petrobrÁs - primeira aula - empresÁrio atÉ sociedade em comandita simples

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Professor Juan Vazquez [email protected] DIREITO EMPRESARIAL

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Page 1: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

Professor Juan [email protected]

DIREITO EMPRESARIAL

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CONCEITO DE EMPRESÁRIO

Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.

Page 3: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

EMPRESÁRIO

ORGANIZA ATIVIDADE ECONÔMIC

A

PRODUÇÃO

CIRCULAÇÃO

BENS

SERVIÇOS

PROFISSÃO INTELECTUAL

ELEMENTO

DE

EMPRESA

REGRA DO ARTIGO 966 DO CC/2002: TODOS SÃO

EMPRESÁRIOS!

NÃO SÃO EMPRESÁRIOS

Cooperativa

Empresário rural ?

Escritório de advocacia ? A Lei

8.906/94 não permitiria.

Apenas se tiver o

registro na Junta

Comercial

Capital

Trabalho

Tecnologia (?)

Fatores de

Produção

Page 4: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

Elemento de EmpresaEnunciado 195, da III Jornada de Direito Civil, do CJF.

“A expressão “elemento de empresa” demanda interpretação econômica, devendo ser analisada sob a égide da absorção da atividade intelectual, de natureza científica, literária ou artística, como um dos fatores da organização empresarial.”

A atividade de natureza intelectual estaria absorvida pela organização dos fatores de produção.

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ELEMENTO DE EMPRESA

TJRJ: APELAÇÃO CÍVEL N.º: 2008.001.31703

REQUERIMENTO DE FALÊNCIA. (...) impossibilidade de decretar-se a quebra, por se tratar de sociedade civil. (...) Sentença de procedência parcial, que deixou de acolher a pretensão maior, em razão do depósito elisivo, afastando as demais alegações da defesa. Apelação da requerida. (...) Em que pese a antiga qualificação como sociedade civil, verifica-se que o novo código adotou a teoria da empresa, qualificando a requerida como sociedade empresária, considerando que a exploração de atividade associada à àrea da medicina é elemento da empresa, desenvolvido com profissionalidade e organização, sujeitando-se, por conseguinte, aos ditames da lei nº 11.101/2005 (Lei de Falência). Ausência de demonstração de fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito da requerente. Recurso conhecido e desprovido. Des. MAURO DICKSTEIN - julgamento: 09/09/2008 – Décima Sexta Câmara Cível.

Page 6: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

PERFIS DE EMPRESA DO JURISTA ITALIANO ALBERTO ASQUINI

PERFIL SUBJETIVO EMPRESÁRIO

ATIVIDADEPERFIL FUNCIONAL

UNIÃO DE INTERESSESEMPREGADOS

EEMPREGADOR

PERFIL INSTITUCIONAL

ESTABELECIMENTOPERFIL OBJETIVO

Page 7: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

ROBERTO JUSTUS É EMPRESÁRIO?

Ele apenas seria empresário se fosse empresário individual. Na verdade, Roberto Justus é CEO do Grupo Newcomm. Sob o controle do Grupo Newcomm estão as agências Young & Rubicam, Dez Brasil, Wunderman, Ação Produções Gráficas, Pepper, LongPlay Comunicação 360 e Newcontent.

Page 8: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

QUAL O CONCEITO DE PEQUENO EMPRESÁRIO?QUESTÃO 83: Considera(m)-se como pequeno empresário, para efeito de enquadramento nas regras do art. 970 e do § 2.º do art. 1.179 do Código Civil:

A) o empresário individual caracterizado como microempresa que aufira receita bruta anual de até R$ 36.000,00.

B) a sociedade simples e o microempresário individual que aufiram receita bruta anual de até R$ 36.000,00.

C) as sociedades simples e empresária que aufiram receita bruta anual de até R$ 36.000,00.

D) o empresário individual ou empresário de pequeno porte caracterizado como microempresa que aufira receita bruta anual de até R$ 36.000,00.

LC 123/2006: Art. 68. Considera-se pequeno empresário, para efeito de aplicação do disposto nos arts. 970 e 1.179 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002, o empresário individual caracterizado como microempresa na forma desta Lei Complementar que aufira receita bruta anual de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais).

