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Perspectivas para a Inflação Luiz Awazu Pereira da Silva Relatório de Inflação 24 de Setembro de 2015

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Perspectivas para a Inflação

Luiz Awazu Pereira da Silva

Relatório de Inflação 24 de Setembro de 2015

2 2

I. Principal Mensagem

II. Ambiente Internacional

III. Condições Financeiras

IV. Atividade

V. Evolução da Inflação

Índice

3

I. Principal Mensagem (1) O balanço de riscos se deteriorou, com elevações recentes de prêmios de risco, que se refletem nos preços de ativos. A estratégia de política monetária reafirma o objetivo do BC de colocar a inflação em 4,5% a.a. ao final de 2016, definindo condições necessárias e suficientes para atingi-lo:

1. a manutenção do atual patamar da taxa Selic, por período suficientemente prolongado;

mas, como não é possível ter certeza hoje se as elevações recentes de prêmios de risco são transitórias ou permanentes,

2. isso exige da política monetária, de um lado, que se observe com atenção as causas de volatilidade e, de outro, que se mantenha vigilante em caso de desvios significativos das projeções de inflação do Copom em relação à meta.

4

I. Principal Mensagem (2) Além do nosso processo de ajuste (com seus componentes externo, monetário e fiscal), está em curso uma série de eventos não-econômicos que afetam a confiança e aumentam a volatilidade dos mercados no Brasil

A comunicação recente de autoridades monetárias de países avançados não está sendo suficientemente clara para guiar os mercados globais e dissipar dúvidas sobre o crescimento global; essas incertezas têm aumentado a volatilidade dos preços de ativos de países emergentes em geral, exacerbando percepções negativas locais em casos específicos como o Brasil

Nesse contexto, é preciso calma e discernimento analítico e evitar reatividade excessiva; é necessário prosseguir nas políticas anunciadas, separar as causas da volatilidade, dar direção ao mercado e preservar a sua funcionalidade

5 5

• Processo de ajuste macroeconômico em curso é padrão, relevante e necessário; ajuste com três componentes (externo, monetário e fiscal); e duas fases (quantidade, preço)

• Ajuste está produzindo resultados esperados em dois componentes (externo e monetário, e.g., melhora das contas externas, forte desinflação contratada para 2016, expectativas de mercado 9,3% 5,7% ou cerca de 360bps); mas precisa ser consolidado no componente fiscal que está afetando prêmios de risco e pode desancorar expectativas de inflação

• Precisamos fortalecer a política econômica e fundamentos; reforçar a preparação para normalização externa; e construir base sólida para novo ciclo de crescimento sustentável

Primeiros Resultados do Ajuste em 2015

6 Fonte: BCB

Ajustando a Taxa de Câmbio Efetiva Real (REER)

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cesta de 15 moedas

117,7

média = 96,0

REAL mais fraco

REAL mais forte

7 Fonte: The Economist

Um Exemplo mais Conhecido: Índice Big Mac U

S$

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5

Brasil RU China EUA AL (-Brasil) Europa Rússia

Preço do Big Mac em US$ pela taxa de câmbio corrente

8 Fonte: BCB

Setor Externo Ajustando: Projeção –US$65 bi em 2015

-103,6 -102,7 -102,4 -101,6

-99,3

-94,9

-92,5

-89,4

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-65,0

-105

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US$

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9 9

Revisão para 2015 mostra intensificação da redução do deficit:

• Estimativa do deficit em conta corrente de US$81 bilhões para US$65 bilhões (3,7% do PIB) para 2015.

o maior superavit comercial, de US$3 bilhões para US$12 bilhões (deficit de US$6 bilhões em 2014) ;

o recuo de US$3 bilhões nas despesas líquidas de lucros e dividendos, atingindo US$18 bilhões

• A estimativa de ingressos líquidos de investimento direto no país foi reduzida de US$80 bilhões para US$65 bilhões, financiando integralmente as transações correntes

