbana, devido à impermeabilização das partes altas dasbacias tornaram-se gradativamente críticas. Mais ainda, oprocesso de implantação de loteamentos ao longo dos alvéos,produziu, devido às obras de terraplenagem, um enormecarreamento de material solto para os fundos de vale,assoreando-os, em muitos casos, até as nascentes. O processode ocupação destes loteamentos incrementa a taxa deassoreamento, num volume contínuo, inclusive através dolançamento de esgotos sanitários "in natura", nos córregos.

Assim, a questão da macrodrenagem tem assumido aspectosdistintos relacionados às características de vizinhança oumesmo próprias da bacia onde ocorre o problema, sendonecessário executar, conforme o caso, desde a simplesdrenagem de manutenção até obras de canalização, passando porretificações de traçado e greide, ou ainda, pela construçãoou redimensionamento das obras d'arte nas intersecções com osistema viário principal.

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Resumindo temos:

Na margem direita do Rio Paraíba do Sul:

Bacias do Rio Comprido, Córrego da Ressaca, CórregoSenhorinha, Córrego Vidoca, Córrego Lavapés, Córrego Cambuí,Córrego Alambarí, Córrego Pararangaba e Córrego da Divisa.

Na margem esquerda do Rio Paraíba do Sul:

Bacias do Rio Jaguarí e do Rio Buquira.

Vale notar finalmente que, no trecho urbano, existemdiversas contribuições de drenagem lançadas diretamente noRio Paraíba do Sul, oriundas de loteamentos já adensadosprincipalmente em Santana e no Alto da Ponte e também deloteamentos em processo de ocupação na região do projetoUrbanova.

O Rio Paraíba do Sul possui, tipicamente diversosmeandros e sinuosidades sendo mutável no seu curso. Ele não édragado de forma metódica, não havendo ainda um projeto depreservação/manejo potencializando-o como recurso hídrico eminimizando o impacto da ação antrópica, a nível municipal eregional.

Tem sido observado um forte crescimento da vegetação àborda do rio nos trechos onde há ocupação urbana,provavelmente consorciado a um processo de eutrofização. Talincremento vem acarretando uma lenta redução da seção,através da retenção de solo carreado nas várzeas. Por influirno comportamento hidráulico do rio, alterando fluxos evelocidades, tal fenômeno deve ser monitorado e estudado afim de que se possa prevenir alterações no regime das vazões(Mapa 21 - Drenagem Urbana).

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ENERGIA

Energia Elétrica

O Município de São José dos Campos é atendido pelaELETROPAULO - Eletricidade de São Paulo S.A. para as demandasurbana, rural e industrial com energia proveniente de Furnas CESP. Deste modo, há energia disponível em todo o territóriomunicipal, havendo pequenos setores (urbano e rural) aindasendo atendidos pela CERAP - Cooperativa de EletrificaçãoRural do Alto Paraíba.

Em São José dos Campos estão instalados cinco circuitosprimários de distribuição:

Nome: JCE 1301 Extensão: 409 km Tipo: Urb/Rural JCE 1308 277 km Urb/Rural JCE 1311 62 km Urb/Ind/Rural PIL 1301 33 km Urb/Rural PIL 1308 47 km Urb/Ind/Rural

Estão instaladas também três subestações: José Centro(75 MVA), Parque Industrial (120 MVA) e São José dos Campos(33,35 MVA), havendo ainda uma em construção: ETD Eugênio deMelo (40 MVA)

A rede de distribuição de energia é regional, assim, suaabrangência está definida muito mais pelas conveniências ourestrições operacionais típicas do sistema, do que pelaconfiguração das divisas dos municípios que atende. Destaforma, em grande parte, tanto os circuitos primários como assubestações atendem geralmente a mais de um município.

O presente sistema apresenta algumas deficiências,apresentando em algumas regiões, índices insatisfatórios,tanto no número de interrupções não programadas dofornecimento de energia, como no números de ocorrências dequeda de tensão, superiores aos padrões pré-estabelecidos.*

Há estudos e propostas visando enfrentar estasdeficiências, através de um programa de adequação da rede econtendo cronogramas de implantação de novos circuitos esubestações a fim de possibilitar o atendimento aocrescimento vegetativo do consumo localizado, maiorflexibilidade operativa, e ainda minimizar as quedas detensão. Propõe-se também a reforma ou substituição deequipamentos e fiação a fim de adequar e padronizar as redes.No caso de São José dos Campos, a futura instalação de duasnovas subestações: ETD Eugênio de Melo (40 MVA) e ETDImperador (66,6 MVA) aliviará parcialmente as subestações * Estas deficiências devem-se a fatores já identificados no sistema e estão melhor

tipificadas no "END 91/95" (Expressão das Necessidades de Adequação da Rede de Distribuição)

de Abril/90.

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José Centro e Parque Industrial, respectivamente (Mapa 22 -Energia Elétrica).

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Gás Canalizado

Em 1973, a COMGÁS, elaborou um plano diretor dedistribuição de gás canalizado para São José dos Campos eimplantou, cerca de 22 km de rede de distribuição destinadaao atendimento da demanda residencial, em 1975. Esteinvestimento se constituiu na primeira etapa de um projeto deinstalação com 131 km de rede. A proposta previa inicialmentea distribuição de gás natural fornecido pela PETROBRÁS, viagasoduto, a partir da bacia de Campos. Como tal premissa setornou temporariamente inviável, a COMGÁS optou peladistribuição de GLP vaporizado como alternativa.

Em 1986, a empresa retomou as atividades em São José dosCampos, instalando uma estação vaporizadora de GLP eoperacionalizou a sua distribuição.

Nessa época, foram também construídos 19 km de rede dedistribuição destinada ao atendimento de demanda industrialcom gás natural. Esta rede foi construída ao longo da RodoviaPresidente Dutra, entre a General Motors do Brasil em SãoJosé e a White Martins em Jacareí. Com a manutenção doimpasse relativo ao gás natural e a impossibilidade dedistribuir o GLP (subsidiado) para as indústrias, esta redepermaneceu praticamente sem uso.

A rede de distribuição residencial está operandoatualmente com cerca de 23.200 m e foram executadas duasexpansões (Center Vale e Carrefour) de 360 m cada na redeindustrial. Na expectativa de obter o fornecimento de gásnatural a curto prazo a COMGÁS está investindo na construçãode uma estação odorizadora, próxima ao trevo da Vista Verde epretende instalar imediatamente as redes-tronco (conexão como gasoduto).

O gás natural concorre com outros produtos da PETROBRÁScomo: óleo combustível, óleo diesel, gasolina e o próprio GLPe, em razão disto principalmente é que se tem a presentesituação. Inegávelmente, porém, devido aos investimentos jáefetivados e um perfil de consumo esperado em São José dosCampos, esta solução de provisão energética já é irreversívele só tende a crescer e diversificar-se com inúmeras vantagenseconômicas e ambientais (Mapa 23 - Gás Canalizado).

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Telefonia

O sistema de telefonia instalado em São José dos Camposatende às necessidades e vem operando em condições similaresàs daqueles existentes em outras cidades desse porte noEstado.

As dificuldades operacionais e falta de investimentossão fruto da crise pela qual o sistema de telecomunicações dopaís todo vem passando, sendo que, do ponto de vista domunicípio, pouco se pode fazer para influir positivamente noprocesso, uma vez que se trata de monopólio federal.(Mapa 24- Telefonia).

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Pavimentação

A cidade conta com investimentos consideráveis depavimentação, havendo essa benfeitoria instalada em cerca de3/4 das vias urbanas.

Tal infra-estrutura é executada através de investimentodireto da prefeitura, no caso de pavimentação de viasestruturais ou corredores de transporte; de obrigaçõesassumidas por loteadores nos loteamentos de padrão tipo A; deobras financiadas pelo Governo Federal em projetos "C.U.R.A"e ainda de obras executadas através de planos comunitários depavimentação pagos pelos usuários em sua maior parte

Não existem informações sistematizadas acerca dascaracterísticas técnicas da pavimentação das vias naSecretaria de Obras ou no Planejamento.

O material de referência teria que ser compilado,tabulado e processado a fim de representar de forma acessívelparte da situação.

Tais dados são os relatórios dos planos comunitários depavimentação executados desde 1984, das obras dos corredoresde transporte construídos, bem como dos projetos "C.U.R.A."implantados.

Com relação aos loteamentos, as referências seriam daFiscalização de Obras, do setor competente, através dasvistorias.

Torna-se necessário um programa de trabalho objetivandoresgatar tais informações, organizá-las adequadamente e aindalevantar "in loco" a situação e características dospavimentos instalados.

O resultado seria um informe completo sobre a situaçãoexistente contendo dados sobre a origem da obra, tipo ecaracterísticas de dimensionamento, a data de sua construçãoe o estado em que se encontram. Esse cadastro seria um dadoessencial para dar suporte à manutenção e assessoraria tambémao trânsito e transportes coletiv

os.(Mapa 25 - Pavimentação).

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3.3.8 - DIRETRIZES DE INFRA ESTRUTURA

- Criar órgão de controle e ficalização encarregado daintegração das atividades, minimização de custos,adequação de cronogramas e da coordenação das obras dasConcessionárias de Serviços URBAM, Secretaria de Obrase Secretaria de Serviços Municipais.

- Criar órgão responsável pelo gerenciamento das áreasverdes, praças, parques e jardins com atribuição deelaborar projetos, orientar e ficalizar a implantação emanutenção destas áreas públicas.

- Instituir e regulamentar o plano municipal de manejo eutilização de recursos hídricos.

- Instituir e regulamentar o conselho municipal desaneamento básico com o objetivo de fomentar umapolítica municipal de saneamento autônoma e peculiar àsnecessidades locais e regionais.

- Rever o contrato de concessão dos serviços com aSABESP, visando melhorar as condições de saneamentobásico do município.

3.3.9 - DIAGNÓSTICO DA CIRCULAÇÃO E TRANSPORTE

ASPECTOS INSTITUCIONAIS

A Constituição Federal em seu artigo 30 inciso V,define o transporte coletivo como serviço público de caráteressencial, atribuindo ao município a competência pelaorganização e prestação do serviço.

Em nível municipal, temos os artigos 137 a 146 da leiOrgânica do Município que dispõe sobre o transporte coletivourbano e, mais recentemente a lei 4399/93 de 24 de maio de1993 sobre a criação da Secretaria de Transportes, órgãoresponsável pela formulação das políticas de transportes,trânsito e vias públicas do município e pela gestão destesserviços.

A criação da Secretaria de Transportes unificou asáreas de transportes, trânsito e vias públicas (antesdistribuídas em vários órgãos da aministração municipal), afim de desenvolver ações coordenadas de planejamento,projetos e obras nas três áreas.

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Dessa forma torna-se possível atingir as prioridadesinerentes ao sistema de circulação e transportes nomunicípio.

DADOS GERAIS

SISTEMA VIÁRIO

Sistema Viário Regional

A integração regional de São José dos Campos érealizada principalmente pela Rodovia Presidente Dutra (BR-116), eixo de ligação entre as duas principais metrópolesnacionais: São Paulo e Rio de Janeiro. Complementa o sistemaprincipal, as SP's 50 e 99, interligando a cidade a doiscomplexos turísticos: o Litoral Norte e Campos do Jordão.Conta ainda com a Rodovia D. Pedro I (SP-65) que liga-a com aregião de Campinas. Tem-se acesso a cidade ainda pela SP-36(Jambeiro) e pela SJC-216, extensão da SP-36 (Joanópolis).

Os eixos viários definidos pela Rodovia PresidenteDutra e pelas SP's 50/99 cortam diametralmente o município,condicionando e induzindo o tecido urbano do distrito sede.Essa situação traz enormes vantagens comparativas para alocalização de atividades econômicas, trazendo no entanto,alguns problemas para o franco desenvolvimento da cidadedevido a falta de soluções adequadas nas interfaces entreestes eixos viários e o perímetro urbano da cidade de SãoJosé dos Campos. Por exemplo, a Rodovia Presidente Dutra jásobrecarregada com tráfego macro-regional, vem sendoutilizada como via urbana devido a carência de ligaçõesperimetrais e de vias marginais, transposições elevadasadequadas para veículos e pedestres, contribuindo assim parao crescente aumento no número de acidentes na região.

Sistema Viário Urbano

Se por um lado o sistema viário regional foi e é umfator preponderante da indução no acelerado crescimentoeconômico da cidade, o sítio urbano com geomorfologiacompartimentada em platôs e fundos de vale, a estrada deferro, o Rio Paraíba, o CTA, e a linha de transmissão deenergia elétrica, contribuem para a segregação do tecidourbano. O resultado é a existência de bairros praticamenteisolados, com poucas ou nenhuma ligação entre si.

Devido a configuração radial com percursos de longasdistâncias, temos a saturação dos corredores bairro-centro,acarretando graves problemas de tráfego nos horários de pico,soma-se ainda a falta de vias de circulação especializadaspara comportar tráfego de caminhões pesados e veículos decargas perigosas. A exemplo, podemos citar a falta de ligaçãoentre os bairros periféricos: Jardim Morumbi - Região Sul,

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São Judas Tadeu - Região Centro e Parque Novo Horizonte -Região Leste (Mapa 26 - Saturação das Vias).

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A extensão da malha viária do município que hoje éestimada em 1100 Km, sendo: vias expressas - 40,4 Km, viasarteriais 203,6 Km, vias coletoras - 69,55 Km e vias locais -786,45 Km, resultando um total de 20.000.000 m2 de viaspavimentadas na área urbana, onde cerca de 18.000.000 m2necessitam de melhorias tanto em vias locais, quanto em viasde acesso a bairros periféricos.

Os investimentos do Poder Público Municipal no sistemaviário urbano, devido a escassez de recursos, tem sido naúltima década de caráter corretivo/conjuntural e na busca derecursos para o término parcial de obras viáriasestruturadoras e de ligação, objetivando minimizar a carênciade interligação viária entre as diversas regiões da cidade.

Rede Viária Rural

O Município conta com 500 Km de estradas rurais, comapenas 10% pavimentada.

A rede viária rural sofreu alterações fruto do avançoda ocupação com características urbanas, mesmo que irregulardo ponto de vista do parcelamento do solo, assim como dastransformações das inter-relações entre os bairros rurais,desde a elaboração do último cadastro e mapa de EstradasRurais em 1981.

Existem núcleos urbanos isolados da mancha urbanaprincipal, ligados a ela através de estradas nãopavimentadas, o que causa, além da óbvia dificuldade deacesso, um custo adicional para todo o sistema de transporte,notadamente do transporte coletivo público. Por vezes, emépocas de chuvas, esse transporte é até inviável às condiçõesdas vias.

Podemos citar como exemplo os bairros:

Campos de São JoséCajuruBairrinhoCapão Grosso

Temos ainda o Distrito de São Francisco Xavier, ligadoà sede do Município principalmente através das EstradasMunicipais do Rio do Peixe/do Roncador ou da EstradaMunicipal SJC-216 - Estrada Vereador Pedro David. Nesseúltimo caso, a via tem pavimento asfáltico mas o acesso se dáatravés da SP-50 após cruzar o Município de Monteiro Lobato,implicando em tarifa intermunicipal para o transportecoletivo.

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TRANSPORTES

Caracterização do Sistema

O Serviço de Transportes Coletivos de São José dosCampos é operado por três empresas - Empresa de Ônibus SãoBento Ltda., Viação Capital do Vale e Viação Real Ltda,contando com uma frota de 240 ônibus. São 56 linhas quepercorrem aproximadamente 7.000 Km transportando em média200.000 passageiros/dia, num total de 1.800 viagens.

Abaixo identificamos alguns índices de oferta e demandaregistrados nos últimos 5 anos. Estes são usados normalmentepara caracterizar o nível de desempenho de linhas jádimensionadas e também usados para diagnosticar os problemas.

Dados da oferta e demanda:

Tabela 1 - Estatística de passageiros - ano 1993Tabela 2 - Características operacionais das linhas

urbanas

TABELA 1

LINHA VIAGENS KM RODADOS PASSAGEIROS IPK

100 1.647 62.997 51.467 0.83101 1.678 119.641 153.973 1.29102 617 25.914 47.831 1,85103 4.345 189.739 384.862 2.03104 1.705 57.468 96.346 1.66105 5.051 188.289 359.532 1.91106 11.637 267.673 801.785 3.00107 20.412 369.475 1.346.152 3.64108 8.720 136.016 424.167 3.12109 4.890 80.677 22.376 2.81110 17.300 107.256 639.164 5.96111 7.473 110.482 389.830 3.53112 8.570 150.869 314.376 2.08113 9.049 123.977 199.058 1.61114 14.717 146.473 549.190 3.75115 15.459 312.462 1.342.218 4.30201 7.444 318.387 897.736 2.69202 5.903 226.083 747.404 3.31

203 8.019 373.705 935.073 2.60204 30.208 1.205.331 4.512.781 3.74205 20.217 802.576 2.491.537 3.10

206 19.540 752.294 2.434.634 3.24207 12.365 755.640 1.183.097 1.57208 8.870 241.249 732.324 3.04209 17.796 405.737 1.463.278 3.61210 4.146 109.441 270.608 2.47

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211 2.490 58.230 151.876 2.61212 1.674 63.310 176.869 2.79213 14.981 451.188 1.044.126 2.31

214 11.611 202.174 607.821 3.01215 8.693 209.436 678.672 3.24216 1.456 57.132 141.698 2.48230 8.900 488.347 1.307.787 2.68231 14.996 556.312 2.092.775 3.76300 7.383 163.163 425.879 2.61301 13.717 356.655 1.176.868 3.30302 13.061 513.294 1.040.465 2.03303 25.231 910.859 3.189.339 3.50304 26.252 777.464 3.316.156 4.27305 12.924 359.256 1.034.126 2.88306 7.467 207.636 455.470 2.19307 13.199 686.972 2.519.068 3.67308 19.212 497.602 777.020 3.57309 11.913 353.213 1.042.330 2.95310 6.422 172.124 479.322 2.78311 15.555 356.219 1.345.700 3.78312 9.196 198.623 516.061 2.60313 9.665 272.511 741.482 2.72314 11.884 254.359 573.299 2.25315 7.110 262.325 740.331 2.82316 2.870 82.524 136.721 1.66317 26.851 899.557 3.922.085 4.36318 13.460 418.336 1.312.685 3.14330 10.140 323.512 1.391.771 4.30TOTAL 596.091 17.792.184 55.331.590 3.11

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TABELA 2

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOSDEPARTAMENTO DE TRANSPORTES

CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS DAS LINHAS URBANAS

EXTENSÃO (Km) TEMPO

INTER.(Min)

LINHA IDA VOLTA TOTAL PAV DE PERC.(Min) NORMAL

PICO

100 CORUJÃO-Pç Exp.

101 Represa/Pça Exp 35.6 35.7 71.3 44.3 180 180 120

102 Jaguari/Pça Exp. 21.7 21.7 43.4 17.9 100 96 50

103 Costinha/Pça Exp. 13 13.1 26.1 10 90 215 65

104 Vargem Gde./Pça Exp. 18.3 18.4 36.7 35.1 90 360 285

105 Bairro dos Freitas/Pça Exp. 13.3 13.4 26.7 18.9 80 40 30

106 Buquirinha/Av.J.Guilhermino 23 23 60 35 30

107 Vl Paiva/Av.J.Guilhermino 18.1 18.1 60 20 15

108 Vl Cândida/Av.J.Guilhermino 15.6 15.5 50 25 20

109 Vl Cristina/Av.Fco.J.Longo 8.5 8.5 40 60 60

110 Santana/Pça Exp. 6.2 6.2 30 30 30

111 CIRCULAR 14.9 14.9 50 30 30

112 Jd Maringá/Vl Terezinha 10.2 9.7 19.9 19.9 70 35 30

113 CTA/Pça Exp. 13.6 13.6 40 40 20

114 RODOVIÁRIAS 9.9 9.9 40 30 20

115 Altos Santana/Av.Fco.J.Longo 9.4 11.1 20.5 19.03 60 25 15

116 Altos Santana/Av.Fco.J.Longo

201 Bairrinho/Pça Exp. 23.1 22.9 46 38.6 120 45 35

202 Bom Retiro/Pça Exp. 18.5 20.8 39.3 31.1 120 60 60

203 Cajuru/Pça Exp. 24.5 23.4 47.9 33.7 140 40 30

204A Pq Novo Horiz./via P.A.C. 36.4 35.4 110 15 10

204B Pq N.Horiz./via Av.J.Longo 33.9 32.9 110 15 10

205 Eug.de Melo-Galo Br./Pça Exp.18.9 17.8 36.7 33.3 100 24 10

206 Jd Sta Inês/Pça Exp. 19.3 19 38.3 34.3 120 30 15

207 Jd S.Vicente(Motrma)/Pça Exp.17.9 17 34.9 34.9 110 30 10

208 Jd Aeroporto/pça Exp. 13 14.2 27.2 26.59 80 50 40

209 Jd Uirá/Pça Exp. 12.7 13.3 26 26 90 40 20

210 Jd Diamante/Pça Exp. 13.1 13.2 26.3 26.3 90 120 45

211 Vista Verde/Pça Exp. 10.3 13.1 23.4 23.4 70 90 90

212 Capão Grosso/Pça Exp. 19.9 19.8 39.7 32.9 110 75 45

213 Vl Industrial/Pç Exp. 16.3 16.3 65 30 20

214 Vl Tesouro/Av J.Guilhermino 21 21 60 30 30

215 Vl Tesouro/Av Fco.J.Longo 12 12.2 24.2 24.2 60 30 15

216 Jd Sta Maria/Pça Exp. 21.4 21.1 42.6 40.5 120 120 70

230 Vl Tesouro/Jd Colonial 54.7 54.7 140 45 40

231 Vl Tesouro/Vl Dirce 36.9 35.23 80 20 15

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300 CIRCULAR 300 22.1 17.7 60 35 15

301 Chácaras Reunidas/Pça A.Pena17.7 16.7 34.4 33.6 100 30 25

302 Putim/Pça Exp.(Rod.Tamoios) 19.4 18.9 38.9 34.9 105 30 15

303 Jd Colonial/Rod. Nova 36.7 36.7 120 20 6

304 Jd Colonial/Pça Exp. 29.6 29.6 90 20 6

305 Jd S.Judas Tadeu/Pça Exp. 14.3 13.7 28 27.4 80 30 20

306 Limoeiro/Pça Exp.(Via Dutra)15.3 12.5 27.8 27.8 70 60 30

307 Jd Morumbi/Pça Exp. 14.8 14.1 28.9 28.9 90 15 12

308A Bq dos Eucal./Pça Exp.(And.) 12 12.6 24.6 24.6 80 40 20

308B Bq dos Eucal./Pça Exp.(O Fino)13.413.8 27.2 27.2 80 40 15

309 Pq Industrial/Rod.Nova 16.4 16.5 36.9 36.9 90 32 15

310 Jd Oriente/Pça Exp. 12.5 13.8 26.3 25.5 80 60 40

311 Limoei./Jd Inds./Pça A.Pena 10.7 10.8 21.5 16.24 80 40 20

312 Jd Satélite/Pça Exp. 21.6 21.6 60 35 30

313 Putim/Pça Exp.(Av Astron.) 13.5 12.8 26.3 17.5 90 40 30

314 Urbanova/Pça dos Exp. 10.3 11.4 21.7 21.7 60 30 20

315 Pq Interlagos/Pça Exp. 16.7 15.7 32.4 26.6 120 60 30

316 Torrão de Ouro/Pça Exp. 14 14.8 28.8 19 60 120 110

317 Campo dos Alemães/Rod. Nova 17.1 16 33.1 29.06 100 20 15

318 D. Pedro I/Pça Exp. 13.8 15.8 29.6 26.16 100 20 10

330 Pq. Industrial/Altos de Santana 22 24.1 46.1 42.92 120 40 20

continuaçao: TABELA 2

CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS DAS LINHAS URBANAS

LINHA Nº DE CARROS NA LINHA VIAGENS

NORMAL PICO POR DIA KILOMETROS

100 CORUJÃO-Pç Exp.

101 Represa/Pça Exp 1 1 8 570.4

102 Jaguari/Pça Exp. 1 1 8 347.2

103 Costinha/Pça Exp. 1 1 14 365.4

104 Vargem Gde./Pça Exp. 1 1 3 110.1

105 Bairro dos Freitas/Pça Exp. 2 2 18.5 493.95

106 Buquirinha/Av.J.Guilhermino 3 3 37 851

107 Vl Paiva/Av.J.Guilhermino 3 4 67.5 1221.75

108 Vl Cândida/Av.J.Guilhermino 2 2 30.5 472.75

109 Vl Cristina/Av.Fco.J.Longo 1 1 19 161.5

110 Santana/Pça Exp. 2 2 36.5 226.3

111 CIRCULAR 2 2 30 447

112 Jd Maringá/Vl Terezinha 2 2 28 557.2

113 CTA/Pça Exp. 1 1 24 326.4

114 RODOVIÁRIAS 2 2 46 455.4

115 Altos Santana/Av.Fco.J.Longo 3 5 55 1127.5

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116 Altos Santana/Av.Fco.J.Longo

201 Bairrinho/Pça Exp. 3 4 26 1196

202 Bom Retiro/Pça Exp. 3 3 37 1454.1

203 Cajuru/Pça Exp. 4 5 29 1389.1

204A Pq Novo Horiz./via P.A.C. 9 9 32.5 1183

204B Pq N.Horiz./via Av.J.Longo 8 8 32.5 1101.75

205 Eug.de Melo-Galo Br./Pça Exp. 6 11 68.5 2513.95

206 Jd Sta Inês/Pça Exp. 5 10 65.5 2508.65

207 Jd S.Vicente(Motrma)/Pça Exp. 4 6 40.5 1413.45

208 Jd Aeroporto/pça Exp. 1 2 20 571.2

209 Jd Uirá/Pça Exp. 5 7 49 1274

210 Jd Diamante/Pça Exp. 1 2 10 420.8

211 Vista Verde/Pça Exp. 1 1 11.5 269.1

212 Capão Grosso/Pça Exp. 1 1 10 397

213 Vl Industrial/Pç Exp. 3 4 52 847.6

214 Vl Tesouro/Av J.Guilhermino 2 2 36 756

215 Vl Tesouro/Av Fco.J.Longo 2 4 36 871.2

216 Jd Sta Maria/Pça Exp. 1 1 6 255

230 Vl Tesouro/Jd Colonial 5 5 27 1476.9

231 Vl Tesouro/Vl Dirce 4 6 49.5 1826.55

300 CIRCULAR 300 2 3 25.5 563.55

301 Chácaras Reunidas/Pça A.Pena 4 4 45.5 1565.2

302 Putim/Pça Exp.(Rod.Tamoios) 4 6 43 1646.4

303 Jd Colonial/Rod. Nova 10 14 88.5 3247.95

304 Jd Colonial/Pça Exp. 9 13 92 2723.2

305 Jd S.Judas Tadeu/Pça Exp. 4 6 42 1176

306 Limoeiro/Pça Exp.(Via Dutra) 2 2 24.5 681.1

307 Jd Morumbi/Pça Exp. 6 10 85 2456.5

308A Bq dos Eucal./Pça Exp.(And.) 4 6 29.5 725.7

308B Bq dos Eucal./Pça Exp.(O Fino) 4 6 31.5 856.8

309 Pq Industrial/Rod.Nova 3 4 37 1365.3

310 Jd Oriente/Pça Exp. 2 3 21 552.3

311 Limoei./Jd Inds./Pça A.Pena 3 5 52.5 1128.75

312 Jd Satélite/Pça Exp. 1 2 29.5 637.2

313 Putim/Pça Exp.(Av Astron.) 2 3 30.5 802.15

314 Urbanova/Pça dos Exp. 2 3 41 889.7

315 Pq Interlagos/Pça Exp. 2 3 24.5 793.8

316 Torrão de Ouro/Pça Exp. 1 1 9.6 273.6

317 Campo dos Alemães/Rod. Nova 12 18 91.5 3028.65

318 D. Pedro I/Pça Exp. 4 5 45.5 1346.8

330 Pq. Industrial/Altos de Santana 3 5 30.5 1406

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Frota

A frota é composta por 240 ônibus com característicasidentificadas na tabela 3:

Tabela 3:

nº de ônibus Tipos de veículos

155 Chassi convencional alongado 47 Carroceria alongada 2 38 Monoblocos

A tabela 4 identifica a idade média dos ônibusevolutivamente no transcorrer dos últimos 8 anos:

Tabela 4:Ano Idade Média

1987 4-8 anos1988 3-6 anos1989 3-4 anos1990 3-2 anos1991 2-7 anos1992 2-7 anos1993 3-8 anos1994 3-7 anos

Terminais de Ônibus

A cidade possui três principais terminais de ônibus,localizados na Pça. dos Expedicionários (Rodoviária Velha),Pça. Afonso Pena e na Rodoviária F. Ozanan (Rodoviária Nova).

O terminal da Pça. Afonso Pena é caracterizado porsequência de abrigos localizados na calçada e os ônibusestacionados junto ao meio fio ao longo da continuação da RuaHumaitá.

O terminal da Rodoviária Velha - Pça. dosExpedicionários é caracterizado por estacionamentostransversais de 45o de ambos os lados do prédio, concentrandoum corredor para pedestres dentro do prédio com algumas salasreservadas para administração da operação e atividadescomerciais.

Finalmente existe o terminal de ônibus urbanolocalizado na Rodoviária Nova, ao lado do terminalintermunicipal, que é caracterizado por estacionamentolongitudinais com cobertura em marquise.

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Pontos e Abrigos

Em todo o sistema viário da cidade existemaproximadamente 1.200 pontos de parada de ônibus, sendo que40% destes possuem abrigo. Estes são de concreto ou demadeira com cobertura de fibrocimento. Abaixo identicamos aevolução da implantação de abrigos nos últimos 2 anos.

nº de abrigosAno Região implantados Total

1993 Sul 43 Leste 33 Norte 8 Centro 14 98

1994 Sul 24 Leste 9 Norte 4 Centro 5 42

TOTAL 140

Fiscalização

A Divisão de fiscalização e controle conta com 36fiscais espalhados por 20 pontos fixos de fiscalização eoutros volantes. A Divisão controla o número de ônibuscirculante em seus itinerários e mais os fixos em seusterminais e partidas, controlando também a operação de vendasde passes assim como os horários de partida e chegada de cadaônibus.

O nível de desempenho de cada empresa é identificadoatravés de relatórios de ocorrências e notificações em todasas linhas quinzenalmente. Através dos quais é possívelidentificar a eficiência de cada Empresa.

TÁXI, TRANSPORTE ESCOLAR, TRANSPORTE FRETADO

Número de Veículos Utilizados como Táxi nos Últimos 5 Anos

1989 = total de 344 veículos;1990, 1991, 1992, 1993 = total de 355 veículos;

Idade Média da Frota em 1993 = 6,8 anos

Número de Veículos Utilizados como Transporte Escolar

Obs: Somente podemos informar a partir de 1991, com o adventoda Lei no. 3992/91, pois anteriormente não havia

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distinção em transporte escolar e transporte fretado,assim, temos:

1991 e 1992 = total de 140 veículos;1993 = total de 124 veículos;

Tipo de Veículos Utilizados no Transporte Escolar em 1993

Kombis = 96 veículosMicroônibus = 10 veículosÔnibus = 16 veículosFurglaine = 2 veículos

Localização e Número de Vagas de Cada Ponto de Tàxi

01 - Ponto Almirante - Av. Dr. Nélson D'Ávila (em frente àLojas Americanas) = 22 vagas;

02 - Ponto Antônio Prado - Pça. Antônio Prado - Santana = 02vagas;

03 - Ponto das Bandeiras - Pça. das Bandeiras - Bq.Eucaliptos (próximo ao SESI) = 04 vagas;

04 - Ponto Bandeirantes - Av. Dep. Benedito Matarazzo (aolado da revendedora VW/Bandeirantes) = 08 vagas;

05 - Ponto Biriba - Pça. João Pessoa (em frente ao ShoppingCentro) = 07 vagas;

06 - Ponto Brasília - Rua Jordânia (próximo ao JumboEletro/Dutra) = 13 vagas;

07 - Ponto Caçula - Pça. Afonso Pena (em frente à CâmaraMunicipal) = 19 vagas;

08 - Ponto Center Vale Shopping - Av. Dep. Benedito Matarazzo= 15 vagas;

09 - Ponto Matriz - Trav. Cândido Portinari (ao lado daIgreja Matriz) = 28 vagas;

10 - Ponto Central - Rua Sebastião Humel (próximo ao MercadoMunicipal) = 22 vagas;

11 - Ponto Fantástico - Av. Cassiopéia (em frente à igrejacatólica) = 06 vagas;

12 - Ponto N. S. de Fátima - Av. Francisco José Longo (emfrente ao Hospital N. S. de Fátima) = 10 vagas;

13 - Ponto Jardim - Pça. Liza Ferreira Rahal (em frente àClínica S. José) = 23 vagas;

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14 - Ponto Jd. das Indústrias - Av. Dep. Benedito Matarazzo(próximo ao Posto da Gruta) = 05 vagas;

15 - Ponto Kennedy - Pça. Kennedy = 12 vagas;

16 - Ponto Pronval - Pça. Maurício Cury (próximo ao Pronval)= 18 vagas;

17 - Ponto Pça. Natal - Pça. Natal (em frente ao P. S. ParqueIndustrial) = 04 vagas;

18 - Ponto Paraíso - Rua Mérida (Jd. América) = 04 vagas;

19 - Ponto Planetário - Av. Nove de Julho = 17 vagas;

20 - Ponto Policlin - Av. Nove de Julho = 13 vagas;

21 - Ponto Rio Branco - Pça. Cônego Lima (em frente aoBradesco) = 22 vagas;

22 - Ponto Rodovia - Av. Andrômeda (em frente à Alpargatas) =05 vagas;

23 - Ponto Santana - Rua Jacy Madureira (próximo à Pça.Santana) = 10 vagas;

24 - Ponto São Cristovão - Pça. Cap. Pedro Pinto da Cunha (emfrente a Igreja São Judas) = 20 vagas;

25 - Ponto Superbon - Rua Antonio Saes = 11 vagas;

26 - Ponto Viaduto - Av. Dr. Nélson D'Ávila (próximo ao CTA)= 08 vagas;

27 - Ponto da Vila Industrial - Rua Saigiro Nakamura (emfrente ao P.S. da V. Industrial) = 14 vagas;

28 - Ponto da Vista Verde - Rua Porto Rico = 09 vagas;

29 - Ponto Vale do Sol - Rua Almadina = 04 vagas;

30 - Ponto Livre Rodoviária Nova;

31 - Ponto Livre Carrefour.