Page 9: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

(CESP – DPU 2007)No que concerne à disciplina normativa da microempresa e da

empresa de pequeno porte, em cada um dos itens que se seguem, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada.

94- Determinado estado da Federação deflagrou procedimento administrativo licitatório destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte, cujo objeto é estimado em R$ 60.000,00. Nessa situação, o referido estado agiu em desacordo com a lei e com princípios licitatórios, em especial contra o princípio da isonomia.

FALSO

Page 10: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

(CESP – DPU 2007)No que concerne à disciplina normativa da microempresa e da

empresa de pequeno porte, em cada um dos itens que se seguem, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada.

95- Uma empresa de pequeno porte sofreu dano patrimonial, no importe de R$ 11.500,00, em razão do inadimplemento de contrato firmado com uma multinacional fabricante de produtos derivados do petróleo. Nessa situação, assim como as pessoas físicas capazes, a empresa de pequeno porte poderá ajuizar ação de reparação de danos perante o juizado especial cível.

VERDADEIRO

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MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL

Artigo 18-A, §1º, da LC 123/2006: Para os efeitos desta Lei, considera-se MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo. (Incluído pela Lei Complementar nº 128, de 2008)

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SOCIEDADE EMPRESÁRIA OU SIMPLES?

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O SUJEITO QUE EXPLORA ATIVIDADE AGROPECUÁRIA PODE TER SUA FALÊNCIA DECRETADA?

FAZENDAS REUNIDASBOI GORDO

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SOCIEDADE EMPRESÁRIA?

Page 15: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

SOCIEDADE EMPRESÁRIA?

Page 16: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

SOCIEDADE EMPRESÁRIA?

Page 17: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

SOCIEDADE EMPRESÁRIA?

Page 18: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGOS DE

DELEGADO DE POLÍCIA DO DISTRITO FEDERAL – 2005.

06) Com relação ao empresário e à sociedade empresária, é correto

afirmar que:

a) com o advento do novo Código Civil, a pessoa natural ou jurídica

que explora atividade preponderantemente pastoril, por ser

empresária, deve ser registrada no registro Público de Empresas

Mercantis e Atividades afins a cargo das Juntas Comerciais;

b) o sócio-indústria, diante da revogação da primeira parte do

Código Comercial, é uma figura inexistente no Direito Brasileiro;

c) a atividade explorada por empresário que vem a tornar-se

incapaz, em hipótese alguma pode continuar a ser explorada;

d) o novo Código Civil vedou expressamente a constituição de

sociedades entre cônjuges, independentemente do regime

matrimonial de bens, sendo que as sociedades já constituídas

poderão prosseguir face ao respeito ao ato jurídico perfeito;

e) as sociedades por ações devem obrigatoriamente ser registradas

no Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins

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EMPRESÁRIO INDIVIDUALCONCEITO: é a própria pessoa natural que irá explorar a atividade empresarial, sem que haja a constituição de uma pessoa juridica.

RESPONSABILIDADE: o empresário individual responderá de forma ilimitada pelas obrigações que assumir nessa qualidade, salvo as proteções legais, como por exemplo, o bem de família.

MENOR: para ser empresário individual será necessário possuir capacidade, na forma do artigo 5º, § único, Inciso V, do CC/2002, ou seja, ao dar início à atividade ele terá que contar com no mínimo 16 anos de idade. Hipótese diversa é aquela retratada no artigo 974, pois nesse caso o menor apenas solicitará o prosseguimento de uma atividade iniciada, por exemplo, por seu falecido pai.

CNPJ: o empresário individual poderá ter CNPJ, o que não significa dizer que será uma pessoa jurídica. Trata-se de tratamento tributário equiparado ao da sociedade.

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O MENOR PODE INICIAR ATIVIDADE EMPRESARIAL? EXISTE ALGUM REQUISITO?

O MENOR PODE SER SÓCIO DE UMA SOCIEDADE LIMITADA? E DE UMA SOCIEDADE ANÔNIMA? ELE PODE SER ADMINISTRADOR?

O MENOR PODE REQUERER A RECUPERAÇÃO DE EMPRESA QUE EXPLORA?

O MENOR PODERÁ SER CONSIDERADO FALIDO? SE AFIRMATIVA A RESPOSTA, PODERIA RESPONDER POR CRIME FALIMENTAR?

