perguntas e respostas de processo do trabalho bruno klippel

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Prof. Bruno Klippel www.brunoklippel.com.br Página 1 de 25 PERGUNTAS E RESPOSTAS DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 1. APRESENTAÇÃO: Prezados Alunos, Iniciamos a nossa AULA DE PERGUNTAS E RESPOSTAS DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO, de forma a verificar, uma vez mais, o aprendizado, deixando-o ainda mais seguro para acertar as questões de direito processual do trabalho. 2. PERGUNTAS DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO: 1. Qual é a diferença entre os princípios dispositivo e inquisitivo? 2. Qual é o entendimento atual acerca do princípio da identidade física do Juiz? 3. Quais são os procedimentos no direito processual do trabalho em que não se aplica o jus postulandi? 4. Em que hipótese será conferida competência trabalhista ao Juiz de Direito? Quem possui competência para julgar o recurso interposto em face da sentença proferida pelo Juiz de Direito nessa hipótese? 5. Quem julga o conflito de competência havido entre a Vara do Trabalho de Vitória/ES e o Tribunal Regional do Trabalho do ES?

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    PERGUNTAS E RESPOSTAS DE DIREITO

    PROCESSUAL DO TRABALHO

    1. APRESENTAO:

    Prezados Alunos,

    Iniciamos a nossa AULA DE PERGUNTAS E RESPOSTAS DE DIREITO

    PROCESSUAL DO TRABALHO, de forma a verificar, uma vez mais, o

    aprendizado, deixando-o ainda mais seguro para acertar as questes de

    direito processual do trabalho.

    2. PERGUNTAS DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO:

    1. Qual a diferena entre os princpios dispositivo e inquisitivo?

    2. Qual o entendimento atual acerca do princpio da identidade fsica

    do Juiz?

    3. Quais so os procedimentos no direito processual do trabalho em

    que no se aplica o jus postulandi?

    4. Em que hiptese ser conferida competncia trabalhista ao Juiz de

    Direito? Quem possui competncia para julgar o recurso interposto

    em face da sentena proferida pelo Juiz de Direito nessa hiptese?

    5. Quem julga o conflito de competncia havido entre a Vara do

    Trabalho de Vitria/ES e o Tribunal Regional do Trabalho do ES?

  • Prof. Bruno Klippel www.brunoklippel.com.br Pgina 2 de 25

    6. Qual o entendimento sobre o foro de eleio no processo do

    trabalho?

    7. Quais so os requisitos para a assistncia judiciria gratuita? Qual

    a relao com a condenao ao pagamento de honorrios

    advocatcios de sucumbncia?

    8. Qual o entendimento do TST acerca do preposto manter vnculo

    de emprego com o reclamado?

    9. O que o mandato tcito?

    10. Como contado o prazo processual na hiptese de

    recebimento da notificao no sbado?

    11. O que princpio da instrumentalidade das formas, que se

    aplica s nulidades processuais?

    12. Quais so os requisitos da petio inicial que esto

    dispensados no rito ordinrio trabalhista?

    13. Qual a regra a ser aplicada no processo do trabalho sobre o

    aditamento da petio inicial trabalhista?

    14. Como feita a notificao no processo de conhecimento

    trabalhista?

    15. H possibilidade de se requerer a intimao de Advogado

    nico no processo do trabalho?

    16. Como apresentada a defesa no processo do trabalho?

  • Prof. Bruno Klippel www.brunoklippel.com.br Pgina 3 de 25

    17. Quais so as fases da audincia trabalhista?

    18. Quais so os limites em relao ao nmero de testemunhas

    nos procedimentos trabalhistas?

    19. A testemunha que possui ao em face da empresa

    suspeita?

    20. Qual a regra acerca dos honorrios periciais prvios? Quem

    paga os honorrios periciais?

    21. O que o princpio da congruncia, aplicado sentena

    trabalhista?

    22. Quais so as especificidades existentes em relao petio

    inicial no rito sumarssimo?

    23. O que significa dizer que os recursos trabalhistas possuem

    apenas efeito devolutivo?

    24. O que so os efeitos translativo e regressivo dos recursos?

    25. O que o juzo de admissibilidade dos recursos?

    26. Em que situaes ser realizado o depsito recursal?

    27. Em que hipteses h o cabimento do recurso ordinrio?

    28. O que o prequestionamento no recurso de revista?

    29. Para que serve o agravo de instrumento no processo do

    trabalho? O mesmo possui depsito recursal?

    30. O recurso adesivo compatvel com o processo do trabalho?

  • Prof. Bruno Klippel www.brunoklippel.com.br Pgina 4 de 25

    31. O que o procedimento de liquidao de sentena e quais so

    as suas espcies?

