percepção dos moradores e não-moradores da serra gaúcha acerca dos conceitos de indústria,...

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Este projeto de pesquisa teve o intuito de aproximar o consumidor do criador dos setores criativos da economia (moda, publicidade, design, desenvolvimento de software, artes visuais, arquitetura, etc.), divulgando os trabalhos e realizando um intercâmbio entre cursos, estudantes e profissionais da Região Uva e Vinho do Rio Grande do Sul. Com isso, a pesquisa estreitou os laços entre produtor e consumidor, fazendo academia, comércio, indústria e setores públicos dialogarem e proporcionamos aos discentes da Rede Cenecista um olhar sobre os fenômenos da sociedade de consumo, apresentando temas pertinentes à temática (sociedade em rede, inteligência coletiva, co-criação, economia social, desenvolvimento sustentável, inovação, design thinking, etc.) em palestras, eventos e bate-papos.

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A seguir apresentaremos os resultados dessa pesquisa.

REALIZAMOS UMA PESQUISA SOBRE A PERCEPÇÃO DOS MORADORES DA REGIÃO UVA

E VINHO DO RIO GRANDE DO SUL ACERCA DOS CONCEITOS DE INDÚSTRIA, ECONOMIA E

CIDADE CRIATIVA.

O PRIMEIRO MOVIMENTO FOI BUSCAR COMPREENDER O CONCEITO DE INDÚSTRIA,

ECONOMIA E CIDADE CRIATIVA.

Indústria Criativa, termo criado na década de 1990, na Austrália, e desenvolvido pelo governo do Reino Unido, através do Creative Industries Mapping Document, se refere “aquelas atividades que têm sua origem na criatividade, habilidade e talento individuais, assim como possuem o potencial de criar emprego e riqueza através da geração e exploração da propriedade intelectual”. A partir dessa primeira abordagem, o DCMS (2011) classificou como indústria criativa os seguintes temas: arquitetura, artes e antiguidades, artes cênicas, artesanato, design de moda, design, cinema e vídeo, edição, publicidade, rádio e TV, música, software interativo de entretenimento e software e serviços de informática. A indústria criativa brasileira gera mais de R$ 126 bilhões ao ano e avançou 69,8% na última década (FIRJAN, 2014).

INDÚSTRIA CRIATIVA

Por sua vez, a Economia Criativa é um termo criado para nomear modelos de negócio ou gestão que se originam em atividades, produtos ou serviços desenvolvidos a partir do conhecimento, criatividade ou capital intelectual de indivíduos voltados à geração de trabalho e renda (HOWKINS, 2007). Ela envolve profissões que utilizam a criatividade e a inovação humana como fatores chaves para a sua existência, tais como: moda, arte, mídia digital, publicidade, jornalismo, fotografia e arquitetura, muito parecido com as áreas que envolvem os valores da indústria criativa. A intangibilidade é uma de suas principais características, representando bens que não podem ser tocados mas que possuem valor intelectual e comercial - e a propriedade intelectual - que é o conjunto de proteções, como copyrights e patentes, que ajudam a identificar o valor comercial da obra ou atividade. Por seu potencial inventivo, profissionais das áreas criativas estão espalhados em todas as áreas da economia “normal”. O fruto do trabalho continua sendo as boas ideias, mas estas passam a serem aplicadas no contexto de cada empresa.

ECONOMIA CRIATIVA

Por fim, as Cidades Criativas são físicas, apresentam uma estrutura organizacional na qual o governo democrático, gerador de consenso e confiança, incentiva o movimento criativo (REIS, 2010). É onde as indústrias criativas florescem, desenvolvendo seus processos, produtos e serviços, estabelecendo a criatividade como matéria-prima e base de seus modelos de negócio. A comunidade, por sua vez, participa desse ambiente de forma consciente e natural, representando seu papel, produzindo criatividade ao mesmo tempo em que a consome. Os três principais elementos que caracterizam uma cidade criativa são inovação, conexão e cultura.

