phase3_ps3_portuguese_hightlights
TRANSCRIPT
-
8/7/2019 Phase3_PS3_Portuguese_Hightlights
1/5
1o
de dezembro de 2010
1
Padro de Desempenho 3 V2Eficincia de Recursos e Preveno da Poluio
Introduo
1. O Padro de Desempenho 3 reconhece que o aumento da atividade econmica e daurbanizao muitas vezes gera nveis cada vez mais altos de poluio do ar, da gua e da terra e
consome recursos finitos de uma forma que pode ameaar as pessoas e o meio ambiente em nveis
local, regional e global.1
Nos ltimos anos ocorreu tambm um crescente consenso quanto ao fato
de que a concentrao atmosfrica atual e prevista de gases de efeito estufa (GEE) ameaa a
sade pblica e o bem-estar da gerao atual e das futuras geraes. Ao mesmo tempo, o uso mais
eficiente e eficaz de recursos e de tecnologias e prticas de preveno da poluio2
e a mitigao
das emisses de GEE tonaram-se mais acessveis e passveis de serem alcanados em
praticamente todas as partes do mundo. Estes so frequentemente implantados mediante
metodologias de melhoria contnua semelhantes s utilizadas para fortalecer a qualidade ou
produtividade e que so geralmente conhecidas da maioria das empresas dos setores industrial,
agrcola e de servios.
2. Este Padro de Desempenho apresenta uma abordagem da eficincia dos recursos e apreveno da poluio no contexto de projetos, em consonncia com tecnologias e prticas
disseminadas internacionalmente. Alm disso, este Padro de Desempenho promove a capacidade
das empresas do setor privado de adotar tais tecnologias e prticas, na medida em que seu uso seja
vivel no contexto de um projeto baseado em aptides e recursos comercialmente disponveis.
Objetivos
Evitar ou minimizar impactos adversos sobre a sade humana e o meio ambiente,
evitando ou minimizando a poluio das atividades do projeto
Promover o uso mais sustentvel de recursos, inclusive energia e gua
Reduzir as emisses de GEE relacionadas ao projeto
Escopo de Aplicao
3. A aplicabilidade deste Padro de Desempenho definida durante o processo de identificao
dos riscos e impactos socioambientais, ao passo que a implementao das aes necessrias ao
cumprimento dos requisitos deste Padro de Desempenho administrada pelo sistema de gesto
socioambiental do cliente. Esses requisitos encontram-se descritos no Padro de Desempenho 1.
Requisitos
4. Durante o ciclo de vida do projeto, o cliente analisar as condies ambientais e aplicar os
princpios e tcnicas que promovam a eficincia dos recursos e a preveno da poluio que sejam
viveis do ponto de vista tcnico e financeiro e que sejam mais apropriados para evitar e, se no for
1Para fins deste Padro de Desempenho, usa-se o termo poluio com referncia a poluentes qumicos
perigosos e no perigosos nos estados slido, lquido e gasoso e destina-se a incluir outras formas, tais comopragas, patgenos, descarga trmica de gua, emisses de GEE, odores incmodos, rudo, vibrao, radiao,energia eletromagntica e a criao de possveis impactos visuais, inclusive luz.2
Para fins deste Padro de Desempenho, o termo preveno da poluio no significa a eliminao absolutade emisses, mas a preveno na fonte sempre que possvel e, quando no for possvel, a subsequenteminimizao da poluio, na medida em que sejam atendidos os objetivos do Padro de Desempenho.
-
8/7/2019 Phase3_PS3_Portuguese_Hightlights
2/5
1o
de dezembro de 2010
2
Padro de Desempenho 3 V2Eficincia de Recursos e Preveno da Poluio
possvel, minimizar os impactos adversos sobre a sade humana e o meio ambiente.3
Os princpios
e tcnicas aplicados durante o ciclo de vida do projeto sero adaptados aos riscos e perigos
associados natureza do projeto e compatveis com as boas prticas industriais internacionais
(GIIP),4
refletidas em diversas fontes reconhecidas internacionalmente, incluindo as Diretrizes
Ambientais Sanitrias e de Segurana do Grupo do Banco Mundial (Diretrizes de EHS).
