placas tectônicas

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Placas Tectônicas O conceito das Placas Tectônicas é relativamente recente, e revolucionou a Ciência do século 20. Este conceito propõe que todos os terremotos, atividade vulcânica, e processos de construção de montanha são causados pelo movimento de blocos rígidos chamado placas que compõem a capa da superfície da Terra, ou litosfera (lithosphere). Em 1912, Alfred Wegner colocou sua teoria que a crosta terrestre era segmenta em doze grandes zonas que denominou de placas tectônicas, que estão em contínua modificação, e que os continentes se haviam formado a partir de um único continente chamado Pangea. Os movimentos de deriva foi o que deu lugar a formação dos atuais continentes que se formaram a partir do Pangea. Pela Teoria das Placas Tectônicas, a superfície da Terra está composta de uma dúzia de grandes placas e outras várias de menor tamanho.

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Page 1: Placas Tectônicas

Placas Tectônicas

O conceito das Placas Tectônicas é relativamente recente, e revolucionou a Ciência do século 20. Este conceito propõe que todos os terremotos, atividade vulcânica, e processos de construção de montanha são causados pelo movimento de blocos rígidos chamado placas que compõem a capa da superfície da Terra, ou litosfera (lithosphere).

Em 1912, Alfred Wegner colocou sua teoria que a crosta terrestre era segmenta em doze grandes zonas que denominou de placas tectônicas, que estão em contínua modificação, e que os continentes se haviam formado a partir de um único continente chamado Pangea.

Os movimentos de deriva foi o que deu lugar a formação dos atuais continentes que se formaram a partir do Pangea.

Pela Teoria das Placas Tectônicas, a superfície da Terra está composta de uma dúzia de grandes placas e outras várias de menor tamanho.

O encontro de duas placas tectônicas

Page 2: Placas Tectônicas

Várias razões levaram a formação do conceito das placas tectônicas e da deriva dos continentes:

• No alargamento dos mares, quando o magma esfria e se solidifica no solo submarino, os minerais magnéticos do material novo se solidificam de acordo com a polaridade do campo magnético da Terra na ocasião de seu resfriamento.

• Quando o campo magnético da Terra reverte sua polaridade, o novo magma se solidifica adquirindo a polaridade inversa.

• Assim a crosta oceânica possui o registro da própria formação, com a primeira mudança de polaridade registrada próximo ao limite entre as placas, onde a lava atinge a superfície e as mais antigas, próximas dos margens continentais, formadas quando o oceano era jovem em torno de 180 a 200 milhões de anos.

• Isso demonstra que os continentes devem ter se movido em direções opostas abrindo espaço para o oceano desde a Era Jurássica.

• Outra confirmação do conceito veio do estudo da distribuição de estruturas geológicas que passam de um continente para outro.

• Geologistas da Universidade de Cambridge usaram o computador para colocar todos os continentes e ilhas da Terra juntos como num quebra-cabeças, considerando contornos submarinos. O resultado foi impressionante, apresentando muito poucos buracos e sobreposições.

• Comparando a estrutura e composição das rochas e solo dos continentes que o modelo indica terem sido um só, confirmando que o modelo é bem próximo ao correto.

• Finalmente o estudo da fauna marinha e flora das diferentes áreas durante os anos também apresenta provas do movimento dos continentes.

Os modelos de Interação entre as Placas Tectônicas são quatro:

Subducção - ocorre onde duas placas de espessura semelhante entram em contato entre si.

Deslizamento - se produz quando duas placas oceânicas entram em contato, ou também uma placa continental e uma oceânica.

Extrusão - este fenômeno ocorre quando se juntam duas delgadas placas tectônicas que deslizam em direções opostas, como é o caso do contacto de duas placas do fundo oceânico.

Acrecencia - acontecem quando há um leve impacto entre uma placa oceânica e uma continental.

Page 3: Placas Tectônicas

McAlester associa os movimentos das placas com a energia calorífica concentrada abaixo da litosfera.

Rikitake indica que o esquema general de desarranjo das placas, está relacionado com os movimentos de convecção das camadas inferiores, as quais estão em estado viscoso devido ao calor.

Nas zonas de extrusão aparece uma ''nova crosta'', enquanto nas zonas de subducção as placas que penetram por baixo se fundem, por efeito do calor liberado na interação entre as placas baixas sob condições de elevada pressão, dando lugar ao magma. O que explicaria a freqüência de vulcões ativos situados nestas zonas de subducção.

Os limites entre as placas são de três tipos:

• Onde elas se afastam, no meio do oceano, nova crosta se forma com o material expelido do interior da Terra;

• Onde uma placa avança para baixo de outra, parte da placa é consumida pela alta temperatura das camadas inferiores;

• Onde as placas se movem em direções opostas, causando falhas.

Acredita-se que os atuais oceanos da Terra foram formados pela geração de nova crosta entre placas que se afastaram; e que a convergência de placas deu origem a cadeias de montanhas.

Os oceanos da Terra encontram-se em diferentes estágios de formação:

• O Oceano Pacífico é antigo e já está diminuindo em ambos os lados, o que poderá resultar na colisão da Ásia com as Américas.

• O Oceano Índico está crescendo no oeste e diminuindo no leste.

• O Atlântico encontra-se ainda em expansão em ambos os lados.

• O Mar Vermelho é o embrião de um futuro oceano.

Os Alpes originaram-se da colisão da placa da África com a da Europa. Há restos de crosta oceânica ali, indicando que havia um oceano onde agora há uma cadeia de montanhas. O mesmo acontece na região dos Himalaias, causado pela colisão das placas da Índia e da Ásia.

Os terremotos ocorrem com bastante freqüência nos limites das placas tectônicas. Áreas como o lado oeste da América do Sul estão sobre área de compressão de placas. O lado oeste da África, por exemplo, está sobre o centro de uma placa e os movimentos tectônicos não se manifestam.

Page 4: Placas Tectônicas

 - INTRODUÇÃOAs mais variadas formas do relevo, constituem objeto de estudo desde os primórdios da humanidade.

