periodicidade: bianual issn: 2447-4428 v. 4 2019

65
Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 – 2019 UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ/UNIVAS POUSO ALEGRE/MG

Upload: others

Post on 22-Apr-2022

14 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428

v. 4 – 2019

UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ/UNIVAS

POUSO ALEGRE/MG

Page 2: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

1 Textos disponíveis em: http://www.univas.edu.br/menu/extensao/publicacoes.asp

IMPORTANTE: Todas as informações contidas nos Anais do IV CONGRESSO SUL MINEIRO

DE PEDIATRIA1 são de domínio público e a veracidade do conteúdo de responsabilidade de seus

respectivos pesquisadores e autores dos trabalhos apresentados no evento em 2019.

Page 3: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

ORGANIZADORES

Maria Natália Andrade

Ciderleia Castro de Lima

Eugênio Fernandes Magalhães

Glenia Junqueira Machado Medeiros

Comissão Científica:

Maria Natália Andrade

Ciderleia Castro de Lima

Cassandro Moreira Fernandes

João Francisco da Gama Neto

Gérsika Bitencourt Santos Barros

Ligas Acadêmicas de Pediatria UNIFENAS; UNIVÁS, FMIt., UNIFAL

Universidade José do Rosário Vellano –

Unifenas-MG

Reitora da Universidade José do Rosário

Vellano: Profa. Maria do Rosário Araújo

Velano

Pró-Reitor Acadêmico da Universidade José

do Rosário Vellano: Prof. Dr. Mario Sérgio

Oliveira Swerts

Diretor de Extensão e Assuntos

Comunitários: Prof. Rogério Ramos do

Prado

Universidade do Vale do Sapucaí –Univás

Reitor da Universidade do Vale do Sapucaí:

Prof. Carlos de Barros Laraia

Vice-Reitor da Universidade do Vale do

Sapucaí: Prof. Benedito Afonso Pinto Junho

Pró-Reitor de Extensão e Assuntos

Comunitários: Prof. Antônio Homero Rocha

de Toledo

AUTOR CORPORATIVO:

UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ/UNIVAS

AV. PREF. TUANY TOLEDO, 471

CEP:37554-210 - POUSO ALEGRE - MINAS GERAIS- BRASIL.

ORGANIZADORES TÉCNICOS:

CIDERLEIA CASTRO DE LIMA

MARIA NATALIA ANDRADE

Page 4: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

APRESENTAÇÃO

O congresso Sul Mineiro de Pediatria vem mantendo sua qualidade e compromisso

com a ciência e sociedade. Esse ano de 2019, na sua 4ªedição, o evento foi sediado pela

Universidade José do Rosário Vellano, cidade de Alfenas, as Ligas de Pediatria envolvidas

na organização em parceria com a da Unifenas está a Liga de Pediatria da Universidade

Federal de Alfenas(UNIFAL/Alfenas-MG), da Faculdade de Medicina de Itajubá (MG) e da

Universidade Vale do Sapucaí (UNIVÁS/Pouso Alegre -MG).

Como parte do evento, ressaltamos a qualidade nas apresentações de trabalhos

científicos na modalidade de pôster e na modalidade oral. Os trabalhos representam cada

vez mais a maturidade e compromisso com a ciência. A atenção à saúde integral da criança

é de interesse na formação de acadêmicos da área da saúde, evidenciado por trabalhos de

áreas afins a medicina, agregando conhecimentos em espiral, de forma generalista,

humanística, para processamento de pensamentos críticos e reflexivos.

Os trabalhos agrupados nesses anais foram avaliados por profissionais da área da

saúde e pediatria para criteriosa seleção a fim de contribuir de forma contínua para a

qualidade da assistência prestada às crianças. Os resumos foram agrupados em três eixos

temáticos: Abordagem clínica-terapêutica; Atenção à saúde da criança na comunidade;

Educação em saúde.

Acreditamos na seriedade do material disposto nesses anais, uma vez que a

pesquisa exige de seus pesquisadores, inquietação diante de uma problemática,

planejamento, execução e análise de seus dados com inferências e fundamentação teórica

coesa.

Caros leitores, a partir de uma leitura técnica-científica, com olhar crítico, vocês

levantarão muitos outros questionamentos que favorecerão o desenvolvimento de estudos

científicos para melhor responder as inquietações provenientes da reflexão.

Caros, boa leitura!

Ciderleia Castro de Lima.

Page 5: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

1

SUMÁRIO:

EIXO 1 – ABORDAGEM CLÍNICA-TERAPÊUTICA

SIBILÂNCIA EM LACTENTES MENORES DE 12 MESES NO MUNICÍPIO DE POUSO ALEGRE-MG ............... 3

ASSISTÊNCIA MULTIDISCIPLINAR DE BEBÊ COM DISOSTOSE MANDIBULOFACIAL .................................. 4

OSTEOMIELITE AGUDA NO PERÍODO NEONATAL: RELATO DE CASO ................................................... 6

HIPERVENTILAÇÃO ALVEOLAR: RELATO DE CASO .................................................................................... 8

ANOMALIAS CONGÊNITAS SUGESTIVAS DE BLEFAROFIMOSE EM GÊMEAS: RELATO DE CASO. ........10

ABSCESSO HEPÁTICO NA INFÂNCIA: RELATO DE CASO .........................................................................11

ABSCESSO CERVICAL EM RECÉM-NASCIDO CONCOMITANTE À MASTITE PUERPERAL: UM RELATO DE

CASO .......................................................................................................................................................13

ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL: RELATO DE CASO ...............................................................................14

IMPLICAÇÕES RELACIONACIONADAS À INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL DURANTE INDUÇÃO DE

ANESTESIA GERAL EM PACIENTES COM MAL FORMAÇÕES FACIAIS .....................................................16

LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA NA INFÂNCIA: RELATO DE CASO..............................................................18

RELATO DE CASO – FIBROSE CÍSTICA .....................................................................................................19

RELATO DE CASO: CONDUÇÃO DO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA NO TRANSTORNO DO ESPECTRO

AUTISTA EM UMA CIDADE DO INTERIOR DE MINAS GERAIS .................................................................21

RELATO DE CASO: SÍNDROME PERISYLVIANA ........................................................................................23

RELATO DE CASO: XANTOGRANULOMA INFANTIL EM LACTENTE EM UMA CIDADE NO SUL DE MINAS

GERAIS. ...................................................................................................................................................24

SÍNDROME DE TAR: RELATO DE CASO ...................................................................................................26

TRATAMENTO ODONTOLÓGICO EM CRIANÇA COM CARDIOPATIA CONGÊNITA EM AMBIENTE

HOSPITALAR: RELATO DE CASO CLÍNICO ...............................................................................................28

TUBERCULOSE INFANTIL COM QUADRO POSTERIOR DE IVAS: RELATO ................................................30

ARTRITE SÉPTICA POR STAPHYLOCOCUS AUREUS EM LACTENTE .........................................................32

EIXO 2 – ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA NA COMUNIDADE

OBESIDADE INFANTIL: QUAIS AS RECOMENDAÇÕES UTILIZADAS POR MÉDICOS E RESIDENTES NA

CONTINUIDADE DA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE? ..................................................................................33

ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS RELACIONADOS AS ENTEROPARASITOSES INTESTINAIS EM CRIANÇAS

DE UMA CRECHE MUNICIPAL DE ALFENAS-MG .....................................................................................36

Page 6: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

2

ESTIMULAÇÃO PRECOCE DA INFÂNCIA: EFEITO EM CRIANÇAS COM VULNERABILIDADE SOCIAL E

INDIVIDUAL ............................................................................................................................................38

IMPACTO EM SAÚDE DO USO DE TELAS E TECNOLOGIAS POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES ...............40

MANEJO CLÍNICO DO DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) .........................41

DOENÇA DE KAWASAKI : DIAGNOSTICO E ACOMETIMENTO CORONARIANO. .....................................43

SÍNDROME DA REGRESSÃO CAUDAL COMO CAUSA DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA ............................45

EIXO 3 – EDUCAÇÃO EM SAÚDE

A HIPOTERMIA COMO CONDUTA TERAPÊUTICA ÀS ASFIXIAS PERINATAIS ...........................................47

A ACURÁCIA DO APGAR PARA O MANEJO CLÍNICO DAS ASFIXIAS PERINATAIS ....................................49

DESAFIOS À SAÚDE DA CRIANÇA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA ....................................................................51

EFICÁCIA DOS MÉTODOS TERAPÊUTICOS NA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO EM PEDIATRIA:

EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS ........................................................................................................................53

INFLUÊNCIA DE FALSAS NOTÍCIAS NA HESITAÇÃO VACINAL: REVISÃO DE LITERATURA NARRATIVA. ..55

NESIDIOBLASTOSE - HIPERINSULINISMO CONGÊNITO EM LACTENTES: REVISÃO DE LITERATURA. .....57

ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL: ARTIGO DE REVISÃO .............................................................................59

Page 7: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

3

EIXO 1 – ABORDAGEM CLÍNICA-TERAPÊUTICA

SIBILÂNCIA EM LACTENTES MENORES DE 12 MESES NO MUNICÍPIO DE

POUSO ALEGRE-MG

BRUSAMOLIN, Lara S.*; MAGALHAES, Eugênio F.; GROSSI, Fernanda P. O.;

GROSSI, Patrícia P. O.; FERNANDES, Rafael V., IZIDORO, Taynan B. R.

Universidade do Vale do Sapucaí / Pouso Alegre – MG.

Introdução:

A sibilância é um sintoma muito frequente em idade pediátrica, e o início precoce de

seus episódios está associado à persistência de sintomas brônquicos ao longo da

vida e a uma maior deterioração funcional respiratória.

Objetivos:

Avaliar os fatores relacionados à sibilância em lactentes menores de 12 meses no

Hospital das Clínicas Samuel Libânio, em Pouso Alegre – MG.

Metodologia:

Estudo individual, observacional, descritivo e transversal, no qual foram avaliados 70

lactentes menores de 12 meses. Foi utilizado o questionário EISL traduzido,

respondido pelos responsáveis.

Resultados:

Observou-se associação significativa entre: episódio de pneumonia e história de

alergia alimentar (p:0,038); hospitalização por pneumonia e história de alergia

alimentar (p:0,038); e necessidade de serviço de emergência nos últimos 12 meses

por descompensação e presença de fumante no domicílio (p:0,004).

Conclusão:

Page 8: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

4

A presença de descompensação da sibilância nas crianças que convivem com

fumantes evidencia a importância do controle do tabagismo no domicílio para

melhora da qualidade de vida dos lactentes sibilantes.

Descritores: Asma; Sibilância; Lactente.

REFERÊNCIAS:

1. Ring J. D. Declaration: allergy as a global problem. Allergy 2012; 67(2):141-143.

2. O’Byrne PM. Global guidelines for asthma management: summary of the current

status and future challenges.Pol Arch Med Wewn 2010; 120(12):511-517.

3. Pawankar R, et al. State of world allergy report 2008: allergy and chronic

respiratory diseases. World Allergy Organ J. 2008;1 Suppl 1:S4-17.

DOI:10.1097/1939-4551-1-S1-S4.

ASSISTÊNCIA MULTIDISCIPLINAR DE BEBÊ COM DISOSTOSE

MANDIBULOFACIAL

MIRANDA FILHO, Aluísio Eustáquio de Freitas; CELESTINO, Larissa de Oliveira

Nunes; GOMES, Heloisa Sousa; ALMEIDA, Hudson; FERNANDES, Cassandro

Moreira; MARQUES, Nádia Carolina Teixeira Marques

Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS-Alfenas

Introducão: A Disostose Mandibulofacial é um distúrbio de caráter genético,

caracterizado por hipoplasia dos ossos malares, micrognatia, orelhas mal-formadas

ou ausentes, surdez, fissura palatina, malformações dentárias e ausência de

comprometimento do desenvolvimento cognitivo.

Objetivos: Este trabalho relata um caso clínico de bebê com Disostose

Mandibulofacial.

Metodologia: Paciente, sexo masculino, em acompanhamento no centro de

tratamento de deformidades craniofaciais da UNIFENAS - Centro Pró-Sorriso, foi

Page 9: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

5

direcionado ao setor de Odontopediatria. Na anamnese foi coletado o histórico

completo do paciente e familiares. O paciente, atualmente com 1 ano e 6 meses,

nasceu de parto normal após uma gestação sem intercorrências. A responsável

relata que nenhuma alteração foi identificada durante os exames pré-natais. A mãe é

portadora de Disostose Mandibulofacial, e anteriormente teve uma gestação gemelar

de filhos não portadores desta condição. Logo ao nascimento, foram observadas

malformações em face, como micrognatia, ausência do conduto auditivo e fissura

pós-forame completa, sendo confirmada Disostose Mandibulofacial, também

conhecida como Síndrome de Treacher Collins ou Síndrome de Franceschetti-

Zwahlen-Klein. Devido desconforto respiratório e aspecto cianótico, o paciente ficou

55 dias internado na UTI, sendo 11 dias sob ventilação mecânica, e houve

manutenção de traqueostomia até os 7 meses de idade. O paciente fez uso de

sonda nasogástrica por 10 meses. No exame clínico, notou-se atraso na cronologia

de erupção dentária e anomalias de estrutura em dentes irrompidos. A programação

para realização da cirurgia de fechamento da fissura está em avaliação.

Conclusão: Alterações sistêmicas e locais podem afetar o desenvolvimento

adequado do sistema estomatognático, e consequentemente, comprometer suas

funções. Desta maneira, este paciente encontra-se em acompanhamento integral e

multidisciplinar com cirurgiões-dentistas, fonoaudiólogos, nutricionistas e

profissionais de diferentes especialidades médicas, como pediatras,

otorrinolaringologistas e cirurgiões-plásticos.

Descritores: Assistência Integral à Saúde, Disostose Mandibulofacial, Treacher

Collins.

REFERÊNCIAS

1.HERNÁNDEZ EES, CHANG VJT. Treacher-Collins Syndrome. Case presentation.

Revista de Ciencias Médicas La Habana 2015; 21(2).

2.SPEZZIA S. Repercussões Bucais da Síndrome de Treacher Collins: revisão de

literatura. Journal of Oral Investigations 2018; 7(2): 89-97.

Page 10: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

6

3.TERRAZAS K, DIXON J, TAINOR PA, DIXON MJ. Rare syndromes of the head

and face: mandibulofacial and acrofacial dysostoses. Wiley Periodicals, Inc 2017 v.6.

