petroquÍmica. breve histórico 1860 -1961 primeira refinaria - querosene (iluminação) luz...
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PETROQUÍMICA
Breve histórico
1860 -1961 Primeira refinaria - Querosene (iluminação)
Luz elétrica Motor de combustão interna
Primeira guerra Mundial
1913 Craqueamento térmico - polimerização
1937 -1940 Alquilação (isomerização) - gasolina de elevada octanagem
1942 Craqueamento catalítico
1960 Hidro-craqueamento e reforma ------ Olefinas
HISTÓRICO
Antes do petróleo
Produtos de origem vegetal e animal
Derivados; extratos, fermentados, produtos modificados por processos químicos, purificados por cristalização, etc...
EVOLUÇÃO DA PETROQUÍMICA
Século XIX Síntese orgânica
Século XX Carvão: Produtos de decomposição térmica.
Século XX Petróleo e gás natura
l - Facilidade de operação, transporte, disponibilidade, baixo custo.
Processos Petroquímicos
Principais características /Diferenças/Compostos
Separações físicas - Parafinas, aromáticos e naftênicos
Decomposição térmica - olefinas, acetileno e gás de síntese.
Principais aplicações por Áreas específica
Podem ter aplicações bem definidas possuindo propriedades químicas e aplicações voltadas para um ramo industrial comum ou não definidas.
Ramos Indústrias Específicos Produtos finais: Corantes, fármacos, monômeros, etc.
Compostos intermediários: Aplicações não definidas, múltiplas aplicações. Produtos especiais: Aplicação final ou dirigida.
ALGUNS DOS PRINCIPAIS GRANDES RAMOS INDUSTRIAIS:
Resinas e monômeros:Aplicação: Produção de plásticos, borracha sintética, vernizes, adesivos, fibras
sintéticas, etc.
Polimerização por adição - Monômeros -Principais monômeros
MATÉRIAS PRIMAS: ETlLENO, PROPILENO, ISOBUTlLENO, ESTIRENO, ISOPRENO, ACETATO DE VINÍLA, ACRILONITRILA, ETC..
Polimerização por policondensação COMPOSTOS DE PARTIDA: ANIDRIDOS, DI/POLIAMINAS,DIÁLCOOIS, SILANOS, Epóxis, DIISOCIANATOS, DIÁCIDOS, FOSGÊNIO,ETC
(polisulfetos, poliésteres, siliconas, uretanas) .
Plastificantes e aditivos
Objetivo: adequar processabilidade e aplicação final.
Melhoradores de fluidez, Melhoradores de flexibilidade, Melhoradores de plasticidade, etc
Características: compatibilidade, baixa volatilidade
Principais classes de Produtos: Ésteres: dibutil, dioctilftalato, tricresilfosfato, Díácido graxo/monoálcool,
díálcool graxo/díácido, alquilaromáticos, olefinas de alto peso molecular, etc..
Catalisadores, Modificadores de cadeia terminais, Inibidores de UV (bloqueadores de radicais livres) Estabilizantes, antioxidantes etc..
Surfactantes Compostos com diferentes HLB Detergentes, Emulsionantes, Emolientes, Umectantes, etc.
Tensoativos Iônicos
Aniônicos Sabões (RCOO-) Ácidos sulfônicos (alquil *; ari1 sulfatos ou sulfonatos) Catiônicos : Quatemários de amônio
Não iônicos: Álcoois, amina e ácidos graxos etoxilados ou qualquer outro composto obtido da reação de substância com hidrogênio ativo e o oxirano.
*Obs. Ramificações no radical alquila dificultam a biodegradabilidade
SolventesCaracterísticas
Baixa volatilidade, Baixo custo, Atóxico, Não inflamável, etc.
Lubrificantes e aditivos para combustíveis
Anti-congelante,
Lubrificantes sintéticos especiais Empregados para condições severas de temperatura Características Baixa volatilidade, não corrosivos, estabilidade química, etc... Principais Produtos: Holigômeros, olefinas de médio peso molecular, alquil aromáticos, ésteres de diácidos carboxílicos, com mono álcool de alto PM, ácido carboxilico com diálcool de baixo PM, fluorcarbono , fluorclorocarbono, silanos, etc..
