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O RIO DE JANEIRO Visto pelos artistas franceses (1551-1886) Pintores, Litógrafos e Gravadores. Mais uma homenagem ao ano da França no Brasil que se festeja em 2009. Pesquisa de imagens, desenhos, formatação, animação, tratamento das imagens e texto: Cau Barata – 08.07.2009. Série Artistas Franceses no Rio de Janeiro Dedicado aos apaixonados pela história do Rio de Janeiro e aos estudantes das belas-artes. PARTE III

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Page 1: Pintores, Litógrafos e Gravadores. PARTE IIIConvento da Ajuda – as duas imagens de 1911: antes e depois da demolição.Convento da Ajuda e Cinelandia: 1911 (acima) e 1930 (abaixo)

O RIO DE JANEIRO

Visto pelos artistas franceses (1551-1886)Pintores, Litógrafos e Gravadores.

Mais uma homenagem ao ano da França no Brasil

que se festeja em 2009.

Pesquisa de imagens, desenhos, formatação, animação, tratamento das imagens e texto: Cau Barata – 08.07.2009.

Série Artistas Franceses no Rio de Janeiro

Dedicado aos apaixonados pela história do Rio de Janeiro e aos estudantes das belas-artes.

PARTE III

Page 2: Pintores, Litógrafos e Gravadores. PARTE IIIConvento da Ajuda – as duas imagens de 1911: antes e depois da demolição.Convento da Ajuda e Cinelandia: 1911 (acima) e 1930 (abaixo)

1836Alphonse BoillyChafariz do Mestre Valentim, no antigo Largo do Paço, hoje Praça

XV de Novembro. Construído em 1789, por ordem do

vice-rei Luis de Vasconcelos. A base é quadrangular e as faces

onduladas. No alto, um guarda-corpo com balaustres envolve um

corpo prismático, base de alta pirâmide.

Litografia colorida (14,2 x 17,4 cm), de Alphonse Boilly, gravador

francês. Gilberto Ferrez aponta como sendo de Jules Boilly (1796-1874), o que difere do Catálogo da Fundação Raymundo Castro Maya. Há uma grande distorção na escala

do desenho com relação ao tamanho das pessoas (ver ao lado).

Fontaine Largo do Paço

Na face voltada para o Largo (praça), uma elipse de mármore,

com uma inscrição, em versos latinos, que se traduz: “Enquanto

Phebo com o ignífero carro os povos queima, Vasconcellos com as

águas expele da cidade a sede. Retrocede, Phebo, depressa, e,

deixando a estação do céu, esforça-te antes de ajudar o homem

ilustre.”

Na face voltada para o mar, uma cartela de mármore, com uma inscrição, em latim, traduzida

como: “Sendo rainha de Portugal Maria I, pia, ótima, augusta, feita uma obra para o desembarque dos navios em terra, quebrado com um

ingente cais o ímpeto do reciprocante ésto, construídos

bancos para o público, transformada a praça e o chafariz, dando-se-lhes uma disposição mais

ampla e mais cômoda, com os maiores gastos do erário régio, a Luis Vasconcellos de Souza, IV,

vice-rei do Brasil, em cujo governo estas obras foram concluídas

ergueu este monumento o povo de Sebastianópolis, grato aos seus

tantos e tão consideráveis benefícios, a 27 de março de 1789.

Vemos, em ambas as imagens, uma porta, uma janela e um

terraço, como se o chafariz fosse uma pequena casa.

E por que não?

Na face voltada para o mar (imagem à direita) há uma porta e, nas duas faces menores, voltadas

para a praça, existem janelas.

No interior, após transpor a porta de acesso, encontramos escadas

que nos levam até as duas janelas e, na janela da face esquerda

(imagem à direita), sai outro lance de escada que conduz ao terraço, de onde se podia admirar a bela paisagem da baía de Guanabara, de um lado, e o todo do Largo do

Paço (Praça XV), do outro.

Talvez fosse interessante, nos dias de hoje, poder-se fazer esta visitação, sem prejuízo ao

monumento histórico.

Desenhos esquemáticos do interior do Chafariz da Praça XV, com suas escadas de acesso às janelas e ao terraço. (Arq. Marcos

Sá, 1983)Alphonse Boilly nasceu a 03.05.1801, em Paris , França, e faleceu a 06.12.1867,

em Petit-Montrouge, França.

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1836Guillaume F. Ronmy

Grande panorama do Rio de Janeiro. Temos aqui uma proliferação artística desta imagem: o primeiro panorama foi desenhado pelo artista francês Félix Emile Taunay (ver quadro 1828); baseado neste trabalho, o artista francês Guillaume Fréderic Ronmy (aqui homenageado), fez o mesma panorama e, calcado no trabalho de Ronmy, o artista suíço Friederic Salathé (1793-1858) repetiu este panorama. O mesmo trabalho foi desenhado pelo artista suíço Eduard de Kretschmar

(1807-1858), executado pelo citado Salathé, e editado pelo litógrafo suíço Johann Jacob Steinmann (1800-1844).

Parte I – Morro do CasteloUma bela tomada do Morro do Castelo, local escolhido para fundação da Cidade do Rio de Janeiro, no ano de

1567, logo após a conquista da terra, depois de ferrenha batalha contra os franceses. Nela saiu ferido o principal

comandante da ação, o Capitão Estácio de Sá, que veio a falecer a 20.02.1567, um mês depois da batalha final.

No canto esquerdo, temos uma cavalaria militar subindo a travessa do Castelo, que nasce quase defronte à Igreja dos Jesuítas, onde se encontravam as ladeiras do Colégio e da Misericórdia, que conduziam à parte baixa da Cidade. Um

grupo espera a chegada do cortejo militar, no largo formado defronte do portão do Forte de São Sebastião.

Fotografia feita do portão do Forte de

São Sebastião, olhando para a

ladeira ou travessa do Castelo, por

onde subiu aquela cavalaria, vinte e quatro anos antes (Foto de 1860).

Mais abaixo, no princípio da travessa do Castelo, vemos o torreão da Igreja de Santo Inácio de Loiola, anexa ao Colégio dos Jesuítas, cuja construção teve princípio no ano de 1567, e foi demolida em 1922,

quando deixou de existir o Morro do Castelo.

O dramático fim da Igreja dos Jesuítas, depois de 355 anos, com a retirada do Morro do Castelo em 1922.

Voltando a Parte I, da gravura, após o largo defronte ao Forte de São Sebastião, tem começo a longa rua de São Sebastião,

que segue em direção à outra ponta do morro do Castelo, terminando no Largo da Matriz, onde ergue-se a Igreja de São

Sebastião, uma homenagem ao Rei D. Sebastião, e ao santo padroeiro da Cidade do Rio de Janeiro.Arrasada, depois de 355 anos de história, juntamente

com o Morro do Castelo.

Parte II – Início da Várzea

Denominava-se Várzea a grande faixa de terra, entre os Morros do Castelo e de São Bento, correndo à beira-mar. Vemos, na base da gravura, mais para o canto direito, a rua da Misericórdia, uma das

primeiras da Cidade, que nascia no largo do mesmo nome, e findava quase defronte da Igreja de São José, onde tinha princípio a

tradicional rua Direita (hoje rua Primeiro de Março), continuidade da citada rua da Misericórdia, até o Mosteiro de São Bento.

Largo da Misericórdia, Ladeira da Misericórdia, e ínício da rua da Misericórdia

(1845).

No lado direito, quase à beira-mar, fica a Ponta do Calabouço, onde estava o antigo Forte de Santiago, depois Casa do Trem, hoje Museu Histórico. No centro da gravura (Parte II), o próprio autor indica as denominações “Praya dos Mineiros”, e “Bateau à Vapour”, barco a

vapor (com fumaça), próximo ao Arsenal de Guerra.

1711

Vista geral da Ponta do Calabouço, com as dependências da Casa do Trem e do Arsenal – 1918.

Por ocasião da Exposição Internacional do Centenário da Independência do Brasil, o velho Arsenal sofreu

reformas, tornando-se em estilo «neo-colonial».

Pelo Decreto Legislativo de 18 de janeiro de 1922, foi autorizada a criação, no prédio da antiga Casa do Trem, na extinta ponta do

Calabouço, o Museu Histórico Nacional, fundado e regulamentado por outro Decreto de 2 de agosto.

Museu Histórico – Foto: Cau Barata.

