perfil do distrito do xai-xa provÍncia de...

República de Moçambique

Ministério da Administração Estatal

Edição 2014

PERFIL DO DISTRITO DO XAI-XAI PROVÍNCIA DE GAZA

CHIGUBO CHICUALACUALA

MABALANE

GUIJA CHIBUTO

MASSANGENA

MASSINGIR

BILENE MANDLAKAZE CHOKWE

XAI-XAI

CIDADE_DE_XAI-XAI

Xai-Xai

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MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇAO ESTATAL

Direcção Nacional de Administração Local

Maputo - Moçambique

Primeira edição, primeira impressão 2012

Esta publicação está disponível na Internet em http://www.portaldogoverno.gov.mz

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ÍÍÍnnndddiiiccceee

PPPrrreeefffáááccciiiooo v

SSSiiiggglllaaasss eee AAAbbbrrreeevvviiiaaatttuuurrraaasss vii

111 BBBrrreeevvveee CCCaaarrraaacccttteeerrriiizzzaaaçççãããooo dddooo DDDiiissstttrrriiitttooo 2 111...111 LLLooocccaaallliiizzzaaaçççãããooo,,, SSSuuupppeeerrrfffíííccciiieee eee PPPooopppuuulllaaaçççãããooo 2 111...222 CCCllliiimmmaaa 2 111...333 MMMooorrrfffooolllooogggiiiaaa eee RRReeecccuuurrrsssooosss hhhííídddrrriiicccooosss 2 111...444 RRReeellleeevvvooo,,, SSSooolllooosss eee VVVeeegggeeetttaaaçççãããooo 3 111...555 RRReeecccuuurrrsssooosss NNNaaatttuuurrraaaiiisss 4 111...666 IIInnnfffrrraaaeeessstttrrruuutttuuurrraaasss 5 111...777 EEEcccooonnnooommmiiiaaa eee SSSeeerrrvvviiiçççooosss 6 111...888 HHHiiissstttóóórrriiiaaa,,, CCCuuullltttuuurrraaa eee SSSoooccciiieeedddaaadddeee CCCiiivvviiilll 7

222 DDDeeemmmooogggrrraaafffiiiaaa 10 222...111 EEEssstttrrruuutttuuurrraaa eeetttááárrriiiaaa eee pppooorrr ssseeexxxooo 10 222...222 TTTrrraaaçççooo sssoooccciiiooolllóóógggiiicccooo 11 222...333 AAAnnnaaalllfffaaabbbeeetttiiisssmmmooo eee EEEssscccooolllaaarrriiizzzaaaçççãããooo 12

333 HHHaaabbbiiitttaaaçççãããooo eee CCCooonnndddiiiçççõõõeeesss dddeee VVViiidddaaa 13

444 OOOrrrgggaaannniiizzzaaaçççãããooo AAAdddmmmiiinnniiissstttrrraaatttiiivvvaaa eee GGGooovvveeerrrnnnaaaçççãããooo 17 444...111 GGGooovvveeerrrnnnooo DDDiiissstttrrriiitttaaalll 17 444...222 SSSííínnnttteeessseee dddaaasss aaatttrrriiibbbuuuiiiçççõõõeeesss eee dddaaa aaaccctttiiivvviiidddaaadddeee dddooosss óóórrrgggãããooosss dddiiissstttrrriiitttaaaiiisss 20 4.2.1 Secretaria Distrital 20 4.2.2 Serviço Distrital de Actividades Económicas 20 4.2.2.1 Agricultura e Desenvolvimento Rural 21 4.2.2.2 Indústria, Comércio e Turismo 23 4.2.3 Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia 24 4.2.3.1 Educação 24 4.2.3.2 Cultura 27 4.2.4 Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social 28 4.2.4.1 Saúde 28 4.2.4.2 Acção Social 34 4.2.4.3 Género 36 4.2.5 Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas 39 4.2.5.1 Ordenamento Territorial e Gestão Ambiental 39 4.2.5.2 Infraestruturas 41 444...333 FFFiiinnnaaannnçççaaasss PPPúúúbbbllliiicccaaasss eee IIInnnvvveeessstttiiimmmeeennntttooo 42 444...444 JJJuuussstttiiiçççaaa,,, OOOrrrdddeeemmm eee SSSeeeggguuurrraaannnçççaaa pppúúúbbbllliiicccaaa 44 444...555 CCCooonnnssstttrrraaannngggiiimmmeeennntttooosss eee DDDeeesssaaafffiiiooosss 45

555 AAAccctttiiivvviiidddaaadddeee EEEcccooonnnóóómmmiiicccaaa 46 555...111 PPPooopppuuulllaaaçççãããooo eeecccooonnnooommmiiicccaaammmeeennnttteee aaaccctttiiivvvaaa 46

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555...222 PPPooobbbrrreeezzzaaa eee SSSeeeggguuurrraaannnçççaaa AAAllliiimmmeeennntttaaarrr 49 555...333 IIInnnfffrrraaaeeessstttrrruuutttuuurrraaasss dddeee bbbaaassseee 50 555...444 UUUsssooo eee CCCooobbbeeerrrtttuuurrraaa dddaaa TTTeeerrrrrraaa 53 555...555 SSSeeeccctttooorrr AAAgggrrrááárrriiiooo 56 5.5.1 Infraestruturas e equipamento 56 5.5.2 Zonas agro-ecológicas 56 5.5.3 Produção agrícola e sistemas de cultivo 57 5.5.4 Pecuária 58 5.5.5 Pescas, Florestas e Fauna bravia 59 555...666 IIInnndddúúússstttrrriiiaaa,,, CCCooommmééérrrccciiiooo eee SSSeeerrrvvviiiçççooosss 60 555...777 TTTuuurrriiisssmmmooo 61

666 VVViiisssãããooo eee EEEssstttrrraaatttééégggiiiaaa dddeee DDDeeessseeennnvvvooolllvvviiimmmeeennntttooo LLLooocccaaalll 62 666...111 VVViiisssãããooo 62 666...222 OOObbbjjjeeeccctttiiivvvooosss EEEssstttrrraaatttééégggiiicccooosss eee PPPiiilllaaarrreeesss dddeee DDDeeessseeennnvvvooolllvvviiimmmeeennntttooo 62 666...333 AAAnnnááállliiissseee FFFOOOFFFAAA 65

Lista de Quadros Quadro 1. População por posto administrativo, 1/7/2012 10 Quadro 2. Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento 10 Quadro 3. Agregados familiares, segundo a dimensão 11 Quadro 4. Agregados familiares, segundo o tipo sociológico 11 Quadro 5. Distribuição da população, segundo o estado civil 11 Quadro 6. População com 5 anos ou mais, por língua materna e sexo 11 Quadro 7. População de 5 anos ou mais e conhecimento de Português 12 Quadro 8. População com 15 ou mais anos, e alfabetização, 2012 12 Quadro 9. Habitações segundo o regime de propriedade 13 Quadro 10. Tipo de habitações 13 Quadro 11. Habitações segundo o material de construção 14 Quadro 12. Habitações, água, saneamento e energia 16 Quadro 13. Famílias, segundo a posse de casa própria e bens duráveis 16 Quadro 14. Cobertura da extensão rural 21 Quadro 15. Fiscalização 22 Quadro 16. Reflorestamento 22 Quadro 17. Transgressões florestais 23 Quadro 18. População com 5 anos ou mais, e frequência escolar 24 Quadro 19. População de 5 anos ou mais, por nível de ensino 24 Quadro 20. Taxas de escolarização 25 Quadro 21. Escolas, Alunos, Professores – 2011 26 Quadro 22. População de 10 anos ou mais, por nível de ensino concluído 26 Quadro 23. Unidades de saúde, Camas e Pessoal, 2011 29 Quadro 24. Vacinação de crianças do 0 a 11 meses, 2010-11 29 Quadro 25. Actividades de vacinação antitetânica 29 Quadro 26. Actividades realizadas no sector de SMI 30 Quadro 27. Consultas pré-natal 30 Quadro 28. PTV nas maternidades 31 Quadro 29. Principais causas de internamento na pediatria 31

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Quadro 30. Crianças Mal Nutridas Testadas Contra HIV 32 Quadro 31. Principais causas de internamento 32 Quadro 32. Actividades Realizadas nas consultas de TARV 32 Quadro 33. Tabela de doenças de notificação obrigatória, 2010-11 33 Quadro 34. População de 0-14 anos, por condição de orfandade, 2007 34 Quadro 35. População deficiente, 2007 34 Quadro 36. População portadora de deficiência, segundo a causa 35 Quadro 37. Actividades na área da criança 35 Quadro 38. Actividades na área da mulher 36 Quadro 39. Actividades na área do idoso 36 Quadro 40. Actividades na área de pessoas portadoras de deficiência 36 Quadro 41. Uso de novas tecnologias (10 anos ou mais) 37 Quadro 42. Quadro comparativo de actividades realizadas 40 Quadro 43. Um líder, uma floresta 40 Quadro 44. Novas ligações de energia eléctrica 42 Quadro 45. Execução orçamental (em ‘000 MT) 43 Quadro 46. Projectos de iniciativa local financiados 43 Quadro 47. População segundo a condição de actividade 46 Quadro 48. População activa, ocupação e ramo de actividade, 2007 47 Quadro 49. População activa, ocupação e ramo de actividade, 2007 48 Quadro 50. Principais vias de acesso 51 Quadro 51. Uso e Cobertura da Terra 53 Quadro 52. Produção agrícola, por culturas: 2009-2011 58 Quadro 53. Efectivo Pecuário, 2009-2011 58 Quadro 54. Banhos carracicidas 59 Quadro 55. Produção de carne bovina 59 Quadro 56. Produção de leite 59 Quadro 57. Rede comercial e industrial 60 Quadro 58. Estabelecimentos turísticos 61

Lista de Figuras Figura 1. População com 5 anos ou mais, por língua materna ............................................ 12 Figura 2. Tipo de habitações ............................................................................................... 14 Figura 3. Habitações segundo o material de construção ..................................................... 15 Figura 4. Habitações e condições básicas existentes ........................................................... 15 Figura 5. População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado .............................. 25 Figura 6. População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído ................................ 26 Figura 7. Quadro epidemiológico, 2011 .............................................................................. 34 Figura 8. Indicadores de escolarização por sexos ............................................................... 37 Figura 9. População (15 anos ou mais), segundo a actividade e sexo ................................. 38 Figura 10. População segundo a posição no trabalho e sexo .............................................. 38 Figura 11. População com 15 anos ou mais, segundo a actividade .................................... 47 Figura 12. População activa, segundo a ocupação principal ............................................... 48 Figura 13. População activa, segundo o ramo de actividade .............................................. 49 Figura 14. Explorações segundo a sua utilização ................................................................ 55 Figura 15. Explorações por classes de área cultivada ......................................................... 55

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SSSiiiggglllaaasss eee AAAbbbrrreeevvviiiaaatttuuurrraaasss

APEs Agentes Polivalentes Elementares

BCI Banco Comercial e de Investimentos

BIM Banco Internacional de Moçambique

CDPRM Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique

CENACARTA Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção

CFM Caminhos de Ferro de Moçambique

CGRN Comité de gestão de recursos naturais

CISM Centro de Investigação em Saúde da Malária

CL’s Conselhos Locais

CNCS Conselho Nacional de Combate ao SIDA

COVs Crianças Órfãs e Vulneráveis

DNAL Direcção Nacional da Administração Local

DNPO Direcção Nacional do Plano e Orçamento

DPOPH Direcção Provincial de Obras Públicas e Habitação

DPPF Direcção Provincial do Plano e Finanças

DPS Direcção Provincial de Saúde

DTS Doença de Transmissão Sexual

EDM Electricidade de Moçambique

EN Estrada Nacional

EN1 Estrada Nacional nº 1

EP1 Ensino Primário do 1º Grau

EP2 Ensino Primário do 2º Grau

EPC Escola Primária Completa

ESG1 Ensino Secundário Geral do 1º ciclo

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ESG2 Ensino Secundário Geral do 2º ciclo

ET Ensino Técnico

FDD Fundo de Desenvolvimento Distrital

GD Governo Distrital

IAF Inquérito aos agregados familiares, sobre o orçamento familiar

IFP Instituto de Formação de Professores

INE Instituto Nacional de Estatística

IPCC’s Instituições de participação e consulta comunitária

ITS’s Infecções de Transmissão Sexual

LOLE Lei dos Órgãos Locais do Estado

MAE Ministério da Administração Estatal

Mcel Moçambique Celular

MF Ministério das Finanças

MINAG Ministério da Agricultura

MPD Ministério da Planificação e Desenvolvimento

ONGs Organizações Não Governamentais

ORAM Organização de Ajuda Mútua

PA Posto Administrativo

PARPA Plano de Acção Para Redução da Pobreza Absoluta

PEDD Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PPFD Programa de Planificação e Finanças Descentralizadas

PQG Programa Quinquenal do Governo

PRM Polícia da República de Moçambique

PSAA Pequeno Sistema de Abastecimento de Água

SD Secretaria Distrital

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SDAE Serviço Distrital de Actividades Económicas

SDEJT Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia

SDPI Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas

SDSMAS Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social

SIFAP Sistema de Formação em Administração Pública

STV Soico Televisão

TDM Telecomunicações de Moçambique

VODACOM Operadora de telefonia móvel

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111 BBBrrreeevvveee CCCaaarrraaacccttteeerrriiizzzaaaçççãããooo dddooo DDDiiissstttrrriiitttooo

111...111 LLLooocccaaallliiizzzaaaçççãããooo,,, SSSuuupppeeerrrfffíííccciiieee eee PPPooopppuuulllaaaçççãããooo

O distrito de Xai-Xai fica situado no extremo sul de Moçambique e é limitado a sul pelo Oceano

Índico, a norte pelos distritos de Chibuto (Posto Administrativo de Malehice) e Chókwè), a Este pelo

distrito de Bilene e a Oeste pelo distrito de Mandlakazi.

A superfície do distrito1 é de 1.870 km2 e a sua população está estimada em 236 mil habitantes à

data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 126,2 hab/km2, prevê-se que o

distrito em 2020 venha a atingir os 283 mil habitantes.

A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:1, isto é, por cada

10 crianças ou anciões existem 10 pessoas em idade activa. Com uma população jovem (47%, abaixo

dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 82% (por cada 100 pessoas do sexo feminino

existem 82 do masculino) e uma matriz rural.

111...222 CCCllliiimmmaaa

O distrito é influenciado pelos anticiclones dos oceanos Índico e Atlântico, pela célula continental de

alta pressão durante a época fresca e, pela depressão continental de origem térmica durante a época

quente.

Ainda pela sua posição geográfica, o distrito encontra-se na zona de influência de sistemas frontais

que transportam massas de ar polar marítimo que podem originar chuvas e aguaceiros na época

fresca, aguaceiros e trovoadas na época quente.

A maioria da chuva ocorre durante a estação quente, com o pico em Janeiro e Fevereiro. A

precipitação média anual varia de 825mm a 1145mm, decrescendo muito rapidamente da costa para o

interior. Os valores da evapotranspiração mensal são ligeiramente mais elevados no interior que na

costa, devido à baixa precipitação e às elevadas temperaturas.

O período de crescimento vegetal decresce da costa para o interior, variando de 308 dias em

Chongoene a 214 dias em Maniquenique.

111...333 MMMooorrrfffooolllooogggiiiaaa eee RRReeecccuuurrrsssooosss hhhííídddrrriiicccooosss

O distrito de Xai-Xai está dividido em duas unidades morfológicas: o planalto arenoso (serra) e o

vale. A serra é caracterizada por dunas arenosas muito onduladas, de altitude irregular, em direcção

ao norte, e interrompidas por lagos fechados permanentes, 3 a 5Km em direcção ao mar. O vasto vale

1 Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção http://www.cenacarta.com

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do Limpopo é, em geral, plano, descendo gradualmente de 11m, no Norte, para o nível do mar. A

zona de transição entre a serra e o vale é baixa e húmida (Machongo e Bilene baixo).

O Limpopo é o principal rio permanente. A qualidade da água varia com a precipitação recebida a

Norte da bacia hidrográfica. Na estação seca a sua água é salgada devido à intrusão salina.

O rio Lumane, permanente, drena a água doce do Lago PAVE no rio Limpopo. Os outros 3 rios (

Munhuana, Chégua e Nhancuchuane) são sazonais, mas mantêm uma certa quantidade de água

permanente disponível.

Existem, ainda, cerca de 20 lagos permanentes, a maioria na costa, que são importantes para a pesca,

captação de água para uso doméstico, banho, abeberamento do gado, recreação e, em alguns casos,

para irrigação.

111...444 RRReeellleeevvvooo,,, SSSooolllooosss eee VVVeeegggeeetttaaaçççãããooo

O distrito de Xai-Xai estende-se por dois grandes tipos fisiográficos que são a planície aluvionar do

rio Limpopo (vale) e um planalto circundante arenoso (serra) de origem eólica.

A transição entre os dois tipos é feita por encostas declivosas, onde muitas vezes ocorre a formação

de solos hidromórficos. Os tipos de solos mais predominantes são os solos argilosos nas baixas e os

solos arenosos nas serras.

Os solos da serra são predominantemente arenosos, grosseiros muito profundos. As cores variam de

laranja a acastanhados, de esbranquiçados a vermelhos. As areias vermelhas têm uma melhor

retenção de água, estendendo-se de Chongoene a Bungane, a Este. As depressões, relativamente

húmidas, apresentam cores esbranquiçadas e baixa capacidade de retenção de água, sendo a planície

de Banhine a maior depressão ou baixa.

Os solos da zona de transição entre a serra e o vale são húmidos e, em alguns casos, apresentam uma

camada turfosa (machongo) de 20 a 100cm, cobrindo solos arenosos ou argilosos finos. Estes solos

são mal drenados, com elevada capacidade de retenção de água e troca de gases. A mudança das

condições de humidade no tempo nesta região oferece possibilidades para o cultivo de uma grande

variedade de culturas durante o ano.

Os solos da parte superior do vale (Bilene alto) são moderadamente a mal drenados e salinos, tendo

uma elevada capacidade de retenção de água.

Os solos da parte inferior do vale (Bilene baixo) são mal drenados e salinos, possuindo elevada

capacidade de retenção de água e fertilidade, mas uma estrutura pesada que requer tracção animal ou

tractor para a preparação das terras.

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O Distrito de Xai-Xai possui diferentes tipos de vegetação: Arbustos, floresta artificial mista e

floresta natural, em constante transformação devido a sua exploração para aquisição do material de

construção, lenha e prática de artesanato.

111...555 RRReeecccuuurrrsssooosss NNNaaatttuuurrraaaiiisss

Florestas

O Distrito possui algumas florestas naturais, que a população local aproveita para o fabrico de

utensílios domésticos e para artesanato, produção de mel, colheita de produtos medicinais, caça, entre

outro tipo de aproveitamento.

A floresta da zona litoral, apresenta-se com dunas e encostas muito inclinada, vegetação de mangal e

planície em toda a costa, tidas como zonas de protecção. Estas zonas estão sob gestão de uma

unidade específica (CDS) através do programa de manutenção de dunas da província de Gaza e, para

além dos aspectos de protecção, destina-se a criar beleza natural de interesse turístico. O Distrito

possui árvores de fruto (mangueiras laranjeiras e papaieiras, frutos silvestres entre outras). A falta de

semente, as pragas, a falta de hábitos e a seca são as principais limitantes ao plantio de árvore de

fruta. Alguns frutos silvestres e outros (massala, canhú) e caju, são processadas para a venda sob a

forma de bebidas alcoólicas tradicionais. A comercialização destes produtos, processados ou não, é

feita basicamente nos mercados locais.

