plano de aÇÃo para conservaÇÃo da biodiversidade terrestre

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ORGANIZADORES: Cristiane Cäsar, Leonardo de Carvalho Oliveira e Tudy Câmara PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE DO RIO DOCE

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Page 1: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

ORGANIZADORES: Cristiane Cäsar, Leonardo de Carvalho Oliveira e Tudy Câmara

PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA

BIODIVERSIDADE TERRESTRE DO RIO DOCE

Page 2: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Cristiane Cäsar

Aloautta guariba clamitans

Page 3: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE DO RIO DOCE

Page 4: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Roberto Murta/BICHODOMATO

Aburria jacutinga

Page 5: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE DO RIO DOCE

Organizadores

Cristiane Cäsar

Leonardo de Carvalho Oliveira

Tudy Câmara

Autores dos textos

Amazonas Chagas-Jr

Ana Maria de Oliveira Paschoal

Cristiane Cäsar

Eline Matos Martins

Fábio de Carvalho Falcão

Fernanda Vieira Costa

Fernando Z. Vaz-de-Mello

Filipe M. França

George Brown

Gisele Lessa

Guilherme Henrique Silva de Freitas

Jhonny Guedes

Karla Patrícia Gonçalves Leal

Laura Braga

Leonardo de Carvalho Oliveira

Leonardo Dias-Silva

Lílian Mariana Costa

Marcelo Ferreira de Vasconcelos

Marcus Vinícius Brandão

Marie Bartz

Nina Pougy

Pollyanna Alves de Barros

Renato Feio

Yasmine Antonini

Page 6: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Lachesis muta rhombeata

Roberto Murta/BICHODOMATO

Page 7: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bothrops bilineatus

Luiz Gustavo Dias

Page 8: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

ORGANIZADORESCristiane Cäsar, Leonardo de Carvalho Oliveira e Tudy Câmara

REVISÃO FINALTudy Câmara, Cristiane Cäsar, Leonardo de Carvalho Oliveirae Paula Ferreira dos Santos

COORDENAÇÃO TÉCNICA ELABORAÇÃO DO PLANOLeonardo de Carvalho Oliveira, Cristiane Cäsar, Fernanda Lira Santiago e Tudy Câmara

CONSOLIDAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DO PLANOCristiane Cäsar, Fernanda Lira Santiago,Leonardo de Carvalho Oliveira,Maria Auxiliadora Drumond e Irla Paula Stopa Rodrigues

COORDENAÇÃO EDITORIAL E ARTE FINALRoberto Murta

EQUIPE FUNDAÇÃO RENOVAJuliana Oliveira Lima, Bruno Vergueiro Silva Pimenta,Thiago Henrique Soares Alves, Laila Carine Medeiros,Gabrielle Dantas Tenório, Diego Ricardo de Morais,Rodolfo Pessotti Messner Campelo e Renata Stopiglia

MAPASRafael Liberal Ferreira

FOTOS DA CAPAClodoaldo Assis, Eduardo Franco, Fagner Daniel Teixeira, Leandro Avelar, Martin Molz, Mateus S de Carvalho, Maycon Ailton Rezende, Rubens Mota, Roberto Murta, Thiago Silva-Soares e Vinícius C Cláudio

FOTOS DO MIOLOAmazonas Chagas-Junior, Augusto Rosa, Clodoaldo Assis, Cris Cäsar, Gustav Specht, Leandro Drummond, Luiz Gustavo Dias, Roberto Murta, Rubens Mota e Samuel James

REVISÃO de TEXTOSérgio de Freitas Oliveira

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃOSandro Dutra

Page 9: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

COORDENAÇÃO TEMÁTICA

Flora

Nina PougyEline Matos Martins

Mastofauna

Gisele Mendes Lessa del Giúdice (pequenos mamíferos não-voadores)Fábio de Carvalho Falcão (pequenos mamíferos voadores)

Leonardo de Carvalho Oliveira (médios e grandes mamíferos)

Aves

Guilherme Henrique Silva de Freitas

Herpetofauna

Renato Feio

Invertebrados

Yasmine AntoniniGlória Ramos Soares

Page 10: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa10

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 13

PREFÁCIO 14

AGRADECIMENTOS 16

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS 17

PARTE I 18

INFORMAÇÕES GERAIS 18

O PLANO DE AÇÃO 20

HISTÓRICO 20

CONCEITOS E CONTEXTUALIZAÇÃO 20

ABRANGÊNCIA 21

ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO 23

ESPÉCIES E REGIÃO-ALVO 33

AMEAÇAS E VETORES DE PRESSÃO 46

Contextualização das ameaças às espécies-alvo 46

Oportunidades do Plano de Ação 50

PARTE II 52

FLORA 52

Angiospermas 54

Briófitas 126

Samambaias e Licófitas 129

FAUNA 130

VERTEBRADOS 132

Mamíferos 132

Aves 166

Répteis 218

Anfíbios 228

Page 11: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

11Fundação Renova

INVERTEBRADOS 232

Insetos 232

Lepidoptera (Borboletas) 235

Hymenoptera (formigas) 241

Hymenoptera (abelhas) 245

Coleoptera (besouros) 249

Diplopoda 253

Oligochaeta 256

Onychophora 260

PARTE III 262

PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE DO RIO DOCE 262

GRUPO ASSESSOR 263

APROVAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO 263

MATRIZES DE PLANEJAMENTO E MONITORAMENTO 265

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 276

Referências Gerais e Listas de Ameaça 276

Referências FLORA 276

Referências FAUNA 276

Mamiferos 276

Aves 277

Répteis e Anfíbios 279

Insetos 279

Lepidoptera (Borboletas) 279

Hymenoptera (Formigas) 280

Hymenoptera (Abelhas) 280

Coleoptera (Besouros) 280

Diplopoda 282

Oligochaeta 282

Onychophora 282

Page 12: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Roberto Murta/BICHODOMATO

Morphnus guianensis

Page 13: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

13Fundação Renova

APRESENTAÇÃO

O rompimento da barragem de Fundão, no município de Mariana (MG) causou significativos impactos ambientais, sociais e econômicos na bacia do Rio Doce, incluindo impactos à biodiversidade terrestre. Essa bacia, como tantas outras no Brasil, vem sofrendo com impactos históricos de degradação ambiental desde a implantação da ferrovia que hoje liga Vitória (ES) à cidade de Belo Horizonte (MG) no início do século XIX. A supressão vegetal nativa, a implantação de pastagens, a silvicultura, o ciclo do ouro e a mineração de ferro no alto da bacia, além da implantação de empreendimentos no Vale do Aço no curso médio da bacia são exemplos de estressores. O rompimento da barragem foi mais um fator adverso para a fauna e a flora silvestres.

Reparar. Esse é o objetivo da Fundação Renova, instituição sem fins lucrativos responsável por executar ações para a recuperação ambiental dos danos causados à bacia do Rio Doce pelo rompimento da barragem de Fundão que ocorreu em Mariana (MG) no mês de novembro de 2015. Sua criação foi fruto de um compromisso jurídico chamado Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC). Ele define, por meio de suas clausulas, o escopo da atuação da Fundação Renova.

Dentre os 42 programas em desenvolvimento pela Fundação Renova, o Programa 30, oriundo da cláusula 168 do TTAC, é responsável pelas ações para a Conservação da Biodiversidade Terrestre. E, por meio de uma parceria entre a Fundação Renova e a Bicho do Mato, o qual envolveu diversos pesquisadores brasileiros, foi desenvolvido o presente Plano de Ação para a Conservação da Biodiversidade Terrestre potencialmente afetada pelo Rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG).

O presente Plano de Ação seguiu as diretrizes da Câmara Técnica de Biodiversidade (CTBio), braço consultor do Comitê Interfederativo (CIF), e se baseou como um referencial teórico, na Instrução Normativa nº 25, de 12 de abril de 2012 do ICMBio, com as devidas adaptações metodológicas em seus objetivos e etapas, por não se tratar de Plano de Ação Nacional do ICMBio.

O Plano de Ação para Conservação da Biodiversidade Terrestre do Rio Doce foi consolidado em três etapas. A primeira se constituiu da aplicação de questionário distribuído a especialistas para compilação das potenciais ameaças às espécies de fauna e flora da área afetada e revisão das listas de espécies ameaçadas potencialmente afetadas pelo rompimento da barragem.

A segunda etapa foi a realização de uma oficina de planejamento participativo, com 60 representantes de instituições de ensino e pesquisa públicas e privadas, e representantes de órgãos públicos ambientais, associações, ONGs, gestores das Unidades de Conservação e demais instituições atuantes na região. Nessa ocasião, foram elaboradas 98 ações, tanto de cunho reparatório, quanto compensatório, distribuídas em 13 estratégias para 365 espécies (sendo 331 ameaçadas de extinção).

Em seguida, foi realizada a Oficina de Metas e Indicadores, com participação de 24 pessoas, incluindo os mem-bros do Grupo de Assessoramento Técnico (GAT) deste Plano de Ação. Nessa oficina foi construída a matriz do Plano de Ação para a Conservação da Biodiversidade Terrestre do Rio Doce, por meio da proposição de metas e indicadores exequíveis, dentro do escopo e do prazo de execução das atividades do Plano de Ação.

Executando o Plano de Ação para a Conservação da Biodiversidade Terrestre do Rio Doce, a Fundação Renova espera contribuir de forma bastante significativa para a recuperação e a conservação da biodiversidade

terrestre da bacia do Rio Doce.André Giacini de Freitas

Diretor Presidente

Rachel Starling Albuquerque Penido SilvaDiretora Socioeconômico Ambiental

Page 14: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa14

PREFÁCIO

Os impactos socioeconômicos da tragédia de Mariana, incluindo a perda de vidas humanas, a crise

identitária de muitas pessoas que perderam suas residências situadas na rota do tsunâmi de lama, ocorrido

pelo rompimento da Barragem de Fundão e a consequente eliminação das fontes de renda, de parte da

população afetada, despertaram a atenção da sociedade, num primeiro momento, deixando os impactos

ambientais sem a mesma visibilidade dos graves problemas sociais e econômicos.

Para os atingidos e à sociedade em geral, os danos causados à biodiversidade nessa e em outras situações

análogas não tem o mesmo senso de prioridade, diante da tragédia humana e da comoção social, que

derivam dos danos causados às pessoas e da visão antropocentrista que marca as relações da sociedade

com a natureza.

Daí a importância deste livro produzido pelo Bicho do Mato Instituto de Pesquisa, com o patrocínio da

Fundação Renova, cujo conteúdo ricamente ilustrado, abarca o PLANO DE CONSERVAÇÃO DA

BIODIVERSIDADE TERRESTRE DO RIO DOCE e contempla uma das obrigações assumidas pelas empresas

mantenedoras no Termo de Transação e Ajuste de Conduta, celebrado com as autoridades federais e dos

Estados de Minas Gerais e Espirito Santo.

O Plano está consubstanciado por um robusto acervo de informações, que foram consolidadas pelos mais

renomados especialistas do país, sob a coordenação da Bicho do Mato, reunindo a expertise detentora dos

mais elevados conhecimentos sobre o tema. Oferece o rumo, o mapa do caminho, para que a Renova, em

parceria com as universidades e centros de pesquisa, continue avançando nos estudos da flora e da fauna,

que também foram atingidos.

São 98 ações detalhadas para orientar as atividades de reparação, numa região aonde a biodiversidade, já

era drasticamente degradada, mesmo antes do rompimento da barragem.

É fundamental, portanto, assegurar não apenas a restauração dos habitats dos bichos e plantas, mas criar

as condições para conservar a vida silvestre, levando em conta as diversas classes de ameaça, como está

cientificamente descrito no livro.

Mesmo diante da dor sofrida pelos atingidos e outros segmentos da comunidade, a Bicho do Mato e a

Fundação Renova, com a presente publicação pioneira, nos fazem lembrar que, sem as outras formas de

vida, flora e fauna, a vida humana não existiria.

O nosso antropocentrismo é o nosso próprio algoz.

É bom pensar nisso e entender a importância desse Plano.

José Carlos de Carvalho

Page 15: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

15Fundação Renova

Brachyteles hypoxanthus

Cristiane Cäsar

Page 16: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa16

AGRADECIMENTOS

Aos pesquisadores que responderam ao questionário: Rafael Gomes, Gustavo Shimizu, Leonardo Biral,

Rubens Mota, Claudia Elena Carneiro, George Azevedo de Queiroz, Elsie Guimarães, Haroldo Lima, Luiz

Menini Neto, José Fernando Andrade Baumgratz, Rafael Felipe de Almeida, Marcus A. Nadruz Coelho,

Amélia Carlos Tuler, Antonio Campos Rocha, Diego Gonzaga, Fernanda Hurbath, Guilherme Antar, Suzana

Costa, Alessandro Rapini, Andréa Araujo e Josiene Rossini, Alexandre Salino, Vinicius Castro Souza, de flora;

Renato Feio, Selvino Neckel de Oliveira, de anfíbios e répteis; Augusto César Francisco Alves, Bret Whitney,

Guilherme Henrique Silva Freitas, Lilian Mariana Costa, de aves; Leandro Scoss, Fabiano Melo, Gisele Lessa,

Carla Possamai, Marcus Brandão, Lena Geise, Fábio Falcão, Leonardo Dias, Silva Julia Luz, Miriam Perilli,

Daniela Coelho, David Costa Braga & Ana Carolina Srbek de Araujo, de mamíferos; Yasmine Antonini,

Fernanda Costa, Laura Braga, Lucimar Araujo, Filipe França, de invertebrados.

Aos biólogos Vinicius Goulart e Filipe Soares de Souza e também ao Lucas Calaça Camara, pelo apoio na

revisão final do livro.

Às estagiárias Lygia Chagas de Almeida e Paula Araújo Coelho, pelo apoio na conferência de informações

sobre as espécies contempladas.

À equipe administrativa da Bicho do Mato Instituto de Pesquisa, pelo apoio.

Page 17: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

17Fundação Renova

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AMDA Associação Mineira de Defesa do Ambiente

APA Área de Preservação Ambiental

BMMA Bicho do Mato Meio Ambiente

BMIP Bicho do Mato Instituto de Pesquisa

CIF Comitê Interfederativo

COPPE Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia

CPB Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros

CTBio Câmara Técnica de Biodiversidade

DIBIO Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

ES Estado do Espírito Santo

FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz

FPMZB Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica

FUNED Fundação Ezequiel Dias

FLONA Floresta Nacional

GAT Grupo de Assessoramento Técnico

IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

ICMBio Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

IEMA Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

IN Instrução Normativa

INMA Instituto Nacional da Mata Atlântica

IPÊ Instituto de Pesquisas Ecológicas

MG Estado de Minas Gerais

MPEG Museu Paraense Emilio Goeldi

ONG Organização Não Governamental

PUC MINAS Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

UFES Universidade Federal do Espírito Santo

UERJ Universidade do Estado do Rio de Janeiro

UC Unidade de Conservação

UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

UFMT Universidade Federal de Mato Grosso

UFOP Universidade Federal de Ouro Preto

UFPA Universidade Federal do Pará

UFV Universidade Federal de Viçosa

TTAC Termo de Transação e Ajustamento de Conduta

Page 18: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa18

PARTE I

INFORMAÇÕES GERAIS

Este livro apresenta informações sobre a elaboração e o produto do Plano de Ação para Conservação da

Biodiversidade Terrestre do Rio Doce. A primeira parte (Parte I) apresenta os conceitos, as fases de elaboração,

as listas de espécies-alvo e as ameaças a essas espécies de fauna e flora terrestre. As espécies têm ocorrência

nos Estados de Minas Gerais e/ou do Espírito Santo e a grande maioria se encontra classificada em alguma

categoria de ameaça, em suas listas estaduais, nacional ou mundial. Dessa forma, cada espécie é apresentada

e identificada de acordo com categorias de ameaça em Vulnerável (VU), Em Perigo (EN), Criticamente Em

Perigo (CR), Criticamente em Perigo Possivelmente Extinta (CR-PEX), Regionalmente Extintas (RE) e Extintas

na Natureza (EW). As espécies não ameaçadas foram identificadas nas categorias de Quase Ameaçado (NT),

Menos Preocupante (LC), Dados Insuficientes (DD), e Não Ameaçada ou Não Avaliada ( - ). As listas utilizadas

para identificar as categorias de ameaça foram (Tabela 1):

Tabela 1 - Listas estaduais, nacional e internacional de espécies utilizadas para identificar o status de conservação das espécies neste livro.

FLORA FAUNA

Minas Gerais (MG) COPAM (2008) COPAM (2010)

Espírito Santo (ES)IEMA (2005)Passamani & Mendes (2007)

IEMA (2005)Passamani & Mendes (2007)

Brasil (BR) CNC Flora (2013) e MMA (2014) – Portaria MMA/443 ICMBio (2018) e MMA (2014) – Portaria MMA/444

Mundial IUCN (2019) IUCN (2019) / Birdlife International (2019)

A Parte II deste livro apresenta as fichas das espécies deste Plano de Ação. Nas fichas são apresentados:

status de conservação e categorias de ameaça em nível estadual (Minas Gerais e Espírito Santo), nacional

e mundial, acompanhados da justificativa para o atual estado de conservação e habitat da espécie. Com

relação às avaliações estaduais, foram utilizadas as expressões “não consta”, para identificar os casos em que

a espécie não está em nenhuma categoria de ameaça naquele estado, e “não ocorre no estado”, quando

a espécie está presente no livro, mas não ocorre em Minas Gerais ou no Espírito Santo. A partir de duas

bases cartográficas, foram elaborados mapas com a distribuição de 94 espécies da fauna e 65 da flora. Os

mapas de fauna foram elaborados com a base de dados disponibilizadas pelo ICMBio, do Livro Vermelho da

Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (ICMBio, 2018). Para as espécies que não possuíam o arquivo vetorial

(shapefile), as figuras do Livro Vermelho foram georreferenciadas e vetorizadas para elaboração dos mapas

faltantes. No caso de flora, foi utilizado o arquivo vetorial (shapefile) disponibilizado pelo CNCFlora (2019),

baseado em dados do Livro Vermelho de Flora (Martinelli & Moraes, 2013). Para 121 espécies da fauna e 85

PARTE I

Page 19: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

19Fundação Renova

da flora não foi possível produzir mapa, pois não existem dados (arquivo vetorial e figura) ou as espécies não

são ameaçadas em nível nacional (ICMBio, 2018).

Devido à limitação de espaço, as referências bibliográficas referentes a capítulos de listas do Livro Vermelho

de Espécies Ameaçadas foram identificadas como ICMBio (2018) ao invés da citação por capítulo

e/ou espécie. Da mesma forma, as citações de buscas referentes a sites oficiais de listas vermelhas foram

apresentadas pelo endereço base e não por espécie (BirdLife International, Handbook of the Birds of the

World Alive; CNCFlora, 2019; Flora do Brasil, 2020 em construção). As ameaças originalmente identificadas em

listas anteriores da IUCN (2008, 2013, 2014, 2015, 2016 e 2019) também foram identificadas pela referência-base

ao invés dos autores dos estudos. Vale lembrar que essas alterações foram realizadas apenas como forma de

padronização e limitação de espaço.

Vale destacar que a lista inicial de espécies foi baseada na compilação de dados secundários realizada

pela Golder (2016), que identificou 346 espécies terrestres ameaçadas de extinção e/ou constantes na lista

CITES, ocorrentes ou potencialmente ocorrentes na área de abrangência deste Plano. Entretanto, durante

o levantamento de informações e a realização da oficina de planejamento, foram sugeridas a inclusão

de novas espécies, bem como a exclusão de outras, incluindo as listadas apenas na CITES. A exclusão foi

baseada em informações atualizadas e devidamente comprovadas. Os motivos de exclusão incluem: não

estar listada como ameaçada (CR, EN, VU) em nenhuma das listas atuais, não ser mais considerado um nome

válido, sinonímias, ou não ocorrer em nenhum dos estados (ES e MG) de abrangência deste Plano.

Cada coordenador temático, apoiado pelos demais especialistas participantes da Oficina de Planejamento,

teve autonomia para validar as sugestões de inclusão e exclusão de espécies na lista final deste Plano. Por

esse motivo, alguns grupos possuem apenas espécies ameaçadas enquanto outros possuem espécies não

ameaçadas, mas que, de acordo com especialistas, também poderiam estar suscetíveis às alterações no

ambiente provocadas pelo rompimento da barragem de Fundão. Após essas considerações, o número final

de espécies abrangidas no Plano de Ação para Conservação da Biodiversidade Terrestre do Rio Doce foi

concluído em 365 espécies, sendo 331 ameaçadas e 34 não ameaçadas.

Por fim, a Parte III define os termos da Matriz de Planejamento, apresenta a Deliberação de Aprovação do Plano

e as 98 ações em forma de Matrizes de Planejamento e Monitoramento geral e/ou por grupo temático.

Page 20: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa20

O PLANO DE AÇÃO

HISTÓRICO

O presente Plano de Ação surgiu da necessidade de reparar ou mitigar os impactos sobre a biodiversidade

terrestre afetada pelo rompimento da Barragem de rejeitos de Fundão, em Mariana, Minas Gerais. A barragem

de rejeitos de Fundão pertence à empresa Samarco Mineração S.A. (Samarco) e está localizada no Complexo

Industrial de Germano, no município de Mariana/MG. Em 05 de novembro de 2015, essa barragem se rompeu

e liberou cerca de 39,2 milhões de metros cúbicos de água e rejeito. Esse material se deslocou ao longo do

córrego Santarém e dos rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce, fluindo até o oceano. Nesse trajeto, entre

os diversos impactos gerados, têm-se os danos sobre os ecossistemas terrestres, principalmente nas áreas

localizadas nas margens dessas drenagens.

Em março de 2016, como forma de otimizar a gestão sobre a situação das áreas e populações afetadas, foram

desenvolvidos, junto às autoridades ambientais, planos e procedimentos em resposta aos impactos ambientais

resultantes do rompimento da barragem de Fundão. Como resultado, foi criado o Termo de Transação e

Ajustamento de Conduta (TTAC), celebrado entre autoridades ambientais, Samarco, Vale e BHP Billiton.

A Cláusula 168 desse TTAC se refere à identificação e à caracterização dos impactos decorrentes do evento

sobre as espécies terrestres ameaçadas de extinção na área afetada. O TTAC estabeleceu, ainda, a criação de

uma fundação para gerir e executar as ações de reparação dos danos, inclusive com a apresentação de um

Plano de Ação para conservação da flora e fauna terrestres, tendo se materializado na Fundação Renova. Esta

instituição é orientada e supervisionada por um sistema de governança formado por diversos entes federais

e estaduais, entre eles o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto Estadual de Florestas (IEF-MG) e

o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA-ES).

CONCEITOS E CONTEXTUALIZAÇÃO

Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), os Planos de Ação

Nacionais para a Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção ou do Patrimônio Espeleológico

(PAN) são instrumentos de gestão que têm como principal objetivo a troca de experiência entre os atores

envolvidos, no sentido de agregar e buscar ações de conservação, reunindo e potencializando os esforços e

racionalizando a captação e a gestão dos recursos para conservação das espécies ou dos ambientes focos

dos planos de ação. Os Planos de Ação buscam identificar, a partir das ameaças que põem em risco as

espécies, quais instrumentos de gestão devem ser orientados ou otimizados, visando a um efeito benéfico

direto. Suas ações abrangem, de forma objetiva, a interferência em políticas públicas, o desenvolvimento de

conhecimentos específicos, a sensibilização de comunidades e o controle da ação humana para combater

as ameaças que põem as espécies em risco de extinção.

De maneira geral, as etapas de um Plano de Ação envolvem a organização e a análise de informações para

a identificação das ameaças e dos atores; a identificação dos objetivos, das metas e das ações estratégicas

para promover uma mudança do risco de extinção das espécies, por meio de oficinas de planejamento

Page 21: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

21Fundação Renova

participativo; a aprovação, por meio de portaria do ICMBio; a implementação das ações recomendadas;

a publicação do Sumário Executivo e do Livro do PAN; e o acompanhamento sistemático da execução

do Plano por meio de um processo de monitoria e refinamento contínuo, a ser executado por um Grupo

Assessor. Essas etapas podem ser divididas em 12 passos, segundo o ICMBio. Entretanto, para o Plano de

Ação para Conservação da Biodiversidade Terrestre do Rio Doce, elaborado devido ao rompimento da

barragem de Fundão em Mariana, Minas Gerais, o rito definido pela IN ICMBio nº 25/20121 não foi seguido

em sua integralidade, em função das definições contidas na Nota Técnica nº 6/2017/CTBio/DIBIO/ICMBio.

Nesse contexto, diferente de um Plano de Ação Nacional, cuja deliberação vem do Ministério do Meio Ambiente e

cuja proposição cabe aos Centros Nacionais de Pesquisa e Conservação, esse Plano de Ação é uma determinação

do Comitê Interfederativo (CIF), de 04 de agosto de 2017, Deliberação nº 91 do CIF, com base nas recomendações

da Nota Técnica 02/2017/CTBio/CIF. Dessa forma, na intenção de não gerar conflitos acerca desse Plano, foi

entendido que, por ele não ser elaborado pelos Centros Nacionais de Pesquisa e Conservação e por possuir um

rito diferenciado, o documento em questão trata-se de um Plano de Ação e não de um Plano de Ação Nacional.

Para viabilizar a elaboração do Plano de Ação, a Fundação Renova, em processo concorrencial, contratou,

em dezembro de 2017, a Bicho do Mato Instituto de Pesquisa (BMIP), entidade sem fins lucrativos, para

conduzir o projeto. Além da elaboração de produtos que subsidiaram todo o processo, foram mapeados e

convidados os principais stakeholders, entre eles pesquisadores de cada grupo de flora e fauna que atuam

na bacia do rio Doce e/ou detêm conhecimento sobre grupos temáticos relevantes, além de pesquisadores

com experiência em Planos de Ação. Dessa forma, a elaboração deste Plano de Ação contou com a

participação de uma equipe altamente qualificada, que buscou, de forma participativa, elencar as principais

ameaças, estratégias e ações para recuperar a biodiversidade afetada pelo rompimento da barragem. Como

produtos, foram disponibilizados o Sumário Executivo e este livro do Plano de Ação.

ABRANGÊNCIA

A abrangência geográfica do Plano de Ação para Conservação da Biodiversidade Terrestre do Rio Doce foi

estabelecida como sendo a área dentro de um buffer de 5 km de distância em relação a cada margem do

rio Doce, desde a barragem de Fundão até a foz do rio Doce. Além desse buffer, importantes Unidades de

Conservação que estavam próximas a esse limite, tais como o Parque Estadual do Rio Doce, o Parque Estadual

dos Sete Salões e a FLONA de Goytacazes, foram incluídas. Dessa forma, a abrangência deste Plano de

Ação - assim como foi para o levantamento de dados secundários para avaliação dos impactos sobre a

biodiversidade terrestre, elaborado pela Golder (2016), ambos em atendimento à Cláusula 168 do TTAC - se

restringe à área de estudo apresentada na Figura 1.

São alvo de conservação deste Plano de Ação as espécies ameaçadas de extinção com ocorrência na área

afetada e as espécies indicadas por especialistas como suscetíveis e localmente afetadas pelo rompimento da

barragem de Fundão, considerando o escopo geográfico dessa área.

1 Alterada pela IN ICMBio nº 21, de 18 de dezembro 2018.

Page 22: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa22

Figura 1- Área de estudo para avaliação de impactos sobre a fauna e flora terrestres. Fonte: Fundação Renova.

Page 23: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

23Fundação Renova

ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO

Os Planos de Ação são instrumentos de gestão, construídos de forma participativa, a serem utilizados para

ordenamento das ações para a conservação da biodiversidade, com objetivo definido em escala temporal.

A elaboração, a aprovação, a publicação, o acompanhamento da implementação, a monitoria, a avaliação e

a revisão deste Plano de Ação utilizaram as diretrizes estabelecidas na Instrução Normativa nº 25 do ICMBio,

de 12 de abril de 20121, como um referencial teórico, e tiveram seus objetivos e suas etapas metodológicas

adaptados à situação específica da solicitação de um Plano de Ação para Conservação da Biodiversidade

Terrestre Afetada pelo Rompimento da Barragem de Fundão em Mariana, Minas Gerais, conforme solicitado no

TTAC e na Nota Técnica nº 6/2017/CTBio/DIBIO/ICMBio.

Importante ressaltar que a elaboração de um Plano de Ação deve ser orientada pela necessidade de mudança

do estado de conservação das espécies, com definição clara dos cenários desejáveis, dos objetivos, das metas

e das ações factíveis; deve ter identificação de atores e de suas responsabilidades, envolvendo os tomadores

de decisão e setores interessados. Para atingir as metas estabelecidas, devem-se definir indicadores que serão

os parâmetros de aferição do alcance do patamar estabelecido e dos procedimentos necessários para o

efetivo monitoramento da implementação do Plano.

Levantamento e organização das informações

A Instrução Normativa do ICMBio nº 25, de 12 de abril de 20121, que disciplina os procedimentos para a elaboração,

a aprovação, a publicação, a implementação, a monitoria, a avaliação e a revisão de Planos de Ação Nacionais para

conservação de espécies ameaçadas de extinção ou do patrimônio espeleológico, define em seu Art. 5º:

“A etapa de levantamento e organização das informações para elaboração do PAN deverá ser coordenada pelo

Centro de Pesquisa e Conservação e poderá contar com o apoio de pesquisadores e outras instituições.”

Para este Plano de Ação, em função da atual ausência de amostragens na área, foram utilizados como fonte de

levantamento de informações os seguintes procedimentos:

• Levantamento das espécies potencialmente presentes na área afetada através de dados secundários, baseados no documento gerado pela Golder (2016);

• Levantamento dos danos e das ameaças decorrentes do rompimento da barragem de Fundão, baseados no documento gerado pela Golder (2016); e

• Levantamento de informações sobre esses danos e essas ameaças sobre as espécies, por pesquisadores com conhecimento das espécies da fauna e flora ameaçadas e/ou da região do rio Doce.

Foi levantada, também, a possibilidade de exclusão e/ou inserção de espécies. Após análise dos dados

secundários, algumas espécies foram eliminadas da lista, devido à presença de sinonímias e registros

identificados com ocorrência em um dos estados, mas que não ocorrem em nenhum deles (alguns casos

no grupo de Flora). No caso da incorporação de outras espécies à lista, pesquisadores entenderam como

relevante sua incorporação em função de potenciais impactos decorrentes do rompimento da barragem

de Fundão na área de estudo. Toda inclusão veio acompanhada de uma justificativa e foi validada pela

coordenação temática e pelos participantes da oficina de planejamento. No caso da exclusão de alguma

espécie, o procedimento foi o mesmo.

1 Alterada pela IN ICMBio nº 21, de 18 de dezembro 2018.

Page 24: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa24

O Plano de Ação para Conservação da Biodiversidade Terrestre Afetada pelo Rompimento da Barragem

de Fundão em Mariana, Minas Gerais, denominado Plano de Ação para Conservação da Biodiversidade

Terrestre do Rio Doce, foi consolidado em três etapas. A primeira, constituiu-se da aplicação de questionário

distribuído a especialistas para compilação das potenciais ameaças às espécies de fauna e flora da área

afetada e revisão das listas de espécies ameaçadas potencialmente afetadas pelo rompimento da barragem.

A segunda etapa foi a realização de uma Oficina de Planejamento Participativo, em Belo Horizonte, Minas

Gerais, de 06 a 09 agosto de 2018, com 60 representantes de instituições de ensino e pesquisa públicas e

privadas, e representantes de órgãos públicos ambientais, associações, Organizações Não Governamentais

(ONGs), gestores das Unidades de Conservação e demais instituições atuantes na região. Nessa ocasião,

foram elaboradas 98 ações (sendo 49 ações da matriz geral e outras 49 ações específicas por grupo

temático), distribuídas em 13 estratégias para 365 espécies (sendo 331 ameaçadas de extinção). Em seguida,

foi realizada a Oficina de Metas e Indicadores, com participação do Grupo de Assessoramento Técnico

(GAT) deste Plano de Ação, indicado durante a oficina de planejamento, além de convidados-chave. Nessa

oficina, realizada em Belo Horizonte, nos dias 02 a 04 de outubro de 2018, foi concluída a matriz do Plano de

Ação para Conservação da Biodiversidade Terrestre afetada pelo rompimento da barragem de Fundão em

Mariana, Minas Gerais, por meio da proposição dos demais itens, incluindo indicadores e metas exequíveis

dentro do escopo e do prazo de execução das atividades do Plano de Ação.

1. Aplicação dos questionários

Para consulta aos especialistas, primeiramente foi realizada uma compilação de profissionais aptos a

responderem o questionário, como pesquisadores, professores e consultores. Esse levantamento foi

realizado pela equipe-base, especificamente coordenadores temáticos do Plano de Ação, e originou

uma listagem-mestre de colaboradores. Na sequência, foram mapeados, nessa listagem, aqueles que,

preferencialmente, (i) desenvolvem ou desenvolveram pesquisas na bacia do rio Doce, (ii) trabalham ou

trabalharam em projetos de outra natureza na bacia do rio Doce, (iii) curadores de coleções científicas

que possuem exemplares representativos da área e (iv) professores de universidades da região. Após esse

mapeamento, procedeu-se com o contato a cada um deles, via e-mail, para aplicação do questionário.

Dos questionários aplicados, foram obtidas 44 respostas, sendo 22 da flora, 12 de mastofauna, 5 de

invertebrados, 3 da avifauna e 2 de herpetofauna. Os pesquisadores que responderam ao questionário,

identificaram as ameaças a que as espécies e/ou os ambientes foram submetidos com o rompimento da

barragem, e sugeriram ações para mitigar ou reverter os impactos identificados. Essas informações foram

levadas e consideradas durante a oficina de planejamento.

Page 25: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

25Fundação Renova

2. Oficina de Planejamento Participativo

Data e local: 06 a 09 de agosto de 2018, em Belo Horizonte, MG.

Objetivos: elaborar, de forma participativa, o Plano de Ação para Conservação da Biodiversidade Terrestre

Afetada pelo Rompimento da Barragem de Fundão em Mariana, Minas Gerais, com ações tangíveis e

pragmáticas que reflitam uma melhoria na conservação da biodiversidade, dentro do escopo do Plano de

Ação e com compromissos estabelecidos para sua implantação, no período a ser estabelecido de acordo com

as metas definidas na oficina.

A abordagem metodológica foi realizada via planejamento participativo com diferentes atores, o que permitiu

maior envolvimento e comprometimento dos participantes com os objetivos a serem alcançados.

A oficina contou com a participação de 60 pessoas, incluindo a equipe-base responsável pela elaboração

deste Plano de Ação. A definição acerca dos participantes da oficina foi realizada através do mapeamento dos

principais stakeholders, como pesquisadores com experiência no rio Doce, representantes de órgãos públicos

federais e estaduais (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA; Instituto

Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio; Instituto Estadual de Florestas – IEF; Instituto

Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – IEMA; polícias estaduais), associações, Organizações Não

Governamentais (ONGs), gestores das Unidades de Conservação e demais instituições atuantes na região. A lista

completa dos participantes encontra-se na Tabela 2, e alguns registros da oficina são apresentados nas fotos 1 a 14.

Page 26: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa26

Tabela 2 - Lista de participantes da Oficina de Planejamento Participativo para elaboração do Plano de Ação para Conservação da Biodiversidade Terrestre Afetada pelo Rompimento da Barragem de Fundão em Mariana, Minas Gerais, agosto de 2018.

COLABORADOR GRUPO TEMÁTICO AFILIAÇÃO ESTADO

1 Amazonas Chagas-Jr Diplopoda UFMT MT

2 Aristides Salgado Guimarães Neto - ICMBio – Abrolhos BA

3 Atilla Colombo Ferreguetti Mastofauna BMMA ES

4 Augusto Cezar Francisco Alves Avifauna Consultor ambiental ES

5 Bruno Pimenta Herpetofauna Fundação Renova MG

6 Carlos Eduardo Alencar Carvalho Avifauna Instituto Pró-Raptors MG

7 Claudio Nicoletti de Fraga Flora INMA ES

8 Claúdio Valladares-Padua - IPÊ SP

9 Cristiane Cäsar Mastofauna BMIP e Museu PUC Minas MG

10 Diogo Loretto Medeiros Mastofauna IOC – FIOCRUZ / BMIP RJ/MG

11 Eline Matos Martins* Flora BMIP RJ

12 Fabiano Melo Mastofauna UFV MG

13 Fábio de Carvalho Falcão* Mastofauna BMIP MG

14 Fagner Daniel Teixeira Avifauna BMIP MG

15 Felipe Sá Fortes Leite Herpetofauna UFV MG

16 Fernanda Lira Santiago Mastofauna BMIP MG

17 Fernanda Vieira Costa Invertebrados UFOP MG

18 Filipe Machado França Herpetofauna UFPA PA

19 Francisco Mourão Vasconcelos - AMDA MG

20 Gabriel de Freitas Horta Herpetofauna BMIP MG

21 Gisele Mendes Lessa del Giúdice* Mastofauna UFV MG

22 Gisele Pires de Mendonça Dantas Avifauna PUC Minas MG

23 Giselle Cotta Herpetofauna FUNED MG

24 Glória Ramos Soares* Invertebrados BMIP MG

25 Guilherme Henrique Silva de Freitas* Avifauna BMIP MG

26 Hermes Daros Filho - IEMA ES

27 Humberto Espírito Santo de Mello Herpetofauna FPMZB MG

28 Irla Paula Stopa Rodrigues (moderação) - BMIP MG

29 Janaína Aparecida Batista Aguiar - IEF MG

30 José Carlos de Carvalho - Comitê Técnico Fundação Renova MG

31 Juliana Bedoya - Fundação Renova MG

32 Juliana Oliveira Lima - Fundação Renova MG

33 Juliana Ordones Rego Flora FPMZB MG

Page 27: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

27Fundação Renova

COLABORADOR GRUPO TEMÁTICO AFILIAÇÃO ESTADO

34 Junio Augusto dos Santos Silva Mastofauna IBAMA – MG MG

35 Laura Braga de Oliveira Invertebrados UFOP MG

36 Leandro Moraes Scoss Mastofauna Consultor ambiental MG

37 Leonardo de Carvalho Oliveira Mastofauna BMIP e UERJ MG

38 Leony Oliveira - FLONA Goytacazes ES

39 Lilian Mariana Costa Avifauna BMIP MG

40 Marcelo Ferreira de Vasconcelos Avifauna MUSEU PUC Minas MG

41 Marcus Canuto Avifauna Instituto Pró-Raptors MG

42Maria Auxiliadora Drumond

(moderação)- UFMG MG

43 Marie Luise Carolina Bartz Oligochaeta Universidade Positivo PR

44 Mauro Guimarães Diniz Avifauna IBAMA – MG Federal

45 Nina Pougy* Flora BMIP RJ

46 Paula Ferreira dos Santos Mastofauna COPPE/UFRJ e BMIP RJ/MG

47 Pedro Lage Viana Flora MPEG PA

48 Pollyanna Alves de Barros Mastofauna UFV MG

49 Renato Feio* Herpetofauna UFV MG

50 Rodolfo Pessoti Campelo - Fundação Renova MG

51 Rômulo Ribon Avifauna UFV MG

52 Rubens Mota Flora UFMG MG

53 Sarah Maria Vargas Herpetofauna UFES ES

54Sonia Helena Santesso Teixeira de

Mendonça- ICMBio Federal

55 Tarcísio de Souza Duarte Mastofauna BMIP MG

56 Thiago Metzker Flora Conselheiro CRBio 4a região MG

57 Tudy Câmara Mastofauna BMIP e BMMA MG

58 Vinicius Lopes - IEMA ES

59 Vinícius Moreira Mastofauna PERD MG

60 Yasmine Antonini* Invertebrados UFOP MG

Legenda: * coordenadores temáticos

Page 28: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa28

Foto 1 - Abertura oficinal do Evento pela Fundação Renova. Foto 2 - Discussão em grupos sobre as ameaças diretas e fatores indiretos relacionados aos alvos de conservação.

Foto 3 - Trabalho em grupos temáticos para elaboração de matriz de planejamento a partir das estratégias definidas em plenária, constando: Ações (gerais e específicas); período de execução da ação (anos de início e fim); local de desenvolvimento da ação; colaboradores para o desenvolvimento da ação; observações adicionais.

Foto 4 - As ações planejadas pelos diferentes grupos foram discutidas em plenária, visando à construção de uma matriz final.

Foto 5 - Elaboração dos modelos conceituais pelos grupos de estudo. Foto 6 - Elaboração dos modelos conceituais pelos grupos de estudo.

Page 29: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

29Fundação Renova

Foto 9 - Modelos conceituais elaborados pelos grupos de estudo. Foto 10 - Modelos conceituais elaborados pelos grupos de estudo.

Foto 7 - Modelos conceituais elaborados pelos grupos de estudo. Foto 8 - Modelos conceituais elaborados pelos grupos de estudo.

Foto 11 - Exposição dos modelos conceituais elaborados pelos grupos. Foto 12 - Discussão em plenária sobre os resultados alcançados.

Foto 13 - Modelo conceitual único, sendo construído pela equipe de coordenação e apoio, a partir da sistematização dos diferentes modelos elaborados em grupos.

Foto 14 - Modelo conceitual único, sendo construído pela equipe de coordenação e apoio, a partir da sistematização dos diferentes modelos elaborados em grupos.

Page 30: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa30

3. Oficina de Metas e Indicadores

Período e local: 02 a 04 de outubro de 2018, em Belo Horizonte, MG.

Objetivos: concluir, de forma participativa, a matriz de planejamento e monitoramento do Plano de Ação para

Conservação da Biodiversidade Terrestre Afetada pelo Rompimento da Barragem de Fundão em Mariana, Minas

Gerais, por meio da proposição de metas e indicadores exequíveis, dentro do escopo e do prazo de execução

das atividades do Plano de Ação (Fotos 15 a 23). A oficina contou com a participação de 25 pessoas, incluindo os

membros do Grupo de Assessoramento Técnico deste Plano de Ação e alguns atores-chave (Tabela 3).

Tabela 3 – Lista de participantes da Oficina de Metas e Indicadores para Elaboração do Plano de Ação para Conservação da

Biodiversidade Terrestre Afetada pelo Rompimento da Barragem de Fundão em Mariana, Minas Gerais, outubro de 2018.

COLABORADOR AFILIAÇÃO ESTADO GRUPO TEMÁTICO

Atilla Colombo Ferreguetti BIMA ES Mastofauna

Augusto Cezar Francisco Alves Consultor ambiental ES Avifauna

Cristiane Cäsar BMIP / Museu PUC Minas MG Grupo Assessor/ Coordenação/Mastofauna

Eline Matos Martins* BMIP MG Flora

Fabiano Melo UFV MG Mastofauna

Fábio de Carvalho Falcão* BMIP MG Mastofauna

Fernanda Lira Santiago BMIP MG Coordenação

Flávia Toledo Ramos Ramboll – Ministério Publico - Auditoria

Gisele Mendes Lessa del Giúdice* UFV MG Grupo Assessor/Mastofauna

Glória Ramos Soares* BMIP MG Grupo Assessor/Invertebrados

Guilherme Henrique Silva de Freitas* BMIP MG Grupo Assessor/Avifauna

Hermes Daros Filho IEMA ES Grupo Assessor

Irla Paula Stopa Rodrigues UFMG MG Moderação

Janaína Aparecida Batista Aguiar IEF MG Grupo Assessor

Juliana Lima Fundação Renova MG Grupo Assessor

Junio Augusto dos Santos Silva IBAMA - MG MG Mastofauna

Leonardo de Carvalho Oliveira BMIP e UERJ MG Grupo Assessor/Mastofauna

Lilian Mariana Costa BMIP MG Avifauna

Maria Auxiliadora Drumond UFMG MG Moderação

Mauro Guimarães Diniz IBAMA MG Grupo Assessor/Avifauna

Nina Pougy* BMIP MG Grupo Assessor/Flora

Renato Feio* UFV MG Grupo Assessor/Herpetofauna

Tudy Câmara BMIP e BMMA MG Coordenação

Vinicius Andrade Lopes IEMA ES Grupo Assessor

Yasmine Antonini* UFOP MG Grupo Assessor/Invertebrados

Legenda: * coordenadores temáticos

Page 31: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

31Fundação Renova

Foto 15 - Boas vindas e rodada de apresentações. Foto 16 - Nivelamento de conceitos pela moderadora.

Foto 17 - Discussão em grupos sobre as metas e indicadores relacionados as estratégias e ações gerais.

Foto 19 - Discussão em grupos sobre as metas e indicadores relacionados as estratégias e ações gerais.

Foto 18 - Discussão em grupos sobre as metas e indicadores relacionados as estratégias e ações gerais.

Foto 20 - Discussão em grupos sobre as metas e indicadores relacionados as estratégias e ações gerais.

Page 32: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa32

Foto 21 - Discussão em grupo sobre as metas e os indicadores relacionados às estratégias e ações gerais.

Foto 22 - Exposição e discussão em plenária.

Foto 23 - Apresentação em plenária de matriz de metas e indicadores pelo grupo temático de flora.

Page 33: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

33Fundação Renova

ESPÉCIES E REGIÃO-ALVO

No estudo de “Avaliação de Impacto Sobre as Espécies Terrestres Ameaçadas de Extinção” (Golder, 2016), foram identificadas 346 espécies terrestres ameaçadas de extinção e/ou constantes na lista CITES, ocorrentes ou potencialmente ocorrentes na área de abrangência deste Plano de Ação e que foram potencialmente impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão.

Durante o levantamento de informações, foram sugeridas novas espécies que também podem estar susceptíveis às ameaças em função do rompimento da barragem de Fundão. As espécies sugeridas para inclusão e/ou exclusão foram acatadas pelos coordenadores temáticos e demais especialistas participantes da Oficina de Planejamento deste Plano de Ação, que também optaram por excluir as espécies citadas apenas na lista CITES. Dessa forma, a lista atualizada das espécies potencialmente impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão, e objeto deste Plano de Ação, conta com 365 espécies (sendo 331 espécies ameaçadas, Tabela 4). Importante ressaltar que a listagem de espécies-alvo apresentada refere-se, na sua maioria, àquelas consideradas ameaçadas de extinção em listas oficiais. Contudo, a Nota Técnica no 2/2017/CTBio/CIF esclarece que não só essas espécies devem receber atenção quando da elaboração do Plano de Ação. Além disso, a referida Nota Técnica também determina que o Programa de Monitoramento de Fauna e Flora, a ser conduzido em atendimento à Notificação IBAMA no 678322, seja utilizado como fonte de dados primários para subsidiar as demais ações do Plano de Ação. Dessa forma, a lista de espécies apresentada pode ser alterada conforme resultados desses estudos..

Tabela 4 – Número de espécies da Fauna e Flora Terrestres elencadas como espécies-alvo do Plano de Ação para Conservação da Biodiversidade Terrestre Afetada pelo Rompimento da Barragem de Fundão em Mariana, Minas Gerais.

REINO TAXON AMEAÇADAS NÃO AMEAÇADAS TOTAL

FLORA Angiospermas 145 0 145

Briófitas 3 0 3

Samambaias e Licófitas 2 0 2

Total FLORA 150 0 150

FAUNA (Vertebrados) Mamíferos 41 21 62

Aves 95 0 95

Répteis 9 6 15

Anfíbios 4 0 4

Total FAUNA (Vertebrados) 149 27 176

FAUNA (Invertebrados)

Insetos (Lepidoptera)-borboletas

11 0 11

Insetos (Hymenoptera) -formigas

5 0 5

Insetos (Hymenoptera) -abelhas

6 1 7

Insetos (Coleoptera)-besouros

7 1 8

Diplopoda 2 1 3

Oligochaeta 1 3 4

Onychophora 0 1 1

Total FAUNA (invertebrados)

Invertebrados 32 7 39

Total FAUNA 181 34 215

TOTAL 331 34 365

Page 34: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa34

Com base nas informações disponíveis até o momento, as espécies elencadas como alvos de conservação

(Tabela 5) tiveram ações específicas previstas neste Plano, e foram divididas nos seguintes grandes grupos:

FLORA (150 espécies)

• Angiospermas: 145 espécies ameaçadas

• Briophyta: 3 espécies ameaçadas

• Pteridophyta: 2 espécies ameaçadas

FAUNA (215 espécies)

Vertebrados (176 espécies)

• Mamíferos: 62 espécies (41 ameaçadas)

• Aves: 95 espécies ameaçadas

• Répteis: 15 espécies (9 ameaçadas)

• Anfíbios: 4 espécies ameaçadas

Invertebrados (39 espécies)

• Classe Insecta, Ordem Lepidoptera (borboletas): 11 espécies ameaçadas

• Classe Insecta, Ordem Hymenoptera (formigas): 5 espécies ameaçadas

• Classe Insecta, Ordem Hymenoptera (abelhas): 7 espécies (seis ameaçadas)

• Classe Insecta, Ordem Coleoptera (besouros Scarabaeidae): 8 espécies (7 ameaçadas)

• Classe Diplopoda, Ordem Polydesmida: 3 espécies (2 ameaçadas)

• Classe Oligochaeta, Ordem Haplotaxida: 4 espécies (1 ameaçada)

• Classe Onychophora, Ordem Euonychophora: 1 espécie

O arranjo taxonômico das espécies foi baseado em Flora do Brasil (2020) para a flora, Silveira (2002) para

abelhas, Lamas (2004) para borboletas, Baccaro et al. (2015) para formigas, Cupello & Vaz-de-Mello (2014) para

besouros, Costa & Bérnils (2018) e Segalla et al. (2016) para anfíbios e répteis, Piacentini et al. (2015) para aves e

Paglia et al. (2012) para mamíferos.

Page 35: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

35Fundação Renova

Tabela 5 – Lista de espécies elencadas como espécies-alvo do Plano de Ação para Conservação da Biodiversidade Terrestre Afetada pelo Rompimento da Barragem de Fundão em Mariana, Minas Gerais.