3.3.10 - DIRETRIZES, PROGRAMAS E PROJETOS DA CIRCULAÇÃO E DOTRANSPORTE

DIRETRIZES GERAIS:

- A gestão dos sistemas de circulação, transporte público,trânsito e vias públicas deve ser feita de forma unificada,

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garantindo o desenvolvimento de políticas e projetosconjuntos de circulação no município.

- A distribuição especial das atividades e equipamentosdeverá buscar sempre a mínima necessidade deslocamentosmotorizados.

- A implantação de todo e qualquer empreendimentohabitacional, comercial, ou de outra natureza, quandoacarretar aumento das demandas de circulação e detransportes, deverá também ser objeto de análise para aaprovação dos gestores da circulação e transportes. Oscustos decorrentes das medidas à minimização dos impactospoderão ser incluídos no custo do empreendimento, em formaa ser definida por lei específica.

- Adequar o processo de ocupação do solo à racionalização douso da infra-estrutura instalada e projetada conforme item3.3.4 - Do Sistema de Planejamento, evitando sua sobrecargae ociosidade, buscando atender a otimização do desenhourbano associado à melhoria das condições de conforto,segurança e custos.

- Promover um shstema de circulação viária e de transportesque assegure a acessibilidade a todas as regiões da cidade,principalmente através de ligações inter-bairros e anelperimetral periférico (Mapa 27 - Macro Estrutura Viária).

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- Elaborar um Plano Municipal de Circulação e Transportes,objetivando atender as políticas e diretrizes estabelecidasno Plano Diretor. Esse Plano deverá orientar, de maneirasistemática e integrada, as ações de curto, médio e longoprazo, a serem empreendidas nos sistemas de transporte,trânsito e vias públicas.

- Constituir e implementar mecanismos de participação popularna definição das prioridades de investimentos, bem como naproposição de medidas para aprimorar os serviços detransportes.

- O transporte coletivo, como serviço público essencial,assim como o transporte à pé, deverão ser semprepriorizados sobre o transporte individual.

- Hierarquizar as vias, priorizando o sistema de transportescoletivos e de circulação de pedestres.

- A gestão municipal de transporte deverá acompanhar aevolução tecnológica, tendo em vista a utilização deequipamentos com menor potencial ofensivo ao Meio Ambiente,redução de custos e racionalização dos sistemas.

- A informação sobre os serviços de transporte público etrânsito necessárias à sua melhor utilização por parte dosmunícipes, deverá ser assegurada através de programasespecíficos.

- Todos os órgãos da área de transportes, em todos os níveise especialização devem promover a formação e treinamento daforça de trabalho. A capacitação do pessoal deve constituirprioridade nas ações organizacionais.

- As intervenções no setor, promovidas por outras esferas dopoder (estadual, federal), deverão respeitar os interessesdo município, bem como adequar-se as diretrizes desteplano.

DIRETRIZES DO TRÂNSITO E VIAS PÚBLICAS:

- As condições e segurança de trânsito deverão serpriorizadas sobre as condições de fluidez, sempre que foremconcorrentes.

- As rotas de transporte de cargas devem ser racionalizadas eestruturadas de maneira a evitar interferências nacirculação, principalmente dos transportes coletivos,impactos negativos sobre o uso e ocupação do solo e o meioambiente.

- A reabilitação das vias de maior densidade e de funçãoestratégica, bem como das vias urbanas de maior tráfego de

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coletivos devem ser prioridades nos planos deinvestimentos.

- As estradas municipais deverão ter seus traçados e largurasdefinidos em função do uso e ocupação do solo existente eprojetado, bem como das condições geotécnicas egeomorfológicas.

- Manter o Programa Permanente de Educação de Trânsito,conjuntamente entre a Secretaria de Transportes eSecretaria de Educação.

- Estimular a formação de atitudes e comportamentoscoerentes, seguros e adequados ao sistema de trânsito etransportes da cidade, com o objetivo de integrargradativamente o elemento agente ao sistema.

PROGRAMAS E PROJETOS:

- Implantação de novo modelo de gerenciamento para otransporte coletivo municipal, fortalecendo o papel doórgão de gerência no controle, fiscalização e planejamentodo sistema.

- Elaborar o Plano Municipal de Circulação e de Transportes,considerando o diagnóstico da situação atual e as futurasdemandas de transporte decorrentes do processo decrescimento urbano de São José dos Campos, atendendo asdiretrizes estabelecidas no Plano Diretor do Município quedeverá contemplar:

. Estruturação do sistema viário principal e organização dacirculação de veículos;

. Estudos de implantação do Programa de Orientação deTráfego, contendo as principais rotas orientadas;

. Estudos de eliminação de barreiras arquitetônicas e deacesso à portadores de necessidades especiais ao sistemade circulação e transporte coletivo;

. Estudos de ordenamento da circulação de bicicletas,visando incentivar este modo de transporte, comcondições de conforto e segurança;

. Estudo de priorização da circulação do transportecoletivo por ônibus, sobre o tráfego geral;

. Estudos pontuais com respeito a pontos negros, bem comoanálise de segurança de pedestres, próximo às escolas;

. Avaliação da circulação de veículo de carga eestabelecimento de uma regulamentação para amovimentação, carga e descarga, de acordo com as

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diretrizes de melhoria da segurança e fluidez dotráfego;

. Estudo de medidas para solução dos problemas de uso etransposição da Rodovia Pres. Dutra pelo tráfego urbano.

. Reestruturação do sistema de transporte coletivomunicipal, incluindo:

. Reformulação da rede de linhas urbanas e redirecionamentoda oferta dos serviços de transporte coletivo,considerando formas de integração e as necessidades deatendimento da população. Levando em conta simulaçõeseconômicas do impacto no custo do serviço e definição dosistema de controle operacional para o serviço proposto.

. Fixação de imagem do sistema, através da padronização decomunicação visual e adequação visual dos equipamentosdisponíveis nos pontos de parada.

. Programa de intervenções urbanas e operacionaisreferentes ao Plano de Circulação e Transporte daaministração municipal, considerando a análise dosimpactos de cada alternativa e respectivo orçamento.

. Diretrizes gerais para o sistema de circulação etransporte, tendo como horizonte o ano 2004.

. Diretrizes de organização e prestação do serviço detransporte público, incluindo a eventual introdução denovas tecnologias.

. Programa de intervenções físicas previstas, dentro dohorizonte de estudo, tanto para o Sistema de TransportePúblico como para o Sistema Viário.

3.3.11 - SERVIÇOS PÚBLICOS

3.3.11.1 - DIAGNÓSTICO DA MANUTENÇÃO DA CIDADE

3.3.11.2 - DIRETRIZES, PROGRAMAS E PROJETOS DA MANUTENÇÃO DACIDADE

- Implantar o Plano Educacional de Limpeza e Organizaçãoda Cidade de forma a transformar São José dos Campos emuma cidade modelo de limpeza e organização, através daparticipação e envolvimento da população em geral e desuas lideranças;

- Implantar o Plano de Manutenção Sistemática doMunicípio, executando os serviços de forma planejada e

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eficaz, melhorando a qualidade de vida e a satisfaçãodos municípes;

- Ampliar a proposta de regionalização dos serviços demanutenção no município, através da criação de novasregionais e/ou postos avançados de trabalho,descentralizando a administração, levando o atendimentopúblico mais próximo ao munícipe;

- Implantar programas de terceirização através dacontratação de frentes de trabalho e/ou empresas,obedecendo-se a sazonalidade de certas demandas, bemcomo algumas demandas contínuas;

- Implantar políticas permanentes de treinamento edesenvolvimento de pessoal, melhorando a qualificaçãodos funcionários, capacitando-os quanto aos serviços eao exercício da cidadania.

3.3.11.3 - DIAGNÓSTICO DA DEFESA DA CIDADE E DA CIDADANIA

Entender a Segurança Pública, como Defesa da Cidade eda Cidadania significa mais que atentar para as questões dasegurança física e patrimonial. A preocupação com todo umconjunto de práticas e situações de exclusão do cidadão, queo coloca na esfera da marginalidae social, como fortecontribuinte ao incremento das ações delituosas, nos leva abasear a análise das questões da segurança pública em umconjunto de fatores relacionados com os aspectos sócioinstitucionais econômicos, que venham a garantir a legítimacidadania entendida como a garantia de acesso do indivíduo aopleno exercício dos seus direitos e deveres.

Como elementos de análise, para o presente caso foramselecionados os índices de mortalidade em acidente detrânsito no município; de ocorrências policiais envolvendocrimes fatais; de sinistros envolvendo ocorrências deincêndios, desmoronamento e inundações e depredação dopatrimônio público.

Dados de acidentes Fatais de Trânsito / S.J. dos Campos:

Local 1990 1991 1992 1993

Presid. Dutra 46 47 61 -

Tamoios e SP-50 23 19 17 -

Zona Urbana 44 60 68 -

não identificados - 01 01 -

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Totais 114 127 148 * 50

* 1 (uma) vítima na via férrea.

- índice de ocorrências policiais envolvendo crimesfatais ( tensões e conflito humanos/sociais):

62 mortes./1993

- índice de ocorrências policiais envolvendo lesõescorporais - Ano 1993 (ferimentos - 777)

- depredações do Patrimônio Público :

1993 - 49 ocorrências1994 - 09 ocorrências até 09/04/94

- desmoronamento sem vítima fatal:1993 - 04 ocorrências1894 - 03 ocorrências

- inundação com vítima fatal :1993 - 001994 - 01

- ocorrêcias/inundação:08 entre o período de novembro de 1993/março 1994

- áreas de risco na zona urbana:

desabamento - 24alagamento - 22

Os dados acima revelam que grande parte das situaçõesproblemas identificadas, são decorrentes tanto de condiçõesinseguras - ocupações inadequadas do meio físico; edificaçõese prática de atividades em condição de risco; ausência deequipamentos e treinamento de segurança adequados -, como dafragilidade das sanções e do processo de consientização parapráticas mais seguras (Mapa 28 - Áreas de Risco).

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3.3.11.4 - DIRETRIZES DA DEFESA DA CIDADE E DA CIDADANIA

1 - A defesa da cidade e da cidadania deverá se pautarpela garantia de ampla e efetiva participação popularna busca de propostas, programas e soluçõesreferentes à segurança;

2 - Para a garantia da participação popular, deverá serimplementada a Lei nº4.269/92 de 11 de novembro dd 92que cria o Conselho Municipal de Segurança e doDecreto nº8.099/93 de 06 de agosto de 1993 queinstitue o Forum Permanente de Segurança;

3 - Todos os aspectos relacionados à segurança e daintegridade física doas cidadãos, dos própriospúblicos e privados deverão estar contemplados emampla campanha de educação para a cidadania;

4 - A municipalidade deverá manter efetivo adequado paraa manutenção da segurança dos próprios públicos;

5 - Implementar um sistema de emergência urbana peladefesa civil, com ações integradas do corpo debombeiros e entidades competentes.

3.3.11.5 - DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS FUNERÁRIOS

O Município de São José dos Campos conta com setecemitérios que estão localizados no Centro, regiões Sul,Norte, Leste, Trbanova e nos distritos de Eugênio de Melo ede São Francisco Xavier, sendo cinco destes públicos e doisparticulares. Os cemitérios públicos são os mais antigos,sendo que destes o mais recente é o cemitério da ColôniaParaíso na região Sul, implantado em 1980.

Um dos particulares - o "Memorial Park" no projetoUrbanova - possui projeto aprovado, estando em fase deimplantação. Existe também uma proposta de instalação a fimde atender parte da região Leste (no bairro do Bom Retiro);cuja escolha deve-se à localização, características deacesso, e deverá ser objeto de estudos mais detalhados paradecisão final da seleção de áreas.

Os cemitérios públicos estão todos numa condição críticade atendimento, obrigando-se a um tempo mínimo de permanênciapara gerar um certo patamar na oferta de vagas, o qual semmudanças substanciais na atual estrutura não será modificado,tendendo inclusive a se reduzir ao longo do tempo, conformepodemos verificar no quadro abaixo:

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QUADRO 3.3.11.7

MOVIMENTO ANUAL DE SEPULTAMENTOS POR CEMITÉRIO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 1984 - 1991

┌──────┬───────┬───────┬───────┬──────────┬──────┬─────────┐│ ANO │ CENTRO│SANTANA│PARAÍSO│S.F.XAVIER│E.MELO│H.S.DIMAS│├──────┼───────┼───────┼───────┼──────────┼──────┼─────────┤│ 1984 │ 320 │ 795 │ 494 │ 16 │ 30 │ 245 ││ 1985 │ 314 │ 757 │ 498 │ 10 │ 33 │ 259 ││ 1986 │ 314 │ 665 │ 564 │ 15 │ 44 │ 289 ││ 1987 │ 363 │ 590 │ 677 │ 15 │ 34 │ 250 ││ 1988 │ 402 │ 665 │ 778 │ 15 │ 41 │ 266 ││ 1989 │ 395 │ 619 │ 881 │ 18 │ 36 │ 277 ││ 1990 │ 380 │ 577 │ 931 │ 14 │ 42 │ 242 ││ 1991 │ 357 │ 548 │ 933 │ 22 │ 45 │ 199 │├──────┴───────┴───────┴───────┴──────────┴──────┴─────────┤│FONTE: SCM/DSI/DSG - Secretaria de Administração da PMSJC.│└──────────────────────────────────────────────────────────┘Total Geral : 1992 - 2.271de sepultamentos 1993 - 2.684

Conforme se pode depreender do quadro sobre o movimentoanual de sepultamentos, os patamares dos cemitérios doCentro, São Francisco Xavier e de Eugênio de Melo, sãorespectivamente de 400, 20 e 45 sepultamentos por ano e o docemitério de Santana vem tendendo a se estabilizar na faixade 500. A característica predominante é que estes 4cemitérios tem o seu perímetro configurado e confinado pelotecido urbano, eliminando qualquer hipótese de expansão desuas áreas. Por sua vez, o cemitério da Colônia Paraíso, emrazão de sucessivas expansões de sua área, vem sendo o únicocemitério público a oferecer um incremento na sua capacidade,hoje por volta de 1.100 sepultamentos/ano. Esta unidade aindadispõe de algum espaço para sua expansão com previsão delimites de saturação de dois anos e meio. Verifica-se aapropriação de parte deste espaço para outros fins, a exemplodo reservatório de água da SABESP instalados dentro doperímetro do cemitério.

Características dos Cemitérios Públicos

1. Centro - Área de 30.638,05 m2Possui velório (1)

2. Santana - Área de 25.007,94 m2Possui velório (2)Possui necrotério (1)

3. Eugênio de Melo - Área de 6.635,00 m2

4. São Francisco Xavier - Área de 2.500 m2

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Possui velório (1)

5. Colônia Paraíso - Área de 52.000,00 m2Possui velório (4)1 Posto de Perícias Médicas(Est. Deplan)

Características dos Cemitérios Particulares

6. Horto São Dimas - Área de 30.000,00 m2Não tem instalações de apoio

7. Memorial Park - Área de 89.805,55 m2(projeto)AdministraçãoVelório/NecrotérioZeladorVestiáriosRefeitórioDepósito e Almoxarifado

A distribuição espacial destas unidades não obedece acritérios técnicos e científicos pré-estabelecidos. Mesmo alocalização do projeto do "Memorial Park" foi definido pelosproprietários da Urbanova em razão das peculiaridades doporte do empreendimento. Ainda hoje, os cemitérios existentesnão foram adequados aos parâmetros técnicos atuais e não têmsido submetidos à qualquer tipo de controle. A menção acimaquanto ao uso do solo indevido (reservatório de água paraabastecimento urbano) dentro do perímetro do cemitério daColônia Paraíso, ilustra apenas uma das diversas distorçõesexistentes.

A maioria dos cemitérios não está adequadamentelocalizada em relação às edificações da sua vizinhança, nãohavendo recuos convenientemente dimensionados em seuperímetro. No geral, estão situados em regiões com ocupaçãoconsolidada e adensamento médio. Todos os cemitérios indicaminconveniências de acesso. Em particular, o cemitério doCentro tem drenagem aberta, superficial, contribuindodiretamente para o meio-fio das ruas vizinhas. O de Eugêniode Melo está localizado em terrenos baixos, na transição paraa várzea; o de São Francisco Xavier está a 40 metros do leitodo rio do Peixe e o do Horto São Dimas é cortado por umcórrego canalizado.

Em síntese, nenhum deles atenderia às atuais exigênciase restrições para a instalação de cemitérios feitas pelaCETESB e pela Prefeitura. A tendência, se mantidas aspresentes condições de utilização e manejo, é de que a ofertade jazigos se mantenha num nível crítico, sendo necessáriauma revisão, principalmente, na regulamentação dos serviçosdos cemitérios municipais. Como não há uma avaliação do riscoambiental ocasionado pelas instalações existentes, é

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recomendável proceder a uma classificação e monitoramento afim de obtermos dados que orientem o procedimento futuro.

3.3.11.6 - DIRETRIZES,PROGRAMAS E PROJETOS DO SERVIÇOFUNERÁRIO

- IMPLANTAÇÃO DE CEMITÉRIO PÚBLICO NA REGIÃO LESTE DOMUNICÍPIO

- AMPLIAÇÃO DO CEMITÉRIO DO NÚCLEO DE EUGÊNIO DE MELO ECONSTRUÇÃO DE VELÓRIO

- AMPLIAÇÃO DO CEMITÉRIO DA COLÔNIA PARAÍSO

- IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE MONITORAMENTO DOS CEMITÉRIOSEXISTENTES

- CRIAÇÃO DE PARÂMETROS TÉCNICOS LEGAIS PARA DISCIPLINAR AINSTALAÇÃO DE CEMITÉRIOS NO MUNICÍPIO

- ELABORAÇÃO DE ESTUDOS TÉCNICOS VISANDO A IMPLANTAÇÃO DECREMATÓRIO MUNICIPAL

3.4 - DESENVOLVIMENTO SOCIAL

3.4.1 - DIAGNÓSTICO, DIRETRIZES, PROGRAMAS E PROJETOS DODESENVOLVIMENTO SOCIAL

3.4.1.1 - DIAGNÓSTICO DA SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Historicamente é de competência da SDS a intervençãonas questões da assistência, no âmbito do poder públicomunicipal em São José dos Campos.

Nesta trajetória a concepção da assistência social vemsofrendo alterações na mesma medida em que se efetivammudanças conjunturais. Assim, na Prefeitura a assistência naúltima década assumiu diferentes graus de importância naestrutura organizacional desta instituição, passando deDepartamento de Promoção Humana (vinculado à Secretaria deSaúde), à assessoria de Desenvolvimento Social (vinculado àSecretaria de Governo), para finalmente constituir-se naSecretaria de Desenvolvimento Social, com dotaçãoorçamentária própria.

Simultaneamente, a sociedade em nível nacional engendraum movimento que culmina na promulgação da nova ConstituiçãoBrasileira em 1988. A nova Constituição avança na concepçãode assistência, que destituída do caráter de fisiologismopolítico, passa a se configurar enquanto política pública docidadão e dever do Estado.

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Pensar a assistência social como direito do cidadãoimplica em situá-la no conjunto dos direitos sociais como umtodo - a cidadania. A cidadania se efetiva a partir de umprocesso de organização e participação popular fundamentadasna construção de uma consciência política.

Embora saiba-se que a superação da pobreza depende detransformações econômicas e sociais profundas, a política deassistência social deve apresentar respostas às diversasdemandas sociais e populares. Sob a perspectiva de se fazer aruptura como o assistencialismo, prática entendida comodiscriminatória, de tutela e favor, a prática assistencialdeve se constituir em estratégia de apoio às diversasalternativas autônomas de organização e luta coletiva dostrabalhadores.

Neste sentido entendemos que hoje a intervenção dopoder público em São José dos Campos através da SDS objetiva:

"Realizar ações assistenciais e emergenciais, sócio-educativas e preventivas articuladas às forças sociais domunicípio garantindo a assistência social como políticapública básica para a construção da cidadania".

Tal finalidade parte de uma visão de homem entendidocomo ser social, que vive numa sociedade onde a concentraçãode renda por parte de determinada classe, entre outrosaspectos, gera a exclusão social.

Partindo-se então da perspectiva da totalidade do real,em contraposição a uma visão ,fragmentada dos fenômenossociais, a Secretaria de Desenvolvimento Social estabelececomo eixos básicos da direção do trabalho social na gestãodemocrática e popular:

- o incentivo a organização e participação popular, de formaque a população ocupe e forje cada vez mais a criação decanais de participação junto aos órgãos públicos e foradeles, interferindo no poder decisório e definindoprioridades;

- a adoção da assistência social como prerrogativa daSecretaria garantindo a qualidade da prestação de serviçosà população usuária, conforme critérios previstos na LeiOrgânica da Assistência Social - LOAS.

Para o encaminhamento do trabalho a SDS adota algumaspolíticas setoriais básicas, delimitando sua intervenção nosâmbitos da atenção ao adulto, da criança e adolescente emsituação de risco e/ou com práticas infracionais eorganização comunitária.

ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DA SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTOSOCIAL

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A estrutura organizacional da Secretaria deDesenvolvimento Social está definida na Lei 3.939, de 21 demarço de 1991, cujo organograma apresenta distorções. Estãoali previstos dois Departamentos, cujas denominações nãosugerem uma clareza quanto as ações pretendidas.

Esta estrutura não corresponde à realidade do municípioe encontra-se dissociada de princípios como descentralizaçãoe visão global da assistência social.

Com a aprovação da Lei Orgânica da Assistência Socialem 07/12/93, a Secretaria de Desenvolvimento Social seráreestruturada a partir da regionalização do trabalho social,garantindo a descentralização do atendimento edesenvolvimento de programas e projetos voltados à atenção aoadulto, criança e adolescente, organização comunitária eapoio ao trabalho social.

Desta forma, a área de assistência social atuarábaseada nas realidades locais, definindo demandas eprioridades.

Para atender os Programas e Projetos, a SDS dispõe de2,40% da dotação global do município, o que demonstra, apesardo aumento daquele percentual, a insuficiência de recursosfinanceiros destinados à área social.

A fim de suprir essa escassez de recursos e propiciarcondições de continuidade daqueles programas e projetos, aSecretaria conta com convênios celebrados com a FCBIA -Fundação Centro Brasileiro para a Infância e Adolescência,Secretaria da Criança, Família e Bem Estar Social e FEBEM -Fundação do Bem Estar do menor.

Embora o Município ainda ostente um alto índice derenda per capita, em relação as outras regiões, a realidadedeixa transparecer que as desigualdades sociais são bastanteacentuadas, agravando-se ainda mais com a recessão impostapelos planos econômicos que provocam demissões em massa,reduzem o consumo, acentuando a busca pelo mercado informalde trabalho. Conseqüentemente a crise nacional teve reflexosainda maiores para o Município cuja base econômica éindustrial e que conta atualmente com um contingenteconsiderável de desempregados.

Dentro desse contexto, verifica-se que com a"ineficácia e perversidade do sistema econômico e político nadistributividade da renda e a falência das políticassetoriais básicas, as demandas compensatórias sãoapresentadas à assistência social", sem a contrapartida dorecurso necessário para tanto.

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Reforça-se assim a necessidade da regulamentação da LeiOrgânica da Assistência Social que normatizará a criação doFundo Municipal de Assistência Social e do Conselho Municipalde Assistência Social, que prevê além da municipalização edescentralização de recursos das esferas Federal e Estadual,a implantação de benefícios à população carente.

POLÍTICAS SETORIAIS

Em nível de Política de Atenção ao Adulto as ações sãovoltadas para o atendimento ao adulto em suas necessidadesimediatas básicas, no que se refere aos direitos mínimos docidadão, ações estas caracterizadas pela naturezadispensarial, emergencial, preventiva e sócio-educativa.

Assim, a Política de Atenção ao Adulto abrange ademanda de população de rua (mendigos, migrantes e moradoresde rua), dependentes químicos e alcoólicos e outros excluídosdas condições mínimas de sobrevivência, com os usuários dePlantões Sociais, aposentados e desempregados.

Destaca-se a articulação com as Entidade Sociais doMunicípio, que através da Política de Convênios e AssessoriaTécnica, garantirá a parceria necessária, bem como oplanejamento integrado das ações na área da AssistênciaSocial.

No âmbito da Política de Atendimento à Criança eAdolescente em Situação de Risco e/ou com PráticasInfracionais as ações configuram-se pelo caráter sócio-educativo, preventivo e dispensarial de modo a garantir osdireitos mínimos desse segmento em conformidade com oEstatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Neste sentido oatendimento volta-se prioritariamente à criança eadolescentes com práticas infracionais, crianças na faixaetária de 0 a 6 anos excluídas das creches convencionais e àmodificar diversas ações integradas ao Fundo e Conselho deDireitos da Criança e do Adolescente, "A Turma que Faz",Secretaria da Saúde, Fundação Cultural, Secretaria deEducação, Fundação Hélio Augusto de Souza.

A Política de Organização Comunitária prevê o incentivoas práticas coletivas e o fortalecimento à organizaçãoautônoma da população a partir das premissas da educaçãopopular, cujas ações se revestem da natureza sócio-educativa,preventiva e de enfrentamento à pobreza.

Na demanda em potencial desta política situam-se: osgrupos organizados ou em processo de organização, usuários ounão dos Centros Comunitários, de acordo com a regiãocorrespondente (mulheres e homens, idosos,crianças/adolescentes, portadores de necessidades especiais);

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movimentos sociais; trabalhadores; moradores de habitaçõessub-normais e/ou incluídos em Programas Habitacionaisdestinados à população de baixa renda (favelas, Campo dosAlemães, Conjunto D. Pedro I e II, áreas de risco e outros);moradores de loteamentos clandestinos e irregulares.

No conjunto das políticas setoriais algumas áreas, comopara a criança e o adolescente - prioridade da Administração- e Saúde Mental, que terá maior ênfase ao nível daSecretaria de Saúde, requerem um investimento de esforços daSDS, em que pese o lugar fundamental que ocupa a assistênciasocial no bojo destas políticas.

Ao nível exclusivo da Secretaria de DesenvolvimentoSocial, aponta-se o trabalho com população de rua, aquele quedeve contemplar uma ampla discussão para o avanço rumo a umanova concepção do trabalho com demanda. Isto significa que noâmbito da Secretaria deve-se priorizar os esforços nestesentido, principalmente no que se refere a articulação com osdemais municípios da região, tendo em vista o caráter destaação.

Finalmente há que se considerar a importânciafundamental dos Conselhos de Direitos da Criança eAdolescente e da Promoção Social, cujo papel de definir apolítica social nestas áreas, resulta numa relação deparceria com o órgão público municipal. Nesta relaçãodestaca-se no momento a direção que tem se dado de avançar deuma política de subvenção e auxílio à Entidades Sociais parauma Política de Subsídios, ampla e criteriosa.

3.4.1.2 - DIRETRIZES, PROGRAMAS E PROJETOS DO DESENVOLVIMENTOSOCIAL/SDS

DIRETRIZES:

Ao definir suas diretrizes de trabalho, a Secretaria deDesenvolvimento Social tem a preocupação de garantiratendimento global, de qualidade, à população excluída doprocesso econônimo social, priorizando programas que venhamao encontro da construção da cidadania, definindo aAssistência Social como Política Pública básica.

01. Desenvolver trabalho social de forma regionalizada,articulado aos demais setores da Administração, atravésde coordenações regionais, considerando as realidades edemandas avaliadas como prioritárias, por região.

02. Ddsenvolver ação pautada em educação popular, favorecendoa reflexão de ações e situações reais de vida dosindivíduos para sua cidadania, garantindo a

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descentralização do trabalho social direcionado aosvários segmentos sociais.

03. Garantir atendimento integral às famílias de baixa renda,através da destinação de recursos assistenciais.

04. Implantar e/ou implementar programas de atendimento eapoio, destinados a diversos segmentos da sociedade comatuação na SDS em conjunto com grupos organizados,Conselhos Municipais e Secretarias afins.

05. Realizar, em conjunto com segmentos organizados e afinsda sociedade, bem como órgãos de atendimento à criança eadolescente, programas destinados a esse segmentopriorizando a criança e adolescente em situação de riscoe/ou com práticas infracionais.

06. Subsidiar os programas de urbanização de núcleos efavelas, intervenção junto às áreas de risco, loteamentosclandestinos, irregulares e conjuntos habitacionais,compondo com Secretarias afins (Obras, Planejamento,URBAM/UNIPAS, Saúde, Educação, Relações Comunitárias eAssessoria Especial à Cidadania), na perspectiva daimplantação da política habitacional.

07. Subsidiar programas de prevenção e atendimentoespecializado para os portadores de necessidadesespeciais (sensorial, mental ou físico).

08. Garantir a manutenção de pessoal e equipamentos (físicose materiais) em número suficiente e distribuídosadequadamente para atender aos programas existentes ou aserem implantados.

09. Favorecer o aperfeiçoamento profissional dos servidoresda Secretaria através de reciclagens constantes.

10. Desenvolver programas de prevenção e atendimentoespecializado à dependentes químicos e alcoólicos emconjunto com a Secretaria de Saúde do município.

11. Assessorar tecnicamente a destinação dos recursospúblicos para auxílios e/ou subvenções à EntidadesSociais sem fins lucrativos, através de convênios.

12. Atender a população marginalizada através de abordagemdirecionada ao "Homem de Rua" e migrantes, estabelecendoespaço alternativo de convivência.

13. Implantar projetos de geração de renda destinados àscamadas marginalizadas e garantindo programas que visem odesenvolvimento profissional dos trabalhadores.

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14. Atuar nas situações configuradas como de calamidadepública e/ou emergenciais por meio de medidaspreventivas, de socorro e assistenciais.

15. Centralizar, no âmbito da Prefeitura Municipal asdiretrizes da assistência social, na SDS, incorporando osprogramas desenvolvidos pela UNIPAS e simultaneamenteregionalizando-os, como os demais programas daSecretaria.

16. Informatizar a SDS em todos os níveis, interligando-a àsáreas afins.

17. Discutir e deliberar as prioridades de ação com osConselhos Municipais de Promoção Social, dos Direitos daCriança e Adolescente e da Habitação.

O trabalho social com a população deve estarestritamente relacionado com as estruturas conjunturaisvivenciadas, tendo em vista a dinamicidade das relaçõessociais, da situação sócio-econômica e política e outrosfatores que determinam a realidade dessa população.

Nessa perspectiva, fica evidenciada a necessidade deconstante redefinição das ações em função das demandassociais decorrentes desse processo. A Secretaria deDesenvolvimento Social, ao implantar e ampliar os seusprogramas, deve acompanhar essa evolução, com o intuito degarantir que as necessidades reais da comunidade sejamatendidas. Concomitantemente, é necessária a articulação comoutros setores da Administração, movimentos populares egrupos representativos, cabendo ao Conselho Municipal dePromoção Social, a definição da Política Social do município,conforme previsto na Lei Orgânica do Município (Artigo 289).

PROGRAMAS E PROJETOS

ATENÇÃO AO ADULTO

. Plantões sociais descentralizados e vinculados a programassócio-educativos.

. Atendimento à população de rua.

. Atendimento à dependentes químicos e alcoólicos.

. Apoio ao trabalhador desempregado.

. Geração de emprego e recuperação de renda.

ORGANIZAÇÃO COMUNITÁRIA

. Ação Comunitária.

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. Trabalho social em favelas e conjuntos habitacionais.

CRIANÇA E ADOLESCENTE

. Atendimento à criança e adolescente em situações de risco.

. Atendimento à criança e adolescente com práticasinfracionais.

. Atendimento à criança de 3 meses à 06 anos, 11 meses e 29dias.

CONVÊNIOS

. Garantir convênios com as entidades sociais do Município.

. Assessoria técnica às entidades sociais do Município.

. Captação de recursos de outros órgãos para os programas eprojetos da SDS.

APOIO TÉCNICO AO TRABALHO SOCIAL

. Contratação e supervisão de estagiários.

. Reciclagem e aperfeiçoamento profissional.

. Biblioteca e Arquivo Técnico.

3.4.1.3 - DIAGNÓSTICO DA FUNDAÇÃO DE ATENDIMENTO A CRIANÇA EAO ADOLESCENTE "PROF. HÉLIO AUGUSTO DE SOUZA"-FUNDHAS

A FUNDHAS - Fundação de Atendimento à Criança e aoAdolescente "Prof. Hélio Augusto de Souza" é uma instituição,sem fins lucrativos, com prazo indeterminado, compersonalidade jurídica adquirida nos termos das LeisMunicipais no. 3227/87 de 28 de abril de 1987 e no. 3570/89de 01 de setembro de 1989.

A Instituição tem por objetivo o atendimento à criançae ao adolescente do município, através da implantação eexecução de programas destinados a esse segmento da população"em situação de carência".

Atualmente, a FUNDHAS atende 2.800 crianças eadolescentes, de ambos os sexos, na faixa etária de 07 a 18anos. A maioria das crianças e adolescentes atendidos pelaInstituição residem em bairros periféricos, são provenientes

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de família de baixa renda e possuem baixo nível deescolaridade.

O trabalho social desenvolvido na FUNDHAS vem seconsolidando no decorrer dos anos, através de uma equipemultidisciplinar, propiciando às crianças e adolescentesatividades sócio-educativas e iniciação profissional.

Até o momento, o trabalho social na Instituiçãoconsistiu na inserção das crianças e adolescentes emprogramas ocupacionais, de iniciação profissional,proporcionando-lhes atividades para seu desenvolvimentointegral e de convívio grupal.

Tais programas, de natureza sócio-educativa eocupacional, colocaram-se como resposta dada pela instituiçãoà sua interpretação da demanda social.

Diante do quadro social apresentado no município, ainstituição defende que o atendimento à criança e aoadolescente, enquanto política pública, deve ser entendida apartir de uma perspectiva histórica e, portanto, repensadoconstantemente em sua demanda constitutiva.

A criança e o adolescente tem sido tema constante nodebate social. As promulgações da Constituição Federal de1988 - Artigos 227, 228, 203 e 204, e do Estatuto da Criançae do Adolescente - ECA (Lei 8069/90) constituiram-se marcosimportantes que alteram as base conceituais em relação àcriança e ao adolescente, requisitando mudanças urgentes notrato da questão.

A Instituição, espaço de mediação da política públicade atendimento à criança e ao adolescente, enquanto"prioridade absoluta", deve cumprir a sua responsabilidade,em conjunto com a família e a sociedade civil, buscando umanova proposta de atendimento.

Se o trabalho social desenvolvido na FUNDHAS voltava-separa ações principalmente de orientação laborativa, a partirdo ECA coloca-se premente a reformulação de sua atuação juntoà criança e ao adolescente, firmando muito mais a sua"vocação" para um trabalho numa dimensão sócio-pedagógico ecultural, enquanto "política de direitos".

Também os aspectos conjunturais devem ser considerados.A crise econômica, política e social por que passa o país,provoca o desemprego e o agravamento da situação de pobrezada população.