Neste último século, considerável avanço geológico foi registrado.

Porém , problemas ainda continuam e alguns permanecerão para sempre nos domínios das hipóteses e

da especulação. Como origem da terra e do universo.

A existência desse trabalho, tem por objetivo, com significativo e diversificado conteúdo, explanar sobre

as forças que soerguem ou que amarrotam vastos trechos da crosta terrestre. Denominados processos

geodinâmicos internos. Relaciona-se então a este processo os fenômenos magmáticos vulcânicos,

plutônicos, os terremotos, os dobramentos, os falhamentos, a orogênese e a epirogênese, a deriva

continental e a tectônica de placas. Objeto deste estudo.

II - DESENVOLVIMENTO1 - O Planeta Terra e sua Origem

A teoria mais aceita hoje é a teoria do Big Bang (grande explosão), que descreve o surgimento do

universo, a partir de uma grande explosão de um ponto superdenso, que deu origem à luz e a matéria, da

qual se formaram as nebulosas, estrelas e galáxias.

Com a condensação de uma névoa primitiva de gás e poeira há 4,6 bilhões de anos, surgiu o Sistema

Solar. A gravidade fez com que esta névoa sofresse uma contração, num processo que durou dezenas de

milhões de anos, até que a parte de sua massa se concentrou no centro do sistema. Devido a turbulência,

o núcleo original começou a girar com velocidade cada vez maior, dando ao restante da nuvem a forma

de disco. A temperatura do centro da nuvem foi aumentando à medida que ela se comprimia, até se

tornar quente o suficiente para que o sol começasse a brilhar, devido à energia liberada do seu núcleo.

Enquanto isso, a periferia do disco foi se resfriando, permitindo que a matéria se solidificasse. À medida

que as partículas se colidiam, elas foram se unindo, formando corpos cada vez maiores. Dessa forma,

ocorreu a formação dos planetas que atualmente giram em torno do sol, entre eles, o Planeta Terra.

Com a solidificação dessas matérias que se colidiam, formou-se uma bola incandescente que, com o

tempo, foi resfriando-se lentamente. À medida que resfriava, alguns gases eram liberados de seu interior

como amônia, hidrogênio, metano e, junto com eles, vapor d'água. Esses gases se acumularam ao redor

da terra, formando grandes nuvens escuras. Esta foi, possivelmente, a origem da atmosfera primitiva.

Este processo continua acontecendo até hoje com os vulcões. A temperatura da superfície da terra era

tão alta que uma gota d'água que caísse da atmosfera sobre ela evaporava imediatamente. A água

evaporada, quando encontrava as camadas mais frias da atmosfera, transformava-se em chuvas

torrenciais. Foi essa chuva que ajudou a diminuir a temperatura da superfície do planeta. O resfriamento

da superfície da terra deu origem à formação de uma camada fina de material sólido que, por sua vez,

deu origem à crosta terrestre.

Num dado momento, a água das chuvas não retornava mais à atmosfera em forma de vapor. Em estado

líquido, parte escorria pelas elevações formando os rios, e parte acumulava-se nas depressões da crosta

terrestre. Foi esta água que formou os lagos, os mares e os oceanos... E assim possivelmente formou-se

a hidrosfera primitiva, de constituição diferente da atual.

Com a composição do globo terrestre criou-se um imenso bloco continental denominado Pangéia (o

Super Continente), circundado por um imenso oceano denominado Pantalassa.

2 - Estrutura Interna da Terra

A maior parte do conhecimento do interior do planeta é fornecido através de estudo geofísicos,

principalmente, com o auxílio da sismologia. São dados obtidos de forma indireta, já que as observações

diretas são realizadas a poucos quilômetros da superfície, em minas profundas ou em furos de

sondagem.

Através da sismologia, uma região do manto superior, entre 100 e 350 km de profundidade, com

características plásticas e capaz de fluir, foi descoberto - a atmosfera, cuja a existência viabilizou a teoria

da Deriva Continental e, por extensão, a da Tectônica de Placas. Estabeleceu-se também um novo

Page 5: Placas Tectônicas

conceito de litosfera, que é a região rígida acima da atmosfera, e, portanto, incluindo a crista e porção

externa do manto superior. A crista não é homogênea, variando em composição e espessura, tendo nos

continentes composição granítica de 50 km, em média de espessura. Nos oceanos tem composição

basaltica e, aproximadamente, 8 km de espessura. O termo placas litosféricas aparece, então,

representando um camada rígida capaz de se movimentar sobre a atmosfera plástica e geradora de

fusões magmáticas.

O manto, por sua vez, representa 82% do volume e 68% da massa da terra, e admite-se ser composto,

principalmente, por silicatos de ferro e magnésio.

3 - Processos Geodinâmicos Internos

Os processos geológicos que agem no interior da Terra, e, portanto, dependem da energia do seu interior

para o desenvolvimento, são denominado processos endogenéticos ou geodinâmicos internos.

A movimentação da matéria do interior para o exterior do planeta e vice versa é contínua e constitui o

ciclo das rochas, onde massas rochosas impulsionados para a superfície acentuam o releve e impedem o

aplainamento generalizado prduzido pelas forças exógenas.

Os processos geodinâmicos internos, envolvem movimentos e transformações químicas e físicas da

matéria existente dentro do planeta.

Relacionam-se então à geodinâmica interna, os fenômenos magmáticos vulcânicos e plutônicos, os

terremotos, os dobramentos, os falhamentos, a orogênese e a epirogênese, a deriva continental e a

tectônica de placas. Porém, todo esse processo origina-se de uma dinâmica interna denominada

correntes de convecção.

4 - Teoria das Correntes de Convecção

Várias idéias relativamente novas procuram explicar os fenômenos orogenéticos pelas supostas correntes

de convecção do substrato da crosta terrestre. Tais idéias têm em comum que os movimentos verticais e

horizontais da litosfera são originados por correntes e deslocamentos de massas que se substituem

mutuamente nas profundidades, situadas abaixo da delgada crosta terrestre. Os blocos siálicos seriam

afetados por estas correntes, podendo ser arrastadas pelo fluxo horizontal que se desliza por baixo, o

mesmo soerguidos ou abatidos, conforme a direção dessas correntezas.

