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D O T R A B A L H OM I N I S T É R I O
Planejamento e gestão do PCM
AT Elaboração do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
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ISBN 978-85-92984-12-0
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Planejamento e gestão do PCMATElaboração do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
Presidente da RepúblicaMichel Temer
Ministro do TrabalhoCaio Luiz Vieira de Mello
Fundacentro
PresidenteLeonice Alves da Paz
Diretor Executivo SubstitutoAllan David Soares
Diretor TécnicoRobson Spinelli Gomes
Diretor de Administração e FinançasRicardo Felix
Maria Christina FelixAyres da Costa Neto
2018
D O T R A B A L H OM I N I S T É R I O
São Paulo
Planejamento e gestão do PCMATElaboração do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
Ficha técnicaEditora-chefe: Glaucia Fernandes
Preparação de original: Karina Penariol SanchesRevisão de textos: BR 75 - Silvia Baisch
Projeto gráfico, capa e miolo: M&W Comunicação Integrada
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Disponível também em: www.fundacentro.gov.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Serviço de Documentação e Biblioteca – SDB / Fundacentro
São Paulo – SPErika Alves dos Santos CRB-8/7110
CIS – Classificação do “Centro Internacional d’Informacion de Sécurité et d’Hygiene du Travail” CDU - Classificação Decimal Universal
Felix, Maria Christina. Planejamento e gestão do PCMAT: elaboração do programa de condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção / Maria Christina Felix, Ayres da Costa Neto. São Paulo: Fundacentro, 2018. 126p. ; 21 cm. Resumo: Trata de diretrizes de gestão da segurança e saúde no trabalho, pautadas no Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, instituído a partir da reformulação da NR 18, em 1995. Referências: p. 101-102. ISBN 978-85-92984-12-0 1.Indústria da construção – Segurança e saúde no trabalho. 2. Indústria da Construção – Sistemas de gestão da segurança e saúde no trabalho. I. Costa Neto, Ayres da. II. Título.
CIS Xi A Vs CDU 69:613.6
Sumário
Capítulo 1 – Sistema de Gestão de SST ..............................................131. Introdução ..............................................................................132. Gerenciamento do canteiro de obras .......................................153. Diretrizes de sistemas de gestão .............................................164. Objetivos do PCMAT ................................................................185. Princípios básico de segurança para elaboração do PCMAT ....186. Modelo de estrutura proposto .................................................20
Capítulo 2 – Plano de Segurança e Saúde no Trabalho .....................211. Planejamento de segurança e saúde no trabalho ....................212. Objetivos do plano ..................................................................223. Metas ......................................................................................224. Estratégias .............................................................................235. Responsabilidades e competências em SST .............................24
Capítulo 3 – Elaboração de um Programa de SST ..............................271. Quesitos básicos do programa ................................................272. Elementos do programa ..........................................................283. Metodologia aplicada ao programa .........................................30
Capítulo 4 – Desenvolvimento do PCMAT ..........................................331. Implantação de canteiro .........................................................332. Áreas de vivência ....................................................................353. Serviços preliminares ..............................................................364. Infraestrutura .........................................................................395. Superestrutura ........................................................................406. Vedações .................................................................................447. Revestimentos ........................................................................448. Acabamentos ..........................................................................459. Projeto das instalações elétricas provisórias ...........................4610. Máquinas, equipamentos e ferramentas ...............................5011. Movimentação e transporte de materiais e pessoas ..............5212. Andaimes ..............................................................................5613. Cargas, descargas e movimentação de materiais ..................64
14. Trabalhos em altura ..............................................................6615. Espaços confinados ..............................................................7216. Armazenamento e estocagem de materiais ...........................8117. Sinalização de segurança......................................................8318. Plano de atendimento a emergências ....................................8619. Programa educativo ..............................................................8820. Forma de registro e divulgação de dados ..............................9121. Periodicidade ........................................................................91
Capítulo 5 – Projeto de SST para Canteiros de Obras .......................93
Capítulo 6 – Plano de Intervenção Pós-Obra .....................................951. Definição .................................................................................95
Capítulo 7. Projeto de ancoragem .......................................................971 Esperas de ancoragem ............................................................982 Disposição das esperas de ancoragem ....................................993 Material das esperas de ancoragem ........................................994 Resistência das esperas de ancoragem ...................................995 Aplicações ...............................................................................99
Referências .........................................................................................101
Anexos ................................................................................................103Anexo 1. Dados para o PCMAT ................................................ 103Anexo 2. Dimensionamento das áreas de vivência ................. 107Anexo 3. Planta de situação/áreas de vivência ........................ 109Anexo 4. Portaria de obra........................................................ 110Anexo 5. Instalações sanitárias .............................................. 111Anexo 6. Vestiários ................................................................. 112Anexo 7. Refeitório/cozinha .................................................... 113Anexo 8. desenhos padrões ..................................................... 114Anexo 9. desenhos específicos ................................................ 117Anexo 10. Plano de Atendimento de Emergência (PAE) ............ 118Anexo 11. Cronograma de implantação das medidas
preventivas do PCMAT .............................................. 119Anexo 12. Check list da grua .................................................... 122Anexo 13. Plano de cargas da grua ........................................... 126
Abreviaturas
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ART Anotação de Responsabilidade Técnica
ASO Atestado de Saúde Ocupacional
ATE Área Total Edificada
BS British Standard
C Carbono
CAT Comunicação de Acidente de Trabalho
CAU Conselho de Arquitetura e Urbanismo
Cipa Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas
CNPJ Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas
Confea Conselho Federal de Engenharia e Agronomia
Crea Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
EPC Equipamento de Proteção Coletiva
EPI Equipamento de Proteção Individual
FISPQ Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos
INSS Instituto Nacional do Seguro Social
IT Instrução Técnica
Kn Quilonewton
KTEX Quilotex
LIE Limite Inferior de Explosividade
LSE Limite Superior de Explosividade
MTb Ministério do Trabalho
NBR Norma Brasileira
NR Norma Regulamentadora
OIT Organização Internacional do Trabalho
OS Ordem de Serviço
PAE Plano de Atendimento de Emergência
PC Protection Cable (quadro de distribuição de energia)
PCMAT Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
PET Permissão de Entrada de Trabalho
PPM Parte por Milhão
PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
PT Permissão de Trabalho
PVC Cloreto de Vinila ou Policloreto de Vinil
QGBT Quadro Geral de Baixa Tensão
RCP Ressuscitação Cardiopulmonar
S2S Sulfeto de Hidrogênio
SESMT Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
SRT Superintendência Regional do Trabalho
SRTE Superintendência Regional do Trabalho e Emprego
SST Segurança e Saúde no Trabalho
SUS Sistema Único de Saúde
Figuras e quadros
Quadro 1 .....................................................................................84
Quadro 2 .....................................................................................86
Quadro 3 .....................................................................................95
Figura 1 ......................................................................................20
Figura 2 ......................................................................................97
Figura 3 ......................................................................................98
Figura 4 ......................................................................................98
Figura 5 ......................................................................................98
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ApresentaçãoA indústria da construção, por absorver grande parcela de
mão de obra não qualificada, é um dos setores de atividade econô-mica determinante para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Esse setor tem elevada incidência de acidentes de trabalho, principalmente graves e fatais.
A prevenção de acidentes nas obras exige enfoque específico em função do grande número de subcontratados, de serviços tercei-rizados, da rotatividade e da falta de qualificação da mão de obra.
A grande variedade de riscos nas várias fases do processo construtivo, aliada a cronograma da obra, fatores ambientais, pouco tempo entre a licitação e início da obra, dentre outros, tem como con-sequência, além dos acidentes e doenças de trabalho, desperdícios, retrabalho, baixa produtividade, comprometimento da qualidade e demandas nas esferas trabalhista, previdenciária, civil e penal.
A reformulação da Norma Regulamentadora 18 (NR 18 – Con-dições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção), através da portaria nº 4, de 4 de julho de 1995, criou uma inovação relacionada à gestão de segurança e saúde na indústria da cons-trução: o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT), que permite um efetivo gerencia-mento do ambiente de trabalho, do processo produtivo e de orien-tação aos trabalhadores nas questões relacionadas à segurança e à saúde dos trabalhadores no canteiro de obras. O ideal é que esse programa seja concebido desde a fase de planejamento e projeto, considerando o ciclo de vida do empreendimento.
Entendemos que o PCMAT, além de contemplar integralmen-te a legislação vigente e as convenções e recomendações da Organi-zação Internacional do Trabalho (OIT), deve considerar também as condições climáticas (temperatura, umidade, velocidade dos ventos, chuva) e a altitude na sua concepção e implementação. Além disso,
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Planejamento e gestão do PCMAT
deve incorporar ainda um programa de manutenção preventiva e cor-retiva de máquinas, equipamentos e ferramentas utilizados na obra.
Atualmente, temos uma escassa literatura técnica nacional relacionada ao tema. Dessa forma, esta publicação é de vital impor-tância, pois considera o programa como um instrumento de gestão no contexto da empresa.
Engenheiro Jófilo Moreira Lima Júnior
Consultor em Segurança e Saúde no Trabalho
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CAPíTULO 1
Sistema de Gestão de SST
1 Introdução
Segundo a NR 18, são obrigatórios a elaboração e o cum-primento do PCMAT nos estabelecimentos com 20 trabalhadores ou mais. Neste caso, esses estabelecimentos seriam os canteiros de obras e as frentes de trabalho.
A interpretação nos leva a dizer que, se o PCMAT é por es-tabelecimento, ele é compreendido pelas obras (prédios) nas áreas delimitadas pelo tapume e suas áreas de vivência. Já para as frentes de trabalho, a interpretação é de que o PCMAT será pelo conjunto das frentes de trabalho, diferenciando-as pelas atividades desenvolvidas em cada frente. Logo, nos dois casos, a empresa principal (emprega-dor ou condomínio) seria obrigatoriamente a responsável pela ela-boração do PCMAT.
Diz ainda a NR 18 que o PCMAT deve contemplar as exigên-cias contidas na NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambien-tais (PPRA), ou seja, deve apresentar em seu escopo um programa de gerenciamento de riscos, seguindo as etapas estipuladas nesta NR: antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos relacio-nados à higiene ocupacional.
Entendemos, ainda, que o PPRA deve ser elaborado pelas empresas contratadas pela empresa principal, face à diversidade de atividades desenvolvidas, primando pela especialização; inclusive por ser esse o argumento decente e válido para a terceirização, que é a qualidade.
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Planejamento e gestão do PCMAT
Outro item importante é que este programa deve ser elabora-do e executado por profissional da área de segurança do trabalho. Para melhor entendermos este profissional, usaremos como base as atribuições do engenheiro de Segurança do Trabalho e do técnico de Segurança do Trabalho.
As atribuições do engenheiro de Segurança do Trabalho são dadas pela Resolução do Conselho Federal de Engenharia e Agrono-mia (Confea) de número 359, de 31 de julho de 1991, e pela Resolu-ção do Conselho de Arquitetura de número 21, de 5 de abril de 2012. As do técnico de Segurança do Trabalho são dadas pela Portaria do Ministério do Trabalho (MTb) nº 3.275, de 21 de setembro de 1989.
Porém, o mais importante fica a cargo da implementação, que cabe ao empregador ou ao condomínio, e aqui novamente vale lem-brar que este responsável seria a empresa principal.
Como documentos que irão integrar o PCMAT na NR 18, des-tacam-se os seguintes:
• memorial descritivo sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e nas operações, levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas preventivas;
• projeto de execução das proteções coletivas em conformi-dade com as etapas de execução da obra;
• especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas;
• cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT;
• layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previsão de dimensionamento das áreas de vivência;
• programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, com sua carga horária.
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Sistema de Gestão de SST
2 Gerenciamento do canteiro de obras
Diferentemente das outras indústrias de transformação, a produtividade na construção é muito mais sensível e dependente do braço operário e de seu saber difundido na estrutura dos ofícios. Em particular, as comunicações no processo produtivo são, na maioria das vezes, do tipo homem-homem, e a gestão humana é mais deter-minante do que a gestão técnica do trabalho. Isto quer dizer que o ritmo e a qualidade do trabalho dependem quase que exclusivamen-te do trabalhador. Como resultado dessa gestão humana, a estrutura hierárquica do ofício tornou-se, assim, o instrumento mais eficiente de controle da produção.
Na construção habitacional, a base técnica e organizacional é, geralmente, rudimentar; o trabalho, precariamente organizado; e o controle e o nível de produtividade são baixos.
Observa-se que a produção na construção passa por uma se-quência de etapas, cada uma sob responsabilidade e comando dife-rentes, cabendo unicamente ao projeto a função de dar um sentido a todos esses esforços. Normalmente, mais de 20 atividades ocorrem, simultaneamente, dentro do processo de construção, envolvendo profissionais diferentes que se distribuem fazendo, cada um, sua parte do trabalho.
Um dos princípios fundamentais para melhorar a qualidade da construção é o planejamento dos projetos. Os projetos de cons-trução civil necessitam de vários planejamentos feitos por pesso-as diferentes, em setores distintos da organização e em momentos também diversos. A direção da organização enfoca os objetivos glo-bais do projeto, que norteiam os processos de planejamento dos de-mais níveis da empresa. Estes, por sua vez, procuram trabalhar no detalhamento dos meios para alcançar as metas estabelecidas. O gerenciamento de projetos é uma das áreas mais abandonadas na construção civil. O planejamento e o controle na construção são con-siderados áreas nas quais imperam a improvisação. As pesquisas
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Planejamento e gestão do PCMAT
revelam que as causas mais significativas para esses problemas de gerenciamento são:
• deficiência nas especificações e nas comunicações dos detalhes do projeto;
• conhecimento técnico insuficiente dos projetistas;• falta de confiança no planejamento prévio para os
trabalhos com base nos projetos.
3 Diretrizes de sistemas de gestão
3.1 Sistemas de gestãoDefiniremos sistemas de gestão pelo que diz a British Stan-
dard (BS) 8800:um conjunto, em qualquer nível de complexidade, de pessoas, recursos, políticas e procedimentos; componentes estes que interagem de um modo organizado para assegurar que uma dada tarefa seja realizada, ou para alcançar ou manter um resultado especificado.
3.2 Vantagens do gerenciamentoCom o gerenciamento, poderemos obter vantagens competi-
tivas, como:
• melhor organização da produção;• melhor gestão de recursos;• mais qualidade;• maior produtividade;• melhor emprego de recursos;• maior motivação do trabalhador;• menor impacto ambiental;• menor custo.
O sistema de gestão tem como característica principal a inicia-tiva voluntária, e o patamar mínimo é o cumprimento da legislação.
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Sistema de Gestão de SST
3.3 Elementos básicos de um sistema de gestão:
a) PolíticaNa política, o empregador declara se comprometer com as questões de segurança e saúde de seus trabalhadores, de-vendo assegurar a participação deles no sistema. Portanto, a política deve ser específica, concisa, muito bem difundida, revisada constantemente e sempre disponível às partes inte-ressadas.
b) OrganizaçãoÉ na organização que se estabelecem estruturas e procedi-mentos. As responsabilidades ficam claras, e a SST fica a cargo imediato do pessoal diretivo. Nesta fase definiremos como o sistema irá funcionar, como gerenciaremos os riscos, quais recursos serão utilizados, quais as estratégias de di-vulgação, de participação e de avaliação do sistema.
c) Planejamento e implementaçãoÉ nesta fase que faremos a análise do cenário atual, verifica-remos o cumprimento da legislação, desenvolveremos o Pro-grama de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Progra-ma de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) para identificarmos os programas a serem adotados e definirmos os objetivos mensuráveis.
d) AvaliaçãoA avaliação será realizada por meio de indicadores ativos e reativos. Como ativos, por exemplo, estão o número de ins-peções de segurança, o número de horas de treinamento em SST, o número de avaliações de riscos completadas e a por-centagem de atendimento às solicitações da Comissão Inter-na de Prevenção de Acidentes (Cipa). Como reativos, teremos o absenteísmo, os acidentes, as doenças, a reabilitação etc. A
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Planejamento e gestão do PCMAT
avaliação poderá ser feita por auditorias internas e/ou exter-nas, sempre em prol da melhoria contínua.
4 Objetivos do PCMAT
Como objetivo principal, o PCMAT deve assegurar que as em-presas da indústria da construção venham a desenvolver um progra-ma preventivo de acidentes e de doenças do trabalho, em conformi-dade com a NR 18, promovendo a integração entre a segurança do trabalho, o projeto e a obra.
No PCMAT devem constar as exigências contidas na NR 9, devendo realizar as etapas de antecipação, identificação, avaliação e controle dos riscos existentes no processo produtivo.
5 Princípios básicos de segurança para elaboração do PC-MAT
5.1 Evitar riscos• no projeto: previsão dos riscos e sua eliminação por meio
de soluções adequadas de concepção.• na execução: planejamento de métodos e processos de
trabalho, escolha de máquinas e equipamentos que resultem em ausência de riscos.
