plano brasilia edição 81

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BRASÍLIA www.planobrasilia.com.br 25 DE JANEIRO DE 2011 Ano 9 · Edição 81 · R$ 5,30 EDITORA Plano BR 81 Filhos do Coração Projeto Aconchego guia na adoção e apadrinhamento de crianças ENTREVISTA Diego Ramalho JUSTIÇA Andreia Ceregatto PONTO DE VISTA Cristovam Buarque

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Periodico semanas da capital federal do Brasil co noticias gerais da cidade

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BRASÍLIAw w w. p l a n o b r a s i l i a . c o m . b r

25 de janeiro de 2011a n o 9 · e d i ç ã o 8 1 · r $ 5 , 3 0

E D I T O R A

PlanoBR

8 1

Filhos do CoraçãoProjeto Aconchego guia na adoção

e apadrinhamento de crianças EntrEvista

diego ramalho

JUstiÇaandreia Ceregatto

Ponto dE vistaCristovam Buarque

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Cursos on-line: Cursos rápidos Dicas e truques Informativos

Palestras: Para grupos on-line Para auditório

Reuniões: Comerciais De projetos Administrativas

Brasília (61) 3038 - 3200Belo Horizonte: (31) 2129 - 0550www.webaula.com.br

Veja algumas das aplicabilidades do webAula conference.

Conferência pela Internet: Já Chegou, Funciona e GeraMuita Economia!

Os gastos com viagens e videoconferências, destinadosa reuniões, conferências e encontros, são expressivos.O webAula Conference, surgiu para reduzir custosempresariais.

Em seu ambiente virtual é possível a interação palestranteEm seu ambiente virtual é possível a interação palestrante/participante, por meio de áudio, vídeo, Power Point,compartilhamento da área de trabalho, área de desenho,etc.

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Cursos on-line: Cursos rápidos Dicas e truques Informativos

Palestras: Para grupos on-line Para auditório

Reuniões: Comerciais De projetos Administrativas

Brasília (61) 3038 - 3200Belo Horizonte: (31) 2129 - 0550www.webaula.com.br

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Conferência pela Internet: Já Chegou, Funciona e GeraMuita Economia!

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Sumário

12 Cartas

13 Entrevista

18 Brasília e Coisa & Tal

20 Política Brasília

22 Dinheiro

24 Capa

28 Cidadania

30 Gente

32 Cidade

34 Educação

36 Tecnologia

38 Cotidiano

40 Planos e Negócios

42 Automóvel

44 Vida Moderna

46 Esporte

48 Personagem

50 Saúde

52 Moda

54 Comportamento

56 Cultura

58 Cinema

60 Gastronomia

62 Música

64 Mundo Animal

66 Jornalista Aprendiz

68 Mercado Imobiliário

70 Propaganda e Marketing

72 Tá Lendo o Quê?

74 Frases

75 Justiça

76 Diz aí, Mané

78 Cresça e Apareça

80 Ponto de Vista

82 Charge

13

46 6048

32

34

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Expediente Carta ao leitor

DIRETOR EXECUTIVO Edson Crisó[email protected]

DIRETORA DE PROJETOS ESPECIAIS Nubia [email protected]

DIRETOR ADMINISTRATIVO Alex [email protected]

PlanoBRASÍLIA

CHEFIA DE REDAÇÃO Afrânio Pedreira

DIRETOR DE ARTE Theo Speciale

DESIGN GRÁFICO Camila Penha, Eward Bonasser Jr. e Monique Valente

FOTOGRAFIA Gustavo Lima

EQUIPE DE REPORTAGEM Alessandra Bacelar, Anna Paula Falcão, Fernanda Azevedo, Larissa Galvão, Maíra Elluké, Michel Aleixo, Natasha Dal Molin e

Tássia Navarro

COLABORADORES Adriana Marques, Andreia Ceregatto, Bohumil Med, Carlos Grillo, Carlos Hiram Bentes David, Cerino, Cristovam Buarque, Luis Turiba, Mauro

Castro, Regina Ivete Lopes, Ricardo Movits, Romário Schettino, Sabrina Fiuza.

IMPRESSÃO Prol Editora Gráfica

TIRAGEM 60.000 exemplares

REDAÇÃO Comentários sobre o conteúdo editorial, sugestões e críticas às maté[email protected]

AVISO AO LEITOR Acesse o site da editora Plano Brasília para conferir na íntegra o conteúdo de todas as revistas da

editora www.planobrasilia.com.br

PLANO BRASÍLIA EDITORA LTDA.SCLN 413 Bl. D Sl. 201

CEP: 70876-540, Brasília-DFComercial: 61 3041.3313 | 3034.0011

Redação: 61 3202.1357Administração: 61 [email protected]

Não é permitida a reprodução parcial ou total das matérias sem a prévia autorização dos editores.

A Plano Brasília Editora não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados.

Prezados eleitores

Depois de muito trabalho e dedicação, a Revista Plano Brasília agora passou a ser semanal. O que significa que nossa equipe vai ter que redobrar suas atenções para acon-tecimentos atuais que estão sendo discutidos por horas a fio durante rodas de amigos. Mas fiquem tranquilos. Vamos estar sempre atentos para poder informar a todos o que anda acontecendo no mundo da política, educação, entretenimento, saúde, segurança, esporte e outros que costumam despertar a atenção de todos. Afinal, o nosso dever primeiro é informar.

Mas, mudando de assunto, aqui estamos nós com a nossa segunda edição do ano. As nossas 84 páginas estão cheias de informações que acreditamos, serão do interesse de toda a população. A nossa matéria de capa “Filhos do coração”, de quatro páginas, contamos como pais e filhos adotivos se encontram e estabelecem um elo de amor e ami-zade incondicionais, decretado por lei divina e que só Deus pode explicar. Afinal, não foram gerados pelos pais e nem germinados no ventre da mãe. Mas, o fato é que suas vidas se cruzaram e ganharam sentido na verdadeira acepção da palavra. Laços fortes de ternura, amor e carinho foram dados e, nem o tempo, seguramente, vai conseguir desatá-los. O que é ótimo para o adotado e adotante. Temos certeza de que você, leitor, vai gostar da leitura.

Outra matéria que estamos apostando que vai cair no gosto de nossos fiéis e amados leitores é a entrevista com o presidente do Comitê Ficha Limpa, Diego Ramalho. Um jovem de 24 anos, estudante de direito que, por estar preocupadíssimo se os 24 deputados distritais eleitos vão saber conduzir seus mandatos com transparência e retidão de ações, criou recentemente o programa “Adote um distrital”. Trata-se de um projeto que conta com a ajuda da população de Brasília que, voluntariamente, escolhe um parlamentar para adotar e fiscalizar.

Na reportagem “Profissões em Alta”, fomos pesquisar as áreas que estão oferecendo melhores salários e com campo de atuação mais em alta. O destaque vai para os profissionais da aviação civil, corretores de imóveis e os tecnólogos da informação, os popularmente chamados TIs.

Na editoria “Cotidiano”, o delegado-chefe adjunto da 5ª Delegacia de Polícia, Edson Medida de Oliveira, na matéria inti-tulada “Crack: Fora de Cena em Brasília”, assegura que acabar com o narcotráfico é uma das prioridades do governo local.

Na reportagem de saúde, o leitor vai ficar sabendo que aqueles suores excessivos que incomodam e causam mal estar nas pessoas, provocando desconfortos é a “Hiperi-drose”. A doença chega a provocar verdadeiros transtornos nos seus portadores, desencadenando até distúrbios psico-lógicos. Saiba mais sobre essa doença que, em casos mais graves, faz com que as pessoas se isolem da sociedade. A boa notícia é que o mal tem cura de forma paliativa por meio de aplicações botulínicas e permanente, através de intervenção cirúrgica.

A todos uma boa leitura e nos falamos na próxima edição.

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Fale conosco

Cartas e e-mails para a redação da Plano Brasília devem ser endereçadas para:SCLN 413 Bl. D Sl. 201, CEP 70876-540Brasília-DFFones: (61) 3202.1357 / [email protected]

As cartas devem ser encaminhadas com assinatura, identificação, endereço e telefone do remetente. A Plano Brasília reserva-se o direito de selecioná-las e resumi-las para publicação.

Mensagens pela internet sem identificação completa serão desconsideradas.

ErramosNa matéria de Política Brasília da edição 80, dei-xamos de mencionar a Administração Regional do Jardim Botânico, que tem como administrador o Sr. César Lacerda.

Cartas

Senhores jornalistas. Gostaria de cumprimentar a todos dessa revista pelas excelentes matérias. Os assuntos são bastantes variados e escritos de fácil entendimento. Tenho certeza de que ninguém precisa lê-la com um dicionário por perto. Parabéns a todos e continuem caprichando.

Francisca SilvaAsa Sul

Sou leitora assídua da Revista Plano Brasília. Gosto muito da coluna de moda e, como adoro echarpes por achar que dá um certo tchan nas roupas, sem contar a elegância que esse acessório dá a quem está usando. Gostaria muito que vocês fizessem uma super matéria sobre o assunto, pois quem sabe assim a moda dele não voltasse, né? Estou aqui na expectativa de ao abrir um dos próximos números da revista, lá esteja a matéria. Parabéns a todos vocês que fazem essa publicação.

Rosângela MariaSudoeste

Prezados senhores. O motivo desta é somente para parabenizar pela excelente entrevista com o Secretário Executivo da Controladoria Geral da União, Dr. Luiz Navarro. Muito boa e muito escla-recedora a reportagem sobre o grande mal do nosso país que é a corrupção. Estou aqui na torcida para que os nossos políticos passíveis de corrupção leiam a matéria. Muito boa mesmo. Parabéns.

Carlos FranciscoLago Oeste

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PLANO BRASÍLIA 25 DE JANEIRO DE 2011 13

Diego Ramalho

EntrevistaPor: Natasha Dal Molin | Fotos: Divulgação

O recém-premiado filme “A rede so-cial”, de Mark Zuckerberg mostra como a internet e as redes sociais

afetam muitas pessoas nos dias atuais. Mas muito além do que uma arena para disputa de egos ou bobagens, a rede pode servir para engajar a sociedade. E é mais ou menos isso que acredita o jovem Diego Ramalho. Aos 24 anos, ele é presidente do Comitê Ficha Limpa-DF e vem chamando a atenção na rede para o recém-criado projeto “Adote Um Dis-trital”. Trata-se de um projeto que conta com a ajuda da população que, volunta-riamente, escolhe um parlamentar para adotar e fiscalizar.

Plano Brasília> O que é o Adote um Distrital?Diego Ramalho> É uma ferramenta que

nós estamos disponibilizando hoje para todos os moradores de Brasília. Uma ferramenta que venha fazer essa parte da população ajudar os parlamentares a serem fiscalizados.

E como surgiu a ideia?Veio de São Paulo. O Adote um ve-

reador foi criado pelo jornalista Milton Young com o mesmo objetivo. Aqui em Brasília eu sou diretor do Comitê Ficha Limpa do DF e nos últimos três anos tivemos um grande empenho justamente na elaboração da PL 135, a chamada Lei da Ficha Limpa.

Você comentou sobre a Lei da Ficha Limpa. Participou ativamente do proces-so. Surtiu efeitos?

Eu vou dar o exemplo de Brasília, não vou falar dos outros Estados porque não acompanhei de perto a repercussão em cada um deles. Em Brasília, se não fosse a Lei da Ficha Limpa, provavel-mente nós não teríamos o próprio governador Agnelo eleito. Para um pro-jeto que partiu da sociedade, quem fosse contra a lei, estaria se enquadrando como um parlamentar ficha suja. Então eu acho que foi de extrema importância, principalmente para Brasília.

Como você avalia a receptividade, até o momento do projeto Adote um Distrital, pelos distritais?

Nós não informamos a eles oficial-mente. Devido ao recesso parlamentar alguns deles ainda não voltaram. Mas

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14 PLANO BRASÍLIA 25 DE JANEIRO DE 2011

nós estamos engajados,

promovendo palestras em faculdades

sobre a Ficha Limpa, sobre a

corrupção

alguns, principalmente aqueles que vão fazer oposição ao governador Agnelo, a maioria já entrou em contato com o comitê, parabenizando e mostrando todo o aparato, querendo realmente participar, ajudar. Nenhum parlamentar de governo entrou em contato com o comitê e nem informou nada.

E quais são as próximas ações?Iremos atuar principalmente em

dois pontos aqui em Brasília: primeiro em uma lei nova que o deputado Olair Francisco propôs, que vai ser uma emenda à Lei Orgânica, chamada Ficha Limpa nos cargos comissionados. Então todos aqueles que são comis-sionados vão ter que passar por uma avaliação, mas daí a gente vai discutir alguns méritos ainda. Mas de pronto, cada coordenador - hoje nós somos 24, um para cada deputado - cada coor-denador vai entrar em contato com o seu deputado para saber qual a posição dele, se ele concorda, ou se ele acha que é besteira. É lógico que, nesse aspecto, eu creio que todos vão concordar. E o segundo é uma proposta já antiga. Se não me engano de 2008, 2009, que é a proposta de extinguir o 14º e o 15º salários dos distritais. O deputado Raad Massouh (DEM) apresentou a proposta à Mesa para discutir.

Aqui no DF, vocês do Comitê Ficha Limpa estão se organizando para cuidar desse projeto. Você sabe se no restante dos comi-tês pelo Brasil afora tem sido assim?

Em São Paulo, não. Lá, na verdade, foi uma iniciativa cívica, de um jornalista. Ele bolou aquela ideia e daí cada pessoa da sociedade vai lá, adota um parlamen-tar. A ideia do Milton é que cada pessoa criar o seu site e começar a alimentar. Nós teremos apenas um site que será alimentado por todos do projeto. Hoje somos mais de 200 pessoas, uma média de oito para cada parlamentar.

E qual é o balanço que vocês fazem dessa primeira semana de funcionamento?

Em uma semana tivemos mais de 200 cadastros. A pessoa entrou, gostou.

Nós fizemos uma avaliação ontem, que ainda vai ser fechada. Até ontem (dia 19), nós tivemos quatro mil acessos. Desses quatro mil acessos, tivemos mil que navegaram pelo site. Dessas mil, 200 se cadastraram. A nossa avalia-ção é ótima.

E você, como foi parar na direção do comitê?

O Ficha Limpa partiu do Mo-vimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). Sempre gostei muito de acompanhar a política em Brasília, na Câmara Legislativa e na Câmara dos Deputados e Senado. Em 2008, ouvi a minha atual direto-ra, que é a Joevita Rosa, dando uma entrevista para a rádio CBN, falan-do da iniciativa e o projeto estava começando. Daí, entrei em contato com o movimento que fica aqui na OAB. A secretária executiva me disse que Brasília não tinha ainda um co-mitê. Levei a ideia à Universidade. Alguns colegas que também gosta-vam de política resolveram criar o comitê de Brasília e desde 2008 nós estamos engajados, promovendo pa-lestras em faculdades sobre a Ficha Limpa, sobre a corrupção. E isso foi muito rápido. Nós debatemos,

conversamos isso pela primeira vez no dia 20 de dezembro, e eu propus que a gente esperasse passar o Natal e Ano Novo. Após isso, começamos a debater e hoje temos aí um grupo muito sólido de 24 pessoas traba-lhando hoje pelo projeto.

Muito se fala sobre o desinteresse das pessoas, especialmente dos jovens, sobre a política. Você acha que essa ferramenta pode contribuir para reverter isso?

Nessa última semana eu recebi muitos e-mails, muitas ligações e é exatamente isso, as pessoas vendo uma luz no fim do túnel em relação à política. E o nosso objetivo, a partir de agora, quando começar a vir as in-formações, quando os deputados vol-tarem à Casa, é justamente levar essas informações para as universidades, trazer aquele jovem que tem interesse para vir ajudar um pouquinho.

Você acha que a população poderia aproveitar melhor o fato de Brasília sediar o Congresso Nacional, enfim, por poder acompanhar mais de perto a vida política?

Exatamente. Eu falo por mim Eu nasci em Brasília, moro aqui há 24 anos e conheço muito pouco a Câmara Legislativa e a gente quer agora conhecer melhor os bastidores da Casa, o que cada comissão está fazendo e levar isso para a população. É importante.

Você acha que de uma maneira geral os deputados distritais vão dar trabalho?

É uma pergunta difícil. Eu acho que vai variar de cada deputado. Aqueles que já nos procuraram, eu acho que não. Já o deputado que eu adotei, eu ainda não consegui aquela relação que eu quero, mas estou aguardando, vamos ver até fevereiro. Mas há alguns parlamentares e daí eu cito: Celina Leão (PMN), Olair Fran-cisco (PTdoB), Washington Mesquita (PSDB) e Wellingtom Luiz (PSC), mais essas pessoas de oposição ao governo, não. Eles abriram para a gente de uma forma imensa para a gente participar,

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PLANO BRASÍLIA 25 DE JANEIRO DE 2011 15

Eu acho que deveria ter uma forma de punição

principalmente para o

presidente da Casa que deixou isso acontecer

Diego Ramalho com o Governador Agnelo na Corrida da Corrupção

passaram os contatos dos assessores de imprensa e assessores especiais, para a gente poder participar.

A internet e as redes sociais são um cha-mariz para atrair a atenção da pessoas, que passam tanto tempo na internet, para a causa política?

Com certeza. Hoje, nós estamos fa-zendo, na prática, tudo on line. As nossas reuniões, bate-papos, discussões, opini-ões e críticas, todas são on line. Quando nós lançamos o “adote um distrital”, foi uma coisa assim que até assusta a gente, o tamanho que é a internet.

A Câmara está enfrentando atualmente um problema que é a proibição de con-tratação de pessoal por que ela estaria ultrapassando os limites da Lei de Res-ponsabilidade Fiscal (LRF). Em relação a esse caso, vocês já têm alguma opinião?

Eu ainda não levei essa discussão para o grupo, mas particularmente eu discordo da proibição das contrata-ções. Eles não podem porque aquelas pessoas que seriam comissionados deles, pessoas de confiança, os novos deputados não podem contratar. Hoje

na Câmara tem um monte de pessoas que são voluntárias. Por causa de um pecado passado eu acho que os novos não podem responder. Eu acho que deveria ter uma forma de punição principalmente para o presidente da Casa que deixou isso acontecer. Eu

acho que tem que resolver essa histó-ria o quanto antes para os deputados começarem realmente a trabalhar.

Você pode deixar um recado para os deputados e para a população?

Primeiro para a população: o movi-mento realmente quer fazer a diferença no Distrito Federal e para que essa dife-rença aconteça, cada membro da socie-dade , aquele que votou, aquele que não votou, tem que vir participar do projeto, direta ou indiretamente. Venha fiscalizar. E para os deputados, o único recado que a gente pode deixar é que realmente trabalhem em prol da sociedade.

Você acredita que os deputados, que estão dizendo que querem isso, vão conseguir mudar a imagem da Câmara nesta legislatura?

Não foi a renovação que Bra-sília merecia, mas eu creio que sim. Acho que pior do que o pas-sado a gente não tem como ficar. Brasília entrou para a história da corrupção mundial. Acho que em fevereiro vai começar realmente um novo caminho.

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Brasília e Coisa & Tal ROMÁRIO SCHETTINO

Primeiro, a SaúdeO governador Agnelo Queiroz dá prioridade máxima à saúde do DF. Com

um bom time montado, Agnelo disparou uma força tarefa para por o trem

nos trilhos. O Hospital de Santa Maria e a distribuição de medicamentos

na rede sofreram tratamento de choque. Espera-se que o roubo e o des-

perdício reduzam a zero. As esperanças são muitas, em todas as áreas.

Já se nota a limpeza nas ruas e a reforma administrativa já começou. O

demagógico Buritinga foi devolvido à PM. O que mais, governador?

Presidenta mostra a caraA primeira aparição pública da presidenta Dilma Rousseff foi positiva.

Foi ao local do desastre no Rio de Janeiro e tomou providências ime-

diatas. É assim que se faz. O Rio pede ajuda e o brasileiro responde

com apoio. Dilma disse presente.

