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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
PLANO COMPLEMENTAR DE AÇÃO DE CONTROLE DA MALARIA NAS ÁREAS
DE INFLUÊNCIAS DIRETA E INDIRETA DA UHE SANTO ANTÔNIO, NO
MUNICÍPIO DE PORTO VELHO, ESTADO DE RONDÔNIA.
Porto Velho, janeiro de 2012
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Índice
1 – JUSTIFICATIVA ............................................................................................................. 3
2 - CUMPRIMENTO DE METAS E ALCANCE DE RESULTADOS NO PLANO DE
AÇÃO DE CONTROLE DA MALARIA: ............................................................................. 5
3 - CONSIDERAÇÕES SOBRE O CUMPRIMENTO DE METAS E RESULTADOS
ALCANÇADOS: .................................................................................................................. 10
4 – DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA, ATIVIDADES E METAS
PREVISTAS PARA O PLANO COMPLEMENTAR DO PMCM: .................................... 11
5 - OBJETIVO GERAL: ...................................................................................................... 12
6 – METAS ........................................................................................................................... 13
7 - DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES ESTRUTURANTES: .............................. 13
8 - MONITORAMENTO: ................................................................................................... 14
9 – ORÇAMENTO: .............................................................................................................. 18
10 - CRONOGRAMA .......................................................................................................... 19
11- ATRIBUIÇÕES ............................................................................................................. 19
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1 – JUSTIFICATIVA
A construção das duas Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau têm
ocasionado importantes no município de Porto Velho. São visíveis os efeitos positivos nas
áreas econômicas, técnicas e culturais. Porém, em contrapartida, identifica-se fortes
impactos sociais e ambientais, principalmente no tocante aos impactos na saúde pública
municipal.
A grande maioria destes impactos são ocasionados pelo aumento populacional,
resultado do intenso fluxo migratório para a região, com conseqüente pressão sobre os
serviços de saúde.
Observa-se considerável aumento populacional, de 2009 para 2010, o
município registrou aumento populacional de 10.52%. . Atualmente o município conta
com uma população de 428.527 habitantes distribuídos em 34.082 km², com densidade
populacional de 12.57 hab/ km², o que não se dá de forma homogênea. Um importante
percentual da população reside na zona urbana (390.733), o que representa 91,18%, e
(37.794) reside na zona rural, que corresponde a 8,81% do total geral da população do
município.
A malária historicamente tem se constituído em importante problema de saúde
pública para o município, endêmico para a doença. Na última década o município registrou
308.836 casos de malária. A Incidência Parasitária Anual – IPA, indicador que mede o
risco de transmissão da doença, variou de 123.81/1000 hab. em 2005, para 42.20/1000 hab.
em 2011 (Figura 1), demonstrando importante redução no risco de transmissão no período.
Chama a atenção os dois últimos anos, 2010 e 2011, quando as UHE do Madeira já estavam
instaladas no município, com amplo desenvolvimento de atividade, incremento
populacional e conseqüente movimento em áreas classificadas como de risco, o município
manteve a transmissão em patamares aceitáveis, apresentando redução da Incidência
Parasitária Anual em 28,60%, conseguindo inclusive, passar da classificação de alto para
médio risco.
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Figura 1 – Incidência Parasitária Anual, segundo ano de notificação. Porto Velho / RO,
2005 a 2011
Obs.: Dados acessados em 05 de janeiro de 2012. *2011 sujeitos a alteração.
Fonte: Semusa/P.Velho-RO.
Associados aos fatores de risco já existentes na região, na fase atual da construção
da UHE de Santo Antônio, a fase de operação, são esperadas algumas situações que podem
potencializar ainda mais o risco de transmissão da doença. Atualmente identifica-se a
formação de aglomerados populacionais desordenados, em áreas de risco, bem como
alterações na dinâmica de formação de criadouros, com a formação do lago da Hidrelétrica
de Santo Antônio no ano de 2012.