    32. O que a desconsiderao da personalidade jurdica e qual

    a teoria aplicada no processo do trabalho?

    33. Pode haver penhora de salrio para pagamento de dvidas

    trabalhistas? E penhora de faturamento da empresa?

    34. Qual a defesa tpica do executado e quais so os seus

    principais requisitos?

    35. Qual o entendimento acerca da prescrio intercorrente no

    processo do trabalho?

    36. Quais so as regra sobre pagamento na hiptese de

    arrematao de bem em hasta pblica?

    37. H necessidade de depsito prvio na ao rescisria

    trabalhista?

    38. Cabe ao rescisria em face de sentena que homologa

    acordo entre as partes?

    39. H produo dos efeitos da revelia na ao rescisria, caso

    no haja apresentao de defesa pelo ru?

    40. H possibilidade de impetrao de mandado de segurana em

    face de deciso interlocutria na justia do trabalho?

    41. Em que prazo dever ser ajuizado o inqurito para apurao

    de falta grave?

  • Prof. Bruno Klippel www.brunoklippel.com.br Pgina 5 de 25

    42. O que a ao de cumprimento, qual a sua natureza e

    cabimento?

    3. RESPOSTAS:

    1. Qual a diferena entre os princpios dispositivo e

    inquisitivo?

    O princpio dispositivo, tambm denominado de princpio da

    inrcia, prev que o Poder Judicirio no atuar de ofcio, ou

    seja, sem provocao da parte interessada. Esses princpios,

    previsto nos artigos 2 e 262 do CPC, diz que a parte pedir a

    tutela (proteo) do Poder Judicirio. Por sua vez, o princpio

    inquisitivo o contrrio: prev hipteses em que o Magistrado

    atuar de ofcio, por ele mesmo, sem necessidade de pedido da

    parte, como ocorre com o incio do processo de execuo,

    conforme art. 878 da CLT.

    2. Qual o entendimento atual acerca do princpio da

    identidade fsica do Juiz?

    Atualmente, aps o cancelamento da Smula n 136 do TST, o

    princpio da identidade fsica do Juiz, previsto no art. 132 do

    CPC, aplicvel ao processo do trabalho. Assim, o Juiz que

    instruiu o processo, isto , participou da produo das provas em

    audincia, deve julgar a lide, salvo as excees previstas no

    prprio dispositivo do Cdigo de Processo Civil.

  • Prof. Bruno Klippel www.brunoklippel.com.br Pgina 6 de 25

    3. Quais so os procedimentos no direito processual do

    trabalho em que no se aplica o jus postulandi?

    O conhecimento dessa matria indispensvel para as provas de

    direito processual do trabalho, j que as bancas vem cobrando

    demais as informaes contidas na Smula n 425 do TST.

    Apesar de estar mantido o jus postulandi, previsto no art. 791 da

    CLT, que prev a desnecessidade de Advogado, h hipteses

    reconhecidas pelo TST, em que o Advogado indispensvel, ou

    seja, procedimentos em que no se aplica mais o jus postulandi.

    Esses procedimentos, que devem ser memorizados, so:

    mandado de segurana, ao rescisria, ao cautelar e recursos

    para o TST.

    4. Em que hiptese ser conferida competncia trabalhista ao

    Juiz de Direito? Quem possui competncia para julgar o

    recurso interposto em face da sentena proferida pelo Juiz

    de Direito nessa hiptese?

    A previso da matria est no art. 112 da CF/88, que muitas

    vezes utilizado pelas bancas examinadoras. Pode ocorrer de

    em uma determinada cidade no existir Vara do Trabalho,

    tampouco Vara do Trabalho em cidade prxima, que exera a

    sua competncia. Assim, para no privar o trabalhador de ajuizar

    a ao trabalhista, prev o art. 112 da CF/88, que a lei poder

    atribuir a jurisdio (competncia) trabalhista ao Juiz de Direito,

    ou seja, o Juiz estadual, que atuar nas aes trabalhistas como

    se fosse Juiz do Trabalho. Contudo, o prprio dispositivo diz que,

    se for interposto recurso da sentena, esse ser julgado pelo TRT

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    competente. Cuidado, pois muitas questes afirmam que o

    recurso ser julgado pelo TJ ou qualquer outro tribunal, o que

    est errado. A idia que o TRT com competncia naquela

    localidade julgue o recurso, por ser trabalhista.

    5. Quem julga o conflito de competncia havido entre a Vara do

    Trabalho de Vitria/ES e o Tribunal Regional do Trabalho do

    ES?

