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A
PLANEJAMENTO
PREVIDENCIÁRIO
Roberto de Carvalho Santos
Professor de Pós-Graduação em Direito PrevidenciárioAdvogado
Presidente do [email protected]
www.ieprev.com.br
Ordenamento jurídico básico
• Custeio: art. 195 da CF; Código TributárioNacional; Lei n. 8.212/91; Decreto 3.048/99;IN/SRF 971/2009; IN SRF 1.717/2017 (normasde reembolso, restituição, compensação eressarcimento).
• Benefícios (segurados): Lei n. 8.213/91;Decreto 3.048/99; IN 77 de 2015 do INSS.
Organização
• Secretaria da Receita Federal do Brasil – Lei n.11.457, 16 de março de 2007.
• Mandado de segurança: Delegado da Secretariada Receita Federal do Brasil. Exemplo: OperaçãoAutônomos.
• Mandado de segurança: Delegado da Secretariada Receita Federal do Brasil e Gerente Executivodo INSS. Exemplo: questionamento quanto ajuros e multa de contribuições previdenciárias eaverbação junto ao CNIS – Cadastro Nacional deInformações Sociais.
Organização
• Ações comuns: União Federal:questionamento quanto à exigibilidade decontribuição previdenciária
• Ações comuns: União Federal e INSS –Instituto Nacional do Seguro social:questionamento quanto a juros e multa decontribuições previdenciárias e averbaçãojunto ao CNIS – Cadastro Nacional deInformações Sociais.
Parcelamento - SRF
• O parcelamento pode ser feito em no máximo60 (sessenta) parcelas;
• O valor mínimo de cada parcela será de:
• R$ 100,00 (cem reais), no caso de pessoafísica; e
• II - R$ 500,00 (quinhentos reais), no caso depessoa jurídica.
Processo administrativo fiscal - PAF
• Decreto n. 70.235, 6 de março de 1972
• Defesa ou impugnação de Auto de Infração ou Notificação Fiscal;
• Julgamento em primeira instância e segundainstância.
PER/DCOMP - Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de
Compensação
• http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/restituicao-ressarcimento-reembolso-e-compensacao/perdcomp
• Ensino a distância – EAD no próprio site daReceita Federal
Isenção de imposto de renda
• Requerida diretamente no INSS ou na fonte pagadora, incluindocomplementação paga por entidade de previdência complementar.
• Casos de doenças graves previstas na Lei n. 7.713, de 1980, ou paracasos de benefícios decorrentes de acidente de trabalho ou doençaocupacional. Pode ser reconhecida para período anterior ao seurequerimento, cabendo o pedido de restituição junto à ReceitaFederal.
• O laudo devera ser fundamentado com exposicao das observacoes,estudos, exames efetuados, registros das conclusoes e emitido porSERVICO MEDICO OFICIAL da Uniao, dos Estados, do Distrito Federalou dos Municipios.
Retroação da DIC
• Diretamente no INSS mediante a abertura deum processo administrativo – para os casosdos segurados que não possuem cadastro decontribuintes individuais e nem recolhimentorealizado de forma tempestiva.
• Pode ser feito diretamente em qualqueragência do INSS sem necessidade deagendamento.
Empresários, Prestadores de Serviços a PJ e Empregados
• Deve ser feita a retificação ou emissão da GFIP pelocontador que constitui instrumento de confissão dedívida (pelo menos dos últimos cinco anos).
• Entretanto, constará extemporaneidade no CNIS quedeverá ser comprovada o exercício da atividaderemunerada perante o INSS, mesmo com o pagamentoda contribuição previdenciária – que se presume serfeita a partir de abril de 2003 (Lei n. 10.666/03) paraprestadores de serviços a PJ e sempre para osempregados.
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Caráter vitalício das aposentadorias,
exceto aposentadoria por invalidez;
Obs: os chamados planos CD da
previdência privada não tem natureza
vitalícia – planos instituídos
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Proteção previdenciária após o cumprimento dacarência de 12 contribuições mensais paraaposentadoria por invalidez e auxílio-doença,exceto para acidente, acidente de trabalho edoenças ocupacionais que não requer carência.
Não têm carência para diversos benefícios comopensão, auxílio-acidente, salário maternidadepara alguns segurados.
Observação: Se possível, sempre começarrecolhendo com valores mais altos para osbenefícios de riscos.
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Se um segurado tem hoje 40 anos e nuncacontribuiu para o INSS, de acordo com as regrasatuais, é mais vantajoso ele começar a recolhersobre o teto (exemplo do caso do facultativo),completando as 180 contribuições mensais(podendo no futuro diminuir o salário decontribuição se for o caso). A insegurançajurídica quanto a eventual mudança no regimejurídico previdenciário e a mudança da regra docálculo do auxílio doença reforça esse conselho.
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Reajuste anual pelo INPC e para quem ganhasalário mínimo reajuste pela variação do saláriomínimo, exceto para auxílio acidente e saláriofamília.
Em muitos planos de benefícios previstos pelo
RPPS sequer existe a garantia de reajustes,especialmente aqueles que tem paridade. Paraos que não tem paridade, em muitos entesfederados não se assegura qualquer reajuste,nem mesmo o INPC, exceto o da União.
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Reajuste dos salários de contribuição pelo
INPC que fazem parte do PBC, sem
limitação à ultima remuneração, limitando-
se apenas ao teto do RGPS – R$ 5.645,80.
Em muitos RPPS o cálculo é feito de
acordo com o último salário e, mesmo noscasos de médias, existe a limitação à últimaremuneração do cargo efetivo.
• Diversos planejamentos previdenciários
realizados nos últimos anos, sobretudo
após junho de 2015, com a criação da
pontuação 85/95 e 80/90 (professores) e
sua progressividade, tem sido mais
interessante o servidor solicitar a CTC e
se aposentar pelo INSS, dependendo da
remuneração do do último cargo efetivo
e a política de reajuste do ente federado.
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Nosso sistema adota a sistemática do planoBD – BENEFÍCIO DEFINIDO segundo oqual é possível já saber a regra de cálculodos benefícios previdenciários.
Nos planos de previdência privada, o valor
do benefício varia de acordo com a reservamatemática acumulada e, nos planos CD,variam inclusive de acordo com aexpectativa de vida do assistido.
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Garantia de pagamento do abono anual– gratificação natalina para o qual muitossegurados (contribuintes individuais,facultativos e segurados especiais) nãocontribuem de forma específica.
Essa garantia não existe em muitosplanos de previdência privada nomercado aberto.
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Garantia de pagamento da pensão por mortepara os dependentes, sendo que para oscônjuges abaixo de 44 anos o benefício não serávitalício. Para quem tem uma preocupação aesse respeito, aconselha-se a contratação deuma apólice de seguro de vida.
Na previdência privada, a pensão poderá gerar
grande diferença no pagamento da rendamensal do assistido, dependendo inclusive daidade do beneficiário.