Battisti esperaO Supremo Tribunal Federal não tem outra saída, terá que confirmar

o asilo político a Cesare Battisti. A decisão do presidente Lula está

baseada no Tratado assinado entre Brasil e Itália e o que se faz, no

momento, é pura enrolação política e burocrática. Nem o governo do

bufão Berlusconi está preocupado com a tão propalada “crise” entre

os dois países. Berlusca está de olho é no contrato milionário para o

fornecimento de fragatas à Marinha brasileira.

Dilma na capaA presidente Dilma Rousseff

foi capa da revista búlgara

Hello! Bulgária. A publicação,

que foi recém-lançada no

país, publicou uma foto de

Dilma com o braço esquerdo

erguido, fazendo sinal de

positivo. A reportagem faz

um retrospecto de mulheres

que chegaram ao poder,

como Vigdis Finpogadouhtir,

na Islândia, Mary McAleese,

na Irlanda, Tarja Halonen,

na Finlândia e Micheline Calmy-Rey, na Suíça. Comparando Dilma às

argentinas Isabel Perón e Cristina Kirchner, a revista búlgara cita a

recuperação econômica e a redução da pobreza as principais metas da

brasileira. Dilma, que é filha e um advogado búlgaro que migrou para o

Brasil na década de 1930, ficou famosa no país dos Bálcãs já na época

da campanha presidencial. Com a vitória, a fama de Dilma percorreu todo

o país, onde ela tem parentes. “Dilma Rousseff, uma história búlgara” é

o título da capa da “Hello! Bulgária” que já está nas bancas e cita “uma

história do local do acontecimento”. No dia da posse, a presidente foi

convidada pelo presidente da Bulgária, Georgi Parvanov, a visitar o país.

A reportagem foi escrita pelo jornalista Georgi Nalbantov e é reproduzida

também na página da revista na internet.

Brasília vista do espaço A bordo da Estação Espacial

Internacional (ISS, na sigla

em inglês) desde o dia 15 de

dezembro, o astronauta italiano

Paolo Nespoli postou no Twitter

uma foto de Brasília tirada

numa madrugada de janeiro. O

astronauta está em uma missão de seis meses que realizará uma série

de experimentos no espaço. Na parte central da imagem é possível ver

o desenho do plano piloto e o contorno do Lago Paranoá. É possível

observar também as regiões administrativas da capital do país, como

Sobradinho e Planaltina, à esquerda da imagem, e Ceilândia e Gama, à

direita. Nespoli divulgou a foto no twitter com a mensagem “Uma capi-

tal da América do Sul” para os seus mais de 13.000 seguidores. Além

de ser o engenheiro de voo da missão, o astronauta banca o fotógrafo

registrando imagens de diversas partes do mundo, aproveitando os

meros 90 minutos que a ISS leva para dar uma volta na Terra.

Museu Gay A cidade de São Francisco, reconhecida mundialmente pela liberação

homossexual, abrigará o primeiro museu gay dos Estados Unidos. O

objetivo é contar a história da evolução da libertação da comunidade

gay, bissexual e transexual. Além disso, o museu contará com

exposições temporárias. Os visitantes já poderão ver a exposição

“Nosso extenso passado gay”, que conta faz um retrospecto histórico

da comunidade homossexual. “Queimaram nossas cartas, anularam

nossos nomes, censuraram nossos livros, declararam nosso amor

como inqualificável”, diz a frase em uma das paredes do museu,

tirada de um panfleto do projeto da história gay de San Francisco em

1979. Ao lado do Museu Gay de Berlim, na Alemanha, o GLBT History

Museum será o segundo museu do mundo a se dedicar a causa.

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PLANO BRASÍLIA 25 DE JANEIRO DE 2011 19

Um CCS para o DFFoi lançado em Brasília o Movimento Pró-Conselho de Comunicação

Social do DF (MCP) sob a liderança do professor Venicio Artur de Lima.

A idéia é que o deputado distrital Wasny de Roure (PT) apresente um

novo projeto de lei regulamentando o artigo 261, da Lei Orgânica do DF,

já que foi ele quem assinou o PL 1110/93, que acabou arquivado por

falta de apoio político na época. Agora, com o impulso da I Conferência

Nacional de Comunicação, a sociedade exige providências urgentes. O

assunto será tratado também em uma conferência temática Cultura/

Comunicação a ser realizada até o mês de abril pela Secretaria de Cul-

tura do DF. A proposta chegará às mãos do governador Agnelo Queiroz,

da secretária de Comunicação Samanta Sallum e do secretário de

Publicidade, Abimael Nunes, em breve.

Sensacionalismo perigosoA imprensa brasileira cumpre papel relevante na cobertura dos desastres

ecológicos que assolam a região Serrana do Rio de Janeiro. No entanto,

alguns veículos exageram na dose do sensacionalismo. Tudo vira

espetáculo. A desgraça humana é explorada ao máximo em busca de

audiência. Devagar com o andor, que a santa é de barro, companheiros!

Contra a propriedade cruzadaO ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, se diz contra posse

de jornal, rádio e TV na mesma região por uma mesma empresa ou

grupo empresarial. Ou seja, Bernardo é contra a propriedade cruzada

dos meios de comunicação. Ele disse isso a Elvira Lobato, jornalista da

Folha de S. Paulo, durante o programa “3a1”, da TV Brasil. O antepro-

jeto para uma nova lei de comunicação eletrônica de massa, deixado

pelo ex-ministro Franklin Martins propõe que não sejam autorizadas

concessões de rádio ou TV a grupos que já tenham empresas de mídia

na mesma região do Brasil. Bernardo defendeu que seja dado um

prazo para a adaptação dos grupos empresariais que já possuem mídia

impressa e radiodifusão na mesma localidade. No entendimento do

ministro, há concentração excessiva, sobretudo no mercado de TV: “Há

centenas de empresas no mercado, mas quatro ou cinco concentram

mais de 90% da audiência”.

Políticos,não!O ministro Paulo Bernardo suge-

riu também que políticos sejam

impedidos de possuir emissoras

de rádio e TV. Bernardo disse

que a proposta faz parte do an-

teprojeto elaborado por Franklin

Martins. Até agora, o governo

de Dilma Rousseff manteve o

projeto de Franklin guardado a

sete chaves. Segundo Bernardo

é “um projeto de fôlego”, que

ainda não está concluído. Ele

reafirmou que o anteprojeto será

examinado por vários ministérios e passará pelo aval de Dilma antes de ser

levado à discussão pública. Ele nega que haja uma tentativa de cercear

a mídia. “Essa coisa de que queremos controlar, censurar, é bobagem. O

Brasil é uma grande democracia e somos guardiões de tudo o que a Cons-

tituição estabelece em termos liberdade de expressão”, disse o ministro.

Paulo Bernardo criticou a privatização da Telebrás em 1998, no governo

de Fernando Henrique Cardoso. Segundo ele, as teles foram vendidas “a

preço de banana” e o país “não se beneficiou patrimonialmente” da venda,

porque o dinheiro arrecadado foi gasto no pagamento de “juros altíssimos”

da dívida pública interna, e não em investimentos.

Reestruturar a CulturaHamilton Pereira e sua equipe trabalham para rees-

truturar a Secretaria de Cultura, depredada pelo

governo anterior. Welington Nascimento, subscre-

tário de Relações Institucionais promete uma nova

Rádio Cultura FM para breve. Aguardemos, pois!

O pior ProconNão existe Procon pior do que o do Rio de Janeiro. O telefone 151 não

atende, o site não dá as dicas necessárias para as reclamações. O con-

sumidor tem que ir até a sede do Procon no Centro para saber que terá

de voltar no dia seguinte. Haja paciência. Por que os agendamentos

não podem ser feitos pelo site? Consumir no Rio está difícil, reclamar,

então, nem fale!

E-mail: [email protected]

Comunicando

Tragédia Já chega a 635 o número de mortos no RJTragédia Já chega a 635 o número de

mortos no RJ

Tragédia Já chega a 635 o número de mortos no RJTragédia Já chega a 635 o número de

mortos no RJ

Tragédia Já chega a 635 o número de mortos no RJTragédia Já chega a 635 o número de

mortos no RJ

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20 PLANO BRASÍLIA 25 DE JANEIRO DE 2011

Mostrando serviço

Nas primeiras horas após as cerimônias de posse – local e nacio-

nal – que tomaram boa parte do primeiro dia do ano, o governador

Agnelo Queiroz (PT) e o secretariado já se articulavam para garantir

as primeiras ações do governo que pretende mudar o modo de fazer

política no Distrito Federal. As primeiras medidas – como a exonera-

ção de comissionados e o decreto de emergência na saúde - foram

anunciadas ainda no sábado.

Na mesma noite, Agnelo convocou os secretários de Governo (Paulo

Tadeu - PT), de Meio Ambiente (Eduardo Brandão - PV), de Desenvolvi-

mento Social (Arlete Sampaio – PT) e de Obras (Luiz Pitiman – PMDB)

para uma reunião sobre o mutirão de limpeza e organização da cidade.

“Nós assumimos a Secretaria de Obras com a preocupação de fazer

uma faxina geral na cidade. Nós tivemos nesses últimos meses o

mato crescendo, o lixo sendo jogado e agora é extremamente

necessário a gente fazer um trabalho de resgate da autoestima do

brasiliense, cuidando da cidade, deixando tudo preparado para que

em um período curto ele volte a sentir orgulho dessa cidade bonita e

maravilhosa”, afirmou Pitiman.

Cenário Local X Cenário Nacional Na divisão dos cargos no Executivo, ao contrário do que aconteceu

nacionalmente, o PMDB não tem do que reclamar. Abocanhou as

duas secretarias de mais verbas: a de Obras e Transporte, além da

direção de boa parte das estatais. Internamente, várias correntes pe-

tistas manifestam insatisfação. “A insatisfação nacional é do PMDB.

Mas aqui no DF ele foi atendido em tudo o que desejou”, analisou

o presidente do PT-DF, Roberto Policarpo, que diz que apesar das

insatisfações, o PT local está bastante confiante nesse governo.

Para o cientista político da Universidade Estadual do Goiás (UEG)

Wagner Roberto, a briga está ocorrendo, mas internamente. E

ficará mais aparente depois que toda a composição for encerrada.

“Nacionalmente, a briga já está mais evidente, com a votação do

salário mínimo sendo negociada em troca dos cargos”, avalia. Para

o vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), o bom relacionamento se

deve à transversalidade adotada na composição do governo. O prin-

cípio, estabelece que nenhuma secretaria vai pertencer a um partido

político específico. Ou seja, a divisão dos cargos contemplará todos

os partidos da base. Na prática, a adequação é um pouco mais difícil.

Já para o professor de ciência política da Universidade de Brasília

(UnB) Paulo Kramer, são basicamente três fatores que possibilitaram

o bom relacionamento PT-PMDB no DF: maior tempo de diálogo

entre os dois representantes dos partidos (Agnelo e Filippelli), o

fato de Filippelli presidir regionalmente a sigla e as características

regionais dos dois partidos, diferentes da realidade nacional.

Café amargoA Câmara Legislativa reuniu no dia 20 de janeiro os 24 deputados

distritais em um café-da-manhã. Na pauta, a reestruturação admi-

nistrativa da Casa, que acabou prejudicando os deputados novatos.

Política Brasília NATASHA DAL MOLIN Di

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ação

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PLANO BRASÍLIA 25 DE JANEIRO DE 2011 21

“Isso prejudica a igualdade

de mandato”, avaliou Olair

Francisco (PTdoB). Enquanto

não se resolve o impasse,

os deputados eleitos nesta

legislatura se dividem entre

os que estão trabalhando com

voluntários (que é o caso de

Olair e Celina Leão (PMN) e

os que não contam com nin-

guém, como Cláudio Abrantes

(PPS), que deixa o gabinete

fechado quando tem que sair

para resolver alguma coisa.

Para reduzir os gastos na

Casa, há pelo menos três grandes propostas: a do Sindicato dos

Servidores, o Sindical, que segundo seu diretor, Adriano Campos,

está pronta desde 2006. A do Bloco dos 14 (que reúne deputados da

base, neutros e de oposição) e da Mesa Diretora.

Guerra ao CrackO combate ao crack é a promessa não só para o país, como aqui para

a cidade. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, já garantiu

luta implacável contra a droga, assim como o governador Agnelo

Queiroz (PT) e o Secretário de Segurança, Daniel Lorenz. Na Câmara

Legislativa, o deputado Wellington Luiz (PSC), protocolou a criação de

uma Frente Parlamentar de Combate ao Crack. Pesquisas mostram

que o número de dependentes da droga no país pode chegar a mais

de um milhão de pessoas.

Novela dos Comissionados Está longe do fim o impasse em relação aos comissionados no GDF. A

idéia do governador é reduzir pela metade os mais de 20 mil cargos

comissionados existentes.

Na Administração Regional do Gama, por exemplo, a situação era de

406 pessoas trabalhando, sendo 287 comissionados e apenas 81

concursados. “Nem se eles quisessem a administração conseguiria

abrigar todas essas pessoas. O espaço físico não comportaria”,

explicou o administrador, Adauto de Almeida Rodrigues.

Apesar das insatisfações na indicação para as Administrações, nada

mudou. E Agnelo Queiroz garantiu: e nem mudará, apenas por questões

relacionadas ao trabalho e eficiência de cada um dos indicados. Houve

reclamações em Taguatinga, Varjão, Santa Maria, Gama e São Sebastião

(o mais complicado). Neste último, o Fórum de Entidades Sociais e o

Movimento em Defesa de São Sebastião reclamam que havia um projeto

com sugestões e problemas da cidade feito há 12 anos, desde o governo

Cristovam Buarque (hoje PDT) – e que foi absolutamente ignorado.

Estranhamento?

E por falar no ex-governador e hoje senador, o estranhamento entre

ele e o governador Agnelo Queiroz (PT) causa até tristeza em quem

acompanhou de perto a campanha eleitoral. Cristovam, que foi uma das

figuras mais presentes na campanha do petista – comparecendo em

eventos em que o próprio candidato ao governo não podia ir – acabou

não sendo consultado na escolha da secretária de Educação, Regina

Vinhaes. O primeiro sinal da rusga foi sentido ainda no dia da posse,

quando o senador não compareceu à cerimônia, na Câmara Legislativa.

E por falar em Câmara Legislativa, lá também há insatisfações em

relação aos primeiros dias do governo. Muitos deputados da base

governista reclamam por não terem sido chamados para nenhuma

reunião ou conversa com Agnelo até hoje. “E não é questão de ganhar

cargos, mas de conversa mesmo, de sintonia ou de entrosamento”,

avalia um deputado da coligação.

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22 PLANO BRASÍLIA 25 DE JANEIRO DE 201122

Em uma perspectiva prática, poucas pessoas se preocupam com planejamento financeiro,

quando o assunto é saúde. A maior parte da população fica refém do sistema único de saúde. Pouco tem a planejar e mais a rezar. Por outro lado, há uma restrita camada de brasileiros que pode ter acesso à saúde suplementar. Alguns com bons planos e outros com sofríveis sistemas contratuais que ganha apenas o admi-nistrador do plano.

Quando se trata de falar de di-nheiro e saúde, o foco fica na saúde suplementar. Fiscalizada e gerida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Essa agência sempre providenciou ações para melhoria na relação dos planos com seus beneficiários. Sempre provocando um desequilíbrio a favor do cidadão. Nesta história, os custos aumentavam para os planos e não havia como passar direta-mente para os contratos ativos. Então, alguém teria que pagar a conta. Os escolhidos foram os médicos. Nos últimos anos houve uma disputa de força entre os profissionais de saúde e os planos de saúde. No final um indisfarçável desserviço à população. Ora os médicos deixando de atender o público mesmo constando em uma lista de credenciados, ora o médico marcando consultas com 30 ou 60 dias para alguns planos e, quase que imediatamente, para consultas

particulares (pagamento à vista). E, do lado dos planos de saúde, uma verdadeira avalanche de marketing e vantagens que só aparecem para o cidadão até a assinatura do contrato. Planos que pagam um valor nada compatível com o investimento que o médico faz em sua carreira – hoje o médico normal investe mais de sete

anos de estudo para poder atuar com estabilidade na carreira.

Com todas essas mazelas acon-tecendo na saúde, o Conselho Regional de Medicina do DF, publicou uma resolução no final de 2010, que coloca uma nova

realidade financeira para o médico, para os hospitais e para o cliente do serviço de saúde suplementar. Basi-camente, a resolução trata de uma situação que dignifica a carreira do médico que atende nos hospitais e emergências e leva a uma nova realidade entre médicos – planos de saúde e – pacientes. Pela reso-lução o médico terá a obrigação de negociar seus honorários direta-mente – ou por meio de suas asso-ciações – com os planos de saúde. Atualmente, os hospitais é que ficam com a responsabilidade de negociar e gerir o relacionamento

médico plano de saúde. O que acontece hoje é que muitos médicos recebem um valor min-guado que desfavorece um bom atendimento.

Na prática, com a resolução, pode ocorrer de um paciente chegar a um hospital que atende a um plano e o médico não estar conveniado ao mesmo

plano. O médico que atende na emergência não é empregado do hospital, na maioria das vezes. Com essa resolução há uma tendência da saúde suplementar ficar mais cara para o cidadão, mas com um ganho adicional de atenção por parte dos médicos.

A saúde é um dever do Estado. Para aqueles que desejam usar a saúde suple-mentar é hora de saber que será preciso planejamento no seu orçamento para um serviço que é especial e está longe de ser uma oferta. Saúde é coisa séria. Não há como pechinchar nessa área.

Dinheiro MAURO CASTRO

SEU DINHEIROE SAÚDE

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CapaPor: Tássia Navarro e Larissa Galvão | Fotos: Gustavo Lima | Ilustração: Theo Speciale

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PLANO BRASÍLIA 25 DE JANEIRO DE 2011 25

Muitos não foram gerados pelos pais e nem foram ger-minados no ventre da mãe. Mas, nos corações dos “pais” um amor maior cresceu. De alguma forma,

suas vidas se cruzaram e se completaram. Crianças criadas pela avó, tio, tia, adotadas de alguma maneira por alguém que muito lhes ama e que mostram que os laços afetivos podem ser até bem mais fortes do que os sanguíneos.

Toda pessoa tem uma mãe e um pai. Por mais que os biológicos não estejam perto fisicamente, sempre vai existir alguém para ocupar esse lugar. Aquela pessoa que, na maio-ria das vezes, foi a conselheira que apoiou, que deu carinho, amor, ensinou e que sempre serviu como exemplo.

Em Brasília, o Projeto Aconchego é espelho para os que se empenham ou pretendem fazer o papel de pais do coração, sem precisar passar por toda a burocracia da ado-ção. O projeto promove o “apadrinhamento” de crianças. Segundo a especialista em direito civil, Antônia Márcia Sousa Barbosa, a convivência familiar é um direito previsto constitucionalmente à criança e ao adolescente, sendo que a Constituição Federal prevê que a adoção é assistida pelo Poder Público, na forma da lei.

A ideia do Projeto Aconchego começou há 14 anos, quan-do os pais oficialmente adotivos começaram a se reunir para discutir assuntos ligados ao que eles viviam no dia a dia com seus filhos. Com o tempo, esses pais começaram a ver que seus filhos adotivos tinham um lar, mas que muitas outras crianças que estavam na lista da adoção não. Em virtude disso, o objetivo do projeto passou a ser o trabalho em prol

coraçãoQuando crianças tornam-se filhas e passam a fazer parte da vida e do coração de seus pais adotivos ou apenas criadores

Filhos do

da “colocação familiar”, que inclui guarda, tutela, adoção propriamente dita e o apadrinhamento afetivo.

Na colocação familiar, o projeto traça as coordenadas que devem ser seguidas pelo aspirante à adoção e apadrinha-mento. A pessoa ou o casal, uma vez escolhido o afilhado, se responsabiliza em visitá-lo periodicamente, levando-o para passeios, viagens e acompanhamento do seu desempenho escolar. Ainda, na medida do possível, o financiamento de cursos, tratamentos médicos ou psicológicos e outras formas de apoio que venham a colaborar para o bom desenvolvi-mento da criança ou do adolescente apadrinhado.