Havendo falta de madeira para construção de habitação, a população local recorre a materiais

alternativos como arbustos e capim, bem como a material convencional. O Distrito enfrenta o

desflorestamento e erosão, havendo comunidades que têm a fonte de lenha mais próxima entre 4 a 12

km no distrito. A lenha e o carvão são os principais combustíveis domésticos.

A área destinada a floresta é bastante limitada, cerca de 15.387 ha, e este recurso é fraco em termos

de quantidade e diversidade. Contudo, é de assinalar a existência de uma unidade de processamento

de madeira cuja matéria-prima é basicamente trazida de outros distritos o que se traduz na melhoria

das condições de vida das populações como fonte de rendimento (venda dos recursos explorados),

também contribui para melhorar a dieta alimentar.

Fauna bravia

Com respeito a fauna bravia as espécies que merecem destaque são cabrito cinzento e amarelo,

macaco cinzento, o hipopótamo e a lebre.

A caça é um suplemento alimentar importante das famílias do Distrito, sendo as espécies mais

caçadas as gazelas, coelhos e aves aquáticas.

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Sendo um distrito costeiro, o peixe está naturalmente, incluído nos hábitos alimentares das famílias.

Os mecanismos existentes para melhor gestão dos recursos naturais, incluem a divulgação da lei de

terras, a criação de comités de gestão, bem como a realização de encontros com a comunidade,

divulgando as boas práticas ambientais (prevenção de queimadas descontroladas e a exploração

sustentável dos Recursos Naturais).

Areias de construção – nas margens do Limpopo e em alguns riachos. Argila vermelha pouco

plástica nas dunas interiores utilizadas nas obras de construção de estradas.

Recursos energéticos – Carvão e lenha.

Recursos minerais: Os recursos minerais existentes incluem areias pesadas, ao longo da faixa

costeira que banha o distrito bem como no seu interior, para além da argila no vale do Limpopo.

111...666 IIInnnfffrrraaaeeessstttrrruuutttuuurrraaasss

O distrito tem uma rede de estradas com uma extensão de 276km, sendo atravessado pela EN1 que

estabelece a ligação com Maputo e Inhambane, e possuindo uma rede de estradas secundárias e

terciárias relativamente significativa e operacional.

O acesso para os distritos limítrofes é feito em estradas pavimentadas e em boas condições. Já os

acessos dentro do distrito são feitos em estradas de terra batida mas que não apresentam grandes

limitações de trânsito durante a época chuvosa.

O Distrito não possui serviços aeroportuários nem pistas de aterragem. Porem, já foi identificado um

espaço para construção de aeródromo de Xai-Xai.

As telecomunicações são asseguradas por um serviço de telefonia de rede fixa, existindo 2.108

linhas em operação e 238 cabines públicas. O Distrito conta também com 3 redes de telefonia móvel

e sinal de televisão (TVM, Record Moçambique e STV). O acesso a Internet é assegurado nas zonas

servidas por rede fixa e móvel. Existe, ainda, uma delegação dos Correios de Moçambique.

O abastecimento de água é feito através de 5 sistemas para a cidade de Xai-Xai e de 140 furos, dos

quais 63 operacionais, para o restante distrito. Apesar de não cobrir satisfatoriamente todas as

localidades a rede de furos e poços abastece a maioria da população durante todo o ano.

De acordo com os dados do Censo de 2007, só 6% da população total do distrito beneficiava à data

de energia eléctrica (1% em 1997). A situação existente no distrito no que respeita ao fornecimento

de energia é a seguinte por PA:

O distrito do Xai-Xai possui 85 escolas (das quais, 34 do ensino primário nível 1),

e está servido por 15 unidades sanitárias, incluindo 1 Hospital Rural em

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Chicumbane; 1 centro de saúde tipo I em Maciene; 10 Centros de Saúde tipo II; e 3 Centros de tipo

III.

Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e manutenção das

infraestruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água a necessitar de

manutenção e a rede de estradas e pontes na época das chuvas tem problemas de transitabilidade.

111...777 EEEcccooonnnooommmiiiaaa eee SSSeeerrrvvviiiçççooosss Este distrito já foi o 1° produtor de arroz do país. Atravessado pelo rio Limpopo, que fertiliza as suas

margens (bacia hidrográfica), o seu vale é apto para a produção de toda a espécie de culturas de

rendimento (arroz, trigo, feijões, hortícolas e banana).

A agricultura predominante no Distrito é de sequeiro em que os produtores fazem manualmente as

lavouras e sementeiras à medida que se regista precipitação no início de cada época. A maioria dos

produtores usa sementes não melhoradas provenientes das suas produções.

O potencial de área arável do Distrito é de 62.170 ha, dos quais 8.000 ha de machongos, 36.678 ha de

serra e 17.492 ha de Vale. O actual aproveitamento desta área é de 65% correspondente a 40.411ha.

No Distrito existem 8 sistemas de regadio e 13 sistemas de drenagem. O regadio de Ponela foi

reabilitado, parcelado e distribuído a 48 agricultores comerciais.

Os regadios de Chilaulene e Lumane não estão sendo devidamente aproveitados por causa do

assoreamento das valas de rega e drenagens ocasionado pelas cheias de 2000.

O Distrito apresenta uma tendência de produção crescente devido fundamentalmente ao uso intensivo

de insumos agrícolas tais como semente certificada, pesticidas e fertilizantes químicos.

A maioria das famílias pratica agricultura de subsistência com o objectivo de garantir a segurança

alimentar. As principais culturas alimentares são: Milho, Arroz, Feijões, Amendoim, Mandioca e

Batata-doce.

As culturas de rendimento praticadas no Distrito são: Arroz, trigo, castanha de caju, batata reno e

hortícolas. É também praticada a cultura de algodão pela empresa CAFA (Companhia Agrícola de

Fomento Algodoeiro).

As tecnologias de produção usadas pelo Distrito compreendem: técnicas melhoradas de produção de

cereais, hortícolas, leguminosas, banana e produção de mel; maior aproveitamento das zonas

agrícolas; produção de culturas tolerantes a seca e combate ao oídio. Associado a estas tecnologias os

extensionistas fazem divulgação de mensagem no âmbito de combate ao HIV/SIDA, Gestão de

crédito e organização de produtores

Os principais constrangimentos na área agrícola estão relacionados com o

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assoreamento das valas e alagamento dos campos, pragas, doenças, precipitações irregulares,

descapitalização dos produtores, falta de cultura de compra e exiguidade de recursos humano.

O fomento pecuário tem sido fraco. Porém, o investimento privado e a tradição na criação de gado e

uso de tracção animal, conduziram ao crescimento do efectivo bovino de 22 mil cabeças em 2000,

para cerca de 38 mil cabeças em 2004 e 37 mil cabeças em 2011, cuja exploração é feita por vários

criadores privados e familiares, servidos por algumas infraestruturas de apoio.

A caça e a pesca são suplementos alimentares importantes. O distrito possui algumas florestas

naturais. A lenha e o carvão são os principais combustíveis domésticos. O distrito enfrenta o

desflorestamento e erosão, havendo comunidades que têm a fonte de lenha mais próxima entre 4 a 12

km de distância.

O sector comercial do distrito está bem integrado na zona Sul do país e é relativamente activo, tendo

sido arroladas 187 lojas e um sector informal que ocupa uma quota considerável do mercado

retalhista. Ainda que pouco desenvolvidas, o distrito conta com algumas pequenas unidades

industriais artesanais.

Funcionam no distrito delegações das Telecomunicações de Moçambique, Correios de Moçambique,

Electricidade de Moçambique e filiais bancárias.

Este distrito faz parte da conhecida Zona Costeira de Xai-Xai, sendo um importante polo turístico da

zona sul do país. Em termos de potencial turístico, possui cerca de 80Km de costa com belas

paisagens, sendo de destacar as de Chongoene e Zongoene. A faixa costeira e os lagos permanentes

no interior fornecem boas oportunidades para a prática do turismo e recreação, existindo planos de

gestão integrada nas zonas costeiras do distrito, que disponibilizam inúmeras áreas para investimento

e construção de instalações de estâncias turísticas e habitacionais.

111...888 HHHiiissstttóóórrriiiaaa,,, CCCuuullltttuuurrraaa eee SSSoooccciiieeedddaaadddeee CCCiiivvviiilll

O nome Xai-Xai era de um grande Chefe Zulo – Nguni, colocado por Manukusi na actual zona de

Fenicelene, arredores da baixa cidade de Xai-Xai, com o objectivo de controlar o espaço até à foz do

rio Limpopo (Barra), e representar o poder dos Nguni na zona.

Em 1925, a Província de Gaza foi elevada a Distrito, tendo Sede em Chongoene. No mesmo ano, a

Sede do distrito passou para Xai-Xai, tendo em vista facilitar a circulação de pessoas e bens,

contribuindo desta forma para o desenvolvimento da região.

O distrito foi baptizado com o nome do Imperador de Gaza, cuja esposa, Ndlhovukazi (aglutinação

de Ndlhovu-elefante e Kazi-mulher), mulher de grande prestígio social, deu o

nome à região.

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O Porto de Xai-Xai tinha um impacto vital, aproveitando a foz do rio Limpopo para a entrada, no

actual Mira-Rio, de navios vindos de Lourenço Marques.

Xai-Xai foi posteriormente designado de Vila João Belo, nome do comandante da Capitania do

Porto, tendo após a Independência, recuperado o seu nome original.

O distrito de Xai-Xai é, predominantemente, habitado pelo grupo étnico falante de Xitsonga, cristão e

praticante de ritos tradicionais de invocação dos espíritos dos antepassados. A religião dominante é a

Sião/Zione, praticada pela maioria da população do distrito.

Foram identificados os seguintes lugares históricos e acontecimentos no distrito:

Mata-Sagrada de Chirindzene, com 9ha, localizada a 30Km de Xai-Xai, com uma floresta densa

e uma nascente de água;

Mbiguane – O guerreiro que dirigiu a invasão Nguni na região de Khambane;

Cajueiro onde descansou o 1° Presidente da FRELIMO, Eduardo Chivambo Mondlane, em

viagem a Lourenço Marques, no ano de 1961;

Barco MAFEKUZANE – meio de transporte que levou a Portugal Ngungunhana, o líder da

resistência contra a ocupação colonial portuguesa;

A festa WUKANYU, precedida de cerimónia tradicional Kuphalha.

Existem sessões de intercâmbio cultural entre distritos, envolvendo grupos de canto e dança, dibe,

makwayela, grupo de dança Lhuwukane.

O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital composto por diversos membros e presidido pelo

Administrador Distrital. Em 2011 o CCD aprovou e financiou 83 projectos de iniciativa local. No

Distrito funcionam três Conselhos Consultivos dos Postos Administrativos, com 30 membros cada, e

presididos pelo respectivo Chefe do Posto Administrativo. No seu funcionamento participativo estes

envolvem os membros dos 14 Conselhos Consultivos de Localidade.

Os membros dos Conselhos Consultivos do Distrito são envolvidos na apreciação do PEDD e

PESOD e na avaliação periódica dos instrumentos da planificação territorial local, bem como no que

se refere à opinião sobre a viabilidade de projectos de iniciativa local e projectos com impacto

directo nas comunidades, no âmbito de investimento local, que são submetidos posteriormente para

decisão do Conselho Consultivo Distrital.

No âmbito da implementação do Decreto 15/2000 sobre as autoridades comunitárias de 1ª e 2ª linhas

(régulos, chefes de terras e secretários de bairro), de acordo com as entidades distritais, foi levado a

cabo um trabalho de divulgação do mesmo em todos os Postos Administrativos, Localidades, Aldeias

e Povoações, tendo sido envolvidas todas as camadas sociais. A relação entre a

Administração e as autoridades comunitárias é positiva e tem contribuído para a

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solução dos vários problemas locais, nomeadamente os surgidos devido aos conflitos de terras

existentes no distrito.

Em relação à religião existem várias crenças no distrito e representes das respectivas hierarquias e

que se têm envolvido, em coordenação com as autoridades distritais em várias actividades de índole

social.

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222 DDDeeemmmooogggrrraaafffiiiaaa222 A superfície do distrito3 é de 1.870 km2 e a sua população está estimada em 236 mil habitantes à data

de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 126,2 hab/km2, prevê-se que o distrito

em 2020 venha a atingir os 283 mil habitantes.

222...111 EEEssstttrrruuutttuuurrraaa eeetttááárrriiiaaa eee pppooorrr ssseeexxxooo A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:1, isto é, por cada

10 crianças ou anciões existem 10 pessoas em idade activa. Com uma população jovem (47%, abaixo

dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 82% (por cada 100 pessoas do sexo feminino

existem 82 do masculino) e uma matriz rural.

Quadro 1. População por posto administrativo, 1/7/2012

TOTAL Grupos etários

0 - 4 5 - 14 15 - 44 45 - 64 65 e mais DISTRITO DE XAI XAI 236,016 40,211 69,790 93,521 22,476 10,018 Homens 106,044 20,106 34,579 40,601 7,807 2,952 Mulheres 129,972 20,105 35,210 52,921 14,670 7,066 P.A. de CHICUMBANE 90,451 15,792 26,435 36,300 8,380 3,544 Homens 40,497 7,925 13,164 15,538 2,840 1,030 Mulheres 49,949 7,868 13,270 20,749 5,545 2,516 P.A. de CHONGOENE 114,851 19,073 34,447 45,131 11,121 5,079 Homens 51,482 9,479 16,955 19,622 3,928 1,498 Mulheres 63,366 9,593 17,494 25,511 7,188 3,580 P.A. de ZONGUENE 30,713 5,346 8,907 12,090 2,975 1,395 Homens 14,066 2,702 4,460 5,441 1,039 424 Mulheres 16,657 2,644 4,446 6,660 1,936 970

Fonte: INE, Dados do Censo de 2007.

Das pessoas residentes no distrito, 87% nasceram no próprio distrito, o que denota fluxos de

migração internos baixos. No caso das mulheres este fluxo é maior entre distritos da mesma

província e menor quando considerado em relação a outras províncias do país.

Quadro 2. Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento

Local de Nascimento

No próprio distrito

Noutro distrito da mesma província

Noutra Província

Total 87.1% 9.3% 3.5% -‐ Homens 89.3% 7.3% 3.4% -‐ Mulheres 85.4% 10.9% 3.7% Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

2 Os dados demográficos e da habitação, excepto nota contrária, estão referidos a 1/8/2007, última data censitária. 3 Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção http://www.cenacarta.com

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222...222 TTTrrraaaçççooo sssoooccciiiooolllóóógggiiicccooo

Das 7 mil famílias4 do distrito, a maioria é do tipo sociológico alargado (46%), isto é, com um ou

mais parentes para além de filhos e têm, em média, 4.7 membros.

Quadro 3. Agregados familiares, segundo a dimensão % de agregados, por dimensão 1 - 2 3 - 5 6 e mais

26.0% 40.8% 33.1% Fonte: INE, Dados do Censo de 2007 e Projecções globais da população.

Quadro 4. Agregados familiares, segundo o tipo sociológico

TIPO SOCIOLÓGICO DE AGREGADO FAMILIAR

Unipessoal Monoparental (1) Nuclear

Alargado (2) Masculino Feminino Com filhos Sem filhos

14.1% 1.2% 15.9% 19.1% 4.2% 45.5% Fonte: Instituto Nacional de Estatística – Censo de 2007.

1) Família com um dos pais. 2) Família nuclear ou monoparental com ou sem filhos e um ou mais parentes.

Na sua maioria casados após os 12 anos de idade, têm forte crença religiosa, dominada pela religião

Sião ou Zione.

Quadro 5. Distribuição da população, segundo o estado civil

Com 12 anos ou mais, por Estado civil

Total Solteiro Casado ou

união Separado/

Divorciado Viúvo 100.0% 35.8% 47.2% 4.4% 12.6%

Fonte: Instituto Nacional de Estatística – Censo de 2007. Tendo o Xichangana como língua materna dominante, constata-se que 57% da população do distrito

(com 5 ou mais anos de idade) tem conhecimento da língua portuguesa, sendo este domínio

predominante nos homens, dada a sua maior inserção na vida escolar e no mercado de trabalho.

Quadro 6. População com 5 anos ou mais, por língua materna e sexo

TOTAL

GRUPO ETÁRIO

5 - 9 10 - 14 15 - 19 20 - 44 45 e mais TOTAL 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% Xichangana 95.6% 95.3% 96.3% 95.0% 94.2% 95.9% Xirhonga 0.2% 0.1% 0.2% 0.3% 0.4% 0.3% Português 2.2% 2.8% 2.7% 3.2% 2.7% 1.4% Cicopi/Cichopi 0.6% 0.2% 0.2% 0.5% 0.6% 1.0% Outras 1.4% 1.7% 0.7% 1.0% 2.0% 1.4% Fonte: Instituto Nacional de Estatística – Censo de 2007.

4 Estimativa para 2012 a partir das projecções da população do Censo de 2007.

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Figura 1. População com 5 anos ou mais, por língua materna

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

Quadro 7. População de 5 anos ou mais e conhecimento de Português

Sabe falar Português Não sabe falar Português

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total 56.9% 65.9% 50.0% 43.1% 34.1% 50.0% 5 - 9 anos 36.6% 36.1% 37.1% 63.4% 63.9% 62.9% 10 - 14 anos 76.4% 75.1% 77.8% 23.6% 24.9% 22.2% 15 - 44 anos 93.7% 93.9% 93.5% 6.3% 6.1% 6.5% 45 anos ou mais 65.4% 81.1% 45.9% 34.6% 18.9% 54.1% Fonte: Instituto Nacional de Estatística.

222...333 AAAnnnaaalllfffaaabbbeeetttiiisssmmmooo eee EEEssscccooolllaaarrriiizzzaaaçççãããooo

Com 60% da população alfabetizada, predominantemente homens, o distrito tem uma taxa de

escolarização normal, constatando-se que 71% dos seus habitantes frequentam ou já frequentaram a

escola, ainda que maioritariamente somente até ao nível primário.

Quadro 8. População com 15 ou mais anos, e alfabetização, 2012 Taxa de analfabetismo

TOTAL Homens Mulheres Total 40.3% 24.6% 50.7% 15 - 19 anos 15.2% 14.0% 16.3% 20 - 24 anos 27.4% 19.5% 32.6% 25 - 29 anos 34.0% 24.3% 40.6% 30 - 44 anos 37.8% 22.8% 47.3% 45 anos ou mais 68.5% 39.3% 84.1% P.A. de Chicumbane 42.1% 26.9% 52.1% P.A. de Chonguene 37.9% 22.7% 48.0% P.A. de Zongoene 43.7% 25.3% 56.6%


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333 HHHaaabbbiiitttaaaçççãããooo eee CCCooonnndddiiiçççõõõeeesss dddeee VVViiidddaaa555

As características físicas das habitações, especialmente o material usado na sua construção e o acesso

a serviços básicos de água, saneamento e energia, são indicadores importantes do nível de vida dos

agregados familiares. As características do parque habitacional duma sociedade constituem um

indicador bastante relevante do nível de desenvolvimento socioeconómico.

Quadro 9. Habitações segundo o regime de propriedade

Total de Habitações 100.0% -‐ Próprias 97.6% -‐ Alugadas 0.2% -‐ Cedidas ou emprestadas 1.2% -‐ Outro regime 1.0%


A maioria (98%) das cerca de 50 mil habitações6 existentes no distrito são de propriedade própria. O

tipo de habitação dominante é a casa mista, que é um tipo de habitação que combina materiais de

construção duráveis e materiais de origem vegetal, e representa 50% do parque habitacional do

distrito.