Muitos autores acreditam que são correntes conveccionais térmicas, sugerindo sua origem proveniente do

calor produzido pela radioatividade e da conversão da energia gravitacional em térmica, com a formação

do núcleo a mais de 4 bilhões de anos. Alguma energia calorífica, derivada dos processos iniciais de

formação da Terra, restou, em parte, porque as temperaturas internas são mantidas pelas transformações

radioativas de isótopos instáveis.

Não considerando os radioelementos de vida curta, presente nos primórdios da história do planeta, o

calor produzido pela desintegração do urânio 238 e 235, do tório 232 e do potássio 40 é responsável pela

manutenção de uma dinâmica interna até os presentes dias. A radioatividade liberta calor que, por sua

vez, se transforma em trabalho, gerando forças que movimentam placas litosféricas e erguem imensas

cordilheiras.

5 - Teoria da Tectônica de Placas

Como a dinâmica terrestre leva à incidência de tensões de diferentes tipos e ordens de esforços sobre o

material rochoso da litosfera, amplas deformações e movimentos são produzidos em larga escala

estabelecendo, dessa forma, a configuração arquitetônica do exterior da Terra. Tais estudos denominam-

se de tectônica, onde a movimentação de placas , o falhamento, e o dobramento revestem-se da maior

importância, bem como a orogênese e a epirogênese.

Estudos evidenciam que o assoalho do Oceano Atlântico tem crescido em área, graças ao acréscimo de

faixas paralelas constituídas de rochas magmáticas provindas das profundidades e oriundas das

correntes de convecção do manto superior. Estas faixas são reconhecíveis pelas suas anomalias paleo-

magnéticas, que se acham dispostas de maneira simétrica em relação às dorsais suboceanicas, por onde

se admite que o manto ascenda, forçando lateralmente de lado a lado o assoalho devidamente acrescido

de rochas básicas provindas das partes profundas do manto superior, originando a formação de uma

cadeia de montanhas no fundo do Oceano Atlântico, denominado Cordilheira Meso-Oceânica.

Page 6: Placas Tectônicas

O que acabamos de mencionar fundamenta-se na chamada teoria das placas rígidas, aventada por H.H.

Hess em bases puramente geológicas, sendo mais tarde reforçadas pelos fundamentos geomagnéticos

das faixas de rochas magmáticas referidas poucas linhas atrás. O argumento de Hess baseou-se na

inexistência de rochas mais antigas que 100 milhões de anos nos fundos oceânicos. Tendo em vista a

espessura relativamente pequena de sedimentos oceânicos depositados num tempo geológico tão

grande. Hess imaginou que os sedimentos mais antigos foram empurrados por debaixo dos continentes.

Além destes argumento, menciona-se também a variação das espessuras dos sedimentos, pequena e

junto às dorsais suboceânicas, onde o acréscimo ter-se-ia dado em tempo geologicamente mais recente,

e gradativamente maior à medida que aumenta a distância das mencionadas dorsais.

Esses estudos levaram à formulação da teoria da expansão do assoalho oceânico e daí, à proposta de

um modelo geral para origem de toda a crosta oceânica e, consequentemente, à base para o

desenvolvimento da teoria da tectônica de placas. Essa teoria é o modelo para a Terra, em que a litosfera

rígida e fria "flutua" sobre uma astenosfera plástica e quente, assim sendo, a litosfera seria composta de

diversas placas rígidas, de espessura variável entre 50 e 200 km e a movimentação provocada pelas

correntes de convecção ascendentes do manto determinaria o afastamento entre as placas, que do lado

oposto mergulhariam pelo substrato adentro.

6 - Principais Placas e seus Movimentos

São as seguintes as principais placas litosféricas: africana, americana, eurasiana, pacífica, indo-

australiana, antártica e nazca, que se movem com velocidade que variam de 1,3 a 18,3 cm por ano. A

velocidade absoluta da placa sul-americana é de aproximadamente 4 cm/ ano para oeste. Por outro lado,

as placas são geradas junto às dorsais oceânicas, com a formação do assoalho oceânico basáltico, e são

destruídas nas fossas oceânicas, ditas como zonas de subducção, onde mergulham no manto. Nessas

regiões, somente as partes oceânicas são digeridas, com quanto os continentes, mais leves, não são

submergíveis.

6.1) Afastamento

Margem construtiva ou divergentes, quando duas placas estão se movendo separadamente uma da outra

e em sentido contrário, a partir da cadeia mesoceânica, onde nova crosta é formada.

6.2) Colisão

A) destrutiva ou convergente, quando duas placas estão se movendo mutuamente uma em direção à

outra. Fossas oceânicas são formadas nesses sítios de colisão, originando uma zona de subducção, onde

uma placa (mais densa) mergulha sob a outra para ser consumida no manto, como, por exemplo, a placa

de nazca subductando sob a placa sul-americana no Pacífico (no decurso desse processo, as partes

oceânicas das placas são consumidas, e a cadeia montanhosa é formada).

B) Colisional ou sutura, são também regiões de convergência, porém, sem consumo de placas, como, por

exemplo, a cadeia do Himalaia, formada pela colisão da placa indiana com a placa eurasiana.

6.3) Deslocamento/ Deslizamento

Consertativa, formada ao longo de uma transformante, onde o movimento relativo da placa é horizontal e

paralelo ao seu limite, como, por exemplo, a falha de Santo André, na Califórnia, onde o lado do Pacífico

desloca-se para o norte, com relação ao bloco continental a este.

7 - A Formação das Cordilheiras Continentais7.1 - Orogênese

Os processos orogenéticos resultam da interação entre a placa descendente e as margens continentais

ativas.

