plano brasília - ed. 119

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19 1 Plano BR Ano 12 · Edição 119 · R$ 5,30 19 1 BRASÍLIA www.planobrasilia.com.br Entrevista Wasny de Roure Saúde Como treinar o cérebro para a saúde e inteligência Ponto de Vista Arlete Sampaio MESSIAS DE SOUZA Os desafios de administrar Brasília EXEMPLAR DE ASSINANTE

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Revista Plano Brasília edição nº 119

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A n o 1 2 · E d i ç ã o 1 1 9 · R $ 5 , 3 0

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BRASÍLIAw w w . p l a n o b r a s i l i a . c o m . b r

EntrevistaWasny de Roure

SaúdeComo treinar o cérebro para a saúde e inteligência

Ponto de VistaArlete Sampaio

MESSIAS DE SOUZAOs desafios de administrar Brasília

EXEMPLAR DEASSINANTE

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Brasília está de parabéns. Porque, depois de nos receber de braços abertos,

agora recebe da gente muitos aplausos por seus 53 anos de história.

Uma homenagem do Consórcio Inframérica, operador do Aeroporto

Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek. Aqui você tem um Aeroporto completo em umA cidAde

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Page 3: Plano Brasília - Ed. 119

Brasília está de parabéns. Porque, depois de nos receber de braços abertos,

agora recebe da gente muitos aplausos por seus 53 anos de história.

Uma homenagem do Consórcio Inframérica, operador do Aeroporto

Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek. Aqui você tem um Aeroporto completo em umA cidAde

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Sumário

10 Cartas

11 Mesa Redonda

14 Entrevista

16 Panorama Político

18 Brasília e Coisa & Tal

20 Política Brasília

22 Visão de Brasília

24 Capa

28 Dinheiro

30 Mercado Imobiliário

32 Gente

11 Mesa Redonda

34 Planos e Negócios

36 Tecnologia

38 Cidade

40 Automóveis

42 Vida Moderna

44 Esporte

46 Personagem

48 Saúde

50 Moda

54 Comportamento

56 Gastronomia

58 Meio Ambiente

60 Jornalista Aprendiz

62 Cultura

64 Música

66 Cotidiano

68 Cidadania

70 Propaganda e Marketing

72 Tá Lendo o Quê?

74 Frases

76 Diz aí, Mané

77 Justiça

78 Vinho

80 Cresça e Apareça

82 Charge

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Os móveis, objetos, materiais de acabamento e itens não constantes do projeto aprovado e do Memorial de Incorporação registrado em cartório são meramente ilustrativos e não serão entregues com o imóvel. Por se tratar de material impresso, as imagens podem não retratar fi elmente as cores, brilhos e refl exos naturais dos materiais presentes no projeto. Memorial de Incorporação registrado sob o nº R 34-9.110 no Cartório do 1º Ofício de Registro de Imóveis de Brasília.

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Expediente Editorial

DIRETOR EXECUTIVO Edson Crisó[email protected]

DIRETORA DE PROJETOS ESPECIAIS Nubia [email protected]

EQUIPE DE REPORTAGEM: Daniel Guerra, Poliana Negrão e Yuri Achar

COLABORADORES: Antônio Duarte, Antônio Testa, Atalá Correia, Bohumil Med, Carla Ribeiro, Carlos Grillo, Cerino, Érika Kokay, Fádua

Faraj, Romário Schetino, Tarcísio Holanda, Rodrigo Montezuma, Rubens Soares, Sueny Almeida de Medeiros e Vetuval Martins Vasconcelos

EDITOR CHEFE: Afrânio Pedreira

DESIGNER GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Harison de Souza eHumberto A. Castelo Branco

FOTOGRAFIA: Beto Castanheira

IMPRESSÃO D´Arthy Editora e Gráfica Ltda.

TIRAGEM 60.000 exemplares

REDAÇÃO Comentários sobre o conteúdo editorial, sugestões e críticas às maté[email protected]

contato para anúncio61 8472-8270

[email protected]

AVISO AO LEITOR Acesse o site da editora Plano Brasília para conferir na íntegra o conteúdo de todas as revistas da

editora www.planobrasilia.com.br

SCLN 413 Bl. D Sl. 201CEP: 70876-540, Brasília-DF

Comercial: 61 3041.3313 | 3034.0011Redação: 61 3202.1357

Administração: 61 [email protected]

Abril / 2013

Não é permitida a reprodução parcial ou total das matérias sem a prévia autorização dos editores.

A Plano Brasília Editora não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados.

P R E Z A D O l E i t O R

Chega até você mais uma Revista Plano Brasília. Feita com muito carinho e totalmente dedicada a você que sempre nos prestigia. Esta nossa 1190 edição é espe-cial. Em algumas das reportagens elegemos a nossa sem-pre amada e querida Brasília, que este mês fez 53 anos de construção. Uma cidade que acolhe a todos indistinta-mente, indiferente de raças, credos religiosos e ideologias, sem pedir nenhuma referência. Por ser a capital de nosso país, nos sentimos na obrigação de lhe render homena-gem. Por isso, a nossa matéria especial é sobre o que essa cidade sonhada e idealizada por Juscelino Kubitschek e amada por milhares de pessoas que por aqui nasceram ou que a escolheram para se fixarem definitivamente, oferece de melhor. Uma Brasília que chegou aos 53 anos cada vez mais linda e que continua sendo embalada pelas expectativas de sua crescente população. A reportagem, além de apresentar a atual Brasília com suas opções de lazer, entretenimento e belezas arquitetônicas e naturais estonteantes, conta toda a sua história de começo e sua relação com as cidades do Entorno. Uma leitura imperdí-vel e que apostamos que você, leitor, vai gostar.

Outra matéria que apostamos que vai ser do agrado de todos é a entrevista com o administrador de Brasília, Messias de Souza. Como gestor da capital do país, ele fala dos problemas que a localidade enfrenta como os tão falados e reclamados puxadinhos, por exemplo, e os projetos que estão sendo envidados pela sua pasta para consubstanciais melhorias.

Na Editoria Cotidiano, falamos sobre Sequestro Re-lâmpago. Um assunto que, infelizmente, apesar de chato, nos sentimos na obrigação de falar como sinal de alerta para todos. O secretário adjunto de Segurança Pública do DF, Jooziel Freire fala sobre o assunto, apresenta números e diz que prevenção continua sendo a palavra de peso e medida para evitar as ações dos criminosos.

Na reportagem “É bom, mas custa caro”, retratamos um quadro que, a cada dia está sendo recorrente: o de muita gente está deixando de morar no Plano Piloto e migrarem para as cidades satélites. E o motivo é único: a questão financeira. A capital da federação , conforme pesquisa, é a terceira cidade mais cara do Brasil. Os cál-culos foram realizados com base na proporção de gastos básicos médios para cada mês nos 27 estados do país. . Para se viver na capital federal, o comprometimento da renda alcança a nota 7,5 em uma escala de zero a 10, ten-do por base a renda familiar local. Nossa capital só perde para as metrópoles São Paulo que teve nota 10 e Rio de Janeiro, 8,7.

É isto leitor. Esperamos que todos tenham uma exce-lente e agradável leitura. Até à próxima edição!

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Revista Plano Brasília - Fisium 6

sexta-feira, 19 de abril de 2013 10:35:23

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Revista Plano Brasília - Fisium 6

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Cartas Fale conosco

Cartas e e-mails para a redação da Plano Brasília devem ser endereçadas para:SCLN 413 Bl. D Sl. 201, CEP 70876-540Brasília-DFFones: (61) 3202.1357 / [email protected]

As cartas devem ser encaminhadas com as-sinatura, identificação, endereço e telefone do remetente. A Plano Brasília reserva-se o direito de selecioná-las e resumi-las para publicação.

Mensagens pela internet sem identificação completa serão desconsideradas.

Saiba mais pelos telefones (61) 3034-0011 / (61) 8472-8270ou envie sua mensagem para [email protected]

Parabéns por abordarem assuntos relacionados à saúde. Achei a matéria de odontologia muito interessante, pois tenho filhos e agora vou ficar mais atenta aos conselhos da especialista. Obrigada!

Luana Santos – Taguatinga

Senhor Editor, Recebí os dois exemplares da revista Plano Brasília. Aliás a revista melhorou sob o ponto de vista

estrutural, o contéudo e a forma (estética).Parabens! Que continue assim, porque se está precisando, sim, uma revista com carater miscelâneo, em Brasíalia DF... e por que nao pensar também em que fu-turamente seja uma referência para o Centro Oeste e Nivel Nacional? Sendo a capital do pais, merece esta projeção. E a entrevista com a professora Cicilia Peruzzo ficou ótima, em todos os pontos de vista, e tem um conteúdo muito atual.

Professora Juana Bertha - Asa Sul

Amei a reportagem sobre a Ellen Oléria. Ela é uma cantora maravilhosa e orgulho da cidade. Mui-to bom saber que a Plano Brasília valoriza sua gente talentosa.

Leonardo Claver – Asa Sul

SCL 409 Sul, Bloco D, Loja 12, Fone: 3244 1533

DAR PRESENTE É TÃO BOM QUANTO RECEBER

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PLANO BRASÍLIA 11

Mesa Redonda

Os desafios deadministrar Brasília

O alagoano Messias de Sou-za tem nas mãos o desafio de gerir a administração regional de Brasília, me-

trópole que atende diariamente uma população equivalente a seis vezes àquela que nela reside. Com a experiên-cia de ter ocupado cargos importantes como chefe de gabinete do Ministro da Coordenação Política de Lula, assessor especial do então Ministro da Fazenda Guido Mantega e secretário de Desen-volvimento Social do Governo Cris-tovam Buarque, Messias fala de segu-

rança, transporte, mobilidade, copa do mundo e outros.

PB - Durante a noite, Brasília tem 300 mil habitantes, mas du-rante o dia há 1,9 milhão de pesso-as demandando serviços. Como é administrá-la?

Messias - Desde sua criação, a vida foi caprichosa com nossa cidade. Os candangos que construíram a Brasília monumental já vinham trabalhar du-rante o dia e voltavam para as regiões periféricas para dormir nos assenta-

mentos. É uma espécie de cultura e a cidade foi planejada para isso. Para ser o centro de uma região metropolitana. Isso traz consequências administrati-vas. O organograma do Estado não leva em conta essas particularidades e as administrações regionais levam em conta as populações estabelecidas. Porém, na prática, preciso atender à população geral sem fechar os olhos para o fato de ela crescer em uma esca-la de seis vezes. Muitas vezes, essa po-pulação flutuante demanda os serviços de infraestrutura e mobiliário urbanos

Equipe PB: Daniel Guerra, Edson Crisóstomo, Yuri Achcar e Jean Carmo

SCL 409 Sul, Bloco D, Loja 12, Fone: 3244 1533

DAR PRESENTE É TÃO BOM QUANTO RECEBER

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12 PLANO BRASÍLIA

A questão do

estacionamento

não tem uma solução

adequada a curto

prazo. Aí entra um

fenômeno brasileiro, e

não só local: o da

aquisição exacerba-

da de carros para uso

individual.

mais do que na cidade onde apenas dormem. É na Brasília monumental que existem as manifestações advindas de todo o País, sejam culturais, políticas, religiosas, esportivas... Todas. O caráter cosmopolita de Brasília é sobressalen-te, sem dúvidas.

Com tanta gente, é natural um elevado número de veículos. Em termos de transporte e estacio-namento, o que precisa e o que está sendo feito?

A questão do estacionamento não tem uma solução adequada a curto prazo. Aí entra um fenômeno brasileiro, e não só local: o da aquisição exacerba-da de carros para uso individual. Brasília é um dos espelhos dessa agenda nacio-nal que se baseia em incentivos econô-micos para viabilizar a compra de bens. Se você vai no Entorno, os engarrafa-mentos já são parte da rotina. Formosa (GO) sofre com isso. Luziânia (GO) não é diferente. E por aí vai. O melhor modo de Brasília combater esse problema é a melhoria do transporte público. Algo em torno do qual estamos trabalhan-do forte. Pela primeira vez, em 53 anos, será realizada uma licitação de vulto enorme para renovar a frota de ônibus e, ao mesmo tempo, derrubar cartéis estabelecidos há anos. Temos também as grandes obras do Veículo Leve sobre Pneus (VLP), quem vem de Santa Maria, passando pelo Gama. Destaco também os vários quilômetros de ciclovias que estão sendo feitos não só no Plano Pi-loto, mas em quase todas as regiões ad-ministrativas, bem como a ampliação do metrô. Voltando aos estacionamentos, precisam ser rotativos na área central da cidade. É inconcebível pensar em vagas onde se estaciona às 8h e sai 18h. Por fim, acredito também que nos próximos anos veremos uma reutilização da malha ferroviária interligando o DF às cidades próximas como Luziânia (GO).

O modelo de segurança ado-tado no Parque da Cidade precisa ser revisto?

O policiamento tem sido intensi-ficado ultimamente por meio de uma operação que a própria PM batizou de “Operação Asas”, envolvendo todo o Plano Piloto. É um desafio gerir um dos maiores parques do mundo. O governo está adquirindo câmeras de alta tecno-logia para monitorar a região central e isso, naturalmente, envolve o Parque da Cidade. A PM apresentou um projeto de postos móveis que agradou bastante, sendo um contraponto àquela ideia dos postos fixos nos quais era muito contes-tada a eficiência. O programa Ação pela Vida, por exemplo, realiza um monitora-mento mensal da segurança em todas as regiões do DF. Não se atendo somente a Brasília. Agora, não podemos esquecer uma questão diretamente ligada: a das drogas. É difícil, inclusive, definir o quão dela é problema de saúde e o quão é de segurança. Só ações integradas, que é o que estamos fazendo, podem resolver.

Por que estão desativados os pedalinhos e a piscina de ondas?

Há os parques infantis. Os pontos de ginástica. As quadras poliesportivas e outros atrativos. No caso da piscina, a explicação é simples. Com o tempo ela mostrou-se inviável economica-mente. Sobre os pedalinhos, a questão é muito mais urbanística e jurídica do que propriamente econômica. Abro parênteses: o Parque da Cidade não foi pensado originariamente enquanto parque por Lúcio Costa. Ali seria uma área verde, arborizada, próxima à So-ciedade Hípica de Brasília. Somente na gestão de Elmo Serejo esse corredor verde virou o Parque da Cidade. Para tentar solucionar esses entraves legais, a Administração de Brasília criou um grupo de trabalho para organizar o Pla-no Diretor do Parque.

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Quanto aos “puxadinhos”, quais são os entraves hoje?

A Lei n. 766/2008, também conhe-cida como Lei dos Puxadinhos dispõe sobre a possibilidade de utilização pelo comerciante de até seis metros além do fundo das lojas, nas quadras comerciais da Asa Sul. A tipologia dos prédios da Asa Norte não permite essa hipótese, portanto a legislação aplica-se somente à Asa Sul. Temos encontrado muita dificul-dade na implementação desta lei, porque o próprio dispositivo legal estabeleceu critérios que dificultam o processo. Nos-so prazo para regularizar tudo termina agora em 30 de abril, e diante desse pou-co tempo, temos realizado reuniões com empresários que já ocupam ou querem ocupar, pedindo que façam requerimen-tos formais para apreciação da causa. To-maríamos três modelos padrão e, a partir deles, seriam analisados os casos para que cada um se adequasse a uma dessas tipologias. O prazo está chegando ao fim e talvez se estude a possibilidade de uma dilação do mesmo.

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número de reivindicações desses cida-dãos também é alto. Para melhor dividir, temos vários projetos de diálogo com grupos específicos. Um exemplo é o pro-grama “Administração Vai às Quadras”, em que nós e outros órgãos e secretarias de governo nos deslocamos para as qua-dras e fazemos uma espécie de audiência pública, uma tribuna livre. Temos manti-do, também, contato com os jovens de Brasília que têm uma agenda específica e compromissos peculiares. Eu também destaco a Escola de Gestão Comunitá-ria, que nasceu a partir das demandas das lideranças presentes nos condomí-nios verticais que, inclusive, caracterizam Brasília. Nesse contexto, a Escola oferece gratuitamente cursos de formação para síndicos, pois são eles os interlocutores junto à comunidade daqueles condo-

mínios. Estamos caminhando para a quarta edição do curso com es-ses representan-tes. Tendo havido também uma atividade de qua-lificação para por-teiros e zeladores. Todas as iniciativas foram um sucesso. Abordando ges-tão de conflitos; urbanismo; segu-rança; legislação; reformas; cuida-dos; prevenção e outros tópicos relevantes. Fora os cursos, o gabinete da Administração

de Brasília é um es-paço aberto para o

público. Temos o maior prazer em rece-ber empresários; estudantes; comercian-tes; moradores; donas de casa, jovens e quem quiser nos visitar.

Os grandes eventos esporti-vos se aproximam. Há mobilidade adequada para turistas?

Nós estamos defendendo um pro-jeto que se chama “Ocupe o Centro”, partindo de um debate urbanístico. Precisamos requalificar o centro da ci-dade como uma grande área de lazer, otimizando entre outros os espaços de estacionamento. Onde antes tínhamos comércio local, por exemplo, agora deveria ser rebatizado como comércio metropolitano. Não adianta dar só mo-bilidade, mas também condições para que ela de desenvolva e não apenas se instale. A iluminação da Esplanada monumental está sendo toda trocada. O impacto disso tudo nesses próximos anos é um verdadeiro legado. Não vi-sando somente os períodos eleitoral e esportivo. Essas obras estruturan-tes para o desen-volvimento eco-nômico da capital federal atrairão in-vestimentos e ga-rantirão empregos e cadeia econômi-ca desenvolvida.

Como está o diálogo com a população?

Nós o conside-ramos como uma das tarefas mais importantes e no-bres da Adminis-tração de Brasília. A sociedade daqui é muito bem for-mada e tem um nível de consciência elevado. Mas, como a população flutu-ante é muito grande, formada princi-palmente por trabalhadores que vêm das demais regiões administrativas, o

Lei dos Puxadinhos

dispõe sobre a

possibilidade de

utilização pelo

comerciante de até

seis metros além do

fundo das lojas,

nas quadras

comerciais da

Asa Sul.

* A entrevista foi realizada no restaurante Santê 13, na SCLN 413, Bl. “A”

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Por: Redação | Fotos: Núbia PaulaEntrevista

Economista, casado, pai de dois filhos e uma filha, na-tural de Goiânia, Wasny mora em Brasília desde 1959. É técnico da Conab, onde iniciou a trajetória política como presidente da associação de servidores. É mestre em eco-nomia pela UFMG e Universidade de Oxford, Inglaterra. Exerceu diversos cargos públicos. Foi eleito deputado dis-trital por quatro vezes. A primeira em 1990, quando as-sumiu a pasta da Fazenda no governo Cristovam (1995) e

Wasny de Roure também foi líder na Câmara Legislativa em segundo man-dato. Assumiu a liderança do PT no DF de 2000 a 2001. Em 2003 foi eleito deputado federal e liderou diversas comissões da casa onde foi bastante atuante. Hoje, pela quarta vez deputado distrital, Wasny de Roure é o atual presidente da Câmara Legislativa. No seu currículo, conta-bilizam 118 leis distritais aprovadas que beneficiam milha-res de pessoas no DF e Entorno.

“A política é algo que palpita o coração do cidadão. Por mais que ele demonstre que não tem interesse, ele sabe que no dia-a-dia aquilo interfere na vida dele.”

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PB: Como superar o desafio de co-municação da Câmara Legislativa com a sociedade?

WR: Na minha leitura, é resgatar os servidores da própria Casa. Nós temos um conjunto de servidores subvalori-zados e subreconhecidos que almejam participar de um projeto como profis-sionais que possam ter as suas opiniões reconhecidas no processo decisório. Há um desafio enorme com relação à TV Legislativa. Uma dívida com rela-ção à sociedade. De uma comunicação mais sistematizada através dos canais convencionais, por escrito, que quere-mos resgatar, que é o Jornal da Câma-ra Legislativa, a exemplo da Câmara, do Senado e do Governo Federal. Um noticiário diário que leve os próprios meios de comunicação a retransmitir aquilo que os interessar. Precisamos também restabelecer a rádio. Valorizar inclusive as rádios comunitárias, as rá-dios como um sistema de interlocução com a sociedade. A política é algo que palpita a mente e o coração do cida-dão. Por mais que ele demonstre que não tem interesse, ele sabe que no dia a dia interfere na vida dele. Nós temos essa tarefa de restabelecer uma relação mais dinâmica com a sociedade.

PB: Como equacionar a distribui-ção da verba publicitária? Existe uma regra que vincula a distribuição dos recursos à tiragem ou à audiência? Isso faz a distribuição ser transparente, mas contribui com a concentração nos grandes veículos que recebem sempre mais recursos, enquanto os pequenos, como a mídia comunitária, ficaria sem-pre à míngua.

WR: Não tenho que inventar a roda. A licitação foi feita. Vou trabalhar com as agências procurando estabele-cer, inclusive, um regime equalitário no tratamento das que estão habilitadas a processar isso. Em segundo lugar, quero trabalhar também com a participação

dos deputados. Eles têm canais que se identificam mais do que outros. Desde que haja observância nos limites da ad-ministração pública, como também da licitação e do tratamento isonômico.

PB: A Câmara Legislativa tem uma imagem de agir de forma pouca ética, in-clusive contando na atual legislatura com deputados envolvidos em escândalos de corrupção. É possível mudar essa imagem?