    Essa a pergunta pegadinha! Qual julga esse conflito? Ningum,

    pois no h conflito na hiptese. Nos termos da Smula n 420

    do TST, no existe conflito entre Vara do Trabalho e Tribunal

    Regional do Trabalho (TRT) a ele vinculado. Assim, a Vara do

    Trabalho de Vitria/ES est vinculada ao TRT/ES, razo pela qual

    no existe conflito de competncia. Cuidado com essa

    informao.

    6. Qual o entendimento sobre o foro de eleio no processo

    do trabalho?

    No se admite o foro de eleio no processo do trabalho, isto ,

    no possvel que as partes escolham o local do ajuizamento

    das aes trabalhistas, como possvel em outros ramos do

    direito, conforme art. 111 do CPC. No processo do trabalho, a

    regra sobre competncia territorial encontra-se prescrita no art.

    651 da CLT, que o local da prestao dos servios, no sendo

    lcito a alterao por simples vontade das partes, que o que

    ocorre na eleio do foro.

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    7. Quais so os requisitos para a assistncia judiciria gratuita?

    Qual a relao com a condenao ao pagamento de

    honorrios advocatcios de sucumbncia?

    A assistncia judiciria gratuita est prevista na Lei n 5584/70,

    art. 14, que diz que o Sindicato prestar assistncia ao

    trabalhador, mesmo que no seja filiado entidade (art. 18).

    Prev a lei que ser concedida a assistncia judiciria gratuita no

    processo quando, alm de assistido pelo sindicato, o empregado

    receber at 2 (dois) salrios mnimos ou, se receber mais, juntar

    aos autos declarao de pobreza. Presentes os requisitos, ser

    deferido o benefcio, que est totalmente ligado condenao do

    reclamado ao pagamento de honorrios advocatcios de

    sucumbncia, uma vez que a Smula n 219., I do TST, diz que

    aquela condenao decorre do preenchimento dos requisitos da

    Lei n 5584/70, no surgindo pela mera sucumbncia, ou seja,

    pela mera condenao do reclamado ao pagamento do principal.

    8. Qual o entendimento do TST acerca do preposto manter

    vnculo de emprego com o reclamado?

    Conforme dispe a Smula n 377 do TST, h a exigncia de que

    o preposto seja empregado do reclamado, salvo em se tratando

    de micro e pequena empresa ou empregador domstico, pois

    nessas situaes basta que o preposto tenha conhecimento dos

    fatos, no sendo necessrio o vnculo de emprego, uma vez que

    h uma presuno de que tais empregadores possuem poucos

    empregados, o que dificultaria a representao.

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    9. O que o mandato tcito?

    O mandato tcito ou apud acta a procurao outorgado ao

    Advogado por meio da ata de audincia, conforme art. 791, 3

    da CLT. A procurao no outorgado por escrito, com

    assinatura da parte, mas sim, por meio da insero do nome do

    Advogado na ata de audincia, como representante da parte.

    Esse mandato tcito confere poderes gerais para o foro,

    permitindo a prtica de diversos atos processuais, dentre os

    quais a interposio de recurso, conforme Smula n 164 do

    TST. Contudo, no pode o detentor de mandato tcito

    substabelecer para outro Advogado, j que tal ato proibido pela

    OJ n 200 da SDI-1 do TST.

    10. Como contado o prazo processual na hiptese de

    recebimento da notificao no sbado?

    Essa situao est contemplada na Smula n 262, I do TST, que

    prev que se a parte for notificada no sbado, haver a

    presuno de que o ato foi realizado no primeiro dia til seguinte

    (por exemplo, segunda-feira), iniciando-se a contagem no

    prximo (tera-feira, se dia til). Cuidado pois a contagem do

    prazo no tem incio na segunda-feira, e sim, na tera-feira, pois

    o dia anterior excludo, por ser, por presuno, o dia do

    recebimento da notificao.

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    11. O que princpio da instrumentalidade das formas, que

    se aplica s nulidades processuais?

    O princpio da instrumentalidade das formas est previsto,

    principalmente, no art. 154 do CPC, que afirma que a finalidade

    do ato processual mais importante que a sua forma. Assim,

    pode ser que o ato processual cumpra a sua finalidade, mas

    fugindo forma prevista para o mesmo. Pode ser que uma

    notificao tenha sido encaminhada para o endereo errado, mas

    o reclamado tenha conhecimento da audincia por outro meio,

    v quela ato no dia correto e apresente a sua defesa. Apesar de

    forma no ter sido respeitada (pelo erro no endereo), a

    finalidade foi atingida (j que o reclamado compareceu

    audincia e apresentou defesa). O ato, conforme o princpio da

    instrumentalidade das formas, vlido, no havendo

    necessidade de anul-la ou repeti-lo.

    12. Quais so os requisitos da petio inicial que esto

    dispensados no rito ordinrio trabalhista?