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O conceito de invalidez deve (ou deveria)ser analisado sob um viésbiospsicossocial e leva em consideraçãoa incapacidade para o trabalho, sendo ocoeficiente de 100%.
No RPPS os proventos somente sãointegrais se for acidente de trabalho,doenças graves e doenças ocupacionais.
Na previdência privada, a incapacidade que secogita é uma incapacidade funcional e nãolaborativa.
Muitos seguradoras somente garantem opagamento de uma indenização em casos deacidentes pessoais e morte. Algumasseguradoras garantem o pagamento daindenização por doenças graves, mas comdiversas cláusulas de exclusão de cobertura.
Todas as contribuições vertidas para aPrevidência Social podem ser deduzidas doimposto de renda – no caso da declaraçãocompleta.
No caso da previdência privada, somenteos planos fechados e os PGBLs admite-sea dedução, limitada a 12% da renda brutaanual do participante.
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Garantia subsidiária da União quanto ao
pagamento dos benefícios de prestação
continuada do RGPS.
Nos planos de previdência complementar,
não existe fundo garantidor de créditos e
nem resseguro atualmente regulamentado.Muito menos existe responsabilidadesolidária do poder público.
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Não há direito adquirido a regime jurídicoprevidenciário, somente se garantido segurançajurídica para aqueles que já completaram osrequisitos para a aposentação (Súmula n. 359do STF).
A PEC n. 287/16 (em plena tramitação)
representa evidente retrocessos sociais,gerando um sistema previdenciário frágil sob oaspecto protetivo e voltado para a preservaçãoda dignidadeda pessoa humana.
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Obtenção do CNIS completo, incluindo
os vínculos empregatícios, inscrições e
salários de contribuição
Obtenção da CADSENHA no momento
do atendimento com o cadastramento no
MEU INSS.
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Conferência do CNIS com a CTPS do
segurado, bem como das GPS se ele
recolheu como contribuinte individual ou
facultativo.
Entrevista do cliente quanto a diversos
pontos e sua expectativa quanto ao
planejamento previdenciário.
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Solicitação de documentação referente aoexercício (se houver) de atividade insalubre,penosa ou perigosa, tais como PPPs, SB-40, DSS-8030 e LTCAT.
Importante análise da documentação para agarantia de uma aposentadoria especial ouconversão do tempo comum para especial– 1.40 para homem e 1.20 para a mulher(relevante também para completar apontuação 85/95 no RGPS).
Questionamento sobre o fato do segurado ser
servidor público ou já ter sido servidor –
necessidade de obtenção da CTC.
Em alguns casos o servidor não precisa
averbar toda o tempo no RPPS, pois se ele
ingressou depois no serviço público depois de31.12.2003 precisa ter no mínimo 60 anos deidade (homem) e 55 anos de idade (mulher).
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Sendo o segurado também servidor públicoé possível o recolhimento para o RGPScomo segurado obrigatório para fins deobtenção de duas aposentadorias e deacordo com as regras atuais pode gerarduas pensões por morte.
Vedação quanto ao recolhimento comofacultativo, inclusive se o servidor estiveraposentado pelo RPPS (regra que veioapós a EC n. 20/98).
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Aposentadoria por idade
5% sobre o salário mínimo: R$ 47,70
180 contribuições mensais
Pagamento mensal no valor de R$
8.586,00
Tempo para recuperar o valor a ser pago:
9 meses
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Aposentadoria por idade.
11% sobre o salário mínimo (R$ 954,00):
R$ 104,94
180 contribuições mensais
Pagamento mensal no valor de R$
18.889,20
Tempo para recuperar o valor a ser pago:
20 meses
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Aposentadoria por idade
20% sobre o teto: R$ 1.129,16
20% sobre 12 anos no teto: R$ 162.599,04
20% sobre 3 anos no mínimo. R$ 190,80 x
36 = R$ 6.868,80
180 contribuições mensais: R$ 169.467,84
Pagamento mensal no valor de R$ 4.701,00
Tempo para recuperar o valor a ser pago: 3
anos
Importância quanto ao questionamento se osegurado já exerceu atividade de estagiário –qualquer inobservância da lei do estágiodescaracteriza o caráter facultativo dorecolhimento e o vínculo passa a ter o caráterempregatício.
Lei n. 11.788, de 25 de setembro de 2008 –revogou a Lei n. 6.494, de 7 de setembro de1977
Importância quanto ao questionamento se osegurado já exerceu atividade rural anterior anovembro de 1991.
Art. 55 da Lei n. 8.213/91
§ 2º O tempo de serviço do segurado trabalhadorrural, anterior à data de início de vigência desta Lei,será computado independentemente dorecolhimento das contribuições a elecorrespondentes , exceto para efeito de carência,conforme dispuser o Regulamento.
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Período básico de cálculo – BPC
Salário-de-contribuição – SC
Contribuição previdenciária
Salário-de-benefício
Renda mensal inicial
Corresponde ao valor da remuneração
recebida (segurado obrigatório) ou
declarada (segurado facultativo).
Salário de contribuição é a remuneração auferidaem uma ou mais empresas, ou seja, a totalidadedos rendimentos pagos, devidos ou creditados aqualquer título, destinados a retribuir o trabalhodurante o mês, inclusive as gorjetas, utilidadeshabituai s e ajuste salarial quer pelos serviçosefetivamente prestados ou pelo tempo a disposiçãodo empregador ou tomador de serviço nos termosda lei, do contrato, de convenção ou acordo coletivoou de sentença normativa, exceto as parcelasexcluídas expressamente por força do art. 28,§ 9ºda Lei n. 8.212/91.
O salário de contribuição do empregado
doméstico corresponde a remuneraçãodescrita na sua Carteira de Trabalho e
Previdência Social. Em caso de constar na
anotação um valor inferior ao realmente
pago ao segurado, entende-se que deve
prevalecer a importância real efetivamente
pago para fins da contribuição
previdenciária.
Art. 35. Ao segurado empregado, inclusiveo doméstico, e ao trabalhador avulso quetenham cumprido todas as condições paraa concessão do benefício pleiteado, masnão possam comprovar o valor de seussalários de contribuição no período básicode cálculo, será concedido o benefício devalor mínimo, devendo esta renda serrecalculada quando da apresentação deprova dos salários de contribuição.
Para o contribuinte individual corresponde aremuneração que aufere pela prestação deserviço a empresa ou pelo exercício deatividade por conta própria, durante o mês.
E para o segurado facultativo o salário decontribuição corresponde ao valor por eledeclarado, observado o limite mínimo emáximo estabelecido em portaria do PoderExecutivo.
Um segurado contribuinte individual que
ganha R$ 4.000,00 deve recolher a alíquota
de 20% sobre essa remuneração: R$
800,00.
Existe alguma hipótese que excepciona
esse tratamento?
