peÇas prÁticas

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RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE : é feito em uma peça só. ENDEREÇAMENTO: juiz da primeira instância. A regra geral é para o juiz estadual. JUIZ ESTADUAL: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE _ JUIZ FEDERAL: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA __ VARA CRIMINAL DA JUSTIÇA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE __ JUIZ DA VARA DO JÚRI (crime doloso contra a vida) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA DO JÚRI DA COMARCA DE _ NOME DO CLIENTE, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado na Rua (endereço completo), por seu advogado signatário (procuração anexa), respeitosamente se faz presente ante Vossa Excelência para requerer o RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE com fulcro no art. 5, LXV , da Constituição Federal de acordo com as razões de fato e de direito a seguir expostas. I - Dos fatos Obs. deve chamar o cliente de requerente . II - Do direito (porque o flagrante está errado? O que diz a lei sobre isso, bem como o que diz a jurisprudência: súmulas). Com o devido respeito, a prisão em flagrante a qual o requerente foi submetido é irregular. Isso porque ele se apresentou espontaneamente a autoridade policial, fato que impede essa modalidade de prisão processual. Ora, as hipóteses de flagrante estão previstas no artigo 302, do Código de Processo Penal: (transcrever o artigo) Dessa maneira, verifica-se que o sobredito artigo não prevê a hipótese da apresentação espontânea. Outrossim, a Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San Jose da Costa Rica) afirma em seu artigo 8°, item 2, que (...). Ora, se é presumida a inocência dos agente, a prisão só poderá ocorrer nas hipóteses legalmente permitidas.

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Page 1: PEÇAS PRÁTICAS

RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE: é feito em uma peça só.

ENDEREÇAMENTO: juiz da primeira instância. A regra geral é para o juiz estadual.

JUIZ ESTADUAL: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE _

JUIZ FEDERAL:EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA __ VARA CRIMINAL DA JUSTIÇA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE __

JUIZ DA VARA DO JÚRI (crime doloso contra a vida)EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA DO JÚRI DA COMARCA DE _

NOME DO CLIENTE, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado na Rua (endereço completo), por seu advogado signatário (procuração anexa), respeitosamente se faz presente ante Vossa Excelência para requerer o

RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE

com fulcro no art. 5, LXV, da Constituição Federal de acordo com as razões de fato e de direito a seguir expostas.

I - Dos fatosObs. deve chamar o cliente de requerente.

II - Do direito (porque o flagrante está errado? O que diz a lei sobre isso, bem como o que diz a jurisprudência: súmulas).

Com o devido respeito, a prisão em flagrante a qual o requerente foi submetido é irregular.

Isso porque ele se apresentou espontaneamente a autoridade policial, fato que impede essa modalidade de prisão processual.

Ora, as hipóteses de flagrante estão previstas no artigo 302, do Código de Processo Penal: (transcrever o artigo)

Dessa maneira, verifica-se que o sobredito artigo não prevê a hipótese da apresentação espontânea.

Outrossim, a Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San Jose da Costa Rica) afirma em seu artigo 8°, item 2, que (...).

Ora, se é presumida a inocência dos agente, a prisão só poderá ocorrer nas hipóteses legalmente permitidas.

No caso em tela, a prisão em flagrante não encontra respaldo legal.

III - Do pedidoNessas condições, requer seja relaxada sua prisão em flagrante, com a expedição do

respectivo alvará de soltura, como medida de justiça.

Termos em que, pede deferimento.

Local, data.

Advogado – OAB n.

Page 2: PEÇAS PRÁTICAS

REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA: é feito em uma peça só.

Excelentíssimo senhor doutor juiz de direito da __ vara criminal da comarca de ___

NOME DO CLIENTE, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado na rua (endereço completo), por seu advogado signatário (procuração anexa), respeitosamente se faz presente ante Vossa Excelência para requerer a

REVOGAÇÃO DE SUA PRISÃO PREVENTIVACom fulcro nos artigos 311, 312 e 316, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

I – DOS FATOSO requerente foi preso preventivamente no dia _ pelo motivo _ por ordem do Excelentíssimo senhor...II – DO DIREITO (por que ele tem direito à revogação?)No caso em tela, desaparecem as condições que autorizavam a prisão preventiva do requerente,e motivo pela qual a revogação dessa prisão é mediada que se impõe.Isso porque o artigo 316 do Código de Processo Penal, determina . diz a leiTranscrever o art. 316

Outrossim, a convenção americana de Direitos Humanos determina no seu artigo 8°, que...