Entende-se como orogenia os processos tectônicos pelos quais vastas regiões da crosta são deformadas

e elevadas, para formar os grandes cinturões montanhosos, tais como os Andes, os Alpes, o Himalaia e

outros. É o termo antigo, usado antes do conhecimento da tectônico de placas, em que o dobramento

figurava como uma das principais características e cujas causas eram desconhecidas. O termo também

refere-se, até hoje, aos processos de construção de montanhas continentais e envolve também atividades

associadas, tais como dobramento e falhamento das rochas, terremotos, erupções vulcânicas, intrusões

de plútons e metamorfismo.

Page 7: Placas Tectônicas

Um orógeno ou faixa orogênica é uma longa e relativamente estreita região próxima a uma margem

continental ativa (zona de colisão de placas), onde existem muitos ou todos os processos formadores de

montanhas. Uma faixa orogênica é uma região alongada da crosta, intensamente dobrada e falhada

durante os processos de formação de montanhas. As orogenias diferem em idade, história, tamanho e

origem; entretanto, todas foram uma vez terremotos montanhosos. Os Apalaches, foram no paleozóico,

uma grande cordilheira, como o Himalaia ou os Alpes de Hoje, embora se apresentem como morrarias

destituídas do esplendor das grandes cadeias montanhosas.

7.2 - Epirogênese

Algumas das conseqüências da movimentação epirogenética são: Variação do nível do mar, avanço

do mar sobre porções continentais, mudanças na configuração da drenagem, variação do nível de base

de erosão, aparecimento de planos de erosão em vários níveis e terraciamento dos vales fluviais. Porém,

um produto típico de movimento descendente ou epirogenético negativo é a bacia, uma depressão

geralmente de expressão regional, preenchida por sedimentos. Pilhas de rochas sedimentares, muitas

vezes totalizando vários quilômetros de espessura, são aí encontradas, como, por exemplo, a bacia de

Michigan, nos Estados Unidos, ou a do Parnaíba no Brasil.

Nos movimentos ascendentes encontramos platôs e soerguimentos continentais, como, por exemplo, o

platô do Colorado, ou algumas formas marcantes do relevo brasileiro, como a Serra do Mar.

7.3 - Soerguimentos de Montanhas

Grande parte da atividade tectônica terrestre ocorre no limite de placas litosféricas, em contraste com o

interior delas, normalmente inativo tectonicamente. Como resultado, praticamente todas as montanhas e

as cadeias montanhosas, na Terra, são formadas nos limites de placas.

Os esforços compreensivos, gerados nas zonas de colisão de placas convergentes, associados ao

intenso magmatismo que introduz corpos ígneos no material crustal afetado, edificam vulcões na

superfície, criam as condições necessárias para o enrugamento da "pele" do planeta por vastas áreas e,

em determinados períodos de tempo. Montanhas são, então, formadas pelo envolvimento de uma série

de agentes internos. Por isso, as montanhas quase sempre se apresentam como cadeias ou cordilheiras,

porque as forças que as criaram operavam por vastas regiões da crosta terrestre, associadas a

fenômenos de grande transcendência geodinâmica interna, sejam montanhas vulcânicas, de blocos

falhados ou de dobramento e empurrão, como os Alpes e o Himalaia.

7.4 - Montanhas de Origem Vulcânica

Tais elevações são formadas pelo acúmulo de material expulso, provenientes de partes profundas da

crosta terrestre. Às vezes predominam larvas, como vulcões havaianos, outras vezes o material

piroclástico, como é o caso do Paracutin, célebre por Ter-se formado nos nossos dias, e, finalmente,

ambos associados, lava e tufo, como no tipo estrato- vulcão, cujo exemplo clássico é o Vesúvio.

O Chimborazo e o Aconcágua, situados na cordilheira dos Andes, são notórios pelas suas grandes

altitudes. Acham-se, contudo, situados em regiões soerguidas, graças a tectonismo recente.

7.5 - Montanhas Produzidas por Dissecação Erosiva de Planalto

Regiões aplainadas ou mesmo originalmente planas, como são as formadas pelo entulhamento de lagos

ou mares fechados, podem sofrer a ação de forças epirogenéticas que determinem o seu levantamento

sem deformações tectônicas consideráveis. Do desnível resultante, a conseqüência imediata é a erosão

estimulada com maior ou menor intensidade. O estágio inicial pode ser exemplificado com o caso clássico

do grande canhão do Colorado, que se encontra em ativa fase de erosão num planalto elevado. Passados

uns poucos milhões de anos os tributários do Colorado, juntamente com os demais rios que drenam o

planalto, terão dissecado parcialmente o planalto, perdurando somente as áreas correspondentes aos

divisores das águas e aquelas localizadas nas nascentes dos rios. Formarão, desta maneira, montanhas

causadas pela erosão. Como exemplo nacional de montanhas resultantes de processos erosivos, pode

ser citada a Serra Geral do Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina.

7.6 - Montanhas produzidas por Falhamentos

São várias as possibilidades da formação de elevações e montanhas motivadas por falhas, podendo

verificar-se a elevação de blocos numa região baixa, ou abatimento em áreas elevadas formando as

fossas tectônicas, ou ainda pode dar-se o levantamento geral dos blocos uns mais do que os outros,

Page 8: Placas Tectônicas

como também um abaixamento irregular. As montanhas de falhamento são caracterizadas pelo

deslocamento principal no sentido vertical. Podem ocorrer flexuras , mas faltam as deformações plásticas.

Porém, em certos lugares ocorrem deslocamentos quase horizontais como falhas de empurrão, podendo

gradativamente passar para regiões dobradas.

As montanhas formadas por falhamento podem associar-se às cadeias de dobramento, tanto do ponto de

vista geográfico como do sincronismo, significando a ação conjunta dos vários e complexos esforços

tectônicos orogenéticos. Regiões já há muito tempo fixas e estáveis podem sofrer um rejuvenescimento

tectônico parcial, movimentando massas antigas, como a Serra do Mar.