Em um primeiro momento, é esperada uma mudança importante nas características
de criadouros de mosquitos do gênero Anopheles. Nos primeiros meses de formação do
lago, as condições da água tendem a ser impróprias para a reprodução de anofelinos,
principalmente no que diz respeito a PH e níveis de oxigênio na água. No entanto com a
estabilização do lago, a situação tende a se inverter, havendo a possibilidade da formação
de novos criadouros e/ou a perenização de criadouros já existentes, o que propiciará o
aumento da densidade anofélica na região e conseqüentemente, aumento de casos da
doença.
123.81
91.5284.88
62.3653.70 54.27
42.20
0.00
20.00
40.00
60.00
80.00
100.00
120.00
140.00
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011*
Ano
IPA
10
00
ha
b.
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Merece destaque o distrito de Jaci-Paraná, que já vem sofrendo fortes impactos
nestes primeiros dois anos dos empreendimentos. No ano de 2010 o distrito registrou
incremento de 85,40% em relação ao ano anterior. Atualmente, o distrito apresenta
redução, no entanto continua sendo classificado como de altíssimo risco de transmissão.
Com a estabilização do lago da UHE de Santo Antônio, o potencial de transmissão da
doença será aumentado, pois é esperada a formação de novos criadouros. Vale ressaltar
que dados preliminares da entomologia municipal já demonstram aumento na densidade
anofélica na área.
Diante do quadro apresentado e considerando que através da Licença de Operação -
LO nº 1044, de 14 de setembro de 2011, o Ibama estabeleceu a continuidade ao
Subprograma de Vigilância Epidemiológica e Controle de Vetores, os quais terão vigência
por mais 5 anos, o que equivale à conclusão da obras, o que motivou a elaboração do
presente plano, o qual estabelece objetivos e metas a serem alcançados, visando a adoção
de medidas de enfrentamento aos impactos esperados na fase de operação da UHE de Santo
Antônio.
2 - CUMPRIMENTO DE METAS E ALCANCE DE RESULTADOS NO PLANO DE AÇÃO DE CONTROLE DA MALARIA:
Com a finalidade de reduzir os riscos de incremento de casos de malária nas áreas de
influencia direta e indireta da UHE de Santo Antônio (Figura 2) foi elaborado no ano de
2008, o Plano de ação de controle da malaria nas áreas de influências direta e indireta da
UHE de Santo Antônio, no município de Porto Velho, estado de Rondônia, com base na
legislação em vigor, havendo sido destinados recursos para a implementação das ações de
controle de malária no município de Porto Velho (Tabela 1) para a implementação de ações
para um período de 5 anos, havendo sido iniciado no ano de 2010. No primeiro ano da
construção da UHE de Santo Antônio, o município tomou a decisão de priorizar as ações do
Programa Municipal de Controle da Malária, investindo os recursos do Piso Fixo de
Vigilância e Promoção da Saúde - PFVPS, adicionando ainda, recursos do Tesouro
Municipal, a fim de reduzir os impactos da fase de pré-instalação e início da instalação, até
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que fossem viabilizados os mecanismos de repasse de recursos da compensação do
empreendimento.
O Planejamento das ações de controle, de responsabilidade da Secretaria Municipal
de Saúde, teve como base as estratégias até então adotadas pelo PMCM. O município
estrategicamente foi dividido em 9 regiões, segundo critérios entomoepidemiológico,
conforme mostra a figura 2. Estas mesmas regiões foram utilizadas para fins dos
investimentos das compensações estabelecidas pela legislação em vigor, de acordo com os
Planos de Controle de Malária das UHE de Santo Antônio e Jirau.
Inicialmente a terceira região, que compreende a área deste o quilômetro 40 da
BR-364, sentido Acre, até o quilômetro 105, fazia parte da área de influencia indireta de
Santo Antônio. No entanto, devido à aproximação do canteiro de obras de Jirau e com o
conseqüente aumento dos impactos naquela região, foi pactuado no Comitê de
Monitoramento das Usinas, que os dois empreendimentos seriam co-participes nas
compensações pactuadas.
