pesquisas cientÍficas e gestÃo da reserva biolÓgica de ... · a reserva biológica de santa...

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ISBN: 978-85-7282-778-2 Página 1 PESQUISAS CIENTÍFICAS E GESTÃO DA RESERVA BIOLÓGICA DE SANTA ISABEL EM SERGIPE-NORDESTE DO BRASIL Lilian de Lins Wanderley (a) , Hueliton da Silveira Ferrreira (b) (a) Programa de Pós Graduação em Geografia/Departamento de Geografia, Universidade Federal de Sergipe, [email protected] (b) Programa de Pós Graduação em Geografia/Departamento de Geografia, Universidade Federal de Sergipe, [email protected] Eixo: 12: Unidades de Conservação: Usos, Riscos, Gestão e Adaptação às Mudanças Climáticas Resumo Este trabalho, fundamentado em pesquisa bibliográfica, documental, conhecimento empírico da área e levantamento de dados secundários com tratamento estatístico, objetiva mostrar a importância da pesquisa acadêmica e do conhecimento científico e o aparato técnico burocrático que formaliza a proteção do meio ambiente e a ação do pesquisador, para a gestão das Unidades de Conservação. A Reserva Biológica de Santa Isabel, instituída no litoral norte de Sergipe, em 1988, sob atuação do ICMBio e do Projeto TAMAR, visa a proteção de espécies de tartarugas marinhas ameaçadas em 53km de extensão de linha de costa e restringe o uso do espaço litorâneo total de Sergipe, o segundo menor do Brasil, o que representa uma alienação territorial de cerca de 30% de extensão de praias. Analisa-se o papel do SISBIO na conjunção da proteção com a pesquisa científica nas Unidades de Conservação no Brasil, a pesquisa científica nesta Reserva, aspectos geográficos e ambientais e conflitos com o meio socioeconômico e setores governamentais decorrentes das restrições à ocupação do seu território, por imposição da sua categoria de proteção integral. Esse trabalho é parte das atividades do Projeto Sistemas Ambientais Costeiros e Ocupação Econômica do Nordeste do Brasil (UFC/UFS/UFRN), apoiado pela CAPES/PGPSE Edital 042/2014. Palavras chave: Gestão ambiental. Unidade de Conservação. REBio Santa Isabel. Litoral de Sergipe 1. Introdução O presente trabalho faz parte das atividades do Projeto Sistemas Ambientais Costeiros e Ocupação Econômica do Nordeste (UFC/UFS/UFRN), apoiado pela CAPES/PGPSE conforme Edital 042/2014, e foi fundamentado em pesquisa bibliográfica e documental, levantamento e coleta de dados secundários de instituições

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ISBN: 978-85-7282-778-2 Página 1

PESQUISAS CIENTÍFICAS E GESTÃO DA RESERVA BIOLÓGICA DE SANTA

ISABEL EM SERGIPE-NORDESTE DO BRASIL

Lilian de Lins Wanderley (a), Hueliton da Silveira Ferrreira (b)

(a) Programa de Pós Graduação em Geografia/Departamento de Geografia, Universidade Federal de

Sergipe, [email protected] (b) Programa de Pós Graduação em Geografia/Departamento de Geografia, Universidade Federal de

Sergipe, [email protected]

Eixo: 12: Unidades de Conservação: Usos, Riscos, Gestão e Adaptação às Mudanças Climáticas

Resumo

Este trabalho, fundamentado em pesquisa bibliográfica, documental, conhecimento empírico da área e

levantamento de dados secundários com tratamento estatístico, objetiva mostrar a importância da pesquisa

acadêmica e do conhecimento científico e o aparato técnico burocrático que formaliza a proteção do meio ambiente

e a ação do pesquisador, para a gestão das Unidades de Conservação. A Reserva Biológica de Santa Isabel,

instituída no litoral norte de Sergipe, em 1988, sob atuação do ICMBio e do Projeto TAMAR, visa a proteção de

espécies de tartarugas marinhas ameaçadas em 53km de extensão de linha de costa e restringe o uso do espaço

litorâneo total de Sergipe, o segundo menor do Brasil, o que representa uma alienação territorial de cerca de 30%

de extensão de praias. Analisa-se o papel do SISBIO na conjunção da proteção com a pesquisa científica nas