Quadro 10. Tipo de habitações

Casa convencional7 ou apartamento8 0.5% Casa mista9 50.1% Casa básica10 17.4% Palhota11, casa improvisada12 e outras 32.0%


5 Os dados demográficos e da habitação, excepto nota contrária, estão referidos a 1/8/2007, última data censitária. 6 Estimativa para 2012 a partir das projecções da população do Censo de 2007. 7 Casa convencional - é uma unidade habitacional unifamiliar que tenha quarto(s), casa de banho, cozinha dentro de casa, e

construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/laje de betão). Pode ser de rés do chão, mais de 1 ou 2 pisos. 8 Flat/apartamento - é uma unidade habitacional que tenha quarto(s) casa de banho, cozinha pertencente a uma unidade habitacional

multifamiliar com 1 ou mais pisos podendo ser de um bloco ou conjunto de blocos. 9 Casa mista – é uma casa construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/laje de betão),

materiais de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu, caniço, paus maticados, madeira, etc) e adobe. 10 Casa básica – é uma unidade habitacional que só tem quarto(s) e não tem casa de banho e ou cozinha, sendo construída com

materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/laje de betão). Inclui-se nesta categoria o conjunto de

quartos geminados (casa comboio) que utilizam os mesmos serviços (casa de banho, cozinha e água). 11 Palhota – é uma casa cujo material predominante na construção é de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu,

caniço, adobe, paus maticados, etc). 12 Casa improvisada – são habitações construídas com material improvisado e precário, tal como papel, saco, cartão,, latas, cascas de

árvores, etc.

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Figura 2. Tipo de habitações


Apesar de as condições de habitação serem diferentes entre as zonas urbanas e rurais do distrito,

verifica-se um padrão comum dos materiais de construção caracterizado por:

• A maioria das casas tem paredes de caniço/paus (77%) ou blocos de cimento ou tijolo (19%);

• A maioria das casas tem cobertura de chapas ou telha (66%); e

• A maior parte das casas tem pavimento de cimento (55%), seguido de adobe (33%).

Quadro 11. Habitações segundo o material de construção

Em % Total Urbano Rural Paredes 100.0% n.a. 100.0%

-‐ Blocos de cimento ou tijolo 19.0% n.a. 19.0% -‐ Caniço / Paus 76.7% n.a. 76.7% -‐ Madeira / Zinco 3.6% n.a. 3.6% -‐ Outro material 0.7% n.a. 0.7% Cobertura 100.0% n.a. 100.0% -‐ Chapas ou telhas 65.8% n.a. 65.8% -‐ Laje de betão 0.2% n.a. 0.2% -‐ Capim ou outro material 33.9% n.a. 33.9% Pavimento 100.0% n.a. 100.0% -‐ Cimento, parquet ou mosaico 55.2% n.a. 55.2% -‐ Adobe 33.4% n.a. 33.4% -‐ Sem nada 11.4% n.a. 11.4%


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Figura 3. Habitações segundo o material de construção


O gráfico e quadro seguintes mostram a distribuição percentual das habitações por acesso aos

serviços básicos. Ainda que maior nas áreas urbanas do distrito, o acesso a serviços básicos é

também limitado nestas áreas. Em geral a situação de acesso pode ser assim caracterizada:

• A maioria das famílias usa como fonte de energia o petróleo (77%), velas (11%) e lenha

(5%). A cobertura de energia eléctrica é baixa no distrito (6%);

• Cerca de 58% das famílias tem acesso a fontes de água potável13;

• Somente 24% das famílias usam sistemas de saneamento melhorados14.

Figura 4. Habitações e condições básicas existentes


13 Água canalizada (dentro e fora da casa), fontenário e poço/furo protegido c/ bomba. 14 Retrete ligada a fossa séptica, Latrina melhorada e Latrina tradicional melhorada.

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Quadro 12. Habitações, água, saneamento e energia

HABITAÇOES E CONDIÇOES BÁSICAS EXISTENTES TOTAL Casa convencional

Casa mista

Casa básica Palhota

ENERGIA 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Electricidade 6.0 50.3 5.6 15.5 0.3 Gerador/placa solar 0.4 2.9 0.3 1.3 0.0 Gás 0.1 0.0 0.1 0.0 0.1 Petróleo/parafina/querosene 77.4 38.6 79.5 72.1 77.9 Velas 10.8 5.8 11.3 9.1 11.0 Baterias 0.3 1.9 0.2 0.6 0.1 Lenha 4.7 0.0 2.7 1.3 9.9 Outras 0.4 0.3 0.3 0.2 0.7 ÁGUA 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Água canalizada 5.6 48.1 5.5 10.8 1.8 - dentro da casa 0.5 37.7 0.5 0.0 0.0 - fora de casa 5.1 10.4 5.1 10.8 1.8 Não-canalizada 94.4 51.9 94.5 89.2 98.2 - fontenário 28.1 15.6 33.1 28.7 20.0 - poço/furo protegido c/ bomba 23.9 15.6 24.2 25.3 22.7 - poço sem bomba 33.6 13.6 31.1 27.7 41.3 - rio/lago/lagoa 7.6 5.2 5.5 3.9 13.1 - chuva 1.1 1.9 0.5 3.4 0.7 - outros 0.3 0.0 0.2 0.2 0.5 SANEAMENTO 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Retrete ligada a fossa séptica 0.5 42.9 0.1 1.0 0.0 Latrina melhorada 9.1 15.3 10.5 19.1 1.1 Latrina tradicional melhorada 13.8 10.4 14.6 20.0 9.1 Latrina não melhorada 62.2 26.9 65.0 54.0 63.0 Não tem retrete/latrina 14.4 4.5 9.8 5.8 26.7

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007. No que diz respeito a posse de bens, a incidência da posse de bens duráveis pelas famílias residentes

no distrito é apresentada na tabela seguinte.

Quadro 13. Famílias, segundo a posse de casa própria e bens duráveis Casa

própria Rádio Televisor Telefone

fixo Computador Carro Motorizada Bicicleta Nenhum

bem 97.6% 49.5% 14.2% 0.3% 0.2% 3.0% 2.1% 14.3% 46.8%


Constata-se que, exceptuando a casa própria, 47 por cento das famílias não possuem nenhum dos

bens listados na tabela e observados aquando do Censo da População de 2007.

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444 OOOrrrgggaaannniiizzzaaaçççãããooo AAAdddmmmiiinnniiissstttrrraaatttiiivvvaaa eee GGGooovvveeerrrnnnaaaçççãããooo O distrito de Xai-Xai é constituído por 3 Postos Administrativos: Chongoene, a Sede do distrito,

Chicumbane e Zongoene, que estão subdivididos em 14 Localidades

Posto Administrativo Localidades Chicumbane Sede

Chirindzene Nuvunguene Muwawasse Muzingane

Chongoene Sede Maciene Siaia Nhacutse Banhine

Zongoene 24 de Julho Chilaulene Nhabanga

Fonte: Administração do Distrito.

444...111 GGGooovvveeerrrnnnooo DDDiiissstttrrriiitttaaalll

O Governo Distrital é dirigido pelo Administrador de Distrito e, ao abrigo da Lei nº 8/2003 de 19 de

Maio, está estruturado na Secretaria Distrital e nos seguintes Serviços Distritais:

• Actividades Económicas;

• Saúde, Mulher e Acção Social;

• Educação, Juventude e Tecnologia; e

• Planeamento e Infraestruturas.

De acordo com o Estatuto Orgânico do Governo Distrital aprovado pelo Decreto nº 6/2006 de 12 de

Abril, a Estrutura Tipo do Governo Distrital é a que é apresentada em seguida.

Estrutura Tipo do Governo Distrital

Fonte: Decreto nº 6/2006 de 12 de Abril

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Para além destes serviços, funcionam ainda as seguintes instituições públicas:

• Tribunal Judicial;

• Registo e Notariado;

• Comando Distrital da PRM;

• Procuradoria Distrital da República;

• Alfândegas;

• Migração;

• SISE.

Com um total de 3.079 funcionários em 2011 (dos quais, 1645 são mulheres), o pessoal da

Administração Distrital apresenta a seguinte distribuição por serviços:

• 81 Gabinete do Administrador/Secretaria Distrital (GA/SD);

• 1523 do Serviço Distrital de Educação Juventude e Tecnologia (SDEJT);

• 218 do Serviço Distrital de Saúde Mulher e Acção Social (SDSMAS);

• 67 Serviço Distrital de Actividades Económicas (SDAE);

• 19 do Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas; e

• 1216 (DECC).

Do total de funcionários, 4.25% tem formação graduada, 2.21% formação de diferentes instituições

de ensino, 2.61% formação superior, 2.70% formação média, 35.11% formação básica e os restantes

53.10% formação elementar.

O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital composto por diversos membros e presidido pelo

Administrador Distrital. Em 2011 o CCD aprovou e financiou 83 projectos de iniciativa local. No

Distrito funcionam três Conselhos Consultivos dos Postos Administrativos, com 30 membros cada, e

presididos pelo respectivo Chefe do Posto Administrativo. No seu funcionamento participativo estes

envolvem os membros dos 14 Conselhos Consultivos de Localidade.

Os membros dos Conselhos Consultivos do Distrito são envolvidos na apreciação do PEDD e

PESOD e na avaliação periódica dos instrumentos da planificação territorial local, bem como no que

se refere à opinião sobre a viabilidade de projectos de iniciativa local e projectos com impacto

directo nas comunidades, no âmbito de investimento local, que são submetidos posteriormente para

decisão do Conselho Consultivo Distrital.

No contexto da reforma do sector público, foi nomeado o Secretário Permanente Distrital, foram

institucionalizados os Conselhos Locais (Localidade, Posto Administrativo e Distrito), Balcão de

Atendimento Único Distrital (BAUD), descentralizados os investimentos no

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distrito, tramitados os expedientes para a nomeação de directores dos serviços distritais bem como

dos chefes de Localidade.

A governação tem por base os Presidentes das Localidades, Autoridades Comunitárias e

Tradicionais. Os Presidentes das Localidades são representantes da Administração e subordinam-se

ao Chefe do Posto Administrativo e, consequentemente, ao Administrador Distrital, sendo

coadjuvados pelos Chefes de Aldeias, Secretários de Bairros, Chefes de Quarteirões e Chefes de

Blocos.

444...222 SSSííínnnttteeessseee dddaaasss aaatttrrriiibbbuuuiiiçççõõõeeesss eee dddaaa aaaccctttiiivvviiidddaaadddeee dddooosss óóórrrgggãããooosss dddiiissstttrrriiitttaaaiiisss

Nesta secção, sem pretender ser exaustivo transcrevendo o rol de tarefas realizadas, focam-se as

principais actividades de intervenção pública directa que contribuem para o desenvolvimento social e

económico do distrito.

4.2.1 Secretaria Distrital

A Secretaria Distrital dirigida por um Secretário Permanente Distrital é o órgão do Governo Distrital

que tem como principais funções e realizou actividades no âmbito de (a) prestar assistência técnica e

administrativa ao Governo Distrital; (b) assegurar a gestão dos recursos humanos, materiais e

financeiros do Governo Distrital; (c) assistir na organização e controlo das atividades do Governo

distrital, bem como na elaboração de relatórios de análise de actividades do Governo Distrital; e (d)

garantir a assistência técnica e administrativa necessária ao funcionamento dos postos

administrativos, localidades e povoações.

Estrutura Orgânica da Secretaria Distrital

SecretariaGeral

Repartição de Planificaçãoe Desenvolvimento Local

Secretário PermanenteDistrital

Repartição deFinanças

Repartição de Administração Locale Função Pública

Fonte: MAE/DNAL.

4.2.2 Serviço Distrital de Actividades Económicas

Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a) a

promoção do uso adequado do solo e a gestão florestal; (b) o incentivo da produção alimentar e de

culturas de rendimento; (c) o fomento pecuário e a construção comunitária de tanques carracicidas;

(d) a emissão de emitir licenças de pesca artesanal, caça e de abate, bem como o

combate a caça furtiva; (e) a promoção da piscicultura e da apicultura; (f) a

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divulgação do potencial económico, industrial, turístico e cinegético local; (g) a promoção da

pequena indústria e mineração artesanal; (h) a emissão de pareceres sobre pedidos de licenciamento

de atividades económicas, licenciar atividades comerciais e emitir licenças turísticas; (i) efectuar o

recenseamento das atividades de artesanato; e (j) promover mecanismos de financiamento das

actividades produtivas.

4.2.2.1 Agricultura e Desenvolvimento Rural

Extensão rural

Neste distrito a rede de extensão cobre um total de 13 Localidades distribuídas pelos 3 postos

Administrativos, nomeadamente Chicumbane, Zongoene e Chongoene. Durante o período em

análise, foram assistidos 3.574 produtores, dos quais 1.420 Homens e 2.915 Mulheres. Comparando

com a campanha anterior, registou-se uma subida em 184 produtores, devido ao maior empenho dos

técnicos na abrangência e cobertura das suas zonas de acção e também pelas sensibilizações feitas

aos produtores no sentido de reverterem a situação de perdas registadas na primeira época, causadas

pelo excesso de chuvas e para apostarem no alargamento das áreas de produção.

Quadro 14. Cobertura da extensão rural Indicadores 2010 2011 Zonas de Intervenção (Aldeia, Localidade, Posto Administrativo) 13 13 N.º Extensionistas 2 5 N.º Supervisor 1 1 N.º Associações 28 34 N.º Grupos 27 52 N.º EMC 0 0 N.º de facilitadores de EMC 0 2 N.º JFSLS 0 0 N.º de membros de JFFLS 0 0 N Escolas (EP1, EP2,…) e Centros internatos 5 13 N.º alunos envolvidos 948 5703 N.º Camponeses de contacto 46 83 N.º Produtores Assistidos 1775 3574

N.º membros de associações 1587 1567 N.º membros de grupos 634 460 N.º membros de EMC 0 0 N.º camponeses dispersos 554 1519

Fonte: Relatório Anual do Governo Distrital, 2011

A extensão trabalhou em parceria com quatro ONG’s, nomeadamente Save The Children, ADCR,

Visão Mundial, FDC e ACOSADE, associação sediada em Chicumbane.

A Save The Children e ADCR trabalham no Posto Administrativo de Chicumbane na assistência às

Crianças Órfãs Vulneráveis (COV’s) e outros produtores em grupo ou dispersos na produção

agrícola.

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A Visão Mundial opera na zona de Chongoene e durante período em análise, as actividades

dedicavam-se em torno da segurança alimentar e créditos e a FDM trabalhou com os produtores do

baixo Limpopo na limpeza de valas de drenagem.

Associativismo

No sentido de garantir maior assistência aos produtores, estes são sensibilizados a unirem-se em

associações ou grupos, daí que, foram assistidas 14 associações das 49 existentes no distrito,

envolvendo 2.165 membros destes 741 Homens e 1.424 Mulheres. Do total de associações do

Distrito somente 17 estão legalizadas.

A maioria das associações têm como principal actividade a produção agrícola, embora nem todas

tenham uma área comum da associação, mas cada membro trabalha na sua área.

Florestas

Nesta área várias actividades foram desenvolvidas, destacando-se a fiscalização, controle de

movimento de produtos em trânsito, supervisão de trabalhos de produção florestal e distribuição de

plantas.

Quadro 15. Fiscalização Produto Espécie Unid. 2010 2011

Madeira em toros

Chanfuta m3 110.899,148 972,36 Umbila m3 1.407,398 1.152,77 Panga panga m3 158.661,726 667,49 Pau-preto m3 0 0 Pinho m3 1.424,077 1219,10 Mondzo m3 1.813,862 373,44 Mecrusse m3 21 149,74 Eucalipto m3 23,814 5,601

Lenha esteres 1.891,15 1.324,30

Carvão Sacos 10467 6.095

Estacas Esteres 23.713 1.373,30


Quadro 16. Reflorestamento Indicadores 2009 2010 N.º de Viveiros 2 2 Mudas distribuídas 66.4 96.12 Mudas produzidas 91.5 200.45


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Quadro 17. Transgressões florestais

Tipo de infracção Nº de multas aplicadas

Valor da multa em Mt

Nº de multas pagas

Receita arrecadada em Mt

Transito ilegal de produtos florestais 11 2.000,00 10 20.000,00 Comercialização de produtos florestais sem autorização 1 10.000,00 1 10.000,00 Transito ilegal 2 1.000,00 0 0 Total 7 21.000,00 6 30.000,00 Fonte: Relatório Anual do Governo Distrital, 2011

Conflito Homem/Fauna bravia

Em 2011, na zona de Lumane houve abate de um hipopótamo que causava danos nas culturas da

população e em Languene foi somente um alarme. Em Chicumbane houve o registo de 2 crocodilos

apanhados mortos. E há alarme de existência de crocodilos em Novela e no Baixo Limpopo.

Houve um alarme de existência de um búfalo na localidade de Mbalanine, Posto Administrativo de

Zongoene, onde se solicitou ajuda dos caçadores comunitários para o abate porque tem dado cabo às

culturas da comunidade.

4.2.2.2 Indústria, Comércio e Turismo

Indústria

Esta área continua a dedicar especial atenção à implementação da estratégia do desenvolvimento da

indústria em conformidade com as potencialidades existentes em cada Posto Administrativo. No ano

de 2011 foram licenciadas três indústrias de micro-dimensão, sendo 2 no P.A. de Chicumbane e 1 no

P.A. de Chongoene, contra 2 Indústrias, sendo 1 Serrilharia e 1 fabricação de blocos de 2010 e

ambos no Posto Administrativo de Chongoene.

Comércio

Em 2011 registaram-se 11 estabelecimentos no regime de Licença Simplificada, sendo 6 no P.A de

Chongoene, 4 no P.A. de Chicumbane e 1 no P.A. de Zongoene, contra 3 estabelecimentos do ano

de 2010.

Turismo

Na área de turismo o Distrito possui 80 km de costa com belas paisagens nas Praias de Zongoene e

Chongoene e conta com um universo de 22 estâncias turistas licenciadas, a maior parte delas

localizam-se na zona costeira de Chongoene, e Zongoene.

Os principais constrangimentos na área de turismo são: a descapitalização dos operadores turísticos,

fraca qualidade dos serviços prestados e ausência de uma estratégia de

desenvolvimento do turismo no distrito.

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4.2.3 Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia

Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a) garantir o

funcionamento de estabelecimentos de ensino, formação de professores, alfabetização, educação de

adultos e educação não formal; (b) realizar estudos sobre cultura, diversidade cultural, valores locais

e línguas nacionais; (c) promover o fabrico de instrumentos musicais tradicionais; (d) incentivar o

desenvolvimento de associações juvenis, bem como promover iniciativas geradoras de emprego,

autoemprego e outras fontes de rendimento dos jovens; e (e) promover o uso de novas tecnologias.

4.2.3.1 Educação

A maioria da população (60%) do distrito é alfabetizada e 71% das pessoas com 5 ou mais anos de

idade, predominantemente homens, frequentam ou já frequentaram o nível primário do ensino. A

análise por sexos revela um padrão melhor entre os homens do que nas mulheres.

