pgi 06 04-15

133
ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES PROJETO DE GESTÃO INTEGRADA DA ORLA MARÍTIMA PROJETO ORLA PLANO DE INTERVENÇÃO NA ORLA DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES Fonte: Daniela Pinaud Cunha FEVEREIRO, 2015/ CAMPOS DOS GOYTACAZES

Upload: hsfabi

Post on 09-Aug-2015

348 views

Category:

Services


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Pgi  06 04-15

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

PROJETO DE GESTÃO INTEGRADA DA ORLA MARÍTIMA

PROJETO ORLA

PLANO DE INTERVENÇÃO NA ORLA DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS

GOYTACAZES

Fonte: Daniela Pinaud Cunha

FEVEREIRO, 2015/

CAMPOS DOS GOYTACAZES

Page 2: Pgi  06 04-15

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

PROJETO DE GESTÃO INTEGRADA DA ORLA MARÍTIMA

PROJETO ORLA

PLANO DE INTERVENÇÃO NA ORLA DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS

GOYTACAZES

Prefeita

Rosângela Barros Assed Matheus de Oliveira

Secretário

Zacarias Albuquerque Oliveira Secretário Municipal de Meio Ambiente

Elaboração do Plano de Intervenção da Orla

Equipe Técnica:

Prefeitura

Izaura da Silva Arêas Mota

Coordenadora do Projeto Orla

Luís André Sanches Rangel

Responsável Técnico

Marcela Conceição de Araújo

Comunicação

Rachel Viana Siqueira

Assessora Técnica

Geane Lima de Farias

Estagiária de Geografia

Juliana Bastos Sanguêdo

Estagiária de Geografia

Tatiane Cardoso Tavares

Estagiária de Geografia

Page 3: Pgi  06 04-15

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Sociedade Civil

Equipe Técnica de Apoio

Eduardo Bulhões

Departamento Geografia Universidade Federal Fluminense

Carolina Almeida dos Santos Cidade

Graduanda. Departamento de Geografia Universidade Federal Fluminense

Maytê Gomes Ribeiro

Graduanda. Departamento de Geografia Universidade Federal Fluminense

Eduardo Arêas Lisboa Mota Filho

Técnico em Edificações / Bacharel em Relações Internacionais – Universidade Cândido

Mendes

Page 4: Pgi  06 04-15

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Projeto de Gestão Integrada da Orla Marítima

Projeto Orla

Presidente da República

Dilma Vana Rousseff

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MP

Nelson Barbosa

Ministra de Estado

Dyogo Henrique Oliveira

Secretário Executivo

Guilherme Estrada Rodrigues

Secretário Executivo-Adjunto

Secretaria do Patrimônio da União - SPU

Patrick Araújo Carvalho

Secretário Adjunto

Luciano Ricardo Azevedo Roda

Diretor do Departamento de Destinação do Patrimonial

André Luiz Pereira Nunes

Coordenador Geral de Apoio ao Desenvolvimento Local

Equipe Técnica

Reinaldo Redorat

Renata Português de Souza Braga

Maria Nelsina Mattos

Eliane Hirai

Diretora do Departamento de Caracterização do Patrimônio

Superintendência do Patrimônio da União no Estado do

Rio de Janeiro – SPU/RJ

Eduardo Fonseca de Moraes

Superintendente

Antônio Carlos Ferreira da Costa

Superintendente Adjunto

Antonio Carlos Ferreira da Costa

Coordenador de Destinação Patrimonial /RJ

Maria Rosa Esteves

Coordenadora do Projeto Orla

Ministério do Meio Ambiente - MMA

Izabella Mônica Vieira Teixeira

Ministra de Estado

Francisco Gaetani

Secretário-Executivo

Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural

Sustentável – SEDR

Paulo Guilherme Francisco Cabral

Secretário

Adalberto Sigismundo-Eberhard

Diretor do Departamento de Zoneamento Territorial

Márcia Regina Lima de Oliveira

Gerência Costeira

Equipe Técnica

Márcia Regina Lima de Oliveira

Bruno Siqueira Abe Saber Miguel

Nazaré Lima Soares

Instituto Estadual do Ambiente - INEA

Marco Aurélio Porto

Presidenta

Rosa Formiga

Diretora de Gestão das Águas e do Território

Guilherme Rodrigues França dos Anjos

Gerente de Instrumentos de Gestão do Território

Ricardo Voivodic

Chefe do Serviço de Gerenciamento Costeiro

Coordenador do Projeto Orla – INEA-RJ

Equipe Técnica

Daniela Pinaud Cunha

Bióloga

Vania Kirzner

Instrutora / Moderadora das Oficinas

Page 5: Pgi  06 04-15

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Créditos

Colaboradores Especiais

Humberto Samyn Nobre Oliveira

Fabiano Jorge Lisbôa da Silva

Jony Marcos Gonzaga Narciso

Orávio de Campos

Prefeitura

Centro de Informações e Dados de Campos – CIDAC

Guarda Civil Municipal

Postura Municipal

Secretaria Municipal de Pesca e Aquicultura

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo

Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo

Sociedade Civil

Associação de Hotéis, Pousadas, Comércio e Similares do Farol - ASHCOM

Associação de Moradores e Amigos do Farol

Associação de Moradores do Xexé

Colônia de Pescadores Z-19

Projeto TAMAR – ICMBio – Base Bacia de Campos

Universidade Federal Fluminense – Campos/RJ

Universidade Federal Rural do Estado do Rio de Janeiro – Campos/RJ

Page 6: Pgi  06 04-15

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

DEDICATÓRIA

O presente trabalho do Projeto Orla contou com muitos colaboradores que se

esforçaram e se dedicaram para que este pudesse ser realizado e posto em prática de forma

bem sucedida. Este trabalho exigiu muito esforço, atenção, e se fez necessário que por muitas

vezes fossem dedicadas horas além da carga horária, uma vez que o projeto contava com uma

equipe reduzida, dificuldades para fazer com que este ocorresse. No entanto, mesmo com

todas as dificuldades foi obtido o sucesso na aplicação do projeto.

Com estes acontecimentos e inúmeras dificuldades, pelo apoio e compreensão,

amizade, presença e grande esforço empenhado para a realização deste trabalho dedicamos ao

Sr. Humberto Samyn Nobre Oliveira, pois sem ele o projeto não teria sido iniciado e nem

seria obtido o sucesso em sua aplicação.

Para que a realização deste projeto fosse possível contamos com uma pessoa que foi

maravilhosa, que esteve sempre presente, participou, auxiliou, acompanhou, dedicou-se. Sem

a colaboração dela este trabalho não seria possível, não teria de forma alguma esta qualidade.

Esta pessoa especial, prestativa, que trabalhou muito merece todo o carinho e com toda

certeza não poderia deixar de ser dedicada a Maria Rosa Esteves, este é apenas um pequeno

agradecimento que de forma alguma poderia alcançar a grandiosidade do seu trabalho.

Page 7: Pgi  06 04-15

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

ÍNDICE

1. BREVE HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES 14

2. OCUPAÇÃO DA REGIÃO DO FAROL DE SÃO THOMÉ 18

3. HISTÓRICO DAS REUNIÕES 21

4. OBJETIVO 27

4.1 Objetivo Geral 27

4.2 Objetivos Específicos 27

5. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO 27

5.1 Aspectos Ambientais 27

5.2 Limites do Projeto Orla 34

5.3 Compartimentação da Orla do Município 42

5.4 Unidade 01 - Da divisa da Barra do Açu à Vila do Sol 42

5.5 Unidade 02 - Da Vila do Sol ao Camping 44

5.6 Unidade 03 - Do Camping à divisa da Barra do Furado 45

6. ÁREA DE INTERVENÇÃO DAS UNIDADES DE PAISAGEM POR TRECHOS 46

6.1 UNIDADE 01- DA DIVISA DE BARRA DO AÇU À VILA DO SOL 46

6.1.1 Trecho 1- Da divisa da Barra do Açu até a curva da praia Maria da Rosa (Lagoa do

Açu) 46

6.1.2 Trecho 2 - Do mangue Maria da Rosa (Lagoa do Açu) até a curva do Cabo de São

Thomé 47

6.1.3 Trecho 3 - Da curva do Cabo de São Thomé até a Rua Larga (Regente Feijó) 48

6.1.4 Trecho 4 - Da Rua Larga (Regente Feijó) até o início da restinga do Xéxé 49

6.1.5 Trecho 5 - Do início da Restinga do Xéxé ao início da Vila do Sol 50

6.2 UNIDADE 02 - DA VILA DO SOL AO CAMPING 51

6.2.1 Trecho 1- Da Vila do Sol ao Náutico 51

6.2.2 Trecho 2 - Do Náutico às piscinas 52

6.2.3 Trecho 3 - Das piscinas à Marinha (Porto) 53

6.2.4 Trecho 4 - Da Marinha (Porto) ao Camping 54

6.3 UNIDADE 03 - DO CAMPING AO CANAL DAS FLECHAS 55

6.3.1 Trecho 1 - Do Camping ao Lagamar 55

Page 8: Pgi  06 04-15

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

6.3.2 Trecho 2 - Do Lagamar as Gaivotas 55

6.3.3 Trecho 3 - Das Gaivotas ao Clube do Biscoito 56

6.3.4 Trecho 4 - Do Clube do Biscoito ao 1° Píer 57

6.3.5 Trecho 5 - Do 1° Píer ao Canal das Flechas 58

7. ÁREAS DESTINADAS A REALIZAÇÃO DE EVENTOS NA ORLA 58

8. ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO COSTEIRO – ZEE 66

9. SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO/ CLASSIFICAÇÃO 69

9.1 Atributos Naturais e paisagísticos 69

9.2 Identificação das atividades geradoras do problema e dos atores envolvidos 70

9.3 Problemas de uso e ocupação e impactos na orla 73

10. CENÁRIO DE USOS DESEJADOS PARA A ORLA 77

11. AÇÕES E MEDIDAS ESTRATÉGICAS 98

11.1 Intervenções necessárias levantadas durante as oficinas do Projeto Orla 101

12. SUBSÍDIOS E MEIOS EXISTENTES 103

12.1 Bases Legais Previstas para as Ações Normativas: 103

12.1.1 Nível Federal 103

12.1.2 Nível Estadual 104

12.1.3 Nível Municipal (com instrumentos gerenciais e normativos locais). 104

12.2 Base Institucional Local para Executar as Ações Previstas: 105

12.3 Fóruns de Decisão Existentes no Município. 105

12.4 Instrumentos Gerenciais e Normativos Locais Existentes 106

13. CRONOGRAMA GERAL 107

14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 108

ANEXOS 111

Page 9: Pgi  06 04-15

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Caracterização da orla .............................................................................................. 21

Figura 2 - I Oficina do Projeto Orla ......................................................................................... 21

Figura 3 - Preparação dos quadros sínteses .............................................................................. 22

Figura 4 - Reunião local ........................................................................................................... 22

Figura 5 - Mini Oficina ............................................................................................................. 23

Figura 6 - Apresentação dos Grupos ........................................................................................ 23

Figura 7 - Trabalho dos Grupos ................................................................................................ 24

Figura 8 - Finalização da II Oficina.......................................................................................... 24

Figura 9 - Reunião no Farol de São Thomé ............................................................................. 24

Figura 10 - Reunião na sede da Secretaria de Meio Ambiente ................................................ 24

Figura 11 - Reunião no Farol de São Thomé............................................................................ 25

Figura 12 - Reunião na sede da Secretaria de Meio Ambiente ................................................ 25

Figura 13 - Reunião na Colônia Z-19 ....................................................................................... 26

Figura 14 - Reunião na pedra dos pescadores .......................................................................... 26

Figura 15 - Palestra Marinha do Brasil ..................................................................................... 26

Figura 16 - Capacitação em Farol de São Thomé .................................................................... 26

Figura 18. Limites propostos para delimitação da Orla. (MMA,2006) .................................... 37

Figura 19 - Área de restinga no Parque Estadual da Lagoa do Açu ......................................... 47

Figura 20 - Restinga na Unidade de conservação..................................................................... 47

Figura 21 - Vegetação de mangue branco ................................................................................ 48

Figura 22 - Corpo hídrico - Canal Quitingute .......................................................................... 48

Figura 23 - Vegetação exótica (Casuarina) .............................................................................. 49

Figura 24 - Farol movido à energia solar ................................................................................. 49

Figura 25 - Grupo de residências no trecho 4 ........................................................................... 50

Figura 26 - Inicio da restinga do Xéxé ..................................................................................... 50

Figura 27 - Restinga do Xexé ................................................................................................... 51

Figura 28 - Expansão do processo de urbanização ................................................................... 52

Figura 29 - Final de faixa de praia, início da avenida .............................................................. 52

Page 10: Pgi  06 04-15

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Figura 30 - Berçário do projeto TAMAR ................................................................................. 53

Figura 31 - Estrutura urbana consolidada ................................................................................. 53

Figura 32 - Estacionamento de embarcação ............................................................................. 54

Figura 33- Estrutura urbana consolidada .................................................................................. 54

Figura 34 - Área de praia .......................................................................................................... 54

Figura 35 - Estrutura urbana consolidada ................................................................................. 54

Figura 36 - APA do Lagamar ................................................................................................... 55

Figura 37 - Avenida Atlântica com vista da faixa de praia ...................................................... 55

Figura 38 - Área em expansão .................................................................................................. 56

Figura 39 - Área de praia .......................................................................................................... 56

Figura 40 - Área do trecho 3 da unidade 3 ............................................................................... 57

Figura 41 - Área em expansão .................................................................................................. 57

Figura 42 - Área de praia e Píer ................................................................................................ 57

Figura 43 - Área de praia .......................................................................................................... 58

Figura 44 - Mangue da Carapeba ............................................................................................. 58

Figura 45 - Imagem representativa da área do 1º Píer .............................................................. 59

Figura 46 - Imagem representativa da área do Bosque das Casuarinas.................................... 60

Figura 47 - Imagem representativa da área das ruas Castelo Branco à Projeto Goytacazes .... 60

Figura 48 - Imagem representativa da área das ruas José Custódio de Almeida à Dom

Bonifácio .................................................................................................................................. 61

Figura 49 - Imagem representativa da área das ruas Piau à Tainha ......................................... 61

Figura 50 - Imagem representativa do Lagamar ....................................................................... 62

Figura 51 - Imagem representativa da área das ruas Nelson Pedra à Irineu Parente ................ 63

Figura 52 - Imagem representativa da área das ruas Manoel Pinto Quintanilha à Thomé de

Souza ........................................................................................................................................ 63

Figura 53 - Imagem representativa da área das ruas Independência à Dom Bonifácio ............ 64

Figura 54 - Imagem representativa da área das ruas Crisando Riscado à Ludgero Arêas ....... 65

Page 11: Pgi  06 04-15

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

LISTA DE MAPAS

Mapa 1. Orla do Município de Campos dos Goytacazes e subdivisões conforme o Projeto Orla

do Município. Mapa Cidade e Bulhões (2011).........................................................................29

Mapa 2. Mapa geológico do Norte Fluminense, Projeto Atafona (2006).................................30

Mapa 3. Clima de Ondas e Ventos ao largo da Zona Costeira de Campos dos Goytacazes e

São João da Barra. Souza e Bulhões, 2011...............................................................................32

Mapa 4. Malha Urbana do Município e Limite Marítimo do Projeto Orla. Mapa Eduardo

Bulhões......................................................................................................................................36

Mapa 5. Mangue da Maria Rosa e os Limites do Projeto Orla. Mapa Eduardo Bulhões.........38

Mapa 6. Restinga do Xexé e Limite do Projeto Orla. Mapa Eduardo Bulhões........................39

Mapa 7. Área Urbanizada da Orla Costeira do Município de Campos dos Goytacazes. Mapa

Eduardo Bulhões.......................................................................................................................40

Mapa 8. Transição entre Área Urbanizada e Área em Processo Erosivo. Mapa Eduardo

Bulhões......................................................................................................................................41

Mapa 9. Da Vila do Sol à Barra do Açú. Mapa Eduardo Bulhões............................................43

Mapa 10. Do Camping à Vila do Sol. Mapa Eduardo Bulhões................................................44

Mapa 11. Da Barra do Furado ao Camping. Mapa Eduardo Bulhões.......................................46

Page 12: Pgi  06 04-15

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

LISTA DE TABELAS

Tabela 01: Quantitativo dos trabalhadores aptos a receberem o seguro defeso........................19

Tabela 02: Produção em Kg ...................................................................................................20

Tabela 03: Quantitativo geral dos trabalhadores informais na cadeia produtiva da pesca.......20

Tabela 04. Estatística Básica. Altura Significativa das Ondas (m)...........................................33

Tabela 05. Estatística Básica. Direção Média (graus N) de Ondas...........................................33

Tabela 06. Estatística Básica. Intensidade do Vento (m/s) à 10m da Superfície......................34

Tabela 07. Estatística Básica. Direção Média (graus N) dos Ventos........................................34

Tabela 08: Áreas destinadas ao surf na faixa de areia..............................................................59

Tabela 09: Áreas destinadas a eventos culturais e esportivos fora da faixa de areia................62

Tabela 10: Áreas destinadas a eventos culturais e esportivos na faixa de areia........................64

Page 13: Pgi  06 04-15

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

APRESENTAÇÃO

O Projeto de Gestão Integrada da Orla Marítima – Projeto Orla, surge como uma ação

inovadora com o envolvimento das esferas, Federal, Estadual e Municipal. No âmbito Federal

é conduzida pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Extrativismo e

Desenvolvimento Rural Sustentável, e pela Secretaria do Patrimônio da União do Ministério

do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP/SPU), buscando implementar uma política

nacional que harmonize e articule as práticas patrimoniais e ambientais com o planejamento

de uso e ocupação desse espaço que constitui a sustentação natural e econômica da Zona

Costeira; no Estadual é coordenado pelo Órgão Ambiental competente - o INEA; o

Município, por sua vez, adere ao Projeto de forma articuladora e participativa juntamente com

a Sociedade Civil Organizada.

Nessa concepção encontra-se o desafio de lidar com a diversidade de situações

representadas pela extensão costeira brasileira, que atinge 8.500 km e aproximadamente 300

municípios litorâneos. Subjacente aos aspectos de territorialidade encontra-se a crescente

geração de conflitos quanto à destinação de terrenos e demais bens de domínio da União, com

reflexos nos espaços de convivência e lazer, especialmente as praias, bem de uso comum do

povo.

Em Campos dos Goytacazes, o projeto possibilitará promover a gestão sustentável da

orla marítima, com o objetivo de cumprir o Decreto 5.300/2004 que regulamenta a Lei n°

7.661/98, desenvolver e implementar gradativamente ações para assegurar de forma

duradoura a preservação ambiental e o ordenamento de utilização de sua faixa litorânea, com

uma extensão de praia de aproximadamente 28 km, formando uma única praia, Farol de São

Thomé, sendo o mesmo dividido pelo 3º Distrito - Santo Amaro e o 5º Distrito - Mussurepe,

com características morfológicas distintas, apresentando áreas bem preservadas com

remanescente de vegetação de restinga e mangue, lagoas e lagunas, bem como áreas

urbanizadas e em processo de urbanização.

Page 14: Pgi  06 04-15

14

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

1. BREVE HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Campos dos Goytacazes teve a sua fundação em 1677, contudo, nesta data era classificada na

categoria de vila, a Vila São Salvador e se tornou cidade em 1835. A consolidação das atividades

agropecuárias deu inicio ao núcleo populacional, e posteriormente a produção de açúcar se incorporou às

atividades exercidas.

Freguesia criada com denominação de São Salvador dos Campos, por alvará de 1674, deliberação

estadual de 10-08-1891 e Decreto n° 8.223, de 06-05-1801, bem assim por decretos estaduais Número 1,

de 08-05-1892 e 1-A, de 03-06-1892, respectivamente. Elevado à categoria de vila com a denominação

de São Salvador dos Campos, em 28 de Maio 1677.

Sua colonização foi iniciada por Miguel Aires Maldonado, um dos Sete Capitães, na primeira

metade do século XVII. Durante a segunda metade do século XVII e a primeira do século XVIII, a região

foi sacudida por violentos conflitos pela posse da terra, entre os herdeiros das sesmarias. Os atores

principais dessas lutas foram Benta Pereira e sua filha Mariana Barreto, que venceram o que a história

denominou de Quatro Jornadas.

Sobre o início da ocupação que se deu a partir da planície aluvial, no século XVII, com o

pastoreio extensivo e com extração de madeira, aborda Vianna:

Nos primórdios, o cultivo da cana era ainda incipiente. É a partir do século

XVIII que a economia se diversifica, com o crescimento da

agromanufatura açucareira e alcooleira e com o cultivo de mandioca,

arroz, algodão, milho e feijão, principalmente. Os alimentos para a

subsistência e para o mercado local, em sua maior parte, foram produzidos

na própria região, durante os séculos XVIII e XIX. Os produtos para

exportação visavam não à metrópole portuguesa ou ao mercado europeu,

mas aos mercados do Rio de Janeiro e de Salvador (VIANNA, 2006, p. 41

apud SOFFIATI, 1997).

A ocupação das margens do Rio Paraíba do Sul ocorreu, primeiramente, na região central de

Campos dos Goytacazes. Os motivos que fizeram que ocorresse a ocupação foram os mesmos das antigas

civilizações: facilidade para a obtenção de água e transporte de pessoas e de mercadorias, o rio cumpre

também função de hidrovia.

Page 15: Pgi  06 04-15

15

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

A cidade de Campos dos Goytacazes teve como a sua primeira atividade econômica, a pecuária,

que se encontrava diretamente ligada ao inicio do povoamento de Campos em 1632, não somente de

Campos, mas também de toda região.

De povoado, passou pra vila e, para ser vila, precisava de uma Câmara de vereadores, câmara essa

que na época exercia poder executivo e legislativo; a estrutura física da câmara foi implantada no centro

da cidade, próximo onde hoje é a Praça São Salvador. A região central marca o inicio da cidade.

A história da região Norte Fluminense adquire projeção nacional através do cultivo de alguns

produtos como: a pecuária, a cana de açúcar, o café e o leite, de acordo com Vianna. O que justifica o

fato de Campos ter sido a primeira cidade do Brasil a ter energia elétrica.

Também na segunda metade do século XVII tem-se inicio a produção da cana-de-açúcar em

Campos, e no século XVIII esta se torna a principal atividade. (SOFFIATI, 1997: 3).

A cultura da Cana ganhava força e acabou por se consolidar na região. Tratava-se de uma

monocultura. Podemos diagnosticar a expansão da agroindústria açucareira no início do século XIX e,

acompanhando esse processo, verifica-se a introdução de maquinários nos processos de extração e

produção de mercadorias relacionadas à cana.

A monocultura da cana impôs um ritmo sazonal ao mercado de trabalho regional; isso fazia com

que as lavouras ficassem suscetíveis a mudanças drásticas no clima, como chuvas torrenciais que

acarretavam em cheias, afetando todo processo de produção. E, por não haver uma diversificação na

economia da cidade, a mesma era frágil.

Com isso, observa-se, na segunda metade do século XVIII, certo declínio na produção de cana-

de-açúcar na região, enquanto em São Paulo, essa atividade se consolidava cada vez mais intensamente.

Neste caso, não tendo outros produtos para manter a economia, a cidade passava por problemas.

Contudo, no final da década de 70, do século XX, descobriu-se reservas de petróleo na bacia de

Campos, e a partir daí, ocorreu à implantação da empresa Petrobrás, no município vizinho, Macaé. Desde

então Campos e os municípios ao seu redor vêm sofrendo mudanças significativas em diversos setores

como o imobiliário, comércio, serviços e etc.

Page 16: Pgi  06 04-15

16

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Com a economia petrolífera de Macaé, parte da população de Campos foi trabalhar nas empresas

extrativistas, ocasionando, desta forma um aumento da circulação de pessoas e capital entre as duas

cidades. Os royalties do petróleo foram extremamente essenciais para que a cidade de Campos obtivesse

a estrutura atual, em questões de meios de transporte, vias de transporte e sua pavimentação, hospitais,

tratamento de água e esgoto, escolas, locais destinados ao lazer, infraestrutura de modo geral.

A cidade de Campos dos Goytacazes é um município do estado do Rio de Janeiro com a maior

extensão territorial do estado. Com as obras do Super Porto do Açu, Complexo Logístico e Industrial

Barra do Furado e do Terminal Pesqueiro Público entre o Farol de São Tomé e a Barra do Furado,

calcula-se que o número de habitantes esteja na casa dos 500 mil habitantes, isso considerando, também,

o registro de carros automotivos em torno de 170 mil, somente no município. Sua área total é de

4.026,7km2.

Existem várias formas de se chegar ao município, a saber:

BR-101: A BR-101 dá acesso a duas capitais do Brasil. Ao Rio de Janeiro-RJ (sentido sul) e a

Vitória-ES (sentido norte). A rodovia também dá acesso a importantes regiões do sudeste, como

parte do Norte Fluminense. Já no sentido norte da rodovia, dá acesso a cidades no Espírito Santo

como Atílio Vivacqua, Cachoeiro de Itapemirim, Marataízes, Guarapari, Vila Velha. A rodovia

também é o principal acesso aos estados do Nordeste e Região Sul do Brasil. A Rodovia é o

principal acesso da cidade.

BR 356: A Rodovia dá acesso ao litoral do Norte Fluminense, por sua vez à cidade de São João

da Barra. Dá também acesso às cidades de Cardoso Moreira, Italva, Itaperuna e outras cidades da

Região do Norte e Noroeste Fluminense, região da Mata Mineira, além de dar acesso à Capital

Mineira (Belo Horizonte). A rodovia encontra-se em um estado novíssimo, pois acabou de passar

uma reforma geral.

RJ-224: Em perfeitas condições, a Rodovia estadual dá acesso à cidade vizinha de São Francisco

de Itabapoana e também a cidades como Presidente Kennedy no Espírito Santo, e cidades do

litoral sul capixaba. (Rodovia do Sol, no estado do Espírito Santo)

RJ-158: A Rodovia dá acesso às cidades de São Fidélis, Cambuci e outras.