Unidades de Conservação no Brasil, a pesquisa científica nesta Reserva, aspectos geográficos e ambientais e

conflitos com o meio socioeconômico e setores governamentais decorrentes das restrições à ocupação do seu

território, por imposição da sua categoria de proteção integral. Esse trabalho é parte das atividades do Projeto

Sistemas Ambientais Costeiros e Ocupação Econômica do Nordeste do Brasil (UFC/UFS/UFRN), apoiado pela

CAPES/PGPSE Edital 042/2014.

Palavras chave: Gestão ambiental. Unidade de Conservação. REBio Santa Isabel. Litoral de Sergipe

1. Introdução

O presente trabalho faz parte das atividades do Projeto Sistemas Ambientais

Costeiros e Ocupação Econômica do Nordeste (UFC/UFS/UFRN), apoiado pela

CAPES/PGPSE conforme Edital 042/2014, e foi fundamentado em pesquisa

bibliográfica e documental, levantamento e coleta de dados secundários de instituições

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de meio ambiente organizados com tratamento estatístico, e em pesquisas empíricas na

REBio Santa Isabel. Objetiva mostrar a importância da pesquisa acadêmica e do

conhecimento científico para a gestão das Unidades de Conservação-UCs, o aparato

técnico burocrático que condiciona a proteção do meio ambiente e a ação do pesquisador,

e aspectos específicos dessa Unidade criada no Litoral Norte do Estado de Sergipe, em

1988, em termos da sua condição de proteção integral, da contribuição acadêmica sobre

os seus recursos ambientais e sobre os conflitos de restrições ao seu uso e ocupação.

As unidades de conservação (UCs) são fundamentais para a proteção e

conservação da biodiversidade (ARTAZA-BARRIOS, 2007) e sua gestão é realizada

pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação-SNUC, criado pela Lei nº 9.985 de

18/ 07/2000 (BRASIL, 2000). Esse Sistema estabelece funções estratégicas para o

Ministério do Meio Ambiente e seus componentes, o Conselho Nacional do Meio

Ambiente -CONAMA, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis-IBAMA, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade-

ICMBIO, e para os órgãos estaduais e municipais que subsidiam propostas de criação e

administração das UCs. Pode-se afirmar que a célere e numericamente expressiva criação

de Unidades de Conservação, nos últimos 30 anos, ocorreu sobre insuficiente

conhecimento do espaço a ser protegido, tanto sobre o potencial natural quanto à

ocupação humana, principal fator de conflito nas UCs de proteção integral.

Araújo (2007) comenta as duas propostas para proteção da diversidade biológica,

conhecidas como conservação in-situ e conservação ex-situ, sendo a conservação in-situ

a conservação de ecossistemas e habitats naturais e a manutenção e recuperação de

populações de espécies em seus meios naturais e, no caso de espécies domesticadas ou

cultivadas, nos meios em que tenham desenvolvido suas propriedades características,

enquanto ex-situ é a conservação de componentes da diversidade biológica fora de seus

habitats naturais. Este conceito enfatiza que a conservação in-situ é essencial para a

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sobrevivência e permanência das espécies, do que se deduz a importância das Unidades

de proteção integral.