CIDADES CRIATIVAS

Após a compreensão desses três conceitos, nosso interesse era verificar, junto a moradores e não moradores da serra gaúcha, alguma questões sobre inovação e potencial criativo da Região Uva e Vinho do Rio Grande do Sul, portanto foi realizada, no mês de outubro de 2017, uma pesquisa de opinião.

Foi desenvolvido um questionário e utilizada a ferramenta Google Formulários para a montagem das perguntas e coleta das respostas. Para a obtenção das opiniões, o formulário foi compartilhado na plataforma Facebook.

Para fins de avaliação foram coletadas 73 respostas ao questionário, todas de forma espontânea e anônima.

A faixa etária predominante foi de 18 a 29 anos, com 37 respondentes (50,7%), seguido de 30 a 40 anos, com 26 respondentes (35,6%) e acima de 40 anos com 10 respondentes (13,7%). No que se trata de gênero, o feminino teve uma superioridade: foram 56,2% (41 respondentes) contra 43,8% (32 respondentes) do gênero masculino.

Quanto ao grau de escolaridade, o Ensino Superior completo e o Ensino Superior incompleto foram os de maior participação, com um total de 53 respondentes. 14 respondentes possuem pós-graduação completa, 3 possuem pós-graduação incompleta e 3 possuem ensino médio completo. Assim como na faixa etária, na escolaridade tivemos uma ampla diversidade, o que se torna interessante para a pesquisa, pois podemos avaliar das mais diversas formas e perspectivas a opinião emitida pelos usuários.

12% residem em outras regiões do Rio Grande do Sul

88% dos respondentes residem na serra gaúcha

61,7%

dos respondentes afirmam conhecer o

significado de economia criativa.

Quanto ao grau de escolaridade, o Ensino Superior completo e o Ensino Superior incompleto foram os de maior participação, com um total de 53 respondentes. 14 respondentes possuem pós-graduação completa, 3 possuem pós-graduação incompleta e 3 possuem ensino médio completo. Assim como na faixa etária, na escolaridade tivemos uma ampla diversidade, o que se torna interessante para a pesquisa, pois podemos avaliar das mais diversas formas e perspectivas a opinião emitida pelos usuários.

O que os moradores da Região Uva e Vinho do Rio Grande do Sul consideram como potencial criativo: "As possibilidades do turismo rural, a valorização do artesanato e gastronomia, o fortalecimento das origens culturais do povo que habita a região e uma publicidade direcionada não só aos visitantes, mas como aos habitantes da região".

"Enoturismo, agronegócios, eventos".

"O turismo de luxo e a comerciali-zação de produtos com valor agregado".

"A capacidade das empresas em se reinventar. Alternativas em estrutura e incremento de produtos complementares para atrair mais clientes".

O que os não-moradores da Região Uva e Vinho do Rio Grande do Sul consideram como potencial criativo: "Novas maneiras de se utilizar a uva, o vinho, seus derivados e a matéria produzida afim de criar produtos em áreas antes não pensadas como gastronomia e moda".

"Universidades".

"As vinícolas que sempre estão buscando novidades para trazer à região. Empreendimentos que tenham como objetivo o turismo de experiência".

A MAIORIA DOS RESPONDENTES COMPREENDE O CONCEITO DE ECONOMIA CRIATIVA E VISUALIZA A REGIÃO UVA E VINHO DO RIO GRANDE DO SUL

POTENCIALMENTE CRIATIVA.

O TURISMO DE EXPERIÊNCIA E O ENOTURISMO APARECEM COMO FORTES ELEMENTOS A SEREM EXPLORADOS. A AGRICULTURA É APONTADA COMO UM DOS SETORES QUE PODERIA SER MAIS

VALORIZADO PARA BENEFÍCIO DA REGIÃO.

FONTES:

DCMS; Creative Industries Economic Estimates – Full Statistical Release. Londres, 2011

FIRJAN; “A Cadeia da Indústria Criativa no Brasil”, 2014.

HOWKINS, John; The Creative Economy – How People Make Money from Ideas. Londres: Penguin Books, 2007.

REIS, A. C. F. "Cidades Criativas - Análise de um conceito em formação e da pertinência de sua aplicação à cidade de São Paulo". Tese de Doutoramento defendida em 02/05/2010 junto à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. 298p.

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