Page 17: Pgi  06 04-15

17

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

O Farol de São Thomé tem o nome da própria capitania oriundo das chamadas Capitanias

Hereditárias, que pela sua história, narrada por muitos escritores, mostra o quanto os antigos donatários

tiveram que lutar, contra os índios e contra a natureza, para transformar o ecossistema até chegar ao

cenário desenhado pelo avir do próprio tempo.

A importância do Farol dá-se pela segurança que presta aos navegantes amadores e profissionais,

por sinalizar a existência de elevações rochosas e extensas que ficam cobertas pela superfície d’água,

como corais e bancos de areia e que só podem ser observados bem de perto.

Na praia do Farol há uma UBS (Unidade Básica de Saúde) 24 horas e outra UBS 12 horas no

Lagamar; um centro de fisioterapia, uma casa de vacina e uma casa de apoio para o verão. No verão o

atendimento é triplicado, havendo o aumento no número de atendimentos e, consequentemente, aumenta

o número de médicos, equipe de enfermagem e ambulâncias, para que toda a população local e veranistas

sejam atendidos. Quanto ao comércio podemos encontrar uma quantidade razoável de pousadas e hotéis,

e restaurantes. Na área da educação existem duas escolas particulares, uma escola estadual, quatro

escolas municipais e duas creches municipais, tendo aproximadamente 2000 mil alunos de ensino regular

e 250 alunos nas creches. O ensino nas escolas particulares vai até o 5º ano do ensino fundamental e nas

unidades municipais vai do ensino infantil ao segundo segmento do fundamental (9º ano), tendo turmas

do EJA (Ensino de Jovens e Adultos). A escola estadual trabalha o ensino médio e o EJA, tendo aulas em

turnos diferenciados, pois trabalham atividades extracurriculares.

Farol de São Thomé localiza-se na faixa Tropical Atlântica e se classifica como planície costeira

de formação holocênica construída sobre o Grupo Barreiras por depósitos arenosos marinhos e argilosos

do rio Paraíba do Sul. Pode-se perceber que a atividade pesqueira possui uma grande importância

econômica, logo que esta é uma importante fonte de renda e trabalho dos residentes. A pesca é voltada

em sua maioria para o abastecimento de outros estados, sendo que a quantidade que fica para consumo

no município é pequena. A organização deste trabalho ocorre com pescadores formais, mas a cadeia

produtiva é informal. Nos anos 60 as embarcações que eram utilizadas mediam até 5m de comprimento e

eram denominadas de bateiras ou canoas. Por volta dos anos 70/80 estas embarcações foram substituídas

por embarcações de maior porte motorizadas, sendo embarcações de 6m a 9m de comprimento.

Page 18: Pgi  06 04-15

18

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

O ambiente pesqueiro é de mar aberto tendo como limites ao norte o manguezal de Maria Rosa e

ao sul o da Carapeba, este último bastante degradado por obras de saneamento e construção do dique-

estrada para dar acesso ao Canal das Flechas. Pode-se encontrar uma quantidade significativa de barcos

de pesca, frigoríficos, fábricas de gelo, possibilitando que haja uma cadeia da pesca.

2. OCUPAÇÃO DA REGIÃO DO FAROL DE SÃO THOMÉ

A ocupação na região do Farol de São Thomé se dá de forma regular desde o século passado com

a construção do monumento com 45 metros de altura e 216 degraus que hoje dá nome à localidade. O

Farol, que é de propriedade da União, serve como ponto de referência para os navegantes da região.

Assim, a ocupação por grupos de pescadores realizou-se de forma primeira, até princípios dos anos 60,

com canoas e barcos pequenos. A pesca artesanal era feita por essas embarcações que lançavam as redes

no mar e retornavam para a praia com uma corda amarrada em cada ponteira da rede e puxada até a beira

mar sendo capturados camarões e peixes.

Na década de 90 até a década atual, os pescadores continuaram por aumentar o tamanho de suas

embarcações que variam de 10 a 12 metros e aumentaram a potência dos motores (até 90 HP). Com esse

aumento as embarcações passaram a arrastar mais pescado aumentando a produção. Porém, o

planejamento para infraestrutura não acompanhou essa evolução. As barras que são necessárias para

atracar as embarcações em condições de mar aberto (que representa a praia de Farol de São Tomé) não

existem e os barcos são obrigados a serem puxados por tratores. Essa iniciativa é extremamente

degradante ao ecossistema costeiro.

Foi a partir da atividade pesqueira que a região foi se desenvolvendo e aumentando seu

contingente populacional. A pesca foi, então, de extrema importância para a ocupação e desenvolvimento

da região.

Os peixes são um importante constituinte da dieta humana, já que são fontes de componentes com

significativo valor nutricional. A produção de peixe e camarão na localidade de Farol de São Thomé é

totalmente artesanal mantendo a cultura e a tradição. O camarão ainda é o crustáceo mais comercializado

e a base econômica local, sendo sua produção em escala durante o ano, ressalvando o período de defeso

do camarão por três meses (março, abril e maio).

Page 19: Pgi  06 04-15

19

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

O pescado compreende os peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios, quelônios e mamíferos de água

doce ou salgada utilizados na alimentação humana. Porém, esses alimentos são altamente perecíveis,

exigem cuidados especiais na manipulação, armazenamento, conservação, transporte e comercialização.

Da produção descriminada, 80% (oitenta por cento) são comercializados para outros Estados e

Municípios e 20% (vinte por cento) ficam no Município. Foi constatado que a produção é escoada por 4

(quatro) empresas: (Pioneira, Natubrás, Costa Sul e Leardini) deixando o comércio local aquecido no

mesmo período de maior produção e comercialização.

Foram identificadas 3 (três) fábricas de gelo, as quais empregam cerca de 7 (sete) trabalhadores.

As 3 (três) fábricas de gelo identificadas, apresentaram capacidade máxima de produção de 23.500kg/dia,

referente à alta temporada de comercialização do pescado, não se deixando restrita apenas à atividade de

pesca, mas também pela presença de veranistas, empresas transportadoras de pescado e outros, forçando

o aumento do consumo de gelo pelo comércio local. Por outro lado, o comércio sofre um declínio fora da

temporada, ficando restrito somente entre os donos de barcos e comerciantes locais.

Encontramos, ainda, cerca de 44 (quarenta e quatro) frigoríficos onde se incluem os “fundos de

quintal”, essa atividade emprega diretamente 541 (quinhentos e quarenta e um) trabalhadores. Essa

atividade refere-se a muitas mulheres e alguns homens que realizam o descasque do camarão em fundos

de quintal, ação que torna-se insalubre a partir do momento que é realizado em pouca sombra e sem as

devidas proteções. Entre peixarias, foram encontrados 10 pontos que empregam diretamente 40

(quarenta) trabalhadores, não contando com os empregos que são gerados indiretamente pela atividade.

Tabela 01: Quantitativo dos trabalhadores aptos a receberem o seguro defeso.

Área do trabalhador que recebeu o benefício do

defeso municipal – 2013 Nº trabalhadores

Torradores 46

Colônia 76

Frigorífico 194

Fundo de quintal 347

Peixaria 40

Defumador 6

Total 709 Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. 2013

Page 20: Pgi  06 04-15

20

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

As embarcações no Farol de São Tomé chegam ao número aproximado de 103 (cento e três).

Segundo informações da Colônia de Pescadores Z-19, 102 (cento e dois) são cadastrados no Ministério

da Pesca e na Capitânia dos Portos – Marinha do Brasil para pesca de arrasto. Sendo assim, estão aptos a

receber o seguro no defeso o pescador artesanal e todos que fazem parte da cadeia produtiva da pesca,

que estejam devidamente cadastrados. Estes somam cerca de 709 (setecentos e nove) trabalhadores. A

produção de embarcações no Estaleiro de Farol de São Thomé tem o quantitativo anual de cerca de 23

(vinte e três) embarcações sendo essas para uso no trabalho pesqueiro e para o turismo que são vendido

para uso em outros municípios.

Toda a produção das embarcações chega aos valores apresentados na tabela a seguir:

Tabela 02: Produção em Kg

Meses

Produção/dia Camarão Peixes Total

Junho a Agosto 36.000 kg 9.000 kg 45.000 kg

Setembro à Outubro 60.000 kg 15.000kg 75.000 kg

Novembro à Fevereiro 120.000kg 30.000kg 150.000kg

Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. 2013

Apresenta-se na tabela a seguir todo o quantitativo dos trabalhadores informais envolvidos na

indústria da pesca no Farol de São Tomé de forma direta não entrando nesse quantitativo os empregos

gerados de forma indireta pela cadeia.

Tabela 03: Quantitativo geral dos trabalhadores informais na cadeia produtiva da pesca.

Atividade Número de Trabalhadores

Estaleiro 39 Trabalhadores

Peixaria 57 Trabalhadores

Fábrica de Gelo 07 Trabalhadores

Frigorífico 352 Trabalhadores

Torradores/ Defumadores 24 Trabalhadores

Total 638 Trabalhadores

Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. 2013

Page 21: Pgi  06 04-15

21

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

3. HISTÓRICO DAS REUNIÕES

As atividades do Projeto Orla de Campos dos Goytacazes já estão em andamento, sendo

coordenadas pela Secretaria Municipal de meio Ambiente. Iniciaram os trabalhos com a I Oficina que foi

realizada entre os dias 26/07/2010 a 30/07/2010, na Biblioteca Cultural no Farol de São Thomé.

As oficinas são os trabalhos de capacitação dos gestores municipais, que reúnem os

representantes do município e os representantes dos segmentos da sociedade organizada, em especial

aqueles diretamente relacionados à orla e ao uso de seus espaços.

Elas servem para que os próprios moradores locais compreendam aquilo que está certo e que está errado,

capacita-os com relação às leis patrimoniais e ambientais e os orienta na elaboração de um Plano que

levará a orla do Farol de São Thomé aos usos permitidos e ao desenvolvimento sócioeconômico aliado à

preservação ambiental.

A I Oficina contou com a participação da Coordenação Federal e Estadual do Projeto, bem como

dos representantes das Secretarias e Fundações municipais, Câmara Municipal, associações de

moradores, pescadores, universidades, Marinha do Brasil, entre outras.

Figura 1 - Caracterização da orla Figura 2 - I Oficina do Projeto Orla

Desde então, foram realizadas reuniões locais com os grupos de trabalho para levantar e discutir

soluções sobre a orla do Farol de São Thomé, em locais e dias separados para cada grupo.

Grupo I – Composto por representantes da Associação de Moradores do Xexé, o Projeto

TAMAR, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ/Campos, a Guarda Civil Municipal,

Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca. As reuniões foram realizadas nos dias 07/08/2010,

Page 22: Pgi  06 04-15

22

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

15/08/2010 e 27/11/2010 no Salão Comunitário do Xexé na Praça de Santo Amaro no Xexé e Associação

de Moradores do Xexé.

Grupo II – Composto por representantes da Associação de Moradores e Amigos do Farol

(AMAFROL), quiosqueiros, barqueiros e trabalhadoras da pesca, Colônia de Pescadores Z-19, Guarda

Civil Municipal e Postura Municipal. As reuniões foram realizadas nos dias 11/08/2010, 18/08/2010 e

26/11/2010 na Colônia de Pescadores Z-19.

Grupo III – Composto por representantes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento

Econômico e Petróleo - SEDEP, Defesa Civil Municipal, Companhia de Desenvolvimento do Município

de Campos (CODEMCA), AMAFROL, Guarda Civil Municipal, Universidade Federal Rural do Rio de

Janeiro (UFRRJ/Campos), Instituto Estadual do Ambiente (INEA), Associação de Hotéis, Pousadas,

Comércio e Similares do Farol (ASHCOM). As reuniões foram realizadas nos dias 13/08/2010,

19/08/2010 e 05/11/2010 no Stand da Secretaria de Meio Ambiente no Farol.

Figura 3 - Preparação dos quadros sínteses Figura 4 - Reunião local

Nos dias 26/08/2010 e 27/08/2010, ocorreu na colônia de Férias da Terceira Idade uma

minioficina com a presença dos grupos de trabalho e aberta a sociedade civil, para o levantamento das

questões que eram abordadas no projeto.

Page 23: Pgi  06 04-15

23

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Figura 5 - Mini Oficina Figura 6 - Apresentação dos Grupos

Entre os dias 10/01/2011 e 13/01/2011, foi realizada na Escola Municipal Claudia Almeida Pinto

de Araújo a II Oficina do Projeto Orla onde tivemos a presença de vários órgãos, bem como:

Superintendência do Patrimônio da União (SPU), INEA, Secretarias Municipais de Campos, São João da

Barra e Quissamã, universidades e sociedade civil organizada.

Foram traçadas ações e medidas estratégicas para a orla do Farol. Ao final da Oficina foi formado

o Pré Comitê Gestor do Projeto Orla Campos sendo o grupo paritário entre órgãos municipais e

sociedade civil organizada.

O Pré Comitê Gestor é formado pelas seguintes órgãos: Secretarias Municipais: Meio Ambiente,

Obras e Urbanismo, Agricultura e Pesca, Desenvolvimento Econômico e Petróleo. A Postura Municipal,

Guarda Civil Municipal, Centro de Informações e Dados de Campos (CIDAC), Colônia de Pescadores Z-

19, Associação de Moradores do Xexé, AMAFROL, Associação de hotéis, pousadas, ASHCOM, Projeto

Tamar – ICMBio – Base Bacia de Campos, Universidade Federal Fluminense (UFF/Campos),

UFRRJ/Campos.

Page 24: Pgi  06 04-15

24

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Figura 7 - Trabalho dos Grupos Figura 8 - Finalização da II Oficina

O Pré-Comitê Gestor reuniu-se nos dias 20/01/2011, 04/02/2011, 11/02/2011, 27/04/2011,

30/06/2011, 28/09/2011, 11/04/2012, 04/06/2012, 13/06/2012, 29/06/2012, 17/07/2012 e 30/08/2012 no

stand da Secretaria Municipal de Meio Ambiente no Farol de São Thomé e na sede em Campos para

tomar as devidas providências em relação à orla, ordenamento, adequações e intervenções durante o

verão, discussões com relação ao PGI, preparação de material, produção de quadros e configuração da

orla com perspectivas nos desenhos e projeto físico da orla.

No dia 21/02/2011, foi realizado o I Seminário do Projeto de Gestão Integrada da Orla Marítima

de Campos dos Goytacazes – Projeto Orla, na Tenda Cultural localizada na Avenida Atlântica, s/nº -

Farol de São Thomé.

Figura 9 - Reunião no Farol de São Thomé Figura 10 - Reunião na sede da Secretaria de Meio

Ambiente

Page 25: Pgi  06 04-15

25

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Foram realizadas várias reuniões com representantes das secretarias e fundações municipais nos

dias 13/09/2010, 05/01/2012, 11/01/2012, 30/05/2012, 11/06/2012, 21/06/2012, 19/07/2012, 26/07/2012,

02/08/2012, 09/08/2012, 20/09/2012 e 23/10/2012, com objetivo de haver interação entre a Coordenação

Municipal do Projeto Orla, Pré Comitê Gestor e demais Secretarias. A participação dos Secretários ou

representantes dos mesmos foi necessária visto que o ordenamento da orla é compromisso de vários

órgãos, não somente dos que estão representados no Pré Comitê. Todas as demandas das reuniões e

vistorias eram passadas para os Secretários e os seus representantes para tomarem as providências

cabíveis em parceria.

Figura 11 - Reunião no Farol de São Thomé Figura 12 - Reunião na sede da Secretaria de Meio

Ambiente

A equipe do Projeto realizou uma série de palestras: no dia 10/08/2010 no Núcleo de Voluntários

de Defesa Civil (NUDEC) na 1ª Igreja Batista de Goytacazes; dia 03/09/2010 para os representantes dos

órgãos do município na sede da secretaria Municipal de Meio Ambiente; dia 20/09/2010 para os

funcionários da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, entre os dias 30/05/2011 à 03/06/2011 a

Coordenação Municipal do Projeto Orla realizou palestras na III Semana Integrada do Projeto Pólen na

APIC para comunidade do Terminal Pesqueiro de Farol de São Tomé e em São Francisco do Itabapoana

e no dia 24/11/2011 participou da saída de campo “Do manguezal de Carapeba em Campos dos

Goytacazes à Foz do Canal das Flechas em Barra do Furado – Quissamã”, realizada pelo Projeto Pólen.

Foram realizadas reuniões com os pescadores, trabalhadoras da pesca e demais segmentos da área

do pescado (frigoríficos, fábrica de gelo, estaleiros, defumadores/torradores, peixarias e “donos de

portos”) nos dias 17/08/2010, 21/06/2012, 11/07/2012, 24/07/2012 e 30/10/2012, na área de

Page 26: Pgi  06 04-15

26

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

desembarque do pescado, Colônia de Pescadores Z-19 e no stand da Secretaria de Meio ambiente no

Farol de São Thomé. Realizadas reuniões com comerciantes nos dias 07/12/2010, 24/04/2012 e

08/11/2012.

Figura 13 - Reunião na Colônia Z-19 Figura 14 - Reunião na pedra dos pescadores

Devido à demanda do Pré Comitê Gestor foi ministrado o curso de capacitação com relação ao

trânsito de veículos na faixa de areia com representantes de todos os órgãos que utilizam a faixa de areia

durante o verão. O curso teve a participação da Marinha do Brasil, Secretarias Municipais, Corpo de

Bombeiros, Polícia Militar, Guarda Civil Municipal, Projeto Tamar, Empresa de Monitoramento de

animais marinhos, entre outros. As capacitações foram realizadas nos dias 08/02/2012 e 09/01/2013.

Figura 15 - Palestra Marinha do Brasil Figura 16 - Capacitação em Farol de São Thomé

Page 27: Pgi  06 04-15

27

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

O Pré Comitê Gestor desde a sua formação sempre esteve ativo quanto às demandas da orla

municipal, buscando a participação da comunidade para fazer o uso adequado e o ordenamento da

mesma, sempre buscando fazer o uso aliado à preservação.

4. OBJETIVO

4.1 Objetivo Geral

Definir orientações para o uso adequado e o ordenamento da orla, reduzindo os impactos da

ocupação e uso, associando e compatibilizando as políticas ambiental e patrimonial de forma a promover

o desenvolvimento sustentável.

4.2 Objetivos Específicos

Fortalecer a capacidade de atuação e articulação de diferentes atores do setor público e privado na

gestão integrada da orla.

Desenvolver mecanismos de participação e controle social para sua gestão integrada.

Otimizar o acesso de pedestres às áreas de uso comum do povo na orla.

Realizar o ordenamento paisagístico ambiental do uso e da ocupação da orla, compatibilizando o

meio ambiente urbano ao natural, protegendo os ecossistemas existentes na área de intervenção, visando

o ordenamento das estruturas que se encontram na orla.

5. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

5.1 Aspectos Ambientais

A zona costeira do município de Campos dos Goytacazes (Mapa 1) insere-se no macro

compartimento da Bacia de Campos, no Litoral Oriental (ou leste) brasileiro de acordo com o proposto

por Muehe (1998). A principal feição que marca este compartimento da zona costeira fluminense é

justamente a planície costeira aonde se desenvolveu o delta do Rio Paraíba do Sul, uma feição sedimentar

protuberante mar adentro, que tem sua história geológica entendida a partir das duas últimas grandes

Page 28: Pgi  06 04-15

28

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

elevações (e posteriores regressões) do nível do oceano e também associada aos depósitos fluviais ao

longo dos últimos 123.000 anos.

O delta do Paraíba do Sul, considerado um clássico exemplo de delta dominado por ondas,

apresenta sequências evolutivas morfológicas fortemente impressas em sua paisagem costeira. A atual

desembocadura se desenvolve sobre feições mais recentes construídas desde aproximadamente 5.500

anos antes do presente enquanto formações associadas a idades bem mais antigas (cerca de 123.000 anos)

são predominantes do Cabo de São Tomé em direção ao sul (Dias, 1981; Dominguez et al. 1981). Desde

a década de 80, ou mesmo antes como em Lamego (1945), diversas referências podem ser citadas para o

tema evolução geológica do litoral Norte Fluminense, como: Dias e Gorini (1980); Dominguez et al.

(1981); Martin et al. (1984); Silva (1987); Bastos (1997). Para uma excelente síntese destas discussões e

caracterizações ver Kjerfve e Dias (2009) ou Rocha (2009).

A partir do Cabo de São Tomé em direção ao sul, observa-se que as barreiras arenosas

posicionadas mais próximas ao oceano sofrem com processos de transposição de ondas promovendo a

migração desta feição em direção ao continente. Por outro lado ao norte do Cabo de São Tomé, as

barreiras arenosas apresentam características tipicamente regressivas, já diretamente influenciadas pela

atual sedimentação do Paraíba do Sul. Assim o Cabo de São Tomé marca uma posição limítrofe de

características morfológicas distintas, que se refletem também em condições de transporte litorâneo

convergente (Cassar e Neves, 1993 (figura 17); Machado, 2009) e marca a inflexão desta porção do

litoral Norte Fluminense onde uma porção volta-se para Sudeste e a outra se volta para Nordeste, o que é

significativo em termos de exposição à ondas de tempestade, transporte de sedimentos e características

dinâmicas da praia.

Page 29: Pgi  06 04-15

29

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Mapa 1 - Orla do Município de Campos dos Goytacazes e subdivisões conforme o Projeto Orla do

Município.

Mapa Eduardo Bulhões (2015).

De acordo com o mapa geológico adaptado de Dias (1981) (Mapa 2) a planície costeira associada

à progradação da foz do Rio Paraíba do Sul pode ser subcompartimentada pela porção norte e porção sul

da foz. Na primeira os depósitos são mais recentes, associados à regressão do nível do mar nos últimos

5.500 anos. Já ao Sul da Foz (entre São João da Barra e Macaé), destacam-se os depósitos mais antigos,

pleistocênicos, associados à regressão do nível do mar ocorrida entre 123 e 18 mil anos antes do presente,

sobre os quais está posicionada a zona costeira do município de Campos dos Goytacazes, justamente na

protuberante feição do antigo delta, que expõe a zona costeira fluminense para sua posição mais a leste.

Page 30: Pgi  06 04-15

30

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Mapa 2 - Mapa geológico do Norte Fluminense, Projeto Atafona (2006).

As características sedimentares desta porção do litoral encontram-se sob influência da

sedimentação fluvial promovida pelo rio Paraíba do Sul que deposita sedimentos junto ao oceano,

sobretudo pelo predomínio do vento Nordeste e das ondas (vagas) geradas, há o transporte das areias

majoritariamente para sul, sendo estas as fontes das areias médias e grossas que recobrem a faixa costeira

do município e as lamas (compostas por siltes e argilas) que recobrem a porção submarina adjacente.

Adicionalmente há uma inversão do transporte litorâneo na porção sul do litoral do município, por

ocorrência de ondas fortes do quadrante Sul e Sudeste que acabam por convergir os fluxos (figura 17)

para justamente a zona mais protuberante do litoral, formando o chamado Cabo de São Tomé.

Page 31: Pgi  06 04-15

31

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Figura 17. Resultado do transporte litorâneo para a planície costeira do Paraíba do Sul. Adaptado de Cassar & Neves

(1991). Extraído de Muehe (2006).

A linha de costa do município de Campos dos Goytacazes está subdividida entre os distritos Santo

Amaro de Campos e Mussurepe, respectivamente nas localidades de Farol de São Tomé e Xexé. Estende-

se ao longo de aproximados 28 quilômetros entre o limite sul, na borda norte do Canal das Flechas (com

o município de Quissamã) e o limite norte (fronteira com o município de São João da Barra) na

localidade de Barra do Açú, localidade que marca a posição da barra lagunar da Lagoa Salgada.

Levantamentos recentes mostram que a largura média da praia é de 145,22 m com um padrão

tendendo a mais largo nas extremidades do arco praial e mais estreito na porção central. Já a altura média

da barreira arenosa frontal é de 4,0 metros, com a tendência de ocorrerem dunas frontais incipientes

(pouco desenvolvidas) em direção à porção norte da linha de costa.

Sob o ponto de vista morfodinâmico, a orla costeira de Campos dos Goytacazes é um ambiente

exposto às ondas oceânicas, composto por areias siliciclásticas de granulometria média e grossas e perfis

de praia que variam entre o refletivo (ao sul) e ao dissipativo ao norte. Tal mudança nas características

morfodinâmicas ao longo desta linha de costa se faz em função da mudança na orientação da linha de

costa (Mapa 1 e 2) e consequentemente no padrão de incidência das ondas.

Page 32: Pgi  06 04-15

32

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Quanto às características meteoceanográficas predominam ventos do quadrante Nordeste, com

intensidades entre 4,0 e 8,0 m/s que não raro atingem picos acima de 12 m/s. Já as ondulações incidem

com maior frequência de Su-Sudeste e de Leste-Nordeste. As ondas de Sul e Sudeste podem chegar com

alturas significativas de 3,0 m, porém o padrão mais frequente são de ondas entre 1,0 e 2,0 metros. Já

para ondas de Leste Nordeste a maior frequência de alturas é com valores entre 0,5 e 1,0 metro. (Mapa 3)

Mapa 3 - Clima de Ondas e Ventos ao largo da Zona Costeira de Campos dos Goytacazes e São João da

Barra. Souza e Bulhões, 2011.

As tabelas 03 a 06, a seguir, mostram a estatística básica relacionada ao clima de ondas e ventos

que atingem esta porção do litoral.

Page 33: Pgi  06 04-15

33

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Tabela 04. Estatística Básica. Altura Significativa das Ondas (m)

Quantidade Quantidade acumulada

Porcentagem Porcentagem acumulada

0,00 < x <= 0,50 71 71 3,36 3,36

0,50 < x <= 1,00 1256 1327 59,39 62,74

1,00 < x <= 1,50 641 1968 30,31 93,05

1,50 < x <= 2,00 125 2093 5,91 98,96

2,00 < x <= 2,50 17 2110 0,80 99,76

2,50 < x <= 3,00 5 2115 0,24 100

Média Mínimo Máximo Desvio padrão

Alt. Sig. Ondas 0,97 0,14 2,91 0,33

Fonte: INPE. Modelo Wave Watch III.