5.2 Avaliar riscos que não podem ser evitadosIdentificados os riscos que não podem ser evitados, estes de-
vem ser avaliados para caracterizar o fenômeno quanto à sua ori-gem, natureza e consequência.
5.3 Combater riscos na origem
Consiste no resultado do critério geral de eficácia que deve
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Sistema de Gestão de SST
orientar a prevenção. Eliminando-se a propagação do risco, ou mes-mo reduzindo a sua escala, é provável que se evite a potencialidade ou ainda a probabilidade de novos riscos, além de reduzir a necessi-dade de recorrer a processos complementares de controle.
5.4 Adaptação do trabalho ao homemIntervir ao nível dos componentes materiais do trabalho, a
exemplo de máquinas, ferramentas etc.
5.5 Atender ao estado da evolução da técnicaA prevenção deve atender, permanentemente, à evolução da
técnica.
5.6 Organização do trabalhoA organização do trabalho como princípio permitirá:
• isolar/afastar a fonte de risco;• eliminar/reduzir o tempo de exposição ao risco;• reduzir o número de trabalhadores expostos ao risco;• eliminar a sobreposição de tarefas incompatíveis;• integrar as diversas medidas de prevenção.
5.7 Prioridade da proteção coletiva em face da individual5.7.1 Quanto à proteção coletiva:• estabilidade dos seus elementos;• resistência dos materiais;• permanência no espaço e no tempo.
5.7.2 Quanto à proteção individual:• adequação do equipamento ao homem;• adequação do equipamento ao risco;• adequação do equipamento ao trabalho.
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Planejamento e gestão do PCMAT
5.8 Informação e formação
É um sistema institucionalizado de alimentação e circulação de conhecimentos adequados ao processo produtivo.
A informação deve:• permitir um conhecimento mais profundo dos componentes
do processo produtivo, possibilitando a identificação dos riscos associados;
• integrar o conhecimento da forma de prevenir estes riscos;• apresentar-se de forma adequada aos usuários;• a estrutura do PCMAT deve ser acompanhada de um
sistema de gestão: política, organização, planejamento e avaliação.
6 Modelo de estrutura proposto
Empreendedor POLITICA DE SST
Gestores de SST PROGRAMA DE SST
PCMAT
ESCRITÓRIO PLANO DE SST PROJETO DE SSTCANTEIRO DE
OBRAS
Figura 1 O modelo proposto deve ser desenvolvido em duas etapas:
plano e projeto de SST a partir da estrutura básica, como mostra a figura
1. O primeiro é específico para a fase de concepção do empreendimento
e o segundo, para ser aplicado no desenvolvimento das atividades dos
canteiros de obras, desde a instalação até a desinstalação.
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Planejamento de Segurança e Saúde no Trabalho
CAPíTULO 2
Planejamento de Segurança e Saúde no Trabalho
1 Plano de segurança e saúde elaborado no escritórioPara o desenvolvimento de um plano de SST, o empreendi-
mento deve passar por algumas observações, como: • caracterização do empreendimento, incluindo uma memó-
ria descritiva das técnicas construtivas a serem utiliza-das, das máquinas e dos equipamentos necessários, do efetivo máximo da obra e do desenvolvimento de projetos complementares de segurança, como dispositivos de pro-teção coletiva e individual;
• anexação de documentação importante, tais como política de SST, plano de SST, procedimentos em SST e ações para a prevenção de riscos.
Do plano de segurança devem constar todas as informações necessárias para reduzir os infortúnios, e sua estrutura, segundo Dias (1996), deve ser constituída de um conjunto de elementos ne-cessários para a promoção da segurança e da saúde de todos os trabalhadores envolvidos.
O planejamento do PCMAT deve contemplar seus objetivos, metas, estratégia e metodologia de trabalho.
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Planejamento e gestão do PCMAT
2 Objetivos do plano
2.1 Divulgação dos riscos de acidentesInformar a todos os trabalhadores os riscos de acidentes de
trabalho e de doenças ocupacionais aos quais estão expostos na exe-cução de suas atividades e as medidas preventivas e corretivas que devem ser implementadas para evitá-los.
2.2 Conscientização de todos os empregados Conscientizar o empregador e os trabalhadores da importân-
cia do PCMAT e da importância e responsabilidade de cada um para o atingimento das metas na redução e no controle dos riscos am-bientais.
2.3 Informações para PCMSOQuando contempladas em seu escopo, as exigências contidas
no PPRA (NR 9) devem fornecer os elementos necessários para a elaboração do PCMSO.
2.4 Redução dos índices de absenteísmo, acidentes e doen-ças ocupacionais
Reduzir os índices de absenteísmo, acidentes do trabalho e doenças ocupacionais.
3 Metas
3.1 Redução dos riscos de acidentesAplicar os conhecimentos de Engenharia de Segurança e de
Medicina do Trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus com-ponentes, inclusive máquinas e equipamentos, de modo a neutralizar, minimizar ou eliminar os riscos existentes à saúde do trabalhador.
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Planejamento de Segurança e Saúde no Trabalho
3.2 Redução dos agentes ambientaisReduzir os níveis de ruído e de concentração de poeiras e/ou
vapores químicos no ambiente de trabalho.
3.3 Programa educativoCumprir o que determina o item 18.28 da NR 18, que estabe-
lece que todos os empregados devem receber treinamentos admissio-nal, periódico, específico e eventuais com o conteúdo programático mínimo e carga horária nele estabelecido.
4 Estratégias
4.1 Níveis de atuaçãoIdentificar os riscos ocupacionais e atuar sempre que possível
para antecipá-los. Estabelecer, quando existentes, o reconhecimen-to com aplicação de medidas preventivas, corretivas e de controle, eliminando-os, neutralizando-os e/ou minimizando-os;
4.2 Banco de dadosFormação de banco de dados sobre acidentes de trabalho e
doenças ocupacionais através da Comunicação de Acidente do Tra-balho (CAT) e do Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), em colabo-ração com os profissionais que elaboraram o PCMSO.
4.3 Uso de EPIsDeterminar, esgotados os meios para a eliminação do risco, a
utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção Indivi-dual (EPIs), conforme estabelece a NR 6 – Equipamento de Proteção Individual.
4.4 Implantação de canteiroParticipar da análise dos projetos na implantação do canteiro
de obras, opinando sobre o ponto de vista da segurança, da higiene, do conforto e do meio ambiente do trabalho, principalmente em re-
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Planejamento e gestão do PCMAT
lação às áreas de vivência, responsabilizando-se, tecnicamente, pela orientação do cumprimento do disposto nas normas regulamentado-ras aplicáveis ao empreendimento.
4.5 CipaManter permanente relacionamento com a Cipa, valendo-se
ao máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e aten-dê-la, conforme dispõe a NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
4.6 Atividades de conscientizaçãoPromover atividades de conscientização, educação e orienta-
ção dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e de doenças ocupacionais, tanto por meio de campanhas quanto de programas de duração permanente.
4.7 Registros de acidentesAnalisar e registrar mensalmente todos os acidentes e as doen-
ças ocupacionais, com ou sem vítima, ocorridos no estabelecimento.
5 Responsabilidades e competências em SST
5.1 Dono do empreendimento ou construtorO dono do empreendimento é o principal responsável pela
designação dos gestores em SST e por elaborar uma Política de Se-gurança e Saúde para ser implementada em todos os empreendimen-tos, tanto no escritório (concepção de projetos) quanto nos canteiros de obras.
5.2 Gestores de SSTOs gestores devem ser profissionais de SST e são responsá-
veis por assessorarem os donos dos empreendimentos nos assuntos
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Planejamento de Segurança e Saúde no Trabalho
de SST, tanto nos escritórios como nos canteiros de obras, e imple-mentarem e divulgarem a política de SST elaborada pelo empreende-dor. Devem ainda elaborar um programa de SST a ser implementado nos escritórios e nos canteiros de obras.
5.3 Empreiteiros e subempreiteirosA eles, cabe o cumprimento dos contratos com as regras de-
signadas na legislação, na política e no programa de SST divulgados pela empresa contratante principal. Todas as cadeias de subcontra-tação devem ter as mesmas obrigações.
5.4 Trabalhadores em geralAos trabalhadores, cabe cumprir as disposições relacionadas
no programa de SST em obediência à política e ao plano de SST pre-viamente estipulados pela empresa. Todos os colaboradores devem ter sua importância no desenvolvimento do programa de SST, prin-cipalmente nos canteiros de obras, pois a participação em todos os níveis faz com que todos tenham uma parcela de responsabilidade quanto aos riscos inerentes ao desempenho das atividades a serem desenvolvidas antes, durante e na pós-obra.
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Planejamento e gestão do PCMAT
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Elaboração de um Programa de SST
CAPíTULO 3
Elaboração de um Programa de SST
1 Quesitos básicos do programa
Para a elaboração de um programa de SST, definiremos al-guns quesitos básicos para sua formatação.
Primeiramente, é preciso que haja um compromisso por parte do empreendedor nas questões de SST por meio de uma declaração de política de SST, através da qual o dono do empreendimento asse-gure aos seus trabalhadores proteção contra acidentes e doenças em trabalho em conjunto com eles.
Em segundo lugar está a antecipação de riscos, perigos e me-didas de controle de saúde ocupacional, através de programas NR 9 (PPRA) e NR 7 (PCMSO), respectivamente.
Em terceiro lugar está a exigibilidade de que os contratan-tes adotem objetivos de SST, baseados na política da empresa, no que diz respeito à formulação de um programa de SST, contínuo e apropriado, no qual designarão as medidas de segurança a serem adotadas nos escritórios e canteiros de obras; intercâmbio constante com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Me-dicina do Trabalho (SESMT), com a Cipa e com as comissões de SST, trocando informações e contando com os mesmos na implementação do plano de SST e no projeto de SST, com proposta de programa de educação e treinamento e de sistema de avaliação e melhoria do sistema de gestão em SST, estabelecendo, inclusive, procedimentos para as contratadas.
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Planejamento e gestão do PCMAT
2 Elementos do programa
2.1 Dados geraisPara o atendimento aos pontos constantes neste item, deve
ocorrer um encontro entre o responsável pelo recolhimento dos da-dos necessários ao seu preenchimento e o gestor do empreendimen-to. (Ver anexo I – Formulário para recolhimento de dados.)
2.2 Identificação da empresa2.2.1 ProprietárioNeste item devem estar todas as informações sobre o proprie-
tário do empreendimento:• razão social;• endereço completo;• Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ);• ramo de atividade;• Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE);• grau de risco.
2.2.2 Construtora
Neste item devem estar todas as informações sobre a empre-sa responsável pela construção do empreendimento:
• razão social;• endereço completo;• CNPJ;• ramo de atividade;• CNAE;• grau de risco.
2.2.3 Características do empreendimentoNeste item devem estar todas as características do empreen-
dimento:
• razão social;• endereço completo;
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Elaboração de um Programa de SST
• CNPJ;• ramo de atividade;• CNAE;• prazo da obra – início e término;• áreas de terreno e de construção;• pavimentos/quantidade;• número máximo de trabalhadores previsto.
2.3 ResponsabilidadesNeste item devem estar relacionados os responsáveis pela im-
plementação, elaboração e fiscalização das condições previstas, em todos os níveis, neste PCMAT, com a função e o registro nos respec-tivos conselhos regionais.
2.3.1 Responsável pela implementação do PCMATO responsável pela implementação deve ser o proprietário ou
alguém delegado por ele.Gestor do Empreendimento (Função);Registro no respectivo Conselho Regional.
2.3.2 Responsável pela elaboração do PCMATO responsável pela elaboração do PCMAT deve ser um enge-
nheiro de Segurança do Trabalho com registro no respectivo conse-lho: Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) ou Conse-lho de Arquitetura e Urbanismo (CAU).
Observação:
Não havendo projeto, poderá ser o técnico de Segurança do Trabalho com registro no Crea, Ministério do
Trabalho e Previdência Social (MTPS) ou com anotação na Carteira de Trabalho.
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Planejamento e gestão do PCMAT
2.3.3 Responsável pela fiscalização das atividades de segurança
O responsável pela fiscalização das atividades de segurança deve ser um engenheiro de Segurança do Trabalho com registro no Crea ou no CAU ou um técnico de Segurança do Trabalho com regis-tro no Crea, no MTPS ou com anotação na Carteira de Trabalho.
3 Metodologia aplicada ao programa
3.1 Recolhimento de informações do projeto
a) Visitas ao local do empreendimentoRealizar reunião com o gestor do empreendimento no local
das obras para:• coleta e análise de informações;• obtenção dos dados técnicos do empreendimento;• projeto legal;• memorial descritivo do empreendimento.
b) Identificação de riscosIdentificação dos possíveis riscos.
c) Análise de dados Analisar os dados obtidos, confrontando-os com os padrões
de referência, para determinação do nível de ação e dos limites de tolerância para desencadeamento das ações preventivas e/ou medi-das de controle.
3.2 Licenças legais
a) Licenças ambientaisAnalisar as licenças ambientais visando determinar as ações
em face das questões relacionadas ao meio ambiente.
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Elaboração de um Programa de SST
b) Licença de demoliçãoAnalisar a licença de demolição observando os detalhes em
relação ao solo, em especial quando anteriormente a utilização tenha sido de combustíveis ou outra substância química agressiva ao solo.
c) Licença de construçãoAnalisar a licença de construção, visando obter dados como:• Área Total Edificada (ATE);• número de pavimentos;• tipo de pavimento:
» subsolo;» acesso/térreo;» jirau;» garagem elevada;» pavimento tipo;» dependência;» cobertura.
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Planejamento e gestão do PCMAT
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Desenvolvimento do PCMAT
CAPíTULO 4
Desenvolvimento do PCMAT
O PCMAT objetiva o desenvolvimento de métodos de trabalho e de medidas de proteção e de controle, individuais e coletivas, de antecipação e de reconhecimento de riscos, visando à eliminação, à minimização ou à neutralização dos riscos existentes no canteiro de obras. Todas essas informações devem estar detalhadas no memo-rial, conforme roteiro a seguir.
Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho
1 Implantação de canteiro
Para a implantação de canteiro, fazem-se necessárias as se-guintes medidas principais:
1.1 Limpeza do terrenoLimpeza de área e preparo do terreno, visando remover ni-
nhos, tocas e animais peçonhentos.
1.2 Terraplenagem Neste item devem constar os processos para aplanar o terreno
com trabalhos manuais e com utilização de máquinas, a exemplo de retroescavadeiras, escavadeiras, pá carregadeira, motoniveladora, rolo compactador etc.
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Planejamento e gestão do PCMAT
1.3 Construção de tapumes
Tapumes, cercas e outras formas de delimitação da área de construção têm o objetivo de isolar esse espaço para que nenhuma pessoa estranha adentre o canteiro.
1.4 Construção dos escritórios/guaritasA construção dos escritórios e das guaritas visa dar condi-
ções para o corpo administrativo da obra e a segurança patrimonial exercerem o controle de suas atividades.
1.5 Armazenagem e estocagem de materiais1.5.1 Almoxarifado/depósitoA construção do almoxarifado e do depósito deve atender aos
seguintes requisitos:• identificação;• localização de fácil acesso;• cobertura resistente;• iluminação adequada;• ventilação de 15% da área do piso;• circulação mínima;• armazenamento adequado;• pintura adequada;• arquivamento das Fichas de Informação de Segurança
de Produtos Químicos (FISPQs) de todos os produtos do tipo;
• instalação elétrica adequada;• extintor de incêndio.
1.5.2 Depósito de líquidos inflamáveisA construção do depósito de líquidos inflamáveis deve aten-
der aos seguintes requisitos:• identificação;• localização de fácil acesso;
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Desenvolvimento do PCMAT
• acesso restrito e desobstruído;• cobertura resistente;• circulação mínima;• armazenamento adequado;• pintura adequada;• arquivamento das FISPQs de todos os produtos químicos;• iluminação e ventilação adequadas;• instalação elétrica adequada;• cartazes alusivos;• extintor de incêndio.
1.5.3 Baia de agregadosA construção da baia de agregados deve atender aos seguin-
tes requisitos:• identificação;• acesso desobstruído;• armazenamento adequado;• iluminação e ventilação adequadas.
2 Áreas de vivência
Deve ser feita a previsão de dimensionamento das áreas de vivência para atendimento ao maior número de trabalhadores do canteiro de obras ou da frente de trabalho, devendo haver atualiza-ções permanentes diante de modificações feitas em função da alte-ração do efetivo de trabalhadores. Deve dispor das seguintes insta-lações previstas na NR 18.
2.1 instalações sanitárias; 2.2 vestiário; 2.3 alojamento – quando houver trabalhadores alojados no canteiro de obras ou na frente de trabalho; 2.4 local de refeições;
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Planejamento e gestão do PCMAT
2.5 cozinha – quando houver preparo de refeições;2.6 lavanderia – quando houver alojamento;2.7 área de lazer – quando houver alojamento;2.8 ambulatório – quando se tratar de frente de trabalho com mais de 50 trabalhadores.
3 Serviços preliminares
São todas as atividades prévias e operações preparatórias para o início da implantação do canteiro e da construção propria-mente dita.