Autorização: Os responsáveis ou pacientes do centro de tratamento de

deformidades crânio faciais da UNIFENAS (Centro Pró-Sorriso) assinam um termo

de consentimento previamente ao início do tratamento multidisciplinar, autorizando a

divulgação dos dados e/ou imagens em congressos e pesquisas.

OSTEOMIELITE AGUDA NO PERÍODO NEONATAL: RELATO DE CASO

Priscila de Jesus Costa¹

¹médica formada pela Universidade José do Rosário Velano – Unifenas/Alfenas-MG

no ano de 2018.

INTRODUÇÃO: A osteomielite aguda é uma rara infeção do tecido ósseo. O

Staphylococcus aureus é o principal agente responsável em todas as faixais etárias.

Clinicamente se manifesta sob forma de sepse aguda ou insidiosa. O tratamento

normalmente é conservador.

Palavras-chave: recém-nascido, osteomielite aguda, Staphylococcus aureus.

OBJETIVO: Relatar a importância de diagnóstico precoce e efetivo de osteomielite

para evitar possíveis complicações da mesma.

DESCRIÇÃO DO CASO: RN nascido de parto cesárea, prematuro de 30 semanas e

2 dias, foi encaminhado à UTI neonatal e aplicado protocolo de prematuridade

extrema da instituição. Com 30 dias de vida iniciou um quadro de sepse tardia de

foco cutâneo com uma hemocultura positiva com presença de Staphylococcus

hominis, iniciado antibioticoterapia guiada pelo antibiograma. Evoluiu com edema em

MID, com sinais flogísticos em região tibial proximal, evidenciando uma celulite em

tíbia direita, com área de flutuação. No Raio X não foi identificado alterações em

Page 11: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

7

textura óssea ou sinais de fratura. Solicitado avaliação do serviço da ortopedia após

piora hematológica e clínica, e o mesmo indica abordagem cirúrgica para

debridamento da lesão, entretanto não foram encontrado secreção infecciosa,

apenas osso com aspecto ebúrneo e com fragmentação e lesão lítica. Resultado da

cultura negativo de lesão lise óssea, enquanto anatomopatológico foi identificado

lesões típicas de osteomielite aguda. Após término de antibiótico, foi encaminhado

para seguimento ambulatorial.

DISCUSSÃO: A osteomielite aguda é rara no período neonatal. É mais frequente

nos RN pré-termo devido características de imaturidade imunológica e pelas

técnicas invasivas pelas quais eles estão sujeitos. A terapêutica inicial deve ser

empírica de largo espectro, e após conhecimento do agente envolvido deve ser o

mais dirigido possível. A drenagem cirúrgica está indicada nos casos em que há

falência terapêutica ou em casos de complicações, como abscessos.

CONCLUSÃO: O início precoce e a duração adequada do tratamento corroboram

para um prognóstico favorável. A evolução clínica favorável não dispensa o seguindo

do RN a longo prazo, de modo a identificar eventuais sequelas tardias.

BIBLIOGRAFIA:

1 – M. Cecilia, G. Raquel, M. Nise, P.Rui, Q. Conceição. Osteomielite Aguda

Neonatal – Localização Rara. Nascer e Crescer – Revista do Hospital de Crianças

Maria Pia, ano 2006, vol. XV, no. 2.

2 - Nelson JD, Norden C, Mader JT, Calandra GB. Evaluation of new antiinfective

drugs for the treatment of acute hematogenous osteomyelitis in children. Clin Infect

Dis, 1992; 15: 162-166.

3 – PEREIRA. Rodrigo Araújo. Osteomielite Aguda na Infância – Revisão de

Literatura, 2015. 30 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso de Medicina,

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista-Ba, 2015.

4 – A.P. Fernandes, M. J. Vale, A. Costa, L. Malheiro, F. Graça. Osteomielite

Aguda/Artrite Séptica no Período Neonatal. Revisão de 10 anos. Acta Pediatr Port

2005; Vol. 36; N° 5: 239-244.

Page 12: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

8

HIPERVENTILAÇÃO ALVEOLAR: RELATO DE CASO

THALES DE MOURA CAMARGO; GABRIELA DE ARAUJO CANDOLATO; LIVIA

MARIA MUNIZ VILELA; LUCAS MARASSI THEODORO SOUSA OLIVEIRA;

LUDMYLLA GEIZELLER RODRIGUES NOVATO; EUGÊNIO FERNANDES DE

MAGALHÃES

UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ, POUSO ALEGRE, MINAS GERAIS.

INTRODUÇÃO: O trabalho em si trata-se de um relato de caso que demonstra uma

síndrome de hiperventilação alveolar associada à ansiedade, que consiste em um

quadro por vezes subdiagnosticado devido aos diversos fatores associados e a seus

diagnósticos diferenciais.

OBJETIVO: Demonstrar tal doença e seus detalhes, ressaltando a necessidade da

realização de um diagnóstico precoce para melhor acompanhamento

psicoterapêutico do quadro.

O RELATO: Paciente YMR, 10 anos, feminina, apresentava quadro de tosse e

obstrução nasal recorrente. Após um ano e seis meses a paciente retornou referindo

“crise asmática” e recebeu o diagnóstico de tosse crônica, com a possibilidade de

origem psicogênica. Relatou dispneia com início há alguns meses que piorava a

noite e após pequenos esforços, além de fadiga, disfagia ao ingerir alimentos sólidos

e rinorréia fétida, esporadicamente. Apresentava-se bastante ansiosa e com

alteração do sono. Negava antecedentes familiares de alergia e no ano posterior

havia sido internada por piora dos quadros de dispnéia. Ao exame físico encontrava-

se dispnéica, murmúrio vesicular fisiológico presente e ruídos de transmissão com

estridor laríngeo. Aos exames de espirometria, radiografia torácica e

nasofibrolaringoscopia, os resultados foram normais. A paciente foi encaminhada ao

serviço de psicologia e otorrinolaringologia.

RESULTADOS E CONCLUSÃO: Foi perceptível por meio de uma avaliação

rigorosa do quadro em questão, a existência de um círculo vicioso entre a dispneia e

a ansiedade. Além disso, por meio dos exames realizados, todos com resultados

sem alterações, a asma foi descartada do possível diagnóstico, assim como outras

Page 13: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

9

etiologias. Percebe-se portanto, a necessidade do conhecimento de tal síndrome, no

intuito de se realizar um diagnóstico precoce, determinando uma abordagem

terapêutica mais ampla ao caso em questão e a outros semelhantes.

REFERÊNCIAS:

CARVALHO, Neide Suzane et al . Comparing asthma and chronic obstructive

pulmonary disease in terms of symptoms of anxiety and depression. J. bras.

pneumol., São Paulo , v. 33, n. 1, p. 1-6, Feb. 2007 . Available from

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-

37132007000100004&lng=en&nrm=iso>. access on 13 Aug. 2018.

http://dx.doi.org/10.1590/S1806-37132007000100004.

FRIEDMAN, Neil R.; GHOSH, Debabrata; MOODLEY, Manikum. Syncope and

Paroxysmal Disorders Other than Epilepsy. 2015. Disponível em:

<https://clinicalgate.com/syncope-and-paroxysmal-disorders-other-than-epilepsy/>.

Acesso em: 13 ago. 2018.

HERMAN, Stephen P.; STICKLER, Gunnar B.; LUCAS, Alexander R..

Hyperventilation Syndrome in Children and Adolescents: Long-Term Follow-

up. Pediatrics, Rochester, v. 67, n. 2, p.1-5, fev. 1981. Disponível em:

<http://pediatrics.aappublications.org/content/67/2/183>. Acesso em: 13 ago. 2018.

Page 14: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

10

ANOMALIAS CONGÊNITAS SUGESTIVAS DE BLEFAROFIMOSE EM GÊMEAS:

RELATO DE CASO.

MENDONÇA PEREIRA, Julia¹; CARVALHO ARAÚJO, Lorena¹; DOS SANTOS

DANZIGER SILVÉRIO, Alessandra².

¹ Graduanda do curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano –

UNIFENAS, Alfenas-MG.

² Doutora em Ciências pela Universidade Federal de Lavras – UFLA

Professora do curso de Medicina - UNIFENAS, Alfenas-MG.

Introdução:

A combinação da BPES com fissura labiopalatina é uma manifestação fenotípica

muito incomum, sendo no Brasil relatado poucos casos em que a fissura de lábio e

palato foi registrada como sinal adicional na síndrome BPES.¹

Objetivos:

Estudos genéticos de indivíduos com quadro clínico semelhante poderá auxiliar na

identificação de novos genes associados a este fenótipo.

Metodologia:

As informações contidas neste trabalho foram obtidas por meio de revisão dos

prontuários médicos, entrevista com o paciente, registro fotográfico dos métodos

diagnósticos e bioquímicos, aos quais o paciente foi submetido e revisão da

literatura.

Estudo aprovado pelo CEP UNIFENAS com número do protocolo 1.629.220.

Resultados:

Este relato mostra a combinação de anomalias congênitas apresentadas pelas

pacientes envolvendo ptose, epicanto invertido, estreitamento da abertura dos olhos

compatíveis com a Síndrome blefarofimose, além de alterações neurológicas, e

ademais palato duro ogival e palato mole com fissura submucosa.

Page 15: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

11

Conclusão:

Este estudo relata um novo caso com anomalias sugestivas do quadro de

Blefarofimose com anomalias faciais, em especial de palato, e inabilidade intelectual.

Diversas síndromes cursam com blefarofimose associada a outras anomalias

congênitas e pouco se conhece sobre a base embriológica e genética destas

condições.

Descritores: Fendas orofaciais, arcos faríngeos, bolsas faríngeas e sulcos

faríngeos.

REFERÊNCIAS:

1- KOKITSU-NAKATA, N.M; RICHERI-COSTA, A. Blepharophimosis, ptosis,

epicanthus inversus syndrome (BPES) and cleft lip and palate. Report of two

Brazilian families. Genet. Mol. Biol. vol. 21 n. 2 São Paulo June 1998.

ABSCESSO HEPÁTICO NA INFÂNCIA: RELATO DE CASO

FONTES, Amanda M.*; IGARASHI, Elisa K. S.; ALVARENGA, Aluízio; FONSECA,

Bia Y.; MAGALHÃES, Eugênio F.

Universidade do Vale do Sapucaí / Pouso Alegre – MG

Introdução:

Abscesso hepático piogênico é entidade rara e ameaçadora (1). A incidência pode

estar aumentando pela maior facilidade de diagnósticos. A mortalidade tem se

declinado devido a identificação precoce e tratamento efetivo (2,3). A abordagem

cirúrgica é preferencialmente escolhida e a drenagem percutânea guiada por

ultrassom é o procedimento inicial elegido (4).

Objetivo:

Descrever um caso sobre abscesso hepático piogênico em uma criança.

Metodologia:

Trata-se do relato do caso de uma paciente sexo F, 9 anos, que se apresentou ao

Hospital das Clinicas Samuel Libânio após mais de trinta dias de febre intermitente,

sem resolução com antitérmicos, sem mais sintomas. Calendário vacinal atualizado.

Page 16: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

12

Apendicectomia há 3 anos. Tinha pele de coloração amarelada, sem outros achados

no exame físico. Optou-se pela investigação de febre sem sinais de localização.

Exames laboratoriais: GGT 224U/l; BD 0,6mg/dl; Leucócitos Totais 22,9mil/mm³;

Neutrófilos Segmentados 16,3mil/mm³(71%); Monócitos 2,3mil/mm³(10%); anemia

hipocrômica e microcítica. Foram realizados ultrassom e tomografia de abdome

sugestivos de abscesso hepático. Foi internada sob uso de ceftriaxona e

metronidazol. No sexto dia de internação foi realizada punção percutânea de

abscesso hepático e colocação de dreno. Cultura e hemocultura foram negativas. A

paciente teve boa evolução e recebeu alta após 12 dias de internação, retornando

12 dias depois, relatando melhora e sem mais queixas.

Resultados:

O caso relatado torna-se interessante por ser infecção pouco frequente na infância.

Cultura e hemocultura negativas afastam verminoses. O quadro clínico corrobora

com abscesso hepático piogênico, a leucocitose com desvio à esquerda é

compatível com quadro infeccioso e anemia tende a ser encontrada em casos mais

crônicos. As bactérias mais comumente encontradas são Staphylococcus aureus,

Streptococcus pyogenes e Escherichia coli.

Conclusão:

O abscesso hepático piogênico é pouco frequente em crianças e deve ser

considerado quando febre de origem obscura; a drenagem cirúrgica e a

antibioticoterapia adequada são pontos chave no tratamento.

Descritores: criança; abscesso hepático.

REFERÊNCIAS:

1. OJM Torres, WLR Silva, O Malafaia. Abscesso hepático. Rev Bras Med, 1997

2. M. Muorah, R. Hinds, A. Verma, D. Yu, M. Samyn, G. Mieli-Vergani, N.

Hadzˇic. Liver Abscesses in Children: A Single Center Experience in the

Developed World. Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition 42:201-

206,

3. Pineiro-Carrero VM, Andres JM. Morbidity and mortality in children with

pyogenic liver abscess. Am J Dis Child 1989;143: 1424–7.

Page 17: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

13

4. Farges, O., Leese, T. and Bismuth, H. (1988), Pyogenic liver abscess: An

improvement in prognosis. Br J Surg, 75: 862-865.

doi:10.1002/bjs.1800750910

ABSCESSO CERVICAL EM RECÉM-NASCIDO CONCOMITANTE À MASTITE

PUERPERAL: UM RELATO DE CASO

PENHA, Paula Vieira; LIMA, Carine Carvalho Vaz; TEIXEIRA, Douglas Farias;

MAGALHÃES, Eugênio Fernandes; PENHA, Fernanda Vieira; SILVA, Salete Pereira.

Universidade do Vale do Sapucaí/Pouso Alegre-MG.

Introdução:

Diante de uma mastite puerperal, o tratamento inclui manter a amamentação.

Isso ocorre pois o desmame pode ocasionar piora do quadro, podendo evoluir para

abcesso. Em contrapartida, o leite materno pode conter bactérias que podem causar

infecções nos recém-nascidos, especialmente os prematuros.

Objetivos:

Relatar um caso de abscesso cervical em recém-nascido após aleitamento

materno concomitante à mastite.

Relato de caso:

Paciente masculino de 15 dias de vida, admitido no pronto-socorro do HCSL

em Pouso Alegre-MG com queixa de febre (38º C) no mesmo dia. Acompanhante

relatou que a mãe do paciente encontrava-se internada no setor de doenças

infecciosas do mesmo serviço há dois dias devido à mastite de rápida evolução.