Os resultados da tabela 04 acima mostram que aproximadamente 59% das ondas que atingem o

litoral de Campos dos Goytacazes ocorrem com alturas entre 0,5 e 1,0 metros e quase 90% das ondas

ocorrem até 1,5 metros. Já a tabela 05 abaixo mostra que as direções preferenciais de entradas de ondas

ocorrem entre Nordeste e Leste (33%), Leste e Sudeste (30%) e entre Sudeste e Sul (33%).

Tabela 05. Estatística Básica. Direção Média (graus N) de Ondas.

Quantidade Quantidade acumulada

Porcentagem Porcentagem acumulada

0,0 < x <= 50,0 40 40 1,89 1,89

50,0 < x <= 100,0 717 757 33,90 35,79

100,0 < x <= 150,0 645 1402 30,50 66,29

150,0 < x <= 200,0 696 2098 32,91 99,20

200,0 < x <= 250,0 12 2110 0,57 99,76

250,0 < x <= 300,0 2 2112 0,09 99,86

300,0 < x <= 350,0 2 2114 0,09 99,95

350,0 < x <= 360,0 1 2115 0,05 100

Média Mínimo Máximo Desvio padrão

Dir. Onda 121,78 10,30 350,20 44,36

Fonte: INPE. Modelo Wave Watch III.

Quanto à ação dos ventos estes sopram majoritariamente com intensidades entre 4,0 e 6,0 m/s, ou

seja, entre aproximadamente 12,0 e 19,0 km/h (tabela 06). A direção preferencial de entrada destes

ventos ocorre entre Norte e Nordeste (45%) seguido das direções Nordeste e Leste (20%) conforme a

tabela 07.

Page 34: Pgi  06 04-15

34

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Tabela 06. Estatística Básica. Intensidade do Vento (m/s) à 10m da Superfície.

Quantidade Quantidade acumulada

Porcentagem Porcentagem acumulada

0,00 < x <= 2,00 112 119 5,30 5,63

2,00 < x <= 4,00 504 623 23,83 29,46

4,00 < x <= 6,00 840 1463 39,72 69,17

6,00 < x <= 8,00 516 1979 24,40 93,57

8,00 < x <= 10,00 121 2100 5,72 99,29

10,0 < x <= 12,00 14 2114 0,66 99,95

12,0 < x <= 14,00 1 2115 0,05 100

Média Mínimo Máximo Desvio padrão

Int. Vento 5,04 0,00 12,91 1,94

Fonte: INPE. Modelo Wave Watch III.

Tabela 07. Estatística Básica. Direção Média (graus N) dos Ventos.

Quantidade Quantidade acumulada

Porcentagem Porcentagem acumulada

0,0 < x <= 50,0 970 970 45,86 45,86

50,0 < x <= 100,0 433 1403 20,47 66,34

100,0 < x <= 150,0 230 1633 10,87 77,21

150,0 < x <= 200,0 284 1917 13,43 90,64

200,0 < x <= 250,0 122 2039 5,77 96,41

250,0 < x <= 300,0 17 2056 0,80 97,21

300,0 < x <= 350,0 35 2091 1,65 98,87

350,0 < x <= 360,0 24 2115 1,13 100

Média Mínimo Máximo Desvio padrão

Dir. Vento 90,03 0,60 359,60 77,05

Fonte: INPE. Modelo Wave Watch III.

5.2 Limites do Projeto Orla

O Projeto de Gestão Integrada da Orla Marítima - Projeto Orla surge como uma iniciativa do

Governo Federal, a partir da associação com o Grupo de Integração de Gerenciamento Costeiro (GI –

GERCO) da Comissão Interministerial de Recursos do Mar (CIRM), tendo como coordenadores, pelo

Ministério do Meio Ambiente, inicialmente, a Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos

Humanos do Ministério do Meio Ambiente (SQA – MMA), passando a competência posteriormente à

Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR) e a Secretaria do Patrimônio da

União do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SPU/MP), com o objetivo inovador na busca

Page 35: Pgi  06 04-15

35

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

de programar uma política nacional de articulação e harmonização do Patrimônio e dos Condicionantes

Ambientais, com o objetivo de planejar o uso e ocupação da zona costeira (MMA, 2006).

De acordo com as diretrizes do Projeto Orla (MMA, 2006) a orla marítima pode ser definida

como unidade geográfica inserida na zona costeira delimitada pelo contato entre a terra firme e o mar.

Este ambiente se define pelo equilíbrio morfodinâmico aonde são atuantes processos continentais e

marinhos. A tipologia de feições, especificamente na zona costeira do município de Campos dos

Goytacazes, são as praias arenosas e os manguezais. Tipologias diferentes de orla geram usos diferentes e

então também são diferentes as necessidades de intervenção. Neste sentido as praias arenosas são as

áreas prioritárias de regulamentação e ordenamento dos usos e atividades já que estas recebem o maior

adensamento de uso por parte da população e pelo poder público.

Os limites genéricos estabelecidos pelo Projeto Orla para a determinação da orla costeira dos

municípios incorporam um limite marinho e um limite continental. O limite marinho é a isóbata (linha de

mesma profundidade) de 10 metros, que foi facilmente delimitável através de rotinas de digitalização e

interpolação de dados de Cartas Náuticas (CN1403) disponibilizadas pela Marinha do Brasil. O Mapa 4

ilustra o limite marítimo.

Page 36: Pgi  06 04-15

36

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Mapa 4 - Malha Urbana do Município e Limite Marítimo do Projeto Orla. Mapa Eduardo

Bulhões.

Já o limite continental ocorre no contato entre a terra e o mar (neste caso na praia) e a partir deste

são definidos uma faixa de 50 metros para áreas urbanizadas e 200 metros para áreas não urbanizadas.

Neste ponto algumas ressalvas devem ser feitas quanto ao limite continental. A linha que é

utilizada pela SPU (Secretaria de Patrimônio de União) define em 33 metros desta em direção ao

continente os chamados Terrenos de Marinha. Estes, em conjunto com seus acrescidos, foram definidos

com base legal no Decreto Lei 9760/46, onde consta, nos artigos 2º e 3º.

"Art. 2º - São terrenos de marinha, em uma profundidade de 33 (trinta e três) metros,

medidos horizontalmente, para a parte da terra, da posição da linha do preamar médio de 1831:

a) os situados no continente, na costa marítima e nas margens dos rios e lagoas, até onde se

faça sentir a influência das marés;

b) os que contornam as ilhas situadas em zonas onde se faça sentir a influência das marés.

Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo a influência das marés é caracterizada pela

oscilação periódica de 5 (cinco) centímetros pelo menos do nível das águas, que ocorra em

qualquer época do ano.

Art. 3º - São terrenos acrescidos de marinha os que se tiverem formado, natural ou

artificialmente, para o lado do mar ou dos rios e lagoas, em seguimento aos terrenos de marinha."

Page 37: Pgi  06 04-15

37

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

A linha que define os limites para o Projeto Orla (MMA, 2006) deve ser demarcada a partir da

linha de preamar máxima (LPM) ou do limite final de ecossistemas tais como as caracterizadas por

feições de praias, dunas, áreas de escarpa, falésias, costões rochosos e etc (Figura 18).

Figura 18. Limites propostos para delimitação da Orla. (MMA,2006)

Em termos práticos, para o município aqui analisado, a linha pôde ser projetada a partir do

contato entre as areias de praia e à retroterra (onde houve alguma mudança verificável da vegetação ou

do ambiente geomorfológico), adicionalmente quando da presença de dunas frontais, o reverso destas foi

utilizado como a linha de delimitação. Já no caso das áreas de mangue os limites foram determinados a

partir das margens deste.

Especificamente no município de Campos dos Goytacazes, toda a zona costeira está sobreposta

em área de restinga e adjacente a áreas de manguezais, o que por si só já garantiria área de proteção

permanente pela Lei Federal 4.771/65 (revogada pela Lei 12.651/12). Todavia, a presença de áreas de

mangue ao norte (Maria Rosa) e ao sul (Carapeba) faz com que os limites para o Projeto Orla sejam

projetados para as margens voltadas para o continente destes corpos hídricos já que a margem voltada

para o oceano é de fato a praia. A partir destas margens voltadas para o continente seriam então

projetados 200 metros já que estas áreas não são urbanizadas. O Mapa 5 abaixo ilustra o exemplo na área

adjacente ao mangue Maria Rosa, porção norte do litoral do município.

Page 38: Pgi  06 04-15

38

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Mapa 5 - Mangue da Maria Rosa e os Limites do Projeto Orla. Mapa Eduardo Bulhões.

Também existem fragmentos de restinga em áreas ainda não urbanizadas que podem e devem ser

protegidos, de acordo com a demanda surgida nas oficinas do Pré-Comitê Gestor. Neste caso, trata-se da

área conhecida como Restinga do Xexé que teria então o delineamento de uma faixa de 200 metros a

partir da linha base traçada no contato da praia com o asfaltamento da avenida. O Mapa 6 ilustra este

exemplo.

Page 39: Pgi  06 04-15

39

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Mapa 6 - Restinga do Xexé e Limite do Projeto Orla. Mapa Eduardo Bulhões.

Na área onde a praia está urbanizada a linha foi delimitada no contato da areia da praia com o

calçadão ou com o asfaltamento e daí foi delineada a faixa de 50 metros como o limite do Projeto Orla

para as áreas urbanizadas (Mapa 7).

Page 40: Pgi  06 04-15

40

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Mapa 7 - Área Urbanizada da Orla Costeira do Município de Campos dos Goytacazes. Mapa Eduardo

Bulhões.

Existe ainda um pequeno segmento de linha de costa, urbanizado, sujeito a severos efeitos de

erosão, sobretudo por impacto de ondas de tempestade, o que, de acordo com o Projeto Orla (MMA,

2006) podem ser inseridos limites mais restritivos quanto a faixa de delimitação, neste caso então são

projetados 200 metros a partir da linha de contato entre a praia e o asfaltamento. Cabe ressaltar que estes

limites em áreas onde ocorre erosão costeira podem ser reprojetados para mais ou para menos, desde que

haja estudos que justifiquem esta alteração. O Mapa 8 mostra a transição de uma área estável para uma

área sujeita a erosão por ondas de tempestade.

Page 41: Pgi  06 04-15

41

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Mapa 8 - Transição entre Área Urbanizada e Área em Processo Erosivo. Mapa Eduardo Bulhões.

O meio ideal para a delimitação destes limites continentais é obviamente o levantamento de

precisão em campo com equipamentos de precisão subcentimétrica, como o DGPS. Outra possibilidade é

a utilização de imagens de satélite de alta resolução (< 5 m) cobrindo toda a faixa costeira do município.

Em ambos os casos, rotinas de gabinete com profissionais treinados para tal são necessárias para que a

precisão e a acuidade cartográfica sejam mantidas.

Como demanda identificada nas oficinas realizadas do Projeto Orla do município são necessários

estudos sobre o avanço do mar e dos possíveis impactos que a orla costeira do município pode vir a

sofrer, sobretudo numa perspectiva de mudanças climáticas. São necessários também estudos para que

seja delimitada precisamente a linha base do Projeto Orla, conforme os exemplos iniciais aqui

apresentados, para que a partir de então sejam delineados os limites, sejam de 50 ou 200 metros, para a

orla costeira do município, sendo esta então a faixa de atuação do Projeto Orla.

Page 42: Pgi  06 04-15

42

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

5.3 Compartimentação da Orla do Município

Quanto à sub compartimentação do litoral do município foram definidas três unidades (Mapa 1)

de paisagem para fins de planejamento e gestão da zona costeira. A primeira unidade estende-se desde o

limite com o município de São João da Barra, localidade de Barra do Açu, até a Vila do Sol. O segundo

compartimento estende-se entre a Vila do Sol e o Camping e a terceira unidade estende-se entre o

Camping e o Canal das Flechas, limite com o município de Quissamã. As características básicas destas

unidades são descritas a seguir.

5.4 Unidade 01 - Da divisa da Barra do Açu à Vila do Sol

Esta unidade estende-se por aproximadamente 15,4 km desde o limite norte da orla do município

de Campos dos Goytacazes com o município de São João da Barra até a localidade conhecida como Vila

do Sol, ao sul. Trata-se de uma extensa área de restinga onde existe o contato da Lagoa (laguna) Salgada

com o mar. Este contato se dá permanentemente via água subterrânea e episodicamente via abertura da

barra da laguna por ação das ondas ou em períodos de cheia pluviométrica. Este contato permite a

existência de vegetação de mangue bem desenvolvido ao longo das margens da laguna. A barra da Lagoa

Salgada é formada por praia arenosa, voltada para leste, aonde existem dunas frontais pouco

desenvolvidas. Predominam os processos de acumulação de sedimentos nesta porção da costa em função

da convergência de fluxos de sedimentos provenientes de norte e de sul. É uma área não urbanizada e que

deve ser protegida através de criação de unidade de conservação. O Mapa 9 ilustra a extensão e a

fisiografia desta área.

Page 43: Pgi  06 04-15

43

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Mapa 9 - Da Vila do Sol à Barra do Açu. Mapa Eduardo Bulhões.

Page 44: Pgi  06 04-15

44

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

5.5 Unidade 02 - Da Vila do Sol ao Camping

O compartimento que se estende por aproximadamente 6,2 km entre a localidade Vila do Sol e o

Camping está ilustrado no Mapa 10, a seguir, e é a área urbanizada da orla costeira do município de

Campos dos Goytacazes, que engloba os principais núcleos urbanos, sendo estes o Farol de São Tomé e

Xexé. As características da praia arenosa remontam a praias urbanizadas onde a extensão da faixa de

areia é interrompida pelo calçadão da orla. Há presença de vegetação de restinga e pequenas dunas

frontais, além de duas bermas elevadas. Morfologicamente é uma área aonde há o predomínio de

transporte de sedimentos, na maior parte do ano para o Sul e é também sujeita a eventos episódicos de

ondas de tempestade que podem ultrapassar os limites da praia.

Mapa 10 - Da Vila do Sol ao Camping. Mapa Eduardo Bulhões.

Page 45: Pgi  06 04-15

45

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

5.6 Unidade 03 - Do Camping à divisa da Barra do Furado

A terceira unidade, que se estende por aproximadamente 7,1 km do Camping à divisa da Barra do

Furado marca o contato, ao sul, da orla do município de Campos dos Goytacazes com o canal das

Flechas, limítrofe ao município de Quissamã. Nesta área, mais ao sul, existe no reverso da barreira

arenosa (praia) uma área de mangue conhecido como Mangue da Carapeba. Desde que o guia corrente

foi instalado para a fixação das margens do Canal das Flechas existe uma tendência de recuo da linha de

costa através de processos de impedimento da chegada de sedimentos vindos de sul, portanto, erosão.

Existe também um pequeno segmento da linha de costa que está exposto a ondas fortes vindas de Sul e

de Sudeste que responde com erosão, sobretudo pela falta de estoque de areias na praia. As evidências

disto são claras e remontam à destruição da avenida que beira a orla e do solapamento de algumas

construções residenciais (já abandonadas) junto à praia. A largura da praia nesta área é a menor de toda a

orla do município, basicamente em função do déficit sedimentar e adicionalmente, a ausência de dunas

frontais, gerando um ambiente favorável a eventos episódicos de erosão costeira. O Mapa 11 ilustra esta

área e revela a fragilidade do cordão arenoso frontal.

Page 46: Pgi  06 04-15

46

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Mapa 11 - Do Camping ao Canal das Flechas. Mapa Eduardo Bulhões.

Por fim, este breve diagnóstico mostrou três áreas distintas do litoral do município de Campos dos

Goytacazes, sendo a porção norte predominantemente cumulativa e estável, a porção central tendo o

predomínio de processos de transporte de sedimentos e episodicamente atingida por ondas de tempestade

e a porção ao sul apresentando-se instável sob o ponto de vista morfológico com áreas potenciais de

erosão costeira forte.

6. ÁREA DE INTERVENÇÃO DAS UNIDADES DE PAISAGEM POR TRECHOS

6.1 UNIDADE 01- DA DIVISA DE BARRA DO AÇU À VILA DO SOL

6.1.1 Trecho 1- Da divisa da Barra do Açu até a curva da praia Maria da Rosa (Lagoa do Açu)

Coordenadas UTM de início 295077,256 S e 7575643,452 W - coordenadas UTM de Fim

295269,018 S e 7569324,396 W - comprimento 7,89 km.

Page 47: Pgi  06 04-15

47

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

A área em questão está situada dentro de uma unidade de conservação de proteção integral, o

Parque Estadual da Lagoa do Açu. A unidade foi criada com o intuito de proteger importantes

remanescentes da Mata Atlântica existentes no trecho, como dunas, manguezais, lagunas, vegetação de

restinga rasteira e em outros trechos bem desenvolvida. Abriga ainda uma extensa faixa de praia, local de

desova de tartarugas marinhas in situ É importante destacar a existência de espécies, endêmicas e

ameaçadas de extinção da flora e da fauna.

Figura 19 - Área de restinga no Parque Estadual da Lagoa do Açu

Figura 20 - Restinga na Unidade de conservação

6.1.2 Trecho 2 - Do mangue Maria da Rosa (Lagoa do Açu) até a curva do Cabo de São Thomé

Coordenadas UTM de início 295269,018 S e 7569324,396 W - coordenadas UTM de Fim

295803,713 S e 7568812,796 W - comprimento 0,74 km.

Nesse trecho há a presença do ecossistema de manguezal em bom estado de conservação, que

também faz parte do Parque Estadual da Lagoa do Açu. Esse ecossistema faz parte do bioma Mata

Page 48: Pgi  06 04-15

48

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Atlântica e tem como característica principal o seu desenvolvimento em áreas de influência

fluviomarinha. Está em local semi abrigado da ação das marés onde a confluência de água doce é salgada

é possível para sustentar o frágil equilíbrio imprescindível para manter suas características constantes.

O manguezal Maria Rosa é composto por vegetação de Mangue Branco que se encontra mais

longe do mar, preferindo locais com influência maior das águas doces. Seu solo é bastante rico em

nutrientes e matéria orgânica com características lodosas e composto por raízes e material vegetal

parcialmente decomposto. Além do mangue existe vegetação de restinga com foco de desmatamento para

a criação de pastoreio. A área é utilizada para recreação e banho em determinadas épocas do ano e para a

prática de pesca artesanal na margem da lagoa do Açu.

Figura 21 - Vegetação de mangue branco Figura 22 - Corpo hídrico - Canal Quitingute

6.1.3 Trecho 3 - Da curva do Cabo de São Thomé até a Rua Larga (Regente Feijó)

Coordenadas UTM de início 295269,018 S e 7569324,396 W - coordenadas UTM de fim

293576,051 S e 7564120,22 W - comprimento 5,37 km.

A área do trecho 3 (três), em parte, também está dentro dos limites do Parque Estadual da Lagoa

do Açu. A área do Parque se estende pela faixa de praia e pelo bolsão de água natural que se encontra na

parte de trás das poucas habitações que existem no local que se encontram em faixa de amortecimento.

Por isso, para construir qualquer edificação no local é necessário entrar em contato com as autoridades

pertinentes.

Page 49: Pgi  06 04-15

49

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Crescimento desordenado de espécie exótica que já foi incorporada a paisagem da região, a

casuarina, mas que acaba impedindo o desenvolvimento de plantas nativas da restinga. Existe no trecho

um farol de menores proporções para o auxílio de embarcações que funciona com energia solar.

Figura 23 - Vegetação exótica (Casuarina) Figura 24 - Farol movido à energia solar

6.1.4 Trecho 4 - Da Rua Larga (Regente Feijó) até o início da restinga do Xéxé

Coordenadas UTM de início 293576,051 S e 7564120,22 W - coordenadas UTM de fim

292561,251 S e 7563384,665 W - comprimento 1,25 km.

A urbanização no trecho 4 (quatro) já é consolidada. Possui um significativo número de casas,

maior infraestrutura urbana de calçamento nas ruas, presença de quiosques e passarelas de acesso ao mar.

Apesar de ser área protegida, existe a criação de animais de pastoreio na extensão de restinga.

Esse fato é causador do pisoteamento das espécies nativas rasteiras, além do descarte irregular de animais

de grande e pequeno porte e de lixo que podem causar danos ao solo.

Page 50: Pgi  06 04-15

50

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Figura 25 - Grupo de residências no trecho 4 Figura 26 - Inicio da restinga do Xéxé

6.1.5 Trecho 5 - Do início da Restinga do Xéxé ao início da Vila do Sol

Coordenadas UTM de início 292561,251 S e 7563384,665 W - coordenadas UTM de fim

291279,103 S e 7562554,628 W - comprimento 1,53 km.

O trecho 5 (cinco) é um importante remanescente do ecossistema de restinga com a presença de

vegetação nativa preservada. É inegável a grande importância da área para a preservação de espécies da

fauna e da flora ameaçadas de extinção. Toda área pertence ao Parque Estadual da Lagoa do Açu – Pelag.

Por boa parte da vegetação é rasteira, seguida de arbustiva, sendo propensa sua utilização para

pastagem, descarte irregular de resíduos orgânicos e inorgânicos, pescados e de construção civil. O

despejo de esgoto irregular pelos moradores de áreas adjacentes e de resíduos podem levar a

contaminação do solo e do lençol freático.

A área é preservada e fiscalizada pelos Guardas-Parques do Pelag, que fazem um trabalho diário

nas áreas pertencentes ao Parque. Eles desenvolvem um trabalho educativo com a população que reside

ao entorno que estão dentro da área de amortecimento, para que eventual degradação não mais ocorra na

área.

Page 51: Pgi  06 04-15

51

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Figura 27 - Restinga do Xexé

6.2 UNIDADE 02 - DA VILA DO SOL AO CAMPING

6.2.1 Trecho 1- Da Vila do Sol ao Náutico

Coordenadas UTM de início 291279,103 S e 7562554,628 W - coordenadas UTM de fim

289523,86 S e 7561611,439 W - comprimento 1,99 km.

O trecho 1 (um) é caracterizado por um processo de urbanização em expansão. Possui

infraestrutura urbana bem consolidada e equipamentos públicos como um pequeno bosque de espécies

diversas com cerca de contenção.

A faixa de praia é bem preservada. Possui cobertura vegetal parcial de espécies rasteiras, além da

espécie exótica (Casuarina) que permanece em quase toda orla. Início de arborização nas proximidades

da pista de veículos.

Page 52: Pgi  06 04-15

52

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Figura 28 - Expansão do processo de urbanização Figura 29 - Final de faixa de praia, início da avenida

6.2.2 Trecho 2 - Do Náutico às piscinas

Coordenadas UTM de início 289523,86 S e 7561611,439 W - coordenadas UTM de fim

288905,552 S e 7561281,461 W - comprimento 0,69 km.

O trecho 2 (dois) tem o processo de urbanização consolidado, com estrutura do setor de serviços

bem desenvolvida para atender a demanda de veranistas da alta temporada, com maior número de hotéis,

quiosques e comércios em geral.

A faixa de praia nesse trecho já passou por intensos processos de transformação. Possui

construções na faixa de areia, estrutura de berçário do projeto TAMAR, miniestação aeroclimatólogica,

estande de madeira da Secretaria Municipal de Meio Ambiente- SMMA, piscinas com deque de madeira,

quiosques e uma pequena praça com cobertura de telhas de cerâmica. Devido ao maior fluxo de pessoas e

a todos os outros processos há baixa cobertura vegetal na faixa de praia além da presença de casuarinas

(espécie exótica).

Page 53: Pgi  06 04-15

53

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Figura 30 - Berçário do projeto TAMAR Figura 31 - Estrutura urbana consolidada

6.2.3 Trecho 3 - Das piscinas à Marinha (Porto)

Coordenadas UTM de início 288905,552 S e 7561281,461 W - coordenadas UTM de fim

288450,631 S e 7561025,167 W - comprimento 0,52 km.

No trecho 3 (três) existe um fator complexante e que o diferencia dos demais, que é a existência

de um “porto pesqueiro” que não é legalizado, conhecido com desembarque pesqueiro. Este local é usado

para esta atividade há décadas. A faixa de areia é constantemente revolvida por ação de movimentação de

barcos e tratores que são utilizados para empurrar e puxar as embarcações para entrada e saída do mar.

Os pescadores dizem que a área foi escolhida para o devido uso, pois é uma área mais abrigada, por ser

mar aberto. A faixa de praia é utilizada ainda como estacionamento desordenado das embarcações,

havendo a presença de outras estruturas como o de container para depósito de gelo (e outras

funcionalidades), borracharia, auto elétrica, casa de máquinas e vários boxes de alvenaria com cobertura

de telhas de cerâmica que funcionam como peixarias de atendimento ao público consumidor. Câmeras de

estocagem de pescados, quiosques, galpão (conhecido como telhado) para a recepção e pesagem de

pescados com piso de concreto e cobertura de telhas de cerâmica, conjunto de postes de iluminação

pública e presença de fossas responsáveis pela coleta de todo efluente do pescado também compõem essa

faixa de praia.

A urbanização na área já está consolidada e iniciando um processo de verticalização. A

arborização é da espécie exótica (Casuarina) que permanece em quase toda orla.

Page 54: Pgi  06 04-15

54

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Figura 32 - Estacionamento de embarcação Figura 33- Estrutura urbana consolidada

6.2.4 Trecho 4 - Da Marinha (Porto) ao Camping

Coordenadas UTM de início 288450,631 S e 7561025,167 W - coordenadas UTM de fim

286790.891 S e 7560080.993 W - comprimento 1,90 km.

A urbanização no último trecho da unidade 2 (dois) está em processo de expansão, e já é uma área

consolidada. Existe toda infraestrutura para a alta temporada: vários quiosques na praia e campos para

prática esportiva, pequena praça com cobertura de telha de cerâmica estande das secretarias do

município. As escassas áreas verdes remanescentes da restinga são cercadas para evitar o pisoteio das

espécies rasteiras pelos usuários da orla.

Figura 34 - Área de praia Figura 35 - Estrutura urbana consolidada

Page 55: Pgi  06 04-15

55

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

6.3 UNIDADE 03 - DO CAMPING AO CANAL DAS FLECHAS

6.3.1 Trecho 1 - Do Camping ao Lagamar

Coordenadas UTM de início 286790.891 S e 7560080.993 W - coordenadas UTM de fim

285087,593 S e 7559025,181 W - 2,00 km.