3.1 DemoliçãoExistindo edificação no terreno que não será utilizada como
instalação provisória (escritório, almoxarifado ou áreas de vivên-cias), há então necessidade de demolição dessa edificação, consti-tuindo-se em uma das atividades preliminares à construção. Deve-se, portanto, estabelecer diretrizes mínimas para assegurar a implemen-tação das medidas preventivas e de proteção em atendimento aos procedimentos internos da empresa e da legislação vigente, visando à preservação da integridade física do coletivo dos trabalhadores.
Esta atividade deve cumprir, dentre outras normas, o contido na NR 18 e na NBR 5682/1977 – Contratação, execução e supervisão de demolições –, que fixam algumas condições exigíveis para os tra-balhos de demolição, providências e precauções durante e após os trabalhos e métodos de execução.
3.1.1 HabilitaçãoA empresa contratada para executar a demolição deve ser
registrada no Crea e estar sob a responsabilidade de profissional legalmente habilitado com atribuição técnica compatível, devendo todos os equipamentos de demolição, movimentação e transporte
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Desenvolvimento do PCMAT
de materiais e pessoas serem operados somente por trabalhadores qualificados;
3.1.2 Plano de demoliçãoDeve ser elaborado um plano de demolição com recolhimento
de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), contendo previsão de:• desligamento de redes de gás, hidráulica e elétrica;• plano de emergência;• remoção de vidros e materiais frágeis;• plataforma de retenção de entulhos;• delimitação de área;• isolamento de área;• calha fechada para descida do entulho;• escadas e circulação limpas e livres.
3.2 Desmonte de rocha É um processo de retirada de rochas a frio ou a fogo,
como condição preliminar para o início da construção. Esta ativi-dade deve cumprir, dentre outras normas, os itens da NR 18 e da NBR 9061/1985 – Segurança de escavação a céu aberto.
3.2.1 A frioÉ um processo de retirada de rochas com a utilização de equi-
pamentos mecânicos.
3.2.2 A fogoNa operação de desmonte de rocha a fogo, fogacho ou mis-
ta, deve haver um blaster, profissional responsável pelo armazena-mento, pela preparação das cargas, pelo carregamento das minas, pela ordem de fogo, pela detonação e pelos dispositivos elétricos que lhe forem necessários, pela retirada das rochas que não explodiram, pela destinação adequada das sobras de explosivos. Esta operação deve atender aos itens abaixo:
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Planejamento e gestão do PCMAT
• projeto elaborado por profissional habilitado;• profissional qualificado blaster;• malha de proteção;• lona;• pneus;• delimitação e isolamento da área;• sinalização;• alarme sonoro.
3.3 EscavaçõesSão processos para adequar a superfície para o início das
fundações direta e indiretas. A escavação é uma condição preliminar para o início da construção, devendo cumprir, dentre outras normas, os itens da NR 18 e da NBR 9061/1985 – e atender aos itens abaixo:
• projeto de estabilização de taludes elaborado por profissional habilitado;
• profissional qualificado;• material afastado das bordas;• escoramento;• escadas de acesso e escape;• equipamento de descida e içamento, quando necessário;• plano de resgate e remoção;• delimitação e isolamento da área;• proteção da periferia da escavação;• sinalização.
3.3.1 Escavação manualAs escavações manuais se caracterizam pelo emprego perma-
nente de mão de obra direta, com utilização de ferramentas manuais.
3.3.2 Escavação mecanizadaNeste item, para a preparação do terreno, são utilizadas má-
quinas como retroescavadeiras, escavadeiras, pá carregadeira, mo-
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Desenvolvimento do PCMAT
toniveladora, rolo compactador, caminhões etc.
4 Infraestrutura
É toda a base no nível do solo ou abaixo dele, como radier, sapatas, blocos, estacas e tubulões, destinada a um processo para adequar a superfície para o início das fundações direta e indiretas. É uma condição preliminar para o início da construção, devendo cum-prir, dentre outras normas, a NBR 6122/2010 – Projeto e execução de fundações.
4.1 Escavações Elementos estruturais utilizados para receber e transferir
ao terreno as cargas que são aplicadas à estrutura. É uma condi-ção preliminar para o início da construção da superestrutura, de-vendo cumprir, dentre outras normas, os itens da NR 18 e da NBR 9061/1985 e atender às seguintes condições:
• profissional habilitado;• profissional qualificado;• material afastado das bordas;• escoramento;• escadas de acesso e escape, quando necessário;• delimitação e isolamento da área;• proteção da periferia da escavação, quando necessário;• sinalização.
4.2 Fundações • Direta
É toda fundação superficial ou rasa, em que a carga é transmitida diretamente ao terreno, como radier, sapatas e blocos.
• Indireta
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Planejamento e gestão do PCMAT
É toda fundação profunda, em que a base é abaixo do solo, como blocos, estacas e tubulões.
5 Superestrutura
É toda a estrutura de uma construção localizada acima do nível do solo. Consideraremos as seguintes etapas principais para a execução da superestrutura:
5.1 Preparação de formas - Central de armações de formas
Esta etapa compreende o detalhamento de todas as operações realizadas em local previamente definido (central de formas) para a construção das formas que serão montadas.
5.2 Características
A Central de formas deve atender às seguintes condições:• localização adequada;• delimitação/isolamento de área;• piso nivelado e limpo;• bancada adequada;• organização;• iluminação e ventilação;• cobertura resistente.
5.3 Bancada da serra circular ou serra circular de bancada
Deve estar previsto um espaço delimitado e isolado na Cen-tral de formas para a operação de corte de madeira (tábuas, caibros, compensados etc.), devendo atender às seguintes condições:
• profissional qualificado;• mesa adequada;• disco afiado e travado;• coifa de proteção;
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Desenvolvimento do PCMAT
• proteção polia/correia;• coletor de serragem;• limpeza permanente;• dispositivo de bloqueio;• botão de emergência;• iluminação/lâmpada protegida;• laudo de aterramento;• empurradores e guia de alinhamento;• piso nivelado e limpo;• cobertura resistente;• extintores de incêndio.
5.4 Armazenamento de madeiras
Deve estar prevista uma área adequada (próxima à serra cir-cular) para armazenamento de madeira (tábuas, caibros, compen-sados etc.).
5.5 Montagem de formas
Esta etapa compreende o detalhamento de todas as operações realizadas no local previamente definido (laje) para a montagem das formas para concretagem, devendo atender às seguintes condições:
• projeto de escoramento;• escora contrapinada;• colocação de aprumadores e tensores de pilares;• colocação de escoramento de vigas;• andaime adequado/escada;• linha de vida/cabo de aço 3/16".
5.6 Preparação de armações de aço – Central de armação de ferro
Esta etapa compreende o detalhamento de todas as operações realizadas em local previamente definido (Central de armações de aço) para a execução das armaduras de aço.
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Planejamento e gestão do PCMAT
5.6.1 Características A Central de armações de aço deve atender às seguintes condições:
• localização adequada;• delimitação/isolamento de área;• piso nivelado e limpo;• bancada adequada;• organização;• iluminação;• cobertura resistente.
5.6.2 Bancada da serra policorteDeve estar previsto um espaço na Central de ferro para a ope-
ração de corte de ferragem, devendo atender às seguintes condições:• profissional qualificado;• bancada adequada;• disco adequado;• coifa de proteção;• proteção polia/correia;• limpeza permanente;• dispositivo de bloqueio;• botão de emergência;• iluminação/lâmpada protegida;• laudo de aterramento;• piso nivelado e limpo;• cobertura resistente;• extintores de incêndio.5.6.3 Máquina de corte e dobra de ferroDeve estar previsto um espaço na Central de ferro para a ope-
ração de dobra e corte de ferragem, devendo atender às seguintes condições:
• profissional qualificado;• mesa adequada;• limpeza permanente;
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Desenvolvimento do PCMAT
• dispositivo de bloqueio;• iluminação/lâmpada protegida;• laudo de aterramento;• piso nivelado e limpo;• cobertura resistente;• extintores de incêndio.
5.6.4 Armazenamento de ferragemPrevê uma área adequada (próxima à serra policorte e à má-
quina de corte e dobra) para armazenamento da ferragem.
5.6.5 Montagem e instalação de armações de açoEsta etapa compreende o detalhamento de todas as operações
realizadas no local previamente definido (laje) para a colocação das armaduras de aço para concretagem, devendo atender às seguintes condições:
• proteção dos ferros de espera;• andaime adequado/escada;• colocação de aprumadores e tensores de pilares;• colocação de escoramento de vigas;• linha de vida/cabo de aço 3/16".
5.6.6 ConcretagemEsta etapa tem o objetivo de realizar a operação de concreta-
gem para efetivar a estruturação do concreto armado, devendo aten-der às seguintes condições:
• equipe exclusiva;• passarela provisória;• sentido da concretagem;• escoramento da tubulação;• fixação da tubulação;• proteção de periferia;• linha de vida/cabo de aço 3/16”.
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Planejamento e gestão do PCMAT
5.6.7 DesformaEsta etapa compreende o detalhamento da operação de des-
forma após o tempo de cura, devendo atender às seguintes condições: • equipe exclusiva;• passarela provisória;• sentido da concretagem;• escoramento da tubulação;• fixação da tubulação;• andaime adequado/escada;• arrumação do material desformado;• não deixar livre das peças;• proteção da periferia;• linha de vida/cabo de aço 3/16”.
6 Vedações
Esta etapa compreende a colocação de divisórias, a separação de cômodos ou, ainda, as proteções periféricas definitivas, devendo atender às seguintes condições:
• isolamento da área do térreo correspondente;• utilização de andaime adequado;• travamento provisório da alvenaria.As proteções periféricas definitivas são executadas em alvena-
ria (tijolos de cerâmica ou blocos de concreto), ao passo que as divi-sórias e a separação de cômodos podem ser executadas em alvenaria, gesso acartonado (drywall) ou painéis metálicos, de fórmica, PVC etc.
7 Revestimentos
Esta etapa compreende a execução de serviços de revestimen-tos internos de massas, cerâmicas e laminados, devendo-se observar
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Desenvolvimento do PCMAT
as seguintes condições, conforme disposto na NR 18. • ventilação adequada durante a aplicação de laminados;• luminária blindada durante a aplicação de laminados;• sinalização de segurança durante a aplicação de laminados;• utilização de andaime adequado.
7.1 InternosNa execução de serviços de revestimentos internos, deve-se ob-
servar a utilização de andaimes adequados, pois, face ao pé direito, quase não existe a possibilidade de instalação da linha de vida para utilização do cinto de segurança, exceto em pé direito duplo ou triplo.
7.2 ExternosNa execução de serviços de revestimentos externos, deve-se
atentar também para a utilização de andaimes adequados, conside-rando-se o material a ser aplicado e a altura do prédio para a defini-ção do tipo de andaime, conforme item da NR 18.
Observação: A utilização de cadeira suspensa (balancim individual)
somente é permitida quando não for possível a instalação de algum tipo de andaime, conforme item
18.15.49 da NR 18.
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Planejamento e gestão do PCMAT
8 Acabamentos
Esta etapa compreende a execução de serviços de acabamen-tos internos de colocação de guarda-corpos, gradis, corrimãos, es-quadrias, portas, janelas, vidros, louças e ferragens, devendo-se ob-servar o disposto no item da NR 18.
8.1 Colocação de esquadrias e janelas Os locais abaixo das áreas de colocação de esquadrias e jane-
las devem ser interditados ou protegidos contra queda de material.
8.2 Colocação de gradis de varandas
Os locais abaixo das áreas de colocação de gradis de varan-das devem ser interditados ou protegidos contra queda de material.
8.3 Colocação de vidrosOs locais abaixo das áreas de colocação de vidros devem ser
interditados ou protegidos contra queda de material.
Observação: Após a colocação, os vidros devem ser marcados
de maneira que sua área seja visível.
9 Projeto das instalações elétricas provisórias
O projeto das instalações elétricas provisórias deve ser elabora-do por um profissional legalmente habilitado (engenheiro eletricista), com recolhimento de ART, em conformidade com o que estabelece a NR 18 e a NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade. O projeto deve estar atualizado e ficar no canteiro de obras à disposição da fiscalização com as seguintes características mínimas.
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Desenvolvimento do PCMAT
9.1 Execução e manutenção
A execução e a manutenção das instalações elétricas provi-sórias devem ser realizadas por trabalhador qualificado, conforme a NR 18 e a NR 10, e atender aos itens abaixo.
a) DesenergizaçãoOs serviços de execução e manutenção das instalações elé-
tricas provisórias somente podem ser realizados quando o circuito elétrico não estiver energizado;
b) TreinamentoO eletricista deve possuir treinamento específico de acordo
com o estabelecido na NR 10.
9.2 Medidas de controleDevem ser definidas as medidas de controle conforme esta-
belecido abaixo:a) Documentação• documentação de habilitação, capacitação, qualificação e
autorização dos trabalhadores; • comprovação dos treinamentos realizados;• certificações dos equipamento utilizados.
9.3 Medidas de proteção coletivaDevem ser adotadas as seguintes medidas de proteção coletiva:a) Laudo de aterramento• definir a configuração e o sistema de aterramento e demais
dispositivos de proteção;• aterrar as estruturas e a carcaça dos equipamentos elétricos;• realizar a medição ôhmica de todos os equipamento
elétricos não portáteis.
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Planejamento e gestão do PCMAT
b) Sinalização de segurança• identificar equipamento ou circuitos impedidos;• sinalizar áreas de circulação que restrinjam ações de
pessoas não qualificadas;• especificar dispositivos de desligamento de circuitos
que impeçam a reenergização durante a realização dos serviços e dispositivos de seccionamento que permitam a aplicação de impedimento de reenergização do circuito.
c) Situação de emergência• os eletricistas devem estar aptos a executar o resgate e a
prestar primeiros socorros;• os eletricistas devem estar aptos a operar os equipamen-
tos de combate a incêndio existentes nas instalações elé-tricas.
d) Dispositivo DR – Diferencial Residual Devem ser instalados dispositivos de proteção contra corren-
tes residuais, também conhecidos como Dispositivos DR ou apenas DR, nos circuitos elétricos de forma a oferecer proteção contra cho-ques elétricos
9.4 Medidas de proteção individualDevem ser adotadas as seguintes medidas de proteção indi-
vidual:• EPIs
Devem ser utilizados EPIs específicos e adequados quan-do as medidas de proteção coletiva não forem tecnicamen-te suficientes.
• Vestimentas de trabalhoAs vestimentas de trabalho devem contemplar as necessi-dades das atividades quanto à condutibilidade, inflamabi-lidade e influências eletromagnéticas.
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Desenvolvimento do PCMAT
9.5 Memorial descritivoO memorial descritivo deve conter, no mínimo, os seguintes
itens de segurança:• proteção contra choque elétrico;• indicação de posição dos dispositivos de manobra de
circuitos elétricos;• isolamento de partes vivas acessíveis;• obstáculos, barreiras, invólucros ou distanciamentos de
redes vivas que impeçam contatos acidentais;• garantia de que as instalações proporcionem iluminação
e nível de iluminamento adequados e posicionamento em conformidade com a NR 17 – Ergonomia;
• Retirada, pelo eletricista responsável, de qualquer circuito elétrico que esteja inoperante.
9.6 Montagem das instalações elétricasAs instalações elétricas provisórias devem estar em conformi-
dade com as normas definidas pela concessionária local, devendo ter:• Quadro Geral de Baixa Tensão (QGBT)O QGBT deve ser construído através de esquema unifilar e ser mantido fechado, mas com possibilidade de acesso em caso de emergência, devendo ser constituído de:
• Protection Cable (PC)/entrada geral A chave geral deve ser do tipo blindada, com aprovação da concessionária local.
• Circuito de derivaçãoDeve ser instalada uma chave individual para cada circuito de derivação.
• Quadro de tomadasDeve ser instalada uma chave blindada em cada quadro de tomadas do pavimento.
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Planejamento e gestão do PCMAT
• Equipamentos
Devem ser instaladas chaves magnéticas e disjuntores e para os equipamentos.
9.7 DistribuiçãoOs fios e cabos devem ser distribuídos de forma aérea e por
locais que não atrapalhem a passagem de pessoas, máquinas e ma-teriais, preferencialmente protegidos por eletrodutos de PVC fixados na parede.
a) ConexõesTodas as conexões das máquinas e equipamentos móveis, in-clusive as destinadas para iluminação, devem ser feitas por meio do conjunto plug/tomada.
Observação: Sempre que forem realizados trabalhos próximos à rede
externa elétrica, devem ser usadas proteções para evitar o risco de contatos acidentais com a rede.
10 Máquinas, equipamentos e ferramentas
As máquinas, os equipamentos e as ferramentas devem ter as seguintes características:
a) Aterramento As máquinas e os equipamentos elétricos devem ser aterra-dos adequadamente.
b) Qualificação Todos os operadores de máquinas e equipamentos devem ser qualificados e identificados, conforme estabelece a NR 18, e receber instruções sobre os métodos mais seguros para cada operação através de Ordem de Serviço (OS).