Figura 2. Área de abrangência das UHE de Jirau e Santo Antônio Município de Porto
Velho – RO, 2012.
Fonte: Semusa/P.Velho.
Para a implementação do Plano, a UHE de Santo Antônio disponibilizou recursos
no valor de R$ 12.349.649,99 (doze milhões, trezentos e quarenta e nove mil, seiscentos e
quarenta e nove reais e noventa e nove centavos), executados pelo próprio
empreendimento, a partir de demandas da Semusa. A aplicação desses recursos prevê a
contratação de 164 agentes de campo, compra de equipamentos para aplicação de
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inseticidas, insumos, compra de veículos e construção de Pontos de Apoio para as equipes
de Controle de Vetores e de laboratórios.
Tabela 1. Distribuição dos recursos da compensação da UHE de Santo Antônio, segundo
rubrica. Plano de ação de controle da malaria nas áreas de influências direta e indireta da
UHE de Santo Antônio
Item Descrição do investimento Valor
1 Construção de Pontos de Apoio 248.523,28
2 Construção de Pontos de Apoio (Flutuantes) 180.000,00
3 Construção de laboratórios 3.259.758,00
4 Equipamentos, insumos laboratório e
combustível
7.493.898,71
5 Contratação de pessoal 152.000,00
6 Educação em saúde e mobilização social 86.000,00
7 Capacitação de pessoal 210.000,00
8 Manutenção de veículos 719.470,00
Total 12.349.649,99
Fonte: Plano de Controle de Malária UHE Santo Antônio/Semusa.
2.1 - Os recursos de que trata a tabela 1, foram aplicados conforme detalhamento a seguir:
2.1 - DESENVOLVIMENTO DAS AÇÕES E METAS PREVISTAS NOS
PLANOS:
Os primeiros investimentos dos Planos de Santo Antônio foram executados no ano
de 2010, segundo metas estabelecidas. Os recursos, administrados pelos empreendimentos
são executados mediante solicitação por ofício da Secretaria Municipal de Saúde. Todos os
equipamentos, materiais e pessoal previsto foram colocados sob a gestão municipal, os
quais estão sendo utilizados de forma complementar para o cumprimento das ações de
controle, já que o município continuou investindo recurso do Tesouro Municipal e do Piso
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Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde (PFVPS). Os recursos humanos, por força da
legislação em vigor, foram contratados pelos empreendedores, havendo sido colocados à
disposição do município por meio de convênio.
2.2 - CONSTRUÇÃO DE PONTOS DE APOIO E LABORATÓRIO DE
CAMPO DE MALÁRIA:
Foram construídos 04 Pontos de Apoio (dois no Rio Madeira, 1 em Jaci-Paraná e 1
Ponto de apoio com laboratório em Joana D”Arc), porém, a execução desta ação encontra-
se prejudicada pela dificuldade da destinação de terrenos nas áreas indicadas com situação
fundiária legalizada, bem como pelos valores orçados haverem sido abaixo do praticado
atualmente no mercado.
2.3 - EQUIPAMENTOS, VEÍCULOS, INSUMOS LABORATORIAIS E
COMBUSTÍVEL:
Neste item estão previstos: veículos, material para os laboratórios de malária,
combustível para abastecimentos dos veículos do programa de controle da malária,
equipamento e material permanente e aquisição de equipamentos de proteção individual
para os agentes de saúde que atuam no controle vetorial com uso de inseticida. Esta meta
está sendo executada dentro da normalidade, no entanto, o recurso destinado às despesas
com combustíveis não forão suficientes para cumprir todo o período de vigência do
convênio;
2.4 - CONTRATAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS:
O pessoal contratado pelo empreendimento, foi distribuído conforme pactuação
estabelecida no plano e demonstrado na tabela 2. O convênio de cooperação técnica para
cessão dos 164 trabalhadores de Santo Antônio, foi firmado por 24 meses, com prazo de
vigência até janeiro de 2012.
