petição - ação usucapião
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Professor: Luiz Paulo (11)2281-6345 / 29793902Email: [email protected]
GRUPO: CARLOS HENRIQUE DE SANTANA SILVA MARCELO PALOMO BRUNO FROES LEITE
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CHAPADA DOS GUIMARÃES – MATO GROSSO
AÇÃO DE USUCAPIÃO ORDINÁRIA
João Damasceno, Brasileiro, casado, lavrador, portador da cédula de identidade R.G. nº 24.480.321-10 e CPF/MF nº 340.333.444-86, residente e domiciliado na Rua Cambará, 60, Jardim Alvorada, 78.360-000, Chapada dos Guimarães, MT, por seu advogado e bastante procurador que esta subscreve, procuração em anexo I, com escritório profissional situado na Rua Peroba, 30, CEP 78.360-000, Chapada dos Guimarães – MT, onde de acordo com o artigo 39, inciso I, do Código de Processo Civil receberá as intimações, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigos 941 a 945, do Código de Processo Civil, e artigo 1.238 do Código Civil, propor a presente,
AÇÃO DE USUCAPIÃO ORDINÁRIA
do imóvel urbano, pelos motivos de fato e de direito que a seguir passa a
expor:
DA JUSTIÇA GRATUITA E DEMAIS PRERROGATIVAS DA DEFENSORIA PÚBLICA
Ab initio, pugna o requerente pelos benefícios da justiça gratuita por declarar-se pobre na forma da lei, não podendo suportar as custas do processo sem prejuízo seu e de sua família.
Por oportuno, é válido esclarecer que, por se tratar de parte representada judicialmente pela Defensoria Pública Geral do Estado, possui as prerrogativas do prazo em dobro e da intimação pessoal do Defensor Público afeto à presente Vara, consoante inteligência do art. 5º, caput, da Lei Complementar Estadual nº 06, de 28 de maio de 1997.
O parágrafo único do supramencionado dispositivo legal, completa o mandamento acima esposado, ao dispor que “A Defensoria Pública por seus Defensores, representará as partes em juízo e no exercício das funções institucionais independentemente de procuração, praticando todos os atos do procedimento e do processo, inclusive os recursais, ressalvados os casos para os quais a lei exija poderes especiais”.
DOS FATOS
1. Tem-se que o autor possui o imóvel urbano, com localização do imóvel usucapiendo fica na Rua Cambará n. 60, Jardim Alvorada, 78.360-000, Chapada dos Guimarães, MT, sendo que o mesmo é composto de terreno e respectiva construção, com área de 800 metros quadrados da quadra 10 do lote 10 confrontando-se com o lote 09 à esquerda e com o lote 11 à direita da quadra 10 e aos fundos com o lote 15 da quadra 10, há aproximadamente 12 (doze) anos.
2. Vale ressaltar que o autor, cujo é proprietário e réu nesta situação, construiu neste terreno de 800 metros quadrados uma casa de 200 metros quadrados onde mora com tua família. O mesmo, possuí as notas fiscais de todos os materiais de construção utilizados para a edificação, conforme anexo II
3. O referido imóvel, cujo proprietário é o réu, cuja propriedade confrontante pertence à Sra. Rosemery Alcântara, brasileira, casada, comerciante, residente e domiciliada à Rua Tesouro, nº 204, CEP 78085-48, Cuiabá - MT, conforme planta do imóvel e demais especificações anexas III;
4. O autor nunca sofreu qualquer tipo de contestação ou impugnação por parte de quem quer que seja, sendo a sua posse, portanto, mansa, pacífica, e ininterrupta durante todo esse tempo. Ressalta-se que o autor, desde que entrou para o imóvel, agiu como se fosse o próprio dono.