§ 2 o No caso de opção pela exclusão do direito aobenefício de aposentadoria por tempo decontribuição, a alíquota de contribuição incidentesobre o limite mínimo mensal do salário decontribuição será de:
I - 11% (onze por cento), no caso do seguradocontribuinte individual, ressalvado o disposto noinciso II, que trabalhe por conta própria, semrelação de trabalho com empresa ou equiparadoe do segurado facultativo , observado o dispostona alínea b do inciso II deste pará
Solução de Consulta COSIT nº 133/2015:
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. SEGURADOCONTRIBUINTE INDIVIDUAL. OPÇÃO POR REGIME DETRIBUTAÇÃO. CABIMENTO.O segurado contribuinte individual que trabalhe porconta própria, sem relação de trabalho com empresa ouequiparada, pode optar pela forma de recolhimentoprevista no § 2º, do art. 21, da Lei nº 8.212, de 1991,independentemente do valor do seu salário-de-contribuição, o que implicará a exclusão do seu direito àaposentadoria por tempo de contribuição, caso nãorealize a complementação do recolhimento prevista no §3º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 1991.
Vedação de opção retroativa – Decreto 3.048/99
Art. 199-A. A partir da competência em que o seguradofizer a opção pela exclusão do direito ao benefício deaposentadoria por tempo de contribuição, é de onze porcento, sobre o valor correspondente ao limite mínimomensal do salário-de-contribuição, a alíquota decontribuição: (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
I - do segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado; (Incluído pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
Instrução Normativa RFB nº 971/2009:
Art. 65. A contribuição social previdenciária do segurado contribuinteindividual é:(...)§ 6º O segurado contribuinte individual, ressalvado o disposto no § 11, quetrabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ouequiparado, a partir da competência em que fizer opção pela exclusão dodireito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, contribuiráà alíquota de 11% (onze por cento) sobre o valor correspondente ao limitemínimo mensal do salário-de-contribuição a que se refere o inciso III do § 1ºdo art. 54. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1238, de 11 dejaneiro de 2012)(...)§ 9º Considera-se formalizada a opção a que se refere o § 6º pela utilização,no ato do recolhimento, do código de pagamento específico para a "opção:aposentadoria apenas por idade" .
11% sobre o salário mínimo – para o
contribuinte individual ou segurado
facultativo, excluindo-se a aposentadoria
por tempo de contribuição e a contagem
recíproca de tempo de contribuição.
5% sobre o salário mínimo
Art. 21 da Lei n. 8.212/91:§ 4 o Considera-sede baixa renda, para os fins do disposto naalínea b do inciso II do § 2 o deste artigo, afamília inscrita no Cadastro Único paraProgramas Sociais do Governo Federal -CadÚnico cuja renda mensal seja de até 2(dois) salários mínimos
Art. 21 da Lei n. 8.212/91
§ 3 o O segurado que tenha contribuído na forma do§ 2 o desteartigo e pretenda contar o tempo de contribuiçãocorrespondente para fins de obtenção da aposentadoria portempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo decontribuição a que se refere o art. 94 da Lei n o 8.213, de 24 dejulho de 1991 , deverá complementar a contribuição mensalmediante recolhimento, sobre o valor correspondente aolimite mínimo mensal do salário-de-contribuição em vigorna competência a ser complementada, da diferença entre opercentual pago e o de 20% (vinte por cento), acrescidodos juros moratórios de que trata o§ 3 o do art. 5 o da Lei n o
9.430, de 27 de dezembro de 1996 .
Teto: R$ 5.645,80 (no caso do pagamento obenefício o teto também será observado, excetopara o salário maternidade para empregada eavulsa e adicional de 25% para invalidez)
Piso: salário-mínimo: R$ 954,00 ou piso salarial,legal ou normativo, da categoria, tomado no seuvalor mensal, diário ou horário (art. 28, parágrafo 3oda Lei n. 8.212/91) – empregado, trabalhador avulsoe empregado doméstico.
Piso para o contribuinte individual e
facultativo: sempre será um salário mínimo,
ainda no caso de recolhimento feito por
pessoa jurídica nos termos da Lei n.
10.666/03.
Empregado foi dispensado no dia 10 do mêsde janeiro, tendo auferido R$ 300,00. Osalário-de-contribuição para fins derecolhimento será o valor efetivamenteauferido. Para fins de cálculo do salário-de-benefício , será um salário mínimo. Acompetência será também computada parafins de carência.Atenção para a nova regulamentação com areforma trabalhista.
Um autônomo auferiu R$ 300,00 a título deremuneração paga por uma PJ que reteve11%.
Cabe ao contribuinte individualcomplementar este valor pelo menos até umsalário mínimo, ou seja, 20% de R$ 654,00= R$ 130,80. Sem complementação, nãotem qualquer valor para fins previdenciários.
Art. 5 o O contribuinte individual a que se
refere o art. 4 o é obrigado a complementar,
diretamente, a contribuição até o valor
mínimo mensal do salário-de-contribuição,
quando as remunerações recebidas no
mês, por serviços prestados a pessoas
jurídicas, forem inferiores a este.
Se o segurado obrigatório presta serviçospara vários tomadores de serviço, devedeclarar perante os demais que já recolhesobre um determinado valor a título desalário-de-contribuição ou sobre o teto doRGPS, evitando-se o recolhimento acimado teto. Pode requerer a restituição perantea SRFB, observando-se a prescriçãoquinquenal e repetição de acordo com aSELIC.
MP 808, 14 de novembro de 2017
“Art. 911-A. O empregador efetuará o recolhimento dascontribuições previdenciárias próprias e do trabalhador e odepósito do FGTS com base nos valores pagos no períodomensal e fornecerá ao empregado comprovante documprimento dessas obrigações.§ 1º Os segurados enquadrados como empregados que, nosomatório de remunerações auferidas de um ou maisempregadores no período de um mês, independentementedo tipo de contrato de trabalho, receberem remuneraçãoinferior ao salário mínimo mensal, poderão recolher aoRegime Geral de Previdência Social a diferença entre aremuneração recebida e o valor do salário mínimo mensal, emque incidirá a mesma alíquota aplicada à contribuição dotrabalhador retida pelo empregador.
Recolhimento complementar
Recolhimento deverá ser feito em DARFidentificado com o código 1872 – SeguradoEmpregado – Recolhimento Mensal –Complemento.
Ato Declaratório Executivo CODAC 38/2017
Se o segurado tiver inscrição como
autônomo ou contribuinte individual poderá
recolher em atraso, sendo o período
computado como carência e tempo de
contribuição. É necessário ter recolhimento
tempestivo também.
Art. 124. Caso o segurado contribuinte individualmanifeste interesse em recolher contribuições relativasa período anterior à sua inscrição, a retroação da datado início das contribuições será autorizada, desde quecomprovado o exercício de atividade remunerada norespectivo período, observado o disposto nos§§ 7º a 14do art. 216 e no§ 8º do art. 239. (Redação dada peloDecreto nº 3.265, de 1999)
Parágrafo único. O valor do débito poderá ser objeto deparcelamento mediante solicitação do segurado juntoao setor de arrecadação e fiscalização do InstitutoNacional do Seguro Social, observado o disposto no §2º do art. 122, no§ 1º do art. 128 e no art. 244.