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Tabela 2 - Distribuição de pessoal por cargo e região, contratado pelo Consórcio Santo
Antônio Energia.
Cargos/Região 1ª 2ª 5ª 8ª 9ª Total
Téc. Entomologia 7 1 0 0 0 8
Administrador 1 0 0 0 0 1
Entomologo 1 0 0 0 0 1
Agente de Saúde Pública 31 8 45 14 12 110
Microscopista 11 4 5 2 1 23
Motorista (chefe turma) 14 0 0 4 2 20
Téc. Capacitação 1 0 0 0 0 1
Total 66 13 50 20 15 164
Fonte: Semusa/P.Velho.
2.5 - AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE E MOBILIZAÇÃO SOCIAL
E CAPACITAÇÃO DE PESSOAL:
Os recursos destinados a estas ações foram repactuadas, os quais foram destinados
a aquisição de equipamentos de proteção individual, sem prejuízo das atividades previstas,
as quais estão sendo executadas com recursos dos Planos de Educação em Saúde e
Vigilância em Saúde, compensação de Santo Antônio;
2.6 - MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS:
Esta ação apenas está sendo executada de acordo com o pactuado, no entanto, vale
destacar que os recursos previstos foram insuficientes para o cumprimento da meta,
considerando o desgaste observado nos veículos na zona rural, normalmente de difícil
acesso e de uso constante.
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2.7- MOSQUITEIROS IMPREGNADOS DE LONGA DURAÇÃO:
A meta física (instalação) executada pelo empreendedor em localidades situadas no
definidas de acordo com critérios entomo-epidemiológicos, foi alcançada em sua totalidade
ainda em 2010.
Alcance dos Objetivos na primeira fase do Plano de ação de controle da malaria nas
áreas de influências direta e indireta da UHE de Santo Antônio, no município de
Porto Velho, estado de Rondônia.
3 - CONSIDERAÇÕES SOBRE O CUMPRIMENTO DE METAS E RESULTADOS ALCANÇADOS:
Apesar de todos os prognósticos negativos quanto ao comportamento da malária
face a construção das UHE do Madeira, a decisão municipal em manter o PMCM como
prioridade, associadas à regularidade na destinação dos recursos pela UHE de Santo
Antônio, vem sendo preponderante pela manutenção da transmissão da doença em níveis
aceitáveis, conforme a figura XX, que mostra o comportamento da doença no município e
por região no ano de 2011. Os dados apontam redução do número de casos da doença na
ordem de 18.55% e de 55.88% de P. Falciparum, a forma mais grave da doença, em
relação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados acessados em 09 de janeiro de
2012, sujeitos à alteração. Um outro fator que merece destaque é a passagem no ano de
2011 da classificação de alto para médio risco de transmissão da doença, segundo o
indicador Incidência Parasitária Anual - IPA, que mede o risco de transmissão da malária,
já que nas últimas décadas o município vinha sendo classificado como de alto risco,
chegando a registrar em 2005, IPA de 123,81 por 1.000 habitantes.
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4 – DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA, ATIVIDADES E METAS PREVISTAS PARA O PLANO COMPLEMENTAR DO PMCM:
A área considerada para aplicação dos recursos de que trata o presente plano,
continuará a ser a mesma identificada no Plano de ação de controle da malaria nas áreas de
influências direta e indireta da UHE de Santo Antônio, no município de Porto Velho,
estado de Rondônia, compreendendo como de Influencia Direta as Regiões 1, 2, 3, 5 e 8; e
de Influência Indireta, a Região 9 e contemplará os componentes do PNCM:
• Apoio à estruturação dos serviços locais de saúde;
• Diagnóstico e tratamento;
• Fortalecimento da vigilância da malária;
• Capacitação de recursos humanos;
• Educação em Saúde, Comunicação e Mobilização social (ESMS);
• Controle seletivo de vetores;
• Monitoramento do PMCM;
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5 - OBJETIVO GERAL:
Reduzir a morbimortalidade por malária nas áreas de influencia direta e indireta da UHE de
Santo Antônio.