    Nos termos do art. 840 da CLT, no h necessidade, no rito

    ordinrio, da petio inicial conter o valor da causa, o pedido de

    notificao e o protesto por produo de provas, j que: 1. O

    valor da causa pode ser fixado pelo Juiz, no incio da audincia;

    2. A notificao no processo do trabalho automtica, feita pelo

    Servidor da Vara do Trabalho, independentemente de pedido da

    parte ou despacho do juiz, conforme art. 841 da CLT; 3. As

    provas so produzidas em audincia, sem deferimento prvio.

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    13. Qual a regra a ser aplicada no processo do trabalho

    sobre o aditamento da petio inicial trabalhista?

    O aditamento da petio inicial, ou seja, a alterao de causa de

    pedir ou pedido, segue os artigos 264 e 294 do CPC, com

    algumas adaptaes necessrias ao procedimento trabalhistas.

    Vejamos: at ser apresenta a defesa, pode o autor aditar a

    petio inicial, sem necessidade de consentimento do reclamado.

    Aps a apresentao da defesa, o aditamento ainda possvel,

    mas desde que o reclamado consinta. Aps o incio da instruo

    (produo de provas), no mais possvel o aditamento.

    14. Como feita a notificao no processo de conhecimento

    trabalhista?

    A notificao no processo de conhecimento, regra geral, feito

    por via postal, sem necessidade de ser pessoal, j que a

    jurisprudncia diz que vlida a notificao entregue no

    endereo do reclamado. Se no for possvel a realizado do ato,

    ser o mesmo feito por edital, conforme art. 841, 1 da CLT,

    no sendo vivel a realizao do ato processual por Oficial de

    Justia, j que esse atua apenas no processo de execuo. A

    notificao ser feita independentemente de determinao

    judicial, j que o art. 840 da CLT afirma que o ato ser realizado

    por Servidor da Vara do Trabalho, no prazo de 48h.

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    15. H possibilidade de se requerer a intimao de

    Advogado nico no processo do trabalho?

    Essa previso est contida na Smula n427 do TST. possvel

    sim o pedido de intimao de Advogado nica, apesar da

    procurao trazer inmeros Advogados, todos com poderes para

    receber intimaes. Assim, se houver o pedido para intimao

    apenas do Advogado X, esse pedido deve ser atendido. Se

    houver a intimao de outro Advogado, tal ato pode gerar a

    nulidade da intimao, se houver demonstrao de prejuzo

    parte.

    16. Como apresentada a defesa no processo do trabalho?

    A defesa no processo do trabalho apresentada conforme art.

    847 da CLT, que dispe ser oral, em at 20 minutos. Apesar de

    na prtica ser comum a apresentao de defesa escrita, no h

    tal previso na CLT. Assim, iniciada a audincia, ter feita a 1

    tentativa de conciliao. No havendo xito, ser lida a petio

    inicial (ou dispensada, por ambas as partes), iniciando-se a

    apresentao da defesa oral, no prazo de at 20 minutos.

    17. Quais so as fases da audincia trabalhista?

    A audincia trabalhista, em regra, possui a seguinte seqncia:

    prego, 1 tentativa de conciliao, leitura da petio inicial (que

    pode ser dispensada por ambas as partes), defesa do reclamado,

    produo das provas, razes finais em at 10 minutos para cada

    parte, 2 tentativa de conciliao e sentena oral.

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    18. Quais so os limites em relao ao nmero de

    testemunhas nos procedimentos trabalhistas?

    Essa uma questo muito comum nos concursos trabalhistas,

    apesar de extremamente fcil. A resposta est nos artigos 821 e

    852-H, 2 da CLT. No rito ordinrio, so 3 testemunhas para

    cada parte. No rito sumarssimo, so 2 testemunhas para cada

    parte e no inqurito para apurao de falta grave, procedimento

    com maior nmero de testemunhas, 6 para cada parte. Claro

    que o Juiz pode ouvir mais testemunhas, pois possui os poderes

    instrutrios. Assim, a limitao apenas para as partes.

    Havendo litisconsrcio, a limitao atinge o plo ativo como um

    todo, ou seja, todos os autores tero aquele nmero limitado de

    testemunhas. J no litisconsrcio passivo, cada reclamado ter

    aquele nmero de testemunhas j exposto acima.

    19. A testemunha que possui ao em face da empresa

    suspeita?

    No. Inexiste suspeio nos termos da Smula n 357 do TST. O

    fato de a testemunha estar litigante contra o empregador ou j

    ter litigado em outro processo, no a faz suspeita para ser

    testemunha.

    20. Qual a regra acerca dos honorrios periciais prvios?

    Quem paga os honorrios periciais?

