planejamento urbano na cidade de mogi das cruzes 1965

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Universidade São Judas Tadeu ALTAMIR CLODOALDO RODRIGUES DA FONSECA PLANEJAMEN TO URBANO NA CID ADES MÉDIAS DO BRASIL, O CASO DE MOGI DAS CRUZES    SP. 1965-1996  São Paulo - 2016

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Universidade São Judas Tadeu

ALTAMIR CLODOALDO RODRIGUES DA FONSECA

PLANEJAMENTO URBANO NA CIDADES MÉDIAS DO BRASIL,

O CASO DE MOGI DAS CRUZES –  SP.

1965-1996 

São Paulo - 2016

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TEMA:

PLANEJAMENTO URBANO NA CIDADES MÉDIAS DO BRASIL,

O CASO DE MOGI DAS CRUZES –  SP.

1965-1996 

JUSTIFICATIVA

Considerando o desenvolvimento histórico de uma cidade com 455 anos que viveu as

fases de desenvolvimento de um povoado elevado a vila no século XVII ao advento do

Estatuto da Cidade justifica-se o entendimento da urbanização de cada fase para um

entendimento das boas e más experiências deste período de planos diretores desde os

 primeiros chamados de “gabinete”, elaborados pelos escritórios técnicos ao Plano Diretor

Participativo (LEI COMPLEMENTAR Nº 46, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2006) , conforme

 preconizado pelo Estatuto da Cidade(Lei Federal 10.257/2001).

A Constituição Federal em seu art. 182, § 1º determina que o Plano Diretor deva ser objeto

de lei, sendo obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes. O Plano Diretor

é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana, conforme

 prevê as disposições constitucionais, visando ordenar o pleno desenvolvimento das

funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. Tais preceitos são

fortalecidos do pelo Estatuto da Cidade, que reafirma os princípios básicos estabelecidos

 pela Constituição Federal, preservando o caráter municipalista, a centralidade do Plano

Diretor como instrumento da política urbana e a ênfase na gestão democrática

(CARVALHO, 2001).

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BREVE DISCUSSÃO

Planejamento Urbano na Cidade de Mogi das Cruzes 1965 - 2006

Mogi das Cruzes é um dos primeiros municípios a estabelecer uma política de

 planejamento urbano na região metropolitana de São Paulo. Caracterizado pela adoção

de trabalhos estabelecidos por assessorias particulares como a Asplan,1965 e o Instituto

Polis,2006 e públicas Centro de Pesquisa e Estudos Urbanísticos- CPEU-USP,1965.

Mogi das Cruzes é uma cidade com grande identidade histórica e regional onde a

sociedade civil participa ativamente da vida da cidade, marcas tanto no plano de 1965,

com a participação de Engenheiros e Arquitetos que residiam e ou trabalhavam na cidade

sobretudo do Engenheiro e Arquiteto Frederico Renê de Jaehguer, que trabalhou na

supervisão da implantação da Siderúrgica Aços Anhanguera, empresa que viria ser a mais

moderna siderúrgica de sua época.

Dr. Jaehguer, era Engenheiro Arquiteto, formado pela POLI-USP, em 1940 que por fimfoi convidado pelo Prefeito Municipal Carlos Alberto Lopes a dirigir o Escritório Técnico

do Plano Diretor da Cidade em 1965.

O escritório centralizava as ações de planejamento urbano da Cidade, cuidando de discuti-

las em uma Comissão Municipal integrada por cidadãos, digamos, acima de qualquer

suspeita e sem vínculos políticos.Com isto, o futuro de Mogi era desenhado a partir de

sugestões da própria comunidade e político algum tinha coragem de sugerir uma alteração

 pontual que permitisse, por exemplo, construir um prédio em área residencial unifamiliar

ou um depósito de lixo em perímetro previsto para expansão industrial. As decisões da

Comissão Municipal de Planejamento eram então encaminhadas à Câmara Municipal.

As bases do Plano Diretor de Mogi das Cruzes foram elaboradas por uma empresa

 paulista que cresceu muito na época, a Asplan, sigla de Assessoria em Planejamento. Ela

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funcionava em um prédio da Avenida São João, na Capital e, entre os seus diretores, tinha

um mogiano de nascimento, Hélio Bicudo. (http://www.odiariodemogi.inf.br/chico-

ornellas/11654-uma-cidade-planejada.html  - acesso 01/01/2016)

O objetivo era implementar, particularizar e detalhar as diretrizes estabelecidas pelas

contratadas ( Asplan e CPEU-USP), vê-se aí a primeira vista a preocupação da sociedade

local com a identidade do plano.

 Nossa Pesquisa busca traçar um paralelo ante ao planejado em 1965 e seus reflexos

 positivos e negativos no desenvolvimento da cidade, respondendo à questão: Qual foi o

legado do Plano Diretor de 1965, efetuado em Gabinete, representado pelo Escritório

Técnico do Plano Diretor (1965), contra o Plano Diretor Participativo, (2006) que se

transformou na Lei Complementar 46 de 17 de novembro de 2006.

Comparativamente podemos ou não afirmar que somente os aspectos urbanísticos

 predominavam nas propostas de gabinete? Podemos inferir maior ou menor efetividade

na execução do plano na participação da sociedade local na salvaguarda do planejamento,

através da maior ou menor identidade com o plano?

 Neste período a cidade cresce 268 % sai de 138.746 hab. em 1970 (IBGE) para 372.419,

em 2006 (IBGE).

Por fim, nossa pesquisa visa identificar a efetividade do processo de construção do

 planejamento as luzes do trabalho de gabinete e da efetiva participação da população no

 plano de 2006, elaborado às luzes do Estatuto da Cidade.

BIBLIOGRAFIA

1- VILLAÇA, Flávio. Dilemas do Plano Diretor. O município no século XXI: Cenários e

Perspectivas.São Paulo, Cepam & Correios, 1999.

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2- VILLAÇA, Flávio. Uma contribuição para a história do planejamento urbano no Brasil. In: DEÁK,

3 -Csaba; SCHIFFER, Sueli Ramos (org.) O processo de urbanização no Brasil . São Paulo: EdUSP,

1999. p. 169 – 243.

4- CARVALHO, Sonia N. de. Estatuto da Cidade: aspectos políticos e técnicos do plano diretor.

2001.