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Guillaume F. Ronmy1836

Parte III – Várzea (Praça XV, Candelária, São Bento)

Vemos a área principal da antiga Várzea, que se estende do Morro do Castelo até o Morro de São Bento (quase no centro da

imagem, com o seu Mosteiro), e ligados pela rua Direita (hoje Primeiro de Março). À direita, no mar da baía de Guanabara, fervilham as embarcações que aportam no principal porto da

Cidade: a Praça XV de Novembro dos dias atuais.

Detalhe do trecho III da mesma gravura.

Algumas casas depois da Igreja de São José, vemos um espaço vazio, o que representa o antigo Largo do Paço, hoje Praça XV de Novembro, onde se concentra o maior conjunto histórico e

arquitetônio da Cidade, com prédios, monumentos e equipamentos urbanos, dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX.

Pináculo do chafariz do Mestre Valentim

Casarão do Arco do TelesIgreja do CarmoIgreja Terceira do Carmo

Torre da Igreja da Lapa dos Mercadores

Convento do CarmoPassadiço que liga o Paço ao Convento do

Carmo

Paço Imperial

Cadeia VelhaVisto pelo Cais

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Guillaume F. Ronmy1836

Parte III – Várzea (Praça XV, Candelária, São Bento)Quatro logradouros se destacam na gravura, paralelos àpraia: à direita, as ruas da Misericórdia e Direita (hoje

Primeiro de Março); no centro, a Rua Detrás do Carmo (hoje Rua do Carmo), que corre por trás do Convento e da Igreja do Carmo; e, à esquerda, a longa Rua da Quitanda, que atravessa toda a Várzea, passando por trás da Igreja

da Candelária.

Fotografia de 1889, quase do mesmo ângulo da gravura de 1836.

Destacam-se, nestas imagens, a Igreja da Candelária: na gravura de 1836, sem a sua cúpula; e, na fotografia de 1889, com sua monumental cúpula.

Na esquerda, ainda sem a cúpula, em 1840; e, à direita, em 1922, com a cúpula. A construção da igreja levou cerca de 123 anos (1775-1898).

A cúpula foi colocada entre 1870 e 1873, e totalmente finalizada cerca de 1878.

A Igreja da Candelária em 1897.

Candelária em 1964Cúpula da Candelária – 2009. (Foto: Cau Barata)

Parte III – Várzea (Praça XV, Candelária, São Bento)

Finalmente, vemos, na mesma gravura, os Morros da Conceição

(acima e na gravura maior, àesquerda) e de São Bento (abaixo e

na gravura maior, à direita).

Palácio da Conceição, no Morro da

Conceição, que ainda existe (gravura de

1840).

Morro de São Bento, com seu Mosteiro

Benedtino, que ainda existe (gravura de

1870).

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Guillaume F. Ronmy1836

Parte IV – Largos da Carioca e São Francisco de Paula; Praça Tiradentes; Convento de Santo Antonio e Hospital da Ordem Terceira.

No primeiro plano, vemos o conjunto do antigo Campo de Santo Antonio (hoje Largo da Carioca): o Hospital da Ordem Terceira da Penitência, construído a partir de 1748*; o Convento e a Igreja dos frades de Santo Antonio, ali estabelecidos desde 1606; a Igreja da

Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, edificada entre 1653 e 1740; e o segundo Chafariz do Largo da Carioca*.

(*) sobre o Hospital e o Chafariz ver trabalho anterior, em PowerPoint “Excursão ao Largo da Carioca, 1898”.

O Convento, as duas Igrejas e o Hospital em 1845.O segundo chafariz da Carioca, ambas as imagens dos anos 30,

do século XIX.

Mais para o centro da gravura, destaca-se a Igreja de São Francisco de Paula (sobre a qual se falará no quadro de 1854, do artista francês Michel Charles Fichot); mais adiante, a praça da Constituição (hoje

Praça Tiradentes), onde se destaca o Imperial Teatro de São Pedro deAlcântara - hoje, em seu lugar, o teatro João Caetano (sobre a qual se falou no quadro de 1822, do artista francês Jean-Nicolas Le Rouge);

e, mais ao longe, um grande descampado, que representa o atual Campo de Santana.

Campo de Santana em 1825 (acima) e em 1889 (abaixo)

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Guillaume F. Ronmy1836

Parte V – Aqueduto, Convento de Santa Teresa, Convento da Ajuda e Igreja da Glória do Outeiro (ver Nicolas Maurin, quadro de 1820).Uma imagem clássica, muito

pintada e fotografada pelos antigos artistas: o Convento

de Santa Teresa e o Aqueduto da Carioca.

Com a demolição da velha ermida do Desterro, em seu lugar Gomes Freire de Andrada fundou o Convento de Santa Teresa,

cuja primeira pedra, que deu início a sua construção, foi lançada em 24.06.1750 . O Aqueduto da Carioca, monumento atualmente mais conhecido como Arcos da Lapa, recebia águas que vinham das nascentes do Rio Carioca. Obra do início do século XVIII, e,

caindo em ruinas, foi reconstruído a partir de 1744. Ambos os patrimônios ainda existem na Cidade.

O Convento da Ajuda representa, hoje, a famosa Cinelândia, no centro da Cidade. Vemos, à

esquerda, a grande casa conventual e uma aba do Morro do Castelo, que se debruçava para cima da Cinelândia, onde hoje está o prédio da Biblioteca Nacional. Os jardins do Convento se estendem atéa antiga rua dos Barbonos (hoje rua Evaristo da

Veiga). O Convento da Ajuda foi construído a partir de

1745, em terras do antigo Campo da Ajuda, por ali ter existido uma capela, dedicada à Nossa Senhora

da Ajuda, construída em fins do século XVI.

Convento da Ajuda – as duas imagens de 1911: antes e depois da demolição.Convento da Ajuda e Cinelandia: 1911 (acima) e 1930 (abaixo).

Guillaume Frederique Ronmy nasceu em Rouen, França, em 1786, e faleceu em 1854. Pintor de paisagens, aluno de Vincent e de Taunay, na

França. Obteve três medalhas de ouro nos salões de 1812,

1817 e 1827, da Escola de Artes da França. O nome deste artista ficou gravado por sua

cooperação nos panoramas de Prévost, e na execução de trabalhos sobre o Rio de Janeiro e

Constantinopla. _____________________

Panorama do Rio de Janeiro Tomado do Morro do Castelo

água-tinta colorida s/ papel, realizada a partir de pintura a óleo de Guillaume Frederic Ronmy,

baseado em desenho de Felix Émile Taunay de 1821 (impressa nas oficinas de Rittner et Goupil,

Boulevard Montmartre 15, Paris).

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1836Jules Boilly

Couvent de San-José à Rio-de-JaneiroParece haver um erro

na legenda desta gravura, de autoria de Jules Boilly. Esclarece

Gilberto Ferrez a possibilidade de ser o

convento dos capuchinhos, no alto do

Morro do Castelo, e não o seminário de São

José, na ladeira do mesmo nome, no

mesmo morro. Vê-se o Pão de Açúcar ao fundo.

Jules Boilly nasceu em Paris, em 1796, onde faleceu em 1874. Em

1834 residia à rue Meslay, 26.

Obteve uma medalha na Escola de Artes de

França. Em 1827 expôs interessantes trabalhos,

entre os quais: UneProcessión sous l´arc

de Titus, à Rome; e Vue prise dans l´intérieur

de l´église St.-Laurent,hors les murs, à Rome.

A fachada do Convento dos Capuchinhos em 1921.

Jules foi autor de outros três desenhos do Rio de Janeiro.

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1836Noél-Aimé Pissis

Botafogo - 1836

Uma imagem pouco conhecida da praia de Botafogo, datada de 1836,

com o Palacete da Carlota Joaquina, na esquina do antigo

Caminho Novo de Botafogo (hoje rua Marquês de Abrantes).

Desenho de Noel-Aimé Pissis, naturalista francês, nascido em 1810, na França, e falecido em 1850. Chegou ao Brasil por volta de 1836.

Viajou pela Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Sobre a história do Palacete da Rainha Carlota

Joaquina e suas transformações estéticas,

apresentei um longo estudo no power point “O

Rio de Janeiro e sua Arquitetura Neoclássica”,

que foi enviado a 25.03.2009.

No referido estudo fez-se uma animação com a

fachada do antigo Palacete, e suas transformações, do Neoclássico ao Eclético.

Segue, abaixo, o resultado final da primeira animação,

que corresponde ao edifício que vemos na

gravura de Pissis.