5.1 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Reduzir as formas graves da doença;
Reduzir a incidência da malária;
Prevenir, detectar e controlar oportunamente a ocorrência de surtos e epidemias de
malária;
Manter a ausência da transmissão da doença nos locais onde ela tiver sido
interrompida.
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6 – METAS
Ampliar em 10% a rede de laboratório
Tratar 100% dos casos diagnosticados;
Investigar 80% dos casos positivos da 1ª região;
Georeferenciar 100% das localidades prioritárias;
Implantar mosquiteiros impregnados de longa duração em 100% das localidades
prioritárias;
Realizar borrifação residual em 80% dos imóveis das localidades prioritárias;
Realizar 12 analises anuais de dados entomoepidemiológicos;
Realizar 12 reuniões anuais para monitoramento do PMCM;
Reduzir o IPA em 10% a cada ano da vigência do plano.
7 - DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES ESTRUTURANTES:
Planejamento, gerenciamento e supervisão das atividades de controle da malária
existentes em cada localidade.
Seguindo os preceitos do Programa Nacional de Controle da Malária (PNCM), os
quais estabelecem o planejamento e monitoramento como estratégias capazes de interferir
positivamente nos fatores determinantes e condicionantes da incidência da malária, de
forma que a doença possa ser reduzida a níveis que permitam o desenvolvimento social e
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econômico em áreas endêmicas, o presente plano estabelecerá o planejamento e o
monitoramento como eixos fundamentais.
O planejamento será elaborado anualmente por toda a equipe que compõe o PMCM
e analisado pela mesma equipe a cada mês, visando o acompanhamento dos resultados e
ajustes necessários. As localidades serão classificadas em 3 extratos segundo o número de
casos, IPA e densidade anofélica. Os recursos do presente plano, serão prioritariamente
destinados às áreas de maior risco, sem prejuízo das ações de controle desenvolvidas nas
demais áreas. A articulação intra e intersetorial, principalmente junto aos setores de ações
básicas de saúde, educação em saúde, Controle Social, INCRA, IBAMA, MP, SESAU,
AGEVISA, empreendedores, entre outros, também será priorizada.
A supervisão de campo, a ser desenvolvida por técnicos da PMCM, fará parte do
planejamento anual, constituindo-se em importante estratégia de acompanhamento da
execução das atividades previstas.
8 - MONITORAMENTO:
O processo de monitoramento das ações do presente plano, consistirá em análises do
comportamento epidemiológico da malária no município, por meio dos indicadores de
resultados e de processos. Para tanto, serão realizadas reuniões mensais, que contarão com
a participação de supervisores de campo, de técnicos da SMS, do Empreendedor e demais
órgãos e instituições parceiras. Para cada evento haverá a emissão de relatório, os quais
serão enviados mesmos aos gestores, demais parceiros e instituições parceiras e de controle
social. Quinzenalmente será emitido um boletim eletrônico onde constará o
comportamento da malária por região, os quais também será dada publicidade.
O monitoramento do PMCM, terá como objetivo, analisar o comportamento da doença e
medir os resultados alcançados em relação ao presente plano, será realizado pelos
Departamentos de Vigilância Epidemiológica e Ambiental e Departamento de Controle de
Zoonoses, por meio dos indicadores de resultados e de processos.
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8.1 - INDICADORES DE RESULTADOS
• Numero absoluto de óbitos por malária, comparando com o mesmo período do ano
anterior;
• Taxa de letalidade, em relação ao total de casos, comparando com o mesmo período do
ano anterior;
• Número de internações por malária, comparando com o mesmo período do ano anterior;
• Proporção de internação por malária, em relação ao total de casos, comparando com o
mesmo período do ano anterior;
• Número absoluto de casos de malária em relação, comparando com o mesmo período do
ano anterior;
• Proporção de Plasmodium falciparum, em relação ao total de casos, comparando com o
mesmo período do ano anterior;
• Proporção de transmissão de malária em áreas urbanas, em relação ao total de casos,
comparando com o mesmo período do ano anterior;
• Número de localidades sem transmissão de malária as quais, também, não tiveram
transmissão da doença no ano anterior;
• Número de localidades com detecção de surtos de malária, comparando com o mesmo
período do ano anterior.