5. Vale ressaltar que o possuidor, desde que entrou no imóvel agiu como se fosse o próprio dono, tendo nele estabelecido moradia sua e de sua família, tendo inclusive adquirido o mesmo mediante contrato de compra e venda, mas sem a devida formalidade de transferência do imóvel;
6. Dessa forma, estando presentes todos os requisitos legais exigidos, o autor faz jus à presente ação.
DO DIRETO
Assegura o art. 1.242 do CC que adquirirá a propriedade do imóvel, mediante usucapião ordinária, a situação fática que apresentar a junção de alguns elementos fundamentais, quais sejam, posse mansa, pacífica e ininterrupta de um determinado imóvel; lapso temporal de 10 (dez) anos, e ainda a constatação de que o possuidor esteja agindo de boa-fé e tenha a seu favor um justo título.
Salienta-se que aquele que possui um justo título, tem a seu favor a presunção de que é possuidor de boa-fé, conforme determina o art. 1.201, parágrafo único, do CC.
O autor, apesar de não possuir justo título que embase o seu pedido, tem como provar a aquisição da propriedade por contrato de promessa de compra e venda que, segundo jurisprudência do STJ, também é capaz de gerar direito à aquisição do imóvel por usucapião ordinário:
USUCAPIÃO ORDINARIO. PROMESSA DE COMPRA E VENDA. JUSTO TITULO.CONCEITO. TENDO DIREITO A AQUISIÇÃO DO IMOVEL, O PROMITENTE COMPRADOR PODE EXIGIR DO PROMITENTE VENDEDOR QUE LHE OUTORGUEA ESCRITURA DEFINITIVA DE COMPRA EVENDA, BEM COMO PODE REQUERERAO JUIZ A ADJUDICAÇÃO DO IMOVEL. SEGUNDO A JURISPRUDENCIA DO STJ, NÃO SÃO NECESSARIOS O REGISTRO E O INSTRUMENTO PUBLICO, SEJA PARA O FIM DA SUMULA 84, SEJA PARA QUE SE REQUEIRA A ADJUDICAÇÃO. PODENDO DISPOR DE TAL EFICACIA, A PROMESSA DECOMPRA E VENDA, GERANDO DIREITO A ADJUDICAÇÃO, GERA DIREITO A AQUISIÇÃO POR USUCAPIÃO ORDINARIO.INOCORRENCIA DE OFENSA AO ART. 551 DO CODIGO CIVIL. RECURSO CONHECIDO PELA ALINEA "C", MAS NÃO PROVIDO.( REsp 32972 / SP RECURSO ESPECIAL 1993/0006715-0)
Conforme anuncia o art. 941 do CPC, a presente ação, então, terá o condão de declarar o domínio do imóvel ao possuidor, autor da mesma.
DO PEDIDO
Ante o exposto, pede seja julgada procedente a presente ação, concedendo ao autor o domínio útil do imóvel em questão.
Para tanto requer:
a) Que seja concedido ao autor os benefícios da Justiça Gratuita, inclusive perante o Cartório de Imóveis de acordo com o art. 12, §2º da Lei nº10.257/01- Estatuto da Cidade.
b) A citação do réu, que é o proprietário do imóvel litigioso para responder a presente ação.
c) Que a sentença seja transcrita no registro de imóveis, mediante mandado, por constituir esta, título hábil para o respectivo registro junto ao Cartório de Registro de Imóveis
DAS PROVAS
Pretende o Autor provar suas argumentações fáticas, documentalmente, apresentando desde já os documentos acostados à peça exordial, protestando pela produção das demais provas que eventualmente se fizerem necessárias.
Dá-se à causa o valor de R$ 160.000,00 (Cento e sessenta mil reais)
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Cuiabá, 24 de janeiro de 2014.
Advogados:Carlos Henrique de Santana SilvaMarcelo PalomoBruno Froes Leite
REQUERIMENTO PARA CITAÇÃO DO RÉU
Requer que seja imediatamente citado o réu Sra. Rosemery Alcântara, brasileira, casada, comerciante, residente e domiciliada à Rua Tesouro, nº 204, CEP 78085-48, Cuiabá – MT, comparecer na Comarca de Chapada dos Guimarães;