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1836Nicolas ChapuyVue d'une rue de Rio-Janeiro, Brésil Trabalho realizado por três franceses: Theodore Auguste Fisquet, autor do

desenho (ver quadro de Fisquet - 1844), Adolphe Jean Baptiste Bayot, autor das figuras (ver quadro de Bayot - 1844), e Nicolas Marie Joseph Chapuy,

litógrafo, e o nosso homenageado neste slide.

O desenho retrata a rua da Lapa e a Igreja de Nossa Senhora da Lapa do Desterro, fundada por provisão de 2 de Fevereiro de 1751, que autorizou a

construção do Seminário da Lapa pelo Padre Ângelo de Siqueira.

O logradouro onde se encontra erguido este templo foi aberto no período colonial, ainda no século XVI. Com a construção da Igreja, a partir de 1751,

pouco depois passou este logradouro a denominar-se Rua da Lapa do Desterro.

Nicolas-Marie Joseph Chapuy, arquiteto e desenhista, nasceu em Paris, em 1790, e faleceu em 1858. Em 1835, residia na rue de Seine-St.Germain, n. 56, Paris. Como arquiteto foi encarregado da restauração dos monumentos

góticos. Como desenhista, publicou diversos cadernos, tais comoCathédrales françaises, com numerosas pranchas que foram expostas no

salão de 1824.

Foi, no início de sua carreira, oficial da marinha. Embora fosse arquiteto e um pintor realizado, acabou ficando melhor conhecido como litógrafo, arte

na qual foi premiado com medalha no Salão de Artes de Paris, em 1833.

A Igreja em 1875, vista de Santa Teresa.

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1837Anônimo Médico Francês

Chafariz do Palácio da Imperial Quinta da Boa Vista – 1836.

Desenho em bico de pena feito por um dos médicos franceses da fragata Vênus, cujo nome não se conhece. A fragata iniciou sua viagem em 8 de novembro de 1836 e

aportou no Rio de Janeiro em 4 de fevereiro de 1837, onde permaneceu até o dia 16 do mesmo mês.

Pouco se sabe sobre a data em que se construiu

este enorme chafariz, e de que maneira ou quando foi retirado, podendo ter

acontecido, talvez, na reforma efetuada em 1910, no governo do Presidente

Nilo Peçanha.

Esse desenho, nos dá a certeza de o chafariz ser anterior ao ano de 1837. Mais decorativo do que

útil, ficava no pátio, entre o Palácio e o Pórtico que dava entrada à Casa Real,

depois Imperial, e que hoje dá entrada ao Jardim

Zoológico.

“Na parte superior (ainda do primeiro corpo), uma cornija circular, da qual

se elevavam oito colunatas menores; o

segundo corpo era arrematado por uma taça,

da qual, em forma de repuxo, jorrava a água,

que, em sua queda, formava uma verdadeira

cascata, de extraordinário efeito.”

(Magalhães Corrêa)

“Uma grande bacia octogonal, cercada de gradil de ferro batido,

tinha nos ângulos suportes chamados postes

de cegonha, com pendentes para a

iluminação a óleo. Ao centro elevava-se um

corpo dividido em dois, o primeiro formado de oito

colunatas dóricas, assentes sobre patamar

com três degraus.

O chafariz, no pátio, entre o Palácio e o pórtico – cerca de 1840.

Chafariz desligado. 1871

Chafariz ligado. 1871

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1837Edmond Bigot La Touanne

A entrada da baía de Guanabara, em um dia nublado de 1837, sob a guarda

imponente do Pão de Açúcar; alguns barcos se aventuram a atravessar a barra, próxi-

mos da fortaleza de Santa Cruz.

Do alto do Corcovado, um marinheiro preocupa-se com o alambrado quebrado e, alheio a tudo, um casal

conversa mais abaixo.

Vue prise au sommet du Corcovado (Brésil)

Outro trabalho com a participação de dois

franceses: desenho de Edmond-Pierre-MarieBigot de La Touanne, aqui homenageado; e

litografia de Leon JeanBaptiste Sabatier (citado

no quadro de 1837, adiante).

O visconde EdmondBigot de La Touanne, artista topográfico e

oficial naval, nasceu a 03.05.1796, em Huisseau-sur-

Mauves,45,Loiret, França, château de

Prélefort (45), e faleceu a 27.10.1863.

Edmond era tenente na expedição da fragata

Thétis, aos mares do sul, em 1824-1826, sob o

comando do explorador francês Hyacinthe de

Bougainville (citado no quadro de 1837,

adiante). Estiveram no Rio de Janeiro em 1824.

La Touanne publicou seu Album Pittoresquede la Frégate La Thétis

et de la Corveta L'Espérance, um fólio

de 35 pranchas litografadas, que

relacionam-se à viagem, em 1828, nove anos

antes da publicação do Journal de la

navigation autour du globe (1837).

Vue prise au sommet du Corcovado (Brésil)

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1837Louis Bichebois

Grupo de pessoas que conversam no terraço da casa do cônsul inglês Henry Chamberlain (1773-1829), que viveu no

Rio de Janeiro entre 1815-1829.

Alheio a tudo, um nobre homem de

casaca, no parapeito, atento, olha os

transeuntes que se aproximam do

Largo do Machado.

Estes são alguns detalhes de uma bela gravura, da qual participaram três franceses: Edmond-Pierre-Marie Bigot de La

Touanne, autor do desenho original (ver quadro anterior, 1837); Louis Philippe Alphonse Bichebois que, baseado no

desenho de Touanne, foi o autor desse que ora apreciamos; e Adolphe Jean Baptiste Bayot, autor das figuras (ver quadro de

1844).

Da varanda da casa do cônsul Chamberlain avistava-se, lá no Largo do Machado, a Capela da Rainha Carlota Joaquina, por

ela reconstruída em 1818.

A casa do cônsul inglês Henry Chamberlain (1773-1829) ficava no Catete, esquina com a rua do

Infante (atual rua Dois de Dezembro), de onde se descortinava uma bela vista do Rio de Janeiro.

Da fachada principal apreciava-se o mar da baía de Guanabara e o imponente Pão de Açúcar e, da

varanda dos fundos, vima-se casas da rua do Catete, o sobrado da rainha Carlota Joaquina, e a citada capela, voltada para o Largo do Machado. Mais

adiante, o morro da Graça, com o então palacete da Família Araújo Roso, grandes proprietários nas

Laranjeiras e, ao fundo, a grande serra doCorvovado.

Capela e Casa da Rainha Largo do Machado Palacete Roso Chácara Carvalho de Sá

Desenho do artista francês Louis Philippe Alphonse Bichebois, nascido a 14-04-1801, em Paris, França, e falecido em 1850, na França. O original

de Touanne, data da época em que por aqui servia o Cônsul Chamberlain, em 1829. O trabalho de Bichebois é posterior, impresso em 1837, no

“Journal de la navigation autour du globe de la fregate la Thetis et de la corvette l'Esperance”.

Finalmente, para entender a paisagem que Chambelain (pai) tinha dos fundos do seu palacete, segue uma bela aquarela feita por seu

filho, do mesmo nome – Henry Chamberlain (1796-1844), da fachada da casa, vendo-se ao longe, por trás dela, as mesmas

montanhas - Serra do Corcovado.

Entre os franceses que eternizaram o Largo do Machado e seus arredores, além de Edmond Bigot de La Touanne e Louis Bichebois, temos Nicolas Antoine Taunay (1755-1830), citado na Parte I (1816), desta série “O Rio de Janeiro visto pelos Franceses – 1551-1886”. No quadro de Nicolas Taunay destacamos uma vista da Glória e, na finalização do

quadro, apresentam-se outros diversos trabalhos do mesmo autor, entre eles, uma vista do Largo do Machado. Recentemente, em um estudo sobre o Morro da Graça e Laranjeiras, chamei a atenção do “cliente” sobre este trabalho do

Taunay, esclarecendo que - sem que se saiba explicar a razão - vem sendo publicado de forma invertida.

Acima, o Largo do Machado de Nicolas Antoine Taunay, na forma que vem sendo estampado em diversos trabalhos, ainda

hoje. Percebam, comparando com a gravura de Chamberlain, na coluna da direita, que o Corcovado está invertido. O mesmo acontece com outro quadro deste autor, do Outeiro da Glória.