O paciente encontrava-se em aleitamento materno exclusivo e foi internado

para investigação laboratorial e antibioticoterapia. Evoluiu com nódulo em região

submandibular e rubor local, doloroso à palpação. A ultrassonografia demonstrou

presença de coleção heterogênea, compatível com abscesso cervical.

Concomitantemente, a cultura de secreção purulenta da drenagem da mastite da

mãe apresentou crescimento de Staphylococcus aureus.

Discussão:

Page 18: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

14

Apesar de a recomendação ser continuar a amamentação, estudos mostram que

a transmissão de Staphylococcus aureus para o RN pode acontecer. Esta

provavelmente foi a etiologia do abscesso do paciente devido ao contato contínuo com

a mãe, mesmo após início dos sintomas flogísticos da mama.

Conclusão:

Conclui-se que o relato descrito tratou-se de uma infecção por

Staphylococcus aureus pós-natal na criança, gerando o abscesso, e puerperal na

mãe, gerando a mastite.

Descritores: Abscesso, mastite, recém-nascido, Staphylococcus aureus.

REFERÊNCIAS:

Kayıran PG, Can F, Kayıran SM, Ergonul O, Gürakan B. Transmission of methicillin-

sensitive Staphylococcus aureus to a preterm infant through breast milk. The Journal

of Maternal-Fetal & Neonatal Medicine. 2013;27(5):527-529.

Zanatta AP, Silva, AP, Porto G, Menezes T, Negri M. Mastite puerperal concomitante

ao impetigo em recém-nascido: relato de dois casos. Revista UNINGÁ.

2017;30(3):40-44.

ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL: RELATO DE CASO

SERRANO, Cecília B.A.; REZENDE, Maria Eduarda; PENHA, Paula V.; LOPES,

Júlia P.; MAGALHÃES, Eugênio F.; MORAES, Carine C.V.L.

Universidade do Vale do Sapucaí – Pouso Alegre

Introdução: A atrofia muscular espinal (AME) é uma doença neurodegenerativa com

prevalência de 1:70000. Na AME tipo II os pacientes apresentam fraqueza muscular

ainda quando lactentes e, normalmente, a sobrevida se da até a adolescência. O

diagnóstico se da por exame clínico associado a exames complementares.

Objetivo: Descrever um caso de AME tipo II com repercussões pulmonares e

osteomusculares.

Page 19: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

15

Relato de caso: ACFJ, feminino, 14 anos, leucoderma, natural de São Gonçalo do

Sapucaí-MG, vem em atendimento ambulatorial com tosse produtiva diurna,

principalmente ao acordar, sem outras queixas. Esse sintoma é recorrente e há piora

no inverno. Calendário vacinal em dia. Tem como antecedente patológico AME tipo

II, em acompanhamento com equipe multidisciplinar. Apresenta escoliose acentuada

a direita, com impacto na anatomia do pulmão direito. Atualmente em uso de

salbutamol, montelucaste, beclometasona. Espirometria recente com padrão

ventilatório restritivo.

Discussão: A AME é uma doença com repercussão em vários órgãos e sistemas,

envolvendo frequentemente o sistema respiratório e osteomuscular. Os indivíduos

tendem a apresentar infecções respiratórias recorrentes, hipercapnia diurna,

dessaturação e hipoventilacao noturna. O comprometimento musculoesquelético é

representado principalmente por contraturas articulares e desvios da coluna

vertebral. A desaceleração de sua progressão pode ocorrer com nusinersena.

Conclusão: A AME é uma condição patológica progressiva e, neste caso, a

deformidade pulmonar e escolioses associadas aumentam ainda mais a morbidade

no que diz respeito aos prejuízos respiratórios induzidos pela doença.

Referencias:

1. Ottesen EW. ISS-N1 makes the first FDA-approved drug for spinal muscular

atrophy. Translational neuroscience. 26 Jan 2017; 8: 1-6.

2. Zanoteli E, Maximino JR, Conti Reed U, Chadi G. Spinal muscular atrophy:

from animal model to clinical trial. Funct Neurol. 2010; 25(2): 73-9.

3. Baioni MTC, Ambiel CR. Atrofia muscular espinhal: diagnostico, tratamento e

perspectivas futuras. Jornal de Pediatria. Ago/Jul 2010; Artigo de Revisao:

261-270.

Descritores: Atrofia Muscular espinhal, atrofia muscular, atrofia.

Page 20: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

16

IMPLICAÇÕES RELACIONACIONADAS À INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL

DURANTE INDUÇÃO DE ANESTESIA GERAL EM PACIENTES COM MAL

FORMAÇÕES FACIAIS

SOUSA, Lara de Albuquerque; BORGES, Sabrina Rosa Lana, FERREIRA, Samanta

Vieira; GUIMARÃES, Roberto Salvador de Souza; AMARAL, Camila Arruda Marinho

do.

UNIFENAS- ACADÊMICA DE MEDICINA – ALFENAS

INTRODUÇÃO

Estudo de abordagem prospectiva e sistemática das complicações anestésicas e

relação dos testes de avaliação da via aérea, com dificuldade na intubação

orotraqueal em pacientes submetidos à correção de fissuras, fendas palatinas e

lábio leporino, no serviço de saúde do Hospital Universitário Alzira Vellano, vinculado

ao Centro Pró-Sorriso – Centrinho – UNIFENAS.

OBJETIVOS

Descrever os desafios anestésicos no manejo da criança com fissura labiopalatina,

destacando-se aspectos referentes à intubação orotraqueal e possíveis

complicações.

METODOLOGIA

Os dados pré-operatórios relacionados à via aérea foram coletados na ficha de

avaliação pré-anestésica, a relação na dificuldade de intubação por meio da

classificação de Cormack e Lehane; as complicações intra-operatórias, na ficha de

anestesia da sala cirúrgica; e, as complicações na sala de recuperação pós-

anestésica pela escala Aldrete e Kroulic e visita pós-operatória antes da alta

hospitalar mediante questionários de avaliação de qualidade aplicados aos pais,

familiares e/ou responsáveis.

RESULTADOS

Os resultados mostraram predominância do gênero masculino (57%), da faixa etária

de 7 meses a 1 ano de idade (26%); da cirurgia de Palatoplastia (51%), seguida da

Page 21: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

17

labioplastia (43%), sendo a labioplastia 1,5 vezes mais frequente nas mulheres e

palatoplastia realizada em 65% de homens; pela classificação de Cormark-Lehane,

27 pacientes foram classificados como tipo 1 e 48% realizaram labioplastia;

enquanto pela classificação de Mallampati, 50% dos pacientes com classificação I

foram submetidos à labioplastia; dentre as intercorrências, observou-se somente

17% com dessaturação.

CONCLUSÃO

Sendo assim, concluiu-se que os procedimentos cirúrgicos em portadores de

fissuras labiopalatinas, quando devidamente planejados e realizados por uma equipe

cirúrgica e anestésica bem preparada, estão sujeitos à complicações mínimas .

DESCRITORES: Fenda Labial, Fissura Palatina, Anestesia

REFERÊNCIAS

ABDO, R.C.C.; MACHADO, M.A.A.M. Odontopediatria nas fissuras labiopalatais.

São Paulo: Santos, 2005.

AFONSO, J.; REIS, F. Dexmedetomidina: papel atual em anestesia e cuidados

intensivos. Rev Bras Anestesiol, v.62, n.1, p. 118-133, 2012.

ALMEIDA, A.M.F.L.; CHAVES, S.C.L.; SANTOS, C.M.L.; SANTANA, S.F. Atenção à

pessoa com fissura labiopalatina: proposta de modelização para avaliação de

centros especializados no Brasil. Saude Debate, v.41, n.Especial, p. 156-66, mar.

2017.

AMERICAN SOCIETY OF ANESTHESIOLOGISTS Task Force on Management of

the Difficult Airway. Practice guidelines for management of difficult airway. Un update

report by American Society of Anesthesiologist Task Force of Management of the

Difficult Airway. Anesthesiology. 2003 May;98(5):1269-77.

BARONEZA, J.E.; FARIA, M.J.S.S.; KUASNE H. CARNEIRO, J.L.; OLIVEIRA, J.C.

dados epidemiológicos de portadores de fissuras labiopalatinas de uma instituição

Page 22: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

18

especializada em Londrina. Estado do Paraná. Acta Sci Health Sci, v. 27, n.1,p. 31-

5, jan-jun. 2005.

LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA NA INFÂNCIA: RELATO DE CASO

BRUSAMOLIN, Lara S.*;MACHADO, Alyne C. C. F.; COUTO, Eliton E.;

MAGALHÃES, Eugênio F.; MARIANO, Gustavo H. R.; DIAS, Rafael C.

Universidade do Vale do Sapucaí / Pouso Alegre – MG.

Introdução:

A Leucemia Linfóide Aguda (LLA) é uma neoplasia maligna com origem na medula

óssea, que apresenta uma proliferação desordenada de linfoblastos. Tipo mais

comum na infância. Os sinais e sintomas são heterogêneos como palidez, astenia,

petéquias, gengivorragia, infecções recorrentes, linfonodomegalia, esplenomegalia,

cefaleia, inflamação dos testículos, hiperplasia gengival, dores ósseas e febre.

Objetivos:

Relatar o caso de LLA em um pré-escolar.

Metodologia:

Trata- se de um relato de caso em que o paciente HMO, 4 anos, masculino, natural e

procedente de Careaçu-MG, vinha apresentando palidez cutânea desde janeiro de

2019. Foi levado ao pediatra que solicitou um hemograma, evidenciando a presença

de blastos e pancitopenia. Posteriormente, passou a apresentar dor em membro

inferior esquerdo. Nega febre, astenia, sangramentos, dor testicular e outras

queixas. Ao exame físico: Bom estado geral, eupneico, hidratado, ativo, hipocorado

(+/4+); aparelho respiratório, cardiovascular e demais aparelhos: sem alterações;

linfonodos palpáveis em cadeias cervicais anteriores e posteriores, occipital e

inguinais, todos com menos de 1cm, móveis e indolores. O Mielograma demostrou

medula óssea hipercelular, com 80% de blastos, compatível com leucemia aguda;

Sangue periférico: presença de 90% de blastos; imunofenotipagem: LLA pré-B

Page 23: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

19

89,9% blastos; Citogenética: cariótipo 62,XY,+X, (hiperploidia); USG abdome:

pequena quantidade de líquido livre na fossa ilíaca direita.

Resultados:

O caso acima mostra que os sinais e sintomas da LLA, como a palidez apresentada

pelo paciente, podem ser confundidos com patologias simples, como anemia

carencial, e isso pode postergar o diagnóstico e tratamento adequados. Além disso,

o paciente só cursou com dois dos sintomas frequentes, dor óssea e palidez.

Conclusão:

É imprescindível o médico realizar diagnósticos diferenciais, visto que muitas

doenças cursam com sinais e sintomas inespecíficos, como na LLA. Além disso, o

diagnóstico correto favorece um tratamento adequado, pois a LLA pode ter uma

evolução rápida e que pode levar o paciente a óbito.

Descritores: Leucemia Linfoide Aguda, Medula Óssea, Neoplasias.

REFERÊNCIAS:

1.Silva CL, Sousa RR, Cardoso RO. Leucemia linfocítica aguda na infância e suas

complicações. Rev Inic Cient. 2018. p. 109-13.

2.Cavalcante MS; Rosa ISS, Torres F. Leucemia linfoide aguda e seus principais

conceitos. Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente, 2017. p.

151-164.

3. Farias MG, Castro SM. Diagnóstico Laboratorial das leucemias Linfóides agudas.

J. Bras Patol Med Lab., v.40, nº.2, 2004. p. 91-98.

RELATO DE CASO – FIBROSE CÍSTICA

Morais, Carine Carvalho Vaz de Lima; Magalhães, Eugênio Fernandes; Valentini,

Juliana; Silva, Larissa Veríssimo Ramos; Novato, Ludmylla Geizeller Rodrigues;

Harada, Marcela Bertoldo*;

Page 24: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

20

Instituição: Universidade do Vale do Sapucaí – Pouso Alegre - MG

Introdução: A fibrose cística é uma doença autossômica recessiva que se

caracteriza pela anormalidade do gene CFTR, codificador da proteína reguladora do

transporte de cloro. Afeta, principalmente, os sistemas respiratório e gastrointestinal,

estando o tratamento associado a essas manifestações e o diagnóstico à dosagem

do cloro no suor.

Objetivo: Tendo em vista a baixa incidência da fibrose cística no Brasil, o objetivo

deste relato é expandir os conhecimentos sobre suas manifestações clínicas, a fim

de que o diagnóstico precoce seja possível, de forma a aperfeiçoar o tratamento.

Metodologia: Relatar o caso de um adolescente com fibrose cística, através da

análise de seus dados em prontuário.

Resumo: Trata-se de um relato de caso, cujo paciente, diagnosticado desde

lactente, esteve em tratamento de infecções respiratórias recorrentes. Tosse,

hipersecreção brônquica e dispneia foram os sintomas mais frequentemente

apresentados, refletindo infecções bacterianas que foram tratadas com o uso de

antibióticos, associados a corticoides inalatórios. Além do acometimento respiratório,

o paciente, ao exame físico, apresentou alteração de crescimento, como

consequência da liberação deficiente de enzimas pancreáticas que afeta o

desenvolvimento dos tecidos. As condutas tomadas, nesse contexto, foram a

reposição de enzimas pancreáticas e o suporte dietético.

Discussão: A fibrose cística é uma doença crônica de sobrevida limitada. A principal

complicação advém do acometimento do aparelho respiratório, apesar de ser uma

condição que afeta diferentes sistemas. As diversas manifestações clínicas da

doença precisam ser de conhecimento do médico para que o diagnóstico seja

precoce, de forma a permitir a introdução de um tratamento rigoroso que vise à

melhoria da qualidade de vida do paciente.

Referências:

Page 25: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

21

ATHANAZIO, Rodrigo Abensur et al. Brazilian guidelines for the diagnosis and

treatment of cystic fibrosis. Jornal Brasileiro de Pneumologia, [s.l.], v. 43, n. 3,

p.219-245, jun. 2017. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s1806-

37562017000000065.

RIBEIRO, Jose Dirceu; RIBEIRO, Maria Ângela G. de O.; RIBEIRO, Antonio

Fernando. Controvérsias na fibrose cística: do pediatra ao especialista. Jornal de

Pediatria, [s.l.], v. 78, p.171-185, dez. 2002. FapUNIFESP (SciELO).

http://dx.doi.org/10.1590/s0021-75572002000800008.