O recolhimento pode ser feito pela emissão
de GPS pelo INSS, devendo apenas
verificar se tem inscrição e recolhimento
como contribuinte individual.
Indenização.
Art. 45-A da Lei n. 8.212/91
Nesse caso, vai fazer o cálculo do salário
de benefício. Sobre esse valor incide 20%.
Depois juros de 0,5% ao mês e multa de
10%.
Período de janeiro de 1990 a janeiro de
1995
Média: R$ 2.000,00
Valor a ser pago: R$ 400,00
Multa: 10%
Juros: 0,5% ao mês limitado a 50% = R$.
200,00, ou seja, R$ 640,00.
R$ 38.400,00
PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. APOSENTADORIA PORTEMPO DE SERVIÇO. PAGAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕESPREVIDENCIÁRIAS EM ATRASO.INCIDÊNCIA DE JUROS MORATÓRIOS E MULTA SOMENTE APARTIR DA EDIÇÃO DA MP N.º 1.523/96.
1. A obrigatoriedade imposta pelo§ 4º do art. 45 da Lei n.º 8.212/91,quanto à incidência de juros moratórios e multa no cálculo dascontribuições pagas em atraso relativas ao reconhecimento de tempode serviço para fins de aposentadoria de trabalhador autônomo,somente é exigível a partir da edição da Medida Provisória n.º1.523/96, que, conferindo nova redação à Lei da Organização daSeguridade Social e Plano de Custeio, acrescentou o aludidoparágrafo.2. Recurso especial conhecido e parcialmente provido.
(REsp 697.234/RS, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA,julgado em 06/06/2006, DJ 01/08/2006, p. 518)
TRF da 3ª Região
4. No que se refere ao critério de cálculo das contribuições, no cálculo dovalor a ser recolhido, para fins do disposto no art. 45, § 1º, da Lei n.8.212/91, deve ser levado em consideração o valor das contribuiçõesefetivamente devidas no período a ser averbado.5. A expressão "contribuições correspondentes" refere-se às contribuiçõesdevidas à época em que foi exercida a atividade, sendo, conseqüentemente,apuradas com base na legislação vigente à época do fato gerador.6. No caso em tela, não é aplicável o §2º do art. 45 da Lei n. 8.212/91, com aredação dada pela Lei n. 9.032/95, pois deve ser considerado o salário-basedo período objeto da indenização referente ao tempo de serviço prestadopelo impetrante na qualidade de autônoma, devendo, assim, prevalecer ovalor dos salários mínimos vigentes na época e conforme a classe na qualestava enquadrada.7. Agravo previsto no § 1º do artigo 557 do CPC, interposto pelo INSS,improvido.(AMS 00050340419994036100, JUIZ CONVOCADO FERNANDO GONÇALVES,TRF3 - OITAVA TURMA, e
Uma determinada verba pode servir comobase de cálculo para fins de contribuição
previdenciária e não ser utilizada no
cálculo do salário-de-benefício e vice-versa.
Auxílio-acidente : não incide contribuiçãoprevidenciária, mas entra no cálculo do salário-de-benefício (art. 31 da Lei n. 8.213/91)
Auxílio-doença e aposentadoria por
invalidez : não incide contribuiçãoprevidenciária. O valor do salário-de-benefíciodo benefício por incapacidade tem o status desalário-de-contribuição, em caso de atividadeintercalada.
Art. 29 ( … )§ 5º Se, no período básico decálculo, o segurado tiver recebidobenefícios por incapacidade, sua duraçãoserá contada, considerando-se comosalário-de-contribuição, no período, osalário-de-benefício que serviu de base
para o cálculo da renda mensal ,reajustado nas mesmas épocas e basesdos benefícios em geral, não podendo serinferior ao valor de 1 (um) salário mínimo.
Após a suspensão do pagamento de umbenefício por incapacidade, aconselha-se orecolhimento de contribuição na qualidadede segurado obrigatório para fins decômputo de carência, tempo decontribuição e para fins de cálculo na formado art. 29, parágrafo quinto, da Lei n.8.213/91 – art. 55, II, da Lei n. 8.213/91 –Para fins de carência somente na viajudicial.
• O valor pago a título de seguro-desempregonão conta para fins de cálculo, tempo decontribuição e carência.
• Aconselha-se recolher, neste período, comoSEGURADO FACULTATIVO e nãoCONTRIBUINTE INDIVIDUAL. Também essamedida é aconselhável no curso de uma açãojudicial pela qual se requer benefício porincapacidade.
Décimo terceiro salário ou gratificação
natalina : não entra no cálculo do salário-de-benefício, mas é considerado salário-de-
contribuição para fins de recolhimento
previdenciário (art. 29, parágrafo terceiro da
Lei n. 8.213/91).
Súmula 688 do STF.
Salário-maternidade: é salário-de-contribuição para fins de cálculo e também
para fins de cômputo no salário-de-
benefício, limitado ao teto do RGPS. OBS:
no caso da empregada e avulsa, não está
limitado ao teto o RGPS, mas no cálculo do
benefício incide a limitação.
Emissão de CTC – Portaria MPS n. 154,de 15 de maio de 2008.
Mesmo que não tenha havido orecolhimento previdenciário, deve sercontado como salário-de-contribuição aremuneração do servidor público, contandoo tempo de outro RPPS para todos osefeitos previdenciários, inclusive carência.
Na descrição da CTC, deve existir a relaçãodos salários de contribuição após julho de1994.
Eventualmente, o servidor público, casoopte por se aposentar perante o RGPS,poderá fazê-lo, desde que solicite a emissãoda CTC e se exonere do cargo (exigênciailegal).
Nesse caso, todos os salários de
contribuição do RPPS serão corrigidos pelo
INPC e não existe a limitação à última
remuneração do cargo efetivo. Se houve
recolhimento sobre gratificações (cargo
comissionado) ou adicionais, bem como
hora extra, tais rubricas ingressam no
cálculo do RGPS (Lei n. 10.887/04 –
recolhimento facultativo sobre tais verbas).
Remuneração de empregado sem efetivo
recolhimento previdenciário. O mesmo vale
para o contribuinte individual que presta
serviço a PJ a partir de abril de 2003 (Lei n.
10.666/03), bem como membros de
cooperativa.
Deve ser computado como salário-de-
contribuição o valor efetivamente auferido.
Neste caso, importante apresentar os
contracheques e RPAs (art. 29-A, parágrafo
5o da Lei n. 8.212/91) ou outra prova
documental.
Ação trabalhista – não incide o prazo bienal
para fins de ação declaratória.