Finalmente, corrigindo a insistência de alguns, em publicar esta pintura, na forma invertida, sem no entanto chamar a atenção para o fato, segue a mesma, acima, “desinvertida”

(se é que se pode dizer assim), para então se apreciar a verdadeira vista das Laranjeiras.

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1837León Jean Sabatier

Uma embarcação, na baía de Guanabara, aproxima-se da

praia de Santa Luzia. Ao fundo, sobre o outeiro, a

silhueta da Igreja de Nossa S. da Glória.

A Igreja da Glória Praia da Glória Praia da Lapa Convento St. Tereza

Mais um trabalho com a participação de três franceses: Visconde Edmond Bigot de La

Touanne, responsável pelo desenho (citado nesta Parte III

– 1837); Victor-Jean Adam, responsável pelas figuras

(citado nesta Parte II – 1835); e Sabatier, o litógrafo e o

homenageado neste quadro.

León Jean Baptiste Sabatier, nascido em Paris e falecido em 1887. Desenhista, litógrafo e

pintor de paisagens, residente na rue de Cimetière St. André-des-Arts, número 13, em 1835. Foi

aluno de Bertin. Expôs no Museu Real da França em 1827.

Fez trabalhos para diversos álbuns.

Dois observadores, um sentado e outro de pé, àporta da Igreja de Santa Luzia, apreciam a

embarcação que se aproxima.

Sabatier foi autor das litografias da obra Voyage autour du monde de la frégate la Thétis, citada

no quadro de Bigot de La Touanne (1837).

A primitiva Igreja de Santa Luzia, também denominada de

Igreja da Virgem Mártir de Santa Luzia, foi erguida no

século XVI. Ficou destruída pelos anos, até

que resolveu-se construir a nova por provisão episcopal de 12.01.1752, junto à praia

conhecida pelo nome da mesma Santa. Tinha a frente para a

entrada da barra. A construção do século XVIII

foi restaurada em 1872, encarregando-se o artista

brasileiro Antonio de Pádua e Castro de levantar e aumentar a

capela-mor e corredores.

Anse de la Gloria dans la baie de Rio JaneiroGaleria das obras de Sabatier

Cascata Grande da Tijuca - 1837

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1838Charles LalaisseNegres Cangueiros

Desenho de Charles Lalaisse, francês, nascido em 1811.

Acima, e nos detalhes, o desenho original de Lalaisse, em 1838.

No centro, abaixo, uma gravura do trabalho de

Lalaisse, em 1846.

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1838Jean Baptiste Dürand-BragerVista da Baía do Rio de Janeiro

“Paisagem romântica e com muita fantasia das montanhas do estado do Rio de Janeiro, vistas da baía. Nos primeiros planos,

veleiros e a ilha de Villegaignon. Este quadro fez parte de uma

coleção de três telas sobre o Rio de Janeiro e que pertenceram ao príncipe de Joinville, com quem

veio o autor na sua primeira viagem.” (Gilberto Ferrez,

Iconografia).

Óleo sobre tela, do artista francês Jean-Baptiste Henri Dürand-Brager, nascido a 21.05.1814, em Dol-de-Bretagne, na França, e falecido em 1879, em Paris. Estudou na École des Beaux-Arts de Paris e freqüentou os ateliers de Théodore Gudin e de Eugène Isabey. Em 1839, passou ao Brasil, como desenhista do Estado Maior do príncipe de Joinville, filho do rei Louis-Philippe. Toujours, com quem retornou, em 1840. Passou grande parte de sua vida viajando. Deixou numerosos trabalhos

que se encontram no château de Versailles.

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1838Fleury Francês

Um indivíduo, atento, olha para a escadaria que, da cidade baixa, dá acesso ao Mosteiro de São Bento.

Enquanto isso, ao longe, a cidade em sombra, quase soturna, fica à espera de que um artista lhe dê cor.

Mais um trabalho com a atuação de dois franceses: Fleury, autor do desenho, que homenageio neste quadro, e sobre quem nada se sabe,

a não ser o nome; e Pierre Eugène Aubert, gravador (citado no quadro de 1822).

O desenho original, à esquerda, e uma cópia, àdireita.

Este foi mais um dos desenhos que, ao longo do tempo, foi bastante reproduzido, sofrendo muitas

alterações.

BRÉSIL BRASILIEN

Vue de Rio Janeiro, prise devant l´Eglise de San Bento Ansicht von Rio Janeiro, vor der Kirche San Bento

Fleury del Aubert Sc

Uma prancha franco-germânica

BRÉSIL BRASILIEN

Fleury del Aubert Sc

Vue de Rio Janeiro, prise devant l´Eglisede San Bento

Ansicht von Rio Janeiro, vorder Kirche San Bento

Uma prancha franco-germânica Estas gravuras, desenhadas e gravadas pelos franceses, têm por base um outro desenho, um pouco mais antigo, de autoria do

alemão Johann Moritz Rugendas (1802, Augsburg - 1858,Weilheim) que, por sua vez, foi redesenhada pelo francês Victor

Adam (citado no quadro de 1835) e litografada pelo francêsGodefroy Engelmann (citado no quadro de 1835).

Victor Adam acrescentou outros diversos personagens, porém manteve as duas mulheres sentadas sobre uma esteira, vendendo

frutas.

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1839Jules Arnout

Carro de boi passando sob os arcos do Aqueduto da Carioca.

Gravura que se repetiu em outras mãos, aqui desenhada

pelo artista francês Jules Arnout, del. (12,5 x 9,2 cm), e gravada pelo também francês

Traversier, sc.

Foi gravada, inicialmente, em francês e, pouco tempo depois,

em alemão. Trabalho parecidíssimo com um outro, datado de 1828, do irlandês

Robert Walsh.

BRÉSIL

Aqueduc à Rio Janeiro

Arnout, del Traversier, sc

Francês

BRASILIEN

Wasserleitungbei Rio de Janeiro

Sem identificação

Alemão

Na imagem seguinte, a versão original, do irlandês Robert Walsh,

datada de 1828, da qual Arnout teria copiado.

Louis Jules Arnout, nasceu em 1814 e faleceu em 1868.

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1839Thierry FrèresCom o falecimento da Rainha D. Maria I, no ano de 1816, no Rio de Janeiro, iniciaram-se aos preparativos para a solenidade do Ato de Aclamação do novo Rei D. João VI, o que se realizou a 06.02.1818. Para isso, ergueu-se uma grande varanda (balcão), à frente do

Convento do Carmo.

Projeto original da varanda a ser construída na frente do Convento do Carmo (acima). Na extremidade direita, há uma escada de 15 lances, para conduzir a Família Real e

seus convidados, ao páteo fronteiro àCatedral do Rio de Janeiro (Igreja do Carmo, então Capela Real), onde se

realizaria o Te Deum.

Detalhes do projeto original da varanda construída na frente

do Convento do Carmo: fachada e planta.

No dia da Aclamação, o artista francês Debret (ver quadro de 1816, Parte I), elabourou um desenho da festa, um magnífico documento visual. Este trabalho foi litografado, em 1839, por Thierry Frères (irmãos Thierry), o nosso homenageado neste

quadro.

1. Projeto da varanda (acima, à direita); 2. gravura do francês

Hippolyte Taunay, ao lado (citado no quadro

1817); 3. detalhe do desenho de Debret,

abaixo (litografado por Thierry Frères); e 4. O

desenho de Debret, colorido.

Vue de L´Exterieur de la Galerie de L´Acclamation du Roi D. Jean VI (à Rio de Janeiro)

Há uma série de estampas elaboradas por Thierry Fréres junto com Godefroy Engelmann (citado no quadro de 1835, na parte II), e foram, ambos, executores de muitos trabalhos

referentes ao Rio de Janeiro, do artista francês Debret (ver quadro 1816, Parte I), e do artista alemão Johann Moritz Rugendas (1802-1858). Esta aproximação entre estes dois litógrafos franceses, não se deu apenas pela paixão por suas atividades, mas pelas suas

genealogias: Godefroy Engelmann (1788-1839), de Muhlouse, casou em 1809, com Anne-Catherine Thierry, filha de Jean Thierry, de Muhlouse. Em 1813, Engelmann elaborou uns

desenhos para a fábrica de seu sogro (Kattunfabrik); e, em junho de 1816, fundou uma litografia em Paris, com seu cunhado, Pierre Thierry, um dos irmãos da Thierry Fréres.

