periodização do desenvolvimento psíquico à luz da escola de vigotski

31
Ana Carolina Galvão Marsiglia (Org.) INFÂNCIA E PEDAGOGIA HJSTÓR ICO-CRÍTJCA ASSOCIADOS

Upload: jully-fortunato-buendgens

Post on 17-Aug-2015

296 views

Category:

Documents


70 download

DESCRIPTION

Periodização Do Desenvolvimento Psíquico à Luz Da Escola de Vigotski

TRANSCRIPT

Ana Carolina Galvo Marsiglia (Org.) INFNCIAEPEDAGOGIA HJSTRICO-CRTJCA ASSOCIADOSCopyright 2013 by Editora Autores Associados Ltda. Todos os direitos desta edio reservados Editora Autores AssociadosLtda. Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) (Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Infncia e pedagogia histrico-crtica/ Ana Carolina Galvo Marsiglia (Org.). - Campinas, SP: Autores Associados, 2013. Vrios autores. ISBN978-85-7496-309-9 1. Educao - Brasil 2.Educao - Congressos 3. Educao infantil 4. Infncia 5.Pedagogia histrico-crtica 6. Prtica social 7.Professores - Formao 8. Psicologia do desenvolvimento 9. Psicologia educacional 1. Marsiglia, A.naCarolina Galvo. 13-07446CDD-370.115 ndice para catlogo sistemtico: 1.Infncia e pedagogia histrico-crtica: Educao : Congressos370.115 Impresso no Brasil- setembro de 2013 EDITORA AUTORES ASSOCIADOS LTDA. llnw ('Jitora cdui;alivaa scrvin dacultura brasileira Av.Albino). B.deOliveira, 901 Baro Geraldo 1 CEP13084-008 Campinas - SP Telefone:(55)(19) 3789-9000 Vendas:(55)(19)3249-2800 E-mail:[email protected] Catlogo on-line: www.autoresassociados.com.br Consellio Editorial "Prof. Casemiro dos ReisFilho'' Bernardete A.Gatti Carlos Roberto JamilCury Dermeval Saviani Gilberta S.de M.Jannuzzi Maria Aparecida Motta Walter E.Garcia Diretor Executivo Flvio Baldy dosReis Coordenador Editorial RodrigoNascimento Reviso Aline Marques Rafaela SantosLima MaitZickuhr Diagramao MaisaS.Zagria Capa MaisaS.Zagria Imagem daCapa w1,11.1l"hlt'.[11.1hol1.1b,h"'l'.. h1 tklllllHIC,\o"l'l.1111'1',ll Baseadana ilustrao tlc 1\d1irn Emmanuelle Marie(l IM/iIS'! 11 publicadanoconto"N.1/iiuciue pt'd(/gogiahistrico-crtii.:a entreeles.Nesseprocesso,aodesempenharpapisadultos,ela apropria-se do sentido social das atividades produtivas humanas, internalizando determinados padres sociais que formaro bases para sua prpria conduta. - ---Emtermosdodesenvolvimentopsquicodacriana,aativi-dadeldicapeemfuncionamentotodaumacomplexidadede funes psquicas. E justamente assim que asfunesse desen-volvem:quando sodemandadas pela atividade,quando a ativi-dadeexigequeentremem funcionamentoeavancememcom-plexidade. Otraoessencialdodesenvolvimentopsquicoproduzido pela brincadeira o autodomnio da conduta. Desempenhar ade-quadamente o papel exige que a criana seja capaz de subordinar sua conduta, controlar os impulsos imediatos. Asaes da crian-a pela primeira vez tornam-se objeto de sua conscincia, ou seja, pela primeira vez ela se d conta de suas prprias aes e esfora--se para control-las. Essa uma constatao interessante porque, emaparncia,abrincadeiraumaatividadenaqualacriana parece to livre!Essa liberdade , na verdade, muito relativa, por-queelaestaprendendoasubordinarsuaprpriaconduta.Por issopodemos pensar que o jogo uma "oficina'' de autodomnio da conduta para a criana. Em funode tudo isso,o jogo protagonizado eleva o conhe-cimento que a criana tem da realidade social a um nvel de com-preenso consciente e generalizado. Mas precisamos lembrar que se esse desenvolvimento ser ou no alcanado em sua plenitude pelacriana,umfatoque ...Depende.Dependeporqueno qualquer brincadeira que de fato provoca 'odesenvolvimento ps-g_uico. ValeriaMukhina(1996)afirmaquequantomaisamplafora realidadequeascrianasconhecem,tantomaisamplose varia-_) 89 !, f11/i1111aP11squaii11i dosseroosargumentosdeseusjogos.Eoinversotambm verdadeiro:quantomaisrestritoforocontatodacrianacom a realidadesocial,maispobres e montonos seroosargumentos seus jogos. Issosignificaqueopotencialdepromoverdesenvolvimento psquico da brincadeira depende da riqueza do acessoaoconhe-cimento sobre o mundo que a criana tem (ou no). Significa que o contedodos jogos dramatizados dascrianase o desenvolvi-mentopsquicoqueserconquistadopormeiodessaatividade dependem de suas condies devida e de educao. Por isso, tarefa da escola de educao infantil ampliar o cr-et1lodecontatos com a da tarefa doprofes-sortransmitirari.aconhecimentossobreomundo,nos porqueacrianatemdireitoaconheceromundoemquevive para alm dos limites estreitos da sua experincia individual, mas porqueessesconhecimentosserojustamenteamatria-prima da brincadeira infantil. ( .Essa tarefa assume ainda maior relevncia quando nos aperce-bemos do quanto a organizao social capitalista restringe desde {,a mais tenra infncia scrianas da classe trabalhadora o acesso aoconhecimentosobrearealidadesocial.Issosignificaroubar dessascrianaspossibilidadesdedesenvolvimento,e nopode-mossercmplicesdesseprocesso.Ns,queassumimosocom-promissopolticocom aclassetrabalhadora ecoma superao do capitalismo, devemos nos opor radicalmente a essa expropria-o.Devemosgarantir snossascrianaspequenas odireitoao acessoaoquedemaisricoa humanidade produziu aolongodo processo histrico. Para concretizar esse compromisso, preciso ter clareza sobre a importncia da interveno intencional e consciente do profes-/---,sor como aquelequedirige oprocessoeducativo,poisa criana -_\-no pode omundo sozinha. E pi1es-90 sor que organiza a atividade da criana e lhe apresenta o mundo. E suaintervenosefazfundamentaltambmnocontextoda brincadeira de papis. Opapel doprofessorno seresume a observar a brincadeira infantil, evitando interferncias. Essa concep() fruto de anli-ses naturalizantes do-desenvolvimento infantil.A brincadeira de papisnocontextodaeducaoescolardeveestaraservioda apropriaodacultura e dodesenvolvimentopsquico,cabendo ao professor no s ampliar o conhecimento de mundo da crian-ademodo que forneamatria-prima para o fazdeconta, mas enriqueceraatividadeldicaepromoversuacomplexificao. Essaintervenoprecisasercuidadosamente planejada eorien-tadapeloconhecimentocientficosobreodesenvolvimentoda criananesseperodoe suasprincipaisconquistas,eprincipal-mentesobrea estrutura da atividadeldicae suarelaocom o desenvolvimento psquico. A transio idadeescolar A idade pr-escolar um perodo do desenvolvimento em que, como vimos,secoloca como focoo sentidosocial das atividades humanas.A centralidade s t ~ no mundo daspessoas,na relao criana-adultosocial,ou seja,na esferadasnecessidades,oque significa afirmar queo desenvolvimentodoaspectoafetivo/mo-tivacionalda personalidade predomina nesseperodo,por meio da assimilao dos sentidos fundamentaisda atividade humana. NaanlisedeElkonin(1987),todoperodododesenvolvi-mentoquetemessacaracterstica,emque ,aesferaafetiva/mo-tivacional .temproeminncia,)repar' apassagemaoperd() seguinte,emquetercentralidadeaesferadaspossibilidades _C?peracionaise tcnicas ou intelec_tuais: 91 ), ' .l 92 ju/in11aC11111pregl1erP11>1/ll