QUESTÕES

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A JUNTA COMERCIAL ESTÁ SUBORDINADA TECNICAMENTE AO DNRC E ADMINISTRATIVAMENTE AO GOVERNO ESTADUAL OU DISTRITAL

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a) Sabendo que “João Verdureiro” é o nome comercial do mercadinho de João e sendo João empresário mercantil, o patrimônio como pessoa física de João não se confunde com o patrimônio da firma individual.

b) Caso tivesse sido registrado, segundo a Lei de Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, o nome comercial “Supermercado J&M Ltda.” teria proteção automática, a partir do arquivamento do contrato social.

FALSO

VERDADEIRO

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176º CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGOS DE

JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO DO ESTADO DE SÃO PAULO -

2004.

77. Os efeitos do arquivamento de um contrato social ou sua

alteração:

a) operam-se apenas após a publicação do extrato do

documento arquivado.

b) verificam-se apenas no momento do arquivamento, desde

que apresentado o instrumento à Junta Comercial dentro de

30 dias, contados de sua assinatura.

c) operam-se apenas entre as partes se apresentado à Junta

Comercial após 30 dias, contados de sua assinatura.

d) retroagem ao momento da assinatura se apresentado à

Junta Comercial dentro de 30 dias, contados de sua

assinatura.

176º CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGOS DE

JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO DO ESTADO DE SÃO PAULO -

2004.

77. Os efeitos do arquivamento de um contrato social ou sua

alteração:

a) operam-se apenas após a publicação do extrato do

documento arquivado.

b) verificam-se apenas no momento do arquivamento, desde

que apresentado o instrumento à Junta Comercial dentro de

30 dias, contados de sua assinatura.

c) operam-se apenas entre as partes se apresentado à Junta

Comercial após 30 dias, contados de sua assinatura.

d) retroagem ao momento da assinatura se apresentado à

Junta Comercial dentro de 30 dias, contados de sua

assinatura.

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Conceito: O Estabelecimento empresarial é o complexo de bens corpóreos e incorpóreos reunidos pela vontade do empresário, conforme artigo 1142 do CC/2002.

Art. 1.142: Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.

O estabelecimento empresarial poderá ser objeto unitário de direito, portanto, poderá ser alienado a terceiro, observando-se as regras dispostas no CC/2002.

Eficácia contra terceiros: ao ser alienado o estabelecimento empresarial, o contrato de trespasse deverá ser averbado na Junta Comercial, publicando-se, em seguida, na imprensa.

Não se deve confundir alienação do estabelecimento com cessão de quotas de uma sociedade: Exemplo: se a sociedade empresária THUNDER MOTORES LTDA resolve alienar o seu estabelecimento para a sociedade CIA TROVÃO DE MOTORES, esta passará a ser titular dos direitos relativos aos bens que integram o estabelecimento. Houve mudança na titularidade do estabelecimento.

ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

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Professor Juan VazquezDireito Empresarial

• CONCEITO• NATUREZA JURÍDICA• ALIENAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

– INEFICÁCIA– SUCESSÃO DAS OBRIGAÇÕES:

– COMERCIAIS– CIVIS– TRIBUTÁRIAS– TRABALHISTAS

– ATENÇÃO:• FALÊNCIA• RECUPERAÇÃO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL

ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL

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ESPÉCIES DE NOME EMPRESARIAL

FIRMA

DENOMINAÇÃO

FIRMA COLETIVA OU RAZÃO SOCIAL

FIRMA INDIVIDUAL

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NOME EMPRESARIAL

PRINCÍPIOS DO NOME EMPRESARIAL VERACIDADE NOVIDADE

ALIENAÇÃO DO NOME EMPRESARIAL LIMITE TERRITORIAL DE PROTEÇÃO

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ELEMENTOS DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL: MARCA

• LEI 9.279/96• ESPÉCIES DE MARCAS:

– PRODUTOS OU SERVIÇOS– CERTIFICAÇÃO– COLETIVA

• PRINCÍPIOS:– NOVIDADE RELATIVA– MORALIDADE– ANTERIORIDADE– ESPECIFICIDADE (CASO “HERMES X HERMÈS”)

• INPI : ÓRGÃO DE REGISTRO– CLASSES (LISTA ELABORADA PELO INPI)

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DESCONSIDERAÇÃO PERSONALIDADE JURÍDICA

1ª QUESTÃO: É CORRETO AFIRMAR, DOUTRINARIAMENTE, QUE DESCONSIDERAÇÃO E DESPERSONIFICAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA TÊM O MESMO EFEITO LEGAL? RESPOSTA JUSTIFICADA.