A psicóloga e diretora do Projeto Aconchego, Soraya Pe-reira, 52 anos, conta que foi com essa preocupação em mente que surgiu a ideia de trazer para Brasília este projeto que existia no Rio Grande do Sul. “Nesse projeto nós fazemos um trabalho com as pessoas que querem apadrinhar para explicar o compromisso que existe nesse ato. Que é com o Projeto Aconchego, com a Vara da Infância e com o Abrigo”, explica.

Num primeiro momento, o padrinho pode visitar a criança no abrigo. Depois de um tempo ele pode sair com a criança, levá-la para dormir em sua casa e mais para frente, até viajar com ela. “O apadrinhamento tem o intuito de fazer com que a criança veja o que é uma família. Conheça a sociedade. Crie projetos de vida e tenha contato com outras pessoas que tem uma vida fora do abrigo”, esclarece a dire-tora. Para ela, existem três papéis bem definidos de adoção no projeto. O primeiro é o gerar, o segundo é o gestar e o terceiro é o criar, o mesmo que educar.

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Mas Soraya ainda explica que não é tão fácil quanto parece. O curso de apa-drinhamento é realizado durante três finais de semana. “Das 100 pessoas que estavam na fila para fazer o curso, no final só restaram 20. Porque percebe-ram que não é só ter atitudes caridosas de vez em quando. É um compromisso social e afetivo que se deve ter com a criança. Afinal, a pessoa vai servir de modelo para ela”, enumera.

Amor derramado em mamadeiras e fraldas. Cuidados com a saúde cobertos de carinho. Brincadeiras recheadas de risadas. Educação com colheradas de compreensão. Colo nos dias de insônia e medo acalentados com beijinhos. Banhos com sorrisos e ninar com lou-vores. São muitos os benefícios de criar uma criança, mas além deles existe a responsabilidade. Quando os pais não podem assumir esse compromisso e o transferem para os familiares ou pesso-as de fora do seu convívio, transferem também todas as alegrias que viveriam com a criança.

Nos casos em que os “pimpolhos” são criados pelos avós, mesmo tendo os pais vivos, são eles (avós) é que são consi-derados os pais e vão servir de exemplo e modelo pelo resto de suas vidas.

Como psicóloga, Soraya explica que, quando os avós estão na função de educadores e cuidadores, prova-velmente terão um olhar mais firme e severo na educação da criança. O mito de que crianças criadas pelos avós serão pessoas mimadas nem sempre é fato. “Quando se perde a função de avô, avó e se passa a ter que educar a criança, se ganha o papel de mãe. O que pode vir a confundir a criança, pois ela tem uma avó e uma mãe, mas que também é irmã. É questão da hierarquia que, se ficar clara dá para conciliar, Se não, a criança pode ter problemas”, garante.

No caso de Marielle Andrade, 17 anos, sua mãe foi para o exterior quando a mesma tinha somente cinco anos de idade. Ela ficou com a avó, porém sem-pre manteve relação com a mãe. Isso fez com que ela criasse em sua mente que era criada pela avó, mas que sua mãe

biológica existia. “Hoje que minha mãe mora comigo eu me sinto muito melhor, porque tenho as duas pessoas mais im-portantes da minha vida comigo. Minha avó e minha mãe”, esclarece.

Segundo a advogada Antônia Márcia, neste caso, a adoção não apre-senta compatibilidade com a natureza da medida por força do disposto no artigo 42 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “No caso a guarda da menina ficou apenas sob custódia da avó. Isso consiste em um instrumento

jurídico que visa assegurar uma situa-ção fática”, afirma.

Hoje, de acordo com a nova lei da adoção, a prioridade é de que as crian-ças sejam entregues para a família como avôs e tios, por exemplo, caso os mes-mos tenham condições físicas, sociais e psicológicas para zelar pelo menor.

A jurista ressalta, ainda, que na ado-ção tradicional o adotante deve estar ciente da irrevogabilidade da adoção e que os filhos adotados legalmente terão os mesmos direitos e qualificações, sendo proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação e que terão o dever de assistir, criar e educar os filhos menores.

VENDE-SE: MUITO AMOR E CARINhOAvó consegue a guarda de três netos

que foram vendidos pela mãeOs irmãos Bruno, 30 anos, Ricardo,

25 anos e Rafael, 22 anos, têm como realidade de vida pertencerem a uma família humilde, honesta e muito religiosa. Foi nesse cenário que eles cresceram. Sob os cuidados e proteção da avó Angelina, 54 anos. No enredo de suas vidas, os três irmãos foram vendidos pela mãe. A avó das crianças, ao descobrir procurou incansavelmente e os encontrou na cidade de Goiânia e com destino marcado: Inglaterra. Os três foram vendidos para um casal inglês que não tinha filhos.

A luta da avó começa quando ela tenta tirar os meninos da casa do ‘ne-gociador’. Polícia, justiça e muita con-fiança e fé fizeram que dona Angelina tivesse as três crianças sob sua guarda. Os anos passaram e o acontecimento por muito tempo foi algo proibido de ser comentado na casa. Os sentimentos de raiva, revolta e dúvidas foram conti-dos e acalmados graças ao tato da avó.

Hoje, Bruno, o mais velho, acha tudo muito divertido. “É engraçado lembrar isso”, diz. Ele conta que foi na ilusão de conhecer um país novo e com a certeza de que em menos de dois meses sua mãe biológica ia estar lá para juntos conhecerem os lugares. “Ela garantiu pra gente que

Soraya Pereira, psicóloga e presidente do Projeto Aconchego

o apadrinhamento tem o intuito de fazer com que a criança veja o que é uma

família. Conheça a sociedade

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PLANO BRASÍLIA 25 DE JANEIRO DE 2011 27

iria estar lá, logo depois que a gente chegasse”, lembra.

O irmão do meio, Ricardo, diz que “quando a poeira baixou a minha avó passou a ser o meu ponto de referên-cia, a minha mãe. A outra, eu preferi esquecer para não sofrer”. Ele conta que sentiu o porto seguro dele afundar quando descobriu que tinha sido ven-dido. “A minha mãe era como se fosse uma rainha e de repente virou uma bruxa”, confessa.

Eles contam que arrependida do ‘negócio’, a mulher voltou anos depois em busca do perdão deles. Tarde demais. Eles já haviam conhecido um amor muito maior do que o da mãe. Um amor tão grande e tão forte que une e dá força aos três que se tornaram homens trabalhadores e se orgulham de ter a avó como base, mãe e protetora.

Porque ela os vendeu? Porque os rejeitou? São perguntas que nem dona Angelina e nem os três irmãos sabem a resposta. Rafael, que não se lembra do acontecido, diz que uma pessoa em desespero é capaz de fazer tudo, menos na sua família. “Ela podia estar desesperada como fosse, que eu tenho certeza que minha avó acharia uma solução para o desespero. Nem o pior problema do mundo é pior do que ela fez”, desabafa.

Os filhos do coração de dona Ange-lina são o que a fazem estar de pé todos os dias, às seis da manhã para preparar o café antes que eles saiam de casa. Ela luta contra alguns problemas de saúde, mas, tímida, diz que “ainda vai vê-los brilhar muito”.

UMA MãE qUE MORA MUITO DISTANTE

Com 18 anos, Jéssica Nunes encara com naturalidade o seu passado. “As coisas eram difíceis para a minha mãe”, conta. Perto de completar 15 anos, Geisa Nunes, 34, ficou grávida. Sem procurar ajuda junto ao pai da criança, ela levou a menina de olhos verdes para o interior do Piauí, em Valença. Lá, pelo menos ela teria a ajuda da mãe, Dona Joana, 73 anos. No início, Jéssica ficaria

com a avó somente até completar os três anos de idade. O tempo passou e ela permaneceu por 15 anos. “Depois eu fiquei sabendo que a minha mãe realmente voltou para me buscar e a minha avó que não deixou”, lembra. A avô sempre achava argumentos para não se separar de Jéssica.

Aos 16 anos, com a intenção de estudar e ser independente, Jéssica veio para Brasília morar com a mãe, o padrasto e o irmão Fabrício de 14 anos. Dias difíceis. Ela conta que no início dava vontade de voltar a pé para o Piauí. A falta de afeto com a mãe biológica e a saudade da avó ajudava a pensar em desistir. Com olhos cheios d’água, expressa a vontade de crescer e ser motivo de orgulho, principalmente para a mãe que ela foi obrigada a deixar lá no interior. Sim, mãe. É assim que Jéssica chama dona Joana. “Foi ela quem me deu educação, respeito, carinho e amor. Por isso, eu a chamo de mãe”. Como a saudade é grande, Jéssica tenta diminuir com as poucas ligações que faz para a avó.

Antes de vir para Brasília, Jéssica tinha o sonho de conhecer o pai. Muitas histórias e mentiras foram contadas e, até hoje ela não sabe nem sequer o nome do pai. “Como procurar uma pessoa sem nem saber direito o nome?”, indaga. Hoje o sonho mudou. Tudo que ela quer é ter dona Joana por perto. “Eu não tenho sentimento pela minha mãe. Ela é fria e eu também”. Os planos futuros são passar em um concurso público e ter seu apartamento. Assim, poder desfrutar novamente dos carinhos de sua mãe que vive há quase dois mil quilômetros de distância.

ESCOlhIDOS PElO CORAçãOUm acidente que mudou a história

da estudante Altina Paula, de 15 anos. Aos três anos, sua mãe foi levada embo-ra e ela ficou com o pai. Os dois tiveram que se virar sozinhos na vida. Como seu Joaquim trabalhava o dia inteiro, Altina foi obrigada a ser criada na casa de uma tia juntos com primos, mas não se sentia à vontade no local.

Por questão de afinidade, o pai de Altina achou melhor que fossem morar com outros tios, com quem vivem até hoje. Os tios Geovane e Gi-selia os acolheram de braços abertos. Mesmo assim, as coisas não foram nada fáceis para os dois. Tendo que passar o dia inteiro longe da filha, Joaquim se via cada vez mais distante dela. “Altina foi a única coisa que me deu razão pra continuar vivendo. Ela é meu alicerce. O motivo de eu continuar lutando”, emociona-se.

Hoje, além do pai, também com as primas Jaqueline e Liliane, que ela tem a certeza de que pode contar em tudo. Joaquim, depois de aposentado, foi cuidar de sua fazenda que fica no Estado de Goiás e quase não tem tempo para visitar a filha. Hoje os exemplos de amor, carinho e dedica-ção que Altina tem são os tios Geovane e Giselia, que lhe deram total apoio quando mais precisou.

“Eu guardo até hoje em minhas coisas, as cartinhas, fotos e lembran-ças da minha mãe. Sinto muita falta, mas sei que ela olha por mim no céu e aqui na terra tenho com quem con-tar”, diz Altina.

Altina Paula e seus pais

Jacqueline, Liliane e Altina

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28 PLANO BRASÍLIA 25 DE JANEIRO DE 2011

CidadaniaPor: Tássia Navarro | Fotos: Divulgação

A nova identidade está para chegar às mãos dos brasileiros. O RIC (Registro Único de

Identidade Civil) vai ocupar o lugar de vários documentos na carteira do cidadão. Em formato de cartão magnético, conterá em um micro chip foto 3X4, assinatura, digitais e informações como o RG, CPF, Car-teira Nacional de Habitação (CNH) e Título de Eleitor.

Segundo o secretário executivo do Comitê Gestor do RIC da Polícia Federal, Paulo Ayran da Silva Bezerra, até o final de janeiro, cerca de cem mil cartões entrará em circulação. “Eles já estão prontos para a confecção da nova identidade. O que está faltando é treinar o pessoal que vai trabalhar com a emissão e confecção dos mes-mos”, afirma o secretário.

Paulo Ayran esclarece que o reces-so de final de ano, as férias de muita gente que sempre opta por essa época do ano e o tempo para realização de treinamentos e impressão do registro atrasaram ainda mais o processo de implantação do documento.

Os estados da Bahia, Rio de Janeiro e o Distrito Federal serão os primeiros a receberem a novidade que é celebrada por muita gente. A funcionária pública Maria do Socorro Silva, 38 anos está radiante com a possibilidade de ter em um único documento todas as suas informações pessoais que, no Brasil são obrigadas por lei a se ter. “É muito bom. Para qualquer coisa que se vai fazer as pessoas pedem todos os nossos do-cumentos para provar que somos nós mesmos, né? Agora é um documento só. Chega de tanto documento!”, co-

memora. Mas, conforme Paulo Ayran, nesse primeiro momento, não serão todos os brasileiros que vão receber a nova identidade. Os primeiros que vão ter o documento em mãos serão escolhidos pelos estados e os critérios de escolha ainda não foram estabele-cidos. “Mas com o tempo todos vão ter”, assegura o secretário.

Para a troca dos documentos pelo RIC, já que todos os brasileiros serão obrigados a fazer a substituição, o governo estabeleceu um prazo de até 10 anos. O documento deverá conter obrigatoriamente o RG e CPF do cidadão. Os dados como carteira de habilitação e título de eleitor, a princípio, são opcionais.

O novo formato de documento de identificação, segundo o secretá-rio, foi pensado com o objetivo de diminuir os riscos de falsificação e fraude da documentação pessoal. “Um cidadão pode facilmente frau-dar um registro de identidade. Ele pode tirar um documento diferente em cada Estado do país”, explica Paulo Ayran.

Para o gerente comercial Flávio Moura, 35 anos, o RIC será uma conquista e um alívio para o bra-sileiro que hoje passa 70% do seu tempo na rua. “Essa unificação dos documentos vai facilitar muito para a gente. Só de não ter que andar com a carteira lotada de documen-tos já é muito bom. Sem contar a maior segurança que vai proporcio-nar”, afirma.

O documento, a princípio, será custeado pelo Governo Federal que já destinou verba no orçamento de 2011. Mas, conforme o secretário, a ideia é de que no futuro, para aquisição da nova identidade, seja cobrada uma taxa que terá o mesmo valor em todo o território nacional.

Os locais para a confecção do novo documento ainda não foram estabelecidos pelo Comitê Gestor do RIC da Polícia Federal. O que se sabe é que os procedimentos serão iguais aos da emissão da carteira de identidade convencionais com coleta de impressão digital, dados pessoais e assinatura. O diferencial é que o processo será totalmente informatizado para garantir um cadastro nacional biométrico com leitura de digitais para identifica-ção eletrônica.

Nova identidadeDocumento entra em circulação até final do mês

Paulo Ayran da Silva Bezerra, Secretário Executivo do Comitê Gestor do RIC

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Confira as novidades:

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GentePor: Edson Crisóstomo | Fotos: Gustavo Lima

Cesar Augusto Moura e Fausto Freire

Caroline Morais e heloisa Najar Michelenn leal

Caixa RápidoPolítica

Cristiane Mota, Simone Belesa, Emmanuelle Bastos, Raila Moura e Carina Bodart

Papo rápidoMas, secretário (ex-secretário Arruda/Rosso) o senhor está solto? Não tô enten-dendo...com uma dúzia de processos que o senhor está respondendo e Ministério Público tendo prendido seu chefe, o senhor acha que vai escapar? - Bem, eu... – Fala, secretário, volta aqui, responde!

Personal Trainner Nos governos Arruda/Rosso a função muito bem reconhecida era a de gestos de Vila Olímpica, R$ 500 mil reais mensais do contribuinte. Coisa que muitas academias, que pagam aluguéis caros, profissionais de alto nível, equipamentos ultramo-dernos, impostos e marketing não conseguem ter de receita mensal. É uma beleza...

Arrumando a casa o administrador de Brasília, Messias de Souza, fez a cha-mada geral: SINDOBHAR, MPU, Agefis, IPHAN e NOVACAP para discutir questões sobre a lei dos puxadinhos.

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Michelenn leal

Geleia Geral

Betania Venâncio O casal Chiquinho e Benigna Venâncio

Marcelo Mesquita e Neide Santos Milena Baqui, Sônia queiroz e Sabrina Estrella

Cultura de Volta Novos ares tomam conta de Brasília, Bruno Bierrenbach Bonetti, administra-dor do Núcleo Bandeirante, já levou o cine voador para exibir filmes na praça da Igrejinha Metropolitana.

Flex para quê?Entra ano, sai ano, o cartel dos combustíveis continua numa boa. Aumento de 5,9% no álcool. Todos os postos a R$ 2,15. Nem disfarçam R$2,12, R$ 2,13, R$2,14. Alô polícia! Ministério Público e autoridades!

Nova taxaMercado esperava na primeira reunião comandada por Tombini, no Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central, aumento da taxa SELIC foi de 0,5%. Agora 11,25% ao ano.

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32 PLANO BRASÍLIA 25 DE JANEIRO DE 2011

Operação limpezaBrasília linda e limpa como merece.

CidadePor: Afrânio Pedreira | Fotos: Roberto Rodrigues – Sec. Obras/DF

Durante quase todo o segundo semestre do ano passado, o que mais se viu e se falou foi do completo abandono em que a capital do país,

considerada patrimônio histórico da humanidade pela Unesco, de rara beleza e traços arquitetônicos arrojados e modernos se encontrava. Lixo abarrotava e transbor-dava em lixeiras e containeres de quadras residenciais e comerciais, hospitais e outros locais. Colocando a população à mercê de maus cheiros de toda espécie e de doenças provocadas por insetos. E, para completar o quadro de desolação da cidade, embora sendo con-siderada uma cidade com muito verde, literalmente, o mato tomou conta de Brasília. A impressão que se tinha era de que tudo seria tomado por uma “indesejável e perigosa” vegetação, já que a mesma estava servindo de esconderijo para a bandidagem. “O mato na minha quadra cresceu a uma altura de quase dois metros. Qualquer pessoa podia perfei-tamente se esconder dentro dele. Graças a Deus isso não aconteceu por aqui”, contou a funcionária pública

Bernadete Pereira, 48 anos, moradora da Asa Norte. Se o local em que Bernadete mora não serviu de esconde-rijo para nenhum bandido, o mesmo não se pode dizer de vários outros pontos da cidade. Aproveitando que o matagal estava favorável em todo o Distrito Federal, o que não faltou nas delegacias da cidade foram registros de ocorrências policiais em que pessoas foram abor-dadas enquanto trafegavam tranqüilas e calmas pelas ruas, indo para o trabalho, casa ou escola. Na maioria dos casos, o agressor sempre se encontrava escondido em um matagal. A situação era tão preocupante e calamitosa que, logo depois de sua posse, no dia primeiro de janeiro, o governador Agnelo Queiroz (PT) anunciou que no dia seguinte começaria a operação “DF em Ação”, com la-vagem, limpeza e poda de árvores em todas as cidades do DF. O primeiro local a ser lavado foi o “buraco do tatu, pista que liga os Eixos Sul e Norte. Na madrugada do primeiro dia útil de governo foi a vez da rodoviária do Plano Piloto. Local de grande concentração popu-

Garis fazem roçagem

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PLANO BRASÍLIA 25 DE JANEIRO DE 2011 33

lacional de Brasília. “A gente vê e sente que a cidade está limpinha e por isso remoçada, né?”, observou a estudante de direito, Alyne Abreu, 21 anos. Conforme ela, a limpeza na região central da capital do país, local de grande fluxo devido à baldeação (troca de ônibus), deveria ser com maior freqüência. “Já não era sem tempo de fazer a capina da minha quadra. Eu estava vendo a qualquer instante o mato dentro de nossas casas. Uma coisa horrível”, desabafou a dona de casa Maria Eleonora, 63 anos, residente na Asa Sul. Conforme ela, agora a cidade começa a entrar nos eixos. “Tudo cortadinho asssim e bonita. Essa é a nossa Brasília”, entusiasma-se. E a cidade realmente está de cara nova. O que se vê hoje pelas ruas são garis e funcionários da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Terracap) espalhados por todos os pontos da cidade. Confor-me a Secretaria de Obras, o objetivo

da operação “Casa Arrumada”, é devolver a normalidade da cidade o mais rápido possível. Para isto, o trabalho das equipes começam cedo, por volta das 7h e avançam noite adentro, de segunda a se-gunda. A força tarefa para deixar o Distrito Federal limpo é coorde-nada pela Secretaria de Obras em parceria com as secretarias do Meio Ambiente, Transportes e Seguran-ça, além da CEB, Caesb, Detran, SLU, Departamento de Estradas e Rodagem e a Agência de Fiscaliza-ção do DF (Agefis). Cerca de três mil homens e 1.150 máquinas estão envolvidos. Conforme o secretário de Obras, Luiz Carlos Pitimam, arrumar o DF é prioridade zero para o governador Agnelo. “Deixar o DF arrumado significa resgatar a autoestima do brasiliense”, diz. E em se falando de limpeza, não são só as quadras e avenidas das cidades do DF que estão passando por processos de transformação.