Crianças e adolescentes (41,71% da população nomunicípio) encontram-se por isso em situação de maior risco.

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Atingida frontalmente pela crise, a maioria dapopulação, excluídas as demais políticas públicas, buscam napolítica de assistência social suporte para garantir suasubsistência.

Dessa forma, é que a FUNDHAS tem se deparado com umademanda superior à sua capacidade de atendimento.

Atualmente, a Instituição tem aproximadamente 4.500crianças e adolescentes cadastrados, aguardando vagas.

Para a realização do trabalho social, a FUNDHAS contacom uma dotação orçamentária, que corresponde à 3,58% doorçamento global do município, destinada ao pagamento detodas as despesas com infra-estrutura, pessoal e bolsas-auxílio.

A ampliação de recursos para a Instituição é fatorimprescindível para viabilização do atendimento real dademanda apresentada.

Portanto, o estabelecimento de "novos" parâmetros quefundamentam o trabalho social na Instituição, somados àampliação da demanda, apontam para a necessidade de umredirecionamento da política institucional, através damudança e melhoria de seus programas.

Diante dessa problemática apresentada, entendemos que asituação de nossas crianças e adolescentes expostos àviolência pessoal e social, antes de ser um problema a exigirnovas fórmulas de atendimento, é algo que requer opçõespolíticas claras, capazes de provocar um processo de mudançaque possa resgatar, de maneira efetiva, os direitos enquantopessoa humana e de cidadania dessa população marginalizada.

No entanto, é evidente que no plano real, as mudançascaminham com uma certa dificuldade, onde se constata o quantoo velho modelo subsiste ainda no cotidiano dentro do trabalhosocial e educativo desenvolvido na Instituição.

Para nós que enfrentamos essa realidade, é fundamentalque as ações sejam pautadas por valores novos, os quais vãodeterminar a dimensão de ação e consequentemente seremfatores de sustentação para novas práticas, o que implica emnecessidade de capacitação das pessoas para aderirem,compreenderem e operarem o novo modelo de atendimento; bemcomo o estabelecimento de mecanismos permanentes deacompanhamento e avaliação de todo o processo educativoproposto, considerando a dinamicidade e a natureza dotrabalho institucional desenvolvido.

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3.4.1.4. DIRETRIZES, PROGRAMAS E PROJETOS DO DESENVOLVIMENTOSOCIAL/FUNDHAS

DIRETRIZES:

- Entendimento do trabalho institucional enquanto políticapública, dentro da área da Assistência Social (conformeLei Orgânica da Assistência Social no. 8.742/93 - Artigos1o. e 2o.);

- Adequação dos programas da FUNDHAS ao Estatuto da Criança eAdolescente, operacionalizando concretamente ações,fundamentadas em suas diretrizes;

- Eliminação do trabalho infantil (disposto no Artigo 64 -Estatuto da Criança e do Adolescente), favorecendoexperiências que visem o desenvolvimento integral dacriança e do adolescente;

- Ação sócio-pedagógica-cultural que considere a criança eadolescente como "sujeitos de direitos".

- Desenvolvimento de atividades pautadas por uma pedagogiavoltada para a criança e o adolescente enquanto sersocial, objetivando o fortalecimento de sua identidade, aprática social consciente e o exercício da cidadania;

- Descentralização dos serviços da FUNDHAS, regionalizando oatendimento à população - alvo;

- Melhoria dos serviços prestados à população usuária daInstituição, garantindo seu acesso aos serviços sociais(saúde, educação, alimentação);

- Abordagem multidisciplinar, através de programas quefavoreçam atividades diversificadas numa linha deautogestão;

- Integração com a rede de serviços e demais políticaspúblicas, buscando apoio à família e incentivo à práticaescolar;

- Complementariedade das ações: poder público, família esociedade civil;

- Implantação de novos projetos que contemplarão umametodologia voltada para a participação coletiva(instituição/usuários) compartilhando ações eresponsabilidades (poder público/família/sociedade civil)coerentes com a realidade trabalhada;

- Garantia do percentual de 5% do orçamento da PrefeituraMunicipal para a FUNDHAS.

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PROGRAMAS:

- Programa de ampliação do número de crianças e adolescentesatendidos;

- Programa de adequação da estrutura técnico-administrativoao atendimento da demanda (ampliação do quadro depessoal);

- Programa de descentralização dos serviços, regionalizando oatendimento à população - alvo na própria comunidade,através da instalação de núcleos e unidades deatendimento nas áreas emergenciais do município;

- Programa de parceria com demais órgãos públicos,organizações não governamentais, iniciativa privada,fundações e/ou utilização de equipamentos, paraviabilizar a implantação e ampliação do atendimento.Trabalho integrado à rede de serviços, articulando açõese buscando apoio à família;

- Programa de captação de recursos financeiros através deampliação da dotação orçamentária da AdministraçãoMunicipal e obtenção de subvenções externas (organismosinternacionais e nacionais);

- Programa de construção da sede própria da FUNDHAS;

- Programa de reforma administrativa através da reformulaçãodo estatuto, regimento interno, estrutura organizacional,plano de cargos e salários, de forma a atender a demandainstitucional;

- Programa de informatização dos serviços da FUNDHAS,integrada com as demais áreas afins;

- Programa de capacitação e atualização profissional daequipe técnica, administrativa e operacional, visando aqualificação do atendimento à criança, adolescente e suafamília, frente à demanda social, às novas diretrizes dotrabalho na Instituição e às constantes no Estatuto daCriança e do Adolescente;

- Programa de participação nos fóruns, grupos e demaisespaços de reflexão e trabalho, favorecendo o intercâmbioe a realimentação do debate social, subsidiando açõesestabelecidas pela política de atendimento à criança e aoadolescente, através do Conselho Municipal dos Direitosda Criança e do Adolescente;

- Programa de conscientização da comunidade no sentido deviabilizar parceria nas ações, numa perspectiva de co-responsabilidade;

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- Programa de divulgação do trabalho desenvolvido naInstituição, suscitando interesses e mobilizando aopinião pública, bem como a reconstrução da imagem que acomunidade tem em relação às crianças e adolescentesatendidos pela Instituição.

PROJETOS:

- Na faixa etária entre 07 a 12 anos - as práticasdesenvolvidas junto à criança devem ter ênfase no lúdico,aprendizagem e participação, propiciando-lhe experiênciasdiversificadas que favoreçam seu desenvolvimento nosaspectos: físico, intelectual, afetivo, cultural,recreativo e social;

- Na faixa etária entre 12 e 14 anos - além das atividadesdiversificadas, inicia-se uma "sondagem"de aptidões einteresses que subsidiarão o encaminhamento doadolescente, aos 14 anos, para atividades de aprendizagemprofissional, com as quais minimamente tenhamidentificação;

- Na fase entre 14 e 18 anos - ampliam-se as alternativas deescolha das atividades de iniciação profissional,investindo-se mais efetivamente na formação doadolescente, através de cursos e projetosprofissionalizantes, em consonância com o direcionamentoditado pelo mercado de trabalho nos diferentes setores daeconomia do município;

- Programação contínua de atividades voltadas a reflexão detemas relacionados ao processo de desenvolvimento dacriança e do adolescente:

- sexualidade

- drogas

- relacionamento

- família

- adolescência

- importância da escola

- hábitos e comportamentos de trabalho, entre outros;

- Valorização do estudo formal e informal no processo dedesenvolvimento da criança/adolescente através daorientação e incentivo para a frequência à escola,acompanhamento escolar, concessão de bolsas de estudo;

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- Projetos de colocação especial que consistem emalternativas de colocação ocupacional e/ou de trabalho,para um público alvo excluído do universo dos programasexistentes no município;

- Projeto de maioridade que objetiva o preparo dosadolescentes para assumirem sua independência na vidaadulta, após o desligamento da Instituição aos 18 anos,através de um trabalho voltado à conquista efetiva dosseus direitos e prerrogativas de uma cidadania plena;

- Projeto de capacitação profissional dos funcionários emdiversos níveis (técnico, administrativo e operacional),através de participação em cursos, treinamentos,palestras, seminários, entre outros.

3.4.2. DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO

De acordo com a proposta da administração democrática epopular de São José dos Campos, que faz a opção pelo ensinopúblico, a SME, orientando-se pelos quatro princípiosnorteadores da educação no município: a democratização doacesso; a democratização da gestão, a nova qualidade deensino e a educação de jovens e adultos para a cidadania,estabelece como diretrizes;

Em primeiro lugar, garantir igualdade de condições parao acesso e a permanência na escola, através da implementaçãode uma política educacional que integre as redes públicas.

Para tanto será adotada uma política de planejamentointegral do sistema de ensino do município, a partir de umrecenseamento da população em idade escolar, pré-escolar e emsituação de analfabetismo e semi-analfabetismo, cujos dadosdeverão manter-se sempre atualizados, visando ao atendimentoda população, nos diversos níveis de governo. O instrumentoque facilitará a execução de todo esse trabalho será aimplantação da informatização do processo administrativo epedagógico em toda rede municipal. Assim considerando ascompetências do poder público municipal e estadual, poder-se-á viabilizar a compatibilização entre o projeto dasedificações escolares e o programa didático-pedagógico quenelas será desenvolvido.

Através dessa integração, e num sistema regionalizado,far-se-á a distribuição de vagas, garantindo o acesso detodos à escola.

Esse sistema educacional integrado proporcionará aoferta de ensino diurno e noturno, regular e supletivoadequado às condições do aluno. Buscará, ainda atendê-lo, deforma suplementar nas necessidades de material didático,transporte e alimentação.

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E assim também, de forma integrada, dar-se-á oatendimento educacional, aos portadores de necessidadesespeciais.

Haverá, por parte do município, a implementação de umapolítica de atendimento à criança de 3 (três) meses a 6(seis) anos, 11 (onze) meses e 29 dias, incluindo aconstrução de creches e de escolas de Educação Infantil.

A extensão até o município da abrangência do campus deuniversidade gratuita será feita através da parceria entre aprefeitura, a universidade e diversos setores da sociedade.

O problema da não permanência do aluno na escola estarásendo solucionado à medida em que a nova proposta pedagógicafor sendo implantada e desenvolvida, pois o "estudo darealidade" motivará os estudantes a participarem daconstrução de seu próprio conhecimento. Além disso buscar-se-á a incorporação da escola à vida cotidiana da população.Serão desenvolvidos programas de cultura, esporte e lazertambém em período de férias e finais de semana, transformandoa escola num lugar prazeroso e atraente, fazendo com que apopulação se sinta realmente dona desse espaço.

A democratização da gestão de educação será viabilizadaatravés da participação da família e da comunidade,representada no Conselho Municipal de Educação, nos conselhosde escola, na criação dos grêmios estudantis e nos fóruns deeducação com a participação popular. Assim será possívelbuscar a autonomia das ações didático-pedagógicas eadministrativas das unidades escolares articulada aosconselhos de escolas e aos grêmios.

A nova qualidade de ensino será buscada através doinvestimento na formação permanente dos educadores e na buscade novos recursos didático-pedagógicas e na definição depolítica de recursos humanos que busque a valorização dosprofissionais de educação, estabelecendo plano de cargos,carreira e salários compatível, a ser regulamentado noestatuto do magistério; no estabelecimento de convênios entrea Prefeitura, universidades e outros centros de ensino epesquisa para trocas recíprocas de experiências,desenvolvimento de pesquisas de interesse comum, organizaçãoe atualização de banco de dados, estágios e participação emcursos de extensão e pós-graduação. Dessa forma será possívelgarantir o sucesso da proposta pedagógica voltada areorientação curricular, à interdisciplinaridade ao incentivoà leitura e à pesquisa num projeto comprometido com aeducação libertadora, centrada principalmente no exercício dacidadania.

Finalmente o atendimento de jovens e adultos naretomada do ensino fundamental, a partir do investimento noscusos de suplência I e II, nos convênios com as empresas da

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região, na integração com a rede estadual de ensino e nacriação da Escola do Trabalhador.

Ainda são oferecidos cursos profissionalizantesdirigidos ao aperfeiçoamento e reciclagem de mão-de-obra,visando o combate ao desemprego. Serão oferecidos tambématravés de convênios, cursos profissionalizantes dirigidos aomercado competitivo de emprego, bem como para odesenvolvimento de propostas alternativas de sobrevivência.

a) Histórico

A rede de Ensino Municipal, na verdade, foi implantadae passou a ser significativa na década de 70. Sua criação econsolidação coincidem com o período em que o município viualargarem-se seus horizontes com o desenvolvimentoindustrial, econômico e social que experimentou.

a.1) Divisão de Ensino de 1o. Grau

O ensino de 1o. Grau teve importância considerável naimplantação da Rede de Ensino Municipal, pois ela, naverdade, se concretizou com a criação das Escolas Municipaisde Primeiro Grau, as EMPG's. Construídas em bairros que, naocasião, constituiam realmente a periferia urbana, as noveprimeiras escolas visavam, de início, atender ao alunado de1a. a 4a. séries.

Gozando, desde sua implantação, de enorme prestígioperante a população que inclusive observava a grandedificuldade das escolas públicas estaduais, as vagas nasEMPG's passaram a ser muito disputadas por pais que lhesdavam preferência. Estendeu-se, gradativamente, por forçadisso e em decorrência das disposições legais, o atendimentoaté a 8a. série do 1o. Grau. Ainda não satisfeita, acomunidade pressionou cobrando, ora a construção de maissalas de aulas nas escolas existentes, ora a criação de novasunidades escolares.

Inicialmente modesta, já em 1978, ela atendia mais de7.000 alunos. Hoje, contamos com 24 unidades (22 EMPG's e 2EMEIPG's), onde estudam mais de 19.045 alunos, teveigualmente o número de professores e especialistassensivelmente aumentado. A Divisão possui atualmente cerca de748 professores e atinge a proximidade de 100 especialistasem educação (QUADRO 3.2.1a).

QUADRO 3.2.1a DADOS NUMÉRICOS DA DIVISÃO DE ENSINO DE 1o GRAU DE 1978 A FEVEREIRO DE 1992

Ú---------------------Â---------------------Â---------------------Â---------------------Â---------------------

³ ³ ESCOLAS ³ CLASSES ³ PROFESSORES ³ ALUNOS

Ã-------Â----Â--------Å----Â------Â---Â-----Å----Â------Â---Â-----Å----Â------Â---Â-----Å------Â------Â---Â---

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³ % de ³ Ano³ Pop.-no³EMPG³EMEIPG³Ed.³Total³EMPG³EMEIPG³Ed.³Total³EMPG³EMEIPG³Ed.³Total³ EMPG ³EMEIPG³Ed.³ TO

³ Atend.³ ³ de hab.³ ³ ³Esp³ ³ ³ ³Esp³ ³ ³ ³Esp³ ³ ³ ³Esp³

Ã-------Å----Å--------Å----Å------Å---Å-----Å----Å------Å---Å-----Å----Å------Å---Å-----Å------Å------Å---Å---

³ ³1978³ ³ 09 ³ ³ ³ 09 ³ 201³ ³ ³ 201 ³ 210³ ³ ³ 210 ³ 7.210³ ³ ³ 7

³ ³1979³ ³ 09 ³ ³ ³ 09 ³ 215³ ³ ³ 215 ³ 304³ ³ ³ 304 ³ 7.545³ ³ ³ 7

³ 2,6 % ³1980³ 287.513³ 09 ³ ³ ³ 09 ³ 228³ ³ ³ 228 ³ 318³ ³ ³ 218 ³ 7.508³ ³ ³ 7

³ ³1981³ ³ 09 ³ ³ ³ 09 ³ 229³ ³ ³ 229 ³ 289³ ³ ³ 289 ³ 7.920³ ³ ³ 7

³ ³1982³ ³ 10 ³ ³ ³ 10 ³ 239³ ³ ³ 239 ³ 338³ ³ ³ 338 ³ 8.290³ ³ ³ 8

³ ³1983³ ³ 10 ³ ³ ³ 10 ³ 245³ ³ ³ 245 ³ 340³ ³ ³ 340 ³ 8.443³ ³ ³ 8

³ ³1984³ ³ 10 ³ ³ ³ 10 ³ 243³ ³ ³ 243 ³ 309³ ³ ³ 309 ³ 8.599³ ³ ³ 8

³ ³1985³ ³ 10 ³ ³ ³ 10 ³ 240³ ³ ³ 240 ³ 305³ ³ ³ 305 ³ 8.919³ ³ ³ 8

³ ³1986³ ³ 10 ³ ³ ³ 10 ³ 240³ ³ ³ 240 ³ 330³ ³ ³ 330 ³ 9.101³ ³ ³ 9

³ ³1987³ ³ 10 ³ ³ ³ 10 ³ 244³ ³ ³ 244 ³ 316³ ³ ³ 316 ³ 9.233³ ³ ³ 9

³ ³1988³ ³ 10 ³ ³ ³ 10 ³ 247³ ³ ³ 247 ³ 306³ ³ ³ 306 ³ 9.417³ ³ ³ 9

³ ³1989³ ³ 10 ³ ³ ³ 10 ³ 263³ ³ ³ 263 ³ 429³ ³ ³ 429 ³10.163³ ³ ³ 10

³ 3,48% ³1990³ 408.249³ 15 ³ 11 ³ ³ 26 ³ 367³ 32 ³ 03³ 402 ³ 554³ 31 ³ 03³ 588 ³13.142³ 1.060³ 29³ 14

³ ³1991³ ³ 15 ³ 13 ³ ³ 28 ³ 367³ 81 ³ 07³ 455 ³ 561³ 84 ³ 11³ 656 ³12.799³ 2.718³ 52³ 15

³ ³1992³ ³ 15 ³ 11 ³ ³ 27 ³ 449³ 42 ³ 09³ 500 ³ 676³ 42 ³ 10³ 728 ³15.615³ 1.386³ 61³ 17

³ ³1993³ ³ 21 ³ 07 ³ ³ 28 ³ 496³ 34 ³ 10³ 540 ³ 859³ 38 ³ 14³ 911 ³17.548³ 958³ 75³ 18

³ ³1994³ ³ 22 ³ 02 ³ ³ 24 ³ 508³ 05 ³ 09³ 522 ³ 870³ 05 ³ 09³ 884 ³18.843³ 141³ 61³ 19

À-------Á----Á--------Á----Á------Á---Á-----Á----Á------Á---Á-----Á----Á------Á---Á-----Á------Á------Á---Á---

O quadro demonstra o crescimento da Rede de Ensino de 1o Grau em relação às escolas, classes, professores

e alunos de 1978 a 1994.

a.2) Divisão de Educação Infantil

Devido ao crescimento da população, atraída para oMunicípio pela instalação de várias indústrias, a educaçãopré-escolar foi implantada no ano de 1971, com a abertura deuma classe em uma entidade filantrópica, com o objetivo deatender crianças na faixa etária de 03 a 06 anos.

No ano de 1975, a Administração Municipal implantou aprimeira Escola Municipal de Educação Infantil - EMEI, com 10classes, visando atender aos filhos de professores da RedeMunicipal.

A partir de 1977, foram implantados quatro Núcleos dePlanedi - Plano de Educação Infantil, que funcionavam emEscolas Estaduais, Municipais, Centros Comunitários e outroslocais para atendimento da clientela, em caráter deemergência. Cada Planedi abrigava em média 100 crianças e oatendimento era feito por uma professora, auxiliada por mãesmonitoras. Os Planedis foram ampliados, chegando em 1979 a 24Núcleos.

No ano de 1980, a Educação Infantil teve crescimento donúmero de EMEI's - com a construção de duas grandes escolas -através do Projeto "CURA".

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Os Planedis começaram a se transformar em Núcleos deEducação Infantil - NEI, já com características de escolaconvencional.

Na década de 80 a Rede de Educação Infantil teve umgrande crescimento, chegando em 1989 com 51 NEI's e 17EMEI's.

No ano de 1990, algumas Escolas Municipais de EducaçãoInfantil - EMEI passaram a abrigar a 1a. série do 1o. Grau,passando a se denominar Escola Municipal de Educação Infantile Primeiro Grau - EMEIPG. Isto se deu devido ao aumentoinesperado da demanda para o 1o. Grau, em função do nãocumprimento do cronograma de obras pela Secretaria de Estadoda Educação, com referência ao Plano de NecessidadesEscolares de 1987, somado a promulgação da ConstituiçãoFederal de 1988 que estabelece em seu artigo 211, parágrafo2o.: "Os municípios atuarão prioritariamente no ensinofundamental e pré-escolar". A Secretaria Municipal deEducação adotou então política priorizando a demanda ao 1o.Grau, levando inclusive à elaboração do censo escolar de1991, considerando essas novas disposições.

Os Núcleos continuaram funcionando no mesmo sistemaanterior. No ano de 1990, havia 52 Núcleos, 06 EMEI's e 09EMEIPG's (QUADRO 3.2.1b).

Em 1993, esse n[umero foi alterado para 54 Núcleos, 10EMEI's, 07 EMEIPG's. Atualmente são 52 Núcleos, 16 EMEI's e02 EMEIPG's.

QUADRO 3.2.1b DADOS NUMÉRICOS DA DIVISÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE 1971 A 1994

Ú------------------Â----------------------Â----------------------Â----------------------Â---------------------

³ ³ ESCOLAS ³ CLASSES ³ PROFESSORES ³ ALUNOS

Ã-----Â----Â-------Å-----Â----Â------Â----Å-----Â----Â------Â----Å-----Â----Â------Â----Å------Â----Â------Â--

³% de³ Ano³Pop.-no³ NEI ³EMEI³EMEIPG³Tot.³ NEI ³EMEI³EMEIPG³Tot.³ NEI ³EMEI³EMEIPG³Tot.³ NEI ³EMEI³EMEIPG³ T

³Atend³ ³de hab.³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

Ã-----Å----Å-------Å-----Å----Å------Å----Å-----Å----Å------Å----Å-----Å----Å------Å----Å------Å----Å------Å--

³0,02%³1971³148.500³ 01 ³ - ³ - ³ 01 ³ 01 ³ - ³ - ³ 01³ 01 ³ - ³ - ³ 01³ 40 ³ - ³ - ³

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³ ³1972³ ³ 01 ³ - ³ - ³ 01 ³ 01 ³ - ³ - ³ 01³ 01 ³ - ³ - ³ 01³ 40 ³ - ³ - ³

³ ³1973³ ³ 01 ³ - ³ - ³ 01 ³ 01 ³ - ³ - ³ 01³ 01 ³ - ³ - ³ 01³ 40 ³ - ³ - ³

³ ³1974³ ³ 01 ³ - ³ - ³ 01 ³ 01 ³ - ³ - ³ 01³ 01 ³ - ³ - ³ 01³ 40 ³ - ³ - ³

³ ³1975³ ³ 01 ³ 01 ³ - ³ 02 ³ 01 ³ 10³ - ³ 11³ 01 ³ 10³ - ³ 11³ 40 ³ 300³ - ³

³ ³1976³ ³ 01 ³ 01 ³ - ³ 02 ³ 01 ³ 10³ - ³ 11³ 01 ³ 10³ - ³ 11³ 40 ³ 300³ - ³

³ ³1977³ ³ 05 ³ 01 ³ - ³ 06 ³ 05 ³ 01³ - ³ 06³ 05 ³ 10³ - ³ 15³ 440 ³ 300³ - ³

³ ³1978³ ³ 15 ³ 01 ³ - ³ 16 ³ 15 ³ 25³ - ³ 40³ 15 ³ 25³ - ³ 40³ 2580 ³ 300³ - ³ 2

³ ³1979³ ³PL 25³ 01 ³ - ³ 26 ³PL 25³ 35³ - ³ 60³ 25 ³ 35³ - ³ 60³ 3080 ³ 300³ - ³ 3

³1,60%³1980³287.513³PL 25³ 04 ³ - ³ 33 ³PL 25³ 46³ - ³ 76³ 30 ³ 46³ - ³ 76³PL2950³1525³ - ³ 4

³ ³ ³ ³NEI05³ ³ ³ ³NEI05³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³NEI150³ ³ ³

³ ³1981³ ³PL 25³ 06 ³ - ³ 36 ³PL 25³ 63³ - ³ 93³ 30 ³ 63³ - ³ 93³PL2950³2500³ - ³ 5

³ ³ ³ ³NEI05³ ³ ³ ³NEI05³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³NEI150³ ³ ³

³ ³1982³ ³PL 18³ 06 ³ - ³ 30 ³PL 29³ 111³ - ³ 146³ 35 ³ 111³ - ³ 146³PL2387³4545³ - ³ 7

³ ³ ³ ³NEI06³ ³ ³ ³NEI06³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³NEI327³ ³ ³

³ ³1983³ ³PL 18³ 08 ³ - ³ 39 ³PL 39³ 139³ - ³ 191³ 52 ³ 139³ - ³ 191³PL1900³3033³ - ³ 5

³ ³ ³ ³NEI13³ ³ ³ ³NEI13³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³NEI389³ ³ ³

³ ³1984³ ³ 29 ³ 17 ³ - ³ 46 ³ 54 ³ 164³ - ³ 218³ 54 ³ 164³ - ³ 218³ 1664 ³4394³ - ³ 6

³ ³1985³ ³ 40 ³ 18 ³ - ³ 58 ³ 78 ³ 175³ - ³ 253³ 54 ³ 175³ - ³ 229³ 2179 ³4910³ - ³ 7

³ ³1986³ ³ 44 ³ 18 ³ - ³ 62 ³ 93 ³ 172³ - ³ 265³ 62 ³ 159³ - ³ 221³ 2437 ³4926³ - ³ 7

³ ³1987³ ³ 51 ³ 14 ³ - ³ 65 ³ 125 ³ 202³ - ³ 327³ 111 ³ 192³ - ³ 303³ 2725 ³5860³ - ³ 8

³ ³1988³ ³ 50 ³ 14 ³ - ³ 64 ³ 148 ³ 204³ - ³ 352³ 145 ³ 190³ - ³ 335³ 3901 ³5318³ - ³ 9

³ ³1989³ ³ 51 ³ 14 ³ - ³ 65 ³ 147 ³ 203³ - ³ 350³ 144 ³ 198³ - ³ 342³ 3783 ³5134³ - ³ 8

³2,11%³1990³408.249³ 52 ³ 06 ³ 09 ³ 67 ³ 148 ³ 101³ 94 ³ 343³ 149 ³ 106³ 98 ³ 353³ 3529 ³2501³ 2597 ³ 8

³ ³1991³ ³ 48 ³ 07 ³ 13 ³ 68 ³ 141 ³ 98³ 120 ³ 359³ 134 ³ 86³ 119 ³ 339³ 3217 ³2411³ 3304 ³ 8

³ ³1992³ ³ 50 ³ 10 ³ 07 ³ 67 ³ 153 ³ 138³ 88 ³ 379³ 145 ³ 129³ 90 ³ 364³ 3830 ³3635³ 2454 ³ 9

³ ³1993³ ³ 54 ³ 10 ³ 07 ³ 71 ³ 172 ³ 151³ 96 ³ 419³ 173 ³ 153³ 98 ³ 424³ 3945 ³3884³ 2508 ³10

³ ³1994³ ³ 52 ³ 16 ³ 02 ³ 70 ³ 166 ³ 243³ 21 ³ 430³ 199 ³ 258³ 22 ³ 479³ 4255 ³6641³ 627 ³11

À-----Á----Á-------Á-----Á----Á------Á----Á-----Á----Á------Á----Á-----Á----Á------Á----Á------Á----Á------Á--

O quadro demonstra a evolução do atendimento da Educação Infantil no Município em relação a escolas, classes,

e alunos, de 1971 a 1994.

Apesar do crescimento da rede de Educação Infantil emfunção da política adotada em 1990, deixou-se de atendercrianças na faixa etária dos 03 anos, devido a instalação do1o. Grau nas Escolas de Educação Infantil. Atualmente essascrianças voltaram a ser atendidas, com o retorno à condiçãode EMEI's de algumas EMEIPG's criadas à época.

a.3) Divisão Materno-Infantil

Anteriormente ligadas à Secretaria do DesenvolvimentoSocial, as creches municipais de São José dos Campos passarama pertencer à Secretaria Municipal de Educação à partir doano de 1989, quando a Constituição Brasileira, em seu artigo208, determinou que as creches deveriam ser deresponsabilidade da Educação.

Em 1989, as creches municipais eram 8 e atendiam 650crianças. Hoje são 10 e atendem 1264 criançasaproximadamente.

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Está previsto para o 2o. Semestre a ampliação doatendimento:

- Campo dos Alemães - 350 crianças- Creche do Paço - 80 crianças

DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA DE CRECHES DOMICILIARESMUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Ú------Â-------------Â----------------Â-------------------¿³ ³ ³ Nº DE CRIANÇAS ³ ³³ ANO ³ QUANTIDADE ³ POR CRECHES ³ TOTAL DE CRIANÇAS ³Ã------Å-------------Å----------------Å-------------------´³ 1886 ³ 04 ³ 08 ³ 32 ³³ 1987 ³ 05 ³ 08 ³ 40 ³³ 1988 ³ 05 ³ 08 ³ 40 ³³ 1989*³ 12 ³ 10 ³ 120 ³³ 1890 ³ 20 ³ 10 ³ 200 ³³ 1991 ³ 40 ³ 10 ³ 400 ³³ 1992 ³ 62 ³ 10 ³ 620 ³³ 1993 ³ 62 ³ 10 ³ 623 ³³ 1994 ³ ³ ³ ³À------Á-------------Á----------------Á-------------------Ù

* Creches de SDS passam para a Secretaria da Educação.Constituição - Artigo 208 - indica que as creches deveriamserde responsabilidade da Secretaria de Educação.

1989-08 Creches Convencionais-Total de crianças atend.: 650

1994-11 Creches Convencionais-Total de crianças atend.: 1320

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SITUAÇÃO NOS ANOS DE 1993 E 1994

Ú------Â-------------Â-------------Â----------Â----------¿³ ³ ³ ³CRIANÇAS ³ TOTAL ³³ ANO ³Nº CRECHEIRAS³Nº DE CRECHES³POR CRECHE³POR CRIAN.³Ã------Å-------------Å-------------Å----------Å----------´³ ³ 48 ³ 48 ³ 10 ³ 480 ³³ 1993 Ã-------------Å-------------Å----------Å----------´³ ³ 06 ³ 03 ³ 20 ³ 60 ³³ Ã-------------Å-------------Å----------Å----------´³ ³ 06 ³ 02 ³ 30 ³ 60 ³³ Ã-------------Á-------------Á----------Å----------´³ ³ TOTAL GERAL ³ 600 **³ÃÍÍÍÍÍÍÅÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÂÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÂÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÅÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍ´³ ³ 41 ³ 41 ³ 10 ³ 410 ³³ 1994 Ã-------------Å-------------Å----------Å----------´³ ³ 08 ³ 04 ³ 20 ³ 80 ³³ Ã-------------Å-------------Å----------Å----------´³ ³ 06 ³ 02 ³ 30 ³ 60 ³³ Ã-------------Á-------------Á----------Å----------´³ ³ TOTAL GERAL ³ 550 ³À------Á--------------------------------------Á----------Ù

** OBS: O total de crianças atendidas em 1993 chegou a 623.

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DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA DE CRECHES DOMICILIARESMUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

1ª Coluna: nº de creches e de crecheiras 2ª Coluna: nº de crianças por creche 3ª Coluna: nº total de crianças atendidas por ano

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DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA DE CRECHES DOMICILIARESMUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CRIANÇAS ATENDIDASnº decriançasatendidas

1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1995 nº de creches

a.4) Divisão de Ensino Profissionalizante

A Divisão de Ensino Profissionalizante surgiu, de fato,em 1974 como decorrência principal, do programa deatendimento de menores.

Naquela ocasião, a Prefeitura construiu na VilaIndustrial, onde hoje se encontra a sede da SecretariaMunicipal de Educação, um Centro de Preparação de Mão-de-Obra-Especializada - CPMOE, através de convênio com o SENAI,ITA, Instituto São José e Colégio Nossa Senhora Aparecida.

Ainda em 1974, paralelamente às atividadesprofissionalizantes, implantava-se nas Escolas de 1o. Grau doMunicípio, o ensino de artes industriais (setor secundário),com o objetivo de sondagem de aptidões e iniciação para otrabalho, conforme determinava a Lei 5692/72 que regia ostrabalhos da área da educação nacional, em todos os seusníveis.

Em 1976, também através de convênio, várias modalidadesde treinamento eram desenvolvidas na Escola Técnica Prof.Everardo Passos - ETEP: Soldador Elétrico, EletricistaInstalador, Carpinteiro, Controle de Qualidade e DesenhistaTécnico Mecânico.

Em 1977, com a celebração do convênio entre aPrefeitura e o PIPMO - Programa Intensivo de Preparação deMão-de-Obra, do Ministério do Trabalho, iniciava-se uma novafase do ensino profissionalizante no Município. Foi atravésdeste convênio que o leque de cursos profissionalizantes seestendeu pelos três setores da economia (primário, secundárioe terciário).

Nesta época, outras entidades, atuantes ou não nestescampo, engajavam-se nos programas de formação de mão-de-obradesenvolvidos pela Prefeitura, podendo ser citadas, dentreoutras, a LBA, o MOBRAL, a Secretaria Estadual de Relações doTrabalho, o SENAC e o SENAI.

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Em 1986, como resposta a uma nova realidade sócioeconômica-educacional, implantavam-se na Rede de Ensino doMunicípio, os "Módulos Profissionalizantes", que constituíam-se em iniciativa inédita no ensino de 1o. Grau, dada adiversidade de alternativas profissionalizantes oferecidasaos educandos das 8as. séries e também porque, fazendo parteda grade curricular.

Em 1990, uma nova estratégia de profissionalizaçãopopular é adotada pela municipalidade através das UnidadesMóveis de Ensino Profissionalizante. Com esta alternativa deformação de mão-de-obra, pioneira na América Latina, apopulação não precisava mais se deslocar de um bairro paraoutro em busca de uma oportunidade de se preparar para otrabalho (QUADRO 3.2.1d).

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QUADRO 3.4.2.cSECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

PROFISSIONALIZANTE

1ª Coluna : TURMAS2ª Coluna : ALUNOS

a.5) Divisão de Alfabetização de Jovens e Adultos doMunicípio - DAJAM

São conhecidas as causa históricas que deixaram grandeparte da população brasileira na condição de povo deserdado.O contato colonizador quando expandiu suas fronteiras, impôsnovos padrões e dizimou centenas de etnias, cada qualportadora de valores morais, estéticos e religiosos; enfim,de um modo próprio de ver o mundo e de um saber competentepara a vida de sua comunidade.