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DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

TEORIA MAIOR: É a regra geral em nosso ordenamento jurídico. Somente poderá ser aplicada a teoria da desconsideração naquelas hipóteses em que houver a prova da fraude ou do abuso (aqui abrangida a confusão patrimonial)

TEORIA MENOR: Constitui exceção em nosso sistema, somente aplicável nas hipóteses de relação de consumo ou direito ambiental. Basta o mero inadimplemento da obrigação.

QUESTÃO:XVIII CONCURSO PARA PROMOTOR DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: O INADIMPLEMENTO DE UMA OBRIGAÇÃO DÁ AZO À APLICAÇÃO DA TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA?

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RECURSO ESPECIAL Nº 279.273 – SP “CASO OSASCO”

(...) A TEORIA MAIOR da desconsideração, regra geral no sistema jurídico brasileiro, não pode ser aplicada com a mera demonstração de estar a pessoa jurídica insolvente para o cumprimento de suas obrigações. Exige-se, aqui, para além da prova de insolvência, ou a demonstração de desvio de finalidade (teoria subjetiva da desconsideração), ou a demonstração de confusão patrimonial (teoria objetiva da desconsideração).

(...) A TEORIA MENOR da desconsideração, acolhida em nosso ordenamento jurídico excepcionalmente no Direito do Consumidor e no Direito Ambiental, incide com a mera prova de insolvência da pessoa jurídica para o pagamento de suas obrigações, independentemente da existência de desvio de finalidade ou de confusão patrimonial.

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DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

• PODE SER APLICADA DE FORMA INCIDENTAL OU DEVERÁ SER AJUIZADA UMA AÇÃO AUTÔNOMA? Duas posições!

– INCIDENTAL: É a orientação do STJ, ou seja, poderá ser aplicada a teoria da desconsideração mesmo que seja já na fase de execução, cabendo aos sócios, na qualidade de parte, manejar os embargos de devedor, nos termos da lição do STJ, assegurando-se, dessa maneira, o contraditório e a ampla defesa.

– AÇÃO AUTÔNOMA: Há quem defenda a necessidade de ser ajuizada uma ação autônoma para que seja possível aplicar a teoria da desconsideração da personalidade jurídica.

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Professor Juan VazquezDireito Empresarial

QUESTÃO: É possível a aplicação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica para associações civis, fundações e cooperativas?

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Professor Juan VazquezDireito Empresarial

DESCONSIDERAÇÃO INDIRETA

Será aplicada naquelas hipóteses em que haja uma separação apenas de índole formal de um grupo econômico, legitimando que haja irradiação dos efeitos ao patrimônio das demais pessoas jurídicas que estejam sob o mesmo controle comum, ou seja, quando diversas pessoas jurídicas estiverem sob a mesma unidade laboral, patrimonial e gerencial.

Exemplo: O juiz poderá estender os efeitos de um decreto falimentar para outras sociedades do mesmo grupo econômico, quando verificar a hipótese de abuso ou fraude.

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Professor Juan VazquezDireito Empresarial

HOLDING

JUIZ DECRETA A FALÊNCIADESTA SOCIEDADE

EXTENSÃO PARA ASDEMAIS EMPRESAS DO

GRUPO GOL

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Professor Juan VazquezDireito Empresarial

JUIZ APLICOU A DESCONSIDERAÇÃOINDIRETA PARA ALCANÇAR A CAMI ARTIGOS INFANTIS LTDAMINO ARTIGOS INFANTIS LTDA

Loja do Plaza Shopping em Niterói,LACRE DO ESTABELECIMENTO

Foto tirada em 05/02/2008

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Professor Juan VazquezDireito Empresarial

XUXA

Olha a animaçãodo indivíduo!

Qual a razão para esta menina estar tão comportada?