WR: A Câmara é um retrato da sociedade. É um reflexo daquilo que ocorre em toda a cidade. Até porque na dinâmica do dia-a-dia da atividade parlamentar, o deputado se envolve seja com a sociedade organizada ou setores organizados e trabalha dentro da instituição, na perspectiva desse ou daquele interesse. Tenho que aprender a conviver. Tenho que ter a capacida-de de dizer o não e dizer o sim. Temos problemas concretos. Não vou fugir deles. Ao mesmo tempo que é dado o respeito ao parlamentar porque a ele foi conferido um voto que o conduziu ao poder legislativo, também foi dado a ele e à Mesa Diretora a tarefa de se reportar às legislações concernentes ao uso de verba pública, ao uso do tempo do mandato, dos cargos por ele indicados e também do código de ética do ponto de vista da sua relação com o Estado e com a sociedade civil. A questão ética é algo que fala muito a nós, mas, às vezes, é tratada como um noticiário ocasional e não como uma conduta permanente. Porque aquilo que é construído na pessoa, o caráter, não nasceu na vida política, nasceu nos seus primeiros anos de vida. A nossa lei-tura é valorizar os procedimentos que a própria sociedade já construiu e cabe ao Legislativo executar.

PB: O governador Agnelo tem fi-nalmente um aliado na presidência da Câmara Legislativa?

WR: No que diz respeito aos temas de Brasília, nós somos aliados em toda

a construção que interessa à capital. Aquilo que não interessa, que colide com o interesse público, não exprime o interesse da sociedade, que exige um aprofundamento do debate, nós va-mos aprofundar esse debate. Nos po-sicionar no que couber, favorável, e no que não couber, desfavorável. Sou ami-go do governador Agnelo desde o pri-meiro mandato na Câmara Legislativa, mas não sou uma pessoa da intimidade do governador. Sou uma pessoa que tenho enorme respeito e estima por ele. Que fique claro que a minha esco-lha e o apoio do governador decorreu muito da opinião que ele aferiu junto aos colegas deputados. É claro que ele tinha outros nomes, mas o meu nome foi muito em função do trabalho que nós fizemos como líder de governo, a relação que construímos inclusive com os deputados da oposição. Nunca ma-nifestei anseio ou expectativa para essa função, mas também não podia me fur-tar da tarefa que a população havia me delegado para defender seus interesses na Câmara Legislativa. Fugir numa hora dessa seria desabonador para uma pes-soa que tem cinco mandatos e toda uma caminhada na vida política.

PB: PSB e PDT não podem fazer fal-ta para a reeleição do governador?

WR: Não só pelas figuras políti-cas que estão envolvidas nesses dois partidos, mas pela militância histórica, pela proximidade política que o PSB e o PDT têm, eu entendo que eles são im-prescindíveis. Agora, eu creio que nós temos a necessidade que Brasília seja vista com prioridade. Enquanto nós permitirmos que as nossas vaidades sejam maiores que as questões da ci-dade, isso não contribuirá para o futuro de Brasília. Sei que os atores envolvidos são sensatos, responsáveis, compro-metidos com a cidade, todos saberão construir um compromisso não apenas imediato, mas ao longo do tempo.

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Panorama Político TARCíSIO HOLANDA

O PSDB acaba de distribuir nota oficial em que afirmando que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “deve explicações ao país”. Com a assina-

tura do presidente nacional do partido, deputado Sérgio Guerra (PE), o documento assinala: “Não há dúvida de que o ex-presidente Lula vem utilizando o prestígio da condi-ção pública de ex-presidente da República para participar de negociações privadas que beneficiam empreiteiras no exterior”. Guerra se refere à decisão do ministro do De-senvolvimento, o petista Fernando Pimentel, classificando como “secretos” documentos relacionados a financia-mentos concedidos pelo governo brasileiro a Cuba através do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econô-mico e Social). Matéria publicada dá conta de que, só em 2012, o BNDES financiou exportações de empresas bra-sileiras para Cuba e Angola no valor de US$ 875 milhões (de dólares). A notícia surgiu 18 dias depois de revelado que Lula, como ex-presidente, visitou a 13 países com despesas pagas pelas empreiteiras Norberto Odebrecht, OAS e Ca-margo Corrêa. Em 2011, Lula visitou Angola para partici-par de evento patrocinado pela Odebrecht. Em janeiro de 2013, Lula visitou Cuba, discutindo com os irmãos Raul e Fidel Castro um contrato para reforma de dois aeroportos naquele país por parte da empreiteira Odebrecht.

Lula diz que viaja para vender confiança

Lula ainda visitou pessoal-mente as obras do por-to marítimo de Mariel – uma obra tocada pela Odebrecht e financiada pelo BNDES, através de um financiamento de US$ 683 milhões (de dólares), em companhia do presidente de Cuba, Raul Castro. “Do ponto de vista ético, o Brasil tem o direito de saber se Lula tem recebido van-tagens pessoais ao se utilizar de relações internacionais estabelecidas no exercício de função pública” - adverte o presidente do PSDB, na nota emitida. “O Brasil tem o di-reito de saber se o ex-presidente está sendo pago por em-preiteiras, seja diretamente ou através do Instituto Lula”. Em entrevista publicada pelo jornal Valor, Lula declarou, a respeito da denúncia: “Viajo para vender confiança. Ado-ro fazer debate para mostrar que o Brasil vai dar certo. Compre no Brasil porque o país pode fazer as coisas. Esse é o meu lema. Se alguém tiver um produto brasileiro e ti-

“Viajo para vender confiança. Adoro fazer debate para mostrar que o Brasil vai dar certo. Compre no Brasil porque o país pode fazer as coisas. Esse é o meu lema. Se alguém tiver um produto brasileiro e tiver vergonha de vender, me dê que eu vendo. Não tenho nenhuma vergonha de continuar fazendo isso” – disse o ex-presidente Lula.

Lula diz que viajapara vender confiança

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ver vergonha de vender, me dê que eu vendo. Não tenho nenhuma vergonha de continuar fazendo isso”. Lula ainda acrescentou: “Se for preciso vender carne, linguiça, car-vão, faço com maior prazer. Só não me peça para falar mal do Brasil, que eu não faço isso. Esse é o papel de um polí-tico que tem credibilidade. Foi assim que ganhei a Olimpí-ada, a Copa do Mundo. Você sabe que eu fico com pena de ver uma figura de 82 anos, como o Fernando Henrique Cardoso, viajar falando que o Brasil não vai dar certo. Fico com pena”.

“José Dirceu: Fux disse ia me absolver”

Condenado a dez anos e dez meses de cadeia, o ex--chefe da Casa Civil do governo de Lula, José Dirceu, re-velou que foi “assediado moralmente” pelo ministro Luiz Fux, do STF. Diz que, após “mais de seis meses” de assédio, concordou em recebê-lo. E afirma, categórico: “Ele tomou a iniciativa de dizer que ia me absolver. Textualmente”. Na condição de “chefe de quadrilha”, como foi classificado no

julgamento do Supremo Tribunal Federal, Dirceu está à espera da execução da sen-

tença. De acordo com o

seu relato, o fato se verificou há dois anos, quando Luiz Fux era ministro do Superior Tribunal de Justiça e articu-lava apoios para obter da presidente Dilma Rousseff a sua nomeação para ministro do Supremo Tribunal Federal. No julgamento dos réus do mensalão, Fux comportou-se como um juiz severo. Acompanhou o parecer do ministro Joaquim Barbosa em 99%, 9% dos seus votos. Assim se comportou na condenação de José Dirceu. Ele confessa que a atitude assumida por Fux é “a única coisa que me tira o sono”. E Dirceu acrescenta: “Ele, de livre e espontânea vontade, se comprometeu com terceiros, por ter conhe-cimento do processo, por ter convicção, certo? Essa é que era a questão, que ele tinha convicção e conhecimento do processo. É um comportamento quase que inacreditável”. É notório que o ministro Luiz Fux esteve com José Dirceu em dezembro de 2012. Ouvido naquela oportunidade, Fux confirmara o encontro. Mas fez questão de negar que tivesse prometido então absolver Dirceu. Chegou a dizer que até se esquecera de que ele era réu. Mas, depois de ler o processo, o ministro admite que ficou “estarrecido”. Em dezembro, o ministro Gilberto Carvalho, Secretário-Geral da Presidência da República, contou que Fux o procurara, antes de ser indicado por Dilma para o STF, e que, na con-versa, deixara claro que absolveria os réus do mensalão.

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18 PLANO BRASÍLIA

Brasília e Coisa & Tal ROMÁRIO SCHETTINO

FIFA e GArrInchABrasília faz mais um aniversário em um ano cheio de expectativas esportivas com a inau-

guração do Estádio Nacional Mané Garrincha. A polêmica travada em torno do nome do Estádio está deixando o brasiliense irritado com a FIFA. Por que não pode ser mantida a ho-menagem ao grande ídolo nacional? A FIFA teme ser obrigada a pagar royalties para a família de Mané Garrincha quando o nome do estádio estiver sendo divulgado mundo afora. É mui-ta mesquinharia. O governo brasileiro e GDF não deveriam ceder a essa exigência absurda.

PT-DF quer o SenADoO sonho de reeleição tranqüila para o

senador Gim Argello encontra resistên-cia no PT-DF. Gim quer ser o candidato da dobradinha Agnelo-Tadeu Fillipeli. Mas não será fácil. Já são dois os pré-can-didatos à vaga do Senado, o deputado distrital Chico Leite e o deputado federal Geraldo Magela.

AGnelo não DeSISTIuA famosa PPP do lixo do DF ainda é um problema a ser

resolvido pelo governador Agnelo Queiroz. As resistên-cias são grandes e o modelo que o GDF quer adotar não encontra apoio nem mesmo dentro do governo. Enquan-to isso, o abaixo assinado contra a PPP já tem mais de mil assinaturas, e vai ter mais.

A crISe econômIcAA tão anunciada crise econômica brasileira resiste à tor-

cida negativa de certos “economistas” da grande imprensa. Para um PIB de 0,9%, os analistas ainda não explicaram como a inflação se mantém sob controle e o índice de desemprego é tão baixo. A qualquer sinal de inflação alta a Selic será corrigida, é o que prevê o Banco Central. A presidenta Dilma Rousseff corre contra o tempo, junta a tropa em torno da reeleição montada num dos maiores índices de aprovação jamais vistos na história da República.

FIFA e AcArAjéOs interesses comerciais da FIFA já impediram a venda

de acarajé na Bahia num raio de dois quilômetros do estádio Arena Fonte Nova em dia de futebol. Daqui a pouco vão proi-bir pastel e caldo de cana e o que mais?

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PLANO BRASÍLIA 19

Comunicando

E-mail: [email protected]

cubA nA PAuTAA suposta jornalista cubana Yoani Sánchez ainda

não se manifestou contra a tortura de prisioneiros em Guantánamo, mas teve os seus minutos de glória em terras brasileiras. Foi incensada pela grande imprensa e abraçada pelos deputados direitistas Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Ronaldo Caiado (DEM-GO). Passados os dias turbulentos, silêncio absoluto. Ninguém mais se lembra quem era aquela moça de cabelo comprido que apareceu aqui para “denunciar” o regime cubano e, de quebra, fortalecer o criminoso embargo econômi-co que os EUA impõem a Cuba há 51 anos. Enquanto isso, o regime de Cuba segue com suas reformas lentas e graduais preparando a sucessão de Raúl Castro que se aproxima.

FAc mAIS GorDoO Fundo de Apoio à Cultura (FAC) hoje é o principal mo-

tor da Secretaria de Cultura do DF. O que é uma política de fomento? A Secretaria de Cultura está segura de que o Esta-do é indutor da cultura e não abre mão de seu papel. Este ano são R$ 60 milhões para ser distribuídos. O que se espera é que a produção cultural, e não apenas a artística, do Distrito Fede-ral ganhe o reconhecimento que merece com espaços dignos da qualidade de seus espetáculos e de sua política. Para isso, o GDF precisa recuperar todos os espaços culturais, construir o de Samambaia, concluir o da Ceilândia e colocar em atividade o do Gama, pelo menos.

mAbIlIzAçãoO movimento pela recupe-

ração do MAB (Museu de Arte de Brasília) ganhou a parada. O projeto básico da reforma está pronto e o GDF já incluiu essa obra na lista de prioridades. O Rio já ganhou o seu MAR, Bra-sília precisa oxigenar o seu mar criativo.

DoIS PoemAS PArA brASílIA

Os AmAntEs DO EixO RODOviáRiOJosé Rezende Jr.(*)

O homem atravessou as seis pistas do Eixão,correndo em ziguezague no meio do trânsito enfurecido,mas a mulher empacou, paralisada pelo medo.A separação já dura cinco dias: ele do lado de cá,ela do lado de lá, e os automóveis voando-zunindoentre um e outro. E se ninguém avisou queexiste passagem subterrânea pra pedestre nem foi pormaldade: é que dá gosto ver aqueles dois,ela desenhando corações no ar,ele mandando carta em aviõezinhos de papel.Acho que nunca seamaram tanto. (*) José Rezende Jr., poeta mineiro, natural de Aimorés.Do livro “50 anos em Seis: Brasília, prosa e poesia”

nOtuRnEOnMenezes y Morais(*)

Noturno pela cidadeMeu coração fotografaO Banco Central em chamasNoturno pela cidadeNa certeza de quem amaMeu coração fotografaO Banco Central em chamas

(*) Menezes y Morais, poeta brasiliense.

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20 PLANO BRASÍLIA

YURI ACHCARPolítica Brasília

Atraso no Mané Garrincha contraria FIFA

O governo do Distrito Federal atrasou mais uma vez a inauguração do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrin-cha. Até o meio do ano passado, a data prevista era 31 de dezembro de 2012. Na véspera, a inauguração foi adiada para o dia 21 de abril, aniversário de Brasília. E a menos de uma semana da festa, outro adiamento: a inauguração ago-ra está prevista para o dia 18 de maio, com a final do campe-onato brasiliense. Ou seja, a menos de um mês para o jogo de abertura da Copa das Confederações e muito longe do prazo ideal considerado pela FIFA, que era, no máximo, até março.

Culpa da grama?

O GDF usou como desculpa um documento da empresa responsável pela execução do gramado, a Greenleaf Projetos e Serviços Ltda. Segundo ela, se a grama fosse colocada antes do aniversário de Brasília, poderia colocar em risco o campo e a utilização dele na Copa das Confederações.

Culpa da chuva?

No documento, a empresa alega que as chuvas intensas da primeira quinzena de abril atrasaram a execução das eta-pas necessárias para a instalação do gramado, como a drena-gem do campo e o nivelamento da área.

Tudo OK para o GDF...

Apesar de todos os atrasos, greve de operários, aciden-tes de trabalho e paralisações determinadas pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal por conta de suspeitas de super-faturamento, o secretário extraordinário da Copa 2014, Cláu-dio Monteiro, sempre afirmou que todas as etapas estavam dentro do cronograma. Mas a realidade teima em desmentir os políticos: na véspera do aniversário de Brasília, parte con-siderável das cadeiras do estádio não haviam sido instaladas. Do lado de fora e em cima do anel superior, tapumes estavam por toda parte. Guindastes ainda erguiam imensas estrutu-ras metálicas. Mas o problema não era só o gramado?!

... tudo ruim para os deputados

Cláudio Monteiro foi bombardeado por deputa-dos da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados. Os parlamenta-res foram às obras do Estádio Nacional cobrar explicações para os atrasos e o custo to-tal do empreendimento, que pode chegar a R$ 1,7 bilhão. Romário (PSB-RJ) foi enfático: “A gente discorda de vários pontos e pelo que vimos, o es-tádio não vai ficar pronto. Mas se o secretário garante que vai ficar pronto, a gente acredita.”

Ex-Mané Garrincha O secretário extraordinário da Copa havia garantido que

o estádio vai manter o nome Mané Garrincha. Mas, questio-nado pelos parlamentares sobre o valor da obra, disse que em 10 anos o GDF deve recuperar o dinheiro investido no está-dio. Uma das fontes de renda, vejam só, será a concessão do nome da arena, que deve recuperar R$ 400 milhões do pre-juízo aos cofres públicos. Será que a cantora Elza Soares tem esse dinheiro todo na poupança?

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PLANO BRASÍLIA 21

Email: [email protected] Twitter: @yuriachar

Batata assando

Denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal por desvio de emenda parlamentar, lavagem de dinheiro e desrespei-to à lei de licitações, o deputado distrital Raad Massouh (PPL) fi-cou revoltado com a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar na Comissão de Éti-ca da Câmara Legislativa. Foram

quatro votos a favor e apenas um contrário. O alvo principal da mágoa de Raad é o ex-presidente da Casa, Patrício, atual corregedor. O petista não só enviou um relatório contunden-te pedindo a investigação como também votou a favor da abertura do processo, já que é membro da comissão. Raad Massouh acusa Patrício de querer se promover com o caso.

Dois deputados, duas medidas?

O deputado Raad Mas-souh não citou nominalmente o colega Benedito Domingos (PP), mas queria ter direito ao mesmo tratamento dispensa-do ao parlamentar. Benedito é réu em processo que tramita no Tribunal de Justiça do Dis-trito Federal. Acusado de frau-dar licitações públicas para beneficiar parentes, Benedito também teve um pedido de abertura de processo por quebra de decoro encaminhado à Comissão de Ética em 2011. Na época, por unanimidade, os cinco membros da comissão decidiram sobrestar o processo até uma decisão final da Justiça. Na prática, correspondeu ao arquivamento do processo.

Dois deputados, duas medidas!

Raad Massouh, porém, não contou com a mesma boa vontade dos colegas. Na Comissão de Ética renovada, os deputados não quiseram arcar com o desgaste enfrenta-do pelos membros da legislatura anterior. Pelo contrário. O presidente da Comissão de Ética, deputado Dr. Michel (PEN), acredita que é no decorrer do processo que Raad terá a chan-ce de mostrar que é inocente.

Disputa regional

É bom lembrar que tanto Dr. Michel quanto Raad Mas-souh têm base política em Sobradinho e o desenrolar do pro-cesso pode influenciar o rumo das eleições no ano que vem. Mas quem pergunta ao presidente da Comissão de Ética se há alguma motivação política no caso recebe a seguinte res-posta: “Por essa lógica, vou ter que derrubar todos os outros 23 deputados e mais os suplentes”.

Megalomania distrital O deputado Chico Leite (PT) lançou uma campanha na-

cional (repito: nacional) pelo fim do voto secreto nos legislati-vos de todo o País, desde as câmaras de vereadores ao Con-gresso Nacional. No DF, o voto é aberto desde 2006, graças à aprovação de um projeto do petista. Apenas cinco estados brasileiros adotam a prática. Será que a Câmara Legislativa consegue motivar alguma mudança de atitude dos deputa-dos federais e senadores?

Se depender de Paulo Paim... O senador pelo PT do Rio Grande do Sul prestigiou o

evento do colega de partido. Ele é autor de uma proposta de emenda à constituição que obriga o voto aberto em todas as votações no Congresso Nacional. Pontual, Paulo Paim passou meia hora em pé, na porta do Plenário da Câmara Legislativa, aguardando a chegada de Chico Leite para a abertura da co-missão geral.

Constrangimento petista Ao lado dos deputados distritais da estrela vermelha

Wasny de Roure, Chico Leite, Arlete Sampaio e do deputado federal Roberto Policarpo (PT-DF), o senador Paulo Paim (PT--RS) e a advogada Gabriela Rollemberg, presidenta da Comis-são de Direito Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), completaram a mesa da comissão geral sobre o fim do voto secreto no Poder Legislativo. Filha do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), atual adversário político de Agnelo Queiroz e pré-candidato ao Buriti, Gabrie-la compareceu em nome do presidente da OAB-DF, Ibanez Rocha Barros Junior, e foi cumprimentada com entusiasmo por Paulo Paim, que destacou “ter a alegria de trabalhar com o Rodrigo Rollemberg, companheiro de todas as horas”. Não faltaram sorrisos amarelos entre os petistas locais.

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Visão de Brasília Antonio Testa

*ANTONIO TESTACientista político

TRANSPORTE

Brasília continua vítima de um pés-simo serviço de transporte urbano. É inaceitável que, depois de tanto tempo de governo, o GDF e a Justiça não con-sigam mudar essa realidade. O número crescente de ônibus quebrados diaria-mente mostra o imenso descaso que as empresas e o governo têm para com o bem estar da população. Sobretudo os mais necessitados.

Para aumentar o desgosto, a inteli-gência de trânsito que inventou a faixa exclusiva de ônibus padece de sério transtorno de lógica e sensatez. Numa cidade com tantos veículos, que pagam IPVA, seguro, multas extorsivas, os mo-toristas serem penalizados por conta de um pretexto demagógico de aten-der àqueles que não possuem veículo, é tentar encobrir a realidade com vento.

Seria muito mais lúcido, sensato e democrático, que aplicassem parte do dinheiro arrecadado com multas em estudos de fluxos de veículos, rotinas dos usuários e simulações de engenha-ria de tráfego. E apresentassem uma solução menos nociva a todos.

É claro que a população merece e precisa de serviços de transporte de boa qualidade, a um preço justo. Isso não ocorre, sabemos. Mas penalizar os motoristas de veículos devida à incom-petência em solucionar o problema central, é realmente demais para um governo que se arvora a democrata. Seria menos injusto que nos momen-

tos em que o fluxo não é tão intenso, os veículos pudessem aproveitar a faixa hoje exclusiva para ônibus.

SEGURANÇA PÚBLICA

Justiça seja feita, a política de Se-gurança Pública, que infelizmente tem um título que nada lembra seguran-ça pública, e sim, assistência médica: “Ação pela Vida” (!!!), tem apresentado bons resultados. Brasília precisava de uma política de segurança pública que devolvesse a confiança na polícia e di-minuísse a sensação de insegurança da população.

A preocupação com a segurança pública nos grandes eventos esportivos e culturais começa a preocupar o bra-siliense e as instituições. Seria bom que o GDF informasse à população sobre o que tem feito e o que fará para garantir a paz social e o bem estar da população.