Outros Aditivos: Melhoradores de desempenho, Aumento de estabilidade a estocagem, Depressores de pour-point , anti- oxidantes (alquilfenóis), Melhoradores de viscosidade, Inibidores de corrosão, Anti-detonantes, Inibidores de gomas, etc..
PETRÓLEO
COMPOSICÃO Composição básica - C e H Parafínicos, Aromáticos Naftênicos Relação C/H –variável em função da origem Outros elementos presentes
Oxigênio - ácidos naftênicos . Nitrogênio - Alquil quinolinas, piridinas, pirrol, carbazol, NH3
Enxofre .- H2S , tiofenos , mercaptanas , disulfetos, sulfonas, etc. Obs. No óleo bruto a concentração média de compostos de enxofre (0,65%) podendo variar em uma faixa de 0,02% a 4,00%.
Inconvenientes: Aumentam a estabilidade de emulsões, envenenam catalisadores, são corrosivos e durante a queima geram óxidos sulfurosos, além de apresentarem forte odor.
Obs. Muitos outros compostos encontrados nos destilados são gerados nos processos de refino.
Operações de Tratamento Primário
Dessalinização
Elementos mais freqüentes Cloretos
Particularmente de magnésio - gera HCl durante processamento térmico
Ocorrência - fina suspensão ou na forma de emulsão
Tratamento: Decantação, Químico ( adição de tensoativos ); adição de solventes; adição de água e
aquecimento Aplicação de campo elétrico ( 15000 a 33000V ) coalescência
Principais compostos Mercaptanas, enxôfre elementar, ácido sulfidrico, etc.
Problemas Corrosão, odor, geração de H2S04, redução de octanagem, etc.
Algumas Formas de Eliminação
Oxidação R-S-H => R-S-S-R Catalisadores - Cobre Uso de hipoclorito – Dissolução - (extração) Promotores de solubilização (metanol, cresol, sais de ácido butírico, alquilfenóis . ác. naftênicos), associados a soda, ou mesmo soda em solução. Processo Catalítico - Vapor de HC sobre bauxita impregnada com Co-Mo (750°F)
Hidrotramento- H2 - (50 atm /° 350 C)
Obs. Compostos cíclicos , alta estabilidade - tiofenos
Desulfurização (sweetening)
Resumo de outros processos de remoção de enxofre
Girbotol 2RNH2 + H2S → (RNH3)2S Extração por vapor
Fosfato (Shell) K3PO4 + H2S → KHS + K2HPO4 Extração por vapor
Óxido de ferro Fe2O3.xH2O + 3H2S → Fe2S3 + (x + 3)H2O
→ 2Fe2S3 + 3O2 + xH2O → 2Fe2O3.xH2O + 6S Oxidação pelo ar Thylox Na4As2S5O2 + H2S → Na4As2S6O + H2O Oxidação pelo ar
Seaboard Na2CO3 + H2S → NaHCO3 + NaHS Oxidação ao ar
Soda cáustica 2NaOH + H2S → Na2S + H2O Sem regeneração
Emprego de Cal Ca(OH)2 + H2S → CaS + 2H2O sem regeneração
Alkazid RCHNH2COONa + H2S → RCHNH2COOH + NaHS Extração por vapor
Obs1 . Na remoção de compostos de enxofre de correntes de propano e butano emprega-se com freqüência o processo Merox Lavagem com solução de NaOH 15% a 20% para a remoção dos ácidos naftênicos e ácido sulfídrico (H2S), reação esta, catalisada por ftalocianina de cobalto. A solução segue depois para a seção de extração para remoção das mercaptanas. A solução é então regenerada por eliminação dos sais de sódio que são oxidados a dissulfetos. Estes sendo então descartados.Reações básicas do processo MEROX
RSH + NaOH → NaSR + H2O (extração)
4NaSR + O2 + 2H2O → 4NaOH + 2 R-SS-R (oxidação)
Obs2. A Oxiteno emprega um catalisador , por ela desenvolvido, a base de zinco (Zinox) para a remoção de mercaptanas e H2S.
Secagem Uso de Bauxita, Al2O3 sintético, sílica gel, DEG, TEG,
Processos de separação
Fracionamento térmico
Evaporação (destilação) Condensação Extração por solvente Adsorção/desorsão Absorção
Processos envolvendo quebra de cadeia
Craqueamento térmico Craqueamento catalíto Pirólise Reforma
Cronologia resumida de processos do refino
Líquidas Hidrocarbonetos de C5 a C16 Principais Aplicações
Matéria prima para síntese orgânica Combustível Solventes
MATÉRIAS PRIMAS BÁSICAS DA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA
PARAFINAS
Gasosas Hidrocarbonetos de C 1 a C4 Principais Aplicações
Matéria prima para síntese orgânica Combustível.