Nas últimas décadas, com a passagem da economia agráriaà industrial, o êxodo rural e o crescimento demográfico dascidades, viu-se agravar o problema dos indivíduos que nãotiveram acesso à instrução formal, é evidente a situaçãodesastrosa de quem é portador de um saber consideradoinadequado, quando confrontado com os padrões adotados pelomercado de trabalho e para a sobrevivência no complexourbano.

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O termo mais simples para caracterizar este segmento depopulação é analfabetos, mas sua situação desigual vai alémda impossibilidade de conhecer e se comunicar porconvencionais sinais gráficos. Freqüentemente, não estãosituados na estrutura social como cidadãos.

Em 09 de abril de 1986, a Administração Municipal deSão José dos Campos, constituiu a Comissão Municipal doPROMAN. Ao longo desses anos, o Programa Municipal deErradicação do Analfabetismo foi se estruturandoadministrativamente, em decorrência da ampliação de suasatividades, transformando-se numa Divisão de Ensino - DAJAM,no nível das demais que compõem a estrutura organizacional daSecretaria Municipal de Educação.

Através do Censo Escolar de 1990, chegou-se ainformação de que 4% da população joseense, considerando-seos adultos, jovens e crianças acima de 7 anos, sãoanalfabetos.

Destinada a atender os adultos e jovens acima de 14anos, a Divisão de Alfabetização de Jovens e Adultos atende10% dos cerca de 12 mil analfabetos existentes no município.

QUADRO 3.4.2.dDADOS NUMÉRICOS DA DIVISÃO DE ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS DO MUNICÍPIO - DAJAMDE 1986 A 1994

Ú----------------Â---------------------Â---------------------Â---------------------Â---------------------¿

³ ³ 1986 ³ 1987 ³ 1988 ³ 1989 ³

³ Ã------Â------Â-------Å------Â------Â-------Å------Â------Â-------Å------Â------Â-------´

³ ³ ALFA ³ PÓS ³ TOTAL ³ ALFA ³ PÓS ³ TOTAL ³ ALFA ³ PÓS ³ TOTAL ³ ALFA ³ PÓS ³ TOTAL ³

Ã----------------Å------Å------Å-------Å------Å------Å-------Å------Å------Å-------Å------Å------Å-------´

³ Alunos Matric. ³ 1059 ³ 718 ³ 1777 ³ 1211 ³ 1096 ³ 2307 ³ 894 ³ 1214 ³ 2108 ³ 495 ³ 1093 ³ 1588 ³

³ Alunos Conc. ³ - ³ - ³ - ³ 540 ³ 600 ³ 1140 ³ - ³ 1028 ³ 1028 ³ - ³ 635 ³ 635 ³

³ Classes I -II ³ 54 ³ 37 ³ 81 ³ 70 ³ 36 ³ 106 ³ 59 ³ 47 ³ 106 ³ 55 ³ 50 ³ 105 ³

³ Classes Mistas ³ - ³ - ³ - ³ - ³ - ³ - ³ - ³ - ³ - ³ - ³ - ³ - ³

³ Professores ³ - ³ - ³ - ³ - ³ - ³ 108 ³ - ³ - ³ 96 ³ - ³ - ³ 105 ³

³ Núcleos ³ - ³ - ³ - ³ - ³ - ³ 64 ³ - ³ - ³ 69 ³ - ³ - ³ 60 ³

³ Empresas ³ - ³ - ³ - ³ - ³ - ³ - ³ - ³ - ³ 02 ³ - ³ - ³ 03 ³

À----------------Á------Á------Á-------Á------Á------Á-------Á------Á------Á-------Á------Á------Á-------Ù

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Ú--------------Â---------------Â---------------Â---------------Â---------------Â---------------¿

³ ³ 1990 ³ 1991 ³ 1992 ³ 1993 ³ 1994 ³

³ Ã----Â----Â-----Å----Â----Â-----Å----Â----Â-----Å----Â----Â-----Å----Â----Â-----´

³ ³ALFA³ PÓS³TOTAL³ALFA³ PÓS³TOTAL³ALFA³ PÓS³TOTAL³ALFA³ PÓS³TOTAL³ALFA³ PÓS³TOTAL³

Ã--------------Å----Å----Å-----Å----Å----Å-----Å----Å----Å-----Å----Å----Å-----Å----Å----Å-----´

³Alunos Matric.³1070³1070³ 2140³ 690³ 978³ 1687³1234³1472³ 2706³ 980³1442³ 2422³1120³1125³ 2345³

³Alunos Conc. ³ 431³ 840³ 1271³ 237³ 700³ 937³ - ³ 95³ 95³ 870³ 887³ 1757³ - ³ - ³ - ³

³Classes I -II ³ 30³ 46³ 76³ 35³ 37³ 72³ 43³ 45³ 88³ 42³ 35³ 77³ 32³ 30³ 62³

³Classes Mistas³ - ³ - ³ 22³ - ³ - ³ 20³ - ³ - ³ 27³ - ³ - ³ 41³ 32³ 30³ 25³

³Professores ³ - ³ - ³ 98³ - ³ - ³ 92³ - ³ - ³ 115³ - ³ - ³ 100³ - ³ - ³ 88³

³Núcleos ³ - ³ - ³ 55³ - ³ - ³ 53³ - ³ - ³ 62³ - ³ - ³ 65³ - ³ - ³ 42³

³Empresas ³ - ³ - ³ 02³ - ³ - ³ 03³ - ³ - ³ 09³ - ³ - ³ 18³ - ³ - ³ 08³

À--------------Á----Á----Á-----Á----Á----Á-----Á----Á----Á-----Á----Á----Á-----Á----Á----Á-----Ù

O quadro demonstra o número de alunos atendidos no município pela Divisão de Alfabetização de Jovens e Adultos

Através do parecer do Conselho Estadual de Educação deno. 1238/91, publicado no D.O.E. de 06.9.91, a DAJAM recebeuautorização de instalação e funcionamento do Curso de EnsinoSupletivo Modalidade Suplência I e a aprovação do Adendo doRegimento Comum das Escolas Municipais de Primeiro Grau deSão José dos Campos, bem como do Plano de Curso.

┌──────────────────────────────────────────────────────────┐│ QUADRO 3.4.2.e │├──────────────────────────────────────────────────────────┤│ ANO (DÉCADA) POPULAÇÃO ÍND. ANALF. 1o G. INCOMP. │├──────────────────────────────────────────────────────────┤│ 1960 77.533 hab - - ││ 1970 150.884 hab 9,1% 74,30% ││ 1980 287.513 hab 5,5% 51,40% ││ 1991 441.984 hab 4,0% 17,67% │└──────────────────────────────────────────────────────────┘

a.6) Biblioteca Pública "Cassiano Ricardo"

A Biblioteca Pública Cassiano Ricardo foi criada pelaLei no. 1436, de 15 de março de 1968, e seu funcionamento foiregulamentado pelo Decreto no. 1137 de 22 de agosto de 1968.

O atendimento abrange todas as faixas etárias a partirde 03 anos. A média de público é de 18 a 20 mil ao mês. Otrabalho é realizado através do Acervo e de Programas eProjetos Culturais desenvolvidos pela Bibliboteca "CassianoRicardo".

A Biblioteca possui convênio com a Secretaria de Estadoda Cultura, onde são realizados grandes exposições culturais.

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b) Recursos Financeiros

Os recursos financeiros para a Rede Estadual de Ensinovêm, significativamente, do Fundo de Desenvolvimento Escolardo Estado de São Paulo - FUNDESP, do "Tesouro do Estado" e daQuota Estadual do Salário Educação - QESE, além de incentivosdo MEC e de projetos isolados como os da FDE - Fundação parao Desenvolvimento da Educação e do Banco Mundial.

Ao nível municipal, os recursos financeiroscorrespondentes a 25% do orçamento, conforme determina aConstituição, têm origem nos impostos arrecadados, além dosconvênios firmados com os governos Estadual e Federal.

A distribuição da verba na Secretaria Municipal deEducação é feita visando atender às necessidades de cadaDivisão, as quais requisitam os bens ou recursos de acordocom seus projetos e programas.

c) Especialização, Atualização e Aperfeiçoamento Docente

Em pesquisa realizada pela Secretaria Municipal deEducação, em 1991, a freqüência dos docentes em cursos dereciclagem, segundo a rede de ensino, foi a seguintes:

a) Rede de Ensino Estadual - 46%b) Rede de Ensino Particular - 60%c) Rede de Ensino Municipal - 50%

Os docentes de Pré-Escola, 1o. e 2o. Graus de São Josédos Campos freqüentam, em grande maioria, os cursosoferecidos pelas entidades, a seguir especificadas:

. Oficinas Pedagógicas da 1a. e 2a. Delegacias de Ensino,setor responsável por Cursos e Orientações Técnicas; abreminscrições com prioridade aos docentes da Rede Estadual e,a seguir, para a Rede Municipal e alunos do CEFAM ouMagistério da Rede Pública. Os cursos são gratuitos.

. Coordenadoria de Cursos e Treinamentos da SecretariaMunicipal de Educação, é responsável pela capacitação depessoal, objetivando a formação permanente dosprofissionais da educação, atendendo além da RedeMunicipal, a Rede Estadual e Particular do município.

. C.A.R.H. - Centro de Aperfeiçoamento de Recursos Humanos, aSecretaria Estadual de Educação descentralizou as ações daF.D.E. trazendo, ao município, o setor de recursos etreinamentos, inaugurado em 10.08.92, oferece programaçãopara professores da Rede Estadual e eventualmente para aRede Municipal.

Em junho de 1987, a Secretaria Municipal de Educaçãocriou o Programa de Bolsa de Auxílio para Professores da Rede

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de Ensino Municipal - PROBAP, visando contribuir para acapacitação e o aprimoramento desses profissionais.

Contando com recursos provenientes do Fundo deAssistência à Educação da Prefeitura de São José dos Campos(criado pela Lei 2882/84 de 18 de outubro de 1984 daPrefeitura de SJCampos) o PROBAP encarrega-se de repassá-losa servidores da Secretaria Municipal de Educação, inscritosno Programa, subsidiando-lhes a participação em cursos depós-graduação, aperfeiçoamento e especialização, e, ou ajudade custo para despesas com alimentação, material didático etransporte.

d) Análise de Curso - 1o. Grau

Para estudo, recolhemos os dados de 1984 a 1991 dastrês Redes de Ensino do Município, caracterizando ospercursos nas oito séries, da última turma de concluintes do1o. Grau, em São José dos Campos.

. REDE ESTADUAL

QUADRO 3.4.2.f REDE ESTADUAL - DADOS QUANTITATIVOS

Ú------Â-------Â--------------Â--------------Â----------Â---------Â------------¿

³ ANO ³ SÉRIE ³ MATRICULADOS ³ TRANSFERIDOS ³ EVADIDOS ³ RETIDOS ³ PROMOVIDOS ³

Ã------Å-------Å--------------Å--------------Å----------Å---------Å------------´

³ 1984 ³ 1a ³ 12.841 ³ 1.178 ³ 1.029 ³ 34 ³ 10.600 ³

³ 1985 ³ 2a ³ 15.284 ³ 2.168 ³ 1.654 ³ 4.258 ³ 7.198 ³

³ 1986 ³ 3a ³ 9.471 ³ 754 ³ 519 ³ 1.859 ³ 6.331 ³

³ 1987 ³ 4a ³ 8.064 ³ 612 ³ 432 ³ 992 ³ 5.978 ³

³ 1988 ³ 5a ³ - ³ - ³ - ³ - ³ - ³

³ 1989 ³ 6a ³ - ³ - ³ - ³ - ³ - ³

³ 1990 ³ 7a ³ 6.279 ³ 533 ³ 904 ³ 789 ³ 4.520 ³

³ 1991 ³ 8a ³ 5.466 ³ 480 ³ 742 ³ 189 ³ 4.041 ³

Ã------Á-------Á--------------Á--------------Á----------Á---------Á------------´

³ Concluintes do Curso de 1o Grau - 53,44% ³

À------------------------------------------------------------------------------Ù

Na Rede Estadual de Ensino há um estrangulamento na 2a.série, pois sendo Ciclo Básico, a retenção ocorre nestasérie; na 3a. série a retenção ainda se mantém em alta, porémnas demais séries surge um equilíbrio.

Na 1a. série, notamos um grande número de alunostrasnferidos das Escolas Estaduais, conforme demonstram as"Listas de Espera"para matrícula na Rede Municipal.Comprovamos que as crianças matriculadas na Rede Estadual,tão logo consigam vaga na Escola Municipal, fazem suatransferência.

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Os dados de 1988 e 1989 não foram lançados por nãoexistir registro dos mesmos nas Delegacias de Ensino.

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. REDE MUNICIPAL

QUADRO 3.2.1h REDE MUNICIPAL - DADOS QUANTITATIVOS

Ú------Â-------Â--------------Â--------------Â----------Â---------Â------------¿

³ ANO ³ SÉRIE ³ MATRICULADOS ³ TRANSFERIDOS ³ EVADIDOS ³ RETIDOS ³ PROMOVIDOS ³

Ã------Å-------Å--------------Å--------------Å----------Å---------Å------------´

³ 1984 ³ 1a ³ 1.566 ³ 102 ³ 28 ³ 236 ³ 1.200 ³

³ 1985 ³ 2a ³ 1.487 ³ 64 ³ 08 ³ 187 ³ 1.228 ³

³ 1986 ³ 3a ³ 1.442 ³ 86 ³ 07 ³ 98 ³ 1.251 ³

³ 1987 ³ 4a ³ 1.323 ³ 53 ³ 03 ³ 99 ³ 1.168 ³

³ 1988 ³ 5a ³ - ³ - ³ - ³ - ³ - ³

³ 1989 ³ 6a ³ - ³ - ³ - ³ - ³ - ³

³ 1990 ³ 7a ³ 1.029 ³ 65 ³ 07 ³ 180 ³ 777 ³

³ 1991 ³ 8a ³ 782 ³ 42 ³ 05 ³ 11 ³ 724 ³

Ã------Á-------Á--------------Á--------------Á----------Á---------Á------------´

³ Concluintes do Curso de 1o Grau - 48,01% ³

À------------------------------------------------------------------------------Ù

O acesso ao ensino das escolas particulares édelimitado pelo poder aquisitivo das famílias que pleiteavamvagas. O número de evadidos e de retidos é pequeno, sendo queos alunos de aprendizagem lenta transferem-se à outrasescolas, quando o problema apresenta-se insolúvel para ainstituição.

d.1) Análise de Evasão Escolar

Fatores que influem na Evasão Escolar

. Perda do poder aquisitivo da classe média;

. Pouco estímulo do alunado da classe e dos familiarespara os estudos;

. Grande distância entre a moradia e a escola;

. Falta de recursos da população;

. Falta de recursos da população para aquisição delivros e material escolar;

. Necessidade de procurar trabalho mais cedo;

. Local de trabalho distante da escola;

. Falta de expectativa de melhoria das condições devida, através do estudo;

Fatores que colaboram para permanência do aluno naescola

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. Influência sócio-cultural da família;

. Estímulo constante dos pais para os estudos;

. Sucesso profissional dos pais, porque estudaram;

. Facilidade de acesso à escola devido à moradia ou aotransporte;

. Recursos financeiros das famílias;

. Possibilidade de prosseguir os estudos semnecessidade de trabalhar;

. Mentalidade de que para progredir precisa estudar.

e) Atendimento à Demanda Escolar

e.1) Zona Urbana

A Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, de acordocom os dados levantados no município através do Censo Escolare da Pesquisa Ensino-Educação, elaborou o diagnóstico doatendimento à demanda escolar. A análise partiu de SetoresEscolares, e posteriormente os agrupou por regionais: Centro,Norte, Leste e Sul.

Podemos observar que a demanda por salas de aulas emmaio/1990, data-base no Censo Escolar, é de 1404 salas. Emcontrapartida a oferta de salas em março/1991, data-base daL.D.E., é de 1389 salas, devendo-se somar a este número as 95salas ampliadas que entraram em funcionamentoem 1992. Essedado nos leva a um total de 1484 salas ofertadas, o quepermite afirmar que o número de salas ofertadas é suficientepara atendimento da demanda como um todo.

A disparidade surge quando, analisando cada SetorEscolar que define a área de abrangência das unidadesescolares, observamos que em alguns existem salas ociosas eem outros faltam salas. A locomoção dos alunos de um paraoutro setor torna-se impraticável em muitos casos, devido afalta de segurança, fator que resume os critérios adotadospara a delimitação dos Setores Escolares.

A Rede Pública Urbana do Município é composta daseguinte forma:

. 42 Escolas Estaduais de 1o. Grau - EEPG

. 30 Escolas Estaduais de 1o. e 2o. Graus - EEPSG

. 06 Escolas Estaduais de 1o. Agrupadas - EEPGA (1a. a4a. séries)

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. 02 Classes provisórias urbana (antigas escolasisoladas)

. 22 Escolas Municipais de 1o. Grau - EMPG

. 02 Escolas Municipais de Educação Infantil e 1o. Grau- EMEIPG

. 16 Escolas Municipais de Educação Infantil - EMEI(com mais de dez classes)

. 52 Núcleos de Educação Infantil - NEI (com até dezclasses)

A Rede de Ensino Particular conta com 31 escolas e 356salas de aula.

Levando-se em conta inclusive os loteamentos econjuntos habitacionais aprovados e em execução até dezembrode 1991, desconsiderando-se as 83 salas adaptadas existentes,estima-se um déficit futuro de 344 salas de aula para oensino de 1o. Grau.

Quanto ao atendimento pré-escolar, saliente-se que osnúcleos são implantados de acordo com as solicitações dacomunidade e funcionam em prédios próprios, alugados oucedidos. A quantidade de núcleos é determinada peladisponibilidade dos prédios cedidos e alugados. A proposta daRede de Educação Infantil é atender prioritariamente criançasde 6 anos, preparando esses alunos para a 1a. série do 1o.Grau.

O atendimento escolar, desde pré-escola até o 2o. Grauno município, está distribuído pela Rede Municipal,responsável por 19% do total geral (de pré-escola à 1o.Grau), da população atendida. A Rede Particular atende 15% daclientela, ficando a Rede Estadual com atendimento da maiorparte da comunidade, aproximadamente 65% (incluindo 2o. Graue Suplência).

e.2) Zona Rural

Devido ao constante crescimento da população, o setorrural necessita da construção de salas de aula, especialmentenos bairros Cura D'Ars e dos Freitas.

Visando atender essa necessidade da Zona Rural eoferecer condições para a continuidade do 1o. Grau, foramcriadas as Escolas Estaduais de 1o. Grau Agrupadas - EEPGA,que atendem alunos da 1a. a 6a. séries do 1o. Grau.

Para possibilitarmos aos alunos da zona rural aconclusão do curso de 1o. Grau, foi criada a Escola Estadual

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de Primeiro Grau Rural, que abriga alunos de 1a. a 8a.séries.

Em São Francisco Xavier, a demanda é atendida existindoainda, salas ociosas.

As demais escolas rurais do município abrigam alunosdas quatro séries iniciais do 1o. Grau.

f) Transporte Escolar

Este setor da SME trabalha integrado às Delegacias deEnsino do Estado visando atender aos alunos carentes da Redede Ensino Estadual, bem como aos da Rede Municipal, atravésdo Programa "Transporte de alunos", que vem beneficiandocerca de 2.500 alunos da 1a. a 8a. séries das zonas Rural eUrbana do município, com transporte fretado e passe escolar,com o objetivo de: oferecer oportunidades a estes estudantesde darem continuidade ao curso de 1o. Grau e concluí-lo, jáque a distribuição física das escolas e a falta de classespara atender todos os níveis de ensino causam problemas aosestudantes, principalmente aos da Zona Rural que precisamcaminhar muito para ter acesso à escola.

O programa atende também aos alunos da Zona Urbana queresidem em locais onde não há oferta de ensino em escolaspúblicas.

g) Merenda Escolar

São José dos Campos, em aceitação política dadescentralização, participação e autonomia proposta peloGoverno do Estado de São Paulo, aderiu ao Programa demunicipalização da Merenda Escolar em 1985, e com isso atendea todas as escolas estaduais, municipais e entidadesfilantrópicas (conveniadas) do Município, com uma média decerca de 60 mil alunos assistidos diariamente, o que veio avalorizar os produtores locais e dinamizar outros projetoscomo as Hortas escolares.

No momento, no entanto não possuímos dados do ConselhoMunicipal de Merenda, promulgado pelo Decreto no. 23.632, de05.07.85, o qual tem como objetivo orientar a política deaquisição, armazenamento, preparo e distribuição de alimentosdestinados à Merenda Escolar.

O município atendeu em 1993 aproximadamente 113.000alunos matriculados em 223 escolas - municipais, estaduais(urbanas e rurais), particulares, entidades filantrópicas etambém alunos da Fundação Hélio Augusto de Souza - FUNDHAS.

3.4.3. DIRETRIZES, PROGRAMAS E PROJETOS DA EDUCAÇÃO

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DIRETRIZES:

01. Garantia da igualdade de condições para acesso epermanência na Escola

02. Concepção da Escola como um lugar aberto, incorporado àvida cotidiana da população.

03. Viabilizar canais de participação da família e dacomunidade, democratizando a Gestão, da Educação.

04. Buscar a autonomia das ações didático-pedagógicas eadministrativas das Unidades Escolares, articulada aosConselhos de Escolas e Grêmios Estudantis.

05. Assegurar o padrão de qualidade do Ensino Público,investindo na formação permanente dos educadores e nabusca de novos recursos didáticos e pedagógicos.

06. Definição da política de recursos humanos que busque avalorização dos profissionais da educação estabelecendoplano de cargo, carreira e salários compatíveis a serregulamentado no estatuto do magistério.

07. A Educação deve promover o desenvolvimento da cidadaniaplena e ser fundamentada numa prática pedagógicalibertadora, que valorize a experiência cotidiana doaluno.

08. Viabilizar a expansão da Rede Física de ensino,garantindo a compativilização entre o projeto dasedificações escolares e o programa pedagógico que nelasserá desenvolvido.

09. Adotar uma política permanente de planejamento integraldo sistema de ensino no município bem como realizar orecenseamento da população em idade escolar e mantê-loperiodicamente atualizado.

10. Ensino profissionalizante dirigido para o aperfeiçoamentoe reciclagem da mão-de-obra, visando o combate aodesemprego e a geração alternativa de rendas.

PROGRAMAS E PROJETOS:

01. Informatização do processo administrativo e pedagógico emtoda a Rede de Ensino Municipal.

02. Democratização da gestão, viabilizando o ConselhoMunicipal de Educação, a criação de Grêmios, osConselhos de Escolas e os Fóruns de Educação com aparticipação popular.

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03. Implementação de política de atendimento à criança de 3meses a 6 anos, 11 meses e 29 dias, que inclua aconstrução de creches e de escolas de educação infantil.

04. Reestruturação da proposta pedagógica voltando-a para areorientação curricular, a interdisciplinaridade, oincentivo à leitura e à pesquisa, num projetocomprometido com a educação libertadora, centradaprincipalmente no exercício da cidadania, com aparticipação de outras Secretarias (Esporte, Cultura,Meio Ambiente, Saúde, etc).

05. Implementação de programa de formação permanente, visandoa atualização, valorização e aperfeiçoamento dosprofissionais da educação.

06. Estabelecer convênios entre a Prefeitura, Universidades eoutros centros de ensino e pesquisa, para trocasrecíprocas de experiências, desenvolvimentos de pesquisade interesse comum, organização e atualização de Bancode Dados, estágios e participação de técnicos em cursosde extensão pós-graduação.

07. Estabelecer convênios de cursos profissionalizantes paraa comunidade, nas áreas primária, sedundária eterciária, formando e reciclando mão-de-obra para omercado competitivo de emprego bem como para odesenvolvimento de propostas alternativas desobrevivência.

08. Implementação de política educacional que integre asRedes Públicas, Particulares e contemple:

08.1 - O atendimento às necessidades didático-pedagógicas de 1o. e 2o. Graus, incluindo aampliação e construção de salas de aula,considerando as competências do Poder PúblicoMunicipal e Estadual;

08.2 - A integração das Redes Públicas através dosistema de regionalização para a distribuição devagas;

08.3 - A oferta de ensino diurno e noturno, regular esupletivo adequado às condições do educando;

08.4 - O atendimento suplementar, junto ao educando, nasnecessidades de material didático, transporte ealimentação;

08.5 - O atendimento educacional aos portadores denecessidades especiais;

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08.6 - A viabilização do campus universitário gratuitoampliado, através de parceria com os diversossegmentos da sociedade.

3.4.4 - DIAGNÓSTICO DA SAÚDE

INTRODUÇÃO

A saúde tem como fatores determinantes econdicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, osaneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, aeducação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens eserviços essenciais; assim os níveis de saúde da populaçãoexpressam a organização social e econômica de um País. Dizemtambém respeito à saúde as ações que se destinem a garantiras condições de bem estar físico, mental e social daspessoas.

A Constituição Federal, seção II, a Lei 8O8O de19/O9/199O e a Lei Orgânica do Município de São José dosCampos de O5/O4/9O referem-se à Saúde como direito de todos edever do Estado.

Pelo artigo 27O da LOM a saúde é direito fundamental einalienável de todos e dever do Poder Público Municipal,assegurada mediante:

I. Políticas sociais, econômicas e ambientais, que visem aobem estar físico, mental e social do indivíduo e dasociedade e à redução e eliminação do risco de doenças eoutros agravos;

II. Acesso universal e igualitário às ações e serviços desaúde em todos os níveis;

III. Atendimento integral do indivíduo, abrangente àpromoção, preservação e recuperação de sua saúde;

IV. Atendimento e orientação para a defesa da vida a partirda concepção.

Pelo artigo 271, o direito à saúde implica nosseguintes direitos fundamentais:

I. Condições dignas de trabalho, saneamento, moradia,alimentação, educação, transporte e lazer;

II. Respeito ao meio ambiente e controle da poluiçãoambiental;

III. Direito à informação e garantia de opção quanto aonúmero de filhos.

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As ações e serviços de saúde são de natureza pública eintegram uma rede regionalizada e hierarquizada, constituindoum sistema único, que segue as diretrizes dadescentralização, atendimento integral e participação dacomunidade, cabendo ao município dispor sobre suaregulamentação, fiscalização e controle. A execução das açõese serviços de saúde será feita pelo Poder Público esupletivamente por terceiros, de acordo com a Constituição,tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem finslucrativos.

A Secretaria Municipal de Saúde de São José dos Campostem como base a implantação definitiva do SUS, o que inicioucom a real absorção do INAMPS e a municipalização dosserviços estaduais, garantindo acesso, gratuidade e melhoriana qualidade e oferta de serviços, promovendo obras,aquisição de materiais, equipamentos e contratação derecursos humanos, investindo no gerenciamento, em programasde saúde e na participação popular.

Na insuficiência de recursos públicos para garantir acobertura assistencial à população de São José dos Campos, aSecretaria Municipal de Saúde buscou complementar a rede deserviços através da contratação do setor privado, de acordocom os princípios da Constituição Federal.

As entidades que participam, de modo complementar doSUS no município de São José dos Campos estão relacionadas noitem Rede de Serviços de Saúde.

O SUS participa do controle da qualidade e quantidadedos serviços contratados, conveniados, garantindo oatendimento adequado à população. Os dados de produção deserviços são enviados mensalmente ao ERSA e/ou SecretariaMunicipal de Saúde, para serem usados no planejamento deações e de serviços.

Os dados do setor privado não relacionado ao SUS aindanão se encontram disponíveis ao serviço público, não sendopossível analisar a real cobertura das necessidades dapopulação em termos de saúde.

ASPECTOS DEMOGRÁFICOS RELEVANTES À ÁREA DE SAÚDE:

A população de São José dos Campos para 1991, segundodados do IBGE é de 441.984 habitantes, com 221.511 pessoas dosexo feminino e 220.473 do sexo masculino.

O índice de masculinidade é de 1.O12 homens para 1.OOOmulheres.

A faixa etária predominante é a de 15 à 49 anos, com239.435 habitantes (54%). A faixa etária de O à 15 anos

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perfaz 155.833 habitantes (35%) ,e acima de 5O anos é de47.46O habitantes (11%).

Segundo classificação de SUNDBARG a população é do tipoestacionária e, de acordo com WHIPPLE é do tipo acessiva.

A razão de dependência é de 67% : Ú--------------------------------------------------------------------¿

³ (no hab < 15 anos) + (no hab > 6O anos) 155.833 + 22.378 ³

³ --------------------------------------- = ------------------ = 67% ³

³ (no hab > 5 anos e < 6O anos) 264.517 ³

À--------------------------------------------------------------------Ù

Assim, cada 1.OOO pessoas que potencialmentetrabalham sustentam 67O inativos, o que caracteriza razãode dependência alta, típica de população jovem.

Segundo a Pesquisa de Instrumentação de 199O, realizadaa cada dois anos por amostragem, pela Secretaria dePlanejamento da Prefeitura de São José dos Campos, 2% dapopulação vive na zona rural, com densidade demográfica de0,18hab/ha. e 98% vive na zona urbana, com densidade brutademográfica de 19hab/ha..

CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS:

A. MORTALIDADE:

A mortalidade infantil vem mostrando declínio nosúltimos anos, principalmente às ctstas da mortalidadeinfantil tardia. Em 198O era de 29,49 óbitos/1.OOO NV(nascidos vivos) e em 1989 (último dado fornecido pelo SEADE)era de 21,26 óbitos/1.OOO NV. A mortalidade geraltambém mostrou declínio: em 198O era de 5,39óbitos/1.OOOhab. e em 1989 era de 3,94 óbitos/1.OOOhab.A tabela abaixo apresenta a histórica dos dados demortalidade no município.

MORTALIDADE GERAL E INFANTIL NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

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SÉRIE HISTÓRICA DE 1970 À 1989

Ú------Â--------------Â----------Â----------Â-----------Â-----------Â----------¿

³ ANO ³ POP. GERAL ³ TOTAL ³ COEF./ ³ POPULAÇÃO ³ NR ÓBITOS ³ COEF./ ³

³ ³ (SEADE) ³ ÓBITOS ³ 1.000 UV ³ < 1 ANO ³ < 1 ANO ³ 1.000 UV ³

Ã------Å--------------Å----------Å----------Å-----------Å-----------Å----------´

³ 0970 ³ 146.589 ³ 1.253 ³ 8,55 ³ 4.115 ³ 414 ³ 100,61 ³

³ 1975 ³ 193.304 ³ 1.543 ³ 7,98 ³ 5.427 ³ 552 ³ 84,06 ³

³ 1978 ³ 221.805 ³ 1.433 ³ 6,46 ³ 2.523 ³ 357 ³ 41,89 ³

³ 1979 ³ 239.908 ³ 1.408 ³ 5,87 ³ 9.297 ³ 313 ³ 33,67 ³

³ 1980 ³ 285.295 ³ 1.538 ³ 5,39 ³ 10.038 ³ 296 ³ 29,49 ³

³ 1981 ³ 303.574 ³ 1.516 ³ 4,99 ³ 10.508 ³ 267 ³ 25,41 ³

³ 1982 ³ 321.037 ³ 1.579 ³ 4,92 ³ 10.052 ³ 255 ³ 25,57 ³

³ 1983 ³ 336.026 ³ 1.640 ³ 4,88 ³ 10.793 ³ 239 ³ 23,07 ³

³ 1984 ³ 354.712 ³ 1.733 ³ 4,89 ³ 10.034 ³ 264 ³ 26,31 ³

³ 1985 ³ 374.517 ³ 1.706 ³ 4,57 ³ 12.925 ³ 236 ³ 23,73 ³

³ 1986 ³ 392.237 ³ 1.764 ³ 4,49 ³ 13.210 ³ 242 ³ 24,47 ³

³ 1987 ³ 410.915 ³ 1.823 ³ 4,43 ³ 13.502 ³ 205 ³ 19,29 ³

³ 1989 ³ 451.351 ³ 1.781 ³ 3,94 ³ 14.105 ³ 183 ³ 21,26 ³

À------Á--------------Á----------Á----------Á-----------Á-----------Á----------Ù

FONTE: Secretaria Municipal de Saúde / SEADE

OBS.: Mortalidade Infantil - 1990 por 1.000 UV

Rão José dos Campos: 23,19

Estado de São Paulo: 30,87

Brasil : 63,22

Na tabela abaixo estão apresentadas as principaiscausas de mortalidade em 1992/1993 para São José dos Campos,segundo dados da Unidade de Estudos e Pesquisas - SecretariaMunicipal de Saúde.

NÚMERO E PERCENTUAL ANUAL DOS ÓBITOS DE RESIDENTES EM SÃOJOSÉ DOS CAMPOS SEGUNDO GRUPOS DE CAUSAS. (AGO/92 - JUL/93)

CAUSAS NÚMERO PERCENTUAL

1. Doenças Cardiovasculares 575 25,12. Causas Externas (acidentes e ferimentos por armas 352 15,33. Estados mórbidos mal definidos 258 11,24. Neoplasias 249 10,95. Doenças Perinatais 227 9,96. Doenças Respiratórias 188 8,27. Doenças Endócrino-metabólicas 148 6,58. Demais causa 296 12,9

TOTAL 2.293 100,0

DISTRIBUIÇÃO DOS ÓBITOS POR FAIXA ETÁRIA SEGUNDO ASPRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS,

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PERÍODO: JANEIRO - SETEMBRO/1992

Ú----------------Â---------------------------Â----------------------Â---------------------¿

³ CAUSA ³ 1ºcausa ³ 2ºcausa ³ 3ºcausa ³

³ ³ ³ ³ ³

³ FAIXA ETÁRIA ³ ³ ³ ³

Ã----------------Å---------------------------Å----------------------Å---------------------´

³ ³ ³ ³ ³

³ < 1 ANO ³ Doenças perinatais ³ Anomalias congênitas ³ Estados mórbidos mal³

³ ³ ³ ³ definidos ³

³ DE 1 A 14 ANOS ³ Causas externas(acidentes,³ Infecto parasitárias ³ Anomalias congênitas³

³ ³ ferimentos por armas) ³ ³ ³

³ ³ ³ ³ ³

³ DE 15 A 59 ANOS³ Causas externas(acidentes,³ Estados mórbidos mal ³ Doenças Cardiovasc. ³

³ ³ ferimentos por armas) ³ definidos ³ ³

³ ³ ³ ³ ³

³ > 60 ANOS ³ Doenças Cardiovasculares ³ Estados mórbidos mal ³ Neoplasias ³

³ ³ ³ definidos ³ ³

À----------------Á---------------------------Á----------------------Á---------------------Ù

FONTE: Unidade de Estudos e Pesquisa - dados sujeitos à alterações

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B. MORBIDADE:

A tabela a seguir mostra uma série histórica das doençasde notificação compulsória no município de São José dos Campos, de1983 à 1993.