7.7 - Montanhas Produzidas por Dobramentos

As mais famosas cadeias de montanhas do mundo,pelas suas dimensões, não somente em área, como

também pelas altitudes, são encontradas em áreas sujeitas às mais complexas perturbações, entre as

quais, grande e complicados dobramentos. Pelo fato de se associarem freqüentemente as falhas, onde se

dá o deslizamento de massas rochosas, por vezes até de quilômetros de extensão, distante de suas

raízes. Como exemplo clássico desse tipo de estrutura, podem ser citados os Alpes, juntamente com

Apininos, Cárpatos, Cáucaso e o Himalaia. No continente americano citaremos os Andes e as montanhas

rochosas fazendo parte da área perturbada pelo tectonismo cenozóico, que por sinal perdura até os

nossos dias, sendo às vezes altamente desastrosos, pelos abalos sísmicos conseqüentes.

As cadeias de montanhas originadas pelos dobramentos possuem vários caracteres em comum. Assim,

grandes massas sedimentares marinhas, às vezes com intercalações magmáticas, ocupam hoje uma

área cuja extensão é consideravelmente menor do que originalmente. O aspecto peculiar a estas cadeias

orogenéticas é o da sua construção bilateral. Os dobramentos realizam-se em duas direções opostas,

mas não necessariamente simétricas na intensidade do grau de dobramento, manifestando ao contrário

grande assimetria. A zona central, de onde divergem as dobras, é mais sujeita a ação magmática, motivo

pelo qual freqüentemente se encontra afetada por intenso metamorfismo e intrusões magmáticas. Os

dobramentos seguem sucessivas fases no tempo, acompanhadas de intensa atividade vulcânica nos

processos de formação destas cadeias. Essas cordilheiras ainda formam, normalmente, arcos suaves e

sucessivos, apresentando formas suaves.

Devido a estabilidade tectônica do nosso país, não temos exemplos de elevações produzidas por

dobramentos recentes. As montanhas de serra do Espinhaço, constituída de rochas metamórficas

perturbadas e de estrutura bastante complexa, têm relação com o fenômeno do dobramento, que é,

entretanto, muito antigo, pois encontra-se arrasado quase até a raiz. Tais dobramentos, levantados e

expostos à erosão, mostram a estrutura já delineada, como acontece com as montanhas dos Apalaches.

III - CONCLUSÃOVivemos sobre um território mutante, palco de enfrentamento de forças geológicas de diferentes origens

acionadas pela geodinâmica interna e toda gama de fenômenos relacionados. Ao analisarmos a tectônica

de placas, bem como, a formação das cordilheiras continentais e das cadeias oceânicas, reconhecemos

que a história não termina com os fenômenos derivados dos processos geodinâmicos internos. A erosão

e a erostasia continuam, de forma combinada, a modificar o relevo em suas faixas de mobilidade crustal.

Fonte: br.geocities.com

Placas TectônicasTectônica de placas (do grego: relativo à construção) é uma teoria da geologia, desenvolvida para

explicar o fenômeno da deriva continental, sendo a teoria atualmente com maior aceitação entre os

cientistas que trabalham nesta área.

Na teoria da tectônica de placas a parte mais exterior da Terra está composta de duas camadas:  a

litosfera, que inclui a crosta e a zona solidificada na parte mais externa do manto, e a astenosfera que

inclui a parte mais interior e viscosa do manto. Numa escala temporal de milhões de anos, o manto

parece comportar-se como um líquido super-aquecido e extremamente viscoso, mas em resposta a forças

repentinas, como os terremotos, comporta-se como um sólido rígido.

Page 9: Placas Tectônicas

A teoria da tectônica de placas surgiu a partir da observação de dois fenômenos geológicos

distintos: a deriva continental, identificada no início do século XX e a expansão dos fundos oceânicos,

detectada pela primeira vez na década de 1960. A teoria propriamente dita foi desenvolvida no final dos

anos 60 e desde então tem sido universalmente aceite pelos cientistas, tendo revolucionado as Ciências

da Terra (comparável no seu alcance com o desenvolvimento da tabela periódica na Química, a

descoberta do código genético na Biologia ou à mecânica quântica na Física).

Princípios chaveA divisão do interior da Terra em litosfera e astenosfera baseia-se nas suas diferenças mecânicas. A

litosfera é mais fria e rígida, enquanto que a astenosfera é mais quente e mecanicamente mais fraca.

Esta divisão não deve ser confundida com a subdivisão química da Terra, do interior para a

superfície, em: núcleo, manto e crosta.

Placas tectônicasO princípio chave da tectônica de placas é a existência de uma litosfera constituída por placas

tectônicas separadas e distintas, que flutuam sobre a astenosfera.

A relativa fluidez da astenosfera permite que as placas tectônicas se movimentem em diferentes direções.

Abaixo listam-se as principais placas tectônicas, existindo ainda várias numerosas placas menores.

Placa Africana

Placa da Antártida

Placa Euro-asiática

Placa Norte-americana

Placa Sul-americana

Placa do Pacífico

Placa Australiana

As placas contactam umas com as outras ao longo dos limites de placa, estando estes comumente

associados a eventos geológicos como terremotos e a criação de elementos topográficos como cadeias

montanhosas, vulcões e fossas oceânicas. A maioria dos vulcões ativos do mundo situa-se ao longo dos

limites de placas, sendo a zona do Círculo de Fogo do Pacífico a mais conhecida e ativa. Estes limites

são apresentados em detalhe mais adiante.

As placas tectônicas podem incluir crosta continental ou crosta oceânica, sendo que, tipicamente, uma

placa contém os dois tipos. Por exemplo, a placa Africana inclui o continente africano e parte dos fundos

marinhos do Atlântico e do Índico. A parte das placas tectônicas que é comum a todas elas, é a camada

Page 10: Placas Tectônicas

sólida superior do manto que se situa sob as crostas continental e oceânica, constituindo conjuntamente

com a crosta a litosfera.