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1840Adolphe d'HastrelLile des Couleuvres (Ilha das Cobras)

Litografia de Adolfo D'Hastrel de Rivedoux, nascido na Alsácia, em 1805, e falecido na França, em 1875. Filho de um general do exército napoleônico. Incorporou-se à marinha francesa e com o grau de oficial atuou em águas da América do Sul. Veio embarcado para participar do

bloqueio ao Rio da Prata (1839). Desenhista e pintor aficionado,dedicou-se a tomar apontamentos dos distintos países visitados em

cerca de quarenta anos de viagem. Em 1840 ficou no Rio de Janeiro realizando desenhos e aquarelas que, logo litografadas, formaram um álbum editado em 1847 - Rio de Janeiro ou Souvenirs du Brésil, com um grande panorama da cidade e dez estampas em preto e branco .

Planta da Ilha das Cobras e o Forte - 1769

Vista da Ilha das Cobras - 1775

Vista da Ilha das Cobras e o Forte - 1822

Foto da Ilha das Cobras - 1885

ILHA DAS COBRAS

Situada na Baia de Guanabara, com 154 mil m2, está ligada por por uma alta ponte metálica ao continente, mandada construir pelo Almirante Alexandrino.

Terreno bem acidentado e tem a altitude máxima de 30 metros. É separada do Arsenal de Marinha (no continente) por um canal de pouco metros de largura, na parte fronteira ao cais, e 110 metros de profundidade máxima. Antigamente chamou-se Ilha de Paranepecu ou da Madeira, segundo Gabriel Soares, em seu Roteiro do Brasil, e das Cabras, no dizer de outros. Pertenceu aos religiosos da Ordem de São Bento e a um oleiro, João Guterres, e foi

arrendada em 11 de setembro de 1589 pela quantia de 15$300 rs.

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1840Jean Baptiste Arnout

Vue de Rio de Janeiro prise du Convent de Ste Therése

Vista do Rio de Janeiro tomada do Convento de Sta. Teresa

Morro do Castelo

Aqueduto

Bairro da Ajuda (Cinelândia)

Lapa e Igreja; Passeio Público

Mais um trabalho com a participação de dois artistas franceses: litografia colorida de A.Lepetit, segundo desenho de Jean Baptiste

Arnout, o nosso homenageado neste quadro.

Pintor de paisagens àaquarela e à sépia, e

litógrafo, Arnout nasceu emDijon (Côte-d´Or), a 24.06.1788. Autor de

numerosas paisagens e desenhos de arquitetura.

Expôs, em 1824, dez litografias de vistas de Paris,

para o trabalho de l´AnnéSainte, dedicado ao duque de Bordeaux. Medalha de

2.ª Classe, com uma litografia em 1831.

Participou dos Salões de 1819, 1824, 1831, 1834,

1835, 1836, 1837 e, quase trinta anos depois, dos

salões de 1864 e 1865, jáem avançada idade.

Pai do pintor e litógrafo Louis-Jules Arnout, nascido em Paris, a 01.06.1814. Cabe registrar que o gravador A. Lepetit participou dos salões de

belas artes, em 1837 e 1841.

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1840Ferdinand PerrotMais uma curiosa gravura, como tantas outras, que aparece estampada em formas invertidas, como a do Largo do Machado,

de Taunay, citada no quadro de Louis Bichebois, em 1837, nesta Parte III.

Duguay-Trouin forçant l´entréede Rio-Janeiro (1711)

Outro trabalho, para o qual podemos apontar a participação de,

pelo menos, cinco franceses: 1. Desenho original, de Nicolas-

Marie Ozanne (1728-1811), artista francês, do século XVIII, que,

infelizmente, esqueci de mencionar na Parte I; 2.

Gravura de Drouet (à esquerda), baseado no desenho de Ozanne; 3.Litografado por Ferdinand Perrot,

o homenageado deste quadro; 4. A litografia de Perrot foi feita na

oficina de Turgis; 5.Foi impressa por Lemercier de

Paris.

Ferdinand Perrot nasceu a 23.04.1808, em Paimboeuf (Loire-Inférieure), e faleceu a 28.09.1841, em Saint-Pétersbourg. Pintor, aluno de Gudin. Participou de diversos salões de belas-artes, a partir de 1833, com destaque para o salão de 1840,

onde apresentou oito litografias, entre elas esta da entrada de Duguay-Trouin na baía de Guanabara.

Levando em conta o título da obra: Duguay-Trouin forçando a entrada da baía de Guanabara, o Pão de Açúcar deve ser mostrado à esquerda da boca da baía e, à direita, a Fortaleza de Santa Cruz, que representa a parte mais clara que vemos, ao

fundo, entre as duas embarcações à direita.

Recentemente, em casa de uma amiga, deparei-me com esta bela gravura de

Ferdinand Perrot, curiosamente retratada de forma invertida, com o Pão de Açucar à

esquerda, como se as embarcações estivessem saindo da Baía de Guanabara, e não entrando. Apresenta outra coloração. Mais um caso, como muitos outros, de

inversão da imagem (ver ao lado).

09.06.1711Impressiona o grau de detalhes desta belíssima nau de

guerra francesa, talvez a capitânea, que trouxe o corsário francês Renée Duguay-Troin, que saiu da França a 9 de junho de 1711, à frente de uma esquadra de 17 navios e

5.000 homens de desembarque.

12.09.1711 Após três meses de viagem, no dia 12 de setembro, a

esquadra francesa entrou pela barra do Rio de Janeiro, ou seja, pela boca da baía de Guanabara, conforme foi

retratada nesta litografia de Perrot.

14.09.1711 Dois dias depois, aos 14 de setembro, desembarcam na

Cidade do Rio de Janeiro os quase 5.000 invasores sob o comando de Duguay-Troin.

21.09.1711 Após sete dias de terror, saques, roubos e crimes, a Cidade

do Rio de Janeiro é abandonada pelos invasores.

10.10.1711 Data da assinatura do resgate da Cidade do Rio de Janeiro: 616.251 cruzados (avaliados no ano de 1960, em 3 bilhôes

de cruzeiros); 100 caixas de açúcar e 200 bois. A bela nau e a fera...

Renée Duguay-Trouin (1673-1736)

Um dos mais famosos corsários franceses de sua época, Tenente-General da Esquadra Naval e Comandante da Real Ordem Militar de

São Luiz. Invadiu o Rio de Janeiro em 1711.

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1841Jules M. V. de SinetyO Porto do Rio de Janeiro

(Mosteiro de São Bento)

Detalhe da aquarela do artista francês Jules-Marie Vincent de Sinety, nascido

em 1812.

O Porto do Rio de Janeiro, com destaque para a Igreja e Mosteiro de São Bento

(detalhe).

A 25 de março de 1590, ao tempo do governo de Salvador Corrêa de Sá, cederam Manuel de Brito e seu filho, aos frades beneditinos, a sesmaria que lhes fôra dada em 1573, compreendendo, não só o próprio outeiro, mas toda a terra que o cercava até o morro da Conceição. A partir de 1617, iniciaram a construção da Igreja - dedicada a Nossa Senhora de Montserrat - e

do Mosteiro de São Bento, segundo o projeto de Francisco de Frias de Mesquita, engenheiro-mor do Brasil.

1890 1888

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1841Ph. Blanchard Noir de Rio-Janeiro - Esclave de Rio-Janeiro

Duas imagens litografadas por Ph. Blanchard, que fazem parte do Atlas pittoresque

(prancha 4), da Voyage autour du monde sur la fregate Venus,

de Abel du Petit-Thouars.

Pouco se sabe sobre o litógrafo Blanchard. Além

desta prancha, que se refere ao Rio de Janeiro, foi autor de outras cinquenta pranchas, que fazem parte do Atlas

pittoresque, Voyage au pole sud et dans l'Oceanie, de J. Dumont d'Urville, 1846.

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1841Theodore Menard

Mais uma imagem de pessoas conversando ao redor do famoso

Chafariz do Mestre Valentim, erguido em 1789, conforme se escreveu no quadro de Alphonse Boilly (1836),

desta Parte III.

Trabalho com a participação de quatro franceses: 1. Desenho de Theodore

Ménard, o homenageado neste quadro;

2. as figuras são do artista francês Adolphe Bayot, citado adiante (1844);

3. a litografia é de LouisBichebois, citado nesta Parte

III (1837); 4. e foi impressa na oficina de

Thierry Frères, também citada nesta Parte III (1839).