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Desenvolvimento do PCMAT
c) Manutenção e limpeza A limpeza e a manutenção de qualquer máquina ou equipamento devem ser realizadas com o equipamento desligado e/ou parado.
10.1 Ferramenta de fixação à pólvoraSomente deve ser operada por trabalhador qualificado e cre-
denciado pela administração da obra, usando os seguintes EPIs, in-clusive para os ajudantes:
• capacete de segurança com jugular;• óculos de proteção;• luvas de vaquetas;• protetor auricular tipo concha.
10.2 BetoneirasDeve ser utilizada betoneira com carregador e misturador,
operada por trabalhador qualificado e identificado e com os EPIs necessários, obedecendo aos seguintes requisitos mínimos:
• cobertura;• área isolada com barreira ou cancela;• componentes revisados diariamente.
10.3 Serra circular Deve atender aos seguintes requisitos mínimos:• coifa protetora;• empurradores para cortes perpendiculares e diagonais;• caixa coletora de resíduos;• extintor tipo água e CO2;• aterramento;• inspeção diária do disco de corte;• limpeza diária da caixa coletora de resíduos,
principalmente ao final do expediente;• isolamento com acesso somente para o operador;• cobertura.
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Planejamento e gestão do PCMAT
10.4 Ferramentas manuaisO almoxarifado deve dispor de ferramentas manuais em per-
feito estado de conservação:• antes da retirada do almoxarifado, o trabalhador deve
fazer uma verificação visual do funcionamento e estado de conservação das ferramentas;
• devem ser periodicamente vistoriadas todas as ferramen-tas e todos os equipamentos de apoio, nas proteções, no estado, na fiação elétrica e em outros itens recomendados pelos fabricantes;
• se o uso de uma ferramenta ou de outro EPI requerer um EPI específico, o responsável pelo almoxarifado, ao entre-gar a ferramenta ao trabalhador, entregará obrigatoria-mente, também, o referido EPI.
11 Movimentação e transporte de materiais e pessoas
11.1 Cremalheiras para transporte de materiais e passageirosAs cremalheiras para transporte de materiais e passageiros
devem ser operadas por operadores qualificados e identificados por crachá e estar sob a responsabilidade de profissional legalmente ha-bilitado com emissão de ART, cumprindo os itens da NR 18, além das recomendações abaixo:
a) as cremalheiras mistas podem transportar materiais, des-de que não simultaneamente e com o comando externo, devendo priorizar o transporte de passageiros;
b) as cremalheiras devem obedecer as especificações do fa-bricante para montagem, operação, manutenção e des-montagem;
c) os manuais de orientação do fabricante devem permanecer na obra, para consulta;
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Desenvolvimento do PCMAT
d) o sistema de comunicação deve ser feito por meio de cam-painha elétrica;
e) é preciso haver um livro de manutenção periódica para cada elevador ou cremalheira, assinado pelo responsável;
f) cada cremalheira precisa passar por uma inspeção diária visual feita pelo operador, que deve verificar as condições do cabo de aço, da mesa do elevador, da campainha, do fim de curso e dos freios;
g) toda e qualquer irregularidade deve ser imediatamente co-municada pelo operador ao mestre de obras e ao respon-sável pela administração da obra;
h) as cremalheiras mistas devem ter na parte interna da ca-bina os seguintes avisos: “Capacidade máxima X pessoas ou 0.000 kg” e “É proibido transporte simultâneo de pes-soas e materiais”;
i) o acesso às cremalheiras deve ser feito por cancela, afas-tada um metro da borda da laje;
j) os postos de trabalho dos operadores, quando externos, devem ser isolados por paredes de madeira compensada, com cobertura e porta-cadeado.
11.2 Guincho de colunaOs guinchos de coluna para içamento de materiais entre os
pavimentos devem ter operadores qualificados e identificados por crachá, cumprir os itens da NR 18, além das recomendações abaixo:
a) os guinchos de coluna devem ser providos de dispositivo próprio para sua fixação;
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Planejamento e gestão do PCMAT
b) o tambor do guincho de coluna deve estar nivelado para garantir o enrolamento adequado do cabo e, em qualquer posição do moitão, o cabo de tração deve dispor, no míni-mo, de seis voltas enroladas no tambor;
c) antes do início dos serviços, os equipamentos de guindar e transportar devem ser vistoriados por trabalhador qua-lificado com relação à capacidade de carga, à altura de elevação e ao estado geral do equipamento;
d) todas as manobras de movimentação devem ser executa-das por trabalhador qualificado e por meio de código de sinais convencionados;
e) todas as manobras de movimentação devem ser execu-tadas quando houver completa visibilidade por parte do operador, devendo ser utilizado código de sinais conven-cionados;
f) os guinchos de coluna devem ser montados em locais onde não haja a possibilidade de contato, durante sua mo-vimentação, com redes elétricas energizadas;
g) os guinchos de coluna devem ter trava de segurança no gancho do moitão;
h) os postos de trabalho, dos operadores devem ser isolados por paredes de madeira ou compensado e, frontalmente, por sistema guarda-corpo, dispondo de cobertura e porta--cadeado;
i) todas as partes móveis da força motriz devem ser prote-gidas;
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Desenvolvimento do PCMAT
j) as irregularidades encontradas devem ser lançadas no li-vro de registro de inspeção de máquinas e equipamentos, conforme a NR 18;
k) toda e qualquer irregularidade deve ser imediatamente co-municada pelo operador ao mestre de obras e ao respon-sável pela administração da obra.
11.3 GruaAs gruas para transporte de material devem ter operadores e
sinaleiros qualificados e identificados por crachá e estar sob respon-sabilidade de profissional legalmente habilitado com emissão de ART. Deve atender os itens da NR 18, priorizando as recomendações abaixo.
11.3.1 MontagemA grua deve obedecer as especificações do fabricante para
montagem, operação, manutenção e desmontagem e estar sob a res-ponsabilidade de profissional legalmente habilitado, devendo emitir ART e fazer o devido recolhimento.
11.3.2 AterramentoA grua deve estar devidamente aterrada e, quando necessá-
rio, dispor de para-raios situados a dois metros acima da ponta mais elevada da torre.
11.3.3 Plano de cargasA implantação e a operacionalização da grua devem estar
previstas no plano de cargas, que deve conter as informações cons-tantes da NR 18.
11.3.4 Movimentação da cargaQualquer movimentação de cargas deve ser precedida de pla-
nejamento que contemple:
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Planejamento e gestão do PCMAT
• presença do sinaleiro/amarrador;• tipo, peso e dimensões do material a ser transportado;• cintas, cabos, redes ou embalagens adequadas;• EPIs necessários à execução da operação;• isolamento da área de carga ou descarga;• presença no local apenas dos envolvidos na operação.
11.3.5 Dispositivos de segurançaÉ obrigatória a instalação dos seguintes dispositivos de se-
gurança:• trava de segurança no gancho do moitão;• alarme sonoro que deve ser acionado pelo operador
sempre que houver movimentação de carga;• fins de curso automáticos, como limitadores de cargas ou
movimentos, ao longo da lança;• áreas de carga/descarga delimitadas, permitindo o acesso
apenas ao pessoal envolvido na operação.
11.3.6 Procedimentos de segurançaSão obrigatórios os seguintes procedimentos de segurança:• manter a lança em posição de descanso quando a grua
não estiver em operação;• quando não estiverem em operação, manter os cabos, os
estropos e as cintas em locais protegidos de intempérie.
12 Andaimes
Na execução de serviços de revestimentos externos, deve-se atentar, também, para a utilização de andaimes adequados, levan-do-se em consideração o material a ser aplicado e a altura do prédio para a definição do tipo de andaimes, conforme item da NR 18.
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Desenvolvimento do PCMAT
a) Responsabilidade de execução
O dimensionamento deve ser realizado e supervisionado por profissional legalmente habilitado e pelo técnico de segurança, quando houver, devendo ser elaborado projeto com memorial de cálculo, quando necessário, e apresen-tada ART com o devido recolhimento, devendo ficar cópia em arquivo na obra.
b) Montagem A montagem e desmontagem dos andaimes deve atender
aos seguintes requisitos mínimos:• a madeira para confecção de andaimes deve ser
de boa qualidade, seca, sem nós e rachaduras que comprometam sua resistência, sendo proibido o uso de pintura que encubra imperfeições;
• os montantes dos andaimes devem ser apoiados em sapatas sobre base sólida;
• é proibido o trabalho em andaimes apoiados sobre cavaletes em altura superior a dois metros e largura inferior a 90 centímetros;
• antes da montagem, desmontagem e movimentação de andaimes próximos às redes elétricas, deve ser feita uma proteção que impeça o contato acidental com qualquer componente da rede.
c) Proteções Os andaimes devem dispor das seguintes proteções:• assoalhamento completo com madeira de boa qualida-
de, seca, sem nós e rachaduras que comprometam sua resistência;
• guarda-corpo e rodapé, inclusive nas cabeceiras, exceto na face de trabalho;
• nivelamento permanente.
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Planejamento e gestão do PCMAT
É proibida a utilização de escadas e outros meios para se atin-gir lugares mais altos sobre o piso de trabalho de andaimes.
d) AncoragemA ancoragem dos andaimes deve seguir as seguintes regras:• as torres de andaimes não podem exceder, em altura, qua-
tro vezes a menor dimensão da base de apoio, quando não estaiadas;
• os andaimes devem ser adequadamente ancorados à es-trutura da construção por meio de amarração, entronca-mento e estaiamento, de modo a resistir aos esforços aos quais estará sujeita.
e) AcessosOs andaimes com altura superior a um metro e meio devem ser providos de escadas ou rampas para um acesso seguro.
12.1 Andaimes simplesmente apoiados
Os andaimes simplesmente apoiados devem atender aos se-guintes requisitos mínimos:
• proibido o trabalho em andaimes apoiados sobre cavaletes com altura superior a dois metros e largura inferior a 90 centímetros;
• proibido o trabalho em andaimes na periferia da edificação sem fixação à estrutura do prédio.
12.2 Andaimes móveisOs andaimes móveis devem atender aos seguintes requisitos
mínimos:
• somente poderão ser utilizados em superfícies planas;• devem ser providos de travas, de modo a evitar
deslocamentos acidentais;• têm o deslocamento de suas estruturas proibido quando
estiverem com trabalhadores.
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Desenvolvimento do PCMAT
12.3 Andaimes em balançoOs andaimes em balanço devem atender aos seguintes requi-
sitos mínimos:
• ter sistema de fixação à estrutura da edificação capaz de suportar três vezes os esforços solicitantes;
• a estrutura do andaime deve ser convenientemente contraventada e ancorada, de forma a eliminar quaisquer oscilações.
12.4 Andaimes fachadeiros
Os andaimes fachadeiros devem ter projeto para montagem que preveja ancoragem, assoalhamento completo, base e devida ART, atendendo, no mínimo, aos seguintes requisitos:
• não devem receber cargas superiores às especificadas pelo fabricante ou previstas no projeto. A carga deve ser distribuída de modo uniforme, sem obstruir a circulação de pessoas, e ser limitada pela resistência da forração da plataforma de trabalho;
• Os acessos verticais ao andaime fachadeiro devem ser feitos por meio de escada incorporada à própria estrutura, mediante torre de acesso ou pela própria edificação no nível de trabalho;
• A movimentação vertical de componentes e acessórios para a montagem e/ou desmontagem de andaime fachadeiro deve ser feita com cordas ou sistema próprio de içamento;
• Os montantes do andaime fachadeiro devem ter seus encaixes travados com parafusos, contrapinos, braçadeiras ou similar;
• As peças de contraventamento devem ser fixadas nos montantes com parafusos, braçadeiras ou encaixe em pinos, devidamente travados ou contrapinados;
• Os painéis dos andaimes fachadeiros destinados a suportar os pisos e/ou funcionar como travamento, depois
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Planejamento e gestão do PCMAT
de encaixados nos montantes, devem ser contrapinados ou travados com parafusos, braçadeiras ou similar;
• Os andaimes fachadeiros devem ser entelados com tela de arame galvanizado ou material de resistência e durabilidade equivalentes em toda sua extensão.
12.5 Andaimes suspensos leves e pesados e motorizados
Além das orientações do fornecedor dos andaimes suspensos, devem ser consideradas as seguintes observações:
12.5.1 Sustentação
A instalação, a sustentação e a manutenção dos andaimes suspensos devem ser feitas por trabalhador qualificado, sob supervi-são e responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado obedecendo, quando de fábrica, às especificações técnicas do fabri-cante, devendo ter as seguintes condições:
• dispositivo de sustentação, voltado para o interior da construção, devidamente fixado, constando essa especificação do projeto emitido;
• estar sustentado por meio de vigas, afastadores ou outras estruturas metálicas de resistência equivalente a, no mínimo, três vezes o maior esforço solicitante, apoiada ou fixada somente em elemento estrutural;
• No caso de sustentação em platibanda ou beiral da edi-ficação, deve ser precedida de estudos de verificação es-trutural sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado, que deve permanecer no local da realização dos serviços.
12.5.2 Carga máxima de trabalhoOs andaimes suspensos devem ter placa de identificação, co-
locada em local visível, na qual conste a carga máxima de trabalho permitida.
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Desenvolvimento do PCMAT
12.5.3 MontagemDurante a montagem, devem ser seguidas as seguintes reco-
mendações:• é proibido acrescentar trechos em balanço ao estrado de
andaimes suspensos;• é proibida a interligação de andaimes suspensos para a
circulação de pessoas ou execução de tarefa;• os quadros dos guinchos de elevação e os estribos devem
ser providos de dispositivos para fixação de sistema guarda-corpo e rodapé.
12.5.4 Execução dos serviçosDurante a execução dos serviços devem ser seguidas as se-
guintes recomendações:• estar convenientemente fixados à edificação na posição
de trabalho;• garantir a estabilidade dos andaimes suspensos durante
todo o período de utilização, por meio de procedimentos operacionais, dispositivos ou equipamentos apropriados e específicos para tal fim;
• os cabos de suspensão devem trabalhar na vertical e o estrado, na horizontal;
• os dispositivos de suspensão devem ser diariamente veri-ficados pelos usuários e pelo responsável pela obra antes de iniciar os trabalhos;
• os cabos de aço utilizados nos guinchos tipo catraca dos andaimes suspensos devem ter comprimento tal que, para a posição mais baixa do estrado, restem pelo menos seis voltas sobre cada tambor e passem livremente na roldana, devendo o respectivo sulco ser mantido em bom estado de limpeza e conservação;
• sobre os andaimes suspensos, somente é permitido depo-sitar material para uso imediato;
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Planejamento e gestão do PCMAT
• é proibida a utilização de andaimes suspensos para trans-porte de pessoas ou materiais que não estejam vinculados aos serviços em execução;
• os estrados dos andaimes suspensos mecânicos podem ter comprimento máximo de oito metros;
• os guinchos de elevação para acionamento manual devem observar os seguintes requisitos:
• ter dispositivo que impeça o retrocesso do tambor para a catraca;
• ser acionado por meio de alavancas, manivelas ou auto-maticamente, na subida e na descida do andaime;
• possuir segunda trava de segurança para a catraca e ter capa de proteção da catraca.
• a largura mínima útil da plataforma de trabalho dos an-daimes suspensos deve ser de 65 centímetros;
• a largura máxima útil da plataforma de trabalho dos an-daimes suspensos, quando utilizado um guincho em cada armação, deve ser de 90 centímetros, sendo obrigatório o uso de um cabo de segurança adicional de aço, ligado ao dispositivo de bloqueio mecânico automático, observando--se a sobrecarga indicada pelo fabricante do equipamento.
12.6 Andaimes suspensos motorizados
Na utilização de andaimes suspensos motorizados, deve ser observada a instalação dos seguintes dispositivos:
• cabos de alimentação de dupla isolação;• plugs/tomadas blindadas;• aterramento elétrico;• DR;• fim de curso superior e batente;• conjunto motor equipado com dispositivo mecânico de
emergência, que acione automaticamente em caso de pane elétrica, de forma a manter a plataforma de trabalho
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Desenvolvimento do PCMAT
parada em altura e, quando acionado, permita a descida segura até o ponto de apoio inferior;
• andaimes motorizados dotados de dispositivos que impe-çam sua movimentação quando sua inclinação for supe-rior a 15 graus, devendo permanecer nivelados no ponto de trabalho;
• o equipamento deve ser desligado e protegido quando fora de serviço.
12.7 Cadeira suspensa
12.7.1 Qualificação dos operadoresAs cadeiras suspensas (balancins individuais) só podem ser
operadas por pessoas qualificadas, treinadas e com aptidão atestada em exame médico.
12.7.2 Identificação dos equipamentosA cadeira suspensa deve apresentar, na sua estrutura, em ca-
racteres indeléveis e visíveis, a razão social do fabricante e o número de registro respectivo no CNPJ.