Art. 33, parágrafo 5o da Lei n. 8.212/91:
presunção de recolhimento.
A Carteira de Trabalho e Previdência Social(CTPS) em relação à qual não se apontadefeito formal que lhe comprometa afidedignidade goza de presunção relativade veracidade, formando prova suficientede tempo de serviço para finsprevidenciários, ainda que a anotação devínculo de emprego não conste noCadastro Nacional de Informações Sociais(CNIS).
A anotação na CTPS decorrente de
sentença trabalhista homologatória constitui
início de prova material para fins
previdenciários.
Para fins de comprovação de tempo de
serviço, nos termos do art. 55, parágrafo
terceiro da Lei n. 8.213/91.
Entendimentos da PRÓPRIA TNU mais recentes nosentido de que deve existir o recolhimentoprevidenciário ou a ação tenha sido proposta dentrodo prazo de dois anos após a ruptura do contratode trabalho.
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) admitiu o PUILn. 293, para sanar a divergência existente “quanto àpossibilidade de reconhecimento da sentençatrabalhista meramente homologatória como iníciode prova material, sem que haja outros elementosprobatórios adicionais no feito – documentais etestemunhais – referentes ao tempo laborado” .
Para fins de concessão de pensão por
morte, é incabível a regularização do
recolhimento de contribuições de segurado
contribuinte individual posteriormente a seu
óbito, exceto quando as contribuições
devam ser arrecadadas por empresa
tomadora de serviços.
Art. 34. No cálculo do valor da renda mensal dobenefício, inclusive o decorrente de acidente dotrabalho, serão computados: (Redaçãodada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)
I - para o segurado empregado, inclusive odoméstico, e o trabalhador avulso, os salários decontribuição referentes aos meses de contribuiçõesdevidas, ainda que não recolhidas pela empresaou pelo empregador doméstico , sem prejuízo darespectiva cobrança e da aplicação daspenalidades cabíveis, observado o disposto no§ 5 o
do art. 29-A;
Art. 216 ( … )
§ 5º O desconto da contribuição e da consignaçãolegalmente determinado sempre se presumirá feito,oportuna e regularmente, pela empresa, peloempregador doméstico , pelo adquirente,consignatário e cooperativa a isso obrigados, nãolhes sendo lícito alegarem qualquer omissão para seeximirem do recolhimento, ficando os mesmosdiretamente responsáveis pelas importâncias quedeixarem de descontar ou tiverem descontado emdesacordo com este Regulamento.
Discriminação, principalmente em caso de
acordo, da remuneração (caráter salarial)
competência por competência e obrigação
de expedição das GFIPs ou retificação mês
a mês. Se houver pedido para adicional de
insalubridade/periculosidade, pedir
expedição do PPP.
"Na Reclamação Trabalhista, até o trânsitoem julgado , as partes são livres paradiscriminar a natureza das verbas objeto doacordo judicial para efeito do cálculo dacontribuição previdenciária, mesmo que taisvalores não correspondam aos pedidos ou àproporção das verbas salariais constantesda petição inicial."
"Na Reclamação Trabalhista, quando o
acordo for celebrado e homologado
após o trânsito em julgado , a contribuiçãoprevidenciária incidirá sobre o valor do
ajuste, respeitada a proporcionalidade das
parcelas de natureza salarial e
indenizatória deferidas na decisão
condenatória."
Todas as verbas de caráter não salarial, ouseja, indenizatória ou encargo social, assimcomo as verbas percebidas de forma eventual,estão fora do âmbito de incidência dacontribuição previdenciária, independente deexpressa previsão legal.
Por sua vez, o artigo. 28,§ 9º, da lei 8.212/91,dispõe sobre as parcelas consideradastaxativamente não integrantes do salário decontribuição.
Período de onde se extrai os salários-de-contribuição para o cálculo do salário-de-benefício.
Antes da Lei n. 9.876/99: 48 (quarenta eoito) últimos meses anteriores aorequerimento do benefício, extraindo-se os36 (trinta e seis) salários-de-contribuiçãomais recentes.
Segurado tem um PBC de julho de 1993 ajulho de 1997, apurando-se 30 salários decontribuição. Nesse caso, a média será feitacom base nesses últimos 30 salários.
Divisor mínimo: 24 salários de contribuição.Se o segurado tiver, por exemplo, 18 saláriosapenas no prazo de 48 meses, o divisormínimo será sempre 24. Aposentadoria portempo de contribuição, idade e especial.
Para quem se filiou à Previdência Socialaté a Lei n. 9.876/99 : inicia-se nacompetência de julho de 1994 até o mêsanterior ao requerimento administrativo.
Para quem se filiou após a Lei n.9.876/99 : a partir da primeira competênciaaté o mês anterior ao requerimentoadministrativo.
O SALÁRIO DE BENEFÍCIO É
CALCULADO DE ACORDO COM A MÉDIA
DAS 80% DO PERÍODO CONTRIBUTIVO
CORRESPONDENTE MAIORES
SALÁRIOS DE CONTRIBUIÇÃO DESDE
JULHO/1994, caso tenha se filiado ao
RGPS até 29 de novembro de 1999 ou a
partir do efetivo recolhimento
previdenciário. Art. 29 da Lei n. 8.213/91
Art. 20. (...)
§ 1 o A filiação à previdência social decorre
automaticamente do exercício de atividaderemunerada para os segurados obrigatórios,observado o disposto no § 2 o , e da
inscrição formalizada com o pagamento
da primeira contribuição para o segurado
facultativo
Incide obrigatoriamente na aposentadoria
por tempo de contribuição.
Nas aposentadorias por idade e especial
para deficientes , somente se for superior a1.
• Idade
• Tempode contribuição
• Expectativa de sobrevida medida pelo
IBGE (publicada em 1 de dezembro de
cada ano)
• Alíquota – 0,31
Para efeito de aplicação do Fator
Previdenciário será adicionado ao tempo de
contribuição:
=> 5 anos, se mulher;
=> 5 anos, se professor;
=> 10 anos, se professora.
80% de 276 competências corresponde a
220 meses, ou seja, mais de 18 anos.Serão descartados os 56 menores salários
de contribuição após a correção monetária
pelo INPC.
Art. 3 o Para o segurado filiado à Previdência Socialaté o dia anterior à data de publicação desta Lei,que vier a cumprir as condições exigidas para aconcessão dos benefícios do Regime Geral dePrevidência Social, no cálculo do salário-de-benefício será considerada a média aritméticasimples dos maiores salários-de-contribuição,correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento detodo o período contributivo decorrido desde acompetência julho de 1994, observado o dispostonos incisos I e II do caput do art. 29 da Lei n o 8.213,de 1991 , com a redação dada por esta Lei.
§ 2 o No caso das aposentadorias de quetratam as alíneas b , c e d do inciso I do art.