Processo de Separação Destilação fracionada - condensação (sob pressão) Obs. Metano, elevado custo para liquefação
Processo de Separação Destilação fracionada – (pressão atmosférica)
Hidrocarbonetos acima de l6 carbonos Tipos Parafinas " soft " P.F. até 40°C, “ hard ” acima de 40°C
Principais Aplicações Matéria prima para síntese orgânica Combustível Lubrificantes
Pastosas a sólidas
Processo de Separação
Destilação (pressão reduzida) Cristalização
Propriedades Gerais Empregadas para Separação de Hidrocarbonetos
Com base na exploração de características específicas
Diferenças de polaridade e ou “estéreo-funcionalidade”
Diferenças de solubilidade em solventes polares Absorção em hidrocarbonetos líquidos Adsorção em adsorventes sólidos
Adsorção em zeólitas ( peneiras moleculares) carvão ativo
Formação de clatratos - 8mol (carbamida) / 10 C
PROCESSAMENTO DAS FRAÇÕES LEVES
Componentes : metano, etano, propano e butano /isobutano
Principais fontes
Gás natural: Elevada concentração de metano, normalmente associado a CO2, N2, He,
Casinghead : Fração gasosa que acompanha o óleo bruto. Apresenta elevada concentração de Metano, moderada de etano e baixas concentrações de propano e butano podendo ter até 5 % de pentanos
Gases de Estabilização: Isolamento das frações leves retidas em solução após utilização do casinghead Elevada concentração de propano e butano.
Processos de Refino de Petróleo
PROCESSOS DE SEPARAÇÃO –frações leves
Condensação fracionada Opera em condições de elevada pressão e temperatura reduzida Para a operação de refluxo, há necessidade de baixa temperatura Refrigerante (etano liquido)
Adsorção ( hipersorção)
Opera de forma continua com fluxo em contracorrente Leito fluidizado de carvão ativoAdsorção preferencial para parafinas de maior PM. Desorção com vapor
Obs.: Viável se for reduzida a presença de compostos de maior PM (C3 a C5)
Absorção
Scrubber com hidrocarbonetos sob refrigeração e sob pressão Stripping recuperação do solvente
Condensação e posterior fracionamento dos gases absorvidos Vantagens: Redução da pressão parcial da fração absorvida
Solvente empregado: gasolina, ligroína
PARAFÍNICOS SÓLIDOS E LÍQUIDOS
Fonte principal: óleo cruConstituição
Parafinas, Naftênicos , Aromáticos, além de compostos de S, O , N
ISOLAMENTO DAS FRAÇÕES
Após estabilização → destilação atmosférica Frações: Gasolina 40 200° C Ligroina 150 250 Querosene 180 300 Gas-oil 250 360 Óleo Combustível Resíduo
Resíduo destilação a vácuo óleos lubrificantes
SEPARAÇÃO de n - PARAFINAS das iso - PARAFINAS
CRISTALIZAÇÃO
Com solvente Cetonas e ou Aromáticos - 5 a - 30 ° C
(quando elevada concentração de n- parafínicos)
Sem solventes Para frações de baixa viscosidade (óleos lubrificantes, gas-oil)
Chilled pasta reaquecida e drenada.
Obs. Uso de propano como solvente flash crista1ização.
FORMAÇÃO DE CLATRATOS
“ Reação” com n-parafinas - solução saturada de uréia Uso associado de solvente CH2Cl2 , quando concentração elevada de parafínicos.
ADSORÇÃO EM ZEÓLITOS
Dois estágios de processo, bateria de colunas Opera tanto líquido quanto gases, tendo amplo range de temperatura e pressão Desorção térmica ou deslocamento por solventes seletivos (amônia, pentano)
PROCESSO DE ISOMERIZAÇÃO DE PARAFINAS
OBJETIVO
Obtenção de iso-parafínas a partir de n-parafinas como principal (matéria-prima)
Produtos finais
Isooctano, Isobutano, Isopentano, Neopentano, etc.