A partir do trecho 1 (um) da unidade 03 (três) algumas importantes características modificam-se:

a área é afetada pelo processo de erosão costeira, a partir disso, pelo avanço do mar há arrasamento

natural da vegetação de restinga que não suporta os constantes adventos da maré. Devido a isso, a faixa

de praia é mais curta e não possui as mesmas características de infraestrutura à beira mar dos trechos da

unidade 02 (dois). No trecho, existe a presença de estruturas na faixa de areia, tais como: raia (corrida de

cavalos), trailers, pequeno campo de futebol.

A densidade de moradias na área é reduzida, e se estende por aproximadamente 3 (três)

quarteirões, posteriormente se transformando em área de pasto e área de expansão da malha urbana.

Figura 36 - APA do Lagamar Figura 37 - Avenida Atlântica com vista da faixa de

praia

6.3.2 Trecho 2 - Do Lagamar as Gaivotas

Coordenadas UTM de início 285087.593 S e 7559025.181 W - coordenadas UTM de fim

283462,46 S e 7557938,648 W - comprimento 1,95 km.

Incluso no trecho 2 (dois) está a APA do Lagamar, uma unidade de conservação criada em 1993.

A lagoa do Lagamar é classificada como uma lagoa costeira, que possui ligação com o mar via subsolo e

Page 56: Pgi  06 04-15

56

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

anteriormente por um cordão que a ligava ao mar, esse cordão foi interrompido pela construção da

estrada, porém, é constante a passagem de água para a lagoa na maré alta. Devido a isso, a lagoa possui

água salobra, que abriga grande variedade de peixes e aves. Ao redor da lagoa há um considerável

número de residências irregulares que despejam os resíduos domésticos in natura na área. Existe ainda

ao longo do trecho 2 (dois) a existência de espécie exótica (Casuarina).

Figura 38 - Área em expansão Figura 39 - Área de praia

6.3.3 Trecho 3 - Das Gaivotas ao Clube do Biscoito

Coordenadas UTM de início 283462.46 S e 7557938.648 W - coordenadas UTM de fim

282746,142 S e 7557683,543 W - comprimento 0,84 km.

No trecho 3 (três) a estrada foi destruída em diversos pontos pela transgressão marinha, que leva a

erosão da costa. Existem poucos trechos de restinga e ocorre vegetação exótica (Casuarina). É uma área

em processo de loteamento onde algumas residências foram comprometidas (destruídos em parte) pela

erosão da costa. Isso torna a área perigosa para a construção.

Page 57: Pgi  06 04-15

57

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Figura 40 - Área do trecho 3 da unidade 3

6.3.4 Trecho 4 - Do Clube do Biscoito ao 1° Píer

Coordenadas UTM de início 282746.142 S e 7557683.543 W - coordenadas UTM de fim

281451,558 S e 7556728,84 W - comprimento 1,61 km.

A partir do trecho 4 (quatro), a erosão da praia sucumbiu a estrada e é preciso desviar o caminho

por outra rota por trás da antiga estrada, algumas casas já foram destruídas pelo avanço e estão em

abandono. É uma área pouco urbanizada onde a restinga foi devastada para a criação de gado. Alguns

pescadores deixam detritos de pesca em alguns locais pontuais. Há ocorrência de expansão de loteamento

ilegal, pois não possuem as devidas licenças para a construção das residências. O local não tem água

encanada nem rede elétrica ativa para as residências.

Figura 41 - Área em expansão Figura 42 - Área de praia e Píer

Page 58: Pgi  06 04-15

58

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

6.3.5 Trecho 5 - Do 1° Píer ao Canal das Flechas

Coordenadas UTM de início 281451.558 S e 7556728.84 W - coordenadas UTM de fim

279722,983 S e 7555402,757 W - comprimento 2,25 km.

O último trecho da unidade 03 (três) é uma área de extrema importância ecológica e que está

passando por diversas mudanças socioecômicas com a construção do Complexo Logístico e Industrial do

Farol/Barra do Furado.

Nesse trecho existe um dos últimos remanescentes do ecossistema de manguezal na região, o da

Ilha da Carapeba. Este se encontra na zona estuarina formada pelo encontro do Canal da Carapeba e

Canal do Viegas, sendo que estes corpos d'água unem-se em uma única calha para desaguar no Canal das

Flechas que é onde os novos empreendimentos estão sendo construídos. É de interesse por parte do

município transformar a área em uma unidade de conservação para atenuar os futuros impactos advindos

do Complexo e protegê-lo de outras ameaças como a caça predatória de animais silvestres e do descarte

irregular de resíduos (pesca e doméstico). O mangue também é afetado pelo processo de transgressão

marinha, onde o mar alastrar-se em condições de maré alta.

Figura 43 - Área de praia Figura 44 - Mangue da Carapeba

7. ÁREAS DESTINADAS A REALIZAÇÃO DE EVENTOS NA ORLA

As áreas destinas aos eventos de surf localizados na faixa de areia ficarão distribuídos em 5

(cinco) pontos distintos na orla, são eles: na direção do 1º Píer com uma área de ação de 100 metros de

Page 59: Pgi  06 04-15

59

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

raio a partir do 1º Píer, no Bosque das Casuarinas, entre as ruas 89 e 88, entre as ruas Castelo Branco e

Projetada Goytacazes, José Custódio de Almeida e Dom Bonifácio, e Piau e Tainha.

Tabela 08: Áreas destinadas ao surf na faixa de areia.

LOCAL LATITUDE LONGITUDE

1º Píer -22 04 51.48059 -41 07 04.13461

Bosque das Casuarinas 1 (rua 89) -22 04 05.94138 -41 05 43.29910

Bosque das Casuarinas 2 (rua 88) -22 04 13.00062 -41 05 55.62881

Rua Castelo Branco -22 02 28.62481 -41 02 45.97231

Rua Projetada Goytacazes -22 2 25.573 -41 2 39.239

Rua José Custódio de Almeida -22 02 14.39606 -41 02 17.58260

Rua Dom Bonifácio -22 2 10.777 -41 2 13.735

Rua Piau -22 01 52.331 -41 01 34.161

Rua Tainha -22 01 50.421 -41 01 30.056

Figura 45- Imagem representativa da área do 1º Píer

Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Aerofotogrametria Digital para Gestão do Cadastro Técnico

Multifinalitário, realizada em setembro de 2013. Acervo do Centro de Informações e Dados de Campos - CIDAC.

Page 60: Pgi  06 04-15

60

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Figura 46- Imagem representativa da área do Bosque das Casuarinas

Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Aerofotogrametria Digital para Gestão do Cadastro Técnico

Multifinalitário, realizada em setembro de 2013. Acervo do Centro de Informações e Dados de Campos - CIDAC.

Figura 47- Imagem representativa da área das ruas Castelo Branco à Projeto Goytacazes

Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Aerofotogrametria Digital para Gestão do Cadastro Técnico

Multifinalitário, realizada em setembro de 2013. Acervo do Centro de Informações e Dados de Campos - CIDAC.

Page 61: Pgi  06 04-15

61

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Figura 48- Imagem representativa da área das ruas José Custódio de Almeida à Dom Bonifácio

Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Aerofotogrametria Digital para Gestão do Cadastro Técnico

Multifinalitário, realizada em setembro de 2013. Acervo do Centro de Informações e Dados de Campos - CIDAC.

Figura 49- Imagem representativa da área das ruas Piau à Tainha

Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Aerofotogrametria Digital para Gestão do Cadastro Técnico

Multifinalitário, realizada em setembro de 2013. Acervo do Centro de Informações e Dados de Campos - CIDAC.

Page 62: Pgi  06 04-15

62

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

As áreas destinadas aos eventos culturais e esportivos fora da faixa de areia ficarão

compreendidas entre as ruas Nelson Pedra e Irineu Parente, Manoel Pinto Quintanilha e Thomé de Souza,

Independência e Dom Bonifácio, assim com a área do Lagamar.

Tabela 09: Áreas destinadas a eventos culturais e esportivos fora da faixa de areia.

LOCAL LATITUDE LONGITUDE

Lagamar -22 03 35.49787 -41 05 05.99464

Rua Nelson Pedra -22 2 50.464 -41 3 32.438

Rua Irineu Parente -22 02 33.219 -41 02 58.787

Rua Manoel Pinto Quintanilha -22 02 27.975 -41 02 48.420

Rua Thomé de Souza -22 02 22.100 -41 02 36.699

Rua Independência -22 2 18.697 -41 2 29.958

Rua Dom Bonifácio -22 2 10.777 -41 2 13.735

Figura 50- Imagem representativa do Lagamar

Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Aerofotogrametria Digital para Gestão do Cadastro Técnico

Multifinalitário, realizada em setembro de 2013. Acervo do Centro de Informações e Dados de Campos - CIDAC.

Page 63: Pgi  06 04-15

63

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Figura 51- Imagem representativa da área das ruas Nelson Pedra à Irineu Parente

Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Aerofotogrametria Digital para Gestão do Cadastro Técnico

Multifinalitário, realizada em setembro de 2013. Acervo do Centro de Informações e Dados de Campos - CIDAC.

Figura 52- Imagem representativa da área das ruas Manoel Pinto Quintanilha à Thomé de Souza

Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Aerofotogrametria Digital para Gestão do Cadastro Técnico

Multifinalitário, realizada em setembro de 2013. Acervo do Centro de Informações e Dados de Campos - CIDAC.

Page 64: Pgi  06 04-15

64

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Figura 53- Imagem representativa da área das ruas Independência à Dom Bonifácio

Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Aerofotogrametria Digital para Gestão do Cadastro Técnico

Multifinalitário, realizada em setembro de 2013. Acervo do Centro de Informações e Dados de Campos - CIDAC.

As áreas destinadas aos eventos Culturais e Esportivos na faixa de areia ficarão compreendidas

entre as ruas Crisando Riscado e Ludgero Arêas.

Tabela 10: Áreas destinadas a eventos culturais e esportivos na faixa de areia.

LOCAL LATITUDE LONGITUDE

Crisando Riscado -22 2 48.600 -41 3 25.750

Ludgero Arêas -22 2 40.542 -41 3 8.924

Page 65: Pgi  06 04-15

65

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Figura 54- Imagem representativa da área das ruas Crisando Riscado à Ludgero Arêas

Fonte: Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes. Aerofotogrametria Digital para Gestão do Cadastro Técnico

Multifinalitário, realizada em setembro de 2013. Acervo do Centro de Informações e Dados de Campos - CIDAC.

Todas as áreas aqui destinadas aos eventos Culturais e Esportivos não exime os realizadores dos

eventos as autorizações dos órgãos competentes para que possam instalar estruturas temporárias na faixa

de areia ou fora dela, que estejam dentro dos limites do Projeto Orla.

Page 66: Pgi  06 04-15

66

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

8. ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO COSTEIRO – ZEE

UNID. 1 - Da divisa da Barra do Açu à Vila do Sol

UNIDADE TRECHO ZONA METAS AMBIENTAIS CLASSE TIPOLOGIA ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

PREDOMINANTE

I -

Da

div

isa

da

Bar

ra d

o A

çu à

Vil

a do S

ol.

1 -

Da

div

isa

da

Bar

ra d

o A

çu a

a cu

rva

da

pra

ia

Mar

ia R

osa

(Lag

oa

do

Açu

).

1

Manutenção da integridade e da biodiversidade dos ecossistemas.

Manejo ambiental da fauna e flora.

Atividades educativas.

A

Orla exposta não urbanizada. Preventiva

2 -

Do

Man

gu

e M

aria

Ro

sa (

Lag

oa

do

Açu

) at

é a

curv

a do

Cab

o d

e S

ão

Th

om

é.

1 A

3 -

Da

curv

a do

Cab

o d

e

São

Th

om

é at

é a

Ru

a

Lar

ga

(Reg

ente

Fei

jó).

3

Manutenção das principais funções do ecossistema.

Saneamento e drenagem simplificados.

Reciclagem de resíduos.

Educação ambiental.

Recuperação induzida para controle da erosão manejo integrado de bacias hidrográficas.

Zoneamento urbano, turístico e pesqueiro.

B Orla exposta em processo de

urbanização. Controle

4 -

Da

Ru

a L

arga

(Reg

ente

Fei

jó)

até

o

iníc

io d

a R

esti

ng

a X

exé.

5

Saneamento ambiental e recuperação da qualidade de vida urbana, com reintrodução de

componentes ambientais compatíveis.

Controle de efluentes.

Educação ambiental.

Regulamentação de intervenção (reciclagem de resíduos) na linha costeira (diques, molhes,

píers, etc).

Zoneamento urbano/industrial.

Proteção de mananciais.

C Orla exposta com

urbanização consolidada. Corretiva

5 -

Do

in

ício

da

Res

tin

ga

do

Xex

é

ao i

níc

io d

a V

ila

do

So

l.

1

Manutenção da integridade e da biodiversidade dos ecossistemas.

Manejo ambiental da fauna e flora.

Atividades educativas.

A Orla exposta não urbanizada. Preventiva

Page 67: Pgi  06 04-15

67

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

UNID. 2 - Da Vila do Sol ao Camping

UNIDADE TRECHO ZONA METAS AMBIENTAIS CLASSE TIPOLOGIA ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

PREDOMINANTE

II -

Da

Vil

a do S

ol

ao C

ampin

g.

1 -

Da

Vil

a d

o S

ol

ao

Náu

tico

.

3

Manutenção das principais funções do ecossistema.

Saneamento e drenagem simplificados.

Reciclagem de resíduos.

Educação ambiental.

Recuperação induzida para controle da erosão manejo integrado de bacias hidrográficas.

Zoneamento urbano, turístico e pesqueiro.

B Orla exposta em processo de

urbanização. Controle

2 -

Do

Náu

tico

às

Pis

cin

as.

4

Recuperação das principais funções do ecossistema/ monitoramento da qualidade das águas.

Conservação ou recuperação do patrimônio paisagístico.

Zoneamento urbano, industrial, turístico e pesqueiro.

Saneamento ambiental localizado.

B Orla exposta em processo de

urbanização. Controle

3 -

Das

Pis

cin

as à

Mar

inh

a

(Po

rto

).

5

Saneamento ambiental e recuperação da qualidade de vida urbana, com reintrodução de

componentes ambientais compatíveis.

Controle de efluentes.

Educação ambiental.

Regulamentação de intervenção (reciclagem de resíduos) na linha costeira (diques, molhes,

píers, etc).

Zoneamento urbano/industrial.

Proteção de mananciais.

C

Orla exposta com

urbanização consolidada. Corretiva

4 -

Da

Mar

inh

a (P

ort

o)

ao C

amp

ing

.

5 C

Page 68: Pgi  06 04-15

68

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

UNID. 3 - Do Camping ao Canal das Flechas

UNIDADE TRECHO ZONA METAS AMBIENTAIS CLASSE TIPOLOGIA ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

PREDOMINANTE

III

- D

o C

ampin

g a

o C

anal

das

Fle

chas

.

1 -

Do

Cam

pin

g a

o L

agam

ar.

5

Saneamento ambiental e recuperação da qualidade de vida urbana, com reintrodução de

componentes ambientais compatíveis.

Controle de efluentes.

Educação ambiental.

Regulamentação de intervenção (reciclagem de resíduos) na linha costeira (diques, molhes,

píers, etc).

Zoneamento urbano/industrial.

Proteção de mananciais.

C Orla exposta com

urbanização consolidada. Corretiva

2 -

Do

Lag

amar

as

Gai

vo

tas.

3 Manutenção das principais funções do ecossistema.

Saneamento e drenagem simplificados.

Reciclagem de resíduos.

Educação ambiental.

Recuperação induzida para controle da erosão manejo integrado de bacias hidrográficas.

Zoneamento urbano, turístico e pesqueiro.

B

Orla exposta em processo de

urbanização. Controle

3 -

Das

Gai

vo

tas

ao C

lub

do

Bis

coit

o.

3 B

4 -

Do

Clu

b d

o B

isco

ito

ao

Píe

r.

2

Manutenção funcional dos ecossistemas e proteção aos recursos hídricos para o

abastecimento e para a produtividade primária, por meio de planejamento do uso, de

conservação do solo e saneamento simplificado.

Recuperação natural.

Preservação do patrimônio paisagístico.

Reciclagem de resíduos.

Educação ambiental.

A Orla exposta não urbanizada. Preventiva

5 -

Do

Píe

r ao

Can

al d

as F

lech

as.

1

Manutenção da integridade e da biodiversidade dos ecossistemas.

Manejo ambiental da fauna e flora.

Atividades educativas.

A Orla exposta não urbanizada. Preventiva

Page 69: Pgi  06 04-15

69

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

9. SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO/ CLASSIFICAÇÃO

9.1 Atributos Naturais e paisagísticos

O município de Campos dos Goytacazes possui 28 quilômetros de orla marítima, exposta, com

trechos urbanizados e em processo de urbanização. Seu relevo é formado por terrenos baixos, onde

ocorrem restingas, mangues, áreas periodicamente alagadas, lagoas e rios.

Nas planícies ocorrem remanescentes de vegetação de restinga bem preservados, sobre cordões

arenosos, destacando o fragmento da Restinga do Xexé, e as áreas prioritárias para Unidade de

Conservação.

Na extremidade ao norte da orla, ocorre o mangue denominado Maria Rosa às margens do rio

Quitingute e ao sul o Mangue denominado Carapeba às margens do Canal das Flechas.

Manguezal da Carapeba:

O Manguezal da Carapeba está situado na zona estuarina formada pelo encontro do Canal da

Carapeba e Canal do Veigas, sendo que estes corpos d’água unem-se em uma única calha para desaguar

no Canal das Flechas, localizado nas fronteiras dos municípios de Campos dos Goytacazes e Quissamã,

entre as praias de Boa Vista e Barra do Furado.

A área do Manguezal da Carapeba é um dos últimos remanescentes deste ecossistema no

município, sendo considerada como área de preservação natural, e proposta de macro zoneamento do

Plano Diretor do Município de Campos dos Goytacazes, o manguezal da Carapeba, torna-se altamente

relevante à preservação desta área para garantir o equilíbrio ecológico da região litorânea sobre sua

influência direta, bem como para manutenção econômica das comunidades adjacentes de pescadores e

coletores de crustáceos.

Restinga do Xexé:

A Restinga do Xexé que é uma área representa o último remanescente de Mata de Restinga no

litoral do município de Campos dos Goytacazes. Segundo IGESA (KRISTOSCH e ABREU, 2008) esse

Page 70: Pgi  06 04-15

70

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

ecossistema é um dos mais ameaçados do Brasil, ocupa uma região de intensa especulação imobiliária,

isto é, a região imediatamente costeira, sendo foco de uma série de ações conflitantes no que diz respeito

ao seu uso.

Uma das principais importâncias ecológicas desse ecossistema é o de servir de refúgio para

espécies ameaçadas de extinção, como por exemplo, o sabiá da praia (Mimus gilvus) e a preguiça de

coleira (Bradypus torquatus). A região possui ainda uma importância sócio-ambiental e econômica, uma

vez que se encontra ali uma grande quantidade de indivíduos da espécie Schinus terebinthifolius

(aroeira), espécie essa cujos frutos possuem valores altos no mercado externo e podem ser uma

alternativa de desenvolvimento sustentável para a população local se for bem orientado seu extrativismo.

Além disso, a área de praia que compõe a Restinga do Xexé é área de desova de tartaruga marinha

cabeçuda (Caretta caretta).

Área de Proteção Ambiental (APA) do Lagamar:

Em 29 de Abril de 1993, através da Lei Municipal nº 5.418, foi instituída a Área de Proteção

Ambiental - APA do Lagamar do município de Campos dos Goytacazes, uma pequena lagoa, entre a

faixa da praia e a planície aluvial, denominada Lagamar. A APA tem o objetivo de proteger um

ecossistema de lagunas do município e de ecossistemas representativos associados a ele, bem como o

intuito de impedir que o crescimento urbano degrade o ecossistema permitindo sua recuperação. A APA

abrange o espelho d’água do ecossistema lagunar, suas margens numa faixa de até 30m, os

remanescentes de vegetação localizados em suas margens e os leitos e margens dos cursos d’água que

afluem para a laguna, numa extensão de 500 m a contar da foz ou da nascente dos mesmos.

9.2 Identificação das atividades geradoras do problema e dos atores envolvidos

Comércio:

Notadamente pelas atividades praticadas nos quiosques, aquelas associadas ao turismo que se

produzem de forma desordenada, como comércio ambulante, feiras e eventos e as praticadas no porto

pesqueiro como: o mercado de peixe e crustáceos que se encontra deficiente quanto aos padrões

sanitários.

Page 71: Pgi  06 04-15

71

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Pesca:

Pescadores responsáveis pela pesca artesanal atuam na orla em detrimento da integridade da

biodiversidade da faixa marinha, utilizando a faixa de areia para algumas atividades como:

estacionamento, construção e abandono de embarcações, oficinas mecânicas e elétricas, borracharia,

impedindo o livre acesso à praia e causando poluição.

Diversas embarcações de pesca que utilizam redes de arrasto para a prática de pesca predatória de

camarão, na área da orla marítima do município, não existindo qualquer procedimento de fiscalização

ambiental que vise coibir tal prática.

Veranista e Turista:

Contribuem para o aumento na demanda de infraestrutura temporárias, bem como para o aumento

expressivo na geração de resíduos.

Trânsito irregular de veículos na faixa de areia, causando degradação ambiental, colocando em

risco a vida dos banhistas e comprometendo a área de desova de tartarugas marinhas.

Especialmente responsável por pressões associadas à sazonalidade e a necessidade de um

planejamento visando sua sustentabilidade.

Construção Civil:

Atividades vinculadas ao processo de urbanização contribuem para formas de uso inadequado de

área de preservação, que vem sendo degradada e pouco valorizada como elemento paisagístico de

equilíbrio ecológico, em conflito com a necessidade de valorização e conhecimento dos espaços naturais

protegidos.

Page 72: Pgi  06 04-15

72

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Nos quadros apresentados a seguir, elaborados durante a realização das oficinas que ensejaram

este documento, constam apresentadas por Unidades de Paisagem (subdivididas em trechos), informações

resumidas sobre a orla campista, para cuja classificação, configuração, potencialidades e outros,

tomaram-se por base os principais problemas de uso, ocupação e impactos, identificados pelos

participantes das Oficinas realizadas pela equipe

Page 73: Pgi  06 04-15

73

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

9.3 Problemas de uso e ocupação e impactos na orla

UNID. 1 - Da divisa da Barra do Açu à Vila do Sol

UNIDADE TRECHO CLASSE CONFIGURAÇÃO LOCAL E USOS POTENCIALIDADES PROBLEMAS ATIVIDADES GERADORAS EFEITOS E IMPACTOS ASSOCIADOS

AOS PROBLEMAS

I -

Da

div

isa

da

Bar

ra d

o A

çu à

Vil

a do S

ol.

1-

Da

div

isa

da

Bar

ra d

o

Açu

até

a c

urv

a d

a pra

ia

Mar

ia R

osa

(L

ago

a do

Açu

).

A

Orla exposta.

Área deserta (sem construções).

Ambiente bem preservado.

Área de desova de tartarugas marinhas

in situ as desovas são mantidas no local

original de postura escolhido pela

tartaruga, sem nenhuma interferência.

Estudos para criação de uma

Unidade de Conservação com

utilização restrita.

Presença de animais (boi e cabrito)

pastando, descarte de ossada.

Comércio.

Dispersão de odores desagradáveis.

Degradação do solo.

2 -

Do

Man

gu

e M

aria

Ro

sa (

Lag

oa

do

Açu

)

até

a cu

rva

do

Cab

o d

e

São

Th

om

é.

A Recreação e Pesca Artesanal.

Paisagem com grande diversidade

ambiental e valor cênico.

Existência de barracas irregulares.

Falta de serviços urbanos.

Turismo e comércio.

Prejuízo a qualidade ambiental, pela

disposição inadequada de resíduos sólidos,

efluentes sanitários e desmatamento.

3 -

Da

curv

a do

Cab

o

de

São

Th

om

é at

é a

Ru

a L

arg

a (R

egen

te

Fei

jó).

B

Orla exposta com urbanização em

processo de consolidação horizontal.

Área de desova de tartarugas marinhas

in situ as desovas são mantidas no local

original de postura escolhido pela

tartaruga, sem nenhuma interferência.

Instalação de estruturas turístico-

ecológicas.

Expansão imobiliária desordenada.

Fluxo turístico concentrado em curto

período do ano.

Inexistência de infra-estrutura,

equipamentos e serviços urbanos.

Prática de eventos em área de

preservação.

Veículos transitando na faixa de areia.

Invasão de espécies exóticas

(casuarina).

Turismo, comércio e veraneio.

Poluição e degradação ambiental em área

de preservação.

Redução e descaracterização da qualidade

da paisagem.

4 -

Da

Ru

a L

arga

(Reg

ente

Fei

jó)

até

o

iníc

io d

a R

esti

ng

a

Xex

é.

B

Orla exposta com urbanização

consolidada.

Área de desova de tartarugas marinhas

in situ as desovas são mantidas no local

original de postura escolhido pela

tartaruga, sem nenhuma interferência.

5 -

Do

in

ício

da

Res

tin

ga

do

Xex

é ao

in

ício

da

Vil

a

do

So

l.

A

Orla exposta.

Representa o último remanescente de

Mata de Restinga do litoral. Refúgio

para espécies ameaçadas de extinção.

Área de desova de tartarugas marinhas

in situ as desovas são mantidas no local

original de postura escolhido pela

tartaruga, sem nenhuma interferência.

Ambiente propício para criação de

uma Unidade de Conservação.

Manejo e extração de produtos

naturais.

Pesquisa Científica.

Projeto de Educação Ambiental.

Descarte de resíduos orgânicos e

inorgânico, principalmente de pescado.

Presença de animais.

Ausência de iluminação.

Veículos transitando na faixa de areia.

Extração irregular de areia.

Atividade de pesca e

construção civil.

Comprometimento da qualidade da

paisagem.

Degradação Ambiental.