Escolas da rede pública de ensino estão sendo limpas para ficarem de caras novas e receber seus alunos no dia 7 de fevereiro, quando começa o ano letivo. É o “escola arrumada”. Programa que reúne 50 equipes para fazerem trabalhos de reparos e corte de mato alto. O pontapé inicial do programa aconteceu no último dia 11, na Escola Classe 05 do Pa-ranoá, com a visita do governador Agnelo Queiroz, acompanhado dos secretários de Obras, Luiz Pitimam e da Educação Regina Vinhaes. No local, equipes do programa detectaram problemas nas redes hidráulica e elétrica, alambrados rompidos e esquadrias quebradas. Trabalhos como troca de lâmpadas, pintura de muros e portões, capina e roçagem também serão executa-dos. Levantamento realizado pela Secretaria de Educação, onde estão listadas as 300 escolas do DF em situações críticas de conservação e limpeza é que vão pautar as ativida-des das equipes de trabalho.

Equipe do governo aponta problema em visita à Escola Classe 05 do Paranoá

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EducaçãoPor: Alessandra Bacelar | Fotos: Gustavo Lima

O mercado de trabalho está cada vez mais acirrado e exigente. Por isso, é importante que se esteja atento às profissões em alta. Atualmente, três profissões têm se

destacado como as principais a oferecer bons salários e amplos campos de atuação. Os profissionais da Aviação Civil, corre-tores de imóveis e tecnólogos da informação estão vivendo o melhor momento da carreira. Em Brasília, a procura por mão de obra qualificada nestes setores tem sido constante.

As crises aéreas dos últimos anos, como atrasos de vôos e acidentes com vítimas fatais são os principais motivos que elevaram a valorização do setor aéreo. Hoje, o cenário aeroportuário tem recebido investimentos em larga escala e a procura por estes profissionais aumentou. Despachan-tes de bordo, comissários de vôos, aeromoças, pilotos em diversas áreas: a carência de pessoal tem sido presente em todas as funções. Conforme dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), atualmente existem mais de 70 mil pilotos em diferentes habilitações e cerca de 160 aeroclu-bes distribuídos pelo país, além de centenas de escolas de aviação e empresas aéreas.

Conforme a assessoria de imprensa do órgão, a demanda no setor aumentou muito nos últimos anos. Só no doméstico, as companhias aéreas brasileiras tiveram na demanda de passageiros percentual de 23,5% maior do que no ano de 2009. No segmento internacional, este aumento foi de 20,4% em 2010. “Diante desse crescimento, as companhias aéreas brasileiras necessitam de mais profissionais da aviação civil”, afirma. Como órgão regulador, cabe à Anac certificar cursos e escolas da área para que os profissionais consigam obter suas licenças para trabalhar no setor.

No Distrito Federal, existem oito escolas de formação cadastradas. Porém, para que o profissional de aviação civil obtenha sucesso profissional, além da formação acadêmica é necessário também ter uma boa bagagem de conhecimentos gerais. Entender de geografia, saber lidar com diferentes culturas e falar outros idiomas sempre faz a diferença. Para o despachante de vôo da Transporte Aéreo Marília (TAM), Leo-nardo Jorge, quando o profissional sabe lidar com o público e gosta de atuar em diversas atividades, a Aviação Civil se torna uma área fascinante. Já o auxiliar de pista, Everson Emílio diz: “Não falta emprego no setor. As empresas estão sempre pro-curando profissionais na área, já que a rotatividade é grande”.

O setor imobiliário também tem crescido bastante nos últimos anos. Com os imóveis sendo o principal investi-mento, devido à sua estabilidade e segurança, a valorização do metro quadrado na capital federal está cada vez mais em alta. Seja na compra ou no aluguel, os preços tem subido muito na cidade. E, mesmo assim, a demanda dos compra-dores é sempre maior que a oferta. Todas essas vantagens têm contribuído para que o corretor de imóveis tenha um amplo campo de trabalho. As empresas do ramo estão sempre a procura por bons profissionais do setor. Grandes imobiliárias costumam investir no seu quadro de pessoal oferecendo cursos de aperfeiçoamento e treinamento. “Nós

AltaÁreas que tem aquecido o mercado

Profissõesem

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moldamos aqui estes profissionais e os capacitamos para o exercício de suas atividades. Para ser um bom corretor é necessário gostar de lidar com o pú-blico, ser ambicioso e persistente”, as-segura o Superintendente em Vendas da Lopes Royal Imobiliária, Henrique Almeida, que atua na área há 21 anos.

O corretor de imóveis tem campo de atuação profissional amplo: imobiliárias, cartórios de registro de imóveis, empresas judiciárias (em leilões), consórcios para aquisição da casa própria, empresas de loteamento e planejamento imobiliário e outros. Os salários são variáveis e o diferencial está nas comissões, que variam conforme o número de vendas. Quanto mais alto o valor do imóvel vendido, maior será o percentual da comissão. O sistema de remuneração vale também para os casos de permutas e aluguéis.

Hoje, Brasília ocupa o segundo lugar no mercado imobiliário brasilei-ro. “Enquanto se falava em crise eco-nômica, nosso mercado crescia. Como acontece há 49 anos. É prova de que o imóvel continua sendo a moeda mais forte que se conhece”, ressalta Hermes Alcântara, presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do DF (Creci). Vale lembrar que, além de formação acadêmica superior ou técnica, o corretor de imóveis precisa estar credenciado junto ao Conselho para o exercício da profissão. O órgão é responsável por credenciar os profissio-nais e fiscalizar o setor.

A computação também tem ga-nhado força com os profissionais de Tecnologia da Informação, os “TIs”. Em um mercado altamente competi-tivo, o principal objetivo é divulgar os

pontos fortes da empresa por meio de ferramentas e sistemas. Utilizar as infor-mações da melhor maneira requer desse profissional mais do que conhecimentos específicos. É importante ter criativida-de. Afinal, as estratégias da tecnologia da informação devem estar alinhadas com as metas da empresa e é de funda-mental importância que os TIs estejam sempre renovando seus conhecimentos. É rápida a ascensão na informática por novas tecnologias. Para o analista de in-formação da operadora de telefonia OI, André Mesquita, 23 anos, nunca faltou trabalho na área. “Já estou há seis anos atuando e o setor está sempre precisan-do de gente. O que tem faltado é mão de obra qualificada. O profissional de informática que constantemente renova seus conhecimentos é disputado pelas empresas”, conta.

Outro atrativo da profissão são os altos salários. Em média, um tecnólogo da informação tem salário inicial de R$ 3.000. A maioria dos empregadores costumam investir no aperfeiçoamento de seus profissionais, pois são eles que cuidam da imagem da empresa e da interação com diversos públicos.

Conforme especialistas, é muito importante que, quando da escolha da profissão, atentar para as aptidões que a área pretendida requer. Além de um bom campo de atuação e retorno financeiro satisfatório, é imprescindível que haja afinidade com o trabalho. É comum ver pessoas que se dizem frustradas por não estarem fazendo o que gostam. Muitas vezes, o esforço está ligado à identificação do trabalhador com o ofício. O sucesso profissional é consequência da harmonia entre o talento e a dedicação.

Hermes Alcântara André Mesquita Leonardo Jorge

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TecnologiaPor: Maíra Elluké | Fotos: Divulgação

Que o brasiliense é louco por novidades em telefonia móvel, todo mundo já sabe. Prova disso são os dados da última pesquisa da Agência Nacional de Teleco-

municações (Anatel) sobre o setor. Os números revelam que o Distrito Federal tem o maior número de celulares do país: 1,7085 celular por habitante. A jornalista e gerente de redes sociais, Danuta Ferreira, 27 anos, não vive sem seus dois celulares. Sempre por dentro das inovações tec-nológicas, Danuta - que tem um Blackberry e um iPhone - é viciada em informação e está sempre conectada. “Uso

tanto para o trabalho, quanto para estar em contato com meus amigos. O bom de ter um smartphone é a infinidade de aplicativos que facilitam minha vida”, conta. E assim como a jornalista, existem milhares de pessoas que não dispensam e nem desgrudam dos “aparelhinhos” por nada. Pensando assim e para facilitar a vida de quem gosta de estar ligado em tudo que acontece de novo quando o assunto é modernidade, a Revista Plano Brasília pesqui-sou as novidades e traz para você os últimos lançamentos. Escolha o seu e conecte-se!

Novos celulares

iPhone 4A nova versão do famoso aparelho da Apple apresenta como principais novidades o Face Time, que possibilita a realização de videochamadas e a Tela Retina, display com a mais alta resolução, proporcio-nando maior nitidez em textos, imagens e vídeos e duração 40% maior da bateria. O aparelho conta com o iOS 4 – o sistema operacional para celulares mais avançado do mundo, que inclui mais de 100 novas funcionalidades, incluindo o novo aplicativo iMovie, feito exclusivamen-te para o iPhone 4. Valor estimado: R$ 1.799 - varia de acordo com os planos da operadora.

Motorola DEFYCom design fino que cabe em qualquer lugar, o aparelho suporta água e poeira. O lançamento traz a última versão do MOTOBlUR. A ampla tela de 3,7 polegadas também suporta arra-nhões, garantindo uma melhor experiência de visualização. Valor estimado: R$ 1.399 .

Samsung Galaxy TABCom um design exclusivo, o tablet é o único do mercado que permite comunicar continuamente por voz e videochamada, e-mail, SMS/MMS ou rede social. Com interface ágil e fácil de usar, a tela de 7 polegadas permite ao usuário uma leitura similar às dimensões de livros e revistas. Além disso, o celular possui TV digital e analógica, conexão de voz e dados através da rede celular 3G ou WiFi. Valor estimado: R$ 2.700.

Sony Ericsson Xperia X10O menor smartphone do mercado possui câmera de 5.0 megapixels com foco automático, GPS, display de 2,6 polegadas e Wi FI com DlNA, que também permite o máximo de convergência através do compartilhamento de conteúdos com TVs, computadores e vide-ogames. A plataforma Android foi adaptada para que o usuário possa usar o produto com maior facilidade. Valor estimado: R$ 1.699 - varia de acordo com a operadora

Nokia C3Com foco nas redes sociais, o aparelho conta com os serviços Ovi Mail e Ovi Chat, que permite ao usuário acesso rápido a aplica-tivos como Google Talk e Messenger. A novida-de é que possui câmera de 2 megapixels, tela de 2,4 polegadas, e suporte para cartão de memória de até 8GB. Valor estimado: R$ 699.

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Prioridade da Secretaria de Segurança Pública é combater o tráfico de drogas.

OBrasil ficou assustado com os oito dias de guerra e tensão entre policiais e traficantes

durante a tomada do Complexo do Alemão, na cidade do Rio de Janeiro. A operação resultou na apreensão de mais de dez toneladas de drogas e centenas de armas de diferentes calibres e até fuzis.

Uma operação local que não é igual a do Estado do Rio de Janeiro, mas ostensiva no que diz respeito ao combate às drogas está sendo desencadeada na cidade. A ordem da Secretaria de Segurança Pública é extirpar o mal no DF. A rodoviária do Plano Piloto, dada como um lugar de grande circula-ção de pessoas, costuma ser alvo de traficantes para o exercício de suas atividades. Por isso, ações de re-pressão policiais são constantes no local. Edson Medina de Oliveira, 36 anos, Delegado-Chefe Adjunto da 5ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal, com 17 anos na carreira policial, reconhece a existência do problema e diz que operações policiais de combate ao tráfico e consumo de drogas são realizadas com freqüência na área central de Brasília. “Estamos rigorosamente no combate ao crack de maneira incessante e de forma ordenada. Vamos deflagrar operações diárias até que esses traficantes vejam que Brasília não é o melhor local para o tráfico”, assegura.

Fora de cena em Brasília

CotidianoPor: Larissa Galvão | Fotos: Gustavo Lima e arquivo PM

Crack:Delegado diz que o problema existe

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Conforme o delegado, as ope-rações que vem sendo realizadas por sua delegacia têm mostrado resultados positivos e expressivos. Conforme dados internos, só no último trimestre do ano passado, cerca de 200 pessoas, entre ho-mens e mulheres maiores e me-nores de idade, foram detidas por envolvimento com drogas. Dentre estes, 70 procedimentos policiais foram lavrados, como autuações em flagrante delito por tráfico, elaborações de Termos Circuns-tanciados por porte de droga para uso próprio, resultando em processos judiciais. Na primeira quinzena deste ano, durante duas grandes operações de repressão e combate ao tráfico e uso de drogas, também realizadas pela 5ª Delegacia de Polícia, 30 pes-soas foram detidas, das quais 10 foram autuadas em flagrante por tráfico e cinco por estarem por-tando droga para consumo. Essas operações policiais são realizadas após mapeamento minucioso nas regiões da área central de Brasília com maior incidência criminal e de onde são anotadas informações como tipo de crime, hora e local dos fatos. Após esse levantamento de inteligência, policiais civis “dis-farçados” costumam freqüentar os locais para sondagens e filmagens das áreas de risco (venda e consu-mo de drogas) e identificar pesso-as que, no mundo do crime, em

especial na área central de Brasília atuam como “aviãozinhos”. Ou seja, pessoas que comercializam a droga junto aos consumidores. “Usando este método investigativo se tem uma noção do que acontece na nossa área de atuação”, expli-ca o delegado. Conforme ele, o tráfico de drogas na área central de Brasília é muito fragmentado e não se prende traficantes com grandes quantidades de drogas e sim com pequenas porções, já prontas para consumo.

Para Medina, outra estratégia policial que vem dando certo é a presença efetiva da polícia. Fato que é visivelmente percebido durante as operações de saturação de área, criando uma zona de desconforto ao traficante e, por conseguinte, ao usuário de drogas.

Para o secretário de Segurança Pública do DF, Daniel Lorenz a perspectiva da operação não é só positiva por parte da delegacia de polícia, pois o combate ao tráfico de drogas será uma das priorida-des do novo governo local. “No âmbito da Secretaria de Segurança Pública, as operações destinadas à desarticulação das quadrilhas serão sistemáticas. O foco princi-pal é o crack, que se transformou num flagelo para boa parte das famílias e dos jovens brasileiros”, assegura Lorenz. Segundo ele, um dos principais pilares da nova po-lítica de segurança é a integração

das corporações que fazem parte da Secretaria de Segurança. “Não se trata de retórica ou discurso político: a integração é pra valer. A população perceberá o efeito desse processo na redução dos índices de criminalidade e no alívio da percepção da violência”, garante.

Outra estratégia que será de fundamental importância para o sucesso da operação será o fortale-cimento dos Postos Comunitários. Com material humano adequado, equipamentos à altura e uma rede de comunicação rápida, esses locais serão pontos irradiadores de segu-rança e cidadania.

À Secretaria de Segurança Pú-blica cabe cuidar da parte repres-siva. A recuperação de usuários ou inclusão social é da competência das secretarias responsáveis pelas políticas de promoção social e da juventude. Mas, Daniel Lorenz ga-rante uma parceria. “O importante é que essas secretarias estarão co-nosco e trabalharão paralelamente às ações de segurança”, afirma.

Se a polícia comemora por cumprir o seu papel, a população agradece. É o caso da estudante, Tatiana Lima, 23 anos, que passa todos os dias na rodoviária e já re-conhece que ficou melhor. “Todos os dias passo aqui e sempre tem policia abordando um ou outro suspeito. Com certeza, isso nos dá mais segurança”, afirma.

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há mais de um ano em Brasília, o Restaurante Fatto Alquimia Mediter-rânea, dos sócios-proprietários Carlos Ferrari, Renato Nobile e Ricardo Nobile, tornou-se referência em Brasília devido ao espaço aconchegante e o cardápio de dar água na boca. Uma ótima opção para encontros entre amigos. Com características peculiares que agradam ao paladar de todos em qualquer evento. Com grande variedade de massas, carnes e frutos do mar é assinada pelo renomado chef de cozinha Prudêncio Oliveira e a carta de vinhos, tem sempre uma indicação perfeita de acompanhamento do proto do sommelier Alexandre Azevedo. As três adegas do local são climatizadas, com temperatura controlada conforme os vinhos de mais de 200 rótulos de diversas vinícolas do mundo.

De estilo único, o Fatto Alquimía Mediterrânea possui três ambientes. A varanda, o maior dos três, tem capacidade para 70 pessoas, é totalmente arejado, cercado por um belo jardim. Perfeito para encontro de amigos num happy hour ou comemorações ao som do melhor da lounge music com DJ’s residentes ou convidados. A sugestão da casa para esse ambiente são os finger foods, que dispensam o uso de garfos. E para quem gosta de drinques

poderá se deliciar com os famosos e bem elaborados, exclusivos da casa. Na área interna, ambiente com capacidade para até 50 pessoas, é ideal para encontros mais reservados. Um ambiente intimista, climatizado, sofisticado e confortável. A Sala Vip, um espaço para cerca de 20 pessoas, é perfeito para reuniões de trabalhos. O ambiente tem projetor, telão, som ambiente e sistema de exaustão para charutaria.

Aos que já conhecem vale voltar, aos que nunca foram é o melhor lugar! Aprecie!

Planos e Negócios ALEx DIAS

Serviço SoFH ae nº 4, Lt. 30, av. Hélio Prates - Taguatinga(61) 3354.4340www.colegiomadreteresa.com.br

Serviço SCn 211, Bl. B, Lj. 18 a(61) 3045.0778

INSTITUTO DE BELEzA VISANA

ServiçoFatto alquimia MediterrâneaSHiS Qi 09, Bl. C, Lj. 6(61) 3365.4909

FATTO ALqUIMIA MEDITERRâNEA

COLéGIO MADRE TERESAhá quase três anos, o Grupo Madre Teresa, responsável pela formação e colocação no mercado de trabalho de dez mil alunos, investe em educação no ensino médio e fundamental. Em 2008, nasceu o Colégio Madre Teresa, com logomarca, um quadro de professores e funcionários experientes e, sobretudo, com uma filosofia peculiar no jeito de ensinar: educar com foco em valores e formação de caráter com solidez para a vida.

Em menos de dois anos, o Colégio Madre Teresa já é referência na área edu-cacional de Brasília. Procura se diferenciar a partir de um modelo pedagógico abrangente: pensar o aluno na sua totalidade. Afinal, a cada ano que passa, fica mais evidente o objetivo comum de todas as pessoas no mundo moder-no: a vida precisa girar em torno de um propósito. No universo educacional o desafio não é diferente. hoje, o aluno, ao estudar, espera muito mais do que simplesmente acumular conhecimentos dentro da instituição. Ele deseja encontrar nos estudos um propósito para sua vida diária. Nesse sentido, o Colégio Madre Teresa não mede esforços. Faz de tudo para tentar ensinar aos seus alunos que viver uma vida entre livros e cadernos pode ser muito mais prazerosa que apenas acumular conhecimento.

O Instituto de Beleza Visana é uma empresa de prestação de serviços de beleza, na qual oferece tratamentos estéticos diversificados para os cabelos, unhas, depilações e maquiagens.

Para entreter e relaxar os consumidores, o salão oferecerá bebidas como água, café, chá, sucos, refrigerantes e alguns tipos de bebidas alcoólicas como cerveja, vinhos e champagne. O instituto também oferece para apreciação e compra de obras de arte, espaço externo para fumo, vitrines com bijuterias e cosméticos, acesso a internet wi-fi, livros, revistas, música ambiente, televisão com transmissão de videoclipes e programas de TV aberta.

