perfil mineração nióbio

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  • 7/22/2019 Perfil Minerao Nibio

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    CONTRATON 48000.003155/2007-17: DESENVOLVIMENTO DEESTUDOS PARAELABORAO DO PLANO DUODECENAL (2010 - 2030) DE GEOLOGIA,

    MINERAO E TRANSFORMAO MINERAL

    MINISTRIO DE MINAS E ENERGIA - MMESECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAO E

    TRANSFORMAO MINERAL - SGM

    BANCO MUNDIALBANCO INTERNACIONAL PARA A RECONSTRUO E DESENVOLVIMENTO - BIRD

    PRODUTO 11

    RELATRIO TCNICO 20Perfil da Minerao do Nibio

    CONSULTORJos Maria Gonalves de Lima

    PROJETO ESTALPROJETO DE ASSISTNCIA TCNICA AO SETOR DE ENERGIA

    Maro de 2010(Verso Revisada)

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    Sumrio

    Pginas

    1. Sumrio Executivo 3.2. Concluses 5

    3. Recomendaes 7

    4. Apresentao 8

    5. Propriedades, Usos e Aplicaes 8

    6. Recursos e Reservas de Nibio 9

    7. Aspectos Econmicos 16

    8. Aspectos Tecnolgicos 31

    9. Aspectos Ambientais 33

    10. Certificaes 35

    11. Cenrio Internacional 38

    12. Projees de Demanda 2010-2030 40

    13. Necessidades de Investimentos e Empregos x Demanda Projetada 2030 42

    14. Relao de Tabelas, Grficos e Figuras 45

    15. Anexos 46

    14. Bibliografia 48

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    1. Sumrio Executivo

    O Brasil detm os maiores recursos e reservas minerais de nibio, representado

    pelo minrio denominado pirocloro, localizado nos municpios de Arax e Tapira, no

    Estado de Minas Gerais, Catalo e Ouvidor no Estado de Gois e em So Gabriel da

    Cachoeira, no Estado do Amazonas.

    Alm das expressivas reservas de pirocloro, suficientes para as atuais e futuras

    necessidades de suprimento, o nibio ocorre tambm nos minerais columbita e tantalita,

    em depsitos localizados no municpio de Presidente Figueiredo (Rondnia) em

    formaes polmetlicas, juntamente com a cassiterita e outros minerais.O expressivo potencial das reservas brasileiras de pirocloro - cerca de 98% em

    termos mundiais - concede ao Brasil posio destacada no cenrio internacional, pois

    alm de deter tais recursos o maior produtor do minrio, inclusive sob a forma de

    concentrado e do principal produto metalrgico, a liga de ferronibio.

    Detentor das principais reservas minerais, o Brasil responde pela quase totalidade

    da oferta da liga ferro nibio, metal e outros compostos. As empresas brasileiras

    possuem capacidades instaladas para a minerao e metalurgia, suficientes para oatendimento aos atuais nveis da demanda mundial, utilizam modernas tecnologias para a

    lavra, concentrao e metalurgia e realizam investimentos significativos na ampliao e

    modernizao do parque produtivo, como tambm na pesquisa e desenvolvimento de

    novos produtos a base de nibio, estimulando o aumento, a diversificao e a utilizao

    do nibio em produtos siderrgicos e metalrgicos.

    Trs empresas brasileiras respondem pela totalidade da produo mineral -

    Companhia Brasileira de Metalurgia e Minerao (CBMM), empresa pertencente aoGrupo Moreira Salles, localizada no municpio de Arax, em Minas Gerais, a Anglo

    American Brasil Ltda (Minerao Catalo Gois) no municpio de Catalo em Gois -

    ambas lavram o pirocloro - e por ltimo, a Minerao Taboca (Grupo Paranapanema) no

    municpio de Presidente Figueiredo que produz nibio e tantalita como co-produtos da

    minerao de cassiterita da mina de Pitinga.

    O Brasil, por meio da produo da CBMM, vindo a seguir, com menor participao,

    as empresas Anglo American e a Minerao Taboca, representa 98% da produo

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    mundial, vindo a seguir, com insignificantes participaes, o Canad (Niobec) e a

    Austrlia.

    As empresas brasileiras, mesmo detendo participao majoritria no mercado

    mundial quanto produo mineral, no comercializam o nibio sob a forma de minrio e

    concentrados, mas sim o principal produto advindo do processamento integrado

    metalurgia, a liga de ferro-nibio e outros produtos como o xido e metais especiais,

    proporcionando assim maior agregao de valor nas transaes comerciais.

    O Brasil, por possuir as principais reservas minerais de nibio, detm ainda

    capacidade instalada para a lavra e a concentrao do minrio, integrada ao complexo

    minerometalrgico das empresas, operando produo suficiente oferta da liga ferro

    nibio para o atendimento da demanda interna e externa.

    A demanda mundial1da liga ferro-nibio varia entre 90.000 e 100.000 toneladas,

    tendo como principais consumidores os EUA (30%), China (23%), Japo (11%), pases do

    Bloco do NAFTA (26%) e outros pases (10%).

    A atual capacidade instalada da CBMM da ordem de 90 mil toneladas para a

    oferta da liga ferro nibio, estando previstos investimentos at o ano de 2014 da ordem de

    US$ 150 milhes nas plantas das usina de concentrao e metalurgia, permitindo atingiruma produo de 120 mil toneladas da liga a partir de 2012 e 150 mil toneladas em 2014.

    A Anglo American2(Minerao Catalo) investir US$ 30 milhes aumentando sua

    capacidade para 1.700 toneladas. Alm dos investimentos estabelecidos por essa duas

    empresas a Minerao Taboca pretende investir US$ 73 milhes no projeto minero -

    metalrgico integrado do projeto Presidente Figueiredo, o que proporcionar aumento na

    oferta do nibio proveniente da rota tecnolgica desenvolvida.

    Os preos praticados no mercado internacional para o principal produto, a ligaferro-nibio, podem ser considerados estveis ao longo dos anos mesmo considerando

    os efeitos do aumento no consumo e variaes de ajuste pela inflao.

    Essa estabilidade no comportamento dos preos deve-se em grande parte a

    poltica comercial definida pelo principal produtor mundial a CBMM, seguida por outros

    fornecedores nacionais que mantm com clientes contratos de longo prazo com garantias

    1Dados divulgados pela IAMGOLD, referentes aos anos de 2007 e 20092Os investimentos realizados pela Anglo American Brasil referem-se ao reaproveitamento do nibio contido nos

    processos industriais da Copebrs.

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    de preos competitivos e estmulos ao aumento do consumo e a ampliao de novos

    usos do nibio, oferecendo preos atrativos em comparaes aos produtos substitutos.

    As projees para o consumo do nibio restringiram-se ao principal produto, a liga

    ferro-nibio, tendo em vista que as empresas produtoras atuam de forma integrada,

    praticamente sem registrar comercializao, tanto no mercado interno como externo do

    minrio e concentrado. A metodologia utilizada para as projees via modelo explicativo

    da funo consumo3apontou uma demanda da liga ferro nibio da ordem de 85 mil t para

    2010 e de 188 t para 2030, o que corresponderiam a 140 mil t e 308 mil t respectivamente

    de produo do minrio concentrado de nibio, necessria ao atendimento da demanda

    prevista para esses anos.

    Considerando os valores projetados, a necessidade de investimentos para o

    atendimento da demanda global do nibio - mercado interno e externo - sorespectivamente da ordem de US$ 81,4 milhes para 2010 e de US$ 1.374 milhes para

    2030 considerando-se um cenrio normal para o comportamento do mercado do nibio.

    Os investimentos projetados para a minerao com vistas ampliao,

    proporcionam uma expectativa de 2.800 novos empregos gerados para 2010 e de 9.800

    para 2030.

    2. Concluses

    As reservas minerais de nibio (pirocloro) so consideradas suficientes quando

    cotejadas com os nveis de demanda, mesmo projetando-se um crescimento exponencial

    do consumo mundial para um futuro distante. A atual demanda para o nibio no mercado

    internacional representa menos de 0,5% das reservas at ento identificadas, sem

    considerar-se o expressivo depsito em So Gabriel da Cachoeira no Estado do

    Amazonas.

    Quanto a capacidade instalada para a produo do concentrado assim como paraa elaborao da liga ferro-nibio, as atuais unidades industriais tanto para minerao e

    metalurgia, localizadas no Brasil, Canad e em implantao no Zaire e Malawi, so

    suficientes no mdio prazo para uma oferta aos nveis das atuais necessidades do

    mercado mundial.

    3O modelo economtrico utilizado para a projeo da demanda da liga ferro-nibio, considerou como variveisexplicativas o comportamento do PB e as cotaes de preos ao longo da srie histrica 1979 2008, considerandocomo confivel face aos resultados do teste F e de DW. As taxas geomtricas mdias do valores ajustados pela funoapresentam-se compatveis demanda esperada.

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    O Brasil dever manter e possivelmente ampliar sua participao na oferta externa

    em face da reduo na produo da liga ferro-nibio em pases como o Japo e da

    Europa Ocidental. Tal perspectiva depender, no entanto, do comportamento da oferta e

    dos preos das ligas substitutas assim como da poltica de comercializao adotada pela

    CBMM.

    O uso do nibio na elaborao de aos especiais e na fabricao de ligas com

    outros metais tem crescido em mdia 7% ao ano, taxa superior prpria produo

    mundial de ao, o que caracteriza uma tendncia das siderrgicas em cada vez mais vir a

    ampliar e diversificar a utilizao do nibio na fabricao dos aos especiais em resposta

    demanda dos tradicionais setores consumidores.

    A demanda para o nibio dever concentrar-se na China, EUA, Japo e Europa

    Ocidental. A China dever nos prximos anos exercer forte liderana na demandamundial face s taxas de crescimento e dos macios investimentos em infra-estrutura

    bsica.

    Brasil e a ndia devero a ampliar sua participao no mercado, tendo em vista

    suas perspectivas de crescimento econmico, principalmente em setores de infra-

    estrutura bsica, intensivos consumidores de ao. O consumo per capita nestes pases

    continua, no entanto, abaixo dos nveis observados para as naes desenvolvidas.

    O mercado pelo lado da oferta se caracteriza pela verticalizao das empresasprodutoras disponibilizando aos seus consumidores ligas de ferro-nibio, xidos e ligas

    especiais, com forte predominncia da CBMM. s transaes comerciais entre

    produtores e consumidores se d por meio de contratos de longo prazo, assegurando

    assim aos clientes estabilidade no fornecimento e preos, o que tem sido ao longo dos

    anos uma caracterstica comercial do mercado para o nibio.