Page 74: Pgi  06 04-15

74

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

UNID. 2 - Da Vila do Sol ao Camping

UNIDADE TRECHO CLASSE CONFIGURAÇÃO LOCAL E USOS POTENCIALIDADES PROBLEMAS ATIVIDADES GERADORAS EFEITOS E IMPACTOS ASSOCIADOS

AOS PROBLEMAS

II -

Da

Vil

a do S

ol

ao C

ampin

g.

1-

Da

Vil

a d

o S

ol

ao N

áuti

co.

B

Orla exposta com urbanização em

processo de expansão com construções

horizontais.

Áreas de praia ainda bem preservada.

Paisagem livre formada por

vegetação rasteira de valor cênico.

Potencial para construções verticais.

Instalações de áreas de conservação

pública.

Sucatas de postes.

Resíduos urbanos.

Extração irregular de areia.

Animais e excrementos dos mesmos na

faixa arenosa.

Turismo e comércio

imobiliário.

Degradação do Meio Ambiente.

Possibilidade do avanço do mar com a

extração de areia.

2 -

Do N

áuti

co à

s

Pis

cin

as.

B

Orla exposta com urbanização em

processo de consolidação.

Construções na faixa de areia.

Presença do Projeto Tamar e de mini-

estação aeroclimatológica.

Área propícia à utilização como

recreação e lazer, bem como para as

atividades do Projeto Tamar.

Acessibilidade ao mar.

Regularização e padronização dos

quiosques e calçadão.

Utilização da faixa de areia com bancos

fixos nos quiosques, presença de

sanitários, fossas, palco, chuveiros,

praças, postes de iluminação pública e

toldos.

Trânsito de veículos na faixa de areia.

Animais soltos contaminando com

fezes.

Turismo e comércio.

Comprometimento do lençol freático.

Agressão à composição botânica natural da

faixa arenosa e revolvimento da areia.

3 -

Das

Pis

cinas

à M

arin

ha

(Port

o).

B

Orla exposta com urbanização

consolidada em processo de

verticalização.

Utilização da faixa de areia como

espaço comercial privado com prédio

para limpeza e comercialização de

pescados, estaleiros para reforma e

construção de barcos a céu aberto,

container de depósito de gelo e outros.

Pátio para caminhões que transitam

sobre a areia para o transporte de

pescados.

Tratores para arrasto das embarcações.

Equipamentos institucionais, piscinas

infantis, campos de futebol, postes de

iluminação pública, tendas e quiosques.

Orla propicia para lazer e atividades

turísticas, bem como: prática de

esportes náuticos.

Por suas condições naturais, a área

torna-se propícia para manutenção

de porto de saída e chegada das

embarcações pesqueiras, isto até que

se encontre uma melhor solução

para este.

Degradação Ambiental ocasionada pelo

uso indevido da faixa de areia tais

como: peixaria, depósito de peixe e

gelo, quiosques, fossas, borracharias,

oficinas, cemitério de barcos, moradias,

estaleiros para embarcações, tratores

para puxada das embarcações.

Resíduos diversos.

Presença de animais (fezes), tendas,

estande da Secretaria Municipal de

Meio Ambiente, campo de futebol

(areia), postes de iluminação pública.

Turismo e comércio.

Ocupação irregular da área de preservação

permanente.

Poluição e degradação ambiental.

Comprometimento da qualidade ambiental.

Perda da qualidade da paisagem.

4 -

Da

Mar

inh

a

(Po

rto

) ao

Cam

pin

g.

B

Orla exposta com urbanização

horizontal em processo de expansão.

Utilização da faixa de areia com

ocupações de unidades municipais,

quiosques, guarda sol de alvenaria para

uso público.

Orla propicia para lazer e atividades

turísticas, bem como: prática de

esportes náuticos.

Acessibilidade ao mar.

Animais e excrementos dos mesmos na

faixa arenosa.

Fossas inadequadas nos quiosques.

Resíduos diversos.

Postes de iluminação pública fixos na

faixa de areia.

Turismo e comércio.

Comprometimento do lençol freático.

Agressão à composição botânica natural da

faixa arenosa.

Perda da qualidade ambiental.

Page 75: Pgi  06 04-15

75

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

UNID. 3 - Do Camping ao Canal das Flechas

UNIDADE TRECHO CLASSE CONFIGURAÇÃO LOCAL E USOS POTENCIALIDADES PROBLEMAS ATIVIDADES GERADORAS EFEITOS E IMPACTOS ASSOCIADOS

AOS PROBLEMAS

III

- D

o C

ampin

g a

o C

anal

das

Fle

chas

.

1-

Do

Cam

pin

g a

o

Lag

amar

.

B Orla exposta urbanizada.

Paisagem com valor cênico.

Vegetação de restinga e

balneabilidade.

Utilização da faixa de areia com raia;

quiosques; trailers; campos para prática

de esportes e construção de estradas.

Existência de plantas exóticas.

Erosão da praia.

Descarte irregular de resíduos.

Turismo, comércio,

construção civil e atividade

imobiliária.

Perda da qualidade da paisagem.

Poluição e degradação ambiental.

Prejuízo ambiental pela disposição

inadequada de resíduos sólidos e efluentes

sanitários.

2 -

Do L

agam

ar a

s G

aiv

ota

s.

B Orla exposta em processo de

urbanização.

Paisagem com valor cênico,

Vegetação de restinga.

Adversidade ambiental.

Área de Proteção Ambiental

Municipal do Lagamar criada em

1993 (APA) e balneabilidade.

Erosão da praia.

Presença de plantas exóticas.

Área utilizada para descarte irregular

de resíduos.

Construção de estradas.

Realização de eventos.

Construções irregulares despejando

esgoto direto na lagoa.

Postes de iluminação pública na faixa

arenosa.

Rebaixamento de greide (declividade).

Comércio, construção civil e

atividade imobiliária.

3 -

Das

Gai

vota

s ao

Clu

b d

o B

isco

ito.

A Orla exposta pouco urbanizada.

Paisagem com valor cênico,

vegetação de restinga e mangue

Contaminação do lençol freático.

Presença de plantas exóticas.

Erosão da praia.

Descarte irregular de resíduos.

Perturbação do mangue.

Construção de estrada.

Redução da qualidade ambiental.

Descaracterização da paisagem.

Comprometimento do lençol freático.

4 -

Do

Clu

b d

o

Bis

coit

o a

o 1

º

Píe

r.

A Orla exposta pouco urbanizada.

Praia virgem com vegetação de

restinga.

Paisagem com valor cênico.

Construção de estrada.

Existência de pastagem.

Erosão da praia.

Perturbação do mangue.

Descarte irregular de resíduos.

Presença de plantas exóticas.

Pecuária e comércio.

5 -

Do

Píe

r ao

Can

al

das

Fle

chas

.

A Orla exposta não urbanizada.

Atividades extrativistas no estuário.

Paisagem com grande diversidade

ambiental e valor cênico.

Praia virgem com vegetação de

mangue e restinga.

Criação de uma APA (Área de

Proteção Ambiental Municipal

prevista no Plano Diretor do

Município).

Erosão da praia.

Circulação de água comprometida no

mangue.

Presença de plantas exóticas e pasto.

Descarte irregular de resíduos de

pescado entre outros.

Construções abandonadas.

Pecuária e pesca.

Page 76: Pgi  06 04-15

76

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Os quadros e desenhos apresentados a seguir, elaborados durante a realização das oficinas que

ensejaram este documento, constam apresentadas em unidades de paisagem e suas subdivisões em

trechos, as informações resumidas e os cenários atual, tendência e desejado para orla.

Page 77: Pgi  06 04-15

77

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

10. CENÁRIO DE USOS DESEJADOS PARA A ORLA

UNID. 1 - Da divisa da Barra do Açu à Vila do Sol

UNIDADE TRECHO ATUAL TENDÊNCIA DESEJADO

I –

Da

div

isa

da

Bar

ra d

o A

çu a

té a

Vil

a d

o S

ol.

1-

Da

div

isa

da

Bar

ra

do

Açu

até

a c

urv

a d

a

pra

ia M

aria

Ro

sa

(Lag

oa

do

Açu

).

Área loteada.

Existência de dunas, manguezais, lagunas, vegetação de restinga

rasteira.

Criação de gado.

Surgimento de construções desordenadas para moradias.

Aumento da área de pasto para criação de gado.

Extinção de toda fauna e flora.

Perda da qualidade de paisagem.

Garantir a preservação de toda área de restinga e mangue.

* Criação de Unidade de Conservação voltada para visitação e pesquisa científica.

1- Eliminação da área de pastagem, com cercamento das áreas em recuperação.

2 -

Do

Man

gu

e M

aria

Ro

sa

(Lag

oa

do

Açu

) at

é a

curv

a

do

Cab

o d

e S

ão T

hom

é.

Existência de vegetação de restinga com foco de desmatamento,

animais pastando.

Prática de pesca artesanal.

Construção comercial rústica (palha) na margem da lagoa do

Açu (ponte Maria Rosa).

Mangue ainda preservado.

Diminuição de vegetação.

Aumento do descarte irregular de resíduos.

Aumento da área de pastagem.

Redução de pescado.

Construção de quiosques de alvenaria.

Assoreamento da lagoa do Açu (ponte Maria Rosa).

Extinção do mangue existente.

1- Eliminação da área de pastagem, com cercamento das áreas em recuperação.

* Recuperação da vegetação típica do manguezal.

Controle e restrição de uso da área de forma a evitar o despejo irregular de resíduos no

leito da lagoa do Açu.

Preservar e garantir o seu potencial de pesca.

Área limitada destinada a alimentação, sendo realizado pelo comércio ambulante, com

os seguintes suportes: banheiro químico, guarda-vidas, ambulância e policiamento.

2- Construção de calçadão e ciclovia.

Iluminação adequada de vias (estradas) que permita segurança aos moradores e

visitantes sem comprometer a desova das tartarugas.

3 -

Da

Cu

rva

do

Cab

o

de

São

Th

om

é at

é a

Ru

a L

arg

a (R

egen

te

Fei

jó).

Poucas habitações.

Crescimento desordenado de planta exótica (casuarina)

impedindo o desenvolvimento das plantas nativas.

Pequeno bolsão d’água natural.

Aumento desordenado de habitações e do descarte irregular de

resíduos domésticos.

Contaminação do lençol freático.

Ocupação de toda área pelas casuarinas dificultando a sinalização

do farolzinho e o crescimento de vegetação nativa.

Construções ordenadas de residências e comércios

Saneamento básico.

Controle do crescimento das casuarinas.

Construção limitada de quiosques e posto de observação de guarda vidas.

Pavimentação da estrada e das ruas dando condições de tráfego aos veículos

particulares, bem como de serviços (policiamento, ambulância, entre outros).

2- Construção de calçadão e ciclovia.

Iluminação adequada de vias (estradas) que permita segurança aos moradores e

visitantes sem comprometer a desova das tartarugas.

4 -

. D

a R

ua

Lar

ga

(Reg

ente

Fei

jó)

até

o

iníc

io d

a R

esti

ng

a d

o

Xex

é.

Construção ordenada.

Presença de quiosques e passarelas de acesso ao mar.

Descarte irregular de resíduos e animais de grande e pequeno

porte.

Construções desordenadas de quiosques.

Usos inadequados das passarelas de acesso ao mar.

Aumento da área de criação de animais e de descarte irregular de

resíduos.

3- Construções ordenadas e limitadas de quiosques formando uma área de alimentação

com sistema de esgotamento sanitário.

Garantir acessibilidade ao mar aos portadores de modalidade reduzida.

Posto de observação de guarda vidas.

UBS com ambulância, PPC (posto de policiamento comunitário).

2- Construção de calçadão e ciclovia.

4 - Iluminação pública adequada de vias (estradas) que permita segurança aos

moradores e visitantes sem comprometer a desova das tartarugas.

5 -

. D

o i

níc

io d

a

Res

tin

ga

do

Xex

é ao

iníc

io d

a V

ila

do

So

l. Presença de vegetação nativa preservada.

Fauna ameaçada de extinção.

Pequena área de pastagem.

Descarte irregular de resíduos de orgânicos e inorgânicos,

pescados e de construção civil.

Contaminação do solo e do lençol freático.

Falta de acostamento e iluminação pública.

Sinalização da via inadequada, trecho com alto índice de

acidentes.

Aumento da área de pastagem.

Área transformada em lixão.

Solo totalmente contaminado.

Extinção de toda fauna e flora.

Aumento de acidentes com morte.

Área para preservação da desova das tartarugas marinhas na orla.

Passarela de acesso ao mar para os portadores de mobilidade reduzida.

2- Ciclovia/ciclo faixa para caminhada e ciclismo.

Área destinada para passeios ecológicos/ trilhas/ estudos ecológicos, com estrutura

adequada.

Unidade do Projeto Tamar.

Page 78: Pgi  06 04-15

78

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

* Foi criado por meio do Decreto Estadual Nº 43.522 /2012 o Parque Estadual da Lagoa

do Açu - PELAG. Dentro dos limites do Parque, somente serão permitidos os usos autorizado pelo

Decreto e/ou Plano de Manejo.

O Parque Estadual da Lagoa do Açu foi criado em parceria com o Pré Comitê Gestor do

Projeto Orla, que participou de várias reuniões com INEA (Instituto Estadual do Ambiente), onde

conseguiu incluir no Parque as áreas do mangue Maria Rosa e a restinga do Xexé que eram uma das

prioridades para criação de unidade de conservação levantadas pela comunidade nas oficinas e reuniões

locais.

As atividades previstas para ocorrerem dentro dos limites de Unidades de Conservação (UC)

deverão observar as normas previstas nos seus respectivos Decretos de Criação, assim como: instalação

de passarelas, ciclovias, estruturas destinadas ao turismo ecológico e de uma Unidade do Projeto

TAMAR, deverão ser verificadas a necessidade e a viabilidade para instalação dos equipamentos de uso

público com os respectivos Conselhos das UC.

1- O controle dos animais e das áreas de pastagem deverá ficar a cargo da administração

do Parque Estadual da Lagoa do Açu.

2- A construção de calçadão e ciclovia em todos os trechos deverá ser feito um projeto

técnico pela Secretaria responsável pelas obras do Município, possibilitando a manutenção do equilíbrio

dos ecossistemas de restinga, tendo que considerar que em várias áreas atualmente não possuem calçadão

e algumas áreas estão dentro da área do Pelag, compatibilizando a necessidade de construção desses

equipamentos comunitários com a preservação e recuperação da vegetação típica de restinga.

3- O tratamento de efluentes sanitários gerados nos quiosques será dado dentro do

processo de licenciamento ambiental, compatibilizando a necessidade de construção desses equipamentos

comunitários com a preservação e recuperação da vegetação típica de restinga.

4- Trata-se de fontes de iluminação que objetivam reduzir o impacto sobre o êxito do

aninhamento das populações de tartarugas, conforme a portaria nº11, de 30 de janeiro de 1995.

Page 79: Pgi  06 04-15

79

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Page 80: Pgi  06 04-15

80

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Page 81: Pgi  06 04-15

81

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Page 82: Pgi  06 04-15

82

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Page 83: Pgi  06 04-15

83

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Page 84: Pgi  06 04-15

84

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

UNID. 2 - Da Vila do Sol ao Camping

TRECHO ATUAL TENDÊNCIA DESEJADO

II -

Da

Vil

a do S

ol

ao C

ampin

g.

1-

Da

Vil

a d

o

So

l ao

Náu

tico

. Urbanização em processo de expansão.

Faixa de areia bem preservada com cobertura parcial de espécies vegetais.

Início de arborização nas proximidades da pista de veículos.

Pequeno bosque de espécies diversas com cerca de contenção.

Posto de observação de guarda-vidas.

Ocorrência de extração irregular de areia.

Construções de residências verticais.

Aumento de efluentes e contaminação do lençol freático.

Extração irregular de areia.

*Construção de ciclovia e calçadão.

Garantir acessibilidade ao mar aos portadores de modalidade

reduzida.

Saneamento básico.

Reestruturação do bosque das áreas verdes.

2 -

Do N

áuti

co à

s

Pis

cin

as.

Urbanização em processo de consolidação.

Construções na faixa de areia, bem como: estrutura do Projeto TAMAR,

mini-estação aeroclimatológica, estande de madeira da Secretaria

Municipal de Meio Ambiente – SMMA, piscinas com deque de madeira,

quiosques, pequena praça com cobertura de telhas de cerâmica, quiosques.

Presença de casuarinas e baixo índice de cobertura vegetal na faixa arenosa.

Aumento desordenado do número e do espaço sobre a areia

ocupado pelos quiosques.

Aumento de evidência da língua negra.

Perda de composição botânica.

Recomposição da vegetação fixadora de areia.

Mudança dos quiosques do primeiro para o segundo calçadão

(padronizado).

*Construção de ciclovia, calçadão e área de lazer.

Garantir acessibilidade ao mar aos portadores de modalidade

reduzida.

Saneamento básico.

3 -

Das

Pis

cinas

à M

arin

ha

(Port

o).

Urbanização consolidada em processo de verticalização.

Arborização com presença de casuarinas.

Faixa de areia fortemente revolvida por ação de movimentações de barcos

e tratores.

Utilização da faixa de areia como estacionamento desordenado de

embarcações, presença de container de depósito de gelo e outros,

borracharia para atender aos tratores, auto-elétrica para manutenção de

embarcações e tratores, vários boxes de alvenaria com cobertura de telhas

de cerâmica que funcionam como peixarias de atendimento ao público

consumidor, câmaras de estocagem de pescados, quiosques, galpão para

recepção e pesagens de pescados com piso de concreto e cobertura de telhas

de cerâmica, conjunto de postes de iluminação pública e presença de fossas

responsáveis pela coleta de todo efluente do pescado.

Degradação ambiental em razão das fossas sumidouras,

resíduos em geral.

Ocupação progressiva por residências.

Expansão da área na faixa de areia ocupada por embarcações e

pontos comerciais.

Contaminação acentuada do lençol freático e línguas negras

que contaminam as águas do mar.

Ausência total de vegetação ciliar nas proximidades da

arrebentação da pista no entorno do estacionamento dos barcos.

Avanço do mar.

Ordenamento do Porto com delimitação da área restrita para as

embarcações pesqueiras até que se tenha uma solução técnica

adequada.

Construção de Terminal Pesqueiro com toda estrutura adequada

para o desenvolvimento da pesca artesanal (Projeto técnico

Viável).

Construção de quiosques padronizados sobre o 2º calçadão e

área de lazer.

Definição de área adequada para peixarias, feira da roça e

outros.

Recuperação da área de cobertura vegetal ciliar na parte

quartzosa da orla.

Saneamento básico para toda a comunidade.

Garantir acessibilidade ao mar aos portadores de modalidade

reduzida.

Presença efetiva da Secretaria Municipal de Meio Ambiente -

SMMA, Postura e Defesa Civil.

*Construção de ciclovia e calçadão.

4 -

Da

Mar

inh

a (P

ort

o)

ao

Cam

pin

g.

Urbanização em processo de expansão.

Ocupação da faixa de areia com pequena praça com cobertura de telha de

cerâmica, estande das secretarias do município e quiosques.

Elevado número de barracas no camping (alta temporada)

tendo como conseqüência o aumento de línguas negras.

Aumento desordenado de pontos comerciais.

Degradação do meio ambiente.

Ocupação progressiva e desordenada por residências.

Afastamento de quiosques para 2º calçadão, saneamento básico,

área de lazer, construção de ciclovia e calçadão, estrutura

delimitada para realização de eventos, construção de quiosques

padronizados em toda a orla em número e distância previamente

definidos. Acessibilidade ao mar.

Page 85: Pgi  06 04-15

85

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

* A construção de calçadão e ciclovia em todos os trechos deverá ser feito um projeto

técnico pela Secretaria responsável pelas obras do Município, possibilitando a manutenção do

equilíbrio dos ecossistemas de restinga, tendo que considerar que em várias áreas atualmente não

possuem calçadão e algumas áreas estão dentro da área do Pelag, compatibilizando a necessidade

de construção desses equipamentos comunitários com a preservação e recuperação da vegetação

típica de restinga.

As estruturas deverão ser construídas em local adequado e destinado a esta função,

sendo proibida a construção de estrutura sobre a faixa de areia da praia.

Page 86: Pgi  06 04-15

86

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Page 87: Pgi  06 04-15

87

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Page 88: Pgi  06 04-15

88

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Page 89: Pgi  06 04-15

89

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Page 90: Pgi  06 04-15

90

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

UNID. 3 - Do Camping ao Canal da Flechas

UNIDADE TRECHO ATUAL TENDÊNCIA DESEJADO

III-

Do C

ampin

g a

o C

anal

das

Fle

chas

.

1-

Do

Cam

pin

g a

o L

agam

ar.

Presença de estruturas na faixa de areia, tais como: raia (corrida de

cavalos), trailers, campo de futebol, estruturas de alvenarias com

estacionamento, calçadas e quiosques.

Erosão da praia.

Degradação da restinga.

Efluentes a céu aberto (despejo direto na lagoa) – LAGAMAR.

Residências irregulares.

Passagem constante da água do mar para a lagoa na maré alta e mar

bravo.

Extinção de restingas

Erosão da praia, avanço do mar e união do mar com a lagoa

(Lagamar).

Crescimento desordenado de construções irregulares, tais

como: quiosques, trailers, comércios em geral e residências.

Retirada das estruturas de alvenarias, campo de futebol e trailers.

Garantir acessibilidade ao mar aos portadores de modalidade

reduzida.

Recuperação da vegetação de restinga.

Plantio de árvores no entorno do Lagamar.

Construção de uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE)

para atender a sociedade.

Buscar local adequado para a raia (corrida de cavalos).

*Construção de calçadão e ciclovia.

2-

Do L

agam

ar

as G

aivota

s.

Erosão da praia.

Existência de resíduos domésticos.

Degradação da restinga.

Existência de vegetação exótica.

Aumento do processo erosivo com o consequente avanço do

mar.

Destruição de novos trechos da estrada, casas e árvores.

Extinção de faixa de areia e da restinga. Recuperação de restinga.

**Pavimentação da estrada.

Estudo técnico integrado ao da Barra do Furado para minimizar

os impactos relativos ao avanço do mar.

Garantir acessibilidade ao mar aos portadores de modalidade

reduzida.

Fiscalização Ambiental permanente.

3-

Das

Gai

vota

s ao

Clu

b

do B

isco

ito.

Existência de estrada (destruída por duas vezes).

Loteamentos e casas comprometidos (destruídos, em parte).

Erosão da praia.

Existência de resíduos domésticos.

Degradação da restinga.

Existência de vegetação exótica

Erosão da praia e avanço do mar.

Destruição da estrada, loteamentos, casas e árvores.

Extinção de faixa de areia e da restinga.

4-

Do

Clu

b d

o

Bis

coit

o a

o 1

º

Píe

r.

Erosão da praia.

Existência de estrada (destruída) e loteamentos.

Detritos de pesca.

Resíduos domésticos.

Degradação de restinga.

Erosão da praia pelo avanço do mar.

Salinização das terras.

Destruição da estrada e loteamentos.

Extinção de toda restinga.

Recuperação de restinga.

**Pavimentação da estrada.

Fiscalização Ambiental permanente.

5-

Do

Píe

r ao

Can

al

das

Fle

chas

.

Invasão do mar para o mangue quando a maré sobe.

Existência de canal assoreado.

Descarte irregular de resíduos (pesca e doméstico).

Mangue salinizado.

Existência de 1 píer (molhe de pedras) onde algumas pedras se salientam

ou afloram a superfície da água nas proximidades de Barra do Furado.

Degradação de restinga e do mangue da Carapeba.

Alagamento do mangue.

Destruição da restinga.

Perda de qualidade da paisagem.

Parte da área transformada em depósito irregular de resíduos.

Assoreamento do canal.

Estudo técnico para verificar a situação da barra, abertura do

canal e retirada do molhe de pedras, se necessário.

Recuperação de restinga.

Delimitação de área de pastagem com introdução de árvores na

mesma.

Fiscalização Ambiental permanente.

Criar uma Unidade de Conservação no Mangue da Carapeba.

Page 91: Pgi  06 04-15

91

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

* A construção de calçadão e ciclovia, bem como a pavimentação da estrada em todos os

trechos deverá ser feito um projeto técnico pela Secretaria responsável pelas obras do Município,

possibilitando a manutenção do equilíbrio dos ecossistemas de restinga, tendo que considerar que em

várias áreas atualmente não possuem calçadão e algumas áreas estão dentro da área do Pelag,

compatibilizando a necessidade de construção desses equipamentos comunitários com a preservação e

recuperação da vegetação típica de restinga.

* Unidade 3, Pavimentação da estrada – A parte da Orla trabalhada nesta unidade apresenta

alto dinamismo, estando sujeita a processos erosivos. Deve-se pensar em soluções alternativas junto ao

Município durante o processo de licenciamento das atividades, evitando assim um comprometimento das

vias públicas pelo avanço do mar durante eventos de tempestade. Nesse processo deverão ser

consideradas as soluções de recuperação da vegetação de restinga, bem como a viabilidade do recuo da

estrada para o interior do continente (afastando a pista do avanço do mar). Conforme proposição do

Projeto Orla, a identificação de limites terrestres visa delimitar uma possível linha de segurança da costa,

o que se torna fundamental em áreas de grande dinamismo geomorfológico, com singular manifestação

de processos erosivos ou de sedimentação (regressão ou transgressão marinhas), salvaguardando trechos

com equilíbrio instável em termos de processos morfogenéticos e hidrodinâmicos. Ressalta-se ainda que

a engorda artificial de praias é adotada apenas durante situações emergenciais.

Page 92: Pgi  06 04-15

92

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Page 93: Pgi  06 04-15

93

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Page 94: Pgi  06 04-15

94

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Page 95: Pgi  06 04-15

95

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Page 96: Pgi  06 04-15

96

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Page 97: Pgi  06 04-15

97

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Os quadros apresentados a seguir, elaborados durante a realização das oficinas que ensejaram este

documento, constam as ações e medidas estratégicas de todas as unidades de paisagem e de algumas

subdivisões de trechos identificados pelas participantes das oficinas.