O principal diferencial do Visana é o atendimento personalizado, que visa a satisfação do cliente, isso pode ser notado através de toda a estrutura que foi desenvolvida para oferecer o maior conforto a seus clientes. Além disso, conta com profissionais especializados, tendo assim um serviço de alta qualidade. Demonstrando que o cliente é o foco principal, Visana disponibiliza diversas maneiras de agendamento, facilitando para o cliente,

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Uma excelente opção para o consumidor brasiliense o Boulevard Shopping, aberto desde 2009, atende a um público altamente qualificado. O shopping oferece um mix varia-do de lojas e serviços de qualidade. Tudo para proporcionar aos clientes a melhor experiência em compras e lazer na capital federal.

Com uma moderna estrutura de serviços, o Boulevard Shopping se preocupa com as crianças e oferece um espaço de fraldário, área para amamentação, sala de papinha, banheiro família, e o Serviço de Atendimento Boulevard, onde o cliente pode obter informações sobre as ações que estão acontecendo no shopping.

Moderno, oferece a possibilidade de o cliente se conectar à inter-net através de rede wi-fi. Tem também atrações culturais aos finais de semana, como o hora Animada, por exemplo. O mall conta com Farmácia, livraria, Perfumarias, Agências de Viagens, Concessionária, e lojas de Artigos Esportivos, além de opções de móveis, decoração e artigos para casa.

Serviço Setor Terminal norte, Cj. j(61) 3448.3324

Serviço ComChocolatSCLS 214, Bl. C, Lj. 16(61) 3346.4354www.comchocolat.com

Serviço Campus iSePS 712/912, Cj. a Campus ii – Campus ruralFazenda Lagoa BonitaBr 020 Km 12, dF 335, Km 4,8Campus iii – Pós-GraduaçãoW3 Sul, Qd. 503 – asa Sul(61) 3445.6767 www.upis.br

UPIS – FACULDADES INTEGRADAS

COMCHOCOLAT

BOULEVARD SHOPPING

A mais completa loja de chocolates finos, a ComChocolat Bamboniere & Café, foi inaugurada em Brasília, trazendo o que há de melhor em chocolates nacionais e importados, além de uma grande variedade de produtos oferecidos nos cafés.

O diferencial da ComChocolat são as tradicionais e renomadas marca como a belga Cavalier com todos itens sem açúcar; a francesa Jacquot e o lugano, chocolates importados da região sul do país. Isso sem contar com os produtos da fábrica de Teresópolis que são vendidos a granel. lá, são encontrados ainda, os saborosos biscoitos amanteigados de Petrópolis; brownies de baunilha e os famosos pães de mel da Alemanha.

A ComChocolat é um lugar ideal para encontrar amigos e parentes para colo-car o assunto em dia, saboreando um bom café, acompanhado de porções de petit fours ou chantilly. E, para a sobremesa: sorvete no palito Diletto.

Fundada em 5 de dezembro de 1971, a UPIS - Faculdades Integradas é uma das mais tradicionais instituições de ensino superior do Distrito Federal. Com 40 anos de atuação no mercado brasiliense, a instituição oferece 12 cursos de graduação em diversas áreas de conhecimento: Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Secretariado Executivo, Turismo, Estudos Sociais (história/Geografia), Sistemas de Informação, Direito, Medicina Veterinária, Agronomia e Zootecnia. Além dos cursos, a UPIS conta atualmente com 17 cursos de pós-graduação, cinco de extensão e um curso de mestrado em Ciência Animal.

Devido aos constantes investimentos em estrutura e aperfeiçoamento técnico e científico, a UPIS foi a primeira instituição de ensino superior do Brasil a receber reconhecimento de sua dedicação ao ensino com a Certificação Internacional de qualidade, o ISO 9001, em todos os cursos de graduação e pós-graduação. Com essa marca, a faculdade passou a figurar entre as melhores faculdades brasileiras.

Instituição de vanguarda, em que todos têm a oportunidade de desen-volver os próprios talentos, há quatro décadas a UPIS forma profissionais competentes, gestores, humanistas, com os olhos voltados para o futuro.

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AutomóvelDa Redação | Fotos: Divulgação

A Fiat entra com força no mercado dos hatchbacks mé-dios com o Bravo. Moderno e repleto de tecnologia, o veículo fabricado no Brasil é a aposta da montadora

para evoluir a categoria com esportividade, mecânica apura-da e alto desempenho. Com um design de linhas agressivas e dinâmicas, inspirado nos veículos de Gran Turismo, o Bravo chega com duas potentes motorizações — a nacional 1.8 16V EtorQ com câmbio mecânico ou Dualogic, e a importada 1.4 T-Jet com câmbio de 6 marchas — e três versões de acaba-mento — Essence, Absolute e T-Jet.

SEGURANçAO Fiat Bravo pode ser equipado com até sete airbags —

dois frontais, dois laterais dianteiros, dois para a proteção das cabeças dos ocupantes, além de um para a proteção dos joelhos do motorista. Com direção elétrica Dual Drive®, ele chega com tecnologia de ponta com os faróis de neblina com sistema cornering, Rádio NAV™, faróis de Xenon, sensor de estacionamento dianteiro, espelhos retrovisores externos rebatíveis e um novo teto solar Skydome.

Bravura no mercado dos hatchAssim, dirigi-lo torna-se uma

experiência extremamente prazerosa, ainda mais porque internamente ele tem ótimo espaço – para caber cinco pessoas comodamente –, bom porta-malas e um nível de acabamento primoroso em todas as versões.

VERSÕESSão três opções de acabamento:

duas motorizações etrês tipos de câmbio. São elas:

Fiat Bravo Essence: A versão in-clui itens de série como airbag duplo, ar-condicionado manual, direção elétrica com função “City”, roda em liga leve 16”, faróis de neblina com sistema cornering, freios a disco nas quatro rodas, piloto automático, rádio CD com MP3, espelhos retrovisores

FIAT BRAVO

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externos elétricos, Safe Lock, vidros elétricos dianteiros e traseiros com sistema one touch e antiesmagamen-to, entre outros.

Fiat Bravo Essence Dualogic. Ele traz todos os equipamentos de série da versão Essence, mais câmbio Dua-logic® Automático.

Para ambas versões Essence, a lista de opcionais inclui freios com ABS, ar condicionado automático Dual Temp®, som Hi-Fi com subwoofer, Blue&Me™ ou Blue&Me™ NAV + volante revestido em couro com co-mandos do rádio, teto solar elétrico Skydome, entre outros.

Fiat Bravo Absolute. A versão pos-sui os mesmos itens de série da versão Essence mais ar condicionado automá-tico Dual Temp®, Blue&Me, ABS nos

freios, Night Design, sensor traseiro de estacionamento, volante em couro com comandos do rádio, apoia-braço dianteiro com vão refrigerado, além de apóia braço central banco passagei-ro, rodas de liga-leve 17” e mais.

Fiat Bravo Absolute Dualogic. Além de todos os equipamentos de série da versão Absolute, esta tem também câmbio Dualogic® Automá-tico e comando do câmbio no volante.

Fiat Bravo T-Jet. A lista de itens de série inclui todos os equipamentos presentes na versão Absolute, e ainda câmbio de 6 marchas, ESP (sistema de controle de estabilidade) + Hill Holder, rodas de liga-leve exclusivas 17”, botão Overbooster no painel, faróis dianteiros escurecidos, saída da descarga dupla cromada, volante,

pinças de freio pintadas de vermelho – pela primeira vez na gama Fiat –, freio de mão e pomo da alavanca do câmbio em couro com costuras ver-melhas, além de diversos detalhes de acabamento que diferenciam a versão esportiva do novo hatchback.

ServiçoFiat automóveiswww.fiat.com.br

Concessionárias estaçãoSCia Quadra 15 S/n Conj 04 Lote 07 Cidade do automóvelTel: 2109-0900

Trecho 02 Lotes 230 a 310 SnSia SulTel: 3403-6363

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44 PLANO BRASÍLIA 25 DE JANEIRO DE 2011

Em meio à rotina diária de com-promissos e afazeres manter-se organizado em casa, no traba-

lho e na vida como um todo é uma tarefa que – para muitos – parece árdua e que exige disciplina. Com o tempo cada vez mais escasso, muitas pessoas deixam para depois a emprei-tada de organizar os armários, a pilha de papéis em cima da estante ou até mesmo, aquela caixa de bijuterias e maquiagens. Com essa mania clássica de deixar tudo para depois, perde-se mais tempo e a qualidade de vida se esvai na correria do dia-a-dia. Ser organizado nada mais é do que ser inteligente. É usar o tempo a seu favor, mas são poucas as pessoas que tem consciência disso. De olho nessa necessidade do mercado, a relações públicas e super organizada de car-

teirinha, Juliana Drummond criou há seis anos a Orderhome. A empresa ensina a quem precisa de uma mão-zinha na arrumação, o mesmo zelo e cuidado que ela sempre teve com seus objetos e suas mil e uma atividades.

Mas entre tantos objetos espalha-dos pela casa, por onde começar a organização? Juliana destaca que toda e qualquer arrumação deve partir da abertura de espaços e do reconheci-mento do número de peças do ambien-te. É nessa etapa que se decide o que vai ser jogado fora, doado ou recicla-do. “O ideal é fazer um inventário de suas coisas e considerar a importância delas em sua vida sem perder o foco. Isso ajuda a viver no presente sem ficar apegado ao passado”, afirma.

A partir dessa avaliação, o ideal é doar as peças que estão em boas

condições. Vendê-las em um brechó a preços módicos ou fazer trocas entre as amigas são uma ótima opção. Além disso, existem institui-ções que recolhem objetos usados, outras reciclam metal, plástico e material de informática. A principal dica nessa fase é não desperdiçar o que pode ser reaproveitado. O ideal é que o processo seja repetido pelo menos duas vezes ao ano. E não deve ficar restrito ao universo feminino. Utensílios de cozinha, roupas de cama e banho e o quarto das crianças também devem passar pelo mesmo processo.

Ao ajudar o cliente a fugir do desperdício, o personal organizer auxilia também quem deseja in-corporar a ideia de se tornar um consumidor mais responsável e

Cada coisa em seu devido lugar

Vida ModernaPor: Maíra Elluké | Fotos: Gustavo Lima

Organização é a palavra-chave desses profissionais que resgatam a qualidade de vida, conforto e bem-estar

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consequentemente mais organi-zado. Prova disso é a moradora da Asa Norte, Ana Oliveira*, que experimentou a consultoria de organização da Orderhome e apro-vou a mudança de hábitos. “Minha

vida ficou mais leve e sem o desejo desenfreado de consumir mais e mais”, desabafa.

DO hOBBY A PROFISSãOCom sua mania de colocar ordem

por onde quer que fosse, Priscila Cal-das, 23 anos, da Organizar Faz Bem, já tinha como hobby ajudar familiares na organização de ambientes. De-pois de fazer um curso de personal organizer em São Paulo descobriu o prazer que a profissão despertava. Ela então voltou para Brasília apaixonada pela arte da otimização de espaços e há quatro meses divide-se entre o trabalho de auxiliar administrativo e a consultoria nas casas dos clientes, durante os finais de semana. Priscila diz que viu na profissão a possibili-dade de fazer as pessoas se sentirem melhor onde vivem. “Aliar as técnicas de organização ao mundo do cliente é o segredo”, revela.

*Nome fictício

SIGA AS DICAS DE ORGANIzAçãO DA CONSULTORA JULIANA DRUMMOND E OTIMIzE SEU TEMPO E ESPAçO

O que é ser uma pessoa organizada? O organizado realiza suas tarefas no tempo certo e encontra tudo o que precisa facilmente. É simples assim. Mantenha esta frase em mente e estará no caminho da máxima organização. quais são as dicas mais valiosas para se manter na linha e evitar a desor-ganização? Para quem deseja manter a casa sempre arrumada a regra é clara: se entra um objeto, sai outro. Guarde as coisas todos os dias. Coloque os objetos de volta imediatamente depois de usá-los. E não confie em sua memória. A melhor maneira de nunca esquecer um compromisso ou um evento é anotar tudo.

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46 PLANO BRASÍLIA 25 DE JANEIRO DE 2011

EsportePor: Fernanda Azevedo | Fotos: Gustavo Lima

Que o povo brasileiro é apai-xonado por futebol ninguém discute. Prova disto é que já é

comum, nos sábados, domingos e feriados os amigos se reunirem em algum campo de areia, uma quadra qualquer ou campo limpo a céu aberto, para bater uma bolinha. No Brasília Country Club essa “velha e costumeira” mania é também bastante praticada. E como diz a música “É uma partida de futebol”, da banda Skank, feita em homena-gem à paixão nacional: “A chuteira veste o pé descalço. O tapete da re-aleza é verde. Olhando para bola eu vejo o sol. Está rolando agora. É uma partida de futebol”, os versos podem perfeitamente traduzir o que aconte-ce no campo de futebol do tradicional Brasília Country Club (BCC).

Com 52 anos de fundação, o BCC nasceu com Brasília. O futebol é praticado no local há mais de 40 anos pelos seus sócios. “Alguns associados, engenheiros que trabalhavam na cons-trução da cidade, fizeram o campo. Eles trabalhavam a semana toda. Nos sábados e domingos vinham aqui para o clube jogar futebol”, conta o diretor do departamento de futebol do clube, Carlos Emilio Ramos Dias.

Conforme ele, as partidas são organizadas por adesão. “O associado que pretende jogar, coloca o nome no quadro para a formação do time. A partida está formada quando o número de inscritos completar duas equipes, 22 jogadores”, conta Emílio. Para ele, essa é a forma que vem sendo praticada no local há 40 anos. “É bem democrática e ninguém se sente prejudicado”, ressalta.

Brasília Country ClubCenário perfeito para admiradores do futebol amador

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Brasília Country ClubO Brasília Country Club realiza dois cam-

peonatos por ano. O primeiro deles acontece em abril, por ocasião da data do aniversario do clube. “No inicio, os campeonatos eram reali-zados conforme a naturalidade dos jogadores. Tinha um time formado só por mineiros, outro só por baianos e etc.”, conta Dias. Segundo ele, o processo para formação das equipes é sempre por meio de inscrição voluntária. E todos os jogadores levam muito a sério as competições. Para isto, a arbitragem é sempre feita por juízes da Federação Brasiliense de Futebol (FBF). O segundo campeonato acontece em setembro com participação expressiva dos sócios.

E foi nesse contexto, que há 17 anos nasceu o time Sagitário, formado por um grupo de sócios nascidos no mês de dezembro, sob a regência do signo do zodíaco do mesmo nome. Anualmente, o grupo faz uma grande festa para

comemorar o aniversário de todos, regada a muita carne assada no espeto, cervejinha gelada e, como não poderia deixar de ser, uma disputa saudável de futebol que naquele momento é a vedete da festa.

Na 15ª festa anual, realizada no dia 19 de dezembro, o time jogou a tradicional partida contra o Realmatismo. Time formado há mais de 30 anos por médicos e dentistas da capital. Infelizmente, para os sagitarianos, a equipe de jaleco branco ganhou a disputa por um placar de 4 a 2. Mesmo de sorriso amarelo, mas não abatidos, os aniversariantes partiram para o abraço. Comemoraram e aproveitaram o churrasco junto ao Realmatismo. Indepen-dente de quem ganhou o jogo, como canta o Skank: “o mais importante, que emocionante, é uma partida de futebol”. Afinal, valia a in-tenção da disputa.

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Gil MarcelinoEscultor transcende sua arte às ruas do Park Way

Na beira do asfalto, uma família de onças pintadas em tamanho natural recepciona quem entra na quadra 28 do Park Way. Mais a frente, jacarés, capivaras e

garças repousam tranquilos nas áreas verdes que antecedem as mansões. Todos os animais, feitos de concreto e fibra, são a forma que Gil Marcelino um simpático espanhol de 65 anos, utilizou para homenagear o Brasil, sua pátria de coração. “Quando apresentei a ideia à Associação Comunitária e para a prefeitura, eles não só apoiaram como doaram duas placas, batizando a 28 como a Quadra da Arte”, conta orgulhoso. Diferente do senso comum, as obras que chegam a pesar 200 quilos, não tem placas do tipo “proibido tocar”. Ao contrário, as peças ficam na rua justamente para que as pessoas possam subir, brincar e interagir com elas. “Desde que comecei a fazer esculturas, sempre imaginei uma arte interativa. Na Espanha as pessoas montam, abraçam, fotografam, valorizam. Já no Museu do Louvre na França, não se pode nem tirar fotos daqueles quadros magníficos. Qual é a graça? A possibilidade de contato, a interação é

que dão às pessoas um amor maior pela arte. Por que não fazer isso aqui?”, explica o escultor, que também é fiscal federal aposentado. Gil se orgulha da vida que dedicou ao funcionalismo público. Mesmo fazendo esculturas há mais de vinte anos garante que elas nunca deixaram de ser apenas um hobby.

RESPEITO À NATUREZA O artista imigrou para o Brasil com a família quando tinha apenas 12 anos. Ele explica que sua paixão pela fauna vai além do fascínio que o “país-continente” lhe despertou desde o primeiro momento. Gil também acre-dita na capacidade lúdica de expor animais considerados como selvagens. “Temos que fazer com que as crianças tenham mais amor pela fauna. Se meu filho pode abraçar uma onça, ele vai respeitá-la. Ele vai dizer que ela é sua amiga e que lhe deixou abraçá-la. O jacaré é feroz, mas se deixou montar. É uma maneira quase que inconsciente de ensinar as pessoas a amar o meio ambiente”, assegura.

PersonagemPor: Michel Aleixo | Fotos: Gustavo Lima

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DOM qUIXOTE E O NOVO TESTAMENTO Hábito comum a todo artista, a área de sua casa é uma extensão e exposição permanente de seu trabalho. Num espaço, Gil construiu réplicas de uma fazenda com toda uma ambientação campestre, em miniaturas de madeira com luz elétrica, encanamento e uma riqueza de detalhes que impressiona. Nas calhas do telhado criou pequenos abrigos para pássaros que, aos poucos, vão sendo habita-dos. “Não coloque a mão, senão o passarinho não volta mais”, adverte. Nos fundos, o Ateliê Gil Marcelino, um projeto em atividade há 16 anos, reúne hoje 19 artistas aprendizes. “Temos encomendas do Brasil e do mundo que vão nos dar trabalho por todo o ano”, orgulha-se. Mas o abrigo de seus mais estimados trabalhos é uma casa anexa que serve de espaço para exposição. Nela, centenas de esculturas em madeira esculpida, pinturas e objetos de coleção revelam o verdadeiro alcance de seu talento. Desta-que para duas coleções inspiradas no que ele explica serem suas maiores paixões: a Bíblia e o romance Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. Da crucificação até a ressurreição de Cristo, 28 passagens escolhidas pelo artista foram esculpidas em miniaturas de madeira protegidas por uma cúpula de

fibra. “Mais de 15 mil pessoas já vieram aqui ver isso. No livro de visitas tem mensagens de fazer chorar. Embaixadores e turistas estrangeiros são visitas frequentes”, afirma. A coleção de Dom Quixote recebeu o mesmo requinte. Cenas do romance foram esculpidas em obras delicadas, mas sempre passíveis de interação. Mecanismos e alavan-cas permitem girá-las e observá-las de outros ângulos.

PROJETO O artista planeja criar uma escola de artesanato para a comunidade e doar parte do dinheiro das mensalidades para os Vicentinos da Igreja Católica, onde é fiel prati-cante. “O Brasil me recebeu de braços abertos e Brasília, adotei como minha cidade. Aqui tive meus dois filhos. Essa seria apenas mais uma forma de agradecimento”, ressalta. Gil acrescenta que vê a arte como a expressão interior das pessoas. Sensibilidade e cultura em conjunto. “Quando criança eu era pastor de ovelhas e hoje realizei todas essas coisas. O mínimo que posso fazer é compartilhar”.

Conheça o trabalho de Gil Marcelino em: ateliegilmarcelino.blogspot.com.br

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HiperidroseO suor é excessivo. Incomoda e causa um mal estar.