Quadro 18. População com 5 anos ou mais, e frequência escolar

P O P U L A Ç Ã O Q U E: FREQUENTA FREQUENTOU NUNCA FREQUENTOU

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total 34.9% 40.2% 30.9% 36.4% 39.6% 34.0% 28.6% 20.2% 35.1% P.A. de Chicumbane 33.4% 38.7% 29.4% 34.7% 37.8% 32.3% 31.9% 23.5% 38.3% P.A. de Chonguene 36.8% 42.1% 32.8% 37.1% 40.0% 35.0% 26.0% 17.9% 32.3% P.A. de Zongoene 32.2% 37.3% 28.2% 39.0% 43.6% 35.4% 28.8% 19.1% 36.4% Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.

A análise do nível de ensino frequentado pela população que actualmente atende a escola, revela uma

concentração significativa no nível primário de ensino.

Quadro 19. População de 5 anos ou mais, por nível de ensino

NIVEL DE ENSINO QUE FREQUENTA

Total AEA EP1 EP2 ESG1 ESG2 Técnico Superior TOTAL 100.0% 0.7% 70.3% 17.8% 9.5% 1.1% 0.4% 0.2% 5 - 9 anos 100.0% 0.1% 99.9% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 10 - 14 anos 100.0% 0.1% 74.0% 23.6% 2.3% 0.0% 0.0% 0.0% 15 - 19 anos 100.0% 0.3% 20.3% 41.0% 36.2% 1.8% 0.4% 0.0% 20 - 24 anos 100.0% 1.7% 9.6% 18.5% 48.5% 16.2% 4.4% 1.1% 25 e + anos 100.0% 18.0% 28.8% 11.1% 20.4% 9.4% 6.8% 5.4% HOMENS 100.0% 0.2% 70.7% 18.2% 8.8% 1.2% 0.5% 0.3% MULHERES 100.0% 1.1% 69.9% 17.5% 10.1% 1.0% 0.3% 0.1%

EP1 - 1º a 5º anos; EP2 - 6º e 7º anos; ESG I - 8º a 10º Anos; ESG2 - 11º e 12º Anos; ET – Ensino técnico; CFP – Curso de formação de professores; AEA -Alfabetização e educação de adultos.


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Figura 5. População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado

Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

Um aspecto importante é a observação das taxas de escolarização bruta e líquida. A primeira taxa

calcula-se dividindo o total de alunos de um determinado nível de ensino (independentemente da

idade) pela população do grupo etário correspondente à idade oficial para o referido nível15. Para

calcular a segunda taxa, divide-se o total de alunos cuja idade coincide com a idade oficial para o

nível pela população do grupo etário correspondente a esse nível. Estas são as medidas mais comuns

para estimar o desenvolvimento quantitativo do sistema educativo.

Quadro 20. Taxas de escolarização

Taxas de escolarização Taxa Bruta de Escolarização Taxa Líquida de Escolarização TOTAL H M TOTAL H M

EP1 130.3 131.8 128.8 79.3 78.9 79.6 EP2 92.6 94.2 91.1 16.1 14.1 18.1 ESG1 39.1 35.7 42.5 8.5 7.1 10.0 ESG2 8.0 8.9 7.1 0.6 0.5 0.6

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007 .

Como se pode observar, a taxa bruta de escolarização do Ensino Primário do 1º Grau é de 130%, o

que indica um elevado nível de cobertura escolar neste nível. Atendendo a que a idade ideal para

frequentar o EP1 é de 6 a 10 anos (para terminar este nível sem nenhuma reprovação), este indicador

acima dos 100% reflecte a entrada tardia na escola, a reprovação e desistência escolar, levando a que

exista um elevado número de alunos no EP1, com idades superiores a 10 anos.

Efectivamente, a taxa líquida de escolarização no EP1 confirma aquele facto ao indicar que 79% das

crianças de 6-10 anos frequentam o nível de ensino correspondente a idade, neste caso o EP1, e que

só 16% das crianças de 11 a 12 anos frequentam o nível de ensino correspondente a idade, o EP2.

A situação global descrita reflecte, para além de factores socioeconómicos, o facto de a rede escolar

existente e o efectivo de professores, apesar de terem vindo a evoluir a um ritmo significativo, serem

insuficientes, o que é agravado por baixas taxas de aproveitamento e altas taxas de

15 EP1 – 6 a 10 anos; EP2 – 11 a 12 anos; ESG1 – 13 a 15 anos; ESG2 – 16 a 17 anos; Superior – 18 a 22 anos.

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desistência em algumas localidades do distrito, devido aos casamentos prematuros e emigração de

jovens. O distrito possui ainda 25 centros de alfabetização de adultos, frequentados por 796

alfabetizandos.

Quadro 21. Escolas, Alunos, Professores – 2011

NÍVEIS DE ENSINO Nº de Escolas

Nº de Alunos Nº de Professores M HM

TOTAL DO DISTRITO 85 30.462 61.326 1.216 EP1 34 18.831 39.230 792 EP2 43 5.952 11.749 239 ESG I e II 6 5.606 10.211 185 ITPV 1 1 27 s.i. IFEA 1 72 109 s.i.

Fonte: SDEJT EP1 - 1º a 5º Ano; EP2 - 6º e 7º Ano; ESG I - 8º a 10º Ano; ESG II 11º a 12º Ano.

Em termos de grau de ensino concluído, constata-se que do total de população com 10 anos ou mais

de idade, 35% concluiu algum nível de ensino, na sua maioria o nível primário.

Quadro 22. População de 10 anos ou mais, por nível de ensino concluído

NIVEL DE ENSINO CONCLUIDO

Nenhum TOTAL Alfab. Primário Secund. Técnico C.F.P. Superior TOTAL 34.5% 0.1% 28.8% 5.3% 0.2% 0.1% 0.0% 65.5% 10 - 14 anos 25.1% 0.0% 24.6% 0.5% 0.0% 0.0% 0.0% 74.9% 15 - 19 anos 64.2% 0.0% 57.1% 7.0% 0.0% 0.0% 0.0% 35.8% 20 - 24 anos 50.9% 0.0% 38.5% 12.0% 0.2% 0.1% 0.0% 49.1% 25 - 29 anos 40.5% 0.1% 31.3% 8.7% 0.3% 0.2% 0.0% 59.5% 30 e + anos 22.4% 0.3% 17.5% 4.2% 0.2% 0.2% 0.0% 77.6% HOMENS 41.1% 0.1% 33.5% 7.0% 0.3% 0.2% 0.0% 58.9% MULHERES 29.8% 0.1% 25.4% 4.1% 0.1% 0.1% 0.0% 70.2% Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

Figura 6. População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído


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4.2.3.2 Cultura

• Realizou-se no ano 2011, marchas e varias actividades alusivas com vista a consciencialização

do valor da preservação da cultura, e dos ideais do Presidente Samora na Juventude deste ponto do

pais, no dia nacional da cultura 16 de Julho, no Posto Administrativo de Chongone,

• Acolheu-se as cerimonias provinciais de comemoração do dia da Revolução Cubana, na aldeia de

Fidel Castro,

• Comemorou-se na aldeia Fidel Castro o, 1 de Dezembro dia da luta contra o HIV SIDA, este foi

espaço de exibição das actividades levadas acabo pelas associações juvenis equipas desportivas do

Distrito e a premiação das melhores destacadas em matéria de luta contra do HIV SIDA,

• Através dos grupos culturais como Djondzane, Coral do CFS de Chicumbane, declamadora

Maria Raufa, Makwayela do IFEA , o Distrito destacou se na participação em varias cerimonias de

celebrações de índole provincial e nacional,

• Lançou-se o concurso da SADC e o estudante da Escola Secundaria Ndambine 2000 ganhou a

segunda posição a nível nacional,

• Comemorou-se em Muzingane o dia 23 de Agosto, dia da abolição da escravatura no mundo,

• Em coordenação com o SDSMAS realizou-se várias duas de saúde, na zona sul e norte do

Distrito,

• A existência de grupos culturais polivalentes nas escolas ajudou em larga escala para a

massificação das actividades culturais nas mesmas, onde no primeiro trimestre decorreu a fase inter-

turma, no segundo trimestre rodaram as competições inter-ZIP, isto e, entre escolas da ZIP, onde o

vencedor foi o representante da ZIP na fase final do III Festival Distrital Escolar de Cultura e

Desporto ,

• O III FDECD foi realizado a 29 de Outubro de 2011, de onde tomaram parte 20 grupos culturais

e 10 equipes desportivas proeminentes de todas zips. Um evento impar e bastante concorrido pelos

apreciadores da nossa cultura e dos artistas que por sinal são os principais actores nos abrilhantaram

com a dança xingomane, makwayela, matraquilha, canto coral, teatro, poesia, desfile de moda e

música ligeira,

• A realização deste festival, uma das manifestações concretas do desenvolvimento económico e

constitui um dos desafios para o processo de intercâmbio cultural, reforçar a identidade cultural e

promover o espírito de paz e solidariedade entre os diferentes grupos étnicos que constituem o

mosaico cultural da população do nosso distrito,

• A celebração de datas históricas e de outros eventos cerimoniais e também uma forma de

preservar, valorizar o nosso vasto Património cultural. Nestes eventos participaram

mais de 100 grupos culturais dentre as quais os comunitários e escolares em todos

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os cantos do distrito,

• 2011 foi destacado ano Samora Machel, e nossa tarefa difundir informações nas escolas e

comunidade através de trabalhos directos com vista a elevar a vida e obra do Fundador da Pátria

Moçambicana,

• As visitas de reconhecimento aos locais de interesse histórico foram também realizadas para

alguns sítios como, mata sagrada de Chirrindzene e Chiconela, monumento Sansão Muthemba,

Catedral de Maciene, vala comum de Maciene, realizadas pelo grupo de estudantes cubanos, sob

orientação do DPEC,

• Incentivadas as escolas a produzirem o seu historial, desenvolver e criar grupos culturais e a meta

foi cumprido a 60%, devida a insuficiência de fundos não foi possível realizar nenhuma investigarão

e descoberta histórica,

4.2.4 Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social

Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a) assegurar

o funcionamento das unidades sanitárias e incentivar a medicina tradicional; (b) promover ações de

apoio e protecção da criança, da pessoa portadora de deficiência e do idoso; (c) desenvolver ações de

prevenção da violência doméstica e de abuso de menores; e (d) promover a igualdade e equidade do

género.

4.2.4.1 Saúde

A rede de saúde do distrito, apesar de estar a evoluir a bom ritmo, é insuficiente, evidenciando os

seguintes índices de cobertura média:

- Uma unidade sanitária por cada 13.750 pessoas;

- Um profissional técnico para cada 2.900 residentes no distrito; e

- Um médico por cada 103 mil pessoas.

O Distrito tem 15 unidades sanitárias a saber : 1 Hospital Rural em Chicumbane; 1 centro de saúde

tipo I em Maciene; 10 Centros de Saúde tipo II (Zongoene, Lenine, Chipenhe, Julius Nyerere,

Chilaulene localizados na zona Sul e Bungane, Nhacutse, Banhine, Siaia, e Chongoene localizados

na zona Norte; 3 Centros de tipo III ( Zimilene na Zona Sul , Nhamavila e Ndambine 2000 na Zona

Norte.

As US mais beneficiadas do pessoal técnico de diversas áreas, sobretudo curativa e preventiva são:

Hospital Rural de Chicumbane, como Unidade de referencia, Zongoene, Julius Nyerere, Chongoene,

Nhscutse e Maciene por registar um numero maior e densidade populacional aceitável no âmbito das

politicas da afectação dos recursos na área de saúde.

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Quadro 23. Unidades de saúde, Camas e Pessoal, 2011

Unidades, Camas e Tipo de Unidades Sanitárias Pessoal existente

Pessoal existente, Total de Hospital Centro de Centro de Centros de por sexo

Unidades Rural Saúde I Saúde II Saúde III HM H M Nº de Unidades 15 1 1 10 3 Pessoal Total 130 78 15 32 9 130 42 88 - Licenciados 2 2 - - - 2 2 0

- Nível Médio 18 15 3 - - 18 8 10 - Nível Básico 39 19 5 12 3 39 13 26 - Nível Elementar 12 4 2 7 3 12 2 10 - Pessoal de apoio 59 38 5 13 3 59 17 42

Fonte: SDSMAS.

Os centros de saúde e hospital rural possuem no total 12 maternidades. A Direcção Distrital de saúde

distribui regularmente por cada Centro de Saúde “Kits A e B” e pelos Postos de Saúde “Kits B”. As

tabelas seguintes apresentam a evolução de alguns indicadores do grau de acesso aos serviços do

Sistema Nacional de Saúde, que comprovam a evolução positiva do sector nos últimos anos.

Programa Alargado de Vacinação

Quadro 24. Vacinação de crianças do 0 a 11 meses, 2010-11 2010 2011

VACINAS GA REAL COB% GA REL COB% BCG 8716 6771 78 9225 5795 63

DTPBH1+Hib 8716 7040 81 9225 6254 68 DTPBH3+Hib 8716 6500 75 9225 5941 64

POLIO1 8716 7618 87 9225 5874 64 POLIO3 8716 7271 83 9225 6131 66

VAS 8716 6214 71 9225 5365 58 CCV 8716 6084 70 9225 4941 54

Fonte: SDSMAS. Quadro 25. Actividades de vacinação antitetânica VACINAS 2010 2011

GA REL COB% GA REL COB% GRAVIDAS 1ª DOSE 10895 3488 32 11531 2850 25 GRAVIDAS 2ª DOSE 10895 4132 39 11530 3168 27 MIF`S 1ª DOSE 43361 7439 17 63803 3135 5 MIF`S 2ª DOSE 43361 12237 28 63803 5934 9 ALUNO 1ª CLASSE 9747 8507 87 10320 9154 89 ALUNOS 2ª CLASSE 8635 6159 71 16288 8681 53 OUTROS 1ª DOSE - 970 - - 157 - OUTROS 2ª DOSE - 460 - - 73 - Fonte: SDSMAS.

De uma forma geral, as actividades registaram um aumento, embora o tenham ocorrido interrupções

dos postos fixos de avaria das geleiras. A vacina pentavalente face a interrupção

verificada no mês de Março, conheceu uma redução na sua cobertura.

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Saúde Materno Infantil

Quadro 26. Actividades realizadas no sector de SMI

Houve uma ligeira redução em quase todas as componentes com excepção de consultas de

planeamento familiar devido a integração do planeamento familiar nas consultas externas. Para

reverter este cenário, foi planificada uma reunião com todas responsáveis de maternidades ao nível

do Distrito com vista a desenhar estratégia de melhoria das actividades de SMI. De salientar que as

US que contribuíram para baixas coberturas na componente partos institucionais foram: Nhacutse

(29%) V.Lenine (33%) e Chipenhe (30).

Programa de Transmissão Vertical /Consultas Pré-natais

Quadro 27. Consultas pré-natal INDICADORES

2010 2011

1ª CONSULTAS PRE-NATAIS 8754 7369 CONSULTAS SEGUINTES 22430 18927 GRAVIDAS ACONSELHADAS 8168 7391 GRAVIDAS TESTADAS 1197 7665 GRAVIDAS HIV + 1354 1054 CRIANÇAS DE GRAVIDAS HIV + TESTADAS 82 90 CRIANÇAS DE GRAVIDAS HIV + TESTADAS E DE HIV+ 12 13 GRAVIDAS HIV+SEGUIDAS NO PTV. 1729 11444 GRAVIDAS HIV+ RECEBERAM PROFILAXIA C/ AZT (CPN) 816 912 GRAVIDAS HIV+ QUE INCIARAM TARV 67 56 GRAVIDASHIV+ PELO PTV 1ªOU MAIS VEZES PELO C.MEDICO 0 561 GRAVIDASHIV+ PELO PTV 1ªOU MAIS VEZES PELO PARA H.DE DIA 0 1054

Fonte: SDSMAS.

ACTIVIDADES ANO G.A REALIZADO Tx.Cb %

C.PRÉ-NATAL 2010 10896 8727 80 2011 11531 10005 87

PARTOS INSTITUICIONAIS 2010 9806 4953 51

2011 10378 4931 48

C. POS-PARTO 2010 9806 5426 55

2011 10378 5808 56

C. P-FAMILIAR 2010 43359 3642 8

2011 45893 10126 22

C. 0 – 11 MESES 2010 8715 11422 100

2011 9225 13674 148

C. 1 – 4 ANOS 2010 37042 14404 38

2011 39436 17132 100

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Das 7665 mulheres grávidas testadas na consulta pré-glacial, 1054 foram positivas, destas mulheres

56 estão em seguimento TARV. As mulheres testadas e que são HIV+ não recebe profilaxia com

fansidar, mas fazem cotrimoxazol para prevenção de infecções oportunistas.

PTV / Maternidade

Quadro 28. PTV nas maternidades

Fonte: SDSMAS. Verifica-se um aumento de partos institucionais na ordem de 38%, mercê de trabalho realizado na

comunidade em coordenação com a estrutura de base, activistas, Parteiras Tradicionais que culminou

com palestras educativas.

Do mesmo modo, registou-se aumento significativo de grávidas HIV+ em TARV (69%) assim como

número de mulheres testadas na maternidade em 35%. Em contra partida continua haver partos fora

da maternidade, de forma crescente o que constitui preocupação deste Serviço.

Quadro 29. Principais causas de internamento na pediatria CAUSA ALTAS OBITOS

2010 2011 2010 2011 Malária confirmada 500 600 20 24 Mal nutrição 129 139 43 24 IRAS 159 154 10 7 OUTRAS 80 87 9 18 Total 709 980 82 73 Fonte: SDSMAS.

Na Pediatria, a Malária continua a ser a primeira causa de internamento, sendo que no período em

análise, registou maior número de casos se comparado com igual período do ano transacto, onde em

2011, o peso da malária foi de 61.2% contra 70,5% em 2010. Paralelamente, está sendo feita a

distribuição de redes mosquiteiras impregnadas e palestras educativas sobre o uso

correcto das mesmas nas unidades sanitárias e na comunidade.

INDICADORES 2010 2011 PARTOS NA MATERNIDADE (INCLU-TODOS PARTOS) 4216 5808 PARTOS NA MATERNIDADE HIV+ 824 804 PARTOS NA MATERNIDADE COM HIV+ INFERIOR A 36 SEMANAS 60 81 GRAVIDAS QUE RECEBERAM PROFI0LAXIA COM AZT 658 574 GRAVIDA HIV+ COM TARV 106 179 GRAVIDA HIV+QUE TOMARAM NVP EM CASA 573 466 GRAVIDA HIV+QUE RECEBERAM NVP NA MATERNIDADE 142 134 GRAVIDA HIV+QUE ESCOLHERAM ALEI-MATERNO 792 795 GRAVIDA HIV+ QUE ESCOLHERAM ALEI-ARTIFICIAL 17 25 R.NASCIDOS. VIVOS ( DE MÃE HIV+ ) 809 748 R.NASCIDOS. MORTO (DE MÃE HIV+) 10 10 R.NASCIDOS. QUE RECEBERAM NIVERAPINA 24 281 R.NASCIDOS. QUE RECEBERAM NIVERAPINA E AZT 687 578 Nº DE MULHERES QUE TIVERAM PARTO FORA DA MATERNIDADE 43 59 TESTADAS NA MATERNIDADE 209 282 TESTADAS NA MATERNIDADE COM HIV+ 60 48

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Quadro 30. Crianças Mal Nutridas Testadas Contra HIV Indicador 2010 2011

HIV+ 102 56

HIV- 72 74

Total 174 130

Houve redução de casos de HIV+ nas crianças durante o período em análise devido a sensibilização

feitas nas consultas pré-natais e a maior parte das crianças são testadas e feitas o seguimento.