Fontaine de la place du Palais à Rio-Janeiro, litografia do francês

Theodore-Romuald GeorgesMenard, que também ocorre

no Atlas pittoresque, do Voyage autour du monde sur la fregate Venus, pendant les

annèes 1836-1839, de Abel du Petit-Thouars, Paris, 1841.

No mesmo Atlas, conforme vimos, estão os desenhos deBlanchard (quadro anterior).

Bela litografia baseada em desenho errôneo do chafariz do mestre Valentim, na atual praça Quinze de Novembro (G. Ferrez).

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1841 (c)Jean Joseph Bilfeldt

Uma arara, na janela de uma residência, aprecia o

Pão de Açúcar.

Sobre a mesa, um busto do jovem imperador, D. Pedro II, à época da maioridade.

Detalhes de um quadro do artista francês Jean-Joseph Bilfeldt, nascido em 1793, em Avignon (Vauciuse), e

falecido cerca de 1849, em Paris. Pintor de retratos e miniaturista, aluno de Raspay e de

Mansion. Participou dos salões de 1822, 1824, 1827, 1831, 1834, 1835, 1836, 1841 e 1844. Há trabalhos de sua autoria no Museu de Avignon e nas galerias de Versailles. Manteve

um atelier com alunos, e residia no Palais-Royal, n. 99, Paris, em 1834. Residiu, por algum tempo, nos Estados Unidos e,

retornando a Versailles, de lá saiu para o Rio de Janeiro, onde chegou a 26 de maio de 1841.

Outro detalhe do mesmo quadro, de múltiplas informações pois, sendo um retrato, constam da

mesma tela a paisagem do Pão de Açúcar, a arara e o busto de D. Pedro II.

Retrato do diplomata francês, barão AchilleJean Marie ROUEN,

nascido a 21 de novembro de 1785 e falecido a 22 de

abril de.1855. Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário na Corte

de Dom Pedro II, estabelecido no Rio de

Janeiro, entre 30 de setembro de 1837 e 1.º de

dezembro de 1842.

O barão de Rouen éretratado em traje de gala e porta a ordem da Legião

de Honra em grau de comendador, assim como a placa e banda da ordem brasileiro do Cruzeiro. Há

notícias de que a baronesa de Rouen

vivia em área próxima àFazenda do conde de

Gestas (citado no quadro de 1822, Parte

II), acima da Cascatinha, Alto da

Boa Vista.

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1842Théodore GalotDetalhes do grafite do

artista francês Théodore Alphonse

Galot, que representa uma “Paisagem de Santa Teresa”, com vista para a baía de

Guanabara.

No primeiro plano, homem e criança

caminhando próximo de uma casa, à beira

do caminho, vendo-se, ao fundo, a baía de

Guanabara e a ilha da Boa Viagem.

Théodore Alphonse Galot nasceu a 16.04.1806, em Chartres (Eure-et-Loir), e faleceu em 1866, no Rio de Janeiro. Pintor e desenhista. Era filho de um professor de desenho no colégio de Chartres. Participou dos

salões de 1833, 1835, 1838, 1839, 1840, 1841 e 1842, em Paris, com paisagens que representavam cenas dos arredores de Chartres. Radicou-se no Rio de Janeiro, entre 1842 e 1845, e aí permaneceu até seus últimos dias.

Em 1845, participou da exposição da Academia Imperial de Belas Artes, do Rio de Janeiro.

Foto Cau Barata - 2003

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1843Aumont Francês

Promenade au Corcovado

Gravura de Aumont, sobre quem pouco se sabe, e que fez parte da

viagem ao redor do mundo, com o comandante Auguste Nicholas

Vaillant (1793-1858), a bordo da corveta Bonite, durante os anos de

1836 e 1837.

Passeio ao Corcovado

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1843Ambroise L. Garneray

Príncipe de Joinville (de barba), com parte de sua comitiva, deixando o Rio de Janeiro. Príncipe de Joinville

O Príncipe de Joinville, François Ferdinand Philippe d'Orléans, filho do Rei de França Luís

Felipe I, esteve no Rio de Janeiro, em 1843, com sua fragata, para se casar com a Princesa Imperial

Dona Francisca Carolina Joana Carlota Leopoldina Romana Xavier de Paula Micaela

Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança eHabsburgo, filha de D. Pedro I e de D. Leopoldina.

O casamento aconteceu a 1 de maio de 1843.

O barco que conduzia o Príncipe e sua comitiva navegou próximo

à Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro.

Gravura sobre cobre, aquarelada posteriormente, pintada porAmbroise-Louis Garneray, nosso homenageado neste quadro, e

gravada pelo também francês Jean Marie Chavane (1797-). “No primeiro plano, balleeira levando para bordo da fragata La Belle Poule os príncipes de Joinville, vendo-se ao fundo, a esquadra francesa e a igreja do outeiro da Glória.” (Gilberto

Ferrez, Iconografia, I)

LL. AA. RR. Le prince et la princesse de Joinville quittent Rio Janeiro dans un canot pour se rendre à bord de la frégate la

belle Poule, Mai 1843.

Gravura sobre cobre

Ambroise Louis Garneray, pintor de marinhas, gravador e escrivão, nascido em Paris (Rue Saint-Andre-des-arts, Quartier Latin), a 19.02.1783, efalecido em Paris, a

11.09.1857. Filho do pintor Jean-François

Garneray (1755–1837). Estudou com seu pai e com Debucourt. Foi

conservador do museu de Rouen e pintor do Duque de Angouleme, nomeado a 27,01,1857. Expôs nos Salões de Belas Artes de

Paris, de 1817, 1819, 1822, 1824, 1827, 1831, 1833 a 1840, 1844, 1846 a 1850, 1852, 1853, 1855

e 1857. Os museus de Versailles, de Cherbourg

e do Havre possuem marinhas deste artista. Desenhou e gravou 64 vistas dos principais portos da França e 40

vistas de portos estrangeiros. Aquarelada

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1843François Philippe d'Orleans Joinville

No quadro anterior, de AmbroiseGarneray, vimos a partida do Príncipe de Joinville, que se

encontrava no Rio de Janeiro, para realizar o seu casamento com a

filha de D. Pedro I, a Princesa D. Francisca Carolina de Bragança e

Habsburgo. Aproveitando seus dotes artísticos, o mesmo Príncipe

fez alguns desenhos do Rio de Janeiro, entre eles, uma aquarela,

no Palácio de São Cristóvão.

Detalhes da aquarela do Príncipe de Joinville, François Ferdinand Philippe d'Orléans, representando o Imperador D. Pedro I e sua escolta, atravessando o portão do palácio de São Cristóvão, na Real Quinta da Boa Vista.

O Príncipe de Joinville, no ano do seu casamento, em 1843, em uma desenho de José Joaquim

Lopes (1790c-1863), litografadoem Lisboa.

A Princesa de Joinville, um ano depois do seu casamento, em

1844, em um óleo sobre tela do alemão Franz Xaver

Winterhalter (1806-1873 ).

O casamento aconteceu a 1 de maio de 1843. A Princesa Francisca recebeu por dote um milhão de francos e mais terras em Santa

Catarina.

Aproveitando este histórico da vinda do Príncipe de Joinville, Francisco Armando Felipe Luiz Maria d’Orleans, nos dois últimos quadros, achei que seria interessante, para fechar esta sua passagem pelo Rio de Janeiro, anexar a pintura acima (no

centro), de autoria de Edouard Auguste Nousveaux (1811-1867). Representa o Príncipe de Joinville, de viagem para o Brasil, assistindo uma dança indígena, em dezembro de 1842, na Praça do Governo, à ilha de Gorée, localizada ao largo da costa do

Senegal, em frente a Dacar, na África Ocidental.

O Imperador D. Pedro I, saindo do Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista – 1843 (Joinville)

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1844 (c)Adolphe Bayot

Cascade de Tijouka a Rio-Janeiro

Outra gravura com a participação de três franceses: 1. Théodore AugusteFisquet, o autor do desenho original

(citado no próximo quadro); 2. Alexis Victor Joly, um dos autores desta

litografia, elaborada junto com Bayot, baseada no desenho de Fisquet (Joly é

citado na Parte II – 1836); e 3. Adolphe Jean Baptiste Bayot, o

homenageado neste quadro.

Cascata da Tijuca, no Alto da Boa Vista. À esquerda, residência do pintor Nicolau Antoine Taunay (citado na Parte I – 1816) e no

terreiro, uma cobertura sob a qual descansam negros e brancos.