12.7.3 MontagemA montagem de cadeiras suspensas deve ser feita com os re-
quisitos mínimos de conforto previstos na NR 17, com as seguintes características:
• sustentação das cadeiras suspensas (balancim individual) feita por cabo de aço ou cabo de fibra sintética;
• utilização de pontos de ancoragem com resistência mecâ-nica compatível;
• sistema de fixação independente do cabo-guia do trava--quedas;
• cabos de aço e de fibra sintética fixados por meio de dispo-sitivos que impeçam seu deslizamento e desgaste, sendo substituídos quando apresentarem condições que compro-metam sua integridade;
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Planejamento e gestão do PCMAT
• dotado com dispositivo de subida e descida com dupla tra-va de segurança.
12.7.4 Procedimentos de segurançaDurante a execução dos serviços, devem ser observados os
seguintes procedimentos de segurança:
• proibição de executar este tipo de serviço em dias de con-dições meteorológicas não favoráveis, como chuva, relâm-pagos, ventanias etc.;
• utilização, pelo trabalhador, de cinto de segurança tipo paraquedista ligado ao trava-quedas em cabo guia inde-pendente;
• isolamento da área abaixo da cadeira suspensa e devida sinalização por meio de placas indicativas para impedir a circulação de pessoas sob os serviço;
• passagem do edifício para a cadeira suspensa apenas após conectar o trava-quedas ao cabo-guia. Desconectar-se do cabo-guia somente após retornar ao edifício.
13 Cargas, descargas e movimentação de materiais
Na execução de serviços de cargas, descargas e movimenta-ção de materiais devem-se cumprir as regras de manuseio e descarga dos materiais e produtos, bem como a legislação e normas vigentes no setor, estabelecendo requisitos para carga e descarga de materiais sólidos, a granel ou embalados. É preciso ainda cumprir o que esta-belece a NR 18, além das recomendações abaixo.
13.1 Qualificação
Todas as máquinas e equipamentos de movimentação e trans-porte de materiais somente devem ser operados por trabalhador qua-lificado, conforme estabelece o item 18.14.2 da NR 18.
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Desenvolvimento do PCMAT
13.2 MovimentaçãoA movimentação de cargas e descargas de materiais feitas
manualmente devem atender os valores limite para elevação e trans-porte de manual de cargas, não ultrapassando o limite de peso er-gonômico previsto, atendendo os seguintes parâmetros: idade, sexo, duração da tarefa, frequência do movimento de elevação e transpor-te e capacidade física do trabalhador.
13.3 Movimentação e transporte de materiaisA movimentação horizontal de matérias dentro da obra deve
ser feita por padiolas, carrinhos de mão, giricas, bobcats, dumpers e escavadeiras da seguinte forma:
• o descarregamento manual de vergalhões deve ser execu-tado de forma individual, sendo expressamente proibida a rolagem dos feixes de aço sobre a carroceria com o intuito de derrubá-los ao chão;
• no trajeto de transporte manual de carga, deve ser proibida a presença de trabalhadores alheios à atividade, e o piso deve ser nivelado livre de alagamentos, desníveis, material granulado e buracos. Não deve ser exigido nem admitido ao trabalhador o transporte manual de cargas cujo peso possa comprometer sua saúde ou sua segurança;
• no transporte horizontal de concreto, argamassa ou ou-tros materiais, são proibidas a circulação ou permanência de pessoas, sendo a área isolada e sinalizada;
• no transporte e descarga de perfis, vigas e elementos es-truturais, devem ser adotadas medidas preventivas quan-to à sinalização e ao isolamento da área;
• os acessos à obra devem estar desimpedidos, possibilitan-do a movimentação dos equipamentos de transporte;
• é proibido qualquer trabalho sob intempéries ou outras condições desfavoráveis que exponham a risco os traba-lhadores da área;
• as áreas de carga/descarga devem ser delimitadas, com acesso a elas permitindo somente ao pessoal envolvido na operação.
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Planejamento e gestão do PCMAT
14 Trabalhos em altura
São considerados trabalhos em altura aqueles realizados em altitude superior a dois metros do nível inferior, no qual haja risco de queda, em atendimento aos procedimentos à legislação vigente, visando à preservação da integridade física do coletivo dos traba-lhadores, seguindo o que determina a NR 35 – Trabalho em altura.
14.1 CapacitaçãoConsidera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura
aquele que foi submetido e aprovado em treinamento, teórico e práti-co, com carga horária mínima de oito horas e reciclagem bienal, cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir:
• normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;• análise de risco e condições impeditivas;• riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medi-
das de prevenção e controle;• sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;• EPIs para trabalho em altura: seleção, inspeção, conserva-
ção e delimitação de uso;• acidentes típicos em trabalhos em altura;• condutas em situações de emergência, incluindo noções
de técnicas de resgate e de regras de primeiros socorros.
14.2 Treinamento/qualificaçãoO empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sem-
pre que ocorrer quaisquer das seguintes situações, devendo a carga ho-rária e o conteúdo programático atenderem à situação que o motivou:
• mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
• evento que indique a necessidade de novo treinamento;• retorno de afastamento ao trabalho por período superior
a 90 dias;• mudança de empresa.
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Desenvolvimento do PCMAT
14.2.1 Carga horária/conteúdo programáticoO treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de
oito horas, conforme conteúdo programático definido pelo empregador.
14.2.2 Realização do treinamentoOs treinamentos inicial, periódico e eventual para trabalho
em altura podem ser ministrados em conjunto com outros treina-mentos da empresa.
14.2.3 Horário do treinamentoOs treinamentos inicial, periódico e eventual para trabalho
em altura devem ser realizados, preferencialmente, durante o horá-rio normal de trabalho e computado como tempo de trabalho efetivo.
14.2.4 QualificaçãoO treinamento deve ser ministrado por instrutores com com-
provada proficiência no assunto, sob a responsabilidade de profis-sional qualificado em segurança no trabalho.
14.2.5 CertificaçãoAo término do treinamento deve ser emitido certificado con-
tendo o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação dos instrutores e assinatura do responsável.
14.2.6 Entrega do certificadoO certificado deve ser entregue ao trabalhador mediante reci-
bo e uma cópia arquivada na empresa, devendo essa capacitação ser consignada no registro do empregado.
14.3 Aptidão física do trabalhador para o trabalho em alturaTodo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e
executado por trabalhador capacitado e autorizado, considerando-se
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Planejamento e gestão do PCMAT
trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele cujo estado de saúde tenha sido avaliado, considerado apto para executar essa atividade, e que possua anuência formal da empresa.
Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalha-dores que exercem atividades em altura, garantindo que:
• os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do PCMSO, devendo estar nele consignados;
• a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em cada situação, e o exame médico seja voltado às patologias que poderão originar mal sú-bito e queda de altura, considerando também os fatores psicossociais.
14.4 EPIs – acessórios e sistemas de ancoragemOs EPIs, acessórios e sistemas de ancoragem devem ser es-
pecificados e selecionados considerando-se a eficiência, o conforto, a carga aplicada aos mesmos e o respectivo fator de segurança, em caso de eventual queda.
14.4.1 EPIs• capacete de segurança com jugular e botina de couro;• cinto de segurança tipo paraquedista com absorvedores
de energia quando o fator de queda for maior que um e o talabarte maior que 90 centímetros, devendo ser dotado de dispositivo para conexão em sistema de ancoragem;
• outros EPIs específicos, conforme a atividade a ser desenvolvida.
14.4.2 Acessórios e sistemas de ancoragemAntes do início dos trabalhos deve ser feita inspeção rotineira
de todos os EPIs, acessórios e sistemas de ancoragem.• o sistema de ancoragem deve ser estabelecido pela análise
de risco;
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Desenvolvimento do PCMAT
• o trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem durante todo o período de exposição ao risco de queda;
• o talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados acima do nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de queda e a assegurar que, em caso de ocorrência, sejam minimizadas as chances de o trabalhador colidir com estrutura inferior;
• quanto ao ponto de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes providências:
» ser selecionado por profissional legalmente habi-litado;
» ter resistência para suportar a carga máxima apli-cável;
» ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização.
14.5 Emergência e salvamentoO empregador deve disponibilizar uma equipe para respostas
em casos de emergência para trabalho em altura, devendo:• ser uma equipe própria, externa ou composta pelos pró-
prios trabalhadores que executam o trabalho em altura, em função das características das atividades;
• assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as respostas a emergências;
• as ações de resposta às emergências que envolvam o trabalho em altura constar do plano de emergência da empresa;
• as pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento estarem capacitadas a executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar.
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Planejamento e gestão do PCMAT
14.6 Condições para início dos serviços
O empregador deve garantir, antes do início dos serviços de qualquer trabalho em altura, a implementação das medidas de pro-teção previstas neste procedimento.
14.6.1 Análise de risco
O trabalhador deve ser treinado a conhecer e interpretar as análises de risco, podendo contribuir para o aprimoramento das mesmas, assim como identificar as possíveis condições impeditivas à realização dos serviços durante a execução do trabalho em altura.
A análise de risco deve contemplar os seguintes itens:• o local em que os serviços serão executados e seu entorno;• o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho; • o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;• as condições meteorológicas adversas;• a seleção, a inspeção, a forma de utilização e a limitação
de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos fatores de queda;
• o risco de queda de materiais e ferramentas; • os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;• o atendimento aos requisitos de segurança e de saúde
contidos nas demais normas regulamentadoras;• os riscos adicionais;• as condições impeditivas;• as situações de emergência e o planejamento do resgate
e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador;
• a necessidade de sistema de comunicação;• a forma de supervisão.
14.6.2 Permissão de trabalhoA Permissão de Trabalho (PT) deve ser emitida, aprovada pelo
responsável pela autorização da permissão, disponibilizada no local
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Desenvolvimento do PCMAT
de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade, devendo conter:
• os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos;
• as disposições e as medidas estabelecidas na análise de risco;• a relação de todos os envolvidos e suas permissões;• a validade da atividade com duração restrita ao turno de
trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que não ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.
14.6.3 Avaliação préviaRealização de avaliação prévia das condições no local do tra-
balho em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança aplicáveis.
14.6.4 Sinalização/isolamentoA área abaixo do trabalho em altura deve ser mantida si-
nalizada por placas e isolada por proteção tipo cerca, impedindo o acesso de pessoas.
14.6.5 Suspensão de trabalhoAssegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando for
verificada situação ou condição de risco não prevista, cuja elimina-ção ou neutralização imediata não seja possível.
14.6.6 Planejamento/organizaçãoAssegurar o planejamento, a organização e o arquivamento
da documentação prevista nesta Instrução Técnica (IT).
14.6.7 InformaçõesGarantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os
riscos e as medidas de controle adotadas.
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Planejamento e gestão do PCMAT
14.6.8 Recusa formal ao trabalhoTodo e qualquer trabalhador que não se considerar psicologi-
camente e fisiologicamente apto para executar trabalhos em altura poderá exercer o direito de recusa, pois sua condição pessoal de inse-gurança deve ser considerada para não se tornar um potencializador dos diversos riscos já existentes nas atividades em altura.
15 Espaços confinados
São considerados espaços confinados qualquer área ou am-biente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insu-ficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a defici-ência ou enriquecimento de oxigênio.
15.1 Responsabilidades
A responsabilidade pelo cumprimento do que determinam as normas abaixo é das empresas principais e da empresa contratada para a prestação de serviços com fiscalização permanente dos gesto-res da obra e do SESMT.
• NR 33 – Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados;
• NR 18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção;
• NBR nº 14.606/00 – Postos de serviço – Entrada em espaço confinado;
• NBR nº 14.787/01 – Espaço confinado – Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção.
15.2 Capacitação dos profissionais envolvidos no serviço
Nos locais confinados, só poderão adentrar trabalhadores treinados e com aptidão atestada em exame médico.
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Desenvolvimento do PCMAT
• considera-se trabalhador capacitado e autorizado a aden-trar em locais confinados aquele que for submetido e aprovado em treinamento ministrado, teórico e prático, por profissional com proficiência no assunto, com carga horária mínima de 16 horas;
• considera-se trabalhador capacitado a supervisionar os acessos a locais confinados aquele que for submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, por profissio-nal com proficiência no assunto, com carga horária míni-ma de 40 horas.
15.2.1 Conteúdo programático para trabalhadores autorizados a adentrar em locais confinados
• definições;
• reconhecimento, avaliação e controle de riscos;
• funcionamento de equipamentos utilizados;
• procedimentos e utilização da Permissão de Entrada e Trabalho (PET);
• noções de resgate e primeiros socorros.
15.2.2 Conteúdo programático para trabalhadores res-ponsáveis por supervisionar locais confinados
• identificação dos espaços confinados;• critérios de indicação e uso de equipamentos para controle
de riscos;• conhecimento sobre práticas seguras em espaços
confinados;• legislação de segurança e saúde no trabalho;• programa de proteção respiratória;• área classificada;
• operações de salvamento.
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Planejamento e gestão do PCMAT
15.2.3 Conteúdo programático para trabalhadores res-ponsáveis por agir em situações de emergência e resgate
• possíveis cenários de acidentes em locais confinados;• transporte de acidentados;• atendimento a vítimas no interior de espaços confinados;• simulação de ocorrência de resgate em espaço confinado.
15.3 Responsabilidade dos trabalhadores capacitadosOs trabalhadores capacitados devem receber certificação que
contenha o seu nome, as assinaturas dos instrutores, o conteúdo programático e as datas do treinamento. A certificação ficará dispo-nível para inspeção dos trabalhadores e de seus representantes au-torizados e, após a certificação, cada um desses profissionais passa-rá a assumir responsabilidades sobre a função específica designada durante e para o andamento seguro do serviço.
15.3.1 Trabalhadores autorizados a adentrarOs trabalhadores autorizados a adentrar em locais confina-
dos devem:
• conhecer os riscos que possam encontrar durante a entrada e as medidas de prevenção, incluindo informações sobre modo, sinais ou sintomas e consequências da exposição;
• usar adequadamente os equipamentos;• operar os recursos de comunicação para permitir que o
vigia monitore a atuação dos trabalhadores e os alerte da necessidade de abandonar o espaço confinado;
• reconhecer sinais de perigo ou sintomas de exposição a uma situação perigosa, não prevista;
• sair quando o vigia e/ou o supervisor de entrada ordenar abandono.
15.3.2 Trabalhadores capacitados a atuar como vigiaOs trabalhadores treinados para atuarem como vigias de en-
trada em locais confinados devem conhecer os riscos que possam ser
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Desenvolvimento do PCMAT
enfrentados durante a entrada e as medidas de prevenção, incluindo informação sobre o modo, sinais ou sintomas e consequências da exposição.
• estar ciente dos riscos de exposição aos trabalhadores au-torizados;
• manter continuamente uma contagem precisa do número de trabalhadores autorizados no espaço confinado e asse-gurar os meios usados para identificar os trabalhadores autorizados;
• permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, du-rante as operações, até que seja substituído por outro vigia;
• acionar a equipe de resgate quando necessário;• acionar os movimentadores de pessoas em situações nor-
mais ou de emergência;• manter comunicação com os trabalhadores para monito-
rar o estado deles e para alertá-los quanto à necessidade de abandonar o espaço confinado;
• não realizar outras tarefas que possam comprometer o dever primordial, que é o de monitorar e proteger os trabalhadores.
15.3.3 Trabalhadores capacitados a atuar como supervisor de entrada de locais confinados
Os trabalhadores treinados para atuar como supervisores de locais confinados devem:
• conhecer os riscos que possam ser encontrados durante a entrada, incluindo informação sobre o modo, sinais ou sintomas e consequências da exposição;
• conferir que tenham sido feitas entradas apropriadas se-gundo a PET, que todos os testes especificados na permis-são tenham sido executados e que todos os procedimentos e equipamentos listados na permissão estejam no local antes que ocorra o endosso da permissão e permita que se inicie a entrada;
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Planejamento e gestão do PCMAT
• verificar se os serviços de emergência e resgate estão dis-poníveis e os equipamentos para acioná-los estejam ope-rantes;
• determinar, no caso de troca de turno do vigia, que a res-ponsabilidade pela continuidade da operação seja trans-ferida.
15.4 Equipamentos de possível utilização
15.4.1 EPIs• capacete de segurança com jugular;• botina de couro;• cinto de segurança tipo paraquedista com talabarte espe-
cífico para resgate com guincho ou outro recurso que ne-cessite de ponto de engate;
• EPI específico, conforme atividade a ser desenvolvida.
15.4.2 Equipamentos de proteção coletiva• fita do tipo zebrada e cavalete em preto e amarelo para
isolamento e sinalização dos acessos;• exaustores eletromecânicos;• cabo-guia de fibra sintética ou cabo de aço.
15.5 Materiais utilizados
15.5.1 Cabos de fibra sintéticaOs cabos de fibra sintética são utilizados como cabo-guia
para fixação do trava-quedas do cinto de segurança tipo paraquedis-ta e devem atender às especificações previstas a seguir:
• ser constituído em trançado triplo e alma central;• trançado externo em multifilamento de poliamida;• trançado intermediário e alerta visual de cor amarela
em multifilamento de polipropileno ou poliamida na
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Desenvolvimento do PCMAT
cor amarela com o mínimo de 50% de identificação, não podendo ultrapassar 10% da densidade linear;
• trançado interno em multifilamento de poliamida;• alma central torcida em multifilamento de poliamida;• construção dos trançados em máquina com 16, 24, 32 ou
36 fusos; • número de referência: 12 (diâmetro nominal em mm.).