5. O cliente consultar as Diretrizes de EHS ou outras fontes reconhecidas internacionalmente,
quando apropriado, ao avaliar e selecionar tcnicas de eficincia dos recursos e de preveno e
controle da poluio para o projeto. As Diretrizes de EHS contm os nveis de desempenho e as
medidas que so normalmente aceitveis e aplicveis a projetos. Quando os regulamentos do pas
anfitrio forem diferentes dos nveis e medidas apresentados nas Diretrizes de EHS, os clientes
tero que cumprir aqueles que forem mais rigorosos. Se nveis ou medidas menos rigorosos do que
os indicados nas Diretrizes de EHS forem apropriados para as circunstncias especficas do projeto,
o cliente fornecer uma justificativa completa e detalhada de quaisquer alternativas propostas,
mediante o processo de identificao de riscos e impactos socioambientais. Essa justificativa deve
demonstrar que a escolha de quaisquer nveis alternativos de desempenho coerente com osrequisitos gerais deste Padro de Desempenho.
Eficincia dos Recursos
6. O cliente implementar medidas viveis do ponto de vista tcnico e financeiro e com boa
relao custo-benefcio5
para aumentar a eficincia do seu consumo de energia, gua e outros
recursos e insumos materiais, especialmente em reas consideradas atividades empresariais
bsicas. Tais medidas integraro os princpios de produo mais limpa ao designe processos de
produo do produto, com o objetivo de preservar matria-prima, energia e gua. Quando houver
dados de referncia disponveis, o cliente far uma comparao em termos de eficincia.
7. Alm das medidas de eficincia dos recursos acima descritas, o cliente implementar opes
viveis do ponto de vista tcnico e financeiro e custo-eficientes para reduzir emisses de GEE
relacionadas ao projeto durante a elaborao e a operao do projeto. Essas opes podem incluir,
entre outras, alternativas para localizao do projeto, adoo de fontes renovveis ou de baixo
carbono, prticas de agricultura sustentvel, silvicultura e criao de animais, a reduo de
emisses fugitivas e a reduo da queima de gs.
Gases de Efeito Estufa
3 A viabilidade tcnica baseia-se no fato de as medidas e aes propostas poderem ser ou no implementadaspor meio de aptides, equipamentos e materiais comercialmente disponveis, levando-se em consideraofatores locais existentes tais como clima, geografia, demografia, infraestrutura, segurana, governana,capacidade e confiabilidade operacional. A viabilidade financeira baseia-se em consideraes comerciais,inclusive a magnitude relativa do custo incremental da adoo de tais medidas e aes, quando comparado como investimento do projeto, os custos operacionais e de manuteno e se esse custo adicional pode inviabilizar oprojeto para o cliente.4 Definidas como o exerccio de aptido, diligncia, prudncia e viso profissional que se poderia razoavelmenteesperar de profissionais aptos e experientes que exeram o mesmo tipo de atividade, em circunstncias iguais ousimilares em mbito global e regional. As circunstncias que profissionais aptos e experientes podem encontrarao avaliar a extenso das tcnicas de preveno e controle da poluio disponveis para um projeto podem incluir,entre outras, diferentes nveis de degradao ambiental e capacidade de assimilao do meio ambiente, assimcomo diferentes nveis de viabilidade financeira e tcnica.5
A relao custo-benefcio definida de acordo com o capital e o custo operacional, bem como pelos benefciosfinanceiros da medio considerada durante todo o seu ciclo. Para fins deste Padro de Desempenho, umamedio de eficincia dos recursos ou de reduo de emisses de GEE considerada um custo-benefcio, se forprevisto um rendimento dos investimentos com risco adequado.
-
8/7/2019 Phase3_PS3_Portuguese_Hightlights
3/5
1o
de dezembro de 2010
3
Padro de Desempenho 3 V2Eficincia de Recursos e Preveno da Poluio
8. Para projetos programados para produzir ou que atualmente produzam mais de 25.000
toneladas de CO2 equivalente anualmente,6
o cliente quantificar emisses diretas das instalaes
de sua propriedade ou controladas dentro dos limites fsicos do projeto7
e das emisses indiretas
associadas produo externa da energia8 usada pelo projeto. A quantificao das emisses de
GEE ser realizada pelo cliente anualmente, de acordo com as metodologias e as boas prticas
reconhecidas internacionalmente.9
9. Quando o projeto tiver potencial para consumir um volume significativo de gua, o cliente, alm
de aplicar os requisitos de eficincia de recursos deste Padro de Desempenho, dever adotar
medidas que evitem ou reduzam o uso de gua, de modo que o consumo de gua pelo projeto no
tenha impactos adversos significativos sobre outros. Tais medidas incluem, entre outras, o uso de
providncias adicionais de conservao de gua tecnicamente viveis nas operaes do cliente, o
uso de fontes alternativas de gua , compensaes do consumo de gua para reduzir a demanda
total de recursos hdricos ao mbito do suprimento disponvel, e avaliao de alternativas para
localizao do projeto.