Quadro 31. Principais causas de internamento

CAUSA ALTAS OBITOS TX DE LETALIDADE(%) 2010 2011 2010 2011 2010 2011

Malária confirmada 150 220 15 14 10,0 2,2 Pneumonia 13 26 1 3 7,6 4,8 Diarreia 49 35 4 2 8,0 3,2 Tuberculose 253 208 58 66 22,9 10 Anemia 36 67 9 10 25 1,6 HIV/SIDA 146 153 55 55 37,6 8,9 HTA 45 31 3 3 6,6 4,8 Outras 234 222 26 18 11,1 2,9 Total 987 967 171 171 Fonte: SDSMAS.

A malária confirmada e clínica nas Medicinas, aumentou com peso de 15.2% em 2010 para 22.8%

em 2011 correspondentes a uma taxa de letalidade de 10% e 2,2% em 2010 e 2011 respectivamente.

Apesar dos esforços na mobilização e sensibilização à população para o combate e prevenção através

de uso de rede mosquiteira tratada e outras medidas preventivas. Porém, a incidência por diarreias e

doenças de notificação não obrigatória (HTA) registaram uma diminuição considerável.

Situação do HIV

Quadro 32. Actividades Realizadas nas consultas de TARV INDICADOR 2010 2011 Novos inscritos 2392 1568

Total de consultas clínicas 12825 11718

Novos/TARV 878 1028 Abandonos 27 130 Óbitos 2 19 Crianças inscritas 148 197 Crianças incluídas 90 90 Grávidas inscritas 432 294 Grávidas em TARV 84 77

Fonte: SDSMAS.

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Houve uma redução dos novos inscritos no serviço, pese embora se verifique uma constante

sensibilização aos doentes no sentido de aderência aos gabinetes de consultas e testagem voluntária.

O número de óbitos notificado aumentou em mais de 17 casos neste ano, situação essa bastante

preocupante também aliada a não aderência ao tratamento bem como chegada tardia à unidade

sanitária e abandono.

De referir ainda a existência de vários programas de cuidados de saúde primários a vários níveis que

denotam uma evolução positiva nos últimos anos, nomeadamente:

• Saúde ambiental: Esta actividade está sendo realizada em todas as unidades sanitárias, bem como

em brigadas móveis e nos locais de interesse público

• Saúde Ocupacional: Realizadas visitas de trabalho as empresas para vacinação aos trabalhadores,

bem como a todos os outros que manipulam géneros alimentícios

• Saúde reprodutiva

• Saúde Infantil, Nutrição, Saúde Escolar

• Suplementação de Vitamina ‘A’

• Programa alargado de vacinação

• Saúde Mental

O quadro epidemiológico do distrito é dominado pela malária, diarreia, disenteria e DTS e SIDA que,

no seu conjunto, representam quase a totalidade dos casos de doenças notificados no distrito. A

malária continua a ser principal causa da procura dos serviços de saúde, e registou um aumento de

6% comparado com igual período do ano transacto; os casos de diarreia reduziram na ordem de 27%

bem como os casos de disenteria na ordem de 22%.

No que se refere ao saneamento do meio com objectivo de reduzir a morbi-mortalidade por doenças

diarreicas, foram realizadas actividades preventivas com maior incidência para palestras educativas

nas Unidades Sanitárias e na comunidade sobre as medidas básicas de higiene. Foram efectuadas 312

visitas domiciliárias a famílias, onde se construíram 182 latrinas com tampas e 10 sem tampas.

Quadro 33. Tabela de doenças de notificação obrigatória, 2010-11

Doenças Casos Óbitos

2010 2011 2010 2011 Malária 54119 57336 29 26

Sarampo 7 7 0 0 Meningite 1 0 1 0 Tétano 0 0 0 0 Diarreia 6687 4870 0 0

Disenteria 933 732 0 0

Mordedura canina 169 92 0 0

Raiva 1 1 1 1 Fonte: SDSMAS

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Figura 7. Quadro epidemiológico, 2011

Fonte: SDSMAS.

4.2.4.2 Acção Social

No distrito existem, segundo os dados do Censo de 2007, cerca de 20 mil órfãos (na sua maioria

órfãos de pai e entre os 10 e 14 anos de idade) e cerca de 5 mil pessoas portadoras de deficiência

(90% com debilidade física e 10% com doenças mentais).

Quadro 34. População de 0-14 anos, por condição de orfandade, 2007 População Órfão de: 0-‐14 anos Total Mãe Pai Pai e Mãe Total 100.0% 21.0% 4.7% 14.1% 2.3% -‐ Homens 100.0% 21.0% 4.6% 14.1% 2.3% -‐ Mulheres 100.0% 21.0% 4.7% 14.1% 2.3% Grupos etários: -‐ 0 a 4 anos 100.0% 7.8% 1.3% 5.9% 0.5% -‐ 5 a 9 anos 100.0% 21.2% 4.6% 14.5% 2.1% -‐ 10 a 14 anos 100.0% 37.2% 8.8% 23.7% 4.7%


Quadro 35. População deficiente, 2007

Grupos de Idade População Sem Com deficiência Total Deficiência Total Física Mental

Total 100.0% 96.9% 3.1% 2.8% 0.3% 0 - 14 100.0% 97.6% 2.4% 2.1% 0.2% 15 - 44 100.0% 99.1% 0.9% 0.8% 0.1% 45 e mais 100.0% 97.8% 2.2% 1.8% 0.4%


A tabela seguinte apresenta a distribuição percentual das 5 mil pessoas portadoras

de deficiência, segundo a causa.

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Quadro 36. População portadora de deficiência, segundo a causa

TOTAL Física Mental

Total 20.1% 18.7% 33.6%

À nascença 47.9% 47.7% 50.2%

Doença 1.9% 2.0% 0.8%

Minas/Guerra 1.4% 1.5% 0.2%

Serviço Militar 7.6% 8.3% 0.8%

Acidente de Trabalho 4.8% 5.2% 0.8%

Acidente de Viação 16.3% 16.6% 13.5%

Outras 20.1% 18.7% 33.6% Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

A integração e assistência social a pessoas, famílias e grupos sociais em situação de pobreza

absoluta, dá prioridade à criança órfã, mulher viúva, idosos e deficientes, doentes crónicos e

portadores do HIV-SIDA, toxicodependentes e regressados.

Tem existido coordenação das acções de algumas organizações não governamentais, associações e

sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidade e de direito entre homem e

mulher todos aspectos de vida social e económica, e a integração, quando possível, no mercado de

trabalho, processos de geração de rendimentos e vida escolar.

Quadro 37. Actividades na área da criança

Programa Indicador 2010 2011 Crianças documentadas 9 295 Reunificação familiar 0 1 Crianças Reunificadas na Família Substitutas 3 20 COVs com atestados de pobreza 16 47 Crianças atendidas na comunidade 6595 6765 Órfãos identificados 332 62 Órfãos acompanhados 521 562 Órfãos integrados na escola 516 96 Crianças atendidas nas Escolinhas comunitárias 1178 623 COVs doentes do Sida 62 72 Crianças Malnutridas no PSA 175 216 Fonte: Relatório Anual do Governo Distrital, 2011

Com a tabela ilustrativa acima, pode-se depreender que há uma redução de actividades no

concernente a Educação Pré-escolar, isto porque a partir da altura em que a Save The Children

passou a gestão das escolinhas às comunidades, começaram a não conseguir pagar as animadoras, e

estas acabam por abandonarem as actividades por falta de incentivos. A transferência do processo de

gestão, não foi gradual de forma a garantir uma integral capacidade e

sustentabilidade.

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Quadro 38. Actividades na área da mulher Área da Mulher 2010 2011

No Mulheres Capac. sobre Legis. Lei da Família 55 38

No de Associações 9 9 No Mulheres Integradas em Associações 371 360

No de Mulheres Integradas em Projectos 233 201

No de Mulh. Viúvas Ident. e Acompanhadas 510 532

No de Mulheres Integradas Alfabetização 598 40 No de Centros de Alfabetização 27 25

No de Alfabetizadores/Monitores 23 47 Fonte: Relatório Anual do Governo Distrital, 2011

Quadro 39. Actividades na área do idoso PROGRAMA 2010 2011

N de centros de CAV’s 1 1 N de idosos atendidos 24 27 Nº de idosos reinseridos na comunidade 0 4 Nº de idosos no Programa de Subsídio de Alimentos 1910 2198 Deficientes no Programa de Subsídio de Alimentos 14 42 Doentes Crónicos Apoiados em produtos Alimentares 320 117 Doentes Crónicos Acompanhados 2875 2911 Fonte: Relatório Anual do Governo Distrital, 2011

Quadro 40. Actividades na área de pessoas portadoras de deficiência Actividades 2010 2011

N de Pessoa com Deficiência Identificadas 12 55 N de deficientes no Programa de Subsídio de Alimentos 14 42 N de crianças com deficiência integradas na escola 17 9 N doentes apoiados em produtos alimentares 320 117 Fonte: Relatório Anual do Governo Distrital, 2011

4.2.4.3 Género O distrito tem uma população estimada de 236 mil habitantes - 130 mil do sexo feminino - sendo

16% dos agregados familiares do tipo monoparental chefiados por mulheres.

Ao nível do distrito tem-se privilegiado a coordenação das acções de algumas organizações não

governamentais, associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidades

e direitos entre sexos em todos aspectos de vida social e económica, e a integração da mulher no

mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida escolar.

Esta coordenação recorre a mecanismos de troca de informação, diálogo e concertação da acção,

evitando a sobreposição de actividades e racionalizando recursos de forma a melhorar a eficácia e

eficiência das acções governamentais e das iniciativas da comunidade e do sector

privado.

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Tendo por língua materna dominante o Xichangana, 50% das mulheres do distrito com 5 ou mais

anos de idade têm conhecimento da língua portuguesa, sendo este domínio mais acentuado nos

homens (66%), dada a sua maior inserção na vida escolar e no mercado de trabalho. A taxa de

analfabetismo na população feminina é de 51%, sendo de 25% no caso dos homens.

Das mulheres do distrito com mais de 5 anos, 35% nunca frequentaram a escola (no caso dos homens

só 20% nunca estudaram) e 25% concluíram o ensino primário (no caso dos homens, 34%

terminaram o primário).

Figura 8. Indicadores de escolarização por sexos


No que diz respeito ao acesso a novas tecnologias também se verifica um desequilíbrio acentuado

entre sexos, como se pode deduzir da tabela seguinte.

Quadro 41. Uso de novas tecnologias (10 anos ou mais)

Número de pessoas que usou: % de pessoas Computador Internet c/ Telemóvel Total 0.5% 0.1% 21.6% -‐ Homens 0.8% 0.3% 29.9% -‐ Mulheres 0.3% 0.1% 15.6%


No tocante a actividade económica, de um total em 2012 de 130 mil mulheres, 75 mil estão em idade

de trabalho (mais de 15 anos), das quais 58 mil são economicamente activas16. A população não

economicamente activa de mulheres com 15 anos ou mais (22%) é constituída principalmente por

senhoras domésticas (6%) e estudantes a tempo inteiro (9%). O nível da participação no trabalho no

caso das mulheres (78%) é superior ao dos homens (66%).

16 Segundo recomendações internacionais, a PEA é considerada como a população que participa na actividade económica e que tenha

15 anos de idade e mais. Dito por outras palavras, a PEA compreende as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que procuram activamente um trabalho (desocupadas), incluindo aquelas que o fazem pela primeira vez.

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Figura 9. População (15 anos ou mais), segundo a actividade e sexo


A distribuição das mulheres economicamente activas residentes no distrito de acordo com a posição

no processo de trabalho e o sector de actividade é a seguinte:

Cerca de 95% são trabalhadoras agrícolas, familiares ou por conta própria;

2% são comerciantes, artesãs, ou empresárias; e

As restantes 3% são, na maioria, trabalhadoras do sector de serviços, incluindo empregadas do

sector comercial formal e informal.

Figura 10. População17 segundo a posição no trabalho e sexo


17 Com 15 anos ou mais.

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4.2.5 Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas

Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a) elaborar

propostas de Plano de Estrutura e de Ordenamento Territorial; (b) promover a construção de fontes

de abastecimento de água potável bem como a gestão dos respectivos sistemas de abastecimento;

(c) assegurar, em colaboração com outras entidades, a disponibilidade do sistema de fornecimento

de energia eléctrica e a promoção do aproveitamento energético dos recursos hídricos e uso de

energias renováveis; (d) assegurar a reabilitação, manutenção das estradas não classificadas, pontes e

outros equipamentos de travessia; (e) promover a construção, manutenção e reabilitação de

infraestruturas e edifícios públicos, bem como de valas de irrigação, jardins públicos, infraestruturas

desportivas e parques de estacionamento; (f) promover o uso da bicicleta e da tração animal; (g)

elaborar propostas de gestão ambiental; e (g) garantir a prestação dos serviços públicos tais como

cemitérios, matadouros, mercados e feiras, limpeza e salubridade, iluminação pública, jardins

campos de jogos e parques de diversão.

4.2.5.1 Ordenamento Territorial e Gestão Ambiental

Os sistemas de consociação actualmente praticados, combinados com a produção de frutas,

desempenham um papel importante na redução da erosão na serra que apresenta, porém, alguns

sinais visíveis de erosão.

As encostas inclinadas entre as serras e o vale são cultivadas sem se tomarem medidas de

conservação. Nos limites das parcelas formam-se canais que correm perpendicularmente ao declive,

transformando-se em ravinas, ocorrendo também a erosão superficial e o desabamento de terras.

As dunas interiores inclinadas e sem nenhuma cobertura vegetal são usadas para a produção agrícola

(mais de 3 milhas) sem que sejam tomadas medidas de conservação. A vegetação natural costeira de

protecção foi removida e há abate indiscriminado de árvores e queimadas não controladas.

Na zona costeira plantaram-se árvores nas dunas, para as proteger das destruições massivas e erosão,

com destaque para as zonas de Zimilene, Mahielene, Novela, Nhabanga e Zongoene.

Procedeu-se em 2011 à finalização de dois planos de Ordenamento Parcial no Posto Administrativo

de Chongoene, povoado de Ngowanine, para construção de 500 casas e, em Maciene, para habitação

de veraneio e turismo do alto padrão.

Um total de cinco conflitos de terras relevantes foi constatado ao longo do ano, sendo três em

Chongoene e dois em Chicumbane. Este sector realizou uma visita de troca de experiencia na

Direcção Provincial para Coordenação de Acção Ambiental juntamente com os representantes das

localidades de Chilaulene e Nhancutse, com o propósito de monitorar as

comunidades, clubes e núcleos ambientais em matéria de Gestão Ambiental

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Quadro 42. Quadro comparativo de actividades realizadas

2010 2011 Obs

Actividade Real Actividade Real Evol.

Criação de florestas comunitárias 1 Criação de florestas

comunitárias 10 100%

Criação de clubes ambientais 3 Criação de clubes ambientais 0 -

33,3%

Apenas se deu detalhes dos requisitos necessários p/formação do núcleo, cuja efectivação está prevista p/2012

Criação de núcleos ambientais 0 - Palestras se sensibilização 7 -

Monitoria aos clubes e núcleos ambientais 2 -

Visitas de coordenação e cooperação entre os sectores 1 -

Relatório Anual do Governo Distrital, 2011

As visitas efectuadas às comunidades tinham como objectivo dialogar com as estruturais locais

acerca dos problemas ambientais existentes. As actividades feita pela estrutura no sentido de

minimizar os problemas ambientais existentes e monitorar clubes e núcleos ambientais.

Em locais visitados foram identificados os seguintes problemas: desflorestamento e queimadas

descontroladas. Salientar que em alguns locais está sendo feito actividade de prevenção e combate

aos problemas ambientais, como é o caso de Chilaulene, que tem um núcleo que luta pelo combate a

erosão costeira e pela protecção de espécies marinhas.

Quadro 43. Um líder, uma floresta

Posto

Administrativo

Florestas

comunitárias

Líderes

comunitários

Área

ocupada

2012 2013 2012 2013 2012 2013

Chongoene 33 35 33 35 74 78

Chicumbane 18 18 18 18 48 48

Zongoene 15 15 11 11 36 36

Total 66 68 62 64 158 162 Relatório Anual do Governo Distrital

Todos os Líderes possuem florestas, mas existem alguns com mais de uma floresta. Existem ainda 32

florestas nativas e matas sagradas conservadas. De salientar que 15 Líderes comunitários foram

premiados em bicicletas por se terem notabilizado na arrecadação de impostos para o Estado e na

organização das florestas comunitárias.

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4.2.5.2 Infraestruturas

N/O Actividade Quant. 1. Apreciação para aprovação de projectos 94

2. Tramitação de projectos aprovados 129

3. Vistoria a edificações habitacionais em Chongoene 17

4.

Vistoria a infraestruturas públicas (residência de funcionários do Posto Administrativo de Zongoene, Secretaria comum da Localidade de Chicumbane)

4

5. Fiscalização de obras habitacionais em Chongoene 98

6. Emissão de certidões para registo provisório de imóvel 17

7.

Participação em Seminário sobre Regulamento de Transporte em Automóveis 1

8.

Supervisão de obras públicas, para o Governo do Distrito, no Posto Administrativo de Chongoene 5

9.

Registo de técnicos e emissão de respectivos certificados para exercício de actividades profissionais no Distrito 11

10. Registo de construtor civil 2 11. Emissão de certificado de construtor civil 2 12. Supervisão de obras de construção de aquedutos em Chongoene 20 13. Supervisão da construção de fontes de água em Chongoeme 4 14. Supervisão de construção do centro infantil em Chongoene Fonte: Relatório Anual do Governo Distrital, 2011

Abastecimento de água

Em termos de realizações, foram construídos em parceria com a ADCR, 4 furos, sendo 2 para

Tlacula e outros 2 para Mabauane. Desta forma, o Distrito passa a abastecer mais 2500 pessoas,

passando dos anteriores 123.000 para 125.500 habitantes. Este cenário é inverso quando tratamos da

reparação, pois, até ao presente momento as acções não foram além de trabalhos de levantamento de

necessidades, enquanto do ano anterior já havia uma reparação de 8 unidades e 17 substituições de

PlayPump por Afridev, pela intervenção de parceiros.

No contexto do reassentamento de vítimas de inundações registadas em Janeiro e Fevereiro deste

ano, pela intervenção da Unicef foram identificados 4 locais críticos nomeadamente; Muwawasse e

Ndambine 2000, Nhancutse (bairro 6) e Bungane (aldeia Samora Machel) – Localidade de Nhancutse

e Chilaulene – Localidade de Zongoene. Destas necessidades, já foi construídos 5 furos.

Energia

A rede de energia abrange as povoações de Chicumbane Sede, 3 de Fevereiro, J. Nyerere,

Muwawasse, Ngulelene, Chipenhe, OMM, Chiconela, Chongoene- Sede,

Nhocoene, Siaia, Nhacutse, Maciene, Nhantsembene, Nhamavila, A voz da

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FRELIMO, Zongoene Sede, Mahelane e Nhabanga.

Quadro 44. Novas ligações de energia eléctrica

2010 2011 Evol. %

Plano Real Grau de execução (%) Plano Real Grau de execução (%) 2.970 2.556 86% 3.150 2.985 94% 17%


Apesar dos esforços realizados, o estado geral de conservação e manutenção das infraestruturas não é

suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água a necessitar de manutenção e a rede de estradas

terciárias que na época das chuvas tem problemas de transitabilidade, pelo que é essencial a

afectação de recursos públicos para a sua reabilitação corrente.