    A demanda para o nibio continuar crescente principalmente a partir de 2010,

    apesar dos efeitos da crise econmica em meados de 2008 no EUA, Europa e Japo,com repercusses ainda em 2009, proporcionando reduo na taxa de crescimento do

    PIB e, por conseguinte, com diminuio na produo mundial de ao, setor determinante

    para o comportamento do consumo do nibio. Segundo a IMAGOLD, a taxa prevista para

    a demanda do nibio no mercado mundial ser em mdia da ordem de 15% ao ano, mas

    que deve observada com cautela face lenta recuperao econmica dos pases

    desenvolvidos.

    A demanda da liga ferro-nibio dever permanecer estabilizada nos prximos anos

    principalmente em decorrncia do prprio contexto do estgio do consumo do ao nas

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    naes desenvolvidas, onde no se espera que mudanas estruturais provoquem

    substanciais aumentos na demanda, mas apenas alteraes na composio setorial do

    consumo onde o segmento como o da indstria automobilstica aumente sua posio no

    consumo.

    As dificuldades econmicas em pases como os EUA, Japo e alguns da Europa,

    repercutem no desempenho do setor metalrgico mundial, incluindo o setor de ferro

    ligas, devero manter-se ainda durante o ano de 2010 e 2011, o que poder afetar os

    preos das ligas ferrosas e em decorrncia a prpria estabilidade das indstrias

    produtoras. Sob este aspecto, a estabilidade dos preos da liga ferro-nibio pode ser

    afetada, proporcionando as empresas concorrentes de produtos substitutos vir a ampliar

    seu grau de concorrncia.

    Apesar das pesquisas tecnolgicas desenvolvidas visando ampliao ediversificao do nibio sob a forma de ligas, superligas e outros compostos, sua

    utilizao continuar por muitos anos atrelada a indstria siderrgica na elaborao de

    aos microligados e outros aos especiais.

    Assim, o desempenho e o desenvolvimento da siderurgia mundial nortearo o

    aproveitamento econmico do nibio, notadamente do seu principal produto a liga ferro-

    nibio.

    3. Recomendaes

    A privilegiada posio do Brasil no cenrio internacional como detentor da quase

    totalidade dos recursos e reservas, maior produtor e exportador, destaca a importncia

    para o pas de adoo de polticas de incentivos comerciais objetivando a disseminao e

    ampliao do uso do nibio concorrendo para o aumento do comrcio exterior.

    Merece ateno sendo estratgica para a liderana do Brasil no mercado

    internacional, o desenvolvimento de estudos objetivando o aproveitamento econmico dodepsito de nibio no municpio de Uaups, em que pese as atuais reservas minerais em

    explorao no pas serem suficientes para a manuteno dos atuais e futuros nveis de

    demanda no mercado internacional.

    A possibilidade de explorao das reservas de pirocloro de Sete Lagos, (So

    Gabriel da Cachoeira), asseguraria aos pases consumidores tranqilidade quanto

    disponibilidade e reduziria a caracterstica do contexto monopolstico da oferta do nibio.

    Promover pesquisas tecnolgicas objetivando ampliar a utilizao do nibio pelas

    indstrias siderrgica e metalrgica, fomentar o desenvolvimento de novos produtos e

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    compostos para uso em setores de equipamentos mdicos, metais especiais, ticos,

    indstria aeronutica, aeroespacial, automobilstica e de tecnologias avanadas.

    4. Apresentao

    O presente estudo tem como objetivo elaborar um diagnstico sobre o contexto da

    minerao do nibio no Brasil, identificando os recursos e o potencial mineral, a estrutura

    da indstria, analisando o mercado nacional e as oportunidades no mercado

    internacional, o estgio tecnolgico, as caractersticas e utilizaes dos produtos a base

    do metal nibio, permitindo oferecer suporte ao Ministrio das Minas e Energia para

    estabelecer prioridades e definir polticas pblicas para a ao setorial do governo.

    A partir da anlise do contexto da minerao e da siderurgia do nibio,

    considerando os aspectos de mercado - setores produtivos e consumidores e fatores

    tcnicos e tecnolgicos - entre outros aspectos, o relatrio procura identificar

    oportunidades e sinergias, desafios, ameaas e obstculos, tanto do lado do suprimento

    quanto do lado da demanda, tendo em vista o horizonte 2010-2030 e estabelecendo

    cenrios quanto s necessidades de investimentos e empregos de forma a atender a

    demanda do metal.

    5. Propriedades, Usos e Aplicaes.

    O nibio, metal refratrio de cor prateada-clara, dctil, de nmero atmico 41, tem

    sido largamente aplicado na engenharia moderna. Seu uso tem aumentado

    aceleradamente. As razes para sua crescente aceitao baseiam-se em trs importantes

    fatores: versatilidade, vantagens econmicas e disponibilidade de suprimento no longo

    prazo. O nibio um elemento qumico de transio, usado principalmente em ligas de

    ao para a produo de tubos condutores de fluidos.

    O metal empregado na fabricao de alguns aos inoxidveis e em outras ligas

    de metais no ferrosos. Estas ligas, devido resistncia proporcionada pela adio do

    nibio, so geralmente utilizadas para a fabricao de tubos transportadores de gua, gs

    e petrleo a longas distncias.

    O nibio verstil, seus usos atuais incluem desde sua composio na fabricaode aos estruturais e aos para indstria automotiva e at materiais para motores a jato e

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    turbinas a gs. Encontra ainda importantes aplicaes em ligas metlicas para indstrias

    qumicas, em aos inoxidveis e em uma variedade de materiais resistentes ao calor e

    corroso.

    So amplas suas perspectivas quanto s novas aplicaes do nibio, variando de

    aos-ferramentas at ligas supercondutoras e compostos inter-metlicos. Em muitos

    casos, a quantidade de nibio necessria para produzir melhorias significativas nas

    propriedades mecnicas do produto mnima. Um bom exemplo a fabricao dos aos

    de Alta Resistncia e Baixa Liga (ARBL). Os aos microligados, assim denominados,

    formam um grupo de ARBL, onde elementos de liga alm do carbono, mangans e silcio

    esto presentes em teores tpicos inferiores a 1% cada, e o nibio adicionado em

    quantidades que variam de 0,01 a 0,10%. Contribui para esses fatores o preo de

    mercado para o ferro-nibio, pois o mesmo ao longo dos anos tem permanecidocompetitivo em comparao aos outros elementos de liga mais comuns, fazendo com que

    o nibio seja um dos aditivos mais econmicos para uso pelas indstrias siderrgicas e

    outros.

    Entre suas caractersticas destacam-se os valores elevados da razo resistncia

    mecnica/peso que economizam matrias-primas, permitindo a utilizao de sees mais

    leves. O emprego dos aos ARBL microligados na indstria automobilstica est

    aumentando rapidamente por permitir reduo no peso do veculo, e, com isso, economiade combustvel e aumento da segurana.

    Os principais produtos de nibio de interesse industrial so atualmente, o ferro-

    nibio, o pentxido de nibio, as ligas grau vcuo e o nibio metlico. O ferro-nibio,

    uma ferro liga utilizada para adicionar nibio aos aos. A liga ferro-nibio geralmente com

    um teor mdio de 66% de Nb, responde por cerca de 90% do consumo do elemento ao

    redor do mundo. Seu consumo fortemente influenciado por projetos associados

    construo de gasodutos e oleodutos.

    6. Recursos e Reservas de Nibio

    Segundo o United States Geological Survey (USGS), os recursos globais

    identificados de nibio, sob o conceito de reserve base, alcanam 3 milhes t de nibio.

    Esses recursos esto concentrados no Brasil (86,7%), seguindo a Austrlia (10,7%) e o

    Canad (3,1%). O USGS considera que os recursos mundiais conhecidos so mais do

    que suficientes para atender as necessidades mundiais no longo prazo. Em termos de

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    reservas4, o total estimado reduzido para 2.700.000 t e a participao do Brasil passa

    para 96,3%. A Tabela 1 apresenta o perfil das reservas por pases5.

    Tabela 1Perfil das Reservas Globais de Nibio - 2007

    PASES RESERVAS (t) RESERVAS BASE (t)BRASIL 2.600.000 2.600.000AUSTRLIA 21.000 320.000CANAD 62.000 92.000TOTAL 2.700.000 3.000.000Fonte: USGS - 2008

    O principal minrio de nibio no mundo, denominado pirocloro, ocorre em

    depsitos carbonatados e representa a quase totalidade das reservas e recursosidentificados.

    Segundo o United States Geological Survey (USGS), os Estados Unidos possuem

    cerca de 150.000 toneladas de recursos em depsitos identificados que so considerados

    no econmicos com base nos preos vigentes em 2008.

    A Tabela 2 rene informaes sobre alguns dos principais depsitos conhecidos

    de pirocloro localizados fora do Brasil.

    Tabela 2Depsitos de Nibio Selecionados

    PPRROOJJEETTOOSS PPAASSEESS RREECCUURRSSOOSS SSIITTUUAAOOMMaabboouunnii GGaabboo 336600MMtt@@11,,0022%%NNbb22OO55

    4400MMtt@@22,,5500%% NNbb22OO55BBaaiixxaarreeccuuppeerraaoo;;CCAAPPEEXXeelleevvaaddoo;;NNooeeccoonnmmiiccoo

    NNiiooccaann CCaannaadd 1111MMtt@@00,,6633%%NNbb22OO55 AAgguuaarrddaalliicceennaaaammbbiieennttaallddeessddee22000011

    LLuueesscchhee CCoonnggoo 1111MMtt@@00,,6633%%NNbb22OO55 OOppeerraaooppaarraalliissaaddaaFonte: IAMGOLD

    :

    Merece destaque o projeto Kanyika localizado no Malawi. Trata-se de um depsito

    polimetlicournio, tntalo, zircnio e nibio - em estgio avanado de explorao que,

    em meados de 2008, detinha recursos inferidos (padro JORC) de 56 milhes de

    toneladas. A despeito da sua natureza polimetlica, a expectativa de que cerca de 90%

    da receita operacional do projeto seja derivada do aproveitamento de nibio. Em maro

    de 2008, os recursos inferidos alcanavam 56 milhes de toneladas, segundo o padro

    4Referem-se as reservss medidas + reservas indicadas.5O Perfil das Reservas Globais de Nibio em 2007 apresentado pelo USGS ( Mineral Commodity Summaries)

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    JORC. O projeto original (maro de 2008) previa a preparao de um estudo de

    viabilidade em 2009 e a produo para o comeo de 2011. O estudo bsico realizado em

    junho de 2008 contemplava um produo de 3.500 t/a e vida til ao redor de 20 anos.