A distinção entre crosta continental e crosta oceânica baseia-se na diferença de densidades dos materiais

que constituem cada uma delas; a crosta oceânica é mais densa devido às diferentes proporções dos

elementos constituintes, em particular do silício. A crosta oceânica é mais pobre em sílica e mais rica em

minerais maciços (geralmente mais densos), enquanto que a crosta continental apresenta maior

percentagem de minerais fílmicos (em geral menos densos).

Como conseqüência, a crosta oceânica está geralmente abaixo do nível do mar (como, por exemplo, a

maior parte da placa do Pacífico), enquanto que a crosta continental se situa acima daquele nível.

Tipos de limites de placasSão três os tipos de limites de placas, caracterizados pelo modo como as placas se deslocam

umas relativamente às outras, aos quais estão associados diferentes tipos de fenômenos de

superfície:

Limites transformantes ou conservativos - ocorrem quando as placas deslizam ou mais precisamente

roçam uma na outra, ao longo de falhas transformantes. O movimento relativo das duas placas pode ser

direito ou esquerdo, consoante se efetue para a direita ou para a esquerda de um observador colocado

num dos lados da falha.

Limites divergentes ou construtivos – ocorrem quando duas placas se afastam uma da outra.

Limites convergentes ou destrutivos – (também designados por margens ativas) ocorrem quando duas

placas se movem uma em direção à outra, formando uma zona de subducção (se uma das placas

mergulha sob a outra) ou uma cadeia montanhosa (se as placas simplesmente colidem e se comprimem

uma contra a outra).

Há limites de placas cuja situação é mais complexa, nos casos em que três ou mais placas se encontram,

ocorrendo então uma mistura dos três tipos de limites anteriores.

Limites transformantes ou conservativos:

O movimento lateral esquerdo ou direito entre duas placas ao longo de uma falha transformante pode

produzir efeitos facilmente observáveis à superfície. Devido à fricção, as placas não podem pura e

simplesmente deslizar uma pela outra. Em vez disso, a tensão acumula-se em ambas placas e quando

atinge um nível tal, em qualquer um dos lados da falha, que excede a força de atrito entre as placas, a

energia potencial acumulada é libertada sob a forma de movimento ao longo da falha. As quantidades

maciças de energia libertadas neste processo são causa de terremotos, um fenômeno comum ao longo

de limites transformantes.

Um bom exemplo deste tipo de limite de placas é o complexo da falha de Santo André, localizado na

costa oeste da América do Norte o qual faz parte de um complexo sistema de falhas desta região. Neste

local, as placas do Pacífico e norte-americana movem-se relativamente uma à outra, com a placa do

Pacífico a mover-se na direção noroeste relativamente à América do Norte. Dentro de aproximadamente

50 milhões de anos, a parte da Califórnia situada a oeste da falha será uma ilha, próxima do Alasca.

Deve salientar-se que a verdadeira direção de movimento das placas que se encontram numa falha

transformante como a de Santo André, muitas vezes não coincide com o seu movimento relativo na zona

de falha. Por exemplo, segundo os dados obtidos a partir de medições efetuadas por GPS, a placa norte-

americana move-se para sudoeste quase perpendicularmente à placa do Pacífico enquanto esta se move

mais em direção a oeste relativamente ao movimento para noroeste ao longo da falha de Santo André .

As forças compressivas resultantes são dissipadas por soerguimentos na maior zona de falha. Os

dobramentos presentes nesta zona, bem como a própria falha de Santo André no sul da Califórnia, são o

provavelmente resultado de estiramento crostal na região da Grande Bacia, sobreposto ao movimento

global da placa norte-americana. Alguns geólogos especulam sobre o possível desenvolvimento de um rift

na Grande Bacia, uma vez que a crosta nesta zona está a adelgaçar-se de forma mensurável.

Page 11: Placas Tectônicas

Limites divergentes ou construtivosNos limites divergentes, duas placas afastam-se uma da outra sendo o espaço produzido por este

afastamento preenchido com novo material crostal, de origem magmática. A origem de novos limites

divergentes é por alguns associada com os chamados pontos quentes. Nestes locais, células de

convecção de grandes dimensões transportam grandes quantidades de material astenosférico quente até

próximo da superfície e pensa-se que a sua energia cinética poderá ser suficiente para produzir a

fraturação da litosfera. O ponto quente que terá dado início à formação da dorsal meso-atlântica situa-se

atualmente sob a Islândia; esta dorsal encontra-se em expansão à velocidade de vários centímetros por

século.

Na litosfera oceânica, os limites divergentes são típicos da dorsal oceânica, incluindo a dorsal meso-

atlântica e a dorsal do Pacífico oriental; na litosfera continental estão tipificados pelas zonas de vale de rift

como o Grande Vale do Rift da África Oriental. Os limites divergentes podem criar zonas de falhamento

maciço no sistema de dorsais oceânicas. A velocidade de expansão nestas zonas geralmente não é

uniforme; em zonas em que blocos adjacentes da dorsal se deslocam com velocidades diferentes,

ocorrem grandes falhas transformantes. Estas zonas de fratura, muitas delas designadas por um nome

próprio, são uma das principais origens dos terremotos submarinos. Um mapa do fundo oceânico mostra

um estranho padrão de estruturas constituídas de blocos separadas por estruturas lineares

perpendiculares ao eixo da dorsal. Se olharmos para o fundo oceânico entre estas zonas de fratura como

se de uma banda transportadora se tratasse, a qual afasta a crista de cada um dos lados do rift da zona

média em expansão, este processo torna-se mais evidente. As cristas dispostas paralelamente ao eixo de

rift encontram-se situadas a maior profundidade e mais afastadas do eixo, quanto mais antigas forem

(devido em parte à contração térmica e à subsidência).