Densidade linear: 95 + 5 quilotex (KTEX) (igual a 95 + 5 g/m);
• carga de ruptura mínima: 20 quilonewtons (KN). Carga de ruptura mínima de segurança sem o trançado externo: 15 KN.
15.5.2 Cabos de açoÉ obrigatória a observância das condições de utilização, di-
mensionamento e conservação dos cabos de aço utilizados em obras de construção, conforme o disposto na norma técnica vigente NBR 6327/83 – Cabo de aço/Usos gerais da ABNT.
Os cabos de aço de tração não podem ter emendas nem per-nas quebradas que possam vir a comprometer sua segurança.
Os cabos de aço devem ter carga de ruptura equivalente a, no mínimo, cinco vezes a carga máxima de trabalho a que estive-rem sujeitos e resistência à tração de seus fios de, no mínimo, 160 quilogramas-força por milímetro quadrado (kgf/mm2).
15.6 Equipamentos utilizados de resgate e emergência
15.6.1 Tripé/monopé para resgateOs tripés/monopés devem ser adaptáveis e compatíveis com o
local em que serão instalados e utilizados na ocorrência de inciden-tes/acidentes no interior do local confinado. Devem ser operados por trabalhador treinado, integrante da equipe de resgate.
Os tripés/monopés poderão ser utilizados também como su-porte no acesso e saída do local confinado.
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Planejamento e gestão do PCMAT
Dispositivos facilitadores devem ser utilizados em conjunto com os tripés/monopés:
• guincho de elevação;• talabarte apropriado para resgate, que viabilize o içamento
dos trabalhadores, quando necessário;• cinto de segurança do tipo paraquedista, que possua
reforço lombar e regulagem rápida em todos os lados e proporcione maior conforto ao usuário. Deve ter pontos de conexão no peito, nas costas, no abdômen e duas argolas nos ombros para resgate e entrada em locais confinados.
15.6.2 Rádios comunicadores intrinsecamente segurosDevem ser utilizados rádios intrinsecamente seguros quando
não for possível manter contato de forma natural entre o vigia e os trabalhadores ingressantes no local confinado.
15.7 Intrinsecamente seguroIntrinsecamente seguro é um método de proteção empregado
em atmosferas potencialmente explosivas, para que equipamentos elétricos e eletrônicos não propaguem energia que estimule uma ig-nição. Todos os equipamentos elétricos e eletrônicos utilizados no interior de um local confinado devem possuir esta característica.
15.8 Medidas técnicas e administrativas para controle dos riscos
15.8.1 Reconhecimento e cadastramento dos locais confinados
Todos os locais confinados devem ser cadastrados em docu-mento próprio com indicação do local em planta baixa e memorial descritivo, constando as principais características para planejamen-to das medidas de controle que serão implantadas durante a execu-ção dos serviços.
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Desenvolvimento do PCMAT
15.8.2 Sinalização permanente e isolamentoNos locais confinados reconhecidos e previamente cadastra-
dos, devem ser fixados cartazes com indicação clara dos riscos aos quais estarão expostos os que adentrarem a área.
Observação Os locais confinados devem ser isolados para impedir o
acesso de trabalhadores não autorizados.
15.9 Permissão de Entrada e Trabalho – PETAutorização por escrito que deve ser fornecida pelo emprega-
dor da empresa contratada ou seu representante legal, para permitir e controlar a entrada em um espaço confinado, visando à fixação de medidas de controle para a realização de um trabalho seguro, além de medidas de controle de emergência e resgate.
15.9.1 A PET Tem como objetivo documentar a entrada em cada espaço
confinado. Na permissão devem constar as seguintes informações sobre o espaço confinado a ser adentrado:
• objetivo da entrada;• data e duração da permissão de entrada;• relação dos trabalhadores autorizados e identificados pelo
nome e pela função que irão desempenhar;• espaço para assinatura do supervisor que autorizou a entrada;• riscos do espaço confinado a ser adentrado.
15.10 Avaliação quantitativa de riscos e monitoramento do nível de oxigênio
É o processo de análise por meio do qual os riscos aos quais os trabalhadores possam estar expostos em um local confinado são identificados e quantificados. A avaliação inclui a especificação dos
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Planejamento e gestão do PCMAT
testes que devem ser realizados, os critérios que devem ser utiliza-dos e as condições a serem identificadas:
• concentração de qualquer substância acima do limite de tolerância (Parte por Milhão – PPM), conforme a NR 15 – Atividades e operações insalubres;
• misturas inflamáveis, isto é, aquelas cujas concentrações estejam entre o limite inferior de explosividade (LIE) e o limite superior de explosividade (LSE);
• atmosfera pobre em O2, ou seja, quando a concentração de oxigênio no espaço confinado está abaixo de 19,5%.
15.11 Insuflação/exaustão através de equipamento de ventilação mecânica
Equipamento de ventilação mecânica para obter as condições de entrada aceitáveis, por meio de insuflamento e/ou exaustão de ar. Os ventiladores que forem instalados no interior do espaço con-finado com risco de explosão devem ser intrinsecamente seguros, assim como os ventiladores posicionados na parte externa do espaço confinado que possam estar em áreas classificadas. A operação de exaustão deve ser realizada com ventiladores intrinsecamente se-guros. O dimensionamento do exaustor em um local confinado se baseia no número de trocas de ar necessárias para que se atinjam as concentrações mínimas necessárias para a execução dos trabalhos, em condições seguras, dentro de um tempo desejado.
15.12 Procedimentos-padrão para resgate na ocorrência de acidentes
Os seguintes requerimentos se aplicam aos empregadores que tenham trabalhadores que precisem entrar em espaços confina-dos para executar os serviços de resgate.
• deve ser assegurado que cada membro do serviço de resgate tenha equipamento de proteção individual, respiratória e de resgate necessários para operar em espaços confinados e que seja treinado no uso adequado dos mesmos;
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Desenvolvimento do PCMAT
• cada membro do serviço de resgate deve ser treinado para desempenhar as tarefas de resgate designadas;
• cada membro do serviço de resgate deve receber o mesmo treinamento requerido para os trabalhadores autorizados;
• cada membro do serviço de resgate deve ser capacitado fazendo resgate em espaços confinados, ao menos uma vez a cada 12 meses, por meio de treinamentos simulados nos quais removam manequins ou pessoas dos atuais espaços confinados ou espaços confinados representativos. Espaços confinados representativos são os que, com respeito ao tamanho da abertura, configuração e meios de acesso, simulam os tipos de espaços confinados nos quais o resgate será executado;
• cada membro do serviço de resgate deve ser treinado em primeiros socorros básicos e em reanimação cardiopulmonar (RCP). Ao menos um membro do serviço de resgate deve estar disponível e ter certificação atual em primeiros socorros e em RCP.
15.12.1 Sistema de resgateOs sistemas de resgate devem proporcionar as condições ne-
cessárias para facilitar a retirada de pessoas do interior de locais confinados sem que a equipe de resgate precise adentrar o ambien-te. Poderão ser utilizados movimentadores individuais de pessoas, atendendo os princípios dos primeiros socorros, desde que não pre-judiquem a vítima.
16 Armazenamento e estocagem de materiais
O armazenamento e a estocagem de materiais devem ser fei-tos de forma a não obstruir equipamentos de combate a incêndio, portas ou saídas de emergência e a não impedir o acesso e a circula-
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Planejamento e gestão do PCMAT
ção de pessoas e de materiais, devendo obedecer, ainda, aos itens da NR 18, além das recomendações abaixo:
• os materiais devem ser armazenados e estocados de modo a não prejudicar o trânsito de pessoas e de trabalhadores, a circulação de materiais e o acesso aos equipamentos de combate a incêndio; não devem ainda obstruir portas ou saídas de emergência nem provocar empuxos ou sobrecar-gas nas paredes, lajes ou estruturas de sustentação além do previsto em seu dimensionamento;
• as pilhas de materiais, a granel ou embalados, devem ter forma e altura que garantam sua estabilidade e facilitem seu manuseio;
• em pisos elevados, os materiais não podem ser empilha-dos a uma distância de suas bordas menor que a equiva-lente à altura da pilha. Exceção feita quando da existência de elementos protetores dimensionados para tal fim;
• tubos, vergalhões, perfis, barras, pranchas e outros mate-riais de grande comprimento ou dimensão devem ser arru-mados em camadas, com espaçadores e peças de retenção, separados de acordo com o tipo de material e a bitola das peças;
• o armazenamento deve ser feito de modo a permitir que os materiais sejam retirados obedecendo à sequência de utilização planejada, de forma a não prejudicar a estabili-dade das pilhas;
• os materiais não podem ser empilhados diretamente sobre piso instável, úmido ou desnivelado;
• a cal virgem deve ser armazenada em local seco e arejado;• os materiais tóxicos, corrosivos, inflamáveis ou explosi-
vos devem ser armazenados em locais isolados, apropria-dos, sinalizados e de acesso permitido somente a pessoas devidamente autorizadas. Estas devem ter conhecimento prévio do procedimento a ser adotado em caso de even-tual acidente;
• as madeiras retiradas de andaimes, os tapumes, as for-mas e os escoramentos devem ser empilhadas depois
83
Desenvolvimento do PCMAT
de retirados ou rebatidos os pregos, arames e fitas de amarração.
• os recipientes de gases para solda devem ser transporta-dos e armazenados adequadamente.
17 Sinalização de segurança
A sinalização de segurança deve estar de acordo com o que estabelece a NR 26 – Sinalização de segurança, para assegurar a implementação de placas, avisos, cartazes etc.
17.1 Sinalização interna Internamente, a obra deve ser sinalizada levando em consi-
deração:
• avisos;• cartazes;• placas indicativas;• isolamentos.
17.2 Sinalização externa Externamente, devem ser atendidas as seguintes situações:• os critérios para bloqueio de testada de obra e trânsito de
veículos de carga e descarga da urbanização;• a execução de serviços externos (fora dos limites do
canteiro, principalmente na rua) deve ser sinalizada com cavaletes, cones, fita zebrada e um orientador de trânsito veicular e de pedestres, quando necessário. Ainda deve ser observado o seguinte:
» antes da execução de qualquer serviço na rua, ve-rificar e certificar-se que não exista risco contra terceiros. É preciso priorizar a segurança dos pe-destres (principalmente crianças) e dos veículos;
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Planejamento e gestão do PCMAT
» na eventualidade de obstrução temporária do passeio para fins de descarga de materiais, deve ser providenciado cordão de isolamento em vol-ta do veículo, de maneira a criar um corredor para passagem do pedestre (ver esquema nos anexos);
» durante a descarga de concreto usinado, deve ser utilizado cordão de isolamento, como descrito no item anterior. Pode ser utilizada fita zebrada fixa em balizas e, como complemento, cones de sinali-zação (ver esquemas nos anexos).
17.3 Cartazes e avisos
Devem ser estabelecidos cartazes de acordo com a atividade.
Quadro 1 Cartazes e avisos
Tipo de cartaz Local recomendado
Uso obrigatório de más-cara de respiração
Próximo a betoneiras, queima de cal, re-cintos fechados de pintura ou colocação de carpete (com cola), corte de tijolos ou cerâmica.
Coloque o lixo na lixeiraLocal de refeições, vestiário, almoxarifa-do, sala do mestre e sala do engenheiro.
Uso obrigatório de capa-cete
Principalmente na entrada da obra (ao lado do relógio de ponto), no balcão do almoxarifado e em outros locais a critério da empresa.
Use protetor auricular
Próximo à serra circular, policorte, pisto-la pregadeira (pneumática) e a máquinas muito ruidosas (colocar um cartaz na cai-xa da pistola finca pinos, da maquita etc.).
(...)
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Desenvolvimento do PCMAT
Tipo de cartaz Local recomendado
Obrigatório uso de luvas
Próximo a locais de fechamento com alve-naria, concretagem, carga e descarga de materiais, preparação de ferragens, lava-gem de pastilhas e impermeabilização.
Obrigatório uso de botasEm locais com excesso de umidade, fun-dação, concretagem, queima de cal e pre-paro de argamassa.
Uso obrigatório de óculos de segurança ou protetor facial
Próximo a equipamentos tipo serra cir-cular, policorte, maquita ou em pedestais próximos a serviços com entalhadoras, chapisco, emboço de parede e teto, con-cretagem, vibradores, lavagem de pasti-lhas e outros a critério da empresa.
Primeiros socorrosColocar na caixa de primeiros socorros ou no ambulatório médico.
Cuidado! Queda de objetos Colocar nos locais de projeção da fachada.
Uso obrigatório de cinto de segurança
Colocar em pedestal próximo às beiradas da laje em execução, afixar dentro do ba-lancim e divulgar para serviços de monta-gem de torre de elevador.
Cuidado! EletricidadeNas caixas de distribuição elétrica e em locais energizados.
Não fume neste localNo almoxarifado, no local de refeições, no vestiário e nos locais com manuseio de inflamáveis.
(...)
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Planejamento e gestão do PCMAT
18 Plano de atendimento as emergências
18.1 Procedimentos de emergênciasDeve ser mantido um procedimento de emergência, conforme
texto abaixo e fluxograma anexo, para atendimento de primeiros so-corros a acidentados e às vítimas de mal súbito, por meio de pessoa treinada especificamente para esse fim.
18.1.1 Caixa de materiais de primeiros socorrosO canteiro de obras deve dispor de materiais necessários à
prestação de primeiros socorros ao acidentado, conforme abaixo:
Quadro 2 Materiais de primeiros socorros disponíveis no canteiro de obras
Especificação Quant. Unidade
Absorvente íntimo 2 pacote
Algodão 50 gramas 1 pacote
atadura de crepom de 16 cm 10 unidade
Band-aid 1 caixa c/ 40
Compressas cirúrgicas de gaze hidrófila Estéril
30 pacote
Esparadrapo impermeável de 5 cm x 4,5 cm m 2 unidade
Luva descartável 1 caixa
Luva estéril 3 unidade
Povidine 100 ml 1 frasco
Soro fisiológico 500 ml 2 frasco
Tesoura de ponta redonda 1 unidade
18.2 Acidentes de trabalho
Em caso de ocorrência de acidente no qual a vítima precise ser removida, o encaminhamento deve ser para o hospital mais pró-ximo da obra. Segue abaixo exemplo de como pode ser a relação dos hospitais mais próximos:
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Desenvolvimento do PCMAT
HOSPITAL XXXXXX DA XXXXXXXXX Av. xxxxxxxxxx nº xxx – xxxxxxxxxxxxxx Tel. xxxxxxxxx / xxxxxxxxx
HOSPITAL XXXXXX DA XXXXXXXXX Av. xxxxxxxxxx nº xxx – xxxxxxxxxxxxxx Tel. xxxxxxxxx / xxxxxxxxx
HOSPITAL XXXXXX DA XXXXXXXXX Av. xxxxxxxxxx nº xxx – xxxxxxxxxxxxxx Tel. xxxxxxxxx / xxxxxxxxx
18.2.1 Acidentes com pequenas lesõesNos acidentes com pequenas lesões, deve-se tomar as seguin-
tes providências:
• encaminhar a vítima para o almoxarifado do canteiro, onde se encontra a caixa de primeiros socorros;
• lançar no controle, abrir a ficha de investigação de aciden-te e comunicar ao SESMT.
18.2.2 Acidente com grandes lesõesNos acidentes com grandes lesões, deve-se tomar as seguin-
tes providências:• acionar o Corpo de Bombeiros – Emergência pelo telefone
193 ou o convênio de remoção médica;• comunicar à administração da obra e ao SESMT.
18.2.3 Acidente com óbitoNos acidentes com óbito, deve-se tomar as seguintes provi-
dências:
• isolar a área do acidente;• comunicar à administração da obra, ao SESMT e ao depar-
tamento de Recursos Humanos;
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Planejamento e gestão do PCMAT
• comunicar a Polícia Civil;• comunicar a Superintendência Regional do Trabalho e
Emprego (SRTE);• comunicar o Sindicato dos Trabalhadores;• não modificar o local até a liberação da Polícia Civil e da
SRTE.
18.3 Comunicação de Acidentes do Trabalho
Em todas as situações, o departamento Pessoal emitirá ou exigirá que a contratada emita a CAT, com a seguinte destinação (conforme ordem de serviço do INSS nº 329, de 26.10.1993):
• 1ª via ao INSS;• 2ª via ao Sistema Únicos de Saúde (SUS);• 3ª via ao Sindicato dos Trabalhadores;• 4ª via à empresa;• 5ª via ao segurado ou dependente;• 6ª via a SRT/Ministério do Trabalho.