DOENÇAS TRANSMISSÍVEISNo E COEFICIENTE 105 NOTIFICADAS NO MUNICÍPIO DE SÃOJOSÉ DOS CAMPOS DA REGIÃO DO SUDS - R 58 - 1983 A 1988

Ú--------------------------Â-----------Â-----------Â-----------Â-----------Â-----------Â-----------¿

³ ANOS ³ 1983 ³ 1984 ³ 1985 ³ 1986 ³ 1987 ³ 1988 ³

³ DOENÇAS ³ No ³ COEF ³ No ³ COEF ³ No ³ COEF ³ No ³ COEF ³ No ³ COEF ³ No ³ COEF ³

Ã--------------------------Å----Å------Å----Å------Å----Å------Å----Å------Å----Å------Å----Å------´

³Meningite Meningocócica ³ 2³ 0,58³ 4³ 1,13³ 3³ 0,80³ 5³ 1,27³ 3³ 0,73³ 5³ 1,16³

³Meningite Outros Germes ³ 32³ 9,36³ 13³ 3,66³ 10³ 2,67³ 25³ 6,37³ 17³ 4,14³ 23³ 5,34³

³Meningite Não Especificada³ 23³ 6,73³ 63³ 17,76³ 64³ 17,09³ 77³ 19,63³ 61³ 14,84³ 114³ 26,47³

³Meningite - Total ³ 57³ 16,67³ 80³ 22,55³ 77³ 20,56³ 107³ 27,28³ 81³ 19,71³ 142³ 32,98³

³Tétano ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ 1³ 0,25³ ³ ³ 1³ 0,23³

³Febre Tifóide ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³Leischmaniose Cutânea ³ 3³ 0,88³ 4³ 1,13³ 3³ 0,80³ ³ ³ 9³ 2,19³ 1³ 0,23³

³Difteria ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ 2³ 0,49³ 1³ 0,23³

³Malária ³ 3³ 0,88³ 6³ 1,69³ 28³ 7,48³ 29³ 7,39³ 19³ 4,62³ 41³ 9,52³

³Hanseníase ³ 70³ 20,47³ 59³ 16,63³ 35³ 9,35³ 58³ 14,79³ 55³ 13,38³ 49³ 11,38³

³Tuberculose ³ 252³ 73,69³ 271³ 76,40³ 222³ 59,28³ 234³ 59,66³ 384³ 93,45³ 210³ 48,77³

³Leptospirose ³ ³ ³ 3³ 0,85³ 2³ 0,53³ ³ ³ 5³ 1,22³ 11³ 2,55³

³Esquistossomose ³ ³ ³ ³ ³ 462³123,36³ 351³ 89,49³ 444³108,05³ 271³ 62,93³

³Gastroenterite ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³Sarampo ³ 1³ 0,29³ ³ ³ 36³ 9,61³ 341³ 86,94³ 23³ 5,60³ 6³ 1,39³

³Complicação Vacinal ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³Poliomielite ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ 2 ³ 0,49³ ³ ³

³Dengue ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ 8³ 1,86³

³Conjuntivite ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ 28³ 6,50³

³AIDS ³ ³ ³ 1³ 0,28³ 3³ 0,80³ 2³ 0,51³ 5³ 1,22³ 22³ 5,11³

³Sífilis Congênita ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³Hepatite ³ ³ ³ ³ ³ 174³ 46,46³ 109³ 27,79³ 89³ 21,66³ 108³ 25,08³

³Caxumba ³ ³ ³ ³ ³ 61³ 16,29³ 35³ 8,92³ 1³ 0,24³ 1³ 0,23³

³Rubéola ³ ³ ³ ³ ³ 122³ 32,58³ 39³ 9,94³ 23³ 5,60³ 8³ 1,86³

³Varicela ³ ³ ³ ³ ³ 132³ 25,25³ 64³ 16,32³ 8³ 1,95³ 106³ 24,62³

³Coqueluche ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³Sífilis ³ ³ ³ ³ ³ 172³ 45,93³ 114³ 29,06³ 175³ 42,59³ 120³ 27,67³

³Gonorreia ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ 8³ 2,04³ 9³ 2,19³ 8³ 1,86³

³Escarlatina ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ 6³ 1,53³ ³ ³ 3³ 0,70³

³Herpes S. Genital ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³Condiloma ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³Cancro Mole ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³Linfogranul. Venereo ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³Tricomoníase ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³Granul. Inguinal ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³Uretrite N. Gonococ. ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³Candidíase ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

À--------------------------Á----Á------Á----Á------Á----Á------Á----Á------Á----Á------Á----Á------Ù

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DOENÇAS TRANSMISSÍVEISNo E COEFICIENTE 105 NOTIFICADAS NO MUNICÍPIO DE SÃOJOSÉ DOS CAMPOS DA REGIÃO DO SUDS - R 58 - 1989 A 1993

Ú--------------------------Â-----------Â-----------Â-----------Â-----------Â-----------¿

³ ANOS ³ 1989 ³ 1990 ³ 1991 ³ 1992 ³ 1993* ³

³ DOENÇAS ³ No ³ COEF ³ No ³ COEF ³ No ³ COEF ³ No ³ COEF ³ No ³ COEF ³

Ã--------------------------Å----Å------Å----Å------Å----Å------Å----Å------Å----Å------´

³Meningite Meningocócica ³ 12³ 2,66³ 21³ 4,88³ 14³ 3,16³ 28³ 6,32³ 19³ 4,29³

³Meningite Outros Germes ³ 23³ 5,10³ 50³ 11,62³ 28³ 6,32³ 17³ 3,84³ 76³ 17,17³

³Meningite Não Especificada³ 112³ 24,81³ 78³ 18,13³ 84³ 18,97³ 27³ 6,10³ 2³ 0,45³

³Meningite - Total ³ 147³ 32,57³ 149 34,62³ 126³ 28,46³ 72³ 16,26³ 97³ 21,91³

³Tétano ³ ³ ³ 1³ 0,23³ ³ ³ ³ ³ 1³ 0,23³

³Febre Tifóide ³ ³ ³ 1³ 0,23³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³Leischmaniose Cutânea ³ 2³ 0,44³ 2³ 0,46³ ³ ³ 10³ 2,26³ 10³ 2,26³

³Difteria ³ ³ ³ 1³ 0,23³ ³ ³ 3³ 0,68³ ³ ³

³Malária ³ 24³ 5,32³ 3³ 0,70³ 3³ 0,68³ 6³ 1,36³ 7³ 1,58³

³Hanseníase ³ 46³ 10,19³ 40³ 9,30³ 54³ 12,20³ 45³ 10,16³ 46³ 10,39³

³Tuberculose ³ 233³ 51,62³ 222³ 51,59³ 211³ 47,66³ 225³ 50,82³ 211³ 47,66³

³Leptospirose ³ 5³ 1,11³ 1³ 0,23³ 2³ 0,45³ 3³ 0,68³ 3³ 0,68³

³Esquistossomose ³ 298³ 66,02³ 248³ 57,63³ 222³ 50,14³ 219³ 49,47³ 305³ 68,89³

³Gastroenterite ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³4725³1067,2³

³Sarampo ³ 56³ 12,41³ 27³ 6,27³ 3³ 10,68³ ³ ³ ³ ³

³Complicação vacinal ³ 41³ 9,08³ ³ ³ ³ ³ 212³ 47,88³ ³ ³

³Poliomielite ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³Dengue ³ 92³ 20,38³ 1³ 0,23³ 13³ 2,94³ ³ ³ ³ ³

³Conjuntivite ³ ³ ³ 144³ 33,46³ 283³ 63,92³ 338³ 76,34³ 102³ 23,04³

³AIDS ³ 29³ 6,43³ 53³ 12,32³ 87³ 19,65³ 100³ 22,59³ 122³ 27,56³

³Sífilis Congênita ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ 1³ 0,23³

³Hepatite ³ 253³ 56,05³ ³ ³ 378³ 85,38³ 301³ 67,99³ 219³ 49,47³

³C`xumba ³ 236³ 52,29³ 556³129,20³ 460³103,90³ 116³ 26,20³ 95³ 21,46³

³Rubéola ³ 280³ 62,04³ 557³129,44³ 405³ 91,48³ 107³ 24,17³ 115³ 25,98³

³Varicela ³ 546³120,97³ 563³130,83³ 378³ 85,38³ 186³ 42,01³1312³296,34³

³Coqueluche ³ ³ ³ 33³ 7,67³ 16³ 3,61³ ³ ³ 10³ 2,26³

³Sífilis ³ 72³ 15,95³ 44³ 10,22³ 74³ 16,71³ 102³ 23,04³ 122³ 27,56³

³Gonorreia ³ 15³ 3,32³ ³ ³ 28³ 6,32³ 22³ 4,97³ 42³ 9,49³

³Scarlatina ³ 47³ 10,41³ ³ ³ 84³ 18,97³ 73³ 16,49³ ³ ³

³Herpes S.Genital ³ ³ ³ ³ ³ 4³ 0,90³ 6³ 1,36³ 13³ 2,94³

³Condiloma ³ ³ ³ ³ ³ 4³ 0,90³ 7³ 1,58³ 8³ 1,81³

³Cancro Mole ³ ³ ³ ³ ³ 4³ 0,90³ 1³ 0,23³ ³ ³

³Linfogranul. Venereo ³ ³ ³ ³ ³ 3³ 0,68³ 4³ 0,90³ ³ ³

³Tricomoníase ³ ³ ³ ³ ³ 1³ 0,23³ 27³ 6,10³ 62³ 14,00³

³Granul.Inguinal ³ ³ ³ ³ ³ 1³ 0,23³ 1³ 0,23³ ³ ³

³Uretrite N. Gonococ. ³ ³ ³ ³ ³ 4³ 0,90³ 5³ 1,13³ 26³ 5,87³

³Candidíase ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ 3³ 0,68³ 4³ 0,90³

À--------------------------Á----Á------Á----Á------Á----Á------Á----Á------Á----Á------Ù

Surtos : 1990: HEPATITE:

34 casos de 02/89 a 04/90 no N. Horizonte.

05 casos em 04/90 em Galo Branco.

12 casos em 08/90 no Novo Horizonte.

06 casos Vila São Geraldo (Escola) -

valeta de esgoto aberta.

* Dados do ano de 1992 e 1993 sujeitos à revisão.

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*** Aumento significativo devido à campanha da Vacina Tríplice Viral.

1992: HEPATITE:

14 casos em Eug. de melo e Galo Branco em Jan. e Fev..

21 casos em Campo dos Alemães em Fev. e mar. - condições

de saneamento precárias e uso de derivados de leite

sem pasteurização - Situação tende a continuar.

10 casos no Jdim Jussara em Jan. a Mar. - Transbordamento

de esgoto na favela.

3 casos EEPG Palmira Santana em Mar. (irmãos) moradia sem esgoto.

DIARREIA:

11 casos em Mar. - Provável ingestão de alimentos contaminados.

08 casos em Maio - Jdim das Indústrias - Transbordamento de

valetas nas imediações.

15 casos - Favelas Miracema em Maio - Provável ingestão de água

contaminada.

Notas: Os dados estatísticos das doenças transmissíveis foram fornecidos pela unidade de

Vigilância Epidemiológica (PMSJC).

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Um estudo de morbidade realizado em 1991 pelaSecretaria de saúde mostra, nas tabelas a seguir aspatologias mais frequentes no Pronto Socorro Municipal nosmeses de fevereiro a setembro de 1991 e as patologias maisfrequentes nas UBS's no 2º trimestre de 1991.

PATOLOGIAS MAIS FREQÜENTES NO PRONTO SOCORRO MUNICIPAL PERÍODO DE FEV. A SET. DE 1991 - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

┌───────────────────────────┬────────────────────────────┐│ DIAGNÓSTICO (BAU) │ No DE CASOS │├───────────────────────────┼────────────────────────────┤│ Contusão │ 4.503 ││ Ferimento │ 4.456 ││ Bronquite │ 3.931 ││ IVAS │ 3.707 ││ Asma │ 3.268 ││ Gripe │ 3.155 ││ GECA │ 2.752 ││ Fratura │ 2.530 ││ Amigdalite │ 2.490 ││ Hipertensão Arterial │ 1.762 ││ Entorse │ 1.650 ││ Dor Abdominal │ 1.616 ││ Otite │ 1.592 ││ Sem Diagnóstico │ 1.537 ││ DNV │ 1.521 ││ Febre │ 1.497 ││ Pneumonia │ 1.392 ││ Cefaléia │ 1.231 ││ Traumatismo │ 1.105 ││ Acidentes de Trânsito │ 1.061 ││ Cólica │ 1.048 ││ Infecção Urinária │ 1.043 ││ Lombalgia │ 1.024 ││ Doenças Transmissíveis │ 1.417 ││ Outros Acidentes │ 1.075 ││ Mordeduras │ 602 ││ Picadas │ 213 ││ Outros Diagnósticos │ 28.134 ││ Total │ 80.269 │└───────────────────────────┴────────────────────────────┘Fonte: BAU's de Fev a Set/91 Planejamento/SMS - Mar/92

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ESTUDO DE MORBIDADE - SERVIÇOS BÁSICOS DE SAÚDE - PERÍODO 2o TRIMESTRE/1991

Ú---------------------------------Â-------------------Â---------------------------------¿

³ GRUPO DE PATOLOGIAS (CID) ³ % ATENDIMENTO ³ FAIXA ETÁRIA PREDOMINANANTE ³

Ã---------------------------------Å-------------------Å---------------------------------´

³ Aparelho Respiratório ³ 29 ³ 1 - 4 anos ³

³ Sintomas e Sinais Mal Definidos ³ 10 ³ 20 - 49 anos ³

³ Aparelho Circulatório ³ 9 ³ 60 anos e + ³

³ Doenças Infecciosas e Parasit. ³ 8 ³ 1 - 4 anos ³

³ Aparelho Genitourinário ³ 8 ³ 20 - 49 anos ³

³ Gravidez, Parto e Puerpério ³ 7 ³ 20 - 49 anos ³

³ Sist. Nervoso e Órgão dos Sent. ³ 7 ³ 20 - 49 anos ³

³ Pele e Subcutânea ³ 5 ³ 1 - 4 anos ³

³ Outros (atestados, carteiras de ³ 5 ³ 20 - 49 anos ³

³ saúde, queixas sem diagnóstico) ³ ³ ³

³ Doenças glândulas endócrinas, ³ 3 ³ 1 - 4 anos e 20 - 49 anos ³

³ nutrição e metabolismo ³ ³ ³

³ Sistema osteomuscular e conjunt.³ 2 ³ 20 - 49 anos ³

³ Lesões e Envenenamento ³ 2 ³ 20 - 49 anos ³

³ Sangue e órgão hematopoéticos ³ 2 ³ 1 - 4 anos ³

³ Transtornos Mentais ³ 1 ³ 20 - 49 anos ³

³ Aparelho Digestivo ³ 1 ³ 20 - 49 anos ³

³ Anomalias congênitas e afecções ³ < 1 ³ 1 - 4 anos ³

³ do período neonatal ³ ³ ³

³ Neoplasmas ³ < 1 ³ 20 - 49 anos e 60 anos e + ³

À---------------------------------Á-------------------Á---------------------------------Ù

Fonte: FAA Março/92 - Planejamento/SMS

DIAGNÓSTICOS MAIS FREQÜENTES POR FAIXA ETÁRIA - SERVIÇOS BÁSICOS DE SAÚDE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - 2o TRIMESTRE/91

Ú--------------Â---------------------------Â----------------------Â---------------------¿

³ FAIXA ETÁRIA ³ 1a CAUSA ³ 2a CAUSA ³ 3a CAUSA ³

Ã--------------Å---------------------------Å----------------------Å---------------------´

³ 0 ano ³ IVAS ³ Bronquite ³ Puericultura ³

³ 1 - 4 anos ³ IVAS ³ Bronquite ³ Verminose ³

³ 5 - 9 anos ³ IVAS ³ Verminose ³ Bronquite ³

³ 10 - 14 anos ³ IVAS ³ Amigdalite ³ Bronquite ³

³ 15 - 19 anos ³ Outros (Atestados, Cart. ³ IVAS ³ Atraso Menstrual ³

³ ³ Saúde, Queixas sem Diagn.)³ ³ ³

³ 20 - 49 anos ³ Atraso Menstrual ³ HAS ³ Leucorréa ³

³ 50 - 59 anos ³ HAS ³ Diabete ³ ITU/ Artralgia ³

³ 60 anos e + ³ HAS ³ Diabete/IVAS ³ ITU ³

À--------------Á---------------------------Á----------------------Á---------------------Ù

Planejamento/SMS - Março/92

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Ainda aparecem, nos serviços de urgência, atendimentosque deveriam ser realizados em Unidades Básicas de Saúde,aumentando a relação custo/benefício. As atividades médicasnas Unidades Básicas são principalmente curativas,evidenciando a real necessidade da atuação da UBS como portade entrada ao Sistema de Saúde.

As dificuldades quanto à obtenção de dados fiéis(registros de diagnósticos, atestados de óbito) tambémexistem no município de São José dos Campos, principalmentenos dados referentes ao setor privado.

Isto termina por prejudicar a avaliação real dos dadosepidemiológicos, que são muitas vezes obtidos por média, emrelação a tempo e lugar.

REDE DE SERVIÇOS DE SAÚDE:

A) SERVIÇOS PÚBLICOS:

O histórico da evolução da rede municipal pode ser assimresumido:

. Antes de 1971 - Farmácia Comunitária - Casa da Criança(APAE);

. 1971 - Foi criado o FAMME, destinado a prestar assistênciamédica - odontológica, bem como fornecer medicamentos àservidores municipais e seus dependentes;

. 02.02.76 - Criado o Departamento de Saúde Pública;

. 1976 - Primeiras UBS(s) - Bonsucesso, São Francisco Xavier(reativada), Jardim Satélite, Torrão de Ouro, Alto daPonte;

. 1977 - Eugênio de Melo;

. 1978 - PSM "Dr. Carlino Rossi", sob a administração daSanta Casa de São José dos Campos.

. 1979 - Inauguração de 10 Unidades Médico-OdontológicasEscolares em todas as escolas Municipais;

. 1980 - Inaugurações das unidades : UAS, Jardim Oriente,Vila Tesouro, Jaguari, Banhado, Vila São Bento, VilaGuarani, Vila Santa Cruz, Vila Paiva, Chácaras Reunidas,duplicação Jardim Satélite, UBS Vila Nair;

. 1981 - Criação da Secretaria de Saúde e Promoção Humana;

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. 1981 à 1982 -

- Implantação e funcionamento de unidades, sendo que aSecretaria de Saúde contava, no final de 1982, com osseguintes equipamentos de saúde (em número de 122):

- PSM, FAMME, 2 UPA(s), 12 UBS(s), 18 UAS(s), 44 UNIDADESMÉDICAS ESCOLARES E 44 UNIDADES ODONTOLÓGICAS;

- Assinatura do 1º Convênio INAMPS/PMSJC;

. 1983 à 1988 :

- Inauguração UPA Saúde Mental;

- Assinatura do Convênio AIS/PMSJC (03.07.85);

- Assin. do Convênio SUDS (FEV/1988) Municipalização doEstado e do INAMPS;

- Transformação UAS Morumbi e Vila Paiva em UBS;

- Inauguração do Centro do Adolescente; da Unid. Central deSaúde "Maria José Rodrigues"; UBS Vila Tatetuba;

- Reativação Centro Cirúrgico do PSM;

- Transferência do Laboratório Central para prédio próprio.

. 1989 à 1992 :

- Secretaria da Saúde - implantação do SUS - realabsorção do INAMPS e Estado municipalizado - ampliaçãode atendimento secundário: mais profissionais,especialistas, aparelhos, laboratório, leitos (de 50para 135), mais UPA(s) (São Francisco Xavier, Eugêniode Melo, ampliação do Parque); ampliação de atendiemtoprimário: ampliação de UBS existentes e construção denovas UBS.

Atualmente, a Secretaria Municipal de Saúde de São José dosCampos, apresenta o seguinte ORGANOGRAMA.(organograma aseguir)

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ORGANOGRAMA ATUALÚ-----------¿ Ú-----------¿ Ú--------------------¿

³Conselhos ³ ³ Conselho ³ Ú------------¿ | Colegiado de Admi- |

³Gestores deÃ------´ Municipal Ã---------´ SECRETÁRIO Ã------´ nistração e Conse- | Ú-

³Unidades ³ ³ de Saúde ³ À------Â-----Ù | lho de Servidores | ³Serviços Gerais

À-----------Ù À-----Â-----Ù ³ À-------Â------------Ù ³Suprimentos

Ú-----Á-----¿ ³ Ú-----Á------¿ ³Transportes

³ EXECUTIVA ³ ³ ³ EXECUTIVA ³ ³Manutenção

À-----------Ù ³ À------------Ù ³Pessoal

³ ³Finanças

Ú--------------------¿ ³ Ú-------------¿ ³Estatística

³ CONSELHO MUNICIPAL ³ ³ ³ SECRETARIA ³ <--------´Informática

³ DE ENTORPECENTES Ã----------Å-----------´ GERAL ³ ³Assist. Técnica Odontoló

À--------------------Ù ³ À-------------Ù À-

³

Ú--------------------------Â-----------Á----------------------Â----------------------------------¿

Ú--------Á-------¿ Ú---------Á-----------¿ Ú----------Á---------¿ Ú-------Á---

³Depto de Serv.³ ³Depto de Serv. Espe-³ ³Depto de Serv. Emer-³ ³Departament

³Básicos de Saúde³ ³cializados de Saúde ³ ³genciais e Hospit. ³ ³Saúde Bucal

ÀÂ---------------Ù ÀÂ--------------------Ù À-Â------------------Ù À-Â---------

ÚÙ ÚÙ ÚÙ Ú-----Ù

³Ú---------------------¿ ³Ú------------------------------¿ ³Ú----------------------------¿ ³Ú--------------

ô DIVISÃO DE SAÚDE SUL³ ô DIVISÃO FAMME ³ ô DIV DE PRONTO ATENDIMENTO ³ ô DIVISÃO ODONT

³³UBS Satélite ³ ³³Setor Médico ³ ³³Unidade de Pronto Atendimen-³ ³³ ESCOLAR

³³UBS Morumbi ³ ³³Setor de Enfermagem ³ ³³to Parque Industrial ³ ³³Setor de Aten

³³UBS Chácaras ³ ³³Setor de Apoio ³ ³³Unidade de Pronto Atendimen-³ ³³odonto-prevent

³³UBS Parque Industrial³ ³À------------------------------Ù ³³to Alto da Ponte ³ ³³Setor de Odon

³³UBS Jardim Oriente ³ ³Ú------------------------------¿ ²³UPA - S.Francisco Xavier ³ ³³educativa

³³UBS Bq dos Eucaliptos³ ô DIV. UNIDADE DE ESPECIALI- ³ ³³UPA - Eugenio de Melo ³ ³³Setor de Odon

³³UBS Jardim Colonial ³ ³³ DADE I ³ ³À----------------------------Ù ³³escolar curati

³³UBS Campo dos Alemães³ ³³Setor Médico Turno I ³ ³ ³³Monitoria/Supe

³³UBS D.Pedro I (CIAC) ³ ³³Setor Médico Turno II ³ ³Ú----------------------------¿ ³À--------------

³À---------------------Ù ³³Setor Médico Turno III ³ ³³ DIVISÃO HOSPITALAR ³ ³

³Ú---------------------¿ ³³Setor de Enfermagem ³ À´ ³ ³Ú--------------

ô DIV. DE SAÚDE NORTE ³ ³³Setor de Apoio ³ ³ Pronto Socorro Municipal ³ À´ DIVISÃO ODONT

³³UBS Telespark ³ ³À------------------------------Ù À----------------------------Ù ³ COMUNITÁRIA

³³UBS Vila Paiva ³ ³ ³Setor Odontolo

³³UBS Santana ³ ³Ú------------------------------¿ ³munitária Rura

³³UAS Jaguari ³ ô DIV. UNIDADE DE ESPECIALI- ³ ³Setor Odontolo

³³UAS Bonsucesso ³ ³³ DADE II ³ ³munitária Urba

³³UBS Alto da Ponte ³ ³³Unidade de Toxicologia ³ ³Monitoria/Surp

³³UBS Buquirinha ³ ³³Unidade Vig. Epidemiológica ³ À--------------

³³UBS S.F. Xavier ³ ³³Unidade Vig. Sanitária ³

³À---------------------Ù ³³UPTD-Unid.Prev.Trat.Defic. ³

³Ú---------------------¿ ²³Unidade Saúde Trabalhador ³

ôDIV. DE SAÚDE LESTE ³ ³³Unidade Planej. Aval. Controle³

³³UBS Tatetuba ³ ³³Unidade Desenv. R.H.Ed.Saúde ³

³³UBS Nova Detroit ³ ³³Unidade de Estudo e Pesquisa ³

³³UBS Vista Verde ³ ³À------------------------------Ù

³³UBS Tesouro ³ ³

³³UBS Pq. N. Horizonte ³ ³Ú------------------------------¿

³³UBS Santa Inês II ³ ô DIV. UNIDADE DE SAÚDE MENTAL ³

³³UBS Americano ³ ³³Setor Médico Emergencial ³

³³UBS Eugênio de Melo ³ ³³Setor Médico Ambulatorial ³

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³À---------------------Ù ³³Setor de Enfermagem ³

³Ú---------------------¿ ³³Setor de Apoio ³

À´DIV. DE SAÚDE CENTRO ³ ³À------------------------------Ù

³UBS Vila Maria ³ ³Ú------------------------------¿

³UBS Jussara ³ À´ DIV. DE SERV DE DIAGNÓSTICO ³

³UBS Centro I ³ ³Setor de Bioquímica ³

³UBS Centro II ³ ³Setor de Microbiologia ³

³UBS Putim ³ ³Setor de Hematologia ³

³UBS Limoeiro ³ ³Setor de Parasitologia ³

³UBS Jd. Indústrias ³ ³Setor de Emergência ³

³UBS Jd. Granja ³ ³Setor de Diagnóstico/Imagem ³

³UBS Vila Nair ³ ³Setor de Toxicologia ³

À---------------------Ù À------------------------------Ù

A rede física municipal de saúde hoje dispõe de:

. 1 Pronto Socorro com 85 leitos e toda infraestrutura deapoio: Laboratório, Raio X, Salas de Cirurgia, Centrode Controle de Intoxicações, Central de Vagas,Plantão Permanente de Saúde Pública etc.

. 5 Unidades de Pronto Atendimento, somando mais 59leitos, situados em pontos estratégicos. Atendemininterruptamente, realizam pequenas cirurgias, ECGetc.

. 7 Unidades Especializadas de Saúde: 1 Unidade Central deSaúde (FAMME), 1 Unidade de Especialidades (CSI), 1Unidade de Saúde do Trabalhador, 1 Unidade de SaúdeMental, 1 Unidade de Prevenção e Tratamento deDeficiências, 1 Centro de Toxicologia, 1 LaboratórioCentral.

. 33 Unidades Básicas de Saúde, incluindo a UPA de SãoFrancisco Xavier, com mais 5 leitos, que exercematenção primária, preventiva e curativa e desenvolvemos programas de saúde existentes.

. 2 Unidades Avançadas de Saúde

. 1 CECOR (Tecelagem Parayba)

. 1 Ambulatório na FUNDHAS

. 125 Equipos Odontológicos

. 75 Escolas com Consultório Odontológico

. 3 Escolas com atendimento em unidade de vizinhança

. 22 Escolas atendidas por Equipo Transportável

. 1 Equipo Volante

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. 6 Unidades Odontológicas Transportáveis

O quadro de Recursos Humanos é composto por 2.264 pessoas,assim distribuídos:

. Servidores (Estatuto) Munic. 1.858

. Estagiários 30

. Brasanitas (limpeza) 120

. Serviços Prestados 131

. Contratados Por Prazo Determ. 82

. Servidores do Estado 86

. Servidores do INAMPS 107

TOTAL GERAL 2.414

Mar/93

B. SERVIÇOS CONVENIADOS/CONTRATADOS:

As seguintes entidades participam complementarmenteda rede de serviços de saúde do SUS de São José dos Campos:

1. SANTA CASA DE MISERICÓRDIA (Entidade Filantrópica) . Internações/cirurgias/UTI/maternidade . Consultas em especialidades . Acidentes de trabalho . 125 (total de leitos), sendo 75 convênio SUS

2. HOSPITAL PIO XII (Entidade Filantrópica) . Internações/cirurgias/UTI/maternidade . Consultas em especialidades . 98 (total de leitos), sendo 53 convênio SUS

3. HOSPITAL INFANTIL ANTONINHO DA ROCHA MARMO (EntidadeFilantrópica) . Internações . 70 (total de leitos), sendo 55 convênio SUS

4. HOSPITAL POLICLIN (Entidade Privada) . Internações . Consultas em Nefrologia . 119 (total de leitos), sendo 15 convênio STS

5. HOSPITAL FRANCISCA JULIA (Entidade Filantrópica) . Internações . Psiquiatria . 14O leitos por convênio SUS

6. INSTITUTO DE PSIQTIATRIA (Entidade Privada) . Internações . 219 (total de leitos), sendo 18O convênio SUS

7. INSTITUTO VICENTINA ARANHA (Entidade Filantrópica)

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. Internações para pacientes crônicos ou sem condição derecuperação

. 68 (total de leitos), sendo 4O convênio SUS

Outras entidades privadas participam em outros setores, demodo complementar e por convênio, tais como:

1. . Atendimento ambulatorial e emergencial em oftalmologia

2. TOMOVALE . Tomografia computadorizada

3. HOSPITAL PIO XII . Tomografia Computadorizada

4. VALECLIN . Patologia clínica

5. LABORATÓRIO PATOLOGIA CLÍNICA GODOY . Papanicolau e Anatomo Patológico

6. CENTRO DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA . Endoscopia

7. BANCO DE SANGUE DA SANTA CASA . Sangue e hemoderivados

8. CLÍNICA DE RADIOLOGIA BENEDITO CARVALHO . Radiologia contrastada

9. INSTITUTO DE RADIOLOGIA SAMUEL GUACELLI . Radiologia contrastada

1O. INSTITUTO DE FISIOTERAPIA E REABILITAÇÅO . Fisioterapia

11. CLÍNICA DE FISIATRIA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS . Fisioterapia

12. ODONTOCLIN . Odontologia

13. SINDICATO TÉXTIL

14. INSTITUTO RADIOTERAPIA VALE PARAÍBA

Os dados relativos à área de Recursos Humanos dosserviços contratados/conveniados ainda não estão disponíveispara a Secretaria Municipal de Saúde.

C. SERVIÇOS PRIVADOS

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. 7 Laboratórios de Análises Clínicas

. 3 Institutos de Radiologia

. 4 Serviços de Ultrassonografia

. 2 Serviços de Endoscopia

. 2 Serviços de Broncoscopia

. 4 Serviços de Ecocardiografia

. 4 Serviços de Eletroencefalografia

. 2 Serviços de Tomografia

. 5 Serviços de Fisioterapia

. 4 Serviços de Terapia Ocupacional

. 8 Serviços de Fonoaudiologia

. 9 Hospitais (4 com atendimento emergencial)

.119 Entidades que prestam assistência relacionada àsaúde e/ou assistência em geral à população.

. Consultórios e Clínicas privadas.

A Secretaria Municipal de Saúde ainda não dispõe dedados sobre a estrutura física, recursos humanos,equipamentos e produção de serviços dos serviços privados,pelas dificuldades oriundas da falta de relacionamento entreestes serviços e o setor público.

D - DADOS DE PRODUÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS (ANO 1993)

┌───────────────────────────────┬─────────────────────────┐│PRODUÇÃO SERVIÇOS │ QUANTIDADE │├───────────────────────────────┼─────────────────────────┤│. Consultas ambulatoriais │ 424.256 ││. Consultas Especializadas │ 142.987 ││. Consultas Emergenciais │ 306.744 │├───────────────────────────────┼─────────────────────────┤│ T O T A L │ 878.987 │├───────────────────────────────┼─────────────────────────┤│. Atendimentos Enfermagem │ 2.657.953 ││. Internações │ 7.607 ││. Procedimentos Odontológicos │ 1.957.043 ││. Vacinas │ 181.712 │³. Patologia Clínica ³ 255.505 ³│. Imagenologia │ 71.506 ││. Exames Especializados │ 39.967 │³. Consultas Fonoaudiologia ³ 7.991 ³³. Consultas Fisio ³ 6.249 ³³. Terapia Ocupacional ³ 5.315 ³│. Terapias especializadas │ 29.612 ││. Consultas Enfermeira │ 5.107 ││. Consultas Psicólogo │ 7.771 ││. Vigilância Sanitária │ 61.819 ││. Treinamento (pessoas trein.) │ 14.475 │└───────────────────────────────┴─────────────────────────┘

Nota: Os dados de produção dos serviços privados aindanão são disponíveis pelas dificuldades de informação.

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Ú---------------------------------------------------------------------¿

³ Quadro Resumo dos Despesas - 1993 ³

Ã-----------------Â------------------Â-------------Â------------------´

³ USOS ³ MANUTENÇÃO DOS ³ AÇÕES ³ TOTAL ³

³ ³ SISTEMAS ³ CORRETIVAS ³ ³

Ã-----------------Å------------------Å-------------Å------------------´

³ Custeio ³ ³ ³ ³

³ Pessoal ³ 1.341.902.256,53³ ³ 1.341.902.256,53³

³ Outros ³ 782.715.446,82³ ³ 782.715.446,82³

Ã-----------------Å------------------Å-------------Å------------------´

³ Investimentos ³ ³ ³ ³

³ Obras ³ 5.587.526,21³ ³ 5.587.526,21³

³ Equipamentos ³ 15.435.937,88³ ³ 15.435.937,88³

³ Outros ³ 2.330.105,93³ ³ 2.330.105,93³

Ã-----------------Å------------------Å-------------Å------------------´

³ Outras Despesas ³ 358.430,82³ ³ 358.438,82³

³ Saldo Exercício³ ³ ³ ³

³seguinte ³ 85.655.283,63³ ³ 85.655.283,63³

Ã-----------------Å------------------Å-------------Å------------------´

³ TOTAL ³ 2.233.984.995,82³ ³ 2.233.984.995,82³

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Ú---------------------------------------------------------------------¿

³ Quadro Resumo dos Recursos ³

Ã-----------------Â------------------Â-------------Â------------------´

³FONTES ³ MANUTENÇÃO DOS ³ AÇÕES ³ TOTAL ³

³ ³ SISTEMAS ³ CORRETIVAS ³ ³

Ã-----------------Å------------------Å-------------Å------------------´

³ Saldo Exercício³ ³ ³ ³

³Anterior ³ 1.554.307,53³ ³ 1.554.307,53³

³ ³ ³ ³ ³

³ Município ³ ³ ³ ³

³ Rec. Próprias ³ 1.676.323.001,28³ ³ 1.676.323.001,28³

³ Rendimentos ³ 226.545.791,57³ ³ 226.545.791,57³

³ Estado ³ 4.252.394,00³ ³ 4.252.394,00³

³ União ³ 307.623.684,24³ ³ 307.623.684,24³

³ Outras Fontes ³ 17.685.817,20³ ³ 17.685.817,20³

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³ TOTAL ³ 2.233.984.995,82³ ³ 2.233.984.995,20³

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FONTE: Secretaria de Saúde - Apoio Técnico - PMSJC

PRINCIPAIS PROBLEMAS DA SECRETARIA DA SAÚDE:

BÁSICO: INSUFICIÊNCIA E INEFICIÊNCIA PARA SE GARANTIR ODIREITO À SAÚDE DA POPULAÇÃO

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A - INSUFICIÊNCIA GERADA PELA FALTA DE RECURSOS FINANCEIROS:

. MUNICIPAIS: Ainda que seja o maior aporte de rdcursos, com20% do orçamento (entre os maiores do Brasil), poderia sermaior se não fossem os gastos com pagamento de dívidasanteriores e a decrescente arrecadação (baixo IPTU e quedado ICMS).