• Projeta-se ingresso líquido de US$31 bilhões em ações e títulos no país (denominados em reais), redução de US$10,5 bilhões em relação à estimativa anterior

• A taxa de rolagem para títulos e empréstimos de longo prazo, no exterior, foi mantida em 100%

Boxe: Projeções para o Balanço de Pagamentos

103,6

81,0

65,0

96,9

80,0

65,0

0

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2014 2015-Proj. RIJun

2015-Proj. RISet

TC IDP

US$

bilh

ões

Transações correntes e IDP

2014: IDP financiou 94% do déficit

2015: IDP deverá financiar 99% do déficit

(na projeção do RI-Jun)

2015: IDP deverá financiar 100% do

déficit (na projeção do RI-Set)

10 Fontes: BCB e IBGE

Ajuste de Preços Relativos: Administrados x Livres %

em

12

mes

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0

3

6

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12

15

18ago

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15

IPCA

IPCA Administrados

IPCA Livres

IPCA Adm. Livres 2013 5,91 1,54 7,29 2014 6,41 5,32 6,72 exp. 2015* 9,34 15,20 6,78 exp. 2016* 5,70 5,91 5,61

*mediana das expectativas em 18/9

• Ajuste de preços administrados (15,75% em 12 meses) é parte do ajuste fiscal (e.g., tarifas de eletricidade, CIDE, etc.)

• Redução de subsídios leva à melhora do perfil da dívida pública e da alocação de recursos na economia (aumento da TJLP, redução nos empréstimos ao BNDES; PSI, etc.)

11 11

• O duplo ajuste de preços relativos (administrados e externos) impacta a inflação em 2015, elevando a inflação acumulada em doze meses, e contribui para melhora das contas externas

• É objetivo da política monetária impedir a transmissão desse impacto inflacionário para 2016 e para prazos mais longos

• A política monetária pode, deve e está contendo os efeitos de segunda ordem, para circunscrevê-los a 2015

• Por isso, deve manter-se vigilante para assegurar a convergência da inflação à meta de 4,5% no final de 2016

Ajustes de Preços Impactam Inflação, Conta Corrente

12 Fonte: BCB (Focus)

Expectativas Ancoradas no Médio Prazo (1) va

r. em

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9,34

5,70 4,74

Medianas em 18/set

4,50 4,50

278 p.b.

0 p.b. -76 p.b.

Var. desde 2/jan

-100 p.b. -50 p.b.*

linhas verticais: Copoms, dados até 18/9 *para 2019, variação desde 12/1/15

-150

-100

-50

0

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200

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2/1 23/1 13/2 6/3 27/3 17/4 8/5 29/5 19/6 10/7 31/7 21/8 11/9

2015

2016

2017

2018

2019

13 Fonte: BCB (Focus)

IPCA

Expectativas Ancoradas no Médio Prazo (2)

*para 2019, expectativa em 12/1/15

%

6,56

5,70 5,50 5,50

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19

2/jan

18/set

14 14

• O ajuste fiscal em curso já endereçou vários problemas como correção de preços administrados, cortes de despesas e redução de subsídios

• Foram reduzidos significativamente o crescimento do crédito direcionado e os subsídios implícitos associados

• Porém, perda de dinamismo da economia, em parte relacionada a eventos não-econômicos, levou à frustração de receitas e piora do quadro fiscal programado para 2015

• Mudança de parâmetros para metas e PLOA não foram compatíveis com expectativas e se refletiram em risco

• Por isso, PM necessita de ancoragem fiscal para assegurar a convergência da inflação à meta de 4,5% no final de 2016

Incertezas do Ajuste Fiscal Impactam Prêmios de Risco

15 Fonte: BCB

Política Fiscal em Transição, Parafiscal Ajustando

• Redução real das despesas desde final de 2014

• Mas crescimento abaixo do ciclo das receitas reais

• Redução dos desembolsos do BNDES desde final de 2014

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Finame (esq.) Total (dir.)