    Em se tratando do Brasil, os recursos e reservas6de nibio esto concentrados

    nos seguintes estados: Minas Gerais (75%), no municpio de Arax; Amazonas (23%), no

    municpio de So Gabriel da Cachoeira; Gois (2%), nos municpios de Catalo e

    Ouvidor. Em termos geolgicos, esses depsitos esto associados ao Complexo

    Carbontico-Alcalino. Uma feio geolgica marcante o elevado grau de intemperismo

    caracterizado por raras aparies em rochas frescas. A Tabela 3 apresenta as reservas

    brasileiras de nibio. A Tabela 4 apresenta o perfil dessas reservas por UF.

    Figura 1 - Localizao das Reservas de PirocloroArax - Minas Gerais

    6Dados citados no Sumrio Mineral do DNPM

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    Tabela 3 - Reservas Mundiais de Nibio1999 e 2007

    PASES 1999 ( t ) 2007 ( t )

    Brasil 3.944.000 4.131.738

    Canad 400.000 62.000

    Austrlia ----- 21.000

    Nigria 50.000 -----

    Moambique 90.000 ------

    TOTAL 4.484.000 4.214.738

    Fontes: DNPMSumrio Mineral Brasileiro 1999 e 2007 e USGS (Mineral Commodity Summaries)

    Segundo o DNPM7, o Brasil detm 98% das reservas mundiais, seguido pelo

    Canad, com 1,5% e a Austrlia com 0,5%. No balano das reservas dos principais

    pases o Brasil ampliou suas reservas em 4,8% enquanto o Canad apresentou

    decrscimo de 84%, mas mantendo-se como o segundo pas detentor das reservas

    mundiais. importante salientar que o quadro acima compreende as reservas medidas

    mais indicadas e diferem dos nmeros apresentados pelo USGS para a definio de

    reserve base, conforme apresentadas na tabela 1.

    Tabela44RReesseerrvvaassBBrraassiilleeiirraassddeeNNiibbiioo--22000055

    Fonte: AMB, 2006

    7Sumrio Mineral Brasileiro, DNPM. Ano 2008

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    Tabela55PPeerrffiillddaassRReesseerrvvaassppoorrUUFF--22000055

    Fonte: AMB, 2006Tabela 6 - Reservas Brasileiras de Nibio2005

    Unit.: t

    Minrio/Municpio/Estado

    Reservas

    Medida

    Contida

    (Nb2O5)

    Indicada

    (Contida)

    Inferida

    (Contida)

    Pirocloro/So Gabriel Cachoeira (AM) 38.376.000 1.094 6.019 79.767

    Pirocloro/Arax (MG) 105.770.851 2.564.571 1.13.064 5.812.660

    Pirocloro/Tapira (MG) 21.590.000 48 - -

    Pirocloro/Catalo (GO) 594.496 10.181 78.885 22.700

    Pirocloro/Ouvidor (GO)

    Total Reservas Piroclo

    3.846.695

    170.178.042

    3.159

    2.580.962

    - -

    ColombitaTantalita/Ariquemes (RO) 3.800.000 (m3) 950.000 (kg) - -

    ColumbitaTantalita/Jamari (RO) 11.588.858 (m

    3

    ) 959.034 (kg) - -Fonte: AMB2006 DNPM

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    Figura 2Depsitos Selecionados de Nibio

    Fonte: CPRM

    Depsitos:

    1Barreiro (Arax);

    2Tapira;

    3Catalo;

    4Seis Lagos

    Com referncia ao depsito mineral denominado Barreiro (Complexo Arax -

    pirocloro), localizado cerca de 60km ao sul da cidade de Arax nas coordenadas:

    Latitude: 19o38S e Longitude: 46o56W, a Companhia Brasileira de Metalurgia e

    Minerao (CBMM), responsvel pela explorao industrial e comercial, lavra o minrio

    desse depsito, cujos direitos minerrios pertencem a CODEMIG Companhia de

    Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais. Descoberto em meados da dcada de

    1950, o depsito compreende um corpo mineralizado de rochas alcalino-carbonatadasque formam uma estrutura em domo com 4 km de dimetro.

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    15

    As reservas da CBMM alcanam 433 milhes de toneladas de minrio

    intemperizado, com teor mdio de 2,5% de Nb2O5.

    Catalo - no Estado de Gois, a empresa Anglo American Brasil Ltda, subsidiria da

    Anglo American plc e proprietria da minerao Catalo, detm uma reserva lavrvel de

    7,3 milhes de toneladas com teor mdio de 1,22% Nb2O5. O depsito de Catalo est

    localizado a cerca de 20 km da cidade de Catalo nas coordenadas: Latitude: 18o8S e

    Longitude: 47o48W.

    Seis Lagos- o depsito de nibio do Morro Seis Lagos est situado no municpio de So

    Gabriel da Cachoeira, a noroeste do Estado do Amazonas, prximo fronteira do Brasilcom a Colmbia e Venezuela. O depsito foi descoberto pela CPRM em 1975. Segundo

    estimativas preliminares, atualizados em 2008, os recursos totais alcanam cerca de 2,9

    bilhes de toneladas com teor mdio de 2,81% de Nb2O5. Os resultados analticos obtidos

    pela CPRM/SGB, englobando as atividades de prospeco geoqumica e sondagem alm

    da prospeco geofsica, apresentaram o seguinte perfil mineralgico:

    Fede 61,3% a 3,4% com mdia de 39,5%;

    Mnde 46,8% a 0,02%, com mdia de 10,32%;SiO2 - de 5,7% a 0,2%, com mdia de 1,9%;

    Sde 1,8% a 0,01%, com mdia de 0,42%;

    Pde 0,64% a 0,01%, com mdia 0,19%;

    Al2O3de 38,1% a 0,8%, com mdia de 8,5%;

    P2O5de 0,23% a 0,03% com mdia de 0,11%;

    Umidadede 2,5% a 0,2% com mdia de 1,26% ;

    As anlises semi-quantitativas indicaram:Nbde 2% a 0,3%, com mdia de 1,07%; e

    Znde 0,6% a 0,1%, com mdia de 0,26%.

    Destaque-se que concentrados de bateia amostrados nos arredores do depsito

    revelaram a presena dos seguintes minerais: titnio, monazita, xenotmio, granada

    epitodo e xido de ferro. Por outro lado, merece registro que a rea do depsito est

    integralmente inserida em duas unidades de conservao, a saber:

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    Parque Nacional do Pico da Neblina (Decreto-Executivo n 83550 de 05.06.79

    conforme mapa do IBGE/199; e a

    Reserva Biolgica Estadual do Morro de Seis Lagos (Decreto n 12.836 de

    09.03.90, publicada no DOU de 09.03.90).

    Tabela77RReesseerrvvaassddeeNNiibbiioo((PPiirroocclloorroo--DDeeppssiittooddeeSSeeiissLLaaggooss))-- 22000088

    RESERVAS MINRIO(t)

    Teor MdioNb2O5

    Nb2O5 Contido (t)

    Medida 38.376.000 2,85 1.093.716Indicada 200.640.000 2,40 4.815.360Inferida 2.658.892.800 2,84 75.512.555TTOOTTAALL 2.897.908.800 2,81 81.431.237

    FFoonnttee::CCPPRRMM//SSGGBB

    AAppeessaarrddoossddaaddoossccoonnfflliittaanntteessqquuaannttooaaoossnnmmeerroossddaassrreesseerrvvaassbbrraassiilleeiirraassffaaccee

    ddiivveerrssiiffiiccaaooddeeffoonntteesseemmeettooddoollooggiiaaddeeaaffeerriioo,,aassrreesseerrvvaassbbrraassiilleeiirraassssoossuuffiicciieenntteess

    ppaarraaooaatteennddiimmeennttooddaaddeemmaannddaammuunnddiiaall..OOddeessaaffiiooppaarraaaammiinneerraaooddoonniibbiioonnooBBrraassiill

    nnoo ssee ccaarraacctteerriizzaa ppeellaa eessccaasssseezz oouu aauussnncciiaa ddee rreeccuurrssooss mmaass,, aaooss aattuuaaiiss nnvveeiiss ddaass

    ccaappaacciiddaaddeess iinnssttaallaaddaass ddaass eemmpprreessaass pprroodduuttoorraass ppaarraa uumm ccoonnssuummoo nnoo mmddiioo pprraazzoo

    pprreevviissttooppaarraattaaxxaassccrreesscceenntteessddeeccrreesscciimmeennttoo..

    7. Aspectos Econmicos

    7.1 Produo Mundial de Nibio

    Segundo a empresa IAMGOLD, em 2008 a produo mundial de ferro-nibio

    alcanou 86.095 t e a produo de nibio 68.000 t de Nb2O5. As estimativas do USGS so

    mais conservadoras e apontam uma produo de nibio de 60.000 t de Nb2O5. No plano

    mundial, as principais fontes de suprimento de nibio esto localizadas no Brasil (minas

    do Barreiro e Catalo) e no Canad (Niobec) da empresa IAMGOLD. Essas operaes

    respondem por cerca de 85% da produo mundial.

    .

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    Figura 3Perfil da Produo Mundial

    Fonte: USGS

    Figura 4 Produo Mundial de Nibio: 1965-2007

    Fonte: Globe Metals & Mining

    A maior parte da produo mundial comercializada sob a forma de ferro-nibio. A

    seguir, so discriminadas as contribuies de cada um desses complexos no suprimento

    global do metal, a saber:

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    CBMM (Barreiro)

    Ferro-nibio: 72.000 t

    Nibio: 51.720 t (Nb2O5)

    Anglo American Brasil (Catalo)

    Ferro-nibio: 7.580 t

    Nibio: 5.000 t (Nb2O5)

    IAMGOLD (Niobec)

    Ferro-nibio: 6.515 t

    Nibio: 4.300 t (Nb2O5)

    Tabela88PPrriinncciippaaiissMMiinnaassddeeNNbbiioo--22000077

    Discriminao CBMM Anglo American Niobec

    Localizao AArraaxxss,,MMGG,,BBrraassiill CCaattaalloo,,GGOO,,BBrraassiill CChhiiccoouuttiimmii,,QQBB,,CCaannaadd

    Reservas (mil t) ++550000..000000 1188..000000 2200..000000

    Teores (% NNbb22OO55)) 22,,55 11,,22 00,,6655

    Minerao CCuuAAbbeerrttoo CCuuAAbbeerrttoo SSuubbtteerrrrnneeaa

    Cap. Instalada 9900..000000 66..770000 66..880000(t/a de FFeeNNbb))

    Vida til da Mina ++440000 ++2200 ++1188

    Produtos FFeeNNbbssttaannddaarrdd;; FFeeNNbbssttaannddaarrdd FFeeNNbbssttaannddaarrddFFeeNNiiNNbb vvaaccuuuumm ggrraaddeeeeNNbbmmeettaall

    CCoommeennttrriiooss PPrroojjeettooddeeeexxppaannssoopp// PPrroojjeettooddeeeexxppaannssoopp//115500..000000tt//aaFFeeNNbbeemm 88..550000tt//aaFFeeNNbbeemm22001111

    22001133

    Fonte: IAMGOLD

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    7.2 Produo Brasileira de Nibio

    O Brasil se constitui o maior produtor mundial de minrio de nibio, com produo

    em 2008 da ordem de cerca de 86.000 toneladas de concentrado, respondendo por 96%

    da produo mundial. At 2008, a produo nacional manteve-se com tendncia sempre

    crescente, passando de 35.458t em 2000 para 86.000t em 2008. Esse crescimento

    explicado pela demanda da liga ferro-nibio, refletindo o crescimento extraordinrio da

    produo de ao em resposta ao crescimento econmico dos pases industrializados,

    principalmente a China.