18, o divisor considerado no cálculo damédia a que se refere o caput e o§ 1 o não
poderá ser inferior a sessenta por cento
do período decorrido da competência
julho de 1994 até a data de início do
benefício, limitado a cem por cento de
todo o período contributivo.
60% de 276 competências corresponde a
165 meses.
Segurado pagou uma média de R$
5.500,00 sobre 33 meses.
R$ 181.500,00 divido por 165 = R$
1.100,00
O divisor mínimo não se aplica para
segurados que se filiaram ao RGPS a partir
de 29 de novembro de 1999.
Afastamento do fator previdenciário para as
aposentadorias por tempo de contribuição,inclusive a do professor
§ 2º As somas de idade e de tempo decontribuição previstas no caput serãomajoradas em um ponto em:
I - 31 de dezembro de 2018; (86/96)
II - 31 de dezembro de 2020; (87/97)
III - 31 de dezembro de 2022; (88/98)
IV - 31 de dezembro de 2024; e (89/99)
V - 31 de dezembro de 2026. (90/100)
Art. 32. O salário-de-benefício do segurado quecontribuir em razão de atividades concomitantesserá calculado com base na soma dos salários-de-contribuição das atividades exercidas na data dorequerimento ou do óbito, ou no período básico decálculo, observado o disposto no art. 29 e as normasseguintes:
I - quando o segurado satisfizer, em relação a cadaatividade, as condições do benefício requerido, osalário-de-beneficio será calculado com base nasoma dos respectivos salários-de-contribuição;contribuição e os do período de carência dobenefício requerido;
Atividade principal: média: R$ 2.000,00 –
contribuiu 35 anos
Atividade secundária: média R$ 3.000,00 –
contribuiu durante 15 anos. 15/35 (0,42%),
aplicando-se um fator previdenciário
específico.
II - quando não se verificar a hipótese do incisoanterior, o salário-de-benefício corresponde àsoma das seguintes parcelas:a) o salário-de-benefício calculado com basenos salários-de-contribuição das atividades emrelação às quais são atendidas as condiçõesdo benefício requerido;b) um percentual da média do salário-de-contribuição de cada uma das demaisatividades, equivalente à relação entre onúmero de meses completo de
Art. 193. Será considerada múltipla atividadequando o segurado exercer atividadesconcomitantes dentro do PBC e não cumprir ascondições exigidas ao benefício requerido emrelação a cada atividade, devendo ser adotado osseguintes critérios para caracterização dasatividades em principal e secundária:I - será considerada atividade principal a quecorresponder ao maior tempo de contribuição,apurado a qualquer tempo, ou seja, dentro ou forado PBC, classificadas as demais como secundárias;
Art. 191. Não será considerada múltipla atividadequando:
I - o segurado satisfizer todos os requisitosexigidos ao benefício em todas as atividadesconcomitantes;
II - nos meses em que o segurado contribuiuapenas por uma das atividades concomitantes, emobediência ao limite máximo do salário decontribuição;
III - nos meses em que o segurado tenha sofridoredução dos salários de contribuição dasatividades concomitantes em respeito ao limitemáximo desse salário;
A primeira define que quando o segurado
contribuir em razão de atividades
concomitantes e preencher os requisitos ao
benefício em data posterior a 1º de abril de
2003, os salários de contribuição (anteriores
e posteriores a abril de 2003) deverão ser
somados e limitados ao teto.
A segunda contempla os segurados quetenham reunido os requisitos e requerido obenefício em data anterior a 1º de abril de2003, com relação aos quais se aplica o art. 32da Lei n. 8.213/1991, observando que, se orequerente não satisfizer em relação a cadaatividade as condições do benefício requerido,a atividade principal será aquela com saláriosde contribuição economicamente maisvantajosos, na linha do entendimento jáuniformizado no âmbito da TNU.
1. O Tribunal a quo, ao interpretar o art. 32 da Lei 8.213/1991,aplicou entendimento no sentido de que a atividade consideradaprincipal é a que resulta em maior proveito econômico ao segurado.Com efeito, o acórdão recorrido se encontra em sintonia com ajurisprudência do STJ.2. Deve ser considerada como atividadeprincipal, para fins de apuração do salário de benefício, aquelaque gerará maior proveito econômico no cálculo da rendamensal inicial, tratando-se de hipótese em que o segurado nãocompletou tempo de serviço suficiente para se aposentar emnenhuma das atividades concomitantes . Isto porque, diante dalacuna deixada pelo artigo 32 da Lei 8.213/1991, que não prevê, deforma expressa, a fórmula de cálculo dessa situação jurídica, devemser observados os princípios que envolvem a ordem econômica esocial previstas na Constituição, ambas fundadas na valorização eno primado do trabalho humano e na livre iniciativa, a fim deassegurar a todos a existência digna, conforme os ditames da justiçasocial.3. Recurso Especial não provido.(REsp 1664015/RS, Rel.Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em20/06/2017, DJe 29/06/2017)
“Art . 27-A. No caso de perda da qualidade
de segurado, para efeito de carência para a
concessão dos benefícios de que trata esta
Lei, o segurado deverá contar, a partir da
nova filiação à Previdência Social, com
metade dos períodos previstos nos
incisos I e III do caput do art. 25 destaLei. ”
Salário maternidade para contribuinte
individual e facultativa: 5 contribuições
Aposentadoria por invalidez e auxílio-
doença: 6 contribuições.
Período Auxílio-doençaeaposentadoriaporinvalidez
Saláriomaternidadedacontribuinteindividualefacultativa
Ate07/07/16 1/3dacarência4contribuições
1/3dacarência3contribuições
De8/07/16a11/07/16
1contribuição 1contribuição
De12/07a04/11/16 Carênciaintegral(12contribuições)
Carênciaintegral(10contribuições)
De05/11/16a05/01/17
1/3dacarência4contribuições
1/3dacarência3contribuições
De06/01a26/06/17 Carênciaintegral12contribuições
Carênciaintegral10contribuições
Apartirde27/06/17 ½dacarência6contribuições
½dacarência6contribuições
Se o benefício for cessado, importante que
se faça um recolhimento ainda que seja
como facultativo para que o tempo
intercalado seja computado como carência
(na via judicial) e tempo de contribuição
(art. 55, II, da Lei n. 8.213/91).
O tempo de gozo de auxílio-doença ou de
aposentadoria por invalidez não
decorrentes de acidente de trabalho só
pode ser computado como tempo de
contribuição ou para fins de carência
quando intercalado entre períodos nos
quais houve recolhimento de contribuições
para a previdência social.
Solicitar nos casos previstos no art. 47 da
Lei n. 8.213/91 o pagamento da
mensalidade de recuperação.