Há casos em que o doente sofre preconceito

O suor é perda de fluido líquido, consistido principalmente de cloreto de sódio e uréia em

solução. É secretado pelas glândulas sudoríparas. Atividade do corpo hu-mano que tem o objetivo de regular a temperatura corporal . O individuo transpira quando sente calor, as vezes devido ao clima, a exercícios físicos e etc. A sudorese também pode ser provocada por nervosismo.

Mas em alguns casos o suor é tão excessivo que se torna uma doença no-meada de hiperidrose. Mal que atinge 1% da população mundial. Dados da Secretaria de Saúde, no Distrito Federal existem 20 mil pessoas portadores da doença. O motivo é uma disfunção do nervo simpático, responsável pelos impulsos exagerados que chegam às glândulas sudoríparas e provocam a hiperidrose. O paciente transpira abun-dantemente várias vezes ao dia, tanto sob clima quente quanto frio.

De acordo com o cirurgião plástico que trata da doença em Brasília, Erico Gonçalves Bandeira, a hiperidrose se manifesta principalmente nas extremidades do corpo. “A doença é caracterizada pelo aumento da secreção de suor nos pés e nas mãos, mas pode ocorrer em outros locais também como as axilas”, diz.

Conforme Bandeira, existe dois tipos de tratamentos para a doença. Uma alternativa paliativa e outra defini-tiva. O primeiro é a aplicação de toxina botulínica nas extremidades que são afetadas pela doença e pode ser apli-cada também nas axilas. A substância impede a comunicação entre o nervo e

SaúdePor: Fernanda Azevedo | Fotos: Divulgação

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a glândula sudorípara. Sem o estímulo do sistema nervoso, a glândula para de produzir suor. O efeito dura, em média, seis meses e o paciente então tem que renovar a aplicação.

A alternativa definitiva é uma cirurgia chamada simpatectomia endoscópica. O procedimento consiste em impedir a comunicação entre o impulso nervoso e as glândulas sudoríparas, danificando a passagem do impulso nervoso. “O procedimento é rápido e relativamente simples”, assegura Bandeira. Conforme o médico, durante a intervenção cirúr-gica, são feitos cortes, queimaduras, ou implantação de grampos no gânglio to-rácico do sistema nervoso simpático, que funciona ao lado da coluna vertebral.

Pessoas como a jornalista Fabiana Medeiros que tem a disfunção, além de sofrer com a doença, se sentem prejudi-cadas principalmente no convívio social. Segundo ela, não podia usar blusa colorida. Só usava preto ou branco, pois sempre suou muito na região das axilas e na região pubiana. Ela conta que não ficava à vontade perto das pessoas. “Sempre sofri muitos constrangimentos para me relacionar com as pessoas, principalmente sexualmente. Durante a relação sexual eu sempre encharcava a pessoa”, revela.

Fabiana resolveu fazer a intervenção para sanar o problema. Ela conta que se sentiu aliviada após a cirurgia. Embora o processo tenha sido doloroso e a recu-peração longa. “O medico fez dois furos nas axilas para operar dentro da minha caixa torácica. Senti muita dor durante os 15 dias de recuperação, mas valeu a pena”, comemora.

Apesar de estar satisfeita com a cirurgia, Fabiana afirma que a hiperidrose apenas mudou de lugar como em 80% dos casos. Embora com menor intensidade, ela passou a suar muito na região do abdômen. Mas para quem viu a face da doença em sua pior forma, assegura que a vida da jornalista mudou. “Desde a cirurgia fico a vontade em estar perto das pessoas. Hoje sinto que sou outra pessoa”, garante ela.

SAIBA MAIS SOBRE A DOENçAA hiperidrose não é uma doença

grave quanto a risco de vida. Trata-se de situações extremamente desconfor-táveis, devido a profundos embaraços sociais e transtornos de relacionamento e psicológicos que geralmente acome-tem o portador que, na maioria dos casos, procura se isolar da sociedade e adquire hábitos procurando esconder o problema. A hiperidrose pode ser pri-mária ou secundária a uma doença de base como hipertiroidismo, distúrbios psiquiátricos, menopausa ou obesidade.

Conforme médicos especialistas no assunto, os primeiros sintomas da doen-ça podem ocorrer tanto infância, quanto na adolescência ou somente na idade adulta e por razões desconhecidas.

Aumento da temperatura ambiente, o exercício físico, a febre, a ansiedade e a ingestão de comidas condimentadas são os principais fatores do ocasionamento da sudorese excessiva que tem uma certa melhora ou diminuição durante o sono, quando os suores podem ser quente ou frio, porém constantes.

Nos casos em que a doença é muito severa, ocorre de a pessoa suar tanto, provocando gotejamento espontâneo na região afetada. Em casos mais acen-tuados, pode acontecer da epiderme ficar macerada ou fissurada.

hISTóRICOHá anos a ciência descobriu que a

simpatectomia cervico-torácica poderia eliminar os sintomas da hiperidrose palmar. Mas, complicações no pós operação convencional, principalmente a Síndrome de Horner que é ocasionada por uma lesão do gânglio estrelado fez com que o procedimento fosse pouco utilizado no tratamento da hiperidrose.

Na década de 90, com o advento da videotoracoscopia, a intervenção voltou a ser realizada e com excelentes resultados.

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52 PLANO BRASÍLIA 25 DE JANEIRO DE 2011

ChapéusA moda que está fazendo a cabeça

Que os chapéus têm lá os seus encantos, ninguém duvida. Conhecidos por marcar

épocas, nas quais o cavalheirismo dos homens e a delicadeza das mulheres eram essenciais. Não é só porque a peça era usada há anos que devem ser esquecidos em armários, antiquários ou no imaginário de muitos. Com um estilo próprio, criativo e uma boa escolha de acessórios qualquer um pode conseguir um look elegante, sexy e moderno e sair por aí arran-cando elogios.

Antigamente, homens e mulhe-res embora com muita elegância, usavam chapéus para se protege-rem do sol. O tempo passou e o item virou acessório e invadiu o guarda roupas de muita gente. O estilista Akihito Hira diz que hoje em dia, a função do chapéu é a de funcionar como um ponto de con-traste no look. “Sou contra regras. Cada um tem sua individualidade. O chapéu é parecido com a questão da roupa, cada um usa como e o que gosta”, diz.

Akihito alerta que essa moda tem sempre que ser levado em consideração o ambiente em que o mesmo será usado. “Chapéu é um acessório perigoso que não deve ser usado em locais fechados”, aconselha. Além disso, deve ser levado em consideração o formato

ModaPor: Larissa Galvão | Fotos: Paulo Negreiros

Chapéus para todos os gostos

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do rosto. Conforme o especialista, pessoas altas ou com pescoço com-prido podem apostar nos chapéus de abas largas. Já nos casos de pessoas baixas ou de pescoço curto, o ideal é o uso de chapéus com abas médias ou pequenas. No entanto, assim como tudo na moda, que sempre acontece coisas novas, o que sempre vale é como a pessoa vai se sentir usando a peça. “Esse lance de chapéu não existe tendência. É uma questão de atitude e individualida-de”, completa ele.

Para o verão, a universitária Há-vela Pires, 21 anos, está apostando no chapéu de palha, conhecido como chapéu Panamá. “Alem de chamar a atenção para o rosto, pode ser a peça principal do look, sem brincos ou colares”, opina. Para ficar ainda mais charmosa, Hávela optou por óculos escuros e saídas de praia compridas para combinar com o chapéu.

Nesta temporadora, segundo es-pecialistas, os chapéus prometem ser a o acessório mais badalado e usado. A dica é: escolha do modelo que melhor se adequar ao seu tipo de rosto e estilo.

ABAS lARGASTambém conhecidos como

“Floppy”, são elegantes e ideais para a praia, já que protegem mais o rosto. Tanto os chapéus de palha quanto os de nylon e de estampas de algodão, serão sensação garanti-das no verão.

ABAS CURTAS DE TECIDOO Fedora, borsalino ou trilby é

para um look casual, que pode ser usado no dia a dia. Para acertar na produção, vale investir em shorts, calças jeans e vestidos estampados. Prefira peças “clean” ou combine algum detalhe da estampa do chapéu

com a roupa. Se a faixa no chapéu for azul, você pode usar uma blusa floral com fundo azul do mesmo tom.

PANAMáÉ todo de palha trançada. Roupas

de linho ou de algodão estampadas e com fundos brancos são ideais para usar com esse tipo de chapéu. Evite xadrez e cores escuras

AUSTRAlIANOÉ uma ótima opção para a com-

binação praia, sol e mar. Com abas larga e geralmente impermeável, tem versões coloridas e estampadas.

ServiçoHatshop - a loja dos chapéusBrasília Shopping1° andar, lj. 208 C(61) 3032.2096

Diferentes tipos e cores

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ComportamentoPor: Alessandra Bacelar | Ilustração: Eward Bonasser Jr. | Fotos: Gustavo Lima

Comprar um carro novo, parar de fumar, emagrecer, estudar mais, entre outros. As

promessas para início de ano são muitas. Todos sentem a neces-sidade de inovar. Mas, será que todas as metas realmente são cum-pridas? Geralmente não. Quais promessas surgem da real necessi-dade do indivíduo em alcançá-las e quais se encaixam apenas em anseios de sair da roti-na? Ao estabelecer metas é importante analisar não apenas o que se quer mudar, mas também, o que se está disposto a

mudar. Para cada objetivo é preciso esforço e persistência para que as p ro m e s s a s saiam do papel. A força

de vontade em

cumprir o prometido muito tem a ver com a consciência da necessidade de cada

um. Quanto maior a precisão em atingir o objetivo maior a proba-bilidade do alcance.

Pesquisas da Fun-dação Perseu Abra-mo mostram que os anseios dos jovens estão mais voltados

à vida profissional e sexual. Enquanto dados da Fundação Oswaldo Cruz apon-tam a preocupação

dos idosos em melhorar a saúde. Mui-tas são as metas dos brasileiros, mas além do caráter pessoal, de cada uma delas, a faixa etária também influi nos anseios de cada um. Outro fator, também presente, é a realidade social das pessoas. Para a psicóloga Fátima Rodrigues,

novos estímulos costumam geram novas perspectivas. “O período de início de ano pode significar um ciclo reconhecido por todo um grupo social e interfere positivamente na motivação das pessoas em inovar. Cada vez que nos sentimos próximos do que queremos, vemos a chance de

alcançar a felicidade”. Planos para

2011 é o que não faltam. Quitar o apartamento, viajar e morar sozinha são as metas da corretora de imó-veis, Daniela de

Paula, 26 anos. Já o

PROMESSASAtitudes que fazem a diferença

PARA 2011

MUITAS

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PLANO BRASÍLIA 25 DE JANEIRO DE 2011 55

advogado da OAB, Elomar Lobato, 44 anos, pretende priorizar seus ob-jetivos profissionais, “Este ano quero concluir minha pós-graduação”, conta. Outros, pen-sam em mudar todo o estilo de vida. É o caso da assessora de imprensa, Aline Nogueira, 27 anos, que pretende sair do sedentarismo e acrescentar novas atividades em seu dia a dia. “Este ano vou mudar meu cotidiano. Fazer ginástica. Viajar para o exterior e começar uma pós-graduação serão minhas primeiras metas”, relata.

Especialistas afirmam que mudanças contribuem para o cres-cimento do ser humano. Identificar as potencialidades e reconhecer as li-mitações pessoais ajudam a enxergar o que é preciso mudar para atingir os objetivos de vida. As novidades vêm para aprimorar o indivíduo,

contribuindo para atingir os resultados desejados. A auto-estima fica em alta como conseqüência desse equilíbrio. Quando a pessoa se aceita como é,

consegue conviver melhor socialmente e almejar so-

nhos mais altos. Por sentir-se mais capaz para realizá-los.Direcionamento, organização

e persistência são fatores essenciais para o êxito dos objetivos traçados. Sejam quais forem as metas para o início do ano, planejamento é essencial. É comum vermos pessoas reclamando por não conseguirem

realizar seus so-nhos. Mas muitas delas nem sequer deram o primeiro passo para con-cretizá-los. Lutar pelos objetivos traçados faz toda a diferença para a concretização. Em contrário, a vida se tornará um muro de lamenta-

ções. Adotar atitudes positivas também diante das dificuldades fará com que frustrações se trans-formem em degraus para vencer os obstáculos. É saudável almejar coisas novas. Mas para colher é necessário plantar.

Aline Nogueira, assessora de imprensa

Daniela de Paula, corretora de imóveis

Elomar Lobato, Advogado da OAB

Fátima Rodrigues, Psicóloga

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O inquieto samba pós-antigo de cacá

E tradição Sentimental do povo brasileiro

“Mas pra fazer um samba com belezaé preciso um bocado de tristeza

senão, não se faz um samba não”

Assim cantou o poetinha Viní-cius de Moraes no seu clássico “Samba daBenção”, em parce-

ria com Baden Powell. Saravá!!!O verdadeiro samba é assim

mesmo: não tem fórmula certa, mas tem pegada rítmica e senti-mental. Deve ter sim uma pitada de lamento, uma boa dose de nostalgia, a saudade de um amor perdido e um compromisso imen-surável com a busca da felicidade. Tanto na letra como na melodia. Afinal, se tristeza não tem fim, não custa clamar: “tristeza, por favor vá embora/ minha alma que chora/ está vendo o meu fim.” Daí todos cantamos juntos.

Essas breves considerações vêm à tona a propósito do último show do cantor/compositor Cacá Perei-ra, no Feitiço Mineiro, em meados deste janeiro, onde ele, além de encantar a plateia com sambas de

sua autoria, também prestou uma homenagem ao centenário de Noel Rosa, autor de Feitiço da Vila.

Ou seja: por si só já havia feitiço demais solto no ar.

Embora tenha citado dois sam-bistas brancos – Vinícius e Noel, além do próprio Cacá que é um típico caboclo mestiço brasileiro -, todos sabemos das origens africa-nas do nosso samba. Talvez por isso mesmo, o ritmo ícone da nossa cul-tura traga na sua essência, no seu DNA estético, aquele lamento como base melódica e a tristeza na poesia daqueles seres que foram tratados mercadorias escravas jogados em terras estranhas. Neste ponto, o samba e o blue se irmanam na sau-dação à ancestralidade, na saudade milenar que podemos capitar em cada nota, em cada frase.

A isso costumamos chamar “samba de raiz”, ritmo que vem

lá de Tia Ciata, mãe de santo da Praça XI quando o Rio começava a viver o processo de urbanização no início do século passado. Mas também vem do canto das velhas baianas do Recôncavo, feiticeiras que jamais deixarão de saudar e cultivar seus orixás.

Cacá faz renascer entre nós, brasileiros do Centro Oeste neste século XXI, este tipo de samba. Os que têm bons ouvidos reco-nhecem isso. Gosto de chamar seu estilo de compor e cantar de “pós-antigo”. A base está lá atrás, nos sambistas ancestrais que sua mãe cantava para acalmar o me-nino endiabrado.

Mas a pegada é atualíssima. Com melodias elaboradas, embora a temática poética seja a eterna de todo bom samba: o eterno conflito de amor entre homens e mulheres e vice-e-versa.

Cultura LUIS TURIBA

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“B raxília”, curta-metragem de 17 minutos sobre a poesia brasiliense de

Nicolas Behr, sacudiu uma das noites do 43º Festival de Cinema de Brasília, em novembro último.

O filme da diretora Danielle Pro-ença, produzido pela Cor Films, foi aplaudido por quatro vezes durante sua exibição e no final todos canta-ram animadamente a canção “Nossa Senhora do cerrado - Nonô”, música onde o poeta de Braxília agradece a santa por protegê-lo durante a travessia do Eixão: “fazei com que eu chegue são e salvo na casa da Noélia”, diz o refrão.

O filme conseguiu traduzir com muito rigor e bom-humor a poesia de Behr totalmente dedicada a Brasília,

sua grande musa. Mas para cantar a capital, o poeta a reinventa e cria, poeticamente, a “Braxília”, cidade onde o poder está longe do poder.

A “Braxília” poética foi um dos

grandes premiados entre os curtas do Festival de Brasília. O filme será reapresentado pelas salas de cinema da cidade. Quem não assistiu, corra atrás pois vale a pena, ora se vale.

A POESIA CHEGA AO CINEMA

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Cinema RICARDO MOVITS *

O cinema ganha mais força a cada tecnologia que surge. Como muitos previram na

época, ele não acabou quando a te-levisão surgiu. No retângulo branco com o layout “paisagem” muitos sonhos se materializam e fazem da sétima arte, uma das mais conceitu-adas. No entanto, o cinema, no caso o brasileiro, depende de políticas culturais para sua sustentação e con-tinuidade. No retângulo branco com o layout “retrato”, muitos acordos e convênios são firmados para que os profissionais da área possam conti-nuar a sonhar e ter idéias.

Dia 3 de janeiro deste ano tomou posse o novo secretário de cultura do Distrito Federal, Hamilton Pereira da Silva. No encerramento de seu discurso, ele anunciou as 13 ações que serão discutidas no bojo de sua secretaria nos próximos cem dias. Todas, de suma importância para a cultura local. Uma me chamou atenção em especial e gostaria de ressaltá-la. Trata-se do “Plano de Revitalização dos Espaços Culturais do DF”. O objetivo é recuperar e revitalizar todos os espaços públicos culturais do DF através da criação de um Grupo de Trabalho para a elabo-ração do Plano. O GT será composto pelo Gabinete do Secretário, mem-bros da SC-GDF, nomeados pelo

Secretário e convidados das secreta-rias de Obras e Educação. O início do Plano serão ações no processo de Revitalização do Cine Brasília, do Centro Cultural da 508 Sul, na Casa do Cantador, no Cine Itapuã e o Espaço Cultural de Ceilândia.

É de suma importância a manu-tenção dos espaços já existentes em Brasília. Dependemos da materia-lização no papel (layout “retrato”) deste Plano de Revitalização dos espaços já consagrados pelo público. Não podemos esquecer também dos espaços culturais que não são apro-veitados devidamente, como o do Ministério da Cultura, do Ministério da Educação, do Superior Tribunal da Justiça, e outros que já existem e estão desativados ou esquecidos. Não podemos esquecer. A memória é muito importante. Sem ela não somos ninguém. Principalmente nos dias de hoje onde o “virtual” ganha cada vez mais, o poder da vida. Se não há memória ele “trava”.

Não podemos esquecer que Brasília foi criada em um planalto. Mesmo com todos os prédios e monumentos, temos um cenário de quase 360 graus de vista do horizon-te. As crianças nascem aqui com uma visão vasta, aberta e, certamente, isso tem influência na criatividade. Os artistas brasilienses são mais claros

em seus pensamentos, mais amplos em seus temas e, seguramente, a ar-quitetura de Brasília tem influência nessas criações.

Moramos em Brasília onde, simbolicamente, a forma da cruz faz parte do nosso dia a dia. A cruz representa o equilíbrio entre matéria e espírito, em Brasília, descanso (eixo rodoviário) e trabalho (eixo monumental). Espero também que este equilíbrio possa se manifestar nos dois retângulos brancos com o layout “paisagem” (tela de cinema) e o layout “retrato” (papel ofício). No cinema as imagens ganham o poder de revelação. No papel as letras ga-nham o poder para a manifestação.

Tenho certeza de que nosso secretário de cultura, Hamilton Pereira, está ciente da necessidade que o cineasta brasiliense tem de se expressar e, com o poder de mate-rializar no papel, as expectativas de nossa classe vai ficar maravilhado com o resultado refletido na grande tela branca.