    No Brasil duas empresas completam ciclo da produo do minrio e das ligas de

    nibio, que so a CBMM, em Arax, Minas Gerais e a Minerao Catalo Gois.

    Entre 2000 e 2008 a produo brasileira representou em mdia 92 % da produo

    mundial o que caracteriza a posio de liderana absoluta do pas.

    A CBMM, por meio da sua subsidiria a Companhia Mineira do Pirocloro do Arax,

    (MG),responde por 61%, seguindo-se a Anglo American Brasil Ltda, (GO), (21%) e a

    Minerao Taboca S.A, (Paranapanema AM) com 13% e outros pequenos produtores

    com 5%.

    Segundo o Sumrio Mineral Brasileiro8, a CBMM produziu em 2007, 74,6 mil

    toneladas de Nb2O5 contido no concentrado e 47,7 mil t de Nb contido na liga ferro-nibio

    e 2,9 mil t de xido de nibio de alta pureza. A empresa detm capacidade para a

    produo de 4 milhes de toneladas/ano de minrio de pirocloro, 150 mil t/ano de

    concentrado de nibio, 60 mil t/ano de ferro nibio e 4,2 mil t/ano para o xido de alta

    pureza.Observando os dados apresentados na publicao Economia Mineral do Brasil, do

    DNPM, a produo em 2008 do nibio contido no concentrado foi de 60.692 t, 3.812 t de

    xido e 53.839 t de nibio contido na liga ferro nibio;

    A Anglo American Brasil Ltda possui capacidade operacional na usina de

    concentrao para tratamento de 876 mil t/ano de minrio, produo de 7,2 mil t/ano de

    concentrado de pirocloro e produo de 7,5 mil t/ano para a liga ferro nibio.

    8Sumrio Mineral Brasileiro, ed. 2008; Nibio, autor Rui Fernandes P. Jnior.

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    Tabela 9 - Produo Brasileira x Produo Mundial - Nibio2000 - 2008

    ANOS 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008BRASIL 35.458 38.796 40,379 38.058 39.149 58.009 68.850 81.000 86.000MUNDO 38.058 42.396 44.279 41.858 43.249 61.709 72.500 85.000 89.000Fonte: IBRAMNotas: Refere-se produo de pirocloro e columbita

    2007 e 2008 dados preliminares

    Tabela 10 - Quantidade e Valor da Produo Mineral Comercializada:2005

    Fonte: DNPM

    Tabela 11Principais Empresas Produtoras de Nibio - 2005

    EMPRESAS Estados Participao( % )

    1. Companhia Mineradora de Pirocloro de Arax MG 60,72

    2. Anglo American Brasil Ltda GO 21.04

    3. Minerao Taboca S.AAM 12,85

    4. Cooperativa Garimpeiros Rondnia LtdaRO 5,39

    Fonte: DNPM - AMB

    A CBMM Companhia Brasileira de Metalurgia e Minerao, sediada em Arax,

    Minas Gerais, uma empresa dedicada ao processamento, industrializao, ao

    desenvolvimento do mercado e comercializao de produtos de nibio e a nica

    produtora presente em todos os segmentos do mercado. Atende totalmente demanda

    nacional e tambm exporta seus produtos para mais de 50 pases.

    Possui os seguintes escritrios comerciais:

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    CBMM Europe Br (Amsterdan)

    CBMM sia Pte (Cingapura)

    Reference Metals Company Inc (Pittsburgh)

    Uma conta de participao nos lucros entre a CODEMIG Companhia de

    Desenvolvimento Econmico de Minas Gerais, detentora dos direitos minerrios

    relativos aos depsitos de pirocloro em Arax e a CBMM, garante a explorao

    racional do depsito de nibio. O contrato assegura destinar 25% da participao nos

    lucros operacionais da CBMM ao Governo do Estado de Minas Gerais.

    Tabela 12 - Produo e Consumo de Nibio - Brasil - 1978/2008 (t)ANOS PRODUO1 PRODUO2 CONSUMO3 EXPORTAO4 PREOS5

    Concentrado FerroLiga Brasil Fe-Nb Fe - Nb Fe - Nb1978 10.362 6.663 240 7.053 9.615,001979 16.050 9.043 519 8.311 8.822,001980 17.115 11.395 1.930 9.468 11.538,001981 16.289 9.511 92 9.452 11.794,001982 10.619 7.479 307 7.173 13.310,001983 9.249 6.282 266 6.016 11.162,001984 16.689 10.379 1.788 8.951 10.531,001985 17.665 11.489 2.209 9.311 10.461,001986 17.267 11.304 3.288 8.016 10.510,001987 10.263 7.072 -123 7.195 10.488,001988 20.275 12.419 3.166 9.277 11.034,001989 15.787 10.646 -5.830 10.397 7.866,001990 17.648 10.818 1.990 8.800 8.354,001991 18.292 10.598 2.347 8.812 12.529,001992 17.807 8.811 1.242 10.321 12.472,001993 13.640 11.705 -56 8.805 12.803,001994 18.950 16.614 508 11.353 12.646,001995 18.797 15.526 -834 12.981 12.384,001996 19.621 13.989 1.033 12.737 13.142,00

    1997 25.688 16.559 2.734 15.400 13.458,001998 33.795 20.132 2.012 17.802 17.052,001999 31.352 18.562 2.045 17.186 13.313,002000 31.190 17.783 811 18.057 13.333,002001 39.039 24.317 6.525 18.376 13.197,002002 39.520 23.692 8.963 20.204 12.902,002003 36.992 24.247 6.275 21.776 12.578,872004 34.016 23.311 5.024 35.767 12.376,572005 56.023 38.100 4.094 51.672 13.501,652006 68.850 42.826 2.436 59.345 13.512,152007 81.922 46.589 4.928 71.856 22.764,11

    2008 82.000 (p) 47.000 (p) 3.750 72.771 22.764,00Fontes: (1) DNPM (AMB); (2) (3) ABRAFE; (4) MDIC (Sistema Alice) (5) Preos Export.Nota: Produo do concentrado expresso em Nb2O5 e da liga em Nb.: (p) preliminar

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    7.3. Consumo Interno de Nibio

    O Brasil nos ltimos anos apresenta consumo de nibio variando entre 4 a 5 mil

    t/ano, representado quase integralmente pela liga ferro-nibio, pelas empresas

    siderrgicas que utiliza a liga como insumo para a produo de aos especiais. A tabela

    10 apresenta o consumo brasileiro segundo dados da ABRAFE Associao Brasileira

    de Produtores de FerroLigas.

    Segundo o DNPM9, a demanda nacional tem sido atendida exclusivamente pela

    oferta da Anglo American que disponibiliza a liga ferro-nibio aos consumidores. A

    distribuio desse consumo em 2007 foi dividido entre os estados de Minas Gerais,

    respondendo por 52%, seguindo-se Esprito Santo com 20%, So Paulo, 15,3%, Rio de

    Janeiro 8% e demais estados 4,7.

    9Dados publicados no Sumrio Mineral Brasileiro, ed. 2008

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    7.3 Demanda de Nibio

    Figura 4Estrutura do Mercado de Nibio

    RECURSOS /RESERVASMINERAIS

    PRODU O /

    IMPORTA OMINERAL(Concentrado)

    OFERTA DE PRODUTOS PRIM RIOS DEMANDA INTERMEDIRIADETERMINANTES DA

    DEMANDA FINAL

    PREOPRODUTO

    SUBSTITUTO

    ESTRUTURA DO MERCADO DO

    FIGURA 4.1Fonte: SILVA, L.O.

    PRODU O DA LIGAFERRO NIBIO

    PRODU ODO

    XIDO DE NI BIO

    LIGAS MET LICASDEALTA PUREZA

    SUPERLIGAS

    XIDOSESPECIAIS

    FATOR TECNOL GICO

    IND STRIASIDER RGICA

    (AOS)

    SUPER LIGAS(Mi,Cr,Mo,W, Fe,

    Ti, Mn, Zr)

    LIGASSUPERCONDUTORAS

    COMPONENTESELETR NICOS

    E TICOS

    PIB - PRODUTO INT. BRUTO- Ind. Construo Civil

    - Ind. Petrolfera- Ind. Automotiva

    - Ind. Naval- Outras

    FATORESCOMERCIAIS

    DESENVOLVIMENTOTECNOL GICO

    GRAU DE COMPETITIVIDADE

    DE BENS SUBSTITU DOS

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    Figura 5Perfil Setorial da Demanda

    Liga de FerroNibio (65% Nb)

    Aos Microli gados (HSLA)

    Aos Inoxid veis

    Outros Aos (Aos Ferramentas)

    Ferro Fundido

    Outros

    AOS

    xido deNibio

    (99% Nb2O5)

    (Ni, Cr, Co, Mo, W, Ti, Fe, Mn)

    Ex.: Inconel, Has teloy, Udimet,Outros

    SUPERLIGAS

    Zircaloy

    Nibio - Titnio

    Outras

    LIGAS SUPERCONDUTORAS

    (Niobato de Ltio)

    Filtros, capacitores

    Codificadores, compress ores

    Lentes Oftlmicas

    Lentes Fotogrficas

    Catalisadores

    Ligas Metlicasde Alta Pureza(NiNb e FeNb)

    NibioMetlico

    COMPONENTES ELETRNICOSE TICOS

    xidos Especiais

    87%

    10%

    3%

    DISTRIBUIO SETORIAL DADEMANDA DO NIBIO

    Fonte: Autor

    FIGURA 3.1

    Petrolfera

    Construo Civil

    Automobil stica

    Naval

    Aeronutica

    Ferramentas

    AeronuticaEletrnicaAeroespacialPetroqumicaArmam entos

    EletrnicaNuclearAeronuticaAeroespacial

    Eletro-eletrnica

    Equipamentos ticos

    Equipamentos Fotogrficos

    PRODUTOSPRIMRIOS

    UTILIZAOINDUSTRIAL

    INDSTRIASCONSUMIDORAS

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    Figura 7Consumo Mundial de Ferro Nibio e do Ao1982/2008

    Conforme se observa na Fig. 7, o comportamento do consumo da liga ferro-nibio

    acompanha o desempenho do consumo do ao, mas nos ltimos anos da srie a

    inclinao da curva demonstra uma taxa de crescimento acima da verificada para o ao, o

    que pode ser atestado pelo ndice de intensidade do uso da liga em aos. Esses ndices

    tm variado ao longo dos anos, mas sempre a taxas superiores ao crescimento do

    consumo do ao.