444...333 FFFiiinnnaaannnçççaaasss PPPúúúbbbllliiicccaaasss eee IIInnnvvveeessstttiiimmmeeennntttooo

O financiamento do funcionamento dos Governos Distritais e das funções para eles descentralizadas

é assegurado por via de:

(i) Receitas próprias18 que provém da comparticipação das receitas fiscais e consignadas ao nível

Distrital e as correspondentes taxas, licenças e serviços cobrados pelo Governo Distrital; e

(ii) Transferências ou dotações orçamentais centrais para despesas correntes;

(iii) Transferências ou dotações orçamentais centrais para despesas de investimento (Fundo de

Desenvolvimento Distrital, Fundo de Investimento em Infraestruturas);

(iv) Fundos Sectoriais Descentralizados, nomeadamente dos sectores de águas, estradas, educação e

agricultura;

(v) Donativos provenientes de ONGs, cooperação internacional ou entidades privadas.

O Governo Distrital, sem inclusão das unidades sociais, teve em 2011 a seguinte execução

orçamental.

18 Receitas próprias do distrito provenientes de serviços e licenças cobradas fora do território das autarquias locais são: (a) utilização do património

público sob gestão do distrito; (b) ocupação e aproveitamento do domínio público e aproveitamento de bens de utilidade pública; (c) pedidos de uso e

aproveitamento da terra nas áreas cobertas por planos de urbanização; (d) loteamento e execução de obras particulares; (e) realização de infraestruturas

simples; (f) ocupação da via pública por motivo de obras e utilização de edifícios; (g) exercício da actividade de negociante e comércio a título precário;

(h) ocupação e utilização de locais reservados nos mercados e feiras; (i) autorização de venda ambulante nas vias e recintos públicos; (j) aferição e

conferição de pesos, medidas e aparelhos de medição; (k) autorização para o emprego de meios de publicidade destinados a propaganda comercial; (l)

licenças de pesca artesanal marítima e em águas interiores; (m) licenças turísticas nos termos de legislação específica; (n) licenças para a realização de

espetáculos públicos; (o) licenças de caça e abate; (p) licenças e taxas de velocípedes com ou sem motor; (q) estacionamento de veículos em parques ou

outros locais a esse fim destinados; (r) utilização de instalações destinadas ao conforto, comodidade ou recreio público; (s) realização de enterros,

concessão de terrenos e uso de instalações em cemitérios.

Constituem ainda receitas do distrito as taxas e tarifas por prestação dos serviços, nos casos em que os órgãos do distrito tenham sob sua administração

directa, a prestação de serviço público: (a) abastecimento de água; (b) fornecimento de energia eléctrica; (c) utilização de matadouros; (d) recolha,

depósito e tratamento de resíduos sólidos de particulares e instituições; (e) ligação, conservação e tratamento dos esgotos; (f) utilização de infra

estruturas de lazer e gimnodesportivas; (g) utilização de latrinas públicas; (h) transportes urbanos; (i) construção e manutenção de ruas privadas; (j)

limpeza e manutenção de vias privadas; (k) utilização de tanques carracicidas; (l) registos determinados por lei.

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Quadro 45. Execução orçamental (em ‘000 MT)

Rúbricas 2010 2011 DESPESA TOTAL 166.953 209.746 Despesa corrente 149.824 191.774 - Despesas com pessoal 139.353 181.550 - Bens e serviços 8.769 8.375 - Outros gastos 1.702 1.849 Despesa de Investimento 17.129 17.972 - Fundo de desenvolvimento distrital 8.426 9.363 - Fundo de investimentos em infraestruturas 8.703 8.609 - Fundos sectoriais descentralizados s.i. s.i.

Fonte: Ministério das Finanças, Conta Geral do Estado, 2010, 2011.

No âmbito do investimento de iniciativa local (vulgo 7 milhões) o Governo Distrital tem aprovado

e/ou implementado projectos locais de desenvolvimento, cuja evolução é apresentada na tabela

seguinte, consoante a principal finalidade.

Quadro 46. Projectos de iniciativa local financiados

Finalidade dos Projectos

No de Projectos Financiados

Número de Beneficiários

Desembolsos (em ‘000 MT)

2011 2012 2013 2011 2012 2013 2011 2012 2013 Produção de comida 40 53 76 194 364 279 Fomento pecuário 58 180 134 116 Geração de Emprego e renda 43 173 116 180 595 232

Total 83 226 250 374 1.093 627 9.363 12.721 14.134 Fonte: Secretaria Distrital

Em 2010 e 2011, no âmbito de aplicação dos fundos de manutenção de rotina e dos fundos

direccionados ao sector agrário, foram concluídas as seguintes intervenções de construção e

manutenção de estradas.

Troços e aquedutos planificados para 2011

No Posto Administrativo Troços Distância/Qtds

Estrada 1 Aldeia OMM – Baixa do Limpopo 2km 2 Chicumbane V. Lenine – Baixa do Limpopo 4Km 3 Sede do Posto Administrativo – Centro Comercial 5km

4 Zongoene Residência dos Muthembas – Mata Sagrada dos Mula 3km

5 Casa agrária – Centro Comercial 2Km 6 Chongoene EN 1 – UP Gaza 2Km Total 18Km

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Aqueduto 1 Zongoene Patrice Lumumba – Zimilene 2 2 Chongoene Entre valas de irrigação no regadio 2 Total 4 Fonte: Relatório Anual do Governo Distrital, 2011

No contexto deste fundo, até então foi possível fazer visita técnica aos locais identificados, o que

culminou com a avaliação da dimensão de intervenção a fazer. Dado ao limite financeiro disponível

para este efeito, a prática mostrou incapacidade de intervir em todos os troços e pontos, pelo que o

Serviço deu prioridade as obras que são exequíveis com recursos disponíveis localmente, pois muitos

dos troços devido ao estado de degradação, requerem equipamento pesado e obras de engenharia.

Estas metas representam uma necessidade de condicionar pequenos troços de estrada de terra batida,

o que tem como resultante 18Km.

Quanto a aquedutos, foram construídos 2 em Magula no presente ano, representando um acréscimo

em 33%, quando comparado o igual período do ano 2010.

Troço de ER e Ponte, consignadas pela ANE

Posto Administrativo Troços Distância/Qtds

Estrada Chicumbane e Zongoene (ER 454) EN1 – Zongoene 34Km Chicumbane (ER) EN1 – Maniquenique 18.5Km

Ponte C. Xai – Xai Ponte sobre Rio Limpopo 200m Cidade de Xai-Xai -Chilaulene Estrada / melhoramentos localizáveis 13km Fonte: Relatório Anual do Governo Distrital, 2011

444...444 JJJuuussstttiiiçççaaa,,, OOOrrrdddeeemmm eee SSSeeeggguuurrraaannnçççaaa pppúúúbbbllliiicccaaa

Os serviços de justiça no distrito estão representados por um conservador e uma conservatória do

registo civil e por um assistente técnico.

As preocupações com questões de segurança e ordem pública são mínimas, não existindo,

actualmente, situações de risco de minas conhecidas neste distrito. Os assaltos, roubos e ofensas

corporais são os crimes mais frequentes no distrito. Os assaltos, contrabando e comércio ilegal de

viaturas são os crimes mais frequentes no distrito.

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444...555 CCCooonnnssstttrrraaannngggiiimmmeeennntttooosss eee DDDeeesssaaafffiiiooosss

No geral, de acordo com o Governo Distrital, são os seguintes os principais constrangimentos

observados durante a governação dos últimos anos:

• Insuficiência do pessoal Técnico de Saúde;

• Insuficiência de fundos para responder as necessidades do Distrito;

• Não libertação de fundo de receitas do SDSMAS e SDAE;

• O Hospital Rural de Chicumbane se encontra num estado avançado de degradação;

• Meios circulantes do estado obsoletos;

• Regadios Inoperacionais devido ao assoreamento das valas;

• Falta de kit pecuário para os extensionistas;

• Não Alocação de fundos para investimentos nos Serviços;

• Falta de edifício adequado para o funcionamento do SDEJT, SDSMAS e CDPRM;

• Insuficiência de salas de aulas em algumas escolas do Distrito, facto que leva muitas turmas (73)

a funcionar ao ar livre; e

• Insuficiências de meios para preparação de terra.

No geral, de acordo com o Governo Distrital, são os seguintes os principais desafios da governação

para os próximos anos:

• Transferência da sua Sede para o Posto Administrativo de Chongoene bem como dos Serviços

Distritais, o que vai permitir o desenvolvimento do ponto de vista económico e social;

• Criação das florestas comunitárias;

• Intensificação das cobranças do IRN;

• Cumprimento da decisão superior um aluno, uma planta;

• Intensificação da mobilização dos beneficiários do FDD com vista ao reembolso regular;

• Capacitação dos beneficiários do FDD em matéria de gestão de pequenos negócios;

• Legalização das casas e espaços físicos das mesmas;

• Desencorajamento da prática do enforcamento;

• Sensibilização das populações para aderirem à vacinação dos seus animais;

• Criação de mais policiamento comunitário;

• Sensibilização das comunidades para construção de latrinas para o saneamento do meio;

• Sensibilização das comunidades para abandonarem a prática de queimadas descontroladas;

• Controlo das actividades desenvolvidas pelas instâncias turísticas;

• Criação de condições de colocação de caleiras e cisterna nos edifícios públicos;

• Sensibilização das comunidades para esforços na produção de comida,

aumentando as áreas.

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555 AAAccctttiiivvviiidddaaadddeee EEEcccooonnnóóómmmiiicccaaa

555...111 PPPooopppuuulllaaaçççãããooo eeecccooonnnooommmiiicccaaammmeeennnttteee aaaccctttiiivvvaaa

De um total em 2012 estimado de 236 mil habitantes, 126 mil estão em idade de trabalho (mais de 15

anos).

Quadro 47. População segundo a condição de actividade19

Total Homens Mulheres

Total 126,016 51,359 74,656 Trabalhou 71.7% 63.9% 76.9% Não trabalhou, mas tem emprego 0.4% 0.8% 0.1% Ajudou familiares 1.0% 1.1% 1.0% Procurava novo emprego 0.1% 0.2% 0.0% Procurava emprego pela 1ª vez 1.1% 2.5% 0.2% População economicamente activa 20 74.3% 68.5% 78.2% Doméstico(a) 5.3% 3.9% 6.3% Somente estudante 10.9% 14.6% 8.5% Reformado(a) 0.4% 0.8% 0.1% Incapacitado(a) 2.9% 2.8% 2.9% Outra 6.1% 9.4% 4.0% População não activa 25.7% 31.5% 21.8%


Verifica-se que 74% da população de 15 anos ou mais (94 mil pessoas) constituem a população

economicamente activa (PEA) do distrito. O nível da participação masculina na PEA é inferior à

feminina: 69% contra 78%.

A população não economicamente activa (26%) é constituída principalmente por mulheres

domésticas e estudantes a tempo inteiro.

19 Referido a situação na semana anterior a realização do Censo 2007. 20 Segundo recomendações internacionais, a PEA é a população que participa na actividade económica com 15 anos de idade e mais.

A PEA compreende, pois, as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que procuram activamente um trabalho (desocupadas), incluindo aquelas que o fazem pela primeira vez. A análise da PEA que é apresentada nesta secção seguiu esta recomendação.

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Figura 11. População com 15 anos ou mais, segundo a actividade


A distribuição da população economicamente activa indica que 78% são camponeses por conta

própria, na sua maioria mulheres. A percentagem de trabalhadores assalariados é de 16% da

população activa e é dominada por homens (as mulheres assalariadas representam 3% da população

activa feminina e 39% no caso dos homens).

Quadro 48. População activa21, ocupação e ramo de actividade, 2007

RAMOS DE ACTIVIDADE TOTAL

OCUPAÇAO PRINCIPAL

Assalariados Comerciantes

& Trabalhadores Empresário Outras e

Total Técnicos Operários Serviços Artesãos Camponeses Patrão desconhecido

Total 100.0% 15.9% 1.5% 1.9% 12.5% 3.0% 77.9% 0.2% 3.1%

- Homens 100.0% 38.9% 2.5% 3.7% 32.7% 5.1% 48.2% 0.4% 7.4%

- Mulheres 100.0% 2.9% 1.0% 0.9% 1.1% 1.8% 94.6% 0.0% 0.6% Agricultura, silvicultura e pesca 100.0% 1.6% 0.0% 0.0% 1.6% 0.0% 97.1% 0.0% 1.3% Indústria, energia e construção 100.0% 95.3% 0.5% 0.4% 94.4% 0.0% 0.3% 0.2% 4.2% Comércio, Transportes Serviços 100.0% 45.5% 16.9% 20.7% 7.9% 34.1% 1.0% 1.8% 17.6% [1] Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.


21 Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.

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Figura 12. População activa, segundo a ocupação principal


A distribuição segundo o ramo de actividade reflecte que a actividade dominante no distrito é agrária,

que ocupa 80% da população activa do distrito. O comércio e outros serviços tem tido uma

importância crescente, ocupando já 9% da população activa do distrito.

Quadro 49. População activa22, ocupação e ramo de actividade, 2007

RAMOS DE ACTIVIDADE TOTAL

OCUPAÇAO PRINCIPAL

Assalariados Comerciantes Trabalhadores Empresário Outras e

Total Técnicos Operários Serviços e Artesãos Camponeses Patrão desconhecido

Total 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%

- Homens 36.0% 88.2% 59.1% 70.6% 94.5% 61.5% 22.3% 83.1% 87.3%

- Mulheres 64.0% 11.8% 40.9% 29.4% 5.5% 38.5% 77.7% 16.9% 12.7% Agricultura, silvicultura e pesca 80.2% 8.1% 0.7% 1.3% 10.0% 0.6% 99.8% 2.0% 34.4% Indústria, energia e construção 11.1% 66.9% 3.4% 2.5% 84.4% 0.2% 0.0% 11.5% 15.2% Comércio, Transportes Serviços 8.7% 25.0% 95.9% 96.2% 5.5% 99.3% 0.1% 86.5% 50.3%

[1] Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez. Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

22 Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.

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Figura 13. População activa, segundo o ramo de actividade


555...222 PPPooobbbrrreeezzzaaa eee SSSeeeggguuurrraaannnçççaaa AAAllliiimmmeeennntttaaarrr

Este distrito apresenta uma redução no Índice de Incidência da Pobreza23 desde um nível de 61% em

1997 para 49% no ano de 200724.

O Distrito no seu cômputo geral possui um potencial desejável para produção agropecuária, mas a

fraca capacidade de aproveitamento dos recursos existentes e a tendência para precipitações

irregulares e baixas, tornam as populações vulneráveis a pobreza. A taxa de Insegurança Alimentar

no Distrito é de 10%, significando que Xai-Xai está entre os distritos menos problemáticos da

província.

Em termos nutricionais Xai-Xai ocupa o 7º lugar na província entre os distritos mais problemáticos,

com uma taxa de crescimento insuficiente de 7.9

Em termos de desnutrição crónica (baixo peso a nascença), o Distrito apresenta uma situação não

preocupante com uma taxa de 3,2%. A principal causa da ocorrência da desnutrição crónica e aguda

é a fraca dieta alimentar nas crianças e mães grávidas sem pôr de lado algumas patologias que

poderão estar por detrás desta situação.

23 O Índice de Incidência da Pobreza (poverty headcount índex) é a proporção da população cujo consumo per capita está abaixo da

linha da pobreza. 24 Relatório da Pobreza e Bem-Estar em Moçambique: 3ª Avaliação Nacional - Ministério da Planificação e Desenvolvimento,

Direcção Nacional de Estudos e Análise de Politicas, Outubro de 2010 (District Poverty Maps for Mozambique: 1997 and 2007 Based on consumption adjusted for calorie underreporting).

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Aliado aos factores acima descritos, há ainda aspectos socioculturais que influenciam nos hábitos

alimentares e na distribuição de alimentos dentro das famílias. O deficiente acesso há serviços

básicos, nomeadamente água, saneamento, saúde e educação constituem constrangimentos que

agravam a situação.

O fraco desenvolvimento económico e o baixo nível de escolaridade bem como a irregularidade da

chuva torna a população de Xai-Xai vulnerável há doenças e calamidades naturais que de uma forma

cíclica anulam os esforços feitos pela população no ramo agropecuário.

Nos períodos mais críticos é frequente a eclosão de epidemias (diarreias, cólera, e malária) devido ao

deficiente saneamento do meio e consumo de água imprópria.

Em termos de calamidades, a seca tem sido o principal desastre que enfraquece a capacidade

produtiva das populações culminando com a falta de alimentos.

Para colmatar a situação da falta de alimentos, cujo pico ocorre durante o período entre Outubro e

Dezembro, as famílias recorrem a mecanismos de sobrevivência extrema. Dentro dos grupos

vulneráveis, as crianças e idosos são os mais assolados.

Os mecanismos institucionais e ou comunitários existentes para se lidarem com estes riscos são os

comités técnicos que em estreita colaboração com as autoridades locais delineiam estratégias para

gerir as calamidades. Mas estes carecem de treinamento e recursos de toda índole para intervir em

tempo real.

555...333 IIInnnfffrrraaaeeessstttrrruuutttuuurrraaasss dddeee bbbaaassseee

O distrito tem uma rede de estradas com uma extensão de 276km, sendo atravessado pela EN1 que

estabelece a ligação com Maputo e Inhambane, e possuindo uma rede de estradas secundárias e

terciárias relativamente significativa e operacional.

O acesso para os distritos limítrofes é feito em estradas pavimentadas e em boas condições. Já os

acessos dentro do distrito são feitos em estradas de terra batida mas que não apresentam grandes

limitações de trânsito durante a época chuvosa.

A reabilitação de estradas secundárias e terciárias tem tido um impacto importante no

desenvolvimento do distrito. A distribuição da rede de estradas, por PA, é a seguinte:

◊ Chongoene: EN1, EN207, EN208 e outras terciárias que ligam a Sede do Posto às outras

localidades e que têm falta de manutenção e sinalização.

◊ Chicumbane: EN1, estrada Chicumbane – Lumane, 3 de Fevereiro – Muwawasse, Chipenhe –

Chirrindzene – Mabawane. Chipenhe andloze, EN1 – Totoe e EN1 – Languene.

◊ Zongoene: estrada Zongoene – Lumane, Zongoene – Nhabanga, Zongoene –

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Gutsuine, Zongoene – Xai-Xai, via Chilaulene, Zimilene – Xai-Xai. Há falta de pontes e pontecas e

de manutenção e sinalização.

Quadro 50. Principais vias de acesso

REF DESIGNAÇÃO DA VIA Dist.(km) Tipo de acabamento Condições de

acesso Alcat T Picada Boa Raz. Má

EN1 Chicumbane-Tetene 55 + +

E857 Chongoene – Conjoene 17 + +

R102 Chongoene - Bungane 23 + +

R851 Chong. - Praia X-Xai 10 + +

R454 Chicumbane- Zongoene 44 + +

R853 Cruz EN1-Praia - Chong. 18 + +

N/C Xai-Xai – Chilaulene 14 + + +

N/C Xai-Xai – Nhacutse 25 + + +

N/C Cruzt EN1/EN206 18 + +

N/C Cruzam.EN - Maciene 7 + +

N/C Xai-Xai – Zimilene 18 + +

N/C Zongoene - Nhabanga 13 + + +

N/C Chipenhe - Chirrindzene 8 + +

N/C Chicumb - Hosp Rural 1 + +

N/C R454 - Sede P.A. Zong. 5 + +

Total do Distrito 276 103 147 78 48 142 86 Fonte: SDPI.

O Distrito não possui serviços aeroportuários nem pistas de aterragem. Porem, já foi identificado um

espaço para construção de aeródromo de Xai-Xai.