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Receita líquida Despesas

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R$

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ões

R$

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ões

Crescimento Real (IPCA), Governo Central

Desembolsos do BNDES em 12 Meses

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3,20

3,40

3,60

3,80

4,00

4,20

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1/7

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22

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29

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9/9

16/9

Exp. Prim. 2015 Exp. Prim. 2016 Meta Prim. 2015

Meta Prim. 2016 R$/US$

Fonte: BCB

Evolução do Câmbio sob Efeito Expectativas para o Primário

Revisão das Metas Fiscais

R$

/US$

Perda do grau de investimento Envio do Orçamento

2016 ao Congresso

% d

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IB

expectativas até 18/9, outros dados até 22/9

17 Fonte: Reuters

Câmbio BRL per 1US$ (23/9) Reflete Prêmio de Risco

Anual

Últimos 5 dias

18 Fonte: BMF&Bovespa

Curva de Juros – DI futuro, com Selic a 14,25%

12,5

13,0

13,5

14,0

14,5

15,0

15,5

% a

.a.

30/7 – Decisão do Copom e respectivo comunicado com “manutenção de patamar de juros por período suficientemente prolongado”

31/8 – Envio ao Congresso do Projeto de Lei do Orçamento de 2016

4/9 – Percepção do mercado de riscos associados ao ajuste fiscal

10/9 – Dívida soberana do Brasil perde o grau de investimento pela agência de risco Standard & Poor’s

1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos 6 anos 7 anos

10/set

4/set

31/ago

30/jul

19 Fonte: BCB

Câmbio (US$) na AL acima do Dólar Index ta

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Outros Chile México Brasil

outros = média (Argentina, Peru, Colômbia e Uruguai), dados até 21/9

Taxa de câmbio – Dólar Index

20 20

• Contexto: realinhamentos de preços circunscritos a 2015; a trajetória da inflação acumulada em 12 meses terá efeito descarte significativo no 1º T de 2016; efeito defasado e cumulativo da ação da Política Monetária

• Fator 1: Queda acentuada na atividade, eventos não-econômicos. Transmissão dos ajustes de preços relativos dá-se com processo de distensão do mercado de trabalho; diminuição da intensidade de repasses dos ajustes de preços (inclusive pass-through cambial) na fase atual do ciclo

• Fator 2: Elevação mais recente dos prêmios de riscos nos mercados de câmbio e juros; incertezas sobre intensidade e tempestividade do ajuste fiscal alimenta volatilidade

Balanço de Riscos para a Inflação de 2016

21 21

5,91%

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6

Fontes: IBGE e BCB (Focus)

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Expectativas de

mercado

2015 a 2016*

*posição de 18 set

Contexto: IPCA Administrados Acum. e Projetado até 2016

15,8%

22 Fonte: BCB (Focus)

Expectativas de Mercado para PIB e Produção Industrial

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Pr. Ind. 2015

Pr. Ind. 2016

PIB 2015

PIB 2016

-2,70

18/set

-0,80

-6,45

0,20

Fator 1: Forte Desaceleração Atividade (PIB e Prd. Industrial)

linhas verticais: Copoms

23 Fonte: BCB

Alterações Significativas entre Junho e Setembro na Abertura do Hiato do Produto (em %)

Copom/RI Junho Copom Julho Copom/RI Setembro

Fator 1: Efeito da Atividade na Maior Abertura Hiato

24 Fontes: IBGE e BCB

Fator 1: Distensão em Curso no Mercado de Trabalho (1) %

cre

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5

jul 15

rend. real % (esq.) desemprego (dir.)