Art. 47. Verificada a recuperação da capacidade detrabalho do aposentado por invalidez, seráobservado o seguinte procedimento:
I - quando a recuperação ocorrer dentro de 5 (cinco)anos, contados da data do início da aposentadoriapor invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeusem interrupção, o benefício cessará:
a) de imediato, para o segurado empregado quetiver direito a retornar à função que desempenhavana empresa quando se aposentou, na forma dalegislação trabalhista, valendo como documento,para tal fim, o certificado de capacidade fornecidopela Previdência Social; ou
b) após tantos meses quantos forem os anos de
duração do auxílio-doença ou da aposentadoria
por invalidez, para os demais segurados;
II - quando a recuperação for parcial, ou ocorrer
após o período do inciso I, ou ainda quando o
segurado for declarado apto para o exercício de
trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a
aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta
à atividade:
a) no seu valor integral, durante 6 (seis) meses
contados da data em que for verificada a
recuperação da capacidade;
b) com redução de 50% (cinqüenta por cento),
no período seguinte de 6 (seis) meses;
c) com redução de 75% (setenta e cinco por
cento), também por igual período de 6 (seis)meses, ao término do qual cessarádefinitivamente.
Art. 219. Durante o período de que trata o art. 218,apesar de o segurado continuar mantendo a condição deaposentado, será permitido voltar ao trabalho semprejuízo do pagamento da aposentadoria, exceto nasituação prevista na alínea "a" do inciso I do art. 218 .
§ 1º Durante o período de que trata a alínea "b" doinciso I e na alínea "a" do inciso II, do art. 218, nãocaberá concessão de novo benefício.§ 2º Durante o período de que trata as alíneas "b" e "c"do inciso II do art. 218, poderá ser requerido novobenefício, devendo o segurado optar pela concessãodo benefício mais vantajoso.
Se a empresa não aceitar o segurado de volta,
de acordo com o entendimento do TST deve a
empresa pagar licença remunerada – limboprevidenciário e trabalhista até eventual
solução judicial do problema.
Importante o segurado não perder o vínculo
com o INSS durante a demanda judicial,recolhendo ainda que de seis em seis meses acontribuição como facultativo.
CONTROVÉRSIAS SOBRE
RECOLHIMENTOS PREVIDENCIÁRIOS
PARA SOCIEDADES DE ADVOGADOS
OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL
Inclusão do inciso VII, no§ 5º C, do art. 18da Lei Complementar n. 123/2006:“ serviços advocatícios” .
Não incluiu no rol dos tributos unificados acontribuição previdenciária patronal previstano inciso VI do caput do art. 13 da LC n.123/2006.
Inclusão na tabela do Anexo IV do Simples
Nacional Contribuição patronal para o
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
de 20% sobre a folha de salários
Lucro Presumido com carga mínima,
11,33% (IRPJ, CSLL, PIS e COFINS sobre
faturamento), ou Lucro Real, realidade
distante da maioria das Bancas.
Advogados autônomos, com alíquota de
Imposto de Renda (IR) máxima de 27,5%
sobre os rendimentos.
Contribuição Previdenciária Patronal - CPP:
tributo vinculado a cargo da empresa
incidente sobre a remuneração paga ou
devida à pessoa física que lhe preste
serviços destinada a retribuir o trabalho,
inclusive em relação aos serviços prestados
pelos contribuintes individuais.
20% sobre a totalidade da folha de
remuneração, não se sujeitando ao teto do
RGPS. Exemplo: Advogado empregado ou
autônomo que aufira no mês a
remuneração de R$ 10.000,00 . Valor a ser
pago até o dia 20 após a competência: R$
2.000,00. Essa regra se aplica ao valor dopro labore.
SAT (Seguro de Acidente do Trabalho): 1%,
2% ou 3%. No caso dos serviços de
advocacia, a alíquota é de 1%. Essa
contribuição previdenciária incide apenas
sobre a folha de salários dos empregados.
Art. 980-A. A empresa individual de
responsabilidade limitada será constituída
por uma única pessoa titular da totalidade
do capital social, devidamente integralizado,
que não será inferior a 100 (cem) vezes o
maior salário-mínimo vigente no
País. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011)
Se o contribuinte individual presta serviço para
uma PJ, compete a esta reter a contribuição
previdenciária até o limite do RGPS. Essa regra
está prevista na Lei nº 10.666/2003 (art. 4º),
vigorando a partir de abril de 2003. Prevalece a
presunção do recolhimento.
Alíquota de 11%. Equipara-se à alíquota de 20%,
contando os recolhimentos para fins de
aposentadoria por tempo de contribuição e CTC.
Não estão incluídas as verbas de natureza
indenizatória (art. 28 da Lei nº 8.212/91),
desde que pagas em consonância com a
legislação de regência e nem PLR (CARF –
Acórdão nº 9202003.370).
Não incide contribuição previdenciária
sobre valores distribuídos a título de lucro e
dividendos.
Art. 10. Os lucros ou dividendos calculadoscom base nos resultados apurados a partir domês de janeiro de 1996, pagos ou creditadospelas pessoas jurídicas tributadas com base nolucro real, presumido ou arbitrado, não ficarãosujeitos à incidência do imposto de rendana fonte, nem integrarão a base de cálculodo imposto de renda do beneficiário,pessoa física ou jurídica, domiciliado noPaís ou no exterior.
A isenção de que trata o artigo mencionado
não incide sobre valores pagos a título de
pro labore ou remuneração por serviçosprestados.
Art. 85 (...)
§ 15. O advogado pode requerer que o
pagamento dos honorários que lhe caibam
seja efetuado em favor da sociedade de
advogados que integra na qualidade de
sócio, aplicando-se à hipótese o disposto
no§ 14.
Não se caracteriza como sócio e nemempregado.
Entendimento jurisprudencial de que figuraria naqualidade de contribuinte individual (e até mesmoempregado dependendo da relação de trabalho),devendo incidir contribuição previdenciária sobreos valores pagos em prol do profissional.
Solução de consulta da 4ª Região Fiscal daReceita Federal nº 12, de 04/02/2011. Nãoatendimento das disposições da Lei nº10.101/2000 – PLR.
Art. 39. A sociedade de advogados pode
associar-se com advogados, sem vínculo de
emprego, para participação nos resultados.
Parágrafo único. Os contratos referidos
neste artigo são averbados no registro da
sociedade de advogados.
Art. 1.006. O sócio, cuja contribuição consista emserviços, não pode, salvo convenção emcontrário, empregar-se em atividade estranha àsociedade, sob pena de ser privado de seuslucros e dela excluído.
Art. 1.007. Salvo estipulação em contrário, osócio participa dos lucros e das perdas, naproporção das respectivas quotas, mas aquele,cuja contribuição consiste em serviços, somenteparticipa dos lucros na proporção da média dovalor das quotas.