Consumo de gua
Preveno de Poluio
10. O cliente evitar a emisso de poluentes ou, quando no for possvel evitar, minimizar e/ou
controlar a intensidade e o fluxo da massa da sua emisso. Isso se aplica emisso de poluentes
no ar, na gua e no solo, devido s circunstncias rotineiras, no rotineiras e acidentais, com
possibilidade de impactos locais, regionais e transfronteirios.10
Quando existir poluio histrica,
como contaminao do solo ou de guas subterrneas, o cliente procurar determinar se
responsvel por medidas de atenuao. Se ficar estabelecido que o cliente legalmente
responsvel, estas obrigaes sero resolvidas de acordo com a legislao nacional ou, quando
esta for omissa, segundo as GIIP.11
11. Para tratar de possveis impactos adversos do projeto em condies ambientais existentes,
12
ocliente considerar fatores relevantes, incluindo, por exemplo, (i) a capacidade assimilativa finita
13
6 A quantificao das emisses deve considerar todas as fontes significativas de emisses de gases de efeitoestufa, inclusive fontes no relacionadas energia, como, entre outros, metano e xido nitroso.
do meio ambiente; (ii) o uso atual e futuro da terra; (iii) as condies ambientais existentes; (iv) a
proximidade do projeto com reas importantes para a biodiversidade; e (v) o potencial de impactos
acumulados com consequncias incertas e/ou irreversveis. Alm de aplicar as medidas pertinentes
eficincia dos recursos e ao controle da poluio exigidas neste Padro de Desempenho, quando
7Mudanas induzidas pelo projeto no teor carbnico do solo ou acima da biomassa da superfcie e na
deteriorao de matria orgnica induzida pelo projeto podem contribuir para as fontes de emisses diretas edevero ser includas nessa quantificao de emisses.8 Refere-se gerao de eletricidade por terceiros fora do local do projeto e energia usada no projeto para
calefao e refrigerao.9As metodologias de estimativa so fornecidas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanas Climticas,
diversas organizaes internacionais e organismos pertinentes do pas anfitrio.10
Os poluentes transfronteirios incluem os poluentes abordados na Conveno de Poluio AtmosfricaTransfronteiria de Longa Distncia.11 Isso pode exigir coordenao com o governo nacional e municipal, as comunidades e outros que contribuampara a contaminao encontrada e que qualquer avaliao siga um enfoque baseado nos riscos, condizente comas GIIP apresentadas nas Diretrizes de EHS.12
Tais como ar, gua de superfcie e gua subterrnea e solos.13
A capacidade do meio ambiente de absorver uma carga incremental de poluentes, permanecendo ao mesmotempo abaixo de um limite de risco inaceitvel para a sade humana e o meio ambiente.
-
8/7/2019 Phase3_PS3_Portuguese_Hightlights
4/5
1o
de dezembro de 2010
4
Padro de Desempenho 3 V2Eficincia de Recursos e Preveno da Poluio
o projeto tiver possibilidade de constituir uma fonte significativa de emisses em uma rea j
degradada, o cliente considerar estratgias e adotar medidas que evitem ou reduzam os efeitos
ambientais. Essas estratgias incluem, entre outras, a avaliao de alternativas para a localizao
do projeto e meios de compensar as emisses.
12. O cliente evitar ou minimizar a gerao de resduos perigosos e no perigosos do modo mais
prtico possvel. Quando no for possvel evitar a gerao de resduos, o cliente a minimizar, alm
de recuperar e reutilizar os resduos de uma forma que seja segura para a sade humana e o meio
ambiente. Quando no for possvel recuperar ou reutilizar os resduos, o cliente os tratar, destruir
ou descartar de uma forma ambientalmente saudvel, incluindo o controle apropriado de emisses
e resduos originados no manuseio e processamento de resduos. Se os resduos gerados forem
considerados perigosos,
Resduos
14o cliente adotar alternativas das GIIP para uma disposio
ambientalmente saudvel, observando as limitaes aplicveis ao seu movimento transfronteirio.15
Quando a disposio de resduos perigosos for feita por terceiros, o cliente utilizar empreiteiros
bem conceituados e empresas legtimas licenciadas pelos rgos reguladores pertinentes e obter
toda a documentao de custdia at o destino final. Cumpre ao cliente verificar se os locais
licenciados para a disposio esto sendo operados dentro de padres aceitveis e, quando for
esse o caso, o cliente utilizar esses locais. Quando no for esse o caso, os clientes devem reduzir
os resduos enviados para tais lugares e considerar outras opes de disposio, inclusive a
possibilidade de criar suas prprias instalaes de recuperao ou disposio no local do projeto.
