peculiar ida des do transporte de alimentos e bebidas

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Lo gwebreferncia em logstica

Logstica hain Supply C imodal Mult Exterior Comrcio tao Movimen agem Armazen tomao Au em Embalag

| www.logweb.com.br | edio n88 | junho | 2009 |

Peculiaridades do transporte de alimentos e bebidasSupply Chain Management

Foto: Confenar

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revista

referncia em logstica

Publicao mensal, especializada em logstica, da Logweb Editora Ltda. Parte integrante do portal www.logweb.com.br Redao, Publicidade, Circulao e Administrao: Rua dos Pinheiros, 240 - conj. 12 05422-000 - So Paulo - SP Fone/Fax: 11 3081.2772 Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582 Redao: Nextel: 11 7714.5381 ID: 15*7949 Comercial: Nextel: 11 7714.5380 ID: 15*7583 Editor (MTB/SP 12068) Wanderley Gonelli Gonalves [email protected] Redao Carol Gonalves [email protected] Andr Salvagno [email protected] Diretoria Executiva Valeria Lima [email protected] Diretoria Comercial Deivid Roberto Santos [email protected] Marketing Jos Luz Nammur [email protected] Administrao/Finanas Lus Cludio R. Ferreira [email protected] Projeto Grfico e Diagramao Ftima Rosa Pereira Representantes Comerciais: Maria Zimmermann Cel.: 11 9618.0107 [email protected] Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 [email protected] Paulo Csar Caraa Cel.: (11) 8193.4298 [email protected] Selma Martins Hernandes Cel.: (11) 9676.1162 [email protected] Tas Coimbra Cel.: 11 8396.6022 [email protected] Os artigos assinados e os anncios no expressam, necessariamente, a opinio da revista.

Alimentos e bebidas em destaqueNesta edio, o nosso guia de transportadoras e operadores logsticos d destaque aos setores de alimentos e bebidas. Alm da incluso de informaes de diversas empresas, h uma reportagem com uma associao das indstrias de alimentao e uma confederao das revendas de uma grande empresa fabricante de bebidas e das empresas de logstica e distribuio, que analisam os problemas de seus respectivos setores, as solues, os diferenciais logsticos nestas reas e a logstica reversa. Tambm mereceu grande destaque nesta edio o assunto Supply Chain Management. Em uma ampla matria, representantes de consultorias e de empresas desenvolvedoras de softwares para a rea, alm de outras instituies, analisam o papel do Supply Chain em um momento de crise, as suas vantagens competitivas, como a estrutura de custos logsticos impacta diretamente no SCM, quando implementar, o que considerar e quais os recursos necessrios, como feita a implementao em termos de sistema, os problemas na implementao, como so solucionados e os benefcios. Como se pode notar, trata-se de uma anlise completa deste conjunto de estratgias que tem proporcionado ganhos significativos s empresas que o adotam. Outros enfoques tambm nesta edio de junho: cintas para amarrao e elevao de cargas, descarte de baterias tracionrias e intermodalidade no Brasil, com foco em contineres e ferrovias. Todas estas ao lado de outras matrias e reportagens que bem demonstram o desempenho do setor de logstica que, a despeito da crise econmica, tem se mostrado bastante ativo e movimentado, destacando fuses de empresas, investimentos, lucros significativos, etc. Lembramos aos que tm sede de conhecimento sobre o nosso setor que o portal Logweb atualizado todos os dias e inclui as mais recentes notcias dos segmentos de logstica, Supply Chain, multimodal, comrcio exterior, movimentao, armazenagem, automao e embalagem. E artigos sobre os mais diversos assuntos ligados no somente aos setores citados, mas tambm ao gerenciamento das empresas e ao desenvolvimento profissional, alm do programa Logstica em Foco, que, feito para TV e inserido semanalmente no portal, tambm discute os mais interessantes assuntos.

Wanderley Gonelli Gonalves Editor

Lo gweb

Editorial

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Entrevista Antonio Wrobleski Filho comenta a infraestrutura de transportes no Brasil.......... 6 Anlise Cenrios econmicos para o setor de logstica .......................................... 8 Inaugurao Marcamp abre filial em Marlia e a prxima ser em Ribeiro Preto ............ 10 Metais Sanitrios Docol inaugura CD em Joinville, SC ............ 11 Empilhadeiras Projetos e locao so os destaques da Safe. 12 Rodas e Rodzios Schioppa incrementa importaes .............. 13 Cintas para amarrao e elevao de cargas Planejar, seguir as normas e inspecionar ... 14 Associao ABEPL de cara nova: a meta representar a logstica em todo o Brasil ..... 20 Mercado Ciesp Jundia cria Clula de Logstica ......... 24 Alimentos & Bebidas Transporte

Logstica & Meio Ambiente Anlise Baterias tracionrias: os cuidados no descarte ............ 38 Multimodal Intermodalidade Com foco em contineres e ferrovias, empresrios discutem a intermodalidade no Brasil ........................................................ 42 Supply Chain Management Quem planeja no teme, prospera ............. 46 Parceria LSI Logstica e Expresso Mirassol firmam joint venture .................................... 54 Transporte Brasil Projects atua com cargas especiais pesadas ......................................................... 56 Servios Postais Servio e-box o destaque da Mail Boxes Etc. no Brasil ...................................... 56 Pesquisa GVCelog realiza pesquisa com empresas brasileiras exportadoras .............................. 58 Transporte martimo Deficincias prejudicam logstica no Brasil ... 60 Transporte Sat Log cria PGR para atuar em portos e aeroportos ............................... 61 Notcias Rpidas ................. 7, 22, 27, 45, 54, 60

As peculiaridades do transporte de alimentos e bebidasUma associao, no caso dos alimentos, e uma confederao, nas bebidas, analisam o que h de diferenciado na logstica destes setores, as tecnologias usadas, o expertise exigido dos operadores logsticos e das transportadoras para atuar neste segmento e mais, muito mais. .................................. 28

Negcio Fechado ........................26

Agenda de eventos ......................................... 62

Sumrio

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Entrevista

Antonio Wrobleski Filho comenta a infraestrutura de transportes no Brasil

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ue nesta rea a situao de nosso pas no das melhores, todo mundo sabe. Agora, para abordar os aspectos tcnicos deste cenrio, bem como apontar o que est errado, o que falta ser feito e, sobretudo, quem pode melhorar a situao atual da infraestrutura de transportes brasileira, a Logweb conversou com o engenheiro Antonio Wrobleski Filho, consultor em logstica com ps-graduao em Finanas e M.B.A. pela N.Y.U. e que tem grande experincia na indstria automotiva e no assunto infraestrutura de transportes, alm de conhecimento sobre temas como macroeconomia e Mercosul. Dentre outros aspectos, ele destaca a avanada idade mdia da frota brasileira de caminhes 18 anos e diz que a falta de infraestrutura penaliza a frota com custos mais altos de manuteno em decorrncia do muito tempo de uso, um fator agravado ainda mais pelas ms condies das nossas estradas. Infelizmente, nesse caso, o entrevistado acredita que o atual panorama no oferece espao para otimismo, pois o setor que j sofre com falta de financiamento pode se complicar mais na crise, que atingiu justamente as operaes financeiras, como a liberao de crdito. Confira o que ele pensa sobre outros aspectos da defasada infraestrutura de transportes no pas.

De que maneira eles impactam ou podem impactar no desenvolvimento do pas?Wrobleski: No Brasil, os trs maiores gargalos da infraestrutura de transportes so, em primeiro lugar, a falta de planejamento e cumprimento das dotaes oramentrias; em segundo, a poltica de suporte financeiro, que inadequada ao setor; e, em terceiro, a falta de entendimento e priorizao dos modais. Os impactos destes entraves so evidentes. Para perceb-los de forma clara, basta observar o caos que se tornou o trnsito nas grandes cidades brasileiras. E a tendncia piorar. Neste panorama, faz-se importante lembrar que, at outubro, quando a crise mostrou seus primeiros sinais, a cidade de So Paulo recebia quase mil veculos novos ao dia por um longo tempo e, independente de qualquer novo cenrio econmico, eles continuaro a circular pelas mesmas ruas e estradas daqui a dois anos, quando a crise tiver passado.

se pode pensar em solues para os entraves logsticos do Brasil sem falar na construo de anis virios e na melhora da malha ferroviria. Por exemplo: tomando por base apenas o indicador logstico tempo de trnsito, que mede eficincia e custo, enquanto a velocidade mdia de um caminho carregado de soja nos Estados Unidos de 80 km/h, na regio Sudeste do Brasil, onde se encontra a melhor malha viria do pas, essa velocidade cai para 50 km/h quase 40% inferior. Se no Sudeste o cenrio este, possvel termos uma dimenso do problema nas outras regies, cuja infraestrutura de transporte ainda mais deficitria.

outros modais. Alm disso, temos de entender as necessidades e oferecer opes iniciativa privada, pois existe uma concentrao absurda neste segmento.

Logweb: O que precisa ser feito em relao ao transporte aquavirio, incluindo portos, rios, etc.?Wrobleski: No que tange ao transporte aquavirio, necessrio abrir totalmente este mercado iniciativa privada e promover a vinda de grandes empresas internacionais, como, por exemplo, ocorre no Porto de Amsterd, na Holanda.

Logweb: O que precisa ser feito no que tange a estradas e rodovias?Wrobleski: No que diz respeito s estradas e rodovias brasileiras, importante frisar que no basta privatizar. H necessidade de se desafogar o trnsito e construir bolses logsticos para melhorar a distribuio da produo brasileira.

Logweb: Para um pas emergente, como o Brasil visto l fora, qual a importncia de se ter uma infraestrutura de transportes em boas condies?Wrobleski: O fato de se ter uma boa infraestrutura de transporte condio primria de desenvolvimento sustentvel, alm de ser uma grande sada para atrairmos investimentos consistentes em todos os setores.

Logweb: Atualmente, quais so os principais gargalos presentes na infraestrutura de transportes brasileira?

Logweb: Quais so as necessidades mais urgentes para que os gargalos sejam solucionados ou, ao menos, aliviados?Wrobleski: Priorizao dos entraves mais urgentes a serem solucionados e financiamentos mais acessveis. Alm disso, no

Logweb: O que precisa ser feito referente ao transporte ferrovirio?Wrobleski: necessrio que o transporte ferrovirio brasileiro seja repensado para se promover a interligao com

Logweb: possvel alavancar a infraestrutura de transportes no Brasil em quanto

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tempo? De que forma isso pode ser feito e quem so os principais responsveis por isso?Wrobleski: possvel alavancar priorizando investimentos para resolver os pontos mais crticos. Neste sentido, podemos mudar nosso perfil em 10 anos. A grande responsvel sempre ser a sociedade empresarial brasileira, em um trabalho conjunto com o governo.

indstrias podem deixar de crescer a uma taxa de 25% para crescer 10%, o que ainda um ndice positivo e faz aparecer a nossa carncia de infraestrutura, principalmente de transporte, que se encontra no limite.