Page 98: Pgi  06 04-15

98

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

11. AÇÕES E MEDIDAS ESTRATÉGICAS

UNID. 1 - Da divisa da Barra do Açu à Vila do Sol

TRECHO AÇÕES E MEDIDAS FINALIDADE DURAÇÃO / Após aprovação do

PGI RESPONSÁVEL

*1-

Mar

ia

Ro

sa.

* - Criar ou incluir Unidade de Conservação.

- Regulação da utilização.

- Garantir a preservação do mangue pelo zoneamento e

demarcação das Áreas de Preservação Permanente

(APPs) e Faixa Marginal de Proteção (FMPs).

- Controlar a ocupação local.

- Redução das pastagens.

- Decreto de criação.

- Zoneamento 6 meses.

- Plano de manejo 1 ano.

- PMCG

- INEA

- SPU

2-

Da

curv

a do C

abo à

Ru

a

Lar

ga

(Reg

ente

Fei

jó).

- Pavimentação - Modelo Estrada – Parque.

- Restrição à construção de Quiosques.

- Elaborar Plano de Expansão do Saneamento do Farol.

- Construção de calçadão, ciclovia / ciclo faixa.

- Ampliação da acessibilidade, garantindo a qualidade

ambiental.

- Controle da expansão dos quiosques.

- Expansão da rede de saneamento para todo o Farol.

- 1 Ano

- Início Imediato.

- 5 Anos

- 1 Ano

- PMCG / INEA / Programa Nacional de Desenvolvimento do

Turismo (PRODETUR)

- PMCG (SMMA / POSTURAS / OBRAS)

- PMCG / Empresa Municipal de Habitação, Urbanização e

Saneamento (EHMAB)

- SEA (Pacto pelo Saneamento)

- Governo Federal (CAIXA)

- SPU

3-

Da

Rua

Lar

ga

(Reg

ente

Fei

jó)

ao

iníc

io d

a R

esti

nga

do X

exé.

- Pavimentação – Modelo Estrada – Parque.

- Construção de calçadão, ciclovia / ciclo faixa.

- Formular Projeto de Infraestrutura e Urbanismo.

- Construção de quiosques adequados.

- Instalar iluminação pública adequada de vias (estradas).

- Garantir acessibilidade ao mar aos portadores de

modalidade reduzida.

- Garantir a acessibilidade e a utilização adequada da

Orla.

- Segurança.

- Ampliação das áreas de lazer de forma adequada.

- 1 Ano

- 1 Ano

- 1 Ano

- 1 Ano

- 1Ano

- PMCG / PRODETUR

- AMPLA / PMCG

- PPP / SPU / PMCG / INEA

4-

Res

ting

a

do

Xex

é. * - Criar ou incluir Unidade de Conservação (UC) em

área contemplativa do remanescente de Restinga.

- Instalar uma Base do TAMAR na UC.

- Construção de calçadão, ciclovia / ciclo faixa.

- Garantir a preservação da Restinga.

- Proteção da área de desova das tartarugas.

- Ter uma área de lazer ecológico.

- Início Imediato.

- 1 Ano

- PPP (Parcerias Público Privadas)

- SPU

* Foi criado por meio do Decreto Estadual Nº 43.522 /2012 o Parque Estadual da Lagoa do Açu - PELAG.

Page 99: Pgi  06 04-15

99

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

UNID. 2 - Da Vila do Sol ao Camping

AÇÕES E MEDIDAS FINALIDADE DURAÇÃO / Após aprovação do PGI RESPONSÁVEL

- Elaborar Plano de Expansão do Saneamento do Farol.

- Saneamento Ambiental.

- Escoamento das águas pluviais.

- Tratamento de Esgoto.

- Recuperação / Preservação do Meio Ambiente /

Garantia de Saúde da População.

- 5 Anos

- PMCG / INEA / SPU

- Formular Projeto de Infraestrutura e Urbanismo.

- Acessibilidade ao mar.

- Construção de calçadão, ciclovia / ciclo faixa.

- Dotar a comunidade de condições efetivas de

acesso à qualidade de vida.

- 1 Ano

- PMCG / INEA / SPU

- Regularização de Uso e Ocupação dos Espaços Públicos da União pelos

quiosques e pelas estruturas Municipais.

- Obediência à legislação patrimonial e ao Projeto

Urbanístico Municipal.

- Início imediato.

- PMCG / INEA / SPU

- Retirar construções existentes na faixa de areia.

- Obediência à legislação pertinente.

- Segurança.

- 1 Ano

- PMCG ou Particular

- Adequação e ordenamento da área ocupada pelo Porto pesqueiro

(estacionamento de embarcações), de forma a torná-lo menos prejudicial ao

meio ambiente e a paisagem local, até que se tenha uma solução técnica

viável.

- Adequar à utilização transitória do espaço físico da

área ocupada como porto pesqueiro, enquanto se

processar sua transferência para um local mais

adequado.

- Início Imediato.

- PMCG / INEA / SPU

*- Construção de um Terminal Pesqueiro para atracar as embarcações

pesqueiras.

- Obediência à legislação pertinente.

- Desenvolvimento da pesca artesanal.

- 6 Meses após a conclusão das obras de

acessibilidade ao Canal das Flechas do

Complexo Logístico Industrial Barra do Furado

(guias correntes, dragagem e sistema Sand by

pass.

- PMCG / INEA / SPU

- Adequação da iluminação em toda à orla.

- Obediência à legislação pertinente.

- Preservação das tartarugas marinhas.

- Início Imediato.

- PMCG

* 6 Meses após a conclusão das obras de acessibilidade ao Canal das Flechas do Complexo Logístico Industrial Barra do Furado (guias correntes, dragagem e sistema Sand by pass).

Page 100: Pgi  06 04-15

100

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

UNID. 3 - Do Camping ao Canal das Flechas

AÇÕES E MEDIDAS FINALIDADE DURAÇÃO / Após aprovação do PGI RESPONSÁVEL

*- Elaborar um estudo técnico do estuário do Canal das Flechas e

monitorar.

- Contribuir para a diminuição da erosão do local.

- 1 Ano

- PMCG / Quissamã

- Criar uma Unidade de Conservação (UC) no Mangue da

Carapeba.

- Estudo dos usos

** - Criar Conselho Consultivo da UC

- Preservar a área.

- 1 Ano

- PMCG / SPU / INEA

- Restringir as ocupações na faixa de 200m a partir da linha de

preamar no Portal das Gaivotas. - Evitar construções irregulares.

- Início Imediato.

- PMCG

**- Criar Conselho Consultivo da APA do Lagamar. - Elaborar o plano de manejo da Área de Proteção

Ambiental (APA).

- 1 Ano

- PMCG

- Elaborar Plano de Expansão do Saneamento do Farol.

- Propiciar qualidade de vida à população local e

aos turistas.

- 5 Anos

- PMCG

- Buscar local adequado para a raia de cavalos. - Manter a tradição local. - 1 Ano

- PMCG / SPU / INEA

- Restaurar a vegetação psalmófila (areia). - Equilibrar o ecossistema. - Início Imediato.

- PMCG / INEA

- Retirar comércio existente na faixa de areia.

- Obediência à legislação pertinente.

- Segurança.

- 1 Ano

- PMCG ou Particular

- Construção de calçadão, ciclovia / ciclo faixa

- Garantir acessibilidade ao mar aos portadores de modalidade

reduzida.

- Dotar a comunidade de condições efetivas de

acesso à qualidade de vida

- 1 Ano

- 1 Ano

- PMCG / INEA

* Estudo Técnico já realizado pelo Complexo Logístico Industrial Barra do Furado.

** O Comitê Gestor do Projeto Orla atuará como Conselho Consultivo das Unidades de Conservação (UC) do Lagamar e do Mangue da Carapeba.

Page 101: Pgi  06 04-15

101

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Obs: Sob o aspecto patrimonial, as construções como quaisquer outros equipamentos que venham ocupar

as áreas da União Federal, mesmo que temporariamente, deverão requerer autorização da SPU.

Sob o aspecto ambiental, ressalta-se que todas as construções propostas estão sujeitas

à exigência de Licenciamento Ambiental pelo órgão ambiental competente para casa atividade, uma vez

que a elaboração do PGI não dispensa a Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes do

licenciamento das atividades previstas para a orla do município. São objetos de licenciamento ambiental:

as construções de vias, calçadões, ciclovias, quiosques e áreas de lazer; bem como projetos da iluminação

pública, entre outros.

No Estado do Rio de janeiro, o licenciamento ambiental deverá obedecer também a

Resolução CONAMA nº 10, de 24 de outubro de 1996, a qual regulamenta o licenciamento ambiental em

praias onde ocorre a desova de tartarugas marinhas.

11.1 Intervenções necessárias levantadas durante as oficinas do Projeto Orla

* Verificar a viabilidade e tempo de implementação das ações e projetos propostos.

Ordenamento da utilização das estruturas fixas existentes na faixa de areia.

- quiosques

- comércios

- estruturas municipais

Ordenamento do Porto Pesqueiro (Estacionamento de barcos).

- Delimitação da área ocupada

- Limpeza e conservação

- Adequação do suporte para a coleta de resíduos

- Tratamento e esgotamento das fossas da “pedra” do desembarque pesqueiro

- Local delimitado para pequenos reparos nas embarcações

- Normas a serem seguidas para o bom uso da orla

Áreas prioritárias para preservação (Unidade de Conservação).

- Maria Rosa e Restinga do Xexé (Parque Estadual da Lagoa do Açu)

Page 102: Pgi  06 04-15

102

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

- Mangue da Carapeba

Projeto de recuperação da vegetação típica de restinga e mangue.

Construção das estruturas fixas.

- Quiosques - área a ser utilizada

- localização

- tamanho

- quantidade

- estrutura de saneamento

- Quais estruturas além dos quiosques

Pavimentação da estrada até o Xexé.

Calçadão.

Ciclovia/Ciclo faixa.

Plano de expansão do Saneamento do Farol.

Iluminação adequada de vias (estradas) em toda orla de acordo com a legislação pertinente.

Delimitação da orla

- uso exclusivo para banhistas

- entrada e saída de embarcações pesqueira

- prática de esporte na faixa de areia

- prática de esportes ou atividades náuticas

- área especifica para prática de atividades com moto-aquática e a estrutura para

suporte de entrada e saída

- áreas destinadas à exploração de dispositivos flutuantes

Obs: Os espaços que poderão ser utilizados para prática de esportes seja ela na faixa de areia ou na água

deverão verificar a o Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro, bem como, as demais legislações

pertinentes, sendo necessários obter as autorizações necessárias para realização de eventos.

Tendo os espaços delimitados ao uso específico para cada atividade devendo ser

sinalizadas de acordo com a NORMAM da Marinha do Brasil.

Page 103: Pgi  06 04-15

103

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

12. SUBSÍDIOS E MEIOS EXISTENTES

12.1 Bases Legais Previstas para as Ações Normativas:

12.1.1 Nível Federal

. Constituição Federal/ 1988- art. 20, Dispõe sobre os bens da União, art. 225, § 4º- Define a Zona

Costeira e art. 23, 30,182, 215 e 216, Dispõe sobre o Patrimônio Cultural;

. Lei nº 5.197/1967- Lei de Proteção à Fauna;

. Lei nº 6.766/79 - Parcelamento do Solo Urbano;

. Lei nº 6.902/1981 - Dispõe sobre as estações ecológicas e áreas de proteção ambiental;

. Lei nº 6.938/81 - Política Nacional de Meio Ambiente;

. Lei nº 7.661/88 - Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro;

. Lei nº 9.605/ 1998 - Crimes Ambientais;

. Lei nº 9.636/98 e - Patrimônio da União;

. Lei nº 9.795/1999- Dispõe sobre a educação ambiental;

. Lei nº 9.985/2000 - Sistema Nacional de Unidade de Conservação – SNUC;

. Lei nº 11.428/2006 - Dispõe sobre a utilização e proteção de vegetação nativa do Bioma de Mata

Atlântica;

. Lei n° 12.651/2012 - Dispõe sobre o Código Florestal;

. Decreto 3.725/2001 - Regulamenta a Lei nº 9636/98;

. Decreto nº 4.281/2002 - Regulamenta a lei 9.795/1999;

. Decreto nº 5.300/2004 - Regulamenta a Lei nº 7.661/1988;

. Decreto nº 6.040/2007 – Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e

Comunidades Tradicionais;

. Resolução nº 005, de 03/12/1997 - Aprova o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro II (PNGC II);

. Resolução CONAMA nº 10/88 - Dispõe sobre as Áreas de Proteção Ambiental - APA'S;

. Resolução CONAMA nº 10/96 – Regulamenta o Licenciamento Ambiental em praias onde ocorre a

desova de tartarugas marinhas;

. Resolução CONAMA nº 303/2002 - Dispõe sobre parâmetros e definições de Áreas de Preservação

Permanente;

Page 104: Pgi  06 04-15

104

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

. Portaria IBAMA nº 10/95 - Proibir o trânsito de qualquer veículo na faixa de praia compreendida entre

a linha de maior baixa-mar até 50m (cinqüenta metros) acima da linha de maior pré-a-mar do ano (maré

sizígia);

. Portaria IBAMA nº 11/95 - Proibir fonte de iluminação que ocasione intensidade luminosa superior a

zero LUX, numa faixa de praia compreendida entre a linha de maior baixa-mar até 50m (cinqüenta

metros) acima da linha de maior pré-a-mar do ano (maré sizígia);

. Portaria SPU nº 01/14 - Estabelece normas e procedimentos para a autorização da utilização das áreas

de domínio da União;

. Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial Paris, 17 de outubro de 2003.

12.1.2 Nível Estadual

. Lei nº 3.325/1999- Dispõe sobre Educação Ambiental;

. Lei nº 3.430/2000 - Constituição do Estado do Rio de Janeiro;

. Lei nº 43.522/2012 - Cria o Parque Estadual da Lagoa do Açu.

12.1.3 Nível Municipal (com instrumentos gerenciais e normativos locais).

. Lei Orgânica do Município de Campos dos Goytacazes;

. Lei Municipal nº 5.418/1993 - Criação da APA do Lagamar;

. Lei nº 5.507/1993 - Código Municipal de Vigilância Sanitária;

. Lei nº 6.692/1998 - Código Municipal de Obras;

. Lei nº 7.972/2008 - Plano Diretor Municipal;

. Lei nº 7.973/2008 - Perímetros Urbanos Municipal;

. Lei nº 7.974/2008 - Uso e Ocupação do Solo Municipal;

. Lei nº 7.975/2008 - Parcelamento do Solo Urbano Municipal;

. Lei nº 8.061/2008 - Código Municipal de Posturas;

. Lei nº 8.335/2013 - Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro;

. Decreto nº 145/2013 - Declara de Utilidade Pública, para fins de desapropriação, parte do imóvel

localizado em Barra do Furado, Santo Amaro 3º distrito do município de Campos dos Goytacazes e dá

outras providências.

Page 105: Pgi  06 04-15

105

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

12.2 Base Institucional Local para Executar as Ações Previstas:

. Centro de Informação e Dados de Campos (CIDAC);

. Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (CODEMCA);

. Companhia de Iluminação Pública (Campos Luz);

. Empresa Municipal de Habitação, Saneamento e Urbanismo (EMHAB);

. Fundação Municipal de Esportes;

. Fundação Municipal Jornalista Osvaldo Lima;

. Gabinete da Prefeita (o);

. Guarda Civil Municipal;

. Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) – Escritório

Regional;

. Instituto Estadual do Ambiente (INEA) – SUPBAP;

. Postura Municipal;

. Projeto Tamar – ICMBio – Base Bacia de Campos;

. Secretaria Municipal de Aquicultura e Pesca;

. Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo

. Secretaria Municipal de Meio Ambiente;

. Secretaria Municipal de Obras, Urbanismo e Infraestrutura;

. Secretaria Municipal de Limpeza Pública, Praças e Jardins;

. Vigilância Sanitária.

12.3 Fóruns de Decisão Existentes no Município.

. Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes;

. Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Paraíba do Sul;

. Conselho Comunitário de Segurança – CCS;

. Conselho Consultivo do Parque Estadual da Lagoa do Açu – PELAG;

. Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS;

. Conselho Municipal de Educação – CME;

. Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo – CMMAU;

. Conselho Municipal de Saúde – CMS;

Page 106: Pgi  06 04-15

106

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

. Conselho Municipal de Turismo – COMTUR;

. Conselho Municipal para o Desenvolvimento Sustentável – COMUDES;

. Comitê Gestor do Projeto Orla (a ser legitimado na audiência de aprovação do PGI).

12.4 Instrumentos Gerenciais e Normativos Locais Existentes

. Código Municipal de Obras;

. Código Municipal de Posturas;

. Código Municipal de Vigilância Sanitária;

. Legislação Ambiental Municipal;

. Lei de Criação da APA do Lagamar;

. Lei de Uso e Ocupação do Solo Municipal;

. Lei Municipal de Parcelamento do Solo Urbano;

. Lei Municipal de Perímetros Urbanos;

. Lei Orgânica do Município;

. Plano Diretor Municipal.

Page 107: Pgi  06 04-15

107

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

13. CRONOGRAMA GERAL

AÇÕES

DURAÇÃO / Após aprovação do PGI

INÍCIO

IMEDIATO

1

ANO

2

ANOS

5

ANOS

1- F

oi criad

o p

or m

eio d

o D

ecreto E

stadual N

º 43.5

22 /2

012 o

Parq

ue E

stadual d

a Lag

oa d

o A

çu - P

EL

AG

.

2- 6

Meses ap

ós a co

nclu

são d

as obras d

e acessibilid

ade ao

Can

al das F

lechas d

o C

om

plex

o L

ogístico

Indu

strial Barra

do

Furad

o

(gu

ias corren

tes, drag

agem

e sistema S

and b

y pass).

3- E

stud

o T

écnico

já realizado

pelo

Com

plex

o L

ogístico

Industrial B

arra do F

urad

o.

4- O

Co

mitê G

estor d

o P

rojeto

Orla atu

ará com

o C

onselh

o C

onsu

ltivo d

as Un

idad

es de C

on

servação

(UC

) do

Lag

amar e d

o

Man

gue d

a Carap

eba.

*1

2 - T

odas as co

nstru

ções ex

istentes h

oje n

a orla p

oderão

ser retiradas an

tes mesm

o d

a con

strução

do

Pro

jeto d

e Ord

enam

ento

se

o m

unicíp

io ach

ar necessário

, pois to

das d

everão

ser retiradas assim

que fo

rem co

nstru

ídas as n

ovas estru

turas q

ue farão

parte d

o

Pro

jeto d

e Ord

enam

ento

da O

rla, ficando a carg

o d

a Secretaria M

unicip

al de O

bras e U

rban

ismo

. As estru

turas d

e apoio

a pesca

qu

e se enco

ntram

na faix

a de areia d

everão

ser removid

as 60 d

ias após a in

augu

ração d

o T

PP

.

1 1 - Criar ou incluir Unidade de Conservação (Maria da Rosa)

- Regulação da utilização.

2 - Pavimentação - Modelo Estrada – Parque.

3 - Restrição à construção de Quiosques, existindo hoje o número de 42 quiosques.

4

- Elaborar Plano de Expansão do Saneamento do Farol.

- Saneamento Ambiental.

- Escoamento das águas pluviais.

- Tratamento de Esgoto.

5 - Construção de calçadão, ciclovia / ciclo faixa em toda orla.

6

- Formular Projeto de Infraestrutura e Urbanismo.

- Construção de quiosques adequados na forma do Projeto de ordenamento elaborada pela Prefeitura e aprovado pelos órgãos competentes

reduzindo o quantitativo existente.

7 - Instalar iluminação pública adequada em toda orla.

8 - Acessibilidade ao mar. Os locais que receberão as rampas deverão ser planejados no Projeto Técnico da Orla, sendo especificada a

quantidade e a justificativa da necessidade nos locais planejados.

9 1 - Criar ou incluir Unidade de Conservação (UC) em área contemplativa do remanescente de Restinga (Xexé).

10 - Instalar uma Base do TAMAR na UC.

11

- Regularização do Uso e Ocupação dos Espaços Públicos da União pelos quiosques e pelas estruturas Municipais, em conformidade com as

diretrizes de ordenamento da Orla, contidas neste PGI, consubstanciadas em projeto (s) de ordenamento que deverá (ao) ser submetido (s) à

SPU pela municipalidade, com o aval do Comitê Gestor do Projeto Orla.

12

- Retirar construções existentes na faixa de areia. Todas as construções existentes hoje na orla poderão ser retiradas, seguindo as demandas.

Com base no art. 11 da Lei nº 8.335 todas as estruturas de apoio à pesca que se encontram na faixa de areia deverão ser removidas 60 dias

após a inauguração do TPP.

13

- Adequação e ordenamento da área ocupada pelo “Porto Pesqueiro” (estacionamento de embarcações), de forma a torná-lo menos

prejudicial ao meio ambiente e a paisagem local, até que construa o Terminal Pesqueiro Público.

Trata-se de uma ação de previsão continua, necessitando de constante manutenção e vigilância até a transferência total para o Terminal

Pesqueiro Público – TPP

14 2-Construção de um Terminal Pesqueiro Público – TPP, para atracar as embarcações pesqueiras.

15 - Adequação da iluminação em toda à orla.

16 3- Elaborar um estudo técnico do estuário do Canal das Flechas e monitorar.

17

- Criar uma Unidade de Conservação (UC) no Mangue da Carapeba.

- Estudo dos usos

4- Criar Conselho Consultivo da UC

18 - Restringir as ocupações na faixa de 200m a partir da linha de preamar no Portal das Gaivotas, sendo uma restrição contínua, uma vez que

necessita de constante manutenção e vigilância.

19 4 - Criar Conselho Consultivo da APA do Lagamar.

20 - Buscar local adequado para a raia de cavalos.

21 - Restaurar a vegetação psalmófila (areia) nas áreas que se fizerem necessárias por meio de estudo técnico e verificando sua viabilidade.

Page 108: Pgi  06 04-15

108

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BASTOS, A.C. (1997) Análise Morfodinâmica e Caracterização dos Processos Erosivos ao Longo do

Litoral Norte Fluminense, entre Cabiúnas e Atafona. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geofísica

Marinha), Instituto de Geociências, Universidade Federal Fluminense, Niterói.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM).

Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro II (PNGC II). Brasília, DF, dez. 1997.

CASSAR, J.C.M. & C.F. NEVES (1993) Aplicação das Rosas de Transporte Litorâneo à Costa Norte

Fluminense. Revista Brasileira de Engenharia (RBE), Caderno de Recursos Hídricos. Associação

Brasileira de Recursos Hídricos – ABRH, São Paulo, SP, v 11(1): 81-106.

CIDADE, C.A.S.; BULHÕES, E. (2011) Diagnóstico da Orla Marítima do Município de Campos dos

Goytacazes, RJ Subsídios à Gestão Integrada da Zona Costeira. III CONFICT Congresso de Iniciação

Científica e Tecnológica do Norte Fluminense.

DIAS, G.T.M. (1981) O Complexo Deltáico do Rio Paraíba do Sul. IV Simpósio do Quaternário. Brasil.

Publicação Especial n.2 (CTCQ/SBG). p 58-88. 1981.

DIAS, G.TM. & GORINI, M.A. (1980) A Baixada Campista: Estudo Morfológico dos Ambientes

Litorâneos. Anais do XXVI Congresso Brasileiro de Geologia, 1: 588-602, Camboriú (SC).

DOMINGUEZ J.M.L.; A.C.S.P. BITTENCOURT; & L. MARTIN (1981) Esquema Evolutivo da

Sedimentação Quaternária nas Feições Deltáicas dos Rios São Francisco (Se\Al), Jequitinhonha (Ba)

Doce (ES), e Paraíba do Sul (RJ). Revista Brasileira de Geociências. 11(4): 227-237. 1981.

FREIRE, O.; et al. Subsídios para um projeto de gestão/ Brasília: MMA e MPO, 2004. 2ª

reimpressão/2009.

FREIRE, O.; et al. Projeto Orla: fundamentos para gestão integrada/ Ministério do Meio Ambiente,

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. – Brasília: MMA, 2006. 1ª reimpressão/2007.

Page 109: Pgi  06 04-15

109

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

KJERFVE, B.; DIAS, G.T.M. (2008) Barrier and Beach Ridges Systems of Rio de Janeiro’s Coast.In:

Dillenburg, S.R.; Hesp, P.A (editors) Geology and Geomorphology of Holocene Coastal Barriers of

Brazil. pgs.225-252. Berlin/Heidelberg. Springer-Verlag.

LAMEGO, A. R. (1945) O Homem e o Brejo. 2ª Edição de 1974. Ed. Lidador, RJ. Rio de Janeiro.

MACHADO, K. M. (2009) Dinâmica Sedimentar da Planície do Paraíba do Sul. Dissertação de

Mestrado. Programa de Pós Graduação em Geologia e Geofísica Marinha. Universidade Federal

Fluminense. Niterói. 61 p.

MARTIN, L.; SUGUIO, K. ; FLEXOR, J.M.; DOMINGUEZ J.M.L.; AZEVEDO, A.E.G. (1984)

Evolução da Planície Costeira do Rio Paraíba do Sul (RJ) Durante o Quaternário: Influência das

Flutuações do Nível do Mar.Anais do XXXIII Cong. Bras. de Geologia, Rio de Janeiro.Vol.1, 84-97.

MMA – Ministério do Meio Ambiente (2006) PROJETO ORLA: Fundamentos para Gestão Integrada.

Brasília, 74p.

MUEHE, D. (1998) Litoral Brasileiro e sua Compartimentação. In: Cunha, S.B. & Guerra, A.J.T. (orgs.)

Geomorfologia do Brasil. Capítulo 7, p. 273-350. Editora Bertrand Brasil S.A. Rio de Janeiro. 1998 a.

MUEHE, D. (2006) Erosão e Progradação no Litoral Brasileiro. MMA, Brasília.

ROCHA, T.B (2009) Morfodinâmica Costeira e Gestão de Orla Marítima em Costa Sob Influência

Fluvial. Borda Meridional do Atual Delta do Paraíba do Sul (RJ). Dissertação de Mestrado. Programa de

lk Pós Graduação em Geografia. Universidade Federal Fluminense. 155p.

SOFFIATI, Arhur. Evolução da malha urbana de Campos dos Goytacazes: entrevista. [19 de julho de

2013]. Campos dos Goytacazes.