Adolphe Jean Baptiste Bayot nasceu a 8.01.1810, em Alexandria, filho de pais franceses, e faleceu em 1866. Pintor, estabelecido em Paris, na rua Vintimille, 11.

Participou dos salões de 1863 a 1866, de Paris.

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1844 (c)Theodore Fisquet

Litografia realçada com aquarela (papier collé) sobre papel, com a participação de

três franceses: 1. Théodore AugusteFisquet, autor do desenho e o

homenageado neste quadro; 2. Louis Philippe Alphonse Bichebois, autor da

litografia (citado nesta Parte III – 1837); e 3. Jean-Victor Victor Adam, autor das figuras (citado nesta Parte II – 1835).

Théodore Auguste Fisquet nasceu em 1813, na França, e faleceu em 1890. Pintor e oficial da marinha francesa. Nomeado Comandante a 12.08.1862. Major geral da Marinha em Toulon.

Nomeado Contra-Almirante a 03.08.1867. Comandante em chefe da divisão naval do Brasil e de La Plata.

Grande Oficial a 10.12.1874.

Église de la Glória à Rio Janeiro

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1845François Moreaux

Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Pretos

Grafite de François-René Moreaux, intitulada Largo do Rozario – Rio de Janeiro 1845. Representação do Mercado do largo do Rosário, à direita da Igreja. Moreaux está ao

lado da igreja, olhando para as ruas Uruguaiana e Rosário. Na imagem, a primitiva torre da Igreja do Rosário, com sua dupla sineira na parte de trás. Era uma torre meio atarracada, e única, por muito tempo, pela inexistência da outra, cuja construção havia sido paralisada. Em 1860 já estavam erguidas as duas

torres, porém, no século XX, a igreja pegou fogo, e foram novamente reconstruídas, perdendo esta característica da dupla sineira.

François Moreaux nasceu em 03.01.1807, em Rocroy, no Departamento de Ardenas, França, e faleceu em 25.10.1860, no Rio de Janeiro. Pintor, fotógrafo e professor de francês. Foi aluno, em Paris, do célebre pintor Barão de Gross, e do pintor aluno de Jean-Baptiste Couvelet. Veio para o Brasil em companhia de seu irmão mais novo,

Louis Auguste Moreaux, em 1838, aportando em Pernambuco, de onde passou a Bahia e, depois, para o Rio Grande do Sul. Em 1841 fixou residência no Rio de Janeiro,

tendo instalado estúdio na Rua do Rosário. Em 1842, foi premiado na Exposição Geral de Belas Artes, no Rio de Janeiro, com a grande composição histórica Sagração de

Dom Pedro II, recebendo o Hábito da Ordem de Cristo. Em 1857, fundou com Heaton e Regensburg, a famosa Galeria Contemporânea Brasileira.

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1845Louis A. Moreaux

O “burburinho”no mercado da praia do Peixe,

em 1845.

O “burburinho”no mercado da praia do Peixe,

em 1845.

Detalhes 1 Detalhes 2

Mercado da Praia do PeixeMERCADO DA PRAIA DO PEIXE

“À esquerda da estampa, vemos parte da Praça do Mercado da Praia do Peixe que fazia ângulo com o princípio da rua do Ouvidor e do Mercado. Este mercado, construído segundo

projeto de Grandjean de Montigny, era um quadrilátero cuja face principal olhava para o largo do Paço e as outras para a

praia do Peixe e as duas ruas citadas acima. O movimento desta praça era grande e extravasava fora de seus muros como vemos aqui. Buvelot e Moreau transmitiram nesta litografia não só a

cena viva do mercado com seus tipos curiosos de pretos de ganho e a azáfama peculiar destas feiras ao ar livre, como,

também, deixaram um documento relevante do casario e igrejas do princípio da rua do Ouvidor. No centro do desenho, cúpula e torre da igreja de N. Sra. Da Lapa dos Mercadores e, à direita, a

torre da igreja da Cruz dos Militares.”(Gilberto Ferrez)

Litografia com figuras de Louis Auguste Moreaux, irmão caçula de François Moreaux, citado no quadro anterior. Traz no alto a legenda Rio de Janeiro Pitoresco, e na parte inferior: Paisagens de L. Buvelot, figuras de Aug. Moreau à esquerda e Lith. De Heaton e Rensburg, Rio de

Jan.º à direita.

Louis Moreaux, como seu irmão François, nasceu em Rocroy, no Departamento de Ardenas, França, em 1818, e faleceu no Rio de Janeiro, em 1877. Pintor de história, de retratos e figuras. Acompanhou François, ao Brasil, em fins da década de 1830, fixando-se no Rio de Janeiro

por volta de 1840 após residir por algum tempo em Pernambuco, na Bahia e no Rio Grande do Sul. Participou das Exposições Gerais de Belas Artes, no Rio de Janeiro, em 1841, 1843, 1845, 1846 e 1850. Foi agraciado com a Ordem Imperial da Rosa no grau de Cavaleiro.

O artista austríaco Thomas

Ender, cerca de 28 anos

antes de Louis

Moreaux, foi autor de uma

aquarela, retratada do

mesmo ângulo.

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Le Breton1845Baie de Botafogo

Litografia colorida de Le Breton, mostrando toda a praia de Botafogo com seu casario. Em primeiro plano parte do Morro da Viúva.

Existiram, pelo menos, três artistas com o sobrenome Lebreton. Gilberto Ferrez o identificou como sendo J. Le Breton. Foi impressa por Auguste Bry (citado na Parte IV – 1854), e publicada por J. Touds..

Trinta anos depois - 1875 Setenta depois - 1915

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Mais uma homenagem ao ano da França no Brasil

que se festeja em 2009.

Pesquisa de imagens, desenhos, formatação, animação, tratamento das imagens e texto: Cau Barata

08.07.2009 – 28.08.2009.

FIM DA TERCEIRA PARTESérie Artistas Franceses no Rio de Janeiro – Parte III (de VI)

O RIO DE JANEIRO

Visto pelos artistas franceses (1546-1886)Pintores, Litógrafos e Gravadores.

Dedicado aos apaixonados pela história do Rio de Janeiro e aos estudantes das belas-artes.

Agradecimentos as amigas: Eliane Brandão e Regina Cascão

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Relação dos dezenove artistas franceses citados na Parte I

Jean Cousin – 1551Nasceu, na França, em 1522, e

faleceu em 1594. Gravura, representando índios em festa

na França.

Jean de Lery – 1557 Nasceu, em 1534, em La

Margellee, e faleceu em 1611, em Berna. Participou da

expedição de Villegaignon.

André Thevet –1556 Nasceu, na França, em 1502, e

faleceu em 1592. Esteve no Rio de Janeiro, em 1556, na

expedição de Villegaignon.

Jacques de Vau de Claye – 1579 Cartógrafo normando, que esteve,

no Rio de Janeiro, em missão secreta do governo francês em

1578 ou 1579.

Anônimo – 1602 Vista do Rio de Janeiro –

original manuscrito daBibliothèque Nationale, Paris,

França.

François Moyen – 1744 Vista da Cidade do Rio de Janeiro,

com índice remissivo, em francês.

François Froger – 1695 Nasceu, em 1676, na França, e faleceu cerca de 1715. Planta que aparece em sua Relationd´um Voyage (Paris, 1698).

Anônimo – 1731 Outra planta da Cidade do Rio de Janeiro, de autoria anônima.

Original da Bibliothèque Nationale, Paris.

Anônimo – 1717 (c) Desenho anônimo, com um

extenso índice remissivo, em francês.

Jean Massé – 1713 Engenheiro militar, de origem francesa, a serviço de Portugal.

Em 1712, passou ao Brasil.

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Leveux – 1757Teria feito parte da esquadra

francesa comandada pelo conde de Aché, que arribou, no Rio de

Janeiro, em 15.07.1757.

Louis de La Rochette – 1810 Nascido no século XVIII, na

França. Coronel Louis EstanislasD´Arcy de La Rochette.

Jean-Joseph Maillet –1807 Nasceu em 1751, em Paris, França, e faleceu em 1811.

Gravura (água-forte).

Baron de Coubertin – 1816 Julien Bonaventure de Coubertin,

nascido, em 1788, na França, e falecido em 1871. Esteve no Rio

de Janeiro em 1816.

Charles Cochelet – 1816 Nascido do século XVIII, na

França. Teria estado no Brasil, em 1816 e 1817, publicando sua

viagem em 1819.