2. Caracterizarão da área de estudo, Reserva Biológica de Santa Isabel

Criada em 20 de outubro de 1988 pelo Decreto nº 96.999/88 (Brasil, 1988), a Reserva

Biológica de Santa Isabel teve sua criação justificada pela proteção da fauna local,

especialmente as tartarugas marinhas das espécies tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta

Linnaeus, 1758) tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata Linnaeus, 1766), tartaruga-verde

(Chelonia mydas Linnaeus, 1758) e tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea Eschscholtz, 1829),

todas incluídas na Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção do

Ministério do Meio Ambiente (BRASIL, 2014) e que, de acordo com o Artigo 1º desse

Decreto, encontram na Praia de Santa Isabel a sua principal área de reprodução. A REBio

integra-se com outras áreas de desova dessa espécie, em um movimento de proteção que

abrangeu grande extensão das praias do Brasil, nos últimos trinta e sete anos, muito embora

sem a incidência da proteção integral que caracteriza essa categoria de Unidade. O território

litorâneo sobre o qual incide a proteção integral, conforme o Decreto de criação, já havia sido

limitado, em abril de 1986, aos terrenos de marinha e acrescidos, que por cessão de uso gratuito

da Secretaria do Patrimônio da União passou para o IBDF, conforme a Portaria Nº074 do

Ministério da Fazenda. Por decorrência, a REBio Santa Isabel passou a ser uma das poucas

áreas de atuação do Projeto TAMAR com incidência da proteção integral, o que se pode

traduzir como total restrição ao uso do território e à exploração dos seus recursos naturais,

admitindo-se somente o uso indireto dos seus recursos e proibindo consumo, coleta, dano ou

destruição, com exceção dos casos previstos em lei (BRASIL, 2002). Esta Unidade tem seu

limite inicial a 1500m da foz do Rio Japaratuba, onde começa a malha urbana frontal ao mar

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do município de Pirambu e a 40 metros do Terminal Turístico dessa cidade, junto à sede do

Projeto TAMAR, impedindo o crescimento da cidade ao longo do faixa litorânea (Figura 1).

Fonte: Acervo dos autores, 2016

Figura 1 - Proximidade da sede da Reserva com a malha urbana da cidade de Pirambu.

A Reserva ocupa 94% do litoral de Pirambu e se estende para o norte e por quase todo

o litoral do Município de Pacatuba, terminando na localidade Ponta dos Mangues, onde o

Projeto TAMAR tem uma das bases de pesquisa. Com esse formato, sua configuração espacial

estreita e alongada nos seus 53km de extensão de linha de costa (Figura 2) se amplia de sul

para o norte, ou seja, de Pirambu para Pacatuba, e volta a estreitar-se no limite norte da Unidade.

Essa extensão restringe de forma marcante o uso do espaço litorâneo total de Sergipe,

considerado o segundo menor do Brasil (168km), e representa, conceitualmente, uma alienação

territorial de cerca de 30% de sua extensão de praias e áreas a montante, situação institucional

que é inegociável para o Estado e o Município, dada à sua categoria e à sua inserção na esfera

hierárquica de poder da União. Segundo Gomes; Santana; Ribeiro (2006), para o Sistema

Nacional de Unidades de Conservação uma Reserva Biológica tem a finalidade de preservar a

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biota, proibir o uso dos recursos naturais e a presença de residentes na área, e restringir a

visitação pública. Em termos espaciais e de vizinhança, pode-se prever que nesta REBIO os

conflitos já ocorridos e muitos deles não solucionados se ampliarão com a instalação do Parque

das Dunas, unidade estadual de proteção integral situada no litoral do vizinho município de

Barra dos Coqueiros, criada há cerca de cinco anos mas somente implementada nos dois

últimos, hoje alvo de ocupações por movimentos populares em seu território e de conflitos

associados. Esse território vizinho ao da REBio Santa Isabel, mesmo com pequenas lacunas

espaciais, forma com a mesma um continuum de superfícies inacessíveis e não-ocupáveis,

cerceando, nessa faixa territorial de cerca 30% de todo o litoral de Sergipe, os

empreendimentos turísticos, os domicílios permanentes e de veraneio e obras de infraestrutura.