As telecomunicações são asseguradas por um serviço de telefonia de rede fixa, existindo 2.108

linhas em operação e 238 cabines públicas. O Distrito conta também com 3 redes de telefonia móvel

e sinal de televisão (TVM, Record Moçambique e STV). Outros serviços de telecomunicações

incluem: 1 farol marítimo (Zongoene), uma estação de Radiodifusão Provincial, uma Rádio

Comunitária, uma antena repetidora da FM e uma estação meteorológica. O acesso a Internet é

assegurado nas zonas servidas por rede fixa e móvel. Os principais constrangimentos nesta área

prendem-se com insuficiência de cobertura da rede fixa, móvel e televisiva em alguns povoados.

Existe, ainda, uma delegação dos Correios de Moçambique.

O abastecimento de água é feito através de 5 sistemas para a cidade de Xai-Xai e de 140 furos, dos

quais 63 operacionais, para o restante distrito. Apesar de não cobrir satisfatoriamente todas as

localidades a rede de furos e poços abastece a maioria da população durante todo o ano. A

caracterização, no que respeita ao abastecimento de água, da situação existente, por

PA, é a seguinte:

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◊ Chongoene: Existe um tanque e um sistema de abastecimento de água na Sede do Posto, para

além de 54 poços e 79 fontanários, tendo sido iniciadas as obras de construção do PSAA de

Nhancutse. Os recursos são insuficientes, não abrangendo todas as zonas carentes e necessitando de

expansão.

◊ Chicumbane: Existem 6 pequenos sistemas de abastecimento de água e 6 tanques aéreos, 102

poços, 46 fontanários. Estes recursos estão restritos às zonas urbanas, não abrangendo as aldeias. Há

necessidade de mais 25 furos e 30 fontanários para uma abrangência total das comunidades

existentes.

◊ Zongoene: Não existe nenhum sistema de abastecimento de água, sendo o consumo feito a partir

de 28 poços e 16 fontanários. Há necessidade de mais 10 poços e 10 fontanários para uma

abrangência total dos necessitados em todo o PA.

De acordo com os dados do Censo de 2007, só 6% da população total do distrito beneficiava à data

de energia eléctrica (1% em 1997). A situação existente no distrito no que respeita ao fornecimento

de energia é a seguinte por PA:

◊ Chongoene: A cidade de Xai-Xai recebe energia da subestação de Chicumbane. Este PA recebe

energia da subestação de Chicumbane que alimenta 3 redes de distribuição para Chongoene Sede,

Siaia, Nancutse, Nhamavila e Maciene. O consumo está restrito às Localidades de Chongoene Sede e

Maciene, devido à falta de postos de transformação nas outras localidades. Existem aldeias

densamente povoadas atravessadas por rede de média tensão e que não se beneficiam de energia por

falta de postos de transformação.

◊ Chicumbane: Possui uma subestação que abastece a cidade de Xai-Xai e 4 redes de distribuição

para as localidades de Chicumbane Sede, Nuvunguene e Muzingane, faltando abranger as

Localidades de Chirindzene e Muwawasse.

◊ Zongoene: Não está coberta por rede de distribuição de energia.

Na área de energia eléctrica, a prioridade do sector é:

Proceder à ampliação da rede de transporte e distribuição e à electrificação rural por sistemas

isolados para fins comercial, residencial e de serviços públicos em geral aos níveis urbano e rural

incluindo as zonas de reassentamento;

Reabilitar as infraestruturas energéticas danificadas e obsoletas;

Construir novas redes em alguns Postos Administrativos e Localidades; e

Efectuar acções visando a redução do consumo do combustível lenhoso pela população através da

disseminação da política do uso de petróleo de iluminação e energias

renováveis.

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Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e manutenção das

infraestruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água a necessitar de

manutenção e a rede de estradas e pontes na época das chuvas tem problemas de transitabilidade.

555...444 UUUsssooo eee CCCooobbbeeerrrtttuuurrraaa dddaaa TTTeeerrrrrraaa

A agricultura é a actividade dominante e envolve quase todos os agregados familiares. O distrito de

Bilene tem uma densidade populacional e uma procura adicional de terrenos proveniente da cidade

de Maputo elevadas, que estão na origem de alguns conflitos ligados à posse da terra, para cuja

solução e moderação, tem contribuído a Administração e a DADR (Serviços de Geografia e

Cadastro) em coordenação com anciões locais influentes.

Quadro 51. Uso e Cobertura da Terra Classe Área (ha) (%)

Cultivado Sequeiro 61856.08 33.07 Cultivado Irrigado 8.27 0.0 Plantações 257.49 0.14 Solo Sem Vegetação 2553.11 1.37 Formação Herbácea Inundável 9827.66 5.25 Formação Herbácea Inundada 1346.72 0.72 Mangais (localmente degradados) 287.02 0.15 Formação Herbácea 36773.48 19.66 Moita (arbustos baixos) 2116.38 1.13 Matagal Medio 11532.71 6.17 Matagal Aberto 51575.81 27.58 Formação Herbácea Arborizada 5418.48 2.9 Floresta de Baixa Altitude Aberta 1761.38 0.94 Floresta de Baixa Altitude Fechada 202.58 0.11 Oceano 0.22 0.0 Lagos, Lagoas 1082.59 0.58 Margens de Rio 431.07 0.23 Albufeira 3,688 1.7 TOTAL 187.030,67 100.0

Fonte: Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção (CENACARTA).

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A restante informação desta secção25 foi extraída dos resultados do Censo Agropecuário realizado

pelo INE em 2009/10 e tem por objectivo descrever os traços gerais que caracterizam a base agrícola

do distrito.

O distrito possui cerca de 47 mil explorações agrícolas com uma área média é de 1.7 hectare, sendo

cerca de 97% ocupadas com a exploração de culturas alimentares.

Figura 14. Explorações segundo a sua utilização

Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatística, Censo agropecuário, 2009-2010

Com um grau de exploração familiar dominante, 66% das explorações do distrito têm menos de 2

hectares.

Figura 15. Explorações por classes de área cultivada

Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatística, Censo agropecuário, 2009-2010

25 Apesar das reservas a colocar na representatividade dos dados ao nível distrital, a sua análise permite observar tendências e os principais aspectos estruturais.

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Na sua maioria os terrenos não estão titulados e, quando explorados em regime familiar, têm como

responsável o homem da família, apesar de na maioria dos casos ser explorada por mulheres a

trabalharem sozinhas ou com a ajuda das crianças da família. A maioria da terra é explorada em

regime de consociação de culturas alimentares.

555...555 SSSeeeccctttooorrr AAAgggrrrááárrriiiooo

5.5.1 Infraestruturas e equipamento

É na faixa do distrito atravessada pelo rio Limpopo, que é possível fazer agricultura irrigada, com

recurso a meios mecânicos de propulsão. Mais para o interior do distrito, existem algumas terras

onde é possível utilizar pequenos sistemas de rega para produção agrícola, desde que haja algum

investimento para a construção de sistemas de armazenamento de água.

No Distrito existem 8 sistemas de regadio e 13 sistemas de drenagem. O regadio de Ponela foi

reabilitado, parcelado e distribuído a 48 agricultores comerciais.

Os regadios de Chilaulene e Lumane não estão sendo devidamente aproveitados por causa do

assoreamento das valas de rega e drenagens ocasionado pelas cheias de 2000.

Está em curso um plano para a sua reabilitação, mas a capacidade financeira dos proprietários e

utentes é um entrave à sua célere implementação.

5.5.2 Zonas agro-ecológicas

Os solos são predominantemente arenosos na costa oceânica e no interior, encontrando-se também

extractos de solos hidromórficos (vulgo machongos). Com maior predominância o distrito possui

solos aluvionares, formados sobre influência dos rios Incomáti e Munhuane.

A região litoral abrange toda a faixa costeira com altitudes inferiores a 200m, integrando áreas

baixas, litorais e sub-litorais, de terreno plano, quase plano a ligeiramente ondulado.

São de realçar os solos aluvionares que ocorrem ao longo da planície do rio Limpopo, à medida que

se avança para a costa, onde ocorrem solos hidromórficos orgânicos também conhecidos como

Machongos. Tratam-se de terras húmidas, baixas e depressões permanente ou sazonalmente húmidas,

evidenciando condições de grande valor agrícola.

A zona interior é caracterizada pela ocorrência de solos delgados e característicos da cobertura

arenosa de espessura variável. Tais condições são agravadas pela grande irregularidade da quantidade

de precipitação ao longo da estação chuvosa e por conseguinte a ocorrência de frequentes períodos

secos durante o período de crescimento das culturas.

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5.5.3 Produção agrícola e sistemas de cultivo

O potencial de área arável do Distrito é de 62.170 ha, dos quais 8.000 ha de machongos, 36.678 ha de

serra e 17.492 ha de Vale. O actual aproveitamento desta área é de 65% correspondente a 40.411ha.

O distrito de Xai-Xai é vulnerável às calamidades naturais (cheias cíclicas, secas e ciclones) e tem

sofrido intempéries de pequena e grande escala.

A maioria da vegetação natural foi destruída para dar lugar à actividade agrícola. As árvores de

frutas, tais como os cajueiros, mafurreiras e da maçala são dominantes em toda a serra. As espécies

indígenas ou naturais dominantes são o mulhu e vangani, a sudoeste do distrito.

Este distrito já foi o 1° produtor de arroz do país. Atravessado pelo rio Limpopo, que fertiliza as suas

margens (bacia hidrográfica), o seu vale é apto para a produção de toda a espécie de culturas de

rendimento (arroz, trigo, feijões, hortícolas e banana).

Na zona de transição para a serra, a agricultura é praticada em solos arenosos com culturas anuais

consociadas com árvores de frutas nativas e exóticas. As principais culturas são o milho, mandioca,

amendoim e batata-doce e as principais árvores de fruta são os cajueiros e coqueiros, as principais

árvores de rendimento, bem como alguns citrinos, mangueiras e fruteiras tradicionais. Na zona da

serra as culturas predominantes são o caju, mandioca e citrinos.

A agricultura é praticada em moldes artesanais e sem recurso a investimentos dispendiosos, havendo

falta de adubos e fertilizantes no mercado.

Algumas famílias empregam métodos tradicionais como o pousio das terras, a incorporação no solo

de restolhos de plantas, estrume ou cinzas. Os principais constrangimentos à produção são as pragas,

a seca, a falta ou insuficiência de sementes e pesticidas e as cheias cíclicas.

A maioria das famílias pratica agricultura de subsistência com o objectivo de garantir a segurança

alimentar. As principais culturas alimentares são: Milho, Arroz, Feijões, Amendoim, Mandioca e

Batata-doce.

As culturas de rendimento praticadas são: arroz, trigo, castanha de caju, batata reno e hortícolas. É

também praticada a cultura de algodão pela empresa CAFA (Companhia Agrícola de Fomento

Algodoeiro).

O Distrito apresenta uma tendência de produção crescente, fundamentalmente devido ao uso de

técnicas melhoradas de produção de cereais, hortícolas, leguminosas, banana e produção de mel; ao

maior aproveitamento das zonas agrícolas; à produção de culturas tolerantes a seca e combate ao

oídio; e ao uso intensivo de insumos agrícolas tais como semente certificada,

pesticidas e fertilizantes químicos.

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Quadro 52. Produção agrícola, por culturas: 2009-2011

Principais Culturas

Campanha 2009/2010 Campanha 2010/2011

Área Semeada (ha)

Produção (Toneladas)

Área Semeada (ha)

Produção (Toneladas)

Milho 26.799 42.286 33.388 65.786 Amendoim 3.167 2.223 3.167 4.434 Mandioca 4.263 29.330 6.167 60.895 Feijão vulgar 1.040 1.040 1.003 903 Feijão nhemba 7.885 4.692 6.930 2772 Batata Doce 5.677 31.864 4.523 25.907 Hortícolas diversas 1.363 2.505 719 5.076 Tomate 57 510 33 440 Cebola 73 648 68 460 Banana 232 5.795 232 5.310 Outras frutas 213 1.065 224 2.376 Algodão caroço 481 227 492 242 Trigo 52 78 102 153 Arroz 1.289 4.577 1.134 5.327 Total 52.591 126.840 58.182 180.081 Fonte: SDAE

5.5.4 Pecuária

O fomento pecuário tem sido fraco. Porém, o investimento privado e a tradição na criação de gado e

uso de tracção animal, conduziram ao crescimento do efectivo bovino de 22 mil cabeças em 2000,

para cerca de 38 mil cabeças em 2004 e 37 mil em 2011, cuja exploração é feita por vários criadores

privados e familiares, servidos por algumas infraestruturas de apoio.

Quadro 53. Efectivo Pecuário, 2009-2011

Espécies 2009 2010 2011

Bovinos 30,943 32,208 36,588

Caprinos 3,858 3,811 3,880

Ovinos 936 1,128 865

Suínos 1,558 1,678 1,438

Aves 13,937 992 15,786 Fonte: SDAE

Os animais domésticos mais importantes para o consumo familiar são as galinhas, os patos e os

cabritos, enquanto, para a comercialização, são os bois, os cabritos, os porcos e as ovelhas.

Dada a existência de boas áreas de pastagem e de fontes de água próximas, existem

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boas condições para o desenvolvimento da pecuária no distrito, sendo as doenças e a falta de fundos

e de serviços de extensão, os principais obstáculos ao seu desenvolvimento.

Quadro 54. Banhos carracicidas

TANQUES 2010 2011 Públicos 38.339 258.104 Privados 9.323 52.202 TOTAL 47.662 310.306 Pulverização 7.166 45.609 TOTAL GERAL 54828 355.915 Fonte: Relatório Anual do Governo Distrital, 2011

Em termos de exploração pecuária existem cinco empresas formais de criação de gado com

infraestruturas próprias, havendo, ainda, o registo de 14 tanques carracicidas, 12 corredores para o

tratamento de gado, 6 bebedouros, 1 furo e 5 poços de água para o abeberamento do gado.

Quadro 55. Produção de carne bovina

SECTOR 2010 2011

Cabeças PESO (kg) Cabeças PESO (kg)

Familiar 323 58.424 566 85.349 Privado 146 24.736 119 29.45 TOTAL 469 83.16 685 114.799 Fonte: Relatório Anual do Governo Distrital, 2011

As principais empresas privadas pecuárias são a Empresa Agropecuária de Novela, Agropecuária das

Lezírias, Agropecuária Anglusane, Agropecuária de Carvalho e produção de Leite e a Agropecuária

Ribeiro.

Quadro 56. Produção de leite

SECTOR 2010 (Lt.) 2011 (Lt.) Familiar 13.148 186.261 Privado 41.444 72.545 Total 54.592 258.806 Fonte: Relatório Anual do Governo Distrital, 2011

5.5.5 Pescas, Florestas e Fauna bravia

O distrito possui algumas florestas naturais, que a população local aproveita para o fabrico de

utensílios domésticos e para artesanato, produção de mel, colheita de produtos medicinais, caça, entre

outro tipo de aproveitamento.

A floresta da zona do litoral, apresenta-se com dunas e encostas muito inclinadas,

vegetação de mangal e planícies em toda a costa, tidas como zonas de protecção.

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Estas zonas estão sob gestão de uma unidade específica, o Programa de Fixação de Dunas da

Província de Gaza, cujas actividades iniciaram com o apoio da FAO em 1986 e, para além dos

aspectos de protecção, destina-se a criar beleza natural de interesse turístico.

O distrito possui árvores de fruto (mangueiras, laranjeiras e papaieiras, entre outras), e frutas

silvestres. A falta de sementes, as pragas, a falta de hábitos e a seca são as principais limitantes ao

plantio de árvores de fruta. Algumas frutas silvestres e outras (massala, canho e caju) são processadas

para a venda sob a forma de bebidas alcoólicas tradicionais. A comercialização destes produtos,

processados ou não, é feita basicamente nos mercados distritais.

A lenha e o carvão são os principais combustíveis domésticos. A madeira não é muito utilizada na

construção de habitações, recorrendo a população local a materiais alternativos como arbustos e

capim, bem como a materiais convencionais. O distrito enfrenta o desflorestamento e erosão,

havendo comunidades que têm a fonte de lenha mais próxima entre 4 a 12 km de distância.

A caça é um suplemento alimentar importante das famílias do distrito, sendo as espécies mais

caçadas as gazelas, coelhos e aves aquáticas. Com respeito à fauna bravia as espécies que merecem

destaque são cabritos cinzento e amarelo, o macaco cinzento, o hipopótamo e as lebres.

Sendo um distrito costeiro, o peixe está, naturalmente, incluído nos hábitos alimentares das famílias,

apesar de a actividade de pesca ser pouco desenvolvida.

555...666 IIInnndddúúússstttrrriiiaaa,,, CCCooommmééérrrccciiiooo eee SSSeeerrrvvviiiçççooosss

O sector comercial do distrito está bem integrado na zona Sul do país e é relativamente activo, tendo

sido arroladas 187 lojas e um sector informal que ocupa uma quota considerável do mercado

retalhista.

Quadro 57. Rede comercial e industrial

Indicadores 2010 2011 Lojas 176 187 Armazéns 6 6

Prestação de serviços 6 7

Barracas 196 134 Bancas 8 46

Médias indústrias 30 31 Fonte: Relatório Anual do Governo Distrital, 2011

Funcionam no distrito delegações das Telecomunicações de Moçambique, Correios de Moçambique,

Electricidade de Moçambique e filial bancárias. O sector informal, nomeadamente os comerciantes

locais, fornecem algum crédito limitado aos interessados.

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555...777 TTTuuurrriiisssmmmooo

Este distrito faz parte da conhecida Zona

Costeira de Xai-Xai, sendo um importante polo

turístico da zona sul do país.

Em termos de potencial turístico, possui cerca

de 80Km de costa com belas paisagens, sendo

de destacar as de Chongoene e Zongoene.

A faixa costeira e os lagos permanentes no

interior fornecem boas oportunidades para a

prática do turismo e recreação, existindo planos de gestão integrada nas zonas costeiras do distrito,

que disponibilizam inúmeras áreas para investimento e construção de instalações de estâncias

turísticas e habitacionais.

O Distrito possui 80 km de costa com belas paisagens nas Praias de Zongoene e Chongoene e conta

com um universo de 22 estâncias turistas licenciadas, a maior parte delas localizam-se na zona

costeira de Chongoene, e Zongoene.

A tabela abaixo ilustra os principais estabelecimentos turísticos do Distrito, que empregam

aproximadamente 319 trabalhadores. Existem também outras infraestruturas de restauração tais como

restaurantes, bares e take away. Outros atractivos turísticos incluem a lagoa de Nhabanga, as matas

sagradas de Chirindzene e dos Mulas, bem como o farol de Zongoene.

Quadro 58. Estabelecimentos turísticos Postos Administrativos Nome do Comerciante

ZONGOENE

Zongoene Lodge Mahelane Lodge Just In Time Nhabanga Paradise

CHONGOENE

Chongoene Holiday Resort Xai-Xai Chalets Xai-Xai Beach Resort Xai-Xai Eco State Hotel Chongoene


Os principais constrangimentos na área de turismo são: a descapitalização dos operadores turísticos,

fraca qualidade dos serviços prestados e ausência de uma estratégia de desenvolvimento do turismo

no distrito.

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666 VVViiisssãããooo eee EEEssstttrrraaatttééégggiiiaaa dddeee DDDeeessseeennnvvvooolllvvviiimmmeeennntttooo LLLooocccaaalll

Este capítulo tem como base as conclusões do PEDD - Plano Estratégico de Desenvolvimento

Distrital.