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    Figura 8Intensidade de Uso da Liga Ferro-Nibio na Produo do Ao

    Fonte:IAMGOLD

    As exigncias dos mercados consumidores para aos especiais contendo nibio,face as caractersticas de qualidade e resistncia proporcionadas, tem sido crescentes o

    que explica o aumento do consumo de nibio em taxas superiores as observadas para o

    consume do ao.

    Em 2003 o ndice de intensidade do uso foi de 43 g/t de ao, passando para 57 g/t

    e em 2008 chegando a 65g/t. Essa relao tende a ampliar-se em funo de

    representatives setores consumidores de ao indstria petrolfera, automobilstica,

    construo civil e outros mais avanados, como a indstria aeroespacial, cada vez maisdemandam aos especiais.

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    Figura 9 - Consumo Mundial de FerroNibio - Blocos de Pases.

    7.4. Preos

    Considerando que o nibio representa uma pequena frao do custo do ao, o

    preo do nibio fundamentalmente influenciado pela demanda. Aproximadamente 95%

    da liga ferro-nibio comercializado sob a forma de contrato, sendo o restante adquirido

    no mercado spot. Historicamente, a estabilidade no preo tem sido uma das

    caractersticas dos contratos de preo do liga ferro-nibio..

    No perodo 1992-2006, o preo mdio de exportao do ferro-nibio brasileiro

    oscilou entre US$12.500 e 13.500 por tonelada. A partir de 2007, os preos do ferro-

    nibio e de outros produtos de nibio aumentaram substancialmente, alcanando US$

    46.000 a tonelada ao final de 2008, acompanhando o aumento dos preos dos aos e das

    commodites minerais.

    A viso da empresa de consultoria Roskill que os aumentos de preos no so

    temporrios. Em termos reais, durante muitos anos, os preos do nibio tm cado, ao

    passo que a demanda manteve-se em expanso. A expectativa da consultoria que os

    preos do nibio, especialmente do ferro-nibio, permaneam prximos aos registrados

    em 2007 e 2008. Destaque-se que o nibio, alm de representar pequena parcela do

    custo do ao pouco ameaado por substitutos em potencial.

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    Ao longo dos anos os preos da liga ferro-nibio tm se mantido estveis o que

    uma caracterstica da poltica da CBMM, que devido a sua posio de grande

    fornecedora, negocia contratos com seus consumidores com uma margem de preos que

    permita uma rentabilidade sem proporcionar por parte de seus clientes opes de

    substituio por outras ligas.

    Na Tabela 11 apresenta as sries preos do xido de nibio e ferro-nibio ao longo

    do perodo 1978-2008. Foram tomados como referncia os preos mdios observados

    para as exportaes brasileiras face posio do Brasil como principal fornecedor e

    concentrao comercial.

    Tabela 11Preos Comerciais do Nibio

    Unit. US$ fob/tANOS xido FeNb

    1978 9.615,001979 8.822,001980 19.200,00 11.538,001981 17.148,00 11.794,001982 16.971,00 13.310,001983 10.670,00 11.162,001984 11.439,00 10.531,001985 11.512,00 10.461,001986 11.795,00 10.510,00

    1987 11.643,00 10.488,001988 12.576,00 11.034,001989 13.063,00 7.866,001990 14.940,00 8.354,001991 14.747,00 12.529,001992 14.966,00 12.472,001993 14.962,00 12.803,001994 13.252,00 12.646,001995 14.594,00 12.384,001996 15.713,00 13.142,001997 16.027,00 13.458,001998 17.138,00 17.052,00

    1999 17.077,00 13.313,002000 17.340,00 13.333,002001 15.488,00 13.197,002002 19.161,00 12.902,002003 17.235,29 12.578,872004 16.451,01 12.376,572005 15.256,57 13.501,652006 10.762,12 13.512,152007 17.290,60 22.764,112008 18.000 (e) 22.633,74

    Fonte: MDICSistema Alice

    Nota: (e) valor estimado

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    7.5 Projetos de Expanso

    A CBMM possui atualmente capacidade para produzir 90 mil toneladas de nibio

    por ano. Como reflexo da crise internacional e da reduo da produo mundial de ao

    em meados de 2008 e 2009 a empresa vem trabalhando com capacidade ociosa.

    Face queda da demanda mundial, a empresa anunciou o adiamento do projeto

    para aumento da capacidade instalada previsto alcanar 110 mil toneladas at 2011. Para

    a ltima etapa do projeto estavam ainda previstos investimentos adicionais de mais US$

    250 milhes objetivando alcanar 150 mil toneladas/ano em 2013.

    Vale destacar que em agosto de 2008, aps realizar investimentos de US$ 30

    milhes, a empresa Anglo American Brasil iniciou as operaes do Projeto Tailings,localizado no municpio de Ouvidor (GO). O objetivo do projeto recuperar o nibio

    contido nos rejeitos e resduos gerados pelo processo de flutuao das operaes de

    minerao de fosfato conduzidas pela empresa Copebrs na regio. O material com teor

    mdio de 0,5% de Nb2O5 alimenta uma planta de concentrao com capacidade para

    tratamento de 200 t/h. A planta de concentrao tem capacidade de produzir 5.000 t/a de

    concentrado de nibio com 48% de Nb2O5.

    7.6. Investimentos

    O DNPM divulga investimentos10em pesquisa mineral e em expanso de mina da

    ordem para o nibio nas cifras de R$ 2.224.987 (2005), R$ 2.680.040 (2006) e R$

    2.295.886 (2007). Para o segmento da metalurgia do nibio os investimentos foram da

    ordem R$ 1.976.387 em 2005 e R$ 818.750.

    A CBMM prev investimentos da ordem de R$ 250 milhes na ampliao da

    sua capacidade instalada em 40%, objetivando atender a demanda da indstriasiderrgica mundial para a produo de ao nos prximos anos. A expanso da

    capacidade de produo da CBMM prevista em duas etapas a primeira elevar a

    produo de 70 mil toneladas de ferro nibio, passando para 110 mil toneladas anuais

    para os anos de 2010 e 2011. Ainda segundo a CBMM, o mercado mundial consome algo

    em torno de 80 85 toneladas de nibio por ano, devendo ser ampliado to logo a

    recuperao da indstria do ao seja retomada mais fortemente a partir de 2010.

    10Projetos BronwfieldRelatrios de Lavra

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    7.7 Comrcio Exterior

    Tabela 14 - Exportaes Brasileiras de Ferro Nibio por Pases 2004 - 2008

    PSES 2004 2005 2006 2007 2008

    (t) US$ FOB (t) US$ FOB (t) US$ FOB (t) US$ FOB (t) US$ FOB

    Alemanha 4.408 36.847.380 2.110 17.973.938 2.575 25.224.695 3.637 57.099.874

    Japo 6.200 51.366.998 7.923 64.460.436 8.841 79.813.934 8.545 107.835.032 9.968 220.662.444

    Paises Baixos 10.044 82.945.650 15.837 128.944.623 16.004 148.100.936 19.276 317.685.061 20.251 473.554.620

    Estados Unidos 7.553 61.629.651 8.578 69.782.720 11.210 100.463.874 12.542 181.572.617 10.100 227.956.943

    China 2.760 23.340.517 9.144 76.290.596 10.530 97.790.714 14.640 206.034.331 18.467 404.362.083

    Canad 1.301 10.505.874 1.205 9.650.060 1.758 15.386.529 1.470 20.909.751 1.608 37.244.872

    Creia do Sul 221 1.950.676 2.023 16.778.034 1.788 16.621.526 3.662 52.255.292 2.820 65.596.911

    Mxico 616 4.976.303 1.265 10.122.907 1.477 13.070.293 2.021 27.975.312 1.508 34.154.659

    Cingapura 598 4.951.896 1.495 12.196.020 882 7.617.650 977 15.981.142 3.977 90.543.159

    ndia 188 1.594.071 138 1.172.543 892 8.325.350 1.848 27.661.895 1.823 40.221.833

    Reino Unido 400 3.485.108 350 3.032.136 325 3.095.029

    Creia do Norte 646 5.408.718 51 411.060 238 2.501.148 187 4.166.931

    Sub Total (Grupo) 34.935 289.002.842 50.119 410.815.073 56.520 518.011.678 68.618 1.015.010.307 70.709 1.598.464.455

    Outros Pases 832 7.031.765 1.553 12.907.547 2.825 25.985.884 3.238 49.343.940 2.062 48.615.301

    TOTAL GERAL 35.767 296.034.607 51.672 423.722.620 59.345 543.997.562 71.856 1.064.354.247 72.771 1.647.079.756Fonte: MDICSistema Alice. Nomeclatura do Produto: 7202.29.3.00

    As exportaes brasileiras de ferro-nibio alcanaram em 2008 a quantidade de

    70,7 mil toneladas, significando um faturamento da ordem de US$ 1,6 bilhes. A poltica

    adotada pelos produtores nacionais de nibio de no comercializarem minrios e

    concentrado proporcionam agregao de valor aos produtos exportados, permitindo

    assim ao setor auferir maior faturamento com benefcios balana comercial brasileira.

    Comparativamente as exportaes registradas em 2004, o aumento observado foi

    da ordem de 102,4 %, o que bem demonstra a forte demanda do ao, principalmente pela

    participao do mercado chins, que passou de 2,7 mil toneladas em 2004 para 18,5

    toneladas. Apesar do forte crescimento observado pela demanda da China ao ferro-nibio

    do Brasil, os Pases Baixos (Holanda), manteve se como principal comprador do

    produto brasileiro, representado pela 20,2 mil toneladas adquiridas ao Brasil.

    No perodo analisado h registros de transaes comerciais para a Arbia Saudita,

    Argentina, Chile, Taiwan, Coria da Norte, Indonsia, Mxico, Reino Unido, Cingapura,

    Uruguaia, Venezuela, Colmbia, frica do Sul, Israel, Ucrnia e Blgica, os quais foram

    enquadrados como outros pases.

    As expectativas so que o Brasil manter sua forte presena como fornecedor de

    ferro nibio e outros produtos de nibio no mercado internacional com possibilidades deampliar a relao de pases compradores.

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    Mesmo com reflexos da crise econmica nos pases desenvolvidos, atingindo as

    indstrias do ao,no final de 2008, as exportaes brasileiras no perodo mantiveram-se

    em alta, destacando-se a participao da China.