19 Programa educativo
Cumprir o que determina a NR 18, que estabelece que todos os empregados devem receber treinamentos admissional, periódico, específico e eventuais com o conteúdo programático mínimo e a car-ga horária nele estabelecido, devendo ser fornecida ao trabalhador cópia dos procedimentos e operações que serão realizadas, visando assegurar a execução de suas atividades com segurança.
19.1 Treinamento admissional
Conscientizar os colaboradores sobre as principais técnicas de implementação de medidas de controle e sistemas preventivos para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e ajudá-los a lidar com eventuais situações de perigo e emergência, com a finali-dade de evitar possíveis perdas e danos decorrentes das atividades.
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Desenvolvimento do PCMAT
• carga horáriaA NR 18 especifica que o treinamento admissional deve ter carga horária mínima de seis horas e ser ministrado dentro do horário de trabalho, antes de o trabalhador ini-ciar suas atividades.
• conteúdo programáticoO treinamento admissional deve ter o seguinte conteúdo mínimo:
» informações sobre as condições e meio ambiente de trabalho;
» riscos inerentes a sua função;» informações sobre os Equipamentos de Proteção
Coletiva (EPCs) existentes no canteiro de obra;» uso adequado dos EPIs.
19.2 Treinamentos periódicosO treinamento periódico previsto na NR 18 determina que ele
deva ser ministrado:• ao início de cada fase da obra;• sempre que se tornar necessário.
19.3 Treinamentos específicos
O treinamento específico deve ser ministrado para todos os operadores de máquinas e equipamentos.
19.4 Treinamentos de CipaA empresa deve promover treinamento para os membros da
Cipa, titulares e suplentes, antes da posse. As empresas que não se enquadrem no Quadro I promoverão anualmente treinamento para o designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR.
• Carga horáriaO treinamento deve ter carga horária de 20 horas, distri-buídas em no máximo oito horas diárias, sendo realizado durante o expediente normal da empresa.
90
Planejamento e gestão do PCMAT
• Conteúdo programáticoO treinamento para a Cipa deve contemplar, no mínimo, os seguintes itens:
» estudo do ambiente, das condições de trabalho e dos riscos originados do processo produtivo;
» metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho;
» noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos existentes na empresa;
» noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e medidas de prevenção;
» noções sobre as legislações trabalhistas e previ-denciária relativas à segurança e saúde no traba-lho;
» princípios gerais de higiene do trabalho e de medi-das de controle dos riscos.
» organização da Cipa e de outros assuntos necessá-rios ao exercício das atribuições da comissão.
19.5 Outros treinamentosPoderão ser realizados outros treinamentos que a adminis-
tração e o SESMT da empresa julgarem necessários.
Observação: Nos treinamentos da NR 18, os trabalhadores devem
receber cópias dos procedimentos e das operações a serem realizadas com segurança e dos certificados.
91
Desenvolvimento do PCMAT
20 Forma de registro e divulgação dos dados
20.1 Forma de registro
O PCMAT contemplará todas as exigências contidas na NR 9 e deve ter o PPRA como anexo, devendo ficar arquivado no escritório do canteiro de obras à disposição de todos os trabalhadores, da Cipa e da fiscalização do Ministério do Trabalho.
20.2 Divulgação de dadosO PCMAT e o PPRA devem ser apresentados e discutidos na
Cipa, quando existente na empresa, ou assim que seja instalada, de acordo com o que estabelece a NR 9.
21 Periodicidade
Periodicamente e durante as reuniões da Cipa devem ser re-alizadas avaliações das medidas contidas no PCMAT e no PPRA, de-vendo, anualmente, por ocasião da renovação da Cipa, ser realizada uma análise global dos respectivos programas, a realização dos ajus-tes necessários e o estabelecimento de novas metas e prioridades.
92
Planejamento e gestão do PCMAT
93
Sistema de Gestão de SST
CAPíTULO 5
Projeto de SST para Canteiros
de Obras
Um projeto de SST para um canteiro de obras é de grande im-portância para a implementação de um plano de SST e deve ter como ponto de partida um bom layout.
No planejamento do layout de um canteiro de obras, além de se obter uma melhor utilização de espaços, locando e arranjan-do trabalhadores, materiais e equipamentos, obtém-se também uma melhor preparação dos postos de trabalho.
Para que se possa projetar um canteiro que atenda às neces-sidades da produção e, ao mesmo tempo, contemple as necessidades das condições adequadas de trabalho e conforto dos trabalhadores, deve-se, além de criatividade, utilizar técnicas de engenharia que proporcionem um bom layout.
Segundo Espinoza (2002), quando se faz o layout das insta-lações provisórias, busca-se facilitar o acesso dos trabalhadores às mesmas com segurança, da mesma forma que se planeja a logística com o objetivo de oferecer condições adequadas de ventilação, ilu-minação e higiene.
No dimensionamento de um canteiro de obras, o planejamen-to deve determinar espaços destinados às instalações que perma-necerão fixas durante o desenvolvimento da obra; estudar a mo-vimentação de máquinas e de equipamentos móveis; analisar o cronograma de instalação e o início das atividades; e dimensionar as instalações de armazenagem.
94
Planejamento e gestão do PCMAT
Ainda no projeto, devem estar estabelecidos: procedimentos para situações de emergência, para inspeções rotineiras, de investi-gação e análise de acidentes de trabalho, bem como procedimentos para auditorias internas e externas e um sistema de avaliação de melhoria contínua do programa.
Devem constar do projeto os seguintes tópicos (anexos 2 a 13):1.1 Projeto de execução e especificação das proteções
coletivas em conformidade com as etapas da obra;1.2 Especificação técnica das proteções individuais a serem
utilizadas;1.3 Movimentação e transporte de materiais e pessoas;1.4 Andaimes;1.5 Trabalhos em altura;1.6 Espaços confinados.
95
CAPíTULO 6
Plano de Intervenções
Pós-Obra
1 DefiniçãoEste documento é um importante instrumento de prevenção
de riscos para as intervenções posteriores à conclusão dos trabalhos.Nele devem haver informações para a segurança de execução
de qualquer trabalho subsequente à obra.A estrutura apresentada abaixo poderá servir como modelo.
Quadro 3 Modelo
1
Introdução1.1. Aplicação e reconhecimento dos principais riscos;
1.2. Informações sobre o projeto;
1.3. Legislação pertinente à fase de manutenção.
2
Procedimentos2.1. Responsáveis pelo projeto e pela execução;
2.2. Informações sobre adaptações e complementos;
2.3. Arquivo técnico de toda a documentação da obra.
3
Caracterização do projeto3.1. Informações técnicas da construção;
3.2. Memorial descritivo do projeto;
3.3. Informações de infraestrutura (água, luz, esgoto, incêndio etc.);
3.4. Lista de materiais perigosos utilizados na execução;
3.5. Lista de certificados de garantia de materiais e equipamentos.
96
Planejamento e gestão do PCMAT
4
Plano de intervenção
4.1. Sinalização interna e externa;
4.2. Informação e formação dos intervenientes na fase de
manutenção;
4.3. Segurança contra incêndio;
4.4. Emergência e evacuação;
4.5. Demolição.
5
Procedimentos de manutenção
5.1. Manutenção interior;
5.2. Manutenção exterior;
5.3. Manutenção de telhado ou cobertura;
5.4. Manutenção das instalações elétricas;
5.5. Manutenção mecânica (ar-condicionado, ventilação, aqueci-
mento etc.);
5.6. Manutenção mecânica (elevadores, escadas rolantes etc.).
6Monotorização
6.1. Inspeções programadas;
6.2. Registros.
97
CAPíTULO 7
Projeto de ancoragem
Em todas as edificações com, no mínimo, quatro pavimentos ou altura de 12 metros a partir do nível do térreo deve estar previs-ta a instalação de um sistema para sustentação de andaimes e de cabos de segurança para uso de proteção individual nos serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas, conforme prevê a NR 18 no item 18.15.56, devendo constar do projeto estrutural da edificação, exceto se a edificação possuir projetos específicos para instalação de equipamentos definitivos para limpeza, manutenção e restauração de fachadas.
Figura 2
98
Planejamento e gestão do PCMAT
1 Esperas de ancoragem
São esperas, em geral metálicas, fixadas na estrutura da edi-ficação para sustentação dos andaimes de utilização coletiva (an-daimes suspensos) ou individual (cadeiras suspensas), visando os serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas.
Figura 3 Espera de ancoragem por fixação química•Carga de arrancamento estático = 23,8 KN ou 2.430Kgf.•Travamento químico = 40.6 N.m ou 4,14 Kgf.m
Figura 4 Espera de ancoragem por transfixação•Carga de arrancamento estático = 66,7 KN ou 6.800Kgf.•Travamento químico = 40.6 N.m ou 4,14 Kgf.m
Figura 5 Espera de ancoragem por dupla fixação•Carga de arrancamento estático = 66,7 KN ou 6.800Kgf.•Travamento químico = 40.6 N.m ou 4,14 Kgfm
99
Projeto de ancoragem
2 Disposição das esperas de ancoragem
As esperas de ancoragem de equipamentos e dos cabos de segurança devem ser independentes e dispostos de forma a atender a todo o perímetro da edificação.
3 Material das esperas de ancoragem
As esperas de ancoragem devem ser constituídas de mate-rial resistente às intempéries, como aço inoxidável ou outro ma-terial de características equivalentes, devendo apresentar na sua estrutura, em caracteres indeléveis e bem visíveis:
• razão social do fabricante e o seu CNPJ;• indicação da carga de 1.500 Kgf.;• material da qual é constituído;• número de fabricação/série.
4 Resistência das esperas de ancoragem
As esperas de ancoragem devem suportar uma carga pontual de 1.500 Kgf.
5 Aplicações
As esperas de ancoragem são destinadas aos seguintes equi-pamentos:
• Andaimes em balançoA estrutura do andaime deve ser convenientemente con-traventada e ancorada, para eliminar quaisquer oscila-ções, e o trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo
100
Planejamento e gestão do PCMAT
paraquedista, ligado ao trava-quedas de segurança que, por sua vez, deve estar ligado a um cabo-guia fixado em estrutura independente da estrutura de fixação e susten-tação do andaime em balanço.
• Andaimes suspensosA estrutura do andaime deve ser convenientemente con-traventada e ancorada, para eliminar quaisquer oscila-ções, e o trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo paraquedista, ligado ao trava-quedas de segurança que, por sua vez, deve estar ligado a um cabo-guia fixado em estrutura independente da estrutura de fixação e susten-tação do andaime suspenso.
• Cadeira suspensaO sistema de fixação da cadeira suspensa deve ser inde-pendente do cabo-guia do trava-quedas.
• Telhados e coberturasO cabo de segurança deve ter sua extremidade fixada à es-trutura definitiva da edificação por meio de espera de an-coragem, suporte ou grampo de fixação de aço inoxidável ou outro material de resistência, qualidade e durabilidade equivalentes.
• EPIO cinto de segurança deve ser dotado de dispositivo trava--quedas e estar ligado a um cabo de segurança indepen-dente da estrutura do andaime.
101
Sistema de Gestão de SST
Referências
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BENITE, A.G. Sistemas de gestão da segurança e saúde no traba-lho para empresas construtoras. 2004. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil)–Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria MTb 3214/1978 – Normas Regulamentadoras.
CARDOSO, F.F. Missão 3: organização e gestão de canteiro. Trabalho técnico. 1999.
CRUZ, S. M. S. Gestão de segurança e saúde ocupacional nas em-presas de construção civil. 1998. 113f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção)–Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
DIAS, L. M. A. Segurança e saúde no trabalho: coordenação de segurança na construção, perspectiva de desenvolvimento. Lisboa: Instituto de Desenvolvimento e Inspeção das Condições de Trabalho (Idict) 1999. 264 p.
______.; FONSECA, M. S. Plano de segurança e saúde na constru-ção. Lisboa: Instituto de Engenharia Civil, 1996.
102
Planejamento e gestão do PCMAT
ESPINOZA, J. W. M. Implementação de um programa de condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção para os canteiros de obras no subsetor de edificações utilizando um sistema informatizado. 2002. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Pro-dução)–Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
FELIX, M. C.; LIMA, G. B. A. Sistema de gestão de segurança na indústria da construção no Japão: uma abordagem do modelo japonês. In: V SEMANA DA PESQUISA, 2004, São Paulo. São Paulo: Fundacentro, 2004.
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LIMA JUNIOR, J. M. Legislação sobre segurança e saúde no trabalho na indústria da construção. In: II CONGRESSO NACIONAL SOBRE CONDIÇÕES e MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, 1995, Rio de Janeiro.
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ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Diretrizes sobre sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho, abr. 2000.
103
Anexo 1 – Dados para o PCMAT
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Planejamento e gestão do PCMAT
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Anexo 1 – Dados para o PCMAT
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106
Planejamento e gestão do PCMAT
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GR
UA
(...)
107
PREVISÃO DE EFETIVO
EMPREENDIMENTOS RESIDENCIAIS
íNDICE M2 DE CONSTRUÇÃO EFETIVO
0,012
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
EFETIVO
ATUAL
DISCRIMI-
NAÇÃO
PREVISÃO LEGAL
NR-18/NR-24 EXISTENTE
NO CANTEIRO
DIFERENÇA
RELAÇÃO QUANT.LEGAL/
EXISTENTE
0
Vaso Sanitário 1 / 20 Trab.
Mictório 1 / 20 Trab.
Lavatório 1 / 20 Trab.
Chuveiro Elétrico 1 / 10 Trab.
ÁREA DE VIVÊNCIA
EFETIVO
ATUAL
DISCRIMI-
NAÇÃO
PREVISÃO LEGAL NR-18
/ NR-24EXISTENTE
NO CAN-
TEIRO M2
DIFERENÇA
RELAÇÃO QUANT.LEGAL/
EXISTENTE
0
Refeitório 1 m2 / Trab.
Cozinha35 % /
Refeitório m2
Despensa20 % /
Refeitório m2
Vestiário 0,75 m2 / Trab.
Bebedouro 1/25 Trab.
DIMENSIONAMENTOS
Obra: Empreendimento
(...)
Anexo 2 – Dimensionamento das áreas de vivência
108
Planejamento e gestão do PCMAT
ESCRITÓRIOS / ALMOXARIFADOS / APOIOS
M2 DE
CONSTRUÇÃODISCRIMINAÇÃO
ÁREA
BÁSICA M2
ÁREA
REAL M2
0,00
Portaria 1 - Até 20.000,00 M2
Portaria 2 - A partir de 20.000,01 M2
Escritório (Engenharia/Estagiários/
Administração/Sala de Reunião/Copa)
Almoxarifado / Depósito de Metais
Depósito de Cimento
Depósito de Argamassa
Depósito de Cola
DepósitoLadrilhos/Louças/Material de
Elevador
Sala de Treinamento
Depósito de materiais tóxicos,
corrosivos, inflamáveis ou explosivos
Sala do Mestre de Obras
Sala dos Encarregados
Sala do TST-Técnico de Segurança do
Trabalho
Ambulatório / Enfermaria
Coordenadoria Administrativa / DP
(...)