NotciasRpidas

Logweb: Qual o papel do PAC no que diz respeito ao assunto infraestrutura de transportes? Os investimentos anunciados pelo Programa nesta rea vm sendo cumpridos? Caso no, por qu?Wrobleski: O PAC de fundamental importncia por ser a luz estratgica e de norte, mas as grandes dificuldades, talvez burocrticas, no o permitem decolar. Falta mais envolvimento da sociedade empresarial. Toda a sociedade deve pressionar as autoridades para agilizar a liberao dos investimentos. Embora no aparea de forma clara, a logstica tem reflexo em toda a cadeia de composio dos preos, com impacto direto sobre a competitividade das empresas.

Logweb: O que pode acontecer no caso de os investimentos programados serem adiados ou at mesmo cancelados?Wrobleski: Os investimentos do PAC no podem ser postergados. Caso isso ocorra, reinar o caos, com estrangulamento nas malhas virias, ferrovirias e de infraestrutura aeroporturias. Para se ter uma idia do cenrio atual, uma situao prxima do ideal para a indstria nacional exigiria a aplicao de cerca de 5% do PIB na construo e duplicao de estradas, ampliao e modernizao dos portos, etc. Porm, estes aportes no chegam a 1% do PIB e, deste 1%, apenas 10% foram liberados em funo da burocracia governamental e outros entraves. Isso nos leva a questionar onde est o PAC e em que medida o crescimento do Brasil est sendo realmente acelerado.

Novo bero do TECONVI entra em operaoParte das obras de expanso do TECONVI no Porto de Itaja (Fone: 47 3341.8007), em Santa Catarina, o novo bero de atracao nomeado APMT1 entrou em operao em abril ltimo. Esta primeira fase do APMT 1 possui 215 m de extenso. Quando totalmente concludo, ter 285 m e aumentar para 1.000 m a extenso de cais no porto itajaiense. O bero recm-construdo conta com a mesma estrutura e tecnologia empregada nos principais terminais porturios da APM Terminals no mundo e a partir do segundo semestre ter dois portineres do tipo PostPanamax (ship to shore - STS) operando. Quando finalizadas as obras de expanso, o TECONVI oferecer um novo porto com trs linhas de sada para caminhes e uma nova rea para armazenagem com 744 tomadas para contineres refrigerados, alm de novos equipamentos.

Logweb: Como voc projeta o cenrio de infraestrutura de transportes no Brasil em curto, mdio e longo prazos?Wrobleski: Ao melhorar a infraestrutura de transporte e reduzir custos, h reduo de preo do veculo ao consumidor, o que pode representar um excelente estmulo ao crescimento da indstria, com gerao de divisas e consequente reflexo social com a criao e manuteno de empregos. Projeto o cenrio com muita esperana na conscientizao e entendimento das necessidades primrias de uma sociedade que almeja o bem-estar social e menor desigualdade. q

Logweb: Como possvel manter os investimentos mesmo em tempos de crise?Wrobleski: Com priorizao e redirecionamento. Vale lembrar que, sem desenvolvimento econmico, as prprias questes sociais acabam ficando relevadas a um segundo plano. Mesmo que a crise reduza o ritmo de crescimento do PIB brasileiro, que pode no chegar a 5%, algumas

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SEU PRODUTO ONDE QUEM COMPRA V

Anlise

Cenrios econmicos para o setor de logstica

no Canal 25 da Net JundiaPrograma Indito, com entrevistasjunto aos principais executivos do setor, todas as quintas-feiras, s 20h30Reapresentaes:

Logstica em Foco

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Segunda: s 12h30 e s 18h30 Tera: s 12h e s 22h30 Quarta: s 10h e s 14h30 Quinta: s 14h e s 21h Sexta: s 8h30 e s 14h30 Sbado: s 8h30, s 14h30 e s 18h30 Domingo: 19h

Entre nesse programa!Fale conosco:P O RTA L

LogwebA multimdia a servio da logstica

www.logweb.com.br Rua dos Pinheiros, 240 - conj. 12 05422-000 - So Paulo - SP Fone/Fax: 11 3081.2772 Comercial: Nextel: 11 7714.5380 ID: 15*7583

ogstica e educao: o grande capital o humano. Investimentos financeiros no bastam. Esta a frase utilizada por Helena Biasotto, diretora de Administrao de Recursos de Terceiros da Banrisul Corretora (Fone: 51 3215.1264), para demonstrar que no adianta apenas ter recurso para investir, adquirir e crescer. Para ela, preciso apostar nas pessoas, alm de contar com um bom suporte financeiro. Um exemplo disso a Omnilink (Fone: 11 4196.1100), que no ltimo ano, com a ajuda do fundo Ptria Investimentos, adquiriu quatro empresas concorrentes, passou por um processo de fuso com Teletrim e Graber e aumentou de 8 mil para mais de 200 mil veculos rastreados. Segundo o presidente da empresa, Cileneu Nunes, a etapa mais difcil em todo este perodo o momento de esclarecer as mudanas aos funcionrios e passar tranquilidade perante a nova situao. No queramos mais ser uma empresa mdia, pois no acredito que as empresas mdias tenham futuro. Aps as aquisies houve um ganho muito grande de sinergia, e o resultado j poder ser visto neste ano, comemora Nunes, que explica, ainda, que as aquisies foram feitas em parcelas, mas o processo macroeconmico surge muito rpido. Conseguimos ter resultados tangveis em curto prazo, revela. Fernando Torres, diretor financeiro da AGV Logstica (Fone: 19 3876.9000) que adquiriu duas empresas em 2008 (entre elas a Delta Records), com auxlio de um aporte

financeiro da Equity International compartilha da opinio do presidente da Omnilink, e afirma que no h mais espao para ser pequeno. Na viso de Torres, o mercado logstico ainda fragmentado, mas este quadro ir mudar. Ele conta que a AGV sempre viu o mercado de capitais como um meio de atingir o objetivo de alavancar os negcios, e ressalta a importncia de consultar especialistas nesta rea, para no cometer equvocos. algo profissional, que no pode ser feito de maneira atabalhoada. O mercado financeiro brasileiro est muito saudvel, enfatiza, respaldado por Helena, da Banrisul, que afirma que o processo de colocao de recursos no algo to simples quanto pode parecer. Ainda destacando os cenrios econmicos para o setor de logstica, Helena informa que a combinao mercado interno em expanso, setor produtivo sofisticado e sistema financeiro slido colocou o Brasil em 64 lugar entre os 134 pases analisados pelo World Economic Frum WEF, no ano passado. A perspectiva para a economia nacional de um crescimento impulsionado pelo consumo interno, beneficiando transportes por cabotagem, ferrovirio e rodovirio, prev. Para encerrar, a diretora da Banrisul revela que os principais entraves que se apresentam para o progresso so os tributos, a infraestrutura inadequada e a falta de profissionalizao. O grande gargalo na infraestrutura nacional o transporte de cargas, destaca. q

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Inaugurao

Marcamp abre filial em Marlia e a prxima ser em Ribeiro Preto

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epois das cidades de Campinas onde est localizada a matriz e Hortolndia, ambas no interior de So Paulo, a Marcamp (Fone: 19 3772.3333), empresa voltada para o fornecimento de equipamentos de movimentao e armazenagem, acaba de inaugurar uma filial em Marlia e projeta abrir, em julho prximo, outra em Ribeiro Preto, ambas tambm no interior paulista. Pelo que conta Celino Luiz Tirloni, diretor comercial da empresa, a boa fase demonstrada pelos investimentos em novas filiais no est acontecendo ao acaso. Na contramo da maioria das empresas, o ano de 2008 foi espetacular para a Marcamp, assim como os trs anos anteriores. Nesse perodo, a Marcamp alcanou um crescimento muito significativo. Geramos novos empregos e temos hoje uma responsabilidade social que nos impulsiona a crescer cada vez mais, orgulha-se. Para ele, o bom momento pelo qual a Marcamp est passando pode ser resumido em uma frase: ela uma empresa que movimenta materiais e informaes. Trabalhamos especialmente os aspectos tcnicos de aplicao de cada sistema, com estudos voltados para a melhor aplicao das estruturas de armazenagem, das

Fachada da Marcamp Marlia, inaugurada na primeira quinzena de maio ltimo empilhadeiras e transpaleteiras, das portas e niveladoras de docas, da utilizao de coletores de dados e identificao atravs dos cdigos de barras e de todos os seus acessrios, integrando todo o sistema operacional, justifica. Sobre as novas unidades, Tirloni comenta que a Marcamp Marlia, inaugurada na primeira quinzena do ltimo ms de maio, conta inicialmente com seis profissionais, sendo que trs deles atuam na rea tcnica para o atendimento ps-venda, dois so responsveis pela rea comercial e um pela administrativa. De acordo com ele, esta filial ir atuar em toda a regio noroeste do Estado de So Paulo e ter como objetivo principal diminuir o custo de ps-venda aos clientes daquela regio, quer seja no aspecto direto de fornecimento de peas e servios, como tambm na agilidade e rapidez de atendimento. O diretor comercial explica que outra grande vantagem oferecida aos clientes da regio por meio das novas instalaes da Marcamp a disponibilidade de equipamentos para a locao. At ento, devido grande distncia, isso se tornava invivel. Porm, agora poderemos oferecer melhores condies de locaes, festeja.

A Marcamp Ribeiro Preto ser inaugurada em julho deste ano com os mesmos propsitos da Marcamp Marlia, cada uma atuando em suas respectivas regies. Seguindo o otimismo baseado pelos nmeros positivos dos ltimos anos, Tirloni acredita que para 2009, mesmo diante das dificuldades impostas pela crise financeira mundial, a Marcamp manter seu ritmo de crescimento. Estamos tcnica e profissionalmente capacitados para novos desafios, garante, lembrando que diante desta realidade a empresa incrementou mais produtos, como estantes, mezaninos, divisrias industriais, pontes rolantes, braos giratrios e carretas industriais, os quais no faziam parte da linha de equipamentos at o ano passado. Tornamos-nos mais completos em termos de solues que podemos apresentar aos nossos clientes, afirma. Destacando as duas novas filiais no interior de So Paulo, o diretor comercial acredita que a Marcamp passa a oferecer aos clientes de Marlia, Ribeiro Preto e adjacncias mais agilidade no atendimento e suporte ps-vendas, alm de maior tranqilidade, pelo fato de a empresa estar mais prxima fisicamente. q

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Metais Sanitrios

Docol inaugura CD em Joinville, SC

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ara incrementar sua operao logstica e de gesto no varejo nacional, onde atende a 36.000 lojas, e no mercado externo, onde atinge mais de 30 distribuidores, a Docol (Fone: 0800 474333), fabricante de metais sanitrios, inaugurou um novo Centro de Distribuio anexo planta de Joinville, SC. Segundo Yendison da Silva Oliveira, gerente de logstica da empresa, a meta em curto prazo agilizar ainda mais o ciclo de pedido. Para garantir a otimizao almejada, no local foi implantado o Sistema de Gerenciamento de Armazenagem (WMS). Oliveira conta que a Docol trabalha com cinco parceiros logsticos para distribuio dos produtos em todo o Brasil e aponta que agregar quantidade, horrio e entrega do produto em perfeitas condies significa um aumento estimado em 30% de produtividade. Alm de oferecer melhores condies ergonmicas e mais segurana aos operadores, o novo CD permite flexibilizar o atendimento de acordo com as condies do mercado e picos de estocagem. Por exemplo, agora