SILVA, C. G. (1987) Complexo Deltaico do Rio Paraíba do Sul (Roteiro de Excursão Geológica). In: I

Simpósio de Geologia Regional RJ-ES, 1987, Rio de Janeiro. Anais do I Simpósio de Geologia Regional

RJ-ES. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Geologia - Núcleo RJ/ES, p. 299-346.

SOUZA, R. D.; BULHÕES, E. (2011) Propagação de Ondas para Águas Rasas no Litoral Norte

Page 110: Pgi  06 04-15

110

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Fluminense: Subsídios para Estudos de Erosão Costeira e Transporte de Sedimentos. Anais do V SOB -

Simpósio Brasileiro de Oceanografia. Santos-SP.

SOUZA, Érica Toledo de; et al; Investigação sobre as práticas de educação ambiental no município de

Campos dos Goytacazes. Perspectiva online. Disponível

em:<http://www.seer.perspectivasonline.com.br>. Volume 2, número 8; p.66-79.2008

VIANNA, José Luis. Formação histórica e econômica do Norte Fluminense. Editora Garamond, 2006.

OLIVEIRA, M.; et al. Projeto Orla: implementação em territórios com urbanização consolidada. São

Paulo: Instituto Polis; Brasília: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2006.

ZAMBONI, A.; et al. Projeto Orla: Guia de implementação/Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de

Qualidade Ambiental; Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria do Patrimônio da

União. – Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2005. 3ª impressão/2009.

ZAMBONI, A.; et al. Projeto Orla: manual de gestão/Ministério do Meio Ambiente, Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão. – Brasília: MMA, 2006. 2ª reimpressão/2009.

Page 111: Pgi  06 04-15

111

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

ANEXOS

Page 112: Pgi  06 04-15

112

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

LEI Nº 8.335, DE 26 DE ABRIL DE 2013.

Institui o Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro (PMGC) do Município de Campos

dos Goytacazes/RJ e dá outras providências.

A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES DECRETA E EU SANCIONO A

SEGUINTE LEI:

R E S O L V E:

Art. 1º - Fica instituído o Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro do Município de Campos dos

Goytacazes, com fundamento na Política Nacional de Gerenciamento Costeiro instituído pela Lei Federal

nº 7661 de 16 de maio de 1988, regulamentado pelo Decreto nº 5.300, de 07 de dezembro de 2004, e,

também, a Lei Federal nº 9.636, de

15 de maio de 1998.

Art. 2º - O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro visa prioritariamente regulamentar a utilização

municipal dos recursos na Zona Costeira, de forma a contribuir para garantir e elevar a qualidade da vida

de sua população e a proteção do seu patrimônio natural, histórico, étnico e cultural.

Parágrafo Único - Para os efeitos desta Lei, considera-se Zona Costeira o espaço geográfico de

interação do ar, do mar e da terra, incluindo seus recursos, renováveis ou não, abrangendo uma faixa

marítima e outra terrestre, que pode ser definida da seguinte forma: a linha de costa do Município de

Campos dos Goytacazes está subdividida entre os distritos Santo Amaro de Campos e Mussurepe, com

características morfológicas distintas, apresentando áreas bem preservadas com remanescente de

vegetação de restinga e mangue, lagoas e lagunas, bem como áreas urbanizadas e em processo de

urbanização; respectivamente nas localidades de Farol de São Tomé e Xexé.

Estende-se ao longo de aproximados 28 quilômetros entre o limite sul, na borda norte do Canal das

Flechas na divisa com o Município de Quissamã e o limite norte na divisa com o Município de São João

da Barra na localidade de Barra do Açú, que marca a posição da barra lagunar da Lagoa Salgada.

Art. 3º - A determinação dos limites da orla costeira do Município de Campos dos Goytacazes para o

Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro serão considerados com a descrição a seguir:

I - O Limite Marinho será a isóbata, ou seja, linha que une os pontos que apresentam a mesma

profundidade subaquática, de 10 metros a ser delimitada através de rotinas de digitalização e interpolação

de dados de Cartas Náuticas da Marinha do Brasil;

Page 113: Pgi  06 04-15

113

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

II - O Limite Continental, ou seja, contato entre a terra e o mar – linha de preamar máxima, será definido

uma área de 50 metros para áreas urbanizadas, ou do final da duna de limite praial e de 200 metros para

áreas não urbanizadas, ambas já considerando os 33 metros chamados Terrenos da Marinha assim

descritos no Decreto Lei nº 9.760 de 05 de setembro de 1946. Ficando o Zoneamento Ecológico-

Econômico

Costeiro - ZEEC responsável por possíveis alterações neste limite em função de especificidades pontuais

a serem apontadas em estudos posteriores.

Art. 4º - O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro será regulamentado por Decreto do Poder

Executivo Municipal no prazo máximo de 90 (noventa) dias após a publicação desta Lei devendo prever

o Zoneamento Ecológico-Econômico Costeiro - ZEEC, instrumento básico de planejamento que

estabeleça as condições de sustentabilidade ambiental do desenvolvimento da zona costeira, as normas de

uso e ocupação do solo e de manejo dos recursos naturais em zonas específicas, definidas a partir das

análises de suas características ecológicas e socioeconômicas, bem como prever ações diretas e indiretas

para preservação dos atributos naturais e paisagísticos da zona costeira, tais como: manguezal da

Carapeba, restinga do Xexé, APA do Lagamar e outros.

Parágrafo Único - O Zoneamento Ecológico-Econômico Costeiro tem por objetivo identificar as

unidades territoriais que por suas características físicas, biológicas e socioeconômicas, bem como, por

sua dinâmica e contrastes internos, devem ser objeto de disciplina especial, com vistas ao

desenvolvimento de ações capazes de conduzir ao

aproveitamento, a manutenção ou a recuperação de sua qualidade ambiental e do seu potencial produtivo.

O Zoneamento definirá normas e metas ambientais e socioeconômicas, rurais, urbanas e aquáticas a

serem alcançadas por meio de programas de gestão sócioeconômico- ambiental.

Art. 5º - O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro deverá ser revisto obrigatoriamente no prazo

máximo de cada 10 (dez) anos, por um Grupo de Coordenação, dirigido preferencialmente, pela

Secretaria Municipal de Meio Ambiente, cuja composição e forma de atuação serão definidas em Decreto

do Poder Executivo.

Art. 6º - O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro será elaborado e executado observando normas,

critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente, estabelecidos

por todos os diplomas legais em vigor respeitada a competência de cada Lei, reservando ao município a

prerrogativa de decisão sobre os casos omissos, estabelecendo a política de manejo da orla do município

Page 114: Pgi  06 04-15

114

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

com destaque para a definição de ações e regramentos para atividades potencialmente degradadoras do

meio ambiente à orla da Praia do Farol de São Tomé, principalmente sobre a faixa de areia, bem como

responsabilizando e punindo direta e indiretamente seus atores:

§ 1º. Dentre as atividades potencialmente degradadoras do meio ambiente destacam-se:

I- Das atividades de Comércio:

a) Quiosques (saneamento e estrutura extra);

b) Ambulantes;

c) Feiras;

d) Eventos (diversos);

e) Mercado de Peixes.

II- Das atividades de Pesca:

a) Estacionamento de Barcos;

b) Construção de Barcos;

c) Abandono de Barcos;

d) Oficinas (mecânica e elétrica);

e) Borracharia;

f) Descarte de óleo na areia;

g) Descarte de resíduos da pesca.

III- Das atividades de Veranistas e de Turismo:

a) Infraestrutura temporária;

b) Aumento de resíduos sólidos;

c) Trânsito irregular de veículos na faixa de areia;

d) Áreas específicas para prática de esportes.

IV- Das atividades de Construção Civil

a) Fiscalização precária das áreas de preservação e no processo de expansão urbana.

§ 2º - As forças de responsabilização e punição direta ou indireta de ações consideradas lesivas à Orla do

município deverão constar do Decreto regulamentador desta Lei.

Art. 7º - O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro estabelece a criação de um Grupo Executivo

para implementar o Plano de Gestão Integrada da Orla do Município (PGI), construído de forma

participativa nas Oficinas do Projeto Orla, de acordo com as diretrizes do Decreto Lei no 5.300/2004,

Page 115: Pgi  06 04-15

115

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

onde o mesmo servirá como norteador dos projetos e ações para a utilização regular e sustentável da orla

marítima do Município, além de acompanhar a elaboração dos estudos para a criação de Unidade de

Conservação no Manguezal da Carapeba, incluindo a regulamentação de sua utilização.

§1º- O grupo executivo priorizará as ações de recomposição da vegetação nativa e a recuperação

ambiental das áreas de mangue e restinga; de regramento de todas as atividades esportivas e culturais

desenvolvidas na orla da Praia do Farol de São Tomé e de mitigação de possíveis impactos negativos

oriundos de atividades socioeconômicas desenvolvidas no entorno da área da orla da Praia do Farol de

São Tomé.

§2º - O Plano de Gestão Integrada da Orla do Município (PGI) será revisado a cada 05 (cinco) anos,

sempre obedecendo à metodologia participativa que caracteriza o Projeto Orla.

§3º - O Comitê Gestor do Projeto Orla, formado paritariamente por representantes do Poder Público

Municipal e por representantes da sociedade Civil Organizada, obedecerá a regulamento próprio também

a ser regrado por Decreto no prazo máximo de 90 (noventa) dias após a publicação da presente Lei.

§4º - Compete ao Executivo Municipal convocar as reuniões do Comitê Gestor do Projeto Orla e

viabilizar as condições materiais para a realização das mesmas.

Art. 8º - O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro reconhece todas as políticas de inclusão e

promoção do indivíduo na forma da legislação em vigor.

Art. 9º - O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro, em cumprimento a Portaria No 10 de 30 de

janeiro de 1995 (IBAMA) proíbe o trânsito de qualquer veículo na faixa de praia compreendida entre a

linha de maior baixa-mar até 50m (cinquenta metros) acima da linha de maior preamar do ano, também

chamada de maré sizígia, cabendo ao poder Executivo Municipal através de Decreto, regulamentar o uso

de veículos motorizados na faixa de areia da orla da Praia do Farol de São Tomé de serviços de utilidade

pública que possuem atribuições e prerrogativas específicas.

Art. 10 - O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro estabelece o prazo de 12 (doze) meses a partir

de sua entrada em vigor, para elaboração e publicação da regulamentação de quiosques, atuais e

eventuais futuros, na orla da Praia do Farol de São Tomé, padronizando seus espaços para atendimento,

sua estrutura de saneamento,

disposição dos resíduos sólidos e todas as atividades correlacionadas aos usuários dos mesmos.

Art. 11 - O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro estabelece a migração da frota pesqueira

historicamente alojada na orla da Praia do Farol de São Tomé, para o espaço próprio previsto no

Page 116: Pgi  06 04-15

116

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Complexo Logístico e Industrial Farol-Barra do Furado, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias após a

conclusão e entrega das obras de implantação do citado empreendimento.

Art. 12 - O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro estabelece em seu Anexo I e II a imediata

regulamentação à utilização da Orla da Praia do Farol de São Tomé para as seguintes ações:

I - uso exclusivo para banhistas;

II - entrada e saída de embarcações pesqueiras;

III - prática de esportes na faixa de areia;

IV - prática de esportes ou atividades náuticas, incluindo as atividades com moto-aquática e demais

dispositivos flutuantes, bem como a estrutura para suporte de entrada e saída;

V - área destinada à pratica de pesca esportiva;

VI - quaisquer outras ações de natureza antrópica que se fizerem necessárias.

§ 1º. Os espaços que poderão ser utilizados para prática de esportes seja ela na faixa de areia ou na água

deverão ter as localizações especificadas e a descrição de quais estruturas poderão ser utilizadas neste

perímetro; após a delimitação dos espaços destinados ao uso específico de cada atividade deverá constar

a sinalização dos mesmos

de acordo com a NORMA da Marinha do Brasil.

§ 2º. O estabelecido no Anexo I e II poderá ser revisto no Decreto do Poder Executivo Municipal,

conforme previsto no Art.4º desta Lei.

Art. 13 - Esta Lei entra em vigor na data da publicação

TABELA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS

CÓDIGO LOCAL WGS 1984 UTM Zone 24 S

Latitude Longitude

1 Rua Irineu Parente -22 02 34.91938 -41 02 58.48148

2 Rua Francisco Soares de Souza -22 02 30.53299 -41 02 50.20692

3 Rua Direma Quintanilha -22 02 18.30710 -41 02 25.73974

4 Rua Domingos Peixoto -22 02 17.38504 -41 02 23.64050

5 Rua Tomé de Souza -22 02 24.08363 -41 02 36.34912

6 Rua Cel. Antonio P. Batista -22 02 27.10180 -41 02 42.57362

7 Rua Afonso Rangel -22 02 47.30107 -41 03 24.75122

8 Rua José Pereira Gomes -22 02 49.18902 -41 03 28.51700

9 Rua Horácio de Souza -22 03 04.70506 -41 03 57.51918

10 Rua Francisco Neto -22 03 02.01834 -41 03 52.31318

11 Rua José Prudêncio -22 02 25.81202 -41 02 39.85350

12 Rua Castelo Branco -22 02 28.62481 -41 02 45.97231

Page 117: Pgi  06 04-15

117

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

13 Deck de Acesso Lagamar -22 03 35.49787 -41 05 05.99464

14 Bosque Casuarinas 1 (Rua 89) -22 04 05.94138 -41 05 43.29910

15 Bosque das Casuarinas 2 (Rua 88) -22 04 13.00062 -41 05 55.62881

16 1º Pier -22 04 51.48059 -41 07 04.13461

17 Rua Lugero Arêas -22 02 40.23298 -41 03 09.62971

18 Rua 60 -22 03 41.92326 -41 05 03.46697

19 Rua São Brás -22 03 33.86045 -41 04 50.67394

20 Rua Custódio de Almeida -22 02 14.39606 -41 02 17.58260

21 Rua Atum -22 02 09.10345 -41 02 06.79798

22 Rua Piau -22 01 53.60452 -41 01 33.88685

23 Rua Tainha -22 01 51.74724 -41 01 29.85028

24 Rua Manduca Quintanilha -22 02 29.37581 -41 02 48.29219

ANEXO I

Da Regulamentação à utilização da orla da Praia do Farol de São Tomé:

I - O uso exclusivo para banhistas será compreendido entre as Ruas: Francisco Neto e Ludgero Arêas;

Francisco Soares de Souza e Castro Branco; Tomé de Souza e Direma Quintanilha; Domingues Peixoto e

Bom Repouso.

Parágrafo único - Toda a orla da Praia do Farol de São Tomé poderá ser utilizada pelos banhistas, ficando

as áreas determinadas pelas ruas discriminadas acima de uso exclusivo para este determinado fim, e as

demais áreas de uso misto de acordo com as seguintes atividades: prática de esportes terrestres; prática de

esportes ou atividades náuticas; prática de pesca esportiva e área para entrada e saída de embarcações

pesqueiras.

II - Da entrada e saída de embarcações pesqueiras: será entre as Ruas: Irineu Parente (1) e Francisco

Soares de Souza (2), até que seja cumprido do prazo do artigo 11 desta Lei.

Parágrafo Único: fica estabelecido como área máxima para utilização como “estacionamento” das

embarcações a área demarcada entre a Rua Irineu Parente (1) (início do muro da marinha, em frente ao

numero 9) e a Rua Manduca Quintanilha (24) , até que seja cumprido do prazo do artigo 11 desta Lei.

III - Da prática de esportes na faixa de areia:

a) Prática de Vôlei de Areia, Futevôlei e Frescobol localizado na orla da Praia do Farol de São Tomé

entre as Ruas: Direma Quintanilha (3) e Domingos Peixoto (4);

b) Prática de Beach Soccer, Vôlei de Areia, Futevôlei e Frescobol localizado na orla da Praia do Farol de

São Tomé entre as Ruas: Thomé de Souza (5) e Cel. Antônio P. Batista (6);

Page 118: Pgi  06 04-15

118

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

c) Prática de Beach Soccer, Vôlei de Areia, Futevôlei e Frescobol localizado na orla da Praia do Farol de

São Tomé entre as Ruas: Afonso Rangel (7) e José Pereira Gomes (8);

d) Prática de Beach Soccer, Vôlei de Areia, Futevôlei e Frescobol localizado na orla da Praia do Farol de

São Tomé entre as Ruas: Horácio de Souza (9) e Francisco Neto (10);

IV - Da prática de esportes ou atividades náuticas, incluindo as atividades com moto-aquática e demais

dispositivos flutuantes, bem como a estrutura para suporte de entrada e saída; sendo que todas as

atividades de WindSurf, Vela, Kite Surf e Motonáutica terão que respeitar o limite mínimo de 200

metros, a contar da arrebentação para a sua prática;

e) Prática de Bodyboard, Surf e entrada no mar para a prática das seguintes atividades: WindSurf, Vela,

Kite Surf e Motonáutica localizado na orla da Praia do Farol de São Tomé na direção do 1º Pier (16),

com área de ação de 100 metros de raio a partir do 1º Pier;

f) Prática de Bodyboard, Surf e entrada no mar para a prática das seguintes atividades: WindSurf, Vela,

Kite Surf e Motonáutica localizado na orla da Praia do Farol de São Tomé entre as Ruas: 89 (14) e 88

(15) , respectivamente, na direção do antigo Portal das Gaivotas (atualmente chamado de Bosque das

Casuarinas);

g) Prática de WindSurf, Vela, Kite Surf, Motonáutica, Banana-Boat e Remo localizado no Lagamar com

utilização a partir de 50 metros da beira da Lagoa, sendo que, a entrada das referidas embarcações se dará

no Deck (13) , localizado a esquerda a cerca de 30 metros do ultimo quiosque;

h) Prática de Bodyboard, Surf e entrada no mar para a prática das seguintes atividades: WindSurf, Vela,

Kite Surf e Motonáutica localizado na orla da Praia do Farol de São Tomé entre as Ruas: Tomé de Souza

(5) e Castelo Branco (12);

i) Prática de Bodyboard, Surf e entrada no mar para a prática das seguintes atividades: WindSurf, Vela,

Kite Surf e Motonáutica localizado na orla da Praia do Farol de São Tomé entre as Ruas: José Custódio

de Almeida (20) e Rua Atum (21);

j) Prática de Bodyboard, Surf e entrada no mar para a prática das seguintes atividades: WindSurf, Vela,

Kite Surf e Motonáutica localizado na orla da Praia do Farol de São Tomé entre as Ruas: Piau (22) e

Tainha (23);

V - Das áreas destinadas à prática de pesca esportiva:

l) Prática de Pesca Esportiva localizada na orla da Praia do Farol de São Tomé em frente ao Portal do

Lagamar, entre as Ruas: 60 (18) e São Brás (19), respectivamente.

Page 119: Pgi  06 04-15

119

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Prática de Pesca Esportiva localizada na orla da Praia do Farol de São Tomé localizada em frente ao

Farol da Marinha, entre as Ruas: Irineu Parente (1) e Ludgero Arêas (17);

Page 120: Pgi  06 04-15

120

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

LEI Nº 5.418, DE 29 ABRIL DE 1993.

Cria Área de Proteção Ambiental - APA do Lagamar, com base no Art. 225,§ 1º, inc.III,

da constituição da República; no Art.8º, da Lei Federal nº/6.902, de 27/03/81; no Art.9º, inc.VI, da Lei

Federal nº 6.938, de 31/08//81; no Art.1º inc.II, do Decreto Federal nº 99.274, de 06/06/90; no Art. 258,

inc.III, da Constituição do Estado; e no Art. 243, inc.V, da Lei Orgânica do Município.

A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES DECRETA E EU SANCIONO Á

SEGUINTE LEI:

Art.1º- Fica criada a área de Proteção Ambiental- APA do Lagamar, situada em Santo Amaro, 3º Distrito

de Campos dos Goytacazes, com objetivo de proteger um ecossistema de laguna de nossa região e de

ecossistemas representativos a ele associados, bem como controlar atividades que ameacem a sua

integridade.

Art.2º- A APA do Lagamar abrange:

I – O espelho d’água do ecossistema lagunar, em todo o seu perímetro, considerando os seu leito maior;

II- As margens da laguna, numa faixa de 30 metros (trinta) metros, medidos horizontalmente, a partir de

nível mais alto das águas;

III- Os remanescentes de vegetação nativa que se encontram em suas margens;

IV- Os leitos e margens dos cursos d’água afluem da laguna, numa extensão de 500 (quinhentos) metros

a contar da foz ou da nascente dos mesmos.

Art.3º- Para efetivação da APA do lagamar, o Governo Municipal de Campos dos Goytacazes

providenciará:

I- O alinhamento da orla da laguna, definindo seu leito menor e maior sazonal;

II- A demarcação de sua faixa marginal de proteção, mediante marcos afixados no terreno;

III- A retirada de obstáculos colocados por pessoas físicas ou jurídicas, no interior da APA;

IV- A transferência de moradores instalados nos domínios da APA, nos termos do que perceitua o Art.

244 e seus incisos, da Lei Orgânica;

V- A demolição de edificações privadas construídas no âmbito da APA ou de qualquer outra que esteja

em desacordo com os fins que justificaram sua criação;

VI- A reconstituição e restauração da vegetação nativa na faixa marginal de proteção da laguna e dos

cursos d´água que nela tem nascente e foz, no trecho integrante da APA;

Page 121: Pgi  06 04-15

121

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

VII- A remoção de aterros e o fechamento de canais efetuados por pessoas físicas ou jurídicas no âmbito

da APA;

VIII- A formulação de um projeto de educação ambiental que habilite os segmentos sociais dependentes

dos ou interessados nos ecossistemas integrantes da APA a respeitá-los e deles fazer uso ecologicamente

sustentado;

IX- A elaboração de um projeto de repovoamento faunístico dos ecossistemas integrantes da APA,

respeitando suas características originais;

X- A construção de uma galeria de cintura que impeça o afluxo de efluentes para os corpos d’água da

APA.

§ 1º - As providências arroladas neste artigo, serão detalhadas no Plano Diretor da APA do Lagamar, a

ser eleborado no prazo máximo de 06 (seis) meses, a partir da data da publicação da presente Lei.

§ 2º - As disposições previstas nos incisos deste artigo deverão ser cumpridas no prazo máximo de 12

(doze) meses, a partir da data da publicação da presente Lei.

§ 3º - O Governo municipal recorrerá a ações administrativas ou judiciais para promover a retirada de

pessoas comprovadamente detentoras de bens que não justifiquem a ocupação de áreas situadas nos

domínios da APA, examinando caso por caso os pedidos de indenização, na forma da Lei.

Art.4º- Na APA do Lagamar, são expressamente proibidos:

I- Práticas de lazer que comprometam, potencial ou efetivamente, os ecossistemas que integram a APA;

II- Atividades extrativistas, agropecuárias e industriais que causem impacto ambiental, potencial ou

efetivamente, aos ecossistemas integrantes da APA, na vertente que inflete para a laguna e cursos D’água

que nela têm nascente e foz;

III- Obras de terraplanagem e de abertura retificação de canais sem estudo e relatório de impacto

ambiental;

IV- Lançamento de esgoto, “in natura”, e de resíduos sólidos ecossistemas que constituem a APA;

V- Atividades que ameacem afugentar ou extinguir espécies nativas que têm seu habitat nos ecossistemas

da APA;

VI- Atividades capazes de provocar erosão, assoreamento e eutrofização;

VII- Pesca predatória.

Art. 5º A reparação dos danos causados aos ecossistemas componentes da APA do Lagamar e previstos

na legislação em vigor correrá às expensas das pessoas físicas ou jurídicas que os cometerem.

Page 122: Pgi  06 04-15

122

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

Art. 6º O Plano Diretor estabelecerá normas para a área urbana situada no entorno da APA do Lagamar,

bem como fixará a classe das águas dos ecossistemas situados em seu interior.

Art.7º O Conselho Municipal do Meio Ambiente participará de todas as fases de estudo, implementação

e gerenciamento da APA do lagamar.

Parágrafo único – A APA do Lagamar será administrada pelo Órgão Municipal do Meio Ambiente,

podendo, também, firmar convênio com órgão e entidades públicas ou privadas, para a proteção e

conservação da APA.

Art. 8º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

DECRETO Nº 43.522 DE 20 DE MARÇO DE 2012

CRIA O PARQUE ESTADUAL DA LAGOA DO AÇU E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições constitucionais

e legais, tendo em vista o que consta do processo E-07/502044/2010,

CONSIDERANDO:

- que é dever do Poder Público e da coletividade defender e preservar o meio ambiente ecologicamente

equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida;

- que na área costeira dos municípios de São João da Barra e Campos dos Goytacazes há lagoas, lagunas

e banhados em bom estado de preservação, e ainda importantes testemunhos de outros que, no passado,

foram drenados ou aterrados no norte e noroeste fluminense para expansão das atividades agropecuária;

- que a Mata Atlântica constitui patrimônio nacional, conforme o disposto no §4° do artigo 225 da

Constituição da República Federativa do Brasil;

- que incumbe ao Poder Público definir espaços territoriais a serem especialmente protegidos, conforme o

disposto no artigo 225 da Constituição da República Federativa do Brasil e no artigo 261 da Constituição

do Estado do Rio de Janeiro;

- que parques são unidades de conservação de proteção integral que têm como objetivo a preservação de

ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, conforme o disposto na Lei Federal

Page 123: Pgi  06 04-15

123

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da

Natureza - SNUC;

- que parques são espaços públicos fundamentais para o desenvolvimento da região onde estão inseridos,

mediante o estímulo ao desenvolvimento dos diversos segmentos do turismo, em especial do ecoturismo,

e que assegurem um espaço público para o lazer, a recreação e a manutenção da biodiversidade para as

atuais e futuras gerações;

- que a vegetação de restinga na área costeira dos municípios de São João da Barra e Campos dos

Goytacazes constitui a segunda restinga mais ameaçada do país;

- que a restinga existente na área costeira dos municípios de São João da Barra e Campos dos Goytacazes

abriga todas as tipologias de restinga, definidos no Decreto Estadual n° 41.612, de 23/12/08;

- a necessidade de serem mantidas intactas para o conhecimento e desfrute das futuras gerações porções

de praias do litoral norte fluminense;

- que as áreas que abriguem espécies raras, vulneráveis ou ameaçadas de extinção e áreas de interesse

arqueológico, histórico, científico, paisagístico e cultural são consideradas áreas de preservação

permanente, conforme o disposto no artigo 268 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro; e

a importância dos serviços ambientais proporcionados pelas florestas e demais formas de vegetação

nativa para a vida humana.

