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Desigualdades nos rendimentos do trabalho Piketty, Capitulo 9

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Economy & Finance


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Page 1: Piketty Capitulo 9 Livro O capital

Desigualdades nos rendimentos do trabalho

Piketty, Capitulo 9

Page 2: Piketty Capitulo 9 Livro O capital

A desigualdade da renda de trabalho

• Remuneração do individuo é igual asua produtividade e a produtividadedepende da qualificação de cada um.

•A Baixa oferta de mão de obraqualificada e a alta demanda detecnologia para qualificados, eleva ossalários causando uma desigualdadesalarial.

•Oferta de qualificação depende dascondições do sistema educacional.

•A demanda por qualificação dependedas condições tecnológicas que estãodisponíveis.

•E as condições tecnológicas dependemdo processo de invenção eimplementação.

•O sistema educacional depende depolíticas publicas de inclusão.

Page 3: Piketty Capitulo 9 Livro O capital

◦Com todos esses fatos, surge a idéia de uma competição entre a tecnologia e a educação, sendo essa disputa uma explicação da desigualdade no salário.

◦A oferta de qualificação não progride no mesmo ritmo que as necessidades tecnológicas. Com isso os grupos que a formação não acompanhar, vão ter baixos salários e empregos desvalorizados.

Page 4: Piketty Capitulo 9 Livro O capital

•Salário médio aumenta mas a distancia salarial continua a mesma. (desigualdade deslocada para cima)

•A distância salarial entre indivíduos com diploma universitário e o crescimento do número de diplomas universitários cresciam em duas curvas inversamente proporcionais.

•O crescimento das desigualdades salariais se explica por alguns países não investirem o suficiente no ensino superior.

•Para reverter esse quadro, é necessário investir em política pública que da acesso a universidade.

Page 5: Piketty Capitulo 9 Livro O capital

◦Por não ser fácil identificar acontribuição exata para aprodução, os salários passarama ser fixados.

◦Essa fixação contribuiu para osumiço gradativo dos saláriosdiários e para a construção deum grupo social que não erampagos por tarefas.

◦A fixação com antecedência contribuipara que não falte investimentonecessário.

◦O salário mínimo é o justo e eficazem situações em que o empregador éo único a oferecer trabalho emdeterminado local.

◦A justificativa do salário mínimo éfazer com que o empregador nãoexplore sua vantagem concorrencial.

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Como explicar a explosão das desigualdades nos Estados Unidos?

Explicação possivel dos economistas americanos

•Altíssimo salário (cresceram com mais forçaque salários médios) por conta da evoluçãodas qualificações.

•Tecnologia possibilitou a produtividade dosassalariados mais qualificados progedsissemais rapido que a produtividade média.

Page 7: Piketty Capitulo 9 Livro O capital

◦Descontinuidade (categoria de altos salários)foi uma dificuldade para a teoria da produtividade marginal.

◦Política que (favorecer um acesso mais amplo às universidades) tem um impacto limitado sobre o fenômeno de explosão das altíssimas remunerações americanas 1970-80.

◦Aumento da distância salarial média entre as pessoas com diplomas universitários e aquelas que pararam seus estudos no ensino médio.

◦Pessoas com os mesmos diplomas universitários que seguiram as mesmas carreiras, tiveram remunerações diferentes.

◦O salto do centésimo superior explica o aumento da parcela do décimo superior na renda nacional americana.

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A ascensão dos superexecutivos: um fenômeno anglo-saxão•A segunda dificuldade da teoria da produtividade marginal:

•Discrepância dos altos salários ocorreu em alguns países desenvolvidos, mas não em outros. Diferenças institucionais entre as nações desempenham um papel central e não causas gerais e em princípio universais (mudanças tecnológicas).

•Nos paises Anglo-Saxonicos:A ascensão dos superexecutivos é um fenômeno específico desses países.

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“Se a ascensão dos superexecutivos fosse um fenômeno puramente tecnológico,teríamos dificuldade em entender disparidades tão significativas entre países que são muito parecidos em outros aspectos.”

Países Anglo-Saxões

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-1970, a parcela era muito próxima nos vários países. Ela estava entre 6% e 8% nos quatro países anglo-saxões.

- 2010, diferente. A parcela atingiu quase 20% da renda nacional nos , 9-10% na Austrália.

- Nos Estados Unidos foi 2x maior do que no Reino Unido e no Canadá e 3x maior do que na Austrália e na Nova Zelândia.

-Nesses países, o salto dos salários elevados explica a alta parcela do centésimo superior na hierarquia das rendas (o restante pela boa saúde da renda do capital).

Em todas as nações anglo-saxãs, a ascensão dos superexecutivos,(setores financeiros e não financeiros) explica a progressão da desigualdade da renda nas últimas décadas.

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A Europa continental e o Japão

Comparação com os países anglo-saxões, a parcela do centésimosuperior cresceu pouco desde os 1970 na Europa continental e no Japão.

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◦Parcela do centésimo superior na renda nacional cresceu de maneira mais suave do que nos países anglo-saxões.

◦No Japão, a evolução foi quase a mesma que se deu na França: 7% renda nacional 1980, 9% em 2010.

◦Suécia, 4% em 1980 (nível mais baixo registrado no World Top Incomes Database), 7% em 2010.

◦Alemanha, 9% em 1980 e aumento de 2% em 2010 totalizando 11%.

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No Norte de Sul da Europa

◦Na Dinamarca, (eoutros países nórdicos),o nível das rendas altasé mais baixo, mas oaumento é semelhante.5% em 1980, 7% de2000-2010.

◦Na Italia e Espanha,semelhança com aFrança de 7% para 9%no mesmo periodoestudado.

◦Reino Unido comtrajetória parecida com ados Estados Unidos.

Aumento de dois a três pontos no Japão e em todos os países da Europa continental, correspondem a um aumentos da desigualdade da renda. Essas altas significam que o 1% das rendas mais elevadas progrediu mais rápido que a renda média.

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O mundo do milésimo superior

•Evolução da parcela do milésimo, o 0,1% mais rico na renda nacional dos países, (anglo-saxões, Europa continental e do Japão).

•Parcela passou de 2% a quase 10% nos Estados Unidos. Na França e Japão, a parcela passou de 1,5 em 1980 para cerca de 2,5% em 2010. Na Suécia de menos de 1% para mais de 2% da renda nacional.

•Uma participação de 2% da renda nacional para 0,1% da população significa que cada um dentro desse grupo em média possui uma renda 20x maior que a média do país. Exemplo, 600.000 euros se a renda média for de 30.000 euros por habitante adulto.

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◦Estados Unidos, a desigualdade de renda reviveu de 2000-2010.

◦Reino Unido e no Canadá, a desigualdade alcança semelhança;

◦Europa continental e no Japão, desigualdade de renda permanece (maissuave nos dias de hoje).

◦Evolução é menos forte naEuropa continental e Japão doque nos Estados Unidos.

◦Divergência entre as diferentespartes do mundo rico é maisimpactante quando a mudançatecnológica foi a mesma.

•O crescimento econômico(produtividade) foi o mesmo em todasas partes do mundo rico.

•Divergência nas evoluções dadistribuição da renda, demanda umaexplicação que a teoria daprodutividade marginal, da tecnologia eda educação não consegue responder.

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EUROPA: mais desigual do que o Novo Mundo em 1900-1910

Europa

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• Ao contrário do que pensamos, os EUA, não foi mais desigual que a Europa no início do século corrente, a parcela do centésimo superior na Europa em 1900-1910, ultrapassou os 20 % da renda nacional em todo continente.

◦ A explicação da desigualdade de renda na Europa, parte principalmente da concentração de riquezas, forte na Europa de 1900-1910, uma vez que, as rendas mais elevadas eram constituídas pela renda do capital.

• A desigualdade no novo mundo ( EUA e outros países) foi menor que a da velha Europa na Belle Époque ( período que concentrava riquezas na mão das “classes dominantes”).

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Através de observações, se concluiu que, apesar das diferenças sociais e culturais, o Japão fazia parte do mesmo velho mundo que a Europa, uma vez que, o nível de desigualdade era igualmente alto com relação ao nível europeu.

Tal desigualdade de riqueza na Europa e no Japão, se da pelo fraco crescimento demográfico do novo mundo que conduz na maioria das vezes, a uma forte acumulação e concentração de capital.

Após a 1ª GM, os EUA, se tornou um pouco menos igualitário em relação à Europa, a parcela do seu décimo superior diminuiu em ambos, tendo uma queda maior na Europa e no Japão.

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No Continente Europeu, observa-se grande divergência entre seus países em relação a renda nacional para o décimo superior, as variações vão dos mais desiguais ( Reino Unido) aos mais igualitários ( Suécia) .

Na Alemanha de 1933-1938, houve aumento da desigualdade e do centésimo superior como consequência do aumento dos lucros industriais e restabelecimento da renda que marcou o período nazista.

É importante lembrar que, os impostos sobre a renda na Alemanha foi criado cedo (1890) porém, a legislação e estatísticas fiscais só foram unificadas pôs 1ª GM. Tratando-se assim de uma diferença em relação aos países como o Japão que, mesmo durante a guerra, manteve as apurações estatísticas do passado.

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As desigualdades nos países emergentes: mais suaves do que nos EUA

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Diversos países SulAmericanos, instituíram oimposto sobre a renda noperíodo entre guerras, porexemplo, a Argentina em1932.

No ano de 1980, segundo amedição da parcela docentésimo superior na rendanacional, a desigualdade derenda nos países emergenteschegou bem próximo da dospaíses desenvolvidos.

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◦Países comunistas,caracterizados porgrades salários muitocomprimidas e quaseausência de renda decapital privado, tiveramem 1980, menos de 5%da renda nacional parao centésimo superior.

◦ Em países menos

desenvolvidos, o

imposto sobre a renda

abrange uma pequena

parte da população,

logo, pôde-se estimar a

parcela do centésimo

mas não do décimo

superior.

◦ Os níveis do décimo

superior na África é tão

alto sob a renda

nacional que pôde-se

comparar com a

Europa do velho

mundo (1900-1910) e os

EUA de 2000-2010.

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Atualmente, observa-se que, os níveis de desigualdade na Europa e nos EUA, estão num patamar semelhante ao do século passado.

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◦Deterioração dos dados fiscais, quese deve a adoção dos arquivoscomputadorizados.

Um exemplo é o caso da Índia,quenos anos 2000 parou de publicardetalhadamente apurações obtidasatravés das declarações de renda.

◦Falta de informação e detransparência.

◦Crescimento registrado nospaíses emergentes Índia eChina.

◦Supervalorização docrescimento da produção esubvalorização docrescimento da renda.

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◦Imperfeições das administrações fiscais nos países pobres eemergentes.

◦Colômbia (anos 2000-2010) centésimo superior detinha 20% darenda.

◦Pesquisas de domicílios: visão e atenuação.

◦Estimativas oficiais precisam complementar as pesquisas dedomicílio para assim se ter um uso sistemático dos dadosadministrativos e fiscais,obtendo deste modo uma aceitáveldecomposição da taxa de crescimento macroeconômico, nos

países pobres e ricos.

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A ilusão da produtividade marginal

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◦Explosão dedesigualdades salariaisdesde os anos 1970-1980 nos EUA. Teoriada produtividademarginal e da disputaentre tecnologia eeducação não éconvincente.

◦A produtividademarginal individual erautilizada para ilustraras remunerações desalários mais altos.

◦Desigualdade derenda elevada nos EUAentre os anos 200-2010.

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◦Frente as dificuldadesencontradas asremunerações eramfixadas por hierarquiassuperiores, e ossalários mais altos sãodefinidos por comitêsde remuneração.

◦As pessoas querecebem a função defixar seu próprio salárioacabam se autofavorecendo quanto asua produtividademarginal.

◦Mão invisível econcorrência pura eperfeita não existem,sendo o mercadorepresentado porinstituições específicas,não podendo afirmarque os comitês fixemqualquer nível salarial

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◦Instituições de governança são influenciadas pelas normassociais vigoradas na sociedade,dependendo da contribuiçãode um na produção da empresa e no crescimento do país.

◦Um fator importante é que é difícil a empresa aderir àsnormas de um determinado país.

◦Desigualdades salariais nos EUA e Reino Unido avançarambastante devido á tolerância dessas sociedades as altíssimasremunerações(1970-1980),evolução similar as normas sociaisde outros locais.

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A decolagem dos superexecutivos:uma força potente para a

divergência

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•Termos abordados em normas e aceitabilidade social, explicando de onde vêm e como evoluem. A desigualdade se remete a uma abordagem mais ampla.

•Revolução anglo-saxônica(1970-1980),caracterizada por uma maior tolerância aos altos salários.

•Teoria da produtividade marginal e da disputa entre educação e tecnologia explica a longo prazo a divisão dos salários,até certo nível de salário.

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◦A lógica da tecnologia e dasqualificações estabelecemlimites,e explicam adesigualdade dos salários.

◦Distribuição da riqueza.

◦Diversidade de funções etamanho das grandesempresas

◦Variações de tempo entreos países .

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◦Falência dagovernançaempresarial e afixação deremuneraçãomais elevadas,com uma lógicamais racional.

◦As corporações individuais apresentam dificuldade em explicar as variações dos pagamentos.Se seguissem uma coerência da produtividade marginal, era de se esperar que não houvesse alteração somente no segundo componente.

◦Evolução das leisficais,das taxas deimpostos sobre a rendamarginal superior,ligadas àstransformações dasnormas sociais quedizem respeito àdesigualdade.

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◦Mudança nos modos de fixação das remuneraçõesnos anos de 1970-1980,devido a grande queda da taxade juros.

◦Atualmente, existe incentivos para obter resultadossignificativos.

◦Aumento da influência política no grupo social.

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Obrigado!Beatriz FerreiraCamilla XavierJúlia AleixoMarcela Cardozo