ALVES, Stella Pegoraro; FRANK, Márcia de Azevedo; BUENO, Denise. Medications

used in pediatric cystic fibrosis population. Einstein (são Paulo), [s.l.], v. 16, n. 4,

p.1-8, 2018. Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein.

http://dx.doi.org/10.31744/einstein_journal/2018ao4212.

RELATO DE CASO: CONDUÇÃO DO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA NO

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA EM UMA CIDADE DO INTERIOR DE

MINAS GERAIS

SILVA¹*, Larissa de Fátima; ARAÚJO¹, Julia Figueiredo; PEREIRA², Orlando

Antônio.

¹Acadêmicas do curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano,

UNIFENAS, Alfenas-MG. Membros da Liga de Pediatria (LIP), UNIFENAS, Alfenas-

MG.

²Docente do curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano,

UNIFENAS, Alfenas-MG.

Introdução:

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno do desenvolvimento

neurológico, caracterizado por dois domínios, um associado com dificuldades de

comunicação e interação social; e outro referente a comportamentos

estereotipados¹.

Objetivo:

Page 26: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

22

Ressaltar a importância do rastreamento nas consultas pediátricas, em busca de um

diagnóstico precoce.

Relato de Caso:

Paciente J.V., sexo masculino, 8 anos. Aos 9 meses iniciou a fala, mas com 1 ano e

2 meses de idade houve um prejuízo dessa comunicação verbal acompanhado por

quadros de agressividade progressivos e limitação da alimentação. Procurou

atendimento neurológico, surgindo a hipótese de TEA. Em busca de um diagnóstico

diferencial de déficit auditivo, foi solicitado o BERA, em que apresentou sensibilidade

auditiva normal e integridade funcional da via auditiva periférica e do tronco

encefálico. Acompanhado por equipe especializada, utilizando método TEACCH e

PECS. Atualmente faz uso de Periciazina (Neuleptil) e acompanhamento com

psicóloga, psicopedagoga, equoterapia e terapia ocupacional.

Discussão:

O diagnóstico deve ser feito entre 6 meses e 3 anos de idade. Não existe nenhum

tratamento específico e único, as principais estratégias que norteiam as intervenções

estão na personalização, com a criação de um plano individualizado para cada

paciente, de acordo com suas características, e pela contextualização, avaliando o

meio em que o paciente vive e no qual sua família está inserida. O tratamento

medicamentoso está restrito ao tratamento de sintomas4.

Conclusão:

Conclui-se que, devido à neuroplasticidade, a intervenção precoce desempenha

papel fundamental para atingir efeitos positivos no desenvolvimento social e

comunicativo de crianças portadoras de TEA. Nesse contexto, enquadra-se a

importância da estimulação personalizada para moldar as sinapses e melhorar o

desenvolvimento cognitivo e social do paciente autista5.

Referências:

1. Sharma SR, Gonda X, Tarazi FI. Autism Spectrum Disorder: Classification,

diagnosis and therapy. Pharmacol Ther. 2018;190(1):91-104.

2. Onzi FZ, Gomes RF. Transtorno do Espectro Autista: A Importância do

Diagnóstico e a Reabilitação. Rev Caderno Pedagógico. 2015;12(3):188-89.

Page 27: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

23

3. Ortega F. O sujeito cerebral e o movimento da neurodiversidade. Rev Mana.

2014;11(2):31-40.

4. Posar A, Visconti P. Autism in 2016: the need for answers. J Pediatr.

2017;93(1):111-19.

5. Czermainski FR, et al. Funções Executivas em Crianças e Adolescentes com

Transtorno do Espectro do Autismo: Uma Revisão. Rev Psico. 2013;44(4):518-25.

RELATO DE CASO: SÍNDROME PERISYLVIANA

IGARASHI, Elisa Keiko de Souza; FONTES, Amanda Muniz; ALVARENGA, Aluízio;

FONSECA, Bia Yamashita; FERNANDES, Walter Luiz Magalhães

Universidade do Vale do Sapucaí – UNIVÁS, Pouso Alegre - MG

INTRODUÇÃO: A síndrome perisylviana (SP) pode manifestar juntamente com

lesões em região perisylviana. Pode ser adquirida ou congênita devido a

malformação cortical da região perisylviana (dismigração neuronal). Manifesta-se

com disfunção oromotora, sinais pseudobulbares (dificuldade de movimentação da

língua, dificuldade de sucção e de soprar, sialorreia), displegia facial, disartria,

dislexia, epilepsia e atraso no desenvolvimento. Podem ter atraso na fala ou

dificuldades de linguagem e ausência de epilepsia. A gravidade das manifestações

clínicas relaciona-se com a extensão do envolvimento cortical.

OBJETIVO: descrever caso sobre síndrome perisylviana em criança.

METODOLOGIA: Trata-se do relato do caso de paciente nascida com 37,5

semanas. Apgar ‘5 de 8. Apresentou desde nascimento baixa aceitação dietética e

dificuldade para amamentação, evoluindo com desnutrição proteico calórica. Aos 4

meses apresentou adinamia, dificuldade respiratória e palidez cutânea importante.

Referida ao CTI do HCSL, chegou em más condições de vitalidade, hipocorada,

desidratada, afebril e com insuficiência respiratória grave. Sugeridos uso de sonda

gástrica e traqueostomia. Lactente apresenta atraso no desenvolvimento

Page 28: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

24

neuropsicomotor e tende à hipertonia de membros. Em ressonância magnética foi

observado características da síndrome perisylviana bilateral.

RESULTADOS: A síndrome perisylviana congênita bilateral (CBPS) tem

manifestações diferentes na população pediátrica em relação à adulta. A CBPS é

identificada pela ressonância magnética e deve ser suspeitada clinicamente em

qualquer lactente/criança que apresente disfunção oromotora, sinais

pseudobulbares, displegia facial, disartria, dislexia, epilepsia e atraso no

desenvolvimento, especialmente se houver malformações congênitas associadas.

CONCLUSÃO: A SP é pouco frequente e deve ser considerada em casos com

sinais pseudobulbares e atraso no desenvolvimento para que seja possível o

acompanhamento correto dos pacientes.

DESCRITORES: criança; neuroimagem; Sylvius.

REFERÊNCIAS:

1-Herrera et al. Neuro-Psiquiatr. 2005; 63(2b)

2-Gropman et al. Neuropediatrics 1997; 28(4): 198-203

3-Brandão-Almeida et al. Neuropediatrics 2008; 39(3): 139-145

4 - Saporta et al. Pediatric Neurology 2011; 44(4): 270-274

RELATO DE CASO: XANTOGRANULOMA INFANTIL EM LACTENTE EM UMA

CIDADE NO SUL DE MINAS GERAIS.

BENEVENUTTI, L.¹; CARVALHO, F. D.D.¹; FERRARESSO, C.K.¹; VAZ, J. C.¹;

VIEIRA, L.R.¹; SOUZA, C.L.F².

¹Estudantes: Acadêmicos do Curso de Medicina da Faculdade José do Rosário

Vellano-Alfenas.

²Coordenador: Professor de dermatologia.

Introdução: tipo mais comum de histiocitose, com predileção por crianças no

primeiro ano de vida, originadas por processo reacional a trauma e infecção. Tem

caráter benigno e assintomático com lesões únicas principalmente em cabeça,

Page 29: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

25

pescoço e região superior do tronco. Quando múltiplas, se caracterizam por serem

pápulas amareladas, róseas ou acastanhadas podendo apresentar com diâmetro

variando entre 5 e 20mm.

Objetivo: apresentar e discutir as características clínicas, histopatológicas para a

enfermidade.

Material e métodos: informações recolhidas durante atendimento ambulatorial por

dermatologista em uma cidade no sul de Minas Gerais.

Resultados: lactente de sexo masculino, oito meses, branco, que após um mês de

idade seu responsável relatou o surgimento de pápulas amarelas distribuídas por

toda pele. O resultado da biópsia mostrou presença de placas amareladas em

braços, face, mãos e pés. Na macroscopia, havia um fragmento cilíndrico de pele

medindo 0,2cm de profundidade por 0,3cm de diâmetro firme e acastanhado. Na

microscópica, os cortes histológicos mostram fragmento de pele com numerosos

linfócitos dispostos em faixa na derme papilar e presença de histiócitos vacuolizados

esparsos, presença de raras células gigantes multinucleadas, a epiderme mostra-se

adelgaçada, com moderada hiperceratose.

Conclusões: os resultados encontrados foram compatíveis ao xantogranuloma

infantil com ausência de neoplasia. Sabe-se que, na maioria dos casos, o tratamento

não é necessário, pois as lesões regridem em três a seis anos. A cirurgia pode ser

indicada por motivos estéticos. Em casos de acometimento sistêmico, pode ser

prescrito corticoide ou radioterapia. No caso desse paciente, não foi realizado

nenhum tipo de tratamento.

Descritores: lactente; histiocitose; lesões nodulares.

Referências:

RIVITTI, E. A. Dermatologia de Sampaio e Rivitti. São Paulo : Artes Médicas, 2018.

P. 585-586

BELDA, J. W., CHIACCHIO, D. N., CRIADO, P.R. Tratado de Dermatologia. 2 ed.

São Paulo: Atheneu, 2014. p.2095-106.

Page 30: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

26

PALMER, A., BOWLING, J. Dermoscopic Appearance of Juvenile Xanthogranuloma.

Dermatology. 2007;21593):256-9.

O Relato de Caso está devidamente em consonância com a resolução 466/2013

com consentimento livre esclarecido pelo paciente e em apreciação ética.

SÍNDROME DE TAR: RELATO DE CASO

MACHADO, Hortência G.¹; FONSECA, Kalynne K. L.¹; FERNANDES, Thais T.2;

ANDRADE, Maria Natália.3; CARVALHO, Annie Beatriz3; LIMA, Ciderléia Castro de3.

¹Acadêmicas do curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano,

UNIFENAS, Alfenas-MG. Membros da Liga de Pediatria (LIP), UNIFENAS, Alfenas-

MG.

²Pediatra pelo Hospital Universitário Alzira Vellano -HUAV

3Docente do curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano,

UNIFENAS, Alfenas-MG

Palavras-chave: Trombocitopenia; Radiologia; Anemia de Fanconi; Neonatologia.

Introdução: A síndrome de trombocitopenia e agenesia do rádio (TAR) é uma

doença rara autossômica recessiva, manifestada pela ausência bilateral do rádio

associada a plaquetopenia. O diagnóstico é inicialmente clínico e o tratamento de

suporte. Objetivo: Descrever a síndrome e suas repercussões num RN. Relato do

caso: RN, sexo feminino, nascido de parto vaginal a termo, adequado para idade

gestacional, não possuindo riscos infecciosos e de consanguinidade. Com

adequadas condições fisiológicas ao exame físico do nascimento, presença de

encurtamento de MMSS e desvios das mãos, de conhecimento prévio em

decorrência da ultrassonografia morfológica realizada no período gestacional.

Inicialmente, manifestou leve plaquetopenia, sem pontuação no escore de Rodwell.

Entretanto, no primeiro mês, apresentou queda sérica de plaquetas, sem

repercussão hemodinâmica, necessitando, posteriormente, de transfusão plaquetária

Page 31: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

27

e encaminhamento ao serviço de referência. Após dois meses do nascimento veio a

óbito decorrente de choque refratário as medidas habituais. Discussão: O paciente

apresentou encurtamento congênito dos membros superiores com desvios das mãos

e polegares sem alterações, semelhante ao relatado nos casos de TAR. Ao

nascimento, manifestou leve plaquetopenia, no entanto, esta se exacerbou,

evidenciando petéquias e lesões purpúricas. Uma vez conhecida a relação entre

síndrome e cardiopatias congênitas no 7º dia de vida foi realizado ecocardioagrama,

o qual evidenciou CIV. Pela anamnese e história familiar excluíram-se outros

diagnósticos, sendo o diagnóstico definido através do exame físico, laboratorial e

radiológico. O tratamento das deformidades esqueléticas inclui intervenções

cirúrgicas e ações não invasivas, já a da trombocitopenia, consiste na transfusão de

concentrado de plaquetas. Esta foi inicialmente realizada com sucesso no paciente,

todavia um período crítico de plaquetopenia resultou na morte prematura em

decorrência da hemostasia deficitária. Conclusão: Conclui-se que o paciente

possuiu assistência médica desde o princípio, ressaltando a importância da

intervenção pediatrica nessa patologia, a fim de prosperar a expectativa de vida

dessas crianças.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 - Jones LK. Smith's Recognizable Pattems of Human Malformation. 5th edition.

Philadelphia. WB Saunders y, 1997: 320-3.

2 - Asadi S. The Role of Genetic Mutations in Gene RBM8A in Thrombocytopenia-

Absent Radius Syndrome. J Genet Genome Res. 2019; 5:043.

3 – Hall GJ. Thrombocytopenia and absent radius (TAR) syndrome. Journal of

Medical Genetics 1987, 24:79-83

4 - Geddis AE. Congenital amegakaryocytic thrombocytopenia and thrombocytopenia

with absent radii. Hematol Oncol Clin North Am. 2009;23: 321–3

5 - Toriello HV, Ph. D. Thrombocytopenia absent radius syndrome. Seminars in

Thrombosis and Hemostasis. 2011; 37:6

Page 32: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

28

6 – Zen PRG et al. Características clínicas de pacientes com anemia de Fanconi.

Rev Paul Pediatr 2011;29(3):392-9

7 - Minatti T et al. Síndrome de Tar.

8- Bertoni NC. Síndrome da trombocitopenia e agenesia de rádio: diagnóstico pré-

natal de uma síndrome rara. Radiol Bras. 2016;49(2):126–132

9- Albina S. et al. Trombocitopenia e Ausência de Rádio (Síndrome TAR) - Caso

Clínico. Acta Pediatr. Port., 2001; 1;32: 47-50

10. Rodríguez-Jorge B, Díaz-Morejón L, Santa-Cruz M. Trombocitopenia con

ausencia de radios. Presentación de un caso. Revista Finlay [revista en

Internet]. 2019 [citado 2019 Jun 4]; 9(1):[aprox. 6 p.]. Disponible en:

http://www.revfinlay.sld.cu/index.php/finlay/article/view/680

TRATAMENTO ODONTOLÓGICO EM CRIANÇA COM CARDIOPATIA

CONGÊNITA EM AMBIENTE HOSPITALAR: RELATO DE CASO CLÍNICO

MIRANDA, Aluisio ;TAMBURINI, Adriana; BALDIM, Arislane; PEREIRA, Maristela

MARQUES, Nádia; GOMES, Heloisa

Univerdidade José do Rosário Vellano- Unifenas/ Faculdade de Odontologia/ Alfenas

Introdução: O cirurgião-dentista pode lançar mão de técnicas básicas de controle

do comportamento no entanto, muitas crianças precisam de tratamento odontológico

utilizando técnicas avançadas como por exemplo a anestesia geral.

Objetivo: O objetivo deste trabalho é relatar o caso da paciente E.V.L.C. , 4 anos e

8 meses, sexo feminino, diagnosticada com comunicação interatrial e interventricular

com repercussão hemodinâmica 21 dias após seu nascimento, que acompanhada

de sua mãe procurou por tratamento na clínica Odontopediátrica da UNIFENAS-

campus Alfenas. Material e Métodos: O exame físico revelou nenhuma alteração da

normalidade. Já nos exames intraoral e radiográfico foi evidenciado acúmulo de

biofilme, cárie aguda, extensas destruições coronárias com envolvimento pulpar, e

lesão periapical com rompimento do saco pericoronário. Lesões de mancha branca

Page 33: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

29

ativa e raízes residuais. Resultados: No plano de tratamento foi decidido a

realização de restaurações, exodontias, capeamento pulpar indireto, selantes,

profilaxia profissional, controle das lesões ativas e não cavitadas e instalação de

aparelho mantenedor de espaço estético funcional. Devido a extensa necessidade

odontológica e da necessidade da profilaxia antibiótica para as várias sessões

clínicas foi optado a realização do tratamento odontológico sob anestesia geral. Os

procedimentos odontológicos foram realizados em um único atendimento no centro

cirúrgico do Hospital Universitário Alzira Vellano, na cidade de Alfenas/MG. O

acompanhamento preventivo e para manutenção ortodôntica ainda está sendo

realizado na clínica Odontopediátrica. Conclusões: Pacientes que apresentam

alguma alteração cardíaca correm risco de desenvolver endocardite infecciosa

quando submetidos a tratamento odontológico invasivo sendo, portanto, necessário

a profilaxia antibiótica antes desses procedimentos. Sendo assim o tratamento

odontológico de crianças com várias necessidades odontológicas e que apresentam

cardiopatia congênita é indicado sob anestesia geral, uma vez que esta técnica

possibilita a realização de todos os procedimentos odontológicos necessários com

profilaxia antibiótica em uma única sessão.

Descritores: anestesia geral, alteração cardíaca , sedação consciente.

Número do Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa: 3.085.030

REFERÊNCIAS

AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRIC DENTISTRY. Guideline on behavior

guidance for the pediatric dental patient. Pediatr Dent, 2015-2016; 37,180-193.

AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRIC DENTISTRY. Use of antibiotic therapy for

pediatric dental patients. Pediatr Dent, 2018-2019; 40, 383-385.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de

Atenção Básica, Coordenação Geral de Saúde Bucal. Projeto SB Brasil 2010:

Condições de saúde bucal da população brasileira no ano 2010: resultados

principais. Ministério da Saúde, 2011, p.34.

Gomes Heloisa Souza, Vieira Liliane Aires Candido, Costa Paulo Sucasas, Batista

Aline Carvalho, Costa Luciane Rezende. Professional dental prophylaxis increases

Page 34: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

30

salivary cortisol in children with dental behavioural management problems: a

longitudinal study. BMC Oral Health. 2016 Ago. 18; 16:74.

TUBERCULOSE INFANTIL COM QUADRO POSTERIOR DE IVAS: RELATO

PEREIRA, Júlia; MARIA MUNIZ VILELA, Lívia; PEREIRA PINHEIRO, Rafaela;

MAGALHÃES, Eugênio; FRAGA, Carine

Universidade Do Vale Do Sapucaí, Pouso Alegre

Introdução:

A tuberculose (TB) é, ainda, considerada um problema de saúde pública no Brasil e

apontada como uma das 10 causas de morte no mundo (1). Sua forma paucibacilar

na infância, aliada a achados clínicos inespecíficos e a ausência de exames “padrão-

ouro” (2) nesta faixa etária dificulta o diagnóstico e possibilita a complicação da

condição e a suscetibilidade do paciente a outros agravos.

Objetivos:

Relatar um caso de tuberculose na infância com tosse persistente, atentando para o

quadro clínico oligossintomático e complicações durante o tratamento.

Metodologia:

Paciente feminino, 9 anos e 2 meses com queixa de tosse produtiva há 3 meses

sem melhora após administração de corticosteroides e de antitussígeno. Negou

febre durante este período e referiu perda de 1kg de massa corporal. A radiografia

de tórax evidenciou infiltrados em lobo médio no pulmão direito e o exame de PPD

mostrou-se maior que 20mm. Estes achados, aliados com o quadro clínico e com

caso de tuberculose na família resultaram no diagnóstico. Realizou-se esquema de

tratamento para TB (rifampicina + isoniazida + pirazinamida) e, durante o tratamento,

paciente apresentou dor torácica, persistência de tosse, episódio de asma não

controlada e otite média aguda recorrente, sendo necessária administração de

corticosteroides e de broncodilatadores. Após o fim do tratamento, paciente volta a

procurar o serviço com IVAS.

Page 35: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

31

Resultados:

O caso demonstra como doenças do trato respiratório podem ser confundidas ao

analisar os sinais e sintomas do paciente isoladamente. Numa análise maior, nota-se

que familiares de primeiro grau de convívio da paciente apresentavam histórico de

tuberculose, reforçando a hipótese diagnóstica. O quadro posterior de IVAS mostra a

importância do acompanhamento médico em caso de complicações da doença de

base.

Conclusão:

A tuberculose é prevalente no Brasil e sua apresentação inespecífica na infância faz

com que seu diagnóstico seja, por vezes, tardio, comprometendo o tratamento.

Descritores: tuberculose; IVAS; infantil.

Referências:

1. Buonsenso D, Lancella L, Delogu G, Krzystofiak A, Testa A, Ranno O, et al.

A twentyyear retrospective study of pediatric tuberculosis in two tertiary

hospitals in Rome. Pediatr Infect Dis J. 2012;31:10226.

2.Cano AP, Romaneli MT, Pereira RM, Tresoldi, AT. TUBERCULOSE EM

PACIENTES PEDIÁTRICOS: COMO TEM SIDO FEITO O DIAGNÓSTICO. Rev.

paul. pediatr. vol.35 no.2 São Paulo abr./jun. 2017 Epub 15-Maio-2017. Disponível

em <http://dx.doi.org/10.1590/1984-0462/;2017;35;2;00004>.

Page 36: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

32

ARTRITE SÉPTICA POR STAPHYLOCOCUS AUREUS EM LACTENTE

OLIVEIRA, Paloma; OLIVEIRA, Natália; CASTRO, Ciderleia

UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO – UNIFENAS; ALFENAS.

Introdução:

A artrite séptica é caracterizada como infecção bacteriana que atinge articulações,

causando um processo inflamatório que se manifesta com dor, edema, limitação de

movimento. 1 A artrite séptica constitui-se um diagnóstico desafiador e, se não

tratada, pode evoluir para destruição irreversível da articulação, com déficit motor

permanente ou sepse.2,3

Objetivos:

Descrever e elucidar a apresentação clínica precoce da artrite séptica em lactente.

Metodologia:

Relato de caso: Paciente com quadro de pneumonia sendo necessário o tratamento

com antibioticoterapia endovenosa por período de doze dias. Após melhora do

quadro respiratório, paciente evoluiu com tumefação em ombro direito, sinais de

flogose local, ausência de movimentação do membro superior direito. Solicitado

ultrassom de ombro direito, que mostrou presença de coleção. Foi realizada

drenagem do conteúdo e solicitado cultura em que observou-se crescimento de

Staphylococcus aureus.

Conclusão:

É necessário estabelecer medidas para evitar a infecção primária da corrente

sanguínea associada a uso de cateter, corroborando com a redução de artrite

séptica. Dentre essas medidas destacam-se o uso de antissépticos para inserção de

cateter, dando preferência às soluções de clorexidina, educar e treinar profissionais

da saúde para que esses obtenham competência para inserção e manutenção dos

cateteres periféricos e centrais.4

Descritores: artrite séptica, criança, diagnóstico precoce.

REFERÊNCIAS:

Page 37: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

33

1. Kotzias Neto Anastácio, Oliveira Marco Aurélio, Stipp Willian Nandi. Avaliação

do tratamento da artrite séptica do quadril. Rev. bras. Ortop.. 2011; 46(4): 14-

20.

2. Kédima Caldeira Nassif, Nayana Flamini Arantes , Natali Farias Dezontini ,

Paula Alves Santos et al. Septic arthritis in pediatrics. Rev Med Minas

Gerais.2009:19(3):39-45.

3. Ben-Zvi L, Sebag D, Izhaki G, Katz E et al. Diagnosis and Management

of Infectious Arthritis in Children Curr Infect Dis Rep.2019;21(7):23.

4. Medidas de Prevenção de Infecção da Corrente Sanguínea. Agência Nacional

de Vigilância Sanitária Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à

Assistência à Saúde. Anvisa.2017;3:49-70.

Observação: O trabalho está em submissão e avaliação pelo comitê de ética,

estamos aguardando a liberação do parecer.

EIXO 2 – ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA NA COMUNIDADE

OBESIDADE INFANTIL: QUAIS AS RECOMENDAÇÕES UTILIZADAS POR

MÉDICOS E RESIDENTES NA CONTINUIDADE DA ASSISTÊNCIA AO

PACIENTE?

Gabriella Carvalho Gonçalves1, Júlia Marques2, Rodolfo Souza de Faria3, Paulo José

Oliveira Cortez4.

1Autora. Graduanda em medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá – FMIt.

2Co-autora. Graduanda em medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá – FMIt.

3Colaborador. Enfermeiro. Doutor em Biologia Funcional e Molecular – Unicamp.

4Orientador. Fisioterapeuta. Doutor em Biomecânica – UNESP.

Faculdade de Medicina de Itajubá – FMIt. Itajubá, Minas Gerais.

Introdução:

Page 38: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

34

A obesidade é considerada um problema de saúde pública o qual afeta toda a esfera

global, incluindo a população infantil1,2. A eficácia terapêutica depende de um

conjunto de fatores, sendo que as recomendações médicas são essenciais nesse

processo. Isso aparenta ser um dos maiores desafios para os médicos e residentes

em pediatria3,4,5.

Objetivo:

Analisar as recomendações utilizadas por médicos pediatras e residentes em

pediatria no tratamento contra obesidade infantil.

Metodologia:

Após aprovado pelo CEP/FMIt com atenção a resolução CNS 466/2012, foi aplicado

um questionário de 17 questões a 16 médicos pediatras e 4 residentes em pediatria

pertencentes ao corpo clínico do Hospital Escola de Itajubá.

Resultados:

Dos médicos entrevistados, apenas 45% relatam usar alguma técnica para aumentar

a adesão e todos fazem recomendações sobre hábitos e estilo de vida, no entanto

70% refere que realiza isso apenas oralmente. Grande parte dos entrevistados

(95%) acreditam que seu método de orientação seja eficaz, enquanto uma pequena

parcela (35%) afirma ter tido algum treinamento para aumentar a adesão das

recomendações durante sua formação acadêmica.

Conclusão:

A pequena porcentagem de médicos que utilizam técnicas para adesão à terapêutica

juntamente com a parcela que apenas a realiza verbalmente são dados

preocupantes que evidenciam a deficiência nas recomendações médicas.

Descritores: Obesidade Infantil, Continuidade da Assistência ao Paciente e

Educação Médica.

Referências:

Page 39: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

35

1. Cecchetto FH, Pena DP, Pellanda LC. Playful Interventions Increase

Knowledge about Healthy Habits and Cardiovascular Risk Factors in Children:

The CARDIOKIDS Randomized Study. Porto Alegre. 2017.

2. Marchi-Alves LM, Yagui CM, Rodrigues CS, Mazzo A, Rangel EML, Girão FB.

Obesidade infantil ontem e hoje: importância da avaliação antropométrica pelo

enfermeiro. Rio de Janeiro. 2011.

3. Diretrizes Brasileiras de Obesidade. Associação Brasileira para o Estudo da

Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO). 2016.

4. Henriques P, O’Dwyer G, Dias PC, Sampaio Barbosa RM, Burlandy L.

Políticas de Saúde e de Segurança Alimentar e Nutricional: desafios para o

controle da obesidade infantil. Revista Ciência e Saúde Coletiva, volume 23,

n° 12. Rio de Janeiro. 2018.

5. Cabral MV, da Silva PA. A Adesão à Terapêutica em Portugal. 1ª edição.

Lisboa. 2010.

Órgão financiador: não se aplica.

Page 40: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

36

ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS RELACIONADOS AS

ENTEROPARASITOSES INTESTINAIS EM CRIANÇAS DE UMA CRECHE

MUNICIPAL DE ALFENAS-MG

SILVA, Renata Paschoal¹; SILVA, Nathalia Rosa¹; ALMEIDA, Carolina¹;

SILVA, Rafael Del Valle da¹; SILVA, Renan Paschoal²; SILVÉRIO,

Alessandra dos Santos Danziger³

1 Discente do curso de Medicina

2 Discente do curso de Biomedicina

3 Docente orientador, autor correspondente: [email protected]

Instituição: Universidade José do Rosário Vellano, Alfenas-MG

Número do protocolo do comitê de ética: 2.702.330

Introdução: As enteroparasitoses intestinais são um problema de saúde pública

no Brasil, causando vários danos à saúde: desnutrição, anemias, diarreias,

obstruções intestinais e alterações psicossomáticas. Dentre os parasitas

intestinais, destacam-se: Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Necator

americanos, Ancylostoma duodenale, Entamoeba histolytica, Giardia duodenalis.

Objetivos: Avaliar a prevalência de enteroparasitas intestinais e os principais

aspectos epidemiológicos.

Metodologia: O método adotado para os exames coproparasitológicos foi o de

sedimentação espontânea (Hoffmann, Pons & Janer, 1934), e entrevista por meio

de questionários investigativos.

Resultados: Resultados parciais mostram que do total das amostras de fezes de

crianças com idades entre 1 e 6 anos analisadas (n=28) mostraram-se negativas,

não revelando presença de parasita. Das crianças analisadas (n=15) 53,6% já

haviam feito o exame parasitológico das fezes pelo menos 1 vez, destes a

prevalência de parasitoses intestinais foi de (n=13) 73,3%.

Em relação a higiene pessoal, (n=12) 42,9% alegou lavar as mãos após ir ao

Page 41: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

37

banheiro e (n=15) 53,6% lavar alimentos antes de comê-los. Questionários

socioeconômicos traçaram perfis monetários das famílias participantes, (n=18)

64,3% relata receber até

1 salário mínimo, (n=7) 25,0% até 3 salários mínimos mensais. Sobre o grau de

escolaridade, (n=16) 57,2% dos pais disseram ter 12 ou mais anos de estudo.

(n=23) 82,1% dos participantes relatou não ter acesso aos planos de saúde.

Conclusão: Apesar de 100% das amostras se mostrarem negativas para a

presença de parasitas, 73,3% das crianças revelam já ter apresentado positividade

do exame. As crianças analisadas se encontram em sua maioria com peso

adequado para idade, hábitos de vida higiênicos e com poder econômico e

educacional, por parte da família, de modo mediano fatores esses que

acreditamos serem os responsáveis pelos resultados.

Órgão financiador: PIBIC

Descritores: aspectos socioeconômicos, enteroparasitoses intestinais, crianças

Referências

OMS.Helmintíases transmitidas pelo solo. Disponível em:

http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs366/es/ setembro 2017. Acesso em

04/12/2017.

Page 42: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

38

ESTIMULAÇÃO PRECOCE DA INFÂNCIA: EFEITO EM CRIANÇAS COM

VULNERABILIDADE SOCIAL E INDIVIDUAL

SILVA, Mariana Camiliano da; BRUZI, Flávia Alvarenga Fernandes; GRACIANO,

Miriam Monteiro de Castro; PEREIRA, Stela Márcia

Universidade Federal de Lavras (UFLA)/Departamento de Ciências da Saúde

(DSA)/Lavras – MG.

Introdução: Crianças socioeconomicamente vulneráveis e que apresentam

condições patológicas possuem um risco aumentado para atrasos no

desenvolvimento. A detecção precoce de atrasos e de seus fatores determinantes

possibilita a implementação de intervenções reabilitadoras e/ou preventivas.

Objetivos: a) avaliar o desenvolvimento de crianças de 0 a 5 anos de idade, b)

identificar possíveis fatores que possam estar associados ao status de

desenvolvimento de cada criança e c) implementar e avaliar o impacto de um

protocolo de estimulação voltado ao desenvolvimento infantil. Metodologia:

Participaram do estudo 117 crianças. O teste de triagem - Denver II permitiu

classificar as crianças em dois grupos: de provável atraso (GPA) e de

desenvolvimento normal (GDN). As avaliações do desenvolvimento foram realizadas

por examinador calibrado em um baseline, 3 e 6 meses. O pesquisador realizava as

estimulações e o responsável era convocado a executá-la diariamente. Qualificou-se

a combinação das frequências das classes influenciou as variáveis dependentes

“GDN” ou “GPA". Resultados: Um total de 53,37% das crianças se enquadraram

nos critérios de provável atraso no baseline. A área da linguagem e motora grossa

apresentaram maior comprometimento. As variáveis amamentação, uso contínuo de

medicamentos, doenças crônicas e internações denotaram associação com a

categorização dos grupos “GPA” e “GDN”. Pelo modelo de regressão logística, a

amamentação representou um fator protetivo e uso contínuo de medicamentos risco

para atrasos no baseline. Durante follow-up as variáveis três a cinco anos de idade e

as encefalopatias representaram empecilhos para o desenvolvimento infantil. O

Page 43: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

39

Teste Mc Nemar evidenciou que as intervenções promoveram mudanças

significativas. Após a primeira intervenção a prevalência de crianças GPA reduziu de

52,13% para 14,41%. Conclusão: A promoção precoce do desenvolvimento infantil

é capaz de alavancar o desenvolvimento a curto prazo, de crianças socialmente

desfavorecidas que apresentam comorbidades.

Descritores: Desenvolvimento infantil. Intervenção precoce.

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos

Estratégicos. Departamento de Ciência e Tecnologia. Síntese de evidências para

políticas de saúde: promovendo o desenvolvimento na primeira infância / Ministério

da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento

de Ciência e Tecnologia. Brasília: Ministério da Saúde, 64 p. 2016.

LU, C; BLACK, M.M.; RICHTER, L.M. Risk of poor development in young children in

low- income and middle-income countries: an estimation and analysis at the global,

regional, and country level. Lancet Glob Health. v. 4, n. 12, p. 916–922, 2016.

MC DONALD, S.; KEHLER, H.; BAYRAMPOUR, H.; FRASER-LEE, N. Risk and

protective factors in early child development: Results from the All Our Babies (AOB)

pregnancy cohort. Research in Developmental Disabilities. v. 58, p. 20-30, 2016.

BRUZI, FAF. GRACIANO, MMC. PEREIRA, SM. Protocolo Adaptado de

Intervenções de Estimulação. [publicação online]; 2019 [acesso em 14 abr 2015].

Disponível em: https://ufla.br/noticias/pesquisa/12787.

Page 44: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

40

IMPACTO EM SAÚDE DO USO DE TELAS E TECNOLOGIAS POR CRIANÇAS E

ADOLESCENTES

FERNANDES, B. L¹.; TIOSSI, L. B.¹; RODRIGUES, O. M.¹; LIMA, J. S.²

¹ Acadêmicas de Medicina da Universidade Federal do Triângulo Mineiro

² Docente do Departamento de Pediatria da Universidade Federal do Triângulo

Mineiro

Universidade Federal do Triângulo Mineiro/UFTM, Uberaba

Introdução:

A exposição crescente de crianças e adolescentes às tecnologias demanda

utilização saudável para minimizar alterações de sono, atenção, aprendizagem,

humor e exposição a comportamentos de risco. A SBP recomenda tempo zero de

exposição nos menores de dois anos, uma hora diária entre dois a cinco anos e

acima dessa idade, até 2 horas, com respeito à classificação indicativa. ¹

Objetivo:

Avaliar utilização de tecnologias por crianças e adolescentes e seu impacto em

saúde.

Metodologia:

Aplicação de questionário² aos pais contendo dados da criança (data de nascimento,

sexo, antropometria, série escolar), renda familiar, escolaridade dos pais,

tecnologias disponíveis (smartphones, tablets, televisão, videogames), tempo de uso

por categoria e verificação do conteúdo acessado, em sala de espera de Pronto-

Atendimento Pediátrico nível secundário.

Resultados:

Agrupou-se 144 crianças avaliadas em idades de 0 a 2 anos (37), 2 a 5 anos (37) e

5 a 13 anos (70) e uso de tecnologias por tempo menor que 1 hora, 1 a 2 horas, 2 a

5 horas e mais de 5 horas. No primeiro grupo, 56% das crianças seguem a

Page 45: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

41

recomendação, no segundo, 14% e no terceiro, 43%. Há maior índice de sobrepeso

no uso entre 2 a 5 horas, sobretudo em menores de 5 anos.

Conclusão: Correlacionou-se uso excessivo de mídias a danos físicos (sobrepeso),

não existindo correlação positiva entre uso abusivo e alterações cognitivas.

Destacamos a importância da educação em saúde pela atuação conjunta de pais,

professores e pediatras³ monitorizando a utilização saudável.

Descritores: tecnologia, crianças.

REFERÊNCIAS

1 Uso saudável de telas, tecnologias e mídias nas creches, berçários e escolas.

Man. Orient. 2019 jun; 1(6): 1-5.

2 Kabali, H.; Irigoyen, M.; Exposure and Use of Mobile Media Devices by Young

Children. Pediatrics. 2015 dez; 136 (6):1-9

3 Saúde de crianças e adolescentes na era digital. Man. Orient. 2016 out; 1 (1): 1-

13.

MANEJO CLÍNICO DO DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO DO ESPECTRO

AUTISTA (TEA)

SULMONETI¹, Bianca de Carvalho; MOTA¹, Bianca Rodrigues da; ALMEIDA¹, Júlia

Azevedo de; ARAÚJO¹*, Julia Figueiredo; FONSECA¹, Kalynne Kátyla Lima; LIMA2,

Ciderleia Castro de.

¹Acadêmicas do curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano,

UNIFENAS, Alfenas-MG. Membros da Liga de Pediatria (LIP), UNIFENAS, Alfenas-

MG.

²Docente do curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano,

UNIFENAS, Alfenas-MG

Introdução:

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento

caracterizado por dificuldades de comunicação, interação social e pela presença de

Page 46: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

42

comportamentos e/ou interesses repetitivos ou restritos, não sendo uniforme5. A

etiologia é multifatorial, com forte base genética3. Seu diagnóstico,

preferencialmente, deve ser realizado entre seis meses até os três anos de idade, já

que a intervenção precoce pode resultar em melhor prognóstico por coincidir com

período de maior neuroplasticidade1.

Objetivo:

Identificar, na literatura atual, a abordagem clínica para o diagnóstico do autismo.

Metodologia:

Trata-se de um estudo de revisão de literatura do tipo integrativa, não sistemática,

de abordagem qualitativa, em que foram analisados artigos publicados entre 2012 e

2019 disponibilizados nas bases de dados Lilacs e Scielo. Os descritores utilizados

foram transtorno autístico, diagnóstico e criança, em português. Foram encontrados

40 artigos, sendo que 22 foram selecionados e 17 utilizados como amostra.

Resultados:

Os estudos discutem o diagnóstico do autismo, que é clínico e de exclusão. Durante

a consulta clínica, atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor devem ser

considerados4. Existe uma variedade de testes utilizados para o diagnóstico clínico

do autismo, alguns baseados em informações, The Autism Diagnostic Interview

Revised (ADI-R), Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT-R), Gilliam

Autism Rating Scale (GARS), e outros instrumentos utilizados a partir da observação

clínica em ambientes terapêuticos, Observation Schedule (ADOS), Childhood Autism

Rating Scale (CARS). É recomendado o uso do M-CHAT-R como triagem exclusiva

para sinais precoces do autismo em crianças entre 16 e 30 meses, revisado com

entrevista de seguimento (M-CHAT-R/F)5.

Conclusão:

Conclui-se que o diagnóstico do autismo deve seguir critérios definidos

internacionalmente, com avaliação completa e uso de escalas validadas5. A

complexidade enfrenta a heterogeneidade etiológica e fenotípica dos casos.

Alterações dos domínios da comunicação social e linguagem, além de

comportamentos repetitivos entre 12 e 24 meses têm sido marcadores de

identificação precoce².

Page 47: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

43

Referências Bibliográficas

1. Miccas C, Vital AAF, D’antino MEF. Avaliação de funcionalidade em atividades e

participação de alunos com transtornos do espectro do autismo. Rev

Psicopedagogia. 2014;31(64):3-10.

2. Zanatta EA, et al. Cotidiano de famílias que convivem com o autismo infantil. Rev

Baiana Enferm. 2014;28(3):271-82.

3. Lemos ELMD, Salomão NMR, Ramos CSA. Inclusão de crianças autistas: um

estudo sobre interações sociais no contexto escolar. Rev Bras Ed Esp.

2014;20(1):117-30.

4. Zanon RB, Backes B, Bosa CA. Identificação dos primeiros sinais do autismo

pelos pais. Psic.: Teor. e Pesq. 2014;30(1):25-33.

5. Sociedade Brasileira de Pediatria. Manual de Orientações: Transtorno do

Espectro do Autismo. Brasília, DF: Departamento Científico de Pediatria do

Desenvolvimento e Comportamento; 2019.

DOENÇA DE KAWASAKI : DIAGNOSTICO E ACOMETIMENTO

CORONARIANO.

Gabriela Candolato 1 , Julia Pereira Lopes 1, Ana Clara Beraldo Muniz 2 , Flavio

Siqueira Junqueira 3 , Sergio Rodrigo Beraldo 1,3

1- Faculdade de Medicina de Pouso Alegre, UNIVAS.

2- Faculdade de Medicina de Barbacena, FUNJOBE

3- Corpus Tomografia Computadorizada Medicina Diagnostica

Introdução:

A Doença de Kawasaki (DK) é uma vasculite aguda que atinge crianças de todas as

faixas pediátricas, apresenta certa hereditariedade relacionada a descendência

asiática, prevalente no sexo masculino e de causa desconhecida. O diagnóstico é

clínico, associado a exames laboratoriais e de imagem.

Relato:

Page 48: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

44

Paciente feminina, 10 anos, parda, procedente de Varginha-MG, negando

descendência asiática, apresentou cefaléia, febre e linfoadenomegalia. Foi

diagnosticada com amigdalite bacteriana, sem melhora com tratamento inicial,

evoluiu com descamação, conjuntivite, astenia, dor e edema articular, dificuldade

para deambular, procurou novamente atendimento, sendo internada e diagnosticada

com Doença de Kawasaki após avaliação reumatológica. Iniciado AAS 100 mg/dia,

associado à Gamaglobulina endovenosa. Realizou-se ecocardiograma,

evidenciando aneurisma em artéria descendente anterior (DA), prosseguindo o

tratamento com AAS. Após a avaliação cardiológica, solicitou-se uma

angiotomografia de coronarias, que confirmou aneurisma da DA proximal, sem DAC

Discussão:

A DK é uma vasculite que atinge vasos de médio calibre, envolvendo diversos

sistemas , principalmente o cardíaco. A causa dessa enfermidade é desconhecida,

portanto existem hipóteses de um agente infeccioso ser a causalidade. O

diagnóstico é primariamente clínico, sendo estabelecidos critérios segundo a

American Heart Association: febre por cinco dias; conjuntivite bilateral não purulenta;

língua framboesiforme, eritema e

edema de orofaringe, fissuras e eritema labial; eritema e edema de mãos e pés com

descamação periungueal; exantema escarlatiniforme, morbiliforme ou polimórfico; e

linfoadenomegalia cervical. As complicações cardíacas podem ser permanentes e

progressivas. A ocorrência de aneurisma coronariano é a complicação mais

relevante entre 25% das crianças não tratadas e 20% nas crianças que recebem

imunoglobulina antes de 10 dias de doença.

Conclusão:

O diagnostico precoce da DK possibilita terapêutica específica, diminuindo as

complicações cardiovasculares. A aspirina não reduz a incidência de dilatação

arterial, porém previne o infarto miocárdio causado por trombose intra-coronariana.

Os métodos de imagem não-invasivos são importantes para esse diagnostico.

Page 49: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

45

Descritores:

Doenca de Kawasaki, Tomografia computadorizada, diagnóstico, acometimento

cardíaco.

SÍNDROME DA REGRESSÃO CAUDAL COMO CAUSA DE INCONTINÊNCIA

URINÁRIA

NARITA, R.S., ANJOS, T.S., CORRÊA, P.F., FERNANDES, W.L.M.

DEPARTAMENTO DE NEUROLOGIA PEDIÁTRICA, FACULDADE DE CIÊNCIAS

DA SAÚDE DR. JOSÉ ANTÔNIO GARCIA COUTINHO, UNIVERSIDADE DO VALE

DO SAPUCAÍ/ POUSO ALEGRE-MG.

INTRODUÇÃO

A síndrome da Regressão Caudal (SRC) é uma malformação congênita rara

caracterizada por alterações do desenvolvimento sacral. Manifesta-se precocemente

por incontinência urinária ou fecal associada ou não a lesões neurológicas. A

etiologia não está totalmente clara mas considera-se fatores desencadeantes como

alterações de perfusão, predisposição genética e principalmente diabetes.

DESCRIÇÃO DO CASO

S.A.S, F., 9 anos, com ausência de controle urinário aos pequenos esforços desde a

tentativa do desfralde aos 2 anos. Nascida de parto normal com 40 semanas, 2750g

e 45 cm. Mãe tabagista e etilista social durante gestação. Realizado pré natal sem

alterações. Começou a andar com 14 meses e ao exame físico apresenta

dificuldade de andar sobre os calcanhares e ausência dos reflexos aquileus e anal

bilateralmente. A uretrocistografia revelou bexiga alongada e resíduo pós miccional

acentuado. A ressonância nuclear magnética de coluna lombossacra demonstrou

má formação completa de sacro com ausência das vértebras S4 e S5, deformidade

apical de S3; ausência de fusão mediana no platô vertebral do arco posterior;

Page 50: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

46

deformidade do cone medular apical e ancoramento alto do saco dural

lombossacro, e grande repleção urinária com espessamento trabecular da bexiga.

DISCUSSÃO

O diagnóstico pode ser realizado no pré natal através da Ultrassonografia com

disgenesia sacrococcígea e terminação abrupta e alta da medula espinhal.

CONCLUSÃO

Ressalta-se considerar a SRC para pacientes com queixa de incontinência urinária.

Descritores: Incontinência Urinária, Anormalidades congênitas, Região

Sacrococcígea

REFERÊNCIAS:

Kumar Y, Gupta N, Hooda K, et al. Caudal Regression Syndrome: A Case Series of

a Rare Congenital Anomaly. Pol J Radiol.82:188–192. 2007 [acessado em

06/07/2019]. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5388306/

Boulas, M. M. Recognition of Caudal Regression Syndrome. Advances in Neonatal

Care, 9(2), 61–69. 2009 [acesso em 06/07/2019]. Disponível em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19363325

Page 51: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

47

EIXO 3 – EDUCAÇÃO EM SAÚDE

A HIPOTERMIA COMO CONDUTA TERAPÊUTICA ÀS ASFIXIAS PERINATAIS

FONSECA, Kalynne Kátyla Lima1, GARCIA, Beatriz Campos 1, SILVEIRA, Isabela

Carnevale 1, CAIXETA, Rafaela dos Santos 1, LIMA, Ciderleia Castro de 2,

ANDRADE, Maria Natália ².

1Acadêmicas do curso de medicina da Universidade José do Rosário

Vellano/UNIFENAS Alfenas,MG.

2Docente no curso de medicina da Universidade José do Rosário

Vellano/UNIFENAS /Alfenas,MG.

Introdução: Hipotermia terapêutica é atualmente a única terapia neuroprotetora

efetiva conhecida no tratamento da encefalopatia hipóxico-isquêmica, utilizada para

evitar uma incapacidade neurológica de longo prazo nas crianças acometidas.

Objetivo: Identificar na literatura atual, a hipotermia como conduta terapêutica às

asfixias perinatais.

Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão de literatura integrativa, não

sistemática, de abordagem qualitativa. Foram analisados artigos publicados entre

2012 e 2016, em inglês, disponibilizados na base de dados Medline, com os

descritores hipotermia, perinatal e sistema nervoso. Encontrados 13 artigos, 12

selecionados e 11 utilizados como amostra.

Resultados: Estudos abordam a hipotermia em asfixias neonatais, usada com um

protocolo Hipotermia Terapêutica padronizado. O método de Hipotermia Terapêutica

apresenta vantagens. Contudo, a dificuldade de diálogo médico-pais e o

desconhecimento de profissionais da área acerca do método de tratamento ainda

existem. Como indicações para a terapêutica são estabelecidos critérios como:

encefalopatia moderada ou grave dentro de 6 horas de nascimento, idade

gestacional ≥ 36 semanas ao nascimento, na primeira hora de pós-parto se

verificado acidose metabólica, pH menor que 7,0 e alteração do equilíbrio ácido-

Page 52: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

48

básico, com BE menor ou igual a -16mEq/L; outro importante critério destacado é o

Apgar baixo e/ou reanimação cardiopulmonar prolongada. Estudos têm discutido o

benefício da Hipotermia Terapêutica em casos menor anormalidade do sinal da

substância cinzenta cortical, redução nas lesões nos gânglios da base ou tálamo,

substância branca em recém-nascidos asfixiados, com encefalopatia moderada ou

grave. Ao processo de resfriamento neonatal, os recém-nascidos permanecem

conscientes e ventilados.

Conclusão: Como a medicina é uma ciência dinâmica, a TH como fator

neuroprotetor, ainda precisa ser mais bem estudada, pois pacientes morrem ou

adquirem sequelas ao tratamento.

Descritores: hipotermia, perinatal e sistema nervoso.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. Gagne-loranger M. et al. Newborns Referred for Therapeutic Hypothermia:

Association between Initial Degree of Encephalopathy and Severity of Brain Injury

(What About the Newborns with Mild Encephalopathy on Admission?). Am J

Perinatol. 2015; 33(2):195-202.

2. Mrelashvili A. et al. Outcome After Therapeutic Hypothermia in Term Neonates

with Encephalopathy and a Syndromic Diagnosis. J Child Neurol. 2015; 30(11):

1453–1458.

3. Pauliah SS. et al. Therapeutic hypothermia for neonatal encephalopathy in low-

and middle-income countries: a systematic review and meta-analysis. PLoS One.

2013; 8(3).

4. Lemmon ME. et al. Communication Challenges in Neonatal Encephalopathy.

Pediatrics 2016; 138 (3).

5. Kochanek P, Kitagawa RS, Batchelor P, Thoresen M. Central Nervous System

injury and Temperaute Management. Therapeutic Hypothermia and Temperature

Management. 2016; 6 (3).

Page 53: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

49

A ACURÁCIA DO APGAR PARA O MANEJO CLÍNICO DAS ASFIXIAS

PERINATAIS

CARCILIANO, M.A.F.1; PEREIRA, M.P.M.1; MORAIS, M.A.1; PELIZZARO, R.A.1;

LIMA, C.C. de2

1Acadêmicas do curso de medicina da Universidade José do Rosário

Vellano/UNIFENAS Alfenas - MG.

2Docente no curso de medicina da Universidade José do Rosário

Vellano/UNIFENAS instituição vinculada/Alfenas - MG.

Introdução: A redução da mortalidade de crianças abaixo de 5 anos faz parte dos

Objetivos do Milênio. A asfixia perinatal é considerada uma das mais graves causas

de morbimortalidade mundial. Esta fatalidade é consequência da falta de oxigenação

adequada e, se identificado de forma precoce, apresenta melhorias na qualidade de

assistência prestada, com variação em sua incidência conforme os critérios

utilizados, sendo assim abordado nesse trabalho o mérito da aplicação da escala de

Apgar.

Objetivos: Identificar na literatura atual, a importância da aplicação da escala de

Apgar para tomada de decisão frente às asfixias perinatais.

Metodologia: Estudo de revisão de literatura integrativa. Realizado o cruzamento

dos descritores asfixia perinatal and apgar nas bases de dados Pubmed, Medline e

Lilacs. Utilizou-se as publicações de 2013 a 2018, nos idiomas inglês e português.

Resultados: De 12 trabalhos encontrados, sete estudos foram analisados e

discutiram que embora a escala de Apgar não seja aceita isoladamente para definir

asfixia, é um importante indicador e consiste em cinco critérios. O APGAR menor

que 7 nos cinco primeiros minutos determina a necessidade de cuidados especiais

com o recém-nascido. A avaliação do APGAR deve ser individualizada, o critério

mais importante é a frequência cardíaca, pouco significativa é a cor da pele, que

sofre variações pela temperatura da sala de parto.

Page 54: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

50

Conclusão: Diante do apresentado é possível concluir que a escala de Apgar tem o

seu papel fundamental no que diz respeito ao manejo clínico das asfixias perinatais.

Embora não seja o único parâmetro para a avaliação desses casos em neonatos,

ganha muito espaço em ambientes com recursos escassos para o atendimento, pois

a acurácia da escala de Apgar está diretamente relacionada com uma avaliação

eficaz, precisa e ágil do recém-nascido pelo neonatologista com enfoque nos

quadros de asfixias.

Descritores: Apgar, asfixia perinatal, morbimortalidade neonatal.

Referências:

Daripa M et al. Asfixia perinatal associada à mortalidade neonatal precoce: estudo

populacional dos óbitos evitáveis. Rev. paul. pediatr. [online] 2013 [Acesso em

12/05/2019]; 31(1): 37-45. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103-

05822013000100007&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

Takazono PS, Golin MO. Asfixia Perinatal: Repercussões Neurológicas e Detecção

Precoce. Rev Neurocienc. 2013 [Acesso em 12/05/2019]; 21(1): 108-117. Disponível

em:

http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2013/RN2101/revisao2101/761revis

ao.pdf

Silva CA et al. Asfixia perinatal: prevalência e fatores de risco em recém-nascidos a

termo. Revista Interdisciplinar. 2014 [Acesso em 12/05/2019]; 7(1): 134-140.

Disponível em:

https://revistainterdisciplinar.uninovafapi.edu.br/index.php/revinter/article/view/168/pd

f_103

Ribeiro GE et al. Avaliação dos níveis de resposta das emissões otoacústicas em

neonatos com asfixia perinatal. Rev. paul. pediatr. [online]. 2014 [Acesso em

12/05/2019]; 32(3): 189-193. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103-

05822014000300189&lng=es&nrm=iso&tlng=pt

Page 55: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

51

Biazus GF et al. Avaliação fisioterapêutica em neonatos que apresentaram asfixia

perinatal e que foram submetidos à hipotermia terapêutica. Rev Fisioter S Fun. 2016

[Acesso em 12/05/2019]; 5(1): 59-68. Disponível em:

http://www.fisioterapiaesaudefuncional.ufc.br/index.php/fisioterapia/article/view/584/p

df

DESAFIOS À SAÚDE DA CRIANÇA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

ALVES, Laís Roncato de Carvalho1; BASTOS, Rodolfo Alvarenga1; VILELA, Talissa

Tavares¹; CARVALHO, Márcio Wanderley de2; CARVALHO, Tânia Maria de2; LIMA,

Ciderleia Castro3

1 Acadêmicos do curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano

(UNIFENAS), Alfenas/MG.

2 Pediatra do Hospital Materno Infantil SES-GO; Pediatra da Secretaria Municipal de

Saúde de Goiânia, Goiânia/GO.

3 Docente do curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano

(UNIFENAS), Alfenas/MG.

Introdução: As políticas de saúde no âmbito materno infantil têm ganhado êxito ao

longo dos anos. A população infantil representa 26% da população mundial1,

enquanto no Brasil, essa população atinge 21,10%2. Vale destacar o papel dos

Agentes Comunitários de Saúde na melhoria dos resultados de saúde materno

infantil, tanto nos países de baixa e média renda quanto em comunidades menos

favorecidas.3,4,5

Objetivo: Identificar, na literatura, as principais dificuldades encontradas por

profissionais de saúde na assistência de puericultura, às crianças na atenção

primária.

Material e métodos: Realizou-se uma revisão de literatura integrativa sobre a

puericultura com enfoque na qualidade dos atendimentos realizados na atenção

Page 56: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

52

primária. Foram pesquisadas publicações de 2014 a 2019nas bases Medline,

PubMed e SciElo. Priorizando publicações de 2016 a 2019 para análise, elas foram

separadas em grupos de A a G segundo seus desenhos de pesquisa e níveis de

evidência científica.

Resultados: De maneira geral, os achados corroboraram para a análise de como é

o atendimento na atenção primária para com o público infantil. De maneira

específica, a puericultura ainda carece de profissionais bem capacitados e com

vontade de lidar com o público pediátrico. Além disso, é possível perceber a falta de

incentivos públicos e de uma boa gestão nas unidades de saúde primária para que

os serviços sejam oferecidos satisfatoriamente.

Conclusão: Esforços têm sido concentrados para garantir o melhor atendimento na

puericultura nas unidades básicas de saúde . Entretanto, ainda há falta de interesse,

falta de comprometimento com o público infantil, gestão pública deficiente e

reduzidos incentivos financeiros.

Descritores: Puericultura, Saúde da criança e Atenção primária

REFERÊNCIAS:

1- Boone, Peter et al. Community health promotion and medical provision for

neonatal heptanal—CHAMPION cluster randomised trial in Nagarkurnool district,

Telangana (formerly Andhra Pradesh), India. 2017 Jul 5;14(7):e1002324

2- United Nations Population Fund. UNFPA. World Population Dashboard.

Disponível em: https://www.unfpa.org/es/data/world-population-dashboard. Acesso

em: 25/06/2019.

3- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE. Projeções e estimativas da

população do Brasil e das Unidades da Federação. Disponível em:

https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/. Acesso em: 25/06/2019.

4- Baqui AH et al. Impact of integrating a postpartum family planning program into a

community-based maternal and newborn health program on birth spacing and

preterm birth in rural Bangladesh. J Glob Health. 2018 Dec;8(2):020406.

Page 57: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

53

5- Peacock-Chambers E, Ivy K, Bair-Merritt M.Primary Care Interventions for Early

Childhood Development: A Systematic Review. Pediatrics. 2017 Dec;140(6). pii:

e20171661.

EFICÁCIA DOS MÉTODOS TERAPÊUTICOS NA APNEIA OBSTRUTIVA DO

SONO EM PEDIATRIA: EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS

MARTINS, Renata Renó[1]; MARTINS, Renan Renó[2]; GONÇALVES, Maria

Teresa Renó[3]

[1] Discente do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário

Vellano (UNIFENAS) – Alfenas/MG, Brasil.

[2] Discente do Curso de Medicina da Faculdade da Amazônia (FAMAZ) –

Belém/PA, Brasil.

[3] Médica Especialista em Oftalmologia pelo Hospital dos Servidores – São

Paulo/SP, Brasil. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de

Itajubá (FMIT) – Itajubá/MG, Brasil. Professora do Curso de Medicina da

Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) – Macapá/AP, Brasil.

RESUMO

Introdução: O ronco é um sinal de resistência das vias aéreas superiores, e

a síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é caracterizada por

episódios recorrentes de obstrução das vias aérea superiores durante o

sono. A escolha da terapia a ser adotada será direcionada pela etiologia

subjacente, gravidade, história natural e opções terapêuticas viáveis para

que se proporcione uma melhora na patência da via aérea superior.

Page 58: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

54

Considera-se a adenotonsilectomia como a primeira linha de tratamento

quando existe hipertrofia adenotonsilar.

Objetivo: O estudo tem como objetivo elucidar o assunto, com base na

literatura atualizada, descrevendo a eficácia dos métodos terapêuticos

empregados na apneia obstrutiva do sono em pediatria.

Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura. Foi utilizado

o banco de dados online da PubMed. Os critérios de inclusão dos resumos

para busca do texto completo foram: artigos publicados nos últimos 5 anos

em inglês e com desenho de estudo epidemiológico estudo clínico

randomizado. Foram excluídas as duplicidades, artigos com acesso restrito

ao texto completo e artigos cujo conteúdo não correspondia aos critérios

definidos.

Resultados: Foram incluídos 8 artigos que totalizaram 1747 crianças. Os

resultados evidenciaram que após a adenotonsilectomia ocorreu uma

melhora na qualidade de vida, redução da sonolência, dos sintomas

respiratórios e na assincronia toracoabdominal durante o sono das crianças

com síndrome da apneia obstrutiva do sono. A adenotonsilectomia não se

mostrou superior a adenotonsilotomia, podendo esta ser utilizada como

opção terapêutica. O uso combinado de montelucaste de sódio e furoato de

mometasona é superior quando comparado com uso isolado dessas

medicações.

Conclusão: Os benefícios da adenotonsilectomia já estão bem

estabelecidos da literatura científica, porém outros métodos como o uso da

cafeína, aparelhos de avanço mandibular e os dispositivos de pressão

expiratória final nasal necessitam de mais estudos para comprovar um

impacto positivo no tratamento da SAOS.

Descritores: Apneia Obstrutiva do Sono; Terapêutica; Pediatria.

Referências

Page 59: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

55

Franklin K, et al. Effects and Side-Effects of Surgery for Snoring and

Obstructive Sleep Apnea – A Systematic Review. Sleep Medicine Reviews,

Suiça, n. , p.27-36, 10 jan. 2009.

Schechter MS. Section on Pediatric Pulmonology, Subcommittee on

Obstructive Sleep Apnea Syndrome. Technical report: diagnosis and

management of childhood obstructive sleep apnea syndrome. Pediatrics.

2002;109(4):e69.

Marcus CL, Brooks LJ, Draper KA, Gozal D, Halbower AC, Jones J, et al.

Diagnosis and Management of Childhood Obstructive Sleep Apnea

Syndrome. American Academy of Pediatrics. Pediatrics. 2012;130:576-84

INFLUÊNCIA DE FALSAS NOTÍCIAS NA HESITAÇÃO VACINAL: REVISÃO DE LITERATURA NARRATIVA.

PELIZZARO, Rafaela Alves1; GARCIA, Beatriz Campos1; OLIVEIRA, Kátia Santos

de1; CAIXETA, Rafaela dos Santos1; LIMA, Ciderleia Castro de2, ANDRADE, Maria

Natália ².

1Acadêmicas do curso de medicina da Universidade José do

Rosário Vellano/UNIFENAS Alfenas, MG.

2Docente no curso de medicina da Universidade José do Rosário

Vellano/UNIFENAS

/Alfenas, MG.

RESUMO

Introdução: A vacinação é uma das mais importantes medidas preventivas de

saúde pública empregada no combate às infecções e doenças evitáveis. As altas

taxas de cobertura vacinal infantil refletem no declínio da morbimortalidade e até

mesmo na erradicação de determinadas doenças infecciosas comuns no passado.

Page 60: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

56

Porém, no atual contexto, cada vez mais observa-se o aumento de questionamentos

acerca da segurança e utilidade das vacinas.

Objetivo: buscar, na literatura, dados acerca de falsas notícias veiculadas na

internet como determinantes para hesitação na tomada de decisão sobre vacinação.

Metodologia: a revisão narrativa de literatura foi realizada em junho de 2019 através

da busca de artigos científicos nas bases de dados SCIELO e PUBMED. Os critérios

de inclusão foram publicações que se adequassem ao tema proposto e trabalhos

científicos publicados entre os anos de 2013 a 2019.

Resultados: Diante ao tema explorado foram selecionados 6 trabalhos que abordam

o objetivo do estudo sendo estes eleitos para compor a amostra. As controversas

em relação ao emprego de vacinas é algo que vem há séculos, fortalecendo à

resistência ao seu uso, mas com maior notoriedade na era da informação onde

circulam inúmeras matérias sobre o tema, muitas sem base científica o que agrava

os trabalhos de conscientização e fragiliza sua difusão no meio técnico-científico. Os

estudos verificados mostram à condição de uma crescente classe vulnerável e

insegura que acabam se guiando por falsas informações dando forma ao termo

‘’hesitação vacinal’’. Conclusão: A interpretação do risco da vacinação não é

baseada na avaliação cientifica, mas sim na sensação ambígua que permanece nas

conversas leigas e nas notícias falsas disseminadas pela mídia e por profissionais

de saúde mal informados, o que contribui para uma baixa abrangência da

imunização na população em geral.

Descritores: vacinas, imunização, movimento anti-vacinação, notícias falsas

Referências:

1- Bozzola E, Spina G, Russo R, Bozzola M, Corsello G, Villani A. Mandatory

vaccinations in European countries, undocumented information, false news and the

impact on vaccination uptake: the position of the Italian pediatric society. Ital J

Pediatr. 2018; 44(1):67.

Page 61: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

57

2- Dubé E, Laberge C, Guay M, Bramadat P, Roy R, Bettinger J. Vaccine

hesitancy: an overview. Hum Vaccin Immunother. 2013; 9(8):1763–1773.

3- Hussain A, Ali S, Ahmed M, Hussain S. The Anti-vaccination Movement: A

Regression in Modern Medicine. Cureus. 2018;10(7):e2919.

4- Sak G, Diviani N, Allam A, Schulz PJ. Comparing the quality of pro- and anti-

vaccination online information: a content analysis of vaccination-related webpages.

BMC Public Health. 2016;16:38.

5- Sato, APS. What is the importance of vaccine hesitancy in the drop of

vaccination coverage in Brazil?. Revista de Saúde Pública, 2018; 52:96.

NESIDIOBLASTOSE - HIPERINSULINISMO CONGÊNITO EM LACTENTES:

REVISÃO DE LITERATURA.

BORDIN, Ana Flávia de O.1; CARCILIANO, Monique Angela Freire1; MELO, Nádya

Gislene1; ANDRADE, Maria Natália2; LIMA, Ciderleia Castro2

Universidade José do Rosário Vellano/Alfenas

1. Acadêmicas do curso de medicina da Universidade José do Rosário

Vellano/UNIFENAS - Alfenas - MG

2. Docente na Universidade José do Rosário Vellano/UNIFENAS - Alfenas - MG.

Introdução: É uma patologia rara, caracterizada pela secreção descontrolada de

insulina, sendo uma das causas mais importantes de hipoglicemia neonatal grave. A

avaliação é muito importante, pois a hipoglicemia pode levar a danos neurológicos

graves no neonato, manifestando-se como retardo mental e/ou psicomotor ou um

evento com risco de morte, caso não identificado e tratado precocemente.

Objetivos: descrever, com base na literatura, conceitos atuais referentes à

patogênese e condução terapêutica do Hiperinsulinismo congênito (HIC).

Metodologia: trata-se de uma revisão de literatura do tipo narrativa, sem critérios

explícitos e sistemáticos para a busca e análise crítica da literatura. A seleção dos

Page 62: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

58

estudos e a interpretação das informações estão sujeitas a análise dos autores. As

bases de dados utilizadas para a busca foram Medline, Pubmed, Scielo publicados

no período de 2012 a 2019. Os termos de pesquisa foram combinados para a

doença, medicamentos específicos e opções de tratamento genérico. Resultados:

Há uma base genética que está envolvida diretamente na etiopatogenia do

Hiperinsulinismo congênito. Essa abordagem diz respeito a defeitos em genes-chave

que regulam a secreção de insulina, entre eles estão os que codificam os canais

de KATP pancreáticos (ABCC8, KCNJ11) e outras proteínas canal / transportador

(KCNQ1, CACNA1D, SLC16A1), genes enzimáticos (GLUD1, GCK, HADH, UCP2,

HK1, PGM1, PMM2) e os que codificam os fatores de transcrição (HNF4A, HNF1A,

FOXA2). Ademais, observou-se que neonatos de alto risco como pequenos para

idade gestacional (PIG), com asfixia ao nascer, com eritroblastose fetal e oriundos

de diabetes materna podem ter HIC. Conclusão: O diagnóstico e tratamento

precoces e manejo clínico adequado são fundamentais para prevenir mortes

inexplicáveis e lesões neuronais devido à hipoglicemia. O tratamento do HIC envolve

terapia médica e cirúrgica se necessário. A base do tratamento médico do HIC é

manter a normoglicemia e quanto à intervenção cirúrgica realiza-se pancreatectomia

parcial, focal ou total.

Descritores: Hiperinsulinismo, congênito, hipoglicemia, neonato.

Referências:

1. Adzick, N. Scott et al. Surgical treatment of congenital hyperinsulinism: Results

from 500 pancreatectomies in neonates and children. J Pediatr Surg 2019; 54 (1):

27-32.

2. Apperley, Louise et al. A rare case of congenital hyperinsulinism (CHI) due to dual

genetic aetiology involving HNF4A and ABCC8. J Pediatr Endocrinol Metab 2019;

32 (3): 301-304.

3. Galcheva, Sonya et al. The Genetic and Molecular Mechanisms of Congenital

Hyperinsulinism. Front endocrinol 2019; 10.

Page 63: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

59

4. Stanley, Charles A. Perspective on the genetics and diagnosis of congenital

hyperinsulinism disorders. J Clin Endocrinol Metab 2016; 101 (3): 815-826.

5. Vora, Shrenik et al. Hyperinsulinemic hypoglycemia in infancy: current concepts in

diagnosis and management. Indian Pediatr 2015; 52 (12): 1051-1059.

ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL: ARTIGO DE REVISÃO

Bianca Rodrigues da MOTA¹*, Júlia Oliveira MOREIRA¹, Lívia Santos VILELA¹,

Mariana LESQUEVES¹, Paloma Lílian Andrade PEDROSO¹, Leandro Diniz e

GARCIA2

1Acadêmicas do curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano,

UNIFENAS, Alfenas-MG, Membros da Liga de Reumatologia (LIR), UNIFENAS,

Alfenas-MG.

2Docente do curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano,

UNIFENAS, Alfenas-MG.

Introdução:

A artrite idiopática juvenil (AIJ) é uma denominação que engloba quaisquer formas

de artrite crônica com início antes dos 16 anos de idade e com duração maior que

seis semanas. É uma patologia reumática com etiologia crônica autoimune, no Brasil

sua incidência é desconhecida. A classificação proposta, em 1997, pela Liga

Internacional de Associações para a Reumatologia (ILAR) é a mais recente e divide

a AIJ em sete subtipos: sistêmico, oligoarticular, poliarticular fator reumatoide (FR)

positivo e negativo, artrites relacionadas às entesites, artrite psoriásica e artrites

indiferenciadas. Consequentemente, o seu prognóstico e a terapêutica diferenciam-

se conforme sua forma de apresentação.

Objetivo:

Realizar uma revisão de literatura, abordando os principais conceitos atuais

diagnósticos e terapêuticos em pacientes com artrite idiopática juvenil.

Metodologia:

Page 64: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

60

Trata-se de uma pesquisa eletrônica de revisão de literatura do tipo integrativa, não

sistemática, de abordagem qualitativa, realizada por meio dos bancos de dados

PubMed, Medline, LILACS, Google Acadêmico e biblioteca eletrônica SciELO.

Foram encontrados artigos publicados entre 2014 e 2019, sendo 15 selecionados e

utilizados como amostras.

Resultados:

Os estudos discutem AIJ como uma inflamação artrálgica, com eritema e rigidez de

modo oligo ou poliarticular. As crianças frequentemente apresentam edema articular

e alterações de marcha que caracterizam a doença em atividade. O quadro está

associado à febre vespertina, podendo apresentar sinais como exantema

evanescente; hepatoesplenomegalia discreta; serosite ou pleurite. Seu manejo

relaciona-se a classificação pelos critérios da ILAR e exames laboratorias. O

esquema terapêutico é variável, porém tem comum objetivo o alívio da dor,

recuperação da amplitude de movimentos e inibir atividade da doença.

Conclusão:

Conclui-se que o diagnóstico da AIJ baseia-se na anamnese e exame físico. As

opções terapêuticas estão diretamente associadas ao subtipo, devido á essa

heterogeneidade fenotípica deve-se avaliar cuidadosamente. Assim, é importante

para o médico reconhecer e esclarecer a doença para obter melhor prognóstico e

adesão ao tratamento.

Descritores: AIJ; articulações;

Referências bibliográficas

1. AIRD et al. Guía Clínica GES de Artritis Idiopática Juvenil. Rev. chil. reumatol.

2014; 30(3):98–118.

2. Cunha ALG, e Silva VBM, Osaku FM, Niemxeski LB, Furtado RNV, Natour J, et

al. Intra-articular injection in patients with juvenile idiopathic arthritis: factors

associated with a good response. Revista Brasileira de Reumatologia (English

Edition). 2016; 56 (6), 490-496.

Page 65: Periodicidade: Bianual ISSN: 2447-4428 v. 4 2019

61

3. PÉREZ, NATALIA et al. Características clínicas de niños y niñas con artritis

idiopática juvenil del Instituto Teletón Santiago-Chile, 2012-2013. Rehabilitación

Integral, v. 9, n. 1, p. 26-34, 2014.

4. Sznurkowska K, Boćkowska M, Zieliński M, Plata-Nazar K, Trzonkowski P,

Liberek A. Peripheral regulatory T cells and anti-inflammatory cytokines in

children with juvenile idiopathic arthritis. The Journal of the Polish Biochemical

Society and of the Polish Academy of Sciences.2018;65:119-123.

5. Vanoni F, Minoia F, Malattia C. Biologics in juvenile idiopathic arthritis: a narrative

review. European journal of pediatrics. 2017; 176(9),1147-1153.