FLORA STATUS DE CONSERVAÇÃO

GRUPO FAMÍLIA ESPÉCIE BR MG ES IUCN

Angiospermas Acanthaceae Aphelandra gigantea - - EN -

Angiospermas Acanthaceae Chamaeranthemum beyrichii - - VU -

Angiospermas Acanthaceae Justicia scheidweileri - - VU -

Angiospermas Acanthaceae Ruellia curviflora - - VU -

Angiospermas Amaryllidaceae Griffinia colatinensis CR - CR -

Angiospermas Amaryllidaceae Griffinia espiritensis* EN - - -

Angiospermas Amaryllidaceae Myracrodruon urundeuva - VU - DD

Angiospermas Annonaceae Anaxagorea dolichocarpa - EN - -

Angiospermas Annonaceae Cymbopetalum brasiliense - EN - -

Angiospermas Annonaceae Guatteria sellowiana - VU - -

Angiospermas Annonaceae Guatteria villosissima - VU - -

Angiospermas Annonaceae Marsdenia fontellana - - EN -

Angiospermas Araceae Anthurium longifolium* - - EN -

Angiospermas Araceae Philodendron rhizomatosum* EN - - -

Angiospermas Araliaceae Dendropanax cuneatus - - EN -

Angiospermas Arecaceae Euterpe edulis VU VU VU -

Angiospermas Arecaceae Syagrus ruschiana VU - VU -

Angiospermas Asteraceae Dasycondylus resinosus - - VU -

Angiospermas Asteraceae Lychnophora pinaster - VU - -

Angiospermas Begoniaceae Begonia inconspicua CR - - -

Angiospermas Bignoniaceae Handroanthus arianeae EN - - -

Angiospermas Bignoniaceae Paratecoma peroba EN - CR -

Angiospermas Bignoniaceae Zeyheria tuberculosa VU - - VU

Angiospermas Bixaceae Bixa arbórea - - VU -

Angiospermas Bromeliaceae Aechmea maasii - - VU -

Angiospermas Bromeliaceae Alcantarea roberto-kautskyi - - VU -

Angiospermas Bromeliaceae Billbergia minarum - - VU -

Angiospermas Bromeliaceae Cryptanthus beuckeri - - VU -

Angiospermas Bromeliaceae Dyckia rariflora EN - - -

Angiospermas Bromeliaceae Neoregelia zonata - - VU -

Angiospermas Bromeliaceae Vriesea neoglutinosa - - VU -

Angiospermas Burmanniaceae Miersiella umbellata - - VU -

Angiospermas Burseraceae Trattinnickia ferruginea EN - - -

Angiospermas Burseraceae Trattinnickia mensalis EN - EN -

Angiospermas Caryocaraceae Caryocar edule - VU - -

Angiospermas Celastraceae Tontelea martiana EN - - -

Angiospermas Chrysobalanaceae Couepia belemii VU - EN -

Angiospermas Chrysobalanaceae Couepia schottii EN - - VU

Page 36: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa36

FLORA STATUS DE CONSERVAÇÃO

GRUPO FAMÍLIA ESPÉCIE BR MG ES IUCN

Angiospermas Chrysobalanaceae Exellodendron gracile EN - - -

Angiospermas Chrysobalanaceae Hirtella insignis EN - - -

Angiospermas Chrysobalanaceae Hirtella parviunguis* CR - - -

Angiospermas Chrysobalanaceae Licania arianeae EN - EN -

Angiospermas Connaraceae Rourea cnestidifolia EN - - -

Angiospermas Dilleniaceae Davilla macrocarpa VU - - -

Angiospermas Dilleniaceae Doliocarpus lancifolius EN - - -

Angiospermas Ebenaceae Diospyros inconstans - VU - -

Angiospermas Elaeocarpaceae Sloanea garckeana - - VU -

Angiospermas Elaeocarpaceae Sloanea hirsuta - - VU -

Angiospermas Euphorbiaceae Algernonia dimitrii* CR - - -

Angiospermas Euphorbiaceae Algernonia kuhlmannii CR - - -

Angiospermas Fabaceae Aeschynomene sensitiva - VU - -

Angiospermas Fabaceae Apuleia leiocarpa VU - - -

Angiospermas Fabaceae Centrolobium sclerophyllum - - EN -

Angiospermas Fabaceae Dalbergia nigra VU VU VU VU

Angiospermas Fabaceae Grazielodendron rio-docensis - - VU -

Angiospermas Fabaceae Hymenolobium janeirense - - VU -

Angiospermas Fabaceae Machaerium fulvovenosum - - EN -

Angiospermas Fabaceae Melanoxylon brauna VU VU CR -

Angiospermas Fabaceae Moldenhawera papillanthera VU - - -

Angiospermas Fabaceae Swartzia linharensis VU - EN -

Angiospermas Fabaceae Zollernia modesta - - VU -

Angiospermas Goodeniaceae Scaevola plumieri - - VU -

Angiospermas Heliconiaceae Heliconia episcopalis - - VU -

Angiospermas Heliconiaceae Heliconia richardiana - - VU -

Angiospermas Lamiaceae Hyptis paludosa - - VU -

Angiospermas Lauraceae Cinnamomum quadrangulum VU VU - -

Angiospermas Lauraceae Ocotea pulchella - EN - -

Angiospermas Lauraceae Persea rufotomentosa - CR - -

Angiospermas Lauraceae Rhodostemonodaphne capixabensis EN - - -

Angiospermas Lecythidaceae Cariniana ianeirensis EN - - EN

Angiospermas Lecythidaceae Cariniana legalis EN - - VU

Angiospermas Lecythidaceae Couratari asterotricha EN - EN CR

Angiospermas Lentibulariaceae Utricularia foliosa - - VU -

Angiospermas Malpighiaceae Banisteriopsis sellowiana* VU - - -

Angiospermas Malpighiaceae Bunchosia macilenta VU - VU -

Angiospermas Malpighiaceae Heteropterys oberdanii VU - EN -

Angiospermas Malpighiaceae Lophopterys floribunda - - EN -

Page 37: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

37Fundação Renova

FLORA STATUS DE CONSERVAÇÃO

GRUPO FAMÍLIA ESPÉCIE BR MG ES IUCN

Angiospermas Malpighiaceae Mezia araujoi EN - - -

Angiospermas Malvaceae Pavonia multiflora - - VU -

Angiospermas Marantaceae Goeppertia singularis - - EN -

Angiospermas Marantaceae Maranta subterranea VU - EN -

Angiospermas Marantaceae Saranthe composita VU - VU -

Angiospermas Marantaceae Stromanthe schottiana - - VU -

Angiospermas Melastomataceae Cambessedesia eichleri - - EN -

Angiospermas Melastomataceae Merianthera pulchra VU - CR -

Angiospermas Meliaceae Cedrela fissilis VU - - EN

Angiospermas Meliaceae Cedrela odorata VU - - VU

Angiospermas Moraceae Dorstenia arifolia - VU - -

Angiospermas Moraceae Dorstenia cayapia - VU EN -

Angiospermas Moraceae Dorstenia milaneziana - - EN -

Angiospermas Moraceae Ficus cyclophylla VU - - EN

Angiospermas Myristicaceae Virola bicuhyba EN - - -

Angiospermas Myrtaceae Accara elegans EN - - -

Angiospermas Myrtaceae Campomanesia espiritosantensis* CR - - -

Angiospermas Myrtaceae Myrcia gilsoniana* CR - - -

Angiospermas Myrtaceae Myrcia lineata EN - - VU

Angiospermas Myrtaceae Myrcia riodocensis CR - EN -

Angiospermas Myrtaceae Neomitranthes langsdorffii EN - - VU

Angiospermas Myrtaceae Plinia renatiana* EN - - -

Angiospermas Nyctaginaceae Andradea floribunda - - EN -

Angiospermas Olacaceae Heisteria ovata - VU - -

Angiospermas Orchidaceae Brassia arachnoidea VU - VU -

Angiospermas Orchidaceae Catasetum mattosianum EN - CR -

Angiospermas Orchidaceae Cattleya guttata VU - VU -

Angiospermas Orchidaceae Coryanthes speciosa - - EN -

Angiospermas Orchidaceae Cyrtopodium gigas - - VU -

Angiospermas Orchidaceae Cyrtopodium holstii - - VU -

Angiospermas Orchidaceae Dimerandra emarginata - - EN -

Angiospermas Orchidaceae Epidendrum carpophorum - - EN -

Angiospermas Orchidaceae Epidendrum coronatum - - EN -

Angiospermas Orchidaceae Epidendrum cristatum - - VU -

Angiospermas Orchidaceae Miltonia spectabilis - - VU -

Angiospermas Orchidaceae Notylia microchila EN - VU -

Angiospermas Orchidaceae Rauhiella silvana EN - CR -

Angiospermas Orchidaceae Rodriguezia obtusifolia - - VU -

Angiospermas Orchidaceae Sobralia liliastrum - - VU -

Page 38: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa38

FLORA STATUS DE CONSERVAÇÃO

GRUPO FAMÍLIA ESPÉCIE BR MG ES IUCN

Angiospermas Orchidaceae Trichocentrum fuscum - - VU -

Angiospermas Orchidaceae Trizeuxis falcata - - VU -

Angiospermas Oxalidaceae Oxalis clausenii CR - VU -

Angiospermas Oxalidaceae Oxalis doceana CR - EN -

Angiospermas Oxalidaceae Oxalis kuhlmannii CR VU EN -

Angiospermas Piperaceae Piper vicosanum - - EN -

Angiospermas Poaceae Cryptochloa capillata - - EN -

Angiospermas Poaceae Streptochaeta spicata - - EN -

Angiospermas Rubiaceae Carapichea ipecacuanha VU - - -

Angiospermas Rubiaceae Genipa infundibuliformis - - VU -

Angiospermas Rubiaceae Melanopsidium nigrum VU - - -

Angiospermas Rubiaceae Riodocea pulcherrima EN - EN -

Angiospermas Rubiaceae Rudgea coronata subsp. saint-hilairei CR - CR -

Angiospermas Rubiaceae Rudgea minor - - VU -

Angiospermas Rubiaceae Rudgea reflexa - - EN -

Angiospermas Rubiaceae Standleya kuhlmanni EN - CR -

Angiospermas Rutaceae Conchocarpus cauliflorus CR - - -

Angiospermas Rutaceae Conchocarpus marginatus CR - EN -

Angiospermas Rutaceae Metrodorea maracasana VU - - -

Angiospermas Sapotaceae Chrysophyllum januariense VU - - EX

Angiospermas Sapotaceae Pouteria bullata EN - - VU

Angiospermas Sapotaceae Pouteria butyrocarpa CR - - EN

Angiospermas Solanaceae Solanum sooretamum - - EN -

Angiospermas Vitaceae Cissus coccinea - - VU -

Angiospermas Vitaceae Cissus pulcherrima - EN VU -

Angiospermas Vochysiaceae Erisma arietinum EN - - -

Angiospermas Vochysiaceae Qualea magna* EN - - -

Angiospermas Vochysiaceae Vochysia angelica EN - EN -

Angiospermas Vochysiaceae Vochysia riedeliana - - VU -

Briófitas Brachytheciaceae Zelometeorium patens - - VU -

Briófitas Cephaloziellaceae Cylindrocolea rhizantha - - VU -

Briófitas Lejeuneaceae Verdoornianthus griffinii - - VU -

Samambaias Aspleniaceae Asplenium campos-portoi - - VU -

Samambaias Pteridaceae Adiantum papillosum EN VU

Page 39: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

39Fundação Renova

FAUNA STATUS DE CONSERVAÇÃO

ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE BR MG ES IUCN

MAMÍFEROS

Artiodactyla Tayassuidae Pecari tajacu LC VU VU LC

Artiodactyla Tayassuidae Tayassu pecari VU CR EN VU

Carnivora Canidae Chrysocyon brachyurus VU VU - NT

Carnivora Canidae Speothos venaticus VU CR - NT

Carnivora Felidae Leopardus guttulus VU - - VU

Carnivora Felidae Leopardus pardalis LC VU VU LC

Carnivora Felidae Leopardus wiedii VU EN VU NT

Carnivora Felidae Panthera onca VU CR CR NT

Carnivora Felidae Puma concolor VU VU EN LC

Carnivora Felidae Puma yagouaroundi VU - - LC

Carnivora Mustelidae Lontra longicaudis NT VU - NT

Carnivora Procyonidae Potos flavus LC EN - LC

Chiroptera Furipteridae Furipterus horrens* VU - DD LC

Chiroptera Molossidae Eumops chimaera* - - - -

Chiroptera Natalidae Natalus macrourus VU - - NT

Chiroptera Noctilionidae Noctilio leporinus* LC - - LC

Chiroptera Phyllostomidae Carollia brevicauda LC - VU LC

Chiroptera Phyllostomidae Choeroniscus minor LC EN VU LC

Chiroptera Phyllostomidae Chrotopterus auritus* LC - - LC

Chiroptera Phyllostomidae Diaemus youngii LC VU DD LC

Chiroptera Phyllostomidae Dryadonycteris capixaba* DD - - DD

Chiroptera Phyllostomidae Glyphonycteris sylvestris LC VU - LC

Chiroptera Phyllostomidae Lampronycteris brachyotis LC - VU LC

Chiroptera Phyllostomidae Lichonycteris degener DD - - LC

Chiroptera Phyllostomidae Lonchophylla bokermanni NT EN - EN

Chiroptera Phyllostomidae Lonchorhina aurita VU - - LC

Chiroptera Phyllostomidae Micronycteris hirsuta LC - VU LC

Chiroptera Thyropteridae Thyroptera wynneae* - - - DD

Chiroptera Vespertilionidae Myotis ruber* LC - DD NT

Cingulata Chlamyphoridae Priodontes maximus VU EN CR VU

Didelphimorphia Didelphidae Chironectes minimus* DD VU CR LC

Didelphimorphia Didelphidae Marmosops paulensis* VU - - LC

Didelphimorphia Didelphidae Monodelphis iheringi* NT - - DD

Didelphimorphia Didelphidae Monodelphis scalops* LC - CR LC

Perissodactyla Tapiridae Tapirus terrestris VU EN EN VU

Pilosa Bradypodidae Bradypus torquatus* VU - EN VU

Pilosa Bradypodidae Bradypus variegatus LC - - LC

Pilosa Myrmecophagidae Myrmecophaga tridactyla VU VU RE VU

Page 40: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa40

FAUNA STATUS DE CONSERVAÇÃO

ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE BR MG ES IUCN

MAMÍFEROS

Primates Atelidae Alouatta guariba clamitans VU VU - LC

Primates Atelidae Alouatta guariba guariba CR CR - CR

Primates Atelidae Brachyteles hypoxanthus CR EN CR CR

Primates Callitrichidae Callithrix aurita EN EN - EN

Primates Callitrichidae Callithrix flaviceps EN EN EN EN

Primates Cebidae Sapajus robustus EN EN VU EN

Primates Pitheciidae Callicebus nigrifrons* LC - - NT

Primates Pitheciidae Callicebus personatus VU EN VU VU

Rodentia Caviidae Hydrochoerus hydrochaeris* LC - - LC

Rodentia Cricetidae Abrawayaomys ruschii* LC VU CR LC

Rodentia Cricetidae Blarinomys breviceps* LC - DD LC

Rodentia Cricetidae Calomys cerqueirai* DD - - -

Rodentia Cricetidae Holochilus brasiliensis* LC - - LC

Rodentia Cricetidae Nectomys squamipes* LC - - LC

Rodentia Cricetidae Oxymycterus dasytrichus* LC - - LC

Rodentia Cricetidae Rhagomys rufescens* LC - - VU

Rodentia Cricetidae Rhipidomys tribei* EN - - DD

Rodentia Dasyproctidae Dasyprocta leporina LC - VU LC

Rodentia Echimyidae Euryzygomatomys spinosus* LC - - LC

Rodentia Echimyidae Kannabateomys amblyonyx* LC - CR LC

Rodentia Echimyidae Trinomys moojeni* EN VU - EN

Rodentia Echimyidae Trinomys paratus* LC - - DD

Rodentia Echimyidae Trinomys setosus* LC - - LC

Rodentia Erethizontidae Chaetomys subspinosus* VU - VU VU

FAUNA STATUS DE CONSERVAÇÃO

ORDEM FAMILIA ESPÉCIE BR MG ES IUCN

AVES

Accipitriformes Accipitridae Accipiter poliogaster DD CR DD NT

Accipitriformes Accipitridae Amadonastur lacernulatus VU CR - VU

Accipitriformes Accipitridae Circus buffoni LC - VU LC

Accipitriformes Accipitridae Harpia harpyja VU CR CR NT

Accipitriformes Accipitridae Morphnus guianensis VU CR CR NT

Accipitriformes Accipitridae Pseudastur polionotus NT CR VU NT

Accipitriformes Accipitridae Spizaetus melanoleucus LC EN VU LC

Accipitriformes Accipitridae Spizaetus ornatus ornatus NT EN CR NT

Accipitriformes Accipitridae Spizaetus tyrannus tyrannus - EN VU LC

Accipitriformes Accipitridae Urubitinga coronata EN EN - EN

Apodiformes Apodidae Panyptila cayennensis LC - EN LC

Apodiformes Trochilidae Glaucis dohrnii EN CR CR EN

Page 41: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

41Fundação Renova

FAUNA STATUS DE CONSERVAÇÃO

ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE BR MG ES IUCN

AVES

Apodiformes Trochilidae Phaethornis margarettae margarettae EN - CR LC

Caprimulgiformes Caprimulgidae Nyctidromus hirundinaceus vielliardi* DD - CR LC

Cathartiformes Cathartidae Sarcoramphus papa NT - VU LC

Ciconiiformes Ciconiidae Ciconia maguari LC - CR LC

Ciconiiformes Ciconiidae Jabiru mycteria LC EN - LC

Columbiformes Columbidae Claravis geoffroyi CR(PEX) CR CR CR

Columbiformes Columbidae Geotrygon violacea* DD VU CR LC

Cuculiformes Cuculidae Neomorphus geoffroyi dulcis CR CR CR VU

Falconiformes Falconidae Falco deiroleucus LC CR DD NT

Galbuliformes Bucconidae Chelidoptera tenebrosa brasiliensis - - VU LC

Galbuliformes Bucconidae Monasa morphoeus morphoeus EN CR CR LC

Galbuliformes Bucconidae Notharchus swainsoni NT CR CR LC

Galbuliformes Galbulidae Jacamaralcyon tridactyla NT - DD VU

Galliformes Cracidae Aburria jacutinga EN CR - EN

Galliformes Cracidae Crax blumenbachii CR CR CR EN

Galliformes Cracidae Penelope obscura* LC - VU LC

Galliformes Odontophoridae Odontophorus capueira capueira - EN EN LC

Nyctibiiformes Nyctibiidae Nyctibius aethereus aethereus EN - VU LC

Nyctibiiformes Nyctibiidae Nyctibius grandis grandis - - VU LC

Nyctibiiformes Nyctibiidae Nyctibius leucopterus CR CR - LC

Passeriformes Cardinalidae Amaurospiza moesta moesta* - VU - LC

Passeriformes Cardinalidae Cyanoloxia brissonii sterea - - CR LC

Passeriformes Cotingidae Carpornis melanocephala VU CR VU VU

Passeriformes Cotingidae Cotinga maculata CR CR CR EN

Passeriformes Cotingidae Lipaugus vociferans LC - EN LC

Passeriformes Cotingidae Procnias nudicollis NT EN - VU

Passeriformes Cotingidae Xipholena atropurpurea VU - CR VU

Passeriformes Dendrocolaptidae Glyphorynchus spirurus cuneatus - - VU LC

Passeriformes Dendrocolaptidae Xiphorhynchus guttatus guttatus - - CR LC

Passeriformes Formicariidae Formicarius colma ruficeps - VU VU LC

Passeriformes Furnariidae Cichlocolaptes leucophrus leucophrus - EN DD LC

Passeriformes Furnariidae Thripophaga macroura VU EN DD VU

Passeriformes Grallariidae Grallaria varia intercedens* VU CR - LC

Passeriformes Icteridae Anumara forbesi VU CR - EN

Passeriformes Mimidae Mimus gilvus antelius - - EN LC

Passeriformes Pipridae Machaeropterus regulus LC - VU LC

Passeriformes Pipridae Neopelma aurifrons EN - VU VU

Passeriformes Rhinocryptidae Scytalopus iraiensis* EN - - EN

Passeriformes Rhynchocyclidae Corythopis delalandi LC - EN LC

Page 42: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa42

FAUNA STATUS DE CONSERVAÇÃO

ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE BR MG ES IUCN

AVES

Passeriformes Rhynchocyclidae Rhynchocyclus olivaceus olivaceus - EN VU LC

Passeriformes Scleruridae Sclerurus caudacutus umbretta CR - CR LC

Passeriformes Scleruridae Sclerurus macconnelli bahiae VU - CR LC

Passeriformes Thamnophilidae Dysithamnus plumbeus EN VU - VU

Passeriformes Thamnophilidae Myrmoderus ruficauda ruficauda EN CR - EN

Passeriformes Thamnophilidae Myrmotherula minor* VU CR DD VU

Passeriformes Thamnophilidae Myrmotherula urosticta VU EN EN VU

Passeriformes Thamnophilidae Thamnomanes caesius caesius VU EN CR LC

Passeriformes Thraupidae Sporophila angolensis angolensis - CR CR LC

Passeriformes Thraupidae Sporophila falcirostris* VU EN CR VU

Passeriformes Thraupidae Sporophila frontalis* VU EN CR VU

Passeriformes Thraupidae Sporophila maximiliani* CR CR RE EN

Passeriformes Thraupidae Tangara peruviana* VU - DD VU

Passeriformes Tityridae Iodopleura pipra pipra EN CR DD EN

Passeriformes Tityridae Laniocera hypopyrra LC - CR LC

Passeriformes Tityridae Schiffornis turdina turdina - VU VU LC

Passeriformes Troglodytidae Campylorhynchus turdinus turdinus - CR - LC

Passeriformes Turdidae Cichlopsis leucogenys* EN CR EN EN

Passeriformes Turdidae Turdus fumigatus fumigatus - - VU LC

Passeriformes Tyrannidae Attila spadiceus uropygiatus VU - VU LC

Passeriformes Tyrannidae Conopias trivirgatus trivirgatus - CR DD LC

Passeriformes Tyrannidae Rhytipterna simplex simplex - VU - LC

Pelecaniformes Threskiornithidae Platalea ajaja LC VU - LC

Piciformes Picidae Celeus flavus subflavus CR CR CR LC

Piciformes Picidae Celeus torquatus tinnunculus VU CR CR VU

Piciformes Picidae Melanerpes flavifrons LC VU VU LC

Piciformes Picidae Piculus polyzonus EN - - LC

Piciformes Picidae Veniliornis affinis affinis - CR - LC

Piciformes Ramphastidae Pteroglossus bailloni* NT VU - NT

Psittaciformes Psittacidae Amazona farinosa LC CR CR NT

Psittaciformes Psittacidae Amazona rhodocorytha VU EN CR VU

Psittaciformes Psittacidae Amazona vinacea VU VU CR EN

Psittaciformes Psittacidae Aratinga auricapillus aurifrons - - VU NT

Psittaciformes Psittacidae Pionus reichenowi VU - VU VU

Psittaciformes Psittacidae Pyrrhura cruentata VU CR EN VU

Psittaciformes Psittacidae Pyrrhura leucotis VU CR EN VU

Psittaciformes Psittacidae Touit surdus VU CR EN VU

Page 43: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

43Fundação Renova

FAUNA STATUS DE CONSERVAÇÃO

ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE BR MG ES IUCN

AVES

Strigiformes Strigidae Glaucidium minutissimum LC VU EN LC

Strigiformes Strigidae Pulsatrix perspicillata pulsatrix VU - - LC

Strigiformes Strigidae Strix huhula albomarginata VU - VU LC

Tinamiformes Tinamidae Crypturellus noctivagus NT EN CR NT

Tinamiformes Tinamidae Crypturellus variegatus LC EN EN LC

Tinamiformes Tinamidae Tinamus solitarius NT EN CR NT

Trogoniformes Trogonidae Trogon collaris eytoni EN CR EN LC

FAUNA STATUS DE CONSERVAÇÃO

ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE BR MG ES IUCN

RÉPTEIS

Crocodylia Alligatoridae Caiman latirostris LC - - -

Squamata Amphisbaenidae Amphisbaena nigricauda EN - DD -

Squamata Boidae Corallus hortulanus LC VU - LC

Squamata Boidae Epicrates cenchria - - - -

Squamata Colubridae Tantilla boipiranga - - - VU

Squamata Dactyloidae Dactyloa pseudotigrina VU - - -

Squamata Dipsadidae Philodryas laticeps DD - - -

Squamata Teiidae Ameivula nativo EN - VU -

Squamata Teiidae Salvator merianae LC - - LC

Squamata Viperidae Boa constrictor constrictor - - - -

Squamata Viperidae Bothrops bilineatus bilineatus - - VU -

Squamata Viperidae Lachesis muta - CR VU VU

Testudines Chelidae Hydromedusa maximiliani DD CR VU VU

Testudines Testudinidae Chelonoidis carbonarius LC - - -

Testudines Testudinidae Chelonoidis denticulatus LC - DD VU

FAUNA STATUS DE CONSERVAÇÃO

ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE BR MG ES IUCN

ANFÍBIOS

Anura Aromobatidae Allobates olfersioides VU - - VU

Anura Leptodactylidae Physalaemus maximus VU - - DD

Anura Microhylidae Chiasmocleis lacrimae - - - EN

Anura Microhylidae Dasypops schirchi LC - - VU

FAUNA STATUS DE CONSERVAÇÃO

ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE BR MG ES IUCN

BORBOLETAS

Lepidoptera Hesperiidae Drephalys mourei CR - - -

Lepidoptera Hesperiidae Parelbella polyzona EN - - -

Lepidoptera Lycaenidae Arawacus aethesa EN EN VU EN

Page 44: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa44

FAUNA STATUS DE CONSERVAÇÃO

ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE BR MG ES IUCN

BORBOLETAS

Lepidoptera Nymphalidae Heliconius nattereri EN - VU CR

Lepidoptera Nymphalidae Hyalyris leptalina CR VU VU -

Lepidoptera Nymphalidae Mcclungia cymo fallens CR VU - -

Lepidoptera Nymphalidae Tithorea harmonia caissara VU EN VU -

Lepidoptera Papilionidae Heraclides himeros himeros EN - CR -

Lepidoptera Papilionidae Mimoides lysithous sebastianus VU - - -

Lepidoptera Pieridae Glennia pylotis EN - - -

Lepidoptera Pieridae Moschoneura pinthous methymna VU - VU -

FAUNA STATUS DE CONSERVAÇÃO

ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE BR MG ES IUCN

FORMIGAS

Hymenoptera Formicidae Anochetus oriens VU - - -

Hymenoptera Formicidae Atta robusta VU - VU -

Hymenoptera Formicidae Diaphoromyrma sofiae* EN - - -

Hymenoptera Formicidae Dinoponera lucida EN - - -

Hymenoptera Formicidae Trachymyrmex atlanticus VU - - -

FAUNA STATUS DE CONSERVAÇÃO

ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE BR MG ES IUCN

ABELHAS

Hymenoptera Apidae Epicharis (Epicharana) pygialis - VU - -

Hymenoptera Apidae Epicharis (Epicharitides) minima - EN - -

Hymenoptera Apidae Eufriesea aeneiventris - EN - -

Hymenoptera Apidae Melipona (Michmelia) capixaba EN - EN -

Hymenoptera Apidae Melipona (Michmelia) rufiventris EN - - -

Hymenoptera Apidae Xylocopa truxali LC - - -

Hymenoptera Colletidae Hexantheda missionica - VU - -

FAUNA STATUS DE CONSERVAÇÃO

ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE BR MG ES IUCN

BESOUROS

Coleoptera Lucanidae Syndesus schuberti - VU - -

Coleoptera Scarabaeidae Ateuchus squalidus VU - - VU

Coleoptera Scarabaeidae Coprophanaeus machadoi LC CR - -

Coleoptera Scarabaeidae Coprophanaeus punctatus LC CR - -

Coleoptera Scarabaeidae Deltochilum (Calhyboma) elevatum LC VU - -

Coleoptera Scarabaeidae Dichotomius schiffleri EN - CR EN

Coleoptera Scarabaeidae Dynastes hercules paschoali NT - CR -

Coleoptera Scarabaeidae Oxysternon pteroderum* NT - - NT

Page 45: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

45Fundação Renova

FAUNA STATUS DE CONSERVAÇÃO

ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE BR MG ES IUCN

FAUNA STATUS DE CONSERVAÇÃO

ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE BR MG ES IUCN

DIPLÓPODOS

Polydesmida Chelodesmidae Odontopeltis aleijadinho LC - - -

Polydesmida Chelodesmidae Odontopeltis giganteus VU - - -

Polydesmida Pseudonannolenidae Pseudonannolene gogo VU - - -

FAUNA STATUS DE CONSERVAÇÃO

ORDEM FAMÍLIA GÊNERO/ESPÉCIE BR MG ES IUCN

OLIGOQUETOS

Haplotaxida Glossoscolecidae Rhinodrilus senckenbergi - - - -

Haplotaxida Glossoscolecidae Rhinodrilus sp. nov.2 - - - -

Haplotaxida Glossoscolecidae Urobenus spp. - - - -

Haplotaxida Glossoscolecidae Fimoscolex sporadochaetus EN CR - -

FAUNA STATUS DE CONSERVAÇÃO

ORDEM FAMÍLIA GÊNERO BR MG ES IUCN

ONICÓFOROS

Euonychophora Peripatidae Epiperipatus sp.* - - - - Legenda: Listas atualizadas de Golder (2016). * Espécies sugeridas para inclusão por especialistas durante aplicação dos questionários e/ou durante a Oficina de Planejamento deste Plano de Ação, com validação da coordenação temática e dos demais participantes da oficina.

BR = Brasil (ICMBio, 2018; MMA 2014a, b: Fauna: Portaria MMA/444; Flora: Portaria MMA/443); MG = Minas

Gerais (Fauna: COPAM, 2010; Flora: COPAM, 2008); ES = Espírito Santo, fonte (IEMA, 2005; Passamani & Mendes,

2007); IUCN = Status mundial (International Union for Conservation of Nature, 2019) http://www.iucnredlist.

org/. ( - ) Não Ameaçada ou Não Avaliada (mais detalhes nas fichas das espécies); DD: Dados Insuficientes; LC:

Menos Preocupante; NT: Quase Ameaçado; VU: Vulnerável; EN: Em Perigo; CR: Criticamente Em Perigo; CR(PEX):

Criticamente Em Perigo (Possivelmente Extinta); RE: Regionalmente Extinta e EW: Extintas na Natureza. Em

negrito: categoria de ameaça.

Page 46: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa46

AMEAÇAS E VETORES DE PRESSÃO

CONTEXTUALIZAÇÃO DAS AMEAÇAS ÀS ESPÉCIES-ALVOEstima-se que 39,2 milhões de metros cúbicos de rejeitos e água foram liberados com o rompimento da Barragem de Fundão. O material liberado fluiu à jusante da barragem de Santarém, seguindo pelo córrego Santarém, entrando no rio Gualaxo do Norte, que deságua no rio do Carmo, que é um tributário do alto rio Doce. Nesse trajeto, a enxurrada de água e rejeitos causou sérios impactos aos ecossistemas.

Para elaboração deste Plano de Ação, foi trabalhado o seguinte conceito de ameaças, conforme usado pelo ICMBio (Renata Azevedo – CPB/ICMBio, comunicação pessoal):

• São fatores que afetam de forma negativa as espécies e ambientes. Podem ser atividades humanas, fatores ambientais ou características próprias, com efeitos negativos diretos ou indiretos sobre os alvos de conservação.

Além desse conceito, foram utilizados também os vetores de impacto, ou seja, as diferentes maneiras pelas quais o rompimento da Barragem de Fundão pode afetar as espécies (Golder, 2016):

1) Perda de ecossistema resultante da erosão e deposição de rejeitos: esse vetor inclui a perda de ecossistemas que sustentam espécies terrestres ameaçadas de extinção, em função da ação física da água, dos rejeitos e dos detritos na remoção da vegetação e dos solos, e soterramento de ecossistemas presentes antes do rompimento da represa, devido à deposição de rejeitos e detritos.

2) Mudança na condição do ecossistema em função da erosão e deposição de rejeitos e detritos: esse vetor inclui mudanças nos ecossistemas que sustentam espécies terrestres ameaçadas de extinção. Diferente do vetor acima mencionado, os ecossistemas afetados não foram removidos, mas sim impactados.

3) Alterações na conectividade resultantes da perda de ecossistemas ou das alterações na condição dos ecossistemas: as populações das espécies-alvo podem ter sofrido perda de conectividade em função de mudanças na disposição espacial de ecossistemas ou em função de dificuldades para a transposição das áreas onde houve a deposição dos rejeitos.

4) Mortalidade causada pela inundação: mortalidade de indivíduos das espécies-alvo causada pela ação física da água, dos rejeitos e dos detritos.

5) Mortalidade em função da deposição de rejeitos: mortalidade de indivíduos das espécies-alvo causada por atolamento na lama de rejeitos, depositada após a enchente provocada pelo rompimento da barragem.

6) Mortalidade ou morbidade por metais e outros químicos liberados no ambiente: mudança na qualidade da água ou do solo pelo aumento das concentrações de metais e outros contaminantes, resultando em efeitos diretos sobre as espécies-alvo (que interagem com água e/ou solo) ou através de interações tróficas com as espécies afetadas.

7) Sobrevivência ou sucesso reprodutivo reduzidos, devido a alterações nas cadeias alimentares a partir dos ambientes aquáticos: mudanças na abundância de organismos aquáticos, de comunidades de plantas ou populações de animais terrestres podem ter afetado negativamente as espécies-alvo através da alteração da disponibilidade de recursos.

Page 47: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

47Fundação Renova

8) Efeito sobre o sucesso reprodutivo das plantas, em função de alterações na abundância de polinizadores provenientes de ambientes aquáticos: redução de populações de polinizadores provenientes de ambientes aquáticos afetados podem reduzir o sucesso reprodutivo das espécies de plantas-alvo deste Plano de Ação.

9) Redução na eficiência de forrageamento, em função de alterações na qualidade da água (ex: aporte de sedimentos): mudanças nas propriedades físicas da água, em função do aumento da carga de sedimentos, podem reduzir a eficiência de forrageamento para certas espécies terrestres ameaçadas de extinção que se alimentam na água.

Os vetores descritos acima afetam, principalmente, a área próxima ao rompimento da Barragem de Fundão e seus impactos vão diminuindo à medida que se aproximam do Oceano Atlântico. Além desses, a perda ou diminuição populacionais podem ter afetado as interações entre espécies que podem afetar a cascata trófica (Paine, 1980), ou seja, um efeito indireto que um nível trófico exerce em demais níveis tróficos através do efeito direto em níveis tróficos intermediários. Essa cascata trófica pode ter consequências negativas para as espécies-alvo.

Especialistas também foram consultados sobre como as ameaças provenientes do rompimento da barragem podem afetar outras espécies da fauna e flora, seguindo os seguintes critérios:

1) Abrangência do impacto: a proporção espacial do alvo que foi (ou será) afetada num dado espaço de tempo, normalmente 10 anos, caso sejam mantidas as circunstâncias e tendências atuais.

a. Para ecossistemas e comunidades ecológicas: a porcentagem de ocorrência sobre ecossistema-alvo afetado.

b. Para as espécies: a proporção da população da espécie-alvo afetada.

2) Intensidade do impacto: nível do dano causado ou esperado sobre o alvo de biodiversidade causado pela ameaça, caso sejam mantidas as circunstâncias e tendências atuais.

a. Para ecossistemas e comunidades ecológicas: o grau de destruição ou degradação do alvo dentro da abrangência da ameaça.

b. Para as espécies: o grau de redução da população da espécie-alvo dentro da abrangência da ameaça.

3) Irreversibilidade: grau em que os efeitos de uma ameaça podem ser revertidos e o alvo de

biodiversidade afetado pela ameaça pode ser restaurado, se a ameaça deixar de existir.

Page 48: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa48

A análise das informações obtidas pelos questionários recebidos permitiu mapear os vetores já citados no

documento da Golder (2016), sendo todos eles citados ao longo das fichas. O mais indicado, listado em 25 fichas,

foi “Perda de ecossistema, resultante da erosão e deposição de rejeitos”. Em seguida, três impactos tiveram quase

o mesmo número de citações: “Mudança na condição do ecossistema, em função da erosão e deposição de

rejeitos e detritos”; “Alterações na conectividade, resultantes da perda de ecossistemas ou alterações na condição

dos ecossistemas” e “Perda ou diminuição populacionais”, citados em 17, 16 e 16 fichas, respectivamente (Figura 2).

Além dos vetores indicados, obteve-se a sugestão de outros, com impacto direto e/ou indireto nas espécies

e/ou nos ambientes, como: criação de barreiras artificiais que podem influenciar no fluxo gênico natural

entre os indivíduos de uma mesma espécie; favorecimento à instalação de espécies invasoras oportunistas;

diminuição/perda de fonte alimentar (incluindo insetos, néctar, flores, frutos e animais vertebrados); efeito

migratório desordenado de indivíduos sobreviventes; eliminação total ou parcial de presas aquáticas;

ocorrência de caça por represália ou retaliação, que representa um impacto indireto à eliminação ou redução

da disponibilidade de presas aquáticas, o que intensificaria o conflito entre lontras e pescadores ou produtores

de peixes e camarões, por exemplo; dentre outros.

Figura 2 - Ameaças às espécies-alvo, identificadas no levantamento de informações (aplicação do questionário).

Para todos os vetores acima indicados, foram mapeadas 22 ações e sugestões para mitigar, remediar e/

ou compensar os danos citados, tendo destaque a remediação e recuperação de ambientes, as ações de

conservação de áreas prioritárias, o inventário e monitoramento da área afetada e seu entorno, o plantio

das áreas desmatadas com espécies nativas.

Page 49: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

49Fundação Renova

Considerando o grande número de espécies dentro do escopo desse Plano (365 espécies de diversos grupos

taxonômicos) e que uma mesma ameaça pode afetar negativamente várias espécies de maneira semelhante, o

Plano de Ação focou em ações de redução/mitigação de ameaças e não em ações específicas para espécies, a

não ser em casos peculiares. É importante mencionar que essas ameaças são referentes aos vetores de impactos

gerados em decorrência do rompimento da Barragem de Fundão, que é o alvo do presente Plano de Ação.

Durante a oficina de planejamento, os participantes foram convidados a refletir sobre as ameaças aos alvos

de conservação e os fatores indiretos que contribuíam para as ameaças, sendo elaborado um modelo

conceitual adaptado do método Padrões Abertos para a Prática da Conservação (The Conservation Measures

Partnership – CMP, 2007, Figura 3). Os padrões abertos têm como propósito principal orientar as decisões

programáticas da gestão de projetos de conservação, como, por exemplo, identificando as melhores

intervenções para o êxito da conservação.

Figura 3 - Modelo conceitual único, no qual são identificadas ameaças e fatores a elas relacionados, que impactam os diferentes grupos da flora e fauna terrestres afetados pelo rompimento da barragem de Fundão. Fonte: Elaborado pelos participantes da Oficina de Planejamento. Legenda: Retângulo verde escuro = Área afetada pelo rompimento da barragem de Fundão; Elípses verde claro = Espécie-alvo; Retângulos rosa = ameaças diretas aos alvos de conservação; Retângulos laranja = Fatores contribuintes e efeitos das

ameaças; Setas = conexão entre os elementos do modelo conceitual.

Page 50: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa50

OPORTUNIDADES DO PLANO DE AÇÃO

A elaboração deste Plano de Ação, em atendimento à Deliberação no 91 do CIF, com base na Nota Técnica

no 02/2017/CTBio/CIF, permitiu gerar ações efetivas que resultarão em benefícios diretos sobre as espécies

ameaçadas da fauna e flora terrestres na região afetada pelo rompimento da barragem de Fundão, permitindo

a reparação ou mitigação dos danos causados pelo rompimento. Além disso, entende-se que este Plano de

Ação proporcionará:

1) a sistematização do conhecimento da fauna e flora da região do rio Doce;

2) melhor compreensão sobre os principais agentes causadores de danos e impactos à fauna e flora do rio Doce;

3) apoio à Gestão nas Unidades de Conservação dentro ou próximo ao escopo deste Plano de Ação;

4) incremento do conhecimento da biodiversidade no Brasil, visto que áreas com pouco ou sem estudos

serão amostradas;

5) oportunidade de reunir um grande grupo de interessados (pesquisadores, ONGs e outras organizações da

sociedade civil, gestores de UCs e outros) para um debate construtivo sobre as ações a serem incorporadas

para a mitigação e reparação dos danos sobre a flora e fauna terrestres, lacunas de conhecimento e ações

integradas de conservação.

E, por último, as oportunidades acima mencionadas poderão contar com custeio, o que é o fator limitante em

projetos e Planos de Ação.

Page 51: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

51Fundação Renova

Rubens Mota

Philodendron rhizomatosum

Page 52: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa52

ESPÉCIES-ALVO DO PLANO DE AÇÃO

FLORA

Nina Pougy & Eline Matos Martins A diversidade da flora brasileira é a maior do mundo. Atualmente, são conhecidas mais

de 36 mil espécies de plantas nativas, sendo mais de 33 mil pertencentes ao grupo das

Angiospermas, cerca de 1,3 mil espécies de Samambaias e Licófitas, 1,5 mil espécies de

Briófitas e 29 espécies de Gimnospermas (Flora do Brasil, 2020 em construção). Desse total

de espécies, cerca de 53% são endêmicas do Brasil, ou seja, só são encontradas em nosso

território. A flora brasileira se distribui pelos diferentes biomas e fitofisionomias brasileiras,

ocorrendo em áreas de florestas, restingas, manguezais e campos. Também possui diferentes

formas de vida, desde grandes árvores, arbustos e subarbustos, até ervas, lianas e trepadeiras.

Em 2014, como resultado da avaliação de risco de extinção de 4.617 espécies, a Lista Oficial

de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção foi publicada, apresentando 2.113 espécies

ameaçadas (MMA, 2014b).

Todas as informações constantes nas fichas das espécies (pág. 58 a 133) sobre ”Status e

critérios de ameaça” foram escritas de acordo com a avaliação do Centro Nacional de

Conservação da Flora (CNCFlora), publicada em Lista Vermelha da flora brasileira versão

2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.

br>. Já as informações sobre “Nome comum” e “Ecologia (Habitat)” foram retiradas da Flora do

Brasil 2020, disponível em <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/>.

PARTE II

Page 53: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

53Fundação Renova

Guatteria villosissima

Lychnophora pinaster

Rubens Mota

Rubens Mota

Page 54: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa54

ANGIOSPERMAS

Familia Acanthaceae

Aphelandra gigantea (Rizzini) Profice

Nome comum: crista-de-galinhaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, devido à perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É um arbusto terrícola que ocorre na Mata Atlântica, em áreas de Floresta Ombrófila. É endêmica do Brasil e ocorre nos estados da Bahia, do Espírito Santo e de Minas Gerais.

Chamaeranthemum beyrichii Nees

Nome comum: não possuiAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, devido à perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, terrícola, endêmica do Brasil. Cresce em áreas de Floresta Ombrófila, exclusivamente no bioma Mata Atlântica, nos estados do Espírito Santo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.

Page 55: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

55Fundação Renova

Justicia scheidweileri V.A.W. Graham

Nome comum: camarãoAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, devido à perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, terrícola, endêmica do Brasil e do Mata Atlântica. Encontrada em áreas de Floresta Ombrófila, ocorre nos estados do Espírito Santo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.

Ruellia curviflora Nees & Mart.

Nome comum: ruéliaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outro estado, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, devido à perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É um arbusto, terrícola, encontrado em áreas de Floresta Ombrófila, restrito ao bioma Mata Atlântica. Endêmica do Brasil, tem distribuição restrita aos estados da Bahia e do Espírito Santo.

Page 56: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa56

Familia Amaryllidaceae

Griffinia colatinensis Ravenna

Nome comum: açucenaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = CR

• Lista nacional: CR B2ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É uma espécie considerada rara na natureza, conhecida apenas por duas subpopulações no município de Colatina, no Espírito Santo, em áreas fora de Unidades de Conservação. A destruição da Mata Atlântica afeta diretamente a sua distribuição geográfica e a qualidade do seu habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, terrícola, encontrada em áreas de Floresta Estacional Semidecidual, exclusivamente no domínio da Mata Atlântica. É endêmica do Brasil e tem distribuição restrita ao estado do Espírito Santo.

Griffinia espiritensis Ravenna

Nome comum: açucenaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista nacional: EN B2ab(ii,iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie tem valor ornamental, distribuição restrita e ocorre na Mata Atlântica do litoral, um habitat historicamente alterado e fragmentado. Apesar de ter registros de ocorrência dentro da Reserva Biológica de Sooretama, no Estado do Espírito Santo, a espécie ainda está sob risco de extinção.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, aquática, terrícola encontrada em áreas de Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila e Restinga. É endêmica do Brasil e ocorre exclusivamente no domínio da Mata Atlântica, nos estados da Bahia e do Espírito Santo.

Page 57: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

57Fundação Renova

Familia Amaryllidaceae

Griffinia colatinensis Ravenna

Nome comum: açucenaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = CR

• Lista nacional: CR B2ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É uma espécie considerada rara na natureza, conhecida apenas por duas subpopulações no município de Colatina, no Espírito Santo, em áreas fora de Unidades de Conservação. A destruição da Mata Atlântica afeta diretamente a sua distribuição geográfica e a qualidade do seu habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, terrícola, encontrada em áreas de Floresta Estacional Semidecidual, exclusivamente no domínio da Mata Atlântica. É endêmica do Brasil e tem distribuição restrita ao estado do Espírito Santo.

Griffinia espiritensis Ravenna

Nome comum: açucenaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista nacional: EN B2ab(ii,iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie tem valor ornamental, distribuição restrita e ocorre na Mata Atlântica do litoral, um habitat historicamente alterado e fragmentado. Apesar de ter registros de ocorrência dentro da Reserva Biológica de Sooretama, no Estado do Espírito Santo, a espécie ainda está sob risco de extinção.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, aquática, terrícola encontrada em áreas de Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila e Restinga. É endêmica do Brasil e ocorre exclusivamente no domínio da Mata Atlântica, nos estados da Bahia e do Espírito Santo.

Myracrodruon urundeuva Allemão

Nomes comuns: aroeira-do-sertãoAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não ocorre no estado

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: DD

Justificativa: É uma espécie conhecida pelo valor de sua madeira, porém não existem dados formais de extração. Além do uso madeireiro, a espécie também apresenta potencial farmacológico e ocorre em áreas que se encontram severamente degradadas.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore que possui ampla distribuição, crescendo em áreas de Caatinga (stricto sensu), Floresta Ciliar,

Floresta Estacional Semidecidual e área antropizada. Não é endêmica do Brasil e ocorre nos domínios do Cerrado, da Caatinga e da Mata Atlântica.

Familia Annonaceae

Anaxagorea dolichocarpa Sprague & Sandwith

Nome comum: paixinhoAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar de ocorrer em outros estados, a espécie encontra-se ameaçada regionalmente no estado de Minas Gerais, principalmente devido à degradação e perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, terrícola, encontrada em áreas de Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila, Restinga e Floresta de Terra Firme. Tem ampla distribuição, não é endêmica do Brasil e ocorre nos domínios da Amazônia e do Cerrado.

Page 58: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa58

Cymbopetalum brasiliense (Vell.) Benth. ex Baill.

Nome comum: envira-da-mataAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar de ter ampla distribuição e ocorrer em outros estados, a espécie encontra-se ameaçada de extinção regionalmente, no estado de Minas Gerais, principalmente devido à degradação e perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É um arbusto ou árvore, encontrado em áreas de Floresta Ombrófila e Floresta de Terra Firme nos domínios da Amazônia e da Mata Atlântica. Tem ampla distribuição e não é endêmica do Brasil.

Guatteria sellowiana Schltdl.

Nome comum: pindaíbaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar de ter ampla distribuição e ocorrer em outros estados, a espécie encontra-se ameaçada de extinção regionalmente, no estado de Minas Gerais, principalmente devido à degradação e perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, terrícola, encontrada em áreas de Campo de Altitude, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar e Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila. É endêmica do Brasil, tem ampla distribuição e ocorre nos domínios do Cerrado e da Mata Atlântica.

Page 59: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

59Fundação Renova

Guatteria villosissima A.St.-Hil. Nome comum: pindaíba-peludaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar de ocorrer em outros estados, a espécie encontra-se ameaçada de extinção regionalmente, no estado de Minas Gerais, principalmente devido à degradação e perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, terrícola, encontrada em áreas de Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila. É endêmica do Brasil, ocorre exclusivamente no domínio da Mata Atlântica, nos estados do Espírito Santo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.

Marsdenia fontellana Morillo & Carnevali

Nome comum: não possuiAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = EN

• Lista nacional: DD

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar de ocorrer em outro estado, a espécie encontra-se ameaçada de extinção regionalmente, no Espírito Santo, principalmente devido à degradação e perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma liana/trepadeira, encontrada em áreas de Floresta Ombrófila, exclusivamente no domínio da Mata Atlântica. É endêmica do Brasil e ocorre nos estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro.

Page 60: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa60

Familia Araceae

Anthurium longifolium (Hoffmanns.) G. Don

Nome comum: antúrioAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar de ocorrer em outros estados, a espécie encontra-se ameaçada de extinção regionalmente, no Espírito Santo, principalmente devido à degradação e perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, epífita, rupícola, encontrada em áreas de Floresta Ombrófila, exclusivamente no domínio da Mata Atlântica. É endêmica do Brasil e ocorre nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Philodendron rhizomatosum Sakur. & Mayo

Nome comum: filodendroAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não ocorre no estado

• Lista nacional: EN B1ab(i,ii,iii)+2ab(i,ii,iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É uma espécie madeireira e com grande potencial ornamental. Sua distribuição está em áreas impactadas pelo aumento da frequência de incêndios, pela expansão da pecuária, do ecoturismo e pela invasão de espécies exóticas. Todos esses vetores de pressão resultam na perda de disponibilidade e qualidade de habitat para a espécie.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, terrícola, encontrada, exclusivamente, em áreas de Campo Rupestre do Cerrado. É endêmica do Brasil e tem distribuição restrita ao estado de Minas Gerais.

Page 61: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

61Fundação Renova

Familia Araliaceae

Dendropanax cuneatus (DC.) Decne. & Planch.

Nome comum: embirutóAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, devido à perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, terrícola, encontrada em áreas de Floresta Ciliar, Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila. Tem ampla distribuição, não é endêmica do Brasil e ocorre nos domínios da Amazônia, da Caatinga, do Cerrado, da Mata Atlântica e do Pantanal.

Familia Arecaceae Euterpe edulis Mart. Nome comum: jussaraAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = VU

• Lista nacional: VU A1acd

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar de amplamente distribuída e de, geralmente, apresentar uma elevada abundância, apresenta crescimento lento, sem capacidade de rebrota, e depende de florestas bem preservadas. Além disso, vem sendo submetida a uma intensa exploração para a extração do palmito em praticamente toda a sua área de distribuição. A extração ocorre por meio da derrubada dos indivíduos adultos, preferencialmente aqueles de maior porte, e a subsequente retirada do meristema apical, levando à morte das plantas. Em vários remanescentes de Mata Atlântica, é possível encontrar claros vestígios da extração irresponsável da espécie, com grande número de indivíduos maduros derrubados.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, terrícola, encontrada em áreas de Floresta Ciliar e Floresta Ombrófila. Tem ampla distribuição, não é endêmica do Brasil e ocorre nos domínios do Cerrado e da Mata Atlântica.

 

Page 62: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa62

Syagrus ruschiana (Bondar) Glassman

Nome comum: coco-da-pedraAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: VU B1ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie apresenta uma distribuição restrita em uma região de Mata Atlântica bastante impactada e fragmentada devido a desmatamento, queimadas e mineração.

ECOLOGIA (HABITAT) É uma palmeira que cresce em afloramentos rochosos. Endêmica do Brasil, ocorre exclusivamente no do-mínio da Mata Atlântica, nos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Familia Asteraceae

Dasycondylus resinosus (Spreng.) R. M. King & H. Rob.

Nome comum: não possuiAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, devido à perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É um arbusto que ocorre em floresta estacional semidecidual e em restingas no Bioma Mata Atlântica, nos estados do Espírito Santo, do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Paraná. É endêmica do Brasil.

 

Page 63: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

63Fundação Renova

Lychnophora pinaster Mart.

Nome comum: arnicaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não ocorre no estado

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie ocorre somente no estado de Minas Gerais e está sob ameaça incidente da mineração, da expansão urbana, do turismo, da agricultura, da pecuária e de queimadas.

ECOLOGIA (HABITAT)

A espécie pode ser arbustiva ou arbórea e cresce nos Campos Rupestres do Cerrado mineiro. É endêmica do Brasil, sendo encontrada somente no estado de Minas Gerais.

Familia Begoniaceae

Begonia inconspicua Brade

Nome comum: begoniaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista nacional: CR B2ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie é considerada rara e possui distribuição muito restrita, sendo encontrada apenas na região do rio Doce, no estado do Espírito Santo. Sua região de ocorrência sofreu grande impacto da ação humana com redução da vegetação nativa de, pelo menos, 80% em relação à original.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma liana, endêmica do Brasil, ocorre exclusivamente no bioma Mata Atlântica do estado do Espírito Santo.

Page 64: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa64

Familia Bignoniaceae

Handroanthus arianeae (A. H. Gentry) S. Grose

Nome comum: ipê-pretoAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista nacional: EN B2ab(ii,iii,iv)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie tem distribuição restrita ao Vale do Rio Doce, no Espírito Santo. Apresenta poucos e antigos registros de coleta; e nessas regiões a Mata Atlântica sofreu intensa redução da cobertura florestal.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, endêmica do Brasil, ocorrendo exclusivamente no estado do Espírito Santo. Ocorre em Floresta Estacional Perenifólia e em Floresta Ombrófila do bioma Mata Atlântica.

Paratecoma peroba (Record) Kuhlm.

Nomes comuns: peroba, ipê-perobaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = CR

• Lista nacional: EN B2ab(ii,iii,iv,v)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É uma árvore que sofreu intenso corte seletivo devido ao seu potencial madeireiro. Além disso, seus habitats encontram-se fragmentados, devido à redução da vegetação original por diversas ameaças.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, endêmica do Brasil, com ocorrência nos estados do Espírito Santo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. É exclusiva do bioma Mata Atlântica.

Page 65: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

65Fundação Renova

Zeyheria tuberculosa (Vell.) Bureau ex Verl.

Nomes comuns: buxo-de-boi, culhões-de-bode, Ipê-tabaco Autores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: VU A2cd

• Lista internacional: VU

Justificativa: É uma árvore que possui madeira de ótima qualidade, muito utilizada na construção civil, na fabricação de cercas e ferramentas. Está ameaçada pelo corte seletivo e pela redução e perda de qualidade do seu habitat de ocorrência.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, encontrada nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga.

Familia Bixaceae

Bixa arborea Huber

Nome comum: urucumAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, devido à perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, de ampla distribuição, encontrada em áreas de Floresta Ciliar, Floresta de Terra Firme e Floresta Ombrófila, nos domínios da Amazônia e da Mata Atlântica.

Page 66: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa66

Familia Bromeliaceae

Aechmea maasii Gouda & W. Till

Nome comum: broméliaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie ocorre em áreas que sofrem forte pressão da expansão urbana, o que se configura como uma ameaça às suas populações e a seu habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)É uma erva, epífita, apresenta distribuição bastante restrita, ocorrendo em áreas de Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila e Restinga, exclusivamente no domínio da Mata Atlântica. É endêmica do Brasil e ocorre somente nos estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro.

Alcantarea roberto-kautskyi Leme

Nome comum: broméliaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, devido à perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, rupícola, ocorre exclusivamente sobre afloramentos rochosos no domínio da Mata Atlântica. É endêmica do Brasil e ocorre somente nos estados do Espírito Santo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.

Page 67: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

67Fundação Renova

Billbergia minarum L. B. Sm.

Nome comum: broméliaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, devido à perda de habitat. E, no estado de Minas Gerais, ocorre em áreas de interesse para a mineração de ferro.

ECOLOGIA (HABITAT)É uma erva, epífita, ocorre exclusivamente no domínio da Mata Atlântica, em área de Floresta Ombrófila. É endêmica do Brasil, com distribuição restrita aos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais.

Cryptanthus beuckeri E. Morren

Nome comum: broméliaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie possui distribuição restrita e ocorre em áreas que sofrem com um declínio contínuo na qualidade do habitat. Assim, extinções locais podem colocar a espécie sob risco de extinção.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, terrícola, que ocorre exclusivamente no domínio da Mata Atlântica, em área de Floresta Ombrófila. É endêmica do Brasil, com distribuição restrita aos estados da Bahia e do Espírito Santo.

Page 68: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa68

Dyckia rariflora Schult. & Schult.f.

Nome comum: broméliaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não ocorre no estado

• Lista nacional: EN B1ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie possui distribuição restrita, ocorrendo somente nos campos rupestres da cadeia de montanhas do Espinhaço, em Minas Gerais. A pressão histórica das pastagens naturais, da mineração, das queimadas e o extrativismo ilegal são potenciais ameaças que colocam a espécie sob risco de extinção.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, rupícola, com distribuição restrita, que ocorre exclusivamente em áreas de campo rupestre no Cerrado. É endêmica do Brasil e ocorre somente no estado de Minas Gerais.

Neoregelia zonata L.B.Sm.

Nome comum: broméliaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = VU

• Lista nacional: DD

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie possui distribuição restrita e encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, devido à perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, rupícola, que ocorre exclusivamente no domínio da Mata Atlântica, em área de Floresta Ombrófila. É endêmica do Brasil e possui distribuição muito restrita, ocorrendo apenas no estado do Espírito Santo.

Page 69: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

69Fundação Renova

Vriesea neoglutinosa Mez

Nome comum: broméliaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, devido à perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, epífita, terrícola, que ocorre exclusivamente no domínio da Mata Atlântica sobre Afloramentos Rochosos e em Restinga. É endêmica do Brasil e ocorre nos estados da Bahia, do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, do Paraná e de Santa Catarina.

Familia Burmanniaceae

Miersiella umbellata (Miers) Urb.

Nome comum: não possuiAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = PEX; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar de ocorrer em outros estados, a espécie encontra-se ameaçada de extinção regionalmente, no estado do Espírito Santo, principalmente devido à degradação e perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, saprófita, terrícola, que ocorre exclusivamente no domínio da Mata Atlântica, em áreas de Floresta Ombrófila. Não é endêmica do Brasil, ocorre em todos os estados do Sudeste, na Bahia, no Paraná e em Santa Catarina.

Page 70: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa70

Familia Burseraceae

Trattinnickia ferruginea Kuhlm.

Nome comum: amesclaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não ocorre no estado

• Lista nacional: EN B1ab(ii,iii)+2ab(ii,iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie está ameaçada pela perda e degradação de habitat, principalmente devido ao desmatamento para pastagens, silvicultura e produção de carvão.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore rara que ocorre somente no bioma Mata Atlântica, em Florestas de Terra Firme, bem preservadas. Endêmica do Brasil, tem distribuição restrita ao estado de Minas Gerais.

Trattinnickia mensalis Daly

Nomes comuns: amescla, amescla-tapinaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = EN

• Lista nacional: EN B2ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É uma espécie com distribuição restrita e disjunta, que ocorre exclusivamente na Mata Atlântica. Encontra-se ameaçada pelas elevadas taxas de desmatamento do bioma, que resultam na perda da qualidade do habitat para a espécie.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore que ocorre exclusivamente no bioma Mata Atlântica. Endêmica do Brasil, tem sua distribuição restrita às Florestas Estacionais semideciduais do estado da Bahia e do Espírito Santo.

Page 71: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

71Fundação Renova

Familia Caryocaraceae

Caryocar edule Casar.

Nome comum: pequiAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada em Minas Gerais, devido à perda na qualidade e disponibilidade de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, endêmica do Brasil, que ocorre somente no bioma Mata Atlântica, em áreas de Floresta Ombrófila da Bahia, do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.

Familia Celastraceae

Tontelea martiana (Miers) A.C.Sm.

Nome comum: cipó-de-macacoAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista nacional: EN B2ab(ii,iii,iv)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie é endêmica da Mata Atlântica e ocorre em áreas pressionadas pela expansão urbana e por atividades agrícolas. Com poucos registros de coleta e poucas informações populacionais, a espécie foi considerada ameaçada de extinção. Entretanto, sugere-se que seja feito um investimento em pesquisa científica e esforço de coleta para melhorar o conhecimento sobre ela.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma liana, terrícola, endêmica do Brasil e da Mata Atlântica. Ocorre somente em áreas de Floresta Ombrófila dos estados do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Page 72: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa72

Familia Chrysobalanaceae

Couepia belemii Prance

Nome comum: oitiAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = EN

• Lista nacional: VU B1ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie ocorre na Mata Atlântica costeira da Bahia e do Espírito Santo, uma região fortemente ameaçada pelo desmatamento e degradação de habitat, causados pelo processo histórico de expansão agrícola e pelo atual crescimento dos centros urbanos.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, exclusiva da Mata Atlântica, que ocorre em áreas de Floresta Ombrófila. Endêmica do Brasil, sua distribuição é restrita à região costeira da Bahia e do Espírito Santo.

Couepia schottii Fritsch

Nomes comuns: oiti-boi, milho-torrado-da-folha-largaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista nacional: EN B2ab(i,ii,iii)

• Lista internacional: VU

Justificativa: Uma espécie arbórea e intolerante ao sombreamento, está ameaçada por ocorrer exclusivamente em áreas de restinga; uma vegetação que se encontra fortemente pressionada pela especulação imobiliária da costa brasileira e pela intensificação das atividades agrícolas, sendo reduzida a pequenos fragmentos florestais.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, terrícola, endêmica do Brasil e da Mata Atlântica. Ocorre em áreas de Restinga nos estados da Bahia, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro.

Page 73: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

73Fundação Renova

Exellodendron gracile (Kuhlm.) Prance

Nome comum: cariperanaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista Nacional: EN B1ab(iii)+2ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É endêmica do estado do Espírito Santo, com distribuição restrita às margens do rio Doce. Ocorre em área protegida, porém cercada por intensa atividade antrópica e pela presença de espécies invasoras, fatores que diminuem a qualidade do habitat da espécie.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, endêmica do Brasil, de distribuição bastante restrita. Ocorre somente no Espírito Santo, em área de Floresta Ombrófila.

Hirtella insignis Briq. ex Prance

Nome comum: não possuiAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista nacional: EN B2ab(i,ii,iii,iv)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie ocorre em remanescentes florestais da Mata Atlântica do litoral de Alagoas, da Bahia e do Espírito Santo. Está ameaçada por ocorrer em uma região que possui um histórico de intensa atividade agrícola e uma ocupação urbana desordenada, resultando na fragmentação e perda de qualidade do habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, terrícola, com distribuição em áreas de Restinga e de Floresta Ombrófila do bioma Mata Atlântica. É endêmica do Brasil e ocorre nos estados de Alagoas, da Bahia e do Espírito Santo.

Page 74: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa74

Hirtella parviunguis Prance

Nome comum: não possui Autores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista Nacional: CR B2ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Tem distribuição muito restrita, ocorrendo somente no estado do Espírito Santo. A única localidade onde foi encontrada está inserida em um plantio agroflorestal tipo cabruca. Considerando a existência de um único registro de ocorrência da espécie (material-tipo de 1971), suspeita-se de que ela já esteja extinta.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, endêmica do Brasil, com distribuição bastante restrita. Ocorre somente no Espírito Santo, em área de Floresta Ombrófila.

Licania arianeae Prance

Nome comum: oitiAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = EN

• Lista nacional: EN B2ab(i,ii,iii,iv)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie ocorre em áreas litorâneas, que apresentam um histórico de uso e ocupação do solo marcados pela expansão agrícola e expansão urbana, o que reduziu drasticamente o habitat disponível para sua ocorrência.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, endêmica do Brasil, de distribuição bastante restrita. Ocorre somente no Espírito Santo, em área de Floresta Ombrófila.

Page 75: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

75Fundação Renova

Familia Connaraceae

Rourea cnestidifolia G. Schellenb.

Nome comum: não possuiAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: EN B2ab(iii,iv)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É uma espécie de distribuição restrita, conhecida por poucas coletas. Foi considerada provavelmente extinta em Minas Gerais e, no Espírito Santo, foi coletada em fragmentos de Mata Atlântica isolados, configurando um declínio na qualidade do habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É um arbusto, terrícola. Endêmica do Brasil, a espécie tem distribuição restrita, ocorrendo somente em áreas de Floresta Ombrófila da Mata Atlântica dos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais.

Familia Dilleniaceae

Davilla macrocarpa Eichler

Nome comum: cipó-cablocoAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista nacional: VU B1ab(i,ii,iii,iv)+2ab(i,ii,iii,iv)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie possui distribuição restrita ao litoral da Bahia e do Espírito Santo e ocorre em áreas de florestas que já foram muito exploradas para a retirada de madeira. Essas áreas também foram alvo da expansão agropecuária e, atualmente, sofrem pressão da expansão urbana e especulação imobiliária, o que vem causando um declínio na qualidade do habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma liana/trepadeira, endêmica do Brasil, que ocorre somente no bioma Mata Atlântica. Tem distribuição restrita às áreas de Floresta Ombrófila do sul do estado da Bahia e do norte do estado do Espírito Santo.

Page 76: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa76

Doliocarpus lancifolius Kubitzki

Nome comum: cipó-de-fogoAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: EN B1ab(i,ii,iii,iv)+2ab(i,ii,iii,iv)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É uma espécie com distribuição restrita e fragmentada, que depende de ambientes sombreados para se manter estável e, por isso, possivelmente, não ocorre em áreas degradadas. O intenso histórico de perda e degradação de habitat da Mata Atlântica da Bahia e do Espírito Santo, causados pela exploração madeireira, expansão agrícola e monoculturas de Pinus e Eucaliptus, contribuem para uma perda na qualidade e disponibilidade de habitat para a espécie.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma liana/trepadeira, que ocorre somente em áreas de Florestas Ombrófila na Mata Atlântica. É endêmica do Brasil e tem distribuição restrita aos estados da Bahia e do Espírito Santo.

Familia Ebenaceae

Diospyros inconstans Jacq.

Nomes comuns: fruta-de-jacu, marmelinhoAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar de ter ampla distribuição e ocorrer em outros estados, a espécie encontra-se ameaçada de extinção regionalmente, no estado de Minas Gerais, principalmente devido à perda na qualidade e disponibilidade de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É um arbusto ou árvore, generalista. Não endêmico do Brasil, possui ampla distribuição e ocorre em quase todos os estados brasileiros, em todos os tipos de vegetação.

Page 77: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

77Fundação Renova

Familia Elaeocarpaceae

Sloanea garckeana K. Schum.

Nome comum: sapopemaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada de extinção no estado do Espírito Santo, devido à perda na qualidade e disponibilidade de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, generalista, não endêmica do Brasil, que apresenta ampla distribuição. Ocorre nos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia, em áreas de Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar, Floresta de Terra Firme e Floresta Ombrófila.

Sloanea hirsuta (Schott) Planch. ex Benth.

Nome comum: sapopemaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada de extinção no estado do Espírito Santo, devido à perda na qualidade e disponibilidade de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore endêmica do Brasil, que ocorre em todos os estados do Sudeste, na Bahia, no Paraná, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Sua distribuição é restrita ao bioma Mata Atlântica, em áreas de Floresta Ombrófila.

Page 78: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa78

Familia Euphorbiaceae

Algernonia dimitrii (Emmerich) G.L. Webster

Nome comum: pau-de-leiteAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista Nacional: CR A2c

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Ocorre exclusivamente na região de Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, local alvo de intensa degradação ambiental. A principal ameaça incidente sobre a espécie é a perda do habitat, causada pela exploração dos recursos naturais e por atividades agropecuárias.

ECOLOGIA (HABITAT)

É um arbusto ou árvore, endêmica do Brasil, de distribuição bastante restrita. Ocorre somente no Espírito Santo em área de Floresta Ombrófila.

Algernonia kuhlmannii (Emmerich) G. L. Webster

Nomes comuns: pau-leite, sabiáAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista nacional: CR B2ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie é endêmica do Espírito Santo e tem distribuição bastante restrita, ocorrendo apenas na região de Colatina. Com elevadas taxas de desmatamento, devido aos ciclos econômicos do café, da agricultura e da madeira, a região de ocorrência da espécie encontra-se altamente fragmentada.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, endêmica do Brasil, que ocorre exclusivamente na Mata Atlântica, em área de Floresta Ombrófila, e é endêmica do Espírito Santo.

Page 79: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

79Fundação Renova

Familia Fabaceae

Aeschynomene sensitiva Sw.

Nome comum: angiquinhoAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não ocorre no estado

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada de extinção no estado de Minas Gerais, devido à perda na qualidade e disponibilidade de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É um arbusto, subarbusto ou uma erva, terrícola, não endêmica do Brasil. Com ampla distribuição, ocorre em todas as regiões do Brasil, nos mais variados tipos de vegetação da Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal.

Apuleia leiocarpa (Vogel) J. F. Macbr.

Nomes comuns: garapaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: VU A2d

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É uma espécie muito utilizada pela indústria madeireira, principalmente em Santa Catarina. Encontra-se ameaçada de extinção, principalmente pelo uso econômico e grande histórico de extração.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, não endêmica do Brasil, de ampla distribuição, ocorrendo em todos os biomas brasileiros, com exceção do Pampa.