Observação: A gasolina proveniente da destilação atmosférica de petróleo bruto tem baixo teor de isoparafinas. A obtenção de gasolina de alta octanagem também pode ser produzida por processo de alquilação de uma olefina por uma isoparafina
Características do processo de isomerização
Processo reversívelTemperatura baixa a moderada => equilíbrio para ramificados Mecanismo: via carbocátions
OBS.Os carbocátions necessários a promoção das reações, ou são formados em pequenas quantidades durante o processamento da matéria prima a custa da ação do calor (craqueamento) ou, ainda pela formação de pequena concentração de olefinas , via desidrogenação. Sabe-se que o mecanismo depende da presença de traços de olefina, uma vez que, se esta for acrescida ao processo a reação tem início. Ainda quando do uso de catalisadores, estes têm sua atuação ligada a presença daquelas olefinas.
HCH=CH2 + H-O-Me RC+ H-CH2 + MeO
RCH=CH2 + HCl + AICl3 → nC+H-CH2 + AICl3
Ação dos catalisadores na geração de carbocátions
Seqüência das reações de isomerização
CH3 - CH2 - CH2 - CH2 - CH2 + RC+H – CH2 ↔ CH2 - C+H - CH2 - CH2 - CH3+ RCH2 - CH3
CH3 – C+H – CH2 – CH2 – CH3 ↔ CH3 - CH2 - C+H – CH2 – CH3
CH3 - CH2 - C+H – CH2 – CH3 ↔ CH3 - CH2 - CH - C+H2
CH3
CH3 - CH2 - C+- CH3
CH3
+ CH3 - CH2 - CH2 - CH2 - CH2
CH3 - CH2 – CH – CH3
CH3
+ CH3 – C+H - CH2 - CH2 - CH2
PROCESSO DE ISOMERlZAÇÃO DE PARAFINAS
Reações Paralelas
Craqueamento Favorecido pela elevação da temperatura
Polimerização Função da concentração de olefinas e pressão
Alquilação Reações consecutivas dos carbocátions com as olefinas
Catalisadores empregados para isomerização
AlCl3 - co-catalisador- HCI Al Br ZnCl2 Sulfetos de Mo ou de W Pt AlCl3 (Gustavson) ou em solução em SbCl3
Obs. Pt e Pd suportados em alumina , ativos só a 350- 450 o C,
Admissão de H2 Inibir polimerização das olefinas, as quais desativam o catalisador.
Outro importante processo de isomerização Processo Shell para produção de isobutano usando como matéria prima o n-butano. Catalisador Tricloreto de alumínio na presença de ácido clorídrico
Nota: O butano não isomeriza, senão na presença de 0,01 % de olefina.
Outros processos de isomerização
Isomerização de metil-ciclopentano para obtenção de ciclohexano
OLEFINASOcorrência: Não disponível no petróleo bruto, é obtida de processos de decomposição térmica: craqueamento ou pirólise
Importância Devido a reatividade da ligação π e grande disponibilidade (baixo custo) é empregada como matéria prima em muitos processos petroquímicos. Tais como:
Alquilações Halogenações Produção de óxidos de olefinas, álcoois superiores, etc.
Obs. Em nível de importância o etileno e o propileno são aqueles de mais ampla aplicação.
Olefinas de baixo ponto de ebulição
Principal fonte
Craqueamento térmico Pirólise de frações leves compostas basicamente de etano e propano ou mesmo de fração C4
Fontes secundárias
Subproduto de processos de pirólise Sub-produto do craqueamento de frações como querosene e óleos
quando destinados a produção de gasolina
Obs. C2 a C4 gases de baixo PE C5 ( amilenos ) função de ramificações ( líquidos de baixo ponto
de ebulição)
FRACIONAMENTO ENTRE HOMÓLOGOS
Neste processo separam-se saturados dos insaturados (olefinas)
Princípios aplicadosDiferença de polaridades frente aos saturados Destilação extrativa
Absorção em solventes de baixa volatilidade Soluções cuproamoniacais e líquidos polares (acetona, furfural acetonitrila) A presença de grande interação dipolo-dipolo reduz a pressão parcial da fração associada, acarretando em conseqüência diferenças na volatilidade relativa
Adsorção em sólidos Adsorção e posterior desorção.