. ESTADUAL: Baixíssimo ou quase inexistente investimento emsaúde no município.

. FEDERAL: Insuficientes; repasses realizados por produção(ilegalmente).

Insuficiência de recursos financeiros gerando:

- A mais alta defasagem salarial dos últimos anos (já tivemoso maior salário do Brasil há 10 anos atrás);

- Falta de medicamentos e material de consumo;

- Falta de equipamentos;

- Falta de Unidades Básicas e Especializadas;

- Falta absoluta e relativa de leitos hospitalares emespecial nas áreas de: obstetrícia, queimados, UTI neo-natale pediátrica, isolamento, cirurgia eletiva e outros;

- Falta de atendimento em saúde bucal: para adultos e em 35%dos escoleres.

B - INEFICIÊNCIA GERADA POR QUESTÕES DA ADMINISTRAÇÃOMUNICIPAL COMO UM TODO E POR QUESTÕES INTERNAS ÀSECRETARIA DA SAÚDE

I - INEFICIÊNCIAS GERAIS:

- Falta de uma proposta global da administração;

- Desarticulação entre as várias secretarias;

- Centralização excessiva do processo administrativo;

- Excesso de burocracia interna;

- Inexistência de Planejamento Econômico-Financeiro;

- Anacronismo do controle financeiro sem centro de custos,sem informações gerenciais, sem agilidade, sem sistema debaixas automáticas em bloqueios e empenhos, sem definiçãoreal de custos indiretos e de encargos, sem balancetes ágeis,sem orçamento lógico e funcional;

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- Ineficiência do sistema de controle de pessoal desde alentidão de reposição até a de pagamento de horas extras játrabalhadas;

- Ineficiência do sistema de compras;

- Ineficiência nas respostas às questões jurídico-trabalhistas;

- Ineficiência nas atribuições de cada Secretaria comcontradição entre seus papéis;

Falta de compreensão clara entre os papéis dasSecretarias meio e fim;

- CPD incapaz de responder às questões essenciais comogeração de recursos (faturamento da saúde, cadastroimobiliário e de atividades, controle de matariais, centro decustos por unidades, por atividades).

II - INEFICIÊNCIA DE RECURSOS HUMANOS

- Falta de política global de recursos humanos;

- Falta de política de treinamento de pessoal;

- Falta de política salarial;

- Falta de sistema de valorização por mérito no plano decargos e salários;

- Falta de aceitação de uma representação legal paranegociação com os servidores;

- Falta de maior participação dos servidores naadministração;

- Falta de segurança física dos servidores em exercício;

- Falta de preparo do pessoal da saúde;

. técnico específico

. humano

. de política de saúde, reforma sanitária, SUS

. de momento atual da saúde no mundo, no Brasil, em São Pauloe em São José dos Campos

- Baixo rendimento de profissionais de algumas unidades eespecialidades;

- Descompromisso de servidores com os usuários dos serviçosde saúde.

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III - INEFICIÊNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO

- Falta de participação da população da administração geraldo município;

- Falta de participação maior da população na administraçãoda saúde;

- Falta de maior investimento em educação para a saúdecoletiva e individual.

Em Resumo, os principais pontos de estrangulamento são:

- Existe no município um déficit absoluto de 200 leitoshospitalares;

- Carência de serviços especializados e laboratoriais;

- Falta de recursos públicos tanto para o custeio quanto parainvestimentos, obras e equipamentos do Governo Federal eEstadual;

- Dificuldade de contratação de Recursos Humanosespecializados na área de saúde por falta dedisponibilidade no mercado e defasagem salarial;

- Aumento acentuado da demanda aos serviços, sem aumentoequivalente da estrutura de atendimento;

- Falta de política de custeio adequado para o repasse derecursos financeiros ao município pelo Ministério da Saúdee Secretaria Estadual da Saúde;

- Ameaça constante de serviços conveniados restringirem oususpenderem o atendimento, por insuficiência e/ou atrasono repasse de recursos devidos;

- Obras do hospital Municipal (234 leitos) paralisadas porfalta de recursos federais;

- Falta de recursos para edificar ou equipar Unidades deSaúde que absorvam a atual demenda reprimida.

PARTICIPAÇÅO POPULAR:

No município de São José dos Campos a participaçãopopular em Saúde se manifesta através dos vários NUSAC's(Núcleos de Saúde Comunitária) nos bairros, que podem terseus representantes nos CGU's (Conselhos Gestores deUnidade).

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Os NUSAC's discutem seus problemas de Saúde e levamsuas idéias e encaminhamento de solução através dos CGU'se/ou UBS's, e têm seus representantes nas Plenárias de Saúde.O NUSAC é composto por pessoas da comunidade.

Os CGU's são grupos de pessoas da comunidade da Unidadee Administração Central, de forma paritária e tripartide, queparticipa diretamente da administração da Unidade, juntamentecom a chefia da mesma, sendo que os representantes dacomunidade são eleitos por esta mesma comunidade. O CGUdiscute as questões de saúde das comunidades e das Unidades,fazendo sua integração entre a comunidade e a Unidade.

Os CGU's estão implantados em onze Unidades de Saúde enas demais está em fase de implementação.

Tanto o NUSAC como o CGU tem sua representação, porregião (Norte, Sul, Centro e Leste) no COMUS (ConselhoMunicipal de Saúde).

O COMUS é formado por representantes de Instituições,Associações, Sindicatos e outros segmentos da Sociedade, numtotal de 28 membros, sendo 14 representantes de usuários, 7dos prestadores de sdrviços e 7 da administração pública é,portanto, tripartide e paritário.

A Diretoria Executiva é composta por 12 desses 28membros do COMUS e se reúne semanalmente com a SecretariaMunicipal de Saúde. Mensalmente reúnem-se os 28 membros e,trimestralmente, são realizados plenárias abertas àparticipação dos segmentos representados da coletividade emgeral.

3.4.5 - DIRETRIZES, PROGRAMAS E PROJETOS DA SAÚDE

DIRETRIZES GERAIS

- Garantir, como prioridade, serviços essenciais com objetivode intervir na realidade sanitária da área de abrangênciade cada unidade de saúde

- Resolver as questões administrativas adequando-as nasolução dos problemas de um serviço de saúde que tempeculiaridades como a de funcionar 168 horas por semana enão apenas 40 horas como dos demais, e onde as necessidadesde resposta devem ser prontamente atendidas através deprocedimentos específicos e formais simplificados

- Garantir especialidades básicas essenciais, examescomplementares essenciais, medicamentos básicos, leitoshospitalares

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- Garantir maior parte dos recursos do governo federal eestadual, para que o município não fique arcando com amaior parcela dos custos públicos e investindo 20% de seuorçamento em saúde e ainda tendo sérias limitações

- Desenvolver ações de formação continuada e políticasalarial envolvendo pccs específico da saúde que venham agarantir maior fixação dos servidores no serviço público,bem como maior compromisso com o usuário

- Manter a administração colegiada, ampliar a participação doconselho municipal de saúde, continuar implantando osconselhos gestores em cada unidade de saúde, e área deabrangência, de acordo com o preceito da lom

- Garantir espaço de discussão legitimado, em busca daconquista de paridade entre os funcionarios de diferentesvínculos existentes na saúde

- Interceder junto à outros níveis de governo para que se dea implantação real do sus com todas as suas premissastécnicas financeiras e filosóficas: municipalizaçã,descentralização, hierarquização, regionalização,participação, equipe multi-profissional, gratuidade eequidade, educação em saúde, etc

DIRETRIZES ESPECÍFICAS:

- PROGRAMAS GERENCIAIS

- Desenvolver um processo de descentralização de unidadesorçamentárias e financeiras que atualmente estão nonível central para o nível regional; (distritossanitários) com progressão para o nível local,objetivando a conquista da autonomia das unidades desaúde

- Remodelação da estrutura física: ampliação e readequaçãoda rede de atendimento

- Remodelação de suprimentos: readequação do almoxarifadoe central de vacinas, padronização e controle demedicamentos, material de consumo e equipamentos

- Desenvolvimento dos recursos humanos:investimento no servidor da saúde, com o objetivoconstante de promover enriquecimento tecno-intelectualatravés de reciclagens, treinamentos, capacitaçãoespecíficas, cursos e formação de profissionais

- Desenvolvimentos de sistemas informatizados:gerenciamento, controle e avaliação do sus à nívelmunicipal, articulando-os com as unidades de saúde

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alguns módulos como: agendamento, prontuário único,laboratório, vigilância à saúde, hospitalar,odontológico, central de vagas, controle demedicamentos, materiais de consumo e equipamentos,controle financeiro, de compras de recursos humanos

- Planejamento ascendente, participativo e integrado:participação de todos os envolvidos com a saúde,inclusive o usuário, detectando os problemas desde abase e definindo prioridades nas ações de saúde

AÇÕES DE SAÚDE DIRIGIDAS À POPULAÇÃO

A proposta da secretaria municipal de saúde se pauta nanecessidade sentida na população somada ao diagnósticoepidemiológico e grupo de risco comunitárias e ambientais.

Associado a este processo as equipes distritais estarãooferecendo as unidades de saúde na conquista de sua área deabrangência, informações de morbi-mortalidade, autonomiagerencial, infra-estrutura de funcionamento, racionalizaçãode recursos, integração com a comunidade, deliberação deprioridades locais, o que levará as unidades a assumirem oseu papel de autonomia sanitária local, permitindo maioragilidade e eficácia nas ações de saúde.

Dentro desta proposta as ações de vililância em saúdeestariam inseridas de acordo com a realidade local eimplantadas a partir do planejamento ascendente de cadaunidade, ressaltando-se que a intervenção dos casos quecolocam em risco a coletividade deverão ser relacionados emconjunto com o nível central como prioridade absoluta.

- Vigilância em saúde: integrações das ações atualmenteexistentes em vigilância epidemiológica, vigilânciasanitária, ações programáticas, políticas setoriais esadt visando gerar atuação integrada, com equipe que emconjunto com as equipes distritais e nufes, subsidiará eapoiará a ação das unidades de saúde na sua dimensão deautoridade sanitária local.

- Saúde de criança: atendimento clínico, ações preventivase vigilância à saúde em aleitamento materno, banco deleite, teste do pezinho, tro. dri. suplementaçãoalimentar ao desnutrido, para crianças em idade escolare adolescentes e outros grupos de risco de acordo com arealidade e prioridades locais.

- Saúde da mulher: atuação na prevenção do cancerginecológico, pré-natal e planejamento familiar deacordo com planejamento ascendente local.

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- Criação do projeto casulo que contará com as casa dagestante que prestará atendimento secundário dereferência para gestantes de risco e com o centro delactação como referência secundária para a rede desaúde, para incentivo do aleitamento materno, banco deleite e ações preventivas para o recem-nascido de risco.

- Saúde do adulto: assistência integral ao adulto comações em hipertensão arterial, diabetes, doençasrespiratórias e outras de acordo com a realidade local.

- Saúde do idoso: desenvolver ações para a população maiorde 60 anos atividades preventivas-recreativas e controlede grupos de risco de acordo com a realidade local.

- Saúde rural: integrada prioritariamente as unidades desaúde com áreas de abrangência rural desenvolvendo açõeseducativas e preventivas, e curativas em saúde de acordocom prioridades definidas pelos servidores e usuárioslocais.

- PID: desenvolver atendimentno de internação domiciliarcom a equipe volante envolvendo enfermeira, agente desaúde e assistente social que se integrariam aos médicose demais funcionários das unidades de saúde que teriamdemanda prévia específica para o projeto.

- Saúde mental: descentralização visando o atendimentointegral do paciente de saúde mantal, com a criação deunidades em cada distrito sanitário com psiquiatras,psicologos, terapeutas ocupacionais e assistentessociais. criação de leitos dia e oficinas abrigadas,promovendo a desospitalização manicomial. integração coma fundação cultural em programas de reabilitação ereinserção social. criação do pronto socorro em saúdemental integrado à upa do parque industrial.atendimento ao usuário de drogas em conjunto com ocentro de toxicologia e cerem.

- Centro de controle de intoxicações/laboratório detoxicologia: diagnóstico, tratamento e monitoramento dasintoxicações agudas por medicamentos, metais,praguicidas, solventes, drogas de abuso e nos acidentescom animais peçonhentos.

- Laboratório de toxicologia analítica: determinaqualitativa e quantitativamente os intoxicantes,fornecendo elementos para intervenção, monitoramento eprevenção à exposição dos agentes tóxicos.

- Reabilitação: desenvolver ações que em fisioterapia irãogerenciar tanto os serviços privados conveniados como arede pública, criando equipe que para análise dospedidos e encaminhamentos dos mesmos para as clínicas

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conveniadas. nos serviços próprios efetivar uptd comounidade de referência para atendimentos, em reabilitaçãotendo como porta de entrada da fonoaudiologia efisioterapeuta, de complexidade que necessitem deequipes multiprofissional interdisciplinar ficandoequipes de reabilitação a nível regional para trabalhosde orientação e prevenção nas suas áreas dereabilitação.

- Doenças sexualmente transmissíveis, tuberculose ehanseaníane: garantir referência e contra-referênciaentre ações primárias e secundárias objetivando discutirrealidade local e possíveis atuações a nível local.

- Controle de zoonoses: realizar vigilância epidemiológicadas zoonoses, cuja prevalência implique em risco aoindivíduo ou a coletividade.

- Integrar as equipes do centro de zoonoses às ações devigilância em saúde desenvolvidas nas unidades de saúde.

- Saúde do trabalhador: desenvolver fiscalização doambiente de trabalho ações de prevenção, tratamento,reabilitação e readaptação do trabalho que deverão serrealizados de forma integrada aos seguintes órgãos:inss, ersa, drt, sindicatos de trabalho e patronais.

- Hemoterapia/ hematologia: atuando com posto de coleta eunidade transfusional em processo de organização como obanco de sangue objetivando alcançar uma políticaautônoma de sangue para o município. em hematologiaações ambulatoriais de referência envolvendo leito diapara tratamento de quimio e hemoterapia a nívelterciário, hematologia clínica no psm.

- Medicina alternativa: garantir espaços para discussão eorganização das práticas alternativas envolvendoprofissinais capacitados na área, unidades de saúdesensibilizadas e lideranças da comunidade, objetivandofavorecer a efetivação das ações integrando-as àsunidades de saúde.

- Alimentação alternativa: projeto em aberto para serdesenvolvido à partir de demanda local.

- Saúde bucal: para atender as diretrizes deste plano asatividades (procedimentos) em saúde bucal sãodesenvolvidas em graus de complexidade diferenciados,consoante hierarquização própria do sistema,compreendendo a atenção primária, secundária e aterciária descritos à seguir.

- Atenção primária: atividades educativas, proteçãoespecífica para patologias ou grupos etários,

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diagnósticos precoce, tratamento imediato das doençasbucais, com utilização plena de tecnologias apropriadas.

- Atenção secundária e terciária: atividades educativas eproteção específica para grupos etários especiais ou derisco, bem como procedimentos que demandem utilização detecnologias de maior complexidade em ambulatórios deespecialidades, universidades ou hospitais.

- Sistema de trabalho: implantar cursos de capacitaçãotécnica para a equipe de saúde bucal adequado ao modeloassistencial de trabalho coletivo (trabalho a 4 e 6mãos).

PROJETOS

UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE:

- Deverão ser definidas pelas equipes distritais e locaisem conjunto com a população envolvida a partir deplanejamento participativo da sua área de abrangência.localização e caracteristicas da unidade, respeitando oprincípio de plena utilização do recurso físico, humanoinserindo especialistas se necessário de acordo comdiagnóstico de saúde local.

PROJETOS A SEREM DESENVOLVIDOS:

UBS I - Instalação de uma unidade de média complexidadecobrindo uma população num raio de aproximadamente10.000 habitantes.

UBS II - Instalação de uma unidade de maior complexidade:

unidade básica de saúde desenvolvendo ações devigilância à saúde cobrindo uma população deaproximadamente 10.000 a 20.000 habitantes.

UES - Instalação de uma unidade de especialidades de maiorcomplexidade. referência secundaria no atendimentomédico ambulatorial em especialidades, bem comodesenvolvimento de ações de apoio diagnóstico. dotada deexames subsidiarios: raio x simples e contrastado, testeergometricos, ultra-som, ecocardiografias doppler,eletrocardiograma, eletroencefalograma e tratamentoespecializado (fisioterapia, fonoaudiologia, terapiaocupacional e outros).

UPA - Instalação de uma unidade de emergência de médiacomplexidade: unidade de pronto atendimento, que atendeàs necessidades em urgência e emergência, equipada com

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infra-estrutura mínima para atendimento à esta demandamantendo leitos de observação, internação de curtoperíodo, aparelho de raio x, eletrocardiogramas,pequenas cirurgias, plantão 24 horas, ambulância eoutros, sendo referência das unidades básicas regionais,cobrindo uma população estimada de 100.000 habitantes.

HOSPITAIS:

- O município deve contar com um hospital municipal dereferência, com alta complexidade para suporte doshospitais distritais e/ou regionais.

Hospital geral ou regional - estrutura com média complexidadehospitalar, dotado de leitos de internação, centrocirúrgico, recursos diagnósticos e outros, parapopulação de 100.000 a 250.000 habitantes.

Centro de zoonoses - construir centro de zoonoses para criarinfraestrutura às ações preventivas e curativas devigilância epidemiológica em zoonoses.

3.4.6 - DIAGNÓSTICO DA CULTURA

Bases Conceituais - Cultura deve ser vista como uma dimensãodo processo social, da vida e de uma sociedade. Entendidadessa maneira, cultura diz respeito a todos os aspectos davida social e faz parte de todos os contextos sociais.

Entende-se, portanto, como cultura, a construçãohistórica de uma sociedade, seja como concepção, seja comoproduto coletivo da vida humana.

Cultura é uma realidade e uma concepção, que precisa serapropriada em favor do progresso social e da liberdade, paraa superação da opressão e da desigualdade. É a dimensão dasociedade que inclui todo o imaginário que compõe umacivilização, num sentido ampliado, e todas as maneiras comoesse imaginário é expresso.

É uma dimensão dinâmica, criadora, ela mesma emprocesso. Nos dizeres de José Luiz dos Santos, "Cultura é oúnico legado comum de toda a comunidade".

Aproximadamente com 450.000 habitantes, São José dosCampos consagrou-se como um grande centro tecnológico, em quese instalaram simultaneamente peculiares espectros

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populacionais, através de uma urbanização desogarnizada.Constatam-se nas duas últimas décadas, bolsões deagrupamentos sociais cujos perfis e necessidades sócio-economico-culturais são específicos e, portanto,imprescindíveis de ações condizentes a suas realidadeslocais.

Diante desta configuração, a administração da Cultura nomunicípio deve garantir, a partir de diretrizes a seremimplementadaas emergentemente e, efetivadas, ampliadas aolongo do tempo, o acesso aos bens culturais abstratos econcretos a todas as camadas populacionais da cidade.

A atual gestão da Fundação Cultural Cassiano Ricardo,embasada neste diagnóstico suscinto, aprovou, junto aoConselho Deliberativo da instituição, uma ação-mor alicerçadaem três eixos-base que compõem uma política culturalorganizada e organizadora, de presceitos indiscutíveis para aefetivação urgente dos direitos dos cidadãos:

a) - Política de consolidação dos programas, projetos eatividades aprovados pelo Conselho Deliberativo dainstituição, qualificando espaços culturais jáexistentes, gerando novos espaços, interfaciando estesprojetos junto à Ação Cultural Descentralizada,garantindo assim, a otimização do acesso à cultura àscamadas periféricas.

b) - Política de Ação Cultural Descentralizada, embasada empráticas e políticas cujo plano de trabalho garantem oprocesso de ação cultural junto à camadas emergentes dasdiversas regiões e, consequentemente, a instalação depolos culturais, através da criação de Casas de Culturaque, sejam edificadas ou readaptadas, condicionando-seao querer organizado destas comunidades, aos seus perfisculturais, bem como à densidade demográfica da região.

c)- Política de Patrimônio Cultural, que visa o resgate epresentificação permanentes da produção imaginária earquitetônica, como garantia da revisão e reapropiaçãodos valores de cidadania. Para tanto, a Diretoria dePatrimônio Cultural estrutura-se em três eixos:

c.1 - Gestão de documentos e manutenção de arquivopúblico, visando à organização, preservação e acessoà população de interesse do patrimônio documentalpúblico e privado;

c.2- Política museológica, visando ao resgate eatualização permanentes de informações históricoculturais;

c.3 - Política de preservação patrimonial, visando àpreservação e resgate das edificações e ambientes de

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interesse histórico-cultural, efetivando-os para ouso público.

Estruturação administrativa

Aliados o conceito de cultura, o seu diagnóstico no municípioe os eixos de ação necessários para para a efetivação dasdiretrizes reais da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, aatual gestão, retomando a autonomia jurídica da instituição,onde reestabeleceu-se, dentre outros, a competência doConselho Deliberativo na decisão de cargos e salários, aDiretoria Executiva, embasada na diretriz prioritária destagestão, qual seja, ampliação de suas atividades para realacesso das periferias aos bens culturais, aprovou junto aoConselho Deliberativo a criação da Diretoria de PatrimônioCultural, bem como os seguintes departamentos:

a) - Diretoria Presidência:

. Departamento de Imprensa

. Departamento de Produções Audiovisuais

. Departamento de Marketing e Publicidade

. Secretaria Geral.

b) - Diretoria Cultural:

. Departamento de Ação Cultural Descentralizada

. Departamento de Programação

. Departamento de Relações Públicas e Programações Especiais

. Depart. de Estudos, Elaboração e Implantação de Projetos.

c) - Diretoria Administrativa:

. Departamento de Recursos Humanos

. Departamento de Organização e Métodos

. Departamento de Contabilidade

. Departamento de Finanças

. Departamento de Compras

. Departamento de Recursos Materiais

. Departamento Operacional e Serviços

. Assessoria Jurídica.

d) - Diretoria de Patrimônio Cultural, composta dos setores:

. Arquivo Público Municipal

. Museu Municipal.

Corpo Funcional:

A ampliação/qualificação do quadro funcional imprime umaótica correta quanto a uma política de Administração daCultura que não prescinde, condição "sine qua non", do realconceito de bem público. Estudos sofisticados como o doCentro George Pompidour demonstram que para a ótima

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consecução de programas culturais - assinalando em negritoque no caso francês trata-se de produtos e serviçosculturais, exclusivamente consumidos pela classe médiadominante, consagra-se, como excelência de atendimento, aproporção de 01 funcionário para cada 2.000 habitantes. Valeressaltar que este Centro Cultural recebe um público de15.000 pessoas/dia, portanto, rotativo, o que não caracterizaa demanda emergente que vimos registrando e priorizandodentro dos três eixos políticos descritos. No caso europeu, odireito à cultura é uma prática. No caso brasileiro, éemergente a apropriação da cultura como um bem público.

Assim, estima-se que o serviço cultural adequado parauma cidade do porte de São José dos Campos deva comportaratualmente, no quadro funcional, 01 funcionário para cada1.000 habitantes, ou seja, em torno de 450 funcionários,sendo que em 94 a Fundação Cultural Cassiano Ricardo conta emtodos os setores, com 131 funcionários. O setor diretamenteligado aos projetos culturais encontra-se com 38funcionários, o que significaria um atendimento de 11.845pessoas por funcionário.

O histograma anexo configura o crescimento deatendimento da entidade nos últimos anos, constatando-se que,quanto maior as crises econômico-sociais, ética e moral,maior a busca dos indivíduos por instrumentos que minimizemos seus efeitos, sem os quais a saúde social ficacomprometida.

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HISTOGRAMA DE ATIVIDADESFUNDAÇÃO CULTURAL CASSIANO RICARDO

1ªColuna: Atividades nos Espaços Culturais 2ªColuna: Público das Atividades nos Espaços Culturais 3ªColuna: Atividades/Apresentações Grupos Artísticos 4ªColuna: Público nas Atividades/Apresentações dos Grupos Artísticos 5ªColuna: Total de Público

Equipamentos Culturais:

Basicamente para a efetivação de programas especiais eatividades permanentes aprovadas pelo Conselho Deliberativo,a Fundação Cultural Cassiano Ricardo administra ou co-participa dos espaços abaixo enumerados, ressaltando-se quesua grande maioria não pertence à Administração Pública, oque comprova a imprescindibilidade de efetivação/apropriaçãode espaços destinados ao bem cultural:

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A - Espaços culturais pertencentes à Administração Pública

- Teatro Municipal de São José dos Campos: administrado pelaFundação Cultural Cassiano Ricardo, é utilizado paraatividades artísticas de caráter formativo e informativo,abrigando basicamente espetáculos de teatro, dança emúsica, bem como festivais e programas especiais nasdiversas áreas durante todo o ano. Com 510 lugares, já nãocomporta a demanda externa e local.

- Sala Veloso: antigo espaço administrado pela FundaçãoCultural Cassiano Ricardo com demanda semelhante a doTeatro Municipal, hoje cedida à Câmara Municipal,mantendo-se no prédio apenas o Núcleo de Fotografia e deEdição em Vídeo, cujo uso permanente impede suatranferência para outro local.Até sua transferência para a Câmara Municipal, erautilizada para ensaios dos grupos estáveis da FundaçãoCultural, grupos amadores locais, palestras, oficinas ereuniões das Comissões Setoriais.

- Galeria Volpi: espaço anexo ao Teatro Municipal, adaptadopara exposições de artistas plásticos e fotógrafosconsagrados. O espaço é utilizado ainda para palestras,debates, cursos e projeções relacionados aos projetos daFundação Cultural.

- Sala de Vídeo "Grande Otelo": anexa ao Teatro Municipal,adaptada para projeções de vídeo, apresenta umaprogramação diária em dois períodos. A sala é capacitadapara 40 pessoas e tem sido a base para o trabalho daComissão Municipal de Cinema e Vídeo.

B - Equipamentos culturais cedidos, conveniados e/ou alugados

- Cine Teatro Benedito Alves da Silva: com capacidade para259 espectadores, o espaço é utilizado principalmente paraapresentações teatrais, musicais, cinema 35mm e dança.Além disso, atende a demanda de ensaios de grupos amadoresde São José dos Campos, palestras, workshops, cursos,ateliers de gravura e xilogravura. Vem funcionando além desua capacidade.

- Museu Municipal/ Igreja São Benedito: instalado na IgrejaSão Benedito, tombada pelo Condephaat e preservada peloComphac. Além de cumprir sua função religiosa, a igrejaabriga os acervos do arquivo público municipal e do MuseuMunicipal, sendo utilizada também para recitais de músicaerudita. Abriga ainda sala de vídeo do MIS - Museu deImagem e do Som para projeções, palestras, cursos ereuniões das Comissões Setoriais.

- Espaço Cultura "Chico Triste": cedido pelo Sindicato doComércio Varejista, funciona no segundo piso da Galeria

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Pedro Rachid, com seis salas destinadas a ateliers dedesenho e escultura, salas de dança, cursos permanentes,palestras, workshops, ensaios de grupos estáveis, gruposamadores e comunidade em geral.

- Cine Teatro Frederico Ozanan: cedido por cinco anos pelasociedade de Assistência à Cultura Sagrado Coração deJesus, funciona nas dependências da creche Nossa SenhoraAparecida. A reativação do Cine Teatro comportará, além decursos, palestras e workshops, apresentações teatrais,musicais e cinema 16mm. Atualmente já são desenvolvidos,no local, cursos de teatro, oficina de brinquedos, onde ascrianças do orfanato participam intensamente.

- Cine Teatro Santana: encontra-se atualmente em reforma eserá destinado a suprir a demanda do Teatro Municipal eCine Teatro Benedito Alves da Silva, principalmente no quediz respeito a apresentações teatrais, musicais, dança ecinema 35mm. Além disso, abrigará cursos, exposições epalestras, consolidando a Ação Cultural Descentralizada naZona Norte.

- Sede da Fundação Cultural: além de abrigar todo o setoradministrativo da Fundação Cultural, funciona como espaçosmulti-uso destinado ao atendimento dos projetos dainstituição, dos vários segmentos da sociedade civil eprogramações especiais. São realizadas exposições defotografia, artes plásticas e multi-mídia. Sãoprogramados, ainda, shows musicais, palestras, oficinas,cursos, reuniões, seminários, apresentações teatrais ecursos especiais.

C - Equipamentos da Ação Cultural Descetralizada

A Ação Cultural Descentralizada instalou-se, a partir de93, em espaços cedidos (como: escolas, creches, obrassociais) e nas sub-prefeituras de Eugenio de Melo e SãoFrancisco Xavier, onde, a pedido da comunidade, a FundaçãoCultural Cassiano Ricardo alugou o Clube Mantiqueira paraviabilização das intensas atividades. Ações culturais deaprofundamento geraram, em 94, as primeiras definiçõespara a construção da Casa da Cultura da Região Leste, apartir de reivindicação daquela comunidade.Assim, a concretização das metas da atual gestão seráefetivada pela consolidação de espaços culturais centrais(incluindo compra, desapropriação ou apropriação mediantepreservação de uso da sede administrativa atual e outros)mas, sobretudo, através de espaços culturaisdescentralizados, gerado e geridos dentro do âmbitoestritamente requerido pela comunidade, para que não maisperdurem as rupturas e ingerências nas culturas domunicípio, tão predominante na história do país, condiçãoindubitável para que a Cultura seja retomada como fatorb`se do exercício da cidadania.

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A Fundação Cultural Cassiano Ricardo e a Sociedade Civil:

A inter-relação efetiva do setor cultural com segmentos dasociedade é outro item que tem consolidado a FundaçãoCultural de forma irreversível. Entidades de classe, RedeEscolar, SABs, Empresas, Clubes de Serviços, Associaçõesbeneficientes e/ou culturais, setores competentes decultura de diversos município e Estados, bem como açõesinter-secretarias e internacionais são interfacesintrínsecas à administração da Cultura. Além darevalorização do papel da cultura como elemento-mor dedesenvolvimento e engrandecimento de uma civilização,estas parcerias são de suma importância para ocomprometimento e organização da sociedade civil junto àFundação Cultural Cassiano Ricardo, o que garantirá aexecução das diretrizes previstas, a fim de viabilizarmosuma condição de vida mais humana e digna a partir dorestabelecimento dos direitos de todos.

3.4.7 - DIRETRIZES ,PROGRAMAS E PROJETOS DA CULTURA

A - INTRODUÇÃO

Cultura é o conjunto de práticas, técnicas, valores esímbolos que se acumulam e se transmitem de geração àgeração. Cultura pressupõe uma consciência grupal operosa eoperante, gerada na vida presente para os planos do futuro.Nas sociedades densamente urbanizadas, a cultura éinstrumento para uma condição de vida mais humana,dignificante a partir do restabelecimento dos direitos detodos. É, portanto, instrumento-base para o efetivo exercícioda cidadania.

A arte é uma das expressões da Cultura. É suamanifestação mais sublimada, onde o indivíduo redescobre ouamplia seu potencial criativo que, interagindo com seu meiosocial, transforma-o, impulsiona-o, no sentido de mudar oestado das coisas. A arte é contra o conformismo, o subjugo.Por este motivo é que o plano nacional de cultura da décadade 70 dirigiu seu objetivo maior à política patrimonialestanque, distanciada dos indivíduos, estes sendo merosespectadores de um processo histórico fabricadoditatorialmente. Mas a arte, organizada em torno do quererexpresso, confronta-se com o conformismo e exerce sue forçaintrínseca, a da resistência. Assim, a criação, como bemcomum de todos, é instrumento primordial para a transformaçãosocial.

A memória é um dado inerente ao ser humano. Nastradições milenares orientais, tanto quanto nas tribais, a

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memória é fator de manutenção dos valores e sentimentos quecaracterizam as peculiaridades, conhecimentos, símbolos eexpressões que capacitam agrupamentos sociais aoenfrentamento com o meio.

A memória impressa, a memória edificadaarquitetônicamente, a memória oral, são componentes dacultura que vêm, infelizmente, sendo solapados, tanto quantoa arte, pela especulação de interesses imediatistas e pelobombardeamento imagístico, majoritariamente indutor devalores fragmentares da integridade dos indivíduos.

Tanto o que já é passado, quanto o que se produz nomomento presente, são dados a serem registrados comprocedimento organizados e colocados como bens públicos àpopulação.

Resguardada a conceituação ampla de Cultura, suasramificações e seu papel intrinsecamenterevisor/transformador do processo histórico-social, aFundação Cassiano Ricardo, gestão 93/94, a partir dediagnóstico alicerçado em análises à situação social atual -composta de profundos contrastes econômicos e culturais -aprovou junto ao Conselho Deliberativo da entidade trêseixos-base de ação para uma política cultural tão emergentepara o momento presente quanto ao imprescindível para aconstrução de um futuro qualificado:

1) - Política de consolidação de programas, projetos eatividades aprovados pelo Conselho Deliberativo dainstituição, qualificando espaços culturais jáexistentes, gerando novos espaços, interfaciando estesprojetos junto à ação Cultural Descentralizada,garantindo, assim, a otimização do acesso à cultura àscamadas periféricas.

2) - Política de Ação Cultural Descentralizada, embasada empráticas e políticas cujo plano de trabalho garante oprocesso de ação cultural junto às camadas emergentesdas regiões e, consequentemente, a instalação de polosculturais pertinentes às necessidades diagnosticadas, ouseja, a criação de Casas de Cultura que, sejamedificadas ou readaptadas, condicionam-se ao quererorganizado destas comunidades, aos seus perfisculturais, bem como à densidade demográfica da região.As Casas de Cultura a serem edificadas nas regiões,através de ações co-participativas, constituem-se nummarco de profunda transformação histórica no município.Estas edificações, decididas pela comunidade, co-atuandojunto a secretarias afins, efetivam o que é de direitodos cidadãos, ou seja, a apropriação de seus bensculturais. Além de serem fator de instalação definitivado espaço congregador de grupos sociais em torno do

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êxtase da criação, fomenta-se, a partir delas, a realconscientização do que significa o "bem público".