• Processo em curso acelerou-se; ajustes podem ocorrer como combinação de quantidade e preço

• Retorno de jovens e idosos tende a contribuir para o aumento da produtividade no setor de serviços

• Maior competição pode favorecer adequação de salários e produtividade; maior retorno sobre “anos de educação” cria incentivos para melhorar capital humano e produtividade

25 Fontes: IBGE e BCB

Fator 1: Distensão em Curso no Mercado de Trabalho (2)

Variação Interanual da Média Móvel de 3 Meses

%

População Rendimento Real

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15

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5

PO

PEA

26 26

• Evolução demográfica influenciou variações recentes da taxa de participação

• O boxe evidencia que aproximadamente um terço do recuo na taxa de participação observado entre o final de 2012 e o final de 2014 deveu-se à variação da composição da PIA

• Em 2015, as taxas de participação de jovens e idosos apresentaram aumento, com impacto importante na taxa de participação total, o que contribuiu para a aceleração do ritmo de crescimento da taxa de desemprego

Boxe: Efeito da Demografia sobre a Taxa de Participação

-1,2

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10-17 18-24 25-39 40-59 60+

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Composição da PIA

27 27

Fator 2: Prêmio de Risco, CDS 5y Brasil, BBBs e BBs ponto

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5

29

/8/1

5

13

/9/1

5

Brasil Média BBs Média BBBs*até 23 set

Fonte: IBGE

28 28

Boxe: Impacto da Atividade e Câmbio sobre a Inflação de Preços Livres

• Busca verificar, especificamente, como o desaquecimento da atividade econômica tem contribuído para contrabalancear os efeitos da depreciação do Real sobre a inflação de preços livres

• Choques de demanda contribuíram negativamente para a trajetória da inflação de preços livres contrapondo-se aos choques cambiais

• Em termos líquidos, a contribuição positiva do câmbio foi superior à contribuição negativa da demanda em cerca de 1,5 p.p. no primeiro semestre (de uma variação de 4,50% da inflação no mesmo período)

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15

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15

Choque de demanda Choque cambial

Co

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(p

.p.)

Contribuição de choques de demanda e de câmbio nos preços livres

29 29

Debate e Boxe: Inércia Inflacionária e Expectativas de Inflação

• Avalia o impacto dos componentes de inércia e de expectativas sobre a dinâmica inflacionária no Brasil

• As estimações realizadas sugerem que a inflação corrente depende de maneira importante da inflação passada

• Em relação ao termo de expectativas, as previsões dos agentes, para prazos mais curtos, são fortemente dependentes de desenvolvimentos recentes, principalmente na inflação e na taxa de câmbio. Para prazos mais longos, ganham importância a postura da política monetária e a meta de inflação

4,4

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2016

2017

2018%

30 30

• Ajuste 2015 estava em curso com melhora de fundamentos e percepção: convergência para meta da inflação, melhora externa, preços de ativos estável, melhora da confiança dos agentes

• Deterioração recente afetou percepções, aumentou prêmios de riscos e houve downgrading da nota soberana; é preciso reverter para o quadro de julho de 2015 e implementar programa fiscal adicional de ajuste proposto e em discussão; condição essencial para o sucesso dos outros componentes do ajuste

• Com isso, mercado doméstico robusto com low hanging fruits, oportunidades de investimentos que continuam presentes

• Melhor contribuição da política monetária para reduzir volatilidade e favorecer crescimento é colocar a inflação na meta de 4,5% no final de 2016 e ancorar expectativas no médio-longo prazos

Situação Atual exige Atenção: Observar para Corrigir

31 31

Balanço de Riscos Final Brasil Set. 2015:

• Riscos para cima com a subida de prêmios de risco e câmbio

• Riscos para baixo em termos de atividade (e.g., aceleração do processo de distensão no mercado de trabalho, moderação da demanda e do crédito)

• PM atuou para endereçar a inflação, posicionando a economia para enfrentar a normalização do FED; no atual stress, é necessário ter discernimento e calma para evitar reatividade excessiva; prosseguir com a política monetária já anunciada, identificando possíveis excessos em certos prêmios de risco e permanecendo atento à implementação dos compromissos do componente fiscal do processo de ajuste