    8. Aspectos Tecnolgicos

    8.1 Minerao

    No Brasil, as duas nicas empresas produtoras de nibio (pirocloro), realizam a

    minerao a cu aberto enquanto no Canad a mina de Saint Honor, pertencente a

    Niobec Inc., a lavra subterrnea. So utilizados nos dois tipos de minerao processos

    tradicionais de desmonte e transporte do minrio para as respectivas usinas debeneficiamento. Na CBMM, a usina de concentrao foi projetada para beneficiar 3,5 mil

    t/dia de minrio e possui capacidade de produo de 90 mil t/ano, com teor de 60% de

    Nb2O5.

    As atividades de minerao so feitas a cu aberto e sem explosivos. No caso do

    processo de lavra da CBMM, uma esteira de aproximadamente 3,5 km transporta o

    minrio extrado da mina at a unidade de concentrao. A unidade de concentrao

    possui uma capacidade de produo instalada de 84.000 toneladas por ano. Os seguintesprocessos de produo so utilizados nesta unidade:

    Moagem mida. O processo de moagem mida reduz o minrio a partculas de

    tamanho inferior a 0,104 mm, permitindo a liberao dos cristais de pirocloro;

    Separao Magntica. A separao magntica elimina a magnetita mineral com alto

    teor de fsforo;

    Deslame. O processo remove fraes inferiores a 0.005 mm em ciclones de 25 mm; e

    Flutuao. No processo de flutuao, o pirocloro concentrado em clulas deflutuao onde partculas de pirocloro so expostas reagentes qumicos e coletadas

    em bolhas geradas pela injeo de ar no fundo das clulas. O concentrado flutuado

    tem um teor de 60% de Nb2O5. O rejeito depositado em uma barragem. O

    concentrado de pirocloro refinado atravs de processo pirometalrgico, desenvolvido

    pela CBMM, que inclui pelotizao e sinterizao do concentrado flutuado, seguido de

    fuso redutora (desfosforao). Operando desde o incio de 2000 a nova planta

    pirometalrgica resultou em maior eficincia, em reduo de emisses e em melhorqualidade do produto.

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    A nova unidade apresenta uma capacidade instalada que permite a produo de

    84 mil toneladas/ano de concentrado refinado.

    A Anglo American Brasil (Minerao Catalo) iniciou suas atividades em 1976 com

    produo de concentrado de pirocloro. No ano seguinte a companhia inaugurou sua

    planta metalrgica e iniciou a exportao de ferro-nibio. O minrio extrado de uma

    mina localizada na Fazenda Boa Vista, em Catalo e processado em uma usina

    localizada em Ouvidor (Fazenda Chapado). As operaes de lavra e processamento

    distam 800 km do porto de Santos.

    Em 2008 a Anglo American Brasil11 lavrou 768,1 mil toneladas de minrio,

    processou 818,1 mil t. O beneficiamento do pirocloro consiste nas fases de britagem,

    moagem, separao magntica, flotao, espessamento, filtragem, lixiviao e secagem.

    A industrializao deste concentrado pelo processo aluminotrmico coloca disposiodo mercado a liga ferronibio standard.

    8.2 Processamento

    Em 1980 a CBMM iniciou a produo de xido de nibio de alta pureza em escala

    industrial, passando a ofert-lo ao mercado. O xido de nibio obtido diretamente do

    concentrado de pirocloro via deposio em cido fluordico, seguindo-se a extraoatravs do "methyl-isobutyl-ketone" . Em 1988 a CBMM desenvolveu novos avanos

    tecnolgicos em sua unidade industrial de produo do xido, estabelecendo capacidade

    instalada de 2.500 t/ano. O desenvolvimento e a disponibilidade do xido de nibio

    favoreceram a pesquisa tecnolgica para a produo de ligas especiais, nquel-nibio e

    ferro-nibio de alta pureza. O processo adotado pela CBMM para a produo desses

    produtos foi o de reduo aluminotrmica. Com a utilizao de um forno fabricado pela

    Leybold - Heraeus da Alemanha, a CBMM passou a produzir em 1989, lingotes de 650 kgde nibio puro. O processo de obteno de metal o de Forno de Feixe de Eltrons -

    tecnologia de alto vcuo- e considerado o principal processo para purificao e

    obteno do metal.

    Duas tecnologias podem ser utilizadas para a produo de nibio. Na rota do

    pirocloro, o xido de nibio convertido em unidades de ferro-nibio (HSLA) por

    intermdio do processo de reduo alimotrmico ou pela reduo em forno arco eltrico.

    O mais comum mtodo de produo do metal, utilizado por outras empresas, o da

    11Fonte: Dados publicados no Relatrio Mundial da Anglo American.

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    reduo aluminotrmica a partir do xido. Trata-se de um processo semelhante ao que

    utilizado para a produo do ferro-nibio de alta pureza e da liga nquel-nibio. Utilizando

    a reduo aluminotrmica, a nova metalrgica da CBMM opera processo semi-contnuo

    de reao, alimentada em reator fechado, para a produo de ferro-nibio "standard". A

    engenharia desse novo processo metalrgico, proporciona menor consumo de alumnio

    em p, reduzindo a emisso de poluentes na atmosfera. A atual capacidade instalada

    de 70 t por turno de oito horas, sendo sua capacidade total de 22.800 t/ano.

    O xido de nibio (Nb2O5) geralmente o elemento qumico utilizado para a

    produo de outros componentes tais como: cloreto de nibio (NbCl5), carboreto de nibio

    (NbC), ou niobato de ltio (LiNbO3).

    Finalmente, cabe mencionar que a Coppe conseguiu patente internacional de tinta

    anticorrosiva produzida base de nibio. A tinta patenteada poder reduzir radicalmenteos gastos em aos especiais para o setor industrial, principalmente os setores qumico e

    petrolfero. A tinta base de nibio a primeira patente internacional obtida pela Coppe,

    que no momento possui 72 patentes solicitadas, sendo 14 em mbito internacional.

    A partir da chamada niobizao que enfatiza a aplicao de revestimento

    anticorrosivo base de nibio, a indstria petrolfera poder utilizar ao comum,

    muitssimo mais barato do que alguns aos inoxidveis. Atualmente a Coppe, solicita

    mais dois pedidos de patentes internacionais. A tinta pigmentada com nibio, cuja patentefoi concedida nos EUA, possui a vantagem de poder ser aplicada a frio. J o mtodo de

    asperso trmica, cuja patente ainda est sendo analisada, consiste em aplicar xido de

    nibio aquecido a 300 C com o chamado thermal spray.

    9. Aspectos Ambientais

    A planta metalrgica da CBMM que processa e produz a liga ferro-nibio foi objeto

    de melhorias tecnolgicas objetivando benefcios no que diz respeito as condies detrabalho, custos de produo e proteo ao meio ambiente. Em uma planta auxiliar,

    possvel processar 600 t/ms de ferro nibio padro pelo processo alumoinotrmico

    convencional e com total proteo ao meio ambiente.

    Na unidade de concentrao da CBMM, ocorre a separao do pirocloro dos outros

    minerais que esto contidos no minrio, atravs de processos de moagem, separao do

    pirocloro dos outros minerais que esto contidos no minrio, atravs de processos de

    moagem, separao magntica, deslamagem e flotao, resultando no concentrado depirocloro. O restante no utilizvel, como minerais de ferro e argilas, depositado em

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    uma barragem de rejeitos, aps decantao natural, sendo bombeada para um tanque,

    localizado em rea elevada e retornando, por gravidade, s unidades industriais.

    A CBMM possui pessoal capacitado para a realizao de monitorizaes das

    emisses de chamins, da qualidade do ar, de guas de recirculao, de efluentes e de

    resduos de processo. Aps a utilizao nos processos industriais de fabricao de

    produtos de nibio, a maior parte da gua tratada e reaproveitada atravs de

    recirculao. A empresa dispe de filtros de manga para reduzir e minimizar as emisses

    atmosfricas, principalmente poeira de chamins, alm de monitorar as fontes

    estacionrias para garantir que essas emisses estejam permanentemente dentro dos

    parmetros legais. Os materiais coletados nos filtros so reutilizados na CBMM como

    matria prima, outro exemplo de preveno da poluio e utilizao racional de recursos.

    A empresa recicla 85% da gua utilizada nos processos industriais, sendo que 15%retornam a natureza aps passarem pela Estao de Tratamento de EfluentesETE.

    Entre as iniciativas na rea ambiental, mencione-se a contribuio ao

    desenvolvimento sustentvel oferecido pelo Projeto Tailings. O projeto desenvolvido pela

    Anglo American, trata os rejeitos gerados pela Copebrs, proveniente do tratamento do

    fosfato, reduz a emisso dos rejeitos derivados da produo industrial de fertilizantes

    fosfatados. O projeto mais uma evidncia do engajamento do Grupo com o

    desenvolvimento sustentvel uma vez que os rejeitos da operao de fosfatos,anteriormente descartados, sero tratados quando o projeto estiver implementado. O

    projeto, aprovado em abril de 2007 pelo Comit Executivo da Diviso de Metais Bsicos

    da companhia, comeou a ser implementado e previa se para o final de 2008 o incio

    das suas operaes.

    O projeto usar em grande parte a tecnologia desenvolvida internamente pelas

    empresas para o beneficiamento dos rejeitos de fosfatos. Alm da grande iniciativa

    tecnolgica envolvida, o Projeto Tailings tambm representa o forte compromisso doGrupo Anglo American no Brasil com o meio ambiente, na medida em que resulta em um

    processo considerado o mais eficiente no mundo do ponto de vista ambiental.

    O processo de pirometalurgia no permite a gerao de efluente slido ou lquido,

    mas reduz a praticamente zero o risco de poluio, pois o concentrado de pirocloro

    fundido em forno termoeltrico, utilizando o carvo vegetal como combustvel.

    Segundo dados referentes 2007 da Anglo American Brasil, a operao da

    minerao e metalurgia efetuada pela empresa Minerao Catalo, consome 1000 GJ e

    5. 694 mil m3 de gua para suas atividades primrias.

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    10. Certificaes

    A ABS Quality Evaluations concedeu a Companhia Brasileira de Metalurgia e Minerao

    certificados de conformidade para os produtos fabricados 0 OHSAS 18001, o ISO 9001, ISSO

    14000, ISO 18000 e o ISO 27000

    Figura 10Certificado OHSAS 18001:2007

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    Figura 11Certificado ISSO 9001:2000

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    Figura 12Certificado ISSO 14001:2004

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    Figura 13Certificado ISSO 27001:2005

    11. Cenrio Internacional

    11.1Caracterizao do Parque Produtor.