3) - Política de Patrimônio Cultural, que visa o resgate epresentificação permanentes da produção imaginária earquitetônica como garantia da revisão e reapropriaçãodos valores de cidadania. Para tanto, a Diretoria dePatrimônio Cultural estrutura-se em três eixos:

3.1 - Gestão de documentos e manutenção do arquivopúblico, visando à organização, preservação e acessoà população de interesse do patrimônio documentalpúblico e privado;

3.2 - Política museológica, visando o resgate eatualização permanentes de informações histórico-culturais;

3.3 - Política de preservação patrimonial, visando àpreservação e resgate das edificações e ambientes deinteresse histórico-cultural, efetivando-os para ouso público.

B - DIRETRIZES ESPECÍFICAS

- Articular-se com órgãos públicos e privados, de modo aassegurar a coordenação e execução de programas culturais.

- Estimular através de suas possibilidades financeiras etécnicas, o aparecimento de grupos artísticos interessadosem constituir organismos estáveis.

- Conceder auxílio às instituições culturais existentes nomunicípio, no intuito de assegurar o desenvolvimento de umprograma cultural efetivo, a fim de que uma maior parcelada população possa beneficiar-se de suas atividades.

- Manter um Museu Municipal que resgate e garanta ainformação histórico-cultural do município.

- Publicar livros, revistas, folhetos, jornais e outraspublicações destinadas à divulgação de atividades ou decontribuições que interessem a vida cultural do município.

- Promover intercâmbio com instituições culturais, medianteconvênio que possibilite exposições, reuniões erealizações de caráter artístico-cultural.

- Estimular e promover exposições, espetáculos, conferências,debates, feiras, projeções cinematográficas,festejos,eventos populares e todas as demais atividades ligadas aodesenvolvimento artístico-cultural do município.

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- Realizar promoções destinadas à integração social dapopulação, com vistas ao incremento da arte e da cultura.

- Garantir a preservação do patrimônio histórico domunicípio.

- Garantir a gestão de documentos através da manutenção doarquivo público municipal.

- Garantir o acesso democrático aos bens culturais abstratose concretos (estímulo/criação/informação/difusão), atravésda efetivação de Casas Culturais descentralizadas nasregiões.

C - PROGRAMAS E PROJETOS

- Pelo dinamismo administrativo e pela garantia departicipação da comunidade nas decisões da políticacultural do município, é imprescindível a efetivaconsecução das diretrizes previstas na Lei nº3.050/85 decriação da Fundação Cultural Cassiano Ricardo.

- Para a consecução das diretrizes políticas descritas eampliação/qualificação emergente de seus serviços, aFundação Cultural Cassiano Ricardo encontra-se em fasefinal de aprovação junto ao Conselho Deliberativo doorganograma de funcionamento da entidade que garantirá avalorização profissional.

- Comprovadamente, os recursos destinados às atividadesculturais en São José dos Campos são insuficientes,principalmente se for considerado o crescimento e aimportância de suas atividades. Nesse sentido, éimprescindível a garantia em lei do repasse de 3% (trêspor cento) da arrecadação municipal para a entidade, emforma de duodécimos, garantindo, assim, a plena execuçãodas diretrizes ora estabelecidas.

- Devido ao grande número de atividades centrais edescentralizadas, além de uma incomensurável demandaexcedente, constata-se, hoje, um total estrangulamento emrelação aos espaços utilizados pela Fundação Cultural.Nesse sentido, torna-se prioritária a instalaçãodefinitiva, por meio de desapropriação ou preservção deuso, da atual Sede Administrativa, a ser equipada com salade ensaios, alojamento, cinema, auditório, sala deprojeção, laboratório, estudio audio visual, hoje játotalmente utilizada para programações especiaismultiformes.

- Com a implementação das diretrizes culturais em questão, aadequação administrativa é fator fundamental paradinamizar, modernizar e qualificar o atendimento ao SetorCultural, através da informatização e da agilização neste

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atendimento, bem como a ampliação/qualificação do quadrofuncional geral, condição "sine qua non" para uma políticacultural que não pode prescindir do real conceito de bempúblico.

- Pela importância da ação cultural que vem sendodesenvolvida nos bairros da cidade, é imprescindível aimediata implantação de pólos culturais descentralizados,consolidando a demogratização da cultura, através dasCasas da Cultura, com localização, distribuição e porte emconsonância com a densidade e perfis sócio-econômico-culturais das comunidades e com a setorização -"unidadesde planejamento"- e os centros de bairros.

- Dos prédios hoje administrados pela Fundação Cultural,somente dois pertencem à Prefeitura Municipal: TeatroMunicipal e seus anexos (Galeria Volpi e Sala Vídeo), SalaVeloso (hoje repassada à Câmara Municipal).Portanto, torna-se de suma importância mover açõesefetivas de apropriação de espaços para a garantia daampliação e qualificação da vida cultural do município,quais sejam:

. Implementação de uma política de preservação e resgatedas edificações e ambientes de interesse histórico-cultural, com o compromisso efetivo de assegurar aapropriação e uso público desses espaços, utilizando eampliando os instrumentos de preservação; dedesapropriação; de concessão e permutas.

. Inclusão na Legislação do conceito de preservação deuso, visando à manutenção e ocupação de edificações deinteresses públicos e cultural.

. Aplicação da Lei Complementar nº94, de 13 de dezembro de93, que dispõe sobre incentivos fiscais à cultura, parao incremento de instrumentos de preservação deedificações cujas fachadas tenham interesse histórico-cultural, bem como para edificações que sejamcaracterizadas como "preservação de uso".

. Implantação do Sistema de Arquivos do município,conforme previsto pela Lei nº4.438/93, de 29 de setembrode 1993, garantindo-se assim, a preservação dopatrimônio documental público e privado de interessepara a memória da cidade.

. Efetivação de serviços culturais que garantam o direitoà informação, pesquisa e entretenimento através daBiblioteca Municipal.

3.4.8 - DIAGNÓSTICO DO ESPORTE E DO LAZER

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Histórico - Até o ano de 1978, as atividades esportivasdo Município eram geridas por um Setor de Esportes,subordinado à Divisão de Cultura, do antigo Departamento deEducação, Cultura, Esportes e Promoção Social. Foi entãocriada a Coordenadoria de Esportes e Lazer, que tinha comometa a implantação de atividades esportivas nos CentrosComunitários e a organização de eventos esportivos. Em 1986,foi criada a Secretaria de Esportes e Lazer em razão dasnecessidades geradas pelo crescimento da cidade e daconstrução de Centros Esportivos, Quadras de Esportes, alémda busca de uma otimização no atendimento à comunidade.

Bases Conceituais - A Secretaria de Esportes e Lazer tempor objetivos básicos a difusão e implantação de atividadesEsportivas, Recreativas e de Lazer junto a todos os segmentosda população, tendo com princípio os seguintes conceitos:

a) Atividades Esportivas - iniciação esportiva nas diversasmodalidades objetivando a massificação e difusão doesporte como componente da educação geral do indivíduo,bem como a melhoria das condições físicas da população esua socialização através de torneios e competições.

b) Atividades Recreativas - atividades que visam odesenvolvimento do lúdico na criança, no adolescente e noadulto, como forma de combate ao stress, através dejogos, gincanas e brincadeiras, desenvolvidas em conjuntocom as SAB's, escolas infantis e grupos de jovens, com aparticipação de monitores e professores da Divisão deRecreação e Lazer.

c) Atividades de Lazer - eventos e áreas destinadas àprática de atividades tais como: passeio a pé, ciclismo,aeromodelismo, parques infantis, campos de futebol,cursos "faça você mesmo".

Da interação das atividades acima descritas é que surgenossa base conceitual que é a "participação do indivíduo deforma total em todas as atividades esportivas, recreativas ede lazer", visando o desenvolvimento de suas potencialidadescriativas e físicas.

As atividades esportivas, recreativas e de lazer, noMunicípio de São José dos Campos, são desenvolvidas porinstituições públicas representadas pela:

- Delegacia Regional de Esportes e Recreação (SEET);

- Secretaria Municipal de Esportes e Lazer;

- Secretaria Municipal de Educação;

- Secretaria Estadual de Educação, e por um conjunto dequarenta e três (43) instituições privadas, compreendendo

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clubes esportivos, associações desportivas classistas,escolas particulares e academias de ginástica.

As atividades desenvolvidas pela Secretaria de Esportese Lazer são realizadas nas seguintes unidades:

- Centro Esportivo da Casa do Jovem- Centro Comunitário do Alto da Ponte- Ginásio de Esportes da Vila Maria- Centro Comunitário da Vila Industrial- Centro Comunitário de Eugênio de Melo- Centro Comunitário Rural de São Francisco Xavier- Ginásio de Esportes do Novo Horizonte- Centro Comunitário Mário Porto- Centro Esportivo João Carlos de Oliveira- Centro Esportivo Mário Weiss- Centro Comunitário do Jardim Morumbi- Centro Comunitário do Campo dos Alemães- Quadra de Esportes do Parque Industrial- Áreas de Apoio Técnico- Obra Social Célio Lemos- Centro de Recuperação de Drogados- Ginásio de Esporte do Parque Industrial- Ginásio de Esportes do Campo dos Alemães- Ginásio de Esportes da Cidade Jardim.

Nestas unidades, são desenvolvidas as principaisatividades esportivas e de lazer, pelo município, a saber:

- iniciação esportiva nas diversas modalidades: futebol,judô, atletismo, natação, basquetebol e futsal, comatendimento semanal de 6.525 crianças e adolescente;

- ginástica estética feminina: cursos ministrados nosCentros Esportivos, objetivando uma melhoria nas condiçõesfísicas das senhoras e adolescentes, com atendimentosemanal de 1.732 pessoas;

- condicionamento físico para homens e mulheres, visando amanutenção e/ou melhoria da forma física dosparticipantes, com atendimento semanal de 678 pessoas;

- cursos para hipertensos elaborados em conjunto com aSecretaria de Saúde, com exercícios e atividadesespecíficas, com atendimento semanal de 123 pessoas;

- organização de torneios e campeonatos para a comunidade,indústrias e escolas;

- apoio às SAB's, conforme solicitações, no auxílio daorganização de eventos;

- cessão de áreas esportivas para lazer e competições dacomunidade;

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- promoção de ruas de lazer e multilazer no município;

- realização de passeios ciclísticos e passeios a pé;

- apoio a entidades filantrópicas quando da realização deeventos recreativos ou esportivo;

- curso de recreação e lazer junto às SAB's;

- promoção de cursos de especialização para os professoresde Educação Física do Município.

Tais atividades tem se desenvolvidos através de váriosprogramas:

1 - Jogos Regionais e Jogos Abertos do Interior

2 - Jogos Abertos do Interior (Juvenil e infantil)

3 - Jogos das Indústrias (envolvendo 4.000 funcionários em 28modalidades para ambos sexos)

4 - Jogos Estudantis Municipais (envolvendo 8.000 colegiais,mirins e infantis, em 7 modalidades para ambos os sexos)

5 - Jogos do DAME (envolvendo 800 profissionais entreadvogados, dentistas, economistas, engenheiros, médicos eprofessores de educação física, em 8 modalidades)

6 - Colônias de Férias (em conjunto com a SDS, envolvendo15.000 crianças carentes, em 12 centros)

7 - Olimpíadas Inter-SAB's (6.000 participantes, 10modalidades para ambos sexos)

8 - Programa de Férias (em conjunto com a Secretaria deEducação e a Secretaria de Desenvolvimento Social,envolvendo 30.000 crianças)

9 - Projeto Verão (frequência semanal de 20.000 pessoas)

10- Iniciação Esportiva (6.000 participantes na faixa de 7 a17 anos)

11- Multilazer e Rua de Lazer

Situação Atual - Com a construção dos GinásiosPoliesportivos (Vila Maria, Novo Horizonte, ParqueIndustrial, Campo dos Alemães e Cidade Jardim), aspossibilidades de implantação de núcleos para treinamentosaumentaram, possibilitando a continuidade de um trabalho debase que já vinha sendo executado. Porém, as dificuldadesexistentes faziam com que o trabalho sofresse umestrangulamento, com a perspectiva de mais ginásios (2) que

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deverão ser construídos, as possibilidades de trabalhomelhoram e aumentam.

Porém, as construções em si não bastam, pois para que otrabalho melhore e o número de praticantes aumente, há anecessidade de melhorar e reciclar os professores einstrutores no sentido de se especializarem. Para tanto, énecessário dar-lhes oportunidades de participarem de cursosde especialização.

Além disto, é necessário atender as necessidades dosalunos, tais como o transporte, que restringe o número departicipantes no treinamento esportivo e acompanhamentomédico. Porem, é necessário um levantamento sócio-econômico,para se saber as reais necessidades de cada um para obterresultados melhores. É importante, ainda, que osparticipantes possam freqüentar a Escola que esteja próximaao Centro Esportivo ou a sua casa. Com isto, pode-se planejarpara se ter, a médio e longo prazos, trabalhos que permitam amanutenção de equipes de alto nível.

Merecem ainda ser destacados alguns problemas político-administrativos que obstaculizam o pleno desenvolvimento dostrabalhos na área dos esportes e do lazer, a saber:

- falta de entrosamento entre os diversos órgãos públicos eparticulares que tratam do esporte e lazer na cidade;

- ausência de uma política esportiva, visando oaproveitamento dos alunos que se destacam;

- falta de um real conhecimento da condição sócio-econômicadas crianças (alimentação, higiene) que possibilite aadequação da programação das atividades;

- utilização de espaços públicos livres coletivos urbanosexistentes para a construção de escolas, igrejas,hospitais, conjuntos habitacionais, sem a devida reposiçãopor outras áreas, tornando cada vez maior a carência deespaços de lazer;

- falta de definição de um percentual do orçamento municipalpara a Secretaria de Esportes;

- falta de uma complementação alimentar após a práticaesportiva aos mais carentes (merenda esportiva);

- falta de leis municipais complementares à Lei Orgânica doMunicípio, disciplinando o incentivo de empresas aodesporto amador.

A Secretaria de Esportes e Lazer conta com 146funcionários, sendo que destes, trabalham nas atividades-fim,41 instrutores técnicos esportivos, 5 técnicos esportivos, 2

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assistentes técnicos e 11 supervisores. A atual estruturaadministrativa da secretaria, implantada pelas leismunicipais nºs 3939/91 e 3940/91, atende plenamente asnecessidades. Saliente-se ainda, o relacionamento destasecretaria com as Secretarias de Educação, de DesenvolvimentoSocial e a Secretaria de Saúde, com vários programas eatividades realizadas em conjunto, a saber:

1. Secretaria de Educação:

a) cessão de dependências da Secretaria de Esporte e Lazerpara a realização de cursos profissionalizantes;

b) realização de curso para recreação infantil para babásque atuam em creche infantil;

c) doação de merendas para a alimentação de crianças ematividades esportiva;

d) recreação infantil em creches,

2. Secretaria de Desenvolvimento Social:

a) recreação em asilos;b) atividades esportivas em Centros de Recuperação para

Drogados;c) cursos de iniciação esportiva no Centro de Convivência

Profissionalizante;d) iniciação esportiva de judô em favelas;e) iniciação esportiva em orfanato;

3. Secretaria da Saúde:

a) programa anti-drogas como grupo de trabalho do Centro deAdolescente na Casa do Jovem;

b) realização de exames médicos para aulas de ginásticaestética para senhoras;

c) realização de exames médicos para aulas de natação;d) atividades físicas para grupos de hipertensos e

diabéticos em todo o município;e) assistência médica preventiva em nossos eventos e

assistência médica em casos de acidentes em geral;f) palestras e cursos para os professores.

3.4.9 - DIRETRIZES, PROGRAMAS E PROJETOS DO ESPORTE E LAZER

DIRETRIZES

- Implantar programas de atividades que contribuam para amelhoria da qualidade de vida da população que comtempleas seguintes manifestações:

a) DESPORTO EDUCANIONAL - utilizando a ginástica, adança, a recreação educacional, o lazer, os jogos etoda manifestação lúdica do ser humano;

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b) DESPORTO DE PARTICIPAÇÃO - orientação e estímulo juntoà população para a prática voluntária de atividadesdesportivas não formal através de programas derecreação e lazer com participação e gestãocomunitária;

c) DESPORTO DE RENDIMENTO - estabelecimento de políticasde fomento ao desporto não profissional através daconsolidação do Fundo de Apoio ao Esporte Amador eparceria com a iniciativa privada.

- Incentivar para que toda programação de atividadesdesportivas recreativas e de lazer sejamprioritariamente integradas com ações das áreas desaúde, cultura, educação, desenvolvimento social e meioambiente.

- Construir espaço específico para locação da Secretariaque atenda suas necessidades.

- Implantar parques específicos para locação daSecretaria que atenda suas necessidades.

- Implantar parques rústicos nos Centros Esportivos, queatenda às necessidades lúdicas da criança.

- Fixar em 2,5% (dois e meio por cento) o percentual daSecretaria no orçamento COMO FORMA DE CUMPRIMENTO DASDIRETRIZES PROPOSTAS.

PROGRAMAS:

- Programa de recuperação e manutenção das áreas eequipamentos existentes, com perfil ágil e eficiente,para dar suporte ao desenvolvimento das atividadespedagógicas.

- Programa de implantação de novas áreas (equipamentos)com características de uso integrado para atividadesesportivas, culturais, de lazer e de convivência.

- Programa de reestruturação dos equipamentos existentes,visando a ampliação da ofera de serviços da Secretria,junto à população em consonância com as necessidades ecaracterísticas regionais e com a setorização -"unidades de planejamento".

- Programa de integração dos equipamentos e serviçosafins com os demais espaços públicos existentes naregião (escolas, parques, praças)

- Programa de integração com oficinas de recuperação econstrução de materiais para esportes, recreação elazer, através da Secretaria de Educação e FUNDHAS.

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- Programa de informatização visando montagem de banco dedados, controle de almoxarifado, compras, pessoal eimplantação de mala direta.

- Ampliação do programa de férias, integrando atividadesesportivas, recreativas e culturais nos períodos deférias escolares.

- Ampliação do Projeto Verão - abertura das piscinas daSecretaria de Esportes e Lazer e Secretaria de Educaçãoà Comunidade com programas orientados de esportes,recreação e de lazer durante a semana, finais de semanae férias escolares.

- Atendimento à demanda das atividades desenvolvidas nosCentros Esportivos (Unidades), tendo como prioridades autilização do espaço físico existente e a realidade daregião trabalhada.

- Realização de eventos de difusão e de lazer que não seesgotam em si mesmos, favorecendo o desenvolvimento dosparticipantes e a formação de grupos de interesse.

- Implantação de programas de atividades alternativasinformais nas áreas de esportes, ginásticas, danças erecreação.

- Programa de apoio ao esporte escolar, classista e àsequipes representativas da cidade e sua integração comprogramas regulares.

- Programa de complementação alimentar (merenda) para osinscritos nos programas da Secretaria, com ênfase aosBairros em que houver maior carência sócio-econômica.

- Programa de apoio técnico ao desporto não profissionale ligas esportivas.

- Programa de treinamento e reciclagem para todo pessoaltécnico, pedagógico e administrativo.

- Programa de formação de agentes comunitários na área deesportes, recreação e lazer, com perfil demultiplicadores junto a comunidade.

- Ampliação do quadro profissional (administrativo efuncional) visando atender a demanda proposta.

- Programa de comunicação educacional objetivando adivulgação do trabalho efetuado pela Secretaria.

- Programa de comunicação visual abrangente, isto é, emtodas Unidades da Secretaria.

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- Programa de comunicação informativa à população,divulgando locais/horários e atividades desenvolvidaspela Secretaria, assim como os eventos realizados,integrados com outros segmentos.

PROJETOS:

- Reativação e reestruturação do Fundo de Apoio aoEsporte Amador, para a captação de recursos, cujafinalidade consiste na prestação de apoio financeironecessário ao desenvolvimento dos programas voltados aodesporto não profissional.

- Proposta de convênios para elaboração de projetos denovos equipamentos e/ou ampliação dos já existentes, ede convênio com a iniciativa privada para apoio aosprogramas regulares.

- Proposta de ampliação de convênios na área esportiva,com o Governo Municipal da Cidade irmã de KADOMA(Japão), bem como, de outras cidades irmãs, paraparceria em programas nas áreas de nossa competência.

3.4.10 - DIAGNÓSTICO DA HABITAÇÃO

INTRODUÇÃO

"A propriedade urbana cumpre sua função social quandoassegura a democratização do acesso ao solo urbano e àmoradia, adapta-se à política urbana prevista pelo PlanoDiretor de Desenvolvimento Integrado, equipara suavalorização do interesse social e não se torna instrumento deespeculação imobiliária." LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃOJOSÉ DOS CAMPOS - Capítulo IV - Artigo 253.

O plano diretor é requisito constitucional para aaplicação dos instrumentos destinados a conferir umadestinação social a propriedade urbana.

Os planos habitacionais em geral, que tem sidoimplantados nas cidades brasileiras, pelo menos no que serefere à baixa renda, se restringiram a tentar minimizar odéficit habitacional a partir de construção de unidadeshabitacionais, reduzindo o problema à questão da casa própriae ignorando a dinâmica que rege essa realidade.

Ocorre que a Habitação no meio urbano não pode estarrestrita a um acréscimo no número de domicílios da cidade,devendo também ser pensada em função da dotação deequipamentos urbanos e comunitários, além da ampliação doatendimento através dos serviços públicos e do setor privado.

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A não integração das habitações à estrutura da cidade,de forma a permitir o acesso aos bens e serviços que estaoferece, traz como consequência a existência de inúmerasáreas residenciais carentes, transformando o que deveria serum programa habitacional, num meio de degradação urbana e dascondições de vida da população.

A moradia deve ser portanto, um dos meios que propiciaao indivíduo o exercício pleno de cidadania.

A inexistência de uma política habitacional queacompanhasse o processo de urbanização do município, aliadoàs altas taxas de crescimento demográfico e a perda de poderaquisitivo da população, contribuiram para o aumento dacarência habitacional.

Os dados da pesquisa de instrumentação realizada pelaPrefeitura Municiapal em 1992, apontaram que 72% dosdomicílios de São José dos Campos são de propriedade dosmoradores. Este fato não implica em que essas famíliasestejam morando em condições satisfatórias e que apenas 28%deva ser considerado como demanda pelo poder público.

Nesta pesquisa constatou-se que das 109.280 famíliasentrevistadas, 106.420 residem em domicílios, o que demonstraque 5.800 famílias vivem em condições de coabitação, ou seja,mais de uma família morando em um único domicílio. (Quadro I)

Constatou-se ainda que das 30.580 famílias que nãodispõem de moradia própria, 69,5% delas situam-se na faixa derenda até 10 salários mínimos, residindo em moradiasalugadas, cedidas ou em favelas (Quadro II).

QUADRO I -SITUAÇÃO DE MORADIA CONFORMA NÚMERO DE RESIDENTES

Ú--------------------¿

³ coabitação ³

Ú--------------Â-----------Å---------Â----------Å------------¿

³ famílias³ ³ ³ tres ³ ³

³ residentes³ uma ³duas ³ e mais ³ total ³

³ Ã------Â----Å----Â----Å----Â-----Å-------Â----´

³situação ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³de moradia ³ no ³ % ³ no ³ % ³ no ³ % ³ no ³ % ³

Ã--------------Å------Å----Å----Å----Å----Å-----Å-------Å----´

³alugada ³ 19970³18,8³580 ³22,3³580 ³ 7,7 ³ 20570 ³18,8³

³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³cedida ³ 8150³ 7,6³ 60 ³2,3 ³ 20 ³ 7,7 ³ 8320 ³ 7,5³

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³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³favela ³ 1680³ 1,6³ 40 ³1,5 ³ 20 ³ 7,7 ³ 1740 ³ 1,6³

³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³outros ³ 40³ - ³ - ³ - ³ - ³ - ³ 40 ³ - ³

³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³própria ³ 62340³58,6³1800³69,2³ 120³ 46,1³ 64280 ³58,8³

³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³em aquisição ³ 14220³13,4³120 ³4,6 ³ 80 ³30,8 ³ 14420 ³13,2³

³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³ ³

³TOTAL ³106400Ã100 ³2600³100 ³260 ³100 ³ 109280³100 ³

À--------------Á------Á----Á----Á----Á----Á-----Á-------Á----Ù

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QUADRO II - RENDA FAMILIAR CONFORME SITUAÇÃO DA MORADIA

Ú-----------------Â-----------Â----------Â---------Â----------Â---------Â---------¿

³Renda SIT. ³ ALUGADA ³ CEDIDA ³ FAVELA ³ OUTROS ³ TOTAL ³ % SOBRE ³

³Familiar MORADIA³ ³ ³ ³ ³ ³ TOTAL ³

Ã-----------Â-----Å-----------Å----------Å---------Å----------Å---------Å---------´

³ ³ Nº ³ 3.110 ³ 2.870 ³ 1.120 ³ 20 ³ 7.120 ³ ³

³ até 3 Ã-----Å-----------Å----------Å---------Å----------Å---------´ 23,3% ³

³ sal. min. ³ % ³ 43,7%³ ³ ³ ³ 100,0%³ ³

Ã-----------Å-----Å-----------Å----------Å---------Å----------Å---------Å---------´

³ ³ Nº ³ 3.420 ³ 1.770 ³ 320 ³ 20 ³ 5.530 ³ ³

³ 3 a 5 Ã-----Å-----------Å----------Å---------Å----------Å---------´ 18,1%³

³ sal. min. ³ % ³ 61,8%³ 32,1%³ 5,8%³ 0,4%³ 100,0%³ ³

Ã-----------Å-----Å-----------Å----------Å---------Å----------Å---------Å---------´

³ ³ Nº ³ 2.890 ³ 1.290 ³ 120 ³ - ³ 4.300 ³ ³

³ 5 a 7 Ã-----Å-----------Å----------Å---------Å----------Å---------´ 14,1%³

³ sal. min. ³ % ³ 67,2%³ 30,0%³ 2,8%³ _ ³ 100,0%³ ³

Ã-----------Å-----Å-----------Å----------Å---------Å----------Å---------Å---------´

³ ³ Nº ³ 3.260 ³ 980 ³ 80 ³ - ³ 4.320 ³ ³

³ 7 a 10 Ã-----Å-----------Å----------Å---------Å----------Å---------´ 14,1%³

³ sal. min. ³ % ³ 75,5%³ 22,7%³ 1,8%³ - ³ 100,0%³ ³

Ã-----------Å-----Å-----------Å----------Å---------Å----------Å---------Å---------´

³ ³ Nº ³ 5.020 ³ 940 ³ 100 ³ - ³ 6.060 ³ ³

³ 10 a 20 Ã-----Å-----------Å----------Å---------Å----------Å---------´ 19,8%³

³ sal. min. ³ % ³ 82,8%³ 15,5%³ 1,7%³ _ ³ 100,0%³ ³

Ã-----------Å-----Å-----------Å----------Å---------Å----------Å---------Å---------´

³ ³ Nº ³ 1.490 ³ 180 ³ - ³ - ³ 1.670 ³ ³

³ 20 a 30 Ã-----Å-----------Å----------Å---------Å----------Å---------´ 5,5%³

³ sal. min. ³ % ³ 89,2%³ 10,2%³ - ³ - ³ 100,0%³ ³

Ã-----------Å-----Å-----------Å----------Å---------Å----------Å---------Å---------´

³ ³ Nº ³ 1.380 ³ 200 ³ - ³ - ³ 1.580 ³ ³

³ + de 30 Ã-----Å-----------Å----------Å---------Å----------Å---------´ 5,2%³

³ sal. min. ³ % ³ 87,3%³ 12,7%³ - ³ - ³ 100,0%³ ³

Ã-----------Å-----Å-----------Å----------Å---------Å----------Å---------Å---------´

³ ³ Nº ³ 20.570 ³ 8.280 ³ 1.740 ³ 40 ³30.580 ³ ³

³ TOTAL Ã-----Å-----------Å----------Å---------Å----------Å---------´ 100,0%³

³ ³ % ³ 67,0%³ 26,0%³ 5,0%³ 0,4%³ 100,0%³ ³

À-----------Á-----Á-----------Á----------Á---------Á----------Á---------Á---------Ù

Dentre as diversas situações de moradia apresentadaspela pesquisa, deve-se destacar aquelas situadas na periferiada área urbana, localizadas na região mais central e na árearural, mas que não usufruem do direito à cidade, tratando-sede assentamentos habitacionais precários, sem regularizaçãourbanística e/ou fundiária, excluídos do processo deurbanização da cidade. Incluem-se aí os loteamentosirregulares, as favelas, os cortiços e outros, que fazemparte da cidade real (incluindo o informal) em contraposiçãoa cidade legal (formal).

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A implementação de uma política habitacional quepossibilite o acesso democrático à cidade deve ser associadaà política de desenvolvimento urbano abrangente e para tanto,faz-se necessário trabalhar com a cidade real e não só com acidade legal.

QUADRO HISTÓRICO

Em meados da década de 70 concomitantemente ao aumentodo contingente populacional de São José dos Campos, tiveraminício as primeiras ações do poder público municipal na áreada Habitação, com a realização da 1º pesquisa paraidentificar o déficit habitacional realizado em 1974. Aperspectiva de intervenção neste primeiro momento é deerradicar algumas favelas para viabilizar a execução de obrasdo sistema viário na área central, assim como mais ao finalda década a construção do Paço Municipal, edifício sede daPrefeitura. Desta forma, conseqüentemente foram sevalorizando as áreas contíguas às obras, ao mesmo tempo quese removiam os moradores de favelas para as regiõesperiféricas do município.

Em ddcorrência da desapropriação para a execução daatual Avenida Teotônio Vilela(Fundo de Vale), é concluído em1976 o Conjunto Residencial Torrão de Ouro, de padrãopopular, construído para atender parte da população residentena "favela da Linha Velha" através de um sistema dehabitações de ocupação provisória.

Já no final desta década, a cidade vivia um momentosignificativo de sua hitória, momento este de reconquista daautonomia política. Até então, o município era consideradoestância climática, sendo seus prefeitos nomeados peloGoverno Federal. Este período é marcado pelo acirramentocrescente da crise habitacional em nível nacional e local. EmSão José dos Campos o déficit de moradias estimado em outubrode 1978 constava de 12.000 unidades para famílias comrendimento de até 05 salários mínimos.*

Em 14.12.78 através do Decreto 2783/78 foi instituído oGrupo de Trabalho para Assuntos Habitacionais, constituídopor representantes dos Departamentos de Planejamento, Obras,Jurídico e Promoção Social, elaborou o Programa deDesenvolvimento na Área Específica de Habitação Popular.

Em 1979 é criada a Empresa Municipal de Habitação S.A.-EMHA, através da lei nº 2.177/79 de 25 de abril de 1979. AEMHA tinha como proposta executar programas de financiamentode lotes urbanizados e de casas populares através do SFH/BNH- ProtiUrb, para atender a demanda da faixa salarial atéaproximadamente 10 salários mínimos.

* Fonte - "Com vistas a um Programa de Habitação Popular em São José dos Campos".

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Em maio de 1979 é concedido à administração municipal omandato de imissão de posse da área declarada de utilidadepública através do Decreto 2.772/78, situada entre o JardimMorumbi, Jardim Colonial e Bosque dos Eucaliptos, conhecidacomo "Campo dos Alemães", perfazendo uma área de 2.132.600,00m2.

A área do Campo dos Alemães pela sua distância do centroda cidade não contava com nenhum tipo de infraestrutura, oque implicou, ao longo do tempo, na necessidade de grandesinvestimentos por parte do Poder Público. Foram construídoscom recursos próprios da Prefeitura nesta época, 850 embriõeshabitacionais, denominado conjunto habitacional ElmanoFerreira Veloso. Não dispondo de infra-estrutura básica parao atendimento desta população.

Paralelamente foi implementado o Conjunto HabitacionalNosso Teto do Putim, no Bairro da Pernambucana.

Após a implantação do Conjunto Elmano Ferreira Veloso, oprograma habitacional do município foi paralizado, sendoretomado a partir de 1987 com o projeto de ocupação da árearemanescente, através do Programa de lotes urbanizados doCampo dos Alemães I e II a ser implantado com os recursos daPrefeitura Municipal, sob a administração da UrbanizadoraMunicipal - URBAM, empresa de capital misto.

Os lotes destinavam-se a atender uma demanda com rendade até 03 salários mínimos, que se encontrava incluída nocadastro do programa habitacional, nesta época já com 13.700famílias inscritas. Estava prevista a construção da casaatravés do sistema de autoconstrução, custeada pelos própriosmoradores. A liberação desses lotes foi se dando à medida quese executava a infraestrutura mínima (terraplenagem, água eenergia elétrica domiciliar).

O programa original previa apenas a instalação de lotesurbanizados, porém em 1990 foi alterado para a construção dedois conjuntos habitacionais horizontalizados. Os conjuntosdenominados D. Pedro I com 2.000 unidades comercializado em1991 e o D. Pedro II com 1777 unidades (não comercializadoaté abril de 1994), que foram financiados respectivamentepelo Governo Federal através do Plano de Ação Imediata e doGoverno do Estado de São Paulo, através da Companhia deDesenvolvimento Habitacional e Urbano - CDHU.

Cabe destacar que os atendimentos realizados peloPrograma de Lotes Urbanizados do Campo dos Alemãesrealizaram-se a partir de uma concepção de Programa que nãoprevê a participação popular no processo de planejamento eexecução do mesmo.

Além destes programas, o Poder Público Municipal moveualgumas ações complementares com intúito de minimizar o

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deficit habitacional do município. Através da Lei Municipalnº3.721 de 25 de janeiro de 1990 (uso e ocupação do solo),foram instituídos quatro tipos de loteamentos diferenciadosquanto à infra-estrutura exigida, tamanho de lotes epercentualde áreas Públicas; sendo que os tipos "C" e"D"destinam-se ao atendimento da demanda de baixa renda.

Em 1992 foi elaborado o projeto de execução dareurbanização da Vila Abel, área ocupada com habitaçãosubnormais, onde residem 31 famílias em 24 domicílios.

Em 1993 foram elaborados os projetos de ampliação doconjunto habitacional Nosso Teto (Putim) e de relocação dasFavelas Salinas/Caparaó.

Entende-se portanto que a intervenção do poder públicoao longo deste perído foi marcado por ações pontuais não seconfigurando numa política habitacional, que viesse aresponder às necessidades da demanda no município.