32

II. Ambiente Internacional • Apesar de sinais de recuperação da atividade em algumas

economias maduras, a decisão sobre normalização dos juros pelo Fed se revela mais complexa, contrapondo dados que justificam wait-and-see vis-à-vis riscos de ficar behind the curve

• Incerteza e mais fator China (desaceleração estrutural) pode estar adicionando maior volatilidade nos mercados financeiros

• Moderação em curso dos preços de commodities sinaliza final do super-ciclo altista

• Esse contexto favorece volatilidade, fortalecimento do dólar frente a moedas de mercados emergentes, questiona estabilidade financeira de emergentes e sugere processo de ajuste nas frentes cambial, monetária e fiscal; alguns países importadores líquidos melhoram; maioria não; Brasil adiantado no seu dever de casa

33 Fonte: FMI

Preços de Commodities em Queda ín

dic

e (m

édia

20

05

=10

0)

Índice de commodities e subíndices calculados pelo FMI

0

50

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200

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10

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11

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12

ago

13

ago

14

ago

15

Índice de Preços de CommoditiesAlimentosMetaisEnergia

34 Fonte: Bloomberg

Dólar frente a Algumas Moedas

dados até 18/9; *dollar index: mede o valor internacional do dólar contra cesta das seis maiores moedas de reserva do mundo (franco suíço, dólar canadense, iene japonês, libra esterlina, euro e coroa sueca)

índ

ice

(21

/5/1

3=1

00

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70

75

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3

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3

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4

set 14

nov 1

4

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5

mar

15

ma

i 1

5

jul 1

5

set 15

Dollar index*

Índice de 20 moedas emergentes

Euro

Iene

35 35

• Desde o 2º T de 2015, a aversão ao risco se elevou em função de:

• dificuldades nas negociações com a Grécia;

• recuo nas bolsas chinesas e flutuação da moeda local;

• recuo de preços de commodities; e

• incertezas quanto ao liftoff nos EUA.

• Este contexto engloba:

• recuperação econômica desigual no G3;

• desvalorização das moedas de economias emergentes e exportadoras de commodities.

Retrospectiva – Exterior (desde 2º T 2015)

36 36

• Ao longo do horizonte relevante para a política monetária, perspectivas de crescimento assimétrico dentro do G3 (e.g., melhora nos EUA, QE na Europa e Japão), e crescimento baixo nas economias emergentes.

• Condições de financiamento mais rígidas para a maioria das economias emergentes.

Perspectivas – Exterior 2015-2016

37

65

70

75

80

85

-6

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0

2

4

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100

110

120

130

140

150

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5

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7

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9

jun 1

1

jun 1

3

jun 1

5

Fontes: U.S. BEA; Federal Reserve e U.S. BLS

Recuperação da Economia dos EUA

% d

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l (d

essa

z.)

var.

% t

/t-4

nonfarm payroll employment (dessaz.)

milh

ões

38 Fonte: Bloomberg

Europa – Crescimento e Inflação %

t/t

-4, d

essa

z.

Crescimento do PIB – Área do Euro Inflação ao Consumidor – Área do Euro

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10

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11

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11

2T

12

4T

12

2T

13

4T

13

2T

14

4T

14

2T

15

39 Fonte: Bloomberg

China – Desaceleração Gradual va

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-12

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12

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14

fev 1

5

ago

15

indicador antecedente

crescimento real do PIB

40 Fonte:

China: Bolsa e Mudança de Regime Cambial

1000

2000

3000

4000

5000

6000

6,0

6,2

6,4

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dez 1

3

mar

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4

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mar

15

jun 1

5

set 15

Câmbio (Yuan)

Shangai Composite

Yuan

/US$

41 Fonte: Bloomberg

Volatilidade

dados até 18/9

% a

.a.

% a

.a.