    A produo mundial de concentrado de nibio tem crescido ao longo dos anos,

    atingindo 89 mil t de Nb2O5em 2008. importante salientar que apenas dois pases

    Brasil e Canad respondem por 99% dessa produo. A comercializao no mercado

    internacional do concentrado do minrio de nibio ocorre apenas com a oferta da

    produo canadense, porquanto a produo brasileira se restringe totalmente

    destinao s usinas de fundio integradas ao complexo das empresas que lavram o

    minrio.

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    Em 200712, foram registrados dados irrelevantes de produo de minrio pela

    Austrlia, Ruanda, Nigria, Moambique e Etipia, que juntos no ultrapassaram a uma

    participao de 1%.

    A oferta do nibio no mercado internacional ocorre sob a forma de minrio

    concentrado ( pirocloro e columbita tantalita), a liga de ferro-nibio, xido, ligas

    metlicas, superligas e outros compostos.

    Trs minas em atividade, Arax e Catalo (Brasil), lavradas a cu aberto, e Saint

    Honor (Canad), lavra subterrnea, respondem por cerca de 96% do minrio produzido

    no mundo. O restante da produo origina-se da columbita-tantalita e de escrias do

    estanho produzidas na Malsia, Tailndia e Nigria.

    Em virtude desse contexto econmico da minerao do nibio, o mercado

    internacional se refere aos produtos de nibio advindos das atividades metalrgicas,destacando-se, pela alta participao, a liga de ferro nibio, que representa cerca de

    90% da comercializao, seguindo-se as ligas especiais e xido.

    Segundo informaes da CBMM, a empresa exporta 93% da sua produo,

    direcionando ao mercado europeu (42%), China (25%), EUA (14%) e demais pases

    (19%), considerando o perfil apresentado no comrcio exterior de 2005.

    11.2 - Comercializao

    O comrcio internacional do nibio envolve basicamente a liga ferro-nibio,

    seguindo-se com menor participao o xido, o metal, ligas e outros compostos base de

    nibio. Considerando o seu principal produto a liga ferro-nibio, a comercializao entre

    pases tem como principais fornecedores o Brasil, respondendo por cerca de 90% da

    oferta externa, seguindo-se o Canad.

    Os principais pases consumidores so os EUA, Japo, China e alguns pases da

    Europa Ocidental (Alemanha, Inglaterra, Frana, Itlia, Blgica e Sucia, alm de outrossem posio de destaque).

    Nos Estados Unidos13, principal pas importador de ferro nibio, tem como seus

    fornecedores o Brasil (82%), seguindo-se o Canad (9%) e a Estnia (2%), e outros

    pases (7%). Dados preliminares referentes 2008, informam que as importaes de

    nibio pelos EUA atingiram 10,5 mil toneladas estimando um consumo aparente da ordem

    de 9,9 mil t/ano.

    12Dados do Sumrio Mineral Brasileiro13Dados do Mineral Commodity Summaries - 2008

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    A indstria do ao responde por cerca de 90% da demanda pelo nibio, quase que

    integralmente pela liga ferronibio face s caractersticas que empresta qualidade do

    ao.

    A China dever assumir a liderana no consumo do nibio, face aos macios

    investimentos realizados em infra-estrutura no pas, quer na construo civil, indstria

    automobilstica e petrolfera que elevar a demanda por aos especiais.

    12. Projees da Demanda de Nibio para - 2010 - 2030

    Com base no comportamento do consumo global do pas (vendas internas e

    externas), foi desenvolvido o modelo para projeo dos valores do consumo para os anos

    de 2009 a 2030, considerando como variveis explicativas o comportamento do Produto

    Interno Bruto do pas e o preo de comercializao da liga ferro-nibio.O modelo apresentou correlaes positivas entre as variveis, sendo projetado trs

    cenrios, pessimista (C1), normal (C2) e otimista (C3).

    Registre-se que para os valores apresentados para os trs cenrios, as taxas

    mdias geomtricas anuais para a srie apresentaram ndices abaixo da observada para

    o consumo histrico, que foi da ordem 6,7% ao ano, influenciada pelos valores ocorridos

    para os anos de 2006, 2007 e 2008, bem acima dos valores registrados nos anos

    anteriores.Assim, optou-se pelo ajuste nos valores projetados pela funo consumo do

    modelo, desprezando-se o valores projetados para o Cenrio I (taxa de 1,25% a.a), e

    adotando-se para o Cenrio III, a taxa de 4,5% a.a., mais conservadora mas tambm

    adequada as expectativas do mercado principalmente para os prximos anos.

    O modelo aplicado e os ajustes de ponderao sobre os valores projetados, com

    base nas expectativas para o comportamento do consumo da liga ferro-nibio, apontam

    os seguintes cenrios para a demanda do produto para os anos de 2010 e 2030:

    Tabela 15Projeo da Demanda de Ferro Nibio- 2010 e 2030Cenrios 2010 (t) 2030 (t)

    I (i = 2,70%) 82.838 141.136II (i = 4,05%)III (i = 5,40%)

    85.03187.251

    188.112249.795

    Obs. Taxas geomtricas mdias de crescimento entre 2009 a 2030

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    Tabela 16Projeo das Necessidades de Minrio Concentrado de Nibio

    2010 e 2030

    Cenrios 2010 (t) 2030 (t)I (i = 2,70%) 135.854 231.463

    II (i = 4,05%)III (i = 5,40%)

    139.450143.092

    308.520409.664

    Nota: Dados estabelecidos com base nos valores projetados paraa demanda de ferro nibio. (Tabela 15), considerando o fator de 1,64.

    Figura 14 - Comportamento do Consumo do Nibio ( Liga FerroNibio)19782006

    Valores Reais e Valores Ajustados

    AJUSTE VALORES PROJETADOS DO NIBIO VALORES PROJETADOS

    Tabela 16 - Taxa mdia anual para os valores histricos projetados via modelo

    Perodo Cenrio I Cenrio II Cenrio III1978 / 2008 6,70% 6,70% 6,70%

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    Tabela 17Demanda Projetada de Ferro Nibio2010 e 2030Unid.: (t)

    ANOS Cenrio I (i= 2,70%) Cenrio II (i=4,05%) Cenrio III (i=5,40%)2010 82.838 85.031 87.2512030 141.136 188.112 249.795

    Nota: Taxas mdias geomtricas utilizadas para ajuste do modelo para os trs cenrios.Obs.: Razo entre as taxas de 1.35Obs.: Dentro da metodologia de ajuste, foi desconsiderado os valores projetados para o Cenrio 1 (1,25%), passando a serconsiderado o Cenrio I para a taxa de 2,70% a.a.; o Cenrio II para a taxa de 4,50% a.a. e, o Cenrio III, para a taxade 5,40% ao ano exclusivamente para os anos de 2010 e 2030.

    Figura 15 Comportamento do Consumo 1977/2008 e Demanda Projetada 2010 /2030

    -

    20.000,00

    40.000,00

    60.000,00

    80.000,00

    100.000,00

    120.000,00

    140.000,00

    160.000,00

    180.000,00

    200.000,00

    1977

    1979

    1981

    1983

    1985

    1987

    1989

    1991

    1993

    1995

    1997

    1999

    2001

    2003

    2005

    2007

    2009

    2011

    2013

    2015

    2017

    2019

    2021

    2023

    2025

    2027

    2029

    Cenrio I Cenrio II Cenrio III

    Nota: Grfico tendo como fonte os dados utilizados no modelo de projeo. Em anexos.

    13 - Necessidades de Investimentos e Empregos x Demanda Projetada em 2030

    Face escassez de informaes sobre a ocupao de mo obra nas principais

    atividades de minerao e metalurgia, principalmente aqueles divulgados historicamente

    pelo DNPM, utilizou-se como parmetros para estimativa da necessidade de empregos na

    minerao do nibio os valores divulgados no trabalho: Necessidade de Investimentos

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    para os Cenrios da Demanda14, atualizao do PPDSMo qual contm metodologia

    para a projeo de gerao de empregos tendo como variveis explicativas o consumo

    acumulado, a mo de obra existente no setor e a demanda projetada acumulada.

    Com base nas estatsticas observadas em 1992, projeo de empregos e demanda

    para 2010, foi estimada a necessidade de empregos na minerao e metalurgia do nibio

    para atender a demanda projetada para 2030.

    A tabela 18 expe os nmeros projetados para o consumo e demanda projetada e

    a quantidade de empregos esperados para 2010 e 2030. importante frisar que os

    valores projetados para o nmero de empregos no considerou o ndice de produtividade

    resultante de avanos tcnicos no trabalho e novas tecnologias na lavra e processamento

    e metalurgia com impactos na alocao de mo de obra.

    A metodologia utilizada15projetou uma necessidade de emprego considerando ademanda projetada acumulada para 2010, correspondendo a gerao de 9.800 empregos

    diretos, sem distino de funo no trabalho.

    Esse nmero deve ser observado com reservas considerando tratar-se de uma

    inferncia com base em valores projetados e no considerou os efeitos de mudanas

    tecnolgicas nas atividades de minerao e metalurgia

    Tabela 18 - Necessidade de Empregos x Demanda Projetada19922010 - 2030

    Anos N Empregos Demanda ndice E/D1992 (a) 720 17.807 1 24,7 t2010 (b) 2.800 72.642 1 25,9 t2030 (c) 9.800 254.045 1 25,9 t

    Notas:nd ice relativo quan tidade d e deman da relacion ada 1 empreg o.(a) N de emp regos registrado no ano relacionado ao consu mo aparente em 1992(b) N de emp regos p rojetado n o Relatrio do PPDSM para a demanda pro jetada

    (c) N de emp rego s pro jetado co nsid erando a dem anda acum ulada entre 2010 2030

    Necessidades de Investimentos para o atendimento da demanda projeta

    Como referido anteriormente a ausncia de informaes relativas aos

    investimentos especficos para as atividades de minerao do nibio prospeco,

    pesquisa mineral, lavra e usina - para os ltimos cinco anos, que permitisse inferir ou

    14Necessidade de Investimentos para a MineraoAtualizao do PPDSMPlano Plurianual para oDesenvolvimento do Setor Mineral2005 e 2010, trabalho realizado pela SGM, DNPM e CPRM.15PPDSM, idem nota 16

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    calcular o custo mdio de investimento necessrio para a adio de uma tonelada do

    concentrado produzida at 2008, optou-se pela utilizao, como estimador confiveldo

    valor do investimento mdio16registrado no PPDSM, em US$ 9.707, sendo atualizado a

    preos de 2008 pelo ndice de Consumer Price (EUA).