OLEFINAS PESADAS
Principais fontes Craqueamento térmico e pírólise de parafinas Ocorrendo em quantidades significativas Craqueamento de frações leves e gases
Neste caso, presente em pequeno percentual, como sub-produto, em decorrência da oligomerização de olefinas de menor peso molecular
Craqueamento catalítico Principal produto gasolina Co-produto olefinas
FORMAS ATERNATIVAS DE PRODUÇÃO Dehidrogenação de parafinas Interconversão de olefinas
oligomerização desproporcionamento cat Mo, W (óxidos)
ISOMERlZAÇÃO DE OLEFINAS
Objetivo Suprir demanda para isobuteno Etapas
Dehidrogenação do n-butano Buteno isomerização isobuteno
Catalisador: H3 PO4 (argila) 300° C Injeção de vapor inibir polimerização
Caracteristica de alguns catalisadores
Al2O3, H3 PO4, TeO e Aluminosilicato isomerizam a estrutura Sílica gel e Alumina ativada deslocam a ligação dupla.
Estabilidade termodinâmica dos hidrocarbonetos
pkRTG ln0
Observe a dependência da energia livre de Gibbs na formação de alcanos /alcenos
Temos que ∆G = - RT 1n KpO sistema tende sempre ao estado de menor energia interna.Indiretamente pode-se concluir destes dados quanto a maior ou menorfacilidade de inter-conversão entre os respectivos hidrocarbonetos.
Avaliação da estabilidade termodinâmica na inter-conversão de hidrocarbonetos
alceno
ESTABILIDADE TÉRMICA EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA
Em temperatura reduzida a estabilidade decresce na seguinte ordem
Parafínicos > naftênicos > olefínicos > aromáticos Com a elevação da temperatura, ocorre inversão, isto é, teremos maior estabilidade para os aromáticos
REGRA GERAL
Quanto maior a cadeia, mais fácil o craqueamento para as parafinas Também para isomerização
Olefinas são mais estáveis ao tratamento térmico que as parafinas
Obs. O craqueamento de uma parafina gera com freqüência, entre outros
produtos, uma olefina e uma parafina de menor PM
Nos processos de craqueamento de parafinas se a temperatura for reduzida, ocorre inclusive tendência a acorrer alquilação ou polimerização
EFEITO DA PRESSÃO NOS PROCESSOS DE CRAQUEAMENTO
Tendência a polimerização de olefinas Alquilação
Conseqüência Pressão elevada inibe excessivo craqueamento, reduzindo a produção
de hidrocarbonetos de baixo PM, como também de olefinas
PROCESSOS DE CRAQUEAMENTO E PIRÓLISE
REAÇÕES PARALELAS
Quebra de cadeia lateral de naftênicos e de aromáticos
Ruptura de naftênicos com produção de olefinas
SOB CONDIÇÕES MAIS ENERGICAS
Dehidrogenação Formação de dienos Ciclização Formação de cicloolefinas Seqüência
• Dieno + olefina ( adição ) ciclo-olefina• Dieno + ciclo-olefina cicloaromático • Ciclo-olefina - H2 naftaleno
Coque (policondensação de aromáticos) Carbono
Obs. Os processos de decomposição térmica quando na ausência de catalisador ocorrem via radicais livres.
H
H
H
H
H
HH H
HH
+ +HH
H HH
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
H
HH
H
H
H
H
H H
+H
HH
H
H
H
HH
HH
HH
HH
HH
H
H
HH H
HH
H
HH
H
H
H
H
H
H
H
H H
H
H
HH
H
H2
H2
O perfil de composição dos produtos obtidos nos processos de pirólise ou craqueamento depende dos seguintes fatores
Tipo de matéria-prima Temperatura de processamento Tempo de residência
DECOMPOSIÇÃO TÉRMICA DE HIDROCARBONETOS
PRODUTOS OBTIDOS
REGRA GERAL
Em relação à MATÉRIA-PRIMA Matérias-primas leves Produzem mais gases e produtos com H/C mais altos
Matérias-primas pesadas Produzem relativamente menos gases e mais coque, assim como produtos com H/C mais baixos
OBS. Em condições de temperatura mais elevada aumenta-se a produção de gases, com conseqüente redução de compostos líquidos e coque
Em relação à TEMPERATURA
Elevação moderada da temperatura no craqueamento de HC líquido, conduz a um aumento na produção de aromáticos e alcanos gasosos Elevação extrema da temperatura tem inicio processo de dehidrogenação, com conseqüente produção de alcenos e redução na produção de alcanos
Obs. Na pirólise do etano e propano, têm-se como produtos principais olefinas até C4, além de dienos e acetileno
Com maior incremento na temperatura intensifica-se processos de dehidrogenação, com abundante formação de acetileno e hidrogênio.