Foi nas dorsais oceânicas que se encontrou uma das evidências chave que forçou a aceitação da

hipótese de expansão dos fundos oceânicos. Levantamentos aeromagnéticos (medições do campo

magnético terrestre a partir de um avião), mostraram um estranho padrão de inversões magnéticas em

ambos lados das cristas e simétricas em relação aos eixos destas. O padrão era demasiado regular para

ser apenas uma coincidência, uma vez que as faixas de cada um dos lados das dorsais tinham larguras

idênticas. Havia cientistas que tinham estudado as inversões dos pólos magnéticos na Terra e fez-se

então a ligação entre os dois problemas. A alternância de polaridades naquelas faixas tinha

correspondência direta com as inversões dos pólos magnéticos da Terra. Isto seria confirmado através da

datação de rochas provenientes de cada uma das faixas. Estas faixas fornecem assim um mapa espaço-

temporal da velocidade de expansão e das inversões dos pólos magnéticos.

Há pelo menos uma placa que não está associada a qualquer limite divergente, a placa das Caraíbas.

Julga-se que terá tido origem numa crista sob o Oceano Pacífico, entretanto desaparecida, e mantém-se

ainda assim em movimento, segundo medições feitas com GPS. A complexidade tectônica desta região

continua a ser objeto de estudo.

Limites convergentes ou destrutivosA natureza de um limite convergente depende do tipo de litosfera que constitui as placas em presença.

Quando a colisão ocorre entre uma densa placa oceânica e uma placa continental de menor densidade,

geralmente a placa oceânica mergulha sob a placa continental, formando uma zona de subducção. À

superfície, a expressão topográfica deste tipo de colisão é muitas vezes uma fossa, no lado oceânico e

uma cadeia montanhosa do lado continental. Um exemplo deste tipo de colisão entre placas é a área ao

longo da costa ocidental da América do Sul onde a placa de Nazca, oceânica, mergulha sob a placa Sul-

americana, continental.

À medida que a placa subductada mergulha no manto, a sua temperatura aumenta provocando a

libertação dos compostos voláteis presentes (sobretudo vapor de água). À medida que esta água

atravessa o manto da placa sobrejacente, a temperatura de fusão desta baixa, resultando na formação de

magma com grande quantidade de gases dissolvidos. Este magma pode chegar à superfície na forma de

Page 12: Placas Tectônicas

erupções vulcânicas, formando longas cadeias de vulcões para lá da plataforma continental e

paralelamente a ela. A cadeia montanhosa dos Andes apresenta vulcões deste tipo em grande número.

Na América do Norte, a cadeia de montanhas de Cascade, que se estende para norte a partir da Sierra

Nevada na Califórnia, é também deste tipo. Este tipo de vulcões caracteriza-se por apresentar alternância

de períodos de dormência com erupções pontuais que se iniciam com a expulsão explosiva de gases e

partículas finas de cinzas vulcânicas vítreas, seguida de uma fase de reconstrução com magma quente. A

totalidade do limite da placa do Pacífico apresenta-se cercada por longas cadeias de vulcões, conhecidos

coletivamente como Círculo de Fogo do Pacífico.

Onde a colisão se dá entre duas placas continentais, ou elas se fragmentam e se comprimem

mutuamente ou uma mergulha sob a outra ou (potencialmente) sobrepõe-se à outra. O efeito mais

dramático deste tipo de limite pode ser visto na margem norte da placa Indiana. Parte desta placa está a

ser empurrada por baixo da placa Euro-asiática, provocando o levantamento desta última, tendo já dado

origem à formação dos Himalaia e do planalto do Tibet. Causou ainda a deformação de partes do

continente asiático a este e oeste da zona de colisão.

Quando há convergência de duas placa de crosta oceânica, tipicamente ocorre a formação de um arco

insular, à medida que uma placa mergulha sob a outra. O arco é formado a partir de vulcões que eruptam

através da placa sobrejacente à medida que se dá a fusão da placa mergulhante. A forma de arco

aparece devido à esfericidade da superfície terrestre. Ocorre ainda a formação de uma profunda fossa

submarina em frente a estes arcos, na zona em que o bloco descendente se inclina para baixo. Bons

exemplos deste tipo de convergência de placas são as ilhas do Japão e as Ilhas Aleutas, no Alasca.

Causas do movimento das placasConforme foi referido acima, as placas movem-se graças à fraqueza relativa da astenosfera. Pensa-se

que a fonte da energia necessária para produzir este movimento seja a dissipação de calor a partir do

manto. Imagens tridimensionais do interior da Terra (tomografia sísmica), mostram a ocorrência de

fenômenos de convecção no manto. A forma como estes fenômenos de convecção estão relacionados

com o movimento das placas é assunto de estudos em curso bem como de discussão. De alguma forma,

esta energia tem de ser transferida para a litosfera de forma a que as placas se movam.

Há essencialmente duas forças que o podem conseguir: o atrito e a gravidade.

AtritoAtrito do manto

As correntes de convecção do manto são transmitidas através da astenosfera; o movimento é provocado

pelo atrito entre a astenosfera e a listosfera.

Sucção nas Fossas

Correntes de convecção locais exercem sobre as placas uma força de arrasto friccional, dirigida para

baixo, em zonas de subducção nas fossas oceânicas.

Fonte: www.escolavesper.com.br

Page 13: Placas Tectônicas

FORMAÇÃO DOS CONTINENTES

De acordo com a teoria da Deriva dos Continentes, a cerca de 200 milhões de anos atrás havia um só bloco continental: a Pangea (ou Pangéia, em português). Segundo a teoria

formulada em 1915 pelo meteorologista alemãoAlfred Lothar Wegener, o grande continente cercado por um único oceano, o Pantalassa, foi se dividindo lentamente até formar os continentes como os conhecemos hoje.

Wegener formulou sua teoria ao verificar que diversos fósseis de animais e vegetais eram encontrados em continentes distantes, como por exemplo, fósseis de plantas tropicais encontrados em uma ilha no Ártico. Outro argumento utilizado por ele se refere ao contorno dos continentes que pareciam se encaixar, ou ainda, à aparente ligação entre grandes estruturas geológicas como as Terras Altas Escocesas e os montes Apalaches  na América do Norte.