Os movimentos políticos de con-testação que chegam a capital para reivindicar seus interesses bem que podiam começar a se mobilizar no es-paço abaixo da rodoviária. Isso aliviaria bastante o trânsito e o bem estar dos brasilienses que precisam trafegar nas vias que são ocupadas pelos manifestantes.

Mas Brasília comemo-rou seus 53 anos. Apesar de tantos problemas e incapacidade geren-cial em algumas áreas, a cidade

continua exuberante. Seu verde e lumi-nosidade dão o tom de uma cidade cuja gente acredita no possível e num futuro melhor.

Essa característica cultural de nossa gente reflete o arrojo histórico daque-les que construíram Brasília com amor e dedicação. Não obstante as dificulda-des que o brasiliense enfrenta, também encontra tempo para aproveitar os es-paços verdes, respirar o ar dos parques, encontrar os amigos nos bares e curtir a vida. Brasília está de parabéns. Mas é o brasiliense que merece todas as cele-brações.

Brasília, a capital da esperança, con-tinua efervescente. Tomara que nos próximos anos a esperança se transfor-me em algo real, concreto, e os filhos e netos da primeira geração de brasilien-ses possam desfrutar cada vez mais de nossa querida cidade. Salve, Brasília!

(*) Antônio TESTA Cientista Político

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A gripe é uma doença altamente transmissível, apesar de ser considerada comum. Para se

prevenir contra a influenza sazonal é preciso renovar a dose da vacina anualmente. Todos

podem receber a imunização, em especial pessoas que pertencem a grupos de risco

como gestantes, crianças menores de 5 anos, pessoas com mais de 60 anos, cuidadores de

idosos, babás, profissionais da saúde, entre outros. A vacina da gripe já está disponível no

Sabinvacinas. Conheça uma de nossas unidades e previna-se.

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24 PLANO BRASÍLIA

Por: Daniel Guerra | Fotos: Beto CastanheiroCapa

24 PLANO BRASÍLIA

Uma cidade planejada por Juscelino Kubitschek para que o horizonte fosse sempre visível. Um sonho que levou menos de cinco anos para ser re-alizado, com inúmeras áreas verdes e um ar puro

que é difícil encontrar em outras capitais mundo afora. Uma imensa obra de arte, assinada por nomes como Lúcio Costa, Burle Marx e Oscar Niemeyer, sendo este último o responsá-vel pelo desenho dos principais monumentos e pontos turís-ticos da cidade. Um verdadeiro avião que voa num céu azul infinito.

Brasília e Distrito Federal se confundem. Mesmo quem mora aqui, por muitas vezes não sabe como se referir ao local onde vive. Pela definição original, Brasília englobava apenas a Asa Sul, a Asa Norte, o Lago Sul e o Lago Norte e o Cruzeiro, estando contida no DF. Entretanto, o Decreto nº. 10.829/87 estabeleceu novos limites para a capital federal, definidos pelo lago Paranoá e por córregos. Dessa forma, legalmente tem-se que Brasília abrange também áreas das regiões ad-ministrativas do Cruzeiro; Sudoeste/Octogonal e Candan-golândia.

Horizonte de sonhos

Brasília chega aos53 anos

embalada pelasexpectativas

de sua crescentepopulação

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PLANO BRASÍLIA 25 PLANO BRASÍLIA 25

Os pontos de vista – inclusive técni-cos – começam a se dividir a partir das nomenclaturas e da definição do que é e do que não é Brasília. O geógrafo Aldo Paviani, por exemplo, defende que Brasília é constituída por toda a área ur-bana do Distrito Federal e não apenas a parte tombada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, ou ainda, a região administrativa central, pois a cidade é polinucleada, constituída por várias re-giões administrativas. De modo que as regiões periféricas estão articuladas às centrais, especialmente na questão do emprego e não podem ser entendidas como cidades autônomas.

Mas falar de Brasília é falar do Dis-trito Federal e vice-versa. São histórias paralelas que, naturalmente, se entrela-çaram ainda no nascituro. Aqui não há prefeito ou vereadores; por ser uma en-tidade híbrida – com status de estado e município – a figura do governador é a autoridade máxima do Executivo local. Nas regiões administrativas (ou cida-des-satélites, pelo fato de “orbitarem” ao redor do “avião”) os administradores regionais são figuras que representam a extensão do governo, sendo, desde 2003, indicados pela população de cada região através de um processo seletivo com nomes sugeridos por entidades representativas de diversos segmentos da sociedade.

É no meio do planalto central – o coração do Brasil – que as principais decisões político-administrativas são tomadas. O Eixo Monumental é com-posto pela Esplanada dos Ministérios e pela Praça dos Três Poderes, a leste; a rodoviária, os setores de autarquias; comerciais, diversão e hoteleiros são centrais; a oeste estão a Torre de Televi-são; o Complexo Poliesportivo Ayrton Senna (Ginásio Nilson Nelson, Estádio Nacional e Autódromo Nelson Piquet) e a Praça do Buriti.

O BRAsil Está AquiAlém de suas formas deslumbran-

tes e de sua planta milimetricamente planejada, Brasília é única também pelo fato de reunir pessoas de tantas proce-dências. Seja quanto à nacionalidade; credo; religião; convicções e entre ou-tros fatores. Aqui, mais do que em qual-quer outra cidade brasileira, é comum ter em uma mesma roda de amigos um gaúcho, um paulista, um catarinense e um francês, por exemplo. “Aqui a gen-te vive diariamente essa coisa eclética e gostosa que é a diversidade. Brasília é uma cidade onde há respeito às dife-renças”, conta o carioca Pablo Feitosa, artista plástico de 46 anos que há 17 vive em Brasília.

Para ele, conviver com pessoas de cidades e até países diferentes significa estar em contato com outras culturas e costumes. “Quero que minha filha Ali-ne, hoje com quatro anos, cresça assim, no meio de tanta coisa diferente. Que ela saiba respeitar o coleguinha sulista, o nordestino, o negro e o branco da mesma maneira. Não escolhi Brasília à toa: para mim sempre foi a cidade mais bela. Esse verde me encanta. O lago (Pa-ranoá) no meio do cerrado é um oásis. Para o que eu queria para minha vida, não podia ter escolhido nada melhor”, declara.

Ao contrário de Pablo, a nutricio-nista Ana Clara Marciel, 29 anos, não escolheu Brasília. “Foi Brasília quem me escolheu”, brinca. Nascida na ci-dade, ela não se imagina morando em outro lugar. “Estudei em Lisboa. Conheço Madri, Praga, Milão, Viena... Mas se quer comprar uma briga comi-go, me deixa longe de Brasília pra ver (risos). Acho isso aqui fantástico para viver, trabalhar, para sair. Me divirto com as opções de lazer da cidade, pe-dalo sempre que posso, enfim, eu vivo Brasília”, revela.

PARAísO vERDESe há um aspecto que a capital da

República preserva é o verde. Aqui, o Parque da Cidade é motivo de orgu-lho. Com 4,2 milhões de m2, é a maior área verde urbana do Brasil e oferece infraestrutura completa para recreação com ciclovia; pistas para cooper; qua-dras de esporte; parques infantis; anfi-teatro e pequeno lago para pedalinhos; caiaques e até pesca. O parque tem, ain-da, um pavilhão de feiras e exposições, uma área coberta de 57 mil m2.

Como se não bastasse esse grande “pulmão verde”, vários outros parques estão distribuídos por Brasília e regiões administrativas. Não tão vasta quanto o Parque da Cidade, mas dona de uma

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26 PLANO BRASÍLIA

boa área, a popular Água Mineral (Par-que Nacional de Brasília) é uma unida-de de conservação e proteção integral à natureza que abrange aproximada-mente 423 mil m2, com território dis-tribuído pelas regiões administrativas de Brasília, Brazlândia e Sobradinho e pelo município goiano de Padre Bernar-do. Aos fins de semana, o movimento é intenso. Ao contrário do Parque da Ci-dade, na Água Mineral a entrada não é gratuita. Paga-se cerca de R$ 7 por pes-soa para aproveitar as duas amplas pis-cinas naturais durante todo o horário de funcionamento, que vai de 8h às 16h.

Outro exemplo de conservação da natureza brasiliense é o Parque Olhos D’água, responsável por conferir um pouco mais de ar puro e beleza natural à Asa Norte. É um dos mais novos es-paços do tipo na capital federal, tendo sido inaugurado em 1994 a um preço relativamente baixo para o custo-bene-fício que traz à população: R$ 700 mil. Conta, inclusive, com um batalhão flo-restal da Polícia Militar em sua área de 210 mil m2. De acesso gratuito, tem pis-ta de cooper com pouco mais de 2 km, além de um parque infantil, circuito de exercícios físicos e uma trilha interna.

As cidades satélites não ficam atrás. O Parque Ecológico Ezechias Herin-ger – mais conhecido como Parque do Guará – encanta a cidade cujo nome

carrega e possui área de aproximada-mente 30 mil m2. Em Sobradinho, o Par-que Ecológico dos Jequitibás é ponto de encontro da população da cidade, com extensão de pouco mais de 11 mil m2. Possui matas fechadas; anfiteatro; trilhas; parquinho; ducha e locais para leitura e estudo. Águas Claras, a cidade “caçula” do DF, tem também o parque mais novo. Criado em 2000, o Parque Ecológico de Águas Claras possui uma área de 680 mil m2 com várias quadras desportivas; playground; churrasquei-ras e trilhas para caminhada e ciclismo.

CREsCimEntOUma dúvida que certamente apa-

rece na cabeça de muita gente é se Brasília é uma cidade planejada, como pode estar em constante crescimento? Se seus prédios possuem um gabarito pré-determinado de altura e localiza-ção, como as regiões administrativas continuam recebendo cada vez mais e mais moradores? A resposta é simples: adaptações na legislação.

O presidente do Sindicato da Indús-tria da Construção do Distrito Federal (Sinduscon-DF), Julio Peres, explica a diferença entre os documentos que regem o Plano Piloto e as cidades satéli-tes. “Para a área tombada, que é o Plano Piloto de Brasília, o Plano de Desenvol-vimento e Ordenamento Territorial

(PDOT) é o documento responsável. Quanto às demais regiões administra-tivas, tem-se a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos). É, exatamente por isso, que o empresariado dos setores imo-biliário e da construção civil pedem, constantemente, uma reanálise destes dispositivos legais para que se aumente o potencial construtivo”, resume.

Quanto aos prédios que vêm to-mando conta de regiões como Guará e Águas Claras, o presidente da enti-dade lembra que no Distrito Federal a verticalização fica restrita a dois pon-tos: o cone de visão (medida que con-sidera um ângulo de 60º para atestar uma construção vertical) e o potencial construtivo. “No caso do potencial, pe-guemos a região de Águas Claras, que é um expoente dessa verticalização em tempo recorde. O valor (do potencial) varia entre os índices 5 e 7, sendo que para cada escala deve-se multiplicar por mil e o resultado é a área privativa, em metros, que poderá ser construída”, elucida. Julio Peres diz que as discus-sões sobre a Luos, por exemplo, podem resultar em um maior número de pré-dios, porém mais baixos. A condição de cidade especialmente feita para que as pessoas enxerguem o horizonte passa por uma série de intensas mudanças.

Dados de 2009 do Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística (IBGE) trazem Brasília como a quarta maior

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PLANO BRASÍLIA 27

cidade do País, deixando para trás Belo Horizonte, Fortaleza e Curitiba. A popu-lação da capital federal e regiões admi-nistrativas foi estimada em 2.606.885 habitantes. A capital de República tam-bém possui o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Brasil entre as capitais – R$ 34.510 – superada apenas por Vitória, que tem a marca de R$ 47.855.

lAZERCom uma população que cresceu

em mais de um milhão de habitan-tes entre 1991 e 2009 – passando de 1.601.094 para 2.606.885 pessoas –, segundo dados do próprio IBGE, Bra-sília naturalmente viu seus habitantes procurarem cada vez mais por opções de lazer. E os empresários da capital e de fora não se intimidaram. Conforme a Asssociação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), só em termos de shoppings centers de médio e grande porte, Brasília e as principais regiões ad-ministrativas possuem nada mais nada menos que 15. Capitais próximas como Goiânia (193 km), hoje com 1.301.892 habitantes, possui quatro shoppings com dimensões médias ou grandes.

A edição do suplemento especial “Comer e Beber 2012/2013”, da revis-ta Veja, mostra que nos quesitos bares e restaurantes, a capital federal vem ganhando destaque. A publicação re-comenda 214 restaurantes na capital federal com opções de culinária nacio-nal, francesa, italiana, portuguesa, japo-nesa, dinamarquesa, entre outras. Para petiscos e drinks, são 102 opções de bares. Na seção Comidinhas, que traz creperias, pastelarias, tapiocarias, cafés e outros, são 199 endereços.

Em termos de cinema, a capital fe-deral tem 65 salas tradicionais à dispo-sição da população e mais 16 especiais, entre 3D, XD e Platinum. Ao todo, são 81 locais para acompanhar os princi-

pais lançamentos do cinema nacional e internacional.

ElE PROPõE umA nOvA BRAsíliANem só de lazer e diversão vive uma

cidade. As preocupações também exis-tem. O engenheiro civil Dickran Ber-berian é professor na Universidade de Brasília (UnB) e na Faculdade de Enge-nharia da Iesplan. Especialista em geo-tecnia e patologia de edificações, é hoje uma das mais representativas autorida-des técnicas do Distrito Federal nos as-suntos que lhe cabem. Descrevendo-se como um “apaixonado pela cidade que escolheu”, é também um crítico do mo-delo de expansão que a capital adotou nos últimos anos.

E é revestido do papel de profis-sional crítico que o professor tem uma sugestão, no mínimo, curiosa para a capital federal. Segundo ele, a solução para alguns dos principais problemas que Brasília atravessa é simples: cons-truir uma nova cidade, no sentido lite-ral da expressão. “Seriam necessários oito anos para planejar esse novo cen-tro urbano, que já nasceria municiado com freeways (estradas bem pavimen-tadas para altas velocidades); metrô e toda a estrutura que precisasse. Esta-ria situado a aproximadamente 100 km do Plano Piloto. O governo ficaria quadrilionário, pois desapropriaria as grandes frações a preço de terra nua e as comercializaria a preço de terra ur-bana”, resume.

Nessa “Nova Brasília”, os empre-sários dos diversos setores poderiam agir com mais liberdade. Prédios de 10,

20 ou 30 andares, por exemplo, teriam um impacto socioambiental reduzido, já que a cidade seria construída e pla-nejada para receber edificações com tais características. Indústrias e fábricas também teriam um modelo de implan-tação próprio, diminuindo os estragos ao meio ambiente. “Aqui, na Brasília ori-ginal, seria então respeitado o plano ori-ginal proposto por JK. Aí, sim, seríamos um modelo a ser seguido”, completa.

Berberian recorda que teve a ideia de sugerir a criação de uma nova Bra-sília quando assistiu há muitos anos, em Nova Iorque, um workshop com o título “Como destruir uma cidade”. Ele conta que enxergou a história da capi-tal da República naquela situação e que, quando contou sua ideia aos amigos na volta ao Brasil, todos se assustaram. “O que proponho é completamente viável. Os indicadores tumorais de uma des-truição estão presentes. Eu digo que há uma dicotomia profunda. De um lado não podemos parar a construção civil por questões econômicas, mas por ou-tro, ela não pode continuar avançando para não engolir o plano original e sa-turar ainda mais os poucos espaços de arborização que ainda restam”, opina.

O especialista defende o desenho de Brasília como um dos mais belos do mundo. “Foi uma das maiores de-monstrações de inteligência superior da humanidade. Não só de JK quando propôs, mas também de Niemeyer, Lúcio Costa e toda a equipe. Um Plano Piloto rodeado por satélites foi um pro-jeto ousado e que deu certo. Pena que o tráfico de influência e interesses está deturpando tudo”, conclui.

Page 28: Plano Brasília - Ed. 119

28 PLANO BRASÍLIA

Dinheiro

O mundo mudou. O Brasil está mudando. As empresas brasi-leiras estão tendo que se desen-

volver e modernizar sua gestão e seus processos para se adequarem à compe-titividade e às necessidades do mercado. Esse é o momento em que todos os em-presários vivem.

Atualmente, os executivos e em-presários estão enfrentando novos desafios de gestão, tais como: falta de mão de obra qualificada; dificuldade de retenção e encarreiramento de ta-lentos; necessidade de aumento de produtividade; adequação de produtos e serviços às rápidas mudanças tecno-lógicas; adequação da estrutura orga-nizacional ao momento empresarial e diversos outros. Mudanças que contri-buem para o aumento do risco e da in-segurança, tornando o gerenciamento das empresas uma atividade bastante complexa e desafiadora.

Mas, como acompanhar essa mu-dança? Como sustentar as estratégias e gerar resultados? Como desenvolver ou implementar métodos e controles efetivos? Como capacitar e envolver os funcionários e gestores? São as pergun-tas mais frequentes.

Para resolver tais questões, costu-mo dizer que o primeiro desafio do executivo é o de analisar mais amiúde a empresa. Ou seja, atenção redobrada e avaliação de resultados e dos fatores de críticos de sucesso de todas as áreas presentes no empreendimento. Em se-guida, é necessário identificar as neces-sidades de cada área; de cada equipe e aprofundar a análise, de modo que se possa extrair soluções e melhorias que sustentem a evolução do projeto para o alcance das metas estabelecidas.

Também é necessário analisar o ambiente externo da empresa. O com-

portamento do mercado; a entrada de novos concorrentes ou produtos subs-titutos; as tendências; novas regras; políticas e leis que afetem o empreen-dimento, bem como buscar informa-ções junto a fornecedores; parceiros; prestadores e toda a cadeia de valor que envolva a empresa, de modo que se possa desenhar o cenário e desenvol-ver planos de ação e contingência que venham mitigar riscos e, em especial, gerar novas oportunidades.

A partir daí, deve-se traçar o mapa estratégico. Representação visual que evidencia os desafios que a empre-sa terá que superar para concretizar sua missão e sua visão de futuro para alcançar os objetivos estratégicos dis-tribuídos nas perspectivas do negócio. Todas essas informações deverão ser consolidadas no planejamento estra-tégico, que deverá ser seguido e imple-mentado pelos gestores.

Mas como garantir que isso não fi-que apenas no papel. É preciso que as empresas adotem métodos contem-porâneos e testados de gestão. Mas alerto que é necessário compreender que cada empresa deve desenvolver e seguir seus próprios modelos, ade-quando-os sempre que necessário, a metodologia à realidade do mercado.

Dentre os métodos de gestão, des-taco o “Balanced Scorecard – BSC” que nada mais é do que a materialização do planejamento estratégico e das técni-cas de administração por objetivos, em um painel de indicadores de desempe-nho que traduzam a missão, a visão e os objetivos em indicadores de metas organizadas, segundo quatro perspec-tivas básicas:

Financeira - traça o retorno do in-vestimento; crescimento; liquidez; endividamento, etc.;

Clientes - enfoca a participação de mercado; o cumprimento das expec-tativas dos clientes, etc.;

Processos - abrange inovação; efi-ciência; operação; comercialização e tecnologia;

Aprendizado e Crescimento - orienta a capacitação/clima organi-zacional.

Tal metodologia também prevê a adoção de um cronograma de implan-tação de planos de ação e de mitigação de riscos, que possam sustentar a evolu-ção do negócio e servir de suporte para o alcance dos resultados previstos. Para isto, é necessário controlar a tendência. Isto é, avaliar periodicamente os resul-tados alcançados e, se havendo desvios em relação ao planejado, estabelecer medidas e ações que possam mitigar os efeitos dos problemas ou gerar soluções alternativas que permitam o alcance dos objetivos previamente traçados.

Essa é, sem dúvida, uma das melho-res práticas para serem adotadas por executivos para alcançar os resultados compromissados.

Desafio da gestão

RUBEM SOARES*

*Rubem Soares de Oliveira LimaBacharel em Administração de Empresas,

com MBA em Estratégia Empresarial e Sócio Diretor da Horizonte Soluções Consultoria e

Speed Driver Sistemas de Automação

Page 29: Plano Brasília - Ed. 119

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Page 30: Plano Brasília - Ed. 119

30 PLANO BRASÍLIA

Mercado ImobiliárioDa: Redação | Fotos: Divulgação

O mais recente Boletim de Conjuntura Imobiliária divul-gado pelo Sindicato da Habi-

tação do Distrito Federal (Secovi-DF), realizado no segundo mês do ano analisou 30.079 imóveis para comer-cialização, sendo 93,5% residenciais. A entidade publica os dados periodi-camente após realizar levantamentos nas principais regiões administrativas do Distrito Federal.

Os apartamentos com dois e três dormitórios apresentaram participa-ção de 39,9% da amostra totalizando a maior participação do mês. A exemplo dos meses anteriores, Brasília se mante-ve como a cidade com os maiores valo-res de vendas e aluguéis para os imóveis do tipo residencial.

Observando os dados referentes às demais regiões administrativas, veri-fica-se que os maiores valores médios por metro quadrado para quitinetes

encontram-se em Brasília, chegando a aproximadamente R$ 12 mil na Asa Sul. Em relação aos apartamentos com quatro dormitórios, os maiores valores foram encontrados no Sudoeste, que chegam a valer R$ 1,6 milhão.

Nas categorias de imóveis comer-ciais, merecem destaque os imóveis lo-calizados no Setor de Indústrias e Abas-tecimento (SIA), Brasília e Águas Claras. Os valores medianos mais elevados de salas comerciais se encontram no Setor de Indústria, que chegam a valer R$ 477 mil, seguido de Brasília, com o valor de R$ 367 mil. Nesse aspecto, pesa o fato de o SIA ser uma localidade com desti-nação específica às atividades industrial e comercial, o que explica a diferença de R$ 110 mil entre seu pico de preço e o de Brasília.