    Os honorrios periciais prvios no podem ser estipulados pelo

    Juiz, j que a OJ n 98 da SDI-2 do TST entende por sua

  • Prof. Bruno Klippel www.brunoklippel.com.br Pgina 14 de 25

    ilegalidade, j que as custas processuais so pagas apenas ao

    final, pelo vencido. Assim, aquele que vier a perder o pedido

    vinculado percia, arcar com o pagamento dos honorrios

    periciais, conforme art. 790-B da CLT, que diz ser de

    responsabilidade do sucumbente na pretenso objeto da percia,

    o pagamento da quantia. Se o sucumbente no pedido

    relacionado percia estiver sob a justia gratuita, a Unio

    pagar os honorrios do perito, conforme OJ n 387 da SDI-1 do

    TST.

    21. O que o princpio da congruncia, aplicado sentena

    trabalhista?

    O princpio da congruncia, tambm chamado de princpio da

    correlao, aquele que diz que o Juiz, quando for proferir a

    sentena, deve ater-se ao que foi pedido pelo autor, no

    podendo conceder mais do que foi pedido ou algo que no foi

    pedido. Parte da doutrina tambm traz esse princpio com o

    nome de extra-petio. No pode o Juiz deferir o que no foi

    pedido, o que no consta da petio inicial, sob pena da deciso

    ser extra-petita (concedeu algo que estava fora do pedido),

    ultra-petita (concedeu em quantia superior ao pedido) ou extra

    petita (mostrou omissa na anlise de algum pedido formulado).

    Existem situaes excepcionais, em que o Magistrado pode

    deferir, ou seja, condenar sem pedido, como ocorre com os juros

    de mora e correo monetria, por serem considerados pedidos

    implcitos.

  • Prof. Bruno Klippel www.brunoklippel.com.br Pgina 15 de 25

    22. Quais so as especificidades existentes em relao

    petio inicial no rito sumarssimo?

    Nos termos do art. 852-B, I e II da CLT, a petio inicial do rito

    sumarssimo deve conter pedido certo, determinado e lquido,

    isto , deve indicar o valor da causa, haja vista que a sentena

    deve ser, desde logo, lquida, por inexistir o procedimento de

    liquidao de sentena nesse procedimento clere. Alm disso, a

    petio inicial deve trazer o endereo correto e completo do

    reclamado, tendo em vista no ser possvel a notificao por

    edital nesse rito. Caso tais regras no sejam cumpridas, o

    processo ser extinto sem resoluo do mrito, ou seja, ser

    arquivado, conforme 1 do art. 852-B da CLT.

    23. O que significa dizer que os recursos trabalhistas

    possuem apenas efeito devolutivo?

    Essa regra, acerca do efeito devolutivo dos recursos trabalhistas,

    pode ser encontrada no art. 899 da CLT. Significa que a

    interposio de um recurso no faz com que os efeitos da

    deciso recorrida (objeto do recurso), sejam suspensos. Apesar

    de ter sido interposto o recurso, a deciso pode produzir efeitos,

    possibilitando, desde logo, a incio da chamada execuo

    provisria, que poder acarretar a penhora de bens do

    executado. Os recursos trabalhistas no possuem efeito

    suspensivo, a no ser que a parte consiga por meio de ao

    cautelar, conforme Smula n 414, I do TST.

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    24. O que so os efeitos translativo e regressivo dos

    recursos?

    O efeito translativo dos recursos est previsto no art. 515, 1

    do CPC e mencionado na Smula n 393 do TST, que diz que

    as matrias de ordem pblica, ou seja, aqueles que o Juiz pode

    conhecer (verificar) de ofcio, sem pedido, so devolvidas

    automaticamente ao tribunal, quando interposto o recurso.

    Assim, mesmo que a parte no as alegue no recurso, poder o

    Tribunal verificar a sua presena. Ex: mesmo que o recorrente

    no alegue a existncia de litispendncia ou perempo em seu

    recurso, poder o Tribunal conhecer desses vcios,

    reconhecendo-os, de forma a extinguir o processo sem resoluo

    do mrito. J o efeito regressivo aquele que permite que o Juiz

    prolator da deciso objeto do recurso, pode rever a mesma,

    reconsiderando-a, isto , pode o Magistrado regredir, voltar

    atrs, revendo a deciso por estar errada. Esse efeito tpico do

    agravo de instrumento. Se houver a inadmisso de um recurso e

    a parte prejudicada interpuser o agravo de instrumento, o Juiz

    poder, ao ler o agravo e concordar com a tese, reconhecer o

    erro e reconsiderar a deciso. Esse efeito no existe em todos os

    recursos.