Na elaboração de uma nova política habitacionalMunicipal é fundamental que esta avance em relação aospadrões impostos pelo BNH e posteriormente pela CEF e outrosórgãos, que não consideraram os aspectos sócio culturais naproposição de programas habitacionais, além da gestãocentralizada emanada de Brasília e operacionalizada pelasCOHABs e secretarias estaduais e órgãos municipais dehabitação. Salvo raríssimas exceções, não há uma articulaçãoentre política urbana e política habitacional, o que seconsubstância:

-na ausência de canais para a participação popular nagestão dos recursos e da política habitacional;

-na exclusão dos usuários ao se conceber programas eprojetos;

-na concepção da unidade pronta como a única forma deacesso à moradia;

-na adoção de soluções padronizadas e uniformizadas;

-na implantação de programas em periferias incentivando aespeculação imobiliária nas faixas intermediárias dacidade;

-o não atendimento das demandas da cidade real através daprodução habitacional pública.

A política habitacional do município deve ser concebidadentro da realidade local. Portanto, deve-se descartarmodelos prontos e trabalhar na perspectiva da heterogeneidadede intervenções, a partir de princípios básicos como:

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a)reconhecimento da dinâmica da cidade real;b)participação popular;c)garantia da qualidade dos empreendimentos.

3.4.11 - DIRETRIZES, PROGRAMAS E PROJETOS DA HABITAÇÃO

DIRETRIZES:

- viabilizar o acesso ao solo urbano e à moradiaespecialmente à população de baixa renda;

- instituir canais de participação popular, tanto na gestãoda política habitacional como nas diversas etapas dosprogramas: concepção, decisão, implementação, avaliaçãopós ocupação;

- garantir recursos necessários à execução de estudos, eprogramas, através do processo de discussão do orçamentomunicipal e na busca de recursos junto a órgãos estaduais,federais e internacionais e outras formas alternativas.

- incentivar a iniciativa privada para a construção deunidades habitacionais para a população de baixa renda;

- promover a participação de instituições de pesquisa e deensino, firmando convênios, com o objetivo de produzir oconhecimento, sistematizar as experiências, e transferirconhecimentos básicos a órgãos municipais e à população emgeral;

- assegurar o direito à arquitetura nos programas dehabitação popular;

- rever a legislação de edificações, segurança, parcelamentodo solo e de habitação de interesse social, visandodiminuir exigências burocráticas individuais e aperfeiçoaras que se referem à qualidade de vida coletiva urbana;

- rever as disposições sobre infrações e penas, propiciando àfiscalização municipal a concretização de ações rápidas eenérgicas, na busca da melhoria da qualidade de vidacoletiva urbana e no controle à degradação do meio físicoambiental.

Embasar a política Habitacional nos seguintes instrumentos:

. Conselho Municipal de Habitação

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O conselho é um órgão colegiado que tem a finalidade deassegurar a participação da comunidade na elaboração eimplementação de programas habitacionais de interesse social,sendo este um canal institucional de participação popular. Nocaso de São José dos Campos o Conselho e o Fundo Municipal deHabitação foram criados através da lei no 4495/93, de 16 dedezembro de 1993. Fazem parte da composição do Conselhorepresentantes de:

-favelas;-loteamentos clandestinos e/ou irregulares;-moradores por regiões (norte, sul, leste e centro);-Câmara Municipal;-Poder executivo;-sindicato de trabalhadores;-sindicato da industria da construção civil;-engenheiros e arquitetos e;-OAB.

. Fundo Municipal de Habitação:

O Fundo Municipal de Habitação é destinado a propiciarapoio e suporte financeiro necessários à consecução dapolítica habitacional de interesse social priorizando apopulação de baixa renda. O Fundo será gerido pelo ConselhoMunicipal de Habitação.

Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS)

São áreas delimitadas do território municipal comdestinação específica e normas próprias de uso e ocupação dosolo destinada primordialmente implantação de programas eprojetos habitacionais de interesse social.

A ZEIS tem como objetivo, recuperar áreas degradadas,corrigindo situações de risco ocasionados por ocupações deforma irregular, estabelecendo condições mínimas dehabitabilidade; induzir a ocupação dos vazios urbanos de modoa ampliar a oferta de terra para a moradia; incorporar àcidade os assentamentos habitacionais de baixa renda jáexistentes; fixar a população residente, criando mecanismosque impeçam processos de expulsão indireta decorrente davalorização jurídica e urbanística.

- nos instrumentos elencados no item 3.4.2 que trata daPolítica de Ocupação Urbana:

-solo criado;-operações interligadas;-operações urbanas;

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-IPTU prograssivo no tempo;-parcelamento ou edificação compulsória.

PROGRAMAS E PROJETOS:

-construção de conjuntos habitacionais através de sistemasde mutirão, autoconstrução assistida tecnicamente, porempreiteiras e sistema misto;

-produção de lotes urbanizados em áreas com infraestruturaurbana;

-recuperação fisica de áreas urbanas degradadas ocupadaspor favelas, cortiços e loteamentos clandestinos eirregulares;

-urbanização de favelas;

-elaboração e implantação do plano de regularizaçãourbanística e fundiária em favelas, loteamentosclandestinos e irregulares;

-criação do banco de terras destinado à habitação popular;

-implantação do plano de gerenciamento e recuperação deáreas de risco;

-reformulação da lei de parcelamento e uso do solo e docódigo de obras adequando-os à realidade local;

-elaboração de lei específica sobre habitação de interessesocial;

-implantação de sistemas de financiamento baseados emcritérios sociais compatíveis com a realidade dapopulação beneficiada;

-criação e regulamentação das ZEIS;

-implantação de programas e elaboração de projetos deacordo com as deliberações do Conselho Municipal deHabitação.

3.5 - FINANÇAS MUNICIPAIS

3.5.1- DIAGNÓSTICO DAS FINANÇAS PÚBLICAS MUNICIPAIS

Após a Constituição de 1988 os municípios passaram avalorizar mais os seus recursos próprios no caminho dediminuírem a dependência dos governos Estadual e Federal.

A própria Constituição (dentro desse espírito) previu acriação de mais dois tributos municipais (ITBI e IVV) e,

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mesmo com o aumento nas Transferências de ICMS, IPVA e FPMos encargos sociais transferidos para os municípios superamde longe o incremento da receita. Como exemplo destasituação, especificamente no município de São José dosCampos, o poder público local responsabiliza-se por cerca de2/3 dos recursos necessários para custear a merenda escolarda rede pública de ensino. O mesmo se verifica na Saúde emrelação ao SUS, onde se demonstra facilmente que os encargosforam, em geral, maiores que as transferências de receita.

Neste sentido o que cabe aos municípios como item deação para solução de seus graves problemas sociais vem a sero incremento de suas receitas próprias.

Dada sua pujante base industrial, São José dos Campostem como principal fonte de receita as transferências doICMS. Isto decorre fundamentalmente do alto valor adicionadogerado no município que nos posiciona em 4o. lugar no estado,atrás apenas das cidades de São Paulo, São Bernardo do Campoe Guarulhos (Quadro I) conforme dados referentes ao ano de1992. Na distribuição do ICMS que cabe aos municípios,ficamos em 5o. lugar, atrás dos três municípios citadosanteriormente e do município de Campinas (Quadro II).

QUADRO I

CLASSIFICAÇÃO POR VALOR ADICIONADO - 1992 - US$ Milhões───────────────────────────────────────────────────────

ORDEM CIDADE VALOR %─────────────────────────────────────────────────────── 01 SÃO PAULO 26.371 24,60% 02 SÃO BERNARDO DO CAMPO 5.145 4,80% 03 GUARULHOS 4.195 3,91% 04 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 3.717 3,47% 05 CUBATÃO 3.291 3,07% 06 CAMPINAS 3.143 2,93% 07 PAULÍNIA 2.650 2,47% 08 SANTO ANDRÉ 2.389 2,23% 09 MAUÁ 1.756 1,64% 10 BARUERI 1.628 1,52% 11 JUNDIAÍ 1.567 1,46% 12 DIADEMA 1.565 1,46% 13 SÃO CAETANO DO SUL 1.420 1,33% 14 OSASCO 1.292 1,21% 15 SOROCABA 1.234 1,15% 16 RIBEIRÃO PRETO 1.098 1,02% 17 SUZANO 1.030 0,96% 18 SANTOS 990 0,92% 19 AMERICANA 935 0,87% 20 PIRACICABA 740 0,69% 21 MOGI DAS CRUZES 723 0,67%

───────────────────────────────────────────────────────T O T A L (625 MUNICÍPIOS) 107.191 100,00%───────────────────────────────────────────────────────

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QUADRO II

COTA PARTE DO ICMS - 20 MAIORES PARTICIPAÇÕES──────────────────────────────────────────────────────

MUNICÍPIO ÍNDICE(%) INICIAL FINAL

──────────────────────────────────────────────────────

SÃO PAULO 26,87874067 25,87395076SÃO BERNARDO DO CAMPO 4,04892249 3,87462756GUARULHOS 3,37445799 3,22855977CAMPINAS 2,76465049 2,66000688SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2,74400304 2,62565862CUBATÃO 2,17210232 2,07034686SANTO ANDRÉ 2,16280722 2,07568160PAULÍNIA 1,89278399 1,80224361MAUÁ 1,51368964 1,44511422DIADEMA 1,36640544 1,30620230OSASCO 1,34686330 1,29610203JUNDIAÍ 1,27155527 1,21840272BARUERI 1,23436068 1,17756010SANTOS 1,22554439 1,19583305SÃO CAETANO DO SUL 1,18758271 1,13312200SOROCABA 1,13875356 1,09222206RIBEIRÃO PRETO 1,06903914 1,04777910SUZANO 0,81435301 0,77911265AMERICANA 0,76838941 0,73606305PIRACICABA 0,70224478 0,70814067

──────────────────────────────────────────────────────T O T A L 59,67724954 57,34672961──────────────────────────────────────────────────────

O valor adicionado tem o maior peso na determinação daparticipação de cada município no bolo que cabe aos mesmos.Do total arrecadado pelo Estado de São Paulo, 75% permanecemcom o próprio Estado e 25% são repassados aos municípios.

Para 1994 o nosso índice de participação apuradoinicialmente foi de 2,74400304%. Com a mudança do critério,fixado pela Lei Estadual de no. 8510 de 29 de dezembro de1993, o índice reduziu-se para 2,62565862%.

Pelo novo critério, foi reduzido o peso do valoradicionado na composição do índice, que passou de 80% para

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76%. Áreas cultivada, inundada e sob proteção ambiental estãosendo consideradas na composição do novo índice (Quadro III).Mesmo assim, em relação ao apurado para 1993, 2,38832606%tivemos um crescimento substancial.

QUADRO III

CRITÉRIO PARA APURAÇÃO DO ÍNDICE DEPARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS PAULISTAS NA

COTA-PARTE DO ICMS─────────────────────────────────────────────

CRITÉRIOITENS ANTERIOR ATUAL─────────────────────────────────────────────

VALOR ADICIONADO 80,0% 76,0%POPULAÇÃO 13,0% 13,0%RECEITA PRÓPRIA 5,0% 5,0%VALOR FIXO 2,0% 2,0%ÁREA CULTIVADA 0,0% 3,0%ÁREA INUNDADA 0,0% 0,5%ÁREA PRESERVADA 0,0% 0,5%

─────────────────────────────────────────────

Este crescimento foi b`sicamente fruto de um trabalhodesenvolvido pela Secretaria da Fazenda, que, através de umtreinamento intensivo de seu pessoal próprio, teve condiçõesde promover uma fiscalização mais apurada na documentaçãoentregue pelas empresas ao Fisco Estadual (DIPAM/DEME).Assim, entendemos que a ampliação desta receita doravante,ocorrerá basicamente em função da expansão do nível deatividade econômica, ou através da instalação de novasempresas em São José Dos Campos.

O Quadro IV demonstra a importância do ICMS na receitado município, cerca de 58%,previsão para 1994. Além do pesosignificativo do ICMS, este mesmo Quadro demonstra também oquanto o município depende das transferências estadual efederal. A pálida participação das receitas tributáriaspróprias na atual estrutura da receita, indica que este deveser um ponto a ser melhor trabalhado.

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QUADRO IV

ESTRUTURA DA RECEITA─────────────────────────────────────RECEITA PRÓPRIA 30,0%

IPTU/TAXAS 13,0%ISSQN 6,0%IVV 3,0%ITBI 1,4%OUTRAS 6,6%

TRANSFERÊNCIAS ESTADUAIS 60,0%

ICMS 58,0%IPVA 1,5%FUNDESP-MERENDA ESCOLAR 0,5%

TRANSFERÊNCIAS FEDERAIS 10,0%

CONVÊNIO SUS 3,0%FPM 3,0%OUTRAS 4,0%────────────────────────────────────

Isto fica mais claro quando tomamos o valor adicionadonos principais municípios paulistas como "PROXI" do PIB percapita e observamos que São José dos Campos ocupa a 6a.posição (Quadro V) neste ranking e, no entanto, apenas a 15a.posição na classificação por receita própria per capita(Quadro VI).

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QUADRO V

CLASSIFICAÇÃO POR "PIB" PER CAPITA - 1992───────────────────────────────────────────────────────────

VALOR "PIB" CIDADE ADICIONADO POPULAÇÃO PER CAPITA

US$ Mil US$───────────────────────────────────────────────────────────

PAULÍNIA 2.649.559 36.603 72.386CUBATÃO 3.290.966 91.049 36.145BARUERI 1.628.207 130.383 12.488SÃO CAETANO DO SUL 1.420.374 149.203 9.520SÃO BERNARDO DO CAMPO 5.144.659 566.330 9.084SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 3.717.258 442.009 8.410SUZANO 1.029.626 159.142 6.470AMERICANA 935.461 153.779 6.083MAUÁ 1.756.451 294.631 5.962JUNDIAÍ 1.566.734 288.644 5.428GUARULHOS 4.195.319 781.980 5.365DIADEMA 1.564.966 305.068 5.130SANTO ANDRÉ 2.389.145 615.112 3.884CAMPINAS 3.142.597 846.434 3.713SOROCABA 1.233.895 378.373 3.261SÃO PAULO 26.371.231 9.621.964 2.741PIRACICABA 740.107 278.562 2.657MOGI DAS CRUZES 722.634 273.225 2.645RIBEIRÃO PRETO 1.097.704 430.326 2.551SANTOS 989.760 417.052 2.373OSASCO 1.292.131 566.949 2.279

───────────────────────────────────────────────────────────TOTAL (625 MUNICÍPIOS) 107.190.590 31.537.194 3.198───────────────────────────────────────────────────────────

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QUADRO VI

CLASSIFICAÇÃO: RECEITA TRIBUTARIA PRÓPRIA PER-CAPITA-----------------------------------------------------

-- RTP RTPORDEM MUNICÍPIO POPULAÇÃO PER

CAPITA US$ 1000 US$

-------------------------------------------------------

01 PAULÍNIA 36.603 6.376 17402 SANTOS 417.052 49.337 11803 CUBATÃO 91.049 9.638 10604 BARUERI 130.383 11.635 8905 CAMPINAS 846.434 65.616 7806 SÃO PAULO 9.621.964 725.330 7507 SÃO C. DO SUL 149.203 9.510 6408 SANTO ANDRÉ 615.112 34.964 5709 RIBEIRÃO PRETO 430.326 20.607 4810 OSASCO 566.949 26.796 4711 GUARULHOS 781.980 36.706 4712 SÃO B. DO CAMPO 566.330 24.449 4313 PIRACICABA 278.562 10.965 3914 MOGI DAS CRUZ 273.225 10.126 3715 SÃO J. DOS CAMPOS 442.009 16.087 3616 SUZANO 159.142 5.705 3617 JUNDIAÍ 288.644 10.032 3518 SOROCABA 378.373 11.854 3119 DIADEMA 305.068 8.727 2920 AMERICANA 153.779 4.262 2821 MAUÁ 294.631 4.956 17

-------------------------------------------------------

T O T A L 16.826.818 1.103.677 66-----------------------------------------------------

--TOTAL (625 MUNICÍPIOS) 31.537.194 1.414.812

45-----------------------------------------------------

--

Isto demonstra cabalmente o vasto campo existente para

ampliação dos recursos próprios. São José dos Campos é uma

cidade muito rica. Desta forma cabe ao poder público

municipal traçar uma política tributária que vá de encontro a

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real capacidade de pagamento de cada munícipe/contribuinte.

Neste particular, deve-se corrigir a defasagem existente no

cadastro imobiliário, onde 51.863 imóveis edificados não

estão cadastrados na Prefeitura, sendo que isto representa

37% do total. (Quadro VII). Também deve-se proceder a revisão

da Planta Genérica de Valores buscando um critério técnico e

justo de avaliação. O mérito da atualização constante desta

Planta consiste em evitar distorções, relativizando preços,

trabalhando no sentido da eqüidade tributária.

QUADRO VII

UNIDADES EDIFICADAS Div.Cad. Divisão Técnico Pesquisa ------------------------------------------────────Domicílios Residenciais 78.962 125.785Indústrias Instaladas 127 736Estabelecimentos Com. Serv. 9.562 11.334Atividades Especiais - 2.659-------------------------------------------─────── TOTAL 88.651 140.514-------------─-----------------------------───────. Referência ano 1993

Conclusão: 37% das construções não estão cadastradas naPrefeitura, ou seja 51.863 unidades.

Um outro ponto que não pode ser esquecido nesta questãodiz respeito às Taxas de Serviços Públicos Municipais.Atualmente o município arca com a maior parte das despesas.Em 1993, para uma receita de cerca de CR$ 40 milhões, valorescorrentes, a despesa empenhada foi da ordem de CR$ 700milhões, também em valores correntes. Para 1994 o quadro nãodifere fundamentalmente.

Embora tenhamos diagnosticado isto ainda em 1993, nãofoi possível efetuar a correção desta distorção para que seusefeitos se fizessem sentir já em 1994.

A par disto tudo a atual Administração herdou pesadasdívidas de gestões anteriores (Quadro VIII). Somente em 1993os pagamentos efetuados por conta disto, somaram cerca deUS$ 17 milhões, notadamente as dívidas de curto prazo comfornecedores e empreiteiras herdadas da Administraçãoanterior. Para este ano, ainda nesta rubrica, temos previstoo pagamento de cerca de US$ 8 milhões.

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QUADRO VIII

PMSJC - POSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO - US$─────────────────────────────────────────────────────────────

─ITENS POSIÇÃO PAGO A PAGAR 30/12/92 1993 1994────────────────────────────────────────────────────────────1. FINANCIAMENTOS 20.233 4.383 3.0282. ENCARGOS TRABALHISTAS 32.543 3.290 1.0173. EMPREITEIRAS 8.376 6.560 9964. FORNECEDORES 3.084 1.988 9175. CONCESSIONÁRIAS 8.119 0 06. PRECATÓRIOS 15.277 450 1.867────────────────────────────────────────────────────────────T O T A L 87.632 16.671 7.824────────────────────────────────────────────────────────────

Levando-se em conta uma arrecadação de US$ 102 milhõesem 1993 e uma previsão de US$ 110 milhões em 1994 tem se umanoção mais clara de quanto a política de déficitsorçamentários elevados praticados na última gestão,comprometeu seriamente a capacidade de investimento da PMSJC(Quadro IX), tendência esta já revertida no primeiro ano daatual Administração.

QUADRO IX

DÉFICIT ORÇAMENTÁRIO - 1989/1993 (NCZ$/Cr$/CR$)────────────────────────────────────────────────────────────

ANO RECEITA DESPESA DÉFICIT REALIZADA EMPENHADA VALOR %

────────────────────────────────────────────────────────────

1989 228.689 312.414 83.725 36,61990 7.995.684 10.992.225 2.996.541 37,51991 44.355.139 57.885.452 13.530.313 30,51992 416.747.647 622.289.871 205.542.224 49,31993 8.872.371.377 9.905.439.890 1.033.067.513 11,6

────────────────────────────────────────────────────────────

Podemos depreender do exposto acima que no âmbito denosso município faz-se necessária uma Reforma Tributária quetenha como objetivo ampliar consideravelmente as receitastributárias próprias. Com base no que ocorreu em Brasília noque se refere ao desvio de recursos orçamentários por partede alguns parlamentares, entendemos que a sociedade têm claroque os municípios possuem muito mais capacidade paraadministrar os recursos que normalmente ficariam nas mãos daUnião e dos Estados. Dada a proximidade com o munícipe, asprefeituras são muito mais cobradas e fiscalizadas.

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3.5.2 - DIRETRIZES DAS FINANÇAS PÚBLICAS MUNICIPAIS

- Instituição e regulamentação da contribuição demelhoria, decorrente de obras públicas;

- Revisão das taxas, objetivando sua adequação aos custosdos serviços prestados;

- Aperfeiçoamento no sistema de fiscalização, cobrança earrecadação dos tributos;

- Instituição da progressividade das alíquotas do ImpostoPredial e Territorial Urbano em função do uso social dapropriedade e de sua correta utilização nos termos doPlano Diretor;

- Revisão da Planta Genérica de Valores buscandocritérios técnicos e justos de avaliação;

- Revisão do Código Tributário, visando adequá-lo àpolítica tributária necessária para promover odesenvolvimento econômico e social do Município.

3.6 - ASPECTOS INSTITUCIONAIS E JURÍDICOS

O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado estabeleceos objetivos e diretrizes norteadores para o desenvolvimentodo Município, dispondo para tanto sobre as políticassetoriais nas áreas de Desenvolvimento Econômico, Ocupaçãodo Solo, Desenvolvimento Social, Finanças Municipais,Aspectos Institucionais e Jurídicos, Planejamento e gestão doPlano Diretor de Desenvolvimento Integrado e Administracàodo Patrimônio Imobiliário Municipal.

O horizonte do Plano Diretor de DesenvolvimentoIntegrado será para o período dos próximos 10 (dez) anos.

O Plano de Ação da Administração Municipal deráorientado pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Integradoatravés das Leis do Plano Plurianual, de DiretrizesOrçamentárias e do Orçamento Anual, dentro de um processo deplanejamento permanente.

O horizonte do Plano Diretor de DesenvolvimentoIntegrado se dará através dos seguintes instrumentos:

I. De carater de aconselhamento:

Conselho do Município;Conselho Municipal de Desenvolvimento;Conselho Municipal de Meio Ambiente;Conselho Municipal do Patrimônio Histório,Artístico e Cultural;Conselho Municipal de Segurança;Conselho Municipal de Saúde;Conselho Municipal de Habitação;

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Conselho Municipal de Educação;Conselho Municipal de Assistência Social;Conselho Municipal de Transportes;Conselho Municipal de Saneamento Básico;Conselho Municipal de Compras.

II. De carater financeiro-contábil:

Lei do Plano Plurianual;Lei de Diretrizes Orçamentárias;Lei do Orçamento Anual;Fundos Municipais.

III - De caráter urbanístico

Lei de Parcelamento do Solo;Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo;Código de Obras e Edificações;Código Administrativo;Operações Interligadas;Operações Urbanas;Plano de Obras e Manutenção;Parcelamento ou Edificação Compulsória;Desapropriação com pagamento mediante Títulos daDívida Pública;Projetos de Estruturação Urbana.

IV - De caráter tributário

Revisão do Código Tributário;Contribuição de Melhoria;Imposto

Predial e Territorial Progressivo no Tempo;

V - De caráter administrativo:

Criação do Instituto de Pesquisa e PlanejementoUrbano do Município;Reforma da Estrutura Organizacional daAdministração;Adequação do Plano de Carreira Cargos e Salários;Descentralização de Estrutura Administrativa.

O Processso Municipal de Planejamento se dará de formaintegrada, contínua e permanente, em atendimento ao PlanoDiretor de Desenvolvimento Integrado, ouvidos os conselhosMunicipais, através do Conselho Municipal de Desenvolvimentoe coordenado pela Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente.

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O Processo Municipal de Planejamento deve promover:

. Revisão do Plano Diretor de DesenvolvimentoIntegrado sempre que necessário;

. Atualização e disseminação das informações deinteresse do Município;

. Coordenar o Plano de Ação da Administração e dasLeis do Plano Plurianual, de DiretrizesOrçamentárias e do Orçamento Anual;

. Garantir a participação democrática e popular;

. Ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociaisda propriedade e garantir o bem estar doshabitantes do Município.

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GLOSSÁRIO

(organizado obedecendo a hierarquia dos assuntos)

Unidade Territorial de Características Físicas e AntrópicasHomogêneas, são porções do território do Município, cada umadelas com características físicas e antrópicas homogêneas,que identificam as potencialidades e limitações para seu usoe ocupação.

Macrozoneamento, é a divisão de todo o território domunicípio em macrozonas distintas delimitadas por lei, àpartir da Carta das Unidades Territoriais, para a ordenaçãodo uso e ocupação do território, assegurando seu equilíbrioecológico.

Macrozona Urbana, é a porção do território do municípioapropriada predominantemente às funções urbanas, definida apartir das áreas já urbanizadas, respeitadas as atividades erestrições constantes da Carta das Unidades Territoriais.

Macrozona de Expansão Urbana I, é a porção do território domunicípio indicada ao desenvolvimento urbano e a implantaçãode obras viàrias. É apropriada também para os usos agrícolas,pecuários e florestais, associados à práticasconservacionistas do solo, devendo respeitar as atividades erestrições constantes da Carta das Unidades Territoriais.

Macrozona de Expanção Urbana II, é a porção do território domunicípio apropriada às atividades de turismo e lazer comocupação urbana de baixa densidade. É indicada também àsatividades agrícolas, pecuárias e florestais, inclusive àagroindústria, devendo respeitar as atividades e restriçõesconstantes da Carta das Unidades Territoriais.

Macrozona Rural, é a porção do território do municípiodestinada à proteção ambiental, das cabeceiras de drenagem edos mananciais existentes. Imprópria ao desenvolvimentourbano, indicada às atividades agrícolas, pecuárias,inclusive à agroindústria, devendo respeitar as atividades erestrições constantes da Carta das Unidades Territoriais.

Vetores de Expansão Urbana, são as direções das tendências dedesenvolvimento urbano do município.

Unidades de Planejamento, são porções do território domunicípio constituídas por áreas com continuidade geográfica,contidas nas macrozonas e delimitadas por lei. Os fatoresdeterminantes para sua delimitação são: o reconhecimentooficial, a atratividade de centros de comércio e serviços,fatores de acessibilidade, fatores culturais, históricos esócio econômicos, suas condições ambientais e adescentralização administrativa.

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Zonas de Uso e Ocupação do Solo, são porções do território domunicípio delimitadas por lei, a partir das unidades dePlanejamento, com normas próprias de uso e ocupação do soloconforme sua destinação predominante, obedecendo a funçãosocial da propriedade.

Bairros, são porções do território municipal que reúnempessoas que utlizam os mesmos equipamentos urbanos públicos,dentro de limites reconhecidos pela população, e que estarãocontidos dentro das Unidades de Planejamento.

O Uso e a Ocupação do Solo, são modalidades de ordenamento doterritório, definidos em legislação própria por Unidades dePlanejamento e Zonas de Uso e Ocupação, em função: dascondicionantes do meio físico, da ameaça à memória urbana, docontrole da densidade demográfica e do número de empregos eda otimização do uso dos equipamentos públicos urbanosinstalados e projetados.

Ocupação do solo, diz respeito à implantação do parcelamentodo solo, a construção e a edificação e será controlado peladefinição de índices e parâmetros, permissíveis em cada zonade uso e ocupação do solo.

Uso do solo, diz respeito às categorias de atividades, sendoelas: residênciais, comerciais, e de serviço, industriais eintitucionais, permissíveis em cada zona de uso e ocupação dosolo.

Parcelamento do solo, é todo e qualquer processo de divisãoda propriedade no território municipal, nos termos da LeiFederal nº6.766/79.

Gleba, é a área de terra que não foi objeto de parcelamentopara fins urbanos, e com superfície superior a 20.000m2.

Loteamento, é a subdivisão de gleba em lotes destinados aedificação, com abertura de novas vias de circulação, delogradouros públicos ou prolongamentos, modificação ouampliação das vias existentes.

Desmembramento, é a subdivisão de gleba em lotes destinados aedificação, com aproveitamento do sistema viário existente,desde que não implique na abertura de novas vias elogradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ouampliação das já existentes.

Desdobro, é o parcelamento de lote resultante de loteamentoou desmembramento aprovado.

Lote, é qulauqer área resultante d parcelamento do solo parafins urbanos, com pelo menos uma divisa lindeira à viaoficial de circulação, com área mínima de 125,00 m2 e máximade 20.000 m2.

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Via de Circulação, é o espaço destinado à circulação deveículos e/ou pedestres, podendo ser: via oficial decirculação: quando de uso público, recebida e incorporada aopatrimônio público; ou via particular de circulação: quandode propriedade privada, mesmo quando aberta ao público. Parase viabilizar a produção e utilização das vias oficiais decirculação estas serão sujeitas a hierarquização.

Equipamento Urbano Público, são aqueles constituídos pelos:equipamento de utilidade pública ou infraestrutura eequipamentos comunitários ou sociais.

Equipamento de Utilidade Pública ou Infraestrutura, são asvias públicas, canalizações e redes de água, esgoto,drenagem, energia, telefonia e seus similares.

Equipamento Comunitário ou Social, são os centros e locais deeducação, saúde, promoção social, cultura, esporte ehabitações transitórias (em situações excepicionais deinteresse social).

Construção, é toda a obra executada pelo homem para qualquerutilização.

Edificação, é uma construção destinada especificadamente àutilização como habitação, produção, culto ou institucional.

Taxa de Ocupação Máxima, é o fator pelo qual a área do loteou terreno ou gleba deve ser multiplicado para se obter amáxima área de projeção horizontal da construção ouedificação permitida no lote.

Coeficiente de Aproveitamento Máximo, é o fator pelo qual aárea do lote, terreno ou gleba deve ser multiplicado para seobter a área total de construção ou edificação permitida nolote.

Gabarito de altura, é a altura máxima permitida para asedificações ou construções, medida a partir da cota maisbaixa do pavimento térreo até a cota mais elevada dacobertura do último pavimento, exetuando-se as obras de caixad'água, casa de máquinas, platibandas e telhados;

Vazio Urbano, são as glebas ou lotes subutilizados ou nãoutilizados por qualquer atividade social, econômica ou denatureza pública.

Operação Interligada, é o instrumento pelo qual é permitidomudanças urbanísticas, referentes a ocupação e uso do solo,em troca de habitação de interesse social - HIS.

Operação Urbana, é o instrumento pelo qual é permitidomudanças usbanísticas, referentes a ocupação e uso do solo,

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em troca de investimentos em melhorias urbanas emdeterminados perímetros definidos em lei.

Parcelamento ou Edificação Compulsória, é o instrumentoutilizado para assegurar o cumprimento da função social dapropriedade urbana, através do qual o poder público poderádeterminar o parcelamento, a edificação ou utilizaçãocompulsória do solo urbano não edificado, subutilizado ou nãoutilizado, nos termos dos artigos 156 parágrafo 1º e 182 daConstituição Federal e dos artigos 197 parágrafo 1º e 254inciso I da Lei Organica do Minicípio .

Imposto Predial e Territorial Progressivo no Tempo, é oinstrumento utilizado para assegurar o cumprimento dafunção social da propriedade urbana, através do qual oPoder Público poderá tornar progressivo no tempo o impostosobre a propriedade predial e territorial urbana, nos termosdos art. 156 parágrafo 1º e 182 parágrafo 4º inciso II, daConstituição Federal e artigos 197 parágrafo 1º e 254 incisoII da Lei Orgânica do Município.

Desapropriação com Pagamento Mediante Títulos da DividaPública - é o instrumento utilizado para assegurar ocumprimento da função social da propriedade urbana, após aaplicação do Imposto Predial e Territorial Urbano Progessivono Tempo, sem o devido parcelamento, edificação ou utilizaçãodo imóvel prevista na notificação através do qual o PoderPúblico poderá desapropriar com pagamento mediante Títulos daDívida Pública nos termos do artigo 182 parágrafo 4º incisoIII da Constituição Federal e do artigo 254 inciso III da LeiOrgânica do Município.

Habitação de Interesse Social - HIS, é aquela destinada àpopulaçào que vive em condições de habitabilidade precária ouaufere renda familiar que não se enquadre em programasoficiais das esferas estadual e federal.

Especiais de Interesse Social - ZEIS, são as zonas de uso eocupação do solo, destinadas primordialmente à implantação deprogramas e projetos habitacionais de interesse social.

Empreendimento de Impacto, é aquele que pela sua dimensão ounatureza possa comprometer a capacidade dos serviços urbanosdisponíveis, em termos de sua saturaçào, sem observância dareserva de segurança.

Impacto Ambiental, qualquer alteração das propriedadesfísicas, químicas ou biológicas do meio ambiente, causada porqualquer forma de matéria ou energia resultante dasatividades humanas que direta ou indiretamente, afetem:

a) a saúde, a segurança e o bem estar da população;

b) as atividades sociais e econômicas;

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c) a biota;

d) as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;

e) ` qualidade dos recursos ambientais.

Risco Ambiental, probabilidades de ocorrência de um efeitoadverso com determinada gravidade, e será graduado de acordocom os aspectos de periculosidade, nocividade e incomodidadedo impacto, no meio urbano e ambiental.

Estudo de Impacto Ambiental - EIA , Relatório de ImpactoAmbiental - RIMA , são instrumentos da Política Nacional doMeio Ambiente, nos termos da Resolução nº001 de 23 de janeirode 1986 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA.

Audiência Pública, é um evento público, com permissão depresença de qualquer pessoa ou entidade interessada noassunto em discussão, com o objetivo de debater, conhecer einformar a opinião pública sobre a implantação de determinadaobra ou atividade, potencialmente causadora de significativoimpacto ou risco ambiental e ambos conjuntamente.

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SIGLAS

ANSUR - Associação Nacional do Solo Urbano

CEEIVAP - Comitê Executivo de Estudos Integrado da BaciaHidrográfica do Rio Paraíba do Sul

CODIVAP - Consórcio de Desenvolvimento Integrado do Vale doParaíba e Litoral Norte

FACISA - Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (atualUNIVAP - Fundação Valeparaibana de Ensino)

IBGE - Fundação Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística

INPE - Instituto de Pesquisas Espaciais

L.O.M. - Lei Orgânica do Município

PMSJC - Prefeitura Municipal de São José dos Campos

Pólis - Instituto de Estudos, Formação e Assessoria ePolíticas Sociais - São Paulo - SP

SUS - Sistema Único de Saúde

UAS - Unidade Avançada de Saúde

UBS - Unidade Básica de Saúde

UMM - União do Movimentos de Moradia

UNIPAS - Unidade Participativa de Ação Social

UPA - Unidade de Pronto Atendimento

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BIBLIOGRAFIA

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ANEXO

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