A Rebio Santa Isabel possui inexatos 2.766,00ha carentes de precisão (Figura 2). Por

erros que remontam ao memorial descritivo do seu Decreto de criação, sua superfície e o

posicionamento da sua poligonal são questionados por dirigentes e por técnicos e

pesquisadores, e a inconclusividade destas definições técnicas tem motivado o retardo no

processo de legitimação do seu plano de manejo, conforme Santos et al. (2017). Segundo

Braghini (2016), a REBio enfrenta conflitos desde a sua criação, inclusive com o Projeto

TAMAR, mas tem estrutura organizacional sólida e atua na perspectiva de governança, com

Conselho Consultivo atuante, apesar da indefinição legal do polígono e da inexistência do Plano

de Manejo. A mediação dos conflitos pelo Ministério Público Estadual se defronta com

reivindicações de uma área ainda maior do que a decretada, o que parece injustificável para

diversos setores, que não concordam com a necessidade de incorporar ainda mais terras

distantes e marginais a montante da linha da preamar máxima, linha essa que limita, de fato, o

habitat natural dessas tartarugas, principal motivação para criação dessa Unidade.

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Figura 2- Localização da Reserva Biológica Santa Isabel

3.Pesquisa e gestão de unidades de conservação

Segundo Gomes; Santana; Ribeiro, “a criação de unidades de conservação deve

ser norteada por inúmeras possibilidades para o desenvolvimento de parcerias entre

institutos de pesquisa, ensino e extensão, além de Organizações Não Governamentais”

(2006, p. 109). A pesquisa científica tem valor para a gestão das áreas protegidas,

principalmente referente às atividades dispostas nos planos de manejo. Se, por um lado,

a Unidade de Conservação é um espaço para pesquisas científicas, por outro, estas são

de fundamental importância para determinar parâmetros de manejo para a própria

conservação in situ e para a extensão e a inferência dos seus resultados aplicados a outros

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casos ou condições semelhantes em outras Unidades. Entende-se que qualquer ação de

manejo nas unidades de conservação, tanto de uso sustentável quanto de proteção

integral, necessita de informações corretas e atualizadas, de maneira que o

desenvolvimento de pesquisas nas áreas social, ambiental e econômica na UC e em sua

zona de entorno é fundamental para sua manutenção a curto, médio e longo prazos

(MIKICH, 2006). Morsello (2001) acrescenta que na maioria das vezes os responsáveis

pelas UCs tomam decisões sem considerar esse conhecimento.

Um fator que implica diretamente na quantidade de pesquisas realizadas nas UCs é a

infraestrutura disponível para os pesquisadores. Castro; Cronenberger (2007) mostraram,

através de um estudo no Parque Nacional Serra dos Órgãos, em São Paulo, que o maior número

de pesquisas estava diretamente associado à infraestrutura de apoio no Parque, que conta com

casas para pesquisadores e alojamento para trabalhos em campo e com um Centro de

Referência em Biodiversidade da Serra dos Órgãos, com laboratório, herbário, biblioteca, sala

de aula, computadores e programas de geoprocessamento.

Mourão (2010) estudou a gestão e a realização das pesquisas científicas nas UCs do

Amazonas. Para esta autora, na opinião dos gestores, menos de 10% dos resultados obtidos nas

pesquisas científicas são agregados à gestão destas áreas, o que se justifica principalmente pela

desarticulação entre as necessidades demandadas pelos gestores e as pesquisas realizadas.

Constatou que outros fatores contribuem para que isto ocorra, tais como, a falta de comunicação

entre os pesquisadores e os gestores após o término da pesquisa, já que em muitos casos os

resultados não lhes são repassados. Para Moretti et al. (2013), a maior parte das tomadas de

decisões efetuadas pelos gestores de unidades de conservação não são diretamente amparadas

em trabalhos científicos, embora os gestores considerem as publicações científicas importantes.