DECRETA:

Art. 1º - Fica criado o Parque Estadual da Lagoa do Açu, com área total aproximada de 8.251,45

hectares, abrangendo terras dos municípios de Campos dos Goytacazes e São João da Barra.

§1º O memorial descritivo dos limites do parque consta do Anexo I do presente Decreto.

§2º O mapa de situação do parque consta do Anexo II do presente Decreto.

§3º O mapa original do parque, com a delimitação por pontos e correspondentes coordenadas UTM,

acha-se arquivado no Instituto Estadual do Ambiente - INEA/RJ e deverá ser disponibilizado no sítio na

rede mundial de computadores do Instituto.

Art. 2º - A criação do Parque Estadual da Lagoa do Açu tem por objetivos:

Page 124: Pgi  06 04-15

124

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

I- assegurar a preservação de parte de um dos mais ricos e bem preservados remanescentes de vegetação

de restinga do Estado do Rio de Janeiro, bem como recuperar as áreas degradadas ali existentes;

II - assegurar a preservação de áreas úmidas remanescentes no litoral norte fluminense, especialmente da

Lagoa do Açu e o banhado da Boa Vista;

III - manter populações de animais e plantas nativas e oferecer refúgio para espécies raras, vulneráveis,

endêmicas e ameaçadas de extinção da fauna e flora nativas;

IV- estimular o ecoturismo, como alternativa sustentável de geração de emprego e renda;

V- assegurar a continuidade da prestação dos serviços ambientais proporcionados pela biodiversidade e

pelos corpos hídricos locais;

VI - oferecer oportunidades de visitação, recreação, aprendizagem, interpretação, educação, pesquisa

científica e relaxamento;

VII - resguardar de ocupação amostras representativas das praias do litoral norte fluminense.

Art. 3 - Fica estabelecida como de utilidade pública, para fins de desapropriação e implantação do

parque, a área delimitada por este Decreto, sendo vedados empreendimentos, obras e quaisquer

atividades que afetem sua substância ou destinação sem autorização do INEA. Art. 4º - No prazo de 180

(cento e oitenta) dias contados da publicação deste decreto, o INEA cadastrará os pescadores artesanais

da Região Norte Fluminense que dependem, para sua subsistência, da pesca nos limites do Parque

Estadual da Lagoa do Açu.

§1º - Para efetuar este cadastramento, o INEA estabelecerá parceria com as colônias e associações de

pescadores da Região Norte Fluminense.

§2º - Para ser cadastrado, o pescador artesanal deverá comprovar ser residente e domiciliado em

município da Região Norte Fluminense.

Art. 5º - Concluído o cadastramento previsto no artigo anterior, o INEA celebrará termo de compromisso

com cada pescador cadastrado, e emitirá autorização pessoal e intransferível para pesca artesanal nos

limites do parque.

Page 125: Pgi  06 04-15

125

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

§1º O Termo de Compromisso previsto no caput deste artigo especificará os direitos e obrigações dos

compromissados, estando vinculado à expedição de autorização para a pesca artesanal, com caráter

precário, condicionada sua validade à fiel observância das obrigações especificadas no Termo.

§2 º O descumprimento das obrigações constantes no Termo de Compromisso, ou a prática, por parte dos

compromissados, de qualquer infração ou crime ambiental no interior do Parque Estadual da Lagoa do

Açu, ensejará a denúncia do Termo e a anulação da autorização para pesca artesanal.

Art. 6° - O parque será regido pela Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que instituiu o Sistema

Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e pela legislação estadual pertinente.

Art. 7º - Fica assegurada, se necessária, a recuperação, ampliação e pavimentação das estradas já

existentes nos limites do parque e que sejam indispensáveis ao acesso de distritos e povoados,

observados os dispositivos do Decreto Estadual n° 40.979, de 15 de outubro de 2007.

Art. 8º - Fica estabelecido o prazo máximo de 05 (cinco) anos, a partir da data de publicação deste

Decreto, para a elaboração do Plano de Manejo do Parque Estadual da Lagoa do Açu.

Art. 9º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 20 de março de 2012

SÉRGIO CABRAL

ANEXO I

O Parque Estadual da Lagoa do Açu localiza-se no litoral da Região Norte do Estado do Rio de Janeiro,

com área total aproximada de 8.251,45 hectares, nos municípios de Campos dos Goytacazes e São João

da Barra, apresentando a seguinte delimitação por pontos e correspondentes coordenadas aproximadas

conforme a projeção Universal Transversa de Mercator (UTM), fuso 24, datum horizontal SAD 69, com

base em imagem do satélite Ikonos e dados de campo.

Inicia-se no ponto 01 (293867,15 E / 7574971,91 N) e daí segue em linha reta no sentido sudeste por

cerca de 245 m até o ponto 02 (293952,22 E / 7574742,1 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste

por cerca de 153 m até o ponto 03 (294099,37 E / 7574699,14 N) ; daí segue em linha reta no sentido sul

por cerca de 72 m até o ponto 04 (294100,35 E / 7574626,15 N) ; daí segue em linha reta no sentido leste

por cerca de 348 m até o ponto 05 (294448,88 E / 7574611,84 N) ; daí segue em linha reta no sentido

sudeste por cerca de 94 m até o ponto 06 (294531,06 E / 7574567,02 N) ; daí segue em linha reta no

Page 126: Pgi  06 04-15

126

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

sentido sul por cerca de 340 m até o ponto 07 (294510,76 E / 7574226,72 N) ; daí segue em linha reta no

sentido sudoeste por cerca de 146 m até o ponto 08 (294370,85 E / 7574184,41 N) ; daí segue em linha

reta no sentido sudeste por cerca de 84 m até o ponto 09 (294385,3 E / 7574102,93 N) ; daí segue em

linha reta no sentido leste por cerca de 127 m até encontrar a margem leste da estrada da Azeitona, no

ponto10 (294507,35 E / 7574139,02 N) ; daí segue pela mesma margem desta estrada no sentido nordeste

até o ponto 11 (294627,81 E / 7574500,43 N) ; daí segue em linha reta no sentido leste por cerca de 398

m até o ponto 12 (295026,16 E / 7574514,32 N) , localizado a 100 m da lagoa do Açu; daí segue em

linha reta até encontrar o limite da faixa de afastamento de 100 m da lagoa do Açu no ponto 13

(295030,99 E / 7574799,68 N); daí segue por este limite no sentido norte, passando pelos pontos 14

(295051,03 E / 7574880,84 N) e 15 (295044,98 E / 7575078,56 N) até atingir o ponto 16 (295076,43 E /

7575177,31 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 245 m até o

ponto 17 (295086,97 E / 7575423,79 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 386 m

até encontrar novamente a margem leste da estrada da Azeitona, no ponto18 (294981,08 E /

7575796,29 N) ; daí segue em linha reta no sentido nordeste por cerca de 315 m até encontrar a linha de

costa, no ponto 19 (295282,02 E / 7575888,75 N) ; daí segue pela linha de costa no sentido

sudeste/sul/sudoeste, passando pelos pontos 20 (295461,12 E / 7575252,96 N), 21 (295780,52 E /

7573862,88 N), 22 (296131,48 E / 7571227,11 N), 23 (295943,03 E / 7568397,39 N), 24 (295161,51 E /

7565850,07 N), 25 (294812,34 E / 7565051,37 N) e 26 (294327,88 E / 7564553,14 N) até atingir o

ponto 27 (291479,54 E / 7562464,6 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 214 m

até encontrar a margem sul de um arruamento no ponto 28 (291330,93 E / 7562618,49 N); daí segue pela

mesma margem deste arruamento, no sentido nordeste, até o ponto 29 (295089,73 E / 7566121,94 N); daí

segue em linha reta no sentido nordeste por cerca de 15 m, atravessando este arruamento até encontrar,

na sua margem norte, o cruzamento com a margem leste de outro arruamento de terra no ponto 30

(295077,58 E / 7566127,27 N) ; daí segue pela mesma margem deste arruamento, no sentido noroeste,

até o ponto 31 (294626,61 E / 7566311,72 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de

92 m até o ponto 32 (294539,17 E / 7566339,17 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudoeste por

cerca de 89 m até o ponto 33 (294471,83 E / 7566282,67 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste

por cerca de 119 m até encontrar a margem oeste de um arruamento de terra, no ponto 34 (294535,62 E /

7566181,29 N) ; daí segue pela mesma margem deste arruamento, no sentido sudoeste, até o ponto 35

(294345,46 E / 7565838,25 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de 161 m até o

Page 127: Pgi  06 04-15

127

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

ponto 36 (294433,96 E / 7565702,63 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudoeste por cerca de 228 m

até encontrar um outro arruamento, no ponto 37 (294278,17 E / 7565534,82 N) ; daí segue em linha reta

no sentido sudoeste por cerca de 710 m até o ponto 38 (293744,85 E / 7565065,6 N) ; daí segue em linha

reta no sentido noroeste por cerca de 202 m até o ponto 39 (293634,32 E / 7565235,49 N) ; daí segue em

linha reta no sentido sudoeste por cerca 1.117 m até encontrar a margem oeste de um arruamento de terra

no ponto 40 (293124,28 E / 7564796,34 N) ; daí segue pela mesma margem deste arruamento, no sentido

noroeste/sudoeste, até o ponto 41 (292597,26 E / 7564471,08 N) ; daí segue em linha reta no sentido

noroeste por cerca de 156 m até o ponto 42 (292489,69 E / 7564582,05 N) ; daí segue em linha reta no

sentido sudoeste por cerca de 988 m até o ponto 43 (291761,53 E / 7563918,22 N) ; daí segue em linha

reta no sentido sudoeste por cerca de 958 m até encontrar a margem oeste de uma via asfaltada, no

ponto 44 (292596,58 E / 7563437,52 N) ; daí segue pela mesma margem desta via, no sentido sudoeste,

até o ponto 45 (291325,26 E / 7562627,59 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de

622 m até encontrar a margem norte de um arruamento de terra, no ponto 46 (290871,09 E / 7563047,94

N) ; daí segue pela mesma margem deste arruamento, no sentido sudoeste, até o ponto 47 (290706,31 E /

7562927,03 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 12 m até o ponto 48 (290695,44

E / 7562932,27 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudoeste por cerca de 944 m até o ponto 49

(289941,93 E / 7562362,73 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de 25 m até

encontrar a margem sul da avenida Boa Vista, no ponto 50 (289962,77 E / 7562348,73 N) ; daí segue

pela mesma margem desta avenida, no sentido sudoeste, até o ponto 51 (288582,22 E / 7561469,97 N) ;

daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 378 m até encontrar a margem norte de uma rua

sem nome, no ponto 52 (288378,83 E / 7561789,55 N) ; daí segue pela mesma margem desta rua no

sentido noroeste até o ponto 53 (288091,80 E / 7562266,97 N) ; daí segue em linha reta no sentido

noroeste por cerca de 250 m até encontrar a margem sul de um canal, no ponto 54(287961,55 E /

7562484,32 N) ; daí segue pela mesma margem deste canal no sentido sudoeste até encontrar a margem

oeste de outro canal, no ponto 55 (287817,22 E / 7562277,69 N) ; daí segue pela mesma margem deste

canal, no sentido norte/noroeste, até o ponto 56 (287740,45 E / 7562672,04 N) ; daí segue em linha reta

no sentido sudoeste por cerca de 658 m até encontrar a margem norte da rodovia RJ-216, no ponto57

(287347,02 E / 7562141,67 N) ; daí segue pela mesma margem desta rodovia, no sentido noroeste, até o

ponto 58 (284862,56 E / 7563973,75 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por 185 m até o

ponto 59 (284721,25 E / 7564094,04 N); daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 215 m

Page 128: Pgi  06 04-15

128

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

até o ponto 60 (284590,65 E / 7564265,37 N) ; daí segue em linha reta por cerca de 95 m no sentido

oeste até o ponto 61 (284498,19 E / 7564242,98 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por

cerca 1.956 m até o ponto 62 (283034,17 E / 7565540,49 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste

por cerca de 470 m até o ponto 63 (282880,48 E / 7565985,44 N) ; daí segue em linha reta por cerca de

653 m, no sentido nordeste, até encontrar a margem leste de uma estrada de terra, no ponto 64

(283509,56 E / 7566162,13 N) ; daí segue pela mesma margem desta estrada no sentido noroeste até

encontrar a margem sul da estrada do Mulaco, no ponto 65 (282668,18 E / 7566764,86 N) ; daí segue

pela mesma margem desta estrada, no sentido nordeste/norte, até o ponto 66 (282976,17 E / 7568991,20

N) ; daí segue em linha reta no sentido nordeste por cerca de 435 m até o ponto 67 (283399,46 E /

7569094,76 N) ; daí segue em linha reta no sentido norte por cerca de 249 m até encontrar a margem

norte de um canal, no ponto 68 (283401,63 E / 7569344,52 N) ; daí segue pela mesma margem deste

canal até o ponto 69 (283570,9 E / 7569344,04 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca

de 458 m até encontrar a margem norte de outro canal no ponto 70 (283429,15 E / 7569779,29 N) ; daí

segue pela mesma margem deste canal no sentido oeste por cerca de 135 m até o ponto 71 (283296,42 E

/ 7569751,69 N) ; daí segue em linha reta no sentido norte por cerca de 223 m até o ponto 72 (283263,11

E / 7569972,89 N) ; daí segue em linha reta no sentido leste por cerca de 287 m até o

ponto73 (283548,84 E / 7570006,71 N) ; daí segue em linha reta no sentido norte por cerca de 192 m até

o ponto 74 (283523,85 E / 7570197,19 N) ; daí segue em linha reta no sentido leste por cerca de 478 m

até o ponto 75 (284000,58 E / 7570244,55 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de

261 m até o ponto 76 (283893,60 E /7570483,10 N) ; daí segue em linha reta no sentido leste por cerca

de 373 m até o ponto77 (284263,71 E / 7570531,04 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por

cerca de 600 m até encontrar a margem sul de um canal no ponto 78 (284840,43 E / 7570365,54 N) ; daí

segue pela mesma margem deste canal, no sentido nordeste, por cerca de 124 m, até o ponto 79

(284926,00 E / 7570455,70 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de 1.042 m até o

ponto 80 (285190,18 E / 7569447,24 N) ; daí segue em linha reta no sentido leste por cerca de 400 m até

o ponto 81 (285586,93 E / 7569390,68 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudoeste por cerca de 368

m até o ponto 82 (285509,48 E / 7569030,84 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de

425 m até encontrar a margem oeste de um canal, no ponto 83 (285858,6 E / 7568787,47 N) ; daí segue

pela mesma margem deste canal, no sentido sudoeste/sudeste, até encontrar a margem oeste de outro

canal, no ponto 84 (286034,47 E / 7568571,05 N) ; daí segue pela mesma margem deste canal, no sentido

Page 129: Pgi  06 04-15

129

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

sudoeste, até o ponto 85 (286011,64 E / 7568498,54 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por

cerca de 740 m até o ponto 86 (286639,63 E / 7568105,10 N) ; daí segue em linha reta no sentido

nordeste por cerca de 123 m até o ponto 87 (286751,69 E / 7568158,13 N) ; daí segue em linha reta no

sentido nordeste por cerca de 413 m até o ponto 88 (287001,04 E / 7568487,79 N) ; daí segue em linha

reta no sentido norte por cerca de 1.374 m até o ponto 89 (286958,71 E / 7569861,56 N) ; daí segue em

linha reta no sentido noroeste por cerca de 150 m até encontrar a margem oeste de um canal, no ponto 90

(286887,37 E / 7569993,92 N) ; daí segue pela mesma margem deste canal, no sentido norte, até o

ponto 91 (286907,29 E / 7570283,92 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de 2.674 m

até o ponto 92 (289470,82 E / 7569522,64 N) ; daí segue em linha reta no sentido leste por cerca de

2.097 m, cruzando o canal do Quitingute, até o ponto 93 (291570,58 E / 7569535,63 N) ; daí segue em

linha reta no sentido nordeste por cerca de 115 m até o ponto 94 (291679,87 E / 7569566,37 N) ; daí

segue em linha reta no sentido nordeste por cerca de 216 m até o ponto 95 (291822,78 E / 7569729,22

N) ; daí segue em linha reta no sentido leste por cerca de 212 m até o ponto 96 (292033,75 E

/ 7569729,56 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de 250 m até o ponto 97

(292267,62 E / 7569641,97 N) ; daí segue em linha reta no sentido leste por cerca de 141 m até o

ponto98 (292406,94 E / 7569635,39 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de 132 m

até o ponto 99 (292522,87 E / 7569571,19 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de

376 m até o ponto 100 (292665,26 E / 7569222,94 N) ; daí segue em linha reta no sentido leste por cerca

de 198 m até o ponto 101 (292860,04 E / 7569185,17 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por

cerca de 146 m até o ponto 102 (292943,10 E / 7569064,46 N) ; daí segue em linha reta no sentido

nordeste por cerca de 395 m até o ponto 103 (293276,78 E / 7569277,57 N) ; daí segue em linha reta no

sentido sudeste por cerca de 112 m até o ponto 104 (293353,04 E / 7569196,15 N) ; daí segue em linha

reta no sentido sudoeste por cerca de 331 m até o ponto 105 (293232,07 E / 7568887 N) ; daí segue em

linha reta no sentido sudoeste por cerca de 196 m até o ponto106 (293070,04 E / 7568775,10 N) ; daí

segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de 149 m até o ponto 107 (293195,29 E / 7568692,91

N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de 73 m até o ponto 108 (293240,39 E

/ 7568635,41 N) ; daí segue em linha reta no sentido sul por cerca de 179 m até o ponto 109 (292362 E /

7568457,46 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudoeste por cerca de 116 m até o

ponto 110 (293236,99 E / 7568343,93 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudoeste por cerca de 103

m até o ponto 111 (293172 E / 7568263,83 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de

Page 130: Pgi  06 04-15

130

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

152 m até o ponto 112 (293161,79 E / 7568111,37 N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por

cerca de 505 m até o ponto 113 (293360,16 E / 7567646,73 N) ; daí segue em linha reta no sentido

sudeste por cerca de 120 m até o ponto 114 (293425,06 E / 7567545,50 N) ; daí segue em linha reta no

sentido sudeste por cerca de 311 m até o ponto 115 (293469,65 E / 7567237,41 N) ; daí segue em linha

reta no sentido sudeste por cerca de 362 m até o ponto 116 (293609,25 E / 7566902,45 N) ; daí segue em

linha reta no sentido nordeste por cerca de 138 m até o ponto 117 (293703,52 E / 7567004,45 N) ; daí

segue em linha reta no sentido nordeste por cerca de 316 m até encontrar a margem leste de uma estrada

de terra, no ponto 118 (293832,5 E / 7567293,98 N) ; daí segue pela mesma margem desta estrada no

sentido noroeste até o ponto 119 (293820,51 E / 7567589,07 N) ; daí segue em linha reta no sentido

nordeste por cerca de 38 m até o ponto 120 (293845,71 E / 7567618,71 N) ; daí segue em linha reta no

sentido noroeste até encontrar a mesma margem leste da estrada de terra, no ponto 121 (293778,16 E

/ 7567679,51 N) ; daí segue pela mesma margem desta estrada de terra até o ponto 122 (293928,73 E /

7568081,73 N) ; daí segue em linha reta no sentido leste por cerca de 69 m até o ponto 123 (293997,42 E

/ 7568091,71 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 253 m até o ponto 124

(293898,70 E / 7568325,05 N) ; daí segue em linha reta no sentido nordeste por cerca de 460 m até

encontrar um canal, no ponto 125 (294426,98 E / 7568471,51 N) ; daí segue em linha reta no sentido

nordeste por cerca de 527 m até encontrar outro canal, no ponto 126 (294761,17 E / 7568785,42 N) ; daí

segue em linha reta no sentido nordeste até encontrar outro canal, no ponto 127 (294851,07 E /

7569302,34 N) ; daí segue em linha reta no sentido nordeste, por cerca de 187 m, até encontrar a margem

sul da estrada Maria da Rosa, no ponto 128 (294972,30 E / 7569433,59 N) ; daí segue em linha reta no

sentido norte por cerca de 120 m até o ponto 129 (294991,74 E / 7569552,43 N) ; daí segue em linha reta

no sentido leste por cerca de 167 m até o ponto 130 (295157,02 E / 7569526,41 N) ; daí segue em linha

reta no sentido norte por cerca de 276 m até o ponto 131 (295199,86 E / 7569799,40 N) ; daí segue em

linha reta no sentido noroeste até encontrar a margem sul de um canal no ponto 132 (295020,68 E /

7569856,11 N) ; daí segue pela mesma margem deste canal no sentido noroeste até o

ponto 133 (294954,90 E / 7569903,87 N) ; daí segue em linha reta no sentido norte, por cerca de 413 m,

até encontrar a linha de afastamento de 100 m da lagoa do Açu no ponto 134 (295000,25 E / 7570315,02

N) ; daí segue por este afastamento de 100 m da lagoa do Açu, no sentido nordeste, passando pelos

pontos 135 (295117,07 E / 7570484,71 N) e 136 (295191,08 E / 7570546,95 N) até atingir o

ponto 137(295217,81 E / 7570634,77 N) ; daí segue em linha reta no sentido oeste por cerca de 85 m até

Page 131: Pgi  06 04-15

131

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

o ponto 138 (294853,11 E / 7571315,06 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 82

m até o ponto 139 (295062,36 E / 7570684,99 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca

de 204 m até o ponto 140 (294919,07 E / 7570828,67 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por

cerca de 91 m até o ponto 141 (294891,18 E / 7570915,62 N) ; daí segue em linha reta no sentido norte

por cerca de 81 m até o ponto 142 (294881,59 E / 7570996,70 N) ; daí segue em linha reta no sentido

noroeste por cerca de 106 m até o ponto 143 (294807,06 E / 7571071,45 N) ; daí segue em linha reta no

sentido noroeste por cerca de 99 m até o ponto 144 (294776,02 E /7571165,43 N) ; daí segue em linha

reta no sentido noroeste por cerca de 55 m até o ponto 145 (294741,86 E / 7571208,23 N) ; daí segue em

linha reta no sentido noroeste por cerca de 137 m até o ponto 146 (294665,03 E / 7571321,97 N) ; daí

segue em linha reta no sentido leste por cerca de 188 m até o ponto 147 (294853,61 E / 7571315,48 N) ;

daí segue em linha reta no sentido nordeste por cerca de 406 m até o ponto 148 (294979,02 E /

7571702,49 N) ; daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 108 m até encontrar a margem

leste de uma estrada de terra no ponto 149 (295071,53 E /7571753,24 N) ; daí segue pela mesma margem

desta estrada no sentido noroeste até o ponto 150 (294852,8 E / 7572377,83 N) ; daí segue em linha reta

no sentido nordeste por cerca de 172 m até o ponto 151 (294985,5 E / 7572488,68 N) ; daí segue em

linha reta no sentido nordeste por cerca de 173 m até o ponto 152 (295057,22 E / 7572646,35 N) ; daí

segue em linha reta no sentido nordeste por cerca de 211 m até o ponto 153 (295216,27 E / 7572785,69

N) ; daí segue em linha reta no sentido sudeste por cerca de 76 m até o ponto 154 (295270,61 E /

7572731,47 N) ; daí segue em linha reta no sentido nordeste por cerca de 230 m até o ponto 155

(295445,24 E / 7572882,01 N); daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 673 m até o

ponto 156 (295138,96 E / 7573481,39 N); daí segue em linha reta no sentido nordeste por cerca de 273 m

até o ponto 157 (295283,90 E / 7573713,29 N); daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de

557 m até o ponto 158 (295121,23 E / 7574246,48 N); daí segue em linha reta no sentido sudoeste por

cerca de 543 m até o ponto 159 (294638,39 E / 7573996,05 N); daí segue em linha reta no sentido

sudeste por cerca de 139 m até o ponto 160 (294708,00 E / 7573875,13 N); daí segue em linha reta no

sentido sudoeste por cerca de 351 m até encontrar a margem oeste da estrada da Azeitona no ponto 161

(294398,79 E / 7573713,59 N) ; daí segue pela mesma margem desta estrada no sentido sul/sudoeste até

o ponto 162 (294174,91 E / 7573243,52 N); daí segue em linha reta no sentido noroeste por cerca de 726

m até o ponto 163 (293563,97 E/ 7573633,52 N); daí segue em linha reta no sentido noroeste por 1.564

m até a linha de afastamento de 50 m da lagoa Salgada, no ponto 164 (292587,56 E / 7574860,15 N); daí

Page 132: Pgi  06 04-15

132

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES

segue por este mesmo afastamento no sentido noroeste até o ponto165 (292512,22 E / 7574939,75

N); daí segue em linha reta no sentido sudoeste, por cerca de 586 m, até encontrar a margem norte da

estrada do Cardeiro, no ponto 166 (292253,77 E / 7574412,89 N) ; daí segue pela mesma margem desta

estrada, no sentido noroeste/sudeste, até encontrar a margem norte da estrada do Mato Escuro, no

ponto 167 (290813,76 E / 7574676,47 N); daí segue pela mesma margem desta estrada no sentido

noroeste até o ponto 168 (290047,63 E / 7575391,88 N); daí segue em linha reta no sentido leste por

cerca de 3.810 m até o ponto 169 (293873,73 E / 7575334,84 N); daí segue em linha reta no sentido

sudeste por cerca de 304 m até o ponto 170 (293991,55 E /7575051,33 N); daí segue em linha reta no

sentido sudoeste por cerca de 147 m até o ponto 01 (293867,15 E / 7574971,91 N), fechando, assim, o

polígono do Parque Estadual da Lagoa do Açu, perfazendo área total aproximada de 8.251,45 hectares.

Page 133: Pgi  06 04-15

133

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES