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AO SR (A). GERENTE EXECUTIVO DA AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL DE CIDADE - UF XXXXXXXXXX, brasileira, maior, viúva, inscrita no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada em XXXXXXX, vem por meio de seus procuradores, requerer a concessão de PENSÃO POR MORTE, pelos seguintes fundamentos fáticos e jurídicos: 1 - DOS FATOS No dia 22 de Janeiro de 201X faleceu o Sr. XXXXXXXXX, marido da requerente (certidão de óbito em anexo), sendo que neste momento já preenchia todos os requisitos necessários para a concessão de aposentadoria por idade. 2 - ANÁLISE JURÍDICA Página 1 de 5

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Petição inicial

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AO SR (A). GERENTE EXECUTIVO DA AGNCIA DA PREVIDNCIA SOCIAL DE CIDADE - UFXXXXXXXXXX, brasileira, maior, viva, inscrita no CPF sob o n XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada em XXXXXXX, vem por meio de seus procuradores, requerer a concesso de PENSO POR MORTE, pelos seguintes fundamentos fticos e jurdicos:

1 - DOS FATOS

No dia 22 de Janeiro de 201X faleceu o Sr. XXXXXXXXX, marido da requerente (certido de bito em anexo), sendo que neste momento j preenchia todos os requisitos necessrios para a concesso de aposentadoria por idade.

2 - ANLISE JURDICA

2.1 - DA APOSENTADORIA POR IDADE

Possui previso constitucional no art. 201, 7, I, e regulamentao nos arts. 48 a 51 da Lei 8.213/91, sendo apontado como marco etrio os 65 anos para os homens.

Firmou-se entendimento no Superior Tribunal de Justia de que sua concesso no demanda a satisfao simultnea dos requisitos idade, carncia, e qualidade de segurado, ou seja, torna-se necessrio que o segurado tenha a idade mnima e o nmero de contribuies necessrio, mesmo que implementados em momentos distintos. Este entendimento est albergado pela Lei 10.666/2003, a qual dispe que a perda da qualidade de segurado no ser considerada para a concesso do benefcio.

Carncia

o nmero mnimo de contribuies que um segurado deve ostentar para fazer jus ao benefcio previdencirio, sendo que o regramento permanente sobre o estabelecimento da carncia vem disposto nos arts. 25 e 26, de tal forma que para a aposentadoria por idade torna-se necessrio verter 180 contribuies.

Todavia, para aqueles que se filiaram Previdncia Social em perodo anterior a 24 de julho de 1991, conforme o presente caso, h uma regra especial de carncia a fim de no onerar excessivamente quem estava na expectativa de acesso aos benefcios com nmero de contribuies muito menor. Na regra de transio o nmero de contribuies vai gradativamente aumentando conforme o ano de implemento da idade necessria para a percepo do benefcio, consoante a tabela do art. 142 da Lei 8.213/91:

Ano de implementao das condiesMeses de contribuio exigidos

199160 meses

199260 meses

199366 meses

199472 meses

199578 meses

199690 meses

199796 meses

1998102 meses

(...)(...)

No caso em tela, a idade mnima foi completada em 05 de abril de 1998. Portanto, conforme a tabela supra, o Requerente necessitaria de 102 contribuies. Assim, o requisito carncia se mostra preenchido, pois o Requerente possui 105 contribuies conforme guias de recolhimentos em anexo.Dessa forma, a requerente pleiteia o recebimento das parcelas que o cnjuge deveria ter recebido at o momento do bito, conforme o disposto no art. 112 da lei 8.213/91, que dispe:

Art.112.O valor no recebido em vida pelo segurado s ser pago aos seus dependentes habilitados penso por morte ou, na falta deles, aos seus sucessores na forma da lei civil, independentemente de inventrio ou arrolamento.2.2 DA PENSO POR MORTEA pretenso da Autora estribada no art. 74, II, da lei 8.213/91. Trata-se de benefcio prestado a qualquer dos dependentes do segurado falecido que compunham a chamada famlia previdenciria, desde que comprovada a dependncia econmica quando necessria, ou por simples requerimento quando presumvel.No caso em tela desnecessria a comprovao de dependncia econmica, eis que no momento do bito estava em vigor o casamento civil entre a Autora e o falecido, conforme comprovado atravs das certides de casamento e de bito. Perceba-se o que transcreve o art. 16 da Lei Federal 8.213/91, que elucida o rol de dependentes previdencirios:

Art.16.So beneficirios do Regime Geral de Previdncia Social, na condio de dependentes do segurado:

I - o cnjuge, a companheira, o companheiro e o filho no emancipado, de qualquer condio, menor de 21 (vinte e um) anos ou invlido; II - os pais;

III - o irmo no emancipado, de qualquer condio, menor de 21 (vinte e um) anos ou invlido;

Desta forma, sendo a Requerente cnjuge do segurado instituidor, necessrio to somente o reconhecimento de seu direito penso em razo do direito do de cujus, por sua vez, auferir a aposentadoria por idade.

II - CONCLUSOAnte o exposto, requer;

a) O reconhecimento do direito aposentadoria por idade ao Sr. XXXXXXXXXXXXX;b) A concesso do benefcio da PENSO POR MORTE, a partir da data do requerimento administrativo (07/04/2014).

Cidade - UF, 14 de Maio de 2014.

tila Moura Abella

Rodrigo Baril dos Santos

OAB/RS 66.173

OAB/RS 83.669PAGE Pgina 2 de 4