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Page 1: Perícia Trabalhista. A Perícia no processo trabalhista só acontece quando o esclarecimento de algum pedido formulado depender de prova técnica. Normalmente

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A Perícia no processo trabalhista só acontece quando o esclarecimento de algum pedido formulado depender de prova técnica.

Normalmente a perícia é determinada pelo Juiz para que, através de um perito (especialista) no assunto, se investiguem fatos a respeito do contrato de trabalho, quando os cálculos do processo forem complexos e exigirem um conhecimento profundo da matéria a ser esclarecida.

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Prescrição:

O início da contagem da prescrição trabalhista é o da extinção do contrato de trabalho, como se verifica no artigo 7º, XXIX, da Constituição Federal/1988 e do inciso II do artigo 11 da CLT, abaixo transcrito:

Art. 11 - O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve:

        I - em cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a extinção do contrato;

II - em dois anos, após a extinção do contrato de trabalho, para o trabalhador rural.

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Exemplo:

Admissão do Empregado: 15/08/1999

Desligamento do Empregado: 05/04/2010

Data limite para ajuizamento da ação: 05/04/2012 (até 2 anos após o desligamento do empregado)

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Pergunta:

Com base nos dados anteriores, numa ação ajuizada em 01/02/2011, qual seria o período imprescrito?

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Resposta:

01/02/2006 à 05/04/2010

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DEFINIÇÃO DE HORAS EXTRAS

A hora extra, hora suplementar ou hora extraordinária é todo período de trabalhado excedente à jornada contratualmente acordada e são aquelas trabalhadas, numa jornada de tempo integral, excedentes a 8ª hora diária ou 44ª hora semanal.

Isto significa que, o empregado que trabalhar mais de oito horas num dia, ou trabalhar mais de quarenta e quatro horas somando-se as horas trabalhadas na semana, receberá esse período remunerado como extra, assim determinado pelos artigos 59ª da CLT e 7ª da Constituição Federal de 1998.

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CÁLCULO DA HORA EXTRA

A hora extra é calculada, no mínimo, com um adicional de 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da hora normal, assim definido pelo artigo 7º, inciso XVI da Constituição Federal/1988, salvo havendo cláusula mais benéfica ao empregado constante em Convenção Coletiva de Trabalho do Sindicato representante de sua categoria.

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Exemplo de Cálculo de Hora Extra:

Empregado mensalista realizou 11,03 horas extras em maio/06; salário mensal de R$1.000,00.

Observação: nesse exemplo, por hora, o salário corresponde a R$ 4,55, considerando carga mensal de 220 horas prevista na Constituição Federal, tal que 1000/220=4,55; para cálculo de verbas devidas ao mensalista, prevalece o mês de 30 dias; o adicional de hora extra, no exemplo, é o de 50%.

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Salário: R$ 1.000,00Jornada de Trabalho: 220 horas mensais

(integral)Adicional Horas Extras: 50%Cálculo: R$ 1.000,00 / 220 = R$ 4,55 (hora

normal)Valor 1 Hora Extra: R$ 4,55 x 50%

(adicional) = R$ 2,27 + R$ 4,55 = R$ 6,82Valor 11,03 Horas Extras: R$ 6,82 x

11,03= R$ 75,22

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Planilha I de Cálculo de Horas Extras a 50%:

Se houvesse Adicional de Insalubridade, Adicional de Periculosidade, Adicional Noturno, etc.; os mesmos integrariam a base de cálculo da Hora Extra.

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Dia Feriados Data Entrada 1 Saída 1 Entrada 2 Saída 2 Total Jornada Hora Legal Jornada Dec H.Extras H. E. 50% H. E. 100%terça-feira 2/5/2006 08:00:00 12:00:00 13:30:00 18:00:00 8:30 8 8,50 0,50 0,50 -

quarta-feira 3/5/2006 08:00:00 12:00:00 13:30:00 18:00:00 8:30 8 8,50 0,50 0,50 - quinta-feira 4/5/2006 08:00:00 12:00:00 13:30:00 18:00:00 8:30 8 8,50 0,50 0,50 - sexta-feira 5/5/2006 08:00:00 12:00:00 13:30:00 18:00:00 8:30 8 8,50 0,50 0,50 -

sábado 6/5/2006 0:00 8 - domingo 7/5/2006 0:00 0 -

segunda-feira 8/5/2006 08:00:00 12:02:00 13:30:00 18:00:00 8:32 8 8,53 0,53 0,53 - terça-feira 9/5/2006 08:00:00 12:00:00 13:31:00 18:00:00 8:29 8 8,48 0,48 0,48 -

quarta-feira 10/5/2006 08:00:00 12:03:00 13:30:00 18:00:00 8:33 8 8,55 0,55 0,55 - quinta-feira 11/5/2006 08:00:00 12:00:00 13:33:00 18:00:00 8:27 8 8,45 0,45 0,45 - sexta-feira 12/5/2006 08:00:00 12:00:00 13:26:00 17:56:00 8:30 8 8,50 0,50 0,50 -

sábado 13/5/2006 0:00 8 - domingo 14/5/2006 0:00 0 -

segunda-feira 15/5/2006 0:00 8 - terça-feira 16/5/2006 Atestado 0:00 8 -

quarta-feira 17/5/2006 08:01:00 11:59:00 13:30:00 18:00:00 8:28 8 8,47 0,47 0,47 - quinta-feira 18/5/2006 08:00:00 12:01:00 13:30:00 18:00:00 8:31 8 8,52 0,52 0,52 - sexta-feira 19/5/2006 08:00:00 12:00:00 12:50:00 18:00:00 9:10 8 9,17 1,17 1,17 -

sábado 20/5/2006 08:00:00 12:01:00 13:30:00 18:00:00 8:31 8 8,52 0,52 0,52 - domingo 21/5/2006 0:00 0 -

segunda-feira 22/5/2006 0:00 8 - terça-feira 23/5/2006 07:56:00 12:03:00 13:30:00 18:20:00 8:57 8 8,95 0,95 0,95 -

quarta-feira 24/5/2006 08:00:00 12:01:00 13:30:00 18:00:00 8:31 8 8,52 0,52 0,52 - quinta-feira 25/5/2006 08:00:00 12:01:00 13:30:00 18:02:00 8:33 8 8,55 0,55 0,55 - sexta-feira 26/5/2006 08:00:00 12:01:00 13:30:00 18:00:00 8:31 8 8,52 0,52 0,52 -

sábado 27/5/2006 08:00:00 12:01:00 13:30:00 18:00:00 8:31 8 8,52 0,52 0,52 - domingo 28/5/2006 0:00 0 -

segunda-feira 29/5/2006 0:00 8 - terça-feira 30/5/2006 0:00 8 -

quarta-feira 31/5/2006 08:00:00 12:00:00 13:30:00 18:18:00 8:48 8 8,80 0,80 0,80 - TOTAL DO MÊS==============================================================> 163,03 11,03 11,03 0,00

Planilha Contagem Cartão de Ponto:

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DEFINIÇÃO DE DESCANSO SEMANAL REMUNERADO

Para propiciar o convívio familiar e até mesmo a preservação da saúde, é garantido ao empregado o direito de descansar durante um dia da semana, sendo a respectiva folga remunerada.

As folgas geralmente ocorrem aos domingos, com exceção dos trabalhadores com folgas intercaladas, como por exemplo, os vigias. É devido o pagamento do DSR e feriados ocorridos na semana ao empregado que tiver trabalhado durante toda a semana, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho. Só acarreta perda do DSR da semana se o empregado tiver falta injustificada.

Nas empresas em que o trabalho é permitido nos domingos e feriados (sem folga compensatória), a remuneração deverá ser paga em dobro.

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Lei 605/49 – Repouso Semanal Remunerado(DSR – Descanso Semanal Remunerado)

Art. 7º - A remuneração do repouso semanal corresponderá:a) para os que trabalham por dia, semana, quinzena ou mês, à de um dia de serviço, computadas as horas extraordinárias habitualmente prestadas;

TST Enunciado nº 172 - Repouso Remunerado - Horas Extras – Cálculo:Computam-se no cálculo do repouso remunerado as horas extras habitualmente prestadas.

Cálculo Descanso Semanal Remunerado:75,22 (horas extras) / 26 (dias úteis) x 4 (domingos e feriados) = R$ 11,56

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Planilha II Cálculo Descanso Semanal Remunerado:

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FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO

O Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço foi instituído pela Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1.966, regulamentada pelo Decreto nº 59.820, de 20 de dezembro de 1966 e atualmente é regido pela Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1.990, regulamentada pelo Decreto nº 99.684, de 08 de novembro de 1.990. O regime do FGTS tornou-se obrigatório após sua inclusão ao rol dos direitos sociais do trabalhador (Constituição, art. 7º, III), sendo formado por depósitos mensalmente efetuados pelos empregadores em contas vinculadas abertas em nome de seus empregados, equivalentes a 8% (oito por cento) das remunerações pagas ou devidas - ou 2% para aprendizes (Art. 15, § 7º, da Lei nº 8.036/90) e trabalhadores com contrato de trabalho por prazo determinado (Art. 2º, II da Lei nº 9.601/98).

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Além da alíquota de 8% do FGTS, a Lei 8.036/90, em seu Artigo 18, § 1, determina que ao empregado despedido sem justa causa pelo empregador, será depositada importância igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, o que, num processo trabalhista, resulta numa alíquota de 11,2%, conforme segue:

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Alíquota Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço + Multa 40%:

8 x 40% = 3,20 + 8 = 11,2%

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JUROS MORATÓRIOS E CORREÇÃO MONETÁRIA

Os juros moratórios, basicamente, visam compensar o retardamento ou o inadimplemento de uma obrigação, ou seja, indenizar o credor pelos eventuais danos por este sofridos, decorrentes do não pagamento no tempo devido.

A Lei n.º 8.177 de 1º de março de 1991, em seu Artigo 39, § 1, estabelece que para os “débitos trabalhistas constantes de condenação pela Justiça do Trabalho ou decorrentes dos acordos feitos em reclamatória trabalhista, quando não cumpridos nas condições homologadas ou constantes do termo de conciliação, serão acrescidos, nos juros de mora previstos no caput juros de um por cento ao mês”.

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Exemplo:

Ajuizamento da ação: 01/03/2008

Pagamento: 01/02/2011

Percentual de Juros: 35,03%

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Tabela Única Para Atualização de Débitos Trabalhistas da Justiça do Trabalho (índice de correção):

http://informatica.jt.gov.br/portal/page?_pageid=135,161405&_dad=portal&_schema=PORTAL

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VERBAS VALORPLANILHA I - HORAS EXTRAS 50% 79,67R$ PLANILHA II - REFLEXOS DE HORAS EXTRAS SOBRE DSR 12,24R$ FGTS + 40% 10,29R$ SUB TOTAL 1 102,20R$ JUROS 35,03% 35,80R$ SUB TOTAL 2 138,00R$

TOTAL 138,00R$ (-) INSS(-) I.R.R.F.TOTAL LÍQUIDO A RECEBER 1===============> 138,00R$

138,00R$

Valor do I.N.S.S. devido pela reclamada======================>

1 - Os valores foram corrigidos pela tabela de coeficientes de atualização monetária do T.R.T. com vigência para 01 de Fevereiro de 2011, nos termos da Lei nº 8.177/91 de 04 de março de1991 e Lei nº 8.660 de 28 de maio de 1993;2 - Sobre o valores corrigidos foram aplicados juros de mora de 1% ao mês a partir da data do ajuizamento da ação (01/03/2008), à data do cálculo (01/FEV/2011), totalizando 35,03%

NOTAS EXPLICATIVAS

TOTAL LÍQUIDO A RECEBER 2=====>

PLANILHA IXRESUMO GERAL

PROCESSO: 000/2008Reclamante: DELCIDIO DA SILVA

Reclamada: ORGANIZAÇÃO X LTDA

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Contato:

EDUARDO ROSSETTO

3635-2702 / 9132-1749 (Tim)

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