VIX e Volatilidade nos Mercados de Títulos

Volatilidade de Moedas

po

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40

50

60

70

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90

100

110

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5

VIX

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4

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24

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5

jul 15

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5

BrasilÍndiaÁfrica do Sul

42

III. Condições Financeiras

• Moderação no ritmo de concessão de crédito condizente com o processo de ajuste e posição da economia no ciclo

• Robustez e solidez do SFN (e.g., capital, provisões e liquidez) permanecem e garantem estabilidade financeira

• Estabilidade do crescimento do crédito não tem trazido maior inadimplência

43 Fonte: BCB

Crédito/PIB %

do

PIB

nova metodologia a partir de 2011; *ago 15

2009-2014: 16,1% (crescimento médio do

saldo nominal)

2005-2008: 25,4% (crescimento médio do

saldo nominal)

25,6 25,8 24,3 25,5

28,0 30,4

34,7

39,7 42,7

44,1 46,5

50,3 52,6

54,7 54,6

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10

20

30

40

50

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0

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201

2

201

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14

201

5*

44 Fonte: BCB

Crédito e Inadimplência

Expansão do Saldo do Crédito Inadimplência

%

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5

45 Fonte: BCB

Endividamento das Famílias em Declínio

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18

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jun

15

endividamento ex-habitacional

comprometimento ex-habitacional

46 Fonte: FMI (FSI – últimos dados disponíveis)

Indicadores de Solidez Financeira

12,5

12,6

12,9

13,6

14,1

14,1

14,2

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15,5

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Índia

Austrália

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África do Sul

Itália

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Brasil

Turquia

Reino Unido

Alemanha

Índice de Basiléia

-38,0

-20,2

-18,4

-17,3

-14,3

-9,6

-8,5

-8,1

-5,6

-3,8

-3,8

4,0

10,9

-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20

Espanha

Rússia

África do Sul

Índia

Japão

Austrália

Reino Unido

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Coréia

Turquia

México

Brasil

(Provisões – Inadimplência)/ Capital

24,8

34,7

38,7

39,9

41,2

46,6

48,9

79,1

92,4

96,9

118,4

122,6

142,1

187,3

0 70 140 210

Índia

África do Sul

Japão

Reino Unido

Austrália

México

Canadá

Turquia

Rússia

EUA

Coréia

Itália

Alemanha

Brasil

Ativos Líquidos/ Passivo de Curto Prazo

47

IV. Atividade • 2015 é ano de ajuste, com reflexo na atividade e taxas

de crescimento que tendem a ser baixas (abaixo do potencial); redução do consumo privado é fator adicional de contração

• Eventos não-econômicos sobrepõem-se ao ciclo de contração e contribuem para queda adicional do investimento; diferenças entre projeções se explicam por métodos diferentes de avaliar esses eventos

• Retomada somente se dará a partir da melhora da confiança

48 Fontes: IBGE e Funcex

Oferta: Baixo Dinamismo %

12

m/1

2m

an

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a/a

-1

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/m-1

2, m

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Produção Industrial

Safra Agrícola Quantum de Importações

Receita Nominal de Serviços

2015: estimativas IBGE em ago/15

-5,3 -6

-5

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6

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7

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1

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2

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abr

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3

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ma

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jul 15

49 Fontes: IBGE e Funcex

Demanda: Moderação em Linha com Ajuste %

var

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Consumo das Famílias

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15

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11

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12

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13

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14

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15

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14

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14

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abr

15

ago

15

50 Fonte: FGV

Confiança: ICC Estabilização na Queda

Obs.: Proporção de respostas favoráveis – proporção de respostas desfavoráveis + 100 (100=neutro)

set/

05

=10

0, d

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az.

Índice de Confiança do Consumidor

70

75

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115

120

125abr

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5

abr

15

jun 1

5

ago

15

ICC

Sit. Atual

Expectativa

51 51

• Revisão da taxa de crescimento em 2015, de -1,1% para -2,7% (demanda interna, -5,1 p.p.; e exportações líquidas, +2,4 p.p.): o

• Oferta:

• Agropecuária: 2,6% (1,9% no 2ºtri/2015)

• Indústria: -5,6% (-3,0% no 2ºtri/2015)

• Serviços: -1,6,% (-0,8% no 2ºtri/2015)

• Demanda:

• Investimentos: -12,3% (-7,0% no 2ºtri/2015)

• Consumo das Famílias: -2,4% (-0,5% no 2ºtri/2015)

• Consumo do Governo: -1,4% (-1,6% no 2ºtri/2015)

• Recuo de 2,2% nos quatro trimestres encerrados em junho de 2016

Boxe: Projeções para o PIB

52

V. Evolução da Inflação • O duplo ajuste de preços relativos (administrados e externos)

impactou a inflação no 1º semestre de 2015, elevando a inflação acumulada em 12 meses; o objetivo é impedir sua transmissão para 2016 e para prazos mais longos, necessitando da manutenção do atual patamar da taxa Selic, por período suficientemente prolongado

• Houve deterioração no balanço de riscos para a inflação, mas, como não é possível ter certeza hoje se as elevações recentes de prêmios de risco são transitórias ou permanentes, isso exige da política monetária, de um lado, que observe com atenção as causas de volatilidade e, de outro, que se mantenha vigilante em caso de desvios significativos das projeções de inflação do Copom em relação à meta

53

Evolução da Inflação: Puxada por Administrados

Fontes: IBGE e FGV

variação em 12 meses (%)

ago/14 ago/15

IPCA 6,51 9,53 ▲

Livres 6,95 7,70 ▲

Administrados 5,07 15,75 ▲

Comercializáveis 6,81 6,62 ▼

Não-Comercializáveis 7,07 8,60 ▲

INPC 6,35 9,88 ▲

IPC-C1 6,22 10,37 ▲

IGP-DI 4,63 7,80 ▲

IPA-DI 3,41 7,15 ▲

Agrícola 1,91 10,45 ▲

Industrial 3,97 5,94 ▲

IPC-DI 6,76 9,73 ▲

INCC-DI 7,26 7,30 ▲

54

% e

m 1

2 m

eses

Preços: Ajuste Lento em Não-Comercializáveis

Fontes: BCB, IBGE e FGV

Inflação (IPCA) Preços ao Produtor e IGP

Inflação de Serviços

% e

m 1

2 m

eses

%

em

12

mes

es

% e

m 1

2 m

eses

Livres e Administrados

8,2

7,7

7,9

8,1

8,3

8,5

8,7

8,9

9,1

9,3

ago

12

nov 1

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13

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3

fev 1

4

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4

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14

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5

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15

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2

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6

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12

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2

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3

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13

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3

fev 1

4

ma

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4

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14

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4

fev 1

5

ma

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5

ago

15

não-comercializáveis

comercializáveis

7,7

15,8

0

2

4

6

8

10

12

14

16

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12

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3

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13

nov 1

3

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5

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15

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set 2015 7,62%

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IPA-10 set 2015

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4

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jun 1

5

se

t 1

5

IPP

IPA

IGP

55 Fontes: IBGE e MTE

Salários: Ajustes em curso, mas ainda há riscos au

men

to a

nu

al m

édio

%

Rendimento Real

reaj

ust

e re

al %

Convenções Coletivas de Trabalho

-1,6 -2,0

-1,0

0,0

1,0

2,0

3,0

fev 1

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13

fev 1

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14

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15

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3,2 3,4 3,2

3,8

2,7

4,1

1,8

2,7

-0,2

-0,5

0,5

1,5

2,5

3,5

4,52

00

6

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7

200

8

200

9

201

0

201

1

201

2

201

3

201

4

201

5*

56 56

• A despeito da ausência de contribuição desinflacionária da taxa de câmbio, as expectativas de mercado indicam desinflação de 4 p.p. até o final de 2016, cerca de 80% do necessário para assegurar a convergência para a meta

• Em maio de 2003 (pico do ciclo 2002/2004), as expectativas sinalizavam desinflação de 9 p.p. para os doze meses seguintes - cerca de 75% da desinflação de 12 p.p. que realmente ocorreu.

Boxe: Comparação de Ciclos de Desinflação

4

6

8

10

12

14

16

18

M-1

8

M-1

6

M-1

4

M-1

2

M-1

0

M-8

M-6

M-4

M-2

M0

M+

2

M+

4

M+

6

M+

8

M+

10

M+

12

M+

14

M+

16

M+

18

Ciclo 2002/2004 Ciclo 2014/2016

Focus 11/Set/2015 Focus 30/Mai/2003

% e

m 1

2 m

eses

IPCA e projeções Focus

57 Fonte: BCB

Cenário de Referência: Juros constantes de 14,25% a.a. e câmbio de R$3,90/US$

Projeções do Banco Central para a Inflação

Obs.: inflação acumulada em 12 meses (% a.a.)

Período

Intervalo de probabilidade

Projeção central

50%

30%

10%

2015 3 9,4 9,4 9,5 9,5 9,6 9,6 9,5

2015 4 9,2 9,3 9,5 9,6 9,8 9,9 9,5

2016 1 7,0 7,3 7,5 7,8 8,0 8,3 7,7

2016 2 5,7 6,0 6,3 6,6 6,9 7,2 6,5

2016 3 4,9 5,2 5,6 5,9 6,3 6,7 5,8

2016 4 4,4 4,8 5,2 5,5 5,9 6,3 5,3

2017 1 3,8 4,2 4,6 5,0 5,3 5,7 4,8

2017 2 3,7 4,1 4,5 4,8 5,2 5,6 4,7

2017 3 3,1 3,5 3,9 4,2 4,6 5,0 4,0

58 Fonte: BCB

Cenário de Mercado*: 2015 Juros de 14,25% a.a. e câmbio médio de R$3,86/US$ 2016 Juros de 12,25% a.a. e câmbio médio de R$4,00/US$

Projeções do Banco Central para a Inflação

Período

Intervalo de probabilidade

Projeção central

50%

30%

10%

2015 3 9,4 9,4 9,5 9,5 9,6 9,6 9,5

2015 4 9,2 9,3 9,5 9,6 9,8 9,9 9,5

2016 1 7,1 7,3 7,5 7,8 8,0 8,2 7,7

2016 2 5,7 6,0 6,3 6,6 6,9 7,2 6,4

2016 3 4,9 5,3 5,6 6,0 6,3 6,7 5,8

2016 4 4,5 4,9 5,3 5,6 6,0 6,4 5,4

2017 1 4,1 4,5 4,9 5,2 5,6 6,0 5,1

2017 2 4,2 4,6 4,9 5,3 5,6 6,0 5,1

2017 3 3,7 4,1 4,5 4,8 5,2 5,6 4,6

59

Análise da Ata 193 Permanece Adequada

O Copom avalia que o cenário de convergência da inflação para 4,5% no final de 2016 tem se mantido, apesar de certa deterioração no balanço de riscos. O Comitê entende que a manutenção da taxa básica de juros em 14,25% a.a., por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no final de 2016.

Para o Comitê, de um lado, os avanços alcançados no combate à inflação mostram que a estratégia de política monetária está na direção correta. Nessa ótica, certos riscos remanescentes para que as projeções de inflação do Copom atinjam com segurança o objetivo de 4,5% no final de 2016 são condizentes com o efeito defasado e cumulativo da ação de política monetária. De outro lado, elevações recentes de prêmios de risco que se refletem nos preços de ativos, exigem que a política monetária se mantenha vigilante em caso de desvios significativos das projeções de inflação do Copom em relação à meta.

60

Perspectivas para a Inflação

Obrigado! Relatório de Inflação Setembro de 2015