666...111 VVViiisssãããooo

“Xai-Xai Distrito Agropecuário, Turístico, Pesqueiro, Estável e Prospero”.

666...222 OOObbbjjjeeeccctttiiivvvooosss EEEssstttrrraaatttééégggiiicccooosss eee PPPiiilllaaarrreeesss dddeee DDDeeessseeennnvvvooolllvvviiimmmeeennntttooo

Os pilares de desenvolvimento do Distrito são: o Desenvolvimento Económico Local, Infraestruturas

e Serviços Sociais Básicos e a Boa Governação, com os seguintes objectivos estratégicos traçados.

I - Desenvolvimento Económico Local Melhorar a produção agropecuária, pesqueira e turística introduzindo tecnologias melhoradas e técnicas de marketing.

II - Infraestruturas e Serviços Sociais Melhorar a capacidade humana e a situação social das populações, facilitando o acesso aos serviços básicos e infraestruturas de qualidade.

III - Governação, Justiça e Legalidade Melhorar a governação local e o desenvolvimento institucional assegurando a capacidade em gestão da administração pública participativa e inclusiva.

A estratégia principal do Distrito tem em vista elevar os níveis de riqueza, a segurança alimentar e

nutricional das famílias bem como o crescimento económico e social do distrito, utilizando de forma

sustentável os recursos disponíveis.

O Desenvolvimento Económico, caracterizado pelo aumento dos níveis actuais de produção

agropecuária, pesqueira e turística constitui o catalisador de todo o processo de desenvolvimento,

contribuindo deste modo para a melhoria dos rendimentos e acesso às famílias ao emprego. A prática

da agropecuária mecanizada constitui factor determinante para dinamização da indústria e comércio

local.

O distrito tem o privilégio de estar junto a uma extensa costa marítima oceânica com águas para

prática de desportos náuticos e pesca. As actividades turísticas e pesqueiras, terão também um papel

determinante para a renda e o acesso ao emprego às famílias. Os investimentos privados externos e

locais serão cada vez mais incentivados de modo a dotar o distrito de infraestruturas e serviços de

hotelaria atractivos e de padrão acessível aos diferentes estratos sociais. A pesca de pequena escala,

deverá também gerar oportunidades de desenvolvimento económico às famílias, criando

fundamentalmente mais empregos e negócios. O acesso das famílias a artes e meios de pesca,

processamento e escoamento constitui caminho para a maximização deste potencial. Para esta

actividade, o sector privado externo com o seu capital, deverá prover aos locais oportunidades de

emprego adicionais bem como uma contribuição fiscal significativa para o distrito

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e país no geral.

O acesso ao crédito pelos principais actores, bem como o desenvolvimento de acções de marketing

das potencialidades e recurso do distrito, constituem uma das principais alavancas ao incremento do

desenvolvimento económico do distrito.

Por outro lado, pretende-se um sector industrial, comercial e de transporte orientado para absorver os

grandes volumes de produção agropecuária e pesqueira servindo aos principais mercados do distrito,

com ênfase nos locais turísticos bem como às regiões circunvizinhas ao distrito e província no geral.

A localização geográfica do distrito e o bom estado da rede viária que liga aos distritos vizinhos e a

Estrada Nacional, constituem vantagens para dinamizar o escoamento dos produtos para fora do

distrito. Por outro lado, a entrada em funcionamento da indústria de processamento do algodão, traz

consigo oportunidades adicionais para o crescimento desta actividade de rendimento bem como

emprego para as famílias.

A melhoria do acesso às infraestruturas e serviços básicos tais como vias de comunicação;

abastecimento de água potável, educação, saúde e energia constituem suportes principais à

implementação da estratégia.

O progresso na implementação da estratégia do Distrito vai contribuir para o alcance da Segurança

Alimentar e Nutricional das famílias, tendo em conta a necessidade da preservação do meio

ambiente, bem como o controle, mitigação e combate do HIV e SIDA.

No que concerne à Insegurança Alimentar e Nutricional, o Distrito prevê reduzir em 5% os actuais

níveis considerando as seguintes linhas gerais de orientação:

• Garantir a autossuficiência alimentar no Distrito através da intensificação da actividade

agropecuária e pesqueira

• Contribuir para a melhoria do poder de compra dos agregados familiares capitalizando as

potencialidades locais no desenvolvimento de pequenas e médias empresas bem como

associações económicas

• Reduzir a incidência de desnutrição (aguda e crónica), através do melhoramento das

condições de saúde, água, saneamento do meio, e educação alimentar e nutricional.

No que diz respeito à gestão ambiental, o Distrito prevê implementar o plano à luz das seguintes

linhas gerais:

• Desenvolver capacidades para o combate e prevenção à erosão de solos nas zonas de

habitação, agrícola e de mineração;

• Promover o planeamento e ordenamento territorial e implementação dos

respectivos planos;

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• Reduzir a incidência das queimadas descontroladas e o Reflorestamento; e

• Garantir a gestão dos recursos naturais bem como promover a consciencialização ambiental.

Quanto ao controle do HIV e SIDA, o Distrito prevê reduzir os novos casos em 6% por ano

considerando as seguintes linhas gerais de orientação:

• Massificação do aconselhamento e testagem voluntária, da utilização do preservativo

feminino e masculino bem como da prática da circuncisão masculina;

• Reforçar as capacidades de geração de rendimento, da segurança alimentar e apoio

nutricional dos indivíduos, famílias e comunidades afectados pelo HIV e SIDA

• Garantir o apoio educacional das crianças órfãs em situação de vulnerabilidade;

• Assegurar a realização das actividades de combate ao HIV e SIDA mobilizando as lideranças

e recursos financeiros para o efeito;

• Assegurar a protecção e defesa dos direitos humanos das PVHS’s e seus dependentes bem

como os cuidados médicos.

Sobre os desastres naturais, o Distrito prevê reduzir os riscos considerando as seguintes linhas gerais

de orientação:

• Dotar o Distrito de meios de prevenção e mitigação através da emissão de informação

atempada sobre os riscos;

• Promover a criação de sistemas de armazenamento de águas nas zonas de estiagem;

• Consolidar a cultura de prevenção efectuando o mapeamento das zonas de risco e reforçando

as acções de coordenação institucional; e

• Intensificar as acções de formação e educação cívica sobre os desastres naturais.

A liderança do Governo distrital facilitando o ambiente para o investimento privado, a participação

comunitária e o apoio aos processos promovendo parcerias e coordenação entre as instituições vai

guiar a implementação do quadro estratégico, alargar as oportunidades de emprego, negócio e

aumentar a base de tributação no distrito.

O desenvolvimento da estratégia em cada pilar de desenvolvimento, teve em conta a análise das

vantagens comparativas de cada área permitindo assim identificar aquelas que irão dinamizar a

economia local. Uma sínteses dessas conclusões é apresentada na secção seguinte.

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666...333 AAAnnnááállliiissseee FFFOOOFFFAAA222666

Pontos Fortes Pontos Fracos Oportunidades Ameaças Desenvolvimento Económico

AGRICULTURA § Extensas Terras aráveis § Sistema de regadio

(350ha) § Associações agrícolas § Instituições de crédito § Existência de rios, lagoa

§ Insuficiência de maquinaria § Insuficiente produção de cereais e

hortícolas § Assoreamento das valas no

sistema de regadio § Insuficiência de insumos § Descapitalização dos produtores § Deficientes gestões dos recursos

alocados § Insuficiência de recursos humanos

qualificados § Insuficiência de casas agrárias

§ Fornecedores de tecnologias melhoradas de produção

§ Instituições de formação e investigação

§ Fornecedores de insumos agrícolas

§ Instituições de crédito § Investidores § Parceiros

§ Pragas § Inundações § Seca § HIV/SIDA

PECUARIA § Extensas áreas do pasto § Criadores do sector

privado e familiar § Existência de rios, lagoa § Parceiros, Investidores § Programas de fomento

pecuário § Extensa costa § Instancias turísticas § Existência de elevado

potencial florestal; § Existência de reservas

florestais sagradas; § Existência de comités de

gestão de recursos naturais

§ Existência de agentes económicos

§ Existência de 2 viveiros florestais

§ Efectivo pecuário reduzido § Insuficiência de tanques

Carracicidas § Insuficiência de recursos humanos

qualificados § Deficiente acesso em

medicamentos pelos criadores § Insuficiência de Recursos

humanos § Vulnerabilidade às calamidades

(seca, inundações e ciclones); § Fraco domínio do uso sustentável

dos recursos naturais; § Queimadas constantes nas áreas

de conservação § Fraca capacidade de resposta a

fiscalização § Fraca capacidade de controlo de

conflito Homem/Fauna Bravia

§ Fornecedores de

medicamentos § Instituições de formação

e investigação § Técnica de produção

animal § Fornecedores de espécie

pecuária § Investidores, Parceiro § Instituições de formação

especializadas § Condições florestais

excepcionais e com potencial ainda por ser explorado na sua capacidade máxima.

§ Surtos § Inundações § Seca § HIV/SIDA § Mudanças

climáticas; § Elevada

incidência do HIV SIDA;

§ Eventuais conflitos de espaço devido a entrada ou aparecimento de fauna bravia nas aldeias;

CAJU § Extensas áreas para o

plantio de cajueiros § Potencialidade de

produção de mudas para posterior distribuição

§ Condições climáticas favoráveis

§ Pequeno sistema de irrigação para a produção de mudas

§ Existência de um viveiro

§ Recursos e meios financeiros exíguos

§ Níveis de produção e produtividade baixos

§ Queimadas descontroladas (Queimam os cajueiros)

§ Mercado de venda da castanha

§ Através dos planos do Governo, o envolvimento das escolas na pratica da cultura

§ Potenciais investidores

§ Secas § Pragas e

doenças § Queimadas

descontroladas

Turismo

§ Lagoas § Clima favorável § Belas paisagens § Parceiros § Investidores § Paz e tranquilidade

§ Insuficiência de Recursos

qualificados § Insuficiência de fiscalização § Descapitalização dos operadores § Fraca publicidade de potencial

turístico

§ Instituições de créditos § Turistas § Investidores § Parceiros § Agências de viagens

PESCA

26 FOFA – Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças.

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Pontos Fortes Pontos Fracos Oportunidades Ameaças

§ Extensa costa marítima § Rios § Lagoas § Diverso pescado § Pescadores artesanais § Associações de

pescadores § Artesãos locais

§ Deficiente sistema de conservação § Insuficiência de recursos humanos

qualificados § Deficiente fiscalização § Fraco acesso a artes de pesca § Pescadores ilegais § Fraca capacidade de gestão e

controle

§ Fornecedores de sistema

de frio § Fornecedores de artes e

técnicas de pesca § Instituições de formação

e investigação pesqueira § Diversa legislação

pesqueira

§ Tempestades § Poluição das

águas § HIV/SIDA

INDUSTRIA § Matéria-prima

agropecuária e pesqueira § Pequenas, medias e

grandes industrias

§ Fabricas paralisadas § Fraca capacidade de agro-

processamento § Descapitalização dos empresários

§ Instituições credoras § Fornecedores de

Tecnologia melhorada de agro-processamento

§ Investidores § Instituições de formação

e investigação

§ Queimadas descontroladas

§ HIV/SIDA

COMERCIO § Produção agropecuária,

pesqueira e arte § Infraestruturas comerciais

de alvenaria § Mercados

§ Deficiente rede comercial, § Comércio informal § Deficiente capacidade de

fiscalização e inspecção § Fraca capacidade de gestão § Fraca qualidade de produto

oferecido

§ Instituições credoras § Legislação comercial § Instituições de formação § Investidores § Mercado externo

§ Crise financeira § Queimadas

descontroladas § Tempestades § HIV/SIDA

DESENVOLVIMENTO SOCIAL E INTRA-ESTRUTURAS SAUDE

§ Unidades sanitárias tipo II § § Instituições de formação § Parceiros § Postos de saúde e APs

§ Deficiente rede sanitária § Insuficiência do pessoal médico e

paramédico § Insuficiência de farmácia § Venda clandestina de

medicamento § Epidemias

§ Parceiros § Investidores § Fornecedores de

medicamentos, materiais e equipamentos

§ Instituições de formação e investigação

§ Pandemias (gripe A, das aves e HIV)

EDUCAÇAO § Instituições de formação

de professores § Parceiros § Conselhos de escolas § Distribuição gratuita de

livro escolar § Alfabetização e Educação

de Adultos

§ Insuficiência de salas de aula de material convencional

§ Insuficiência de professores qualificados

§ Mau estado de conservação de infraestruturas escolares

§ Instalações inapropriadas do SDEJT

§ Abandono e rescisão de contratos pelos professores

§ Desistência da rapariga e rapazes § Falta de celeridade nos processo

de nomeações promoções e progressões

§ Fraca capacidade de absorção dos graduados

§ Parceiros § FUNDEC § Programas de

construções aceleradas § Instituições de formação

técnico profissional

§ HIV/SIDA § Calamidades

ACÇAO SOCIAL § Parceiros § Programas sociais § Activistas § Associações § Comités de COVs § Núcleo Multissectorial de

atendimento de COV’s § Unidades de Géneros § Comité de fórum mulher

§ Insuficiência de centros de acolhimentos

§ Abandono dos grupos alvos pelas famílias

§ Insuficiência do pessoal técnico

§ Parceiros e fundos § Instituições de formação

§ HIV/SIDA § Crise financeira

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Pontos Fortes Pontos Fracos Oportunidades Ameaças ABASTECIMENTO DE AGUA E SANEAMENTO

§ Parceiros § PSAA Privada § Artesãos § Nascentes, lagoas e rios

§ Baixa cobertura de AA § Elevadas fontes avariadas § Deficiente funcionamento dos

comités de água § Fraco acesso á peças

sobressalentes § Insuficiência de centros de

demonstração § Saneamento insuficiente § Vandalização das fontes

§ Parceiros e investidores § Opções tecnológicas de

água e saneamento § Fundos § Instituições de formação

§ Seca e inundações

§ Poluição das águas

ESTRADAS E PONTES § Rede da estrada asfaltada

e terra batida § Saibro § Mão-de-obra

§ Deficiente manutenção das vias § Falta técnicos qualificados § Deficiente transitabilidade das vias

em tempo de chuva § Erosão

§ Empresas de construção e fiscalização

§ Instituições de formação § Fornecedores de

equipamento

§ Cheia § Erosão § HIV/SIDA

HABITAÇÃO § Espaço físico para

construção § Plano de pormenor § Estaleiros § Casas de material

convencional, argila § Artesãos § Aldeias

§ Casas de material precário § Descapitalização das famílias § Fraco conhecimento do valor

económico e social dos recursos (gado)

§ Fundo de promoção de habitação

§ Instituições credoras § Empresas e

fornecedores de material de construção

§ Crise financeira § Tempestades e

ciclones § HIV/SIDA

TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES § Operadores públicos e

privados § Rede rodoviária § Rede das

telecomunicações f § Sinal de rádio § Navegabilidade do rio e

mar § Espaço para aeródromo

§ Deficiência de sinal de televisão, telefonia móvel e fixa

§ Deficiente fiscalização dos serviços de transportes privados

§ Fornecedores de serviços de telecomunicações rádio e televisão

§ Transportadores públicos e privados

§ Instituições especializadas em viação e navegação

Crise financeira Tempestades Ciclones

SERVIÇOS FINANCEIROS § Instituições de

microcrédito § Parceiros § Grupos de Xitique

§ Insuficiência de instituições de poupança e crédito

§ Pratica de guardar dinheiro em casa

§ Instituições bancárias e de micro-finanças

§ Política de ruralização dos bancos

§ Assaltos § Prioridades das

instituições bancárias

ABASTECIMENTO DE COMBUSTIVEL § Crescimento do parque

automóvel § Venda informal de combustível

§ Fornecedores de serviços de combustível

§ Crise de combustível

CULTURA § Grupos culturais § Monumentos históricos § Festivais culturais § Escultores

§ Insuficiência de equipamentos e incentivos

§ Deficiente transmissão de valores e conhecimento entre gerações

§ Fraca valorização das artes e esculturas produzidas

§ Deficiente conservação dos locais históricos

§ Festivais provinciais nacionais

§ Fundos § Organizações culturais § Parceiros § Fornecedores de meios e

equipamentos § Instituições de formação

§ Globalização

DESPORTO

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Pontos Fortes Pontos Fracos Oportunidades Ameaças § Comissões de desportos

nos Postos Administrativos § Núcleos de desportos

escolares § Equipas de futebol de 11 § Campos § Pratica de voleibol § Equipa federada

§ Fraca qualidade dos campos § Insuficiência de equipamentos e

incentivos § Descapitalização dos clubes § Fraca massificação de

modalidades desportivas § Deficiente organização dos

desportos

§ Associações desportivas, provincial e nacionais

§ Campeonatos provinciais e nacionais

§ Fornecedores de equipamentos e meios desportivos

§ Assistência técnica

§ HIV/SIDA § Inundações §

GOVERNAÇAO E DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL GESTÃO DA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA

§ Extensão da Administração publica até povoação

§ Quadro de pessoal aprovado

§ Nova estrutura orgânica em implementação

§ Estabilidade política § Coordenação institucional

satisfatória § Parceiros § Conselhos Consultivos

Tramitação de expediente dentro das normas-15 dias

§ Ineficiência e ineficácia da administração pública

§ Insuficiência de infraestruturas administrativas

§ Insuficiência de recursos humanos qualificados e meios

§ Descentralização não efectiva § Deficiente qualidade de

participação nos conselhos consultivos

§ Instituições de formação § Política e legislação

sobre descentralização

§ HIV/SIDA § Calamidades

PLANIFICAÇAO E FINANÇAS PUBLICAS § Desconcentração dos

orçamentos de investimento e de funcionamento

§ SISTAFE § Crescimento na

arrecadação de receitas § Livros de registo e controle

de receitas § Equipa técnica de

planificação § Elaboração de planos e

relatórios § Periódicos § Parceiros § Potencial de contribuintes § Área Fiscal

§ Deficiente capacidade de gestão financeira

§ Insuficiência de recursos humanos qualificados

§ Deficiente cumprimento dos planos

§ Deficiente capacidade de planificação

§ Recursos e meios limitados § Deficiente monitoria e avaliação

dos planos

§ Instituições de formação § Parceiros § Assistência técnica

§ HIV/SIDA § Calamidades § Deficiente

retorno das receitas declaradas às Finanças

SEGURANÇA E ORDEM PUBLICA § Comando da PRM § Policiamento comunitário § Agentes económicos

§ Insuficiência de postos policiais § Insuficiência de recursos

humanos, meios e equipamentos § Crimes violentos § Roubo de gado

§ Instituições de formação § Parceiros §

§ HIV/SIDA § Crime

organizado §

PROCURADORIA E TRIBUNAIS § Tribunais comunitários § Cadeia provincial

§ Deficiente assistência jurídica e judiciária

§ Tribunais e procuradorias provinciais

§ Instituições de formações § Parceiros

§ HIV/SIDA § Calamidade

REGISTOS NOTARIADOS § Campanhas de registo § Parceiros

§ Insuficiência de brigadas móveis de registos

§ Numero elevado de cidadãos não registados

§ DPRNG § parceiros

§ HIV/SIDA § Calamidade

- Balanço do Plano Económico e Social Durante o Ano de 2010, Governo

Distrital.

- Balanço do Plano Económico e Social Durante o Ano de 2011, Governo

Distrital.

- CENACARTA - http://www.cenacarta.com

- Conta Geral do Estado 2011 e 2010 – Ministério das Finanças, Direcção Nacional

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