LojasQuanto a salas comerciais, os maio-

res valores registrados foram em Águas Claras e também no SIA. Uma loja na ci-dade de Águas Claras custa, em média, R$ 670,5 mil. Ao analisar os bairros de Brasília, a Asa Sul destacou-se com os maiores valores medianos por metro quadrado para os imóveis dos tipos lo-jas e salas comerciais de R$ 10 mil.

A participação dos imóveis residen-ciais dentre os destinados à locação no Distrito Federal diminuiu um ponto percentual, representando 74,6% da oferta total. As maiores frações corres-pondem às quitinetes, com 20,2%, e aos apartamentos de dois dormitórios, com 18,8%. Os imóveis comerciais represen-taram 25,4% da oferta, sendo 10,0% para lojas e 15,4% para salas comerciais.

Publicação do Secovi-DF traz dadosrelativos ao mês de fevereiro

30 PLANO BRASÍLIA

Page 31: Plano Brasília - Ed. 119

Publicação do Secovi-DF traz dadosrelativos ao mês de fevereiro

Como apresentado nos meses ante-riores, Brasília continua sendo a cidade com os maiores valores de aluguel por metro quadrado para todas as catego-rias de imóveis. No Guará destacam-se as quitinetes com um aluguel no valor de R$ 775, enquanto em Águas Claras os maiores valores são de apartamen-tos com um dormitório – R$ 900 – e os menores para apartamentos com três dormitórios, de R$ 1,7 mil. Em relação aos imóveis para alugar destaque para

as lojas em Águas Claras com um valor médio de R$ 4 mil. Já as salas comerciais estão com aluguel de R$ 1.825.

Os números mostram que o mer-cado imobiliário da capital da Repúbli-ca volta a ficar aquecido depois de um 2012 marcado pela estagnação de pre-ços e paralisação de muitas obras por aspectos legais e burocráticos.

No Boletim de Conjuntura anterior – referente a janeiro de 2013 - a ofer-ta de imóveis para comercialização em

Brasília foi de 31.827, onde também estavam os maiores valores de comer-cialização de residenciais. O maior valor absoluto de venda na cidade se deu no Lago Sul, em casas de dois e quatro dormitórios que chegaram a custar R$ 2,5 milhões. Já o menor valor por me-tro quadrado foi encontrado em casas de condomínio de três dormitórios no Lago Norte: R$ 2.395. Em janeiro, 7.466 imóveis foram ofertados para locação.*Fonte: Secovi-DF

Page 32: Plano Brasília - Ed. 119

32 PLANO BRASÍLIA

GentePor: Edson Crisóstomo [email protected]

Política

Dra. Ilana e Dra. Carolina, autoras do livro A Boca como voce nunca viu

Dra. Ilana Guimarães Marques e seu filho, Matheo Dr. Daniel Azevedo, da Digidoc, ladeado pela Liliana e Dra. Ilana

Dr. Samir Hajjar, presidente CRO e Dra. Ilana

Núcleo duro X mediunidadeO Governador Agnelo Queiroz está sendo muito criticado por rece-

ber influência ou, digamos, palpites de três assessores muito próximos que vai distanciando o dia a dia das pessoas que construíram e ajudaram na sua vitória. O primeiro, nunca experimentou o sabor do resultado das urnas. O segundo foi reprovado nos últimos pleitos eleitorais. O terceiro , sem experiência nenhuma em urnas, em momentos de transe jura que os evangélicos representam o maior colégio eleitoral de Brasília. Governador, ouça esse assessor, agora jamais deixe de ouvir ateus, católicos, budistas,

espíritas, umbandistas e até quimbandistas. Afinal, os que caem, uma hora podem se levantar e podem, inclusive, se levantarem como opositores.

Cereja do BoloO empresário Paulo Octávio ouve, ouve, ouve e fica em total silêncio.

Faltando seis meses para o término do prazo de filiação partidária, está com convites para um número cada vez maior de partidos, inclusive o fa-migerado PMDB, que não larga o poder nunca, nem se quebrar os dentes.

Page 33: Plano Brasília - Ed. 119

Paulo Octávio

César Serra em Fortaleza para o Luxo de Festa Ceará. Em maio será a vez de Brasília conferir o grande evento para festas e casamento do País

PLANO BRASÍLIA 33

Geleia GeralCaixa RápidoSucesso de vendasMais uma vez a JC Gontijo aposta no sucesso e acerta em cheio. O

seu mais novo empreendimento imobiliário, o Hotel Alvorada é líder de vendagem no mercado. Com localização privilegiada, bem no coração de Brasília, o imóvel está a poucos metros da Torre de Televisão, do Centro de Convenções e do Ginásio Nilson Nelson. A construtora com o projeto, faz questão de imprimir a sua marca de excelência na renovação do seu parque hoteleiro. O novo Hotel Alvorada além de arquitetura arrojada, tem fino acabamento em todos os itens.

O secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira, em 07 de maio, anuncia-rá, oficialmente, a abertura das inscrições para a 46º edição do festival do cine-ma nacional de Brasília. A premiação para este ano está orçada em R$ 700 mil. R$ 65 mil a mais do que a do ano passado. As inscrições vão até 21 de junho.

Os atores, Stepan Nercessian, hoje deputado federal pelo PPS/RJ e An-tônio Grassi, atual presidente da Funarte, em jogos do time do coração, o botafogo do RJ, têm endereço certo aqui na capital, para assistirem aos con-frontos. Trata-se do barzinho “Só Drinks” na 403 Norte que, em dias de jogo costuma reunir políticos, empresários, artistas e pessoas comuns. O objetivo é sempre único: torcer, torcer e torcer. Na última quarta-feira (24), eles estivam lá no Só Drinks para assistir ao jogo. Vale lembrar que o bar é bem popular”.

Deputada Erika Kokay

OTTO promete show memorável no CCBB

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Page 34: Plano Brasília - Ed. 119

34 PLANO BRASÍLIA

Multi Life zela pela segurança do trabalho

A Multi Life, especializada em Medicina e Segurança do Trabalho, projeta um crescimento de 20% no faturamento em 2013. O objetivo da empresa é garantir que seus clientes cumpram as exigências legais relacionadas à saúde e segurança do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério da Previdência Social e Secretaria de Saúde. Presta consultoria e ainda faz

planejamentos nessa área para garantir que as normas regulamentadoras sejam cumpridas e, com isso, não causem prejuízos para empregadores e empregados.

Planos e Negócios

ServIço SGAS 915 Bloco C – Térreo – Edifício Office Center – Asa Sul Tel: (61) 3445-5500

O BOTICÁRIOHÍPICA HALL

MULTI LIFE

Nova casa de eventos em Brasília

Brasília receberá um novo estabelecimento capaz de abri-gar todos os tipos de evento, entre outros, casamentos, fes-tas de 15 anos, formaturas e reuniões corporativas. O Hípica Hall, instalado na Sociedade Hípica de Brasília, recebeu R$ 7 milhões de investimento. Com uma área total de 30 mil mº, destes, 4 mil m2 de área construída, o espaço foi projetado pelo arquiteto Ednilson Lazzeri. Disponibiliza um salão am-plo, com 2.212 m2, área de palco, duas salas de apoio, dois ter-raços para fumantes e toda a infraestrutura necessária para receber eventos de grande porte. O pavimento superior tem um hall e duas suítes com mobiliário de luxo e uma sala de apoio, ideal para noivas e convidados especiais. A área exter-na deixa o Hípica Hall ainda mais atrativo, com um projeto de paisagismo assinado pelo engenheiro agrônomo e paisagista Mauro Barros. O estacionamento com mais de 400 vagas e 13 mil mº garante ainda mais o conforto de convidados.

Dia das Mães

O Boticário lança para o Dia das Mães as fragrâncias Lin-da Inspiração e Linda Lindinha, além de estojos de cuidado pessoais na Coleção Inspiração. Composições de marcas con-sagradas, como Floratta, Lily e Acqua, também integram as opções que serão oferecidas nas mais de 3.550 lojas da rede varejista espalhadas pelo país. A ideia dos novos produtos vem da cumplicidade na relação entre mãe e filha. Linda Inspi-ração traz uma mistura de notas que conferem leveza e con-temporaneidade à fragrância. Linda Lindinha já possui ingre-dientes que p r o m o v e m a suavidade propícia ao público in-fantil.

ServIço Linda Inspiração – 100mlPreço Sugerido: R$ 94,00Família: Floral FrutalSaída: Bergamota, Grapefruit, Pimenta, MagnóliaCorpo: Freesia, Tuberosa, Violeta, PeôniaFundo: Cashmeran, Patchouli, fava-Tonka,Vanila Linda LindinhaPreço Sugerido: R$ 45,99Família: Floral FrutalSaída: maracujá, laranja, mandarina, cassis, ameixaCorpo: lírio de vale, jasmim, framboesa, damasco e mangaFundo: ambar, musk, mel e cedro

ServIço Setor Hípico Sul, lote 8 – próximo ao Zoológico de BrasíliaTelefone: (61) 3225-0161

Page 35: Plano Brasília - Ed. 119

PLANO BRASÍLIA 35

Banco do Brasil e Caixa investem em datacenter

O Complexo Datacenter Cidade Digital BB-Caixa foi instalado recentemente em Brasília e impulsiona o Parque Tecnológico Capital Digital. As duas instituições financeiras têm o objetivo de garantir a continuidade e a expansão dos negócios, além de reduzir riscos operacionais e de garantir a observância de normas internacionais que tratam de segu-rança em TI em bancos. O investimento do datacenter foi de R$ 322 milhões.

BB E CAIXA

CENTRO DE EQUOTERAPIA APOIAR

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VOLKSVAGEMPromoção “60 Caras de Sorte”

A Volkswagen lançou a campanha promocional “60 Caras de Sorte”, que dará aos participantes a chance de assistir ao jogo entre Brasil e Inglaterra no novo Maracanã, com direi-to a acompanhante. A partida está marcada para 2 de junho. Os clientes devem realizar o Best Drive em qualquer veículo da marca em uma das concessionárias da empresa. Os tetra-campeões mundiais de futebol, Cafu e Raí, aparecem no fil-me publicitário que divulga essa iniciativa. Serão sorteadas 60 pessoas para conferir o espetáculo no “templo do futebol”, que estará totalmente reformado. A promoção também vale para o vendedor. Caso o seu cliente ganhe o sorteio, ele será premiado com um tablet.

ServIço Mais informações sobre a promoção no site www.vw.com.br/60caras.

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Especialista em atividades da equo-terapia e equitação lúdica para crianças a partir dos dois anos de idade. O principal objetivo é proporcionar uma atividade terapêu-tica de forma bem divertida, envolvendo o cavalo como maior ferramenta do processo.

ServIço Côlonia Agrícola Vicente Pires, Chácara 133ou Brasília Country ClubSAIS ao lado do CatetinhoTel.: (61) 8175.2204 – 8154.9205

FLÁVIO RESENDE*[email protected]

Page 36: Plano Brasília - Ed. 119

36 PLANO BRASÍLIA 36 PLANO BRASÍLIA

TECNOLOGIAPor: Poliana Negrão

iPhone 5O

iPhone 5 é o mais recente lançamento da marca Apple. Seu design foi minuciosamente planejado para atender aos mais sofisticados gostos. Fabri-cado com a precisão de quem faz uma joia rara, o

iPhone 5 está mais fino e compacto.Logo de cara, o aparelho traz a tela de Retina, um recur-

so exclusivo da marca Apple. A qualidade das fotos, vídeos e textos é tão clara que os pixels da imagem tornam-se quase imperceptíveis. Outro recurso que deve agradar aos consu-midores é a potência da bateria: o iPhone 5 permite até oito horas de conversação e de navegação por meio de rede de telefonia celular e de até 10 horas de reprodução de vídeo.

A conexão da internet está ultraveloz. A conectividade opera com um maior número de redes. Entre elas a HSPA, HSPA+ e DC-HSDPA. O wireless 802.11n potencializa em até 150 megabytes por segundo (Mbps) o acesso à internet.

O fácil e dinâmico manuseio é permitido devido o siste-ma mais avançado do mundo - iOS6, fabricado pela própria Apple. E como o software é a plataforma de mais de 800 mil aplicativos, o iPhone pode ser atualizado com apenas um cli-que e executar um número mais amplo de tarefas.

Colégio MaCkenzie.O primeirO passO para alcançargrandes realizações.

O Mackenzie deu importantes passos na educação:

foi o primeiro colégio a criar salas mistas, o primeiro

a permitir que filhos de escravos e de senhores

estudassem juntos e o primeiro a promover

o esporte como forma de integração. Com um

passo de cada vez, o Mackenzie demonstra seu

pioneirismo educacional e a vontade de inovar,

sempre com excelência.

EduCaçãO InfantIl, EnsInO fundaMEntal E EnsInO MédIO.

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UM MUNDO DE REALIZAÇÕES

UM MUNDO DE REALIZAÇÕES

a vida é feita de muitos

primeiros passos.

Hoje, o luan aprendeu

que mesmo quietinho

dá para fazer muito barulho.

Page 37: Plano Brasília - Ed. 119

Colégio MaCkenzie.O primeirO passO para alcançargrandes realizações.

O Mackenzie deu importantes passos na educação:

foi o primeiro colégio a criar salas mistas, o primeiro

a permitir que filhos de escravos e de senhores

estudassem juntos e o primeiro a promover

o esporte como forma de integração. Com um

passo de cada vez, o Mackenzie demonstra seu

pioneirismo educacional e a vontade de inovar,

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UM MUNDO DE REALIZAÇÕES

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a vida é feita de muitos

primeiros passos.

Hoje, o luan aprendeu

que mesmo quietinho

dá para fazer muito barulho.

Page 38: Plano Brasília - Ed. 119

38 PLANO BRASÍLIA

Por: Daniel Guerra | Fotos: AssessoriaCidade

“Brasília é excelente, pena que para morar seja tão caro”. Você já deve ter ouvido essa frase, seja dita por um morador da capital federal ou de

qualquer outra cidade do País quando o assunto surge na roda. Realmente, o custo de vida no coração do Planalto Cen-tral parece ser bem salgado se comparado àqueles praticados na maioria dos municípios brasileiros de pequeno, médio e grande porte, inclusive capitais de Estados.

Frente ao questionamento, várias instituições de pesquisa perceberam a demanda por respostas nesse sentido e cria-ram núcleos exclusivos para abordar a questão. Outros em-presários foram além: é o caso do site especializado Custo de Vida (www.custodevida.com.br), criado exclusivamente para realizar e publicar os resultados de levantamentos de dados no intuito de definir um valor aproximado necessário para se viver nas grandes cidades brasileiras.

No endereço eletrônico, a conclusão de uma pesquisa de-senvolvida no fim do ano passado traz Brasília como a terceira cidade no ranking que ele-geu as capitais de Estado “mais caras” nacionalmente. Os cálculos foram realiza-dos com base na proporção de gastos básicos médios para cada mês nos 27 mu-nicípios. Para se viver na ca-pital federal, o comprome-timento da renda alcança a nota 7,5 em uma escala de zero a 10, tendo por base a renda familiar local. O site dá à moradia uma espécie de “peso” diferenciado, aci-ma dos itens alimentação, educação e saúde.

De acordo com a Pesquisa Distrital por Amostra de Do-micílios (PDAD) de 2012, divulgada no último mês de agos-to, em Brasília (Asas e Lagos Sul e Norte) a renda domiciliar per capita é de R$ 3.819. Assim, infere-se do levantamento do site Custo de Vida que 75% deste valor, o equivalente a R$ 2.864,25 são gastos apenas com os itens básicos. Nesse contexto, desconsidera-se o lazer, por exemplo. À frente de Brasília estão somente as metrópoles São Paulo (escala 10) e Rio de Janeiro (8,7).

DesdobramentosNa impossibilidade de manter um padrão de vida ao

menos confortável, boa parte dos cidadãos de Brasília está repaginando sua vida financeira. Há relatos de quem tire os filhos de colégios particulares; cursos de línguas estrangeiras; esportes ou outras atividades extracurriculares. Outros, por sua vez, abrem mão de ter mais de um veículo em casa e aca-bam se desfazendo de um ou mais automóveis.

CentrífugaO processo de migra-

ção interna no Distrito Fe-deral tornou-se uma cres-cente nos últimos anos. Os habitantes do Plano Piloto, outrora encantados com a moradia tão próxima ao centro político administra-tivo, agora procuram loca-lidades nas quais o custo benefício para se viver seja maior. O próprio portal Custo de Vida classifica Águas Claras com o va-lor de 6,6; Guará com 6,1;

É bom,mas custa caroMorar na capital federal requer investimento acima da média nacional

Carlos e Honorina optaram pelo Guará

Page 39: Plano Brasília - Ed. 119

dos vizinhos. Deles não abriremos mão, então quem dançou foi o apartamento”, brinca Carlos. Há dois anos morando em um confortável imóvel próprio no Guará, e uma acon-chegante casa de dois pavimentos, três quartos e 176 mº, ele compara: “O que pago aqui de prestação, dá praticamente o mesmo que eu pagava de aluguel na Asa Norte em um apartamento de dois quartos e metade da área. Fora a taxa de condomínio”.

Foi também a busca por um fôlego na vida financeira que fez com que a técnica administrativa Míriam Sales, abrisse mão do espaçoso apartamento onde morava com a família na 204 Sul. “Chegou uma hora em que a organização não bastou. O filho tinha apenas oito anos e foi difícil convencê-lo a ter que escolher entre o futebol e a natação. Além disso, o transporte escolar daqui é caríssimo se comparado a Recife, onde moramos por três anos. Morar no Plano era super legal, mas qualquer restaurante que íamos no fim de semana tinha um preço elevado”, lembra.

Morando com a família há sete meses no Cruzeiro Novo, Míriam acredita ter feito a escolha certa. “Eu e meu marido pensamos muito, mas percebemos que a decisão foi acerta-da. Temos os mesmos serviços a preços mais módicos, man-tendo uma distância pequena do trabalho e do centro. Além disso, o aluguel é quase 50% menor”, conta.

Cruzeiro com 4,8; Taguatinga com 4,2 e Núcleo Bandeirante com 3,7. O detalhe é que todas as regiões administrativas são consideradas redutos majoritários de classe média pelo Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Carlos Alberto Lopes Ribeiro, funcionário público, tem uma história interessante, marcada por idas e vindas. Tudo começou na 406 Norte, em 1991, quando foi para um aparta-mento na quadra após casar-se com a esposa Honorina. De-pois de sete anos, comprou um apartamento em Sobradinho e mudou-se para lá com a família. “Era caro viver no Plano”, resume. Passado um certo tempo, sentiu a necessidade de voltar ao centro do DF. Alugou novamente um apartamen-to. Agora na 206 Norte. Tempos depois, o bolso apertou e aconteceu a segunda volta ao imóvel de Sobradinho, onde a família permaneceu por mais de dois anos. “Precisávamos de um local mais próximo aos nossos empregos. Voltar para o Plano nos faria economizar em tempo de deslocamento e ga-solina, mas os engarrafamentos na área central desgastavam o carro e o custo de vida é altíssimo. Foi aí que conhecemos o Guará”, recorda.

Apesar de o bolso ter sido a razão principal da escolha de Carlos e sua família, os cachorrinhos Bob e Tuca também foram determinantes. “Às vezes, chegávamos de madruga-da e eles latiam mesmo, de felicidade, gerando reclamações

Page 40: Plano Brasília - Ed. 119

40 PLANO BRASÍLIA 40 PLANO BRASÍLIA

‘‘Conseguimos por um carro grande dentro de um carro compacto.’’

Por: Redação | Fotos: Divulgação e arquivo pessoalAutomóvel

A frase do subtítulo foi retirada de um anúncio de lançamento do Volkswagen Brasília. O ano

era 1973. O Brasil estava sob o coman-do do presidente Emílio Garrastazu Médici. As calças boca de sino estavam na moda. Emerson Fittipaldi era o mais jovem campeão da história da Fórmula I e os Secos & Molhados, era um dos grupos de rock mais famosos do país. Economicamente, vivia-se o último ano do período conhecido como “mi-lagre econômico”, quando o Produto Interno bruto (PIB) cresceu a uma taxa média acima dos 10%. “Brasil, ame-o ou deixe-o”, era o mote do governo mi-litar. Foi nesse cenário, que a Volkswa-gen do Brasil lançou o primeiro carro projetado e construído fora da matriz da fábrica na Alemanha. Nesta edição, a editoria Automóvel de nossa revista, faz honras ao carro que foi batizado em homenagem á capital federal.

Design

As informações da época eram de que o Brasília fora projetado para aliar a robustez do Fusca - um carro já que-ridos pelos brasileiros – com o conforto de um automóvel maior e com dese-nho mais arrojado. O resultado foi um carro pequeno, de linhas retas, grande área envidraçada e amplo espaço in-terno. “Estar nele é como estar em um aquário”, elogia o engenheiro Laurence da Cunha, 59 anos, colecionados de carros há algumas décadas. Ele é pro-prietário de um Brasília bege Saara, ano

77, carinhosamente apelidado de Doro-téia. “A ideia era produzir um fusca mais sofisticado e eles foram bem sucedidos nisso”, conta.

O design do Brasília foi concebido pelo estilista Márcio Piancastelli que uniu os traços do fusca com outro car-ro da marca, o Karmann-Ghia. Todo o processo de desenvolvimento do veícu-lo, desde o projeto de estilo da carroce-ria até os protótipos estiveram a cargo de engenheiros e técnicos brasileiros.

Versões de Mercado

A mecânica do Brasília era prati-camente a mesma do fusca, com um motor traseiro de 1600 cc e 60 HP. A velocidade máxima era de 130 km/h e um consumo médio de 11 quilômetros por litro de gasolina. Também foi lança-da uma versão 4 portas, que não agra-dou o mercado interno e que rejeitava esse tipo de carro na época. A maioria dos veículos nessa versão foram então transformados em táxis. Para Lauren-ce, o maior atrativo do carro sempre foi a robustez e a confiabilidade associada á marca Volkswagen. “Ainda hoje a ma-nutenção é de fácil acesso e as peças são baratas”, conta.