    Tabela 19 - Necessidade de Investimentos x Demanda Projetada2010/2030

    Anos Demanda Projetada ( t )Cenrio I Cenrio II Cenrio III

    Investimentos Necessrios( US$ Milhes )

    Cenrio I Cenrio II Cenrio III

    2010 (1) 72.642 4562010 (2) 82.838 85.031 87.251 53,9 81,4 109,22030 141.136 188.112 249.795 784,9 1.374,0 2.147,5Notas:(1) Demanda projetada e valor invest imento p ara o ano tendo com o fonte o PPDSM(2) e (3) Valores dos invest imento s projetados co m b ase no valor do in vest imentomdio ob serv ado em 1997, atualizado pelo nd ice do Cons um er Price (EUA ).

    Considerando que a produo de 1 (uma) tonelada da liga ferro-nibio utiliza 1,64toneladas de concentrado17de Nb2O5, ,permitindo com base nessa relao estimar-se anecessidade de produo de concentrado com vistas a atender a demanda da liga ferro-nibio projetada, conforme valores apresentados na tabela 20.

    Tabela 20Necessidade da Oferta Concentrado x Demanda Projetada FeNb

    ANOS OFERTA ( t )Cenrio I Cenrio II Cenrio III

    2010 135.553 139.142 142.7742030 230.950 307.820 408.755

    16Minerao no Brasil: Previso de Demanda e Necessidade de Investimentos 20052010. Projeto Atualizao daBase de Dados e das Projees da Demanda Mineral e dos Investimentos do Plano Plurianual do Desenvolviemnto doSetor MineralPPDSMSGM/DNPM/CPRMBraslia 2000 (pgina 34).17Foi considerado o fator 1,64 tonelada de concentrado de nibio para a produo de 1 tonelada da liga ferro-nibio.Indicadores de produo citados no trabalho Nibio de Arax Minerao e Metalurgia da CBMM.

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    14Relao de Tabelas, Grficos e Figuras

    14.1TabelasPerfil das Reservas Globais de Nibio2007 10Depsitos de Nibio Selecionados 10Reservas Mundiais de Nibio1999 e 2007 12Reservas Brasileiras de Nibio2005 12Perfil das Reservas por UFUnidade da Federao 13Reservas Brasileiras de Nibio2005 13Reservas de Nibio (PirocloroDepsito de Seis Lagos)2008 16Principais Minas de Nibio2007 18Produo Brasileira x Produo Mundial de Nibio20002008 20

    Quantidade e Valor da Produo Mineral Comercializada Nibio2005 20Principais Empresas Produtoras de Nibio2005 20Produo e Consumo de NibioBrasil19782008 21Preos Comerciais do Nibio19782008 28Exportaes Brasileiras de Ferro NibioPases20042008 30Projeo da Demanda de Ferro Nibio2010 e 2030 40Projeo das Necessidades de Minrio Concentrado de Nibio 41Demanda Projetada de Ferro Nibio2010 e 2030 42Necessidade de Emprego x Demanda Projetada19922010 e 2030 43Necessidade de Investimentos x Demanda Projetada2010 e 2030 44Necessidade da Oferta Concentrado x Demanda Projetada 2010 e 2030 44

    14.2Grficos

    Perfil da Produo Mundial2007 17Consumo Mundial de Ferro Nibio e do Ao - 19822008 25Intensidade de Uso da Liga Ferro Nibio na Produo do Ao 26Consumo Mundial de Ferro NibioBloco de Pases 27

    14.2Figuras

    Localizao das Reservas de PirocloroAraxMinas Gerais 11Depsitos Selecionados de Nibio 14Produo Mundial de Nibio19652007 17Estrutura do Mercado de Nibio 23Perfil Setorial da Demanda de Nibio 24Certificado OHSAS 18001: 2007 35Certificado ISSO 9001 : 2000 36Certificado ISSO 14001 : 2004 37Certificado ISSO 2701 : 2005 38

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    Anexos

    ANOSCONSUMODE NOBIO PIB MODELO NIOBIO (t)

    US$ Milhes

    1978 11221 201.204,01 Cenrio I Cenrio II Cenrio III1979 13585 223.476,50

    1980 17536 237.772,06 1977 1,00 1,00 1,00

    1981 14684 258.553,47 1978 11.221,00 11.221,00 11.221,00

    1982 11508 271.251,68 1979 13.585,00 13.585,00 13.585,00

    1983 9665 189.459,23 1980 17.536,00 17.536,00 17.536,00

    1984 16521 189.743,70 1981 14.684,00 14.684,00 14.684,00

    1985 17722 211.092,10 1982 11.508,00 11.508,00 11.508,00

    1986 17389 257.811,78 1983 9.665,00 9.665,00 9.665,00

    1987 11258 282.356,86 1984 16.521,00 16.521,00 16.521,00

    1988 19222 305.706,64 1985 17.722,00 17.722,00 17.722,00

    1989 24965 415.915,80 1986 17.389,00 17.389,00 17.389,00

    1990 16600 469.317,52 1987 11.258,00 11.258,00 11.258,00

    1991 17167 405.679,23 1988 19.222,00 19.222,00 19.222,00

    1992 17788 387.294,94 1989 24.965,00 24.965,00 24.965,00

    1993 13632 429.685,27 1990 16.600,00 16.600,00 16.600,00

    1994 18413 543.086,59 1991 17.167,00 17.167,00 17.167,00

    1995 20797 770.350,32 1992 17.788,00 17.788,00 17.788,00

    1996 19191 840.268,45 1993 13.632,00 13.632,00 13.632,00

    1997 28030 871.274,35 1994 18.413,00 18.413,00 18.413,00

    1998 30637 843.984,96 1995 20.797,00 20.797,00 20.797,00

    1999 29734 586.776,70 1996 19.191,00 19.191,00 19.191,00

    2000 29183 644.983,87 1997 28.030,00 28.030,00 28.030,00

    2001 38467 553.770,52 1998 30.637,00 30.637,00 30.637,00

    2002 45045 504.358,90 1999 29.734,00 29.734,00 29.734,00

    2003 43342 553.602,76 2000 29.183,00 29.183,00 29.183,00

    2004 43496 663.782,69 2001 38.467,00 38.467,00 38.467,00

    2005 57969 882.439,07 2002 45.045,00 45.045,00 45.045,00

    2006 63092 1.088.911,00 2003 43.342,00 43.342,00 43.342,00

    2007 79437 1.333.818,45 2004 43.496,00 43.496,00 43.496,00

    2008 78540 1.573.320,94 2005 57.969,00 57.969,00 57.969,00

    2006 63.092,00 63.092,00 63.092,00

    2007 79.437,00 79.437,00 79.437,00

    2008 78.540,00 78.540,00 79.179,24

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    AJUSTE VALORES PROJETADOS DO NIBIO VALORES PROJETADOS

    ANOS Cenrio I Cenrio II Cenrio III

    MODELO NIOBIO ( t )

    2009 76.965,13 77.283,79 78.035,98

    2010 76.140,34 76.859,29 77.834,85

    Cenrio I Cenrio II Cenrio III 2011 75.879,64 77.068,27 78.357,00

    2012 76.051,24 77.771,61 79.450,90

    1977 1,00 1,00 1,00 2013 76.559,86 78.869,54 81.009,24

    1978 11.221,00 11.221,00 11.221,00 2014 77.335,39 80.289,23 82.954,64

    1979 13.585,00 13.585,00 13.585,00 2015 78.325,59 81.976,79 85.230,61

    1980 17.536,00 17.536,00 17.536,00 2016 79.449,75 83.963,61 88.017,57

    1981 14.684,00 14.684,00 14.684,00 2017 80.685,47 86.208,47 91.256,08

    1982 11.508,00 11.508,00 11.508,00 2018 82.015,55 88.680,61 94.904,22

    1983 9.665,00 9.665,00 9.665,00 2019 83.426,77 91.357,16 98.932,83

    1984 16.521,00 16.521,00 16.521,00 2020 84.908,96 94.221,17 103.322,31

    1985 17.722,00 17.722,00 17.722,00 2021 86.379,08 97.342,95 108.329,75

    1986 17.389,00 17.389,00 17.389,00 2022 87.844,40 100.702,79 113.924,77

    1987 11.258,00 11.258,00 11.258,00 2023 89.310,77 104.286,62 120.090,47

    1988 19.222,00 19.222,00 19.222,00 2024 90.782,86 108.084,71 126.820,37

    1989 24.965,00 24.965,00 24.965,00 2025 92.264,45 112.090,80 134.116,26

    1990 16.600,00 16.600,00 16.600,00 2026 93.758,59 116.301,37 141.986,78

    1991 17.167,00 17.167,00 17.167,00 2027 95.267,79 120.715,13 150.446,32

    1992 17.788,00 17.788,00 17.788,00 2028 96.794,08 125.332,61 159.514,31

    1993 13.632,00 13.632,00 13.632,00 2029 98.339,17 130.155,85 169.214,68

    1994 18.413,00 18.413,00 18.413,00 2030 99.904,45 135.188,14 179.575,49

    1995 20.797,00 20.797,00 20.797,001996 19.191,00 19.191,00 19.191,00

    1997 28.030,00 28.030,00 28.030,00

    1998 30.637,00 30.637,00 30.637,00

    1999 29.734,00 29.734,00 29.734,00

    2000 29.183,00 29.183,00 29.183,00

    2001 38.467,00 38.467,00 38.467,00

    2002 45.045,00 45.045,00 45.045,00

    2003 43.342,00 43.342,00 43.342,00

    2004 43.496,00 43.496,00 43.496,00

    2005 57.969,00 57.969,00 57.969,00

    2006 63.092,00 63.092,00 63.092,002007 79.437,00 79.437,00 79.437,00

    2008 78.540,00 78.540,00 79.179,24

  • 7/22/2019 Perfil Minerao Nibio

    48/49

    48

    2009 76.965,13 77.283,79 78.035,98

    2010 76.140,34 76.859,29 77.834,85

    2011 75.879,64 77.068,27 78.357,00

    2012 76.051,24 77.771,61 79.450,90

    2013 76.559,86 78.869,54 81.009,24

    2014 77.335,39 80.289,23 82.954,64

    2015 78.325,59 81.976,79 85.230,61

    2016 79.449,75 83.963,61 88.017,57

    2017 80.685,47 86.208,47 91.256,08

    2018 82.015,55 88.680,61 94.904,22

    2019 83.426,77 91.357,16 98.932,83

    2020 84.908,96 94.221,17 103.322,31

    2021 86.379,08 97.342,95 108.329,75

    2022 87.844,40 100.702,79 113.924,77

    2023 89.310,77 104.286,62 120.090,47

    2024 90.782,86 108.084,71 126.820,37

    2025 92.264,45 112.090,80 134.116,26

    2026 93.758,59 116.301,37 141.986,78

    2027 95.267,79 120.715,13 150.446,32

    2028 96.794,08 125.332,61 159.514,31

    2029 98.339,17 130.155,85 169.214,68

    2030 99.904,45 135.188,14 179.575,49

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