    25. O que o juzo de admissibilidade dos recursos?

    O juzo de admissibilidade dos recursos o momento em que o

    Poder Judicirio analisa se esto presentes ou ausentes os

    requisitos para a utilizao do recurso que foi interposto. No se

    trata da anlise do mrito do recurso, ou seja, se o recorrente

  • Prof. Bruno Klippel www.brunoklippel.com.br Pgina 17 de 25

    tem ou no razo naquilo que diz, mas sim, uma anlise prvia

    acerca da possibilidade ou no de ser utilizado o recurso. Sero

    analisados, por exemplo, a tempestividade (prazo), a realizao

    dos pagamentos devidos (preparo), a legitimidade das partes,

    dentre outros. Trata-se de um juzo prvio, realizado pelo juzo a

    quo, que aquele que profere a deciso recorrida e que recebe o

    recurso interposto. Se estiverem presentes todos os requisitos de

    admissibilidade, o recurso ser admitido (recebido) pelo juzo a

    quo e remetido para o ad quem, que , em regra, o tribunal de

    hierarquia superior, que far um 2 juzo de admissibilidade,

    analisando novamente os mesmos pressupostos. Contudo, no

    h qualquer vinculao entre os dois juzos (a quo e ad quem),

    podendo haver divergncia entre os mesmos.

    26. Em que situaes ser realizado o depsito recursal?

    O depsito recurso, pressuposto de admissibilidade dos recursos,

    integrando do preparo, ser realizado pelo empregador,

    conforme art. 899 da CLT, quando houver condenao

    pecuniria, ou seja, ao pagamento de quantia (dinheiro),

    conforme Smula n 161 do TST. Caso haja outro tipo de

    condenao, como por exemplo, entrega de coisa, fazer e no

    fazer, o recurso ser interposto sem necessidade de realizao

    do depsito recursal.

    27. Em que hipteses h o cabimento do recurso ordinrio?

    O recurso ordinrio ser interposto em 3 (trs) situaes: a. Art.

    895, I da CLT: quando for proferida sentena pela Vara do

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    Trabalho, que pode ser de extino com ou sem resoluo do

    mrito, sendo que nessa situao o recurso ser julgado pelo

    TRT; b. Art. 895, II da CLT: quando for proferido acrdo pelo

    TRT em processos de competncia originria desse tribunal, tal

    como ocorra em mandados de segurana, ao rescisria, ao

    cautelar e dissdios coletivos, sendo que ser julgado pelo TST;

    c. De algumas decises interlocutrias, art. 799, 2 da CLT:

    apesar da regra ser a irrecorribilidade das decises

    interlocutrias, algumas podem ser impugnadas de imediato, por

    meio de recurso ordinrio, com a deciso que reconhece a

    incompetncia absoluta da Justia do Trabalho e determina a

    remessa dos autos para outra Justia. Tambm h a situao

    prevista na Smula n 214, c do TST, que a deciso que

    julga exceo de incompetncia territorial, com remessa dos

    autos para Vara do Trabalho vinculada a outro TRT.

    28. O que o prequestionamento no recurso de revista?

    O prequestionamento est vinculado utilizao do recurso de

    revista na hiptese do art. 896, c da CLT, que trata da

    alegao de violao de lei federal ou norma da Constituio

    Federal. Para que o TST venha a analisar se houver ou no a

    referida violao, essa matria tem que ter sido julgada pelo

    TRT, ou seja, efetivamente decidida. Essa idia est contida na

    Smula n 297 do TST, que reconhece a aplicao do

    prequestinamento implcito, que afirma no ser necessria a

    meno ao dispositivo de lei tido por violado na deciso

    recorrida, mas sim, apenas a deciso sobre a matria. Assim,

    basta meno violao ao princpio da congruncia e no

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    meno ao art. 128 do CPC.

    29. Para que serve o agravo de instrumento no processo

    do trabalho? O mesmo possui depsito recursal?

    O agravo de instrumento tem utilizao mais restrita se

    comparado ao processo civil, pois no CPC (art. 522), cabvel de

    decises interlocutrias. Aqui na CLT, art. 897, b, o recurso

    utilizado apenas para impugnar deciso de inadmisso de outro

    recurso, ou seja, para destrancar outro recurso. Se interponho

    um recurso ordinrio que inadmitido pela Vara do Trabalho,

    poderei me utilizar de agravo de instrumento para tentar

    destrancar o recurso ordinrio. Essa a nica utilidade do

    recurso no processo do trabalho. At 2010, o agravo de

    instrumento no possua depsito recursal, mas atualmente o

    art. 899, 7 da CLT disciplina que haver a necessidade de

    depsito de 50% do valor que foi depositado no recurso

    inadmitido. Assim, se havia depositado R$5.000,00 no RO

    inadmitido, deve depositar mais R$2.500,00 para o agravo de

    instrumento.