Novos rumos

O cineasta Ricardo Movits expõe suas expectativas sobre a nova gestão da Secretaria de Cultura

*RICARDO MOVITS é cineasta, artista plástico, poeta, escritor, compositor e produtor cultural. Autor de várias peças teatrais e roteiros para cinema, teatro e televisão, Ricardo foi diretor da FOx e trabalhou no mercado de pós-produção em Los Angeles em estúdios como Walt Disney, Pa-ramount Pictures, Warner Bros. Inc., entre outros.

do cinemaem Brasília

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GastronomiaPor: Afrânio Pedreira | Fotos: Paulo Negreiros e divulgação

A capital do país, do dia 17 e até o final do mês está com o ar car-regado de saborosos temperos

que, certamente, vai do agrado do paladar mais puro e simples ao mais exigente e requintado. O motivo é a realização da 4ª edição do Brasília Restaurant Week, onde gabaritados chefes de cozinhas de 65 renomados restaurantes locais costumam se superar para criar verdadeiras obras primas gastronômicas aos preços únicos de R$ 29 o almoço e R$ 39 o jantar. Uma ótima opção para os amantes da boa culinária de Brasília, a primeira cidade do país a sediar o evento neste ano. Serão 17 edições e 12 cidades foram selecionadas. São Paulo será a próxima.

O Bhumi Cozinha Orgânica e Saudável (terra em sânscrito) cele-bra a sua primeira participação no Brasília Restaurant Week com um cardápio completo, saboroso e sau-dável. A proposta da casa é oferecer ao paladar de todos uma culinária rica em nutrientes com pratos or-gânicos, vegetarianos, naturais e sem glúten. Assim, o Bhumi aposta, para o almoço num risoto integral orgânico puxado no óleo de coco com curry, acelga, castanha de caju e polpa de coco fresco, acompanhado de purê rústico de abóbora japonesa e brócolis refogado com alho. Para o jantar a aposta do chef de cozinha da casa, Luiz Eduardo Vasconcelos é um filé de pescada amarela em crosta de

Brasília Restaurant WeekFilé de pescada amarela com crosta de grãos

Risoto Integral Orgânico

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ServiçoStadt BierSiG, Qd. 6, Lt. 2.190(61) 3344.67777

Universal dinnerSCLS 210, Bl. B, Lj. 30(61) 3443-2089

Bhumi Cozinha orgânica e SaudávelSCLS 113 Bl. C Lj 33 (61) 3345.0046

grãos de quinoa, linhaça e gergelim, com molho de tomate e cereja, azeite extra virgem orgânico com ervas finas. A ma-ravilha é servida em cama de purê de batata e arroz integral. Além de couvert e sopa orgânica vegetariana, torta orgânica de banana e mousse de iogurte natural com granola. Pratos servidos no capricho para serem degustados sem nenhuma cerimônia para lamber os dedos, caso os mesmo toque a comida.

O Bhumi é o primeiro restaurante orgânico de Brasília e tem um novo conceito de alimentação saudável. A idéia é levar ao paladar produtos orgânicos que otimizam o uso dos recursos naturais e respeitam o meio ambiente.

Já o Universal Dinner, que participou das 17 edições do Brasília Restaurante Week, famoso pelas delícias gastronô-micas e pela sua decoração “brega chique”, está apostando no sucesso dos pratos que tem a assinatura do chef Marcelo Petrarca, 23 anos e há quatro atuando na gastronomia. O “sexy srhimp”, um prato afrodisíaco com camarões ao molho de queijo brie, champagne e caviar com risoto exótico de morango é a vedete da casa para o festival. Outra maravilha que é sucesso garantido no local é o “steck universal”. Um filé alto, perfeito ao ponto com manteiga de ervas caseiras, coberto com molho da própria carne e vinho tinto. Acom-panha um risoto pommodoro. No jantar, para aguçar o paladar a entrada é uma salada com molho de aceto com mel. O prato principal não poderia deixar de ser o maravi-lhoso “chix lemom e risoto de banana”. Um filé de frango em cubos ao molho de limão siciliano, acompanhado de exótico risoto de chutney de bananas, alho e pimenta do reino. “De comer rezando”, assegura Petrarca.

Um restaurante que não está participando do Brasília Restaurant Week, mas que continua a agradar a clientela pelo seu bom atendimento e a qualidade dos produtos oferecidos como um “chopp no capricho” e saborosos petiscos é o Stadt Bier (grafado em alemão).

Famoso por oferecer chopps feitos por eles mesmos, no melhor estilo de qualidade e de acordo com a lei da pureza alemã de 1516, a satisfação dos amantes da bebida que é ser-vida na forma original (não filtrada), kristal (filtrada), escuro, de uva e delirius, com 8,5% de álcool, é sempre garantida. E foram os chopps stadt que fizeram com que os sócios Eduarda Cambraia e Luiz Caldas Carvalho abrissem o estabelecimen-to, que hoje, é referência em Brasília quando o assunto é a degustação da bebida. Mas, engana-se quem pensa que só os chopps são o sucesso da casa. O filé de frango empanado preparado com chopp e o embutido suíno especial com ba-tata gratinada, recheada com queijo é a sugestão mais segura do chefe de cozinha Francisco Jacinto Soares.

Além dos saborosos petiscos, o Stadt Bier oferece pratos como filé à moda da casa, saborosa picanha na chapa, trutas e sanduíches especiais “inventados e repaginados”. “O chefe de cozinha solta a criatividade e sai verdadeiras maravilhas”, garante Eduarda.

Filé de frango em cubos com risoto de banana

Salsichão suíno especial

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MúsicaPor: Michel Aleixo | Fotos: Divulgação

U2 One CoverVivemos novos tempos no que se

refere à indústria fonográfica. Hoje, na era da internet e o

download de arquivos, as tarefas pro-duzir e consumir música enfrentam uma realidade de mercado massifica-do e venda de discos em declínio. Para os artistas novos a tarefa é mais árdua. Apresentar seu trabalho num mercado tão cheio de concorrentes, onde o público consumidor tem acesso as mú-sicas favoritas à distância de um clique, não se assemelha em nada a períodos efervescentes como os anos 70 e 80.

Um bom exemplo de batalhador dos novos tempos é o veterinário de formação e músico por opção, Rubinho Gabba. O vocalista de 36 anos é mais conhecido como cover de Bono Vox, líder do U2. Desde 2002 ele e os músi-cos Renato Lourenço, Fernando Mãozão e Alan Diego fazem tributo à banda irlandesa, uma das maiores da história do rock. “Apesar desse projeto estou no ramo há mais tempo. Sou compositor e

tenho uma banda de músicas autorais desde que morava em Patos de Minas. Sempre fui fã do U2 e quando me mudei para Brasília, surgiu à oportunidade de montar o grupo”, explica.

Mesmo com a boa recepção que o projeto recebe, Rubinho afirma que seu principal objetivo é alavancar seu trabalho autoral. Durante as apresentações do U2 One Cover, a banda sempre inclui quatro ou cinco músicas próprias no repertório. “É incrível porque essa estratégia de divulgação tem dado certo até entre os fãs mais radicais do U2. Se estamos agradan-do esse público, significa que estamos no caminho certo”, orgulha-se.

Mas para sobreviver no mercado, o artista sabe que é quase impraticável uma banda nova sustentar-se apenas de seu trabalho autoral. “Hoje vivo de música e me sustento através de mui-tos outros projetos. Temos ainda um tributo ao Coldpaly e o Movie Show, aonde tocamos trilhas sonoras de clássicos do cinema enquanto o filme é

projetado. Como artista você tem que se diversificar”.

Rubinho vê prós e contras na revolu-ção que a internet provocou na música. “Antigamente as bandas contavam com empresas de marketing e gerenciamento, hoje isso não existe mais. Você grava o disco sozinho, lança sozinho. É uma faca de dois gumes. Por um lado é uma boa plataforma de divulgação. Por outro, di-ficulta a seleção de bons artistas”, conclui.

Apresentando-se atualmente Gate’s Pub, América Rock Club, Mormaii e Pier 21, o artista que tem atenção aos míni-mos detalhes quando vai encarnar Bono Vox, resume o trabalho numa frase de The Edge, guitarrista do verdadeiro U2: “A melhor maneira de ser cover da nossa banda é fazer suas próprias canções. Use nossa música como laboratório para escrever as suas”.

Há quase uma década grupo da cidade faz tributo a uma das maiores bandas do rock

ServiçoU2 one Coverwww.myspace.com/u2onecover

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Curso de verão da escola de música de brasília

BOHUMIL MED*

B rasília, por sua característica política, é um lugar atípico. Políticos ausentes e muitos

brasilienses curtindo férias em janeiro e fevereiro esvaziam a ci-dade. Isso implica em um paradão musical, pois três das principais instituições que promovem música de concerto na capital – a Orques-tra Sinfônica do Teatro Nacional, a Casa Thomas Jefferson e o Departamento de Música da UnB – também suspendem suas ativida-des. A única exceção fica por conta da Escola de Música de Brasília (EMB) que promove, anualmente, o curso de verão, este ano na sua 33a edição.

ATIVIDADES NO CURSOO curso reúne anualmente

professores e alunos de várias par-tes do país e do exterior para um encontro que promove intercâmbio e aperfeiçoamento musical. Além de aulas, workshops, palestras e muitos ensaios, a direção do curso, realizado entre os dias 9 e 22 de janeiro, organizou mais de 100

concertos executados nos teatros da própria escola, na L2 sul, e em ou-tros espaços alternativos, incluindo o palco da Brasília Super Rádio FM no Conjunto Nacional, conduzido por Lúcia Garófalo. Vale ressaltar que os eventos foram gratuitos.

EVENTO POPUlAR OU ERUDITA?O curso de Brasília é um

exemplo da simbiose pacífica entre os dois gêneros. Alunos da área popular assistem a concertos eruditos e vice-versa. O mesmo acontece com muitos professores que transitam pelas duas áreas. Um exemplo típico é a pianista Maria Tereza Madeira, brilhante executante das músicas de Chiqui-nha Gonzaga e, ao mesmo tempo, virtuose intérprete de sonatas de Beethoven e outros. Aí mais uma prova da imprecisão dessa divisão entre popular e erudito.

UM POUCO DA hISTóRIAFoi o maestro Levino de Alcân-

tara, fundador da Escola de Música de Brasília, quem introduziu o ciclo

de cursos de verão. Na lista de professores constam muitos nomes importantes do cenário nacional e internacional. Da mesma forma, entre os ex-alunos encontramos nomes de grande destaque. Só para citar um exemplo, lembramos um aluno de trompa, na época com 12 anos, muito talento e bastante levado. Ele é, hoje, um dos mais importantes regentes brasileiros, o maestro Roberto Minczuk, titular da Orquestra Sinfônica Brasileira.

Resultados do curso, vejam no próximo número.

TROCA DE BATUTAA Orquestra Sinfônica do Teatro

Nacional Cláudio Santoro tem novo maestro titular. A maestrina cubana Elena Herrera, que nos últimos meses regeu a orquestra em substi-tuição ao americano Ira Levin, en-tregou a batuta ao spalla brasiliense Cláudio Cohen. Esta coluna deseja ao novo regente muito sucesso.

*BOHUMIL MED professor emérito da Universidade de Brasília

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Valores que cabem no bolso

Por uma determinação do Conselho Federal de Medicina Veterinária as universidades

não podem fazer atendimentos gratuitamente. Na Universidade de Brasília (UnB) o valor pago por uma consulta é bem abaixo aos praticados no mercado. “Os valores são bem abaixo do valor demarcado, mas não pode se ter isenção para não ter concorrência com outras clínicas veterinárias”, explica Christine Mar-tins, da clinica médica do Hospital Veterinário da UnB (Hvet), que atua há 20 anos na área.

O local é uma referência no atendimento aos animais da região Centro Oeste. Com um preço simbó-

lico, histórias de amor incondicional e muita dedicação pelos bichos já foram contadas e sentidas no esta-belecimento. “Os profissionais tra-balham entusiasmados e com muito amor. Trouxe minha cadela para a retirada de um câncer de mama e vou economizar cerca de R$ 700. Os estudantes são supervisionados e isso me traz tranquilidade para deixar a Lara aqui. A infraestrutura é de qualidade,” comenta Maria Cristina Matos de 29 anos, com sua cadela de nove anos.

Todos os tipos de tratamento para animais de pequeno e grande porte são realizados na universidade. Apesar da pequena demanda, talvez

por desconhecimento do local e dos serviços ali prestados, há também o tratamento de animais silvestres. A veterinária Christine afirma que “a fonte de treinamento para os nossos estudantes e estagiários, residentes e veterinários que compõe o quadro é uma fonte infindável de treinamento, prática e conhecimento”.

Conforme a veterinária, o aten-dimento naquele hospital é realizado por ordem de chegada. Para os casos de tratamentos muito longos, as consultas devem ser agendadas com antecedência. Caso o estado de saúde do animal seja mais grave, o atendi-mento é efetuado na hora, na sala de emergência. Os serviços são cobrados,

Mundo AnimalPor: Anna Paula Falcão | Fotos: Gustavo Lima

Hospitais Veterinários - Amor pelos animais.

Animal recebendo tratamento médico

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exceto quando o proprietário do ani-mal é carente e fizer parte do projeto Carroceiro Legal ou se a enfermidade do animal for de interesse didático da universidade pela raridade ou gravi-dade do problema.

ENSINO

A graduação de veterinária exige dedicação integral aos estudos. Nos períodos iniciais, os estudantes passam por disciplinas básicas como citologia, microbiologia veterinária e bioquímica animal. A partir do quarto semestre começa o ciclo de disciplinas profissionalizantes. Neste momento, os estudantes passam a atuar no Hospital Veterinário, na Fazenda Água Limpa, localizada no Núcleo Rural Vargem Bonita e em muitos laboratórios pertencentes ao curso, classificados como de apoio ao hospital. As duas unidades permitem o contato com animais de grande porte, de companhia e silvestres. No 10º semestre, os estudantes realizam o estágio obrigatório supervisionado

de 480 horas, cujo relatório ou monografia será apresentado para aprovação final da graduação.

ADOçãO A universidade também oferece o

serviço de adoção de animais. “ Um proprietário deixou sobre os nossos cuidados uma cadela sem raça defini-da com paralisia e nunca mais voltou para pegar. Ela é dócil e carente. Estamos esperando por um voluntá-rio que assuma as responsabilidades para adotá-la. Com certeza, ele será o maior presenteado. Na universida-de tem muitos casos de abandono. Mas não podemos abrigar porque o espaço físico não comporta mais tantos animais,” desabafa a veteriná-ria Christine Martins. Conforme ela, tratamento adequado e um pouco de carinho garantem a saúde do animal de volta e a possibilidade de um lar para os animais. A Organinzação Não Governamental Protetora dos Animais (Proanima) ajuda no abrigo para alguns cães e alerta que ma-chucar animais é crime. “ É dever da polícia autuar e prender pessoas que praticam maus tratos a animais. Isso vale também para os cavalos que trabalham como veículos de tração animal”, esclarece Marina Corbucci, voluntária da ONG.

Além disso, a universidade recebe doação de remédios para ajudar nos tratamentos de animais carentes.

Dra. Christine: “animais doentes precisam de carinho”

ServiçoHvet animais de Pequeno Porteatendimentos de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 13h30 e das 14h30 às 17h30. Campus Plano Piloto(61) 3307.1869 / 3307.2825 animais de Grande Porteatendimentos de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Granja do Torto(61) 3468.7255

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Jornalista AprendizPor: Sabrina Fiuza

Cada vez mais conhecida na capital federal, a modalidade ganha novos praticantes

A arte do deslocamento

Le parkour significa o percur-so. Não entra em nenhuma categoria de esporte porque

não tem regras. É visto por alguns como uma arte e por outros como uma atividade física. Também conhecido como arte do deslo-camento, o parkour foi fundado pelo francês David Belle, na dé-cada de 80. Alguns praticantes e conhecedores do assunto afirmam que o parkour não teve um cria-dor por sempre ter existido, mas Belle foi o responsável por tornar a atividade mundialmente conhe-cida. Na capital federal, jovens se unem para a prática e disseminar a idéia entre os moradores da cidade. O principal objetivo da ativi-dade é mover-se do ponto A para o ponto B, superando obstáculos, no menor tempo possível e da

forma mais natural. Baseia-se na superação dos próprios limites e pode ser praticado tanto na área urbana quanto em áreas rurais. Nenhum obstáculo deve parar o praticante e este deve executar todos os movimentos com a maior naturalidade. Assim, o obstáculo se torna parte do corpo. Homens que pra-ticam o parkour são conhecidos como “traceurs” e as mulheres como “traceuses”. Os traceurs ressaltam que a prática do parkour é para benefício próprio e nunca para impressionar outras pessoas com os movimentos. Por trás de cada movimento existe uma filosofia de porque executá-los. O presidente da Associação Brasileira de Parkour e um dos pioneiros da atividade no Brasil, Alberto Brandão começou a treinar em 2004. Ele explica que o parkour surgiu como uma origem militar, com o objetivo de resgatar feridos e ser evasivo. Alcançar pontos remotos de forma rápida, eficiente e determinada. Sobre os riscos da prática, Brandão garante que nunca sofreu nada grave. “Já me ralei, mas nunca quebrei nenhum osso”, conta. Felipe Ramos é um traceur de Brasília e colabo-rador de um dos blogs mais lidos sobre o assunto,

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chamado de “cima do muro”. Para ele, o parkour é um intenso treinamento de uso utilitário. “Em um determinado percurso, o caminho é cortado entre dois pontos da forma mais rápida, fluida e segura possível, visando a autopreservação e o altruísmo”, diz. Ele explica, ainda, que a única ferramenta utilizada é o próprio corpo humano, por meio de controle físico e mental, alcan-çado quando o corpo e a mente interagem de forma livre. “Tal controle é a essência e o objetivo do treinamento”, conclui. Na hora de escolher o local para os treinos, Alberto conta que a seleção é feita de acordo com a possibilidade de movimentos, variação e desafios que o lugar pode proporcionar. “Brasília tem ótimos lugares para quem está começando. Mas, no final acabamos ficando sem muitos de-safios. Só conseguimos chegar até determinado nível por causa da arquitetura da cidade”, assinala o presidente da Associação. O parkour é uma disciplina que independe de professores ou instrutores. Aquele que tem inte-

ServiçoSabrina Fiuza cursa o 6º semestre de jornalismo no UniCeUB

A arte do deslocamento

resse em praticá-lo deve procurar alguém ou um grupo de pessoas que já treine para buscar orienta-ções. Entretanto, traceurs não re-comendam que leigos pratiquem sozinhos.

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O mercado imobiliário teve um desempenho excepcional em 2010, tendo como cenário uma

economia estabilizada advinda do ano anterior. Entre os fatores que contribu-íram para esse mercado extremamente favorável, podemos citar:

O embrião, a pequena semente que iniciou todo esse processo - a Lei 9.514/97 - que tratou da alienação fiduciária de bem imóvel. Essa lei trouxe segurança jurídica para os contratos de financiamento imobiliá-rio. A partir de então, as instituições financeiras se sentiram mais seguras e atraídas para atuar nesse campo.

O cenário de estabilidade econô-mica e política, a redução dos juros, a diminuição dos desequilíbrios nos contratos, além da demanda aquecida por imóveis, fomentou a participação dos bancos privados e públicos. Esses bancos passaram a oferecer um custo de financiamento menor, com processos menos buro-cráticos, com maior diversidade de condições de financiamento e prazos maiores. Essa massa de recursos encontrou uma população ávida por adquirir a casa própria e investir no mercado imobiliário.

Merece importante destaque, o programa “Minha Casa, Minha Vida” que faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento, o PAC, que através de uma política coordenada com subsídios nos financiamentos imobili-ários para a população de baixa renda com juros menores, facilitadores de crédito e a redução do valor real dos imóveis adquiridos, incluiu uma grande massa da população que fazia

parte de um quase insolúvel déficit habitacional em demanda efetiva com capacidade de compra.

A construção civil continuou esti-mulada. Houve geração de empregos e incremento de renda em uma classe da população que passou a consumir mais.

De forma sucinta, é esse pano-rama que nos trouxe ao excepcional momento do setor de imóveis no país, particularmente, no Distrito Federal que fechou 2010 com um - Valor Geral de Vendas (VGV) - de R$ 6 bilhões de reais para imóveis novos, superando o VGV de 2009 que ficou em R$ 4,3 bilhões.Vale lembrar, que com toda a expansão do crédito habitacional ainda não chegamos a 4% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Em economias mais amadurecidas, esse volume é da ordem de 100%. Nos Es-tados Unidos, o percentual chega aos 150%. Nós estamos apenas iniciando uma nova forma de se comprar e vender imóvel no Brasil, que é através do financiamento habitacional.