Fim da Primeira Parte

1551 – 1817

Conde de Clarac – 1816 Charles Othon Fréderic Jean-

Baptiste de Clarac, nascido, em 1777, em Paris, França, onde

faleceu em 1847.

Grandjean Montigny – 1816 Nasceu, a 15.06.1776, em Paris,

e fal. a 02.03.1850, no Rio de Janeiro. Membro da Missão Artística Francesa de 1816.

Jean-Baptiste Debret – 1816 Nascido, a 18.04.1768, em

Paris, França, onde faleceu a 28.06.1848. Membro da Missão

Artística Francesa de 1816.

Nicolas A. Taunay – 1816 Nasceu, a 11.02.1755, em Paris,

França, onde faleceu a 29.03.1830. Membro da Missão

Artística Francesa de 1816.

O RIO DE JANEIROVisto pelos

artistas franceses(1551-1886).

Pintores, Litógrafos e Gravadores.

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Relação dos trinta e um artistas franceses citados na Parte II

Charles Laborde – 1817 Nasceu, na França. Oficial da embarcação Uranie. Desenho das montanhas, com destaque

para o Corcovado.

J. Alphonse Pellion – 1817 Também esteve embarcado na

corveta Uranie. Aquarela. Embarcações próximas à ilha

das Cobras

Jules A. Vautier –1817 Nasceu em 1774, e faleceu em 1832. Desenho da Imperatriz

Leopoldina, gravado pelo francês por Jean-François Badoureau.

Hippolyte Taunay – 1817 Nasceu em 1793, na França, e faleceu em 1864. Família Real

passando por baixo do arco, na rua Direita.

Adrien Taunay – 1819 Nasceu em 1803, em Paris, e faleceu em 1828, em Mato

Grosso. Malhando judas em uma rua do Rio de Janeiro.

Bovinet & Reville – 1822 (c)Edme Bovinet (1767-1832) e Jean Baptiste Reville (1767-

1825), ambos franceses. Gravura colorida do Aqueduto.

Arnaud Julien Pallière – 1819 Nasceu, em 1783, em Bordeaux,

França, e faleceu em 1862, na mesma cidade. Aquarela –

Chafariz das Marrecas.

Jean Dessaulx – 1822 Nasceu c. de 1800, e faleceu em

1850. Gravador. Vista da Ilha da Boa Viagem, segundo

desenho de Arago.

Aymar M. J. Gestas – 1822. Conde de Gestas. Nasceu em 1786, na França, e faleceu em

1835, no Rio de Janeiro. Desenho de um Moinho de Vento.

Nicolas E. Maurin - 1820-1821 Nasceu em 1779, em Perpignan,

e faleceu em 1850, em Paris. Litografia de Maurin - Igreja de

N.S. da Glória.

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E. Aubert – 1822 (c)Nasceu na França. Vista da Praia Grande, atual Niterói.

Desenho de Arago e gravura de Aubert.

Jacques Arago – 1825Nasceu em 1790, em Estagel, e

faleceu em 1854, no Rio de Janeiro. Desenhista e explorador.

Cascata do alto da Boa Vista.

Jean-Nicolas Rouge – 1822 Gravador. Nasceu cerca de 1776, em Paris, França, e

falecido depois de 1824. Real Teatro de São João.

August Berard – 1825 (c) Nasceu cerca de 1799, e faleceu

depois de 1825. Cadete da corvetaUranie. Vista da Cidade do Rio de

Janeiro.

Edouard P. Riviére – 1826 Pintor e litógrafo francês, que

atuou, no Rio de Janeiro, a partir de 1826. Floresta.

Jean B. Aubry-Lecomte – 1831 Nasceu em 1787, em Nice, e faleceu em 1858, em Paris.

Litógrafo. Retrato da Imperatriz Amélia de Beauharnais

Eugene La Michellerie – 1826 Nasceu em 1802, na França, e

faleceu em 1875. Pintor em miniatura e desenhador. Vista da Glória tomada do Passeio.

Jean Julien Deltil – 1829 Nasceu em 1791, em Paris,

França, e falecido em 1853, emFontainebleau. Panorâmica.

Langlumé – 1828 Impressor e litógrafo

estabelecido em Paris, em 1822. Ilha da Boa Viagem.

Félix Taunay – 1828 Nasceu em 1795, em

Montmorency, Paris, e faleceu em 1881, no Rio de Janeiro.

Cais do Rio de Janeiro.

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François Meuret – 1832Nasceu em 1800, em Nantes, e faleceu em 1887. Retratista e

litógrafo. Retrato do Imperador D. Pedro I.

Barthelemy Lauvergne – 1835 Nasceu em 1805, em Toulon,

França, e faleceu, em 1875, em Carcés, Provence, França. Vista

do Rio de Janeiro.

Paul Tassaert – 1833 (c) Gravador, membro de uma família

de artistas. Faleceu em 1855. Retrato do Rei D. João VI.

Charles Étienne Motte – 1835 Nasceu em 1785, na França, e faleceu em 1836. Gravador dos desenhos de Debret. A Banana.

Gabriel Duperré – 1835 Nasceu cerca de 1800, e faleceu cerca de 1855. Vista da Lagoa

Rodrigo de Freitas.

Alexis Victor Joly – 1836 (c) Nasceu em 1798, na França, e faleceu em 1874. Arredores do

Rio de Janeiro.

Isidore Deroy – 1835 Litógrafo e aquarelista. Nasceu em 1797, em Paris, França, e

faleceu em 1885. Desembarque de Escravos.

Victor Adam – 1835 Nasceu, em 1801, na França, e faleceu em 1866. Pintor de gêneros.

Praia dos Mineiros.

Louis J. Villeneuve – 1835 Nasceu em 1796, em Paris, e

faleceu em 1842. PrayaRodrigues (Copacabana).

Jules Alex. Monthelier – 1835 Nasceu em 1804, em Paris, França, e faleceu em 1883.

Pintor e desenhista litógrafo. Dança Lundu.

Godefroy Engelmann – 1835 Nasceu em 1788, em Mulhouse(Mühlhausen), onde faleceu em

1839. Rua Direita.

Fim da Segunda Parte

1817 – 1836

O RIO DE JANEIROVisto pelos

artistas franceses(1551-1886).

Pintores, Litógrafos e Gravadores.

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CATÁLOGO DOS TRABALHOS EM POWER POINTDe Carlos Eduardo de Almeida Barata (Cau Barata)

7. 2008 - 100 anos de Rio de Janeiro 1908-2008 - PARTE I - Enviado em 18.11.2008.

8. 2008 - 100 anos de Rio de Janeiro 1908-2008 - PARTE II - Enviado em 20.11.2008.

9. 2008 - 100 anos de Rio de Janeiro 1908-2008 - PARTE III - Enviado em 08.12.2008.

6. 2007 - 100 anos de Rio de Janeiro 1907-2007 - Enviado em 30.10.2007.

10. 2008 – Os Prefeitos e suas Ruas - PARTE I - Enviado em 28.10.2008.

11. 2008 – Os Prefeitos e suas Ruas - PARTE II - Enviado em 10.11.2008.

1. 2003 – O Rio de Janeiro de 1903 - A "Batalha de Flores“ (de 2003) - Reenviado em 27.11.2008.

12. 2008 – Tipos da Cidade do Rio de Janeiro, 1840-1928 - Parte I (1840-1905) - Enviado em 20.12.2008.

4. 2006 – Incêndio Destrói o Teatro João Caetano (26.01.1856) - Enviado em 26.01.2006.

13. 2009 – Passeios pelo Rio de Janeiro, I - Largo da Carioca (1898) - Enviado em 12.02.2009.

14. 2009 – O Rio de Janeiro e sua arquitetura Neoclássica - Enviado em 25.03.2009.

15. 2009 – O Rio de Janeiro visto pelos artistas franceses (Parte I) - Enviado em 14.06.2009.

3. 2005 – A Festa de Natal no Rio de Janeiro, 1588-2005 (de 2005) - Reenviado em 02.12.2008.

5. 2006 – Boulevar Carceler (Rua Primeiro de Março) - Enviado em 26.07.2006.

2. 2005 – E fez-se a Luz - a iluminação da Cidade do Rio de Janeiro - Enviado em 09.12.2005.

16. 2009 – O Rio de Janeiro visto pelos artistas franceses (Parte II) - Enviado em 08.07.2009.17. 2009 – O Rio de Janeiro visto pelos artistas franceses (Parte III) - Enviado em 29.09.2009.