8.2 - INDICADORES DE PROCESSOS
• Percentual de unidades notificantes com processamento de dados em até 15 dias da data
da notificação;
Percentual de notificações de casos de malária entregues semanalmente, pelas unidades
notificantes, para digitação, em relação ao total de unidades notificantes existentes;
• Percentual de localidades com população e número de prédios atualizados,
semestralmente, no cadastro do Sivep-Malária;
• Percentual de localidades de alto e médio risco georreferenciadas e com as coordenadas
geográficas digitadas no Sivep-Malária;
• Percentual de localidades com atividades de controle da malária inseridas nas ações
básicas de saúde;
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8.3 - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO:
• Percentual de unidades de saúde com diagnóstico e tratamento da malária implantado;
• Percentual de unidades de emergência 24 horas, com diagnóstico e tratamento da malária
implantado;
• Percentual de tratamento iniciado, no prazo máximo de 24 horas, a partir da data da
coleta do sangue para exame;
• Percentual de tratamento iniciado, no prazo máximo de 48 horas, a partir da data dos
primeiros sintomas;
• Percentual de lâminas com resultados discordantes, comparado com os índices
recomendados pelo OMS;
• Percentual de LVC positivas, comparado com o mesmo período do ano anterior e a média
do estado;
• Índice de Lâminas Positivas (ILP), em relação ao total de exames realizados.
8.4 - CAPACITAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS:
• Percentual de profissionais capacitados ou atualizados, em relação ao total programado.
Educação em saúde, comunicação e mobilização social.
• Percentual de localidades com atividades educativas sobre prevenção e controle da
malária realizada por semestre, em relação ao total de localidades cadastradas no SIVEP;
• Percentual de pendências resolvidas em relação à recusa de borrifação;
• Percentual de instituições de ensino do município com conteúdo de educação em saúde
sobre malária, inserido nos currículos escolares;
• Percentual de LVC positivas, como indicador da adesão ao tratamento completo;
8.5 - CONTROLE SELETIVO DE VETORES:
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• Percentual de criadouros potenciais de anofelinos e respectivas espécies identificadas em
áreas urbanas e aglomeradas populacionais, em relação ao total de coleções hídricas
existentes nestas áreas;
• Percentual de criadouros de anofelinos georreferenciados, em relação ao total de
criadouros de anofelinos identificados e cadastrado no Vetores-Malária;
• Percentual de borrifações residuais realizadas em relação ao total de prédios existentes
nas localidades de médio e alto risco;
• Percentual de obras realizadas para eliminação dos criadouros potenciais de anofelinos
em localidades urbanas de médio e alto risco para malária;
• Percentual de ciclos completos de controle químico espacial, realizados nas localidades e
alto risco que sejam aglomerados como vilas, povoados, bairros, conjuntos, acampamentos
e similares;
• Percentual de atividades de controle vetorial avaliadas, por meio das provas de parede e
gaiola, em relação às localidades onde os ciclos de borrifação foram completados;
8.6 - MONITORAMENTO DO PMCM:
• Percentual de reuniões semestrais de avaliação do Programa de Controle da Malária
realizadas, conforme previstas no Plano;
• Percentual de relatórios de avaliação do Programa, enviados ao Secretário de Saúde,
conselhos de saúde, câmaras de vereadores, em relação ao total de reuniões de avaliações
realizadas;
• Percentual de reuniões semanais realizadas com supervisores de campo e outros técnicos
para avaliação da situação da malária e implementação das ações de controle;
• Plano Operacional de Prevenção e Controle da Malária elaborado em parceria com a
SES-RO e o empreendedor e aprovado no Conselho de Saúde e na CIB;
• Percentual de participação do Prefeito e do Secretário Municipal de Saúde nas reuniões
de avaliação do Programa.