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Professor Juan VazquezDireito Empresarial

DESCONSIDERAÇÃO INVERSA:

A aplicação da teoria da desconsideração, nessa hipótese, não terá por objetivo ingressar no patrimônio dos sócios, mas sim no da sociedade, como é recorrente no direito de família.

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A DESCONSIDERAÇÃO PODERÁ SER APLICADA EM BENEFÍCIO DO SÓCIO?

O STJ alterou sua jurisprudência para permitir que um imóvel da sociedade empresária seja considerado bem de família e, portanto, impenhorável, quando servir de residência para seus sócios, reconhecendo como entidade familiar.

É a aplicação da teoria da desconsideração em favor dos sócios, o que acaba por desconstruir a afirmativa de que a referida teoria teria sempre por objetivo proteger os credores.

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DESCONSIDERAÇÃO EM BENEFÍCIO DO SÓCIO

PENHORA. BEM DE FAMILIA. LEI 8.009/90. SOCIEDADE COMERCIAL. ENTIDADE FAMILIAR. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURIDICA. 1. O conceito de entidade familiar, no direito civil brasileiro, corresponde ao disposto na constituição da republica (art. 226 e parágrafos), não compreende a sociedade comercial, cujos sócios integram uma mesma família. Trata-se ai de um empresa familiar, mas não da entidade familiar referida no artigo 1. Da lei 8.009/90. 2. A desconsideração da personalidade jurídica, não para beneficiar os credores, mas para proteger os sócios, alem de implicar alteração nos fundamentos do instituto, somente pode ser examinada em recurso especial se atendidos os requisitos processuais específicos. RECURSO NÃO CONHECIDO. (REsp 35.281/MG, Rel. Ministro RUY ROSADO DE AGUIAR, QUARTA TURMA, julgado em 18.10.1994, DJ 28.11.1994 p. 32621)

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DESCONSIDERAÇÃO EM BENEFÍCIO DO SÓCIO

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – PENHORA – BEM DE FAMÍLIA – IMPENHORABILIDADE – IMÓVEL DE PROPRIEDADE DE SOCIEDADE COMERCIAL RESIDÊNCIA DOS DOIS ÚNICOS SÓCIOS – EMPRESA FAMILIAR – PRECEDENTES. 1. A Lei n. 8.009/90 estabeleceu a impenhorabilidade do bem de família, incluindo na série o imóvel destinado à moradia do casal ou da entidade familiar, a teor do disposto em seu art. 1º. 2. Sendo a finalidade da Lei n. 8.009/90 a proteção da habitação familiar, na hipótese dos autos, demonstra-se o acerto da decisão de primeiro grau, corroborada pela Corte de origem, que reconheceu a impenhorabilidade do único imóvel onde reside a família do sócio, apesar de ser da propriedade da empresa executada, tendo em vista que a empresa é eminentemente familiar. Recurso especial improvido. (REsp 1024394/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 04.03.2008, DJ 14.03.2008 p. 1)

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A DESCONSIDERAÇÃO PODERÁ SER APLICADA DE OFÍCIO?

TJSP: Plano de saúde. Ilegitimidade passiva. Corequerida que, embora seja pessoa jurídica diversa da administradora do contrato de saúde do autor, pertence ao mesmo grupo econômico e pode ser demandada em nome dela. Desconsideração da personalidade jurídica que pode ser determinada de ofício. Inexistência de julgamento extra petita. Interesse de agir presente. Farta documentação que comprova a necessidade do autor do medicamento para tratamento coberto pelo contrato no período em que a apelante era responsável pelo reembolso. Obrigação bem reconhecida. Recurso improvido. (APELAÇÃO CÍVEL 551.954-4/1)

Page 45: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

QUESTÃO: A imputação de responsabilidade ao administrador de sociedade limitada pela violação de cláusula contratual de vedação de aval pela sociedade tem como fundamento a teoria da desconsideração da personalidade jurídica? Resposta fundamentada.

Page 46: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.

Page 47: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

INFORMATIVO 390 DO STJ: REGIME. COMUNHÃO UNIVERSAL. BENS. SOCIEDADE SIMPLES. ART. 977 DO CC/2002.