A empresa investiu R$ 4 milhes no novo CD em Joinville, SC

possvel realizar o carregamento de vrios caminhes simultaneamente, explica. Ele ressalta que a Docol entende ser de fundamental importncia o aprimoramento dos servios logsticos voltados para distribuio fsica de produtos e destaca as melhorias efetuadas no novo CD. Os avanos operacionais da logstica consistem basicamente em aumento do p-direito, localizao do CD mais prximo da fbrica, instalao de telhas trmicas que reduzem o consumo de energia eltrica e construo de docas (plataformas mveis) especficas para cargas e outras para descargas funcionando simultaneamente, comenta. Ainda de acordo com o gerente de logstica, o projeto visa a reduzir o desperdcio de materiais, tempo e estoque. Para isso, segue o princpio de LEAN, que objetiva o aumento da velocidade de atendimento dos pedidos e reduz a movimentao de materiais. Com uma rea interna de 4.000 m2, mais espao de manobra e ptio, o local recebeu investimento de R$ 4 milhes. Foram 18 meses desenvolvendo o projeto logstico dimensionamento, capacidade, distribuio dos itens no CD, projeto do WMS, movimentao dos materiais, recebimento, estocagem e mais 12 meses para o projeto civil (execuo), conta Oliveira. Ele revela que a ampliao da rea vem solucionar, principalmente, a lotao de espao que o CD apresentava. Em termos de estrutura fsica havia limitaes de p-direito, rea de circulao e carregamento com eficincia comprometida pela ausncia das plataformas mveis, aponta. Com a criao do novo CD, a capacidade de armazenamento dobrou para mais de 900 toneladas e a produtividade cresceu em 30%, comemora. Guilherme Bertani, diretor comercial, afirma que este investimento um dos resultados da poltica comercial da Docol, que nos ltimos anos vem priorizando o desenvolvimento de parcerias slidas com as redes de varejo e a modernizao da estrutura logstica. Assim, seremos mais competitivos e os revendedores, por sua vez, tambm podero responder mais rapidamente demanda dos consumidores, projeta. q

Foto: Andr Kopsch

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Empilhadeiras

Projetos e locao so os destaques da Safe

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tuando com locao, venda e assistncia tcnica no mercado de empilhadeiras desde 1993, a Safe Empilhadeiras (Fone: 11 4584.1171) tem procurado no se ater apenas a estes servios, e aposta muito em diferenciais na rea de locao, bem como no desenvolvimento de solues e projetos especiais para movimentao de materiais. Adelmo Luiz Moriconi, diretor da empresa, sediada em Jundia, SP, explica que de alguns anos pra c a Safe vem se aprimorando por meio de investimentos em tecnologia, equipamentos, sistemas de controle e mo de obra qualificada. Agora estamos criando um departamento comercial para estar na rua, mais prximo ao cliente. Isso porque no oferecemos s os servios tradicionais no mercado, mas tambm adequamos solues especiais e diferenciadas, argumenta. Para elucidar que os investimentos vm gerando bons frutos, o diretor da Safe revela que a mdia de crescimento da empresa nos ltimos anos foi de 15 a 20%, com um suporte muito grande da rea de locao. Um dos principais focos da empresa a locao de empilhadeiras GLPs, eltricas retrteis, patoladas, trilaterais e pantogrficas, selecionadores de pedidos e transpaleteiras eltricas, de diversas marcas, novas e seminovas conta com uma novidade que, segundo Moriconi, um grande diferencial de mercado: o que se v por a so contratos de aluguel muito extensos, de dois e trs anos. Na Safe, alm de contratos longos, ns tambm possibilitamos que o cliente realize locaes mensais, semanais e, at mesmo, dirias, destaca. Tudo depende da necessidade do contratante. Outro diferencial apontado pelo diretor da Safe o desenvolvimento de peas e equipamentos para projetos especiais. Prestamos consultoria para o desenvolvimento de solues e resoluo de problemas com equipamentos especficos. Temos tcnicos que vo at os clientes e sugerem as adaptaes que devem ser feitas para adequar as mquinas s necessidades, comenta. Outro servio oferecido pela Safe a reforma de equipamentos, que visa a melhorar a relao custo-benefcio de equipamentos antigos, dando uma sobrevida a eles, permitindo que a compra de mquinas novas seja postergada. Ainda, para os contratos de manu-

A empresa faz adaptaes em equipamentos, adequando-os s necessidades dos clientes teno preventiva ou corretiva, a empresa dispe de carros-oficina equipados com peas de reposio e ferramentas. No estoque de peas, a Safe conta com mais de 5.000 itens de reposio, tanto originais como de fabricao prpria. E por falar em fabricao prpria, alm de peas, a empresa tambm produz equipamentos, como as paleteiras eltricas com operador embarcado ou no, que possuem mastro panormico, ampla viso da carga movimentada e so projetadas para paletes abertos padro PBR, podendo atuar em corredores estreitos. Para as mquinas de fabricao prpria, a Safe possibilita que os interessados faam aquisies via BNDES e Finame, em at 36 vezes, ressalta Moriconi.

ExpectativasPara o diretor da empresa, 2009 um ano de cautela e preparao. Ele acredita que como tudo na vida passageiro, a crise tambm ser. Por isso, temos que estar preparados para a retomada do mercado. Em momento algum deixamos de fazer o que estava programado anteriormente e continuamos apostando na evoluo de equipamentos, j que um momento de se criar alternativas, opina. Estamos desenvolvendo alguns equipamentos que sero lanados no ano que vem, informa. No setor de locao, as expectativas so muito positivas, porque a Safe entende que no atual cenrio econmico o mercado tende a locar mais equipamentos, considerando que a logstica acaba sendo uma das reas que recebem muita ateno, pois possibilita reduo de custos e ganho de produtividade. q

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Rodas e Rodzios

Schioppa incrementa importaes

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onsiderada a maior compra quando tm uma colocafabricante de rodas e o de pedidos. De uma forma rodzios da Amrica do geral, o mercado comeou a Sul, a Schioppa (Fone: 11 comprar mais em cima da hora, 2065.5250) que completa por necessidade, para atender 59 anos em agosto prximo aos pedidos, com entrega para tem incrementado as suas ontem. Esperamos um aumento exportaes para todos os de vendas de 20% em 2009, pases do continente, explica o gerente de marketing contando com um profissiointernacional, destacando que o nal exclusivo para atender diferencial da empresa a Mario: tivemos este mercado. rapidez no atendimento. um primeiro Tambm somos fortes Quanto s metas da Schioppa, trimestre melhor nos Estados Unidos, onde Mario explica que a primeira que o de 2008 temos, h oito anos, um contar com novos distribuidores, distribuidor, a Schioppa para se tornar forte no mundo. North America, que possui Tambm faz parte das metas a um CD em Michigan e distribui os nossos criao de outras centrais de distribuio. produtos para outros distribuidores A produo das rodas e rodzios continuamenores, conta Mario Schioppa Neto, ria no Brasil afinal, confiamos na matriagerente de marketing internacional da prima, na mo de obra e nos fornecedores empresa. Ele informa, ainda, que a locais e nestas centrais poderamos fazer empresa tambm estabeleceu uma nova algumas montagens. Ou seja, teramos um parceira para a venda dos produtos por centro de distribuio prprio, com equipe catlogo, atingindo pases como Mxico, de vendas prpria e para a montagem das Canad e China, e as perspectivas de rodas e rodzios de acordo com o mercado. aumento das vendas para os Estados Afinal, j somos conhecidos em muitos Unidos so de 50%. lugares como uma das trs maiores Mario tambm diz que a empresa tem empresas do setor no mundo, destaca ele, penetrao no mercado europeu Portugal, lembrando que as exportaes representam Frana, Espanha, Itlia e Holanda, por certa de 10% do faturamento da empresa e exemplo atravs de distribuidores. Como que a meta atingir 30%. tambm participamos, h dois anos, da Mario tambm lembra que a Schioppa Arab Healt, feira sobre o setor hospitalar est pronta para iniciar a construo da que se realiza em Dubai, temos distribuidonova fbrica, em Caieiras, So Paulo. Afinal, res no Ir e no Kuwait, alm de clientes no j tem o projeto e um terreno de 25.000 m2, Egito e na ndia. Como estamos focados no dos quais 12.000 m2 sero ocupados pela Oriente Mdio, podemos distribuir nossos fbrica. Finalizando, o gerente de marketing produtos tambm para a sia, lembra. internacional fala sobre a tecnologia utilizada pela empresa. Temos um departamento de ferramentaria que costumamos chamar de a cereja do bolo. Crise? Ali so desenvolvimentos projetos e Como se pode notar, a crise econmica produtos com base em software prprio e que afeta o mundo no parece ter chegado ferramental adequado. O grande diferencial empresa. Pelo contrrio, tivemos um que tambm fabricamos os moldes e as primeiro trimestre melhor que o de 2008. ferramentas para produzir as rodas e os Tivemos aumento de vendas de 25%, em rodzios, diferentemente das outras razo da alta do dlar e de novos clientes empresas, que terceirizam esta operao. conquistados nos Estados Unidos. Se a Ou seja, podemos desenvolver o que os crise continuar, acreditamos que vamos nossos clientes pedirem. E tambm voltar aos padres de 2008. O que percefabricamos os equipamentos necessrios bemos que o pessoal est receoso da para a automatizao da nossa linha de situao, no fazendo estoques e s produo, completa. q

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Cintas para amarrao e elevao de cargas

Planejar, seguir as normas e inspecionarEste o caminho da segurana, no s com relao a cintas, mas tambm em diferentes segmentos quando se fala em evitar acidentes. Afinal, prevenir sempre a melhor opo. E, nas operaes de elevao e amarrao de cargas, os problemas podem ser de grande impacto se estas aes no forem levadas a srio.

D

ando continuidade ao assunto segurana, abordado na edio passada com relao s estruturas de armazenagem, este nmero da revista Logweb apresenta os cuidados que envolvem a escolha e a aplicao de cintas e acessrios para amarrao e elevao de cargas.

PlanejamentoAs cintas planas para elevar ou amarrar demonstram ser o meio mais indicado para minimizar os riscos relacionados ao transporte de cargas perigosas e instveis desde que os envolvidos estejam bem treinados e aptos a amarrar e elevar as cargas da forma correta. Mais de 90% dos acidentes com cintas so causados por mau uso e operadores mal treinados. Portanto, imprescindvel eliminar riscos atravs de conscientizao e treinamentos, salienta Andr

Mais de 90% dos acidentes com cintas so causados por mau uso e operadores mal treinados Lavinas DAngelo, gerente comercial da Fixoflex Manufaturados Txteis (Fone: 11 3208.5511). Todo dispositivo, seja de elevao ou amarrao, deve estar totalmente identificado com suas caractersticas, tipo, capacidade de carga e fabricante visveis. J no caso de utilizao de guindastes, pontes rolantes e talhas, deve-se atentar para as inspees especficas destes equipamentos para garantir a segurana e evitar imprevistos. Os projetos devem ser avaliados por um profissional com vasto conhecimento, e a preveno se inicia na conscientizao dos envolvidos, assinala Ednaldo Silva, assistente tcnico da Tecnotextil Indstria e Comrcio de Cintas (Fone: 13 3229.6100). Com relao carga, convm conhecer suas dimenses, ngulos envolventes, peso, pontos de ancoragem e local apropriado para conectar os equipamentos de iamento e amarrao para no danific-la. Estes pontos de conexo (olhais) devem ter resistncia suficiente e ser adequados para realizar a tarefa com segurana, alm de estarem identificados com sua capacidade de carga. Ateno especial com as peas que possuem embalagens frgeis. Os locais devem estar devidamente sinalizados e os envolvidos devidamente preparados para desempenhar estas funes, lembrando que para todo tipo de equipamento existem normas tcnicas de fabricao, utilizao com segurana e inspeo, lembra o engenheiro Fernando Fuertes, diretor executivo da Amarrao Servios de Publicidade e Consultoria Tcnica em Cargas (Fone: 11 4221.5288), administradora do portal

Conscientizao e treinamentos eliminam riscos no manuseio

amarraodecargas.com.br, e atuante em treinamentos e consultoria para elevao e amarrao de cargas. Outras aes importantes so analisar o ambiente e verificar contatos com superfcies speras e/ou cortantes (requer proteo especfica). Tambm preciso atentar-se para a utilizao de cintas certificadas, conforme normas estrangeiras e a NBR 15637-1 da ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas. Ela determina os requisitos essenciais para projeto, fabricao e verificao para cintas planas utilizadas na elevao de cargas, assegurando que situaes de risco sejam minimizadas ao mximo. As cintas e acessrios tm uma margem de segurana chamada de Fator de Segurana (FS), que a quantidade mnima de vezes que um componente deve resistir acima de sua Carga Mxima de Trabalho. O Fator de Segurana adotado no Brasil em cintas de elevao de cargas planas e tubulares 7:1, nos conjuntos de cintas (com acessrios metlicos) 4:1 e nas cintas de amarrao de cargas, 2:1. importantssima a observao da etiqueta na utilizao das cintas, para que as diferentes formas de utilizao e suas capacidades sejam encontradas. Agregado a isso, a norma brasileira adotou o cdigo de cores, com cada uma se referindo a uma capacidade de carga nominal. Acima de 10 toneladas, as cintas so todas laranjas, para destacar a necessidade de maior ateno e cuidado na operao.

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Fuertes, da Amarrao de Cargas, destaca que o atendimento destas normas est diretamente relacionado com uma grande parte da segurana na aplicao. Outra parcela da segurana ser desempenhada pelo usurio dos equipamentos, assim como a manuteno e inspeo destes equipamentos. Mas somente a existncia de normas tcnicas no resolve o problema, na opinio do profissional. Por exemplo, existem normas tcnicas da ABNT para a fabricao de cordas para usos gerais. Quais fabricantes seguem esta norma? Somente vemos cordas recicladas amarrando cargas!, diz. Com relao aos demais equipamentos de amarrao (cintas, cabos de ao e correntes) considera que se corre o mesmo risco. O mercado pressiona os fabricantes para reduzir preos e estes reduzem muitas vezes a resistncia dos equipamentos. A durabilidade extremamente baixa e muito comum vermos

Onde comea a seguranaAo construir produtos direcionados movimentao de cargas, o fabricante deve utilizar as normas tcnicas, que determinam: conceitos e definies, especificaes de construo do prprio produto, mtodos de ensaios e procedimentos da forma correta e incorreta de usar o produto, alm de oferecer aos clientes informao de utilizao, inspeo, conservao e armazenagem. Entretanto, conforme salienta Silva, da Tecnotextil, o mercado ainda adquire produtos pensando em preos, e no na segurana. Preos tm suas consequncias. Qualidade e segurana devem prevalecer em todos os segmentos, expe. Ele lembra, ainda, que ao obter um produto fora de Norma, a empresa adquirente assume a responsabilidade em caso de acidentes. No se deve adquirir

Qualidade e segurana devem prevalecer em todos os segmentos casos onde h rupturas constantes e perda da carga. Para Fuertes, algumas regras funcionam quando passam a ser obrigatrias. Talvez algumas normas tcnicas tenham de ser includas em portarias federais para que sejam seguidas. Finalizando este tpico, tambm importante para a segurana utilizar os devidos protetores em cargas com cantos vivos, tendo o cuidado durante a operao de evitar trancos (choques) nas cintas ao elevar e abaixar as cargas, observar a forma de utilizao e a capacidade proporcional mesma. As cargas devem ser unitizadas e amarradas de forma segura para o armazenamento e transporte.

16 Logweb | edio n88 | Jun | 2009 | Situaes de perigo na amarrao de cargasLocal Carga (Produtos unitizados ou a granel) Perigo Amarrao de carga com maior possibilidade de deslizamento em funo do material e sua superfcie. Amarrao insuficiente ou forma incorreta, acarretando deslizamento durante a movimentao. M distribuio do peso da carga amarrada durante a movimentao. Veculo (Transporte rodovirio) Tombamento da carga. Frenagem. Os pontos de fixao na carroceria no suportam os pontos de amarrao. Cantos vivos e rebarbas cortando as fitas durante a movimentao. Equipamento de amarrao Equipamentos inadequados ao trabalho. Pontos de amarrao insuficientes. Problemas funcionais dos meios de tenso durante operao. O equipamento no atende na sua totalidade ao peso previsto. O Fator de Segurana no respeitado pelo fornecedor das cintas ou no utilizado pelo usurio. Usurio Desconhecimento total ou parcial da funcionalidade dos equipamentos. As normas apresentadas na etiqueta do produto no so respeitadas. Fator de Segurana desprezado. Falta de conhecimento na aquisio do produto.Fonte: Movetrans/Fitacabo

produtos de origem duvidosa, que no tenham a identificao do fabricante. Tambm toca no assunto de preo Ligia Guerra, diretora da Movetrans/Fitacabo (Fone: 11 3573.4500) e professora de armazenagem e movimentao de carga da Fatec e da Faculdade Anchieta, em So Paulo, SP. Segundo ela, o fabricante deve orientar devidamente seus distribuidores, mas quando a empresa se depara com o mercado buscando solues econmicas, que geram riscos para pessoas e cargas, a situao se agrava. Isso porque segurana implica em custos adicionais e nem sempre o cliente est disposto a investir neste setor, porm, ao longo de uma operao, a segurana aplicada em sua mxima traz resultados mais compensatrios do que aqueles que decidem por situaes de curto prazo com economia aparente, declara. De fato, segundo Fuertes, da Amarrao de Cargas, existem no mercado empresas que no fazem a mnima questo de adquirir materiais certificados e

que estejam em conformidade com normas tcnicas, visando apenas ao menor custo. Na amarrao de cargas comum vermos muitas suposies de que nada vai ocorrer e as pessoas subestimarem as foras fsicas que agem em curvas, aceleraes e frenagens, culminando em acidentes, assinala. Ele diz, ainda, que existem equipamentos em circulao que no possuem qualquer tipo de identificao e encontram-se em pssimo estado de conservao vide as estatsticas de acidentes. Fuertes acrescenta que h portarias do Contran para o transporte rodovirio de produtos siderrgicos, toras de madeira e blocos de rocha. Alm destas portarias obrigatrias, deve-se seguir normas tcnicas de clculo das tenses que esto em fase final de aprovao na ABNT e utilizar os equipamentos disponveis (cintas txteis, cabos de ao, correntes e acessrios) respeitando suas cargas de trabalho e um cronograma de inspeo, e, tambm,

adquiri-los em conformidade com as normas da ABNT, expe. Segundo o profissional, a maioria dos veculos de transporte no possui pontos de amarrao adequados, o que oferece um grande risco de acidentes.

AmarraoO Brasil tem um enorme prejuzo anual com mortes por acidentes com cargas mal amarradas, mal transportadas e tombadas, lembra DAngelo, da Fixoflex. Cansamos de ver todos os dias nas ruas cargas pendendo para os lados e caminhes em pssimas condies. A norma brasileira de cintas de amarrao de cargas, que est sendo elaborada na ABNT, trar uma luz para esse setor, que j tem no Contran uma resoluo (293) obrigando o uso de cintas de amarrao de carga de 100 mm de largura para a amarrao de bobinas e material siderrgico, o que mostra a eficincia do material nesses casos, declara. Quanto amarrao, Ligia,

da Movetrans/Fitacabo, diz que a empresa, ao estudar as situaes de perigo na carga, no tipo de transporte, no equipamento utilizado e no usurio, redefine novos critrios, a fim de eliminar os riscos eminentes do processo, colocando estes pontos em discusso com a equipe tcnica. O deslocamento de carga ou partes da carga atravs de amarrao imprpria ou produtos sem especificao tcnica acarreta um risco direto ou indireto vida de pessoas, animais ou mercadorias no veculo. Assim, a compra e utilizao de material correto essencial. Sobre como os usurios podem ser informados quanto s especificaes corretas na aquisio deste produto, os entrevistados declaram que necessrio consultar um fabricante de cintas ou tcnico especializado para indicao da quantidade e distribuio correta de cintas de amarrao de cargas. Cliente e fabricante devem desenvolver juntos um produto

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adequado operao e aos equipamentos utilizados. Tambm importante sempre que modificar a operao ou os equipamentos consultar o tcnico e as questes de adaptao do produto existente para o novo procedimento. Para Silva, da Tecnotextil um dos problemas do setor interpretativo: veja bem. No que se refere a cargas perigosas (legislao prpria), toda movimentao de carga perigosa, no apenas de produtos txicos, inflamveis e corrosivos. Se comearmos a ter uma cultura de segurana, voltada exclusivamente para usurios e terceiros, poderemos ter resultados expressivos na reduo de acidentes, declara. Ainda segundo ele, a amarrao de cargas infelizmente vive de mitos: motoristas que preferem amarrar a carga na ripa do caminho, porque se tiver algum inconveniente perde a carga, e no o caminho, exemplifica.

Segurana fundamentalEmbora a Norma Brasileira traga um cdigo de cores, fundamental avaliar uma srie de outros quesitos, pois nem sempre a colorao suficiente para garantir a segurana da movimentao e amarrao da carga e no atenua o risco de acidentes. Alguns requisitos so fundamentais para garantir a utilizao correta da cinta: Disponibilidade de instruo e treinamento; No exceder as especificaes tcnicas; Se a cinta corresponde ao que foi solicitada no pedido; No sobrecarregar o sistema ou equipamento de elevao; Verificar o balanceamento da carga; Nunca utilizar cintas avariadas ou reaproveitadas; As cintas devem ser protegidas de bordas cortantes, abraso e frico; A etiqueta de rotulagem das cintas deve trazer informaes mnimas, tais como a carga mxima de trabalho (CMT), em elevao vertical, cesto e forca, a composio da cinta, o comprimento nominal, o nome do fabricante, o smbolo, a marca registrada ou outra identificao sem ambiguidade, o cdigo de fabricao, costurado internamente, o nmero e o ano desta norma, entre outros vrios requisitos que devem ser observados na norma brasileira em vigncia. Outro ponto fundamental para que a cinta seja utilizada com a mxima segurana a inspeo do equipamento, que deve ser feita periodicamente antes e depois da utilizao das cintas. A inspeo tambm deve ser feita em todos os acessrios e equipamentos que so utilizados junto com a cinta.

UsurioO usurio deve estar capacitado para trabalhar com cintas planas na amarrao e elevao de carga, primeiramente, em funo da troca de cordas e cabos de ao por um mtodo que requer outras habilidades no manuseio. Porm, em alguns casos, o usurio est inapto por desconhecimento da funcionalidade, o que acarreta em descarte do equipamento ao cort-lo ou dar ns nas cintas planas. o que expe Ligia, da Movetrans/Fitacabo. Segundo ela, o usurio deve conhecer o tensionador e sua forma de aplicao, bem como ter conhecimentos do assunto e experincia prtica para conduzir uma inspeo e avaliao dos dispositivos durante o trajeto, pois a cinta plana pode sofrer um alongamento natural pelas intempries. Outros fatores so importantes, como reconhecer a cinta

18 Logweb | edio n88 | Jun | 2009 | O que compromete a segurana Aquisio deprodutos de origem duvidosa e no certificados;

Cintas com cortessuperiores a 10% de sua largura;

Falta deidentificao e rastreabilidade;

A norma brasileira de cintas trar uma luz para o setor

Falta de inspeo e identificao dos equipamentos; Falta de treinamento dos profissionais que utilizamos equipamentos;

Fazer mo amiga; Fazer solda prxima da cinta (respingo); M armazenagem; Operar com material fora do ponto de equilbrio; Operar com ns em cintas, sinais de abrasividade eataque por produtos qumicos;

Trancos ou freadas bruscas de guinchos, talhas epontes rolantes.

plana pela etiqueta, sendo azul para cintas em polister (PES), verde para cintas de poliamida (PA) e marrom para cintas de polipropileno (PP), bem como as orientaes nelas contidas. O usurio pode avaliar as cintas planas para amarrao e elevao de cargas para identificar e tomar aes corretivas que eliminem condies inseguras de trabalho fazendo vistorias peridicas antes e depois da utilizao, verificando danos e cortes causados na operao. Tambm necessrio obedincia ao tempo e condies de uso. O descarte deve ser feito aps um nmero x de uso, nunca se deve ultrapass-lo. Silva, da Tecnotextil, acrescenta que, de acordo com as normativas, pelo menos uma vez por ano todos os dispositivos devem ser avaliados por um profissional qualificado (seja funcionrio da empresa ou contratado). Tambm recomendvel que a inspeo seja reduzida em caso de utilizao das cintas em turnos (uso frequente). Os acidentes ou incidentes

Fuertes, da Amarrao: h empresas que no fazem questo de adquirir materiais certificados ocorrem por falta de inspees peridicas nos dispositivos, frisa. A grande questo neste assunto, de acordo com Fuertes, da Amarrao de Cargas, que em uma grande quantidade de indstrias e empresas de transporte simplesmente este conceito de inspeo no existe. Utiliza-se os equipamentos at sua total exausto e falha, sendo que muitas vezes isto ocorre durante a utilizao, causando acidentes. q

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Associao

ABEPL de cara nova: a meta representar a logstica em todo o Brasil

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nmeras novidades. o que promete para 2009 a ABEPL Associao Brasileira de Empresas e Profissionais de Logstica que, fundada em 2006, em Jundia, SP, a partir da ideia de oferecer ao segmento logstico uma entidade que o representasse, agora j comea a arriscar seus voos mais altos desde ento. Aristides Forte Jnior, vicepresidente da Associao, afirma que o pacote de mudanas programadas para este ano um divisor de guas no s na histria da entidade, mas tambm da logstica no Brasil. Uma das principais novidades que a ABEPL acaba de ganhar um brao na capital do Estado e as atividades esto sendo iniciadas em junho. Valria Lima, executiva da Logweb Editora, a diretora da filial, a qual conta com a gerncia de Fabia Helena Pereira, que deixou o departamento de Marketing da Logweb para iniciar a nova empreitada. Este desafio surge em um momento excelente. Com nossa experincia poderemos fomentar muitos negcios na Grande So Paulo, declara Fabia. Valria, por sua vez, comenta que desde sua fundao, em 2006, a entidade tem feito um belo trabalho em Jundia e nas cidades da regio, e afirma que espera fazer o mesmo em So Paulo. Pretendemos que a Associao tenha um formato bem profissional, destaca. uma grande responsabilidade, mas podemos colaborar para o crescimento da ABEPL, endossa. Forte Jnior destaca que este o incio do processo de regionalizao da Associao do Estado de So Paulo e acredita que Valria est dando um passo pioneiro. Nada acontece por acaso. preciso ter iniciativas e

dos associados; e a rede gratuita de benefcios para os colaboradores e suas famlias, complementa.

BenefciosAs principais estratgias da GSN Gesto e Suporte para Negcios, grande parceira da ABEPL nesse processo de mudanas, giram torno de divulgar a marca ABEPL para o pblico interessado nos assuntos de logstica; aumentar o nmero de associados; fidelizar os associados; criar oportunidades de negcio para parceiros e mantenedores; gerar experincias inovadoras e criativas ao associado; e, de maneira resumida, se fazer presente na vida do associado. Segundo o presidente da GSN, Igor Furniel, a proposta no oferecer benefcios sem sentido, mas que tenham uma estratgia por trs. O benefcio inicial programado para o associado o kit de boas vindas, composto por uma senha de acesso ao portal, manual de usurio, adesivo, insgnia e carto de crdito ou dbito personalizado. Vamos criar tambm uma revista exclusiva e bimestral, que ser utilizada como ferramenta de comunicao e divulgao, disponibilizando espao para empresas e associados, informa Furniel.

Da esquerda para a direita: Forte Jnior, Fbia Helena e Valria apresentam as novidades a Valria tem uma histria de empreendedorismo na Logweb. Ser uma convergncia de capacidades em prol da logstica no pas, garante. importante destacar que a Valria estar usando a sua experincia profissional na ABEPL, e que a Logweb no ter nenhum vnculo com a Associao, mantendo a sua independncia caracterstica que marca a empresa desde a sua fundao. A ligao somente de parceria, como j vem ocorrendo desde a fundao da entidade. Outra novidade a meta da Associao, que espera atingir a marca de 50.000 associados em janeiro de 2010, atravs do projeto denominado Campanha Associativista ABEPL 50.000. Ainda, at maro do ano que vem, a projeo de 100.000 associados. Para isso, o presidente Luciano Rocha conta que a diretoria aprovou a criao do Associado Participante, para permitir e facilitar sem nus o envolvimento de profissionais, estudantes e empresas de qualquer segmento, para que se envolvam e participem das aes da ABEPL. Estamos convencidos de que este um passo pioneiro, tanto para o setor, quanto para o processo associativista: o de oferecer a participao do associado sem qualquer nus e a oportunidade de se engajar em nossa luta para defender, promover e divulgar o setor, comemora. Ele diz, ainda, que o apoio de empresas e do poder pblico importantssimo para a ABEPL, que tem um papel fundamental em um setor que cresce 12% ao ano e j representa 15% do PIB nacional. Temos conscincia de nosso papel diante da indstria. Iremos promover relacionamentos para aumento de networking, acesso irrestrito ao portal da Associao, alm de prestar assessoria jurdica gratuita, informa. De acordo com Rocha, a ABEPL pretende incentivar a participao das empresas em fruns, viagens tcnicas e cursos de capacitao, entre outros eventos. H tambm o projeto de Compras Corporativas, para facilitar o processo de compras

Rocha: passo pioneiro para o setor e o processo associativista

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Benefcios que estaro disponveis a partir de agosto de 2009 Expanso da rede de credenciados, oferecendo descontos e outros diferenciais; Loja virtual ABEPL (canetas, agendas, camisetas, etc.); Cursos no exterior; Cursos de lnguas; Cursos e palestras de atualizao profissional; Cursos online (soluo elearning): a GSN j est desenvolvendo alguns cursos encomendados pela ABEPL; Programa CONCIERGE: assessoria para lazer, viagens, necessidades simples do dia-a-dia, compras especiais, momentos especiais; Parcerias com contadores, advogados, assessorias, consultorias, etc.; Plataforma online para certificao ISO 9000, algo indito que ser iniciado com a ABEPL e enfoca as pequenas empresas que no tm condio de implantar um sistema de certificao de qualidade.

NotciasRpidasTamid oferece sistema para compras no varejoA Tamid (Fone: 11 3675.0501) traz um sistema bastante interessante para compras no varejo. Com ele, o varejista pode disponibilizar apenas uma unidade de cada produto, o que possibilita que a loja ocupe um espao reduzido e descarta a necessidade de se ter um estoque no local. O cliente faz as compras com o leitor automtico, faz o pagamento e aguarda que sejam entregues, explica o representante da Tamid, David Lo Eisencraft. Dessa forma, possvel que o varejista tenha, por exemplo, a loja em um bairro nobre e o estoque em outro local. Ele no precisa ter mais de uma unidade de cada produto no local, pois as compras do cliente sero entregues em domiclio, aponta.

A educao recebe ateno especialO presidente da ABEPL anuncia a criao de um curso de ps-graduao em Gesto de Pessoas, o qual objetiva aprimorar a habilidade humana de empresrios e gestores. A ps reconhecida pelo MEC e dividida em 32 mdulos, num total de 360 horas, revela o coordenador do curso, professor Luiz Carlos Garcia. Fomos atrs de um aprimoramento do conhecimento para os profissionais de logstica, especialmente aqueles que esto no comando das empresas, complementa Forte Jnior, da ABEPL. Segundo Garcia, o curso fruto de uma parceria entre a GSN, a Alubrat Associao Luso-Brasileira de Transpessoal (detentora dos direitos autorais) e a Faculdade Campos Elseos. O projeto foi desenvolvido por professores da Unicamp, empresrios, consultores e a faculdade Campos Elseos. J foi testado em Campinas, SP, So Paulo, SP, Belo Horizonte, MG, Fortaleza, CE, e Belm, PA, acrescenta, lembrando que o curso voltado para alunos de qualquer graduao, especialmente pessoas que exeram cargos de gesto. O objetivo da ps-graduao em Gesto de Pessoas formar profissionais comprometidos com a tica, oferecer especializao de cunho terico-prtico e possibilitar o autodesenvolvimento, transmitindo novas tecnologias de gesto e potencializando a criao. No um curso

tcnico. voltado para a habilidade humana, destaca o professor. Ele conta que os responsveis por ministrar as aulas so profissionais com larga experincia em gesto, como empresrios, professores da Unicamp, da Alubrat e dois professores internacionais, sempre mantendo o foco em pessoas e liderana estratgica. Ainda sem locais definidos, as aulas devem ter incio em agosto prximo. Segundo Forte Jnior, haver uma turma em Jundia e outra em So Paulo. De acordo com o vicepresidente da ABEPL, outras novidades esto por vir na rea da educao. H um projeto para 2010 que prev uma ps em Gesto de Logstica e a Associao est inserida num processo que visa a criao de uma faculdade exclusivamente voltada logstica. Ela est sendo desenvolvida como um Centro de Excelncia e, tambm, como uma plataforma de ensino distncia, diz.

Apoio internacionalO cnsul dos Estados Unidos, Miguel Hernndez, e Rodrigo Mota, especialista em desenvolvimento de negcios do Consulado norte-americano, estiveram presentes ao evento de lanamento das novidades e comentaram a importncia da associao e as novas perspectivas. Vamos trabalhar junto da entidade para fomentar relaes comerciais em logstica entre Brasil e Estados Unidos,

afirmou Hernndez. O governo norte-americano quer ajudar as associaes locais porque o Brasil tem uma economia muito forte, acrescentou Mota, na ocasio. Para Valria, estas palavras soam como msica, j que a responsvel pela ABEPL na capital paulista acredita que iniciar uma associao em So Paulo no nada simples. Por isso, extremamente importante o apoio do Consulado para a realizao de feiras, eventos, visitas tcnicas de empresas brasileiras aos Estados Unidos e, tambm, de empresas norteamericanas ao Brasil, afirmou. J o vice-prefeito de Jundia, Luiz Fernando Machado, se mostrou receptivo a ideia da cidade receber investimentos internacionais, especialmente por parte dos Estados Unidos. Em virtude da infraestrutura e das timas condies logsticas de Jundia muito importante que a ABEPL fomente investimentos nessa rea. Esse tipo de contato importante para capacitao em estrutura e mo de obra e nos deixa muito felizes, encerrou. Em contato com o cnsul, o vice-prefeito de Jundia colocou a cidade como candidata a visitar feiras e participar de eventos tcnicos para conhecer autoridades norte-americanas. Ainda, ele no deixou de ressaltar a importncia da ABEPL para a cidade. A Associao tem atuado como uma facilitadora para investimentos em logstica na cidade. q

Autoload Brasil lana software para logsticaA Autoload Brasil (Fone: 41 3015.7688) anuncia o lanamento do sofware para logstica Autoload Pro!. Com foco em planejamento e otimizao de cargas, uma ferramenta de paletizao e planejamento de cargas em 3D para diversos tipos de embalagem: caixas, tambores, cilindros, carretis, engradados, racks, paletes, caminhes, contineres areos e martimos. Obedecendo a complexas regras de carga, determina com preciso a quantidade de veculos necessria para efetuar um carregamento timo, tanto em peso como em volume, otimizando o processo entre 10 e 20% em bases gerais. Seus objetivos so: automatizar o processo de planejamento e carga de paletes e veculos; melhorar a eficincia no empilhamento e manuseio de cargas, minimizando as avarias em trnsito; aumentar o peso e volume de utilizao dos veculos, reduzindo custos de transporte; e aumentar a eficincia das entregas, com cargas bem planejadas, explica Simone Vieira, da equipe Autoload Brasil.

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Mercado

Ciesp Jundia cria Clula de Logstica

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conteceu no dia 27 de maio ltimo o lanamento oficial da Clula de Logstica do Ciesp Jundia (Fone: 11 4815.7941), na prpria entidade. A nova Clula que faz parte do departamento de Comrcio Exterior do Ciesp Jundia coordenada pelo empresrio atuante na rea, Gilson Pichioli. O lanamento ocorreu durante confraternizao pelo dia da Indstria, que contou com a presena de David Neeleman, presidente da Azul Linhas Areas Brasileiras. O executivo, que j se destacou no setor de transporte areo dos Estados Unidos e Canad e que foi responsvel por vrias inovaes na indstria de aviao, como a inveno do bilhete eletrnico e da TV ao vivo a bordo de suas aeronaves, fez uma palestra sobre seu esprito empreendedor, e o que o levou a fundar recentemente no Brasil, em meio a uma crise econmica, a Azul Linhas Areas Brasileiras, cuja base operacional o aeroporto de Viracopos, em Campinas, SP. O evento contou com a presena de 300 pessoas, incluindo representantes de diversos segmentos empresariais, bem como de autoridades pblicas locais e das cidades pertencentes ao Ciesp Jundia.

Reisky e Pichioli: a Clula prestar assessoria e suporte aos associados especial a infraestrutura de atendimento. Sobre os benefcios para o associado, Reisky cita: participar de seminrios, palestras, encontros para troca de ideias e formulao de propostas sobre temas de relevncia e extrema importncia para maior competitividade do seu negcio; participar, atravs do Ciesp, de cmaras, conselhos, comisses e audincias pblicas, que tratem de forma permanente e/ou pontual os temas que afetam preos, qualidade ou marcos regulatrios; identificao, por parte da entidade, das situaes crticas que podem afetar a competitividade das indstrias, atuando de forma preventiva e orientativa; e dispor sobre mapa logstico da regio (infraestrutura, empresas, setores, etc.).

ObjetivosO objetivo da Clula de Logstica prestar aos associados assessoria e suporte em questes tcnicas e polticas em logstica, de abrangncia individual ou coletiva. E, ainda, organizar seminrios, palestras e encontros, propiciando a troca de ideias e formulao de propostas sobre temas de grande importncia para a maior competitividade das empresas. Os objetivos tambm so assessorar a diretoria da entidade na articulao poltica junto aos rgos pblicos em defesa dos interesses das empresas e da regio de representao, afirma Mauritius Reisky, diretor de Comex do Ciesp Jundia, destacando os motivos que levaram criao da Clula de Logstica: a crescente demanda das empresas da regio, associadas ou no ao Ciesp, pela criao de uma clula onde possam ser debatidos assuntos ligados logstica, em

Plo logsticoPichioli salienta que Jundia considerada atualmente um plo logstico. uma regio rica, com um parque industrial diversificado e um forte apelo para o comrcio exterior, alm do mercado interno, diz. Ele tambm destaca que as 11 cidades que fazem parte da regio de abrangncia do Ciesp Jundia Cabreva, Cajamar, Campo Limpo Paulista, Itatiba, Itupeva, Jarin, Jundia, Louveira, Morungaba, Vrzea Paulista e Vinhedo possuem uma infraestrutura completa, com acesso s melhores rodovias e ferrovias, proximidade ao aeroporto de Viracopos, fcil acesso ao porto de Santos e uma unidade da receita federal instalada na cidade. Sem infraestrutura, no temos por onde circular as mercadorias, e a regio conta com isso, complementa.q

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3M compra impressoras Markem-ImajeA empresa j tinha duas codificadoras 5200 da Markem-Imaje (Fone: 11 3305.9455) instaladas em sua linha de produo, e agora conta com mais uma para back-up. Na 3M (Fone: 0800 0132333), o equipamento responsvel pela impresso de informaes relativas data de fabricao, lote e o logo da 3M nas caixas que acondicionam mscaras de proteo, fabricadas na unidade industrial de Sumar, SP. Dentre outras caractersticas, a codificadora 5200 oferece a possibilidade de impresso de cdigos de barras 100% legveis por varredura; impresso de imagens sem excessos ou falhas; rea de impresso de 65 x 1200 mm; velocidade de impresso de 178 mm/min; capacidade de substituio do suprimento sem interrupo da produo; alm de admitir at dois cabeotes de impresso por sistema.

DHL Express e OneWorld Yellow Pages criam Portal DHL Mundo PMENo portal DHL Mundo PME (www.dhl-mundopme.com), fruto da parceria entre a DHL Express (Fone:11 0800 771 3451) e a OneWorld Yellow Pages, as PMEs Pequenas e Mdias Empresas podem ampliar seus negcios para alm das fronteiras nacionais, tendo acesso a informaes essenciais para promov-los, podendo obter novos fornecedores ou criar oportunidades de vendas on-line. O site oferece um catlogo de contatos mundial com aproximadamente 110 mil produtos e servios de 180 pases. As PMEs movimentam cerca de US$ 15 milhes em mdia, por ano no Brasil, e so extremamente promissoras. Por isso lanamos o portal DHL Mundo PME em dezembro de 2008, para explorar esse mercado em franco crescimento e para conectar empresas que buscam ampliar seus negcios na rede, afirma Joakim Thrane, presidente da DHL Express. De acordo com as empresas, o portal DHL Mundo PME plataforma integrada que estuda os 35 maiores mercados do mundo e respectivas situaes alfandegrias, orientaes sobre embalagens, taxas internacionais e outras dicas para oferecer otimizao em processos e melhor referncia em preos aos clientes. A ferramenta apresenta cobertura total no Brasil, Mxico, Argentina e Canad, Colmbia, Venezuela, Panam e Costa Rica desde dezembro de 2008. Ao longo de 2009 alcanar Guatemala, Chile, Equador e Caribe (abril/2009); e Peru, Bolvia, Uruguai e Paraguai (junho/2009).

Indra responsvel por projetos de TI no Sul do PasAps assumir, em conjunto com a Esteio (Fone: 41 3271.6000), o projeto de implantao de sistemas de pedgio em trs importantes trechos de uma rodovia do sul do pas e a instalao de sistemas de gesto do trfego inteligente de uma delas, a Indra (Fone: 11 3815.2910), empresa de TI, marca presena no mercado de trfego terrestre brasileiro. Ainda, as empresas desenharo e colocaro em funcionamento um sistema de gesto de trfego metropolitano em Curitiba, PR. De acordo com as empresas, o custo global dos contratos supera os 10 milhes de Euros. A Indra desenvolve e implanta solues integradas para gesto e controle de trfego, sistemas de controle de tneis e sistemas de pedgio. Contamos com numerosas referncias nesta rea, tanto na Espanha como nos Estados Unidos, na China, em Portugal, na Irlanda, em Montenegro, Israel, no Brasil, Mxico e Chile, entre outros. Atualmente em Curitiba, um grupo de aproximadamente 35 profissionais se dedica adaptao dos equipamentos para este projeto, instalao e colocao em funcionamento, conta Eduardo Bonet, diretor de transporte rodovirio e martimo da Indra. A empresa entrou no mercado brasileiro com a implantao dos sistemas de gesto de trfego para rodovias do nordeste de So Paulo, que comearam a funcionar em 2005. Aps essa experincia, a companhia conseguiu incorporar-se ao projeto de modernizao de infraestruturas terrestres em que est envolvido o Governo brasileiro.

AGR-Rodasul fecha contrato com Aracruz CeluloseCom uma equipe de 13 profissionais, a AGR-Rodasul (Fone: 51 3041.2000) ir realizar o transporte de insumos de celulose e produto acabado da Aracruz Celulose (Fone: 11 3301.4111), fazendo abastecimento para unidades inhouse. A AGR, com sede em Cachoeirinha, RS, revela que, mesmo em tempo de crise, pretende continuar crescendo.

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NotciasRpidas

Paletrans inicia exportao de empilhadeiras retrteis para a EuropaEm parceria com a Pramac, empresa italiana fabricante de geradores e produtos para a movimentao de materiais, a Paletrans (Fone: 16 3951.9999) deu incio ao projeto de exportao de mquinas retrteis para o mercado europeu. O primeiro continer saiu do pas no dia 30 de abril com seis empilhadeiras (modelo PR20) e onze torres de alturas variadas das seis empilhadeiras exportadas, uma j est vendida para o cliente final. As outras iro para filiais da Pramac na Europa. um negcio muito expressivo. Se conseguirmos atingir 1% do mercado europeu, que de oito a dez vezes maior que o nosso, poderemos dobrar a produo, explica o diretor de operaes da Paletrans, Antonio Augusto Zuccolotto. Para atender s normas tcnicas do mercado europeu, algumas modificaes foram realizadas na PR20 que tem capacidade de carga de 2.000 kg e elevao de at 11.600 mm. Fizemos alteraes na parte eltrica e no modo de extrao da bateria, que passou a ser vertical. Alm disso, o painel de comando ganhou um controle eletrnico de operao, feito por finger tips no lugar de alavancas mecnicas, explica Zuccolotto. De acordo com o diretor de operaes, a mquina j sai da fbrica customizada, com cor e etiqueta especficas da Pramac.

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Alimentos & Bebidas Transporte

As peculiaridades do transporte de alimentos e bebidasUma associao, no caso dos alimentos, e uma confederao, nas bebidas, analisam o que h de diferenciado na logstica destes setores, as tecnologias usadas, o expertise exigido dos operadores logsticos e das transportadoras para atuar neste segmento e mais, muito mais.

T

ransporte dos alimentos e das bebidas. Este o destaque desta edio. No caso dos alimentos, participam Orlando Gaeta, coordenador da Comisso de Logstica da ABIA Associao Brasileira das Indstrias de Alimentao (Fone: 11 3030.1369), e Amlcar Lacerda, gerente do Departamento de Planejamento da mesma Associao (Fone: 11 3030.1353), alm de Ives Uliana, diretor de Operaes & Supply Chain da MartinBrower (Fone: 11 3687.2790). O setor de bebidas representado por Nino Feoli Anele, gerente geral da Confenar Confederao Nacional das Revendas AmBev e das Empresas de Logstica da Distribuio (Fone: 11 5505.2521).

AlimentosCom relao questo dos maiores problemas logsticos enfrentados no setor de atuao da ABIA, os representantes alegam que o setor bastante complexo. Compreende o mercado interno e a exportao, alm de cargas congeladas, refrigeradas e secas. Por sermos um pas do tamanho de um continente e cerca de 70% do nosso transporte ainda ser rodovirio, a qualidade das rodovias fundamental para uma boa logstica. Um grande desafio a excelncia na entrega, uma vez que contempla desde o pequeno varejista e operadores foodservice at grandes indstrias. A malha viria ainda precria. H elevados custos de pedgios, combustveis e dificuldades para a renovao Um dos desafios ter que atender s demandas pontuais de eventos e feriados das frotas. A insegurana nas estradas e as questes tributrias acabam minando potenciais ganhos de solues logsticas por agregarem custos s operaes, lamenta Gaeta. As solues para estes problemas, ainda segundo os representes da ABIA, envolvem, normalmente, criatividade e talento dos profissionais, que so bastante treinados para crises e para a busca de solues alternativas. Alm disso, o trabalho desenvolvido junto s associaes de classe concentra esforos e imprime um grau de profissionalismo maior busca de resultados efetivos. Alguns investimentos

Lacerda, da ABIA: as grandes cidades esto adotando sistemas de entrega noturna

Uliana, da Martin-Brower: a logstica dos alimentos exige segurana e qualidade

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Gaeta, da ABIA: a malha viria ainda precria e h elevados custos de pedgios pblicos e privados comeam a contribuir para a melhoria, mesmo que timidamente, alm, claro, de uma economia mais estvel. Por outro lado, as grandes cidades esto adotando sistema de entrega noturna, o que demanda tempo para adaptao e anlises profundas do quadro de segurana alimentar, completa, por sua vez, Lacerda.

A propsito das atividades da Associao visando contornar estes problemas, destacado que os profissionais ligados ao setor se renem mensalmente h vrios anos atravs da CL Comisso de Logstica da ABIA, analisando e discutindo temas pertinentes, atuando junto a rgos pblicos, visando alcanar objetivos menos impositivos e mais melhorias de qualidade na normatizao do setor de transporte, armazenamento e movimentao de alimentos e bebidas. O treinamento e a qualificao dos profissionais tambm foco deste comit.

Diferenciais Uliana quem aponta o que h de diferenciado na logstica dos alimentos, em relao de outros produtos/segmentos. A logstica de alimentos bastante diferenciada, pois exige

um atrativo composto de segurana e qualidade dos alimentos, frequncia de entrega, tempo de respostas por ciclo de vida e shelf life dos produtos. Em especial, podemos destacar a distribuio segmentada e a qualidade e segurana e manuseio e transporte, por exemplo, controle da cadeia de frio. Outro detalhe do setor o uso de inmeras tecnologias: WMS, sistemas alternativos de picking, rastreadores e gerenciadores de frota, portais de pedido via WED, EDI e ECR, entre outras ferramentas que agilizam o processo de resposta aos clientes e melhoram a qualidade das informaes obtidas dos processos logsticos, com as quais os profissionais da rea vo tomar decises e melhorar processos. Em suma, as empresas utilizam-se de ferramentas de assimilao de pedidos, de roteirizao e de todo trabalho voltado coleta

para segmentao, explicam os representantes da ABIA. E aproveitam para apontar como a logstica reversa no setor. As empresas, na sua maioria, estruturaram seus sistemas de atendimento ao cliente/customer service com eficcia, o que agiliza eventuais trocas e reposies, desde uma nica unidade ou at mesmo a substituio de um lote completo, este ltimo, muito raro de acontecer. Algumas empresas distribuem produtos com um shelf life bastante curto, exigindo rapidez de resposta, o que pede grande coordenao logstica entre os agentes e muitas vezes a utilizao dos mesmos veculos de distribuio; so pontos em constante evoluo e com grandes questes tributrias e legislativas, completam. Falando sobre o expertise que um Operador Logstico/ transportadora precisa ter para operar no setor de alimentos, os

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Alimentos & Bebidasrepresentantes da ABIA destacam que a segurana alimentar uma prioridade. Os controles de processo, qualidade, temperatura e limpeza so estritos e permanentemente auditados. Programas de qualidade como HACCP (Hazard Analysis Critical Control Point Ponto de Controle Crtico de Anlises de Risco), por exemplo, so necessrios. A agilidade e eficcia nos processos de distribuio tambm so essenciais para atender aos clientes e consumidores finais. Erros podem significar perda de espao para a concorrncia, ruptura e perda de clientes. A organizao de todas as etapas com profunda segurana, aliada experincia no setor, , certamente, fundamental.

BebidasAnele inicia sua anlise explicando que a rede de distribuio AmBev possui uma das mais complexas operaes logsticas

Para atuar no setor de bebidas, o Operador Logstico/transportadora precisa estar sempre atento s aes da concorrncia do mundo. So cerca de 1 milho de pontos de vendas visitados semanalmente. As revendas associadas Confenar garantem que os produtos AmBev cheguem aos pontos mais longnquos deste pas. Os desafios so muitos e podemos destacar a precria infraestrutura das estradas e, tambm, as crescentes restries legais, principalmente nos centros

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urbanos, quanto aos horrios e tamanhos dos veculos. Outro desafio de mercado ter que atender s demandas pontuais de eventos e feriados (neste ano teremos muitos), onde o cliente exige o produto no local e hora combinados. Ainda segundo o gerente geral, estes problemas tm sido solucionados pelo fato de a rede de revendas estar pulverizada por todo o pas a expertise logstica um dos fortes atributos da Rede AmBev , alm de grandes investimentos em frota, em processos de gesto e capacitao profissional para atender s demandas dos mercados. Afinal, so dois os importantes pilares de atuao da Confederao: capacitao profissional programas e projetos que focam o aprimoramento dos colaboradores da rede nos vrios nveis hierrquicos, alcanando desde as equipes de entrega at os

Anele, da Confenar: so visitados semanalmente cerca de 1 milho de pontos de vendas grandes gestores, e envolvendo projetos que abordam temas tcnicos e comportamentais; e rea de negcios, por meio da

qual possvel estabelecer parcerias nas quais a rede de revendas pode adquirir produtos e solues com preos mais acessveis, contribuindo para melhorar o custo operacional, diz Anele. Referindo-se ao que h de diferenciado na logstica das bebidas, em relao de outros produtos/segmentos, ele lembra que, alm da preocupao natural de qualquer empresa de logstica, que entregar o produto certo, na quantidade certa, no horrio programado, com o menor custo e o melhor atendimento, tanto a rea de vendas quanto a rea de entregas so responsveis pelo merchandising e tambm assumem o papel de cuidar do rodzio do produto dentro do ponto de venda. Para que isto e todo o processo logstico acontea, as tecnologias utilizadas so inmeras. Hoje, os diversos processos de gesto possibili-

tam que a revenda tenha uma radiografia completa em sua operao, por exemplo: estabelecer uma rota prdeterminada da frota de entrega de produtos segundo a venda feita no dia anterior; o monitoramento online para saber como e quando a frota est realizando a entrega dos produtos, se existe atraso ou no; o monitoramento online do time de vendas, entre outros processos. Todas estas solues otimizam o processo e servem de farol para que o empresrio tenha uma estrutura adequada de frota e pessoal. Tambm bom lembrar o expertise que um Operador Logstico/transportadora precisa ter para operar no setor de bebidas: conhecimento do seu segmento, estar sempre atento s oportunidades de mercado e s aes da concorrncia, foco nos custos e busca permanente em inovao, completa o gerente geral. q

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Alimentos & BebidasTransportadoras e Operadores Logsticos nas reas de Alimentos e BebidasPerfil da empresa Fone Estrutura N de filiais Regies atendidas 32 Brasil 4 (So Paulo, Itapevi, Rio de Janeiro 5 e Vitria) So Paulo - Grande So Paulo, Rio - Grande Rio, Regio Sudeste Rio de Janeiro e regies limtrofes 11 Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraba, Rio Grande do Norte, So Paulo, Rio de Janeiro, Mato Groso do Sul e Maranho 2 Sul - Sudeste AGV Logstica 19 3876.9006 Brasilmaxi Logstica 11 2889.6100 Transportes Carvalho 21 2775.1712 Conseil 71 2203.9009 CVLog Transportes 11 4330.2827

Servios Oferecidos Especialidades de transportes Produtos sensveis, perigosos e perecveis Carga geral (itinerante, encomendas, Transporte de carga seca, mveis, mudanas, roupas e outros); contineres, produtos Carga seca e granel (gros agrcolas qumicos perigosos e e minrios); Contineres; Produtos no-perigosos sensveis (computadores, vidros, eletrnicos, etc.); Bobinas (siderrgicos, borrachas, cabos e fios, papel, etc.) Logstica; Armazns Gerais; Terminal de Contineres; Transportes Bebidas; Alimentcios; Qumicos; Siderrgicos; Puxada; Distribuio; Cross docking Reefer e carga seca; Contineres

Servios agregados aos transportes

n.i.

Locao de n.i. equipamentos; Iamentos; Remoes industriais; Armazenagem e terminal REDEX dria, ffem, Ambev, RJ Refrescos AmBev, Sadia, Perdigo, Noronha Pescados, Lusomar

n.i.

Principais clientes na rea de Alimentos e Bebidas Operao Total veculos frota prpria Total veculos frota agregada Frota rastreada? Tecnologias usadas no rastreamento

Perfetti Van Melle, Diageo, Unilever (Kibon)

n.i.

First, Minerva

21 n.i. Sim Sistema de gerenciamento de armazenagem e transporte customizados; Sistema de qualificao de fornecedores e transportadoras; Sistema de roteirizao e monitoramento de trajeto; Sistema de gerenciamento de estoques validados segundo normas internacionais; Sistema de qualidade e meio ambiente que cumprem normas nacionais e internacionais Sim No Logstica de materiais promocionais; Montagem de kits; reas multitemperatura qualificadas

298 132 Sim ERP, TMS e WMS

227 0 Sim Autotrac

563 158 124 Computador de bordo e CTF

0 45 Sim Ibrudo, GSM

Certificada na ISO 9000? Certificada na ISO 14000? Servios diferenciados oferecidos na rea de Alimentos e Bebidas

Sim No n.i.

9001:2000, para o armazm de qumicos No n.i.

Sim No No

No No n.i.

Veculos/equipamentos diferenciados oferecidos na rea de Alimentos e Bebidas

Veculos isotrmicos; Gerenciamento da informao

n.i.

n.i.

No

n.i.

n.i. = no informado

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DHL Express 0800 7713451

Exata Logstica 11 2133.8700

Exata Logstica 11 2133.8700

Gafor 11 2107.3100

13 filiais, em um total de 35 centros de servios 1.594 cidades brasileiras, equivalentes a mais de 90% do territrio nacional, incluindo todas as capitais

16 Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte

16 Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte

46 Brasil, Argentina, Chile e Uruguai

Logstica e entrega expressa internacional

Gesto; Distribuio; Transporte; Transferncia; Cross docking

Gesto; Distribuio; Transporte; Transferncia; Cross docking

Distribuio; Operaes Agrcolas; Transporte intermodal; Transporte internacional; Transporte rodovirio; Locao de equipamentos; Milk Run; Controle e gesto de estoques; Operaes multimodais; Armazenagem; Transporte de contineres Gesto de estoques; Monitoramento prprio de cargas

Servio de remessa porta-a-porta, de documentos e encomendas, em todo o Brasil e para o exterior; Logstica reversa n.i.

Armazenagem; Picking; Kits; Gesto

Armazenagem; Picking; Kits; Gesto

Masterfoods

Masterfoods

Femsa, Schincariol, Bimbo

250 0 Sim Tecnologias de ponta para monitoramento e rastreamento de remessas, solicitao e agendamento de coletas online, alm de solues para clculo de tempo de trnsito e para preenchimento de Guias Areas (AWBs)

n.i. n.i. Sim n.i.

n.i. n.i. Sim n.i.

2.600 300 Sim Control Loc - Rastreadores GPRS e hbridos (GPRS + Satlite) Autotrac Rastreadores GPRS ou satelitais Jabur (atual ONIXSAT) - Rastreadores GPRS, satelitais e hbridos (GPRS + Satlite)

n.i. n.i. Para destinos na Europa, como Frana, Portugal, Itlia e Espanha, servio de entrega aos sbados; Gateways com compartimentos refrigerados para o correto armazenamento desses itens Se o cliente transportar bebidas de uma ou at seis unidades, oferece embalagens especiais para o transporte adequado; E, para alimentos e bebidas refrigerados (ex: suco congelado concentrado), tambm possui embalagem especial com gelo em gel

No No Armazenagem refrigerada

No No Armazenagem refrigerada

Sim Sim Operaes "Hot-Service", 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano, com carga para os dois sentidos, transportando matria-prima e produtos acabados

n.i.

n.i.

Rodotrem hbrido, tipo Sider, com sistema pneumtico de fixao de carga, 30 m de comprimento, capacidade para 48 paletes e/ou Big-Bags e PBTC de 74 t; Ba rebaixado com portas tipo "Roll-up" para 4, 6, 8, 10 e 12 paletes, atendendo a todos os canais de vendas; Carretas com eixos espaados, sistema de "asa-delta" para transporte de at 30 paletes de produtos; e "Doubl-Deck", com capacidade para 56 e 60 paletes de produtos leves em uma nica viagem

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Alimentos & BebidasTransportadoras e Operadores Logsticos nas reas de Alimentos e BebidasPerfil da empresa Fone Estrutura N de filiais 8 10 4 5 6 Gefco Logstica do Brasil 21 2103.8109 Hipercon Terminais de Carga 13 3228.4129 IBL Logstica 11 2696.2230 Intermartima Terminais 71 2202.5500 Limeira Logstica e Armazns Gerais 81 2122.0070

Regies atendidas

Sul e Sudeste

Todo o territrio nacional e 10 armazns no Porto de Santos

Brasil

Bahia e Sergipe

Nordeste

Servios Oferecidos Especialidades de transportes Rodovirio nacional (carga fechada) e Internacional (carga fechada e fracionada) Carga geral e frigorificada; Projeto; Descarga/embarque de navio; e DTA Rodovirio; Areo; Cabotagem Transporte de continer, carga seca, granel; Equipamentos e projetos; Produtos perigosos e em regime de DTA Armazenagem de produtos e contineres vazios e cheios; Distribuio e cross docking

Transporte rodovirio de cargas

Servios agregados aos transportes

n.i.

n.i.

Armazenagem; Distribuio; DTA.

Operador logstico; Armazns gerais

Principais clientes na rea de Alimentos e Bebidas

General Mills, Nutrimental, Mate Leo

Ajinomoto, Nestl, Copersucar, Guarani, Produtos Erlan, Goiasa, Citrosuco

Native, Yoki, Novamrica, Cocamar

J. Macedo, Perini

Pernod Ricard, Wal Mart, Leo Junior, Mitsui Alimentos, Bimbo do Brasil, Sucos Jandaia Pepsico

Operao Total veculos frota prpria 20 80 30 carretas 20 caminhes 16 cavalos mecnicos com 35 implementos (Bug para contineres, bug basculante, prancha alta, extensiva e rebaixada, bi-trem) 225/caminhes e Vans 120 veculos Autotrac/Controlloc 40 conjuntos 30 veculos Autrotac via satlite 303

Total veculos frota agregada Frota rastreada? Tecnologias usadas no rastreamento Certificada na ISO 9000? Certificada na ISO 14000? Servios diferenciados oferecidos na rea de Alimentos e Bebidas

55 Sim Rastreamento satelital e rdio (MCT e UCC); Gerenciamento de risco: Sistema OmniSat Sim No Veculos que atendem s normas da Vigilncia Sanitria; Motoristas treinados especificamente para este tipo de mercadoria

n.i. Sim Sascarga mdulo 400

600 85% Opnet (via satlite)

Sim n.i. Pre stacking de cntr. Reefer, energia eltrica e monitoramento; Transporte rodovirio

Sim Em fase de implantao Cross docking; Transit point; Milk run

Sim Sim Armazenagem; Picking; Formao de kits; Embalagem; Expedio e distribuio; Cross docking; Integrao dos servios de armazenagem e transporte com terminal porturio de contineres da empresa; Gesto da cadeia logstica do cliente (Supply Chain Managemen)

No No Operaes in-house

Veculos/equipamentos diferenciados oferecidos na rea de Alimentos e Bebidas

Carretas Sider com capacidade para 28 paletes e 25,5 toneladas

Transporte com rastreamento; Coletor de dados nas operaes

n.i.

Disponibilidade de 25.000 posies/paletes para armazenagem, sendo 10.000 em estrutura portapaletes; Armazm climatizado para cargas sensveis; WMS; Coletores de dados de ltima gerao

n.i.

n.i. = no informado

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Localfrio 0800 164060

LogFrio Logstica 11 2175.7100

Logimasters Transportes Martin-Brower Comrcio, Nacionais e Internacionais Transportes e Servios 19 3825.6186 11 3687.2800

6 (4 terminais e 2 transportadoras) Sul e Sudeste

5

n.i.

Brasil: Matriz + 6 filiais Amrica Latina: Panam, Costa Rica e Porto Rico Brasil, Panam, Costa Rica e Porto Rico

4

Brasil e Mercosul

Contineres dry e isotank; Carga seca; Bas; Cargas especiais

Perecveis e secos

Remoo/transporte de contineres; Carga frigorificada

Alimentos e bebidas

n.i.

n.i.

Armazenagem de contineres; Suprimentos; Controle de Carga perigosa Estoque; Embalagem; Gerenciamento de Terceiros; Paletizao; Importao/ Exportao; Logstica Reversa; Suporte Fiscal; Desenvolvimento de Projetos; Monitoramento de desempenho JBS, Bertin, Marfrig, Perdigo, Schincariol McDonald's, Rscal, Applebee's, All Parmegiana

,

Sadia, AmBev, Nestl, Marfrig, Havana, Luzitana

General Mills, Ferrero do Brasil, Sodexo, Puras, Bonduelle, Global Sucos, Forno de Minas

90

95

22

176

150 25 veculos Omnilink

85 25 veculos Sascar - satlite

50 Sim Satelital e celular (GSM)

0 Sim Sistema Systrac

Sim Sim Armazenagem; Separao; Picking; Etiquetagem; Kit

No No Monitoramento da entrega; Acompanhamento via internet de estoque e entregas; Acompanhamento de descarga no CD atravs de imagem via internet; Abastecimento do sistema do cliente inclusive com emisso de NFs do mesmo; Reetiquetagem; Confrontao de estoque automtico Veculos de duas temperaturas - perecvel separado do seco; Veculos para transporte de sorvetes com bas de placas eutticas a - 40 C

Sim No Equipe especializada em perecveis; Desembarao aduaneiro; Paletizao area; Terminal de contineres com plugs; Remoo de DTA; REDEX; CLIA; SIF 2791 com habilitaes para Lista Geral e Rssia; TMS gerenciamento de frota

No No Desenvolvimento de produtos e fornecedores; Programao e planejamento de compras; Suporte fiscal; SIF; Importao e exportao de produtos; Atendimento personalizado para redes de restaurantes; Coleta em fornecedores; Gesto integrada pela WEB; Relatrios gerenciais por restaurante e por fornecedor Distribuio em veculos com 3 temperaturas; Recebimento e armazenagem em 3 temperaturas

No tem

Veculos padronizados para carregamento de cargas areas paletizadas e refrigeradas

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Alimentos & BebidasTransportadoras e Operadores Logsticos nas reas de Alimentos e BebidasPerfil da empresa Fone Mesquita Transportes e Servios 11 4393.4900 MIRA Transportes 11 2142.9000 Expresso Mirassol 11 2141.1211 Piccilli Transportes 11 2941.5118 Quick Logstica 62 3269.1800

Estrutura N de filiais 4 20 15 8 19

Regies atendidas

Sudeste e Sul

Centro-Oeste, Sul e Sudeste

Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste

Sudeste, Nordeste e Sul

Brasil, exceto Rio Grande do Sul

Servios Oferecidos Especialidades de transportes Tracking via web para transporte distribuio; Gerenciamento de transportes; Roteirizao; Acompanhamento de performance e pr-fatura; Transporte de continer carga seca e distribuio Montagem de kits; Etiquetagens; Emisso de nota fiscal; Abastecimento de linha; Tracking; Roteirizao Carga geral; Carga expressa; Produtos sensveis; Produtos farmacuticos e cosmticos Rodovirio de carga geral Distribuio; Transferncia; Cross Docking Transporte e distribuio

Servios agregados aos transportes

Armazena