Entre 1973 e 1982 foram produzi-dos um milhão e 60 mil Brasílias. Ape-nas cerca de 100 mil delas foram para o mercado externo. “Muitas foram para o México e poucas podem ser en-contradas no museu da Volks na Ale-manha”, informa o engenheiro que é colecionador de carros antigos. Apesar

dos números satisfatórios, a intenção da fábrica para que o carro substituísse o fusca como favorito entre os brasilei-ros não se concretizou. Mas o projeto foi elogiado por suas linhas elegantes e por sua qualidade de construção e durabilidade. O veículo ainda inspirou a criação da versão mais moderna da Variant, a Variant II, em 1975.

A produção do carro perdeu força quando os veículos da linha “a ar” da fábrica começaram a perder merca-do para os refrigerados a água. Entre-tanto, de acordo o site Oficina VW, a Volkswagen do Brasil optou por “refa-zer” o Brasília, colocando o tradicional motor refrigerado a ar à frente. Nascia, então, a primeira geração do Gol (famí-lia BX). Alguns ainda acreditam que os projetistas da Volkswagen inspiraram--se em parte no desenho do Brasília para projetar o hatchback, no final da década de 70.

É correto dizer que o Brasília foi um dos veículos mais influentes no mer-cado automobilístico brasileiro. Não é por menos que, mesmo com um gran-de número de carros produzidos, um Brasília bem conservado tem um alto valor no mercado de colecionadores. É um carro clássico que, apenas pelo fato de ser o primeiro pro-jeto 100% nacional da grande indústria automobil ística deve receber to-das as honrarias. Soma-se a isso, o fato de que,

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PLANO BRASÍLIA 41 PLANO BRASÍLIA 41

‘‘Conseguimos por um carro grande dentro de um carro compacto.’’

em 1973, poucas marcas apostavam na indústria nacional. Laurence Cunha acrescenta: “deve-se reconhecer o mé-rito da fábrica em apostar em um pro-jeto assim”. Hoje, a Brasília de Laurence que tem certificado de originalidade expedido pelo Museu do Automóvel de Brasília e é credenciado pela Dena-tran, tem o compromisso de manter as suas condições originais, está com valor de mercado na ordem de R$ 11 mil.

Curiosos também são os anacronis-mos de algumas informações quando do lançamento do carro, comparadas ao que temos hoje. “O Brasília sai de fábrica e do seu revendedor comple-tamente equipado, pronto para rodar. Com trava de direção, bolsa de ferra-mentas, macaco, triângulo de seguran-ça, extintor de incêndio e até parafusos para a fixação das placas de licencia-mento”, ressalta o engenheiro.

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Por: Poliana Negrão | Fotos: Beto CastanheiroVida moderna

Brasília tem um shopping do corpo

Tratamento nutricional diferenciado

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Além da excelência na qua-lidade de atendimento, a missão número um é

oferecer ao cliente tratamento personalizado, com preços diferen-ciados. A fórmula que conquistou o brasiliense, colocou o Grupo Uni-com na preferência daqueles que buscam produtos com selo de qua-lidade e garantia. A drogaria, que co-meçou com uma pequena loja há 31 anos, hoje é referência nos segmen-tos saúde e hospitalar.

Conhecida também como ”Sho-pping da Saúde”, devido à sua farta variedade de medicamentos e pro-dutos fisioterápicos, agora a Unicom estendeu seus horizontes e abriu aqui em Brasília a Fisium, um “Body Shop”. Ou seja, um shopping do cor-po que oferece todos os tipos de suplementos alimentares, com pres-

ServIçoCLS 302, Bloco B – Loja 25(Rua das Farmácias)Tel.: (61) 3218.7000 e 3323-8000

“Suplemento alimentar é um aliado da saúde e não vilão, diz o nutricionista”, Omar Faria

crições individualizadas mediante le-vantamento do estado físico, men-tal e de saúde do cliente (anamnese).

Nascida da necessidade do ofe-recimento de um serviço especifi-camente voltado para pessoas que praticam algum tipo de esporte, que desejam praticar e que preci-sam de suplementação alimentar é que a Unicom montou o shopping do corpo, a “Fusion Body Shop”. Um ambiente agradável, com produ-tos bastante variados, registrados e aprovados pela Agência de Vigilân-cia Sanitária (Anvisa) e Ministério da Saúde. “É comum, devido a correria diária, muitas pessoas não fazerem suas refeições corretamente, aca-barem fazendo uso de qualquer suplemento alimentar e sem nenhu-ma orientação de profissional com-petente. Aqui, além de vendermos

os produtos, orientamos a todos o consumo correto”, destaca Omar de Faria, nutricionista da Fisium.

Além de suplementos nutricio-nais para os amantes das atividades físicas e pacientes da nutrição clínica, a loja tem opções para pessoas com patologias como câncer, hiperten-são, diabetes e doenças metabó-licas, decorrentes de distúrbios na síntese de moléculas complexas ou macromoléculas, com sintomas per-manentes e progressivos. “O nosso objetivo é mostrar que o suplemen-to pode ser um aliado da saúde, e não um vilão como muitos pensam”, diz Omar.

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EsportePor: Daniel Guerra | Fotos: Divulgação

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Alguns o chamam de Brasília. Outros de UniCEUB. Há quem chame até de BRB. A forma não importa. O time de basquete da capital federal caiu no gosto

da população e hoje, certamente, é uma das paixões locais. Sempre lotando os ginásios onde manda seus jogos, o Uni-CEUB/BRB/Brasília fez o brasiliense desviar um pouco suas atenções do futebol para o basquete.

Dependendo da importância da partida e do tamanho da torcida rival, a diretoria realiza os jogos no ginásio da Associa-ção dos Serviços da Central Energética de Brasília (Asceb), na 904 sul, com capacidade para três mil pessoas, ou no Ginásio Nilson Nelson, no Complexo Poliesportivo de Brasília, que comporta 15 mil torcedores.

E a torcida abraçou com vontade a equipe. O entrosa-mento com a cidade foi imediato. Prova disso é que o Brasília é detentor do maior público registrado em uma partida de basquete realizada no Brasil, com 24.286 torcedores na his-tórica vitória de 101 a 76 contra o Flamengo-RJ. A partida foi realizada em 1º de maio de 2007, no Nilson Nelson. Flamengo este que, inclusive, divide com o Franca-SP o título de maior rival do Brasília no basquetebol.

Com tanto apoio, os dirigentes resolveram deixar a car-go da própria torcida a decisão sobre o mascote do time. A escolha foi feita por meio de votação popular no Distrito Fe-deral, realizada em abril de 2009. Com 1.003 votos, o Lobo

Guará foi eleito o representante oficial do clube, derrotando outras espécies típicas do cerrado brasileiro como o Calango e a Siriema. Logo em seguida, no dia 1 de maio, o mascote foi lançado em uma partida válida pela 12º rodada da segunda edição do Novo Basquete Brasil (ou NBB, a liga oficial do bas-quete nacional).

Por ser recente, poucos conhecem a história completa do clube. Atuando sob o nome de seus maiores mantenedores e da cidade sede, o nome oficial do Brasília é Instituto Viver Basquetebol. O time foi fundado em 2000 e rebatizado em 13 de junho de 2009, sendo originalmente ligado à Universi-dade Salgado de Oliveira (Universo).

EstruturaA equipe sempre contou com grandes atletas e ótimos téc-

nicos em sua equipe. Pode-se afirmar que o sucesso da equipe vem, principalmente, pelo apoio recebido pelos patrocinado-res ao longo dos anos. Hoje, o time brasiliense conta com uma grande estrutura que foi propiciada graças ao apoio do Cen-tro Universitário de Brasília (UniCEUB), o Banco Regional de Brasília (BRB) e a Bancorbrás. Alguns exemplos das melhorias são a nova quadra, com um dos melhores pisos do campeona-to; as tabelas novas e o vestiário, reformado há poucos meses para ficar nos padrões dos grandes times da NBA.

Para o camisa 4 Arthur, o gosto por fazer parte da equipe é ainda maior pelo fato de o atleta ser brasiliense. “Me sinto muito feliz em fazer parte dessa equipe. Sou de Brasília, nas-cido e criado aqui. Tenho orgulho de representar a minha cidade, principal-mente porque hoje o time é considerado uma das melhores equipes de basque-te do país. Sempre fomos muito bem recepcionados pela torcida e é ótimo po-

Capital nacional do basqueteUniCEUB/BRB encanta os brasilienses e leva cada vez mais público aos jogos

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der contar com o apoio deles”, declara-se o ala da equipe, que também defende a seleção brasileira de basquete junto com o armador Alex e o pivô Guilherme Giovannoni.

Por meio de nota oficial, a assessoria de imprensa do Uni-CEUB/BRB/Brasília revelou parte do sentimento dos atletas do grupo. “A torcida brasiliense abraçou o basquete como o principal esporte hoje na cidade, tanto que é considerada a capital do basquete brasileiro. Ter uma equipe três vezes campeã do Novo Basquete Brasil gera um sentimento de orgulho por parte dos brasilienses. A gente torce para que o basquete se popularize no Brasil inteiro e não apenas em Bra-

Uma equipe campeãTime-base: (23) Nezinho; (10) Alex; (4) Arthur; (12) Guilherme Giovannoni; (16) Paulão PrestesSuplentes: (13) Victor; (54) Alírio; (7) Isaac; (17) Rossi; (31) Cipriano; (99) Tischer; (71) BalaTécnico: José Carlos Vidal

Títulos nacionaisNovo Basquete Brasil - NBB (2009/2010, 2010/2011 e 2011/2012)Campeonato Nacional Masculino de Basquete (2006/2007)Copa Centro-Oeste (2003 e 2004)Campeonato Brasiliense (2002 a 2010)

Títulos internacionaisLiga Sul-Americana (2010)Torneio Yuncheng Shanxi (2009)Liga das Américas (2008/2009)

sília”, diz a publicação.

Expansão da marcaPara conquistar novos torcedores e fortalecer a marca do

UniCeub/BRB/Brasília em todo o Distrito Federal, a equipe lançou o projeto “Jogos Itinerantes” na temporada 2011/2012 do NBB, levando partidas oficiais do time para ginásios de outras regiões administrativas do DF. A iniciativa em princípio desagradou parte da torcida acostumada a assistir aos jogos do clube aqui em Brasília. Embora o clube garanta um bom público em todas as suas partidas fora do DF.

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PersonagemPor: Afrânio Castanheira | Fotos: Beto Castanheira

Um mundo de letras, palavras e ensinamentos. Um mundo de sabedorias em um espa-

ço de 15 metros quadrados. Este é o universo pensado, desejado e criado pelo piauiense de Picos, Francisco

Seu Chico, o livreiro da UnBEu e os meus tesouros

Joaquim de Carvalho, 53 anos, mais conhecido como “Chico, o livreiro, da Universidade de Brasília (UnB). Um apelido que lhe deram e que, confor-me ele, caiu plenamente no seu gos-to. “Gosto muito de ser chamado de

livreiro. Para mim soa muito bonito. Representa leitura. Leitura foi uma coisa que aprendi a gostar”, justifica, enquanto admira o seu acervo não muito organizado de quase três mil exemplares e que ele garante saber

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todos os títulos de cor e salteado. Os títulos são inúmeros. Vai de uma infi-nidade de livros didáticos a variados e inúmeros romances e contos. “Segu-ramente meus tesouros”, diz ele.

Entendidos dizem que o fato de gostar de ler vem do costume da prá-tica. E foi isto que o Seu Chico fez des-de pequeno. Nascido de uma família numerosa (oito irmãos), sendo o pai um pequeno comerciante de compra

e venda de carnes e a mãe do lar, che-gou a Brasília em 1968, quando tinha 15 anos e foi morar na serrana Sobradi-nho. Por necessidade, para ajudar nas despesas de casa, Francisco se tornou vendedor de jornal. “Tempos difíceis”, lembra ele, que não esquece os oito dias de duração da viagem da terra natal para a capital do país, e o “pau de arara”, transporte que trouxe toda a família para cá. “Tínhamos que passar por isto, né?”, indaga resignado.

Mas, como para quem quer crescer sempre há diferenciais, o que marcou o sucesso do menino Francisco, enquan-to jornaleiro, foi o fato de ele ter feito questão de conhecer de pertos os compradores do seu jornal, o extinto Diário de Brasília, onde em um mês ele conseguiu vendar 500 exemplares. O segredo desse sucesso de vendagem, segundo ele, deveu-se ao fato de, uma vez já ter conhecido o gosto da fregue-sia, adiantar em primeira mão que o folhetim continha matérias do interes-se do comprador. “Para o dono da far-mácia, que gostava de esporte, eu dizia que o jornal falava sobre o assunto. Para aquele comprador que gostava de política eu dizia o que o jornal trazia. Assim eu vendi foi muito”, conta. Mas, para saber quais eram as notícias que o veículo trazia, Seu Chico tinha que ma-drugar para poder ler todo o conteú-do do noticiário. “Foi assim que passei a gostar de ler. Viciei”, garante.

Com todo esse gosto pela leitura, que não se resume ao fato de apenas ler, Chico garante que a sua grande e maior satisfação é incentivar as outras pessoas a lerem. Prova disto é que, qualquer pessoa que chegue ao seu local de trabalho, um espaço pequeno, cedido pela UnB e localizado na entra-da principal do prédio do Minhocão, caso não encontre o livro desejado, ele anota os dados e sai em busca de um exemplar para atender ao cliente. Não

só aos estudantes, mas a qualquer um que por lá apareça. “Eu vou atrás mes-mo”, garante.

Querido por todos no local, elogios ao homem dos livros, que já tem 38 anos de profissão é o que não faltam. “Um ser humano espetacular”. “Sabe todos os nomes dos livros”. Merece homenagens”. É o que costumam dizer os estudantes que sempre recorrem à Livraria do Imaginário” , como diz um banner pregado na parede de entrada do estabelecimento.

Casado há 22 anos e dois filhos (Bruna, 20 anos e Lucas, 12), Seu Chi-co nunca saiu da sua querida Sobra-dinho onde mora até hoje de aluguel, sempre aconselha os filhos a constru-írem seus mundos com muitos livros. “Assim eles adquirem uma bagagem cultural boa e diversificada”, ressalta. A filha Bruna está fazendo faculdade de Serviço Social e o filho Lucas, ainda está no ensino médio. Indagado se o filho já deu sinais do que pretender ser quando se tornar adulto, Seu Chico diz que ainda não, mas quer que o filho curse alguma coisa ligada à filosofia, curso que ele sempre pretendeu fazer, mas que não descarta a possibilidade de concretização. “Eu gosto muito de filosofia. Acho que tem tudo a ver e está relacionada à condição humana; à existência e aos valores morais. Enfim tudo”, categoriza.

Mas o espaço do Chico, o livreiro da UnB, não costuma ser frequentado só por estudantes. O senador Cristo-vam Buarque, que foi reitor da Unb; Sérgio Paulo Rouanet, diplomata, ex--ministro da Cultura do presidente Fernando Collor e criador da lei Rou-anet de incentivo à cultura e também Bárbara Freitag, doutora em sociologia e pesquisadora da UnB, são algumas das personalidades que já passaram pelo local, considerado sagrado por Chico, o livreiro por opção.

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Saúde

Como treinar seu

para saúde e inteligênciacérebro

MARIA TEREZA CARNEIRO PITA*

As manifestações corporais e comportamentos comandados pelas emoções são respostas autonômicas comandadas pelo sistema nervoso autônomo (SNA). As respostas auto-nômicas de caráter emocional variam com o tipo de emoção e também com o indivíduo, envolvendo o cére-bro e praticamente todo o organis-mo. As emoções também provocam manifestações comportamentais, dentre as quais a expressão facial seja talvez a mais nítida e importante, como sinalizadora das emoções.

Pesquisas com fotografias repre-sentando faces com crescentes graus de emoções foram mostradas para pessoas e, durante o monitoramento por meio de ressonância magnética, foi percebido que quanto maior a intensidade da emoção que se via na foto, maior também era atividade ce-rebral da pessoa que a olhava.

As emoções podem durar muito tempo, seja porque o estímulo que a provoca se mantém ou porque a pessoa apresenta um distúrbio afeti-vo. Estresse, ansiedade, medo e raiva muito intensos ou prolongados po-dem causar sérios danos físicos, úlce-ras gástricas e até a morte, como é o caso do infarto do miocárdio ou do acidente vascular cerebral.

Os psicofisiologistas têm

usado os indicadores comporta-mentais e fisiológicos das emoções para estudar a base neurobiológica, sendo que na Universidade Federal do Rio de Janeiro é usado um regis-tro chamado “resposta galvânica da pele” para medir a elevação da con-dutância elétrica cutânea que ocorre quando aumenta a sudo-rese, uma reação autonômica das emoções. Com essa medida é possível quantifi-

Sabemos que para nos manter-mos bem temos que ter uma alimentação rica em frutas,

legumes, verduras e grãos. Nutrien-tes como proteínas, vitaminas, sais minerais e ácidos graxos essenciais são fundamentais para a saúde. A ati-vidade física também. São inúmeras as pesquisas que mostram a impor-tância da atividade física para a saúde. Nossa cultura só não enfatiza que a manutenção de atitudes positivas, re-lacionamentos afetuosos, evitar a rai-va e a hostilidade, também são fun-damentais para a saúde. Isso já está neurologicamente comprovado. Mas não quer dizer que conseguiremos banir os sentimentos negativos. Não é isso! Mas é altamente recomendá-vel que eles não permaneçam em nós por muito tempo, pois causam estresse crônico.

Nossos pensamentos e humores realmente influenciam a saúde física, inclusive os órgãos, o sistema imune, todo o sistema nervoso e as nossas células. Existem conexões diretas cérebro-corpo e corpo-cérebro. O cérebro libera muitas substâncias químicas e impulsos elétricos que podem influenciar a saúde física e, por sua vez, o corpo também libera substâncias químicas e hormônios que influenciam o cérebro. O campo de estudo dessas conexões chama-se psiconeuroimunologia.

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(*) Maria Tereza Carneiro PitaPsicopedagoga e proprietária do Centro de Desenvolvimento da Inteligência – Clínica de Biofeedback e Psicopedagogia

car a ansiedade estresse, permitindo verificar se a mesma encontra-se em um nível aceitável ou danoso.

Assim, devemos exercitar, diaria-mente, nossa mente com pensamen-tos positivos de amor, felicidade, gra-tidão e relaxamento, para que, aliados a uma alimentação saudável e ade-quada atividade física, possamos con-quistar e conservar a saúde que gos-taríamos de ter. No entanto, quando o organismo está em desequilíbrio, é possível utilizarmos diversos tipos de tratamentos e treinamentos para voltarmos ao estado de saúde.

Já existem no mercado, equipa-mentos que monitoram o organis-mo e ensinam a controlar o corpo. Assim, aprendemos a equilibrar nosso metabolismo e temos reações

orgânicas favoráveis, melhoran-do nossa perfor-

mance pessoal e a qualidade de

vida. Essa técnica é

chama-d a

d e

Biofeedback. Por exemplo, para ter-mos certeza que estamos fazendo um exercício de coerência cardíaca (comunicação equilibrada entre o coração, o organismo e o cérebro) corretamente, podemos ser conec-tados a um aparelho de Biofeedback que fará uma música tocar a cada vez que entramos em coerência. Com a repetição podemos, sozinhos, praticar o equilíbrio hormonal em cada um de nós.

Mas a tecnologia vai mais além. Já é possível gravar essa aprendizagem em formato de freqüência das ondas geradas no cérebro, transformá-las em um som e levá-la para casa para ouvir e entrar no estado de saúde, equilíbrio e aprendizagem alcança-dos no consultório.

Esses sons são chamados de indu-tores das ondas do cérebro (IOC). São baseados nas freqüências de ondas emitidas pelo corpo e controladas durante o exercício de Biofeedback. Os cientistas descobriram que essas freqüências podem ser transforma-das em sons (conhecida como bati-mento sonoro biauricular). Ou seja, enquanto você faz o exercício o equi-pamento monitora sua freqüência de onda e a copia em formato MP3. Esses sons especiais, quando ouvidos pelo indivíduo que o gerou, levam o

cérebro ao mesmo estado em que estava quando foi gerado.

As freqüências de ondas do cé-rebro podem ativar neurotransmis-

sores cerebrais como a seratonina, que é um mensageiro químico que aumenta o relaxamento, diminui a dor e promove o bem-estar. Ou ain-da, as catecolaminas que são vitais para a memória e aprendizagem. Ou-tro neurotransmissor que pode ter sua taxa aumentada com o treina-mento específico é a endorfina que pesquisas mostram estar relacionada

com o alívio da dor, o estímulo men-tal para continuar uma tarefa, con-centração, memória e a sensação de bem estar físico-mental. Pesquisado-res da Universidade de Houston nos Estados Unidos usaram o controle de ondas do cérebro para tratar dificul-dades e desordens de aprendizagem.

A junção entre Biofeedback e IOC permite analisar a situação do indiví-duo e determinar os exercícios que devem ser feitos. Esses exercícios são monitorados por computador e ao fi-nal é gerado um IOC. Ao ouvir o indu-tor, em casa, o cliente entra no estado em que foi treinado na clínica conse-guindo performances melhores do que normalmente consegue. Semana a semana os treinamentos continu-am até que o corpo elimine padrões orgânicos inadequados e assimile os novos padrões saudáveis e eficientes.