Trata-se da possibilidade de um casal sob regime da comunhão universal de bens registrar-se como sócios de uma sociedade simples. O art. 977 do CC/2002 permite a constituição de sociedade entre cônjuges, desde que não casados no regime da comunhão universal de bens ou no da separação obrigatória. Isso visa evitar eventual burla ao regime de bens do casamento. O fato de o art. 977 do CC/2002 encontrar-se no Capítulo II (Capacidade) do Título I (Do empresário) do Livro II (Do direito da empresa) do Código não conduz a sua aplicação apenas a sociedades empresariais. Não existe peculiaridade alguma nas características conceituais da sociedade simples e das empresariais que determine a aplicação do art. 977 do CC/2002 apenas às sociedades empresariais. O art. 982 do CC/2002 determina, como diferencial entre as duas sociedades, o fato de a empresarial ter por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeita a registro. Ademais, quanto a todos os artigos inseridos no mencionado Capítulo II, sempre que o legislador referiu-se exclusivamente ao empresário ou à atividade da empresa, fê-lo de forma expressa, apenas não fazendo menção a esta característica no já referido art. 977 do CC/2002, no qual utilizou a expressão “sociedade” sem estabelecer qualquer especificação, o que inviabiliza a tese de que essa “sociedade” seria apenas empresária. Assim, a Turma, por maioria, negou provimento ao recurso, pois entendeu que o art. 977 do CC/2002 aplica-se tanto às sociedades empresariais quanto às simples. REsp 1.058.165-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 14/4/2009.

Page 48: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

SOCIEDADE EM COMUM PROVA DA EXISTÊNCIA; RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS. NOME EMPRESARIAL; FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO.

ENUNCIADOS DA IV JORNADA DO CJF:

383: A falta de registro do contrato social (irregularidade originária – art. 998) ou de alteração contratual versando sobre matéria referida no art. 997 (irregularidade superveniente – art. 999, parágrafo único) conduzem à aplicação das regras da sociedade em comum (art. 986).

394: Ainda que não promovida a adequação do contrato social no prazo previsto no art. 2.031 do Código Civil, as sociedades não perdem a personalidade jurídica adquirida antes de seu advento.

Page 49: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO:

NATUREZA DA SOCIEDADE;RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS;NOME EMPRESARIAL;FALÊNCIA;LIQUIDAÇÃO.

Page 50: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

Professor Juan VazquezDireito Empresarial

PROVA AGU 2007: Acerca das sociedades não-personificadas, julgue os itens subseqüentes.

106 Tanto na sociedade em comum quanto na sociedade em conta de participação, os sócios, nas relações entre eles mesmos ou com terceiros, somente podem provar a existência da sociedade por escrito.

107 Na sociedade em conta de participação, salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo pode admitir novo sócio, independentemente do consentimento dos demais integrantes da sociedade.

FALSO

FALSO

Page 51: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

(CESP – DPU 2007) Em cada um dos itens a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca do direito societário brasileiro.

92 Os sócios de certa sociedade em conta de participação lavraram o seu ato constitutivo em janeiro de 2007, mas o referido instrumento foi levado a registro apenas após cerca de seis meses. Nessa situação, a sociedade somente passou a ter personalidade jurídica no momento da inscrição de seu contrato social no registro público de empresas mercantis.

FALSO

Page 52: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

CONTRATO SOCIAL

Natureza Jurídica: contrato plurilateral

Requisitos essenciais:

Pluralidade de sócios Affectio societatis Contribuição para o capital social Lucros e perdas.

Page 53: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

UNIPESSOALIDADE

Originária e permanente: Artigo 251 DA LSA

Sucessiva e temporária: Artigo 206, I, “D”, da LSA Artigo 1033, Inciso IV do CC/2002 (180 dias)

oAtenção: Lei Complementar 128/2008

Empresa Pública Unipessoal

Page 54: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

Professor Juan VazquezDireito Empresarial

Sociedade em Nome Coletivo

Responsabilidade dos sóciosLiquidação da cotaNome empresarial

Page 55: PETROBRÁS - PRIMEIRA AULA - EMPRESÁRIO ATÉ SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES

Professor Juan VazquezDireito Empresarial

Sociedade em Comandita Simples

Categoria de sócios;Responsabilidade dos Sócios;Nome empresarial;Obrigatoriedade de permanência das

duas categorias de sócios.