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9 – ORÇAMENTO:
Para a execução do presente plano, foi estimado o valor de R$ 13.900.000.00 (treze
milhões de reais), os quais destina-se a cobrir as despesas previstas na tabela 3. Os prazos
para execução das ações estão previstas na Tabela 4, anexo I. As demais despesas do
PMCM serão custeadas com recursos municipais oriundas do Piso de Piso Fixo de
Vigilância e Promoção da Saúde – PFVPS e recursos do Tesouro Municipal.
Tabela 3 – Orçamento para a implementação do Plano Complementar de Controle de
Malária da UHE de Santo Antônio, para o período de 2012 a 2016. Porto Velho, 2012
Material/insumos Valor (R$)
Aquisição de microscópio 150.000.00
Aquisição de veículos 1.700.000.00
Aquisição de motor de popa 110.000.00
Aquisição de barco de alumínio 90.000.00
Contratação de pessoal 6.880.000.00
Combustível 1.200.000.00
Manutenção de veículos 1.800.000.00
Manutenção de microscópio 150.000.00
Aquisição de termonebulizador 120.000.00
Aquisição peças bombas 335.000.00
Aquisição EPI 375.000.00
Insumos laboratório 240.000.00
Aquisição de motocicletas 300.000.00
Construção de laboratórios 400.000.00
Contratação de consultoria 50.000.00
Total 13.900.000.00
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10 - CRONOGRAMA
Atividades Ano execução
1º 2º 3º 4º 5º
Apoio à estruturação dos serviços locais de saúde
Diagnóstico e tratamento
Fortalecimento da vigilância da malária
Capacitação de recursos humanos
Educação em Saúde, Comunicação e Mobilização social
Controle seletivo de vetores
Planejamento dp PMCM
Monitoramento do PMCM
11- ATRIBUIÇÕES
À Santo Antônio Energia, caberá o provimento dos equipamentos, pessoal (ou
recursos para o pagamento de pessoal), insumos, veículos, conforme os itens e
valores apresentados na tabela 3. Há de se ressaltar que as regiões de saúde a serem
contempladas são: a primeira, segunda, quinta, oitava e nona e, caso se identifique
aumento na população de vetores na terceira região, parte da terceira também será
contemplada. Além disso, a SAE prosseguirá com as atividades de monitoramento
de vetores e com a distribuição de Mosquiteiros Impregnados de Longa Duração na
quinta, nona e terceira regiões.
À Secretaria de Saúde de Porto Velho, caberá a gestão dos equipamentos e pessoas,
o planejamento e a execução das atividades do cronograma explicitado no item 10
do presente documento;
À Comissão de Gestão e Acompanhamento do Programa de Saúde Pública, caberá
acompanhar, avaliar e ajudar na gestão do Plano.
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Anexo 1
Distribuição de recursos segundo ano de aquisição dos insumos, serviços, materiais e equipamentos
Material Quant
Valor Unitário Aquisição por ano de vigência
Valor total 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano
Microscópio bacteriológico 30 5.000,00 150.000,00
Pick up cabine dupla 4X4 traçada 20 85.000,00 1.700.000,00
Motor de popa 40 HP 10 11.000,00 110.000,00
Barco de alumínio 10 9.000,00 90.000,00
Termonebulizador portátil 20 6.000,00 120.000,00
Motocicletas 30 10.000,00 300.000,00
EPI * - 375.000,00
Manutenção de veículos - 360.000,00 / ano 1.800.000,00
Manutenção de microscópio - 30.000,00 / ano 150.000,00
Aquisição peças bombas - 67.000,00 / ano 335.000,00
Insumos laboratório - 48.000,00 / ano 240.000,00
Construção de laboratórios 05 80.000,00 400.000,00
Contratação de consultoria 02 25.000,00 50.000,00