109
Anexo 3 – Planta de situação/áreas de vivência
110
Anexo 4 – Portaria de obraPORTARIA DA OBRA
111
Anexo 5 – Instalações sanitáriasInstalações Sanitárias
112
Anexo 6 – VestiáriosVestiário
10,00
7,50
0,303,
00
DA COBERTURA
CABIDE
ARMÁRIO DUPLOC/ 2 PORTAS
BANCOCABIDE
A
A
10,00
7,50
0,303,
00
PROJEÇÃO
A
A
10,00
7,50
0,303,
00
DA COBERTURA
CABIDE
ARMÁRIO DUPLOC/ 2 PORTAS
BANCOCABIDE
A
A
10,00
7,50
0,303,
00
PROJEÇÃO
A
A
0,60
1,90
0,60
BANCO ROUPEIRO DUPLOC/ 2 PORTA
TELA
CABIDE CABIDE
1,90
0,60
1,90
0,60
BANCO ROUPEIRO DUPLOC/ 2 PORTA
TELA
CABIDE CABIDE
1,90
113
Anexo 7 – Refeitório/cozinhaRefeitório / Distribuição
TANQUE REVESTIDO DEAZULEJO , CANTONEIRA
NAS BORDAS EFUNDO COM ESTRADO
EM PVC
LIXEIRAC/TAMPA
11,15m
PROJEÇÃODA COBERTURA
LAVATÓRIOBEBEDOURO
SABONETEIRA PORTA PAPELTOALHA
LIXEIRACOM TAMPA
LIXEIRACOM TAMPA
ESTUFA
CABIDE
A
A
QUADRODE AVISO
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2,20
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2,80
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AD
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0,5
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1,00
2,10
LOCAL PARAREFEIÇÕES
1,00
2,10
BALCÃOTÉRMICO
BANQUETA DEPOLIPROPILENO
C=0,41 x L=0,35 x A=0,46
MESA DE POLIPROPILENOC=1,20 x L=0,72 x A=0,76
0,802,10
PISO REVESTIDODE CERÂMICA
ANTIDERRAPANTE
CAIXA DESUGESTÕES
2,50m
0,30
m1,
00m
9,00
m
Refeitório / Cozinha
0,802,10
0,60
m0,
60m
0,60
2,10
ARMÁRIO
0,80m 0,80m
BANCADA DE APOIO2,20 x 0,80
BANCADA DE APOIO2,80 x 0,80
LIXEIRAC/TAMPA
LIXEIRAC/TAMPA
BOTIJÃODE GÁS
11,15m
PROJEÇÃODA COBERTURA
0,30
m
LIXEIRACOM TAMPA
LIXEIRACOM TAMPA
ESTUFA
CABIDE
A
A
QUADRODE AVISO
1,00
m
BA
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PO
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80 x
0,8
0
BANCADA DE APOIO2,20 x 0,80
1,12
m0,
80m
1,20
m0,
80m
1,12
m
2,80
m
BA
NC
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IO1,
30 x
0,5
0
1,00
m
2,20
m5,30m1,60m
1,00
2,10
PROJEÇÃODA PRATELEIRA
PRATELEIRACABIDE
PROJEÇÃODA COIFA
1,00
m
DESPENSABANHEIRO
COZINHA
0,80
2,10
1,00
2,10
9,00
m
BANQUETA DEPOLIPROPILENO
C=0,41 x L=0,35 x A=0,46
MESA DE POLIPROPILENOC=1,20 x L=0,72 x A=0,76
LOCAL PARAREFEIÇÕES
TANQUE REVESTIDO DEAZULEJO , CANTONEIRA
NAS BORDAS EFUNDO COM ESTRADO
EM PVC
PISO REVESTIDODE CERÂMICA
ANTIDERRAPANTE
LAVATÓRIOBEBEDOURO
SABONETEIRA PORTA PAPELTOALHA
CAIXA DESUGESTÕES
BALCÃOTÉRMICO
114
Anexo 8 – Desenhos padrões
LOCAL FL. DISCRIMINAÇÃO DATA DA REVISÃO
ÁREA DE VIVÊNCIA
5 PORTARIA 01 - PLANTA BAIXA E CORTE
6 PORTARIA 02 - PLANTA BAIXA E CORTE
7 VESTIÁRIO - PLANTA BAIXA
8 VESTIÁRIO - CORTE
9 ARMÁRIO 01 - PERSPECTIVA
10 ARMÁRIO 02 - PERSPECTIVA
11 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS - PLANTA BAIXA
12 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS - CORTE
13LOCAL P/ REFEIÇÃO-PLANTA BAIXA S/ COZ C/ MESA E BANQ P/ >100 trab.
14LOCAL P/ REFEIÇÃO-PLANTA BAIXA C/ COZ C/ MESA E BANQ P/ >100 trab.
15LOCAL P/ REFEIÇÃO-CORTE “AA” MÓDULO PARA > 100 trab.
ARMAÇÕES DE FERRO
16 ARMAZENAMENTO DE FERROS - PERSPECTIVA
17CENTRAL DE DOBRA E CORTE DE FERRO – PERSPEC-TIVA
PAVIMENTO
18 CONDUTOR DE ENTULHO 1 - CORTE
19 CONDUTOR DE ENTULHO 2 – VISTA
20 CONDUTOR DE ENTULHO 3 – CORTE
CANTEIRO
21 COBERTURA DE BANCADA - PLANTA BAIXA
22 COBERTURA DE BANCADA - PERSPECTIVA
23 COIFA DE PROTEÇÃO - VISTA
24 EMPURRADOR - PERSPECTIVA
25 BAIA PARA AGREGADOS - PERSPECTIVA
26 BETONEIRA - VISTA E PERSPECTIVA
27 DEPÓSITO DE INFLÁMAVEIS - PLANTA BAIXA E CORTE “AA”
28 DEPÓSITO DE INFLÁMAVEIS - PERSPECTIVA
GERAL
29 CAIXA DE EXTINTOR – PERSPECTIVA
30 SINALIZAÇÃO DE EXTINTORES - VISTA
31 ARMÁRIO QGBT 1 - VISTA
32 QUADRO GERAL - QGBT 2 - PERSPECTIVA
33 CABINE DO QGBT - PERSPECTIVA
34 QUADRO DE TOMADAS - VISTA
35 QUADRO MÓVEL - PERSPECTIVA
36CAVALETE DE SINALIZAÇÃO - VISTA LATERAL, VISTA FRONTAL E DET.
37 CAVALETE DE SINALIZAÇÃO - PERSPECTIVAS
115
Anexo 8 – Desenhos padrões
íNDICE COMERCIAL JOÃO DE BARRO
LOCAL FL. DISCRIMINAÇÃO DATA DA REVISÃO
ESCAVAÇÃO
38 INCLINAÇÃO DE TALUDE - CORTE February/2014
39 PERIFERIA DE TALUDE - PERSPECTIVA February/2014
40 PASSARELA DE TRANSPOSIÇÃO - PERSPECTIVA February/2014
41 ESCORAMENTO DE ESCAVAÇÃO - PERSPECTIVA February/2014
42 ESCADA MÓVEL PARA ESCAVAÇÃO - PERSPECTIVA February/2014
43 ESCADA FIXA PARA ESCAVAÇÃO - PERSPECTIVA February/2014
44ESCADA MÃO DUPLA PARA ESCAVAÇÃO - PERSPECTIVA
February/2014
FUNDAÇÃO 45 PROTEÇÃO DE FERRO DE ARRANQUE - PERSPECTIVA February/2014
PROTEÇÕES DE ABERTURAS
46PROTEÇÃO DE ABERTURA DE LAJE - PLANTA BAIXA E CORTE “AA”
February/2014
47 PROTEÇÃO DE ABERTURA DE LAJE - PERSPECTIVA February/2014
48PROTEÇÃO DE ABERTURA DE LAJE - PLANTA BAIXA E CORTE “AA”
February/2014
49 PROTEÇÃO DE ABERTURA DE LAJE - PERSPECTIVA February/2014
ESCADAS RAMPAS E
PASSARELAS
50 ÂNGULOS DE INCLINAÇÕES February/2014
51 ESCADA MÓVEL 1 – PERSPECTIVA February/2014
52 ESCADA MÓVEL 2 – PERSPECTIVA February/2014
53 ESCADA FIXA COM CORRIMÃO – PERSPECTIVA February/2014
54RAMPA DE TRANSPOSIÇÃO DE PISO – PERSPECTIVA ( h < 0,50m)
February/2014
55RAMPA DE TRANSPOSIÇÃO DE PISO – PERSPECTIVA ( h > 0,50m)
February/2014
MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE
MATERIAIS
56TORRE METÁLICA – ESTRONCAMENTO – PERSPECTIVA
February/2014
57 TORRE METÁLICA – AMARRAÇÃO – PERSPECTIVA February/2014
58TORRE METÁLICA – ESTAIAMENTO – PERSPECTIVA
February/2014
59TORRE METÁLICA – ISOLAMAENTO NA LAJE – PERS-PECTIVA
February/2014
60TORRE METÁLICA – CABINE DO GUINCHO – PERSPECTIVA
February/2014
61 TORRE METÁLICA – CANCELA 1 – CORTE February/2014
62 TORRE METÁLICA – CANCELA 1 – PERSPECTIVA February/2014
63 TORRE METÁLICA – GUINCHO – PERSPECTIVA February/2014
64TORRE METÁLICA – GUINCHO – DETALHE DE FIXAÇÃO
February/2014
116
Planejamento e gestão do PCMAT
íNDICE COMERCIAL JOÃO DE BARRO
LOCAL FL. DISCRIMINAÇÃO “DATA DA REVISÃO”
GRUA
65 TORRE DE GRUA - CORTE E DETALHES February/2014
66 TORRE DE GRUA - PERSPECTIVA February/2014
67PLATAFORMA METÁLICA PARA RECEB. DE PELET-PLANTA BAIXA
February/2014
68PLATAFORMA METÁLICA PARA RECEB. DE PELET- CORTE “AA” E DET.
February/2014
69PLATAFORMA METÁLICA PARA RECEB. DE PELET-VISTA E DETALHE
February/2014
70PLATAFORMA METÁLICA PARA RECEB. DE PELET-PERSPECTIVA
February/2014
71CAIXA DA GRUA - PLANTA BAIXA E VISTA FRONTAL, LATERAL E DET.
February/2014
72 CAIXA DA GRUA - PERSPECTIVA E DET. DE AMARRA February/2014
73 PERSPECTIVA (ISOLAMENTO DE ÁREA DE CARGA E DESCARGA)
February/2014
SOLDAGEM A QUENTE
74SOLDAGEM OXI-ACETILÊNICA – ANTEPARO – PERS-PECTIVA
February/2014
75SOLDAGEM ELÉTRICA – ANTEPARO – PERSPECTIVA
February/2014
76SOLDAGEM A QUENTE – CARRINHO TRANSPORTADOR - PERSPECTIVA
February/2014
ANDAIMES FIXOS 77 ANDAIME DE MADEIRA – PERSPECTIVA February/2014
ANDAIMES
78AFASTADOR 1 - ANDAIME SUSPENSO LEVE – CORTE/PERSPECTIVA
February/2014
79AFASTADOR 2 - ANDAIME SUSPENSO LEVE – CORTE/PERSPECTIVA
February/2014
80ANDAIME – POSICIONAMENTO DAS ALAVANCAS – PLANTA BAIXA
February/2014
81ANDAIME – POSICIONAMENTO DAS ALAVANCAS – CORTE
February/2014
117
Anexo 9 – Desenhos específicos
LOCAL FL. DISCRIMINAÇÃO DATA DA REVISÃO
POÇO DO ELE-VADOR
4PLANTA BAIXA, CORTE E DETALHE. - ANTES ALVENARIA
5 PERSPECTIVA - ANTES ALVENARIA
6PLANTA BAIXA, CORTE E DETALHE - APÓS ALVENARIA
7 PERSPECTIVA - APÓS ALVENARIA
8 PLANTA BAIXA DA ARMAÇÃO E CORTE
9 PLANTA BAIXA DA PLATAFORMA INTERNA E CORTE
PROTEÇÃO DE PERIFERIA
10 PERIFERIA DA CONCRETAGEM – VARAL - CORTE
11 PERIFERIA DA CONCRETAGEM – PLANTA BAIXA
12 PERIFERIA DA CONCRETAGEM – CORTE
13 PERIFERIA DA CONCRETAGEM – PERSPECTIVA
14 PLANTA BAIXA, CORTE E DETALHE
15 PERSPECTIVA
ESCADA ESTRUTURAL
16 PLANTA BAIXA
17 CORTE E DETALHE DE FIXAÇÃO
PROTEÇÃO EXTERNA
18 PLATAFORMA PRINCIPAL - PLANTA BAIXA E CORTE
19 PLATAFORMA PRINCIPAL - PERSPECTIVA
20 PLATAFORMA SECUNDÁRIA - PLANTA BAIXA E CORTE
21 PLATAFORMA SECUNDÁRIA - PERSPECTIVA
22PROTEÇÃO EXTERNA - CORTE ESQUEMÁTICO BLOCO 1 E 2
23 REDE DE SEGURANÇA - PLANTA BAIXA
24 REDE DE SEGURANÇA - VISTA
25 REDE DE SEGURANÇA - PERSPECTIVA
118
Anexo 10 – Plano de Atendimento de Emergência (PAE)
P A E
PLANO DE ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
FLUXOGRAMA
119
PCM
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121
Anexo 11 – Cronograma de implantação das medidas preventivas do PCMAT
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Anexo 12 – Check list da grua
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OBSERVAÇÃO
DOCUMENTAÇÃO OBRIGATÓRIA
1 CONTRATO DE LOCAÇÃO
2 TERMO DE ENTREGA TÉCNICA
18.14.24.4
Antes da entrega ou liberação para início de trabalho com utilização de grua, deve ser elaborado um Termo de Entrega Técnica prevendo a veri-ficação operacional e de segurança, bem como o teste de carga, respei-tando-se os parâmetros indicados pelo fabricante.
LAUDO ESTRUTURAL
18.14.24.15
Toda grua que não dispuser de iden-tificação do fabricante, não possuir fabricante ou importador estabeleci-do ou, ainda, que já tenha mais de 20 (vinte) anos da data de sua fabrica-ção, deverá possuir laudo estrutural e operacional quanto à integridade estrutural e eletromecânica, bem como, atender às exigências descri-tas nesta norma, inclusive com emis-são de ART - Anotação de Respon-sabilidade Técnica - por engenheiro legalmente habilitado.
18.14.24.15.1 Este laudo deverá ser revalidado no máximo a cada 2 (dois)anos.
ATESTADO DE ATERRAMENTO ELÉTRICO
18.14.24.7
A estrutura da grua deve estar devida-mente aterrada de acordo com a NBR 5410 e procedimentos da NBR 5419 e a respectiva execução de acordo com o item 18.21.1 desta NR.
123
Anexo 12 – Check list da grua
(...)
(...)
ORD. ITEM DESCRIÇÃO SIM
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OBSERVAÇÃO
i)
Atestado de aterramento elétrico com medição ômica, conforme NBR 5410 e 5419, elaborado por profissional legalmente habilitado e realizado se-mestralmente.
18.14.24.13
Toda empresa fornecedora, locadora ou de manutenção de gruas deve ser registrada no CREA - Conselho Re-gional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, para prestar tais serviços técnicos.
CREDENCIAMENTO DO PROFISSIO-NAL
18.14.24.13.1
A implantação, instalação, manu-tenção e retirada de gruas deve ser supervisionada por engenheiro legal-mente habilitado com vínculo à res-pectiva empresa e, para tais serviços, deve ser emitida ART - Anotação de Responsabilidade Técnica.
4ART - ANOTAÇÃO DE RESPONSABI-LIDADE TÉCNICA
Deverá ser emitida ART-Anotação de Responsabilidade Técnica por profis-sional legalmente habilitado
LISTA DE VERIFICAÇÃO DO GRUEI-RO
b)Lista de Verificação de Conformida-des (check-list) a cargo do operador da grua;
LISTA DE VERIFICAÇÃO DO SINA-LEIRO
Lista de Verificação de Conformida-des (check-list) a cargo do Sinaleiro/Amarrador de cargas referente aos materiais de içamento.
LIVRO DE INSPEÇÃO DA GRUA
Livro de inspeção da grua conforme disposto no item 18.22.11 desta NR-18;
COMPROVANTES DE QUALIFICA-ÇÃO E TREINAMENTO
124
Planejamento e gestão do PCMAT
ORD. ITEM DESCRIÇÃO SIM
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O
OBSERVAÇÃO
22 - Comprovantes de qualificação e treinamento do pessoal envolvido na operacionalização e operação da grua;
ESPECIFICAÇÕES DE ESFORÇOS ATUANTES
18.14.24.3
O posicionamento da primeira anco-ragem, bem como o intervalo entre ancoragens posteriores, deve seguir as especificações do fabricante, for-necedor ou empresa responsável pela montagem do equipamento, mantendo disponível no local as especificações atinentes aos esforços atuantes na es-trutura da ancoragem e do edifício.
PLANO DE CARGAS
MANUAL DO FABRICANTE
Manual do fabricante e ou operação contendo no mínimo:
ITENS DE SEGURANÇA
1 Limitador de momento máximo;
2Limitador de carga máxima para blo-queio do dispositivo de elevação;
3Limitador de fim de curso para o car-ro da lança nas duas extremidades;
4Limitador de altura que permita fre-nagem segura para o moitão;
5
Alarme sonoro para ser acionado pelo operador em situações de risco e alerta, bem como de acionamento automático, quando o limitador de carga ou momento estiver atuando;
6Placas indicativas de carga admissí-vel ao longo da lança, conforme espe-cificado pelo fabricante;
7 Luz de obstáculo (lâmpada piloto);
8Trava de segurança no gancho do moitão;
9Cabos-guia para fixação do cabo de segurança para acesso à torre, lança e contra-lança;
(...)
(...)
125
Anexo 12 – Check list da grua
ORD. ITEM DESCRIÇÃO SIM
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OBSERVAÇÃO
10Gaiola de proteção para a Escada de acesso à cabine.
11Trava de segurança no gancho do moitão;
12Cabos-guia para fixação do cabo de segurança para acesso à torre, lança e contra-lança;
13Limitador de giro, quando a grua não dispuser de coletor elétrico;
14 Anemômetro;
15
Dispor de dispositivo automático com alarme sonoro que indique a ocorrência de ventos superiores a 42 Km/h.
16Dispositivo instalado nas polias que impeça o escape acidental do cabo de aço;
17
Proteção contra a incidência de raios solares para a cabine do operador conforme disposto no item 18.22.4 desta NR;
18Limitador de curso para o movimen-to de translação de gruas instaladas sobre trilhos;
19Escadas fixas conforme disposto no item 18.12.5.10 desta NR;
20Limitadores de curso para o movi-mento da lança - item obrigatório para gruas de lança móvel ou retrátil.
(...)
126
Anexo 13 – Plano de cargas da grua
I. II. III. IV. V. VI.
VII.
VIII.
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AT Elaboração do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
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