Com os IOCs é possível adequar o funcionamento orgânico para atingirmos melhores performances. São sons específicos, personaliza-dos, preparados para uma pessoa de acordo com seu funcionamento orgânico atual. Servem para aumen-tar a performance pessoal, melhorar a qualidade de vida e tratamentos contra alguns problemas como de-pressão, insônia, ansiedade, síndro-me do pânico, dificuldade em fazer provas, distúrbios de atenção, difi-culdade de aprendizagem e de me-mória, entre outros.

O melhor de tudo é que esses ser-viços inovadores já estão sendo pres-tados em Brasília.

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ModaDe Andréa Monteiro | Fotos: Cinttia Costa

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ComportamentoPor Poliana Negrão | Fotos: Beto Castanheiro

Atualmente, aqui no Distrito Federal é muito difícil se encontrar alguém que não tenha tido o seu direito de

atravessar na faixa de pedestre respei-tado. Respeito este que costuma deixar moradores e visitantes fascinados. A prática de dar a vez a pedestres, neste mês de abril, está de aniversário. Há 16 anos que o costume do respeito à faixa de pedestre vem mudando o compor-tamento dos motoristas brasilienses.

O direito de proteção ao pedestre encontra-se estabelecido no art. 69 do Código de Trânsito Brasileiro. No dia 1º de abril de 1997, os padrões foram adaptados ao modelo que seguimos até hoje. Cinco anos antes da lei entrar em vigor, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran) já fazia um trabalho socioeducativo para acostu-mar os motoristas sobre a nova con-duta. “Quando as pessoas perguntam por que a faixa deu tão certo aqui em

Brasília, digo que foi pelo trabalho pré-vio de educação”, esclarece o diretor de educação de trânsito do Detran, Mar-celo Granja.

Hoje, no Distrito Federal existem cerca de cinco mil faixas espalhadas pela zona central e cidades satélites. Conforme dados estatísticos do De-tran, Ceilândia é a localidade que tem o maior índice de desrespeito às fai-xas por parte dos motoristas (73%). Já a serrana Sobradinho, dá exemplo de obediência à lei. Noventa e qua-tro (94%) dos condutores páram na faixa assim que avistam um pedestre. O estudante Vitor César, 18 anos, diz que sempre atravessa na faixa, mas que está começando a ter medo. “An-tigamente os carros sempre paravam assim que se fazia sinal, mas agora, principalmente à noite, a realidade está ficando outra”, ressalta.

No ano passado, oito pessoas fo-ram vítimas fatais por atropelamento em faixas. Seis delas, eram idosos. Por isso, este ano, Detran estendeu suas ações e campanhas educativas. Peças teatrais, cursos e palestras estão sendo

SIM.NÓS

PARAMOS!Motoristas do DF continuam sendo reconhecido em vários estados da federação por respeitarem a faixa de pedestre

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levadas a empresas e escolas públicas e privadas. Conforme Marcelo Gran-ja, mensalmente são contabilizadas 78 ações educativas. “É bom saber que a sociedade está procurando obter deta-lhes de seus direitos”, destaca.

O motorista que não parar na faixa de pedestre comete infração gravíssi-ma, com multa no valor de R$ 187,00 e sete pontos na carteira.

Nesse aniversário de 16 anos de instituição do respeito à faixa de pedes-tre, apesar da capital do país continuar sendo referência para muitos outros Estados, conforme Marcelo Granja, os fatores fiscalização e a manutenção da sinalização precisam ser intensificados.

SERVIÇO:Para agendar cursos, palestras e encena-ção de peças teatrais basta ligar para o Detran nos telefones (61) 3901.6970 ou 3901.4067

O motorista deve:

Reduzir a velocidade ao avistar linhas em zigue-zague.

É proibido parar e estacionar ao lon-go da faixa.

Fique atento à área de travessia do pedestre.

Pare sempre que um pedestre estiver na área de sua travessia.

Só prossiga após o pedestre terminar a travessia.

Ao ver um veículo parado, fique aten-to. Alguém pode estar atravessando.

Pedestre:

Procure utilizar a faixa de pedestre sempre.

Sinalize a travessia com a mão.

Atravesse, somente, quando os veí-culos pararem.

Ciclistas:

Desça da bicicleta, sinalize com a mão, e atravesse a faixa empurrando a bicicleta. A mesma regra serve para os skatistas.

Quando as pessoasperguntam

por que a faixa deu tão certo aqui

em Brasília,digo que foi pelotrabalho prévio

de educação

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Por: Redação | Fotos: DivulgaçãoGastronomia

Striker Bowling do Pier 21

Amplia programaçãomusical e lançanovo cardápio

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ServIço

Shopping Pier 21 - SCE/Sul Tr. 2, Conj. 32, Parte CN2 Tel.: (61) 3223-0503Horário de funcionamento:Segundas a sextas-feiras e véspera de feriado: Das 17h à 01h;Sábados, domingos e feriados: Das 14h à 01h

O conceito casual “bowling”, que integra bo-liche, boa mesa e outros tipos de diversão, ganha o reforço de acordes variados. Do ser-

tanejo ao rock, o Striker Pier 21 amplia o repertório de shows que animam um espaço dedicado a harmonizar diversas opções de lazer e gastronomia para os seus clientes e amigos.

Na nova programação do Striker Music, as sextas--feiras e sábados são embaladas por VJs (vídeo jockeys) que agitam as pick-ups com o melhor do som pop e rock nacional e internacional. Juntam-se às pistas de boliche grandes telas de projeção que animam a brincadeira e fa-zem do espaço uma grande pista de dança onde todos são convidados a participarem.

Nas quartas-feiras é a vez de a música sertaneja acompanhar os strikes, que podem valer uma caldereta de chopp se o primeiro pino for vermelho. Para acom-panhar a boa música, toda quarta, um cardápio especial traz o melhor da comida de boteco, sob os cuidados da

Striker Bowling do Pier 21chef Ana Clara, responsável pela criação das combina-ções que chegam enche os olhos.

Entre as novidades do cardápio, ganham destaque os pratos perfeitos para dividir com os amigos e beliscar de-lícias de boteco. O Florentino mistura cubinhos de pro-volone, salaminho ao limão e batatinhas calabresa feita no capricho e que sempre cai bem em qualquer paladar. Já a Porção Mineira é um misto com torresmo, liguiçinha acebolada e aipim frito. Ideal para fazer qualquer um sus-pirar e pedir bis.

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Por: Redação | Fotos: DivulgaçãoMeio Ambiente

O dia 10 de dezembro de 2012 vai marcar a história do Aero-porto Internacional Juscelino

Kubistchek. Foi neste dia que o Consór-cio Inframérica, vencedor do leilão para operar e ampliar o aeroporto, assumiu a operação. E de lá pra cá, mudanças es-tão acontecendo.

Quem circula pelo aeroporto hoje encontra, por exemplo, wi-fi gratuito de alta velocidade; nova sinalização e novo Customer Service; site; aplicativo para IOS e Android; balcão 24 horas com atendimento bilíngue; informa-ções por meio das redes sociais, além de funcionários com tablets integrados

ao sistema de gestão do local. Também são visíveis as inúmeras in-

tervenções de reforma. O piso passou por polimento e toda a estrutura metá-lica vermelha do teto e grades laterais foi pintada de branco, o que deu ao lo-cal mais leveza e iluminação.

As escadas rolantes e elevadores também tiveram atenção nas refor-mas. Os equipamentos passaram por profunda avaliação técnica e manu-tenção. Foram investidos R$450 mil em reposição de peças. Além disso, foi firmado contrato com a Otis para que uma equipe de manutenção esteja no aeroporto para constante manuten-

ção e consertos. Todos os banheiros estão sendo re-

formados e o aeroporto já conta com novos carrinhos de bagagens. As 500 unidades que estavam fora de circu-lação foram reformados e 250 novos foram entregues e outros 750 vão estar à disposição dos usuários ainda neste primeiro semestre do ano. Com isso, o número de carrinhos passou de 2,5 mil para 4 mil.

“Assumir o aeroporto, de acordo com nosso contrato de concessão, sig-nifica fazer reformas, ampliação e ope-ração, ininterruptamente e com segu-rança. Significa, ainda, desenvolver toda

A nova fase do Aeroporto Internacional de BrasíliaLocal começa a ganhar cara nova

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a sua parte comercial, além de projetos e manutenção de todo o sítio aeroportuário. É uma operação com-plexa e precisa. Por-tanto, ser feita com muito planejamento e foco”, resume Antônio Droghetti Neto, dire-tor executivo do Con-sórcio Inframérica.

Até a Copa do Mundo

Até a Copa do Mundo, serão 15 novas pontes de embarque. O núme-ro de fingers vai passar de 13 para 28 e as obras estão a pleno vapor. Em seu plano comercial, sustentado em seus quatro pilares: retailment, varejo, tec-nologia 3.0 e serviços, a Inframérica vai trazer um novo conceito de varejo. O mix de lojas será variado e incluirá centro gastronômico, vestuário, perfu-maria e serviços exclusivos na Sala Vip, como golf cars, fast pass, sala de confe-rências, cabines exclusivas com TV, ser-viço de massagem relaxante, secretaria personalizada, entre outros. Ao o final da concessão, a Inframérica investirá R$ 2,8 bilhões em obras de melhoria e am-pliação. Até a Copa do Mundo de 2014, os investimentos somarão mais de R$ 750 milhões.

Meio Ambiente

Todas as obras de ampliação foram licenciadas junto ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram), o que gerou com-pensações ambientais da ordem de R$ 7,5 milhões de reais. “Estamos aplican-do este valor na modernização e es-truturação de parques ecológicos em Brasília e no plantio de mudas por meio do programa Brasília, Cidade Parque e

do projeto Plante uma Árvore”, explica Antonio Droghetti.

Já foram assinados dois dos três termos de compromisso para esta pri-meira fase das obras do Aeroporto In-ternacional de Brasília, em solenidades com o Governador Agnelo Queiroz. Serão três parques contemplados com os recursos das compensações ambien-tal e florestal: Parque Ecológico Dom Bosco; Parque Ecológico e Vivencial do Riacho Fundo e Parque da Estrutural.

No Parque Ecológico Dom Bosco, estão sendo construídos banheiros; guarita; playground; trilhas ecológicas; praças de convivencia; deck; quiosques de alimentação e souvenirs; circuito de ginástica inteligente; uma capela; a sede administrativa e a total reforma da Er-mida Dom Bosco. .

O Parque da Estrutural receberá a maior parte dos investimentos desta primeira fase. São cerca de R$ 3 milhões para a construção de playground; anfi-teatro; guaritas; pista de bicicross; qua-

dras de areia; sede admi-nistrativa; banheiros; duas quadras poliesportivas e pista de skate.

No Parque Ecológico e Vivencial do Riacho Fun-do será construída uma pista de caminhada com três quilómetros de ex-tensão e uma ciclovia com 1,5 quilômetros. Também estão previstos a constru-ção banheiros; pista oficial de skate; guarita; quadra poliesportiva; quadra de areia; trilhas ecológicas;

praças de convivencia; implantação de viveiro de mudas e a edificação de es-paço para educação ambiental.

Além das ações de compensação ambiental, a Inframérica está detalhan-do seu Sistema de Gestão Socioam-biental, que será divulgado em breve e que vai incluir, por exemplo, a recupe-ração de áreas degradadas existentes no sítio aeroportuário, adequação dos sistemas de drenagem e gerenciamen-to de resíduos sólidos. Do lado social, devem fazer parte a restauração de obras de Athos Bulcão presentes no Aeroporto e espaço para exposições de obras de artistas brasilienses.

Consórcio Inframérica

É composto pelas empresas Infra-vix, controlada pelo Grupo Engevix, e Corporación América, instituição com grande experiência internacional em concessões aeroportuárias. Cada empresa detém participação de 50% no consórcio, o qual entra, por sua vez, com 51% na composição acioná-ria da Sociedade de Propósito Espe-cífico (SPE), criada para operar, refor-mar e ampliar o aeroporto de Brasília. Conforme determina o Contrato de Concessão, a Infraero é sócia da SPE, com 49%.

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Jornalista Aprendiz

Eles estão nas calçadas, nos co-mércios, embaixo de prédios, nos matagais entre as quadras, nos

estacionamentos, nos semáforos da cidade. Alguns vivem embaixo de lonas, pedaços de madeira, ou de um simples cobertor. Do que mais sentem falta, além da comida, é de um abrigo e de conforto. Cada pessoa que mora na rua tem sua história, seu sonho, seu anseio. A vivência diária nesse ambiente traz diversas implicações. Além das rela-ções cultivadas fora da rua, é por meio do contato entre eles que afinidades e companheirismo são criados.

A perspectiva de mudança está aquém de suas vontades. Grande par-te das pessoas que passam todos os dias por eles sem nem ao menos no-tarem, não sabem que são atores de uma forma de exclusão social. Passam despercebidos. São observados não mais que por três segundos. A correria e os afazeres do dia-a-dia não permi-tem tal percepção.

As expressões desgastadas e os olhares frágeis trazem face à exclusão da sociedade. Entretanto, há de se anali-sar com cuidado ao afirmar que os mo-radores de rua não possuem relações de afeto. Dizer isso é preconceito. É o que considera a socióloga Maria Salete. “Evidentemente que eles têm relações de afeto. Só que como já passaram por

situações desgastantes na vida para es-tarem na rua, eles têm um olhar mais duro na sociedade”.

A psicóloga e também educadora social Sandra Margareth faz uma res-salva. “Se você for pensar em termos dimensionais, qual é o limite da rua?” Segundo ela, a rua é um espaço sem limites, tanto em termos de dimensão quanto no campo do que se pode fazer. Por mais que haja vigilância na cidade, o território é grande. O que impossibilita o controle total da ordem. De acordo com o que foi apurado, o que mais os moradores de rua valorizam é a inde-pendência e a sensação de sentir-se li-vre. Jaílson mora na rua há três anos e conta que a melhor coisa que a rua lhe deu foi a liberdade. “Posso ir pra qual-quer lugar que eu quiser”, diz.

Por ser a capital do país e ser conhe-cida pelas amplas oportunidades de trabalho, habitantes de outros estados migram para Brasília com a expectativa de ter uma vida melhor, com emprego assegurado, casa, educação e saúde. Entretanto, empregadores procuram mão-de-obra qualificada e a competi-ção é acirrada. Não são todos que vêm preparados ou possuem um histórico rico de estudos. É uma batalha encon-trar um emprego para se manter.

Em recente estudo realizado pela Universidade de Brasília (UnB) e finan-

ciada pela Fundação de Amparo à Pes-quisa (FAP/DF), foram contabilizados 2.512 pessoas morando na rua no Dis-trito Federal, sendo 1972 adultos e 540 crianças e adolescentes. A socióloga Maria Salete, coordenadora do proje-to Renovando a Cidadania, ressalta que é complicado inferir a quantidade exata da população de rua do Distrito Fede-ral pelo fato de cada dia eles estarem em um lugar. “Eles tem uma tendência de percorrer o território da cidade em busca de uma situação onde possam arrumar algo para sobreviver”, explica.

Ver a rua, estar na rua, viver a rua

As trajetórias e experiências en-contradas na rua são de um repertório bastante diversificado. Há pessoas de todas as idades, raças, culturas e cada uma com a sua história para contar. São verdadeiros narradores de sentimen-tos, que compartilham suas vivências sobre lugares e pessoas. É interessante observar como essa população convive com a realidade de morar em um espa-ço público.

A psicóloga Sandra afirma que exis-te um incômodo por parte da socieda-de ao vê-los morando nas ruas. Tem essa dificuldade de olhar pois traz a visi-bilidade da exclusão social. Mas há de se destacar as relações que são criadas por

O afetodas ruas

Morador de rua tem história, sonho e anseio

ANDRÉ LUIZ CARVALHO*

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quem está nas ruas. “A rua acaba pro-movendo o cuidado entre as pesso-as. Esse cuidado é uma expressão de afeto se manifestando. Tem um lado integrador também”, destaca.

De acordo com a socióloga Maria Salete, por mais que muitos briguem entre si, seja por conta de território, por estarem alcoolizados ou sob efei-to de drogas, existem situações de aproximação. “Eles acabam se iden-tificando em momentos de conflito contra quem não é igual a eles”, afir-ma. Nas ocasiões de maus-tratos por parte de policiais, por exemplo – o que mais é reportado por eles quan-do o assunto é discriminação. “Nessa hora, percebe-se que há uma união no sentido da identidade do grupo. Uma relação de afinidade é gerada, e que depois se transformará em compa-nheirismo”, completa a socióloga.

A socióloga ainda observa que o fato de crianças nascerem nas ruas e continuarem a viver nesse espaço é

indicador claro de que as relações afeti-vas criadas nesse ambiente têm se per-petuado. “Esse vínculo de afeto gerado nas ruas entre o homem e a mulher às vezes acontece, mas é temporário. Com isso, percebe-se que, além da carência econômica, existe também a carência afetiva”, conclui.

A convivência nas ruas produz uma vasta troca de experiências entre os in-divíduos e a criação de ligações não só entre eles, como também com o pró-prio espaço. “O vínculo com a rua tem uma carga de afeto. Existe uma relação na organização da sua vida e na sua or-ganização afetiva com aquele espaço e com as outras pessoas que vivem ali”, as-sinala a psicóloga. Raimundo Silva, “mais de 60 anos”, considera a rua uma “doen-ça de difícil cura”. Nascido no Maranhão, saiu de casa com o intuito de fugir da violência doméstica que sofria dos pais. Com os olhos atentos, garante: “Vivo

com dez reais por mês. É fácil, aqui se vive sem sustento”.

A retomada do projeto de vida fora da rua é um caminho longo a ser percorrido. Além de contar com muita determinação, obstáculos não faltam. José Soares, 34 anos, largou o vício do álcool e conseguiu um trabalho graças a ajuda da sua madrinha de crisma. “Es-tou sem beber há 2 anos”, diz orgulho-so. Ele cuida do jardim e limpa o quintal de uma casa na Asa Norte. A assistên-cia da madrinha tem sido fundamental para sua recuperação. Conforme a psi-cóloga Sandra, antes de tudo, para po-der mudar a ótica que se tem da vida é preciso que a própria pessoa mude. “O principal sentimento que ela tem que ter é o de auto-afeto”.

*André Luiz CarvalhoÉ estudante do 30 semestre de jornalismo do IESB

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CulturaPor: Assessoria do CCBB | Fotos: Divulgação

Abraham Palatnik sabe muito bem o que é não se en-quadrar em nenhuma das sete artes conhecidas. No início da carreira, em um momento da vida em que

as inspirações vinham de fora para dentro, Palatnik fez pintu-ra figurativa, retratando paisagens, pessoas e natureza morta. A forma como enxergava arte mudou completamente quan-do visitou o Hospital Psiquiátrico Dom Pedro II, no Engenho de Dentro, Rio de Janeiro, levado pelo amigo Almir Mavignier, orientador do ateliê de pintura e modelagem da instituição. Quando se deparou com as obras dos pacientes esquizofrê-nicos, com inspirações vinda dos lugares mais profundos do inconsciente, percebeu que a arte era algo muito além do que conhecia até então. A exposição, com início em 23 de abril, poderá ser visitada até 14 de julho, no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (CCBB), em estreia nacional da retrospectiva com aproximadamente 90 obras do artista.

O episódio no hospital psiquiátrico, ocorrido em 1948, quando o jovem Palatnik tinha 20 anos, levou-o a refletir sobre como pessoas que nunca tiveram acesso a uma escola de pintura faziam obras tão densas. “Eu achava que era um artista formado, então resolvi começar de novo. A disciplina escolar já não me servia para mais nada”, reflete o artista, que estará em Brasília para a abertura da exposição. A partir desse momento, com os pinceis deixados de lado e a luz como foco de interesse, o artista aderiu a uma corrente da qual é pionei-ro: a Arte Cinética.

Esta será a maior mostra totalmente dedicada a Abraham Palatnik. Obras nunca antes expostas vão poder ser vistas

ExposiçãoAbraham Palatnik Pioneiro na arte cinética, o artista brasileiro mistura tecnologia e estética em suas criações, utilizando movimento, luz e tempo principais instrumentos de trabalho

pelo público de Brasília. Algumas das peças ainda estão em produção e vão compor o acervo como forma de aproximar a população do artista, bem como inseri-la no processo cria-tivo. Assim, os visitantes vão conhecer importantes criações para a arte cinética, como o interior de um Aparelho Cine-cromático, uma espécie de superfície luminosa que tem a luz como matéria prima. O público também vai poder entender como se monta um Objeto Cinético, o que ressalta o caráter artesanal de Palatnik. Um desses objetos, com mais de três metros de altura e dois de largura, ainda em fase de produ-ção, se destaca pelas proporções e demonstra a versatilidade em trabalhar com materiais em diferentes tamanhos e pro-duzir objetos nos mais diferentes formatos. Os Objetos Ci-néticos não pretendem substituir a escultura tradicional por alguma espécie de balé mecânico ao mesmo tempo em que não renunciaram à característica essencial e distintiva da es-cultura: a construção do espaço.

A obra de Palatnik cria uma forma no espaço pelo movi-mento, além de confundir e ampliar as fronteiras entre pintu-ra e escultura. Os trabalhos que compõem a exposição vêm de coleções brasileiras, que inclui as do Museu de Arte Mo-derna de São Paulo e do Rio de Janeiro, coleções particulares, além de obras do atelier do próprio artista.

Abraham Palatnik: o cientista das artes

Os rumos que levaram Palatnik a trilhar um caminho al-

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ternativo e criar algo novo se misturam com sua história de vida. Nasceu em Natal (RN), no ano de 1928, filho de judeus russos. Em 1932, mudou-se para a cidade de Tel Aviv em Israel e, entre 1942 e 1945, fre-quentou a Escola Técnica de Montefiori, onde se especiali-zou em motores de explosão. Todo aquele conhecimento tecnológico adquirido teria aplicações que iriam além de consertar válvulas de motores ou carburadores quebrados. A partir de seus estudos sobre psicologia da forma e ciber-nética, chegou à conclusão de que o artista não deve estar fadado somente à pintura, desenho, gravura ou escultura. E com essa constatação, começou seus estudos sobre luz e movimento que deram origem aos Aparelhos Cinecromáti-cos e aos Objetos Cinéticos, fazendo dele um dos pioneiros da arte tecnológica no mundo.