De fato, Wegener não foi o primeiro a formular a teoria de que os continentes haviam sido um só em um passado remoto. Antonio Snider-Pellegrini baseado na obra Thesaurus Geographicus  (1596) de Abraham Ortelius, sugerira que os continentes teriam permanecido unidos em um passado remoto. O que diferencia Alfred Wegener de seus antecessores é o fato de que ele foi o primeiro a reunir argumentos multidisciplinares sobre sua teoria.

Antes de sua teoria ser aceita, os cientistas defendiam que em um passado remoto os continentes estáticos eram ligados por “pontes” terrestres que haviam sido submersas com o passar do tempo. Entretanto a teoria da Deriva Continental é a mais aceita atualmente devido às descobertas de diversos pesquisadores acerca dos mecanismos que fazem os continentes se mover.

Dando prosseguimento à teoria de Wegener, os cientistas acreditam que a Pangéia tenha se formado devido às erupções vulcânicas no fundo do oceano com o resfriamento da lava e com o movimento ascendente de algumas regiões (zonas de divergência). Por fim, a Pangéia teria se dividido em dois grandes continentes por volta de 300 milhões de anos atrás: a Laurásia, que deu origem à América do Norte e Eurásia (que era formada pelos continentesEuropeu e Asiático); e Gondwana, que era formada pelos atuais continentes da América do Sul, África, Índia, Austrália (na Oceania) e as ilhas do Pacífico Sul. Ao mar que se formou entre esses dois continentes deu-se o nome de Tetis(deusa grega do mar).

O movimento de separação teria se originado devido a grande instabilidade da imensa placa que, segundo a teoria, “flutua” sobre o manto terrestre (camada abaixo da crosta terrestre que se estende de cerca de 30km até 2.900km de profundidade da superfície).

Segundo alguns cientistas os continentes teriam se separado com uma velocidade de cerca de 1,2 a 2cm por ano com exceção da placa Indiana que teria atingido a velocidade de 10 a 12cm por ano desagregando-se do continente africano e chocando-se com a Ásia. Movimento que formou o Himalaia e continua fazendo-o crescer 5 cm por ano. Há cerca de 40 milhões de anos fica completa a abertura do Atlântico e as duas Américas se unem pelo Istmo do Panamá formando a cadeia montanhosa dos Andes e dando aos continentes sua configuração atual.

Entretanto o movimento de deriva dos continentes não cessou. Estima-se que o movimento atual das placas seja em média de 5 cm por ano. Em alguns lugares pode-se notar as falhas geológicas decorrentes do movimento das placas, como por exemplo, na Califórnia onde o movimento divergente das placas do pacífico (da qual faz parte o sul da Califórnia e quase todo o oceano Pacífico) e da placa norte-americana (América do Norte, oeste do Atlântico Norte eGroenlândia) formou a “Falha de San Andreas” que, acredita-se, que um dia separará a costa californiana do resto do continente norte-americano.

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ASIAO maior e mais populoso continente do planeta (são aproximadamente 44,3 milhões de km² e 3,6 bilhões de pessoas no ano 2000) também é o local onde existiram as primeiras civilizações de que se tem notícia. Embora o homem tenha surgido na África, foi aqui onde surgiram as primeiras civilizações (aproximadamente 3.500a.C.), mais precisamente na

região da Mesopotâmia  (=terra entre rios) onde hoje fica o Iraque.

O continente asiático se estende desde o Oceano Pacífico a Leste até a Europa  e o Mar Mediterrâneo a Oeste, onde também faz divisa com a África no Canal de Suez.

Devido à extensão do continente e às altas cadeias montanhosas que impedem a passagem do ar frio do norte em direção ao sul e do ar quente das correntes marítimas do sul em direção ao norte, a Ásia apresenta um clima bastante variado com regiões desérticas (Deserto de Gobi e do Tibet) na parte central do continente e nas penínsulas Iraniana e Arábica. Enquanto que, nos locais de grande altitude o clima é bastante frio como, por exemplo, as Cordilheiras do Himalaia onde a temperatura chega a até -30ºC. Entretanto, o clima característico na região é o clima de monções, ventos periódicos que atingem o continente devido às variações de pressão atmosférica entre este e o mar.

O relevo asiático também é bastante variado. Lá se encontra a maior depressão do mundo: o Mar Morto está a 392m abaixo do nível do mar, e o ponto mais alto: o Monte Everest com 8.848m. O continente também se caracteriza pelas inúmeras penínsulas e planaltos como as penínsulas da Coréia, do Decã, na Índia e a Península Arábica que compreende a Arábia Saudita, os Emirados Árabes, Catar, Omã e o Iêmen. Os principais planaltos são: o Planalto do Pamir (a mais de 4.000m), o Planalto do Tibet, da Mongólia, do Decã (parte central da Península do Decã), o Planalto da Anatólia, da Arábia, do Irã e o Planalto Central Siberiano.

Entretanto, podemos dizer que as regiões mais importantes do continente asiático são as planícies, pois é justamente nelas onde surgiram as primeiras civilizações do continente, como, por exemplo, as Planícies Mesopotâmica e Indo-gangética. É nelas também onde encontramos os principais rios da região: o Rio Amarelo e o Rio Azul, na Planície da China, os Rios Eufrates e Tigre na Mesopotâmia, o Rio Ganges e o Rio Indo na Planície Indo-gangética. A Planície Siberiana se destaca pelos rios que permanecem congelados na maior parte do ano. Já a Planície do Mekong se caracteriza pelas culturas de arroz, o principal alimento da região.

A vegetação do continente também varia bastante por causa do clima e do relevo. As principais são a Taiga, Tundra, Taiga Siberiana, Estepes, Pradarias, Savanas e as Florestas equatoriais e tropicais nas regiões próximas ao Equador e subtropical e temperada nas regiões da Coréia (do Norte e do Sul) e no Japão.

Ainda fazem parte do continente inúmeras ilhas que compõem a Indonésia, as Filipinas e o Japão.

Fontes: