perguntas e respostas - rede de atendimento

Secretaria de Polticas Pblicas de Emprego Departamento de Emprego e Salrio Coordenao-Geral do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e Identificao Profissional

SSEEGGUURROO--DDEESSEEMMPPRREEGGOO NNOOVVAASS RREEGGRRAASS DDOO SSEEGGUURROO--DDEESSEEMMPPRREEGGOO EE DDOO AABBOONNOO SSAALLAARRIIAALL

-- PPEERRGGUUNNTTAASS EE RREESSPPOOSSTTAASS --

FEVEREIRO 2015 BRASLIA

1 EDIO

Brasil. Ministrio do Trabalho e Emprego. Departamento de Emprego e Salrio.

Seguro-Desemprego. Novas Regras do Seguro-Desemprego e do Abono Salarial Perguntas e Respostas. Braslia: MTE, SPPE, DES, CGSAP, Fevereiro de 2015.

1. Polticas Pblicas de Emprego. 2. Pagamento do Seguro-Desemprego e do Abono Salarial. 3. Procedimentos e rotinas operacionais de Seguro-Desemprego Uso Interno.

Secretaria de Polticas Pblicas de Emprego

Departamento de Emprego e Salrio

Coordenao-Geral do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e Identificao Profissional.

Sumrio

Introduo ................................................................................................................................... 5

Informaes Iniciais ...................................................................................................................... 6

Novas Regras do Seguro-Desemprego Trabalhador Formal .......................................................... 7

1. Houve alterao nas regras do Seguro-Desemprego? ............................................................ 7

5. Em relao ao requisito de habilitao para a primeira solicitao do beneficio, 18 salrios

em 24 meses. Os salrios devem ser consecutivos? ............................................................... 9

6. Em relao ao requisito de habilitao para a segunda solicitao do benefcio, 12 salrios

em 16 meses. Os salrios devem ser consecutivos? ............................................................... 9

7. Haver Perodo Aquisitivo nas novas regras? .......................................................................... 9

8. O que Perodo Aquisitivo? .................................................................................................... 9

9. Quando comea a contagem do prazo de carncia do Perodo Aquisitivo? ........................... 9

10. A modalidade Bolsa de Qualificao Profissional tambm ser afetada pelas alteraes da

medida provisria? ................................................................................................................ 10

11. Como ficar o Perodo Aquisitivo da modalidade Bolsa de Qualificao Profissional? ........ 10

12. O que contar como pedido de Seguro-Desemprego para fins de verificao se a primeira,

segunda ou terceira solicitao? ........................................................................................... 10

13. Para fins de verificao, quais situaes no sero contadas como efetiva solicitao? ..... 10

14. possvel, ento, existir 2 ou mais requerimentos para um trabalhador no sistema e ser

contada apenas uma solicitao? .......................................................................................... 11

15. O vnculo de um requerimento que buscou o saldo de parcelas de um benefcio anterior

poder ser utilizado para contagem de tempo de servio em um requerimento posterior? 11

16. Havendo requerimento sem pagamento de parcelas, ele conta como efetiva solicitao? 11

17. Havendo requerimento sem pagamento de parcelas, os vnculos utilizados para contagem

de tempo nesse pedido podero ser utilizados novamente? ............................................... 11

18. Os requerimentos anteriores medida provisria sero levados em considerao para a

contagem das solicitaes ou a marcao da primeira, segunda ou terceira solicitao

somente comear com novos requerimentos? ................................................................... 12

19. Os vnculos de requerimentos utilizados antes do incio de vigncia das novas regras

podero ser utilizados em novos pedidos? ........................................................................... 12

20. Em qual regra ser enquadrado o trabalhador que tiver o reconhecimento de vnculo

empregatcio anterior vigncia da medida provisria por sentena judicial? .................... 12

21. O sistema vai notificar se o segurado tem menos de 18 salrios ou meses?........................ 12

Novas Regras do Seguro-Desemprego Pescador Artesanal ........................................................ 13

22. Houve alterao nas regras do Seguro-Desemprego Pescador Artesanal? .......................... 13

23. Quando essas modificaes passaro a ser exigidas? ........................................................... 13

Novas Regras do Seguro-Desemprego e do Abono Salarial Perguntas e Respostas 4

4

24. Todos os pescadores que comparecerem ao posto de atendimento no dia 01 de abril j

sero enquadrados nas novas regras? .................................................................................. 13

25. Quais foram as mudanas que a media provisria trouxe? .................................................. 13

26. Os pescadores que forem requerer o SDPA a partir de 1 de Abril de 2015 devero procurar

o INSS? ................................................................................................................................... 14

27. Aqueles que possuem registro como Pescador Profissional, mas que no exercem a

atividade de pesca, mas atividades de apoio tero direito ao recebimento do benefcio? .. 15

28. Aqueles pescadores que, nos defesos 2013/2014, tinham um ano de RGP, e foram

habilitados no benefcio SDPA, tero que cumprir o critrio de antecedncia de trs anos de

RGP para se habilitarem ao SDPA a partir de 1 de abril de 2015? ....................................... 15

29. Aqueles pescadores que completaro trs anos de RGP somente no transcorrer do perodo

do defeso tero direito ao recebimento do benefcio SDPA? ............................................... 15

30. O pescador que beneficirio de programas de transferncia de renda ter direito ao

recebimento do benefcio SDPA? .......................................................................................... 16

31. Como calcular a quantidade de parcelas a serem liberadas pelo benefcio SDPA? .............. 16

32. Como realizado o recolhimento da contribuio previdenciria do Pescador Profissional

Artesanal de que trata a Lei 10.779/2003? ........................................................................... 16

Novas Regras do Abono Salarial .................................................................................................. 18

33. A Medida Provisria 665/2014 tambm alterou as regras do Abono Salarial? .................... 18

34. Como feita a contagem do tempo de cadastramento nos programas PIS/PASEP? ........... 18

35. O trabalhador que possui os requisitos necessrios receber o Abono Salarial quando? .... 18

36. Quando se inicia o calendrio de pagamento do Abono Salarial? ........................................ 18

37. O que ano-base para fins de confirmao dos requisitos de habilitao? ......................... 18

38. Haver alteraes no valor pago ao trabalhador? ................................................................ 19

39. As novas regras valero para o calendrio de pagamento que tem incio em julho deste

ano? ....................................................................................................................................... 19

40. Ento para qual calendrio de pagamento as novas regras sero exigidas? ........................ 19

41. Quem o responsvel pelo pagamento do benefcio? ......................................................... 19

42. Resumo das alteraes do Abono Salarial. ............................................................................ 20

Contatos da Coordenao-Geral .................................................................................................. 21


5

Introduo

edio da Medida Provisria 665, de 30 de dezembro de 2014, trouxe

alteraes no Programa do Seguro-Desemprego, que impactaro

diretamente nas rotinas desempenhadas pelos agentes que atuam na rede

de atendimento ao trabalhador do Ministrio do Trabalho e Emprego unidades prprias e

descentralizadas.

Desta forma, com o objetivo de minimizar o conflito de informaes que as

alteraes traro rede de atendimento, e buscando uniformizar o entendimento naquilo que a

Medida Provisria estabelece, esta Coordenao-Geral produziu o referido documento

intitulado Novas Regras do Seguro-Desemprego e do Abono Salarial Perguntas e

Respostas, no formato de cartilha, contemplando informaes de forma esclarecedora que

certamente servir de auxlio nas rotinas dirias de atendimento.

Os assuntos tratados em forma de perguntas e respostas visam esclarecer,

especificamente, as alteraes realizadas pela Medida Provisria n 665/2014 nas regras do

Seguro-Desemprego modalidade Formal, Bolsa de Qualificao Profissional e Pescador

Artesanal e tambm no Programa do Abono Salarial, portanto, ser objeto deste documento

to somente o que for inovao e as consequncias diretas com as novas regras.

Esperamos que o material seja amplamente disseminado para todos os agentes e

que a leitura desta Cartilha documento seja incentivada por cada gerente de Seguro-

Desemprego nas unidades prprias do Ministrio do Trabalho, unidades conveniadas no

mbito do Sistema Nacional de Emprego e unidades da CAIXA.

Por fim, a Cartilha apenas o incio de trabalho que, sendo necessrio, agregar

mais subsdios, a partir de novos questionamentos formulados por cada um dos agentes

envolvidos com o Seguro-Desemprego.

Esperamos, assim, contar com a contribuio de todos.

COORDENAO-GERAL DO SEGURO-DESEMPREGO,

DO ABONO SALARIAL E IDENTIFICAO PROFISSIONAL CGSAP

A


6

Informaes Iniciais

Antes de iniciarmos a leitura da Cartilha, necessrio atentarmos para os

seguintes termos que podem ser utilizados no documento:

MP: Medida Provisria

Pedido: Refere-se ao ato de requerer o benefcio do Seguro-Desemprego, ou seja, a

incluso do requerimento no Sistema.

Solicitao: Refere-se ao nmero de pedidos de Seguro-Desemprego que o

trabalhador possui no Sistema. Ainda com relao ao termo solicitao, este poder

ser classificado de 1 a 3, dependendo da quantidade de requerimentos com parcela

paga existentes no Sistema.

BQP: Seguro-Desemprego na modalidade Bolsa de Qualificao Profissional, que

por exigncia legal, est equiparada s mesmas regras do Seguro-Desemprego

modalidade Formal.

SDPA: Seguro-Desemprego na modalidade Pescador Artesanal.

RGP: Registro Geral da Atividade Pesqueira.

PIS: Programa de Integrao Social. Este programa destina-se para os trabalhadores

da iniciativa privada.

PASEP: Programa de Formao do Patrimnio do Servidor Pblico. Este programa

destina-se para os trabalhadores do setor pblico.


7

Novas Regras do Seguro-Desemprego Trabalhador Formal

1. Houve alterao nas regras do Seguro-Desemprego?

Sim. A Medida Provisria n 665, publicada no Dirio Oficial da Unio edio

de 30 de Dezembro de 2014, imps, entre outras, novas exigncias para que o trabalhador

possa requerer o Seguro-Desemprego na modalidade Formal e Bolsa de Qualificao

Profissional.

2. Quando essas modificaes passaro a ser exigidas?

A medida provisria conferiu prazo de 60 dias contados a partir da data de

publicao. Desta forma, as novas regras passaro a valer dia 28 de fevereiro de 2015.

3. Todos os trabalhadores que comparecerem aos postos de atendimento no dia 28 de

fevereiro j sero enquadrados nas novas regras?

No. As novas regras somente atingiro os trabalhadores que forem demitidos a

partir do dia 28 de fevereiro. Desta forma, os trabalhadores que tiverem demisso anterior a

essa data ainda estaro sujeitos s regras antigas. Sendo assim, podemos afirmar que a data de

referncia para verificar se o trabalhador ser vinculado nas novas regras ou nas antigas a

data de demisso.

4. Quais foram as mudanas que a medida provisria trouxe?

A nova regra criou uma marcao para a quantidade de solicitaes de Seguro-

Desemprego. Assim, as trs primeiras solicitaes do benefcio passaro a ter um tratamento

diferenciado. Para melhor entendimento, verifique a tabela abaixo:

Quantidade de Solicitaes Requisitos

1 Solicitao

Ter recebido 18 salrios, consecutivos ou

no, nos ltimos 24 meses imediatamente

anteriores dispensa, e trabalhado 18 meses,

consecutivos ou no, nos ltimos 36 meses


8

imediatamente anteriores dispensa.

2 Solicitao

Ter recebido 12 salrios, consecutivos ou

no, nos ltimos 16 meses imediatamente

anteriores dispensa, e trabalhado 12 meses,

consecutivos ou no, nos ltimos 36 meses


3 Solicitao e Posteriores

Ter recebido 6 salrios consecutivos e

trabalhado 6 meses nos ltimos 36 meses


Tabela 1 Novos Requisitos de Habilitao.

Alm das alteraes dos requisitos de habilitao, conforme exemplificadas

acima, houve tambm modificaes com relao ao quantitativo de parcelas devidas. O

quadro abaixo traz a quantidade de parcelas que sero liberadas para o trabalhador:

Quantidade de Solicitaes Parcelas

1 Solicitao

4 Parcelas Comprovar vnculo (s) de no

mnimo 18 e no mximo 23 meses.


mnimo 24 meses.

2 Solicitao




mnimo 24 meses.

3 Solicitao e Posteriores






mnimo 24 meses.

Tabela 2 Quantidade de Parcelas na Nova Regra.

Em relao ao quantitativo de parcelas, frisamos que possvel o cmputo de

vnculos anteriores na contagem. Entretanto, a Medida Provisria afirma que vedado o


9

cmputo de vnculos empregatcios utilizados em perodos aquisitivos anteriores. Ento, de

acordo com a previso legal, o vnculo uma vez utilizado para a habilitao do Seguro-

Desemprego ou para aumentar a contagem de parcelas, no poder ser utilizado para outras

solicitaes do benefcio.

5. Em relao ao requisito de habilitao para a primeira solicitao do beneficio, 18

salrios em 24 meses. Os salrios devem ser consecutivos?

No. Neste caso no h obrigatoriedade dos salrios serem recebidos

consecutivamente pelo trabalhador, uma vez que, a medida provisria afirma que ele dever

comprov-los dentro do perodo de 24 meses imediatamente anteriores data da dispensa.

6. Em relao ao requisito de habilitao para a segunda solicitao do benefcio, 12

salrios em 16 meses. Os salrios devem ser consecutivos?

No. Neste caso no h obrigatoriedade dos salrios serem recebidos

consecutivamente pelo trabalhador, uma vez que, a medida provisria afirma que ele dever

comprov-los dentro do perodo de 16 meses imediatamente anteriores data da dispensa.

7. Haver Perodo Aquisitivo nas novas regras?

Sim, haver Perodo Aquisitivo. Ele no sofrer alterao alguma, ou seja,

continuar sendo feita a contagem de, no mnimo, 16 meses para que o trabalhador possa

requerer um novo benefcio e nesse caso independe se ele solicitar pela segunda ou terceira

vez.

8. O que Perodo Aquisitivo?

O Perodo Aquisitivo a carncia que dever ser cumprida entre as habilitaes

no benefcio. Desta forma, no permitido, por exemplo, que o trabalhador, mesmo

cumprindo os requisitos para uma nova habilitao, se habilite a um novo benefcio caso

venha a sofrer uma nova dispensa sem justa causa antes do trmino da carncia proposta pelo

Perodo Aquisitivo, ou seja, antes de transcorrido o prazo de 16 meses da dispensa que gerou

a habilitao anterior.

9. Quando comea a contagem do prazo de carncia do Perodo Aquisitivo?


10

O Perodo Aquisitivo contado levando-se em considerao como data de

referncia o dia de dispensa do trabalhador. Sendo assim, o perodo de carncia de 16 meses

comear a contar do dia da demisso.

10. A modalidade Bolsa de Qualificao Profissional tambm ser afetada pelas

alteraes da medida provisria?

Sim. Os critrios de habilitao para requerer o benefcio na modalidade Bolsa de

Qualificao Profissional so os mesmos da modalidade Formal, ou seja, tambm dever ser

contado o nmero de solicitaes (incluindo, neste caso, os requerimentos tanto da

modalidade Formal, quando da Bolsa de Qualificao Profissional) para verificao dos

critrios de habilitao, bem como as demais mudanas propostas pela medida provisria.

11. Como ficar o Perodo Aquisitivo da modalidade Bolsa de Qualificao Profissional?

A contagem do Perodo aquisitivo tambm no mudou para essa modalidade.

Sero contados 16 meses posteriores data de incio da suspenso.

12. O que contar como pedido de Seguro-Desemprego para fins de verificao se a

primeira, segunda ou terceira solicitao?

Ser contado como efetiva solicitao o requerimento de Seguro-Desemprego que

for habilitado e fizer o pagamento de ao menos uma parcela do benefcio ou,

excepcionalmente, o requerimento habilitado que, teve parcelas suspensas por Reemprego e

repassou as parcelas como saldo para o requerimento posterior.

13. Para fins de verificao, quais situaes no sero contadas como efetiva solicitao?

a. Requerimentos que no fizerem pagamento de ao menos uma parcela.

Excepcionalmente, lembramos que o requerimento habilitado que teve parcelas suspensas por

reemprego e repassou as parcelas como saldo para requerimento posterior tambm contar

como efetiva solicitao.

b. Requerimentos que tiverem todas as parcelas restitudas;

c. Requerimentos que visam buscar apenas o saldo de parcelas de uma habilitao

anterior.


11

14. possvel, ento, existir 2 ou mais requerimentos para um trabalhador no sistema e

ser contada apenas uma solicitao?

Sim. Conforme dito acima, ser contado como efetiva solicitao e entraro para a

contagem os requerimentos que tiverem ao menos uma parcela paga e que no sejam

requerimentos que busquem apenas o saldo de parcelas de Seguro anterior. (Ver exceo

prevista no item 12).

15. O vnculo de um requerimento que buscou o saldo de parcelas de um benefcio

anterior poder ser utilizado para contagem de tempo de servio em um

requerimento posterior?

Sim. De acordo com a medida provisria vedado o cmputo de vnculos

empregatcios utilizados em perodos aquisitivos anteriores, ou seja, somente vnculos que

figurarem em requerimentos que forem marcados como efetiva solicitao que no podero

mais ser contados para outros pedidos do benefcio. Como o requerimento de saldo de

parcelas serve apenas para reaver os valores bloqueados em pedidos anteriores por causa de

reemprego, eles podero sim ser utilizados em outros requerimentos para aumentar a

quantidade de parcelas ou para cumprir os requisitos de habilitao.

16. Havendo requerimento sem pagamento de parcelas, ele conta como efetiva

solicitao?

No. Conforme dito anteriormente, somente entram para a contagem de

solicitaes os requerimentos que tenham ao menos uma parcela paga. Porm, se o

requerimento objetiva a percepo de saldo de parcela e tiver ao menos uma parcela paga,

tambm no contar. (Ver exceo Prevista no Item 12).

17. Havendo requerimento sem pagamento de parcelas, os vnculos utilizados para

contagem de tempo nesse pedido podero ser utilizados novamente?

Sim. Os vnculos somente no podero ser utilizados quando eles figurarem em

um requerimento em que tenha o pagamento de ao menos uma parcela e este for contado

como efetiva solicitao. Porm, em caso de saldo de parcela, o vnculo pode ser contado em

pedidos posteriores.


12

18. Os requerimentos anteriores medida provisria sero levados em considerao

para a contagem das solicitaes ou a marcao da primeira, segunda ou terceira

solicitao somente comear com novos requerimentos?

Os requerimentos anteriores sero considerados para a apurao da contagem de

solicitaes do trabalhador, ou seja, o requerente que j se habilitou em duas oportunidades

distintas antes de 28 de fevereiro de 2015, caso pea um novo Seguro-Desemprego aps essa

data, essa nova incluso ser contada como terceira solicitao.

19. Os vnculos de requerimentos utilizados antes do incio de vigncia das novas regras

podero ser utilizados em novos pedidos?

No. Mesmo que os vnculos tenham sido utilizados em requerimentos anteriores

vigncia das novas regras eles no podero ser utilizados nos novos pedidos.

20. Em qual regra ser enquadrado o trabalhador que tiver o reconhecimento de vnculo

empregatcio anterior vigncia da medida provisria por sentena judicial?

No caso de sentena judicial comprovando vnculo empregatcio anterior data de

vigncia da medida provisria, o requerimento ser enquadrado nas regras vigentes poca

em que consta a data de demisso do trabalhador, ou seja, levando em considerao uma data

de demisso do ano de 2010, o requerimento seria enquadrado nas antigas regras.

21. O sistema vai notificar se o segurado tem menos de 18 salrios ou meses?

Sim. Ser notificado Quantidade de meses insuficientes ou Quantidade de

salrios insuficientes, devendo ser feito recurso 530, 520 ou 515 para anlise da situao. O

mesmo se aplica para a quantidade de 18 meses/salrios, 12 meses/salrios ou 6

meses/salrios.

O sistema far os batimentos automaticamente de acordo com os critrios da

legislao em vigor.


13

Novas Regras do Seguro-Desemprego Pescador Artesanal

22. Houve alterao nas regras do Seguro-Desemprego Pescador Artesanal?

Sim. A Medida Provisria n 665, publicada no Dirio Oficial da Unio edio

de 30 de Dezembro de 2014, imps, entre outras, novas exigncias para que o pescador

artesanal possa requerer o Seguro-Desemprego na modalidade Pescador Artesanal.

23. Quando essas modificaes passaro a ser exigidas?

A medida provisria estabelece que o art. 2 e o inciso IV do caput do art. 4

entram em vigor a partir do primeiro dia do quarto ms subsequente data de sua publicao.

Desta forma, as novas regras passaro a valer dia 01 de abril de 2015.

24. Todos os pescadores que comparecerem ao posto de atendimento no dia 01 de abril

j sero enquadrados nas novas regras?

No. As novas regras de habilitao somente atingiro os pescadores os quais os

defesos tm incio a partir de 01 de abril. Desta forma, os pescadores cujo defeso teve incio

anteriormente a essa data ainda estaro sujeitos s regras antigas. Sendo assim, podemos

afirmar que a data de referncia para verificar se a habilitao do pescador ser vinculada s

antigas, ou s novas regras, a data de incio do defeso.

25. Quais foram as mudanas que a media provisria trouxe?

Inicialmente, a Medida Provisria apresenta mudanas relacionadas ao rgo

executor do Programa. As atividades de recebimento e processamento dos requerimentos,

assim como de habilitao aos beneficirios, antes executadas pelo Ministrio do Trabalho e

Emprego sero, a partir de 01 de Abril de 2015, de competncia do Instituto Nacional do

Seguro Social INSS.

Alm disso, a MP deu nfase necessidade de exercer a atividade pesqueira de

forma exclusiva e ininterrupta para o cumprimento das especificaes de enquadramento ao

benefcio, explicitando tambm que o benefcio no ser extensvel s atividades de apoio


14

pesca, ou aos familiares do pescador artesanal que no satisfaam os requisitos previstos em

Lei.

Ressaltou-se ainda que o benefcio pessoal e intransfervel, e que o pescador no

far jus a mais de um benefcio de seguro-desemprego no mesmo ano decorrente de espcies

distintas.

As novas regras trazidas pela MP estabelecem que o perodo de recebimento do

benefcio limitar-se-, via de regra, ao limite mximo varivel de que trata o caput do art. 4

da Lei n 7.998, de 11 de janeiro de 1990, fixado, atualmente, em cinco meses de recebimento

do benefcio no valor de um salrio mnimo mensal.

Os critrios de elegibilidade ao benefcio tornaram-se mais extensos. Dessa forma,

para fazer jus ao benefcio, alm dos critrios j apresentados, o pescador (i) no poder estar

em gozo de nenhum benefcio decorrente de programa de transferncia de renda com

condicionalidades ou de benefcio previdencirio ou assistencial de natureza continuada,

exceto penso por morte e auxlio-acidente, devendo apresentar ao INSS o (ii) registro como

Pescador Profissional, categoria artesanal, devidamente atualizado no Registro Geral da

Atividade Pesqueira - RGP, emitido pelo Ministrio da Pesca e Aquicultura, com

antecedncia mnima de trs anos, contados da data do requerimento do benefcio, assim

como (iii) a nota fiscal de venda do pescado, ou o comprovante de contribuio

previdenciria.

26. Os pescadores que forem requerer o SDPA a partir de 1 de Abril de 2015 devero

procurar o INSS?

Sim. Conforme alterao trazida pela Medida Provisria 665/2014, o art. 2 da Lei

10.779/2003, a partir de 1 de abril de 2015, passar a vigorar com a seguinte redao:

Art. 2o Cabe ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS receber e processar os

requerimentos e habilitar os beneficirios nos termos do regulamento.

Sendo assim, a partir da data determinada, caber exclusivamente ao INSS a

execuo das aes de recepo, processamento e habilitao ao benefcio. Logo, os

processos de recepo de defesos em atividade neste Ministrio do Trabalho e Emprego no

perodo de transio sero transferidos ao INSS em 01 de abril de 2015.


15

27. Aqueles que possuem registro como Pescador Profissional, mas que no exercem a

atividade de pesca, mas atividades de apoio tero direito ao recebimento do

benefcio?

No. A MP taxativa quando o assunto o destinatrio do benefcio Seguro-

Desemprego Pescador Artesanal. O 5o do art. 2 da Lei 10.779/2003 passar a viger com a

seguinte redao:

5o A concesso do benefcio no ser extensvel s atividades de apoio

pesca e nem aos familiares do pescador profissional que no satisfaam os

requisitos e as condies estabelecidos nesta Lei.

Nesse sentido, somente os pescadores profissionais artesanais que se dedicam

extrao do pescado tem direito ao benefcio SDPA.

28. Aqueles pescadores que, nos defesos 2013/2014, tinham um ano de RGP, e foram

habilitados no benefcio SDPA, tero que cumprir o critrio de antecedncia de trs

anos de RGP para se habilitarem ao SDPA a partir de 1 de abril de 2015?

Sim. A MP apresenta novos parmetros aos critrios de habilitao ao benefcio.

Assim, para se habilitar ao benefcio SDPA, o pescador deve ter, na data do requerimento ao

benefcio, trs anos completos de Registro Geral da Atividade Pesqueira RGP.

Nesse sentido, mesmo aqueles que anteriormente habilitaram-se ao benefcio, mas

que, a partir de 1 de abril de 2015, no cumpram o critrio de habilitao de trs anos de

RGP, no tero direito ao seu recebimento.

29. Aqueles pescadores que completaro trs anos de RGP somente no transcorrer do

perodo do defeso tero direito ao recebimento do benefcio SDPA?

Sim. Contudo, h de se observar que, em razo dos critrios de habilitao, que

limitam o benefcio SDPA queles que, na data de requerimento ao benefcio, possuam trs

anos de RGP, o prazo de requerimento ao benefcio daqueles que tero trs anos de RGP

completos durante o transcorrer do perodo do defeso reduzir-se- da data do aniversrio do 3

ano do RGP, at o fim do defeso. Ressaltamos, contudo, que aqueles defesos cujo perodo de

durao for superior a 180 dias, o prazo de requerimento limita-se ao 180 dia.


16

30. O pescador que beneficirio de programas de transferncia de renda ter direito

ao recebimento do benefcio SDPA?

No. A MP trouxe uma ampliao ao rol de critrios de elegibilidade ao SDPA,

dentre os quais determina, no 1 do Art. 2, que o pescador no poder estar em gozo de

nenhum benefcio decorrente de programa de transferncia de renda com condicionalidades

para fazer jus ao benefcio.

31. Como calcular a quantidade de parcelas a serem liberadas pelo benefcio SDPA?

Segundo as mudanas trazidas pela MP, via de regra, o perodo de recebimento do

benefcio SDPA no poder exceder o limite mximo varivel de que trata o caput do art. 4

da Lei n 7.998, de 11 de janeiro de 1990. Dessa forma, as parcelas a serem concedidas sero

proporcionais durao do perodo de defeso, limitando-se a cinco parcelas, conforme tabela

abaixo:

Dias de defeso Quantidade de parcelas

30-44 1

45-74 2

75-104 3

105-134 4

Acima de 135 5

Tabela 3 Quantidade de Parcelas do SDPA.

Cabe observar, contudo, previso apresentada pela MP que estabelece que,

excepcionalmente, o perodo mximo de recebimento do benefcio pode ser prolongado por

at dois meses, a critrio do CODEFAT. Assim, excepcionalmente, caso seja definido pelo

CODEFAT, as parcelas mximas do benefcio podem limitar-se a sete.

32. Como realizado o recolhimento da contribuio previdenciria do Pescador

Profissional Artesanal de que trata a Lei 10.779/2003?

A Lei n 8.212, de 24 de julho 1991, estabelece que o pescador profissional

artesanal, que atua para fins comerciais, deve realizar contribuio mensal incidente sobre a

receita bruta proveniente da comercializao da sua produo.


17

Nesse sentido, o nmero de contribuies a serem realizadas deve ser equivalente

aos doze meses anteriores data do incio do defeso, ou ao perodo compreendido entre o fim

do defeso anterior e o solicitado, o que for menor.

No caso de apresentao do comprovante do recolhimento da contribuio

previdenciria, deve-se observar o teor da Instruo Normativa RFB n 1.238/2012, de 11 de

janeiro de 2012, que probe a utilizao de documento de arrecadao previdenciria de valor

inferior a R$ 10,00. O seu Pargrafo 1 prev ainda:

1 Se o valor a recolher na competncia for inferior ao valor mnimo

estabelecido no caput, dever ser adicionado ao devido na competncia

seguinte, e assim sucessivamente, at atingir o valor mnimo permitido para

recolhimento...

Tendo por base estas orientaes, no imperativa a ideia de que o pescador

artesanal deve apresentar uma GPS por ms, pois, se o equivalente a 2,3% da receita bruta

proveniente da comercializao mensal de sua produo no atingir o valor mnimo exigido,

ele poder acumular os valores, at que o montante seja equivalente ao valor mnimo

estipulado pela Receita Federal do Brasil.


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Novas Regras do Abono Salarial

33. A Medida Provisria 665/2014 tambm alterou as regras do Abono Salarial?

Sim. Com o advento das novas regras, preciso que o trabalhador comprove no

mnimo cinco anos de cadastro nos Programas PIS ou PASEP e, alm disso, necessria a

comprovao de vnculo empregatcio de ao menos 180 dias ininterruptos de atividade

remunerada no ano-base, com recebimento de at dois salrios mnimos mdios de

remunerao no perodo trabalhado.

34. Como feita a contagem do tempo de cadastramento nos programas PIS/PASEP?

Para fins de contagem de prazo, leva-se em considerao o ano em que foi feito o

cadastro, desconsiderando, neste caso, o dia e o ms de cadastramento. Ainda, necessrio

afirmar que o ano em que foi realizado o cadastro, j computado como um ano. Por

exemplo, o trabalhador que realizou cadastro em um dos programas em 2010, ter completado

os 5 anos necessrios em 2014.

35. O trabalhador que possui os requisitos necessrios receber o Abono Salarial

quando?

O trabalhador que possui os critrios de habilitao necessrios receber o

benefcio no calendrio de pagamento subsequente ao cumprimento dos requisitos.

36. Quando se inicia o calendrio de pagamento do Abono Salarial?

O calendrio tem incio em julho do ano corrente at junho do ano seguinte.

Sendo assim, por exemplo, o calendrio de 2015 comea em julho e termina em Junho de

2016. Alm disso, necessrio ressaltar que para a aferio dos requisitos utilizado a

declarao da Relao Anual de Informaes Sociais RAIS do ano anterior (ano-base) ao

incio do calendrio de pagamento.

37. O que ano-base para fins de confirmao dos requisitos de habilitao?


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O ano-base compreende o ano anterior ao incio do calendrio de pagamento do

benefcio. Desta forma, o ano-base para o calendrio de pagamento que tem incio em julho

de 2015 todo o ano de 2014. Lembrando que a verificao dos trabalhadores que tero

direito ao pagamento do Abono Salarial feita com base na RAIS referente ao ano-base, cuja

responsabilidade pelo envio da declarao/acerto do empregador.

38. Haver alteraes no valor pago ao trabalhador?

Sim. Na antiga regra o trabalhador que possua os critrios de habilitao da

poca, recebia, invariavelmente, um salrio mnimo. Agora, com as novas regras, o

pagamento ser proporcional aos meses trabalhados, variando de meio salrio mnimo at um

salrio mnimo vigente na data do respectivo pagamento, seguindo as seguintes regras:

Meses Trabalhados no Ano-Base Clculo

6 meses 6/12 meio salrio mnimo.

7 meses 7/12 salrio mnimo.

8 meses 8/12 salrio mnimo.

9 meses 9/12 salrios mnimo.

10 meses 10

/12 salrio mnimo.

11 meses 11

/12 salrio mnimo.

12 meses 12

/12 um salrio mnimo integral.

Tabela 4 Valor do Benefcio na Nova Regra.

39. As novas regras valero para o calendrio de pagamento que tem incio em julho

deste ano?

No. Para o calendrio que se inicia este ano, como o ano-base 2014, as regras

que valero sero as que estavam em vigor anteriormente.

40. Ento para qual calendrio de pagamento as novas regras sero exigidas?

Sero exigidas para o calendrio de pagamento que tem incio em julho de 2016 e

que tem como ano-base a ano de 2015.

41. Quem o responsvel pelo pagamento do benefcio?

Nos casos dos trabalhadores vinculados ao Programa PIS, o pagamento ser

efetuado pela Caixa Econmica Federal. No caso dos trabalhadores vinculados ao Programa


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PASEP, o pagamento ser realizado pelo Banco do Brasil. Lembrando que se o trabalhador

possuir, no ano-base, vnculo pblico e privado, o administrado do cadastro e

consequentemente o agente pagador, ser o Banco do Brasil.

42. Resumo das alteraes do Abono Salarial.

Critrios de habilitao e

Valor pago Alterado? MP 665/2014

Estar cadastrado nos

Programas PIS/PASEP h

pelo menos cinco anos. No

A alterao formulada pela Medida Provisria

preservou a exigncia do trabalhador estar

cadastrado h pelo menos 5 anos nos

Programas PIS/PASEP.

Ter recebido de

empregadores que

contribuem para os

Programas PIS/PASEP, at

dois salrios mnimos mdios

de remunerao mensal.

No

A alterao exigida na Medida Provisria

preservou o direito do Abono Salarial para os

trabalhadores que no ano base possuem

rendimentos mdios de at 2 salrios

mnimos.

Ter exercido atividade

remunerada pelo menos

durante trinta dias no ano-

base.

Sim

Para acessar o Abono Salarial o trabalhador

dever ter atividade remunerada de, no

mnimo, 180 dias no ano base, contudo, de

forma ininterrupta.

Invariavelmente um salrio

mnimo vigente a data de

pagamento.

Sim

O pagamento ser proporcional ao tempo de

servio do ano-base. (Conforme: Tabela 4

Valor do Benefcio na Nova Regra).

Tabela 5 Resumo das Novas Regras do Abono Salarial.


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