As correntes artísticas do fim da década de 40 não exer-ceram muita influência sobre Abraham Palatnik. Assim que retornou ao Brasil, pouco tempo depois do fim da 2º Guerra Mundial, em 1947, e instalou seu estúdio na casa de um tio, no bairro de Botafogo (RJ) Palatnik passou por uma situação inusitada e teve que dar explicações à polícia por denúncia

de um vizinho. “Eu estava me-xendo com lu-zes e arames. Ele achou que eu era um ter-rorista”, brinca. O objeto, na verdade, era um dos Aparelhos Cinecromáticos.

“Me deu essa ideia de fazer alguma coisa em movimen-to, ainda era com cilindros, umas polias e uma série de artifícios. As ligações eram feitas com barbante, por-que eu queria experimen-tar, mas também sabia que não poderia finalizar com esse material. E o vizinho, com uma luneta, de vez em quando olhava para o quar-to. Estranhou o que eu fazia e resolveu chamar a polícia”, completa.

A ideia de se trabalhar com a luz surgiu porque

frequentemente era obrigado a utilizar velas quando falta-va eletricidade em seu estúdio. “Logo depois comprei umas lâmpadas.Comecei a ver as sombras e a luz vencendo obstá-culos. E a atividade foi se desenvolvendo. Isso me deu muita energia para prosseguir. Fiz um ‘trambolho’ enorme com lâmpadas colocadas em cilindros que giravam. Usava celofa-ne colorido para mascarar algumas partes do cilindro, como também conseguia realizar movimentos horizontais e verti-cais”, relata ele.

O uso que Palatnik faz da tecnologia e suas possibilida-des inovadoras imprime em sua arte grande potencialidade poética. Sua originalidade fez com que não somente a classe artística, mas júri especializado direcionasse atenção e sur-presa para seu trabalho. Durante a I Bienal de São Paulo, em 1951, a comissão internacional de premiação se viu diante de um impasse ao qualificar o Aparelho Cinecromático “Azul e roxo em seu primeiro movimento”. Não era uma escultura, também não era uma pintura. Era algo que não poderia ser qualificado em nenhuma das categorias da bienal. A solução para reconhecer aquele trabalho tão original e inovador era dar a ele uma menção honrosa.

FICHA TÉCNICA:Curadoria: Pieter Tjabbes e Felipe ScovinoCoordenação geral: Art UnlimitedCenografia: George Mills

ServIço:Galeria IDe 23 de abril a 14 de julho/ Terça a domingo, das 9h às 21hEntrada franca – Classificação Livre

Abraham Palatnik - Objeto Cinético C-08, 1968-2000 - foto Ed.jpg

Abraham Palatnik - Objeto Cinético, 2000

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Música

Exposição Movie-se A fantasia, o sonho e a tecnologia da animação serão apresentadas em Mo-

vie-se, uma exposição que traz um panorama dos 150 anos desse tipo de produção cinematográfica.

Crianças e adultos vão se encantar com a mostra que exibe, desde os primei-ros projetos ligados à imagem em movimento, até a recente produção criativa de estúdios e filmes experimentais. De Fleicher a Walt Disney, de Hanna-Barbera a Aardman e de Ghibli a Pixar, a exposição é dividida em sete seções temáticas: Apa-rições, Personagens Super-humanos, Fábulas, Fragmentos, Estruturas e Visões.

Serviço Galerias II, Pavilhão I e Vão Central De 30 de abril a 07 de julho de Terça a domingo, das 9h às 21h

Ocupação Artística Espaço Entre – Nada se Move O projeto Espaço Entre finaliza suas atividades com a exposição “No singular.

Nada se Move”, que dá prosseguimento ao diálogo estabelecido entre Manoel de Barros e Samuel Beckett, proposto por Adriano e Fernando Guimarães. Comple-mentam as atividades um ciclo de performances que se propõe a discutir a relação entre palavra e imagem, uma série de oficinas e um colóquio de encerramento.

Performances dias 11, 12, 18 e 19 de maio, com Coletivo Irmãos Guimarães e atores convidados.

Oficinas dias 2 a 4, 7 a 9, 14 a 16, 21 a 23 e 25 de maio.

Serviço Galerias III - Até 26 de maio/ Terça a domingo, das 9h às 21h

Teatro - Translunar Paradise A montagem leva o espectador a uma tocante viagem pela vida, morte e

amor eterno através da história, baseada em um conto irlandês, de um homem que é confrontado com a solidão da perda. Seus sentimentos de dor e amor – complexos e conflituosos – são mostrados em cena sem uma única palavra. Três elementos poéticos os alinham: a linguagem corporal dos três atores, a música de um acordeom tocado ao vivo e máscaras que, usadas pelos personagens, marcam as passagens de tempo entre juventude e velhice.

Serviço Teatro I Até 05 de maio / Quinta a domingo às 21h Entrada: R$ 6,00 (inteira), R$ 3,00 (meia) – 14 anos

Inventários – o que eu guardei pra você Por que a vida real, com sua complexidade, muitas vezes é capaz de provocar

mais interesse do que a ficção? Inventários – o que eu guardei pra você apresenta, pela primeira vez no Brasil, uma das mais conhecidas obras do dramaturgo francês Philippe Minyana. A peça propõe um jogo para o qual são convidadas três mulhe-

res. Elas deverão desnudar seu interior diante de todos. Aos poucos, os espectado-res percebem que nada é exatamente como aparenta. Direção de Guilherme Reis, com Adriana Lodi, Bidô Galvão, Carmem Moretzsohn e William Ferreira. Trilha sonora original de André Abujamara.

Serviço Teatro II De 03 a 25 de maio / quinta a sábado às 19h30; domingo às 18h30 Entrada: R$ 6,00 (inteira), R$ 3,00 (meia) – 14 anos

Cinema - 12a Mostra do Filme Livre A mostra exibe o audiovisual independente brasileiro em sua representação

mais original e ousada, sempre destacando filmes que fujam do lugar comum, entre curtas, média e longa, de todos os gêneros, formatos e feitos em qualquer época. Além da exibição de mais de 230 filmes de todo o Brasil, a mostra promove debates, sessões comentadas, uma retrospectiva do cineasta homenageado, Carlos Alberto Prates, além de uma oficina de efeitos especiais.

Serviço: Cinema e Pavilhão II De 07 a 26 de maio/ Terça a domingo

Cinema Contemporâneo Húngaro - Geração Praça Moscou A obra lança um olhar sobre a nova produção cinematográfica da Hungria, da

qual “Praça Moscou” é um dos filmes precursores. O termo Geração Praça Mos-cou foi utilizado pela crítica para desenhar esse conjunto de jovens cineastas que estiveram presentes no Festival de Cannes de 2010, quando pode-se observar uma forte representatividade do cinema húngaro. Suas obras têm circulado nos princi-pais festivais internacionais, apresentando um olhar característico da geração pós--comunista do Leste Europeu.

Serviço: Cinema De 28 de maio a 09 de junho/ Terça a domingo

Festival de Cinema Europeu A relação entre indivíduo e Estado, a luta pelos direitos dos cidadãos, as respon-

sabilidades do homem contemporâneo e a busca pela felicidade são temas explo-rados pelo Festival que, em 2013, celebra o Ano dos Cidadãos Europeus. Ao todo, serão exibidos 15 filmes produzidos pelos países-membros da União Européia: Ale-manha, Áustria, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, França, Hungria, Irlanda, Países Baixos, Polônia, Portugal, República Tcheca e Suécia. A curadoria da mostra é do professor e cineasta Sérgio Moriconi, com coordenação da Embaixada da Irlanda.

Serviço: Cinema Até 05 de maio/ Terça a domingo

Programação Cutural do CCBBMaio 2013

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BOHUMIL MED*Música

Muito se fala sobre a diferença entre música erudita e popular, música séria e ligeira, música elaborada e improvisada, ou mú-sica longa e curta. Há quem defenda que nem uma dessas di-

ferenças é importante. Só há música boa, ou ruim. Música que se gosta, ou não. Porém, uma diferença é incontestável. Certos compositores são tocados, há séculos, e outros mal sobrevivem a uma temporada.

Entre os autores, cujas obras se caracterizam pela longevidade, algumas efemérides serão comemoradas este ano. Destacamos duas: 200 anos de Richard Wagner, nascido em 22 de maio de 1813, e 180 anos de Johannes Brahms, nascido em 7 de maio de 1833. Ambos da Alemanha, praticamente contemporâneos e de compor-tamento tipicamente alemão, mostram, porém, particularidades muito diferentes do ponto de vista musical. Nesse aspecto, o que os une é o estilo romântico que caracteriza suas obras. Brahms com-pôs sinfonias (4), aberturas, serenatas, réquiem (o famoso Réquiem Alemão), obras para coro e orquestra e para coro a capela, concertos sinfônicos para piano e para violino, peças camerísticas, músicas para órgão e grande número de canções eruditas classificadas como lied. Para completar o já fantástico catálogo faltou-lhe escrever pelo me-nos uma ópera, gênero que, infelizmente, não era sua praia.

Mas era a praia de Richard Wagner. Ele nadava a largas bra-çadas nessas águas. Concentrou seu talento e esforços no canto lírico. As poucas obras orquestrais de sua autoria – uma sinfonia, 8 aberturas, algumas canções e peças para piano – raramente apare-cem nos programas de concertos. A glória de Wagner são as ópe-ras. As mais famosas são Tannhäuser, Lohengrin, Tristão e Isolda, Os Mestres Cantores de Nuremberg, Parsifal e o ciclo de quatro óperas chamado O Anel dos Nibelungos, que inclui O Ouro do Reno, A Valquíria, Sigfried e Crepúsculo dos Deuses. Inspirando-se em simbolismos e na mitologia alemã, Wagner deu à ópera nova concepção em forma de drama com conteúdo significativo, em

que o texto, o cenário, a ação visível e a música criam uma simbiose harmonizada de todas as artes presentes numa ópera.

Comparando esses dois gênios da música romântica, encon-tramos mais diferenças do que semelhanças. Enquanto Brahms foi mais conservador, quase neoclássico, Wagner foi inovador, criador de inusitadas harmonias e, indiretamente, incentivador da evolu-ção tonal dos seus sucessores. As sinfonias de Brahms não duram mais do que uma hora, já o ciclo O Anel dos Nibelungos, por exem-plo, dura tanto que é apresentado em vários dias seguidos. Brahms se contentava com as formas e os instrumentos musicais tradicio-nais. Wagner chegou a criar e mandar construir novos instrumen-tos – chamados tubas de Wagner –, para incrementar o timbre das composições. Brahms escrevia para orquestra de tamanho tradicional e Wagner precisou de mais instrumentistas. Exemplo: 8 trompas, em vez das 4 habituais.

Na vida particular, Brahms nunca se casou e sempre foi bem comportado. Já Wagner teve vários casos extraconjugais e até se-duziu a mulher do melhor amigo, com a qual se casou mais tarde. As estreias das obras de Brahms eram muito prestigiadas. Mas as de Wagner, superconcorridas, atraiam até reis. Brahms se conten-tava com teatros e salas de concertos disponíveis. Wagner mandou construir um teatro só para a apresentação das suas óperas.

A posterioridade julga os artistas, cultuando uns e esquecendo outros. Brahms e Wagner, apesar das diferenças, passaram nesse julgamento e são venerados e, principalmente, muito tocados até hoje, endossando o primeiro parágrafo: Certos compositores são tocados, há séculos, e outros mal sobrevivem a uma temporada.

* Bohumil Med Pprofessor emérito da Universidade de Brasília

Com a colaboração de Regina Ivete Lopes

WAGNERBRAHMSversus

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CodidianoPor: Poliana Negrão | Fotos: Alfredo Veiga

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Já foi o tempo em que a falta de segurança era notí-cia recorrente e mais comum nas cidades satélites do Distrito Federal. Hoje, as práticas criminosas não tem

endereço certo. Estão por todos os lugares do mundo. Na capital do país não está sendo diferente.

Bairros nobres como o Plano Piloto e os Lagos Sul e Norte, conforme dados da Secretaria de Segurança Públi-ca do DF (SSP), lideram o ranking na preferência dos ban-didos para a prática de roubo com restrição de liberdade da vítima, popularmente conhecido como sequestro re-lâmpago. Conforme o mesmo levantamento, os principais pontos de ação e ataques são estacionamentos comerciais e residenciais; academias e boates.

No ano passado, mais especificamente no mês de abril, a Polícia Militar do DF, numa greve branca, desen-cadearam uma operação tartaruga que permaneceu por um bom tempo e que só atendeu a casos emergenciais. Com isto, a bandidagem aproveitou para fazer festa. Os números de atos criminosos aumentaram consideravel-mente, o que deixou a população de todo o DF e Entor-

PAREPENSE EOLHESecretaria de Segurança garante que os sequestros relâmpagos estão diminuído no DF e alerta

quanto a prevenção

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no, em estado de alerta. Com a situação caótica que se instaurou na época, o governador do DF Agnelo Queiroz (PT), substituiu as chefias da Secretaria de Segurança e do Batalhão da Polícia Militar, com a ordem de dar o basta na situação que ora se instalava.

Os números revelam que a medida deu certo. Um ano depois, as ocorrências de roubo tiveram redução de 41%. Entre janeiro e março de 2013, foram registrados 158 casos, contra 207 na mesma época do ano. “Temos que orientar a população e intensificar as operações policiais. Assim, po-demos diminuir mais ainda estes índices”, explica o secretá-rio adjunto de Segurança Pública, Jooziel Freire.

Ao intensificar o policiamento por meio do programa Ação Pela Vida que consiste na integração entre as policias civil, militar, Corpo de Bombeiros e Detran, a secretaria de segurança conseguiu constatar que 80% dos crimes cometidos são com o objetivo de roubar os carros das vítimas, principalmente os populares, como o Fiat Uno, Pálio, Gol e Fiesta, principalmente. Com base nos horários e locais das ocorrências, a policia conseguiu fazer, só no

mês de março deste ano se fez mais presente, e conseguiu prender 18 bandidos e recuperar 21 veículos, dos 35 que foram roubados. De acordo com a secretaria, 50% das ví-timas de sequestro relâmpago estavam sozinhas no mo-mento do crime.

O levantamento realizado pela secretaria de Segurança Pública, segundo o seu secretário adjunto, Jooziel Freire revelou também que nos crimes de restrição de liberdade, 69% das vítimas são homens com idade entre 30 e 50 anos, e que 52% das ocorrências foram registradas no turno da noite, entre 18h e 0h. Outro dado revelado pela pesquisa é de que 83% dos infratores são maiores de idade.

Jooziel Freire assegura que ninguém está livre da ação de criminosos e que, no caso específico de sequestro re-lâmpago, convém se evitar estacionar o carro em locais ermos e mal iluminados. Antes de adentrar ao veículo, o aconselhável é a certificação de que não existe nenhuma pessoa estranha nas imediações e de que não fique parado no automóvel por muito tempo, quer procurando alguma coisa na bolsa ou ao celular, por exemplo.

Jooziel Freire diz que prevenção é fundamental

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Nas últimas semanas, muito se tem discutido sobre a Proposta de Emenda à Constituição, a chamada “PEC das Domésticas”, que amplia os benefícios dos trabalhadores domésticos.

De acordo com a referida alteração constitucional, os trabalhadores domésticos, aí incluídos as empregadas, babás, cuidadores de idosos, motoristas e caseiros, terão ga-

rantido alguns benefícios que antes somente o trabalhador comum regido pela Consoli-dação da Leis do Trabalho (CLT) possuía, tais como, direito ao FGTS, controle de jornada

de trabalho, esta fixada em 44 horas semanais, hora extra, salário família, adicional noturno, seguro-desemprego, etc.

A referida Emenda foi promulgada no dia 02 de abril de 2013, passando a valer as regras que não dependem de regulamentação, como por exemplo, a garantia da remuneração de no mínimo

um salário mínimo, sendo que o pagamento não pode ser feito com atraso, a jornada de trabalho de 44 horas semanais, o controle da jornada de trabalho e o pagamento de horas extras, que são situações em

que o empregador tem que aplicar desde já.Para o cumprimento das novas regras é importante que os empregadores façam um contrato com sua

(seu) empregada (o) descrevendo a carga horária a ser cumprida, já que esta informação não vem anotada na Carteira Profissional, bem como providencie uma forma de controlar a jornada de trabalho para evitar o pagamento de horas extras.

O controle da jornada pode ser realizado tanto por meio eletrônico como manualmente. Para o contro-le eletrônico, o empregador deverá comprar um aparelho de ponto e instalar em sua residência. Já o ponto manual as pessoas tem mais fácil acesso e é mais barato, pois basta fazer um controle no computador e imprimir, ou comprar um caderno de ponto em papelarias.

O importante no controle da jornada é que a anotação seja feita diariamente pela (o) empregada (o),

CidadaniaPor: Sueny Almeida de Medeiros*

Domésticas

Simples das

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e que a anotação seja real, colocando a hora de entrada e saída, bem como a do intervalo para refeição.

Em que pese a regulamentação ser necessária para esta classe de trabalhadores, é sabido que tais mudanças irão gerar um au-mento significativo para os empregadores, pois há de se levar em consideração que os mesmos são pessoas físicas, que não tem lucro com a prestação de serviços de seus empregados.

Por tal razão, muitos empregadores estão preocupados em como poderão atenuar o impacto das novas regras em seu or-çamento sem gerar a demissão. Preocupados com o impacto na nova lei para os empregadores tem-se falado que os Parlamen-tares irão propor algumas mudanças no recolhimento de contri-buições e verificar a possibilidade de deduzir o valor pago pela remuneração do empregado doméstico no Imposto de Renda. Para isso, foi criada uma Comissão Mista do Congresso Nacio-nal para regulamentar os direitos que não tem vigência imediata como, por exemplo, o FGTS e o seguro desemprego.

Outra ideia que surgiu é a criação de uma espécie de “Simples das Domésticas”. Ou seja, uma forma de simplificar o pagamento da contribuição do INSS que hoje tem uma alíquota de 20%. Sen-do 12% sobre o salário para o empregador e de 8% para o empre-gado, bem como do FGTS que é de 8%. Na proposta do “Simples das Domésticas”, há a previsão de diminuição da alíquota do INSS para 14%. Sendo 7% para o empregador e 7% para o empregado.

Partindo da mesma premissa do Simples Nacional ou Super Simples, que trata-se de um modelo simplificado para arreca-dação, cobrança e fiscalização de tributos para microempresas e empresas de pequeno porte, o “Simples das Domésticas” visa facilitar a vida do empregador doméstico, a fim de que este possa fazer o recolhimento de todas as contribuições de uma só vez, de forma simplificada, rápida e se tudo der certo, mais barata.

A idéia é que o empregador faça um cadastro no site que ain-da será definido pelo governo, incluindo os dados do empregador e do empregado, e a partir da informação do salário pago ao em-pregado, emita um boleto único para pagamento do INSS e FGTS.

Há ainda especulação no sentido de incluir no referido bole-to, a contribuição previdenciária de seguro acidente de trabalho, que também é recolhida pelo empregador de acordo com o nível de risco que se encaixará cada atividade doméstica, sendo que nos casos dos trabalhadores urbanos as alíquotas são de 1% para risco leve, 2% para risco médio e 3% para risco grave, estando em discussão se as alíquotas serão as mesmas e se o recolhimento ficará a cargo do empregador.

O fato é que o assunto é polêmico e merece ainda muita discus-são, pois do contrário o principal prejudicado poderá ser o próprio empregado doméstico que esperou por tantos anos a regulamen-tação de sua profissão e agora poderá sofrer com o desemprego.

* Sueny Almeida de Medeiros Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho da Veloso de Melo Advogados

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PLANO BRASÍLIA 70

Sou fascinado por surfe. Não que eu pratique o esporte. Longe disso. Estive sobre uma prancha apenas uma vez e foi a experiência de quase morte mais real que vivi. Eu

estava com amigos no Recreio dos Bandeirantes, num dia de suave ressaca. Era o único ‘virgem’ da turma. Mas, como qual-quer adolescente desafiado, encarei a parada. Já na primeira sequência de ondas, Thanatos apareceu para mim com sua estampa ameaçadora. Eu ainda tentava me equilibrar, quan-do fui engolido por seu manto azul. No lugar da foice, ele em-punhava um aspirador que dragava sem dó todo meu ar. Até hoje não sei como cheguei respirando na areia. O negócio foi sério. Apesar do incidente, continuei apaixonado pelo surfe e consumo todo tipo de informação sobre o assunto. Gosto do estilo. Do contato com a natureza. Da dualidade paz e adre-nalina. Da mistura de técnica com sensibilidade. Dos momen-tos de contemplação.

Fiz do surfe uma metáfora de vida. E, desde então, tenho dedicado grande parte do meu tempo a encontrar a onda perfeita. Comecei por procurar a minha praia. A fartura de opções dificultou bastante o trabalho. Fui da engenharia elé-trica ao direito, passando pelas letras. Só sosseguei um pouco quando me deparei com o mar da comunicação e do marke-ting. Surfei no jornalismo, no cinema, nas ondas do rádio e na publicidade. Cada experiência tinha o seu encanto e todas me proporcionaram enorme prazer. Mas foi na pouco explo-rada praia do live marketing que ergui meu bangalô, ao criar a Fermento Promo. Desde a primeira vez que remei por suas águas verde-azuladas e superei a arrebentação, ficou claro que eu encontraria ali a onda da minha vida. E a cada swell, minha percepção convertia-se mais e mais em realidade.

No universo do surfe, tenho especial apreço pelas compe-tições. Ao longo da minha busca, desenvolvi um certo apego por regras e critérios. Não porque eu me sinta desconfortável com a liberdade. Não é isso. O que me atrai é o desafio de

QUAL A SUAONDA?

fazer o melhor dentro de determinados limites. De esgotar as possibilidades até que a única opção restante seja ampliar as bordas. Ademais, sempre fui um bocado competitivo. O live marketing reúne todas essas características. Com ele, reedi-tei minha queda pelo imponderável. Pelo medo controlado de viver ao sabor dos ventos e das marés. De ter uma rotina, embora desregrada, intensa e repleta de novidades. De viver uma dinâmica de tentativas, erros e acertos. De passar por experiências memoráveis e poder reeditá-las sob novos con-ceitos. De correr riscos.

A onda perfeita é resultado de um equilíbrio delicado. Ela nasce e toma forma a partir da combinação, aparentemen-te aleatória, de inúmeros fatores. Trata-se de um evento de ocorrência rara. Se a sorte o colocar de frente para uma de-las, não a deixe passar. A propósito, mantenha-se em forma e bem preparado. De nada adianta uma forcinha do acaso, se você não estiver pronto para o ride. É necessário enfrentar muita marola e tomar milhares de caldos, sem esmorecer, para curtir a onda perfeita. Mas, acredite, cada átimo de se-gundo vale a pena. Aplicado à vida, o surfe é o caminho e a onda perfeito, o ponto final. Na verdade, um final que nunca vai chegar. Sim, porque quando ele aparece a gente continua em frente na expectativa de que uma onda ainda mais per-feita surja no horizonte.

E você, já encontrou a sua praia? Qual a sua onda?

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Livro: La BodegaAutor: Noah GordonEditora: RoccoCategoria: Literatura estrangeira / Romance

Ambientando na Espanha nos anos 1870, La Bodega conta a his-tória do jovem sonhador Josep, que sai da casa da família em bus-ca de melhorar de vida e, tempos depois, retorna para recuperar as terras do pai já falecido e transfor-má-las em uma produtiva vinícola.

Livro: Médico de Homens e de Almas Autor: Taylor CaldwellEditora: RecordCategoria: Literatura Estrangeira / Romance

O livro tem um viés religioso e reflexivo. Trata da história de Lu-cano, o apóstolo São Lucas, que era médico - por isso o nome do livro. A publicação retrata a vida desse homem que conviveu com a maior personalidade da história do mundo, Jesus Cristo, relatando momentos emblemáticos da vida do discípulo. É uma história muito sensível e filosófica.

Livro: Amor LíquidoAutor: Bauman, ZygmuntEditora: ZaharCategoria: Ciências Humanas e So-ciais / Sociologia

O autor procura investigar neste livro, porque as relações humanas estão cada vez mais flexíveis, ge-rando níveis de insegurança que aumentam a cada dia. A priori-dade são os relacionamentos em “redes”, que podem ser tecidas ou desmanchadas com igual facilida-de. Sem nenhum contato além do virtual, faz com que não saibamos mais manter laços a longo prazo.

Livro: Fora de mimAutor: Medeiros, MarthaEditora: ObjetivaCategoria: Literatura Nacional / Romance

“Fora de Mim” é um livro sobre amor, paixão e, principalmente, sobre o aspecto cíclico dos rela-cionamentos. Uma história irôni-ca e bem-humorada sobre uma mulher que enfrenta o fim de seu casamento arrastado em plena crise dos 40. A escritora mergulha na esfera feminina ao relatar emo-ções desencadeadas com a morte de um sentimento, comparada por ela a um acidente de avião.

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NUNCA SE TRABALHOUTANTO NO DF.

Segundo Pesquisa de Emprego e Desemprego - DIEESE/CODEPLAN, em apenas 2 anos, 100 mil novos empregos foram criados no Distrito Federal. Mais que um recorde, uma conquista que aquece a economia, melhora os serviços públicos e a qualidade de vida das pessoas. Só na saúde pública foram oito mil servidores contratados, além de milhares de vagas geradas em obras como a construção do Túnel de Taguatinga e os corredores exclusivos para ônibus BRT no Eixo Sul, Oeste e na DF-047, dentre outras. E com o programa Acelera DF, o Governo vai investir quase R$ 2 bilhões em 184 obras de infraestrutura da cidade, dinamizando a economia e ampliando ainda mais a oferta de empregos.

MAIS OPORTUNIDADES, MENOS DESEMPREGO, MAIS RENDA PARA A POPULAÇÃO.UM CICLO DE CRESCIMENTO QUE TEM TUDO PRA AVANÇAR.

É ASSIM QUE O GDF CHEGA JUNTO PARA A VIDA MELHORAR.

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Frases“A criação de Brasília, a interiorização do governo, foi um ato democrático e irretratável de ocupação efetiva do nosso va-zio territorial”

Juscelino Kubitschek

“Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento”

Machado de Assis

“Brasília é a manifestação inequívoca de fé na capacidade realizadora dos brasileiros, triunfo de espírito pioneiro, prova de confiança na grandeza deste país, ruptura completa com a rotina e o compromisso”

Juscelino Kubitschek

“Nós começávamos a imaginar quando é que Brasília iria sur-gir. De repente, aparecia uma mancha azul no horizonte. Ela ia crescendo. Depois apareciam os contornos e começávamos a dizer: ali é o Teatro, lá é o Congresso, a Torre. Brasília surgia como num passe de mágica, um milagre.”

Oscar Niemeyer

“Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal”

Friedrich Nietzsche

“Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se trans-formará em cérebro das mais altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã o do meu país e an-tevejo esta alvorada, com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino”

JuscelinoKubitschek

“Se o amor é fantasia, eu me encontro ultimamente em ple-no carnaval”

Vinícius de Moraes

“Devem-se temer mais o amor de uma mulher, do que o ódio de um homem”

Sócrates

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Há 26 anos fazendo parte da cultura brasiliense.

vídeo-projeçãosonorização iluminação estruturas

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Diz Aí, Mané

“É um problema de muita gravidez”

"O Brasil é um país muito aguado pela chuva."

“Precisamos tirar as fendas dos olhos para enxergar com clareza o número de famigera-dos que alimenta”

Caráter sexual secundário são as modifica-

ções morfológicas sofridas por um indivíduo após manter relações sexuais.

“ “Já dissera Carlos Drummond de Andrade: ‘No meio do caminho tinha uma pedra’ e para muitos estudantes o começo da pedra-ria, a mais difícil até então, é o vestibular.”

“Desse modo, diversos estudantes almejam o curso pretendido devido a vários fatores

analisados no interior do seu âmago.”

“O homem também é comestível.”

“Político é igual fralda, tem que ser trocada simultâneamente e pelo mesmo motivo.”

“Urna eletrônica só muda o destino de quem é eleito por ela.”

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(*)VETUVAL MARTINS CASCONCELOS Professor do curso de Direito do UNICEUB e Promotor de Justiça/DF

Justiça VETUVAL MARTINS VASCONCELOS *

Afora a penhora e a alienação pública, a lei não estabelece a precedência ou o momento adequado ou pre-

ciso para que os legitimados pleiteiem na esfera judicial a atuação do meio executório desconto, adjudicação e usufruto de bens. Quanto à alienação particular, o art. 685-A do CPC regula que este pode ser aviado, se não realizada a adjudicação dos bens penho-rados.

Diante da omissão legislativa, surge a in-dagação quanto ao prazo inicial e ao final em que deve ser requerida a atuação dos meios expropriatórios. Mirna Cianci advoga a tese de que, logo após a avaliação de bens, deve--se dar preferência inicial ao usufruto judicial caso este seja menos gravoso, o qual “deve ser admitido em prejuízo dos demais meios ”. Se a dívida, no entanto, for a prestações pe-riódicas e o executado detiver renda oriun-da de salário ou equivalente, bem como de aluguel ou outros rendimentos, deve-se dar preferência a essa modalidade de expropria-ção. Se frustrados os meios executórios de desconto, usufruto e adjudicação, seguem--se, sucessivamente, a alienação particular e a pública. Não há, todavia, veto se, frustrada determinada modalidade de expropriação, se utilize qualquer das demais modalidades de expropriação . Assim, há para o exequen-te o poder jurídico de certa alternatividade entre o meio desconto, adjudicação e usu-fruto, inclusive na hipótese de frustração da funcionalidade do meio de alienação parti-cular ou pública.

Meio executório desconto O art. 734 do CPC e o art. 17 da Lei

5.478/68 permitem que o pagamento das prestações seja efetivado mediante des-conto periódico em rendas do executado, inclusive na folha de salário, expressamente permitido pelo § 2º do art. 649 do CPC.

Assim, sendo a obrigação de trato suces-sivo e o executado possuindo fonte de renda periódica, constituída por salário ou outra fonte de renda, assaz é a operacionalidade do meio executório desconto pelas inúme-ras facilidades que oferece ao exequente no recebimento do seu crédito. Aliás, o STJ jul-gou regular o desconto em folha de salário

SUCESSIVIDADEDOS ATOS EXPROPRIATÓRIOSno caso de penhora decorrente da execução de crédito alimentar (Resp. 1087137-DF).

Usufruto judicial de bens móveis ou imóveis

Assevera Araken de Assis que, se a pe-nhora recair sobre bem ‘frutífero’, ocorre a possibilidade de o executado solver a dívida mediante a expropriação apenas dos fru-tos do bem , preservando-se o patrimônio do devedor. Desse modo, infere-se que tal instituto tem natureza jurídica de ato exe-cutório de índole expropriatória, mas sua instituição depende do requerimento do exequente, embora seja desnecessária a concordância do executado, sem prejuízo da oitiva deste antes da prolação da decisão judicial a respeito.

O objeto do usufruto judicial pode re-cair sobre bem móvel ou imóvel, desde que tenha capacidade de produzir frutos ou rendimentos periodicamente em expressão pecuniária suficiente para saldar a dívida em tempo razoável, e essa modalidade se apre-sente como de menos gravidade do que a expropriação por alienação particular ou pública (art. 716 do CPC).

Adjudicação judicialExplana Rita Quartieri que a reforma

operada pela Lei n. 11.382/06 deu nova confi-guração à adjudicação judicial de bens, pois a inseriu no topo inicial da categoria dos meios executórios e, no aspecto subjetivo, apro-priou-se do instituto da remissão de bens, antes regulada nos arts. 787-790 do CPC, os quais foram suprimidos pela reforma.

A adjudicação judicial guarda certa se-melhança com a dação em pagamento (art. 356 do CC/02), pois o credor recebe coisa diferente de dinheiro em substituição à prestação pecuniária que lhe é devida pelo executado. A arrematação, entretanto, tem natureza jurídica de ato executório de ex-propriação em que o Estado, mesmo sem o consentimento do executado, transfere ao exequente, ao cocredor, ao cônjuge, ao descendente, ao ascendente, bem como a outros legitimados, os bens penhorados do devedor para a satisfação do crédito recla-mado pelo próprio exequente .

A lei não indica prazo para o exequente requerer a adjudicação judicial de bens, mas essa possibilidade pode preceder ou concor-rer ao meio desconto ou adjudicação, bem como somente suceder à alienação particu-lar ou pública, no caso de frustração de tais meios expropriatórios.

A adjudicação é instituto processual de múltiplas finalidades, pois, a um só tempo, apresenta funcionalidades de meio execu-tório de expropriação e pode promover o integral pagamento ao credor, além das cus-tas e do honorário de advogado. Trata-se, pois, de direito do exequente e dos demais legitimados, os quais devem manifestar-se expressamente por meio de requerimento específico, oferecendo preço nunca inferior ao da avaliação.

No caso de interessado sem concorren-te, atendidos os requisitos legais, é-lhe defe-rido o pedido de adjudicação. Se, no entanto, houver mais de um pretendente, é instaura-do concurso de adjudicatários, em que é o vencedor aquele que oferecer o maior pre-ço, desde que igual ou superior à avaliação. Em igualdade de oferta, têm preferência o cônjuge, o descendente ou o ascendente, nessa ordem, ou ainda o sócio no caso de penhora de bens ou cota de sociedade.

Se o valor do bem adjudicado for infe-rior ao crédito reclamado, não é necessário o adjudicante depositar o preço da adjudica-ção, salvo se o adjudicante não for o próprio exequente, ou sendo, sobre o bem incida outro gravame real ou pessoal instituído em data antecedente.

Resolvido o pedido de adjudicação, por decisão de mérito ou homologatória, expede-se em favor do credor-adjudicante mandado de adjudicação, tratando-se de bens móveis, semoventes ou bens imateriais. É, porém, expedida a carta de adjudicação no caso em que o objeto recebido em paga-mento seja bem imóvel, ante a necessidade legal do registro imobiliário.

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Vinho ANTÔNIO DUARTE *

*ANTÔNIO DUARTEPresidente da Associação Brasileira de Sommelier

A água começa a ganhar corpo como ingrediente gourmet. A percepção das diferenças sensoriais e sua harmonização com bebida e comida está che-

gando ao Brasil. É um novo nicho que pode ser explorado pelos restaurantes. Esta tendência já é real em alguns países, inclusive com restaurantes que dispõe de carta de águas, como as de vinho.

Segundo a Associação Brasileira de Indústria de Água Mineral (Abinam), o mercado nacional está em franco cres-cimento, com algo em torno de 8,5 bilhões de litros engar-rafados. Nos últimos quatro anos cresceu em torno de 23 % em volume. Este fato motivou algumas multinacionais a investirem no segmento. A Nestlé, distribui a italiana Panna, a francesa Perrier e as brasileiras Petrópolis, Pureza Vital e São Lourenço. A Danone tem a Bonafont e a Coca-Cola, a Crystal e a Bonaqua. Nos próximos meses, a famosa Cambuqueira, uma das pioneiras do setor, vai voltar, depois de 10 anos, a ser comercializada. Ela é considerada a segunda melhor água do mundo, atrás da Ty Nant, do País de Gales, que deixou de ser engarrafada. A Cambuqueira é conhecida como uma das mais leves do mundo.

A água mineral brasileira é de baixa mineralização e esse fato vem chamando a atenção mundial. Por exemplo o Gru-po Danone investiu numa fonte em Jacutinga (MG) com, talvez, a menor concentração de sólidos totais dissolvidos e o menor de sódio do mercado. Então, a baixa concentração de sais é a questão de valorização da água mineral no Brasil e no Mundo.

O que determina o grau de leveza da água é a quantida-de de sais encontrados em sua composição. Quanto menor o resíduo de sais e sólidos na evaporação do líquido, a uma temperatura de 1800 C, mais leve a água será. Esta caracterís-tica vem do tipo de rocha de onde brotam as fontes minerais e é denominada RE (resíduo de evaporação).

Outra demonstração do crescimento do mercado é o grande número de águas, “mais puras do mundo”, come-çando a aparecer no mercado. Algumas excêntricas como a “Bling H2O”, chamada a água de Hollywood, cujas garrafas

Água GourmetA sua harmonização com a comida

da Bling Love H2O são todas decoradas com, 6.500, cristais Swarovski, demora uma semana para ficar pronta e seu preço pode ir de R$ 56,00 até R$ 5.200,00. Ou então a italiana Ac-qua di Cristallo, que é a água mais cara do mundo, custando a bagatela de R$ 120.000,00 é isso mesmo, cento e vinte mil re-ais. Criada pelo designer Fernando Altamirano, a garrafa toda em ouro e prata, é uma verdadeira escultura, numa homena-gem a Modigliani. No Canadá foi lançada uma água mineral negra composta de 75 minerais e eletrolíticos essênciais para saúde. Os fabricantes dizem que vão quebrar paradigmas. Se-gundo informações seu preço é bem mais modesto, apenas U$ 1,50 a garrafa.

Água, como harmonizar

Ao acompanharmos uma refeição com vinho ou cerve-ja, ou mesmo quando comemos sem bebida e vice-versa, é interessante intercalar as taças de vinho ou os copos de cer-veja com água mineral, pois elas ajudam a reduzir o paladar residual da recém digerida comida, preparam o paladar lim-pando-o, realçando os aromas e sabores da bebida à seguir, além de facilitar a digestão. Outro aspecto a considerar é que a prática reduz a concentração alcoólica do sangue, prote-gendo da embriagues e atenuando a ressaca. O mesmo vale para uma refeição que pode muito bem ser harmonizada só com a água mineral.

O casamento água e café, já está consagrado. O uso da água, em especial a gasosa, serve para limpar e ativar as papi-las gustativas, deixando a cavidade bucal pronta para valori-zar ao máximo os sabores de um bom café expresso.

As águas mais leves, com menor teor de sal, são indicadas para hidratar o organismo, matar a sede e para as pessoas que sofrem de hipertensão, por seu potencial diurético. Quanto mais leve, mais sacia a sede.

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CARLA RIBEIRO*

*CARLA RIBEIROMestre em Sociologia/UNB, doutoranda em Psicologia Organizacional/UNB, advogada, recordista do Guinness Book, Tetracampeã Mundial de Karate, Campeã Mundial de Kickboxing, Coach.

Cresça e Apareça

- O que gostas de fazer?- Ah, sei lá!- O que tens facilidade de fazer?- Acho que administrar. Respondeu, com visível indiferen-

ça, Gabriel. Gabriel é um jovem alto, charmoso e dono de sorriso

acolhedor. Depois de conversar rápida e animadamente com ele, nos despedimo-nos. A caminho do escritório fui consi-derando suas palavras. Intrigou-me o rapaz não saber o que queria. Neste momento refleti que o difícil não é só planejar a própria vida para alcançar os objetivos projetados, mas saber o que se deve almejar, o que vale a pena. Para não pairar dúvi-das, deixe-me explicar.

Percebo que a maior dificuldade de pessoas que pare-cem estar no limbo é não saber o que devem desejar. Não questionarem-se sobre o que vale a pena envidar esforços. O que pode fazê-las levantar todos os dias pela manha, e valha a pena dedicarem-se. O que motiva o dia. O que as faz querer mais da vida. O que as faz acreditar nos sonhos. O que as faz querer ser pessoas melhores. O que alegra e bombeia seus corações. O que as faz levantar os olhos e agradecer a Deus por existirem. O que dá esperança, dá cor e dá sentido aos seus dias.

Descobrir a missão, descobrir a voz interior é essen-cial para ser sinceramente feliz. A voz, no dizer de Covey, é quando a paixão e o talento contribuem para o que o mundo precisa. Tudo isso é conduzido pela consciência, pelo corpo, pela mente, pelo coração e pelo espírito. Alguns cuidados são necessários para não haver impedimento, e assim encontrar a voz que bombeia no peito, do lado do coração. Uma delas é não comparar-se. Para haver comparação é preciso que a pes-soa a ser comparada e o contexto sejam iguais ao seu; como isso é impossível, melhor não cair nessa tentação. Outro atra-palho para ouvir a voz interior é queixar-se. A murmuração impede a pessoa de ver alternativas possíveis, reforça senti-mento negativo e cristaliza a crença de que a vida é injusta. Essas percepções impedem o indivíduo de lograr melhores resultados.

Vencem-se esses dois obstáculos à busca da missão com sincero esmero ao ajustar as lentes com que se vê a vida. Sabe--se que cada um tem forma particular de perceber os capri-chos da vida; tem jeito próprio de reagir às intempéries que, não raro, acontecem, e até forma própria de reler o passado.

O segredo está na lente! Deve-se ajustá-la, limpá-la e fo-

QUAL SUA MISSÃO DE VIDA?calizá-la de maneira acertada, se é que existe tal maneira. É dever do indivíduo que se queira ver feliz e realizado seguir a intuição, um pouco o coração e, por demais, a razão, a sa-bedoria bem vinda do alto. E é de lá que vem a resposta. Mas caso ainda não tenha compreendido o que o Altíssimo lhe reservou, basta seguir os sinais. A vida dá sinais.

Pode-se não percebê-los no estouvamento da juventude, ou na inquietude da alma. Mas se o leitor amigo silenciar a alma, refletir sobre os comportamentos que tem escrito sua história, questionar os resultados que tem produzido, iden-tificará indícios. Os vestígios espreitam-nos, ansiosos por se-rem conhecidos, elucidados. Sinais que a sabedoria percebe com prontidão.

Identificam-se eles, questionando-se o que o faz ficar no seu melhor estado. Qual a atividade que quando você a exe-cuta o torna realizado? Verdade é que trabalhar com o que se gosta é mais realização que propriamente trabalho. Sabe-se que descobrir tal vocação não é de todo fácil. O vocaciona-do costuma não desprezar opinião alheia, nem é bom que o faça, mas corre-se o risco de, ao tentar ouvir a voz do coração, ouvir a voz de outrem. Com efeito, às vezes há tempo para fazer coisas distintas, agradando a outros e a si mesmo. Mas com a atual especialização exigida pelo mercado, não se deve sacrificar o dom. Esta é a lente, ou antes, o leme: sentir o que bate mais forte no coração, sem olvidar de escutar a razão. É preciso, com efeito, pesar sonho e realidade, porque não se pode esquecer que há um coração dentro do peito, mas é preciso trilhar o caminho nada poético de garantir o sustento do dia, o alimento do corpo; partir do princípio de que tudo é possível, depois dispensar o descartável e reter o essencial. Ficar com a essência.

Em seguida, pergunte-se o que faria se tivesse certo de que não falharia? Responda com cuidado e franqueza. Se conseguir, acabou de rascunhar sua missão pessoal. Sua razão de ser. Agora, é deixá-la guiá-lo. Organizar a agenda diária, a semanal, a mensal ou mesmo a anual, baseando-se nela. Se assim o fizer, vai me agradecer depois. Para ser feliz, vai ser preciso abandonar o supérfluo e dar vazão ao que realmente importa. Dar tempo ao que é mais importante.

Seja feliz!

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ChargeCharge

Eixo Monumental

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