4. O papel do SISBIO na conjunção da proteção com a pesquisa científica

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Dentre os objetivos das Unidades de Conservação (UCs) destaca-se a pesquisa acadêmica

que prevê como um dos objetivos da sua criação proporcionar meios e incentivos para

atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental. Além disso, indica que

os órgãos executores deverão se articular com a comunidade científica, visando incentivar o

desenvolvimento de pesquisas sobre a fauna, a flora e a ecologia das unidades de conservação

e sobre formas de uso sustentável dos recursos naturais, valorizando-se o conhecimento das

populações tradicionais. Segundo o SNUC, a realização de pesquisa científica em unidade de

conservação federais, com exceção de APAs e RPPNs, depende do que estabelece o SISBIO-

Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade. É um sistema automatizado,

interativo e simplificado de atendimento à distância, cujo objetivo é melhorar a prestação de

serviços junto aos pesquisadores. Isso ocorre via sistema eletrônico, concedendo autorização

para atividades com finalidade científica em Unidade de Conservação federal ou em cavidade

natural subterrânea, plataforma continental, mar territorial e Zona Econômica Exclusiva. Ainda

contempla atividades didáticas do ensino superior, Licença Permanente e Registro Voluntário

de coleta e transporte de material botânico, fúngico e microbiológico. A autorização abrange

captura ou marcação de animais silvestres in situ, manutenção temporária de espécimes de

fauna silvestre em cativeiro, transporte de material biológico e realização de pesquisa, todos

regulados pela Instrução Normativa SISBIO nº 03, de 01 de setembro de 2014. Aparentemente

as condições requeridas pelo SISBio por meio dessa Instrução parecem impor dificuldades, mas

um projeto de pesquisa que indique os táxons que serão coletados, capturados, marcados ou

transportados do destino previsto para suas áreas de interesse e em épocas devidas, mais o

requerimento da informação de que haverá ou não acesso ao patrimônio genético ou ao

conhecimento tradicional associado, são exigências insuficientes para dificultar a pesquisa ou

desanimar o pesquisador. Levantamento de dados de até março de 2016 aponta que foram

concedidos 23.065 documentos, incluindo 18.012 autorizações, 1.418 licenças permanentes e

3.635 comprovantes de registro. Dentre estes, cerca de 43% foram concedidos para realização

de pesquisas em Unidades de Conservação federal, abrangendo 99% delas, o que aumentou

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29,34% de 2014 para 2016. Também aumentou em 31% o número de pesquisadores nesse

período, chegando a 45.045 cadastrados no sistema. Até março de 2016 foram submetidos

14.292 relatórios que representaram 90% de todos os relatórios no sistema, com aumento de

27% do número de pesquisas sobre espécies ameaçadas de extinção, assim gerando subsídios

técnico-científicos para o planejamento das ações de conservação.

As UCs também enfrentam escassez de recursos financeiros e humanos, o que contribui

para a sua ineficácia quanto à proteção, e somente 8,6% dessas áreas estão razoavelmente

implementadas, enquanto as demais o estão minimamente ou não estão. Cerca de 28% não

possuem infraestrutura adequada ou sequer sede administrativa, o que leva a pensar em falta de

condições materiais para o pesquisador, uma vez que a análise dos dados indicou que em 28%

dos projetos autorizados com relatórios submetidos não houve atividade de campo. O Gráfico

1 enumera as vinte UCs Federais com maior quantidade de solicitações autorizadas pelo

SISBIO, de 2007 a 2016. Parque é a categoria de maior interesse e o Parque Nacional da Serra

dos Órgãos, o mais bem equipado, é o que possui o maior número de autorizações.

As categorias de maior interesse para a pesquisa são as unidades de proteção integral, como

Parque Nacional, Floresta Nacional, Reserva Biológica e Estação Ecológica (Gráfico 2), sem

minimizar as APAs - Áreas de Proteção Ambiental, uma Unidade de uso sustentável.

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Fonte dos dados: www.icmbio.gov.br

Gráfico 1- Número de pesquisas autorizadas pelo SISBio nas 20 Unidades de Conservação

mais pesquisadas, segundo dados gerados até março de 2016.

Fonte dos dados: www.icmbio.gov.br

Gráfico 2 - Número de autorizações por categoria de UC Federal, segundo dados do SISBio

até março de 2016.