Em relação ao TEMPO DE RESIDÊNCIA
Elevação no tempo de residência Intensifica-se a produção de H2 , metano, coque e concomitante polimerização de olefinas
Em relação à PRESSÃO
A redução da pressão favorece o aumento da produção de olefinas.
RESUMO DE ALGUNS PARÂMETROS EMPREGADOS EM ALGUNS PROCESSOS PRODUTIVOS PETROQUÍMICOS
Gasolinas e α-olefinasMatéria-prima – Fração média de óleo cru
Temperatura de 500 a 550° C Reduzido tempo de residência e Operação com conversão parcial (reciclo)
Olefinas de baixo PM Matéria-prima – Fração leve
Temperatura de 800 a 900 ° C Tempo de residência de 0,2 a 0,5 s Diluição da matéria prima com vapor d' água Coque
Matéria-prima - residual pesado Temperatura de 500 a 550º C Tempo de residência longo Processo efetuado sob pessão.
Obs. : Efetuam-se pirólise de matérias - primas variadas, desde etano ao óleo cru Ex.: Gasolina como MP, para a produção de aromáticos e butadieno Em pirólise de HC pesados, opera-se com excesso de H2 (hidropirólise) para inibir a formação de coque e resíduos pesados, otimizando-se em conseqüência a produção de olefinas e butadieno.
CRAQUEAMENTO CATALÍTICO
Mecanismo Iônico formação de carbocátion Catalisadores: aluminosilicatos
Principais fontes de carbocátions
Olefinas (geradas pelo craqueamento térmico) Nas zeólitas (catalisador) o proton, devido a característica acídica da zeólita
CnH2n + MeOH → Cn+ H2n+l + MeO
REAÇÕES DOS CARBOCÁTIONS
Rearranjo na própria molécula
R1+ => olefina + R2+ , com R2+ < R1+
Ação sobre molécula neutra => geração de novo carbocátion pela eliminação de hidrogênio de outra molécula, com conseqüente extinção do carbocátion inicial.
R1+ + HR2 => HR1 + R2
+
Características marcantes do craqueamento catalítico
Produção de isoparafinas (isomerização) Efeito de redistribuição Formação de produtos mais estáveis ( aromatização)
Olefina + naftênico parafina + aromático
HH
HH
H H H
H +HH
H
HH H
HHH
H
HH
HH
HH
H
HH
H
H
H
+H
HH
HH
HH
HH
H- H2
Obs.Visto que os carbocátions C1H3
+e C2H5+ são muito instáveis, ocorre
reduzida concentração de metano e etano em decorrência de quebra de cadeia (craqueamento catalítico), predominando em conseqüência maior concentração de hidrocarbonetos de 3 e 4 carbonos, além de alta concentração de H2. Ainda, em conseqüência da maior estabilidade dos carbocátions terciários também ocorre a isomerização tanto dos primários quanto dos secundários, uma vez formados, o que leva a produção de grande quantidade de hidrocarbonetos ramificados.
PROCESSOS DE CRAQUEAMENTO E PIRÓLISE REATORES
Principais formas de aquecimento
Troca térmica indireta ( gases de combustão) Vapor superaquecido (pirólise adiabática ) Parcial combustão ( pirólise oxidativa ) Leito fixo ou móvel (pirólise regenerativa)
Obs. Injeção de água (30 a 60 % ) junto a carga do forno de pirólise Objetivo: Baixar a pressão parcial do sistema. Conseqüência: Conversão de parte do coque produzido.
Resfriamento com água ( Quenching ) após o craqueamento Inibir a polimerização de olefinas.
CRAQUEAMENTO CATALÍTICO Características gerais do processo450 a 500ºC P atm x Pirólise, ( Patm 650 ...750 ºC)
Destaca-se
Coqueificação do catalisador Regeneração ( ar quente) => combustão do coque Processo regenerativo ( calor empregado como carga térmica)
CRAQUEAMENTO TÉRMICO DE PARAFINAS
Produção de α- olefinas normais ( 5 a 20 C ), principais produtos.