Page 80: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa80

Centrolobium sclerophyllum H.C. Lima

Nome comum: araribáAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada de extinção no estado do Espírito Santo, devido à perda na qualidade e disponibilidade de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore endêmica do Brasil, que ocorre nos biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, nos estados da Bahia, do Piauí, do Espírito Santo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. A espécie cresce em áreas de Caatinga (stricto sensu), Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila.

Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth.

Nomes comuns: jacarandá-da-bahia, jacarandá-caviunaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = VU

• Lista nacional: VU A4bcd

• Lista internacional: VU

Justificativa: A espécie é considerada a melhor madeira do Brasil, por isso tem alto valor econômico e um histórico de uso para construção civil, fabricação de móveis finos e de instrumentos musicais. Além da extração ilegal, a espécie, que ocorre somente na Mata Atlântica, também sofre com a perda e degradação de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, endêmica do Brasil, com ocorrência em áreas de Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila. Apesar de ocorrer somente na Mata Atlântica, a espécie tem ampla distribuição nesse bioma.

Page 81: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

81Fundação Renova

Grazielodendron rio-docensis H. C. Lima

Nome comum: não possuiAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada de extinção no estado do Espírito Santo, devido à perda na qualidade e disponibilidade de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, endêmica do Brasil, que ocorre nos estados da Bahia, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro. Exclusiva da Mata Atlântica, a espécie cresce em áreas de Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila.

Hymenolobium janeirense Kuhlm.

Nome comum: angelimAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada de extinção no estado do Espírito Santo, devido à perda na qualidade e disponibilidade de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore endêmica do Brasil e da Mata Atlântica. Com ocorrência nos estados da Bahia, de Pernambuco, do Espírito Santo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, a espécie ocorre em áreas de Floresta Ciliar, Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila.

Page 82: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa82

Machaerium fulvovenosum H. C. Lima

Nome comum: jacarandá-tãAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada de extinção no estado do Espírito Santo, devido à perda na qualidade e disponibilidade de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, com distribuição restrita às áreas de Floresta Estacional Semidecidual da Mata Atlântica. Endêmica do Brasil, ocorre somente nos estados da Bahia, do Espírito Santo e de Minas Gerais. Melanoxylon brauna Schott

Nome comum: braúnaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = CR

• Lista nacional: VU D2

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É uma espécie madeireira, muito utilizada e apreciada em construção civil. Apesar de ser considerada abundante em algumas regiões de ocorrência, a espécie apresenta especificidade de habitat e encontra-se ameaçada de extinção, principalmente, pela extração ilegal e pela degradação das áreas florestadas.

ECOLOGIA (HABITAT)

Uma árvore, endêmica do Brasil, que se distribui nos biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. Ocorre em áreas de Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila, nos estados da Bahia, do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de Alagoas e de Sergipe.

Page 83: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

83Fundação Renova

Moldenhawera papillanthera L. P. Queiroz et al.

Nome comum: caingáAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: VU D2

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É uma espécie considerada rara e sua madeira tem valor comercial. Apesar de uma de suas populações estar bem preservada na Reserva Florestal da Companhia Vale, outras populações sofrem os impactos causados pela extração ilegal e por frequentes eventos de queimada.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore com distribuição bastante restrita. Endêmica da Mata Atlântica do norte do Espírito Santo, ocorre somente em áreas de Floresta Ombrófila.

Swartzia linharensis Mansano

Nome comum: não possuiAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = EN

• Lista nacional: VU D2

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É uma espécie com distribuição restrita, que sofre com a pressão e as consequências do intenso desmatamento e da fragmentação da floresta atlântica no estado do Espírito Santo.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, de grande porte, podendo atingir até 18 metros de altura. É endêmica do Brasil e da Mata Atlântica, possui distribuição bastante restrita, ocorrendo somente no estado do Espírito Santo, em áreas de Floresta Ombrófila.

Page 84: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa84

Zollernia modesta A. M. Carvalho & Barneby

Nomes comuns: orelha-de-onça, mucitaíba-preta-de-folha-miúdaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie é endêmica da Mata Atlântica, um bioma historicamente muito degradado. Suas localidades de ocorrência estão em áreas impactadas pela expansão da agricultura e da pecuária.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore que ocorre somente no Brasil, no bioma Mata Atlântica. Cresce em Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila, nos estados da Bahia e do Espírito Santo.

Familia Goodeniaceae

Scaevola plumieri (L.) Vahl

Nome comum: mangue-da-praiaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada de extinção no estado do Espírito Santo, devido à perda na qualidade e disponibilidade de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É um arbusto ou subarbusto não endêmico do Brasil. Apresenta crescimento clonal e é, provavelmente, polinizada por borboletas. Ocorre exclusivamente na Mata Atlântica e cresce em áreas de restinga em quase toda a costa brasileira.

Page 85: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

85Fundação Renova

Familia Heliconiaceae

Heliconia episcopalis Vell.

Nome comum: helicôniaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada de extinção no estado do Espírito Santo, devido à perda na qualidade e disponibilidade de habitat. Além disso, a espécie tem grande potencial ornamental, o que pode, futuramente, se tornar uma ameaça às suas populações.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, amplamente distribuída, que ocorre na Amazônia, Caatinga e Mata Atlântica. Não endêmica do Brasil, pode ser encontrada em diversos tipos de vegetação.

Heliconia richardiana Miq.

Nome comum: helicôniaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada de extinção no estado do Espírito Santo, devido à perda na qualidade e disponibilidade de habitat. Além disso, a espécie tem grande potencial ornamental, o que pode, futuramente, se tornar uma ameaça às suas populações.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, terrícola, não endêmica do Brasil. Com ampla distribuição nos biomas Amazônia e Mata Atlântica, a espécie ocorre em áreas de Floresta de Igapó, Floresta de Terra Firme, Floresta de Várzea, Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila, nos estados do Amazonas, do Pará, da Bahia e do Espírito Santo.

Page 86: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa86

Familia Lamiaceae

Hyptis paludosa A.St.-Hil. ex Benth.

Nome comum: levanteAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada de extinção no estado do Espírito Santo, devido à perda na qualidade e disponibilidade de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva exclusiva da Mata Atlântica, não endêmica do Brasil, que se distribui nos estados da Bahia, de Pernambuco e em todo o Sudeste. Cresce em Campo de Várzea e em áreas de restinga.

Familia Lauraceae

Cinnamomum quadrangulum Kosterm.

Nome comum: não possuiAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não ocorre no estado

• Lista nacional: VU B1ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie tem distribuição restrita e ocorre nos Campos Rupestres sobre Cangas, habitat que vem sendo eliminado pela atividade mineradora. Além disso, ocorre também em áreas próximas à cidade de Belo Horizonte, que vem sendo afetada pela expansão urbana e especulação imobiliária. Ocorre dentro do Parque Estadual do Rola Moça, no entanto, isto ainda não é o suficiente para conservar a espécie.

ECOLOGIA (HABITAT)

É um arbusto que cresce em áreas de Campo Rupestre e Cerrado (lato sensu). Com distribuição bastante restrita, é endêmica do Brasil e ocorre somente no bioma Cerrado no estado de Minas Gerais.

Page 87: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

87Fundação Renova

Ocotea pulchella (Nees & Mart.) Mez

Nomes comuns: canela-preta, inhumirimAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É uma espécie de uso econômico. Sua madeira é considerada de segunda classe, porém é bem utilizada para fazer vigas, ripas, assoalhos, forros, rodapés, entre outros. Além disso, a espécie também tem características ornamentais e é muito usada para plantios em áreas degradadas.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore de grande porte, que ocorre nos biomas Cerrado e Mata Atlântica, porém não é endêmica do Brasil. Tem ampla distribuição e cresce em diferentes tipos de vegetação: Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria e Floresta Estacional Semidecidual.

Persea rufotomentosa Nees & Mart.

Nome comum: massarandubaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie ocorre em áreas onde a mineração vem causando forte impacto e modificando abruptamente a paisagem, influenciando na disponibilidade e qualidade de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore de pequeno porte, chegando até 3 metros de altura. Endêmica do Brasil, a espécie tem ocorrência nos biomas Cerrado e Mata Atlântica, no Distrito Federal, no Espírito Santo e em Minas Gerais. Distribui-se em áreas de Cerrado (lato sensu) e Floresta Ombrófila.

Page 88: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa88

Rhodostemonodaphne capixabensis J.B. Baitello & Coe-Teix.

Nomes comuns: canela-do-nativo, oliveira-da-praiaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre não estado; ES = não consta

• Lista nacional: EN B2ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É uma espécie considerada rara, com ocorrência na Floresta Costeira de Restinga, um habitat historicamente degradado e que, atualmente, sofre com os impactos da expansão urbana e da especulação imobiliária. Apesar de ocorrer em algumas Unidades de Conservação do estado do Espírito Santo, a espécie está ameaçada de extinção, principalmente pela pouca disponibilidade de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore que pode chegar a até 8 metros de altura. Cresce em solos arenosos, em áreas de Restinga, e possui distribuição bastante restrita, ocorrendo, exclusivamente no estado do Espírito Santo, no bioma Mata Atlântica.

Familia Lecythidaceae

Cariniana ianeirensis R. Knuth

Nome comum: jequitibá-açuAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: EN A2cd

• Lista internacional: EN

Justificativa: É uma espécie com ocorrência restrita ao bioma Mata Atlântica, um bioma historicamente muito degradado e onde restam poucos remanescentes de vegetação em bom estado de conservação. Assim, a maioria dos locais de ocorrência da espécie encontram-se severamente impactados por atividades humanas. Também é possível suspeitar que a espécie tenha sido alvo de corte para extração de madeira, devido ao seu grande porte e à forma colunar do seu tronco.

ECOLOGIA (HABITAT)É uma árvore de grande porte, crescimento lento, que perde parcialmente suas folhas em épocas mais secas. Não é endêmica do Brasil, porém, no país, é considerada uma espécie rara. Exclusiva do bioma Mata Atlântica, ocorre nos estados da Bahia, de Mato Grosso, do Espírito Santo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, em áreas de Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila e áreas antropizadas.

Page 89: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

89Fundação Renova

Cariniana legalis (Mart.) Kuntze

Nome comum: jequitibá-rosaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: EN A2cd

• Lista internacional: VU

Justificativa: É uma espécie exclusiva da Mata Atlântica, um bioma severamente fragmentado. Sofre com o declínio na qualidade e extensão do seu habitat e, devido ao grande porte, à qualidade da sua madeira e ao formato colunar do tronco, suspeita-se que a espécie também tenha sofrido com a exploração madeireira sistemática ao longo dos últimos séculos, que, possivelmente, ainda não cessou.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, considerada a de maior porte do bioma Mata Atlântica, podendo atingir até 30 metros de altura. É uma espécie longeva, que pode chegar a mais de 500 anos. Amplamente distribuída, ocorre na Bahia, na Paraíba, em Pernambuco, em todo o Sudeste e no Paraná. Endêmica do Brasil e da Mata Atlântica, ocorre em áreas de Floresta Ombrófila e áreas antrópicas.

Couratari asterotricha Prance

Nome comum: imbiremaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = EN

• Lista nacional: EN B1ab(iii,v)

• Lista internacional: CR

Justificativa: A espécie ocorre em áreas impactadas, principalmente devido ao turismo desordenado e à expansão de atividades agropecuárias. Além disso, suspeita-se que a espécie sofra com a exploração madeireira.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore de grande porte, provavelmente polinizada por abelhas. Endêmica do Brasil e da Mata Atlântica, sua distribuição é restrita, crescendo em áreas de Floresta Ombrófila no estado do Espírito Santo.

Page 90: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa90

Familia Lentibulariaceae

Utricularia foliosa L.

Nomes comuns: boca-de-leão, violeta-do-brejoAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada de extinção no estado do Espírito Santo, devido à perda na qualidade e disponibilidade de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, aquática, flutuante, que cresce em área antrópica e em vegetação aquática. É polinizada por insetos, tem ampla distribuição e não é endêmica do Brasil. Ocorre nos biomas Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal.

Familia Malpighiaceae

Banisteriopsis sellowiana (A. Juss.) B. Gates

Nome comum: cipó Autores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista Nacional: VU D2

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Ocorre em áreas de mangue e restinga, ecossistemas que se encontram altamente degradados por ação antrópica e redução extrema do ambiente.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma liana ou trepadeira, endêmica do Brasil. Ocorre em área de mangue e restinga, nos estados da Bahia, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

Page 91: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

91Fundação Renova

Bunchosia macilenta Dobson

Nome comum: cafezinho-do-matoAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: VU D2

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie é restrita ao bioma Mata Atlântica e ocorre em áreas de floresta que se encontram bastante fragmentadas, devido ao processo histórico de desmatamento e degradação ambiental.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore de pequeno porte, endêmica do Brasil, ocorrendo exclusivamente na Mata Atlântica, nos estados da Bahia, do Espírito Santo e de Minas Gerais, em áreas de Floresta Ombrófila.

Heteropterys oberdanii Amorim

Nome comum: não possuiAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = EN

• Lista nacional: VU B1ab(i,ii,iii)+2b(i,ii,iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie tem distribuição restrita e ocorre no litoral da Bahia e do Espírito, em áreas que se encontram altamente pressionadas pela expansão urbana e especulação imobiliária, e que, consequentemente, estão sofrendo com a perda da qualidade do habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma liana endêmica do Brasil, com ocorrência restrita aos estados da Bahia e do Espírito Santo. Exclusiva da Mata Atlântica, ocorre em áreas de Floresta Ombrófila.

Page 92: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa92

Lophopterys floribunda W. R. Anderson & C. C. Davis

Nome comum: não possuiAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É uma espécie de distribuição ampla, porém disjunta. Ocorre em áreas fortemente ameaçadas pela degradação ambiental e expansão de atividade antrópicas. É encontrada, comumente, próximo a afloramentos graníticos, principalmente no Espírito Santo, um ambiente muito ameaçado pela exploração de rochas.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma liana ou arbusto lenhoso, com cerca de 1 metro de altura, que possui ampla distribuição. Endêmica do Brasil, ocorre na Amazônia e na Mata Atlântica em áreas de Floresta de Terra Firme, Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila, nos estados do Amazonas, do Amapá, do Pará, da Bahia, do Espírito Santo e de Minas Gerais.

Mezia araujoi Nied.

Nome comum: não possuiAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: EN B2ab(i,ii,iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie ocorre nos remanescentes da Mata Atlântica, em áreas muito impactadas pelo histórico de degradação e desmatamento, causado, principalmente, pela expansão urbana.

ECOLOGIA (HABITAT)

É um arbusto que cresce sobre afloramentos rochosos e áreas de Floresta Estacional Semidecidual. Endêmico do Brasil e exclusivo da Mata Atlântica, ocorre nos estados da Bahia, do Espírito Santo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.

Page 93: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

93Fundação Renova

Familia Malvaceae

Pavonia multiflora A.St.-Hil.

Nome comum: pavôniaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie é endêmica da Mata Atlântica e ocorre em áreas que foram altamente impactadas pelo desmatamento histórico e pelo atual cenário de degradação ambiental.

ECOLOGIA (HABITAT)

É um arbusto, de até 2,5 metros de altura, exclusivo da Mata Atlântica nos estados do Espírito Santo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Endêmico do Brasil, cresce em área de Floresta Ombrófila.

Familia Marantaceae

Goeppertia singularis (H. Kenn.) Borchs. & S. Suárez

Nome comum: calateaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie é endêmica da Mata Atlântica e ocorre em áreas que foram altamente impactadas pelo desmatamento histórico e pelo atual cenário de degradação ambiental.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, terrícola, endêmica do Brasil e exclusiva do bioma Mata Atlântica. Ocorre somente nos estados da Bahia e do Espírito Santo.

Page 94: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa94

Maranta subterranea J. M. A. Braga

Nome comum: marantaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = EN

• Lista nacional: VU B1ab(iii)+2ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie é endêmica da Mata Atlântica e ocorre em áreas altamente vulneráveis aos eventos de fogo, além da pressão causada pela expansão das atividades agropecuárias e dos empreendimentos imobiliários.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, endêmica do Brasil, que cresce em áreas de Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila. Exclusiva do bioma Mata Atlântica, ocorre nos estados da Bahia, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro.

Saranthe composita (Link) K. Schum.

Nome comum: caetéAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = VU

• Lista nacional: VU B1ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie tem ocorrência restrita ao bioma Mata Atlântica. Suas áreas de ocorrência sofrem com a intensa degradação e fragmentação das florestas, principalmente devido ao histórico de uso e ocupação do solo e à expansão de atividades agropecuárias.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, endêmica do Brasil, que ocorre na Bahia, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro. Com distribuição restrita ao bioma Mata Atlântica, a espécie cresce em áreas de Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila e Restinga.

Page 95: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

95Fundação Renova

Stromanthe schottiana (Körn.) Eichler

Nome comum: caeté Autores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie é endêmica da Mata Atlântica e ocorre em áreas que foram altamente impactadas pelo desmatamento histórico e pelo atual cenário de degradação ambiental.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, endêmica do Brasil e exclusiva da Mata Atlântica. Ocorre nos estados da Bahia, do Espírito Santo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, em áreas de Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila e sobre afloramento rochoso.

Familia Melastomataceae

Cambessedesia eichleri Cogn.

Nome comum: pixiricaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar de ocorrer em outros estados, a espécie encontra-se ameaçada de extinção localmente, no Espírito Santo, pois ocorre em áreas que foram altamente impactadas pelo desmatamento histórico e pelo atual cenário de degradação ambiental.

ECOLOGIA (HABITAT)

É um subarbusto, endêmico do Brasil, que ocorre nos biomas do Cerrado e da Mata Atlântica. Cresce nos Campos Rupestres de Pernambuco, do Espírito Santo e de Minas Gerais.

Page 96: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa96

Merianthera pulchra Kuhlm.

Nome comum: não possuiAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = CR

• Lista nacional: VU D2

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É uma espécie endêmica da Mata Atlântica, que sofre com o declínio contínuo da qualidade e disponibilidade de habitat, devido, principalmente,à conversão das áreas naturais em áreas destinadas às atividades agropecuárias.

ECOLOGIA (HABITAT)

É um arbusto ou árvore, rupícola ou terrícola, com ocorrência restrita ao bioma Mata Atlântica. Endêmica do Brasil, cresce em Campos de Altitude e sobre afloramentos rochosos nos estados da Bahia, do Espírito Santo e de Minas Gerais.

Familia Meliaceae

Cedrela fissilis Vell.

Nomes comuns: cedro-amarelo, cedro-rosa, cedro-branco, cedro-da-bahiaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: VU A2cd

• Lista internacional: EN

Justificativa: A espécie é altamente impactada pelo corte e pela extração. Com a madeira de qualidade, macia ao corte, com boa durabilidade e cheiro agradável, ela é muito utilizada para a construção civil, de instrumentos, de ferramentas e de estruturas de sustentação de uma forma geral. A exploração madeireira já levou à extinção de muitas subpopulações da espécie.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, não endêmica do Brasil, que ocorre nos biomas da Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Amplamente distribuída no país, ocorre em diversos tipos de vegetação.

Page 97: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

97Fundação Renova

Cedrela odorata L.

Nomes comuns: cedro, cedro-branco, cedro-rosa, cedro-vermelhoAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: VU A2d

• Lista internacional: VU

Justificativa: É uma espécie madeireira com elevado valor comercial. Vem sendo excessivamente explorada ao longo de toda a sua distribuição há quase dois séculos. E, hoje, ainda se tem registro de um altíssimo ritmo de extração.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore de grande porte, podendo chegar até 30 metros de altura. Não endêmica do Brasil, tem ampla distribuição no país, ocorrendo em quase todos os estados brasileiros e em diversos tipos de vegetação.

Familia Moraceae

Dorstenia arifolia Lam.

Nome comum: caapiá, carapiáAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie é endêmica da Mata Atlântica e ocorre em áreas que foram altamente impactadas pelo desmatamento histórico e pelo atual cenário de degradação ambiental.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva ou subarbusto, pode ser rupícola ou terrícola. Endêmica do Brasil e exclusiva da Mata Atlântica, cresce em Florestas Ciliares e Florestas Ombrófilas dos estados da Bahia, do Espírito Santo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. A sua polinização é feita, principalmente, por moscas e, menos frequentemente, por Hymenoptera.

Page 98: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa98

Dorstenia cayapia Vell.

Nomes comuns: caapiá, carapiáAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar de ocorrer em outros estados, a espécie encontra-se ameaçada de extinção localmente, nos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais, principalmente devido à perda na disponibilidade e qualidade de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, endêmica do Brasil, encontrada nos biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. A espécie cresce em áreas de Caatinga (stricto sensu), Cerrado (lato sensu) e Floresta Ombrófila. Tem ampla distribuição.

Dorstenia milaneziana Carauta C. Valente & Sucre

Nome comum: caapiá, carapiáAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie é endêmica da Mata Atlântica e ocorre em áreas que foram altamente impactadas pelo desmatamento histórico e pelo atual cenário de degradação ambiental.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, de até 20 centímetros de altura, endêmica do Brasil, exclusiva do bioma Mata Atlântica e encontrada em áreas de Floresta Ombrófila, com distribuição restrita aos estados da Bahia e do Espírito Santo.

Page 99: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

99Fundação Renova

Ficus cyclophylla (Miq.) Miq.

Nome comum: gameleria-grandeAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: VU A2c

• Lista internacional: EN

Justificativa: A espécie é restrita à Mata Atlântica e é encontrada, principalmente, na região costeira (Restingas), local que sofre grande pressão da expansão urbana e da especulação imobiliária.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, que pode ser hemiepífita ou terrícola. Endêmica do Brasil e da Mata Atlântica, ocorre nos estados da Bahia, da Paraíba, de Sergipe e em todo o Sudeste. Suspeita-se que a espécie tenha uma distribuição disjunta, sendo encontrada em áreas de Floresta Ombrófila e Restingas.

Familia Myristicaceae

Virola bicuhyba (Schott ex Spreng.) Warb.

Nomes comuns: bicuíba, bicuíba-branca,bicuuba, ocuíbaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: EN A4acd

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie passou por redução populacional, devido ao corte seletivo para uso de sua madeira em diversos fins. Além disso, o seu habitat sofreu perda de quantidade e qualidade devido às modificações de uso do solo com a expansão da agricultura, da pastagem e da urbanização.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore com ocorrência somente na Mata Atlântica em Mata Ciliar, Floresta Ombrófila e Floresta Estacional.

Page 100: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa100

Familia Myrtaceae

Accara elegans (DC.) Landrum

Nome comum: não possuiAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não ocorre no estado

• Lista nacional: EN B1ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie possui distribuição restrita e vem sofrendo perda e degradação de habitat, devido às atividades de mineração e à expansão urbana em sua área de ocorrência.

ECOLOGIA (HABITAT)

A espécie apresenta-se como subarbustos, arbustos e raramente como pequenas árvores. É endêmica do estado de Minas Gerais, ocorrendo na Cerrado e Mata Atlântica, em fitofisionomias de Campo Limpo e Campo Rupestre. A maior parte dos seus registros botânicos foram feitos na Serra do Caraça e na Serra do Cipó.

Campomanesia espiritosantensis Landrum

Nome comum: guabirobaAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista Nacional: CR B2ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É endêmica do estado do Espírito Santo e foi coletada somente na Reserva Natural VALE S/A, Linhares, Espírito Santo. Apesar de ser uma área protegida, a região de ocorrência da espécie é ocupada por plantações de cacau. Nesse sistema de cultivo, sendo uma espécie típica de estágios sucessionais avançados, pode apresentar declínio populacional em favorecimento a espécies de estágios iniciais de sucessão.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, endêmica do Brasil, que ocorre somente no estado do Espírito Santo, em Florestas Ombrófilas.

Page 101: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

101Fundação Renova

Myrcia gilsoniana G.M. Barroso & Peixoto

Nome comum: guamirimAutores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista Nacional: CR B2ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Com distribuição bastante restrita, a espécie ocorre somente na Reserva Natural VALE S/A, Linhares, Espírito Santo, que foi alvo de grande perda de habitat, principalmente com o cultivo de cacau. Suspeita-se, portanto, que a espécie tenha sofrido com declínio populacional.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, endêmica do Brasil, que ocorre somente no estado do Espírito Santo, em Florestas Ombrófilas.

Myrcia lineata (O. Berg) Nied.

Nome comum: guamirimAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista nacional: EN A2c; B2ab(iii)

• Lista internacional: VU

Justificativa: A espécie é considerada rara, com suas populações altamente fragmentadas. Sua região de ocorrência foi altamente impactada pelo desmatamento e, até então, foram coletadas poucas amostras botânicas da espécie.

ECOLOGIA (HABITAT)

Árvore, endêmica do Brasil, com ocorrência somente no bioma Mata Atlântica em Floresta Ombrófila. Sua ocorrência é restrita aos estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro.

Page 102: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa102

Myrcia riodocensis G. M. Barroso & Peixoto

Nome comum: guamirimAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = EN

• Lista nacional: CR B2ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie possui distribuição muito restrita em região histórica e intensamente devastada do estado do Espírito Santo. A área de ocupação da espécie é muito pequena e poucas coletas botânicas da espécie foram registradas.

ECOLOGIA (HABITAT)

Árvore, endêmica do estado do Espírito Santo, com ocorrência em Floresta Ombrófila na região da planície aluvial do rio Doce.

Neomitranthes langsdorffii (O. Berg) Mattos

Nome comum: não possuiAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista nacional: EN B2b(ii,iii,iv)

• Lista internacional: VU

Justificativa: O habitat da espécie foi bastante reduzido pelas atividades antrópicas e, hoje, suas populações encontram-se distantes umas das outras, com provável redução do fluxo gênico. Em áreas de restinga onde a espécie ocorre, há grande especulação imobiliária e expansão urbana.

ECOLOGIA (HABITAT)

Árvore endêmica do Brasil, com ocorrência na Mata Atlântica do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e da Bahia, nas fitofisionomias de Floresta Ombrófila e Restinga.

Page 103: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

103Fundação Renova

Plinia renatiana G.M. Barroso & Peixoto

Nome comum: araçá Autores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista Nacional: EN A2c;B1ab(iii,v);C1+2a(i)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Espécie com distribuição restrita, ocorre dentro e fora de Unidade de Conservação. Tem como principal ameaça a perda de habitat, que causou um declínio na sua população.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, endêmica do Brasil, que ocorre somente no estado do Espírito Santo, em Florestas Ombrófilas.

Familia Nyctaginaceae

Andradea floribunda Allemão

Nomes comuns: perema, tapacirica, tapaciribaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie é endêmica da Mata Atlântica e ocorre em áreas que foram altamente impactadas pelo desmatamento histórico e pelo atual cenário de degradação ambiental.

ECOLOGIA (HABITAT)

Árvore, endêmica do Brasil, com ocorrência na Mata Atlântica, nos estados do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e da Bahia, em Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila.

Page 104: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa104

Familia Olacaceae

Heisteria ovata Benth.

Nome comum: brinco-de-moçaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não ocorre no estado

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ampla distribuição no Brasil, a espécie encontra-se localmente ameaçada no estado de Minas Gerais.

ECOLOGIA (HABITAT)

Árvore ou arbusto, de ampla distribuição, com ocorrência nos biomas Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica.

Familia Orchidaceae

Brassia arachnoidea Barb.Rodr.

Nome comum: orquídea

Autores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = VU

• Lista nacional: VU D2

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie possui valor ornamental. Sua distribuição é bastante fragmentada e há, ainda, discussão na literatura sobre a ocorrência natural da espécie na Amazônia.

ECOLOGIA (HABITAT)

Orquídea epífita, endêmica do Brasil, com ocorrência na Mata Atlântica e na Amazônia. Ocorre nos estados do Espírito Santo, do Rio de Janeiro, da Bahia, do Acre, do Amazonas e de Roraima, em Floresta Ombrófila, Floresta de Igapó e Floresta de Várzea.

Page 105: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

105Fundação Renova

Catasetum mattosianum Bicalho

Nome comum: orquídeaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = CR

• Lista nacional: EN B1ab(i,iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A área de ocorrência da espécie passou por intensa perda de cobertura vegetal, devido às atividades agrossilviculturais; como consequência, suas populações encontram-se severamente fragmentadas.

ECOLOGIA (HABITAT)

Orquídea epífita, endêmica do Brasil. Ocorre no Espírito Santo e na Bahia, no bioma Mata Atlântica, em Floresta Ombrófila e Restinga.

Cattleya guttata Lindl.

Nome comum: orquídeaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: VU A4cd

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie tem como principais ameaças a redução do seu habitat e a coleta predatória, devido ao seu valor ornamental. Essas ameaças reduziram seu número populacional.

ECOLOGIA (HABITAT)

Orquídea, terrícola ou epífita, endêmica do Brasil, com ocorrência na Mata Atlântica dos estados da Bahia, de Pernambuco, do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Paraná e de Santa Catarina, em Floresta Ombrófila e Restinga.

Page 106: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa106

Coryanthes speciosa Hook.

Nome comum: orquídeaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ampla distribuição no Brasil, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, devido a redução das restingas do estado.

ECOLOGIA (HABITAT)

Orquídea epífita, com ocorrência na Mata Atlântica e na Amazônia em Floresta Ombrófila, Floresta Ciliar, Floresta de Igapó e em Floresta de Terra Firme.

Cyrtopodium gigas (Vell.) Hoehne

Nome comum: orquídeaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ampla distribuição no Brasil, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo.

ECOLOGIA (HABITAT)

Orquídea epífita ou rupícola, endêmica do Brasil, com ocorrência no Cerrado e Mata Atlântica, em Floresta Ciliar e Floresta Estacional Decidual.

Page 107: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

107Fundação Renova

Cyrtopodium holstii L. C. Menezes

Nome comum: orquídeaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ampla distribuição no Brasil, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo.

ECOLOGIA (HABITAT)

Orquídea terrícola, ocorre em afloramentos rochosos e em restinga, nos biomas Mata Atlântica, Caatinga e Amazônia, em solos secos e arenosos.

Dimerandra emarginata (G. Mey.) Hoehne

Nome comum: orquídeaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ampla ocorrência no Brasil, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, sendo esse estado o extremo de distribuição da espécie.

ECOLOGIA (HABITAT)

Orquídea epífita, não endêmica do Brasil. Ocorre nos biomas Amazônia e Mata Atlântica, nos estados do Espírito Santo, de Alagoas, da Bahia, do Ceará, do Maranhão, da Paraíba, de Pernambuco, de Sergipe, do Amazonas, do Amapá, do Pará e de Roraima. Pode ser encontrada nas fitofisionomias de Floresta Ciliar, Floresta de Igapó, Floresta de Terra Firme, Floresta de Várzea, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila.

Page 108: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa108

Epidendrum carpophorum Barb.Rodr.

Nome comum: orquídeaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ampla ocorrência no Brasil, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo.

ECOLOGIA (HABITAT)

Orquídea epífita, ocorre na Mata Atlântica, Caatinga e Amazônia. Não é endêmica do Brasil. Cresce em Floresta Ciliar, Floresta de Terra Firme, Floresta de Várzea, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila nos estados de Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Amazonas, Amapá, Pará, Roraima, Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco e Sergipe.

Epidendrum coronatum Ruiz & Pav.

Nome comum: orquídeaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ampla ocorrência no Brasil, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo.

ECOLOGIA (HABITAT)

Orquídea epífita, com ocorrência nos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia. Não é endêmica do Brasil. Cresce nos estados do Paraná, do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Goiás, de Mato Grosso do Sul, de Mato Grosso, da Bahia, do Ceará, do Acre, do Amazonas, do Pará e de Roraima. Essa espécie está associada às fitofisionomias de Floresta Ciliar, Floresta de Igapó, Floresta de Várzea e Floresta Ombrófila.

Page 109: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

109Fundação Renova

Epidendrum cristatum Ruiz & Pav.

Nome comum: orquídeaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ampla ocorrência no Brasil, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo.

ECOLOGIA (HABITAT)

Orquídea, epífita, terrícola e rupícola. Ocorre em diversos estados nos biomas Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Campo Rupestre, Floresta Ciliar, Floresta de Terra Firme e Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos.

Miltonia spectabilis Lindl.

Nome comum: orquídea-bailarinaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie possui valor ornamental. Apesar da ampla ocorrência no Brasil, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo.

ECOLOGIA (HABITAT)

Orquídea epífita, endêmica da Mata Atlântica, com ocorrência confirmada nos estados do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de São Paulo e, possível ocorrência, na Bahia e em Pernambuco. Cresce nas fitofisionomias de Floresta Ciliar, Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila.

Page 110: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa110

Notylia microchila Cogn.

Nome comum: orquídeaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇAEstado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = VU

• Lista nacional: EN B1ab(i,iii,iv)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie é alvo de coleta para fins ornamentais. Na Mata Atlântica, a espécie sofreu intensa redução de habitat, principalmente no estado do Espírito Santo.

ECOLOGIA (HABITAT)

Orquídea epífita, com ocorrência na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. No Sudeste, é encontrada somente no Espírito Santo; no Centro-Oeste, no Mato Grosso; no Nordeste, na Bahia e em Pernambuco, e no Norte, no Pará.

Rauhiella silvana Toscano

Nome comum: orquídeaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = CR

• Lista nacional: EN B2ab(iii,v)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie está ameaçada, principalmente, devido à expansão urbana desordenada, à mineração e às atividades agropecuárias. Historicamente, foi pouco coletada por botânicos e é considerada rara.

ECOLOGIA (HABITAT)

Orquídea epífita, endêmica do Brasil, com ocorrência somente em Floresta Ombrófila de Mata Atlântica dos estados do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e da Bahia.

Page 111: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

111Fundação Renova

Rodriguezia obtusifolia (Lindl.) Rchb.f.

Nome comum: orquídeaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie possui uso ornamental e sofreu intensa redução de habitat, com possíveis extinções locais.

ECOLOGIA (HABITAT)

Orquídea epífita, endêmica do Brasil. Ocorre na Mata Atlântica dos estados da Bahia, do Espírito Santo, do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Paraná, em Floresta Ombrófila e Ciliar.

Sobralia liliastrum Salzm. ex Lindl.

Nome comum: orquídeaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ampla ocorrência no Brasil, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, sendo esse estado o extremo de distribuição da espécie.

ECOLOGIA (HABITAT)

Orquídea terrícola, alcança até 1,5 metros de comprimento, com ocorrência na Amazônia, na Caatinga, no Cerrado e na Mata Atlântica, nos estados do Espírito Santo, da Bahia, de Pernambuco, de Sergipe, de Mato Grosso, do Amazonas, do Amapá, do Pará e de Roraima. Cresce em vegetação de Campinarana, Campo Rupestre, Restinga e Afloramentos Rochosos.

Page 112: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa112

Trichocentrum fuscum Lindl.

Nome comum: orquídea, orelha-de-burroAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ampla ocorrência no Brasil, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo.

ECOLOGIA (HABITAT)

Orquídea epífita com ocorrência na Mata Atlântica, no Cerrado e na Amazônia, nos estados do Amazonas, do Pará, de Roraima, de Alagoas, da Bahia, do Ceará, de Pernambuco, de Sergipe, de Goiás, de Mato Grosso, do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, do Paraná e de Santa Catarina.

Trizeuxis falcata Lindl.

Nome comum: orquídeaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ampla ocorrência no Brasil, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo.

ECOLOGIA (HABITAT)

Orquídea epífita, presente na Mata Atlântica, no Cerrado, na Caatinga e na Amazônia. Ocorre nos estados do Paraná, de Santa Catarina, do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Mato Grosso, da Bahia e do Ceará. Cresce em fitofisionomia de Floresta Ciliar, Floresta de Igapó, Floresta de Terra Firme, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila e Restinga.

Page 113: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

113Fundação Renova

Familia Oxalidaceae

Oxalis clausenii Lourteig

Nome comum: azedinhaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: CR B1ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie tem distribuição restrita e seu habitat sofreu intensa redução, devido à conversão da vegetação nativa para agricultura.

ECOLOGIA (HABITAT)

Erva ou subarbusto, endêmica do Brasil. Ocorre em Floresta Ombrófila no bioma Mata Atlântica, nos estados do Espírito Santo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.

Oxalis doceana Lourteig

Nome comum: azedinhaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = EN

• Lista nacional: CR B2ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie possui distribuição muito restrita, sendo conhecida apenas por ocorrências na região do rio Doce, no município de Linhares, no Espírito Santo. Há mais de 40 anos, a espécie não é coletada.

ECOLOGIA (HABITAT)

Erva, endêmica do estado do Espírito Santo, onde ocorre em Floresta Ombrófila no bioma Mata Atlântica.

Page 114: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa114

Oxalis kuhlmannii Lourteig

Nome comum: azedinhaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = EN

• Lista nacional: CR B2ab(iii,iv,v)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie ocorre em área com forte impacto de antropização, como a expansão urbana. Devido à redução do seu habitat e a prováveis extinções locais, a espécie encontra-se ameaçada de extinção.

ECOLOGIA (HABITAT)

Erva, endêmica do Brasil, ocorre nos estados do Espírito Santo, de Minas Gerais e da Bahia, em Floresta Estacional Perenifólia e Floresta Ombrófila.

Familia Piperaceae

Piper vicosanum Yunck

Nome comum: jaborandiAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ampla ocorrência no Brasil, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo.

ECOLOGIA (HABITAT)

Arbusto, endêmico do Brasil, com ocorrência na Mata Atlântica, no Cerrado e na Amazônia. Está presente nos estados do Paraná, do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Goiás, de Mato Grosso do Sul, de Mato Grosso, de Alagoas, da Bahia, do Maranhão, de Pernambuco, do Amazonas e de Roraima, e no Distrito Federal.

Page 115: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

115Fundação Renova

Familia Poaceae

Cryptochloa capillata (Trin.) Soderstr.

Nome comum: capimAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ampla ocorrência no Brasil, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo.

ECOLOGIA (HABITAT)

Erva, ocorre nos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia, nos estados do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Goiás, de Mato Grosso, da Bahia, do Amapá, do Pará e de Roraima.

Streptochaeta spicata Schrad. ex Nees

Nome comum: taquariAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ampla ocorrência no Brasil, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo.

ECOLOGIA (HABITAT)

Arbusto ou subarbusto, ocorre em Floresta Estacional Semidecidual nos biomas Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.

Page 116: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa116

Familia Rubiaceae

Carapichea ipecacuanha (Brot.) L.Andersson

Nome comum: ipeacuanhaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: VU A4cd

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie sofreu uso intenso por longo período, devido ao valor medicinal de suas raízes. Esse uso diminuiu, mas ainda há exploração da espécie. Aliado a isso, a espécie teve seu habitat reduzido, devido à perda de vegetação nativa na sua área de ocorrência.

ECOLOGIA (HABITAT)

Subarbusto, endemismo desconhecido, ocorre na Amazônia, na Caatinga, no Cerrado, na Mata Atlântica, nos estados do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Goiás, de Mato Grosso, da Bahia, de Pernambuco e de Rondônia.

Genipa infundibuliformis Zappi & Semir

Nome comum: jenipapoAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie é endêmica da Mata Atlântica e ocorre em áreas que foram altamente impactadas pelo desmatamento histórico e pelo atual cenário de degradação ambiental.

ECOLOGIA (HABITAT)

Árvore de até 25 m de altura, endêmica do Brasil, e ocorrência na Mata Atlântica dos estados do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e de São Paulo. Ocorre nas fitofisionomias de Floresta Ciliar, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Perenifólia, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila e Restinga.

Page 117: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

117Fundação Renova

Melanopsidium nigrum Colla

Nome comum: coroa-de-sapoAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista nacional: VU A2bc

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie é dioica, com baixa frequência de ocorrência. Os indivíduos são explorados localmente para usos como lenha e fabricação de ferramentas. Seu habitat de ocorrência, principalmente a restinga, vem sofrendo severa redução, devido à expansão urbana e à ocupação desordenada.

ECOLOGIA (HABITAT)

A espécie cresce na forma de árvore ou arbusto, é endêmica do Brasil, com ocorrência exclusiva na Floresta Ombrófila e Restinga da Mata Atlântica. Ocorre nos estados do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e da Bahia.

Riodocea pulcherrima Delprete

Nomes comuns: arariba-preta, jenipapo-da-mata,jenipapo-bravo, jenipapinhoAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = EN

• Lista nacional: EN B1ab(iii)+2b(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: O habitat de ocorrência da espécie passou por redução e perda de qualidade, devido à conversão da floresta nativa para o uso agropecuário e a silvicultura.

ECOLOGIA (HABITAT)

Árvore, endêmica do Brasil, pode chegar a até 15 m de altura. Ocorre em Floresta Ombrófila na Mata Atlântica, nos estados do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e da Bahia. No Espírito Santo, ocorre no Vale do rio Doce. A espécie é dioica, apresenta flores grandes, com abertura noturna e, provavelmente, são polinizadas por morcegos.

Page 118: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa118

Rudgea coronata subsp. saint-hilairei (Standl.) Zappi

Nome comum: não possuiAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = CR

• Lista nacional: CR B2ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie possui distribuição restrita a uma região historicamente fragmentada e com ampla conversão do uso do solo. Há poucos registros de coleta da espécie e esses são antigos. Pelas suas características ecológicas e habitat de ocorrência, é provável que a espécie esteja em declínio populacional acentuado.

ECOLOGIA (HABITAT)

A espécie cresce na forma de árvore ou arbusto; é endêmica do Espírito Santo, ocorrendo em Floresta Ombrófila, na Mata Atlântica. Sua ocorrência é rara e em florestas de terras baixas.

Rudgea minor (Cham.) Standl.

Nome comum: não possuiAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo.

ECOLOGIA (HABITAT)

A espécie apresenta-se como árvore ou arbusto. É endêmica do Brasil, com ocorrência na Mata Atlântica dos estados do Espírito Santo, do Rio de Janeiro, de São Paulo e da Bahia, onde cresce em Floresta Ombrófila e Restinga.

Page 119: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

119Fundação Renova

Rudgea reflexa Zappi

Nome comum: não possuiAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, devido à perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

Arbusto, endêmico do Brasil, com ocorrência na Mata Atlântica dos estados do Paraná, do Espírito Santo e da Bahia, em Floresta Ombrófila.

Standleya kuhlmanni Brade

Nome comum: não possuiAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = CR

• Lista nacional: EN B1ab(ii,iii)+2ab(ii,iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Espécie de distribuição restrita ao Espírito Santo, em florestas baixas e submontana da Mata Atlântica. Está ameaçada, devido à perda de área e de qualidade do seu habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

Erva, endêmica do Espírito Santo, em Floresta Ombrófila do bioma Mata Atlântica.

Page 120: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa120

Familia Rutaceae

Conchocarpus cauliflorus Pirani

Nome comum: peladeiraAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista nacional: CR B2ab(ii,iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie tem distribuição restrita e é conhecida por apenas duas coletas botânicas. Está ameaçada pela redução da sua área de ocorrência e pela perda da qualidade do seu habitat, devido à conversão da vegetação nativa para atividades agropecuárias e silviculturais.

ECOLOGIA (HABITAT)

Arbusto, endêmico ao estado do Espírito Santo, com ocorrência em Floresta Ombrófila de Mata Atlântica.

Conchocarpus marginatus (Rizzini) Kallunki & Pirani

Nome comum: peladeiraAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = EN

• Lista nacional: CR B1ab(ii,iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie possui distribuição restrita ao município de Linhares, no estado do Espírito Santo; e está ameaçada nessa região pela redução e fragmentação do habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

Arbusto, endêmico da Mata Atlântica do Espírito Santo. A espécie é considerada rara, sendo sua ocorrência restrita ao interior da Floresta Ombrófila.

Page 121: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

121Fundação Renova

Metrodorea maracasana Kaastra

Nome comum: café-bravoAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista nacional: VU B2ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie ocorre em florestas primárias ou em estágio sucessional avançado. Sua região de ocorrência é restrita e vem sofrendo declínio de habitat, devido à conversão da vegetação nativa em paisagens antropizadas.

ECOLOGIA (HABITAT)

A espécie cresce como árvore ou arbusto, é endêmica do Brasil, com ocorrência nos estados do Espírito Santo e da Bahia. Está presente na Mata Atlântica e na Caatinga, em Floresta Estacional Semidecidual e Restinga.

Familia Sapotaceae

Chrysophyllum januariense Eichler

Nome comum: caixetaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista nacional: VU C2a(i);D2

• Lista internacional: EX

Justificativa: A espécie ocorre, principalmente, em restingas e, por sua raridade, chegou a ser considerada extinta internacionalmente. A maior população encontrada da espécie tinha apenas 12 indivíduos maduros. A maior ameaça para a espécie é a perda e degradação do seu habitat de ocorrência.

ECOLOGIA (HABITAT)

Árvore, endêmica do Brasil, com ocorrência somente no bioma Mata Atlântica. É encontrada nos estados do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e da Bahia, em Floresta Ombrófila e Restinga.

Page 122: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa122

Pouteria bullata (S. Moore) Baehni

Nome comum: guapevaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista nacional: EN A2c;D1

• Lista internacional: VU

Justificativa: A região de ocorrência da espécie passou por intensa transformação no uso do solo, devido a atividades como plantio de cana-de-açúcar, café, cacau e eucalipto. A espécie possui uma população total de menos de 200 indivíduos.

ECOLOGIA (HABITAT)

Árvore, endêmica do Brasil, com ocorrência somente na Mata Atlântica, em Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila. É encontrada nos estados da Bahia, do Espírito Santo, do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Paraná.

Pouteria butyrocarpa (Kuhlm.) T. D. Penn.

Nomes comuns: cupão, fruta-de-manteiga, pão-do-matoAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista nacional: CR A2c

• Lista internacional: EN

Justificativa: A espécie é uma árvore de grande porte e ocorre em baixa densidade nas florestas. Seu habitat foi reduzido, devido à transformação da paisagem natural, e a espécie sofreu corte seletivo para uso de madeira.

ECOLOGIA (HABITAT)

Árvore, endêmica do Brasil, com ocorrência nos estados da Bahia e do Espírito Santo, em Floresta Estacional Semidecidual e em Floresta Ombrófila do bioma Mata Atlântica.

Page 123: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

123Fundação Renova

Familia Solanaceae

Solanum sooretamum Carvalho

Nome comum: juáAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, devido à perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

Árvore, endêmica do Brasil, com ocorrência em Floresta Ombrófila, no bioma Mata Atlântica. É encontrada nos estados do Espírito Santo, de Minas Gerais e da Bahia.

Familia Vitaceae

Cissus coccinea (Baker) Planch.

Nome comum: uva-do-matoAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, devido à perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

A espécie apresenta-se como liana, volúvel e trepadeira. Ocorre no bioma Mata Atlântica, em Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila. É encontrada nos estados de Minas Gerais, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro.

Page 124: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa124

Cissus pulcherrima Vell.

Nome comum: uva-do-matoAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, no Espírito Santo, a espécie encontra-se ameaçada de extinção, principalmente devido à perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

A espécie apresenta-se como liana, volúvel e trepadeira. Ocorre nos estados de Minas Gerais, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, em áreas de Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila e Restinga, no bioma Mata Atlântica.

Familia Vochysiaceae

Erisma arietinum M. L. Kawas.

Nome comum: pau-terraAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista nacional: EN B1ab(i,ii,iii,iv,v)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie tem distribuição restrita, sendo conhecida por somente duas localidades no estado do Espírito Santo. Suspeita-se de extinção local no município de Santa Teresa. O habitat de ocorrência da espécie sofreu transformação intensa para uso agrícola.

ECOLOGIA (HABITAT)

Árvore com altura de 20 a 30 m, endêmica do estado do Espírito Santo, com ocorrência somente em Floresta Ombrófila do bioma Mata Atlântica.

Page 125: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

125Fundação Renova

Qualea magna Kuhlm.

Nome comum: pau-terra Autores: Nina Pougy & Eline Matos Martins

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = não consta

• Lista Nacional: EN B2ab(iii,v)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie vem sofrendo com um declínio na qualidade e extensão do seu habitat, principalmente, devido à expansão de atividades agropecuárias, como o cultivo de cacau em sub bosque de floresta nativa. Suspeita-se, portanto, que a degradação do seu habitat esteja causando uma diminuição no número de indivíduos maduros da população.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma árvore, endêmica do Brasil, que ocorre somente no estado do Espírito Santo, em Matas de Galeria.

Vochysia angelica M. C. Vianna & Fontella

Nome comum: pau-de-tucanoAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = EN

• Lista nacional: EN B2ab(iii,v)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie passa por um declínio contínuo na quantidade e qualidade do seu habitat, devido à conversão de vegetação nativa para áreas de práticas agropecuárias.

ECOLOGIA (HABITAT)

Árvore de grande porte, com até 30 m de altura, endêmica do Brasil, com ocorrência somente em Floresta Ombrófila do bioma Mata Atlântica nos estados do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e da Bahia.

Page 126: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa126

Vochysia riedeliana Stafleu

Nome comum: pau-de-tucanoAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ampla ocorrência no estado da Bahia, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, devido à perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

Árvore, endêmica do Brasil, com ocorrência nos estados do Espírito Santo e da Bahia, no bioma Mata Atlântica.

BRIÓFITAS

Familia Brachytheciaceae

Zelometeorium patens (Hook.) Manuel

Nome comum: musgoAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, devido à perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

Briófita, hábito pendente, não é endêmica do Brasil. Ocorre em Floresta Ciliar, Floresta Ombrófila e Floresta Ombrófila Mista nos biomas Mata Atlântica e Cerrado. É encontrada nos estados do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Mato Grosso.

Page 127: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

127Fundação Renova

Familia Cephaloziellaceae

Cylindrocolea rhizantha (Mont.) R.M.Schust.

Nome comum: musgoAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outros estados, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, devido à perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

Briófita, folhosa, que cresce sobre troncos em decomposição, sobre solo ou sobre rocha. Não endêmica do Brasil, tem ampla distribuição e ocorre nos estados do Acre, da Bahia, de Pernambuco, do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e de São Paulo. Habita áreas de Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar, Floresta de Terra Firme e Floresta Ombrófila nos biomas Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica.

Familia Lejeuneaceae

Verdoornianthus griffinii Gradst.

Nome comum: musgoAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outro estado, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, devido à perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

Briófita, folhosa, cresce sobre troncos e ramos de árvores ou sobre folhas. Não endêmica do Brasil, tem distribuição restrita aos estados do Amazonas e do Espírito Santo. Habita áreas de Floresta Ciliar, Floresta de Terra Firme e Floresta Ombrófila da Amazônia e da Mata Atlântica.

Page 128: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa128

SAMAMBAIAS E LICÓFITAS

Familia Aspleniaceae

Asplenium campos-portoi Brade

Nome comum: samambaia Autores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar da ocorrência em outro estado, a espécie encontra-se localmente ameaçada no Espírito Santo, devido à perda de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma samambaia, terrícola, exclusiva do bioma Mata Atlântica. Endêmica do Brasil, ocorre em áreas de Floresta Ombrófila em todos os estados da região Sudeste e no Paraná.

Familia Pteridaceae

Adiantum papillosum Handro

Nome comum: avencaAutores: Eline Matos Martins & Nina Pougy

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: EN A2c;B2ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A espécie é restrita da Mata Atlântica e encontra-se ameaçada de extinção, devido à perda e degradação de habitat. A expansão urbana, o turismo desordenado e a agricultura são as principais ameaças à espécie.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma erva, terrícola, exclusiva do Brasil e da Mata Atlântica. Ocorre nos estados do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e do Paraná, em áreas de Floresta Ombrófila, em ambientes úmidos e sombreados.

Page 129: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

129Fundação Renova

Roberto Murta/BICHODOMATO

Page 130: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa130

FAUNA

O Brasil é o país com a maior riqueza faunística do mundo. Atualmente, são conhecidas

117.096 espécies da fauna brasileira, incluindo cerca de 9.000 espécies de vertebrados e 94.000

artrópodes (ICMBio, 2018). Entre os vertebrados, há aproximadamente 4.545 espécies de peixes,

1.080 de anfíbios, 773 répteis, 1.919 de aves e 701 de mamíferos. Proporcionalmente, o Brasil

abriga o maior número de espécies endêmicas de anfíbios e répteis, sendo o sexto país com

maior número de espécies de vertebrados endêmicos. Essa megadiversidade está atrelada aos

diversos biomas presentes no Brasil e à maior rede fluvial do planeta.

O país abriga dois hotspots mundiais de biodiversidade (Mata Atlântica e Cerrado), 40% dos

remanescentes florestais tropicais do planeta e a maior área úmida tropical do mundo, o

Pantanal. A diversidade de florestas, campos, rios, planícies alagáveis, uma costa marinha

de 3,5 milhões km², incluindo ecossistemas como recifes de corais, pântanos, lagoas, dunas,

manguezais e estuários, formam ambientes únicos. Essa diversidade de habitat contribui para

a importância ecológica do país e sua rica biodiversidade. As Listas das Espécies da Fauna

Brasileira Ameaçadas de Extinção vigentes (Portarias MMA no 443/2014 e no 444/2014) contam

com 1.173 espécies ameaçadas.

Page 131: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

131Fundação Renova

Harpia harpyja

Roberto Murta/BICHODOMATO

Page 132: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa132

VERTEBRADOS

MAMÍFEROS

Gisele Lessa, Ana Maria de Oliveira Paschoal, Cristiane Cäsar, Fábio Falcão, Karla Patrícia Gonçalves Leal, Leonardo de Carvalho Oliveira, Leonardo Dias-Silva, Marcus Vinícius Brandão, Pollyanna Alves de Barros e Tudy Câmara

No Brasil, ocorrem 701 espécies de mamíferos, distribuídas em 243 gêneros, 50 famílias e 12

ordens (Paglia et al., 2012). Destas, 110 estão na lista de espécies ameaçadas de extinção.

Com base em seu tamanho corporal e seus hábitos, os mamíferos foram divididos pelos

pesquisadores em três grupos distintos: pequenos mamíferos não-voadores, pequenos

mamíferos voadores (i.e., morcegos) e mamíferos de médio/grande porte.

Os pequenos mamíferos não-voadores abrangem as espécies das ordens Didelphimorphia,

comumente chamados de marsupiais (gambás, cuícas, catitas e saruês) e Rodentia

(pequenos roedores). Esses animais apresentam peso corporal menor que 1 kg, com exceção

dos marsupiais do gênero Didelphis que, comumente, atingem peso acima de 1 kg.

Os pequenos mamíferos voadores são animais cujos membros torácicos se modificaram em

asas, em especialização para o voo. São considerados organismos vitais, para o funcionamento

de muitos ecossistemas, além de desempenhar serviços ecossistêmicos de interesse

econômico direto para o homem, como controle de pragas naturais, polinização e dispersão de

sementes (Fleming, 1988, Patterson et al., 2003, Lobova et al., 2003, Kunz et al., 2011).

Os mamíferos de médio e grande porte são representados por espécies terrestres e arborícolas,

geralmente com adultos pesando entre 1 e 10 kg (porte médio) e peso acima de 10 kg (porte

grande), excetuando-se os pequenos roedores, marsupiais e mamíferos voadores. Assim como

os pequenos mamíferos, os mamíferos de médio e grande porte são também importantes

bioindicadores de qualidade ambiental, devido, principalmente, à grande diversidade de

papéis ecológicos que eles exercem na dinâmica de um ecossistema (Emmons & Feer, 1997;

Eisenbergh & Redford, 1999).

Page 133: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

133Fundação Renova

Panthera onca

Roberto Murta/BICHODOMATO

Page 134: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa134

Ordem Artiodactyla

Pecari tajacu (Linnaeus, 1758)

Nomes comuns: cateto, caititu Autora: Karla Patrícia Gonçalves Leal

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = VU

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: As principais ameaças são a caça ilegal e excessiva, pois sua carne é bastante apreciada, e a substituição do seu habitat natural e as queimadas, que causam a redução da área disponível para sobrevivência da espécie. Outra importante fonte de impacto negativo é a presença de espécies exóticas e de criação, relacionadas tanto à competição direta (porco monteiro e javalis) como à transmissão de doenças infecciosas.

ECOLOGIA (HABITAT)

A espécie é resistente às alterações antrópicas, desde que a área não esteja extremamente modificada, e ocupa, preferencialmente, os ambientes florestais em todos os biomas nacionais. A sua dieta diversificada e suas adaptações fisiológicas são alguns dos fatores que permitem a sua sobrevivência em uma diversidade de ambientes em diferentes estados de conservação.

Tayassu pecari (Link, 1795)

Nomes comuns: queixada, porcãoAutora: Karla Patrícia Gonçalves Leal

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR*; ES = EN

• Lista nacional: VU A2abcde+3abcde

• Lista internacional: VU A2bcde+3bcde * ICMBio (2008)

Justificativa: Apesar da ampla distribuição geográfica, teve uma redução de 30% em sua população global nos últimos 18 anos e acredita-se que essa redução se manterá pelos próximos 18 anos (três gerações da espécie; ICMBio, 2018). As principais causas são a perda do seu habitat natural, a caça ilegal, o aumento nos rebanhos dos animais de criação e a introdução de espécies exóticas, elevando a competição e as doenças pelo contato com esses animais e com o homem – zoonoses (Keuroghlian et al., 2012). Em Minas Gerais, a espécie já foi amplamente distribuída, mas necessita de grandes extensões de mata nativa para a sua sobrevivência e é alvo de caça. Acredita-se haver extinção local em muitas regiões do Espírito Santo, onde a espécie não é registrada, nem mesmo em Unidades de Conservação (Cruz, 2017; Passamani & Mendes, 2007).

ECOLOGIA (HABITAT)

É encontrada em florestas úmidas e densas, e costuma estar associada a cursos d’água, mesmo quando encontrada em áreas mais secas, como as savanas (Keuroghlian et al., 2012).

Page 135: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

135Fundação Renova

Ordem Carnivora

Chrysocyon brachyurus (Illiger,1815)

Nomes comuns: lobo-guará, guará, lobo-de-crina, lobo-de-juba, lobo-vermelho, loboAutora: Ana Maria de Oliveira Paschoal

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não consta

• Lista nacional: VU A3c; E

• Lista internacional: NT

Justificativa: Estima-se que sua população sofrerá uma redução de, pelo menos, 19% nos próximos 21 anos ou três gerações. O desmatamento e a perda de habitat configuram as maiores ameaças à espécie. Outros fatores também configuram ameaças iminentes, como atropelamento, espécies exóticas invasoras (cães), doenças e retaliação à predação de animais domésticos. A ação e a interação desses fatores podem fazer com que o declínio populacional nas próximas gerações alcance valores superiores a 30% (ICMBio 2018).

ECOLOGIA (HABITAT)

O maior canídeo das Américas habita, preferencialmente, áreas abertas, como campos, cerrados, veredas e campos úmidos. Apesar de estar relacionado ao bioma Cerrado, há registros em áreas do Pantanal e de transição entre o Cerrado e a Caatinga. Também foi registrado em áreas agrícolas, pastos e campos antrópicos abandonados e pode habitar regiões com até 2.000 metros de altitude.

Leopardus guttulus (Schreber, 1775)

Nomes comuns: gato-do-mato, gato-do-mato-pequenoAutora: Ana Maria de Oliveira Paschoal

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: VU C1

• Listas internacionais: VU

Justificativa: Suas populações são intrinsecamente pequenas. Acredita-se que sua população efetiva esteja estimada entre 1.844 e 9.174 indivíduos. Além disso, estima-se que, nos próximos 15-18 anos, ou três gerações, ocorrerá um declínio de 10% a 30% dessa população, principalmente pela perda e fragmentação de habitat causadas pela expansão agrícola e invasão de espécies exóticas, como cães, e atropelamentos (ICMBio, 2018).

Page 136: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa136

ECOLOGIA (HABITAT)

Habita uma variedade de habitats abaixo de 2.000 metros de altitude. A espécie pode ocorrer desde floresta ombrófila densa até Caatinga. Há registro da espécie em ambientes antropizados, como pequenas áreas agrícolas, mas este é limitado pela presença de habitats naturais.

Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758)

Nomes comuns: jaguatirica, gato-do-mato-grandeAutora: Ana Maria de Oliveira Paschoal

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = VU

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Possui ampla área de distribuição e densidades relativamente altas, se comparada com outras espécies de felinos. A estimativa do tamanho populacional efetivo é superior a 40.000 indivíduos, porém, as maiores populações se encontram na Floresta Amazônica e no Pantanal, podendo se encontrar em baixas densidades no Bioma Mata Atlântica.

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre em todos os biomas brasileiros de até 3.000 m de altitude e em uma variedade de habitats que vai desde áreas florestadas e pluviais até formações abertas e secas, como a Caatinga. Possui certa plasticidade ecológica, o que confere à espécie certa tolerância a ambientes antropizados. O gradiente altitudinal de ocorrência da espécie vai do nível do mar a até 3.000 m, mas é comumente encontrada até 1.200 m.

Leopardus wiedii (Schinz, 1821)

Nomes comuns: gato-do-mato, gato-maracajá, gato-peludo, maracajá-peludoAutora: Ana Maria de Oliveira Paschoal

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = VU

• Lista nacional: VU C1

• Lista internacional: NT

Justificativa: Sua população efetiva é estimada em, aproximadamente, 4.700 indivíduos no território brasileiro e espera-se que, nas próximas três gerações, ou 15 anos, deva ocorrer um declínio de, pelo menos, 10% dessa população, principalmente pela perda e fragmentação de habitat relacionadas à expansão agrícola (ICMBio, 2018).

ECOLOGIA (HABITAT)

É encontrada em todos os biomas brasileiros. Diante de suas adaptações arborícolas, está predominantemente associada a ambientes de floresta, desde formações densas contínuas a pequenos fragmentos em ecossistemas savânicos. Na Caatinga, sua distribuição é restrita a áreas de transição vegetacional e cânions de mata densa. Pode ocupar áreas com relativa perturbação antrópica e raramente ocorre em áreas acima de 1.200 m de altitude.

Page 137: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

137Fundação Renova

Lontra longicaudis (Olfers, 1818)

Nomes comuns: lontra, lontrinha, lobinho-de-rio Autora: Ana Maria de Oliveira Paschoal

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não consta

• Lista nacional: NT

• Lista internacional: NT

Justificativa: É amplamente distribuída no Brasil, onde há disponibilidade de corpos d’água em abundância. Regionalmente, as principais ameaças são a dependência de corpos d’água e de matas ciliares, pois colocam-na em conflito direto com os interesses humanos. Além do declínio populacional decorrente das perdas da capacidade suporte do ambiente devido à redução de habitat, é ameaçada também pela caça, por retaliação ao conflito com a pesca e piscicultura, por atropelamentos, pela expansão da malha hidroenergética e, principalmente, por poluição dos corpos d’água e bioacumulação por metais pesados (e.g., mercúrio). Estima-se um declínio populacional de, aproximadamente, 30% nos próximos 20 anos ou três gerações (ICMBio, 2018).

ECOLOGIA (HABITAT)

É encontrada próximo a corpos d’água, preferencialmente, aqueles com baixa turbidez e fluxo de água intenso. Locais com vegetação ribeirinha preservada e com abundância de locais potenciais para tocas e áreas de descanso nas margens são essenciais para sua ocorrência. Pode ocorrer em ambientes aquáticos a até 3.000 m de altitude e, também, ilhas costeiras.

Panthera onca (Linnaeus, 1758)

Nomes comuns: onça-pintada, onça-preta, onça, canguçu, jaguaretê, yaguaretê, tigre, jaguarAutora: Ana Maria de Oliveira Paschoal

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionas: MG = CR; ES = CR

• Lista nacional: VU A2bcd+3cd;C1

• Lista internacional: NT

Justificativa: Maior felino das Américas, está distribuído em quase todos os biomas brasileiros, com exceção dos Pampas. Entretanto, ocorre naturalmente em baixa densidade populacional, o que, juntamente com impactos antrópicos diversos, resulta em uma população efetiva menor que 10.000 indivíduos, sendo as maiores concentradas na Floresta Amazônica e no Pantanal. Apesar da sua ampla distribuição, a fragmentação e perda de habitat crescentes são os principais fatores que limitam a sua atual ocorrência, seguidos do abate de indivíduos, por caça ou retaliação por predação de animais domésticos, e atropelamentos. Na Caatinga e Mata Atlântica, estima-se que haja menos de 20% de remanescentes adequados para sua sobrevivência. O declínio populacional da espécie foi estimado em, aproximadamente, 30% nos últimos 27 anos ou três gerações (ICMBio, 2018).

Page 138: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa138

ECOLOGIA (HABITAT)

No Brasil, ocorre em todos os biomas e nos mais variados habitats, preferencialmente, naqueles que possuam cobertura vegetal preservada, disponibilidade de presas e suprimento de água abundante. Devido à sua associação com corpos d’água (mesmo em habitats xéricos), ocorre com maior frequência abaixo dos 2.000 m de altitude, apesar de haver registros em áreas a 3.800 m. Sua habilidade de nadar permitiu adaptação a ambientes alagadiços e pantaneiros. Evita áreas com intensa atividade antrópica.

Potos flavus (Schreber, 1774)

Nomes comuns: jupará, jurupará, gogó-de-sola, macaco-da-noite, gatiara, janaú, macaco-janauí/ janauaí/januí, mirumiruAutora: Ana Maria de Oliveira Paschoal

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = não consta

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Distribui-se por toda a bacia amazônica e em boa extensão da Mata Atlântica. Apesar de ser considerada aparentemente abundante, não existem dados precisos de densidade populacional. Considerando que é arborícola, pode ser extremamente afetada pelo alto grau de perda e fragmentação de habitats na Mata Atlântica, e pelas crescentes taxas de desmatamento da Floresta Amazônica. Adicionalmente, é ameaçada pela caça e perseguição por crenças locais. A mortalidade por infecções contraídas de animais domésticos (e.g., raiva e leishimaniose) também é relatada como ameaça.

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre em toda a bacia amazônica e em parte da Mata Atlântica brasileira nos estados da Bahia, do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e interior de Minas Gerais. São arborícolas e ocorrem em ambientes florestais neotropicais, em até 2.500 m de altitude, com dossel bem desenvolvido, com alturas que podem variar de 10 a 30 m.

Puma concolor (Linnaeus, 1771)

Nomes comuns: onça-parda, suçuarana, onça-vermelha, onça-do-lombo-preto, leão-baio, leãozinho-da-cara-suja, bodeiraAutora: Ana Maria de Oliveira Paschoal

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = EN

• Lista nacional: VU C1

• Lista internacional: LC

Justificativa: A população efetiva no Brasil foi estimada em menos de 4.000 indivíduos. Espera-se que em três gerações, ou 21 anos,

Page 139: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

139Fundação Renova

a população da espécie sofra um decínio de, aproximadamente, 10%. As principais ameaças são a perda e a fragmentação de habitat. Adicionalmente, a caça e a retaliação por predação de animais domésticos, as queimadas, as espécies exóticas invasoras (cães) e os atropelamentos também contribuem consideravelmente para a redução da população (ICMBio, 2018).

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre em todos os biomas e é um dos felinos melhor adaptados aos diferentes ambientes. Habitats com densa vegetação de sub-bosque são o preferido; no entanto, a espécie pode viver em habitats muito abertos, com um mínimo de cobertura vegetal. Com uma tolerância ambiental considerável, a espécie pode ocorrer acima de 4.000 m de altitude. É capaz de persistir em habitats conectados, com níveis reduzidos de cobertura vegetal, e em áreas de reflorestamento, com níveis intermediários de distúrbios.

Puma yagouaroundi (É. Geoffroy, 1803)

Nomes comuns: jaguarundi, gato-mourisco, gato-vermelhoAutora: Ana Maria de Oliveira Paschoal

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: VU C1

• Lista internacional: LC Justificativa: Ocorre naturalmente em baixas densidades populacionais. Em um contexto mais conservador, estima-se que a população viável seja em torno de 5.200 indivíduos, sendo que, nas próximas três gerações (ou 15 anos), poderá ocorrer um declínio populacional de 10%. As maiores ameaças é são a perda e a fragmentação de habitat, as espécies exóticas invasoras e o atropelamento (ICMBio, 2018).

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre em quase todos os biomas e ocupa uma grande diversidade de habitats, de florestais a xéricos. Em áreas abertas e ambientes alterados, pode ser observada utilizando a matriz circundante não florestal, como cultivos de cana-de-açúcar, soja e milho, desde que esta esteja associada a remanescentes de vegetação naturais. Frequentemente ocorre em habitats de até 2.000 m de altitude, mas há ocorrência da espécie em habitat de até 3.200 m.

Page 140: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa140

Speothos venaticus (Lund,1842)

Nomes comuns: cachorro-do-mato-vinagre, cachorro-vinagre, cachorro-do-mato, cachorro-cotó, cachorro-pitoco, pitoco, janauíra, janauíAutora: Ana Maria de Oliveira Paschoal

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = não consta

• Lista nacional: VU C1

• Lista internacional: NT

Justificativa: A população em todos os biomas do território nacional foi estimada em, aproximadamente, 9.350 indivíduos, sendo que a população do Cerrado tem probabilidade de se extinguir 100% em 100 anos. Tem uma ampla área de distribuição, mas em densidades baixas. Como principais ameaças, podem-se citar a fragmentação e a perda de habitat, a perda de recursos alimentares, as espécies exóticas invasoras (cães) e as doenças parasitárias (ICMBio, 2018).

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre, geralmente, próximo a cursos de água e tem sido observada em áreas com altitude abaixo de 1.500 m em ambientes florestais, incluindo matas primárias e de galerias, florestas semideciduais e florestas de várzeas. Ocasionalmente, pode ocorrer a consideráveis distâncias de ambientes florestais, em áreas de matas secundárias, áreas fragmentadas e perturbadas.

Ordem Chiroptera

Carollia brevicauda (Schinz, 1821)

Nome comum: morcego-de-frutaAutores: Fábio Falcão & Leonardo Dias-Silva

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU A2cd

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Foi descrita com base em indivíduos capturados no Espírito Santo, sendo esses registros o limite sul da distribuição da espécie. Na Mata Atlântica, é considerada uma espécie rara, sendo que seu registro no Espírito Santo está restrito ao exemplar-tipo.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie preferencialmente frugívora, mas que também inclui insetos em sua dieta. Ocorre em florestas perenes e semidecíduas de baixada, sendo tolerante a áreas degradadas (Hortêncio-Filho et al., 2007), além de florestas e cabrucas no sul da Bahia (Faria & Baumgarten, 2007). Mostra forte consumo de vegetais do gênero Piper.

Page 141: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

141Fundação Renova

Choeroniscus minor (Peters, 1868)

Nome comum: morcegoAutor: Fábio Falcão

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = VU A2c

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Espécie com poucos registros e ocorrência em área próxima à área afetada pelo rompimento da barragem.

ECOLOGIA (HABITAT)

Pequena espécie nectarívora, que ocorre tanto em áreas de matas preservadas, como também em ambientes alterados, como plantações de cacau, pomares e meio urbano. A espécie utiliza cavernas, bueiros e troncos de árvores caídas como abrigo, e pode formar pequenos grupos, de até cinco indivíduos.

Chrotopterus auritus (Peters, 1856)

Nome comum: morcegoAutor: Fábio Falcão

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Por se tratar de uma espécie preferencialmente carnívora e topo de cadeia, é considerada uma espécie sensível a alterações de ambiente.

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre em florestas primárias e secundárias, mas há registros em áreas abertas e ambientes alterados. Utiliza diversos tipos de abrigos, como cavernas, túneis, árvores, cupinzeiros e prédios abandonados. Sua dieta é constituída de pequenos vertebrados, como aves, pequenos roedores e outros morcegos; e podem consumir também frutos em menor quantidade.

Page 142: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa142

Diaemus youngi (Jentink, 1893)

Nome comum: morcego-vampiroAutores: Fábio Falcão & Leonardo Dias-Silva

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = DD

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Apesar de apresentar uma ampla distribuição, com ocorrência em todos os biomas brasileiros, é considerada rara e, muitas vezes, sofre pressão por ser exterminada juntamente com a espécie, também hematófaga, Desmodus rotundus, em atividades visando ao controle da raiva. Outras espécies também sofrem esse tipo de pressão, mas, no caso de D. youngi, esse fato pode ser ainda mais agravado pela relativa semelhança com D. rotundus.

ECOLOGIA (HABITAT)

Habita, principalmente, cavernas e ocos de árvores. Em Minas Gerais, foram realizados registros em ambientes cársticos, com pequenos agrupamentos de, no máximo, seis indivíduos, embora possam ser contabilizados mais de 30. Possui hábito alimentar hematófago, havendo preferência por sangue de aves e, ocasionalmente, de mamíferos.

Dryadonycteris capixaba Nogueira, Lima, Peracchi & Simmons, 2012

Nome comum: morcego-beija-flor Autor: Fábio Falcão

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: DD

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Recentemente descrita a partir de material coletado no Espírito Santo (Nogueira et al., 2012), pouco se sabe sobre a espécie. Com poucos registros, é plausível que essa espécie ocorra na área afetada pelo rompimento da barragem, tendo em vista que foi registrada no PERD (Gregorin et al., 2015).

ECOLOGIA (HABITAT)

Acreditava-se ser endêmica da Mata Atlântica, mas estudos recentes apontam a ocorrência no Nordeste brasileiro, em enclaves de mata úmida, circundado por Caatinga, indicando que, provavelmente, essa espécie também utiliza áreas mais secas.

Page 143: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

143Fundação Renova

Eumops chimaera Gregorin, Moras, Acosta, Vasconcellos, Poma, Santos & Paca, 2016

Nome comum: morcegoAutor: Fábio Falcão

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Recentemente descrita com base em indivíduos coletados no PERD e na Bolívia (Gregorin et al., 2016). Não se tem informação sobre a história natural na espécie.

ECOLOGIA (HABITAT)

O holótipo foi observado voando sobre uma lagoa no PERD, com floresta semidecidual no entorno, provavelmente em busca de insetos para se alimentar. Os exemplares da Bolívia foram coletados em ambientes com vegetação densa e arbustiva (Gregorin et al., 2016).

Furipterus horrens Cuvier, 1828

Nome comum: morcegoAutor: Fábio Falcão

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = DD

• Lista nacional: VU A3c

• Lista internacional: LC

Justificativa: Apesar de possuir ampla distribuição, a espécie é rara e representada por poucos registros. Possui uma associação estrita com ambientes cársticos, especialmente cavernas, utilizadas como abrigo. Há indícios de que essa espécie seja sensível a impactos, pois não existem registros em áreas urbanas ou modificadas por ação antrópica. Considerando sua raridade, sua associação com ambientes cavernícolas e sua sensibilidade a alterações desses habitats, somadas à degradação das cavernas, projeta-se um declínio populacional no Brasil de, pelo menos, 30% nos próximos 10 anos (período maior que três gerações).

ECOLOGIA (HABITAT)

Furipterus horrens é uma espécie insetívora, que utiliza cavernas como abrigo. Ocorre em áreas úmidas, próximas a riachos. Alimentam-se, exclusivamente, de insetos aéreos e parecem ter preferência por lepidópteros.

Page 144: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa144

Glyphonycteris sylvestris Thomas, 1896

Nome comum: morcegoAutor: Fábio Falcão

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não consta

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Espécie com poucos registros e ocorrência na área afetada pelo rompimento da barragem.

ECOLOGIA (HABITAT)

Essa espécie pode ser encontrada em floresta primária e secundária madura, geralmente ocorrendo em baixo número de indivíduos. Abriga-se em cavernas e ocos de árvores, e sua dieta é composta por frutos e insetos.

Lampronycteris brachyotis Thomas, 1896

Nome comum: morcegoAutor: Fábio Falcão

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU A2c

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Espécie com poucos registros e ocorrência em área próxima à área afetada pelo rompimento da barragem (REBIO de Sooretama).

ECOLOGIA (HABITAT)

Tem dieta variada, incluindo insetos, frutos, néctar e pólen. Ocorre, principalmente, em ambientes preservados e parece ser sensível a alterações de habitat. Utiliza como abrigo ocos de árvores, cavernas e minas.

Lichonycteris degener Miller, 1931

Nome comum: morcegoAutor: Fábio Falcão

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: DD

• Lista internacional: LC

Justificativa: Espécie com poucos registros e ocorrência em área próxima à área afetada pelo rompimento da barragem.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie que inclui néctar e pólen em sua dieta e, possivelmente, insetos. Ocorre em florestas primárias, secundárias, áreas de savana amazônica e plantações (Gardner, 2007). Não se conhece o tipo de abrigo utilizado pela espécie.

Page 145: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

145Fundação Renova

Lonchophylla bokermanni Sazima, Vizotto e Taddei, 1978

Nome comum: morcego-beija-florAutor: Fábio Falcão & Leonardo Dias-Silva

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = não consta

• Lista nacional: NT

• Lista internacional: EN B1ab(iii)

Justificativa: Sua área de ocorrência está severamente fragmentada e os registros conhecidos se resumem a poucas localidades. A fragmentação de habitat é contínua e há um declínio presumido no habitat utilizado nos últimos anos (IUCN, 2016).

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre em ambientes bem preservados, principalmente na área de Cerrado e afloramentos calcários, tendo sido recentemente registrada na Caatinga (Claudio et al., 2018). Já foi registrada em ambiente alterado (presídio abandonado), e imagina-se que utilize cavernas como abrigos. Possui dieta à base de néctar e pólen, com registros de fragmentos de insetos da ordem Hymenoptera em conteúdo estomacal.

Lonchorhina aurita Tomes, 1863

Nome comum: morcegoAutor: Fábio Falcão

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: VU A3c

• Lista internacional: LC

Justificativa: Possui ampla distribuição, com registros do México ao sudeste do Brasil. No entanto, é rara, representada por poucas localidades ao longo de sua distribuição. Possui uma associação restrita a ambientes cavernícolas, utilizados como abrigo. Mudanças recentes na legislação brasileira aumentaram a pressão sobre os ambientes cavernícolas, projetando uma perda e degradação expressiva desses habitats. Considerando sua raridade, a necessidade de ambientes cavernícolas e a sensibilidade a alterações desses habitats, somadas à degradação das cavernas, principalmente pela mineração, projeta-se um declínio populacional no Brasil de, pelo menos, 30% nos próximos 10 anos, ou período maior do que 3 gerações (ICMBio, 2018).

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie insetívora, que utiliza cavernas como abrigo e pode abrigar-se com outras espécies. Ocorre, principalmente, em áreas florestadas, mas há registros em áreas agrícolas e pastagens.

Page 146: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa146

Micronycteris hirsuta (Peters, 1869)

Nome comum: morcegoAutor: Fábio Falcão

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU A2c*

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Relativamente sensível a alterações de habitat e ocorre no sudeste brasileiro, em uma área sob forte pressão antrópica.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie preferencialmente insetívora, mas que também inclui em sua dieta frutos e pequenos vertebrados. Já foi registrada em florestas primárias, secundárias, pequenos fragmentos florestais e pomares.

Myotis ruber (E. Geoffroyi, 1806)

Nome comum: morcegoAutores: Fábio Falcão & Leonardo Dias-Silva

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = DD

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: NT

Justificativa: As principais ameaças são a supressão de habitats e aparente sensibilidade à alteração dos ambientes naturais. Possui a principal parte de sua distribuição localizada em domínios da Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados em todo o mundo.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie insetívora aérea, possui preferência por forrageio nas bordas ou interiores de ambientes florestais bem conservados. Sabe-se que insetos dípteros e coleópteros fazem parte de sua dieta, não havendo estudos aprofundados sobre o assunto.

Page 147: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

147Fundação Renova

Natalus macrourus (Gervais, 1856)

Nome comum: morcego Autor: Fábio Falcão

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: VU A3c

• Lista internacional: NT

Justificativa: Apresenta ampla distribuição no Brasil, porém é pouco frequente, e possui uma forte associação com ambientes cavernícolas. Mudanças recentes na legislação brasileira aumentaram a pressão sobre os ambientes cavernícolas, projetando uma perda e degradação expressiva desses habitats. Considerando seu padrão de distribuição e sua necessidade de ambientes cavernícolas, somados à degradação das cavernas, principalmente pela mineração, projeta-se um declínio populacional no Brasil de, pelo menos, 30% nos próximos 10 anos, ou período maior do que 3 gerações (ICMBio, 2018).

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie insetívora, que utiliza cavernas como abrigo e pode abrigar-se com outras espécies. Pode formar colônias com mais de 100 indivíduos, e, aparentemente, utiliza cavernas com características específicas, como áreas profundas e afóticas.

Noctilio leporinus (Linnaeus, 1758)

Nome comum: morcego-pescadorAutores: Fábio Falcão & Leonardo Dias-Silva

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição desde o leste e oeste do México até o norte da Argentina. Sua ocorrência está ligada a regiões costeiras e ao entorno de rios e lagos.

ECOLOGIA (HABITAT)

Por ser uma espécie de hábito alimentar primordialmente piscívoro, sua ocorrência está ligada à presença e qualidade de cursos d’água e regiões costeiras. Podem se alimentar de peixes (famílias Cichlidae, Atherininidae, Culpidae, Exocetidae, Elotridae, Holocentridae, Gerreidae e Sphyraenidae) e, como complemento, de insetos, como Lepidoptera, Coleoptera, Hemiptera e Orthoptera. É, frequentemente, encontrada abrigando-se em cavernas, fissuras em rochas e ocos de árvores. Seus agrupamentos podem variar de poucas dezenas até centenas de indivíduos.

Page 148: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa148

Thyroptera wynneae Velazco, Gregorin, Voss & Simmons, 2014

Nome comum: morcegoAutor: Fábio Falcão

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: DD

Justificativa: Recentemente descrita com base em indivíduos coletados na Amazônia peruana e no PERD, também foi registrada no Espírito Santo (Hoppe et al., 2014). Não se tem informação sobre a história natural da espécie.

ECOLOGIA (HABITAT)

O holótipo foi capturado em uma área de vegetação secundária, em uma reserva biológica na Amazônia peruana, e os indivíduos coletados no PERD foram encontrados em uma região de mata primária (Campolina).

Ordem Cingulata

Priodontes maximus (Kerr, 1792)

Nomes comuns: tatu-canastra, tatu-açuAutora: Karla Patrícia Gonçalves Leal

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = CR

• Lista nacional: VU A2cd

• Lista internacional: VU A2cd

Justificativa: Sua distribuição é restrita a alguns países da América do Sul, sendo que, em toda a extensão dessa distribuição, 30% da população foi perdida nos últimos 21 anos (3 gerações; ICMBio, 2018). Para alguns biomas e algumas regiões do Brasil, a sua densidade é baixíssima em consequência da baixa disponibilidade de áreas de mata contínua (ICMBio, 2018). Assim, a perda e a fragmentação do habitat e a caça direcionada são as principais ameaças em nível nacional. No Espírito Santo, possui suas populações reduzidas, com distribuição restrita e raros registros dispersos (Passamani & Mendes, 2007), e, em Minas Gerais, é alvo de pressão da agricultura e da caça.

ECOLOGIA (HABITAT)

Habita tanto ambientes primários quanto secundários, ocorrendo em uma grande diversidade de habitats, mas, apesar disso e de sua ampla distribuição geográfica, ocorre naturalmente em baixas densidades (Srbek-Araujo et al., 2009). Costuma ser mais abundante nas fisionomias abertas do Cerrado do Centro-Oeste do Brasil.

Page 149: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

149Fundação Renova

Ordem Didelphimorphia

Chironectes minimus (Zimmermann, 1780)

Nome comum: cuíca-d’águaAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = CR

• Lista nacional: DD

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição, ocorrência em áreas protegidas e é improvável que sua população esteja diminuindo a uma taxa necessária para ser incluída em uma categoria de ameaça (IUCN, 2019). Entretanto, há pouca informação sobre sua extensão de ocorrência, estado de conservação, grau de ameaça e exigências ecológicas (Brandão et al., 2015). Suas populações estão ameaçadas pelo desmatamento, pela contaminação e pela deterioração dos ecossistemas de água-doce, principalmente devido ao seu hábito de vida semi-aquático e preferências de habitats. Dessa forma, certamente deve ser uma das espécies mais afetadas em ambientes de água-doce que sofreram algum grau de antropização.

ECOLOGIA (HABITAT)

Este é o único marsupial de hábito semiaquático no mundo, ocorrendo em rios e riachos, geralmente florestados. Alimenta-se de diferentes presas, tais como peixes, crustáceos e anfíbios, sendo um voraz e importante predador (Marshall, 1978). Registros em Minas Gerais e Espírito Santo são bastante escassos (Melo & Sponchiado, 2012).

Marmosops paulensis (Tate, 1931)

Nome comum: cuícaAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = LC; ES = LC

• Lista nacional: VU B1ab(i,ii,iii).

• Lista internacional: LC

Justificativa: Endêmica da Mata Atlântica dos estados do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Possui distribuição e habitats restritos, com populações restritas à floresta ombrófila densa, de altitudes acima de 800 m, fortemente afetados pela fragmentação (ICMBio, 2018). A extensão de ocorrência da espécie é disjunta e restrita a uma área de 5.200 km2 (quando somados os fragmentos onde ocorrem). Além disso, nos últimos anos, a espécie tem sido registrada apenas em locais situados em altitudes acima de 1.200 m (ICMBio, 2018).

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie endêmica do sudeste da Mata Atlântica, restrita a áreas de florestas montanas acima de 800 m de altitude, ao longo de uma pequena faixa nas encostas montanhosas dos estados de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e de São Paulo (Gardner, 2007; Melo & Sponchiado, 2012).

Page 150: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa150

Monodelphis iheringi (Thomas, 1888)

Nomes comuns: cuíca-de-três-listras-pequena, catita, guaiquica-listradaAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: NT

• Lista internacional: DD

Justificativa: Tem distribuição restrita, sendo endêmica do sudeste brasileiro (Melo & Sponchiado, 2012; Duda & Costa, 2015). Constata-se ausência de informações sobre extensão de ocorrência, status e requisitos ecológicos da espécie. Suspeita-se que esteja ameaçada, mas o grau é difícil de ser medido sem mais informações sobre a adaptabilidade da espécie à mudança de habitat e à área remanescente de ocupação (IUCN, 2016). As principais ameaças são desmatamento, fragmentação e deterioração de habitats.

ECOLOGIA (HABITAT)

A espécie é classificada como terrestre e insetívora-onívora (Paglia et al., 2012), entretanto, informações a respeito de sua ecologia ainda são escassas (Santori et al., 2012; Astúa, 2015).

Monodelphis scalops (Thomas, 1888)

Nomes comuns: cuíca-de-três-listras, catitaAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = CR

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição, ocorre em várias áreas protegidas e é improvável que sua população esteja diminuindo a uma taxa necessária para ser incluída em uma categoria de ameaça (IUCN, 2019). A perda de habitat pode ser uma ameaça em partes do alcance da espécie, e algumas populações podem estar em declínio (IUCN, 2016). No Espírito Santo, seus registros são extremamente escassos (Melo & Sponchiado, 2012; Astúa, 2015).

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre em florestas costeiras úmidas do baixo Atlântico e florestas secundárias, até elevações de 1.400 m (IUCN, 2016). Classificada como terrestre e com dieta insetívora-onívora (Paglia et al., 2012).

Page 151: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

151Fundação Renova

Monodelphis iheringi (Thomas, 1888)

Nomes comuns: cuíca-de-três-listras-pequena, catita, guaiquica-listradaAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: NT

• Lista internacional: DD

Justificativa: Tem distribuição restrita, sendo endêmica do sudeste brasileiro (Melo & Sponchiado, 2012; Duda & Costa, 2015). Constata-se ausência de informações sobre extensão de ocorrência, status e requisitos ecológicos da espécie. Suspeita-se que esteja ameaçada, mas o grau é difícil de ser medido sem mais informações sobre a adaptabilidade da espécie à mudança de habitat e à área remanescente de ocupação (IUCN, 2016). As principais ameaças são desmatamento, fragmentação e deterioração de habitats.

ECOLOGIA (HABITAT)

A espécie é classificada como terrestre e insetívora-onívora (Paglia et al., 2012), entretanto, informações a respeito de sua ecologia ainda são escassas (Santori et al., 2012; Astúa, 2015).

Monodelphis scalops (Thomas, 1888)

Nomes comuns: cuíca-de-três-listras, catitaAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = CR

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição, ocorre em várias áreas protegidas e é improvável que sua população esteja diminuindo a uma taxa necessária para ser incluída em uma categoria de ameaça (IUCN, 2019). A perda de habitat pode ser uma ameaça em partes do alcance da espécie, e algumas populações podem estar em declínio (IUCN, 2016). No Espírito Santo, seus registros são extremamente escassos (Melo & Sponchiado, 2012; Astúa, 2015).

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre em florestas costeiras úmidas do baixo Atlântico e florestas secundárias, até elevações de 1.400 m (IUCN, 2016). Classificada como terrestre e com dieta insetívora-onívora (Paglia et al., 2012).

Ordem Perissodactyla

Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758)

Nome comum: antaAutora: Karla Patrícia Gonçalves Leal

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = EN C2a

• Lista nacional: VU A2bcd+3bcd

• Lista internacional: VU A2cde+3cde

Justificativa: Em resposta à redução e à fragmentação do seu habitat, à caça ilegal, aos atropelamentos em estradas e ferrovias e à presença da fauna exótica e da agropecuária, teve redução de 30% em sua população nos últimos 33 anos (3 gerações), bem como declínios superiores a 30% na área de ocupação, na extensão de ocorrência e na qualidade do habitat, sobretudo nos biomas Mata Atlântica e Cerrado (ICMBio, 2018). Encontra-se em situação de maior risco em outras regiões do Brasil, como Minas Gerais e Espírito Santo. Neste estado, está restrita a poucas áreas de ocorrência, sendo a grande maioria dos registros no Norte do estado. Para algumas dessas localidades, a previsão é de que desapareça, caso não sejam adotadas medidas para a sua conservação (Passamani & Mendes, 2007).

ECOLOGIA (HABITAT)

Pode habitar diferentes habitats, mas, de uma forma geral, é uma espécie associada a florestas com fontes de água perenes ou sazonais (Medici et al., 2012; IUCN, 2019). Florestas ripárias e de palmeiras são dois ambientes importantes e preferenciais para a espécie (Tiepolo & Tomas, 2011; Medici et al., 2012).

Ordem Pilosa

Bradypus torquatus Illiger, 1811

Nomes comuns: preguiça-de-coleira, preguiçaAutora Karla Patrícia Gonçalves Leal

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = EN

• Lista nacional: VU B2ab(ii,iii)

• Lista internacional: VU B2ab(ii,iii)

Justificativa: Endêmica da Mata Atlântica costeira do Sudeste e Nordeste, e, possivelmente, no extremo nordeste de Minas Gerais, possui distribuição geográfica restrita e descontínua, concentrada em região de adensamento humano e está ameaçada pela redução, fragmentação e alteração do seu

Page 152: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa152

habitat e pelos atropelamentos na malha viária e incêndios nos remanescentes florestais (ICMBio, 2018). Sua área de ocupação é estimada em, pelo menos, 978 km2, imersa em matriz florestal severamente fragmentada, sofrendo declínio continuado em sua área de ocupação e qualidade do habitat (ICMBio, 2018). O Espírito Santo, onde a perda de habitat é a maior ameaça, representa um de seus “últimos redutos”, sendo encontrada apenas ao sul do rio Doce (Passamani & Mendes, 2007).

ECOLOGIA (HABITAT)

Habita tanto florestas de baixa altitude (ao nível do mar) como florestas baixo-montanas (600-900 m de altitude), sendo registrada também na região serrana do Espírito Santo (1.000 m de altitude). A espécie tolera bem as perturbações, podendo habitar matas primárias, secundárias e cabrucas. Apresenta preferência por florestas ombrófilas densas (ICMBio, 2018).

Bradypus variegatus Schinz, 1825

Nomes comuns: preguiça-comum, preguiça-de-bentinho, preguiça-de-óculos, carneiraAutora: Karla Patrícia Gonçalves Leal

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Embora não ameaçada e de ampla distribuição geográfica, ocorrendo em toda a América do Sul, sua densidade populacional é extremamente baixa em toda a extensão da bacia do rio Doce (Scoss, comunicação pessoal). No Espírito Santo, sua distribuição abrange todo o estado, enquanto em Minas Gerais a espécie não ocorre na região oeste, noroeste e em parte do norte (Xavier et al., 2015).

ECOLOGIA (HABITAT)

Associada à sua ampla distribuição, essa espécie já foi registrada em uma grande variedade de habitats, incluindo floresta semidecídua, floresta densa, floresta ombrófila, floresta ripárias e cabruca (Paglia et al., 2012; Xavier et al., 2015).

Myrmecophaga tridactyla Linnaeus, 1758

Nome comum: tamanduá-bandeiraAutora: Karla Patrícia Gonçalves Leal

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = RE

• Lista nacional: VU A2c

• Lista internacional: VU A2c

Justificativa: Apesar de sua ampla distribuição, as principais ameaças em nível nacional são a diminuição na disponibilidade de seu habitat natural no Cerrado, na Amazônia e na Mata Atlântica, e a redução em 30% da sua população nos últimos 26

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153Fundação Renova

anos (3 gerações). É uma das espécies com maior número de registros em estudos sobre atropelamentos de fauna em estradas e ferrovias, além de sofrer com os efeitos de incêndios, de envenenamento por inseticidas, utilzados na agropecuária, da caça por perseguição e da já citadas redução e fragmentação do habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

Habita campos, cerrados, florestas e até mesmo plantações de monoculturas e pastagens, tolerando uma variação de habitats e suas modificações. A seleção e o uso dos ambientes estão relacionados à temperatura, devido à necessidade de termorregulação que também regula o seu período de atividade. São animais solitários, com hábitos terrestres e estritamente mirmecófagos, com dieta composta por formigas e cupins (Paglia et al., 2012).

Ordem Primates

Alouatta guariba clamitans Cabrera, 1940

Nomes comuns: bugio-ruivo, bugio, barbado, guaribaAutores: Cristiane Cäsar & Leonardo de Carvalho Oliveira

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não consta

• Lista nacional: VU A4ce

• Lista interncaional: LC

Justificativa: Apesar de apresentar ampla distribuição na Mata Atlântica, essa subespécie é altamente suscetível à febre amarela (Bicca-Marques et al., 2018). Além da redução populacional decorrente de surtos epizoóticos, a fragmentação do habitat e o consequente isolamento das populações permitem inferir que suas populações sofrerão um declínio populacional de, pelo menos, 30% nas três gerações seguintes ao surto de febre amarela de 2008/2009 (ICMBio, 2018). Sofre, ainda, impacto com atropelamentos, predação por cães e acidentes na rede elétrica.

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre em diferentes formações florestais, como floresta ombrófila mista (Floresta de Araucária) no sul do país e Floresta Densa no Rio de Janeiro, além de Floresta Estacional Decidual no Rio de Janeiro e em Minas Gerais (ICMBio, 2018). É tolerante a modificações e/ou perturbações no ambiente.

Page 154: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa154

Alouatta guariba guariba

Nomes comuns: barbado, barbado-vermelho, bugio, bugio-marrom, bugio-ruivo, guariba, bugio-marrom-do-norte Autor: Leonardo de Carvalho Oliveira

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = não consta

• Lista nacional: CR C1+2a(i);D

• Lista internacional: CR

Justificativa: Possui distribuição restrita ao bioma Mata Atlântica no sul da Bahia, extremo nordeste de Minas Gerais e extremo norte do Espírito Santo. Estima-se uma perda populacional maior que 25% em uma geração (12 anos) causada pelos efeitos sinérgicos da perda e da fragmentação de habitat. Supeita-se que o tamanho populacional atual seja bastante reduzido e fragmentado, não havendo mais do que 50 indivíduos maduros em qualquer subpopulação.

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre desde florestas de terras baixas, submontana e montana até florestas sazonais semidecíduas e decíduas de Minas Gerais (Mendes et al., 2008). Não é restrito a habitats primários, apresentando certa tolerância a modificações/perturbações no ambiente.

Brachyteles hypoxanthus (Kuhl, 1820)

Nomes comuns: muriqui-do-norte, muriqui, monocarvoeiro, mono, mono-da-cara-manchada, muriquina, mariquina, buriqui, buriquimAutores: Cristiane Cäsar & Leonardo de Carvalho Oliveira

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = CR

• Lista nacional: CR C2a(i)

• Lista internacional: CR

Justificativa: Endêmica da Mata Atlântica, apresenta tendência de diminuição populacional como resultado da extensa fragmentação do seu habitat e populações reduzidas e isoladas. Sua população atual está estimada em cerca de 1.000 indivíduos, com menos de 250 indivíduos maduros em cada subpopulação (ICMBio, 2018). As principais ameaças são a perda e a fragmentação do habitat e a caça.

ECOLOGIA (HABITAT)

A espécie ocorre em fragmentos de Florestas Estacionais e Ombrófilas Densas nos estados de Minas Gerais, do Espírito Santo e da Bahia. Não é restrita a habitats primários, apresentando certa tolerância a alterações no ambiente, estando presente em florestas secundárias e em regeneração.

Page 155: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

155Fundação Renova

Callicebus nigrifrons (Spix, 1823)

Nomes comuns: guigó, sauá-de-cara-preta, guigó-mascaradoAutora: Cristiane Cäsar

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: NT

Justificativa: De maneira geral, essa espécie, assim como outras do gênero, consegue sobreviver em áreas com alto grau de distúrbio e em pequenas populações. Entretanto, a fragmentação pode inviabilizar a sobrevivência das populações em médio e longo prazos, especialmente porque muitas se encontram isoladas, tendo sido extintas em muitas localidades (Rylands et al., 2003). Apesar de não estar ameaçada atualmente, ela corre o risco de se tornar ameaçada num futuro próximo (IUCN, 2019). Além disso, assim como sua congênere C. personatus, as diversas mortes ocorridas durante o último surto de febre amarela (2017/2018), possivelmente influenciarão seu status nas próximas gerações.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie endêmica de formações florestais da Mata Atlântica, com maior tolerância a modificações de origem antrópica.

Callicebus personatus (É. Geoffroy, 1812)

Nomes comuns: guigó, sauá-de-cara-preta, guigó-mascaradoAutora: Cristiane Cäsar

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = VU

• Lista nacional: VU A2c;C1+2a(i)

• Lista internacional: VU A2c

Justificativa: É encontrada no estado do Espírito Santo, no noroeste de Minas Gerais e no norte do Rio de Janeiro. Em Minas Gerais, sua distribuição se estende até a Serra da Mantiqueira, onde se encontra a área limite entre as distribuições de C. personatus e C. nigrifrons (van Roosmalen et al., 2002). As principais ameaças são a fragmentação e a urbanização do seu habitat. Devido à perda e à fragmentação de habitat, e à baixa tolerância a alterações no ambiente, é esperada redução populacional que pode atingir, pelo menos, 30% em três gerações (ou 24 anos) (ICMBio, 2018). Além disso, observações realizadas nos últimos anos confirmaram diversas mortes durante o último surto de febre amarela (2017/2018), o que pode gerar um impacto ainda maior sobre o táxon nas próximas gerações.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie endêmica a formações florestais da Mata Atlântica e, embora sua presença não seja restrita a ambientes de mata primária, acredita-se que a espécie tenha baixa tolerância a modificações de origem antrópica.

Page 156: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa156

Callithrix aurita (É. Geoffroy Saint – Hilaire, 1812)

Nomes comuns: sagui-da-serra-escuro, sagui-caveirinhaAutor: Leonardo de Carvalho Oliveira & Cristiane Cäsar

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = não consta

• Lista nacional: EN A3ce+4ce

• Lista internacional: EN C2a(i)

Justificativa: Como a maioria dos primatas endêmicos da Mata Atlântica, é ameaçada de extinção, principalmente devido à perda e à fragmentação de seu habitat. Além disso, a hibridização e a competição com espécies invasoras indicam uma redução de, pelo menos, 50% da população em três gerações ou 18 anos.

ECOLOGIA (HABITAT)

A espécie habita uma grande variedade de habitat e com ampla variação altitudinal. Ocupa áreas de floresta estacional semidecidual e floresta ombrófila densa, frequentemente com abundância de bambus, sendo tolerante a modificações no ambiente.

Callithrix flaviceps (Thomas, 1903)

Nomes comuns: sagui-da-serra, sagui-da-serra-claro, sagui-taquaraAutor: Leonardo de Carvalho Oliveira & Cristiane Cäsar

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = EN

• Lista nacional: EN C1+2a(i)

• Lista internacional: EN C2a(i)

Justificativa: Sofre, especialmente, com a hibridização e a competição com C. penicillata indroduzidos e a perda e fragmentação de seu habitat. Estima-se um declínio de 20% da população em duas gerações (ICMBio, 2018).

ECOLOGIA (HABITAT)

A espécie, endêmica da Mata Atlântica, ocorre em populações reduzidas e isoladas por ações antrópicas. C. flaviceps habita ambientes de floresta estacional semidecidual e floresta ombrófila densa, podendo ser observado em pequenos fragmentos de floresta secundária (ICMBio, 2018).

Page 157: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

157Fundação Renova

Sapajus robustus (Kuhl, 1820)

Nomes comuns: macaco-prego-de-crista, mico-topetudo, macaco-preto, macacoAutor: Leonardo de Carvalho Oliveira

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = VU

• Lista nacional: EN A4cd

• Lista internacional: EN A2c

Justificativa: Endêmica da Mata Atlântica, ocorre nos estados da Bahia, do Espírito Santo e de Minas Gerais. Suspeita-se que a espécie esteja sofrendo um declínio populacional de, pelo menos, 50% no período de três gerações (48 anos), principalmente devido à perda e à fragmentação de seu habitat, (por pecuária, agricultura, aumento da matriz energética e rodoviária), à caça e à apanha (ICMBio, 2018).

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie endêmica da Mata Atlântica, que habita floresta ombrófila de baixada e submontana, não sendo restrita a habitats primários, apresentando tolerância a modificações/perturbações no ambiente (ICMBio, 2018).

Ordem Rodentia

Abrawayaomys ruschii Cunha & Cruz, 1979

Nomes comuns: rato-do-mato, rato-de-espinhoAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = CR;

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição, ocorrência em várias áreas protegidas e é improvável que suas populações estejam diminuindo a uma taxa que demande sua listagem em uma categoria de ameaça (IUCN, 2019). Entretanto, há pouca informação sobre sua extensão de ocorrência, estado de conservação, grau de ameaça e exigências ecológicas (Pardiñas et al., 2009). Populações pequenas, isoladas e em declínio indicam que alterações ou destruição do habitat podem causar grandes prejuízos às suas populações, inclusive extinções locais. O desmatamento, a destruição de habitat e a extração madeireira são as maiores ameaças.

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre em diferentes ecorregiões da Mata Atlântica (Percequillo et al., 2017). A espécie está presente de forma homogênea ao longo do bioma Atlântico e tem hábitos semifossoriais. Exemplares foram encontrados em florestas de bambu e florestas tropicais de baixa altitude (IUCN, 2016).

Page 158: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa158

Blarinomys breviceps (Winge, 1887)

Nomes comuns: rato-toupeira, rato-do-matoAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = LC; ES = LC

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição, presumindo-se grandes populações, e é improvável que esteja diminuindo a uma taxa que demande sua inclusão em uma categoria de ameaça (IUCN, 2019). Porém, devido a seus hábitos crípticos e fossoriais, é raramente coletada. Seu modo de vida e sua área de ocorrência, aliados ao pouco conhecimento biológico da espécie, indicam que alterações ou destruição do habitat podem causar grandes prejuízos às suas populações.

ECOLOGIA (HABITAT)

Essa espécie habita formações florestais da Mata Atlântica, em áreas primárias e secundárias (Bonvicino et al., 2008; Patton et al., 2015). É semifossorial e primariamente insetívora, forrageando o solo por invertebrados (Eisenberg & Redford, 1999). Habita áreas florestadas ao longo de um amplo intervalo altitudinal (Patton et al., 2015).

Calomys cerqueirai Bonvicino, Oliveira & Gentile, 2010

Nome comum: rato-do-matoAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: DD

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Apesar de não constar em nenhuma lista de ameaça, Colombi & Fagundes (2015) sugerem que Calomys cerqueirai seja classificada como Dados Insuficientes (DD) por serem conhecidos poucos exemplares. Pouco se conhece sobre a biologia da espécie, bem como sua real distribuição geográfica (Bonvicino et al., 2010), o que indica que alterações ou destruição do habitat podem causar grandes prejuízos às suas populações ou extinções locais.

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre em uma área de transição entre o Cerrado e a Mata Atlântica. A localidade-tipo tem vegetação predominantemente tropical semi-decídua, na bacia do rio Doce, e os espécimes foram capturados em áreas rurais ao longo de córregos, caracterizados por vegetação aberta, predominantemente grama, arbustos e árvores dispersas; uma vez que a vegetação original da floresta foi removida, mesmo nas colinas, que agora são utilizadas para a agricultura. Os três exemplares foram capturados em vegetação gramínea, a menos de dois metros das margens dos riachos (Bonvicino et al., 2010).

Page 159: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

159Fundação Renova

Chaetomys subspinosus Olfers, 1818

Nomes comuns: ouriço-preto, gandúAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU B2ab(ii,iii;C1)

• Lista nacional: VU B2ab(ii,iii)

• Lista internacional: VU

Justificativa: Endêmica da Mata Atlântica (Patton et al., 2015), apresenta área de ocupação inferior a 2.000 km² e distribuição severamente fragmentada. Estima-se que existam menos de 3% da cobertura original de floresta para ser utilizada como habitat pela espécie (ICMBio, 2018).

ECOLOGIA (HABITAT)

Essa espécie ocorre em fragmentos de terras baixas do litoral atlântico e em montanhas do sudeste do Brasil, anteriormente de Sergipe ao Rio de Janeiro, mas com muitas populações extintas atualmente devido ao desmatamento (IUCN, 2019). Apresenta hábitos noturnos e arborícolas; é habitante de altos estratos e, provavelmente, desce ao solo apenas para defecar. Alimenta-se, principalmente, de matéria vegetal, sendo, provavelmente, mais especializado em herbivoria do que os demais ouriços.

Dasyprocta leporina (Linnaeus, 1758)

Nome comum: cutiaAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição, presume-se grande população e número de áreas protegidas, tolerância a algum grau de modificação de habitat, falta de grandes ameaças, e é improvável que esteja em declínio (IUCN, 2019). No entanto, seu modo de vida, associado a cursos d’água (Bonvicino et al., 2008), indica que alterações ou destruição do seu habitat pode causar grandes prejuízos às suas populações ou mesmo extinções locais.

ECOLOGIA (HABITAT)

Terrestre. Habita florestas pluviais (Floresta Amazônica e Mata Atlântica), florestas semidecíduas, cerrados e caatingas, geralmente com a distribuição associada a cursos d’água (Bonvicino et al., 2008). São frugívoros e importantes dispersores de sementes (IUCN, 2019).

Page 160: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa160

Euryzygomatomys spinosus (Fischer, 1814)

Nome comum: guiráAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = LC; ES = LC

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição, presumida grande população e é improvável que suas populações estejam diminuindo a uma taxa necessária para ser incluída em uma categoria de ameaça (IUCN, 2019). No entanto, embora apresente certa tolerância a alterações antrópicas (Patton et al., 2015), seu modo de vida semifossorial pode ser um fator de prejuízo às suas populações, podendo chegar a extinções locais diante de perturbações ambientais agudas.

ECOLOGIA (HABITAT)

Essa é uma espécie semifossorial com características adaptadas para escavação; apresenta dieta herbívora, é ativo à noite e habita, primariamente, capoeiras baixas e bordas de clareiras (Patton et al., 2015).

Holochilus brasiliensis (Desmarest, 1819)

Nome comum: rato-d’águaAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = LC; ES = LC

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição (presumindo-se grande população) e ocorrência em várias áreas protegidas, e é improvável que sua população esteja diminuindo a uma taxa necessária para inclusão em uma categoria de ameaça (IUCN, 2019). Entretanto, seu hábito semiaquático indica que alterações ou destruição do seu habitat podem causar grandes prejuízos às suas populações, inclusive extinções locais.

ECOLOGIA (HABITAT)

Este é um roedor semiaquático que ocorre em áreas pantanosas baixas e florestas de galeria, onde se alimenta, basicamente, de vegetais (Eisenberg & Redford, 1999). É normalmente encontrado em pastagens pantanosas e áreas florestais que fazem fronteira com rios na floresta tropical, tanto na planície costeira quanto no interior (Patton et al., 2015).

Page 161: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

161Fundação Renova

Hydrochoerus hydrochaeris (Linnaeus, 1766)

Nome comum: capivaraAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta ES = não consta

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição, ocorre em várias áreas protegidas e é improvável que sua população esteja diminuindo a uma taxa suficiente para ser incluída em uma categoria de ameaça (IUCN, 2019). No entanto, seu modo de vida semiaquático, associado a corpos d’água, indica que alterações ou destruição do seu habitat podem causar grandes prejuízos às suas populações ou mesmo extinções locais (Bonvicino et al., 2008; Patton et al., 2015).

ECOLOGIA (HABITAT)

Este é um roedor semiaquático que ocorre nos mais variados tipos de ambiente, desde matas ciliares a savanas sazonalmente inundáveis, a até 500 m de distância da água; onde se alimenta, basicamente, de gramíneas e vegetação aquática (Eisenberg & Redford, 1999; Bonvicino et al., 2008). São excelentes nadadores e podem permanecer submersos por vários minutos. A espécie está amplamente distribuída em todas as bacias hidrográficas e biomas brasileiros, exceto em áreas semiáridas (Bonvicino et al., 2008).

Kannabateomys amblyonyx (Wagner, 1845)

Nomes comuns: rato-do-bambu, rato-da-taquaraAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = CR

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Endêmica da Mata Atlântica, tem ampla distribuição e presumida grande população, e é improvável que suas populações estejam diminuindo a uma taxa suficiente para ser incluída em uma categoria de ameaça (IUCN, 2019). De forma contrastante, a IUCN (2019) destaca que esse roedor é ameaçado localmente pela destruição de habitat no estado de Minas Gerais, sendo também ameaçado pelo desmatamento, pelos incêndios, pela pressão de caça e pela presença de gado e cães domésticos (Silva et al., 2012).

ECOLOGIA (HABITAT)

Classificado como arborícola e de dieta folívora (Paglia et al., 2012), trata-se do único mamífero com ocorrência na Mata Atlântica, especializado em manusear e se alimentar de brotos, galhos e folhas de bambu (Vanny et al., 2018). Constrói ninhos nesse tipo de vegetação, e sua época de reprodução está relacionada com o período de brotação dessa gramínea. Pouco se sabe sobre a sensibilidade ambiental dessa espécie frente a alterações de origem antrópica em fragmentos de Mata Atlântica.

Page 162: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa162

Nectomys squamipes Brants, 1827

Nome comum: rato-d’águaAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = LC; ES = LC

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição, ocorre em várias áreas protegidas e é improvável que sua população esteja diminuindo a uma taxa necessária para ser listada em uma categoria de ameaça (IUCN, 2019). No entanto, seu modo de vida, semiaquático associado a cursos d’água em áreas florestadas (Bonvicino et al., 2008), indica que alterações ou destruição do seu habitat podem causar grandes prejuízos às suas populações ou mesmo extinções locais.

ECOLOGIA (HABITAT)

Este é um roedor semiaquático e onívoro, fortemente associado a cursos d’água dentro das florestas. Está amplamente distribuído nos rios e córregos da Mata Atlântica e Cerrado (Bonvicino et al., 2008; Patton et al., 2015).

Oxymycterus dasytrichus (Schinz, 1821)

Nomes comuns: rato-do-brejo, rato-narigudo, rato-bubo, rato-porco, trioréuAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = LC; ES = LC

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição e presumida grande população, e é improvável que suas populações estejam diminuindo próximo a uma taxa necessária para ser incluída em uma categoria de ameaça (IUCN, 2019). No entanto, seu modo de vida semifossorial (Bonvicino et al., 2008), o pouco conhecimento das exigências ecológicas da espécie, bem como a degradação contínua da sua área de ocorrência, são fatores que podem causar grandes prejuízos às suas populações ou mesmo extinções locais, diante de perturbações ambientais agudas.

ECOLOGIA (HABITAT)

É encontrado em regiões da Mata Atlântica desde as planícies costeiras até altitudes em torno de 2.000 m. As áreas onde são encontrados estão alteradas e bordeadas por plantações ou pastos (Patton et al., 2015).

Page 163: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

163Fundação Renova

Rhagomys rufescens (Thomas, 1886)

Nome comum: rato-vermelhoAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = LC; ES = LC

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: NT

Justificativa: Apesar da distribuição estimada ser maior que 20.000 km2, ocorre em fragmentos que estão diminuindo cada vez mais em virtude da fragmentação, do desmatamento e da destruição de habitat (IUCN, 2019). Havia sido considerada extinta, mas foi reencontrada, totalizando um registro para nove localidades (Patton et al., 2015). As maiores ameaças à espécie são a destruição de habitat e a fragmentação (IUCN, 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

Essa espécie é rara e pouco conhecida. De hábito escansorial e endêmico da Mata Atlântica, já foi registrada tanto em áreas de floresta ombrófila densa, quanto em áreas de transição entre estas e a restinga nos estados do Espírito Santo, de Minas Gerais, de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Santa Catarina (Patton et al., 2015).

Rhipidomys tribei Costa, Geise, Pereira & Costa, 2011

Nome comum: rato-da-árvoreAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: EN B1ab(ii,iii)

• Lista internacional: DD

Justificativa: Endêmica do Brasil, é registrada em Minas Gerais, nos municípios de Santa Bárbara, Araponga, Viçosa e Muriaé (ICMBio, 2018). Apresenta distribuição conhecida, com uma extensão de ocorrência de aproximadamente 2.000 km2, em uma região fragmentada e com impactos devido à expansão agropecuária e à mineração. Em nível internacional, falta informação sobre a ecologia, status da população e ameaças.

ECOLOGIA (HABITAT)

Os poucos exemplares coletados foram encontrados em manchas de floresta submontana semi-decidual cercadas por pastagens e plantações.

Page 164: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa164

Trinomys moojeni (Pessôa, Oliveira & Reis, 1992)

Nome comum: rato-de-espinhoAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não ocorre no estado

• Lista nacional: EN B1ab(iii)

• Lista internacional: EM

Justificativa: Restrita à parte sul do maciço do Espinhaço, no centro-leste do estado de Minas Gerais. As localidades de coleta foram um ponto em Conceição do Mato Dentro, a 1.200 m de altitude (ICMBio, 2018). A extensão de ocorrência (EOO) é estimada em menos de 2000 km2. Acredita-se que venha sofrendo declínio continuado em extensão de ocorrência e qualidade do habitat (ICMBio, 2018).

ECOLOGIA (HABITAT)

Trata-se de espécie endêmica de áreas montanas de Minas Gerais, ocorrendo em florestas acima de 1.000 m na fronteira entre o Cerrado e a Mata Atlântica (IUCN, 2019). Sabe-se muito pouco sobre a ecologia dessa espécie, mas alguns estudos mostram que machos são predominantemente capturados na estação seca, enquanto as fêmeas, em igual número, tanto na estação seca quanto na chuvosa (Patton et al., 2015).

Trinomys paratus (Moojen, 1948)

Nome comum: rato-de-espinhoAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: DD

Justificativa: Em nível internacional, constata-se ausência de informações recentes sobre sua extensão de ocorrência, ameaças, status e requisitos ecológicos (IUCN, 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

Embora os espécimes da série-tipo tenham sido capturados em área submontana, a espécie é conhecida, principalmente, de áreas baixas (<400 m), ocorrendo em locais florestados, inclusive próximas ao litoral do Espírito Santo, e em semideciduais em Minas Gerais (Patton et al., 2015).

Page 165: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

165Fundação Renova

Trinomys setosus (Desmarest, 1817)

Nome comum: rato-de-espinhoAutores: Gisele Lessa, Marcus Vinícius Brandão & Pollyanna Alves de Barros

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição, ocorre em áreas protegidas e é improvável que sua população esteja diminuindo a uma taxa necessária para ser incluída em uma categoria de ameaça (IUCN, 2019). No entanto, na mais recente avaliação, Patton et al. (2015) consideram duas subespécies: Trinomys s. setosus e T. s. elegans, as quais, provavelmente, serão elevadas a espécies válidas e cujas áreas de distribuição geográfica serão, portanto, menores do que a atualmente considerada para T. setosus. Possivelmente, T. setosus e/ou T. elegans apresentarão algum grau de ameaça.

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre em áreas próximas ao Cerrado e, principalmente, na Mata Atlântica, onde habita áreas ombrófilas e semideciduais. Em certos locais, foi encontrada próximo a corpos d´água, sendo umas das espécies mais abundantes em áreas de floresta semidecidual de Minas Gerais. Sua locomoção é exclusivamente terrestre, se alimentando de material vegetal e, ocasionalmente, de invertebrados (Patton et al., 2015).

Trinomys setosus

Roberto Murta/BICHODOMATO

Page 166: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa166

AVES

Marcelo Ferreira de Vasconcelos, Guilherme Henrique Silva de Freitas & Lílian Mariana Costa

As aves compreendem cerca de 10.000 espécies que ocupam uma amplitude de nichos

ecológicos, além de diversos habitats do planeta. No Brasil, ocorrem 1.919 espécies (Piacentini

et al., 2015), estando mais da metade delas concentradas na Amazônia ou na Mata Atlântica,

inclusive com algumas de distribuições disjuntas, resultado de antigas conexões entre os

dois biomas (Batalha-Filho et al., 2013). Na Mata Atlântica, ocorre a maioria das espécies

ameaçadas de extinção do Brasil (Marini & Garcia, 2005). Esse bioma abriga 223 espécies de

aves endêmicas, sendo 31% ameaçadas de extinção (Vale et al., 2018). A bacia do rio Doce, que

abriga cerca de um terço das espécies de aves do Brasil (Machado & Fonseca, 2000), passa por

um grande desafio para a conservação e restauração de suas florestas. Por atuarem em muitos

processos ecológicos importantes, como a dispersão de sementes, polinização e consumo de

carcaças (Şekercioğlu et al., 2004), as aves assumem um importante papel na recuperação dos

ecossistemas naturais dessa bacia.

Mais da metade das espécies de aves ameaçadas de extinção, aqui apresentadas, está

concentrada em áreas de florestas de baixada, que sofreram bastante com os desmatamentos,

causando extinções locais de várias populações (Stattersfield et al., 1998, Marini & Garcia, 2005;

Rezende & Vasconcelos, 2017). Outras espécies que correm alto risco de extinção na região

são representadas por aves que sofrem forte pressão de caça, grandes rapinantes e aquelas

que são capturadas ilegalmente para serem mantidas em cativeiro. Nesse contexto, merecem

destaques três áreas de alta relevância para a proteção dessas espécies na bacia do rio Doce: o

Parque Estadual do Rio Doce, Minas Gerais, a Reserva Natural VALE S/A, Linhares, Espírito Santo

e a Reserva Biológica de Sooretama, Espírito Santo. Caso essas reservas não existissem, a maior

parte das espécies de aves apresentadas neste livro já estaria extinta na bacia do rio Doce.

Page 167: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

167Fundação Renova

Sarcoramphus papa

Roberto Murta/BICHODOMATO

Page 168: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa168

Ordem Accipitriformes

Accipiter poliogaster (Temminck, 1824)

Nome comum: tauató-pintado Autor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = DD

• Lista nacional: DD

• Lista internacional: NT A3c

Justificativa: Apesar de sua ampla distribuição geográfica na América do Sul (Soares et al., 2008), com área de ocupação de 11.000.000 km2, especialmente na região amazônica, seu declínio populacional é projetado em 30% nas próximas três gerações (BirdLife International, 2019). Bastante rara na Mata Atlântica, vem sofrendo com a perda de habitat e a fragmentação florestal ocasionadas pelo desmatamento, pela abertura de estradas e pela potencial caça (BirdLife International, 2019) e, por isso, é considerada rara em escala global. A principal ameaça regional é a fragmentação da Mata Atlântica, com poucos registros conhecidos no estado (Zorzin et al., 2006).

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive em ambientes florestais, especialmente abaixo de 800 m de altitude, geralmente em florestas em estágio mais avançado de regeneração, mas, também, em bordas de matas ciliares e fragmentos de vegetação. Na região amazônica, pode ocorrer tanto em florestas alagadas quanto nas de terra firme.

Amadonastur lacernulatus (Temminck, 1827)

Nomes comuns: gavião-pombo-pequeno, gavião-pombaAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = não consta

• Lista nacional: VU C2a(i)

• Lista internacional: VU C2a(i)

Justificativa: Endêmica da Mata Atlântica, apresenta pequena população global, estimada em menos de 10.000 indivíduos, distribuídos em uma área de ocupação estimada em 1.040.000 km2, que se encontra extremamente fragmentada (Machado et al., 2008; Soares et al., 2008; BirdLife International, 2019). Essa ameaça se associa à contínua perda de habitat e à perseguição pela população humana.

ECOLOGIA (HABITAT)

O habitat principal compreende o estrato médio de florestas primárias ou em avançado estágio de regeneração, geralmente abaixo de 500 m de altitude. Apesar de menos comuns, há registros da espécie em florestas montanas, acima de 1.000 m de altitude.

Page 169: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

169Fundação Renova

Circus buffoni (Gmelin, 1788)

Nomes comuns: gavião-do-banhado, gavião-do-mangue, tartaranhão-do-brejoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição geográfica na Região Neotropical (área de ocupação de 13.900.000 km2) e, apesar de um possível declínio populacional, este não parece suficiente para categorizá-la como ameaçada em nível global (BirdLife International, 2019). No entanto, é rara no sudeste do Brasil e as áreas úmidas, seu principal habitat, estão sujeitas à degradação.

ECOLOGIA (HABITAT)

É uma espécie associada a áreas úmidas, incluindo banhados, brejos e áreas cultivadas de arroz e trigo, mas também pode ser observada em campos naturais e savanas, geralmente abaixo de 700 m de altitude. Ocasionalmente, fora da estação reprodutiva, pode ser observada nas proximidades de matas.

Harpia harpyja (Linnaeus, 1758)

Nomes comuns: gavião-real, harpia, uiraçu-verdadeiro, guiraçuAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = CR

• Lista nacional: VU A4cd

• Lista internacional: NT A2cd+3cd+4cd

Justificativa: Apesar de sua ampla distribuição na América tropical, principalmente na Amazônia, suas populações têm sofrido declínio moderadamente rápido em nível global (Soares et al., 2008; BirdLife International, 2019). No Brasil, é extremamente rara no domínio da Mata Atlântica, tendo desaparecido da maior parte de sua área de distribuição original, devido aos desmatamentos e à perseguição (BirdLife International, 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

O gavião-real vive, principalmente, em amplos trechos florestais conectados e bem preservados, geralmente abaixo de 800 m de altitude.

Page 170: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa170

Morphnus guianensis (Daudin, 1800)

Nomes comuns: uiraçu, uiraçu-falso, gavião-de-penachoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = CR

• Lista nacional: VU A4c

• Lista internacional: NT A3cd+4cd

Justificativa: É rara em toda a sua ampla área de distribuição na Região Neotropical e sofre declínio relativamente rápido em nível mundial (Soares et al., 2008; BirdLife International, 2019). No entanto, em nível regional, sua situação é bem mais crítica, sendo o desmatamento e a fragmentação de florestas mais acentuados, a exemplo da Mata Atlântica. Por outro lado, em nível nacional, as populações amazônicas ainda se encontram em melhor estado de conservação que as da Mata Atlântica.

ECOLOGIA (HABITAT)

Os habitats principais do uiraçu incluem amplas áreas de florestas tropicais e subtropicais, além de matas ciliares, geralmente abaixo de 600 m de altitude, embora tenha sido observado em matas montanas e em vegetação de cerrado.

Pseudastur polionotus (Kaup, 1847)

Nomes comuns: gavião-pombo, gavião-pombo-grandeAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = VU

• Lista nacional: NT

• Lista internacional: NT A2c+3c+4c;C2a(i)

Justificativa: As maiores ameaças à especie, endêmica da Mata Atlantica, são a perda e a fragmentação de habitat (Soares et al., 2008). Em nível internacional, considera-se que sua população seja pequena, estimada em menos de 10.000 indivíduos maduros, e que, possivelmente, está sofrendo rápido declínio em uma área de ocupação de cerca de 2.080.000 km2 (BirdLife International, 2019). É rara em nível regional, podendo ser perseguido por sua suposta imagem nociva a animais domésticos (Machado et al., 1998).

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive exclusivamente em ambientes florestais, desde matas semideciduais da encosta leste da Cadeia do Espinhaço, às florestas ombrófilas, incluindo as de araucárias, entre 500 m e 1.500 m de altitude (Machado et al., 1998).

Page 171: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

171Fundação Renova

Spizaetus melanoleucus (Vieillot, 1816)

Nomes comuns: gavião-pato, apacanim-branco Autor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = VU

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Em nível global, apresenta ampla área de ocupação (18.100.000 km2), especialmente na região amazônica (BirdLife International, 2019). Além disso, estimativas sugerem que suas populações não são tão pequenas e que, apesar de sofrerem prováveis declínios, ainda não é suficiente tratá-la como ameaçada (BirdLife International, 2019). Em nível nacional, a espécie ainda se encontra fora de ameaça na Amazônia. No entanto, no fragmentado e devastado domínio da Mata Atlântica, é bastante rara e sofre com a perda de habitat e a caça.

ECOLOGIA (HABITAT)

Embora dependente de áreas florestadas, preferencialmente bem conservadas e com ampla conectividade, o gavião-pato pode ocorrer em mosaicos de florestas e savanas e, também, em matas ciliares e bordas florestais próximas a áreas antropizadas, tanto em regiões tropicais, quanto subtropicais, geralmente até 1.700 m de altitude.

Spizaetus ornatus ornatus (Daudin, 1800)

Nome comum: gavião-de-penachoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = CR

• Lista nacional: NT

• Lista internacional: NT A3c

Justificativa: Tem ampla distribuição na Região Neotropical (área de ocupação de ca. 20.200.000 km2) e população estimada entre 13.300 e 33.300 indivíduos (Soares et al., 2008; BirdLife International, 2019). Entretanto, as estimativas de futuros desmatamentos na região amazônica representam ameaça em nível global (BirdLife International, 2019). Esse fator, somado à fragmentação dos habitats florestais (Machado et al., 1998a; Soares et al., 2008), sobretudo na Mata Atlântica, representam as principais ameaças regionalmente, i.e., nos estados do Sudeste do Brasil.

ECOLOGIA (HABITAT)

Pode viver tanto em paisagens de florestas contínuas, quanto fragmentadas, embora necessite de áreas mais preservadas para caçar e reproduzir. Pode ocorrer em florestas ombrófilas, semidecíduas e decíduas, incluindo suas bordas, geralmente até cerca de 1.200 m de altitude (Zorzin et al., 2006).

Page 172: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa172

Spizaetus tyrannus tyrannus (Wied, 1820)

Nomes comuns: gavião-pega-macaco, apacanim, papa-mico, papa-macacoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: LC

Justificativa: Globalmente e em nível nacional, tem área de ocupação bastante extensa na Região Neotropical (17.500.000 km2) e população sem tendência a sofrer rápido declínio nos próximos 10 anos (LC; BirdLife International, 2019). Esse panorama, entretanto, não é o mesmo na Mata Atlântica, onde os processos de desmatamento e a caça ocasionaram maior raridade.

ECOLOGIA (HABITAT)

As florestas tropicais representam seu principal habitat, onde pode ocorrer até cerca de 2.000 m de altitude. Apesar de depender de florestas, pode suportar a fragmentação de seu habitat até um certo ponto e viver em matas secundárias (Zorzin et al., 2006). No entanto, desaparece de paisagens altamente descaracterizadas por atividades agropecuárias.

Urubitinga coronata (Vieillot, 1817)

Nome comum: águia-cinzentaAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = não consta

• Lista nacional: EN C2a(i)

• Lista internacional: EN C2a(i)

Justificativa: Apesar de sua ampla área de distribuição na América do Sul, apresenta pequenas populações isoladas, sujeitas a um declínio constante diante de ameaças como: a destruição de vastas áreas de Cerrado para atividades agropecuárias, o uso de pesticidas, os incêndios criminosos, a invasão de gramíneas exóticas e a perseguição pela população humana (Soares et al., 2008; BirdLife International, 2019). Além disso, a população global está estimada em menos de 1.000 indivíduos (BirdLife International, 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

Prefere habitats abertos e semiabertos, como cerrados, campos rupestres, veredas, caatingas e matas de galeria, embora possa ser ocasionalmente observada em áreas sujeitas à interferência humana, a exemplo de pastagens e áreas agricultáveis. É uma espécie típica de altitudes médias, geralmente não ultrapassando 1.300 m, vivendo em regiões tropicais e subtropicais.

Page 173: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

173Fundação Renova

Ordem Apodiformes

Glaucis dohrnii (Bourcier & Mulsant, 1852)

Nomes comuns: balança-rabo-canela, beija-flor-canelaAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = CR

• Lista nacional: EN C2a(i)

• Lista internacional: EN B1ab(ii,iii,iv,v);C2a(i)

Justificativa: Vive em uma restrita área da Mata Atlântica central, sujeita a intenso desmatamento (Stattersfield et al., 1998), com área de ocupação de cerca de 17.800 km2 e população estimada em menos de 1.000 indivíduos (BirdLife International, 2019). Esses fatores associam-se às pequenas populações bastante isoladas umas das outras.

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre, principalmente, em florestas de baixada, geralmente abaixo de 500 m de altitude. No entanto, também ocorre na zona de transição entre a Mata Atlântica e a Caatinga, num ambiente conhecido como mata-de-cipó. É dependente de áreas bem preservadas, ocorrendo no sub-bosque próximo a córregos com a presença de helicônias (Heliconia spp.).

Panyptila cayennensis (Gmelin, 1789)

Nomes comuns: andorinhão-estofador, anapuru, taperá-tesouraAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = EN

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Amplamente distribuída nos neotrópicos, tem área de ocupação estimada em 15.900.000 km2 (BirdLife International, 2019). Além disso, apesar de um possível declínio em suas populações, não há indícios que justifiquem que deva ser considerada como ameaçada em nível global (BirdLife International, 2019). No entanto, sua distribuição no sudeste do Brasil está limitada ao domínio Atlântico, onde é rara.

ECOLOGIA (HABITAT)

Embora possa ser observada sobrevoando diversos tipos de habitats, incluindo cidades, o andorinhão-estofador vive, predominantemente, em regiões de florestas úmidas de baixada, geralmente abaixo de 1.000 m de altitude.

Page 174: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa174

Phaethornis margarettae margarettae Ruschi, 1972

Nome comum: rabo-branco-de-margarette Autor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = CR

• Lista nacional: EN C2a(i)*

• Lista internacional: LC * Avaliada como Phaethornis margarettae

Justificativa: A aceitação deste táxon como válido é motivo de debate, sendo tratado, em nível global, como subespécie do besourão-de-bico-grande (Phaethornis malaris), que apresenta ampla distribuição na Amazônia (BirdLife International, 2019). Por outro lado, no Brasil, a subespécie foi aceita como válida nas avaliações de listas vermelhas. Sua distribuição é restrita a poucas áreas do sul da Bahia e norte do Espírito Santo, região sujeita à fortíssima pressão de desmatamento e à fragmentação (Stattersfield et al., 1998). Assim, há poucos registros e várias de suas subpopulações podem ser extintas.

ECOLOGIA (HABITAT)

Pouco se conhece da biologia do rabo-branco-de-margarette, mas sabe-se que ele vive no sub-bosque de florestas primárias de baixada e bem preservadas.

Ordem Caprimulgiformes

Nyctidromus hirundinaceus vielliardi (Ribon, 1995)

Nome comum: bacurauzinho-da-caatingaAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = CR

• Lista nacional: DD

• Lista internacional: LC

Justificativa: Descrito apenas em 1995, este táxon foi avaliado, em nível global, junto a outras duas subespécies que apresentam ampla distribuição no domínio da Caatinga. No entanto, em nível regional, apresenta distribuição restrita e é estreitamente associada a lajedos que vêm sendo explorados por atividades de extração de rochas (“pedreiras”).

ECOLOGIA (HABITAT)

Está restrito à vegetação xeromórfica, que se desenvolve sobre afloramentos rochosos de pães-de-açúcar (“inselbergs”), composta por cactáceas, bromélias, canelas-de-ema, dentre outras suculentas (Vasconcelos & Lins, 1998).

Page 175: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

175Fundação Renova

Ordem Cathartiformes

Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758)

Nomes comuns: urubu-rei, urubu-branco, corvo-brancoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: NT

• Lista internacional: LC

Justificativa: Apesar de não apresentar uma grande população global, estimada em menos de 7.000 indivíduos, é amplamente distribuída na Região Neotropical, com uma área de ocupação de, aproximadamente, 21.600.000 km2 (Soares et al., 2008; BirdLife International, 2019). Além disso, não é esperado um rápido declínio populacional. No entanto, é considerada rara em nível regional.

ECOLOGIA (HABITAT)

Apesar de estar associada a ambientes florestais de baixada bem preservados, vive em diversos tipos de habitats, tais como savanas, campos nativos e até em paisagens fragmentadas sujeitas à ocupação humana e à criação de gado.

Ordem Ciconiiformes

Ciconia maguari (Gmelin, 1789)

Nomes comuns: maguari, joão-grande, cauauã, cegonha, tabuiaiáAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = CR

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição na América do Sul (área de ocupação estimada em 11.700.000 km2), sendo aparentemente mais abundante nas regiões do Chaco e do Pantanal (BirdLife International, 2019). Estimativas sugerem que suas populações ainda não apresentam risco de sofrer rápido declínio. No entanto, é rara no Espírito Santo.

ECOLOGIA (HABITAT)

O maguari é típico de ambientes abertos de baixas altitudes, ocorrendo, geralmente, em áreas úmidas, tais como brejos, pântanos, plantações de arroz e pastos alagados (del Hoyo et al., 2019).

Page 176: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa176

Jabiru mycteria (Lichtenstein, 1819)

Nomes comuns: tuiuiú, jaburu, tuiuiú-coral, jabiruAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = não consta

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: De ampla distribuição nos neotrópicos e com área de ocupação de 18.000.000 km2, é abundante e comum na região pantaneira (BirdLife International, 2019; del Hoyo et al., 2019). No entanto, a população mundial não corre risco de sofrer rápido declínio. Em Minas Gerais, apresenta escassos registros no oeste do estado, região submetida a intensos impactos decorrentes de atividades agropecuárias (Machado et al., 1998).

ECOLOGIA (HABITAT)

Os principais habitats do tuiuiú são lagos rasos e brejos, mas a espécie também pode ser observada em veredas, beiras de rios, pastagens com açudes e arrozais (Machado et al., 1998; del Hoyo et al., 2019).

Ordem Columbiformes

Claravis geoffroyi (Temminck, 1811)

Nomes comuns: pararu-espelho, pararu, pomba-espelhoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = CR

• Lista nacional: CR(PEX) D

• Lista internacional: CR C2a(i)

Justificativa: Pomba florestal, especialista em se alimentar de sementes de taquaras nativas, um recurso imprevisível no tempo e no espaço (Sick, 1997). Por apresentar requerimentos ecológicos tão especializados e por ser restrita à Mata Atlântica, onde houve severa perda de habitat e fragmentação florestal, aliado aos poucos registros, estima-se que sua população seja bem pequena, com menos de 250 indivíduos maduros (BirdLife International, 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

A pararu-espelho vive nos densos taquarais do interior de florestas, preferencialmente em regiões serranas e de grande declividade. Ocasionalmente, pode ocorrer em bordas de mata e áreas abertas.

Page 177: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

177Fundação Renova

Geotrygon violacea (Temminck, 1809)

Nomes comuns: juriti-vermelha, juriti-da-mata, juriti-roxa, cabocla-violetaAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = CR

• Lista nacional: DD

• Lista internacional: LC

Justificativa: Com uma área de ocupação estimada em 13.200.000 km2 na América Tropical, ainda apresenta populações que não correm risco de sofrer declínio rápido em menos de 10 anos ou em três gerações em nível global. No entanto, é incomum e com poucos registros na Mata Atlântica, região submetida a intenso desmatamento e fragmentação florestal. Em nível regional, esse fator se associa à potencial pressão de caça.

ECOLOGIA (HABITAT)

As florestas úmidas de baixada representam o principal habitat da juriti-vermelha, onde a espécie vive no sombrio sub-bosque. Outros registros também foram efetuados em matas secundárias e plantações de cacau.

Ordem Cuculiformes

Neomorphus geoffroyi dulcis Snethlage, 1927

Nomes comuns: jacu-estalo, jacu-porco, jacu-queixada, aracuã-da-mata, jacu-estalo-de-bico-verde, acanati-de-bico-verdeAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = CR

• Lista nacional: CR C2a(i)

• Lista internacional: VU A4cd

Justificativa: Apesar de apresentar uma área de ocupação relativamente extensa na Região Neotropical (ca. 10.900.000 km2), ocorre em regiões sujeitas à forte pressão de perda de habitat, a exemplo da Mata Atlântica de baixada e o “Arco do Desmatamento” na Amazônia (BirdLife International, 2019; Payne & Sharpe, 2019). Além disso, projeta-se um rápido declínio de sua população. Quanto às classificações estaduais e nacional, no domínio tropical Atlântico, a situação da subespécie N. g. dulcis é ainda pior, pois as matas de baixada foram praticamente devastadas, restando apenas poucos fragmentos bastante isolados (Machado et al., 1998; Stattersfield et al., 1998). Trata-se de uma ave rara, que requer amplos trechos florestais conservados.

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive em florestas úmidas bem preservadas, geralmente localizadas em baixas altitudes, embora tenha sido encontrado acima de 1.000 m de altitude nas encostas andinas e em uma área de Caatinga.

Page 178: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa178

Ordem Falconiformes

Falco deiroleucus Temminck, 1825

Nomes comuns: falcão-de-peito-laranja, falcão-de-peito-vermelhoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = DD

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: NT A2c+3c+4c

Justificativa: Com ampla área de ocupação na Região Neotropical, estimada em 16.300.000 km2, o falcão-de-peito-laranja é uma espécie rara e vem desaparecendo de várias regiões (BirdLife International, 2019). Além disso, sua distribuição é esparsa e há projeções de desmatamento para a região amazônica, que deverão reduzir ainda mais suas populações (BirdLife International, 2019). Em nível regional, é rara e desmatamentos ocasionam perda de seu habitat (Machado et al., 1998; Zorzin et al., 2006; Soares et al., 2008).

ECOLOGIA (HABITAT)

A espécie vive em amplas áreas de florestas tropicais, embora também possa ocorrer em zonas de transição com savanas e outros tipos de vegetação, tais como florestas ripárias, penhascos e até em áreas suburbanas.

Ordem Galbuliformes

Chelidoptera tenebrosa brasiliensis Sclater, 1862

Nomes comuns: urubuzinho, andorinha-cavadeira, miolinho, taterá, taperaíAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: LC

Justificativa: Amplamente distribuída em regiões tropicais da América do Sul, ocupando uma área de 11.900.000 km2, especialmente na região amazônica, onde é comum (BirdLife International, 2019). Além disso, não apresenta risco de rápido declínio em suas populações (BirdLife International, 2019). No entanto, a subespécie C. t. brasiliensis distribui-se na faixa costeira atlântica do Brasil, região submetida a intenso desmatamento e à fragmentação de habitats (Stattersfield et al., 1998).

ECOLOGIA (HABITAT)

Típica de áreas de vegetação aberta ou semiaberta, com solos arenosos, circundadas por florestas. Também já foi registrada em savanas, florestas decíduas, clareiras, florestas de várzea e matas ciliares.Monasa morphoeus morphoeus

Page 179: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

179Fundação Renova

Jacamaralcyon tridactyla (Vieillot, 1817)

Nomes comuns: cuitelão, violeiro, cavadeiraAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = DD

• Lista nacional: NT

• Lista internacional: VU D1

Justificativa: Com distribuição restrita à porção centro-meridional da Mata Atlântica brasileira, ocupa uma área de 466.000 km2 (BirdLife International, 2019). Há controvérsias sobre seu estado de conservação. No Brasil, é encontrada em áreas bastante degradadas, incluindo pequenos fragmentos suburbanos (Vasconcelos et al., 1999) e, embora não figure na lista vermelha do Espírito Santo, não há registros nesse estado desde 1940. No entanto, há estimativas de que sua população global não ultrapasse 1.000 indivíduos e tem sofrido declínios ou desaparecido de várias localidades (BirdLife International, 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

Típica de bordas de matas, mesmo secundárias, com forte efeito de borda, incluindo fragmentos florestais de pequeno tamanho. No entanto, tem preferência por locais onde haja barrancos, geralmente próximo a cursos d’água ou beiras de estrada, locais onde se reproduz.

Jacamaralcyon tridactyla

Roberto Murta/BICHODOMATO

Page 180: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa180

(Hahn & Küster, 1823)

Nomes comuns: chora-chuva-de-cara-branca, bico-de-brasa-de-testa-branca, tanguru-pará, bico-de-fogo, bico-de-cravo, juiz-do-mato, sauniAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = CR

• Lista nacional: EN C2a(i)

• Lista internacional: LC

Justificativa: Típica de florestas de baixada da Região Neotropical (área de ocupação de 10.300.000 km2), apresenta ampla distribuição na Amazônia, onde é comumente encontrada (BirdLife International, 2019). Por esse motivo, não corre o risco global de declínio rápido. Por outro lado, a subespécie nominotípica apresenta distribuição bastante restrita à Mata Atlântica, da Bahia ao Rio de Janeiro, uma região submetida à intensa ocupação humana e à fragmentação florestal (Stattersfield et al., 1998), estando as poucas populações remanescentes isoladas umas das outras.

ECOLOGIA (HABITAT)

As florestas úmidas de baixas altitudes, geralmente abaixo de 300 m, representam o principal habitat da espécie, que vive nos estratos médios e superiores de diversos tipos de matas, incluindo as de terra firme, várzea e cabrucas. Também pode ocorrer em clareiras e em matas secundárias.

Notharchus swainsoni (Gray, 1846)

Nomes comuns: macuru-de-barriga-castanha, joão-do-mato, bico-de-latãoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = CR

• Lista nacional: NT

• Lista internacional: LC

Justificativa: Distribui-se na região centro-meridional da Mata Atlântica, com populações estáveis, que não correm risco de sofrer declínio rápido, não atingindo o limite para ser tratado como ameaçado (BirdLife International, 2019). Por outro lado, regionalmente, é restrita a florestas de baixas altitudes.

ECOLOGIA (HABITAT)

Típica de florestas úmidas de baixada, não ultrapassando a altitude de 900 m. Também pode ocorrer em florestas secundárias e submetidas a corte seletivo de madeira.

Page 181: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

181Fundação Renova

Ordem Galliformes

Aburria jacutinga (Spix, 1825)

Nome comum: jacutingaAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = não consta

• Lista nacional: EN C2a(i)

• Lista internacional: EN A2cd+3cd+4cd

Justificativa: Em níveis global e nacional, suas populações estão sujeitas a uma redução rápida e contínua, devido aos desmatamentos e à intensa perseguição como ave de caça, estando extinta na maior parte de sua área de distribuição original, no domínio da Mata Atlântica (BirdLife International, 2019; del Hoyo et al., 2019). Atualmente, estima-se que a população não ultrapasse 7.000 indivíduos adultos (BirdLife International, 2019). Em Minas Gerais, é mais rara e a única população conhecida com registro atual foi reintroduzida de cativeiro (RPPN Fazenda Macedônia; Machado et al., 1998). No Espírito Santo, não há registros há mais de três décadas e as tentativas de reintrodução não foram bem-sucedidas (Machado et al., 1998).

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive em florestas no domínio da Mata Atlântica, até cerca de 1.850 m de altitude (del Hoyo et al., 2019). Embora possa ser encontrada em matas secundárias, está mais associada a amplos trechos conservados de florestas, já que realiza movimentos seguindo a frutificação de palmitos e de várias outras espécies vegetais (del Hoyo et al., 2019).

Crax blumenbachii Spix, 1825

Nomes comuns: mutum-de-bico-vermelho, mutum-do-sudesteAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = CR

• Lista nacional: CR C2a(ii)

• Lista internacional: EN B1ab(i,ii,iii,v);C2a(i);D

Justificativa: De distribuição original associada às florestas de baixada do Rio de Janeiro ao Recôncavo Baiano, sofreu forte declínio populacional e extinções locais, sobrevivendo em poucos fragmentos florestais, com um número máximo estimado de 170 indivíduos na natureza (BirdLife International, 2019). Globalmente, o fato de haver o registro de duas populações com mais de 50 indivíduos contribui para que não seja incluída em uma categoria mais crítica de ameaça (BirdLife International, 2019). No Brasil e nos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, as ameaças são destruição quase total de seu habitat e a forte pressão de caça à

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Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa182

Odontophorus capueira capueira

Roberto Murta/BICHODOMATO

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183Fundação Renova

qual ainda está submetida (Machado et al., 1998). Foi reintroduzida em três áreas no estado de Minas Gerais. No Espírito Santo, a maior população ocorre na região de Linhares/Sooretama.

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive, preferencialmente, em florestas maduras de baixa altitude, com denso sub-bosque, podendo ser observado em clareiras, trilhas e beiras de rios (del Hoyo et al., 2019).

Odontophorus capueira capueira (Spix, 1825)

Nomes comuns: uru, capoeiraAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: LC

Justificativa: Endêmica da Mata Atlântica, distribuindo-se do Ceará ao Rio Grande do Sul, além do leste do Paraguai e nordeste da Argentina. Globalmente, apresenta área de ocupação ampla (3.170.000 km2) e populações ainda bem protegidas em diversas unidades de conservação do sudeste do Brasil (BirdLife International, 2019). No Brasil, apenas a subespécie da Mata Atlântica nordestina (O. c. plumbeicollis) é considerada ameaçada de extinção. Regionalmente, apresenta populações isoladas que sofrem declínio diante do desmatamento e da caça.

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive no chão de diversas fisionomias florestais, incluindo matas secundárias e florestas de araucárias, onde se alimenta de frutos, sementes e artrópodes (Sick, 1997).

Penelope obscura Temminck, 1815

Nomes comuns: jacuguaçu, jacuaçu Autor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição geográfica, ocupando 3.110.000 km2 (BirdLife International, 2019). É comum e abundante em várias regiões (BirdLife International, 2019). No entanto, sofre forte pressão de caça no Espírito Santo. A subespécie P. o. bronzina foi recentemente sinonimizada com a forma nominotípica.

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive, tipicamente, em diversos tipos de ambientes florestais e suas bordas, até mais de 2.000 m de altitude. Pode utilizar pomares e plantações, desde que haja florestas próximas.

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Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa184

Ordem Nyctibiiformes

Nyctibius aethereus aethereus (Wied, 1820)

Nomes comuns: urutau-pardo, mãe-da-lua-pardaAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: EN C2a(i)

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição em regiões úmidas da América do Sul, com área de ocupação de 10.300.000 km2 (BirdLife International, 2019). Apesar de suspeitas de que sua população esteja declinando, não corre risco imediato (BirdLife International, 2019). Já a subespécie N. a. aethereus, endêmica da Mata Atlântica, é mais rara e está sujeita à severa perda de habitat ocorrida neste domínio (Stattersfield et al., 1998).

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive do sub-bosque ao estrato superior de florestas, tanto em formações ombrófilas quanto em semideciduais, até cerca de 1.100 m de altitude. Também pode ser observada em bordas de mata ou clareiras próximas a fragmentos florestais.

Nyctibius grandis grandis (Gmelin, 1789)

Nomes comuns: urutau-grande, mãe-da-lua-gigante, chora-luaAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: LC

Justificativa: De ampla distribuição na Região Neotropical, tem área de ocupação estimada em 13.200.000 km2 (BirdLife International, 2019) e não apresenta risco de rápido declínio. No entanto, regionalmente, é rara e dependente de ambientes florestais de baixas altitudes, que já foram bastante descaracterizados ou desmatados no Espírito Santo (Stattersfield et al., 1998).

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive no dossel de florestas tropicais de terra firme ou alagadas, além de matas ciliares, capões, cabrucas, clareiras e até áreas urbanizadas, geralmente abaixo de 400 m de altitude (Ribeiro & Vasconcelos, 2003). Frequentemente, é observada às margens de corpos d’água.

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185Fundação Renova

Nyctibius leucopterus (Wied, 1821)

Nome comum: urutau-de-asa-brancaAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = não consta

• Lista nacional: CR D

• Lista internacional: LC

Justificativa: Ocorre em duas regiões disjuntas na América do Sul — a Amazônia e a Mata Atlântica de baixada — com área de ocupação de 7.390.000 km2 e, aparentemente, não está próxima ao limiar para ser considerada globalmente ameaçada (BirdLife International, 2019). Porém, a população da Mata Atlântica ocorre em uma área bastante restrita, que já foi severamente desmatada (Stattersfield et al., 1998). Essa população permaneceu por mais de um século sem registros, até ser reencontrada no sul da Bahia, no leste de Minas Gerais e no norte do Espírito Santo.

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive no dossel de florestas de terra firme ou de vegetação arbórea que cresce sobre solos arenosos, podendo ocorrer em vastas áreas contínuas ou fragmentos florestais e suas bordas.

Ordem Passeriformes

Amaurospiza moesta moesta (Hartlaub, 1853)

Nome comum: negrinho-do-matoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: LC

Justificativa: Com ampla distribuição na Região Neotropical, ocupa 13.600.000 km2 (BirdLife International, 2019). Aparentemente, sua população não está próxima ao limiar para ser considerada globalmente ameaçada (BirdLife International, 2019), tampouco nacionalmente. A subespécie nominotípica, com distribuição principal no domínio da Mata Atlântica, é rara em Minas Gerais, devido à destruição de habitat.

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive no sub-bosque de diversos tipos de matas tropicais, incluindo florestas ombrófilas (com ou sem araucária), semidecíduas e decíduas, além de matas ciliares. A espécie costuma estar associada a densos aglomerados de taquaras nativas dos gêneros Guadua e Chusquea. Pode ocorrer até cerca de 1.600 m de altitude.

Page 186: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa186

Anumara forbesi (Sclater, 1886)

Nome comum: anumaráAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = não consta

• Lista nacional: VU C2a(i)

• Lista internacional: EN B2ab(i,ii,iii,iv,v)

Justificativa: Endêmica do leste brasileiro, apresenta uma área de distribuição muito restrita e bastante fragmentada (BirdLife International, 2019). Estima-se que não haja mais de 10.000 indivíduos e que a população esteja em declínio (BirdLife International, 2019). Além disso, outras ameaças reportadas nacionalmente incluem as alterações e reduções de seu habitat, junto do nidoparasitismo por outra espécie da família: o chupim, Molothrus bonariensis. Por fim, no estado de Minas Gerais, há poucos registros.

ECOLOGIA (HABITAT)

Pode ocorrer em diversos tipos de habitats, tais como brejos, beiras de rios e lagos, bordas de floresta, pastagens, pomares e canaviais.

Attila spadiceus uropygiatus (Wied, 1831)

Nomes comuns: capitão-de-saíra-amarelo, tinguaçu-cantorAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: VU B2ab(iii)

• Lista internacional: LC

Justificativa: Amplamente distribuída nas baixadas úmidas da Região Neotropical, ocupa uma área de 18.100.000 km2 e não corre risco de declínio imediato em sua população global (BirdLife International, 2019). A subespécie endêmica da Mata Atlântica (A. s. uropygiatus), por outro lado, encontra-se restrita a uma estreita faixa costeira entre os estados de Pernambuco e do Rio de Janeiro, região que já foi severamente desmatada (Stattersfield et al., 1998), causando perda e degradação de habitats, além de fragmentação e isolamento de suas populações.

ECOLOGIA (HABITAT)

Típico de florestas úmidas de baixas altitudes, também ocorre em bordas, clareiras, árvores isoladas e formações secundárias.

Page 187: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

187Fundação Renova

Campylorhynchus turdinus turdinus (Wied, 1821)

Nomes comuns: catatau, garrinchão, nicolau, rouxinol, catiçoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: LC

Justificativa: Amplamente distribuída em baixadas úmidas da América do Sul (Kroodsma et al., 2019), apresenta extensa área de ocupação, estimada em 9.430.000 km2, e uma população global sem risco iminente de sofrer declínio (BirdLife International, 2019). Por outro lado, ocorre apenas marginalmente em Minas Gerais, onde é representada, regionalmente, pela subespécie nominal e tem distribuição restrita às matas de baixa altitude, que já foram bastante devastadas (Stattersfield et al., 1998).

ECOLOGIA (HABITAT)

Típica de florestas úmidas, onde vive no dossel ou no estrato médio, geralmente em emaranhados de lianas em árvores altas (Sick, 1997). Também pode viver em bordas de mata e clareiras.

Carpornis melanocephala (Wied, 1820)

Nomes comuns: sabiá-pimenta, cochó, pião-batata, corocoxó-do-litoralAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = VU

• Lista nacional: VU C2a(i)

• Lista internacional: VU A2c+3c+4c; B1ab(ii,iii,iv,v);C2a(i)

Justificativa: Apresenta pequenas populações bastante isoladas umas das outras ao longo da costa atlântica brasileira (BirdLife International). A população global é estimada em menos de 10.000 indivíduos (BirdLife International, 2019). A principal ameaça é a contínua perda de habitat, causada pelo intenso desmatamento e, também, pela descaracterização de seus habitats, ocasionada pela retirada de palmito e por incêndios florestais (BirdLife International, 2019). Em Minas Gerais, soma-se o fato de sua área de distribuição ser ainda mais restrita.

ECOLOGIA (HABITAT)

A espécie vive, principalmente, em florestas primárias de baixada (geralmente abaixo de 300 m de altitude), mas, também, em restingas arbóreas e vegetação que cresce sobre solos arenosos, longe de corpos d’água e com adensamentos de lianas e palmeiras.

Page 188: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa188

Cichlocolaptes leucophrus leucophrus (Jardine & Selby, 1830)

Nome comum: trepador-sobrancelhaAutores: Lílian Mariana Costa & Guilherme Henrique Silva de Freitas

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = DD

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: LC (avaliado como Cichlocolaptes leucophrus)

Justificativa: Suspeita-se que o tamanho populacional global dessa subespécie seja pequeno, pois a espécie é considerada incomum. Adicionalmente, as populações devem estar em declínio, devido à destruição de seu habitat (BirdLife International, 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

Considerada endêmica da Mata Atlântica (Vale et al., 2018), habita floresta densa sempre-verde de baixada e montana, ocupando desde o sub-bosque até a sub-copa, forrageando, principalmente, em bromélias e outras epífitas de mata alta (Sick, 1997).

Cichlopsis leucogenys Cabanis, 1851

Nome comum: sabiá-castanhoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = EN

• Lista nacional: EN C2a(i)

• Lista internacional: EN C2a(i)

Justificativa: Sua população é muito pequena, estimada em menos de 2.500 indivíduos, dividida em subpopulações isoladas em fragmentos florestais distantes entre si, resultado da devastação da Mata Atlântica (BirdLife International, 2019). Sua distribuição geográfica é bastante restrita, do sul da Bahia ao Espírito Santo, com área de ocupação de apenas 124.000 km2 (BirdLife International, 2019). Além disso, apresenta contínua perda de habitat causada pelo desmatamento e pela descaracterização das florestas (BirdLife International, 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre nos estratos médios e no dossel de florestas montanas bem preservadas, geralmente entre 750 m e 850 m de altitude (Sick, 1997., del Hoyo et al., 2019).

Page 189: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

189Fundação Renova

Conopias trivirgatus trivirgatus (Wied, 1831)

Nomes comuns: bem-te-vi-pequeno, bem-te-vi-de-três-riscasAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = DD

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: LC

Justificativa: Ocupa uma área de 8.760.000 km2 na América do Sul, sendo representado por duas subespécies de distribuições disjuntas: C. t. berlepschi, do domínio amazônico, e C. t. trivirgatus, endêmica da Mata Atlântica (BirdLife International, 2019). Em conjunto, a espécie não apresenta tendência de redução populacional em curto prazo (BirdLife International, 2019). No entanto, a subespécie nominotípica apresenta distribuição geográfica bem marginal em Minas Gerais, sendo bastante rara nesse estado.

ECOLOGIA (HABITAT)

Típica da copa de florestas úmidas de baixas altitudes, geralmente ocorrendo abaixo da cota de 300 m (Sick, 1997). Ocasionalmente, também pode ser observado em bordas de mata.

Corythopis delalandi (Lesson, 1830)

Nomes comuns: estalador, peixe-frito, estalador-do-sulAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = EN

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Amplamente distribuída pelo centro e leste da América do Sul, ocupa uma área estimada em 3.500.000 km2 e, aparentemente, apresenta populações estáveis (BirdLife International, 2019). Apesar de ocorrer em uma região submetida à forte pressão antrópica, é comum e ainda pode ser encontrada em paisagens fragmentadas, inclusive em ambientes florestais degradados. No Espírito Santo, a espécie é rara.

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive no sub-bosque nos estratos mais baixos de ambientes florestais, especialmente em matas secundárias, geralmente abaixo de 1.000 m de altitude (Sick, 1997).

Page 190: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa190

Cotinga maculata (Statius Muller, 1776)

Nomes comuns: crejoá, pássaro-azul, cotinga-crejoáAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = CR

• Lista nacional: CR C2a(i)

• Lista internacional: EN B1ab(i,ii,iii,iv,v);C2a(i)

Justificativa: Apresenta área de distribuição bastante restrita à zona costeira da Bahia ao norte do Espírito Santo e população pequena, estimada em menos de 1.000 indivíduos (BirdLife International, 2019). As populações, além de pequenas, estão isoladas umas das outras e sujeitas à contínua destruição e à fragmentação de habitat (Machado et al., 1998; BirdLife International, 2019), tendo sofrido extinções em diversos locais de sua área de distribuição original (Rezende & Vasconcelos, 2017). Além dessas ameaças, no passado sofreu com capturas para o comércio ilegal e a caça.

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive no dossel de florestas primárias e matas secundárias, geralmente abaixo de 200 m de altitude.

Cyanoloxia brissonii sterea Oberholser, 1901

Nomes comuns: azulão, azulão-verdadeiroAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = CR

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: LC

Justificativa: Amplamente distribuída na América do Sul (área de ocupação estimada em 14.900.000 km2), é bastante comum em diversas regiões (BirdLife International, 2019). Mesmo sofrendo intensa captura para servir como ave de gaiola (Sick, 1997), ainda não atingiu os quesitos para ser considerado ameaçado de extinção, à exceção do Espírito Santo, possivelmente devido à captura ilegal.

ECOLOGIA (HABITAT)

Típica de áreas com adensamentos de arbustos e bordas florestais, incluindo matas secas e caatingas, geralmente abaixo de 900 m de altitude (Sick, 1997). Também ocorre em áreas alagadas, plantações e capoeiras (Sick, 1997).

Page 191: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

191Fundação Renova

Dysithamnus plumbeus (Wied, 1831)

Nome comum: choquinha-chumboAutores: Guilherme Henrique Silva de Freitas & Lílian Mariana Costa

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não consta

• Lista nacional: EN B2ab(ii,iii)

• Lista internacional: VU A2c+3c+4c; B1ab(i,ii,iii,iv,v);C2a(i)

Justificativa: População pequena e fragmentada, com rápido declínio, em decorrência da perda de habitat, ainda com a perda na qualidade do habitat, devido à retirada de madeira em parte da sua distribuição (BirdLife International, 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie rara e de ocorrência localizada, considerada endêmica do domínio da Mata Atlântica (Vale et al., 2018) e da área de endemismo de aves (Endemic Bird Area, EBA., Stattersfield et al., 1998) Floresta Atlântica de Planície; habita o sub-bosque de florestas densas sempre-verdes, principalmente abaixo dos 600 m (atingindo 900 m); requer florestas primárias ou bem conservadas, com árvores altas (del Hoyo et al., 2019).

Formicarius colma ruficeps (Spix, 1824)

Nome comum: galinha-do-matoAutores: Guilherme Henrique Silva de Freitas & Lílian Mariana Costa

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = VU B2ab(iii)

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: LC (avaliado como Formicarius colma)

Justificativa: População em declínio, severamente fragmentada, com pequena área de ocupação (Drummond et al., 2008).

ECOLOGIA (HABITAT)

Subespécie escassa, de ocorrência localizada, habita o solo sombreado de florestas úmidas altas, ocorre em baixadas costeiras e encostas serranas, de São Paulo ao leste da Bahia, até 800 m de altitude (Ridgely et al., 2015). Em geral solitário, caminha pelo chão da mata com a cauda arrebitada, alimentando-se de invertebrados na serrapilheira (Sick, 1997; Ridgely et al., 2015).

Page 192: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa192

Glyphorynchus spirurus cuneatus (Lichtenstein, 1820)

Nome comum: arapaçu-bico-de-cunhaAutores: Lílian Mariana Costa & Guilherme Henrique Silva de Freitas

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU B1

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: LC (avaliado como Glyphorynchus spirurus)

Justificativa: Subespécie com distribuição geográfica pequena e com habitat possivelmente em declínio. Suspeita-se que as populações dessa espécie estejam diminuindo, dada a sua susceptibilidade à fragmentação e efeito de borda (BirdLife International, 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

Subespécie endêmica da Mata Atlântica, habita floresta densa sempre-verde de baixada e de encosta, ocupando, principalmente, os estratos baixo e médio. A espécie Glyphorynchus spirurus como um todo foi reportada como habitante, primariamente, do interior de florestas maduras, embora possa ocupar também bordas e mata secundária em avançado estágio de regeneração (del Hoyo et al., 2019) . G. s. cuneatus foi registrada em fragmentos de mata de restinga no Sergipe (Ruiz-Esparza et al., 2017).

Grallaria varia intercedens Berlepsch & Leverkühn, 1890

Nomes comuns: tovacuçu, galo-do-mato, tovaca, tovacão, bo-bo-bó, pé-lavada, boca-da-noite, tovacuçu-malhadoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = não consta

• Lista nacional: VU B1ab(i,ii,iii,iv)

• Lista internacionall: LC

Justificativa: Apresenta populações disjuntas em regiões cobertas por florestas úmidas da América do Sul. Sua área de ocupação é estimada em 9.780.000 km2 e não há indícios de que sua população global apresente risco de declínio rápido (BirdLife International, 2019). A subespécie G. v. intercedens distribui-se ao longo de uma estreita faixa de florestas úmidas entre o estado de Pernambuco e a região serrana do Espírito Santo. Sua ocorrência, no leste mineiro, é questionável e ainda merece ser confirmada. Ocorre em uma região onde os desmatamentos já descaracterizaram e fragmentaram, severamente, a Mata Atlântica.

ECOLOGIA (HABITAT)

O tovacuçu vive, principalmente, no piso de florestas úmidas e sombrias, primárias ou secundárias, tanto em baixadas como em montanhas (Sick, 1997).

Page 193: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

193Fundação Renova

Iodopleura pipra pipra (Lesson, 1831)

Nomes comuns: anambezinho, anambé-de-cristaAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = DD

• Lista nacional: EN C2a(i)

• Lista internacional: EN C2a(i)

Justificativa: Restrita à faixa costeira da Mata Atlântica, submetida a intenso desmatamento, apresenta população global estimada em menos de 2.500 indivíduos e uma pequena área de ocupação (767.000 km2) (BirdLife International, 2019). Em nível mundial, as populações continuam diminuindo, em decorrência da destruição das florestas e da fragmentação de habitat. A subespécie nominotípica, restrita ao sudeste do Brasil, também está ameaçada, devido à destruição das matas de baixada (Stattersfield et al., 1998).

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive em florestas úmidas bem preservadas, preferencialmente em baixadas, mas pode ocorrer até 900 m de altitude, possivelmente realizando movimentações altitudinais (Sick, 1997). Outros habitats onde a espécie foi registrada incluem cabrucas, bordas florestais e matas secundárias.

Laniocera hypopyrra (Vieillot, 1817)

Nomes comuns: chorona-cinza, maria-pintada, sanhaçu-da-mataAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = CR

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Apresenta distribuição geográfica disjunta, com ampla ocorrência na região amazônica, e uma população isolada na faixa costeira do leste brasileiro, da Bahia ao norte do Espírito Santo. Sua população global ainda não corre o risco de sofrer rápido declínio, especialmente na Amazônia (BirdLife International, 2019). No entanto, a população da Mata Atlântica encontra-se sob forte ameaça pela perda de habitat e pelo isolamento por fragmentação florestal em uma região intensivamente desmatada (Stattersfield et al., 1998).

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive no estrato médio de florestas de terra firme ou alagadas, geralmente em áreas de terreno ondulado ou próximo a grotas, do nível do mar até cerca de 900 m de altitude (Sick, 1997). Também pode ocorrer em florestas que se desenvolvem em solos arenosos, incluindo restingas.

Page 194: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa194

Lipaugus vociferans (Wied, 1820)

Nomes comuns: cricrió, tropeiro, poaieiro, seringueiro, vissiá, biscateiro, cricrió-seringueiro, namoradorAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = EN

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição em regiões úmidas de baixada na América do Sul, especialmente na Amazônia, com área de ocupação de 10.600.000 km2 (BirdLife International, 2019). Sua população global não foi estimada, mas não corre o risco de sofrer rápido declínio em escala global (BirdLife International, 2019). No entanto, na Mata Atlântica de baixada, as populações encontram-se bastante isoladas e sofrem com o desmatamento e a fragmentação florestal (Stattersfield et al., 1998).

ECOLOGIA (HABITAT)

Típica do estrato médio de florestas úmidas, geralmente ocorrendo abaixo de 500 m de altitude (Sick, 1997). Também pode ser observado em matas alagadas e vegetação que cresce sobre terrenos arenosos.

Machaeropterus regulus (Hahn, 1819)

Nomes comuns: tangará-rajado, atangará, dançarino-rosadoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: De distribuição restrita à Mata Atlântica da baixada costeira, entre os estados da Bahia e do Rio de Janeiro, foi recentemente desmembrada de outra espécie com ocorrência no noroeste da América do Sul: o tangará-riscado (Machaeropterus striolatus). No entanto, seu status de conservação global ainda não foi avaliado após essa mudança taxonômica. Regionalmente, sua área de distribuição está submetida a intenso desmatamento e à fragmentação de habitat (Stattersfield et al., 1998).

ECOLOGIA (HABITAT)

O habitat do tangará-rajado é representado por floresta úmida de baixada, podendo ocorrer em matas secundárias.

Page 195: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

195Fundação Renova

Mimus gilvus antelius Oberholser, 1919

Nomes comuns: sabiá-da-praia, tejo-da-praiaAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = EN

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição na Região Neotropical, desde o México ao sudeste do Brasil, com área de ocupação estimada em 14.600.000 km2 (BirdLife International, 2019), e não há riscos imediatos de declínio populacional globalmente (BirdLife International, 2019). Apesar de poder viver em áreas parcialmente alteradas por atividades antrópicas, a subespécie M. g. antelius, que ocorre ao longo da costa leste do Brasil, está ameaçada pela destruição de habitat ocasionada, principalmente, pela especulação imobiliária ocorrente nas praias e restingas.

ECOLOGIA (HABITAT)

A subespécie M. g. antelius é típica dos ambientes semiabertos das restingas costeiras, embora possa ocorrer próximo a residências, jardins e parques urbanos em sua área de distribuição.

Myrmoderus ruficauda ruficauda (Wied, 1831)

Nome comum: formigueiro-de-cauda-ruivaAutores: Guilherme Henrique Silva de Freitas & Lílian Mariana Costa

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação (avaliado como Myrmeciza ruficauda):

• Listas regionais: MG = CR; ES = não consta

• Lista nacional: EN C2a(i)

• Lista internacional: EN C2a(i)

Justificativa: Distribuição e população severamente fragmentadas (Schnell et al., 2013), com pequenas e isoladas subpopulações; sofreu e continua a sofrer rápido declínio populacional, devido à perda e à degradação do habitat, à retirada de madeira, à pecuária e aos incêndios (CEMAVE, 2018., BirdLife International, 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

Essa subespécie é restrita à área de endemismo de aves (Endemic Bird Area, EBA; Stattersfield et al., 1998): Floresta Atlântica de Planície. Habita o solo de florestas sempre-verdes úmidas e semi-úmidas, com sub-bosque denso, e florestas secundárias maduras. Em alguns casos, utiliza também florestas secundárias degradadas adjacentes, geralmente até 550 m de altitude e raramente até 950 m (del Hoyo et al., 2019). Ocorre em florestas altas e úmidas, mas é mais comumente encontrada em florestas menos úmidas com sub-bosque denso, emaranhado de cipós e galhos, onde se alimenta de artrópodes, insetos e pequenos vertebrados no chão da floresta (del Hoyo et al., 2019).

Page 196: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa196

Myrmotherula minor Salvadori, 1864

Nome comum: choquinha-pequenaAutores: Guilherme Henrique Silva de Freitas & Lílian Mariana Costa

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = DD

• Lista nacional: VU C2a(i)

• Lista internacional: VU A2c+3c+4c; B1ab (i,ii,iii,iv,v);C2a(i)

Justificativa: Rara ou escassa, com populações pequenas, isoladas, severamente fragmentadas (Schnell et al., 2013) , restritas apenas aos fragmentos conservados no interior de unidades de conservação (BirdLife International, 2019). População em rápido declínio, devido às extensas ameaças ao habitat, tais como fragmentação, degradação e perda (ICMBio2018).

ECOLOGIA (HABITAT)

Endêmica da Mata Atlântica (Vale et al., 2018) e da área de endemismo de aves (Endemic Bird Area, EBA; Stattersfield et al., 1998): Floresta Atlântica de Planície. Habita os estratos médios e baixos de florestas densas sempre-verdes (Floresta Ombrófila Densa) de encostas e baixadas, geralmente abaixo de 500 m de altitude (podendo atingir até 900 m) e próximo a cursos d’água (del Hoyo et al., 2019). Entre as florestas altas, úmidas e sombreadas, com bromélias e árvores cobertas por musgos e epífitas (Whitney & Pacheco, 1997), aparentemente ocupa as formações secundárias apenas se estiverem em estágio avançado de regeneração e conectadas com florestas primárias (del Hoyo et al., 2019).

Myrmotherula urosticta (Sclater, 1857)

Nome comum: choquinha-de-rabo-cintadoAutores: Guilherme Henrique Silva de Freitas & Lílian Mariana Costa

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = EN B2ab(iii)

• Lista nacional: VU C1

• Lista internacional: VU C2a(i)

Justificativa: Distribuição pequena, severamente fragmentada (Schnell et al., 2013) e em diminuição, levando a população a um rápido declínio (BirdLife International, 2019). Escassa e de ocorrência localizada em poucas localidades, tendo se extinguido recentemente em muitas áreas, com declínio populacional continuado superior a 10% nos últimos 15 anos (ICMBio 2018).

Page 197: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

197Fundação Renova

ECOLOGIA (HABITAT)

Endêmica da Mata Atlântica (Vale et al., 2018), habita sub-bosque e estrato médio de florestas densas sempre-verdes de baixadas até 500 m de altitude. Parece ocorrer mais em florestas altas sobre solo arenoso com regime sazonal de precipitação, em locais com o sub-bosque abundante de lianas (del Hoyo et al., 2019), onde se alimenta de insetos e aranhas, buscando-os nas folhas verdes e quase sempre acompanhando bandos mistos (Whitney & Pacheco, 1997).

Neopelma aurifrons (Wied, 1831)

Nome comum: fruxu-baianoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: EN C2a(i)

• Lista internacional: VU B1ab(i,ii,iii,iv,v)

Justificativa: Com distribuição geográfica restrita à porção central da Mata Atlântica, já submetida aos severos impactos do desmatamento e à fragmentação florestal, o fruxu-baiano apresenta populações isoladas, sendo estimados menos de 2.500 indivíduos (BirdLife International, 2019). Além de ser rara, com registros recentes em poucas localidades (Vasconcelos et al., 2004), estima-se que esteja em declínio iminente.

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive no sub-bosque e no estrato médio de florestas ombrófilas ou semideciduais até cerca de 1.000 m de altitude (Vasconcelos et al., 2004). Prefere florestas mais preservadas, mas pode ocorrer em bordas e formações secundárias (Vasconcelos et al., 2004).

Procnias nudicollis (Vieillot, 1817)

Nomes comuns: araponga, ferreiroAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = não consta

• Lista nacional: NT

• Lista internacional: VU A2cd+3cd+4cd

Justificativa: Amplamente distribuída na Mata Atlântica, com uma área de ocupação de 2.720.000 km2, vem sofrendo rápido declínio internacionalmente, em decorrência da perda de habitat e da captura pelo comércio ilegal (BirdLife International, 2019). Uma vez que necessita de amplas áreas florestadas, realizando deslocamentos em busca de recursos alimentares, a fragmentação da Mata Atlântica também representa uma ameaça regional.

ECOLOGIA (HABITAT)

Típica de florestas úmidas do domínio tropical Atlântico, podendo ocorrer das baixadas até cerca de 1.000 m de altitude (Sick, 1997). Além de matas primárias, também pode ser observada em capoeiras (Sick, 1997).

Page 198: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa198

Rhynchocyclus olivaceus olivaceus (Temminck, 1820)

Nomes comuns: bico-chato-grande, bico-chato-oliváceoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição em regiões úmidas da América do Sul, com área de ocupação de 6.050.000 km2 (BirdLife International, 2019). Suas populações parecem estar estáveis, sem risco de sofrer declínios rápidos (BirdLife International, 2019). Ademais, é relativamente tolerante a modificações em seu habitat. No entanto, a subespécie nominotípica é restrita a uma das regiões mais devastadas da Mata Atlântica: as baixadas orientais de Pernambuco ao Rio de Janeiro (Stattersfield et al., 1998).

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive, preferencialmente, no estrato inferior de florestas úmidas, incluindo matas secundárias, abaixo da cota de 500 m.

Rhytipterna simplex simplex (Lichtenstein, 1823)

Nomes comuns: vissiá, maria-cinzaAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: LC

Justificativa: Típica de áreas florestais e úmidas de regiões de baixas altitudes da América do Sul, é representada por duas subespécies: R. s. frederici, de distribuição predominante no domínio amazônico, e a raça nominal, restrita à Mata Atlântica entre os estados de Alagoas e São Paulo. Apresenta extensa área de ocupação, estimada em 11.300.000 km2, e não corre risco de sofrer rápido declínio populacional em nível global (BirdLife International, 2019). Em Minas Gerais, no entanto, apresenta distribuição restrita às áreas de Mata Atlântica de baixada, que já foram severamente desmatadas e ainda continuam a sofrer supressão (Stattersfield et al., 1998).

ECOLOGIA (HABITAT)

Essa espécie vive nos estratos médio e superior de florestas ombrófilas e semideciduais (Sick, 1997).

Page 199: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

199Fundação Renova

Schiffornis turdina turdina (Wied, 1831)

Nome comum: flautim-marromAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: LC

Justificativa: Amplamente distribuída em florestas úmidas de baixada, tanto no domínio tropical amazônico, quanto na Mata Atlântica. Apresenta extensa área de ocupação, estimada em 10.400.000 km2, e a população global não tem risco de sofrer rápido declínio (BirdLife International, 2019). No entanto, populações da subespécie S. t. turdina, com ocorrência na Mata Atlântica de baixa altitude entre a costa da Bahia e o Rio de Janeiro, sofrem com o intenso desmatamento, estando isoladas em fragmentos florestais. Essa região já foi severamente ocupada e a perda de habitat ainda continua (Stattersfield et al., 1998).

ECOLOGIA (HABITAT)

A espécie ocorre, principalmente, no interior de florestas úmidas de baixada, raramente sendo observada em suas bordas

Sclerurus caudacutus umbretta (Lichtenstein, 1823)

Nome comum: vira-folha-pardoAutores: Lílian Mariana Costa & Guilherme Henrique Silva de Freitas

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = CR B2ab (iii)

• Lista nacional: CR C2a(ii)

• Lista internacional: LC (avaliado como Sclerurus caudacutus)

Justificativa: Possui poucos registros de ocorrência em poucas localidades, sendo a maioria antiga (Pinto, 1938), o que leva à suspeita de que a área de ocupação e o tamanho populacional são extremamente pequenos (Passamani & Mendes, 2007). Adicionalmente, uma única subpopulação concentra a maior parte, talvez todos os indivíduos da subespécie, atualmente (CEMAVE 2018). Segundo CEMAVE (2018), o táxon atualmente foi registrado apenas na Reserva Natural Vale, em Linhares (Srbek-Araujo et al., 2014), com ocorrência inferida também para a REBIO de Sooretama. Parece depender de florestas em bom estado de conservação (del Hoyo et al., 2019) tipo de habitat que vem diminuindo. Dada a susceptibilidade à fragmentação e efeito de borda, suspeita-se que suas populações estejam diminuindo (BirdLife International, 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

Subespécie endêmica da Mata Atlântica, habita floresta sempre-verde de baixada, forrageando no solo.

Page 200: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa200

Sclerurus macconnelli bahiae Chubb, 1919

Nome comum: vira-folha-de-peito-vermelhoAutores: Lílian Mariana Costa & Guilherme Henrique Silva de Freitas

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = CR B2ab(iii)

• Lista nacional: VU D1

• Lista internacional: LC (avaliado como Sclerurus mexicanus)

Justificativa: Possui poucos registros de ocorrência em poucas localidades, o que leva à suspeita de que a área de ocupação e o tamanho populacional são pequenos (Passamani & Mendes, 2007., ICMBio, 2018). Adicionalmente, parece depender de florestas em bom estado de conservação, tipo de habitat que vem diminuindo. Dada a sua susceptibilidade à fragmentação e efeito de borda, suspeita-se que suas populações estejam diminuindo (BirdLife International, 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

Subespécie endêmica da Mata Atlântica, habita floresta densa sempre-verde de baixada ou montana, forrageando no solo.

Scytalopus iraiensis Bornschein, Reinert & Pichorim, 1998

Nome comum: macuquinho-da-várzeaAutores: Lílian Mariana Costa & Guilherme Henrique Silva de Freitas

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: EN B2ab(ii,iii)

• Lista internacional: EN A3c+4c; B1ab (i,ii,iii,iv,v);C2a(i)

Justificativa: Apresenta população global e distribuição geográfica muito pequenas e severamente fragmentadas. A gravidade das ameaças atuais indica que tanto a distribuição geográfica quanto a população estão diminuindo rapidamente, devido às taxas de perda de habitat. Já foi localmente extinta da localidade-tipo. A menos que ações sejam tomadas imediatamente, novas subpopulações se tornarão extintas (BirdLife International, 2019). Habitat ameaçado por urbanização, atividades industriais, agricultura ou pecuária, que envolvem retirada de areia e/ou drenagem das áreas úmidas, e queimadas (del Hoyo et al., 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

Endêmica da Mata Atlântica (Vale et al., 2018), habita brejos e banhados ao longo de cursos d’água, com vegetação densa, composta predominantemente de capins e ciperáceas altos e arbustos. Encontrada, predominantemente, em áreas de altitude elevada (>750 m) (del Hoyo et al., 2019) em Minas Gerais, ocorre em habitat brejoso de áreas dos complexos rupestres de altitude (Vasconcelos et al., 2008).

Page 201: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

201Fundação Renova

Sporophila angolensis angolensis (Linnaeus, 1766)

Nomes comuns: curió, avinhado, peito-roxoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = CR

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição geográfica na Região Neotropical, com uma área de ocupação de 14.100.000 km2 (BirdLife International, 2019). Embora não haja estimativas populacionais, aparentemente sua população global está aumentando (BirdLife International, 2019). No Brasil, ainda é comum em várias regiões. Já nos estados de Minas e Gerais e do Espírito Santo, continua sofrendo intensa captura ilegal para servir como ave de gaiola (Machado, 1998).

ECOLOGIA (HABITAT)

Habita uma grande variedade de ambientes, incluindo brejos, vegetação em beira de rios e lagos, bordas de mata, pastagens, além de florestas secundárias, geralmente abaixo de 1.600 m de altitude (Sick, 1997).

Sporophila falcirostris (Temminck, 1820)

Nomes comuns: cigarra, cigarra-verdadeira, cigarrinha, patativa-chiadora, chiadora, papa-capim-da-taquaraAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = CR

• Lista nacional: VU C1

• Lista internacional: VU A2cd+3cd+4cd;C2a(i)

Justificativa: Endêmica da Mata Atlântica, é nômade e realiza movimentos acompanhando ciclos de frutificação de taquaras nativas (BirdLife International, 2019). Globalmente, apresenta população pequena (com menos de 10.000 indivíduos), que vem sofrendo um rápido declínio (BirdLife International, 2019). Além disso, a maior parte de sua área de distribuição original foi desmatada (BirdLife International, 2019). Associada a essas ameaças, está a intensa captura para o comércio ilegal nacional e regional.

ECOLOGIA (HABITAT)

Predominantemente florestal, vive em matas ombrófilas (com ou sem araucárias) e semidecíduas, estreitamente associada a taquarais, ocorrendo do nível do mar até cerca de 1.200 m de altitude. Pode explorar bordas de mata e, eventualmente, arrozais e áreas abertas, mas sempre próximo às florestas.

Page 202: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa202

Sporophila frontalis (Verreaux, 1869)

Nomes comuns: pixoxó, catatau, chanchão, chachá, estalador, pixoxó-estrelaAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES CR

• Lista nacional: VU C1

• Lista internacional: VU A2cd+3cd+4cd;C2a(i)

Justificativa: Endêmica da Mata Atlântica, é nômade e realiza deslocamentos seguindo processos de frutificação de taquaras nativas. A população é estimada em menos de 10.000 indivíduos (BirdLife International, 2019). Depende de um recurso alimentar imprevisível no tempo e no espaço, ocorre em um bioma extremamente fragmentado e ainda submetido ao constante desmatamento, além de sofrer capturas para o comércio ilegal (BirdLife International, 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive, preferencialmente, em ambientes florestais, especialmente em densos taquarais, desde as baixadas litorâneas até as encostas de serras a cerca de 1.500 m de altitude. Ocasionalmente, no entanto, pode ser observada em bordas, matas secundárias, arrozais e áreas urbanizadas.

Sporophila maximiliani (Cabanis, 1851)

Nomes comuns: bicudo, bicudo-verdadeiroAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = RE

• Lista nacional: CR C2a(i)

• Lista internacional: EN C2a(i)

Justificativa: População estimada em poucos indivíduos (menos de 2.500) e que está em declínio, devido à intensa captura para o comércio ilegal, associado à perda e à degradação de seus habitats em nível global (BirdLife International, 2019). Especialmente no centro e no sudeste do Brasil, praticamente desapareceu de diversas localidades onde havia sido registrada no passado, com pouquíssimos registros efetuados na última década e possível extinção no estado do Espírito Santo.

ECOLOGIA (HABITAT)

Típico de brejos em beiras de lagos, áreas pantanosas e veredas, especialmente onde ocorrem representantes das famílias Cyperaceae (tiriricas) e Poaceae (gramíneas), de cujas sementes a espécie se alimenta. No entanto, pode ser eventualmente encontrada em pastagens alagadas.

Page 203: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

203Fundação Renova

Tangara peruviana (Desmarest, 1806)

Nome comum: saíra-sapucaiaAutores: Guilherme Henrique Silva de Freitas & Lílian Mariana Costa

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

• Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = DD

• Lista nacional: VU B1ab(iii)

• Lista internacional: VU A2c+3c+4c;C2a(i)

Justificativa: Rara, com distribuição complexa, população pequena (<10.000 indivíduos), fragmentada e em rápido declínio, devido à extensa perda de florestas costeiras do sul e sudeste do Brasil nas últimas décadas (BirdLife International, 2019). Declínio contínuo na qualidade do habitat, devido à expansão imobiliária, às instalações turísticas, ao fogo e ao comércio ilegal (ICMBio, 2018).

ECOLOGIA (HABITAT)

Endêmica da Mata Atlântica (Vale et al., 2018), ocorre em dossel de matas costeiras sobre solos arenosos e restingas, além de bordas, capoeiras e matas ciliares de riachos. Ocorre em regiões costeiras, principalmente durante a reprodução, geralmente abaixo de 200 m de altitude, mas podendo atingir aproximadamente 700 m (del Hoyo et al., 2019). É parcialmente migrante austral, movimenta-se durante o inverno para regiões de menores latitudes, para as matas costeiras do Rio de Janeiro e do Espírito Santo (Somenzari et al., 2018) e, eventualmente, para Minas Gerais e Bahia (ICMBio, 2018).

Thamnomanes caesius caesius (Temminck, 1820)

Nome comum: ipecuáAutores: Guilherme Henrique Silva de Freitas & Lílian Mariana Costa

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = CR B2ab(iii)

• Lista nacional: VU B2ab(iii)

• Lista internacional: LC (avaliado como Thamnomanes caesius)

Justificativa: Subespécie rara ou incomum, ocorre em habitats florestais reduzidos pelo desmatamento em sua área de distribuição e com declínio continuado na qualidade de seu habitat; população remanescente severamente fragmentada, restrita a poucos fragmentos florestais pequenos e distantes entre si (CEMAVE, 2018). Extinções locais já detectadas para os estados do Rio de Janeiro, de Alagoas e de Pernambuco (CEMAVE, 2018).

ECOLOGIA (HABITAT)

Subespécie endêmica da Mata Atlântica, ocorre nos estratos baixos e médios de florestas densas sempre-verde de baixadas, principalmente abaixo dos 600 m (del Hoyo et al., 2019). É dependente de florestas altas e bem preservadas.

Page 204: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa204

Thripophaga macroura (Wied, 1821)

Nome comum: rabo-amareloAutores: Lílian Mariana Costa & Guilherme Henrique Silva de Freitas

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = DD

• Lista nacional: VU C2a(i)

• Lista internacional: VU B1ab(i,ii,iii,iv,v);C2a(i)

Justificativa: Possui distribuição geográfica e, presumivelmente, população global pequenas. Além disso, possui habitat remanescente fragmentado e declinando em qualidade, o que leva à suspeita de declínio populacional (BirdLife International, 2019). É considerada rara, de modo geral, e escassa em Minas Gerais, embora possa ser razoavelmente comum em alguns locais, como na REBIO de Sooretama, no Espírito Santo (ICMBio, 2018).

ECOLOGIA (HABITAT)

Endêmica da Mata Atlântica (Vale et al., 2018), habita floresta densa sempre-verde de baixada, também em montanhas, ocupando desde o sub-bosque até a copa, incluindo áreas com densos emaranhados de cipós, das quais pode depender (Sick, 1997., del Hoyo et al., 2019). Em menor intensidade, também adentra florestas degradadas, mas depende de florestas em bom estado de conservação para sobreviver.

Turdus fumigatus fumigatus Lichtenstein, 1823

Nomes comuns: sabiá-da-mata, carachué-da-capoeira, sabiá-verdadeiro, chapéu-de-couro, padrão, sabiá-vermelhoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: LC

Justificativa: Distribuída em florestas úmidas da América do Sul e das Antilhas, tem ampla área de ocupação, estimada em 9.530.000 km2 (BirdLife International, 2019; Collar, 2019b). Além disso, não corre risco de sofrer rápido declínio em curto prazo em nível global (BirdLife International, 2019), tampouco nacional. No estado do Espírito Santo, ocorre, principalmente, em áreas de florestas úmidas de baixas altitudes que já foram extensivamente suprimidas ou descaracterizadas (Stattersfield et al., 1998), e é apreciada como ave de gaiola (Sick, 1997).

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive no interior ou nas bordas de florestas úmidas, geralmente ocupando os estratos médio e baixo. Também pode ocorrer em clareiras, matas ciliares e cabrucas, geralmente próximo a córregos.

Page 205: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

205Fundação Renova

Xipholena atropurpurea (Wied, 1820)

Nomes comuns: bacacu-de-asa-branca, anambé-de-asa-branca, bacacu, crijuá, escarradeiraAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = CR

• Lista nacional: VU C2a(i)

• Lista internacional: VU B2ab(i,ii,iii,iv,v);C2a(i)

Justificativa: Endêmica da Mata Atlântica e de distribuição restrita ao leste brasileiro, da Paraíba ao Rio de Janeiro, suas populações encontram-se bastante isoladas pela fragmentação florestal e em declínio diante da contínua perda de habitat causada pelos desmatamentos e pela ocupação ilegal de áreas protegidas (BirdLife International, 2019). Praticamente desapareceu de grande extensão que ocupava originalmente, sendo que a maioria dos registros atuais está concentrada em Unidades de Conservação.

ECOLOGIA (HABITAT)

Além de ocorrer em florestas ombrófilas, também pode viver em matas semidecíduas, restingas e vegetação arbustiva-arbórea de porte baixo, que cresce sobre terrenos arenosos (“mussununga”) Além de matas primárias, a espécie pode ocorrer em florestas secundárias ou submetidas ao corte seletivo de madeira.

Xiphorhynchus guttatus guttatus (Lichtenstein, 1820)

Nome comum: arapaçu-de-garganta-amarelaAutores: Lílian Mariana Costa & Guilherme Henrique Silva de Freitas

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = CR B2ab(iii)

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: LC (avaliado como Xiphorhynchus guttatus)

Justificativa: A subespécie é restrita a fragmentos dispersos de Mata Atlântica, sendo, provavelmente, de moderada a altamente sensível à perda contínua de floresta (del Hoyo et al., 2019). Suspeita-se que as populações estejam em declínio, devido à perda e à fragmentação de habitat (BirdLife International, 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

Subespécie endêmica da Mata Atlântica, habita floresta densa sempre-verde de baixada, ocupando, principalmente, dos estratos médios à subcopa (geralmente nos estratos mais altos; Sick, 1997) em matas úmidas, com algumas populações habitando também bordas, clareiras e mata secundária em avançado estágio de regeneração.

Page 206: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa206

Ordem Pelecaniformes

Platalea ajaja Linnaeus, 1758

Nomes comuns: colhereiro, ajajá, colhereiro-americanoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não consta

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem extensa área de distribuição nas três Américas (27.400.000 km2) e sua tendência populacional é a de se manter estável (BirdLife International, 2019). Apesar dos relatos de declínios locais, uma estimativa da população total sugere que ela ainda está longe de atingir os limites para ser considerada ameaçada de extinção (BirdLife International, 2019). Porém, em Minas Gerais, está ameaçada pela poluição de recursos hídricos, pela alteração da dinâmica de corpos d’água (barramentos, drenagem e irrigação) e pelas alterações em seu habitat, que levam à diminuição de recursos alimentares e sítios reprodutivos (Machado et al., 1998).

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive em diversos tipos de ambientes aquáticos de águas rasas, tais como lagos, rios, veredas, lagoas marginais, brejos, além de áreas sujeitas a alterações antrópicas, a exemplo de arrozais (Machado et al., 1998). Também pode ocorrer em ambientes de água salobra ou salgada, a exemplo dos manguezais.

Platalea ajaja

Roberto Murta/BICHODOMATO

Page 207: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

207Fundação Renova

Ordem Piciformes

Celeus flavus subflavus Sclater & Salvin, 1877

Nome comum: pica-pau-amareloAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = CR

• Lista nacional: CR C2a(ii)

• Lista internacional: LC

Justificativa: Típica das terras baixas da América do Sul, ocupa uma área de 10.300.000 km2 (BirdLife International, 2019). Embora sua população tenha tendência a sofrer declínio, não se espera que isso ocorra em curta escala temporal, já que ainda habita trechos preservados da Floresta Amazônica. Em níveis nacional e estaduais, a subespécie endêmica da Mata Atlântica (C. f. subflavus) ocorre em uma estreita faixa oriental do Brasil, entre os estados de Alagoas e do Espírito Santo, região submetida a intensa devastação de florestas de tabuleiro (Stattersfield et al., 1998), levando ao isolamento de populações em pequenos fragmentos.

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive em florestas úmidas de baixada (abaixo de 400 m de altitude), frequentemente próximo a corpos d’água. Ocasionalmente, pode ocorrer em bordas de mata, manguezais, matas ciliares e cabrucas.

Celeus torquatus tinnunculus (Wagler, 1829)

Nome comum: pica-pau-de-coleiraAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = CR

• Lista nacional: VU B2ab(iii)

• Lista internacional: VU A2c+3c+4c

Justificativa: De distribuição extremamente restrita à faixa Atlântica de baixada entre o leste de Minas Gerais, o sul da Bahia e o norte do Espírito Santo, tem pequena área de ocupação, estimada em 146.000 km2 (BirdLife International, 2019). Apesar de não haver estimativas populacionais, já sofreu várias extinções locais, tendo desaparecido da maior área de ocorrência original, devido a perda e alterações em seus habitats (Stattersfield et al., 1998; BirdLife International, 2019; del Hoyo et al., 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

As matas primárias de baixas altitudes, especialmente de amplos trechos conservados, representam o principal habitat do pica-pau-de-coleira, embora também possa ser observado em áreas de restingas bem preservadas (del Hoyo et al., 2019).

Page 208: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa208

Melanerpes flavifrons (Vieillot, 1818)

Nomes comuns: benedito-de-testa-amarela, bererê, beneditoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = VU

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Tem ampla distribuição na Mata Atlântica, desde as florestas costeiras até suas porções mais interioranas. Não há uma estimativa populacional por apresentar extensa área de ocupação, estimada em 2.220.000 km2, e não correr risco de sofrer rápido declínio (BirdLife International, 2019). No entanto, a destruição de florestas e a fragmentação de habitats tornaram-na rara em Minas Gerais e no Espírito Santo.

ECOLOGIA (HABITAT)

Este pica-pau é tipicamente florestal, podendo ocorrer em florestas ombrófilas ou semidecíduas, tanto em baixadas como até cerca de 1.800 m de altitude. A presença de árvores mortas nessas matas é muito importante para a espécie nidificar e dormir. Ocasionalmente, também pode ser observada em vegetação secundária e pomares.

Piculus polyzonus (Valenciennes, 1826)

Nome comum: pica-pau-dourado-grandeAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: EN C2a(i)

• Lista internacional: LC

Justificativa: Apenas recentemente foi elevada ao status de espécie, sendo anteriormente tratada como subespécie do pica-pau-dourado-escuro (Piculus chrysochloros), de ampla distribuição na América do Sul. Assim, a espécie não foi incluída nas listas vermelhas dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, uma vez que tais revisões são anteriores ao estudo taxonômico. Em nível mundial, continua sendo tratada como subespécie de P. chrysochloros. A lista nacional já considera esta alteração taxônomica. Este táxon desapareceu da maior parte de sua restrita area de dstribuição, nas baixadas entre o Espirito Santo e o Rio de Janeiro, região que já foi extremamente desvastada (Stattersfield et al., 1998). Como exemplo, não é registrada no estado do Rio de Janeiro há, pelo menos, três décadas.

ECOLOGIA (HABITAT)

O pica-pau-dourado-grande é restrito às florestas bem conservadas de baixa altitude, geralmente abaixo de 300 m.

Page 209: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

209Fundação Renova

Pteroglossus bailloni (Vieillot, 1819)

Nome comum: araçari-bananaAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não consta

• Lista nacional: NT

• Lista internacional: NT A2cd+3cd+4cd

Justificativa: Apesar de sua ampla distribuição geográfica na Mata Atlântica, com área de ocupação de 1.630.000 km2, tem apresentado declínios populacionais e extinções locais, devido à perda e à fragmentação de seus habitats, além da caça e captura para o comércio ilegal (BirdLife International, 2019). Além disso, não é comum ao longo de sua distribuição em nível global. Por outro lado, é sensível à fragmentação e às alterações em seus habitats, além de ser rara em Minas Gerais.

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive em florestas úmidas de baixadas e encostas serranas, principalmente próximo a cursos d’água onde ocorrem palmitos. Ocasionalmente, também pode ser observado em bordas e em matas secundárias. Apresenta ampla distribuição altitudinal, ocorrendo desde o nível do mar até 1.550 m de altitude.

Veniliornis affinis affinis (Swainson, 1821)

Nomes comuns: picapauzinho-avermelhado, pica-pau-de-asa-vermelhaAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: LC

Justificativa: De ampla distribuição em áreas de baixada úmidas da América do Sul, ocupa uma ampla área, estimada em 9.290.000 km2 (BirdLife International, 2019). Sua população global, apesar de não quantificada, é considerada estável, estando fora de risco de ameaça de extinção (BirdLife International, 2019). A subespécie nominotípica, por outro lado, é endêmica do domínio tropical Atlântico, distribuindo-se do estado de Pernambuco ao Espírito Santo (Sick, 1997). Ocorre apenas marginalmente no estado de Minas Gerais, em uma região submetida ao intenso desmatamento – a Mata Atlântica de terras baixas (Stattersfield et al., 1998).

ECOLOGIA (HABITAT)

O picapauzinho-avermelhado é uma ave típica de floresta primária e alta (Sick, 1997), sendo incomum em bordas, matas secundárias e clareiras.

Page 210: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa210

Ordem Psittaciformes

Amazona farinosa (Boddaert, 1783)

Nomes comuns: papagaio-moleiro, juru, juru-açu, curicaAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = CR

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: NT A4cd

Justificativa: Ocupa área de 11.900.000 km2, estando amplamente distribuída em terras baixas da Região Neotropical (BirdLife International, 2019). Grandes populações ainda sobrevivem em boa parte de sua área de ocorrência, especialmente na Amazônia. No entanto, com base em estimativas de desmatamento nessa região, associada à sua susceptibilidade à captura e à caça, estima-se que sua população global sofrerá declínio relativamente rápido nas próximas três gerações (BirdLife International, 2019). Na Mata Atlântica de baixada, a situação é ainda pior, restando poucas populações em declínio que se encontram isoladas em fragmentos florestais.

ECOLOGIA (HABITAT)

Típica de vastas áreas de florestas úmidas bem preservadas, geralmente ocorrendo abaixo de 500 m de altitude (Sick, 1997). Também pode ocorrer em vegetação às margens de rios, tais como matas ciliares e buritizais.

Amazona rhodocorytha (Salvadori, 1890)

Nomes comuns: chauá, papagaio-chauá, jauáAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = CR

• Lista nacional: VU C1

• Lista internacional: VU B2ab(i,ii,iii,iv,v);C2a(i)

Justificativa: Endêmica da porção centro-oriental da Mata Atlântica brasileira, tem pequena área de ocupação, estimada em 168.000 km2 (Schunck et al., 2011; BirdLife International, 2019; Collar et al., 2019d). Sua população global não ultrapassa 10.000 indivíduos e está em contínuo declínio pela perda de habitat ocasionada pelo desmatamento nas baixadas da Mata Atlântica (Stattersfield et al., 1998) e pela intensa captura ilegal voltada para o tráfico de animais silvestres (International, 2019). Além disso, estima-se que apenas 1% de seu habitat original ainda persista em forma de vários fragmentos e que as populações remanescentes se encontram isoladas.

ECOLOGIA (HABITAT)

As florestas de baixadas, geralmente até 300 m de altitude, representam o principal habitat do chauá. No entanto, também pode ocorrer em regiões de altitudes médias (até 900 m) e viver em pequenos fragmentos florestais, ocasionalmente utilizando plantações de árvores frutíferas ou cafezais (Sick, 1997).

Page 211: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

211Fundação Renova

Amazona vinacea (Kuhl, 1820)

Nomes comuns: papagaio-de-peito-roxo, jurueba, quero-quero, téu-téu, curraleiro, crau-crauAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = CR

• Lista nacional: VU C1

• Lista internacional: EN C2a(i)

Justificativa: Endêmica da Mata Atlântica, distribuindo-se do leste do Paraguai e nordeste da Argentina até a Bahia. Apesar de sua ampla área de ocupação (1.230.000 km2), a população global é muito pequena, estimada em menos de 2.500 indivíduos (BirdLife International, 2019). Isso se associa ao seu declínio devido à intensa destruição e à fragmentação de habitats, além da captura para o cativeiro e o comércio ilegal de aves silvestres (Machado et al., 1998; BirdLife International, 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

A espécie necessita de áreas florestais preservadas e com árvores de grande porte, onde nidifica e repousa. Vive tanto em florestas de baixada como em elevadas altitudes no sudeste brasileiro (até 1.700 m) e, também, em matas de araucária, principalmente no sul do Brasil e na Serra da Mantiqueira. Pode, ocasionalmente, utilizar plantios de pinus e de eucaliptos, pequenos fragmentos florestais, pastos com árvores isoladas e até áreas suburbanas (Sick, 1997).

Aratinga auricapillus aurifrons Spix, 1824

Nome comum: jandaia-de-testa-vermelhaAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: NT

Justificativa: Com área de ocupação de 1.030.000 km2, apresenta distribuição na região central da Mata Atlântica e suas zonas de transição com o Cerrado e a Caatinga (BirdLife International, 2019). Embora sua população seja estimada em apenas 6.700 indivíduos, consegue suportar bem alterações de origem antrópica (BirdLife International, 2019). No entanto, se tornou rara em grande parte de sua área de distribuição original, principalmente pela perda de habitat e pela captura para o comércio ilegal.

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive em diversos tipos de habitat, mas ocorre, preferencialmente, em florestas semidecíduas e decíduas, embora também possa ser observada em capoeiras, carnaubais, pastagens e áreas agrícolas (Sick, 1997; Vasconcelos & D’Angelo-Neto, 2018).

Page 212: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa212

Pionus reichenowi Heine, 1844

Nome comum: maitaca-de-barriga-azul Autor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: VU C2a(i)

• Lista internacional: VU C2a(i)

Justificativa: De distribuição restrita à faixa costeira do domínio da Mata Atlântica, entre os estados de Alagoas e do Espírito Santo, ocupa uma área de 243.000 km2 (BirdLife International, 2019). Está possivelmente extinta no estado do Rio de Janeiro (del Hoyo et al., 2019). Sua população global é estimada em menos de 10.000 indivíduos e está em declínio pela destruição e fragmentação de habitats (BirdLife International, 2019; del Hoyo et al., 2019). Ocorre na Mata Atlântica de terras baixas, região extremamente devastada e que continua sofrendo pressão de desmatamento (Stattersfield et al., 1998).

ECOLOGIA (HABITAT)

Típica de matas úmidas de baixada bem preservadas, além de florestas secundárias em avançado estágio de regeneração, é, eventualmente, observada em clareiras e plantações (del Hoyo et al., 2019).

Pyrrhura cruentata (Wied, 1820)

Nomes comuns: tiriba-grande, tiriba-de-cara-suja, fura-mato, tiriva-fura-mato, cara-sujaAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = EN

• Lista nacional: VU C2a(i)

• Lista internacional: VU A2cd+3cd+4cd; B1ab(i,ii,iii,v);C2a(i)

Justificativa: Com populações reduzidas e isoladas em poucos fragmentos e estimativa de menos de 10.000 indivíduos na natureza, ocorre em uma pequena área da Mata Atlântica de baixada, entre o sul da Bahia e o Rio de Janeiro (BirdLife International, 2019). Além disso, a captura para o comércio ilegal também representa uma ameaça. Por fim, sua restrita área de distribuição está sujeita ao contínuo desmatamento e à depauperação de habitats (Stattersfield et al., 1998; BirdLife International, 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

Seu principal habitat são as matas primárias de baixadas, geralmente abaixo de 400 m de altitude. No entanto, também pode ocorrer em florestas secundárias, bordas de mata, clareiras, cabrucas e pomares, desde que próximo a amplas áreas de florestas bem preservadas.

Page 213: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

213Fundação Renova

Pyrrhura leucotis (Kuhl, 1820)

Nomes comuns: tiriba-de-orelha-branca, querequetê, fura-mato-pequeno, tiriba-pequenaAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = EN

• Lista nacional: VU C2a(i)

• Lista internacional: VU C2a(i)

Justificativa: Tem pequena população global, estimada em menos de 10.000 exemplares, que se distribuem em poucos fragmentos florestais remanescentes em sua restrita área de ocupação de 352.000 km2 da porção central da Mata Atlântica, entre os estados da Bahia e do Rio de Janeiro (BirdLife International, 2019). Mesmo as pequenas subpopulações isoladas continuam em declínio, devido ao desmatamento e à captura para o tráfico de aves (BirdLife International, 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

Tipicamente florestal, habita matas úmidas de baixadas, assim como suas bordas e clareitas adjacentes, geralmente abaixo da altitude de 600 m. Eventualmente, também pode frequentar cabrucas.

Touit surdus (Kuhl, 1820)

Nomes comuns: apuim-de-cauda-amarela, papagainho, periquitinho, periquitoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = EN

• Lista nacional: VU C2a(i)

• Lista internacional: VU A2c+3c+4c;C2a(i)

Justificativa: Distribui-se ao longo da Mata Atlântica, desde o Ceará até São Paulo, com área de ocupação de 1.680.000 km2 (BirdLife International, 2019). Estimada em menos de 10.000 indivíduos isolados em fragmentos florestais, a população global está em declínio pela contínua degradação e destruição de seus habitats, que estão sendo ocupados por áreas agrícolas, pastagens e áreas urbanizadas (BirdLife International, 2019).

ECOLOGIA (HABITAT)

As florestas úmidas e as restingas arbóreas constituem os principais habitats do apuim-de-cauda-amarela. Pode ocorrer de baixadas a regiões serranas, até cerca de 900 m de altitude (Sick, 1997) e já foi registrada em matas secundárias e cabrucas.

Page 214: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa214

Ordem Strigiformes

Glaucidium minutissimum (Wied, 1830)

Nome comum: caburé-miudinhoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = EN

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Distribui-se por boa parte da Mata Atlântica e suas áreas de transição com o Cerrado, a Caatinga e o Pantanal, ocupando uma ampla área, estimada em 1.460.000 km2 (BirdLife International, 2019). Embora sua população não tenha sido quantificada, parece estar em declínio moderado (BirdLife International, 2019). Entretanto, está associada a áreas de baixas altitudes, que já foram severamente desmatadas e descaracterizadas em Minas Gerais e no Espírito Santo.

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive, preferencialmente, no dossel e no estrato médio de florestas úmidas e primárias, geralmente em baixadas, mas com registros até 1.000 m de altitude.

Pulsatrix perspicillata pulsatrix (Wied, 1820)

Nomes comuns: murucututu, corujão, mocho-mateiro, coruja-de-garganra-pretaAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: VU D1

• Lista internacional: LC

Justificativa: De ampla distribuição na Região Neotropical, apresenta extensa área de ocupação, estimada em 18.200.000 km2 (BirdLife International, 2019). Embora não haja estimativas de sua população total, suspeita-se que esteja em declínio, no entanto, fora de perigo imediato, por ser relativamente comum e ocupar vastas áreas, especialmente da região amazônica (BirdLife International, 2019). Além disso, tem tolerância moderada aos desmatamentos (BirdLife International, 2019). A subespécie P. p. pulsatrix, por outro lado, é endêmica da Mata Atlântica e, além de apresentar pequena população, ocorre em paisagens extremamente descaracterizadas e fragmentadas por atividades humanas.

ECOLOGIA (HABITAT)

O murucututu é típico de florestas tropicais e subtropicais com a presença de grandes árvores, podendo viver no interior da mata ou em suas bordas. Também pode viver em matas de galeria ou savanas próximas a grandes florestas, sendo encontrada desde o nível do mar até cerca de 1.500 m de altitude.

Page 215: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

215Fundação Renova

Strix huhula albomarginata (Spix, 1824)

Nomes comuns: coruja-preta, mocho-negroAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: VU C2a(i)

• Lista internacional: LC

Justificativa: Típica de regiões úmidas da América do Sul, é representada por duas subespécies: S. h. huhula, de distribuição predominantemente amazônica, e S. h. albomarginata, endêmica da Mata Atlântica do sul e do sudeste brasileiro e áreas adjacentes da Argentina e do Paraguai. Considerando-se ambas as subespécies, a coruja-preta ocupa uma extensa área de 11.700.000 km2 e suas populações não correm risco imediato de sofrer declínio (BirdLife International, 2019) em nível global. No entanto, a subespécie S. h. albomarginata apresenta pequenas populações sujeitas ao declínio, que estão isoladas em fragmentos (Soares et al., 2008).

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive tanto em florestas bem preservadas quanto em matas secundárias, em paisagens fragmentadas ou de parques urbanos. Outros ambientes de registro incluem: plantações de banana, café e pinus. Ocorre desde o nível do mar até cerca de 1.500 m de altitude.

Ordem Tinamiformes

Crypturellus noctivagus (Wied, 1820)

Nomes comuns: jaó-do-sul, jaó, jáó-do-litoral, juóAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = CR

• Lista nacional: NT

• Lista internacional: NT A2cd+3cd+4cd

Justificativa: Recentemente elevada à categoria de espécie plena, é endêmica da Mata Atlântica brasileira, ocorrendo da Bahia ao Rio Grande do Sul. No entanto, esse arranjo taxonômico ainda não foi considerado na avaliação do táxon pela IUCN, que inclui, também, a subespécie C. n. zabele (zabelê), endêmica da Caatinga, como coespecífica do jaó-do-sul (BirdLife International, 2019). No entanto, considerando-se o táxon de distribuição restrita à Mata Atlântica, a perda de habitat, ocasionada pelos desmatamentos, assim como a pressão de caça, são importantes ameaças ao jaó-do-sul.

ECOLOGIA (HABITAT)

O jaó-do-sul vive no piso de florestas úmidas de baixada bem preservadas, geralmente abaixo de 500 m de altitude.

Page 216: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa216

Crypturellus variegatus (Gmelin, 1789)

Nomes comuns: inambu-anhangá, chororão, inambu-onça, inambu-relógio, chorãoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = EN

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Amplamente distribuída em áreas úmidas de baixas altitudes da América do Sul, ocupa uma área de 9.010.000 km2 (BirdLife International, 2019). Uma vez que ainda é comum na região amazônica, não se espera um rápido declínio em suas populações em nível mundial (BirdLife International, 2019). Já na Mata Atlântica de baixada, submetida a intenso desmatamento e fragmentação florestal (Stattersfield et al., 1998), suas populações isoladas ainda sofrem pressão de caça.

ECOLOGIA (HABITAT)

A espécie é típica do chão de matas úmidas e bem preservadas, geralmente em avançado estágio de regeneração, também podendo ocorrer em clareiras.

Tinamus solitarius (Vieillot, 1819)

Nome comum: macucoAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = CR

• Lista nacional: NT

• Lista internacional: NT A2cd+3cd+4cd

Justificativa: Endêmica da Mata Atlântica, tem distribuição original nos estados brasileiros de Pernambuco ao Rio Grande do Sul, leste do Paraguai e nordeste da Argentina. Apresenta área de ocupação extensa, estimada em 1.930.000 km2. No entanto, em nível regional, suas populações estão em declínio e é rara e pouco conhecida em toda sua área de distribuição, tendo desaparecido da maior parte de suas localidades de ocorrência, em virtude da perda de habitat e da forte pressão de caça (Sick, 1997; Machado et al., 1998).

ECOLOGIA (HABITAT)

O macuco vive no solo de florestas preservadas, ocorrendo em regiões tropicais e subtropicais, especialmente em matas úmidas, desde as baixas altitudes até cerca de 1.200 m (Sick, 1997; Machado et al., 1998).

Page 217: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

217Fundação Renova

Ordem Trogoniformes

Trogon collaris eytoni (Frazer, 1857)

Nome comum: surucuá-de-coleiraAutor: Marcelo Ferreira de Vasconcelos

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = EN

• Lista nacional: EN C2a(ii)

• Lista internacional: LC

Justificativa: Amplamente distribuída em terras baixas da Região Neotropical, ocupa uma extensa área, estimada em 16.500.000 km2 (BirdLife International, 2019). Embora sua população global não tenha sido quantificada, estima-se que esteja em declínio, mas ainda fora de risco globalmente (BirdLife International, 2019). No entanto, a subespécie T. c. eytoni, endêmica de uma estreita porção da Mata Atlântica entre os estados da Bahia e do Rio de Janeiro, ocorre em pequenas populações isoladas em fragmentos que ainda estão sujeitos ao desmatamento (Stattersfield et al., 1998).

ECOLOGIA (HABITAT)

O surucuá-de-coleira vive no estrato médio de bordas de florestas ombrófilas ou semideciduais, geralmente abaixo de 700 m de altitude.

Tinamus solitarius

Roberto Murta/BICHODOMATO

Page 218: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa218

RÉPTEIS

Renato Feio & Jhonny Guedes

Os répteis são representados pelos cágados, tartarugas e jabutis (ordem Testudines), jacarés e

crocodilos (ordem Crocodylia), tuataras (ordem Rhynchocephalia), lagartos, serpentes e cobras-

de-duas-cabeças ou anfisbenas (ordem Squamata). Esses animais são muito diversificados, com

mais de 10.000 espécies já descritas (Uetz et al., 2019). Com aproximadamente 800 espécies,

o Brasil é o 3º país com maior diversidade no mundo (Costa & Bérnils, 2018). Diferentemente

dos anfíbios, os répteis possuem a pele seca e pouco permeável. Além disso, o corpo desses

animais é todo recoberto por escamas ou placas ósseas, o que lhes confere maior resistência,

tanto à desidratação quanto a danos mecânicos. Com isso, os répteis ocupam uma grande

variedade de ambientes e possuem uma distribuição quase cosmopolita, não sendo

encontrados apenas em regiões polares e áreas de elevadas altitudes (Vitt & Caldwell, 2013).

Apesar de ser um grupo muito diverso, menos da metade das espécies descritas já foram

avaliadas quanto a seu risco de extinção em um panorama global, o que dificulta a mitigação

de fatores que podem afetar a sobrevivência de diversas espécies (Tingley et al., 2016).

Page 219: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

219Fundação Renova

Corallus hortulanus

Leandro Drummond

Page 220: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa220

Ordem Crocodylia

Caiman latirostris (Daudin, 1802)

Nomes comuns: jacaré-do-papo-amarelo, jacaré-do-focinho-largo, jacaré-do-sudesteAutores: Renato Feio & Jhonny Guedes

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Destruição dos habitats naturais, caça ilegal e predatória.

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre na Mata Atlântica, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, adentrando-se no interior pelas bacias dos rios São Francisco e Paraná. Em Minas Gerais, ocupa ambientes alagados, como lagoas naturais, lagoas de várzeas, açudes, represas e remansos de grandes rios (Verdade et al., 2010., Filogonio et al., 2010). É observada também em ambientes urbanos, mesmo aqueles mais poluídos, como a Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, ou mesmo no rio das Velhas, na região central do estado.

Ordem Squamata

Ameivula nativo (Rocha, Bergallo & Peccinini-Seale, 1997)

Nomes comuns: lagartinho-de-linhares, lagartinho-nativo Autores: Renato Feio & Jhonny Guedes

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU B2b (iii)

• Lista nacional: EN A2ac

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Distribuição geográfica restrita; baixa densidade populacional; destruição dos habitats/restingas em função da expansão imobiliária. Perda dos ambientes de restinga impõe a principal ameaça a essa espécie (Rocha et al., 1997., Bérnils et al., 2014).

ECOLOGIA (HABITAT)

Possui distribuição restrita a restingas dos estados do Espírito Santo e da Bahia, tanto ao sul como ao norte do rio Doce. Pode ser considerada como especialista de habitat, pois ocorre em borda de moitas ou sob vegetação herbácea/arbustiva.

Page 221: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

221Fundação Renova

Amphisbaena nigricauda Gans, 1966

Nome comum: cobra-de-duas-cabeçasAutores: Renato Feio & Jhonny Guedes

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = DD

• Lista nacional: EN B1ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Destruição dos ambientes de restinga, tanto em função de empreendimentos urbanísticos para moradias e/ou turismo, ou para construção de portos, extração de areia e outras alterações antrópicas.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie fossorial, típica de restingas, sendo conhecida apenas do centro e norte do Espírito Santo e sul da Bahia.

Boa constrictor constrictor Linnaeus, 1758

Nome comum: jiboiaAutores: Renato Feio & Jhonny Guedes

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Destruição dos ambientes e habitats de ocorrência, caça e comercialização ilegal como animal de estimação.

ECOLOGIA (HABITAT)

Possui hábito terrestre e arborícola, sendo observada tanto durante o dia como à noite. Alimenta-se de pequenos vertebrados, geralmente aves e mamíferos.

Page 222: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa222

Bothrops bilineatus bilineatus (Wied-Neuwied, 1821)

Nomes comuns: jararaca-verde, jararaca-pingo-de-ouroAutores: Renato Feio & Jhonny Guedes

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Destruição dos ambientes e habitats de ocorrência; perseguição (morte indiscriminada) por ser uma serpente peçonhenta.

ECOLOGIA (HABITAT)

Encontrada comumente na Amazônia, ocorre também na Mata Atlântica, onde é rara ou mesmo extinta em alguns estados. Ocorre apenas em fragmentos de florestas tropicais bem preservados, tendo hábitos arborícolas e atividade preferencialmente noturna. Alimenta-se de pequenos vertebrados. Em Minas Gerais, é conhecida apenas do Parque Estadual do Rio Doce e no Cariri, extremo nordeste do estado. No Espírito Santo, é conhecida de municípios próximos ao litoral do estado (Bernarde et al., 2011).

Corallus hortulanus Linnaeus, 1758

Nomes comuns: jibóia-do-oco, jiboia-vermelha, suaçubóia Autores: Renato Feio & Jhonny Guedes

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não consta

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: As ameaças são localizadas e incluem destruição dos ambientes e habitats de ocorrência, caça e comercialização como animal de estimação, e morte indiscriminada por ser confundida com serpentes peçonhentas. Como esta é uma espécie arborícola, o desmatamento representa sua principal ameaça.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie encontrada em regiões de mata, na Amazônia ou na Mata Atlântica. Tem hábitos arborícolas e atividade preferencialmente noturna. Alimenta-se de pequenos vertebrados, que são capturados e mortos por constrição (Henderson, 1997).

Page 223: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

223Fundação Renova

Dactyloa pseudotigrina (Amaral, 1933)

Nomes comuns: lagarto-papa-vento; calangoAutores: Renato Feio & Jhonny Guedes

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de Conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: VU D2

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Destruição dos ambientes florestais para implantação de atividades agropecuárias. Populações reduzidas.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie aparentemente rara, endêmica do estado do Espírito Santo, com registros em Santa Teresa e na região do rio Doce (sem localidade definida). Sua distribuição está, possivelmente, associada a áreas de Mata Atlântica de maior elevação e climas mais amenos.

Epicrates cenchria Linnaeus, 1758

Nomes comuns: jiboia-azul, jiboia-arco-íris, salamanta-do-ocoAutores: Renato Feio & Jhonny Guedes

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Destruição dos ambientes e habitats de ocorrência; caça, comercialização como animal de estimação, e morte indiscriminada por ser confundida com serpentes peçonhentas. Como esta é uma espécie arborícola, o desmatamento representa sua principal ameaça.

ECOLOGIA (HABITAT)

Encontrada em regiões de florestas, tanto na Amazônia quanto na Mata Atlântica. Tem hábitos arborícolas e atividade preferencialmente noturna. Alimenta-se de pequenos vertebrados, que são capturados e mortos por constrição (Passos & Fernandes, 2008).

Page 224: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa224

Lachesis muta (Linnaeus, 1766)

Nomes comuns: surucucu-pico-de-jaca, surucucu-dourada, surucucu-de-fogo, surucutingaAutores: Renato Feio & Jhonny Guedes

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = VU

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: VU

Justificativa: Destruição dos ambientes e habitats de ocorrência; perseguição por ser uma serpente peçonhenta.

ECOLOGIA (HABITAT)

Maior espécie peçonhenta das Américas, é encontrada na Amazônia e na Mata Atlântica. Habita exclusivamente áreas de floresta úmida bem preservada. Tem hábitos preferencialmente noturnos e alimenta-se, principalmente, de mamíferos de pequeno e médio porte. É extremamente rara em Minas Gerais, com provável ocorrência no PERD, Estação Biológica de Caratinga e fragmentos isolados no nordeste do estado. No Espírito Santo, aparentemente ocupava uma distribuição pretérita muito ampla, em localidades que hoje são completamente urbanizadas (Borges-Nojosa & Lima-Verde 1999., Martins & Marques 2000., Fernandes et al., 2004) .

Philodryas laticeps Werner, 1900

Nome comum: cobra-cipó Autores: Renato Feio & Jhonny Guedes

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: DD

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Destruição dos ambientes e habitats de ocorrência; populações reduzidas; perseguição simplesmente por ser confundida com uma serpente peçonhenta.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie conhecida por duas populações disjuntas, uma delas na Mata Atlântica do sul e sudeste do Brasil. Parece ser uma espécie rara quando comparada a outras espécies congêneres. Possui hábitos arborícolas e parece ser típica de fragmentos de mata ainda bem preservados (Zaher et al., 2008).

Page 225: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

225Fundação Renova

Salvator merianae (Duméril & Bibron, 1839)

Nomes comuns: teiú, teiú-gigante, teiú-açúAutores: Renato Feio & Jhonny Guedes

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: LC

Justificativa: Destruição dos ambientes e habitats de ocorrência; caça e perseguição para comércio.

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre tanto em ambientes florestados quanto em áreas abertas, nos biomas do Cerrado, Caatinga, Chaco e Mata Atlântica. Pode ser bastante comum em algumas regiões e é, frequentemente, capturada por caçadores e moradores locais, para servir de alimentação.

Tantilla boipiranga Sawaya & Sazima, 2003

Nome comum: cobra-da-terraAutores: Renato Feio & Jhonny Guedes

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: VU

Justificativa: Populações reduzidas e distribuição geográfica fragmentada; redução da qualidade de seus habitats; perseguição por ser confundida com uma serpente peçonhenta, uma vez que se assemelha às corais-verdadeiras.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie encontrada em regiões de campos rupestres no estado de Minas Gerais, com registros localizados no complexo serrano do Espinhaço, portanto acredita-se tratar de uma espécie endêmica dessa formação. Parece ter hábitos semifossoriais. Pouco se conhece sobre demais aspectos de seus hábitos, habitats e distribuição geografica (Silveira et al., 2014)

Page 226: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa226

Ordem Testudines

Chelonoidis carbonarius (Spix, 1824)

Nomes comuns: jabuti-vermelho, jabuti-pirangaAutores: Renato Feio & Jhonny Guedes

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Destruição dos ambientes e habitats de ocorrência; caça e perseguição para comércio ou simplesmente para uso como animal doméstico (pet).

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie com ampla distribuição geográfica, ocorrendo desde a América Central até o sul da América do Sul. No Brasil, ocorre nos estados do Centro Oeste, do Nordeste e do Sudeste. É um animal de hábito diurno e terrestre, mas pode ser observado ocupando áreas alagadas rasas. É um quelônio onívoro e pode se alimentar de frutos, folhas e pequenos vertebrados que conseguir capturar. Muito pouco se conhece sobre seus habitats e hábitos na região sudeste do Brasil (Ernst & Leuteritz 1999., Vargas-Ramirez et al., 2010)

Chelonoidis denticulatus (Linnaeus, 1766)

Nomes comuns: jabuti-amarelo, jabuti-açuAutores: Renato Feio & Jhonny Guedes

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = DD

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: VU A1cd+2cd

Justificativa: Destruição dos ambientes e habitats de ocorrência; caça e perseguição para comércio ou simplesmente para uso como animal doméstico (pet).

ECOLOGIA (HABITAT)

Além da Amazônia, há registros na região Nordeste e Centro-Oeste. Diferentemente do jabuti-vermelho, essa espécie é um habitante exclusivo de florestas. É um animal onívoro e pode se alimentar de frutos, folhas e até mesmo de pequenos vertebrados (Vargas-Ramirez et al., 2010; Bohm, 2013).

Page 227: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

227Fundação Renova

Hydromedusa maximiliani (Mikan, 1820)

Nomes comuns: cágado-pescoço-de-cobra, cágado-da-serraAutores: Renato Feio & Jhonny Guedes

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = VU

• Lista nacional: DD

• Lista internacional: VU B1+2cd

Justificativa: Poluição dos rios e ribeirões; destruição dos habitats de matas ciliares e matas de galeria que são usadas como sítios de desova; populações isoladas sem conectividade; caça.

ECOLOGIA (HABITAT)

Quelônio dulcícola de pequeno tamanho corporal, que habita águas correntes das serras ao longo da Mata Atlântica, em Minas Gerais, no Espírito Santo, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Parece preferir riachos montanos bem oxigenados, de água fria e leito rochoso/pedregoso, sendo observada em altitudes superiores a 600 m; sempre em locais com vegetação ciliar preservada, ocupando remansos e/ou trechos de menor vazão, submergindo e permanecendo no fundo quando surge alguma ameaça (Souza, 2005).

Hydromedusa maximiliani

Roberto Murta/BICHODOMATO

Page 228: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa228

ANFÍBIOS

Renato Feio & Jhonny Guedes

Os anfíbios constituem um grupo de vertebrados que englobam sapos, pererecas e rãs (ordem

Anura), salamandras (ordem Caudata) e cobras-cegas ou cecílias (ordem Gymnophiona). Já

foram descritas em todo o mundo aproximadamente 8.000 espécies, sendo o Brasil o país com

maior diversidade, com cerca de 1.200 espécies (Frost, 2019). Esses animais são caracterizados,

principalmente, pela pele úmida e altamente permeável, possibilitando que realizem trocas

gasosas e absorvam água e nutrientes através da pele. Devido a essa característica, anfíbios são,

em sua maioria, altamente dependentes de água e/ou ambientes úmidos para sobreviverem.

Essa característica afeta também a reprodução desses animais, uma vez que, na maioria das

espécies ovíparas, dos ovos eclodem girinos aquáticos que, após passarem por um processo de

metamorfose, se transformam em adultos terrestres (Duellman & Trueb, 1994). Os anfíbios estão

entre os animais mais ameaçados de extinção do planeta, com declínio global de inúmeras

populações, o que se deve a diversos fatores, incluindo a destruição e perda de habitat natural,

a introdução de espécies exóticas, a infecção por agentes patogênicos (especialmente o fungo

do gênero Batrachochytrium), as mudanças climáticas e o aumento dos níveis de radiação UV,

dentre outros (Blaustein et al., 1994; Collins & Storfer, 2003).

Page 229: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

229Fundação Renova

Chiasmocleis lacrimae

Clodoaldo Assis

Page 230: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa230

Ordem Anura

Allobates olfersioides (Lutz, 1925)

Nome comum: rãzinha-do-folhiçoAutores: Renato Feio & Jhonny Guedes

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: VU B1ab(iii,iv)

• Lista internacional: VU

Justificativa: Destruição dos ambientes e habitats de ocorrência.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie endêmica do leste do Brasil, é conhecida de várias localidades ao longo da Mata Atlântica do nordeste e sudeste do Brasil. Parece ser típica de ambientes de folhiço no interior de matas úmidas bem preservadas. Sua ocorrência é relatada para o Parque Estadual do Rio Doce, apesar de não existirem exemplares que confirmem esse dado geográfico. A espécie não tem sido registrada nos últimos anos, mesmo com esforços significativos de procura (Verdade & Rodrigues, 2007).

Chiasmocleis lacrimae Peloso, Sturaro, Forlani, Gaucher, Motta & Wheeler, 2014

Nomes comuns: rã-anã Autores: Renato Feio & Jhonny Guedes

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: EM

Justificativa: Destruição dos ambientes e habitats de ocorrência.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie encontrada nos estados do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e de São Paulo, sendo apenas recentemente registrada na Zona da Mata de Minas Gerais. Ocupa regiões alagadas no interior de matas de baixa altitude. Tem sazonalidade bem marcada na estação chuvosa e possui comportamento reprodutivo explosivo, ou seja, aparece nos ambientes apenas após chuvas fortes que formem poças e alagados temporários, que são usados como sítios reprodutivos (Peloso et al., 2014).

Page 231: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

231Fundação Renova

Dasypops schirchi Miranda-Ribeiro, 1924

Nome comum: rã-das-poçasAutores: Renato Feio & Jhonny Guedes

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: VU B1ab(iii)

Justificativa: Destruição e fragmentação dos ambientes e habitats de ocorrência (ambientes florestais de baixa altitude).

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie encontrada em regiões de Mata Atlântica do Espírito Santo e da Bahia, sempre ocupando áreas florestais de baixa altitude. Tem sazonalidade marcada, com reprodução explosiva, ou seja, os indivíduos aparecem nos ambientes apenas em poucos dias do ano, favorecidos por chuvas do início da temporada de chuvas, que formam corpos d’água temporários em interior de mata (Pombal Jr. & Cruz, 2016).

Physalaemus maximus Feio, Pombal-Jr & Caramaschi, 1999

Nomes comuns: rã-da-mata, rã-de-faixa-preta Autores: Renato Feio & Jhonny Guedes

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: VU B1ab(iii)

• Lista internacional: DD

Justificativa: Destruição e fragmentação dos ambientes e habitats de ocorrência.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie encontrada em regiões de Mata Atlântica, nos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo. Ocorre nas margens de lagoas e poças temporárias, no interior ou na borda de florestas tropicais, não sendo registrada em ambientes degradados ou mesmo fora de ambientes florestados. Apesar de ocorrer durante a estação chuvosa, tem maior atividade em noites úmidas e chuvosas.

Page 232: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa232

INVERTEBRADOS

INSETOS

Yasmine Atonini, Laura Braga, Fernanda Vieira Costa, Filipe M. Franca e Fernando Z. Vaz-de-Mello

Os insetos são invertebrados segmentados que possuem a característica do esqueleto externo

articulado (exoesqueleto) de todos os artrópodes. Os grupos são diferenciados por várias

modificações do exoesqueleto - por exemplo, o Hexapoda ao qual a Insecta pertence é

caracterizado por ter adultos de seis patas. Embora existam milhões de tipos de insetos, não

sabemos exatamente (ou até aproximadamente) quantos são. A estimativa é de 5,5 milhões,

segundo Nigel E. Stork (2018). Para o Brasil as informações não são claras, mas segundo Brandão

et al. (2020) estima-se que existam aproximadamente 700.00 espécies descritas. Suas formas de vida

são incrivelmente variáveis. Insetos podem dominar cadeias alimentares e teias alimentares em

volume e número. Especializações em alimentação de diferentes grupos de insetos incluem

ingestão de detritos, materiais apodrecidos, e madeira morta e fungos, filtro aquático alimentação

e pastagem, herbivoria, incluindo alimentação por seiva, e predação e parasitismo. Os insetos

podem viver em água, em terra ou no solo, durante parte ou toda a vida. Seus estilos de vida

podem ser solitários, gregários, subsociais, ou altamente sociais.

Dentre os insetos, as ordens Hymenoptera (que inclui vespas, abelhas e formigas) e Lepidoptera

(mariposas e borboletas) apresentam enorme importância ecológica por seu papel como

polinizadores (abelhas, principalmente) e predadores (vespas). Outro grupo importante,

Coleoptera, é a ordem com a maior riqueza de espécies, e nesse grupo encontramos espécies

que desempenham importante função ecossistêmica de ciclagem de matéria orgânica, dispersão

secundária de sementes (besouros rola-bosta) e até mesmo a polinização (grupos de Scarabeideos).

Page 233: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

233Fundação Renova

Hyalyris leptalina

Mcclungia cymo fallens

Augusto Rosa

Page 234: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa234

Ordem Lepidoptera (borboletas)

Arawacus aethesa (Hewitson, 1867)

Nome comum: borboletaAutora: Laura Braga

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = VU

• Lista nacional: EN B2ab(ii,iii)

• Lista internacional: EN

Justificativa: Rara e com poucos registros de ocorrência em áreas preservadas de Mata Atlântica de baixa altitude. Tem-se registro em áreas próximas às margens do rio Doce. A degradação, destruição e fragmentação do habitat são as principais ameaças, pois reduzem e isolam suas populações.

ECOLOGIA (HABITAT)

Floresta Ombrófila e Floresta Estacional Semidecidual (Mata Atlântica).

Drephalys mourei Mielke, 1968

Nome comum: borboleta-diabinhaAutora: Laura Braga

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: CR B2ab(ii,iii,iv)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Rara na Mata Atlântica, ocorre em topo de morros de até 200 m de altitude. A perda de habitat por desmatamento e degradação são as principais ameaças. Há registro na região norte do Espírito Santo (K. S. Brown Jr., dados não publicados), tendo, assim, ocorrência potencial na área escopo.

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre em clareiras de topo de morros com altitudes aproximadas de até 200 m.

Page 235: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

235Fundação Renova

Heliconius nattereri C. Felder& R. Felder, 1865

Nome comum: borboletaAutora: Laura Braga

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: EN B2ab(ii,iii)

• Lista internacional: CR

Justificativa: Ocorre amplamente na Mata Atlântica montana, com registros em localidades na bacia do rio Doce. No entanto, as populações entram rapidamente em declínio, podendo chegar à extinção local em fragmentos pequenos, pois requerem extensas áreas de floresta. Dessa forma, a degradação, a destruição e a fragmentação dos habitats são as principais ameaças.

ECOLOGIA (HABITAT)

No Espírito Santo, há registros de Heliconius nattereri, principalmente na região serrana acima de 600 m de altitude.

Heraclides himeros himeros (Hopffer, 1865)

Nome comum: borboletaAutora: Laura Braga

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = CR

• Lista nacional: EN B2ab(i,ii,iii,iv)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Registro de populações em apenas duas localidades, Espírito Santo e Rio de Janeiro incluindo a região de Linhares. Possuem tamanho populacional reduzido, sendo a destruição e a degradação dos habitats importantes ameaças.

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre até 200 m de altitude, desde as planícies costeiras (incluindo morros) até os vales no interior dos estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro.

Page 236: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa236

Hyalyris leptalina (C. Felder& R. Felder, 1865)

Nome comum: borboletaAutora: Laura Braga

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = VU

• Lista nacional: CR B2ab(iii)*

• Lista internacional: não consta

* Categoria e critério para a subespécie Hyalyris leptalina leptalina

Justificativa: Possuem populações isoladas e em baixas densidades na natureza. A fragmentação do habitat e consequente isolamento populacional representam as principais ameaças.

ECOLOGIA (HABITAT)

Hyalyris leptalina tem ocorrência restrita a serras baixas e frias na Mata Atlântica.

Mcclungia cymo fallens (Haensch, 1905)

Nome comum: borboletaAutora: Laura Braga

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não consta

• Lista nacional: CR B2ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Distribuição restrita a habitats muito específicos de baixada úmida na Mata Atlântica, os quais são muito instáveis. As áreas de ocorrência da subespécie sofrem pressões de desmatamento e substituição de habitat, sendo que todas as localidades da subespécie estão altamente fragmentadas e isoladas ao longo do rio Doce. Necessidade de busca dessas populações e reavaliação do status de conservação na área atingida pelo rompimento da barragem.

ECOLOGIA (HABITAT)

Restrita a habitats de baixada úmida na Mata Atlântica. Encontradas em ecótonos de morros íngremes e matas alagadas de baixada.

Page 237: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

237Fundação Renova

Mimoides lysithous sebastianus (Oberthür, 1879)

Nome comum: borboleta Autora: Laura Braga

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: VU B2ab(i,iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Possui distribuição geográfica restrita às florestas de Mata Atlântica da baixada, do norte do Rio de Janeiro à Bahia, região com poucos remanescentes de mata contínua. A degradação da restinga e de matas ciliares compreende a maior ameaça. São importantes estudos nas áreas de restingas afetadas pelo rompimento da barragem à procura dessa espécie.

ECOLOGIA (HABITAT)

Baixada de florestas.

Glennia pylotis Godart, 1819

Nome comum: borboletaAutor: Laura Braga

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: Em Perigo - EN B1ab(iii) + 2ab (iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: as populações de G. pylotis encontram-se fragmentadas em poucas localidades. A espécie foi recentemente registrada na área de estudo, em região de Floresta Ombrófila Densa no Espírito Santo, região da Foz do Rio Doce (Bloco Amostral 1b). As principais ameaças à espécie são o desmatamento e a substituição de habitats por atividades antrópicas e ocupação urbana.

ECOLOGIA (HABITAT)

Florestas de restinga na Mata Atlântica.

Page 238: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa238

Moschoneura pinthous methymna (Godart, 1819)

Nome comum: borboletaAutora: Laura Braga

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: VU B2ab(ii,iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Subespécie associada a ambientes bem específicos. O táxon é registrado em localidades isoladas no sudeste do Brasil, incluindo Santa Tereza (ES), sendo possível a ocorrência na área escopo. A fragmentação do habitat e o desmatamento compreendem as principais ameaças à subespécie.

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre em locais úmidos próximos a córregos, nas encostas das serras, em áreas de Mata Atlântica.

Parelbella polyzona (Latreille, 1824)

Nome comum: borboletaAutora: Laura Braga

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: EN B2ab(ii,iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Encontrada na Mata Atlântica, em topo de morro de até 300 m de altitude. Subpopulações ocorrem em fragmentos isolados e severamente ameaçados pela silvicultura no município de Linhares (ES). Necessidade de buscas por essas populações na área diretamente afetada pelo rompimento da barragem, para reavaliação do status de conservação da área escopo.

ECOLOGIA (HABITAT)

Topos de morros de até 300 m de altitude em Mata Atlântica.

Page 239: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

239Fundação Renova

Parelbella polyzona

Augusto Rosa

Tithorea harmonia caissara (Zikán, 1941)

Nome comum: borboletaAutora: Laura Braga

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = VU

• Lista nacional: VU B2ab(iii,iv)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É muito restrita a algumas áreas de florestas densas e úmidas da Mata Atlântica do sudeste do Brasil. Atualmente, há registros em dez localidades e, em algumas delas, já foi documentado o desaparecimento do táxon. As principais ameaças são relacionadas ao uso do solo por atividades antrópicas, tais como atividades agropecuárias, industriais, ocupação urbana, poluição e uso de fogo. No entanto, a maior ameaça é a invasão da subespécie do interior, T. h. pseudethra (Butler, 1873), com a qual hibridiza em áreas de mata perturbada.

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre em florestas preservadas, geralmente próximas a vales úmidos de pequenos rios da serra, em lugares mais frios e altos.

Page 240: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa240

Ordem Hymenoptera (formigas)

Anochetus oriens (Kempf, 1964)

Nome comum: formigaAutora: Fernanda Vieira Costa

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: VU B1ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Endêmica do Brasil e de ocorrência restrita à Mata Atlântica, tem, portanto, potencial de ser afetada pelos impactos diretos e indiretos relacionados ao desastre, tais como: erosão do solo e deposição de rejeitos; mudanças na qualidade do habitat (e.g., estrutura física do solo, aumento de temperatura), redução de recursos locais (e.g., recursos alimentares e sítios para nidificação); alterações na conectividade da paisagem (e.g., isolamento e inundação). Esses efeitos ocasionariam a redução da conectividade entre populações locais, o aumento da mortalidade e declínios populacionais. Sabe-se que sua área de ocorrência (8.700 km²) encontra-se altamente fragmentada, assim como suas populações (ICMBio, 2018). Portanto, o impacto do rompimento e do acúmulo de rejeitos pode ter causado grande mortalidade, isolamento geográfico e redução em seus tamanhos populacionais.

ECOLOGIA (HABITAT)

Nidifica principalmente no solo ou em estruturas vegetais em decomposição. Possui distribuição atual associada à Mata Atlântica.

Atta robusta (Borgmeier, 1939)

Nome comum: saúva-preta Autora: Fernanda Vieira Costa

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = VU

• Lista nacional: VU B2ab(ii,iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Endêmica do Brasil e de ocorrência restrita às áreas de restinga da Mata Atlântica. Assim, pode ter sido afetada pelos impactos diretos e indiretos relacionados ao desastre, tais como erosão do solo e depleção da vegetação, redução de sítios para nidificação, isolamento das populações locais. O derramamento da lama também pode alterar as condições do clima local, como temperatura e umidade, que são determinantes para o cultivo do fungo do qual se alimenta. Foi incluída nesse Plano de Ação devido ao grande impacto antrópico que os ambientes costeiros de restingas vêm sofrendo (ICMBio,

Page 241: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

241Fundação Renova

2018), além da intensa ocupação humana em sua região de ocorrência e do uso indiscriminado do controle químico sobre as formigas cortadeiras. Como já foi registrada na área de estudo, provavelmente sofreu efeitos negativos em seu tamanho populacional e sua sobrevivência.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie epígea associada às áreas de restingas da Mata Atlântica.

Diaphoromyrma sofiae (Fernández, Delabie & Nascimento, 2009)

Nome comum: formigaAutora: Fernanda Vieira Costa

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: EN B1ab(i,iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Endêmica do Brasil e de ocorrência restrita à Mata Atlântica (202 km2) em fragmentos de mata localizados no sul da Bahia (ICMBio, 2018). Sua população encontra-se fragmentada devido à silvicultura de eucalipto e a pastagens, sendo, portanto, vulnerável aos impactos decorrentes do evento. Os efeitos negativos do derramamento de rejeito sobre o solo e a vegetação, associados à ampla degradação antrópica na sua região de ocorrência, provavelmente foram prejudiciais. Assim, alguns exemplos de potenciais impactos negativos são altas taxas de mortalidade, declínios populacionais e extinções locais, especialmente na região mais próxima ao rompimento.

ECOLOGIA (HABITAT)

Vive na serapilheira associada à Mata Atlântica.

Dinoponera lucida (Emery, 1901)

Nome comum: tocandira-da-Mata-AtlanticaAutora: Fernanda Vieira Costa

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: EN B2ab(ii,iii,iv)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Endêmica da Mata Atlântica, tem, portanto, potencial de ser afetada pelos impactos diretos e indiretos relacionados ao desastre. Como sua distribuição é agregada e possui alta taxa de endogamia (ICMBio, 2018), a perda de habitat e o

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Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa242

isolamento das áreas de ocorrências – decorrentes das inundações e do derramamento de lama – são fatores que podem impactar fortemente sua sobrevivência e permanência na região de estudo. A ampla degradação da Mata Atlântica pelo derramamento do rejeito provavelmente foi prejudicial, por sua população fragmentada e ocorrência restrita (156 km2; ICMBio, 2018). Assim, são exemplos de potenciais consequências negativas declínios populacionais e extinções locais.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie epígea predadora que ocorre em áreas de Mata Atlântica.

Trachymyrmex atlanticus Mayhé-Nunes & Brandão, 2007

Nome comum: formigaAutora: Fernanda Vieira Costa

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: VU B2ab(ii,iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Endêmica do Brasil e de ocorrência restrita às áreas de restinga da Mata Atlântica (ocupação de 1.200 km2), foi incluída nesse Plano de Ação por ocorrer em áreas costeiras que sofrem grande impacto antrópico (ICMBio, 2018). Já foi registrada na região afetada no estado do Espírito Santo. Portanto, mudanças nas condições locais dos ambientes de restinga, como resultados da erosão do solo e deposição do sedimento, resultariam em aumento da mortalidade e redução populacional.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie de hábito terrestre e associada à Floresta Atlântica.

Page 243: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

243Fundação Renova

Dinoponera lucida

by California Academy of Sciences

Page 244: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa244

Ordem Hymenoptera (abelhas)

Epicharis (Epicharana) pygialis (Friese, 1900)

Nome comum: abelhaAutora: Yasmine Antonini

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Tem distribuição restrita às florestas ombrófilas e restingas ao longo da Mata Atlântica (Gaglianone, 2001; Gaglianone et al., 2011). No estado de Minas Gerais, há poucos registros e não existem informações sobre o tamanho da área de uso/distribuição geográfica real.

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorrência para Minas Gerais, em áreas de Mata Atlântica na região do PERD. Possui distribuição restrita às florestas ombrófilas e restingas da Mata Atlântica, mas também existem registros para a região Amazônica (Gaglianone, 2001). Por ser uma espécie coletora de óleo, depende de plantas da família Malpighiaceae (Gaglianone, 2005) e parece ser bem abundante nas suas áreas de ocorrência. É bastante sensível a alterações ambientais, pois nidifica no solo (sendo sensível, então, a alterações no uso do solo e à contaminação química) e pela alta dependência de uma única família de planta.

Epicharis (Epicharitides) minima (Friese, 1904)

Nome comum: abelhaAutora: Yasmine Antonini

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Tem distribuição restrita às florestas ombrófilas e restingas ao longo da Mata Atlântica (Gaglianone, 2001; Gaglianone et al., 2011). No estado de Minas Gerais, há poucos registros e não existem informações sobre o tamanho da área de uso/distribuição geográfica real.

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre na região do Cerrado, em áreas de transição com a Floresta Atlântica (Gaglianone, 2001). Por ser uma espécie coletora de óleo, depende de plantas da família Malpighiaceae (Gaglianone, 2005) e parece ser bem abundante nas suas áreas de ocorrência (Gaglianone et al., 2011). Essa espécie é bastante sensível a alterações ambientais, pois nidifica no solo (sendo sensível, então, a alterações no uso do solo e à contaminação química) e pela alta dependência de uma única família de planta.

Page 245: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

245Fundação Renova

Eufriesea aeneiventris (Mocsáry, 1896)

Nome comum: abelhaAutora: Yasmine Antonini

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = EN; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Foi incluída por tratar-se de uma espécie rara de abelha da orquídea, cuja distribuição é pouco conhecida (Nemesio & Silveira, 2004; Buys et al., 2013; Cordeiro et al., 2013).

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre em áreas de floresta densa nos estados de Minas Gerais, do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Hexantheda missionica Ogloblin, 1948Nome comum: abelha Autora: Yasmine Antonini

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É rara e apresenta distribuição disjunta – ocorre no sul do Brasil e norte da Argentina (Michener, 1989) e foi registrada pela primeira vez em Minas Gerais, em 1993 (Stehmann & Semir, 2001).

ECOLOGIA (HABITAT)

Como as mandíbulas das espécies de Colletinae são fortes e adaptadas a cavar (Roubik, 1989), acredita-se que H. missionica nidifique em buracos escavados no solo. Como é especializada em Calibrachoa elegans, a distribuição deve coincidir com a distribuição dessa planta, que é bem comum na região do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais.

Page 246: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa246

Melipona (Michmelia) capixaba Moure & Camargo, 1994

Nome comum: abelhaAutora: Yasmine Antonini

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = EN

• Lista nacional: EN B1ab(i,ii,iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A principal ameaça é o desmatamento, uma vez que depende de árvores para a sua nidificação, especialmente árvores mais velhas, com troncos adequados à instalação dos ninhos, para encontrar alimento (pólen e néctar). O desflorestamento leva à fragmentação e a isolamentos dos remanescentes florestais, o que pode fragmentar e isolar as populações e aumentar os índices de acasalamentos aparentados (endogamia), que levarão à perda de diversidade genética, aumentando sua vulnerabilidade.

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre em floresta atlântica na região centro-leste do Espírito Santo. Essa espécie foi muito abundante nas áreas de florestas ombrófilas, de altitude entre 700 e 1200 m, que existiam no Espírito Santo e, atualmente, suas populações estariam restritas aos poucos fragmentos de floresta restantes na região.

Melipona (Michmelia) rufiventris Lepeletier, 1836

Nome comum: abelhaAutora: Yasmine Antonini

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: EN B2ab(i,ii,iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Antes muito abundante nas florestas ombrófilas na região da Mata Atlântica. No entanto, suas populações declinaram bastante com a supressão da vegetação.

ECOLOGIA (HABITAT)

Florestas ombrófilas na região da Mata Atlântica. Muito exigente quanto ao tamanho e a qualidade do fragmento e a densidade dos ninhos parece ser maior nos fragmentos maiores, enquanto nos remanescentes florestais, que, em geral, são fragmentos menores e pouco desenvolvidos, praticamente não se encontra a espécie (Tavares et al., 2008). Essa espécie constrói seus ninhos em ocos de árvores, dependendo, assim, de ávores de grande porte, com troncos de grandes diâmetros. Então, essa espécie pode ser considerada pouco tolerante a perturbações no ambiente.

Page 247: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

247Fundação Renova

Xylocopa truxali Hurd& Moure, 1963

Nome comum: abelhaAutora: Yasmine Antonini

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Com distribuição restrita aos campos rupestres, existem poucos estudos sobre sua distribuição, mas registros em coleções apontam para uma distribuição ampla na região do Espinhaço (em Minas Gerais e na Bahia). Seus habitats estão ameaçados, principalmente, pela expansão urbana e pela mineração.

ECOLOGIA (HABITAT)

Ocorre nos campos rupestres, em altitudes acima de 1.000 m. Foi encontrada nidificando em ramos de Vellozia, embora também possa ocupar cavidades em gomos de bambu (Silveira, 2003). Espécies desse gênero são reconhecidas como polinizadores de uma variedade de espécies silvestres da flora brasileira (Carvalho, 1990; Barbosa, 1997), incluindo espécies arbóreas.

Gustav Specht

Melipona (Michmelia) rufiventris

Page 248: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa248

Caprophanaeus machadoi

http://treatment.plazi.org/id/FA458A0F-FFFC-FFC4-FF44-57533F84FCBD

Page 249: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

249Fundação Renova

Ordem Coleoptera (besouros)

Ateuchus squalidus (Fabricius, 1775)

Nome comum: besouro Autor: Filipe M. França e Fernando Z. Vaz-Mello

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre; ES = não consta

• Lista nacional: VU B2ab(ii,iii)

• Lista internacional: VU B2ab(ii,iii)

Justificativa: As principais ameças são o desenvolvimento residencial e comercial, bem como a degradação ambiental e a substituição da vegetação por monoculturas e pastagens.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie bastante encontrada em áreas de restinga arbustiva (Louzada et al., 1996; Schiffler et al., 2003).

Coprophanaeus machadoi Pereira & d’Andretta 1955

Nome comum: besouro Autor: Filipe M. França e Fernando Z. Vaz-Mello

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = não consta

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Ocorre desde o leste de Minas Gerais e do Espírito Santo até o sudeste do Rio de Janeiro, onde sua distribuição passa a ser limitada pela Serra da Bocaina (Cupello & Vaz-de-Mello, 2014). No estado de Minas Gerais, sua distribuição é restrita aos habitats florestais (Edmonds & Zidek, 2010) – frequentemente degradados e/ou fragmentados na região da Floresta Atlântica (Cupello & Vaz-de-Mello, 2014). Registros na calha do rio Doce são apenas históricos (década de 1950, Vaz-de-Mello, observação pessoal)

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie restrita aos habitats florestais frequentemente degradados e/ou fragmentados na região do corredor central da Floresta Atlântica.

Page 250: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa250

Coprophanaeus punctatus Olsufied, 1924

Nome comum: besouro Autor: Filipe M. França

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = CR; ES = não consta

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Foi previamente encontrada em fragmentos florestais na região de Sirinhaém, em Pernambuco (Salomão & Iannuzzi, 2015).

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie associada a fragmentos florestais.

Deltochilum (Calhyboma) elevatum (Castelnau, 1840)

Nome comum: besouro Autor: Filipe M. França

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não ocorre

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Frequentemente associada a ambientes abertos, desde o sudeste do Brasil até o Rio Grande do Sul, incluindo áreas de Cerrado com altitudes acima de 1.000 m no estado de Minas Gerais (Tissiani et al., 2017).

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie associada a ambientes abertos.

Page 251: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

251Fundação Renova

Dichotomius schiffleri Vaz-de-Mello, Louzada & Gavino, 2011

Nome comum: besouro Autor: Filipe M. França e Fernando Z. Vaz-de-Mello

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = CR

• Lista nacional: EN B2ab(iii)

• Lista internacional: EN

Justificativa: De elevada prioridade para a conservação, suas principais ameaças estão relacionadas à degradação do seu habitat natural, por distúrbios como o fogo, o desenvolvimento urbano nas áreas de praia e a conversão de áreas naturais para pastagens (Vieira et al., 2008., IUCN, 2013).

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie associada a áreas de restinga arbórea e de Mata Atlantica de baixada com solo arenoso e/ou fragmentos.

Dynastes hercules paschoali Grossi & Arnaud, 1991

Nome comum: besouroAutor: Filipe M. França e Fernando Z. Vaz-de-Mello

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não ocorre no estado; ES = CR

• Lista nacional: NT

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É ameaçada principalmente pela redução e fragmentação do habitat (Machado et al., 2016). É a maior espécie de besouro da Mata Atlântica, com populações registradas na região sul da Bahia e no Espírito Santo (Grossi & Arnaud, 1991; Marques & Gil-Santana, 2009).

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie de hábito terrestre.

Page 252: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa252

Oxysternon pteroderum Nevison, 1892

Nome comum: besouro Autor: Filipe M. França e Fernando Z. Vaz-de-Mello

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: NT

• Lista internacional: NT

Justificativa: Rara e endêmica da Mata Atlântica (Edmonds & Zidek, 2010), seus principais registros ocorreram em Mata Atlântica costeira e em áreas de florestas ripárias de grandes rios do Espírito Santo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro (França et al., 2012). Desde 1955, apenas cinco indivíduos foram amostrados, e a maioria das ocorrências foi na bacia do rio Doce (França et al., 2012). Espécimes recentemente coletadas em aréa não prevista/esperada pelos dados anteriormente conhecidos (França et al., 2012) deixam dúvidas quanto ao tipo de habitat que esta associado, bem como seu status de ameaça.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie associada à Mata Atlântica costeira e em áreas de florestas ripárias. Hábito terrestre.

Syndesus schuberti (Perty, 1830)

Nome comum: besouro Autor: Filipe M. França e Fernando Z. Vaz-de-Mello

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = VU; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Possui registro nas cidades de Passa Quatro (MG), Santos (SP), Triunfo (RS) e nos estados do Paraná e de Santa Catarina. No entanto, problemas taxônomicos impedem garantir que os exemplares coletados no ES e MG realmente pertençam a esta especie (Vaz-de-Mello, observação pessoal).

ECOLOGIA (HABITAT)Espécie de hábito terrestre.

Page 253: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

253Fundação Renova

DIPLOPODA (POLYDESMIDA E SPIROSTREPTIDA)

Amazonas Chagas-Jr

A classe Diplopoda é uma das classes mais diversas entre os artrópodes, com cerca de 12.000

espécies conhecidas e uma estimativa de 50.000 a 80.000 espécies a serem descritas (Minelli

& Golovatch, 2017). É um grupo ecologicamente importante como detritívoro (saprófago

ou consumidor de material vegetal morto) e reciclagem de nutrientes (Golovatch & Kime,

2009; Means et al., 2015). São caracterizados pela presença de uma cabeça e um tronco

multissegmentado com, pelo menos, dois pares de pernas na maioria dos segmentos do corpo.

Os diplópodes, piolhos-de-cobra, emboás ou gongôlos são comumente encontrados no solo das

florestas onde encontram alimento, abrigo e, também, umidade para sobreviverem (Golovatch &

Kime, 2009). Vivem, principalmente, na serrapilheira, na interface serrapilheira/solo, em madeiras

mortas e, também, em cavernas (Robinson, 2005; Sierwald & Bond, 2007; Minelli & Golovatch,

2017). A maioria das espécies possui distribuição restrita, com muitos endemismos locais, sendo

ligadas a ambientes vulneráveis. A ordem Polydesmida, seguida de Spirostreptida, são as ordens

mais diversas de diplópodes com aproximadamente 5.000 e 1.200 espécies, respectivamente

(Enghoff et al., 2015). A maioria dos diplópodes também é conhecida por apresentar uma

estrutura morfológica, as glândulas repugnatórias, que secretam substâncias repelentes como

mecanismo de defesa (Robinson, 2005; Djursvoll & Melic, 2015).

Chelodesmidae

Roberto Murta/BICHODOMATO

Page 254: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa254

Ordem Polydesmida

Odontopeltis aleijadinho Pena-Barbosa, Sierwald & Brescovit, 2013

Nome comum: piolho-de-cobraAutor: Amazonas Chagas-Jr

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: LC

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Sua distribuição é conhecida apenas para o PERD/MG (Pena-Barbosa et al., 2013) e parece ser abundante no local de ocorrência (ICMBIO, 2018). Além disso, a área é protegida e encontra-se em bom estado de conservação.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie fossorial.

Odontopeltis giganteus (Schubart, 1949)

Nome comum: piolho-de-cobraAutor: Amazonas Chagas-Jr

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: VU B1ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Sua distribuição é conhecida no Espírito Santo (Pena-Barbosa et al., 2013). A região de Mata Atlântica onde foi registrada se encontra muito fragmentada e sob intensa pressão de plantações de eucalipto.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie fossorial.

Page 255: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

255Fundação Renova

Ordem Spirostreptida

Pseudonannolene gogo Iniesta& Ferreira, 2013

Nome comum: piolho-de-cobraAutor: Amazonas Chagas-Jr

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: VU B1ab(iii)

• Lista internacional: não consta

Justificativa: O conhecimento atual sobre a distribuição do gênero Pseudonannolene em cavernas brasileiras mostra a ocorrência do grupo nos estados de São Paulo, de Minas Gerais, da Bahia, de Goiás, do Paraná, de Santa Catarina e de Mato Grosso do Sul. A distribuição de P. gogo é conhecida apenas para cinco cavernas ferruginosas em Mariana, Minas Gerais (ICMBio, 2018). As principais ameaças estão associadas à extração de minério de ferro na região.

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie cavernícola.

Spirostreptidae

Roberto Murta/BICHODOMATO

Page 256: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa256

OLIGOCHAETA

George Brown & Marie Bartz

As minhocas são animais invertebrados, pertencentes ao Filo Annelida, Classe Oligochaeta.

No Brasil, existem 336 espécies de minhocas conhecidas, sendo 289 delas nativas (Brown

et al., 2013). Vivem principalmente no solo, mas podem ser separadas em várias categorias

ecológicas, sendo a mais comumente usada, aquela baseada em aspectos comportamentais

e morfológicos (Bouché, 1977). Segundo essa classificação, as minhocas se separam em

endogêicas, anécicas e epigêicas. As espécies endogêicas nutrem-se de matéria orgânica

e vivem na fração mineral do solo. As espécies epigêicas habitam a serrapilheira (restos

vegetais em diferentes estágios de decomposição na superfície do solo) e consomem

matéria orgânica em etapas primárias ou intermediárias de decomposição. Já as espécies

anécicas constroem galerias verticais permanentes no solo e se alimentam de matéria

orgânica em estágios medianos de decomposição (Bouché, 1977). Contudo, existem também

as minhocas adaptadas a condições higrófilas, ou seja, que habitam brejos, zonas úmidas,

beira de cursos d’água e sedimentos, dentre outros.

As condições climáticas, biológicas e ações antrópicas influenciam diretamente a diversidade

e abundância das minhocas, e o manejo do solo e da sua cobertura são importantes

determinantes das comunidades de minhocas em dado local (Brown & Domínguez, 2010).

Atividades agrícolas e florestais, a urbanização e a mineração podem afetar profundamente

a comunidade de minhocas (Lee, 1985). Entre os fatores mais importantes estão perturbação

do solo por máquinas, uso de fertilizantes e agrotóxicos, contaminação do solo com metais

pesados e outros contaminantes, desmatamento, mudanças na cobertura vegetal, erosão

e compactação do solo (Brown & Domínguez, 2010). Por serem sensíveis a esses diversos

fatores bióticos e abióticos, as minhocas têm sido reconhecidas e usadas cada vez mais

amplamente como bioindicadoras ambientais e da qualidade do solo (Paoletti, 1999; Brown

& Domínguez, 2010; Pulleman et al., 2012; Bünemann et al., 2018).

Page 257: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

257Fundação Renova

Ordem Haplotaxida

Fimoscolex sporadochaetus Michaelsen, 1918

Nome comum: minhoca-branca Autores: George Brown & Marie Bartz

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = PEX1, CR B2ab (i,ii,iii)2; ES = não consta

• Lista nacional: EN B1ab(i,iii)3

• Lista internacional: não consta

1 (Minas Gerais, 1995; Machado et al., 1998)2 (Minas Gerais, 2010)3 (Brown et al., 2012; ICMBio, 2018)

Justificativa: Endêmica de uma parcela relativamente pequena do estado de Minas Gerais, próxima ao limite sul da cadeia do Espinhaço, foi, por muito tempo, conhecida somente pelo exemplar-tipo e, atualmente, é conhecida de apenas três localidades (James & Brown, 2010). Apresenta extensão de ocorrência conhecida de, aproximadamente, 2,21 mil km2. Sua área de ocupação não pode ser calculada, devido ao desconhecimento de suas associações ecológicas de habitats. Ocorre em áreas sujeitas a ameaças como ocupação urbana, mineração, desmatamento e redução de habitat, prejudicando suas populações. Não há dados populacionais suficientes para avaliar se está em declínio contínuo, porém podemos inferir redução populacional a partir da perda de seu habitat, devido à acelerada fragmentação e ao desmatamento contínuo.

ECOLOGIA (HABITAT)

É encontrada em solos superficiais de florestas semideciduais primárias e secundárias.

Rhinodrilus senckenbergi Michaelsen, 1931

Nome comum: minhoca Autores: George Brown & Marie Bartz

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Descrita com base em um único exemplar, sua localidade tipo é desconhecida e a possível região de ocorrência do rio Doce é bastante ampla. Então, esforços de coleta ao longo do rio e da vegetação ao longo de suas margens devem ser realizados com o intuito de encontrá-la novamente. Como a maior parte das espécies nativas brasileiras apresenta forte endemismo e distribuição restrita, R. senckenbergi provavelmente ocorre em uma pequena extensão geográfica. Considerando o estado de conservação das áreas ao longo do rio Doce pertencentes ao Espírito Santo, provavelmente essa espécie é ameaçada.

ECOLOGIA (HABITAT)

Há poucos dados disponíveis para a espécie.

Page 258: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa258

Fimoscolex sporadochaetus

Samuel James

Page 259: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

259Fundação Renova

Rhinodrilus sp. nov.2

Rhinodrilus sp. nov.3

Nome comum: minhocaAutores: George Brown & Marie Bartz

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: A extensão de ocorrência de ambas as espécies e a área de ocupação não puderam ser calculadas, pois há registro de apenas uma localidade, e desconhecemos as associações ecológicas de habitat das espécies e os parâmetros populacionais. Presume-se que ambas as espécies sejam naturais de Floresta Estacional Semidecidual. Seguindo essa suposição, podemos inferir que o habitat de ocorrência está em declínio constante, devido ao desmatamento da Floresta Atlântica, em Minas Gerais.

ECOLOGIA (HABITAT)

Há poucos dados disponíveis para a espécie.

Urobenus spp. (similar a U. brasiliensis) Benham, 1887

Nome comum: minhocaAutores: George Brown & Marie Bartz

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: É relatada de muitos locais no Brasil (Brown & James, 2007), mas apresenta diversidade críptica genética (da Silva et al., 2017) e, portanto, deve-se realizar análise genética dos exemplares, visando confirmar a identificação.

ECOLOGIA (HABITAT)

Seus registros foram feitos em habitats de distribuição geográfica restrita no estado de Minas Gerais: floresta de altitude, em Ibitipoca, pequena área com árvores próxima ao Pico do Itacolomi e Floresta Estacional Semidecidual na bacia do Custódio. Algumas espécies de Urobenus (parecidas à U. brasiliensis) habitam áreas agrícolas, como pastagens e lavouras em sistemas integrados (Bartz et al., 2011), além de plantios florestais (da Silva et al., 2019).

Page 260: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa260

ONYCHOPHORA

Amazonas Chagas-Jr

Os onicóforos ou vermes-de-veludo são invertebrados terrestres pequenos que vivem em locais

úmidos do solo, como o folhiço, sob troncos de árvores e pedras ou até mesmo em cavernas

(Barquero-González et al., 2018). São animais carnívoros e têm como dieta preferencial artrópodes,

como grilos, gafanhotos, besouros e alguns aracnídeos. Sua raridade e baixa densidade

populacional fazem desses animais organismos difíceis de serem coletados, entretanto, quando

encontrados, despertam muito o interesse das pessoas, devido à sua morfologia peculiar e

conservativa (Zitani et al., 2018). Além disso, é um grupo modelo para estudos de biogeografia

histórica e diversidade críptica (Oliveira et al., 2011; Oliveira et al., 2016). Há cerca de 200 espécies,

divididas em duas famílias: Periptopsidae e Peripatidae. No Brasil, são conhecidas cerca de

20 espécies, todas de Peripatidae, mas estima-se que esse número seja maior do que nós

conhecemos atualmente (Costa et al., 2018). Devido à sua baixa capacidade de dispersão, os

onicóforos englobam várias espécies endêmicas e esse fator torna esse grupo relevante para

estudos de conservação (Oliveira et al., 2014; Costa et al., 2018).

Ordem Euonychophora

Epiperipatus sp. Clark, 1913

Nome comum: onicóforoAutor: Amazonas Chagas-Jr

STATUS E CRITÉRIOS DE AMEAÇA

Estado de conservação:

• Listas regionais: MG = não consta; ES = não consta

• Lista nacional: não consta

• Lista internacional: não consta

Justificativa: Este táxon ainda não é conhecido pela ciência, pois ainda não foi formalmente descrito. Por causa de sua capacidade de dispersão limitada e pequenas populações isoladas, é possível que o indivíduo encontrado seja uma espécie nova. Estudos baseados em dados moleculares têm revelado várias espécies crípticas em Onychophora (Oliveira et al., 2011; Lacorte et al., 2011).

ECOLOGIA (HABITAT)

Espécie fossorial e críptica.

Page 261: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

261Fundação Renova

Epiperipatus SP.

Amazonas Chagas-Jr

Page 262: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa262

PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE DO RIO DOCE

Este Plano de Ação apresenta um conjunto de ações de conservação, com ênfase nas espécies ameaçadas e em outras que, potencialmente, estão susceptíveis a se tornarem ameaçadas nos ambientes afetados pelos impactos do rompimento da barragem de Fundão.

A elaboração do Plano de Ação baseou-se no método da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (UICN, 2008). Primeiramente, foram identificadas as principais ameaças. Em seguida, foi definido o objetivo geral do Plano, que expressa a situação do alvo de conservação (espécies ou ambientes) e representa uma mudança positiva no estado ou na condição das espécies ou dos ambientes ao final do Plano de Ação. Posteriormente, foi elaborada a matriz de planejamento em formato de um quadro que organiza as ações a serem realizadas para atingir os objetivos traçados no Plano de Ação. As ações (veja definição abaixo) deste Plano de Ação foram estruturadas em relação: 1) ao produto que será gerado ao seu término; 2) à data de início e de conclusão (metas de meio termo e final); 3) à fonte de verificação e à frequência de monitoramento e 4) aos colaboradores responsáveis pela ação.

Definições dos termos da Matriz de Planejamento:

Objetivo Geral do Plano de Ação: deve expressar a situação do alvo de conservação (espécies ou ambientes) ao final do Plano de Ação. Deve representar uma mudança positiva no estado ou na condição do alvo de conservação no período final de 10 anos.

Estratégia: é um conjunto de ações, com uma orientação comum, que atuam juntas para reduzir as ameaças (indiretas e diretas) ou restaurar os sistemas naturais.

Indicador: parâmetros de aferição do alcance do patamar estabelecido e dos procedimentos necessários para o efetivo monitoramento da implementação do Plano.

Ação: É o que deve ser feito para alcançar os objetivos específicos, buscando reverter as ameaças ou os fatores contribuintes associados a estes. A ação deve ser específica, mensurável, exequível em período definido e estar situada dentro da esfera de atribuições e competência dos participantes da oficina de planejamento. Se possível, deverá ser indicado o responsável pela ação a ser realizada.

Produto: Aquilo que é obtido pela realização da ação. Deve ser mensurável, tangível e comprovar a execução da ação.

Meta: representa o resultado para a superação das ameaças aos alvos de conservação, devendo ser mensurável e exequível, contribuindo decisivamente para alcançar o objetivo geral do Plano de Ação. Tem que ser dimensionada num prazo menor do que o de execução do Plano de Ação, com indicação de mês e ano.

Fonte de Verificação: representa a forma de conferência e monitoramento das ações do Plano.

PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE AFETADA PELO

ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE FUNDÃO, EM MARIANA, MINAS GERAIS

PARTE III

Page 263: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

263Fundação Renova

Responsável: Pessoas/instituições corresponsáveis pela execução da ação, que auxiliam nas diferentes etapas de sua implementação. Preferencialmente, os colaboradores deverão estar presentes na oficina de planejamento, caso contrário, esses deverão ser considerados “Colaborador potencial” até que sua participação seja confirmada. Poderá haver a alteração dos colaboradores pelo Coordenador do Grupo Assessor, em concordância com os demais membros do Grupo.

Observação: apresenta, quando necessário, informações relevantes à execução da ação.

GRUPO ASSESSOR Segundo a IN no 25 de 2012, o grupo assessor, ou Grupo de Assessoramento Técnico (GAT), tem como propósito monitorar a execução das ações, consolidar informações na Matriz de Monitoria e propor ajustes e adequações no Plano de Ação ao longo de sua execução. A formação do GAT seguiu as recomendações do ICMBio de que ele fosse composto por um especialista de cada grupo temático e contivesse um coordenador executivo, que, geralmente, é o coordenador do Plano de Ação. Além disso, todos os membros do GAT participaram da oficina de planejamento e ficaram cientes de suas atribuições. Antes da designação do GAT, foi ressaltado que, segundo o parágrafo 5o do Art. 11 da IN 25/2012, “A participação no Grupo Assessor é considerada como atividade de caráter relevante e não implicará remuneração”. Dessa forma, e seguindo essas recomendações, o grupo assessor foi definido e formado por representantes de Instituições de Pesquisa e de Órgãos Ambientais participantes do processo de elaboração deste Plano de Ação.

APROVAÇÃO DO PLANO DE AÇÃOEm 31 de julho de 2020, o Plano foi aprovado, por meio da deliberação CIF nº 419, com objetivo de 109 metas (médio prazo), 114 indicadores do alcance dessas metas e 98 ações para a conservação de 365 espécies (sendo 331 ameaçadas) potencialmente afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão.

O objetivo do Plano de Ação para Conservação da Biodiversidade Terrestre Afetada pelo Rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, é, em 10 anos, recuperar as populações e restaurar os habitats das espécies com ocorrência dentro da área do escopo do Plano.

Os indicadores para atingir esse objetivo são o número de indivíduos reprodutivos e a porcentagem de habitats nativos e recuperados, e as estratégias são:

I. Aumento do conhecimento sobre espécies-alvo;

II. Recuperação de fauna e flora

III. Manutenção, recuperação e/ou ampliação dos habitats e da conectividade entre eles;

IV. Monitoramento e controle dos contaminantes;

V. Manejo de rejeito;

VI. Conservação “ex situ” de fauna e flora;

VII. Mitigação do extrativismo predatório ilegal;

VIII. Uso sustentável dos recursos;

IX. Sensibilização da sociedade para a conservação das espécies/habitats;

X. Adequação de instrumentos normativos para auxiliar na recuperação das áreas/conservação das espécies;

XI. Fortalecimento das instituições envolvidas na conservação/manejo e pesquisa/ensino;

XII. Avaliação quantitativa dos métodos de intervenções atuais.

Page 264: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa264

Potos flavus

Roberto Murta/BICHODOMATO

Page 265: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

265Fundação Renova

MATRIZES DE PLANEJAMENTO E MONITORAMENTO Devido ao grande número de espécies afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão, as matrizes de planejamento foram criadas e divididas de acordo com ações e metas gerais e metas para cada grupo temático. Nelas constam os seguintes itens: estratégia; indicadores para a estratégia; metas para a estratégia; ação; indicadores para a ação; meta de meio termo para a ação; meta final para a ação; fonte de verificação; frequência de monitoramento; responsável e observações. A Tabela 6 refere-se à matriz geral e as tabelas 7 a 11 às matrizes por grupo temático.

Durante as oficinas, foi definido que, para serem atingidos os objetivos deste Plano, as seguintes

recomendações devem ser consideradas:

• Avaliar a efetividade do Programa de reabilitação e do Programa de restauração adotados pela Fundação RENOVA (e.g., uso de Biomanta e espécies exóticas);

• Incentivar a implementação de Bancos Ativos de Germoplasma (BAGs) com espécies ameaçadas, endêmicas, de uso econômico e outras de interesse para a recuperação de áreas degradadas em propriedades rurais na área de escopo do Plano; e

• Incluir nas ações de recuperação de áreas degradadas o enriquecimento com espécies secundárias/tardias e espécies ameaçadas de extinção.

Outra premissa, também esclarecida durante as oficinas, é que as metas e indicadores para ações que já são ou serão executadas em outros programas da Fundação Renova deverão ser as mesmas metas e indicadores acordados entre as Câmaras Técnicas e a Renova. Portanto, para atender a essa premissa, as adequações de metas e indicadores podem acontecer ao longo do tempo e à medida que os programas envolvidos no Plano de Ação sejam executados.

Page 266: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa266

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to d

a pa

isag

em

Porc

enta

gem

de

prop

rieda

des

com

o

Cada

stro

Am

bien

tal

Rura

l (C

AR)

real

izad

o (p

ropr

ieda

des

que

ader

iram

ao

cada

stro

)

50%

das

pro

prie

dade

s co

m o

CA

R re

aliz

ado

(pro

prie

tário

s qu

e já

ade

riram

ao

cad

astr

o)

100%

das

pro

prie

dade

s co

m o

C

AR

real

izad

o (p

ropr

ietá

rios

que

ader

iram

ao

cada

stro

)

Sist

ema

do C

AR

- Ins

titut

o Br

asile

iro d

o M

eio

Am

bien

te e

dos

Rec

urso

s N

atur

ais

Reno

váve

is

(IBA

MA

) /In

stitu

to

Esta

dual

de

Flor

esta

s (IE

F) /

Inst

ituto

Est

adua

l de

Mei

o A

mbi

ente

e

Recu

rsos

Híd

ricos

(IEM

A)

Anu

al (a

ção

prev

ista

pa

ra o

s do

is p

rimei

ros

anos

)Fu

ndaç

ão R

enov

aCo

ntin

uar i

ncen

tivan

do a

ade

são

por m

eio

do c

uste

io e

da

diss

emin

ação

de

info

rmaç

ões

sobr

e o

CA

R

Man

ejar

ani

mai

s do

més

ticos

em

Uni

dade

s de

Con

serv

ação

(UC

s) d

e Pr

oteç

ão

Inte

gral

den

tro

do e

scop

o de

ste

Plan

o de

Açã

o

Núm

ero

de a

nim

ais

dom

éstic

os m

anej

ados

na

s U

Cs

de P

rote

ção

Inte

gral

Ava

liaçã

o qu

antit

ativ

a e

qual

itativ

a da

oco

rrên

cia

de a

nim

ais

dom

éstic

os

nas

UC

s de

Pro

teçã

o In

tegr

al re

aliz

ada

(Ano

1)

Pelo

men

os 7

0% d

os a

nim

ais

dom

éstic

os n

as U

Cs

man

ejad

os

(Ano

10)

Rela

tório

s; IE

F e

IEM

AA

no 1

; Ano

5; A

no 1

0Fu

ndaç

ão R

enov

aPa

rcer

ias

com

inst

ituiç

ões

de e

xten

são

rura

l e e

ntid

ades

re

spon

sáve

is

Pelo

men

os 5

0% d

os a

nim

ais

dom

éstic

os e

m U

C d

e PI

man

ejad

os

(Ano

5)

Rest

aura

r e re

cupe

rar Á

reas

de

pres

erva

ção

perm

anen

te (A

PPs)

do

rio D

oce

Porc

enta

gem

de

APP

s do

rio

Doc

e re

cupe

rada

sA

PPs

com

açõ

es d

e re

cupe

raçã

o e/

ou

rest

aura

ção

inic

iada

s (v

er o

bser

vaçõ

es)

APP

s re

cupe

rada

s ou

com

açõ

es

de re

cupe

raçã

o e/

ou re

stau

raçã

o av

ança

das

(ver

obs

erva

ções

)

Sist

ema

de

Mon

itora

men

to (I

mag

ens,

rela

tório

s do

IBA

MA

, IEF

, IE

MA

, den

tre

outr

os)

Bian

ual

Fund

ação

Ren

ova

Verifi

car a

s m

etas

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stab

elec

idas

par

a a

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Ren

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para

ter c

oerê

ncia

; Inc

luir

com

o m

étod

o: u

tiliz

ar e

spéc

ies

nativ

as h

erbá

ceas

e/o

u ar

bóre

as p

ara

nucl

ear p

roce

ssos

de

recu

pera

ção

de á

reas

deg

rada

das

na re

gião

impa

ctad

a pe

lo ro

mpi

men

to d

a ba

rrag

em

Defi

nir á

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prio

ritár

ias

para

con

serv

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da

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a e

da fl

ora,

a fi

m d

e su

bsid

iar

a im

plem

enta

ção

de e

stra

tégi

as d

e co

nser

vaçã

o (e

xem

plo:

cria

ção

ou

ampl

iaçã

o de

UC

, cria

ção

de c

orre

dore

s ec

ológ

icos

, den

tre

outr

as)

Map

a de

áre

as p

riorit

ária

s pa

ra c

onse

rvaç

ão p

or

grup

o te

mát

ico

Real

izar

ofic

ina

para

defi

niçã

o da

s ár

eas

prio

ritár

ias

(defi

nir a

lvos

e p

esos

; 2o a

no)

Map

as d

e ár

eas

prio

ritár

ias

elab

orad

os

e pu

blic

ados

(3o a

no)

Dad

os s

ecun

dário

s; im

agen

sA

nual

(açã

o co

m 3

an

os d

e du

raçã

o)Fu

ndaç

ão R

enov

a

Map

a sí

ntes

e co

m a

s ár

eas

prio

ritár

ias

para

a

biod

iver

sida

de te

rres

tre

Dad

os s

ecun

dário

s; im

agen

sA

nual

(açã

o co

m 3

an

os d

e du

raçã

o)Fu

ndaç

ão R

enov

a

Prom

over

est

udos

que

sub

sidi

em

a re

intr

oduç

ão d

e es

péci

es d

a flo

ra

amea

çada

s de

ext

inçã

o e/

ou e

xtin

tas

Núm

ero

de e

stud

os

real

izad

os

5 es

tudo

s (p

or g

rupo

tem

átic

o) p

ara

aval

iaçã

o do

pot

enci

al d

e re

intr

oduç

ão,

inic

iado

s em

5 a

nos

100%

dos

est

udos

fina

lizad

os/

publ

icad

os (1

0 an

os)

Publ

icaç

ões;

Rela

tório

sBi

anua

lFu

ndaç

ão R

enov

a

Cre

denc

iar c

riado

uros

regu

lariz

ados

.

Foi s

uger

ida

uma

met

a de

mei

o te

rmo

de p

elo

men

os u

m

estu

do re

aliz

ado

por g

rupo

tem

átic

o, p

ois

para

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pos

com

o M

asto

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a, o

núm

ero

suge

rido

pode

ser

alto

e

dific

ilmen

te a

lcan

çado

.

ESTR

ATÉG

IA G

ERA

L III

: Rec

uper

ar á

reas

deg

rada

das

50%

da

exte

nsão

de

cad

a ár

ea

plan

ejad

a co

m p

roje

tos

impl

anta

dos

Hec

tare

s de

áre

as

em p

roce

sso

de

recu

pera

ção

Iden

tifica

r as

espé

cies

exó

ticas

in

vaso

ras

na re

gião

-alv

o de

ste

Plan

o,

map

ear o

impa

cto

dest

as e

spéc

ies

na

biod

iver

sida

de n

ativ

a e

prop

or m

edid

as

miti

gató

rias,

se n

eces

sário

Núm

ero

de á

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m

apea

das

com

esp

écie

s ex

ótic

as id

entifi

cada

s

Toda

s as

áre

as e

esp

écie

s id

entifi

cada

s em

1 a

no; 5

0% d

as á

reas

com

med

idas

m

itiga

tória

s im

plem

enta

das

em 5

ano

s

100%

das

áre

as c

om m

edid

as

miti

gató

rias

impl

emen

tada

s em

10

ano

sRe

lató

rios

técn

icos

Bian

ual

Fina

ncia

men

to: F

unda

ção

Reno

va /

Exe

cuçã

o:

empr

esas

de

cons

ulto

ria e

un

iver

sida

des

Page 268: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa268

ESTR

ATÉG

IA G

ERA

L IV

: Man

ter,

recu

pera

r, e/

ou a

mpl

iar o

s ha

bita

ts e

a c

onec

tivi

dade

ent

re e

les

80%

das

ár

eas

esco

po

recu

pera

das

e co

nect

adas

A. P

orce

ntag

em d

e ár

eas

cone

ctad

as e

re

cupe

rada

s

B. P

orce

ntag

em d

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eas

prot

egid

as

Cria

r cor

redo

res

ecol

ógic

os e

“ste

ppin

g st

ones

” (ilh

as d

e ve

geta

ção)

pro

mov

endo

a

cone

ctiv

idad

e en

tre

habi

tats

Dad

os c

ompi

lado

s pa

ra

anál

ise

nas

ofici

nas;

Ofic

inas

real

izad

as;

Doc

umen

tos

elab

orad

os

com

a d

efini

ção

de á

reas

pr

iorit

ária

s

Real

izar

um

est

udo

sobr

e ár

eas

prio

ritár

ias

para

defi

niçã

o de

cor

redo

res

ecol

ógic

os e

“ste

ppin

g st

ones

” em

até

12

mes

es

80%

dos

hab

itats

prio

ritár

ios

rest

aura

dos

e se

ndo

utili

zado

s pe

la

faun

a em

até

10

anos

Doc

umen

tos

e m

apas

el

abor

ados

; Rel

atór

ios

de m

onito

ram

ento

do

esta

bele

cim

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da

vege

taçã

o e

Cam

panh

as

de fi

scal

izaç

ão e

ac

ompa

nham

ento

Sem

estr

alFu

ndaç

ão R

enov

a

Indi

cado

r de

met

a fin

al: M

onito

ram

ento

da

faun

a na

s ár

eas

de c

orre

dore

s e

“ste

ppin

g st

ones

” (A

nos

1 a

10-m

onito

ram

ento

con

tínuo

). Fu

ndaç

ão R

enov

a já

pre

um d

iagn

óstic

o de

con

ectiv

idad

e pa

ra o

mei

o de

201

9.

Incl

uir c

omo

mét

odo:

util

izar

esp

écie

s na

tivas

her

báce

as

e/ou

arb

órea

s pa

ra n

ucle

ar p

roce

ssos

de

recu

pera

ção

de

área

s de

grad

adas

na

regi

ão im

pact

ada

pelo

rom

pim

ento

da

bar

rage

m; I

dent

ifica

r fon

tes

de p

ropá

gulo

s (m

atriz

es e

fra

gmen

tos)

par

a po

ster

ior c

olet

a, p

ropa

gaçã

o e

uso

na

recu

pera

ção

de á

reas

deg

rada

das

e in

cent

ivar

e c

apac

itar

prop

rietá

rios

para

mar

caçã

o de

mat

rizes

em

pro

prie

dade

s ru

rais

Doc

umen

to (P

RAD

) el

abor

ado

e ap

rova

do

(pel

os p

ropr

ietá

rios

e de

mai

s in

tere

ssad

os) -

do

cum

ento

apr

ovad

o co

m v

erifi

caçã

o de

vi

abili

dade

já re

aliz

ado

em a

mbi

ente

nat

ural

Elab

orar

pel

o m

enos

um

PRA

D n

as

área

s pr

iorit

ária

s já

defi

nida

s e

valid

adas

em

cam

po (e

stud

o de

via

bilid

ade

em

ambi

ente

nat

ural

) em

até

18

mes

es,

prom

oven

do o

pag

amen

to p

or s

ervi

ços

ambi

enta

is n

as á

reas

alv

o pa

ra ta

l (p

ara

PSA

)

Doc

umen

tos

elab

orad

osSe

mes

tral

Fund

ação

Ren

ova

Porc

enta

gem

das

áre

as

rest

aura

das

Impl

anta

r o P

RAD

em

30%

das

áre

as

entr

e os

ano

s 2

e 4

Rela

tório

s de

m

onito

ram

ento

do

esta

bele

cim

ento

da

vege

taçã

o e

Cam

panh

as

de fi

scal

izaç

ão e

ac

ompa

nham

ento

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

a

Impl

anta

r o P

RAD

em

60%

das

áre

as

entr

e os

ano

s 5

e 7

Rela

tório

s de

m

onito

ram

ento

do

esta

bele

cim

ento

da

vege

taçã

o e

Cam

panh

as

de fi

scal

izaç

ão e

ac

ompa

nham

ento

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

a

Fort

alec

er a

ções

de

fisca

lizaç

ão c

ontr

a o

desm

atam

ento

Fisc

aliz

açõe

s re

aliz

adas

Real

izar

12

açõe

s de

fisc

aliz

ação

/ano

(6

em M

G e

6 n

o ES

); an

os 1

a 1

012

0 aç

ões

de fi

scal

izaç

ão e

m 1

0 an

osRe

lató

rios

de

mon

itora

men

to “i

n lo

co” e

vi

a sa

télit

eA

nual

Órg

ãos

ambi

enta

is e

Fu

ndaç

ão R

enov

a (p

ara

aqui

siçã

o e

forn

ecim

ento

de

imag

ens

aos

órgã

os

com

pete

ntes

)

Fund

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Ren

ova

deve

apo

iar a

logí

stic

a e

aqui

siçã

o de

im

agen

s; In

clui

r fisc

aliz

ação

do

extr

ativ

ism

o (p

or e

xem

plo

de A

roei

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o ES

). Fo

rtal

ecer

Pag

amen

tos

por S

ervi

ços

Am

bien

tais

.

Mon

itora

men

to re

aliz

ado

Mon

itora

men

to v

ia im

agen

s de

sat

élite

s em

100

% d

a ár

ea e

scop

o do

Pla

no

(Ano

s 1

a 10

)

Rela

tório

s de

m

onito

ram

ento

“in

loco

” e

via

saté

lite

Anu

al

Órg

ãos

ambi

enta

is e

Fu

ndaç

ão R

enov

a (p

ara

aqui

siçã

o e

forn

ecim

ento

de

imag

ens

aos

órgã

os

com

pete

ntes

)

Cria

r, am

plia

r e re

cate

goriz

ar á

reas

de

Uni

dade

s de

Con

serv

ação

(UC

s) d

entr

o do

esc

opo

dest

e Pl

ano

de A

ção

Núm

ero

de e

stud

os

dese

nvol

vido

s

Real

izar

pel

o m

enos

um

est

udo

sobr

e ár

eas

prio

ritár

ias

para

am

plia

ção

e/ou

re

cate

goriz

ação

das

UC

s ex

iste

ntes

e

cria

ção

de n

ovas

UC

s em

até

2 a

nos

Prot

eger

17%

do

terr

itório

alv

o do

PA

RDD

ocum

ento

s e

map

as

elab

orad

osA

nual

Fund

ação

Ren

ova

Usa

r dad

os d

as p

esqu

isas

ger

ados

no

PARD

; ver

so

brep

osiç

ão c

om g

rupo

am

arel

o

Porc

enta

gem

de

estu

dos

e pr

opos

tas

100%

dos

est

udos

e p

ropo

stas

de

cria

ção

de U

Cs

real

izad

os (A

nos

3-5)

; est

udos

de

cria

ção

incl

uind

o di

agnó

stic

o da

faun

a e

da fl

ora

e im

port

ânci

a da

áre

a (t

alve

z RP

PN d

a Fu

ndaç

ão R

enov

a)

Doc

umen

tos

prot

ocol

ados

nos

órg

ãos

ambi

enta

isA

nual

Fund

ação

Ren

ova

Porc

enta

gem

de

proc

esso

s de

cria

ção

exec

utad

os

100%

do

proc

esso

de

cria

ção

exec

utad

o (A

no 5

-10)

Doc

umen

tos

prot

ocol

ados

nos

órg

ãos

ambi

enta

isA

nual

Fund

ação

Ren

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Elab

orar

e/o

u re

visa

r pla

no d

e m

anej

o da

s U

Cs

sobr

epos

tas

ao e

scop

o de

ste

Plan

o de

Açã

o, c

onte

mpl

ando

o z

onea

men

to d

e su

as z

onas

de

amor

teci

men

to

Porc

enta

gem

de

UC

s m

apea

das

e co

m p

lano

s de

man

ejo

elab

orad

os e

at

ualiz

ados

Map

ear 1

00%

das

UC

s in

dica

ndo

nece

ssid

ade

de e

labo

raçã

o e/

ou re

visã

o do

s pl

anos

de

man

ejo

em 6

mes

es

100%

das

UC

s co

m p

lano

s de

man

ejo

elab

orad

os e

atu

aliz

ados

em

5 a

nos

Cada

stro

Nac

iona

l de

Uni

dade

s de

Con

serv

ação

(C

NU

C) e

rela

tório

s da

at

ivid

ade;

pla

nos

de

man

ejo

atua

lizad

os

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

a e

Órg

ãos

ambi

enta

is

Incl

usão

de

açõe

s pe

rtin

ente

s do

PA

BT n

os p

lano

s de

m

anej

o da

s U

Cs;

plan

o de

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ejo

cons

ider

ar a

nim

ais

dom

éstic

os; O

Par

que

Esta

dual

do

Rio

Doc

e já

est

á co

m

seu

plan

o de

man

ejo

cont

empl

ado

em m

edid

as d

e co

mpe

nsaç

ão a

mbi

enta

l

Impl

emen

tar e

con

solid

ar a

APA

das

La

goas

Mar

gina

is d

o Ri

o D

oce

e de

seu

s afl

uent

es

Porc

enta

gem

de

estu

dos

real

izad

os

Real

izar

100

% d

os e

stud

os n

eces

sário

s pa

ra p

ropo

r a á

rea

da A

PA n

os a

nos

1 e

2

Elab

orar

o p

lano

de

man

ejo

da A

PA

(ano

s 3

a 5)

IDE

(Infra

estr

utur

a de

D

ados

Esp

acia

is) /

SISE

MA

di

spon

ibili

zand

o os

dad

os

dest

a A

PA

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

a e

Inst

ituto

Es

tadu

al d

e Fl

ores

tas

(MG

)

Del

imita

ção

da á

rea

apro

vada

Real

izar

um

a pr

opos

ta d

e de

limita

ção

da á

rea

APA

nos

ano

s 1

e 2

Elab

orar

o p

lano

de

man

ejo

da A

PA

(ano

s 3

a 5)

Map

a da

áre

a co

nclu

ído

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

a e

Inst

ituto

Es

tadu

al d

e Fl

ores

tas

(MG

)

Plan

o de

man

ejo

da A

PA

cons

olid

ado

e ex

ecut

ado

Elab

orar

o p

lano

de

man

ejo

da A

PA

(ano

s 3

a 5)

Plan

o de

man

ejo

disp

onív

el n

o IE

F (In

stitu

to E

stad

ual d

e Fl

ores

tas)

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

a e

Inst

ituto

Es

tadu

al d

e Fl

ores

tas

(MG

)

Cons

olid

ar a

s U

Cs

sobr

epos

tas

ao e

scop

o de

ste

Plan

o de

Açã

oD

ocum

ento

com

av

alia

ção

cons

olid

ada

Ava

liar o

s re

sulta

dos

do d

iagn

óstic

o do

s im

pact

os d

o de

sast

re n

as U

Cs

(o d

iagn

óstic

o es

tá e

m c

urso

pel

a Fu

ndaç

ão R

enov

a) e

m u

m a

no

Prop

or, c

om b

ase

no d

iagn

óstic

o,

área

s e

ativ

idad

es p

ara

cons

olid

ação

da

s U

Cs

visa

ndo

a co

nser

vaçã

o da

s es

péci

es-a

lvo

(Ano

2)

Doc

umen

tos

da

Fund

ação

Ren

ova

e a

aval

iaçã

o do

doc

umen

to

pelo

PA

BT

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

aEs

sa a

ção

será

revi

sada

no

Ano

2 d

o PA

BT

Page 269: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

269Fundação Renova

ESTR

ATÉG

IA G

ERA

L V:

Mon

itor

ar e

mit

igar

o im

pact

o do

s co

ntam

inan

tes

Toda

s as

esp

écie

s co

ntam

inad

as

iden

tifica

das

Porc

enta

gem

de

esp

écie

s m

onito

rada

s

Real

izar

est

udos

de

bioa

cum

ulaç

ão e

tr

ansf

erên

cias

de

met

ais

pesa

dos

nas

cade

ias

trófi

cas

Porc

enta

gem

de

espé

cies

con

tam

inad

as

iden

tifica

das

Pelo

men

os u

m e

stud

o (q

ue a

bran

ja

todo

s os

gru

pos)

par

a av

alia

ção

de

bioa

cum

ulaç

ão p

or m

etai

s pe

sado

s, in

icia

do

Pelo

men

os u

m e

stud

o (q

ue a

bran

ja

todo

s os

gru

pos)

par

a av

alia

ção

de

bioa

cum

ulaç

ão p

or m

etai

s pe

sado

s, fin

aliz

ado

Publ

icaç

ões;

rela

tório

s2

etap

as (a

prim

eira

et

apa

já e

stá

em

anda

men

to)

Fund

ação

Ren

ova

Gra

u de

con

tam

inaç

ão

iden

tifica

doFu

ndaç

ão R

enov

a

ESTR

ATÉG

IA G

ERA

L V

I: M

anej

ar re

jeit

os

Recu

pera

r as

área

s dr

agad

as

Porc

enta

gem

de

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s te

rres

tres

im

pact

adas

pel

o re

jeito

, man

ejad

a

Recu

pera

r áre

as d

raga

das

dura

nte

o pr

ogra

ma

pró-

várz

eas

Porc

enta

gem

de

área

s dr

agad

as re

cupe

rada

sRe

cupe

rar 5

0% d

as á

reas

dra

gada

sRe

cupe

rar 1

00%

das

áre

as d

raga

das

Mon

itora

men

to “i

n si

tu”

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

aRe

stau

rar á

reas

bre

josa

s

ESTR

ATÉG

IA G

ERA

L V

II: E

labo

rar e

fort

alec

er p

rogr

amas

de

cons

erva

ção

“ex

situ

” da

flora

e fa

una

100%

dos

pro

jeto

s co

nclu

ídos

de

form

a ef

etiv

a pa

ra

a co

nser

vaçã

o da

s es

péci

es a

lvo

em

10 a

nos

% d

e pr

ojet

os

conc

luíd

os e

ef

etiv

os p

ara

cons

erva

ção

Fina

ncia

r pro

jeto

s de

con

serv

ação

“ex

situ”

exi

sten

tes

com

as

espé

cies

-alv

os

Núm

ero

de p

roje

tos

finan

ciad

os e

mon

tant

e de

recu

rsos

inve

stid

os

Fina

ncia

r 50%

dos

pro

jeto

s no

s pr

imei

ros

5 an

os

Fina

ncia

r no

mín

imo

25 p

roje

tos

inve

stin

do p

elo

men

os o

mon

tant

e de

R$

15.0

00.0

00,0

0 em

10

anos

(a

nos

1 a

10)

Rela

tório

s pa

rcia

is e

fina

is

dos

proj

etos

apo

iado

s di

spon

ibili

zado

s no

s si

tes

da F

unda

ção

Reno

va,

órgã

os a

mbi

enta

is e

das

in

stitu

içõe

s fin

anci

adas

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

a

Fina

ncia

r est

udos

gen

étic

os d

as e

spéc

ies-

alvo

, inc

luin

do d

iver

sida

de g

enét

ica

das

mat

rizes

, par

a pr

ogra

mas

de

rein

trod

ução

e/

ou re

vigo

ram

ento

(enr

ique

cim

ento

)

Núm

ero

de p

roje

tos

finan

ciad

os e

mon

tant

e de

recu

rsos

inve

stid

os

Fina

ncia

r 50%

dos

pro

jeto

s no

s pr

imei

ros

5 an

os

Fina

ncia

r no

mín

imo

15

proj

etos

inve

stin

do p

elo

men

os

R$ 1

0.00

0.00

0,00

Rela

tório

s pa

rcia

is e

fina

is

dos

proj

etos

apo

iado

s di

spon

ibili

zado

s no

s si

tes

da F

unda

ção

Reno

va,

órgã

os a

mbi

enta

is e

das

in

stitu

içõe

s fin

anci

adas

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

a

Fina

ncia

r por

mei

o de

lanç

amen

to d

e ed

itais

; Ide

ntifi

car

font

es d

e pr

opág

ulos

(mat

rizes

e fr

agm

ento

s) p

ara

post

erio

r col

eta,

pro

paga

ção

e us

o na

recu

pera

ção

de

área

s de

grad

adas

; e in

cent

ivar

e c

apac

itar p

ropr

ietá

rios

para

mar

caçã

o de

mat

rizes

em

pro

prie

dade

s ru

rais

ESTR

ATÉG

IA G

ERA

L V

III: M

itig

ar o

ext

rati

vism

o pr

edat

ório

/ileg

al a

trav

és d

e ar

ranj

o pr

odut

ivo

loca

l

Redu

ção

do

extr

ativ

ism

o ile

gal

Porc

enta

gem

de

áre

a co

m

extr

ativ

ism

o de

tect

ada

Map

ear e

iden

tifica

r as

espé

cies

-alv

o do

ex

trat

ivis

mo

(incl

uind

o fo

rmas

de

uso,

m

étod

os e

loca

is)

Núm

ero

de á

reas

e

de e

spéc

ies

com

ex

trat

ivis

mo

List

a pr

elim

inar

com

as

espé

cies

, loc

ais

alvo

do

extr

ativ

ism

o e

form

as d

e us

oLi

sta

cons

olid

ada

Rela

tório

s, ar

tigos

Bian

ual

Fund

ação

Ren

ova

Art

icul

ar fi

scal

izaç

ão c

ontín

ua d

o ex

trat

ivis

mo

ilega

l for

mal

izan

do e

es

tabe

lece

ndo

parc

eria

s co

m o

s ór

gãos

am

bien

tais

de

MG

e d

o ES

que

atu

am n

a ár

ea d

o es

copo

do

Plan

o

Núm

ero

de a

ções

fis

caliz

atór

ias

real

izad

as

por a

no

50%

da

área

do

esco

po d

o Pl

ano

cont

empl

ada

com

açõ

es fi

scal

izat

ória

s re

aliz

adas

100%

da

área

do

Plan

o co

ntem

plad

a po

r açõ

es fi

scal

izat

ória

sRe

lató

rios

do IB

AM

A e

ór

gãos

am

bien

tais

Anu

al*

ESTR

ATÉG

IA G

ERA

L IX

: Des

envo

lver

uso

sus

tent

ável

dos

recu

rsos

50%

dos

pr

ogra

mas

im

plem

enta

dos

Núm

ero

de

Prog

ram

as

impl

emen

tado

s

Prom

over

e fo

men

tar a

ado

ção

de p

rátic

as

agríc

olas

sus

tent

ávei

s (s

olo

e ág

ua) q

ue

poss

am le

var a

o pa

gam

ento

por

ser

viço

s am

bien

tais

Núm

ero

de p

ropr

ieda

des

man

ejad

as d

e fo

rma

sust

entá

vel

40%

das

pro

prie

dade

s m

anej

adas

(sol

o)

em 3

ano

s10

0% d

as p

ropr

ieda

des

man

ejad

as

em 1

0 an

osA

valia

ção

das

Prop

rieda

des

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

aRe

com

enda

-se

que

parc

eria

s se

jam

firm

adas

junt

o ao

s ór

gãos

am

bien

tais

Capa

cita

r com

unid

ades

loca

is p

ara

o us

o su

sten

táve

l de

subp

rodu

tos

da b

iota

te

rres

tre

da re

gião

den

tro

do e

scop

o de

ste

Plan

o de

Açã

o

Núm

ero

de c

omun

idad

es

capa

cita

das

Porc

enta

gem

de

subp

rodu

tos

Sem

met

a fin

alRe

lató

rios

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

aRe

com

enda

-se

que

parc

eria

s se

jam

firm

adas

junt

o às

se

cret

aria

s de

agr

icul

tura

Fom

enta

r a c

ertifi

caçã

o de

sub

prod

utos

or

iund

os d

a fa

una

e da

flor

a na

tivas

da

regi

ão d

o rio

Doc

e

Núm

ero

de s

ubpr

odut

os

cert

ifica

dos

30%

dos

sub

prod

utos

cer

tifica

dos

em 2

ano

s10

0% d

os s

ubpr

odut

os c

ertifi

cado

s em

10

anos

Verifi

car o

mon

tant

e ce

rtifi

cado

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

aRe

com

enda

-se

que

parc

eria

s se

jam

firm

adas

junt

o às

se

cret

aria

s de

agr

icul

tura

Apo

iar a

form

ação

de

coop

erat

ivas

par

a co

mer

cial

izaç

ão d

os s

ubpr

odut

os e

ce

rtifi

cá-la

s

Núm

ero

de c

oope

rativ

as

apoi

adas

e c

riada

s30

% d

as C

oope

rativ

as a

tivas

em

2 a

nos

100%

das

coo

pera

tivas

ativ

as e

m

10 a

nos

Tota

l de

Coop

erat

ivas

at

ivas

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

aRe

com

enda

-se

que

parc

eria

s se

jam

firm

adas

junt

o às

se

cret

aria

s de

agr

icul

tura

Iden

tifica

r loc

ais

com

pot

enci

al

ecot

urís

tico

nas

prop

rieda

des

rura

is

das

mar

gens

do

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oce

e fo

men

tar

ecot

uris

mo

ness

as á

reas

Núm

ero

de á

reas

id

entifi

cada

s30

% d

e pr

ogra

mas

de

ecot

uris

mo

impl

emen

tado

s em

3 a

nos

100%

de

prog

ram

as d

e ec

otur

ism

o im

plem

enta

dos

em 1

0 an

os

Verifi

caçã

o na

s ag

ênci

as

de e

cotu

rism

o em

at

ivid

ade

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

aRe

com

enda

-se

que

parc

eria

s co

m a

Sec

reta

ria d

e Tu

rism

o se

jam

firm

adas

Fom

enta

r a a

mpl

iar fi

scal

izaç

ão s

obre

fa

una

e flo

ra n

ativ

as d

entr

o do

esc

opo

dest

e Pl

ano

de A

ção

Núm

ero

de a

ções

de

fisca

lizaç

ãoD

obra

r açõ

es d

e fis

caliz

ação

em

3 a

nos

Cobr

ir to

da á

rea

do e

scop

o co

m a

ções

de

fisc

aliz

ação

em

10

anos

Aco

mpa

nham

ento

das

au

tuaç

ões

Men

sal

Fund

ação

Ren

ova

Reco

men

da-s

e qu

e pa

rcer

ias

seja

m fi

rmad

as ju

nto

à Po

lícia

A

mbi

enta

l, ID

AF

(ES)

, IBA

MA

, IEM

A (E

S), I

EF (M

G)

ESTR

ATÉG

IA G

ERA

L X:

Sen

sibi

lizar

a s

ocie

dade

par

a a

cons

erva

ção

das

espé

cies

e h

abita

ts a

lvo

dest

e Pl

ano

80%

dos

m

unic

ípio

s co

m

prog

ram

as d

e se

nsib

iliza

ção

impl

emen

tado

s

Porc

enta

gem

de

mun

icíp

ios

cont

empl

ados

co

m p

rogr

amas

de

sens

ibili

zaçã

o

Elab

orar

e d

istr

ibui

r mat

eria

l inf

orm

ativ

o (e

. g.,

guia

s e

cart

ilhas

) sob

re a

s es

péci

es

da fa

una

e flo

ra q

ue s

ão a

lvo

dest

e Pl

ano

de A

ção

Porc

enta

gem

de

mun

icíp

ios

com

mat

eria

l di

strib

uído

Cont

eúdo

do

mat

eria

l did

átic

o de

finid

o (e

.g.,

qual

mat

eria

l ser

á el

abor

ado,

sob

re

quai

s gr

upos

...) (A

no 1

)

Mat

eria

l did

átic

o di

strib

uído

em

100

%

dos

mun

icíp

ios

(Ano

2)

Mat

eria

l did

átic

o e

cien

tífico

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

a

Prom

over

a d

ivul

gaçã

o do

con

heci

men

to

sobr

e a

biod

iver

sida

de lo

cal p

ara

dife

rent

es p

úblic

os a

lvo,

incl

uind

o co

mun

idad

e lo

cal e

ens

ino

fund

amen

tal

(e.g

., pa

lest

ras,

víde

os, d

ias

de c

ampo

- pl

antio

de

mud

as)

Porc

enta

gem

de

mun

icíp

ios

com

mat

eria

l el

abor

ado

40%

de

mun

icíp

ios

cont

empl

ados

(a

té 5

ano

s)10

0% d

os m

unic

ípio

s co

ntem

plad

os

(até

10

anos

)Re

lató

rios

Bian

ual

Fund

ação

Ren

ova

Tem

átic

as -

biod

iver

sida

de, a

mea

ças

(des

mat

amen

to,

espé

cie

exót

ica

inva

sora

, caç

a, e

xtra

tivis

mo)

, im

port

ânci

a da

con

serv

ação

de

espé

cies

.