5.Resultados e discussões

A Rebio abrange variadas unidades geomorfológicas predominantemente quaternárias,

como dunas, terraços marinhos, praias, cordões litorâneos, várzeas e lagoas, e tabuleiros

costeiros do Terciário. Insere partes da zona costeira das bacias dos rios Japaratuba, Sapucaia

e São Francisco, sendo o estirâncio, a praia, o pós-praia e os terraços marinhos, as dunas e

lagoas a fração territorial de maior vulnerabilidade, por força da relação com as tartarugas

marinhas, motivo principal da criação dessa Unidade. Terraços Marinhos predominantemente

Holocênicos-Q2tm são de grande proporção territorial e dão suporte a dunas (Depósitos Eóleos

Litorâneos Atuais- Q2e1/2 e QPe1/2), descontínuas e posicionadas frente ao mar a diferentes

distâncias, acompanhando o feitio da costa, fixas ou semi-fixadas por restinga arbustiva e

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arbóreo- arbustiva (WANDERLEY, 2015). Do norte de Pacatuba para o sul até às proximidades

do Rio Sapucaia ocorre faixa contínua de dunas de baixo porte, praticamente desvegetadas e

próximas da praia, entremeadas com pequenas lagoas temporárias (Figura 3). Na sede da REBio

e arredores, sobre Terraços, não há interferência de dunas. Do Rio Sapucaia até à cidade de

Pirambu as dunas são de maior porte, parcialmente vegetadas e sem mobilidade e entremeadas

com surgências que drenam para a praia através de barretas (Figura 4).

Fonte: Acervo dos autores, 2016

Figura 3- Dunas no Litoral de Pacatuba, REBio Santa Isabel, Sergipe

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Fonte: Acervo dos autores, 2016

Figura 4- Dunas e barretas no Litoral de Pirambu, REBio Santa Isabel, Sergipe

Levantamento de informações no SISBIO mostrou que na REBio Santa Isabel, de 2011

a 2018, 63% das pesquisas incidiram sobre os ecossistemas e 37% sobre aspectos que podem

ser aplicados na gestão (Gráfico 3). Contudo, apesar desse percentual de 37%, são poucos os

registros de pesquisas envolvendo diagnósticos ou prognósticos das atividades de visitação ao

Centro de Educação Ambiental do TAMAR, depois de 35 anos de gestão e pesquisa nessa

REBio, ao contrário da Praia do Forte, inserida na APA Litoral Norte da Bahia, cujo Centro

de Visitantes já contabilizou dez milhões de pessoas desde seu início em 1982. Dados anuais

do Programa de Visitas Orientadas à Base da REBio segundo o Relatório Técnico Anual

Temporada 1999/2000 (Projeto TAMAR, 2000), compareceram cerca de 100.000 visitantes,

quase todos provindos dos eventos municipais locais Pirambrega e carnaval (Figura 4).

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Gráfico 3- Direcionamento conceitual das pesquisas científicas realizadas na REBio

Santa Isabel

Fonte: acervo dos autores, 2014.

Figura 5- Vista da sede da Rebio Santa Isabel, em Pirambu: alojamentos de

pesquisadores e outros, Museu da Tartaruga, logja de souvenirs e outros equipamentos.

Biológicas63%

Gestão37%

PESQUISAS CIENTÍFICAS REALIZADAS NA REBIO DE SANTA ISABEL

Fonte: SISBIO (período de 2011 a 2018)Organizacao: Hueliton Ferreira,2018

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Especificamente, como mostra o Gráfico 4, as pesquisas biológicas na REBio, que

representam 63%, abordam majoritariamente a flora (34%), a herpetofauna (27%), a

entomofauna (16%) e avifauna e mamíferos (12% e 11%).

Segundo Oliveira et al. (2015), a Unidade abriga 260 espécies vegetais, distribuídas em

184 gêneros e 78 famílias e para Santos et al (2017), além das espécies de tartarugas marinhas,

apenas Ficus cyclophylla (Miq.), a gameleira-grande, consta das listas de espécies ameaçadas.