É importante destacar que em 2010, o PIB teve um aumento nos três trimestres de 2010 de 8,4% em relação ao mesmo período de 2009. Os dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Eestatís-tica (IBGE) apontam um avanço de meio ponto percentual no terceiro trimestre de 2010, ante os três meses antecedentes. No confronto com o período de julho a setembro de 2009, a expansão foi de 6,7%. A indústria cresceu 12% e os serviços, 5,7%.

Segundo declarações do Minis-tro da Fazenda, Guido Mantega, a atividade econômica deve crescer em

torno de 5% em 2011, repetindo essa taxa até 2014.

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) continuará pu-xando os investimentos neste ano. O governo acredita que de 2007 até 31 de dezembro de 2010, a execução financeira do PAC tenha atingido a ordem de R$ 619 bilhões.

O programa “Minha Casa, Minha Vida” aponta para a contratação de 739.600 unidades referentes ao pri-meiro ano do programa até meados de novembro, totalizando o valor de R$ 28,4 bilhões.

Diante do exposto, a expectativa do setor imobiliário para o período 2011 a 2014 é bastante positiva. Haja vista também a proximidade da Copa do Mundo que alavancará os investi-mentos no país.

Comparado com todos os estados da Federação, o Distrito Federal é o 2º maior mercado em valores vendi-dos no país. Posição alcançada em 2009 e facilmente mantida em 2010. Somos detentores da mais alta renda per capita do país, podemos citar o Lago Sul, como a região de maior Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil (IDH).

A nossa cidade tem características especiais. O nosso mercado é discipli-nado e bem regulado.

A nós, profissionais do setor imo-biliário, cabe zelar pelo nosso futuro, com planejamento e responsabilidade.

Que 2011 repleto de vendas e bons negócios!!

Mercado Imobiliário

*CARLOS HIRAM BENTES DAVIDPresidente do Secovi-DF

CARLOS HIRAM *

2010,um ano excepcional!!!

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A agência da qual sou sócio acaba de mudar de nome e de marca. A Casanova Full Thinking em

Brasília agora chama-se Monumenta. A necessidade veio a partir do reposi-cionamento estratégico realizado pelo grupo ao qual estamos ligados. No entanto, percebemos nessa situação, além do risco normal da mudança, uma oportunidade. Era nossa chance de ocupar uma lacuna deixada pelas agências, seja por convicção ou por dúvida, e ao mesmo tempo assumir a nossa vocação: ser a agência dos clientes da área pública e do terceiro setor. Não só um braço ou uma ope-ração apartada, mas uma estrutura completa, criativa, multidisciplinar e independente, que já conta com mais de 110 funcionários.

Ainda na faculdade, ouvia pu-blicitários notórios, a exemplo de Washington Olivetto, bradarem que suas agências não atendiam contas de cigarro e nem de governo. Alguns substituíam o cigarro por armas, bebidas e afins. Essas declarações traziam-me à lembrança uma frase impressa na fachada de um centro de estudos exclusivo para homens na Asa Sul: proibida a entrada de mulheres e cachorros. Com efeito, os clientes de governo eram vistos pelos criativos da mesma forma que as mulheres eram percebidas pelos gestores do centro de estudos. Ou seja: no mesmo nível dos cigarros, das armas, do álcool e dos cachorros.

De fato, havia entre os profissionais do meio um certo senso comum de que o governo era o túmulo da criação e o paraíso de agências ou operações medíocres, mais preocupadas com o lucro fácil do que com o resultado e a responsabilidade pelo erário público. Nessa época, Brasília abrigava inúme-ras agências desse tipo cujas estruturas resumiam-se a uma secretária com função de atendimento e um aparelho de fax-simile. Distorção que, entre esforços isolados e o processo natural de consolidação democrática, o tempo tratou de enterrar no passado e o bom senso converteu em folclore. O cenário hoje é outro. E, mais do que nunca, o Brasil está perto de encontrar na práti-ca sua eterna vocação de país do futuro.

Esse é o primeiro artigo de uma série a ser publicada por mim na Plano Brasília. Revista que também acaba de assumir sua vocação: circular toda se-mana, ao invés de todo mês. Pretendo aproveitar esse precioso espaço cedido pelo amigo Edson Crisóstomo para dividir com você muitas informações, dicas, cases e causos da comunicação e do marketing para o governo e o terceiro setor. Sugestões de pauta são bem-vindas. A propósito, o próximo texto será sobre colaboração.

Propaganda e Marketing CARLOS GRILLO*

E VOCAÇÕES *CARLOS GRILLO Sócio Diretor da Monumenta Comunicação e Estratégias SociaisEmail: [email protected]: @carlosgrillo

SOBRE MOMENTOS

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72 PLANO BRASÍLIA 2ª SEMANA DEZEMBRO 2010

Tá lendo o quê?

Boa leitura com um bom café

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Roberto Faria Santos FilhoProprietário da hamburgueria The Plates

LivroO Verdadeiro Poder

AutorVicente Falconi

Paulo Gonet Prof. na Escola de Direito de Brasília

Livro Milagres de Fátima

AutorRenzo e Roberto Allegri

Adriana Muniz RicciProprietária da lord Perfumaria

LivroA Décima Terceira História

AutorDiane Setterfield

Denise GebrimProprietária da los Dos de Brasília

Livro Felizes para Sempre

AutorTara Parker-Pope

“Um romance suspense que nos mostra a importância dos livros em nossas vidas através dos mistérios das relações e das histórias familiares. Uma obra inesquecível e profundamente sensível. Trata-se de uma es-critora reclusa, que sempre se escondeu atrás de enredos mis-teriosos. Envelhecida e doente, ela decide partilhar com seus leitores os detalhes de sua vida. Para isso, tem a colaboração da biógrafa Margaret lea, que vai ajudá-la a encarar os fantasmas do passado”.

“Neste livro que acabei de ler, pode-se aprender processos de gestão para o desenvolvimento e crescimento de uma empresa. Nele, podemos observar pontos essenciais para o crescimento sustentável de uma empresa. É uma ótima leitura para quem busca estratégias empresariais”.

“A franqueada da los Dos em Brasília, Denise Gebrim, está lendo “Felizes para Sempre - A ciência para um casamento perfeito “ de Tara Parker-Pope. Denise casa-se em fevereiro e junto com o noivo André Etrusco estão buscando conselhos para o futuro matrimônio na publicação. “ O livro é muito bom para se ler antes de um momento tão importante quanto esse. Ele tem várias dicas legais para o futuro casal”.

“Trata-se de uma reconstituição, realizada logo após o ano 2000, da aparição de Nossa Senhora de Fá-tima aos pastores lúcia,Francisco e Jacinta, em 1917, no interior de Portugal. Os autores buscaram o testemunho de pessoas da região que presenciaram os acontecimentos e ainda estavam vivas para falar ao livro. É uma leitura que renova a esperança num futuro de paz e mostra que a fé possibilita realizações que são impensáveis para os cálculos meramente humanos da vida”.

Fotos: Divulgação

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Frases

Ninguém deve se envergonhar por descobrir ter estado errado a vida inteira; isso significa que a pessoa está mais madura e mais inteligente hoje do que ontem.

Johathan Swift

Tive êxito na vida. Agora tento fazer da minha vida um êxito.

Brigitte Bardot

A primeira condição para ser alguma coisa é não querer ser tudo ao mesmo tempo.

Tristão de Ataíde

Tudo o que fazemos cansa. Feliz daquele que não perde as forças.

Goethe

Só existe uma forma de êxito - ser capaz de viver a vida de acordo com a própria consciência.

Christopher Morley

Não interrompa uma pessoa que lhe conta algo que você já sabe. Uma história nunca é contada duas vezes da mesma maneira e é sempre bom ter mais uma versão.

Golbery do Couto e Silva

A disciplina é a parte mais importante do êxito.

Truman Capote

Um homem é um sucesso se pula da cama de manhã e vai dormir à noite e, nesse meio tempo, só faz o que gosta.

Bob Dylan

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VETUVAL MARTINS VASCONCELOS

ASSéDIO MORAL DOS COMERCIÁRIOS NO TRABALHO

Justiça

Muitas vezes, os comerciários são submetidos ao assé-dio moral por parte das

gerências e chefias que tratam os seus empregados com pressões psi-cológicas que podem causar graves conseqüências à vida pessoal e profissional do trabalhador. No decorrer da jornada laboral, no exercício da função, os comerci-ários, por diversas vezes, trabalham em condições constrangedoras e sofrem humilhações que causam total desestabilidade emocional, seja psicológica, seja profissional e referida situação denomina-se assédio moral no trabalho. Uma das formas de assédio moral é a submissão do emprega-do a excessivo rigor no trabalho, sobrecarregando-o de tarefas. Se isso ocorrer, o trabalhador pode exigir na Justiça que a empresa o demita, sem que seja necessário pedir sua dispensa. O agressor pode isolar a vítima do grupo, vigiando-a sem explica-ção e a impede de se comunicar. Fragiliza, ridiculariza, inferioriza, faz gestos e tem condutas abusivas e constrangedoras. Humilha repeti-damente, despreza, ironiza, difama, faz piadas jocosas, menosprezando o empregado na frente de seus outros colegas. Desestabilizando-o emocional e profissionalmente. Ainda pode obrigar o empregado a realizar tarefas sem sentido ou que jamais serão utilizadas. Bem como

exige que faça horários fora da jorna-da, às vezes sem avisar previamente. Isso acontece porque, na maio-ria das vezes, a empresa quer que o seu empregado peça demissão for-çada ou planeja uma forma de que seja dispensado por justa causa. Pela prática de insubordinação.

qUAIS AS CONSEqüêNCIAS? As conseqüências do assédio moral na vida do trabalhador, como por exemplo, a angústia, a depres-são, síndrome do pânico, estresse ou outros danos psíquicos, podem colocar em risco não só a saúde, mas a própria vida do empregado. Tal fato leva o indivíduo a um processo de destruição interna, produz baixa estima, aniquilando psicologicamente suas potenciali-dades, diminuindo seu interesse de progresso, provocando sentimento de desistência do próprio trabalho, às vezes com pedido de demissão, pois se sente incapaz e inferior aos demais, perdendo a capacidade de analisar sua própria condição profissional e valor pessoal. A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida do trabalhador de modo direto, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental, que podem evoluir para a incapacidade labo-rativa, desemprego ou mesmo a morte, constituindo um risco invi-

sível, porém concreto, nas relações e condições de trabalho. Nos casos de assédio moral, o trabalhador deve procurar ajuda do Sindicato da categoria, que deve orientar e encaminhar o obreiro aos exames clínicos necessários. Ao receber denúncias, o Sindicato tem o dever de entrar imediatamente em contato com a empresa para averiguar as irregularidades no local de trabalho, bem como infor-mar às autoridades competentes, como a Delegacia Regional do Trabalho e o Ministério Público. O local de trabalho deve ser con-siderado sinônimo de cidadania. O empregado deve realizar suas funções de forma saudável, com condições de trabalho adequadas, devendo ser respeitado pelos seus superiores hierárquicos. Caso o comerciário não esteja trabalhando num ambiente saudável, sofrendo violência e agressão moral psico-lógica, passando por humilhações e constrangimentos, também deve procurar orientação jurídica e lutar pelos seus direitos. Sem ter medo, priorizando sempre a sua qualida-de de vida.

ANDREIA CEREGATTO*

*Andreia Ceregatto é advogada trabalhista

Serviçode negri & Lindoso advogados associado(61)3224.5725www.dnla.adv.br

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Diz Aí, Mané

O Euninho já provocou secas e enchentes calamitosas.

A AIDS é transmitida pelo mosquito AIDES EGIPSIO.

É um problema de muita gravidez.

O problema ainda é maior se tratando da camada Diozanio!

Já está muito de difíciu de achar os pandas na Amazônia.

O grande problema do Rio Amazonas é a pesca dos peixes.

A natureza brasileira tem 500 anos e já esta quase se

acabando.

O cerumano no mesmo tempo que constrói, também destroi,

pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias juntos.

O sero mano tem uma missão…

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Ecomo os tempos mudam... Que tal ao invés de "conselhos" (com todo o peso que a palavra

tem) nós falarmos de "dicas" que podem nos mostrar um atalho para o seu sucesso (a seu critério serem seguidas ou não...).

A primeira dica é sobre a expecta-tiva que você nutre sobre seu futuro. Estudos mostram que a maioria das pessoas espera coisas BOAS naturalmente acontecendo nas suas vidas, mas pouquíssimas esperam coisas EXTRAORDINÁRIAS... Ter expectativas que te revigoram, que te fazem sair da cama e trabalhar horas a fio sem reclamar, são o combustível ideal para uma cabeça e um corpo saudável. Lembre-se que todos nós temos as mesmas 24 horas diárias e podemos aproveitá-las da maneira que escolhermos!

A segunda dica é ter metas claras em relação ao seu futuro. Por exemplo, não basta desejar comprar um carro. Transforme seu sonho em META! Qual o modelo? Ano? Cor? Quando isso irá acontecer? O que é preciso fazer para se preparar para que isso REALMENTE aconteça? Ter metas claras significa que sabemos exatamente aonde queremos chegar, quando e como!

A terceira dica é esquecer o passado...Seu passado não pode in-terferir nas suas conquistas futuras. É claro que você, mais do que nin-

guém, sabe de todas as dificuldades que já enfrentou e como pode ter sido mais dura a sua jornada do que foi a dos seus amigos... Temos a ten-dência de nos apaixonarmos pelas nossas desculpas. E, é claro, elas são válidas! Mas é preciso que você decida se vai continuar gastando energia angariando solidariedade ou vai entrar em ação rumo aos seus troféus! Justificativas do tipo ‘sou muito velho’, 'alguém já deve ter pensado nisso', ‘sou muito novo’, ‘não tenho dinheiro suficiente’ ou ‘não tenho tempo’ são frases que lhe fazem continuar no mesmo lugar. Encarar o mundo de frente requer coragem, mas é a única forma de sair da zona de conforto e vencer os desafios da vida!

A quarta dica é encarar que a res-ponsabilidade é sua. Assuma total e irrestrita responsabilidade por tudo que acontece em sua vida. Muitas pessoas desejam, sinceramente, obter maior resultado nos relacio-namentos, na vida profissional e financeira, mas não conseguem se sentir realizados simplesmente por-que justificam as suas próprias der-rotas com fatores externos. Por isso, pergunte-se regularmente -"Qual é a minha parte nessa situação". Isso significa indagar o que pode ser feito por você. Fazer isso trará a sensação confortável que você é dono do seu próprio destino.

A quinta dica é ter um planeja-mento específico com objetivos para um, dois, três, quatro e cinco anos. Faça uma lista detalhada. Divida os objetivos em pessoais e profissio-nais. Entre em ação todos os dias pensando em obter os resultados planejados. A maioria das pessoas superestima o que pode fazer em um ano, mas subestima o que pode fazer em cinco. Ter esses objetivos especi-ficados te ajudará a perceber o que realmente pode acontecer dentro do tempo proposto.

A sexta dica é investir em bons re-lacionamentos. Cerque-se de pessoas bem humoradas. Tenha perto pessoas que você considera referências. Se importe com sua família, seus amigos e seus colegas de trabalho. Esteja atento as necessidades de quem é im-portante na sua vida... Tenha certeza que sabem que são importantes na sua vida! Construa amizades eternas, infalíveis! Opte pelo acordo, não pela discussão sem fundamentos. Use palavras positivas! Dê valor a quem merece ser valorizado!

A sétima e última dica é simples e não precisa de muita explicação. Seja feliz. Isso basta.

Cresça e Apareça ADRIANA MARQUES*

Dicas de sucesso em tempos de “não aconselhamento...”Já dizia a minha avó: “Se conselho fosse bom a gente não dava...”

*Adriana Marques é Business Coaching pela Sociedade Brasileira de Coaching master Coach pelo Behavioral Coaching Institute e presidente do CoachingClub.

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Durante séculos, a ideologia dominante no Brasil via a po-breza como uma coisa natural,

contra a qual não havia necessidade de preocupação política. No máximo um sentimento pessoal de caridade. É muito recente que o assunto passou a ser levantado sob a ilusão e a promessa de que o crescimento econômico tinha por objetivo tam-bém reduzir e até eliminar o quadro de pobreza, como, se supunha, nos países desenvolvidos.

É recente a adoção de políticas que servem diretamente, não indi-retamente pelo crescimento, para diminuir o problema. Os governos militares implantaram a aposentado-ria rural, com consequências muito positivas sobre o grau máximo de penúria entre pobres, sobretudo os velhos e seus familiares. O governo Sarney implantou programa de distribuição de comida; o governo Fernando Henrique implantou nacionalmente o programa Bolsa Escola, que Lula espalhou por todo o Brasil, sob o nome e a forma de Bolsa Família. Programas que têm sido fundamentais para mitigar o problema da penúria entre os pobres dos pobres. Hoje, a pobreza conti-nua, mas a fome regrediu; as massas, mesmo pobres, compram bens de consumo essenciais. No entanto, de-pois de 25 anos de democracia, não houve um programa consistente para a abolição do quadro de pobreza no Brasil. Um programa que inclua todos os brasileiros nas condições essenciais da modernidade, dando--lhes condições de ascenderem so-

cialmente. Os programas das últimas décadas, todos positivos, são capazes de proteger os pobres da miséria absoluta, mas não lhes oferece uma porta de saída da pobreza.

A primeira presidenta no Brasil tomou posse no dia 1º. Sua marca, porém, começou no dia 4 de janeiro, três dias depois, quando lançou o PAC da Pobreza, que propõe ir além dos programas até aqui executados. Tomando a expressão no sentido de conjunto de medidas visando atingir objetivos, o “PAC” da Pobreza pode representar o primeiro esforço nítido de um Chefe do Executivo Republicano no sentido de enfren-tar o problema. Mas, para que esta manifestação de intenção surta efeito será preciso que a presidenta Dilma faça algumas modificações na forma de enfrentar o problema.

Terá que deixar claro que não se trata apenas de mitigar o problema, mas de abolir a vergonha. Para isto, Dilma vai precisar redefinir o enten-dimento do problema e sua supera-ção. Até hoje, a pobreza é vista como a falta de crescimento econômico, sua solução como o resultado do cresci-mento ou de transferência de renda por problemas assistenciais.

Para enfrentar corretamente o problema da pobreza deve sair da economia para a ética, tratá-lo como um assunto moral, usando os recur-sos da economia, mas sem esperar por ela. E, tecnicamente, a pobreza deve ser vista não como falta de renda, mas falta de acesso aos bens e serviços essenciais, inclusive aqueles que são comprados no mercado, com

uma renda mínima necessária. Como falta de acesso à educação, saúde, cultura e segurança, que não se con-segue mesmo comprando estes bens e serviços no mercado. Acesso a uma boa educação e um bom serviço de saúde tem que ser pela oferta destes serviços publicamente.

A pura e simples transferência de renda por meios assistenciais não permitirá a superação do quadro de pobreza. No máximo permite a alimentação comprada no mercado, sem o oferecimento de uma porta de saída da pobreza.

O caminho para enfrentar o problema da pobreza, que fará com que a Presidenta Dilma marque defi-nitivamente sua passagem na história, como uma Chefe de Governo e Estado transformadora do país, está em uma revolução conceitual com a adoção do que vem sendo chamado de “keyne-sianismo produtivo e social”, com o emprego de pessoas pobres, para lhe garantir uma renda, mas sobretudo para possibilitar a produção e oferta dos bens e serviços que permitem a saída da pobreza.

Com um conjunto de “incentivos sociais diretos” para empregar pobres para que produzam o que necessitam, como saneamento, freqüência de seus filhos à escola; e, “indiretos”, salários decentes para os professores, implan-tação de um sistema de saúde pública eficiente. Assim será possível executar com eficiência uma outra Abolição, a da pobreza.

CRISTOVAM BUARQUE*Ponto de Vista

*Cristovam Buarque é senador do PDT-DF

Outra Abolição

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Charge

Eixo Monumental

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