“ 1. O sócio de serviço é segurado
obrigatório do Regime Geral de Previdência
Social – RGPS na qualidade de contribuinte
individual. Logo, incide contribuição
previdenciária sobre os rendimentos
auferidos por ele a título de pro labore. ”
“ 2. Não incide contribuição previdenciáriasobre os lucros distribuídos aos sócios dassociedades simples (de capital ou serviço)quando houver discriminação entreremuneração decorrente do trabalho (pró-labore) e a proveniente do capital social(lucro) ou tratar-se de adiantamento deresultado apurado por meio dademonstração de resultado do exercício –DRE. ”
“ 3. Os valores pagos pela sociedade ao
sócio de serviço, excedentes do montante
previsto no contrato social, ou, no seu
silêncio, excedentes dos limites previstos no
Código Civil (artigo 1007), como devidos ao
sócio de serviço, a título de lucro, devem ser
considerados retribuição pelo trabalho,
sujeitos à incidência de contribuição
previdenciária. ”
Admite que o sócio não receba pro laboreem razão do seu trabalho em prol da
sociedade, devendo o contrato social
estipular os critérios objetivos de
distribuição do lucro.
Art. 57. As bases de cálculo dascontribuições sociais previdenciárias daempresa e do equiparado são as seguintes:
§ 5º No caso de Sociedade Simples deprestação de serviços relativos ao exercíciode profissões legalmente regulamentadas, acontribuição da empresa em relação aossócios contribuintes individuais terá comobase de cálculo:
I - a remuneração paga ou creditada aos
sócios em decorrência de seu trabalho, de
acordo com a escrituração contábil da
empresa, formalizada conforme disposto no
inciso IV do caput e no§ 5º do art. 47;
II - os valores totais pagos ou creditados aossócios, ainda que a título de antecipação delucro da pessoa jurídica, quando não houverdiscriminação entre a remuneração decorrentedo trabalho e a proveniente do capital social,ou tratar-se de adiantamento de resultadoainda não apurado por meio de demonstraçãode resultado do exercício ou quando acontabilidade for apresentada de formadeficiente.
Empresa do SIMPLES – haveria o desconto
de apenas 11% sobre o pro-labore ou do
pagamento a título de RPA a cargo do
contribuinte individual ou das alíquotas de
8, 9 ou 11% nos casos dos empregados.
Além do desconto de 11% sobre o pro-labore ou do pagamento a título de RPA acargo do contribuinte individual ou dasalíquotas de 8, 9 ou 11% nos casos dosempregados, o escritório é obrigado a pagara alíquota de 20% a título de CPP sobre afolha de pagamentos e 1% sobre a folha desalários a título de SAT.
Teto: R$ 5.645,80
• Contribuinte individual (código 1007) –
autônomo – R$ 1.129,16;
Se fosse recolhido pela sociedade de
advogado o recolhimento seria de 31%: R$
1.750,20
159 159
Incidente sobre o patrimônio líquido do
fundo no qual está aplicada a provisão –
incide sobre o FIE – Fundo de Investimento
Especialmente Constituído.
160 160
Falta muitas vezes clareza na definição
deste percentual em alguns regulamentos,
que são omissos, fazendo menção ao
regulamento do FIE.
161 161
Definição: Valor resultante daaplicação de percentual sobre o valor
das contribuições pagas.
166
Pessoa com atualmente 30 anos
Vai se aposentar aos 60 anos
Contribuição mensal de R$ 500,00 .
Rentabilidade de 6% ao ano
Taxa de administração: 1%
Taxa de carregamento: 0%
Saldo acumulado: R$ 391.295,45
Renda mensal vitalícia: R$ 1.456,79.
166
167
Pessoa com atualmente 30 anos
Vai se aposentar aos 60 anos
Contribuição mensal de R$ 500,00 .
Rentabilidade de 6% ao ano
Taxa de administração: 1%
Taxa de carregamento: 3%
Saldo acumulado: R$ 379.589,57
Renda mensal vitalícia: R$ 1.413,09.
167
171
Renda vitalícia (em alguns regulamentosbenefício com prazo indeterminado)Renda temporáriaRenda vitalícia com prazo mínimogarantidoRenda vitalícia reversível ao beneficiárioindicadoRenda vitalícia reversível ao cônjuge comcontinuidade aos menores
172
Podem ser contratados benefícios de riscoadicionais (benefícios de riscos – nestecaso os valores pagos não são destinadasà reserva matemática – atenção tambémquanto às cláusulas de exclusão decobertura ).
Incapacidade laborativa reconhecida peloINSS não implica o pagamento dacobertura por parte da EPC.
Vantagem do planejamento succesório.
174 174
Instituiu o sistema regressivo do imposto de
renda, sendo que esta opção deverá ser
realizada de forma irretratável.
175 175
I - 35% (trinta e cinco por cento), para recursoscom prazo de acumulação inferior ou igual a 2(dois) anos;
II - 30% (trinta por cento), para recursos comprazo de acumulação superior a 2 (dois) anose inferior ou igual a 4 (quatro) anos;III - 25% (vinte e cinco por cento), pararecursos com prazo de acumulação superior a4 (quatro) anos e inferior ou igual a 6 (seis)anos
176 176
IV - 20% (vinte por cento), para recursos comprazo de acumulação superior a 6 (seis) anos einferior ou igual a 8 (oito) anos;
V - 15% (quinze por cento), para recursos comprazo de acumulação superior a 8 (oito) anos einferior ou igual a 10 (dez) anos; eVI - 10% (dez por cento), para recursos comprazo de acumulação superior a 10 (dez) anos .
177 177
Somente aplicável para os planos de
contribuição definida ou contribuição
variável.
Vigência a partir de 1 de janeiro de 2005 ,
podendo os antigos migrarem até dezembro
de 2005.
178 178
Os benefícios de proteção (pensão por
morte, renda por invalidez e pensão ao
cônjuge) não estão sujeitos a esse tipo de
tributação , sendo aplicável somente para os
benefícios por sobrevivência.
179 179
Tempo decorrido entre a entrada de
recursos no plano de previdência e o
pagamento relativo ao resgate ou benefício.
180 180
No momento do resgate o prazo de
acumulação será calculado de acordo com
cada uma das contribuições.
O valor do IR incidirá sobre as contribuições
mais antigas efetuadas durante o período
de acumulação.
182 182
A tributação progressiva, que segue a tabela
do Imposto de Renda da Pessoa Física
(IRPF), continua valendo.
Haverá a retenção na fonte com ajuste na
Declaração (15%)
183 183
Definição: Vida Gerador de Benefícios Livre
Base de cálculo do IRPF: Ganho de
capital , não sendo permitida a dedução da
base de cálculo do imposto de renda.
184 184
Destinatários : Indicado para quem faz adeclaração simplificada do imposto de renda
ou é isento.
185 185
Definição : Plano Gerador de Benefício Livre
Base de cálculo do IRPF : valor total do
benefício ou valor do resgate. Paras asentidades fechadas, não é possível
comercializar VGBL.
Destinatários: quem preenche a declaração
completa do imposto de renda
186 186
Possibilidade de deduzir o valor das
contribuições da base de cálculo do imposto
de renda, respeitando-se o limite de 12% da
renda bruta anual.