    30. O recurso adesivo compatvel com o processo do

    trabalho?

    Sim. O entendimento anterior, sobre a incompatibilidade do

    recurso adesivo com o processo do trabalho morreu com o

    cancelamento da Smula n 175 do TST, que foi substituda pelo

    entendimento da atual Smula n 283 do TST. O recurso adesivo

    pode ser utilizado no processo do trabalho, sendo cabvel no

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    recurso ordinrio, recurso de revista, recurso de embargos e

    agravo de petio. Alm disso, a matria versada no recurso

    adesivo pode ser totalmente diferente daquela contida no

    recurso principal, conforme parte final do entendimento

    sumulado atual.

    31. O que o procedimento de liquidao de sentena e

    quais so as suas espcies?

    Trata-se de um procedimento posterior sentena e antes da

    execuo, utilizado quando a sentena no lquida, ou seja,

    no traz de forma individualizada o objeto da condenao. Por

    exemplo, condena ao pagamento de horas extras, mas no diz,

    desde logo, o valor em reais. Como a execuo depende de ttulo

    certo, lquido e exigvel, h necessidade de se passar pela

    liquidao de sentena, que pode ser por clculos, arbitramento

    e artigos, que so as 3 forma de liquidar-se uma sentena.

    32. O que a desconsiderao da personalidade jurdica e

    qual a teoria aplicada no processo do trabalho?

    A desconsiderao da personalidade jurdica a invaso do

    patrimnio dos scios da pessoa jurdica executada, quando essa

    no possui patrimnio para arcar com a condenao. Nessa

    situao, busca-se a penhora e alienao dos bens dos scios da

    empresa executada, de forma a que a condenao possa ser

    adimplida. Se a pessoa jurdica no possui patrimnio

    penhorvel, penhoram-se os bens dos scios. No processo do

    trabalho, aplica-se a teoria menor da desconsiderao da

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    personalidade jurdica, que traz como pressuposto apenas a

    inexistncia de patrimnio da pessoa jurdica, dispensando-se a

    prova de qualquer das situaes previstas no art. 50 do Cdigo

    Civil (fraude, confuso patrimonial, etc).

    33. Pode haver penhora de salrio para pagamento de

    dvidas trabalhistas? E penhora de faturamento da empresa?

    A penhora de salrios vedada pela jurisprudncia do TST, por

    meio da OJ n 153 da SDI-2 do TST, mesmo que seja para o

    pagamento de dvidas de natureza trabalhistas. Qualquer que

    seja o percentual da penhora ser ilcita, cabendo mandado de

    segurana em face da deciso judicial que a determinou. J a

    penhora de renda (faturamento) da empresa permitida pela OJ

    n 93 da SDI-2 do TST, desde que seja em percentual razovel,

    que no impea a continuidade do negcio.

    34. Qual a defesa tpica do executado e quais so os seus

    principais requisitos?

    A defesa tpica do executado recebe o nome de embargos

    execuo, previsto no art. 884 da CLT. Conforme esse

    dispositivo, que muito cobrado nas provas trabalhistas, ser

    apresentada no prazo de 5 dias a contar da garantia do juzo,

    que pode ocorrer, conforme art. 880 da CLT, pelo depsito da

    quantia executada, pela nomeao de bens ou pela penhora de

    bens. Vejam que os principais requisitos para a sua utilizao

    so: prazo de 5 dias e garantia do juzo. Alm disso, as bancas

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    costumam cobrar muito o 1 do art. 884 da CLT, que diz quais

    so as matrias que podem ser argidas pelo executado. Apesar

    de haver certa discordncia na doutrina, as bancas,

    principalmente CESPE/Unb e FCC, vem cobrando a literalidade do

    dispositivo, afirmando que o executado somente pode alegar o

    cumprimento da deciso ou acordo, quitao ou prescrio da

    dvida.

    35. Qual o entendimento acerca da prescrio

    intercorrente no processo do trabalho?

    No processo do trabalho h a adoo do entendimento da

    Smula n 114 do TST, que diz ser inaplicvel a prescrio

    intercorrente no processo do trabalho, que seria a prescrio

    reconhecida no curso do processo. O entendimento baseia-se na

    idia de proteo do trabalhador, que ajuizando a ao dentro do

    prazo prescricional, no mais sofrer qualquer prejuzo em seu

    direito, mesmo que a ao trabalhista demore ou venha a

    permanecer parada, sem movimentao, j que cabe ao

    Magistrado impulsionar o processo, determinando a prtica dos

    atos processuais.

    36. Quais so as regras sobre pagamento na hiptese de

    arrematao de bem em hasta pblica?