Características do processo
Temperatura ≈ 550°C (inibir condensação de (condensação de (polimerização)) Adição de vapor d'água (aumentar o rendimento de olefinas) Baixa conversão (20 a 25%) ( minimizar reações secundárias)
Tratamento dos produtos após os processos térmicos
Passos
Remoção de impurezas
Principais impurezas: H2S, CO2 , H20
Inconvenientes: Corrosão, Congelamento com conseqüente obstrução, Contaminação por solvência (acetileno, metilacetileno, benzeno, amilenos, etc..)
Técnicas para eliminação
Por compressão HC de PM elevado, H20 (etapa inicial de todo processo)
Lavagem
Absorção reativa com soda ( scrubber ) Remoção de H2S e CO2
Absorção com etanolamina ( formação reversível de sais )
Secagem
Etilenoglicol, Al2O3, zeólitos,
Remoção de contaminantes por solvência
Acetileno e dienos (hidrogenação seletiva) Hidrogenação seletiva - Catalisador de Pd ou Ni/Co/cromita
Separação dos gases proveniente de processos de decomposição térmica
Pirólise, craqueamento, etc
Fracionamento térmico
Composição
CH4, etileno, etano, propileno, propano, butanos e butenos
Obs. não raramente separa-se metano com alta pureza, isolando-o do etano , do propano e do propileno, os quais são fracionados posteriormente
Durante o processo de fracionamento faz-se inicialmente a compressão dos gases, seguida por descompressão por etapas, obtendo-se gradientes de temperatura que podem chegar até 100° C, desta forma otimiza-se energia além de possibilitar fracionamento em um amplo intervalo de temperatura.
OTIMIZAÇÃO DE ENERGIA. NOS PROCESSOS DE FRACIONAMENTO DE GASES
Emprego da variação de entalpia das mudanças de fases dos gases comprimidos
Obtenção de baixas temperaturas (até - 40°C (pressão atmosférica))
Compressão do propileno Resfriamento com água Condensação DescompressãoObs. Para o etileno (até - 100°C (pressão atmosférica))
Compressão Resfriamento com propileno (-40°C) Descompressão
Obs.As colunas operam com elevado gradiente de temperatura, mais baixas no topo, e podem conter diferentes regiões de refluxo distribuídas ao longo da coluna. Podem ainda ser alimentadas com fase gás e condensado permitindo assim otimizar as operações de fracionamento.
SEPARAÇÃO DA FRAÇÃO OLEFÍNICA (PURIFICAÇÃO) Contaminantes associados ao Etileno Metano, etano, acetileno, etc... Obs. Composição e contaminantes dependem da forma e processo de obtenção da fração olefínica
Ex.: Propileno Derivado de gases de craqueamento: de 30 à 40 % de pureza de pirólise de gases: de 60 à 80 % de pirólise de gasolina: de 90 à 95 %
Contaminantes : metilacetileno, propadieno.
SEPARAÇÃO DE PRODUTOS COM PONTO DE EBULIÇÃO MUITO PRÓXIMOS
Ex.Separação de butilenos
Colunas com grande número de pratos Relação de refluxo muito elevada
SOLUÇÃO ALTERNATIVA
Destilação extrativa (absorção) Solventes empregados (interação por solvência) Acetonitrila, N-metilpirrolidina, Furfural, Acetona.