Em levantamento da produção acadêmica geral sobre as Unidades de Conservação de proteção

integral de Sergipe, feito por Battesini et al. (2013,) a Reserva Biológica Santa Isabel foi

contemplada com 10,68% dos trabalhos, suplantada pelo Parque Nacional Serra de Itabaiana

(66,02%) e pelo Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco (22,33%).

Gráfico 4- Proporção de cada área do conhecimento nas pesquisas realizadas na Rebio

Santa Isabel.

Botânica/Flora34%

herpetofauna27%

Entomofauna16%

Avefauna12%

Mamiferos11%

CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS REALIZADAS NA REBIO DE SANTA ISABEL

Fonte: SISBIO (período de 2011 a 2018)Organizacao: Hueliton Ferreira,2018

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Quanto à fauna, foi novamente a Serra de Itabaiana a mais contemplada (27 trabalhos),

enquanto a REBio contou com apenas 6 (seis) trabalhos. Especificamente sobre flora, o

levantamento indicou apenas 1 (um) trabalho, posição distanciada de todas as outras. Intrigante

foi no tema conflitos socioambientais, onde a REBIO não despertou interesse, e no tema

extrativismo/impacto ambiental a posição foi igual à do Parque Nacional da Serra de Itabaiana,

com 6 trabalhos para cada.

Para a Procuradoria da República no Estado de Sergipe (MINISTÉRIO PÚBLICO

FEDERAL, 2016), fora as tartarugas, estudos com outros animais e plantas são ainda muito

incipientes nesta UC e que desde 2007 foram autorizadas no SISBIO cerca de 60 projetos de

pesquisa, sendo que até 2016 nem todos haviam sido concluídos, mostrando a necessidade de

envolver universidades e outras instituições na pesquisa científica, seu maior potencial, por

conta das suas limitações de uso e manejo com outras finalidades.

6.Considerações finais

A REBio Santa Isabel tem assegurado no litoral de Sergipe a proteção e a conservação

das tartarugas marinhas, cuja espécie Lepidochelys olivacea (tartaruga-oliva) e outras

desovam principalmente do litoral norte da Bahia até o sul do litoral de Alagoas, por conta de

pesquisa, monitoramento, controle biométrico e análise genética, proteção da eclosão dos ovos

com cercados de incubação, cuja necessidade atual é de apenas 30%, e outras práticas que são

conduzidas pelo ICMBIO- Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, nesta

Unidade e em todo o litoral brasileiro de ocorrência dessas espécies. Esse campo de ação para

pesquisadores é o mais extenso e propício pela proximidade entre as bases sequenciadas de

pesquisa localizadas na Bahia em Busca Vida, Arembepe, Praia do Forte, Costa do Sauípe, Sítio

do Conde e Mangue Seco, e em Abaís, Aracaju, Pirambu e Ponta dos Mangues, em Sergipe.

Os índices anuais de aumento populacional dessas espécies é realidade em todo o Brasil,

podendo-se inferir que estão garantidas as condições de reprodução, ressalvando-se os fatores

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de risco afetos ao meio marinho, entre os quais os equipamentos de pesca, que talvez sejam

considerados nas pesquisas como primordiais para justificar a permanência dessas espécies

em listas nacionais e internacionais de espécies ameaçadas. Favorecida pelas restrições próprias

de uma Unidade de Conservação de proteção integral, cuja dimensão territorial abrange também

ecossistemas, paisagens e sistemas socioambientais outros que extrapolam, em grande parte,

a questão principal que são as tartarugas, a REBio Santa Isabel conta com boas instalações e

serviços para pesquisadores, acessibilidade, infraestrutura urbana próxima e recursos de

variadas fontes, detendo, dessa forma, as condições para a articulação e acolhimento de

pesquisadores e para o desenvolvimento de pesquisas para a gestão e para o conhecimento

científico desses ambientes, fato que contraria a relativamente baixa produção acadêmica

verificada, e merece ser questionado.

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