Page 270: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa270

ESTR

ATÉG

IA G

ERA

L XI

: Ade

quar

inst

rum

ento

s no

rmat

ivos

par

a au

xilia

r na

recu

pera

ção

das

área

s e

cons

erva

ção

das

espé

cies

Del

iber

ação

das

no

rmas

Nor

mas

pro

post

as

Elab

orar

um

sis

tem

a de

info

rmaç

ão

inte

grad

oSi

stem

aIm

plan

taçã

o A

no 1

Sist

ema

ativ

o no

Ano

2In

form

açõe

s di

spon

ibili

zada

sM

ensa

lFu

ndaç

ão R

enov

a

Apr

imor

ar, a

trav

és d

e pa

rcer

ias

com

po

der p

úblic

o, in

stru

men

tos

polít

icos

e

econ

ômic

os d

e es

tímul

o a

cons

erva

ção

e a

rest

aura

ção

de á

reas

nat

urai

s e

de c

ontr

ole

de im

pact

os a

mbi

enta

is,

envo

lven

do n

orm

as e

inst

rum

ento

s es

pecí

ficos

par

a tr

echo

s pr

iorit

ário

s na

ba

cia

do ri

o D

oce

Nor

mas

Impl

anta

ção

Ano

2A

plic

ação

até

o A

no 5

Legi

slaç

ãoA

nual

Fund

ação

Ren

ova

A a

trib

uiçã

o da

Fun

daçã

o Re

nova

ser

á de

art

icul

ar a

açã

o ju

nto

aos

órgã

os le

gisl

ador

es

Ava

liar a

con

veni

ênci

a de

dec

lara

r tr

echo

s da

cal

ha p

rinci

pal d

o rio

Doc

e e

de a

fluen

tes

com

o de

pre

serv

ação

pe

rman

ente

(a e

xem

plo

do q

ue fo

i fei

to

para

a b

acia

do

rio S

ão F

ranc

isco

) ou

outr

os in

stru

men

tos

equi

vale

ntes

Núm

ero

de A

PPs

leva

ntad

as30

% d

as A

PPs

leva

ntad

as a

té o

Ano

310

0% d

as A

PPs

prot

egid

as

inte

gral

men

te a

té o

Ano

10

Dia

gnós

tico

das

APP

sSa

zona

l (se

ca/C

huva

)Fu

ndaç

ão R

enov

aA

rtic

ular

açã

o ju

nto

aos

Órg

ãos

ambi

enta

is e

stad

uais

Revi

sar c

ritér

ios

do P

agam

ento

por

Se

rviç

os A

mbi

enta

is, v

isan

do a

incl

usão

de

crit

ério

s re

laci

onad

os a

faun

aRe

curs

os d

ispo

nibi

lizad

os30

% d

o nú

mer

o de

pro

duto

res

cred

enci

ados

no

prog

ram

a at

é o

segu

ndo

ano

100%

dos

pro

duto

res

cred

enci

ados

at

é o

Ano

10

Porc

enta

gem

de

área

pr

oteg

ida

e au

men

to

popu

laci

onal

Sazo

nal (

seca

/Chu

va)

Fund

ação

Ren

ova

Art

icul

ar a

ção

junt

o ao

s M

inis

tério

s Pú

blic

os (M

P) e

stad

uais

(E

S-M

G)

Ofic

ializ

ar a

atu

aliz

ação

das

list

as o

ficia

is

de e

spéc

ies

amea

çada

s de

ext

inçã

o do

s es

tado

s de

MG

e d

o ES

List

as d

elib

erad

asPr

imei

ra re

visã

o em

3 a

nos

Segu

nda

revi

são

até

o A

no 1

0G

rupo

de

espe

cial

ista

sA

cad

a 5

anos

Fund

ação

Ren

ova

Art

icul

ar a

ção

junt

o as

Inst

ituiç

ões

(IBA

MA

, IES

)

ESTR

ATÉG

IA G

ERA

L XI

I: Fo

rtal

ecer

as

inst

itui

ções

env

olvi

das

na c

onse

rvaç

ão/m

anej

o e

pesq

uisa

/ens

ino

Iden

tifica

r tod

as

as in

stitu

içõe

s en

volv

idas

na

cons

erva

ção/

man

ejo

e pe

squi

sa/e

nsin

o

Núm

ero

de

inst

ituiç

ões

cont

empl

adas

co

m a

ções

de

fom

ento

Fom

enta

r o fo

rtal

ecim

ento

da

infra

estr

utur

a (a

cerv

os e

labo

rató

rios)

e

equi

pam

ento

s na

s in

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içõe

s en

volv

idas

, in

clui

ndo

cole

ções

e m

useu

s

Núm

ero

de c

oleç

ões

estr

utur

adas

5 pr

ojet

os (1

por

inst

ituiç

ão) s

obre

faun

a e

flora

apr

esen

tado

s e

sele

cion

ados

em

doi

s an

os

Pelo

men

os u

ma

cole

ção

de fa

una

e flo

ra e

stru

tura

da e

m 5

inst

ituiç

ões

de

pesq

uisa

em

5 a

nos

Visi

ta a

cam

po (a

udito

rias

de a

cord

o co

m p

roje

to)

Anu

al a

par

tir d

o se

gund

o an

oFu

ndaç

ão R

enov

a

Cria

r e im

plem

enta

r um

pro

gram

a de

bo

lsas

de

apoi

o té

cnic

o pa

ra a

uxili

ar

no e

stab

elec

imen

to e

man

uten

ção

de

cole

ções

cie

ntífi

cas

Núm

ero

de b

olsa

s di

strib

uída

sD

ispo

nibi

lizaç

ão d

e 4

bols

as té

cnic

as

por i

nstit

uiçã

o em

1 a

noD

ispo

nibi

lizaç

ão d

e 8

bols

as té

cnic

as

por i

nstit

uiçã

o em

10

anos

Cont

rato

s as

sina

dos

Ano

1; A

no 5

; Ano

10

Fund

ação

Ren

ova

Estr

utur

ar a

s U

Cs

(FLO

NA

de

Goi

taca

zes,

Parq

ue E

stad

ual S

ete

Salõ

es e

M

onum

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Nat

ural

Pic

o da

Ibitu

runa

) co

m c

entr

os d

e vi

sita

ntes

e c

entr

os d

e pe

squi

sa

Núm

ero

de c

entr

os d

e vi

sita

ntes

e c

entr

os d

e pe

squi

sa

Proj

etos

de

exec

ução

de

cent

ros

de

visi

tant

es e

pes

quis

as e

labo

rado

s e

sele

cion

ados

até

2 a

nos

1 ce

ntro

de

visi

tant

es e

1 c

entr

o de

pe

squi

sa p

or u

nida

des

de c

onse

rvaç

ão

em 5

ano

sA

cord

o de

fom

ento

Ano

2 e

Ano

5Fu

ndaç

ão R

enov

a

Des

envo

lver

um

sis

tem

a de

info

rmaç

ão

sobr

e bi

odiv

ersi

dade

nos

Órg

ão E

stad

uais

de

Mei

o A

mbi

ente

(IEF

e IE

MA

)

Núm

ero

de s

iste

mas

in

form

atiz

ados

de

senv

olvi

dos

Apr

esen

tar p

ropo

sta

de s

iste

ma

em

1 an

o1

sist

ema

info

rmat

ivo

disp

onib

iliza

do

para

cad

a O

EMA

em

2 a

nos

Aco

rdo

de fo

men

toA

nual

*M

ante

r sis

tem

a po

r 10

anos

Elab

orar

e im

plan

tar s

iste

ma

de

repo

sitó

rio d

igita

l com

dad

os a

cadê

mic

os

e de

con

sulto

rias

na re

gião

do

rio D

oce

Sist

ema

de re

posi

tório

di

gita

l im

plem

enta

do e

em

func

iona

men

to

1 si

stem

a de

repo

sitó

rio d

igita

l im

plem

enta

do e

em

func

iona

men

to

em 2

ano

sA

cord

o de

fom

ento

Anu

al*

Os

dois

sis

tem

as c

riado

s de

vem

con

vers

ar

Art

icul

ar a

pub

licaç

ão d

e um

a ed

ição

es

peci

al e

m re

vist

a ci

entífi

ca s

obre

as

pesq

uisa

s de

senv

olvi

das

na á

rea

de

abra

ngên

cia

dest

e Pl

ano

Núm

ero

de e

diçõ

es

espe

ciai

s fin

anci

adas

5 ed

itais

esp

ecia

is d

e pe

riódi

cos

cien

tífico

s fin

anci

ados

em

5 a

nos

10 e

dita

is a

bert

os c

onte

mpl

ando

cad

a um

dos

gru

pos

tem

átic

os e

m 1

0 an

osTe

rmos

de

outo

rga

assi

nado

Ano

2; A

no 5

; Ano

10

Fund

ação

Ren

ova

Apo

iar p

roje

tos

já e

xist

ente

s no

iníc

io d

o Pl

ano,

sob

re a

s es

péci

es a

lvo,

rela

cion

ados

ao

alc

ance

do

obje

tivo

e de

ntro

do

esco

po d

este

Pla

no d

e A

ção

Núm

ero

de p

roje

tos

iden

tifica

dos

e ap

oiad

os10

0% d

os p

roje

tos

iden

tifica

dos

em

1 an

o

100%

dos

pro

jeto

s so

bre

espé

cies

al

vos

com

recu

rso

finan

ceiro

as

segu

rado

s em

3 a

nos

Term

o de

out

orga

/co

ntra

to1

e 3

anos

Fund

ação

Ren

ova

ESTR

ATÉG

IA G

ERA

L XI

II: A

valia

r de

form

a qu

anti

tati

va o

s m

étod

os e

as

inte

rven

ções

atu

ais

Ava

liar o

stat

us d

e co

nser

vaçã

o

Índi

ce, e

sfor

ço

amos

tral

por

es

péci

e-al

vo.

Ava

liar a

efe

tivid

ade

do R

APE

LD n

o m

onito

ram

ento

da

com

unid

ade

da b

iota

te

rres

tre

Riqu

eza

e ab

undâ

ncia

da

s es

péci

es-a

lvo

Ate

nder

às

prem

issa

s do

Pla

no d

e Tr

abal

hoD

iagn

óstic

o do

stat

us d

e co

nser

vaçã

o da

s es

péci

es-a

lvo

Rela

tório

s se

mes

trai

sTr

imes

tral

Fund

ação

Ren

ova

Ava

liar o

s po

tenc

iais

impa

ctos

das

in

terv

ençõ

es (b

iom

anta

s, tr

ilhas

do

RA

PELD

, abe

rtur

a de

ace

ssos

, ba

rram

ento

s)

100%

das

inte

rven

ções

av

alia

das

ao fi

nal d

e 10

ano

sN

úmer

o de

inte

rven

ções

ava

liada

s10

0% d

as in

terv

ençõ

es a

valia

das

anua

lmen

te

Rela

tório

sA

nual

*Te

rmos

de

refe

rênc

ia d

evem

ser

ela

bora

dos

e en

cam

inha

dos

às c

âmar

as té

cnic

as d

o C

IF10

0% d

as in

terv

ençõ

es

com

impa

cto

nega

tivo

com

med

idas

de

min

imiz

ação

de

impa

cto

prop

osta

s

Núm

ero

de p

ropo

siçõ

es d

e m

inim

izaç

ão d

e im

pact

os n

egat

ivos

Med

idas

de

min

imiz

ação

de

impa

ctos

ne

gativ

os p

ropo

stos

* N

ão fo

i ind

icad

o, e

m p

lená

ria, u

m re

spon

sáve

l par

a a

ação

. A e

scol

ha o

u in

dica

ção

do re

spon

sáve

l dev

erá

ser d

iscu

tida

com

a F

unda

ção

Reno

va.

Page 271: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

271Fundação Renova

Tabe

la 7

– M

atriz

de

plan

ejam

ento

e m

onito

ram

ento

- FL

ORA

ÃO

IND

ICA

DO

RM

ETA

DE

MEI

O T

ERM

OM

ETA

FIN

AL

FON

TE D

E V

ERIF

ICA

ÇÃ

OFR

EQU

ÊNCI

A D

E M

ON

ITO

RA

MEN

TORE

SPO

NSÁ

VEL

OB

SERV

AÇÕ

ES

ESTR

ATÉG

IA I:

Pro

mov

er p

esqu

isas

sob

re a

s es

péci

es-a

lvo

e a

recu

pera

ção

dos

seus

hab

itats

Sele

cion

ar e

spéc

ies

pote

ncia

is

para

rest

aura

ção

ecol

ógic

a e/

ou

recu

pera

ção

de á

reas

deg

rada

das,

espe

cial

men

te n

as m

arge

ns d

o rio

List

a el

abor

ada

Elab

orar

list

a pr

elim

inar

de

espé

cies

po

tenc

iais

par

a re

stau

raçã

o e/

ou

recu

pera

ção

de á

reas

deg

rada

das,

espe

cial

men

te n

as m

arge

ns d

o rio

em

2 a

nos

Elab

orar

list

a fin

al d

e es

péci

es p

ara

rest

aura

ção

e/ou

recu

pera

ção

de

área

s de

grad

adas

, esp

ecia

lmen

te

nas

mar

gens

do

rio

Rela

tório

s de

pes

quis

a, a

rtig

os

cien

tífico

s e

rela

tório

de

ofici

naA

nual

Fund

ação

Ren

ova

Fina

ncia

r est

udos

sob

re e

stru

tura

e

com

posi

ção

florís

tica

nos

fragm

ento

s re

man

esce

ntes

da

baci

a do

rio

Doc

e

Núm

ero

de p

roje

tos

finan

ciad

os e

co

nclu

ídos

e m

onta

nte

de re

curs

os

inve

stid

os

Fina

ncia

r 50%

dos

pro

jeto

s no

s pr

imei

ros

5 an

os

Fina

ncia

r no

mín

imo

5 pr

ojet

os,

inve

stin

do p

elo

men

os o

mon

tant

e de

R$

5.00

0.00

0,00

em

10

anos

(a

nos

1 a

10)

Rela

tório

s pa

rcia

is e

fina

is d

os

proj

etos

apo

iado

s di

spon

ibili

zado

s no

s si

tes

da R

ENO

VA, ó

rgão

s am

bien

tais

e d

as in

stitu

içõe

s fin

anci

adas

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

a

Fina

ncia

r por

mei

o de

lanç

amen

to

de e

dita

is; I

nclu

ir na

s at

ivid

ades

da

açã

o: Id

entifi

car f

onte

s de

pro

págu

los

(mat

rizes

e

fragm

ento

s) p

ara

post

erio

r col

eta,

pr

opag

ação

e u

so n

a re

cupe

raçã

o de

áre

as d

egra

dada

s

Esta

bele

cer p

arce

las

perm

anen

tes

para

real

izar

est

udos

eco

lógi

cos

sobr

e as

esp

écie

s al

voRe

lató

rios

e es

tudo

s pu

blic

ados

Defi

nir o

s es

tudo

s qu

e se

rão

real

izad

osPa

rcel

as p

erm

anen

tes

com

est

udos

de

senv

olvi

dos

e m

onito

rado

s

Rela

tório

s pa

rcia

is e

fina

is d

os

proj

etos

apo

iado

s di

spon

ibili

zado

s no

s si

tes

da R

ENO

VA, ó

rgão

s am

bien

tais

e d

as in

stitu

içõe

s fin

anci

adas

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

a

ESTR

ATÉG

IA II

: Pro

mov

er a

recu

pera

ção

da fa

una,

da

flora

e d

e se

us h

abita

ts

Impl

emen

tar e

fort

alec

er v

ivei

ros

loca

is p

ara

a pr

oduç

ão d

e m

udas

de

esp

écie

s na

tivas

, inc

luin

do

espé

cies

am

eaça

das

de e

xtin

ção,

en

dêm

icas

, com

pot

enci

al

econ

ômic

o e

de in

tere

sse

para

re

cupe

raçã

o de

áre

as d

egra

dada

s

Núm

ero

de v

ivei

ros

cria

dos

e fo

rtal

ecid

os e

de

espé

cies

nat

ivas

pr

oduz

idas

Real

izar

dia

gnós

tico

sobr

e os

vi

veiro

s ex

iste

ntes

(com

list

a de

es

péci

es p

rodu

zida

s); C

apac

itar

vive

iros

sele

cion

ados

par

a pr

oduç

ão d

e es

péci

es n

ativ

as,

incl

uind

o es

péci

es a

mea

çada

s de

ex

tinçã

o, e

ndêm

icas

, com

pot

enci

al

econ

ômic

o e

de in

tere

sse

para

re

cupe

raçã

o de

áre

as d

egra

dada

s

Cria

r e fo

rtal

ecer

viv

eiro

s em

loca

is

prio

ritár

ios;

Prod

uzir

mud

as d

e es

péci

es n

ativ

as, i

nclu

indo

esp

écie

s am

eaça

das

de e

xtin

ção,

end

êmic

as,

com

pot

enci

al e

conô

mic

o e

de

inte

ress

e pa

ra re

cupe

raçã

o de

áre

as

degr

adad

as, n

os v

ivei

ros

cria

dos

e fo

rtal

ecid

os

Doc

umen

to d

iagn

óstic

o, re

lató

rio

da c

apac

itaçã

o e

lista

s de

esp

écie

s pr

oduz

idas

(no

iníc

io e

no

final

da

açã

o)

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

aRe

laçã

o co

m a

prim

eira

açã

o da

FL

ORA

ESTR

ATÉG

IA II

I: Re

cupe

rar á

reas

deg

rada

das

Test

ar e

ana

lisar

a v

iabi

lidad

e de

gra

mín

eas,

espe

cial

men

te

Gyn

eriu

m sa

gitt

atum

, par

a re

cupe

raçã

o de

áre

as a

feta

das

pelo

reje

ito e

par

a co

nten

ção

de

mar

gens

de

rio

Núm

ero

de á

reas

com

uso

da

espé

cie

Test

es e

aná

lises

real

izad

os e

m

2 an

osÁ

rea

degr

adad

a co

m o

uso

da

espé

cie

mon

itora

da e

m 4

ano

sRe

lató

rio c

om re

sulta

dos

dos

test

es

e an

ális

esA

nual

Pesq

uisa

dore

s e

Fund

ação

Re

nova

Test

ar e

ana

lisar

a v

iabi

lidad

e de

Fa

bace

ae n

ativ

as d

a re

gião

par

a a

form

ação

de

solo

nitr

ogen

ado

Núm

ero

de e

xper

imen

tos

mon

itora

dos

Test

es e

aná

lises

real

izad

os e

m

2 an

osEx

perim

ento

s m

onito

rado

s em

4

anos

Rela

tório

com

resu

ltado

s do

s te

stes

e

anál

ises

Anu

alPe

squi

sado

res

e Fu

ndaç

ão

Reno

va

ESTR

ATÉG

IA V

I: M

anej

ar re

jeit

os

Des

envo

lver

e a

valia

r mét

odos

de

reco

mpo

siçã

o de

veg

etaç

ão e

m

área

de

depo

siçã

o de

reje

itos

Núm

ero

de á

reas

com

mét

odos

de

senv

olvi

dos

Mét

odos

de

reco

mpo

siçã

o de

ve

geta

ção

em á

rea

de d

epos

ição

de

reje

itos

utili

zand

o es

péci

es

nativ

as d

esen

volv

idos

em

4 a

nos

Expe

rimen

tos

mon

itora

dos

em

8 an

osRe

lató

rio c

om re

sulta

dos

dos

test

es

e an

ális

esA

nual

Pesq

uisa

dore

s e

Fund

ação

Re

nova

ESTR

ATÉG

IA IX

: Des

envo

lver

uso

sus

tent

ável

dos

recu

rsos

Am

plia

r e c

apac

itar p

ara

o us

o su

sten

táve

l de

subp

rodu

tos

da fl

ora

nativ

a da

regi

ão

Núm

ero

de e

spéc

ies

iden

tifica

das;

Núm

ero

de c

urso

s de

cap

acita

ção

real

izad

os

List

a co

m a

s es

péci

es d

e us

o su

sten

táve

l e s

uas

form

as d

e us

o em

2 a

nos

Com

unid

ades

loca

is c

apac

itada

s e

prod

uzin

do d

e fo

rma

sust

entá

vel

em 6

ano

sD

ocum

ento

dia

gnós

tico;

Anu

alPe

squi

sado

res

e Fu

ndaç

ão

Reno

va

Rela

tório

da

capa

cita

ção

ESTR

ATÉG

IA X

I: A

dequ

ar in

stru

men

tos

norm

ativ

os p

ara

auxi

liar n

a re

cupe

raçã

o da

s ár

eas

e co

nser

vaçã

o da

s es

péci

es

Atu

aliz

ar o

s te

rmos

de

refe

rênc

ia

dos

Proj

etos

Téc

nico

s de

Re

cons

titui

ção

da F

lora

(PTR

Fs)

Núm

ero

de re

uniõ

es c

om ó

rgão

s en

volv

idos

e p

ropo

sta

apre

sent

ada

aos

órgã

os e

nvol

vido

s; D

ocum

ento

ap

rova

do e

m 2

ano

s

Prop

osta

da

atua

lizaç

ão

cons

olid

ada

em 1

ano

Proj

etos

Téc

nico

s de

Rec

onst

ituiç

ão

da F

lora

(PTR

Fs) a

tual

izad

osSi

te IE

FA

nual

Pesq

uisa

dore

s e

Fund

ação

Re

nova

Page 272: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa272

Tab

ela

8 –

Mat

riz d

e pl

anej

amen

to e

mon

itora

men

to -

INVE

RTEB

RAD

OS

ÃO

IND

ICA

DO

RM

ETA

DE

MEI

O T

ERM

OM

ETA

FIN

AL

FON

TE D

E V

ERIF

ICA

ÇÃ

OFR

EQU

ÊNCI

A D

E M

ON

ITO

RA

MEN

TORE

SPO

NSÁ

VEL

OB

SERV

AÇÕ

ES

ESTR

ATÉG

IA I:

Pro

mov

er p

esqu

isas

sob

re a

s es

péci

es-a

lvo

e a

recu

pera

ção

dos

seus

hab

itats

Fina

ncia

r edi

tais

de

pesq

uisa

par

a au

men

tar o

con

heci

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to

sobr

e a

ecol

ogia

das

esp

écie

sN

úmer

o de

edi

tais

pub

licad

os e

pro

jeto

s fin

anci

ados

50%

dos

pro

jeto

s fin

anci

ados

em

5 a

nos

Fina

ncia

r pel

o m

enos

2 p

roje

tos

por

espé

cie,

inve

stin

do p

elo

men

os R

$ 3.

000.

000,

00

Rela

tório

s, pu

blic

açõe

s, vi

sita

s de

cam

poA

nual

Fund

ação

Ren

ova

Beso

uros

: Oxy

ster

non

pter

oder

um, C

opro

phan

aeus

pun

ctat

us,

Copr

opha

naeu

s mac

hado

i, e

Del

toch

ilum

trisi

gnat

umN

úmer

o de

edi

tais

pub

licad

os e

pro

jeto

s fin

anci

ados

50%

dos

pro

jeto

s fin

anci

ados

em

5 a

nos

Fina

ncia

r pel

o m

enos

2 p

roje

tos

por

espé

cie,

inve

stin

do p

elo

men

os R

$ 3.

000.

000,

00

Rela

tório

s, pu

blic

açõe

s, vi

sita

s de

cam

poA

nual

Fund

ação

Ren

ova

Min

hoca

s: U

robe

nus b

rasil

iens

is, F

imos

cole

x sp

orad

ocha

etus

, Rh

inod

rilus

senc

kenb

ergi

, Rhi

nodr

ilus s

p.N

úmer

o de

edi

tais

pub

licad

os e

pro

jeto

s fin

anci

ados

50%

dos

pro

jeto

s fin

anci

ados

em

5 a

nos

Fina

ncia

r pel

o m

enos

2 p

roje

tos

por

espé

cie

inve

stin

do p

elo

men

os R

$ 3.

000.

000,

00

Rela

tório

s, pu

blic

açõe

s, vi

sita

s de

cam

poA

nual

Fund

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Ren

ova

Form

igas

: Dia

phor

omyr

ma

sofia

e, A

belh

as: M

elip

ona

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xaba

, Xy

loco

pa tr

uxal

i e H

exan

thed

a m

issio

nica

Núm

ero

de e

dita

is p

ublic

ados

e p

roje

tos

finan

ciad

os50

% d

os p

roje

tos

finan

ciad

os e

m 5

ano

s

Fina

ncia

r pel

o m

enos

2 p

roje

tos

por

espé

cie

inve

stin

do p

elo

men

os R

$ 3.

000.

000,

00

Rela

tório

s, pu

blic

açõe

s, vi

sita

s de

cam

poA

nual

Fund

ação

Ren

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Oni

cófo

ros

- Per

ipat

idae

: Epi

perip

atus

spp

.N

úmer

o de

edi

tais

pub

licad

os e

pro

jeto

s fin

anci

ados

50%

dos

pro

jeto

s fin

anci

ados

em

5 a

nos

Fina

ncia

r pel

o m

enos

2 p

roje

tos

por

espé

cie

inve

stin

do p

elo

men

os R

$ 3.

000.

000,

00

Rela

tório

s, pu

blic

açõe

s, vi

sita

s de

cam

poA

nual

Fund

ação

Ren

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Borb

olet

a: M

clun

ga c

ymo

falle

ns, P

. pol

yzon

a, H

. nat

tere

ri, e

H.

lept

alin

aN

úmer

o de

edi

tais

pub

licad

os e

pro

jeto

s fin

anci

ados

50%

dos

pro

jeto

s fin

anci

ados

em

5 a

nos

Fina

ncia

r pel

o m

enos

2 p

roje

tos

por

espé

cie

inve

stin

do p

elo

men

os R

$ 3.

000.

000,

00

Rela

tório

s, pu

blic

açõe

s, vi

sita

s de

cam

poA

nual

Fund

ação

Ren

ova

Inve

ntar

iar p

opul

açõe

s de

toda

s as

esp

écie

s de

inve

rteb

rado

sPo

rcen

tage

m d

e ár

eas

inve

ntar

iada

s pa

ra a

oc

orrê

ncia

das

esp

écie

s

50%

da

área

esc

opo

inve

ntar

iada

par

a a

ocor

rênc

ia d

as e

spéc

ies

(ano

1-5

)

100%

da

área

esc

opo

inve

ntar

iada

pa

ra a

oco

rrên

cia

das

espé

cies

(ano

5-

10)

Rela

tório

s, pu

blic

açõe

s, vi

sita

s de

cam

poA

nual

Fund

ação

Ren

ova

Incr

emen

tar o

ban

co d

e da

dos

de o

corr

ênci

a da

s es

péci

es d

e in

vert

ebra

dos

alvo

s do

PA

BT p

ela

com

pila

ção

de d

ados

de

cole

ções

cie

ntífi

cas

Núm

ero

de c

oleç

ões

cien

tífica

s re

visa

das

25%

das

col

eçõe

s ci

entífi

cas

revi

sada

s em

5

anos

50%

das

col

eçõe

s ci

entífi

cas

revi

sada

s em

10

anos

Rela

tório

s, pu

blic

açõe

s, vi

sita

s de

cam

poA

nual

Fund

ação

Ren

ova

ESTR

ATÉG

IA II

: Pro

mov

er a

recu

pera

ção

da fa

una,

da

flora

e d

e se

us h

abita

ts

Mon

itora

r/av

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r im

pact

os d

a es

péci

e ex

ótic

a D

igito

ntho

phag

us

gaze

lla so

bre

a fa

una

de b

esou

ros

na á

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do e

scop

o de

ste

Plan

o de

Açã

o

Núm

ero

de im

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os a

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dos

e m

onito

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s

Iníc

io d

os im

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os

sobr

e as

esp

écie

s na

tivas

av

alia

dos

e m

onito

rado

s em

2 a

nos

100%

dos

impa

ctos

sob

re a

s es

péci

es

nativ

as a

valia

dos

e m

onito

rado

s em

10

ano

s

Rela

tório

s, pu

blic

açõe

s, vi

sita

s de

cam

poA

nual

Fund

ação

Ren

ova

Map

ear c

olôn

ias

de M

elip

ona

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xaba

e M

. rufi

vent

ris n

a ár

ea d

o es

copo

des

te P

lano

de

Açã

oPo

rcen

tage

m d

e ár

ea m

apea

da p

ara

ocor

rênc

ia d

as c

olôn

ias

50%

da

área

esc

opo

map

eada

em

4 a

nos

100%

da

área

esc

opo

map

eada

em

10

ano

sRe

lató

rios,

publ

icaç

ões,

visi

tas

de c

ampo

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

a

Busc

ar lo

cais

de

nidi

ficaç

ão d

e H

. miss

ioni

ca d

entr

o da

áre

a do

es

copo

des

te P

lano

de

Açã

oPo

rcen

tage

m d

e ár

ea in

vent

aria

da p

ara

a bu

sca

de s

ítios

de

nidi

ficaç

ão d

etec

tada

50%

da

área

esc

opo

inve

ntar

iada

em

8 a

nos

100%

da

área

esc

opo

inve

ntar

iada

em

10

anos

Rela

tório

s, pu

blic

açõe

s, vi

sita

s de

cam

poA

nual

Fund

ação

Ren

ova

Ava

liar o

s im

pact

os d

o ev

ento

(rom

pim

ento

da

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agem

) nas

po

pula

ções

de

Pare

lbel

la p

olyz

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em L

inha

res,

ESN

úmer

o de

pop

ulaç

ões

com

impa

ctos

av

alia

dos

50%

das

pop

ulaç

ões

aval

iada

s em

5 a

nos

100%

das

pop

ulaç

ões

aval

iada

s em

10

ano

sRe

lató

rios,

publ

icaç

ões,

visi

tas

de c

ampo

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

a

Inve

ntar

iar e

map

ear a

oco

rrên

cia

de e

spéc

ies

exót

icas

e n

ativ

as

de m

inho

cas

na á

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do e

scop

o de

ste

Plan

o de

Açã

oPo

rcen

tage

m d

e ár

eas

inve

ntar

iada

s50

% d

as á

reas

in

vent

aria

das

em 5

ano

s10

0% d

as á

reas

ava

liada

s em

10

anos

Rela

tório

s, pu

blic

açõe

s, vi

sita

s de

cam

poA

nual

Fund

ação

Ren

ova

Elab

oraç

ão e

exe

cuçã

o de

est

raté

gias

e m

étod

os p

ara

miti

gar

as a

mea

ças

às p

opul

açõe

s de

Mcl

unga

cym

o fa

llens

na

área

do

esco

po d

este

Pla

no d

e A

ção

Núm

ero

de e

stra

tégi

as e

mét

odos

e o

mer

o de

am

eaça

s m

itiga

das

50%

das

est

raté

gias

de

finid

as e

m 5

ano

s10

0% d

as e

stra

tégi

as d

efini

das

em

10 a

nos

Rela

tório

s, pu

blic

açõe

s, vi

sita

s de

cam

po

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

a

50%

das

am

eaça

s co

m

estr

atég

ias

elab

orad

as

miti

gada

s

100%

das

am

eaça

s co

m e

stra

tégi

as

elab

orad

as m

itiga

das

Impl

emen

tar/

cria

r cor

redo

res

e st

eppi

ng st

ones

ent

re o

s fra

gmen

tos

para

P. p

olyz

ona,

H. n

atte

reri,

e H

. lep

talin

a na

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a do

es

copo

des

te P

lano

de

Açã

oN

úmer

o de

cor

redo

res

cria

dos

Cria

r cor

redo

res

em 5

0%

da á

rea

map

eada

em

5

anos

Cria

r cor

redo

res

em 1

0% d

a ár

ea

map

eada

em

10

anos

Rela

tório

s, pu

blic

açõe

s, vi

sita

s de

cam

po, m

apas

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

aD

epen

de d

a ex

ecuç

ão d

a m

eta

de m

eio

term

o de

m

apea

men

to d

a aç

ão 4

.1

Page 273: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

273Fundação Renova

ÃO

IND

ICA

DO

RM

ETA

DE

MEI

O T

ERM

OM

ETA

FIN

AL

FON

TE D

E V

ERIF

ICA

ÇÃ

OFR

EQU

ÊNCI

A D

E M

ON

ITO

RA

MEN

TORE

SPO

NSÁ

VEL

OB

SERV

AÇÕ

ES

ESTR

ATÉG

IA V

I: M

anej

ar re

jeit

os

Mon

itora

r as

popu

laçõ

es d

e in

vert

ebra

dos

do s

olo

nas

área

s de

re

cupe

raçã

o e

depo

siçã

o de

reje

itos

dent

ro d

o es

copo

des

te

Plan

o de

Açã

o

Porc

enta

gem

da

área

com

dep

osiç

ão d

e re

jeito

s e

com

oco

rrên

cia

das

popu

laçõ

es d

e in

vert

ebra

dos

inve

ntar

iada

e m

onito

rada

50%

das

áre

as c

om

depo

siçã

o de

reje

itos

e co

m o

corr

ênci

a da

s po

pula

ções

de

inve

rteb

rado

s in

vent

aria

da

e m

onito

rada

em

5 a

nos

100%

das

áre

as d

e oc

orrê

ncia

das

po

pula

ções

mon

itora

das

em 1

0 an

osRe

lató

rios,

publ

icaç

ões,

visi

tas

de c

ampo

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

a

ESTR

ATÉG

IA IX

: Des

envo

lver

uso

sus

tent

ável

dos

recu

rsos

Prom

over

e in

cent

ivar

açõ

es d

e cr

iaçã

o em

cat

ivei

ro d

e es

péci

es

alvo

(e.g

. Mel

ipon

as, L

epid

ópte

ros

e m

inho

cuçu

).N

úmer

o de

açõ

es d

e in

cent

ivo

elab

orad

as

e ex

ecut

adas

50%

das

açõ

es d

e in

cent

ivo

e ca

paci

taçã

o ex

ecut

adas

(Ano

1-5

)

100%

das

açõ

es d

e in

cent

ivo

e ca

paci

taçã

o ex

ecut

adas

(Ano

5-1

0)Re

lató

rios,

publ

icaç

ões,

visi

tas

de c

ampo

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

a

ESTR

ATÉG

IA X

: Sen

sibi

lizar

a s

ocie

dade

par

a a

cons

erva

ção

das

espé

cies

e d

os h

abita

ts-a

lvo

dest

e Pl

ano

Real

izar

cam

panh

as e

spec

ífica

s de

edu

caçã

o am

bien

tal j

unto

ao

s pr

odut

ores

rura

is, s

obre

a im

port

ânci

a do

s in

vert

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dos

do

solo

com

o pr

oved

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de

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iços

eco

ssis

têm

icos

Núm

ero

e pr

oprie

dade

s ru

rais

con

tem

plad

as

Pelo

men

os 1

0 pr

oprie

dade

s vi

sita

das

por a

no c

onte

mpl

adas

com

ativ

idad

es

de E

A

Rela

tório

s, pu

blic

açõe

s, vi

sita

s de

cam

poA

nual

Fund

ação

Ren

ova

Tabe

la 9

– M

atriz

de

plan

ejam

ento

e m

onito

ram

ento

- H

ERPE

TOFA

UN

A

ÃO

IND

ICA

DO

RM

ETA

DE

MEI

O T

ERM

OM

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FIN

AL

FON

TE D

E V

ERIF

ICA

ÇÃ

OFR

EQU

ÊNCI

A D

E M

ON

ITO

RA

MEN

TORE

SPO

NSÁ

VEL

OB

SERV

AÇÕ

ES

ESTR

ATÉG

IA I:

Pro

mov

er p

esqu

isas

sob

re a

s es

péci

es a

lvo

e a

recu

pera

ção

dos

seus

hab

itats

Real

izar

o m

onito

ram

ento

dos

síti

os

repr

odut

ivos

de

anfíb

ios

no P

arqu

e do

Rio

Doc

eN

úmer

o de

síti

os re

prod

utiv

osId

entifi

car t

odos

os

sítio

s re

prod

utiv

os a

té o

Ano

3

Todo

s os

síti

os re

prod

utiv

os

iden

tifica

dos

mon

itora

dos

até

o A

no 1

0

Publ

icaç

ões

(rela

tório

s e

artig

os)

e m

apas

Anu

alIn

stitu

içõe

s de

pes

quis

as/

Uni

vers

idad

e

Map

ear a

dis

trib

uiçã

o ge

ográ

fica

e m

onito

rar a

pop

ulaç

ão d

e Sp

haen

orhy

nchu

s can

ga d

entr

o do

es

copo

des

te P

lano

de

Açã

o

Map

a +

Núm

ero

de c

ampa

nhas

de

mon

itora

men

to

Ter d

istr

ibui

ção

geog

ráfic

a de

limita

da e

o m

onito

ram

ento

in

icia

do a

té o

Ano

3

Ter m

onito

rado

as

popu

laçõ

es d

a es

péci

e at

é o

Ano

10

com

tota

l de

20

cam

panh

as, d

uas

anua

is n

a es

taçã

o ch

uvos

a

Map

a, p

ublic

açõe

s e

rela

tório

sA

nual

Inst

ituiç

ões

de p

esqu

isas

/U

nive

rsid

ade

Real

izar

est

udos

taxo

nôm

icos

pa

ra e

spéc

ies

pote

ncia

lmen

te

nova

s qu

e oc

orre

m n

a ár

ea

esco

po (D

escr

ever

Phy

sala

emus

sp

., Lep

toda

ctyl

us s

p., S

cina

x sp

., Bo

kerm

anno

hyla

sp.,

e ou

tras

)

Núm

ero

de e

stud

os ta

xonô

mic

osM

ínim

o de

2 e

stud

os a

té o

Ano

5, 1

pa

ra o

gên

ero

Phys

alae

mus

e o

utro

pa

ra o

gên

ero

Scin

ax

Mín

imo

de 5

est

udos

até

o A

no

10, s

endo

1 p

ara

cada

gên

ero

ou

espé

cie

com

pot

enci

al d

e se

r nov

a es

péci

e

Art

igos

pub

licad

osA

nual

Inst

ituiç

ões

de p

esqu

isas

/U

nive

rsid

ade

Revi

sar c

oleç

ões

e da

dos

secu

ndár

ios

Núm

ero

de c

oleç

ões

e da

dos

secu

ndár

ios

revi

sado

s

Iden

tifica

r tod

as a

s co

leçõ

es c

om

espé

cies

alv

o de

posi

tada

s at

é o

Ano

2. T

er v

isita

do p

elo

men

os a

s co

leçõ

es d

o ES

e M

G a

té o

Ano

2.

Todo

s os

dad

os c

ompi

lado

s em

um

a pl

anilh

a e

pelo

men

os 7

0%

das

cole

ções

iden

tifica

das

revi

sada

sPl

anilh

as d

e da

dos

Anu

alIn

stitu

içõe

s de

pes

quis

as/

Uni

vers

idad

e

Real

izar

inve

ntár

ioPo

rcen

tage

m d

e es

forç

o re

aliz

ado

por U

C d

a ár

ea d

o es

copo

50%

das

áre

as in

vent

aria

das

no

Ano

2,5

100%

das

áre

as in

vent

aria

das

no

Ano

5Re

lató

rios,

lista

s, da

dos

brut

os,

vouc

hers

, cur

va d

o co

leto

rA

nual

Inst

ituiç

ões

de p

esqu

isas

/U

nive

rsid

ade

Ape

nas

área

s de

pro

teçã

o in

tegr

al

dent

ro d

o es

copo

com

cam

panh

as

bim

ensa

is p

or a

no.

ESTR

ATÉG

IA V

: Mon

itor

ar e

mit

igar

o im

pact

o do

s co

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inan

tes

Aná

lises

de

met

ais

pesa

dos

na

herp

etof

auna

Núm

ero

de e

spéc

ies

e sí

tios

mon

itora

dos

Del

imita

r os

sítio

s e

espé

cies

alv

o a

sere

m m

onito

rado

s at

é o

Ano

2

Ter t

odos

os

sítio

s e

espé

cies

de

limita

dos

mon

itora

dos

por

10 a

nos

Publ

icaç

ões

(rela

tório

s e

artig

os)

Anu

alIn

stitu

içõe

s de

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quis

as/

Uni

vers

idad

eCo

ntem

plar

fase

aqu

átic

a do

s an

fíbio

s ne

ssa

anál

ise

ESTR

ATÉG

IA V

II: E

labo

rar e

fort

alec

er p

rogr

amas

de

cons

erva

ção

“ex

situ

” da

flora

e d

a fa

una

Esta

bele

cer c

onvê

nios

co

m c

riado

res

cien

tífico

s, co

nser

vaci

onis

tas

e zo

ológ

icos

( L

ache

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uta,

Bot

hrop

s bili

neat

us e

H

ydro

med

usa

max

imili

ani)

Núm

ero

de c

onvê

nios

firm

ados

N

o m

ínim

o 3

conv

ênio

s es

trut

urad

os a

té o

Ano

1Co

ntra

tos

Anu

alFu

ndaç

ão R

enov

a

ESTR

ATÉG

IA X

: Sen

sibi

lizar

a s

ocie

dade

par

a a

cons

erva

ção

das

espé

cies

e d

os h

abita

ts-a

lvo

dest

e Pl

ano 

Prom

over

açõ

es d

e ed

ucaç

ão

ambi

enta

l com

ênf

ase

em

serp

ente

s, qu

elôn

ios

e ja

caré

s.

Núm

ero

de a

ções

real

izad

as

(ofic

inas

, car

tilha

s, fo

lder

, pal

estr

as)

Pelo

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os u

ma

ofici

na p

or

mun

ícip

io p

or a

noPe

lo m

enos

um

a ofi

cina

por

m

uníc

ipio

por

ano

Rela

tório

s co

m re

gist

ro fo

togr

áfico

, lis

tas

de p

rese

nça

Anu

alIn

stitu

içõe

s de

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quis

as/

Uni

vers

idad

e

Des

taca

r a im

port

ânci

a da

s se

rpen

tes

para

o c

ontr

ole

popu

laci

onal

de

roed

ores

e

as m

edid

as d

e pr

even

ção

e tr

atam

ento

de

acid

ente

s of

ídic

os

Page 274: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

Bicho do Mato - Instituto de Pesquisa274

Tabe

la 1

0 –

Mat

riz d

e pl

anej

amen

to e

mon

itora

men

to -

AVES

ÃO

IND

ICA

DO

RM

ETA

DE

MEI

O T

ERM

OM

ETA

FIN

AL

FON

TE D

E V

ERIF

ICA

ÇÃ

OFR

EQU

ÊNCI

A D

E M

ON

ITO

RA

MEN

TORE

SPO

NSÁ

VEL

OB

SERV

AÇÕ

ES

ESTR

ATÉG

IA I:

Pro

mov

er p

esqu

isas

sob

re a

s es

péci

es-a

lvo

e a

recu

pera

ção

dos

seus

hab

itats

Leva

ntam

ento

sis

tem

átic

o da

av

ifaun

a: d

ados

sec

undá

rios

Porc

enta

gem

das

col

eçõe

s e

liter

atur

a re

visa

da50

% d

as c

oleç

ões

e lit

erat

ura

exis

tent

e re

visa

das

em 6

mes

es

100%

das

col

eçõe

s e

liter

atur

a ex

iste

nte

revi

sada

sRe

lató

rio; P

lani

lhas

Se

mes

tral

Cola

bora

dore

s: Le

onar

do L

opes

(p

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isa

em a

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ento

), Lu

is

Fábi

o Si

lvei

ra e

Mar

celo

Fer

reira

de

Vasc

once

los

Núm

ero

de e

spéc

ies

com

in

form

açõe

s co

mpi

lada

sLi

stag

em c

ompi

lada

ao

final

de

1 an

o

Leva

ntam

ento

sis

tem

átic

o da

av

ifaun

a: d

ados

prim

ário

s (c

olet

a e

docu

men

taçã

o) le

vant

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em

to

da a

áre

a do

esc

opo

Porc

enta

gem

do

esfo

rço

de c

ampo

re

aliz

ado

100%

do

esfo

rço

de c

ampo

pr

opos

to e

mpr

egad

o em

1 a

no

Rela

tório

con

solid

ado

Rela

tório

; Ver

ifica

ção

da c

urva

do

cole

tor

Sem

estr

al

Suge

stão

: mín

imo

60 d

ias

de

cam

po p

or e

staç

ão (s

eca

e ch

uva)

; do

cum

enta

ção

dos

regi

stro

s. Re

com

enda

-se

um o

rnitó

logo

nior

(exp

eriê

ncia

na

área

mín

ima

de 1

0 an

os) c

omo

resp

onsá

vel

pela

açã

oA

rtig

o su

bmet

ido

ao fi

nal d

o 2o a

no

Mon

itora

men

to d

e po

pula

ções

/co

mun

idad

es e

nin

hais

de

aves

as

soci

adas

a a

mbi

ente

s aq

uátic

os

Núm

ero

de p

opul

açõe

s/co

mun

idad

es d

e av

es a

quát

icas

id

entifi

cada

s e

map

eada

s

Popu

laçõ

es /

com

unid

ades

de

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aq

uátic

as id

entifi

cada

s e

map

eada

s ao

fina

l de

2 an

os

Mín

imo

de 1

0 po

pula

ções

/

com

unid

ades

de

aves

aqu

átic

as

mon

itora

das

por 8

ano

sRe

lató

rios

Anu

alIn

stitu

içõe

s de

pes

quis

a e

univ

ersi

dade

s (e

spec

ialis

tas

nos

taxa

)

ESTR

ATÉG

IA II

: Pro

mov

er a

recu

pera

ção

da fa

una,

da

flora

e d

e se

us h

abita

ts

Impl

emen

tar u

m p

rogr

ama

de

plan

tio d

e es

péci

es c

omo

recu

rsos

pido

s pa

ra a

traç

ão d

e av

ifaun

a

Porc

enta

gens

das

pro

prie

dade

s ru

rais

cad

astr

adas

e a

tend

idas

pel

o pr

ogra

ma

Ao

men

os 5

0% d

as p

ropr

ieda

des

rura

is c

adas

trad

as e

ate

ndid

as p

elo

prog

ram

a em

3 a

nos

100%

das

pro

prie

dade

s ru

rais

ca

dast

rada

s e

aten

dida

s pe

lo

prog

ram

a em

5 a

nos

Rela

tório

sA

nual

Ade

são

dos

prop

rietá

rios

pode

se

r inc

orpo

rada

em

sis

tem

as d

e PS

A; P

ode

ser c

onci

liado

com

uso

de

recu

rsos

rápi

dos

de in

tere

sse

econ

ômic

o, c

omo

por e

xem

plo

arro

z em

áre

as a

laga

das,

frutíf

eras

na

tivas

e n

ão n

ativ

as.

Impl

emen

tar e

mon

itora

r nin

hos

artifi

ciai

s pa

ra P

sitt

acid

aeN

úmer

o de

nin

hos

inst

alad

os50

0 ni

nhos

inst

alad

os e

m 5

áre

as

em 2

ano

s50

0 ni

nhos

mon

itora

dos

em 5

áre

as

em 1

0 an

osRe

lató

rios

Anu

al

Foco

em

esp

écie

s ra

ras

e/ou

am

eaça

das.

Cons

ulta

r o P

AN

Pa

paga

ios

de M

ata

Atlâ

ntic

a pa

ra

sítio

s. 2

sítio

s se

ndo

nas

cida

des

de

Aim

orés

e Ip

anem

a. A

desã

o do

s pr

oprie

tário

s po

de s

er in

corp

orad

a em

sis

tem

as d

e PS

A

ESTR

ATÉG

IA IV

: Man

ter,

recu

pera

r, e/

ou a

mpl

iar o

s ha

bita

ts e

a c

onec

tivi

dade

ent

re e

les

Impl

emen

tar u

m p

rogr

ama

de

uso

de p

olei

ros

artifi

ciai

s em

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as

degr

adad

as

Porc

enta

gem

das

pro

prie

dade

s ru

rais

cad

astr

adas

e a

tend

idas

pel

o pr

ogra

ma

Ao

men

os 5

0% d

as p

ropr

ieda

des

rura

is c

adas

trad

as e

ate

ndid

as p

elo

prog

ram

a em

3 a

nos

100%

das

pro

prie

dade

s ru

rais

ca

dast

rada

s e

aten

dida

s pe

lo

prog

ram

a em

5 a

nos

Rela

tório

sA

nual

A

desã

o do

s pr

oprie

tário

s po

de s

er

inco

rpor

ada

em s

iste

mas

de

PSA

ESTR

ATÉG

IA V

: Mon

itor

ar e

mit

igar

o im

pact

o do

s co

ntam

inan

tes

Mon

itora

men

to d

e co

ntam

inan

tes

em a

ves

aquá

ticas

e ra

pina

ntes

- co

leta

de

ovos

e/o

u te

cido

s

Núm

ero

de in

diví

duos

/esp

écie

s av

alia

das

Sele

ção

de e

spéc

ies

e av

alia

ção

do

mon

itora

men

to d

e 20

18 d

o TR

4 oc

orrid

os a

té o

1o a

no

100%

das

esp

écie

s se

leci

onad

as

aval

iada

s ao

fina

l de

5 an

osRe

lató

rios,

artig

osA

nual

Cons

ulta

r o A

nexo

1, T

erm

o de

re

ferê

ncia

4. S

elec

iona

r esp

écie

s m

ais

sede

ntár

ias,

rela

cion

adas

ao

mei

o aq

uátic

o (e

.g.,

Ralli

dae)

ESTR

ATÉG

IA V

II: E

labo

rar e

fort

alec

er p

rogr

amas

de

cons

erva

ção

“ex

situ

” da

flora

e d

a fa

una

Impl

emen

tar u

m p

rogr

ama

de

rein

trod

ução

de

aves

Núm

ero

de c

riado

res

cred

enci

ados

e

habi

litad

os

100%

dos

cria

dour

os c

rede

ncia

dos

ao fi

nal d

o 1o a

no;

100%

dos

indi

vídu

os s

elec

iona

dos

e re

intr

oduz

idos

mon

itora

dos;

Rela

tório

s, ar

tigos

Anu

al

O p

roce

sso

de re

intr

oduç

ão d

ever

á oc

orre

r ape

nas

após

um

a sé

rie

de a

ções

pré

vias

, pro

vave

lmen

te

apen

as a

pós

o A

no 3

Estu

dos

prév

ios

(áre

a, g

enét

ica)

re

aliz

ados

até

o fi

nal d

o 3o a

no

Núm

ero

de in

diví

duos

re

intr

oduz

idos

Soltu

ra e

mon

itora

men

to in

icia

do

até

o fin

al d

o 4o a

no10

0% d

os p

roje

tos

conc

luíd

os a

o fin

al d

e 10

ano

s

ESTR

ATÉG

IA IX

: Des

envo

lver

uso

sus

tent

ável

dos

recu

rsos

Ana

lisar

a v

iabi

lidad

e e,

cas

o se

ja

viáv

el, i

mpl

anta

r um

pro

gram

a de

ca

fé a

ssoc

iado

com

pop

ulaç

ões

de

Cra

cíde

os

Prog

ram

a im

plem

enta

do

Estu

dos

de v

iabi

lidad

e co

nclu

ídos

ao

fina

l de

3 an

os;

100%

das

pro

prie

dade

s cr

eden

ciad

as c

om p

rogr

ama

impl

emen

tado

ao

final

de

10 a

nos

Rela

tório

sA

nual

50

% d

as p

ropr

ieda

des

cred

enci

adas

co

m p

rogr

ama

impl

emen

tado

ao

final

de

5 an

os

Page 275: PLANO DE AÇÃO PARA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE TERRESTRE

275Fundação Renova

Tabe

la 1

1 –

Mat

riz d

e pl

anej

amen

to e

mon

itora

men

to –

MA

STO

FAU

NA

ÃO

IND

ICA

DO

RM

ETA

DE

MEI

O T

ERM

OM

ETA

FIN

AL

FON

TE D

E V

ERIF

ICA

ÇÃ

OFR

EQU

ÊNCI

A D

E M

ON

ITO

RA

MEN

TORE

SPO

NSÁ

VEL

OB

SERV

AÇÕ

ES

ESTR

ATÉG

IA I:

Pro

mov

er p

esqu

isas

sob

re a

s es

péci

es a

lvo

e a

recu

pera

ção

dos

seus

hab

itats

Des

envo

lver

est

udo

sobr

e in

cidê

ncia

de

febr

e am

arel

a na

po

pula

ção

de p

rimat

as n

a re

gião

do

esc

opo

dest

e Pl

ano

de A

ção

Núm

ero

de á

reas

com

est

imat

iva

popu

laci

onal

Estim

ativ

a pr

elim

inar

das

po

pula

ções

com

bas

e no

s da

dos

do R

APE

LD (e

stad

o da

art

e),

leva

ntar

dad

os s

ecun

dário

s do

s re

gist

ros

em Z

oono

ses

até

o an

o 2

Ter a

valia

do a

s po

pula

ções

de

prim

atas

pós

-sur

to d

e fe

bre

amar

ela

com

est

imat

ivas

po

pula

cion

ais

anua

is a

té o

ano

10

Rela

tório

s an

uais

, Pub

licaç

ões

Anu

al

Revi

sar c

oleç

ões

e da

dos

secu

ndár

ios

Núm

ero

de c

oleç

ões

e da

dos

secu

ndár

ios

revi

sado

s

Iden

tifica

r tod

as a

s co

leçõ

es c

om

espé

cies

alv

o de

posi

tada

s at

é o

ano

2. T

er v

isita

do p

elo

men

os a

s co

leçõ

es d

o ES

e M

G a

té o

ano

2.

Todo

s os

dad

os c

ompi

lado

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