    Destaque aqui para o art. 888, 2 e 4 da CLT, muito cobrados

    nas provas trabalhistas. O arrematante deve garantir o seu lance

    com 20% do valor. Alm disso, em 24h deve pagar o restante,

    sob pena de perder o sinal ao prol da execuo, retornando os

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    bens hasta pblica. Essas informaes devem estar

    memorizadas, principalmente para as provas da FCC, pois

    comumente caem nas questes sobre processo de execuo.

    37. H necessidade de depsito prvio na ao rescisria

    trabalhista?

    Sim. A ao rescisria pode ser ajuizada nos domnios do

    processo do trabalho, para desconstituir deciso que transitou

    em julgado com algum dos vcios descritos no art. 485 do CPC,

    desde que o autor deposite 20% do valor da causa, ttulo

    prvio, salvo prova de miserabilidade, nos termos do art. 836 da

    CLT. Trata-se de pressuposto de admissibilidade. Cuidado para

    no confundir com o processo civil, pois o art. 488 do CPC fala

    em depsito prvio de 5%. No processo do trabalho, esse valor

    de 20% ser perdido para a outra parte (ru na rescisria), a

    ttulo de multa, se a ao for julgada inadmissvel ou

    improcedente por unanimidade. Nas demais situaes de

    julgamento, a quantia levantada (sacada) ao final pelo autor.

    38. Cabe ao rescisria em face de sentena que

    homologa acordo entre as partes?

    Essa uma situao de cabimento da ao rescisria muito

    comum nas provas trabalhistas, pois reconhecida na Smula n

    259 do TST. Se houve a homologao de acordo entre as partes,

    o magistrado proferiu sentena, que transitou em julgado na

    data de homologao. Caso haja algum vcio (coao, por

    exemplo) a ser demonstrado pelas partes, somente a ao

    rescisria ser capaz de demonstr-lo, pois no cabe recurso,

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    nos termos do art. 831 da CLT.

    39. H produo dos efeitos da revelia na ao rescisria,

    caso no haja apresentao de defesa pelo ru?

    Caso o ru da ao rescisria no apresente defesa, apesar de

    regulamente citado para esse fim, a revelia no produzir os

    seus efeitos, isto , os fatos narrados na ao rescisria no

    sero considerados verdadeiros, conforme Smula n 398 do

    TST, haja vista que a ao tem por finalidade desconstituir uma

    deciso com trnsito em julgado em decorrncia de um vcio

    grave e no seria lgico desconstitu-la com base em presuno

    de veracidade. Para que a rescisria seja julgada procedente, o

    vcio deve ser demonstrado e provado.

    40. H possibilidade de impetrao de mandado de

    segurana em face de deciso interlocutria na justia do

    trabalho?

    Uma das hipteses mais comuns de utilizao do Mandado de

    Segurana na Justia do Trabalho em face de deciso

    interlocutria proferida pelo Juiz do Trabalho, quando h

    ferimento direito lquido e certo, nos moldes da Smula n 414

    do TST. Como no h previso de recurso, diante do princpio da

    irrecorribilidade imediata das interlocutrias, a forma de corrigir

    o erro e resguardar o direito da parte, a utilizao do MS.

    Assim, se indeferida a liminar de reintegrao de um

    empregado estvel, poder ser impetrado MS contra a deciso,

    sendo da competncia do TRT o processamento e julgamento do

    mesmo.

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    41. Em que prazo dever ser ajuizado o inqurito para

    apurao de falta grave?

    Nos termos do art. 853 da CLT, o inqurito para apurao de

    falta grave deve ser ajuizado no prazo decadencial (Smula n

    403 do STF) de 30 dias a contar da suspenso do empregado

    estvel. Veja que a suspenso no obrigatria, como j cobrou

    a FCC, mas se houver a suspenso, a ao de inqurito deve ser

    movida naquele prazo, sob pena de decadncia do direito de

    demitir por justa causa aquele empregado estvel. O inqurito

    uma ao de conhecimento, que corre pelo rito ordinrio, da

    competncia da Vara do Trabalho do local da prestao dos

    servios (Art. 651 da CLT).

    42. O que a ao de cumprimento, qual a sua natureza e

    cabimento?

    Trata-se a ao de cumprimento de demanda ajuizada para

    demonstrar a violao direitos conquistados por meio de

    sentena normativa, que a deciso proferida na ao de

    dissdio coletivo, bem como em acordos coletivos de trabalho ou

    convenes coletivas de trabalho. A ao de cumprimento ser

    ajuizada na Vara do Trabalho do local da prestao dos servios,

    sendo uma ao de conhecimento de cunho condenatria, que

    busca demonstrar a violao ao direito e a condenao do

    reclamado ao cumprimento das normas estabelecidas em prol do

    trabalhador.