13. H casos em que materiais perigosos so usados como matria-prima ou gerados como
produto do projeto. O cliente evitar ou, quando isso no for possvel, minimizar e controlar a
liberao de materiais perigosos. Neste contexto, devem ser avaliados a produo, o transporte, o
manuseio, a armazenagem e o uso de materiais perigosos para as atividades do projeto. O cliente
levar em conta substitutos menos perigosos quando houver inteno de fazer uso de materiais
perigosos nos processos de produo ou em outras operaes. O cliente evitar a manufatura, ocomrcio e o uso de substncias qumicas e materiais perigosos sujeitos a proibies internacionais
ou interrupes graduais das operaes, devido ao alto nvel de toxicidade nos organismos vivos,
persistncia ambiental, possibilidade de bioacumulao ou possvel destruio da camada de
oznio.
Manejo de Materiais Perigosos
16
14. O cliente formular e implementar uma abordagem de manejo integrado de pragas (MIP) e/ou
de manejo integrado de vetores (MIV), visando a infestaes de pragas economicamente
significativas e vetores de doenas de grande importncia para a sade pblica. O programa de MIP
e MIV do cliente integrar o uso coordenado de informaes sobre pragas e meio ambiente, bem
como de mtodos disponveis de controle de pragas, inclusive prticas culturais, meios biolgicos,
genticos e, em ltimo caso, meios qumicos para evitar danos economicamente significativos
causados por pragas e/ou transmisso de doenas a seres humanos e animais.
Uso e Manejo de Pesticidas
14Conforme definido por convenes internacionais ou pela legislao local.
15 O movimento transfronteirio de materiais perigosos deve ser compatvel com a Conveno de Basileia sobreo Controle de Movimentos Transfronteirios de Resduos Perigosos e tambm com a Conveno de Londressobre Poluio Marinha.16
Em consonncia com os objetivos da Conveno de Estocolmo sobre Poluentes Orgnicos Persistentes e oProtocolo de Montreal sobre Substncias que Destroem a Camada de Oznio. Consideraes semelhantessero aplicadas a certas classes de pesticidas da Organizao Mundial da Sade (OMS).
-
8/7/2019 Phase3_PS3_Portuguese_Hightlights
5/5
1o
de dezembro de 2010
5
Padro de Desempenho 3 V2Eficincia de Recursos e Preveno da Poluio
15. Quando as atividades de controle de pragas inclurem o uso de pesticidas qumicos, o cliente
optar por pesticidas qumicos que tenham baixa toxicidade humana, que sejam sabidamente
eficazes contra as espcies visadas e que tenham efeitos mnimos sobre espcies no visadas e o
meio ambiente. Quando o cliente escolher pesticidas qumicos, a escolha ser baseada em trs
requisitos: estarem embalados em recipientes seguros, estarem claramente rotulados para uso
seguro e apropriado, e terem sido manufaturados por uma entidade ento licenciada pelos
organismos reguladores competentes.
16. O cliente formular seu regime de aplicao de pesticidas para minimizar danos aos inimigos
naturais das pragas visadas e evitar o desenvolvimento de resistncia em pragas e vetores. Alm
disso, os pesticidas sero manuseados, armazenados, aplicados e descartados de acordo com o
Cdigo Internacional de Conduta sobre Distribuio e Uso de Pesticidas da Organizao das
Naes Unidas para a Alimentao e a Agricultura (FAO) ou outras GIIP.
17. O cliente no comprar, armazenar, usar, fabricar ou comercializar produtos que sejam
classificados nas categorias Ia (extremamente perigoso) ou Ib (altamente perigoso) da ClassificaoRecomendada de Pesticidas por Classe de Risco da OMS. O cliente no comprar, usar, fabricar
ou comercializar pesticidas da Classe II (moderadamente perigoso), a menos que o pas anfitrio
do projeto tenha controles apropriados sobre a distribuio e uso desses produtos qumicos, e que
no haja probabilidade de serem acessveis a pessoal sem treinamento, instalaes e equipamentos
apropriados para manejo, armazenagem, aplicao e descarte desses produtos de modo adequado.