Quimiosorção (forte interação dipolo-dipolo)
Ex. FORMAÇÃO DE COMPLEXOComposto cuproamoniacal (acetato) ex,: reação com butadieno
Cu+ (NH3) + C 4 H6 Cu+(NH2)2.C4H6 + NH3
Obs. Maior reatividade /estabilidade do composto com o butadieno, que com as olefinas.Absorção ( formação do complexo) -10 a O° C Desorção ≈ 75° C
Operação efetuada em cascata (sob agitação) ou em colunas em série(contracorrente)
Obs: O Isobutileno apresenta reação (reversível) com H2S04 , característica explorada para sua separação
Solução 40 a 60 % ácido terc-butilsulfúrico e/ou tercbutanol
OCTANAGEM DE UMA GASOLINA / CETANA NO DIESEL
Os diferentes tipos de motores funcionam por mecanismos diferentes, por isso consomem distintos combustíveis. No motor ciclo diesel a injeção do combustível é feita por atomização na câmara de combustão, na qual o ar já se encontra pressurizado. Nesta condição, estando o cilindro aquecido em conseqüência da compressão e no seu volume mínimo, (maior estágio de compressão), o combustível deve detonar tão logo é admitido na referida câmara (auto explosão) sem a necessidade de uma fonte ignitora. No motor de combustão interna (ciclo Otto), a gasolina é pré-misturada com ar e progressivamente alimentada no cilindro sendo então gradativamente comprimida. Durante o curso de compressão não deve ocorrer detonação e diferente do diesel, que, desenvolve quando explode, uma onda com velocidade de detonação extremamente elevada. A gasolina deve queimar em velocidade menor, e sua ignição promovida por uma centelha. Porém, uma vez iniciado o processo de combustão este deve se desenvolver de forma completa e progressiva. As parafinas de cadeia normal são altamente explosivas nas condições de funcionamento que operam os motores a diesel. As isoparafinas ao participarem de um processo de combustão (oxidação), pela formação de radicais terciários favorecem o desenvolvimento de reações de oxidação de forma mais suave e contínua.No diesel, parte do combustível não queimado na fase de admissão explode durante o curso do pistão gerando uma série de pequenas explosões incrementando a onda de compressão.
A presença de compostos ante-detonantes em maior ou menor concentração melhoram as características do combustível no que se refere à sua resistência a detonação. O referencial que tem n° de octana (O, zero) é o n-heptano, e aquele adotado como 100 é o 224-trimetilpentano(isooctana). Os compostos; benzeno, tolueno, xileno e isopropilbenzeno têm n° de octana na faixa de 100 a 106. A anilina e olefinas também são melhoradores de octanagem. O chumbo tetraetila foi por muito tempo empregado como aditivo ante-detonante. Dentre muitos outros aditivos conhecidos (acima de 100 compostos), ex. nitrato de propila, aminas primárias e secundárias, peróxidos orgânicos,etc.). O metil, terc-butiléter é principal aditivo atualmente adotado no Brasil.
Número de octana
Os padrões inicialmente empregados foram o n-heptano( 100) e a isooctana (O). Devido à baixa viscosidade que apresentam foram substituídos respectivamente pelo l-hexadeceno (100) e o mesitileno (1-3-5-trimetilbenzeno) (O). Como o mesitileno é de dificil obtenção foi finalmente substituído pelo α-metilnaftaleno (O). Hoje o padrão (100) 1- hexadeceno não é mais empregado por ser de difícil estocagem (muito instável), sofrendo rápida oxidação, somado ainda a dificuldade de produção. Em seu lugar emprega-se o n-hexadecano. Como seu n° de cetano é diferente da anterior olefina emprega-se um fator de correlação.n° de cetano = 0,875 n° de ceteno.Obs. Na escala ASTM o n-heptano tem número de cetano 57 e o isooctano 15.Exemplo de alguns melhoradores de cetano: tetranitrometano, nitrato de etila, nitrato de etilenoglicol, éteres, acetona, ésteres, amidas alifáticas, éteres alifáticos,etc..
Número de cetano
Composição dos gases obtidos por diferentes processos
Componente Craqueamento catalítico
Pirólise de Propano/butano
Pirólise de gasolina
metano 6,0 a 7,0 % 16,0 a 18,0 % 14,0 a 15,0
eteno 2,5 a 3,5 36,0 a 38,0 25,0 a 40,0
etano 6,0 a 7,0 26,0 a 28,0 5,0 a 7,0
propeno 14, 0 a 17,0 10,0 a 12,0 15,0 a 20,0
propano 13,0 a 15,0 5,0 a 6,0 2,0 a 4,0
buteno 19,0 a 22,0 2,0 a 4,0 10,0 a 20,0
butano 20,0 a 33,0 -------- 2,0 a 6,0
butadieno ------ 1,0 a 3,0 5,0 a 7,0
hidrogênio 0,7 a 0,9 1,5 a 2,0 0,4 a 0,6
Chemistry and Technology of Basic Organic and Petrochemical SynthesisVol1 Lebedev, N.N., Mir Publishers Moscow, 335p, 1981
G. Speight -Synthetic fuels handbook: properties, process, and performance, ed. Mc Graw- Hill, 422 p, 2008.