III – DO PEDIDONessas condições, requer seja revogada sua prisão preventiva com a expedição do respectivo alvará de soltura como medida de justiça.Nestes termos,pede deferimento.

Local, data.

ADVOGADOOAB.

Page 3: PEÇAS PRÁTICAS

LIBERDADE PROVISÓRIA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE _

Nome da parte, nacionalidade, estado civil, profissão, endereço, por seu advogado signatário (procuração anexa), respeitosamente se faz presente ante V Ex. para requer a LIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANCACom fulcro no art. 310, caput, do CPP.

I - Dos fatos

II - Do direitoNo caso em tela, tem q requerente direito à liberdade provisória, nos termos do art.

310 do CPP porque agiu em evidente legítima defesa.Transcrever o art. 310, caput.

No caso presente, a legitima defesa é clara e encontra respaldo no artigo 25 do Código penal.

Transcrever o artigo 25. CP.Se não bastasse, CF determina que a liberdade provisória é um direito do réu, salvo as

hipóteses legais, art. 5, LXVI, CF)Pacto de San Jose da Costa Rica.

III – Do pedidoNessas condições, requer seja concedida a liberdade provisória sem fiança, com a

expedição do respectivo alvará de soltura, como medida de justiça.

Nestes termos,pede deferimento.

Local, data.

Advogado OAB

Page 4: PEÇAS PRÁTICAS

RESPOSTA À ACUSAÇÃO – art. 396-A, CPP.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE __EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA__ VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE __EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DO JÚRI DA COMARCA DE __

TESES: art. 396-Aa) Preliminares: tudo que interessa a defesa Exceções – ALEGAR DENTRO DA RESPOSTA COMO PRELIMINAR E NÃO EM APARTADO Nulidade no processo, ex. citação. Se vier exceções como a incompetência, mas nesse caso deve ser preliminar. Nulidade

por incompetência em preliminar e não em peça apartada.

Pedido: ante o exposto, requer a anulação do processo (ab initio - desde o início do processo - ou a partir de), se assim não entender Vossa Excelência, requer a absolvição sumária do acusado, com fundamento no art. 397, inciso __, do CPP.Requer ainda, em caso de instrução, sejam intimadas as testemunhas a seguir arroladas:Nome, endereço.Nome, endereço.Nome, endereço.

PROBLEMA 10Tício vê-se denunciado porque teria, juntamente com outros tantos rapazes, danificado um telefone público que existe na rua em que vivem. A denúncia, embora alcance outro rapaz e faça menção a vários outros que estavam no local participando da mesma conduta, é lacônica, pois foi baseada em fatos indefinidos, tais como: “eles fizeram” ou “eles agiram dolosamente contra o bem público”. A denúncia reporta-se ao art. 163, parágrafo único, I, do CP e Tício foi citado de seu inteiro teor. Os demais rapazes foram excluídos da peça vestibular sem qualquer razão justificada.Questão: Elabore medida cabível em favor de Tício.

1) Cliente: Tício2) Crime: art. 163, parágrafo único, I, CP. A classificação jurídica está errada, mas eu me

defendo dos fatos e não da classificação jurídica.3) Ação: APPI4) Rito: sumário5) Momento: ação penal6) Competência: excelentíssimo senhor doutor juiz de direito da __ vara criminal da

comarca de __7) Peça: resposta a acusação8) Tese: típico caso de descrição genérica, acusação genérica. Assim faltou o requisito da

petição inicial (denúncia) que exige a exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias – art. 41 CPP. A consequência disso é a nulidade, 564, IV, CPP, pois faltou o elemento essencial do ato, o elemento foi a exposição do fato precisa. Bem como fere o art. 5°, inciso LV (ampla defesa), CF, pois não tenho o que defender. Colocar o pacto de São Jose da costa rica. Não teve falta de justa causa, ou extinção de justa causa, apenas tem preliminar de nulidade, não tem mérito.

9) Pedido

Page 5: PEÇAS PRÁTICAS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE _

TÍCIO, já qualificado nos autos do processo número ____, por seu advogado signatário (procuração anexa), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar

RESPOSTA À ACUSAÇÃOcom fundamento no art. 396-A do Código de Processo Penal, pelos motivos a seguir enunciados.

I – DOS FATOS

O requerente é acusado por, supostamente ter cometido o crime do art. 163, parágrafo único, inciso I (no que demonstra o erro crasso do membro do Ministério Público, pois o correto seria a tipificação no inciso III), ambos do Código Penal Brasileiro.

Entretanto, a denúncia embora alcance outro rapaz e faça menção a vários outros que se encontravam no respectivo local participando da mesma conduta, é lacônica, visto que apresentam fatos manifestamente indefinidos, quais sejam: “eles fizeram” ou “eles agiram dolosamente contra o bem público”.

Por conseguinte, nota-se que estão faltando pressupostos essenciais da denúncia, é o que veremos no próximo tópico.

II – DO DIREITO

Ficou evidente tratarmos de um típico caso de acusação genérica, pois faltou um requisito essencial da petição inicial (denúncia), em que exige a exposição do fato criminoso com todas as circunstancias.

Assim é expresso o art. 41 do Código de Processo Penal:

“a denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas”.

A consequência disso é a preliminar de nulidade, pois faltou o elemento essencial do ato, qual seja: a exposição do fato precisa.

Como prevê o artigo 564, incido IV do Código de Processo Penal, ora transcrito:

Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.

E ainda, fere o art. 5°, inciso LV (princípio da ampla defesa), CF, pois impedido a defesa, a impugnação dos fatos.

Ora Excelência se a denúncia é genérica o requerente não tem o que se defender tornado nulo todos os atos processuais, desde o início.

Page 6: PEÇAS PRÁTICAS

III – DO PEDIDOAnte o exposto, requer a anulação do processo “ab initio”.Em caso de eventual instrução, requer seja intimadas as testemunhas do

rol abaixo:1. Nome da Testemunha 1, endereço.2. Nome da Testemunha 2, endereço.3. Nome da Testemunha 3, endereço.

Termos em que, pede deferimento.Local, data.

AdvogadoNúmero de inscrição na OAB do respectivo Conselho Seccional

MEMORIAIS ESCRITOS

PROBLEMA 7Luiz foi denunciado como incurso nas penas do art. 171, § 2.º, VI, do CP, porque pagou compra que fizera com cheque devolvido pelo banco sacado, por falta de suficiente provisão de fundos. No decorrer da ação, Luiz juntou prova de que pagara a dívida no curso do inquérito policial. O Ministério Público pediu a condenação de Luiz em seus memoriaisQuestão: Apresentar medida judicial cabível em favor de Luiz, justificando- a.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE _

Autos número _____

LUIZ, já qualificado nos autos número ______, vem por seu advogado signatário (procuração anexa), apresentar

MEMORIAIS ESCRITOS

com fulcro no artigo 403 §3 do Código de Processo Penal, conforme fatos e razões de direito que passa agora a expor.

I - DOS FATOSO Ministério público pediu a condenação de Luiz em seus memoriais, pois este teria

pago por meio de cheque sem provisão suficiente de fundos uma compra que fizera. Por conseguinte, o título de crédito foi devolvido pelo banco sacado.

Entretanto, no decorrer da ação, Luiz juntou prova manifesta de que pagara a dívida no curso do inquérito policial. Fato extremamente evidente pois há prova disso nos autos, o que torna inadmissível o pedido de condenação, requerido pelo membro do Ministério Público.

É o que fundamentaremos.

Page 7: PEÇAS PRÁTICAS

II - DO DIREITOSe você fosse a acusação: existência de justa causa.Na defesa: tudo pode ser pedido nos memoriais: nulidades, falta de justa causa, extinção da punibilidade, punição excessiva, autoridade arbitrária (concedidos os direitos subjetivos relacionados à condenação).

No caso em tela do Luiz:Não há qualquer fundamento para a condenação.Com efeito, o pedido do Ministério Público não tem respaldo, eis que há,

nos autos, prova inequívoca da inexistência de vontade de fraudar.Conforme amplamente demonstrada, houve pagamento do cheque antes

do recebimento da denúncia, o que impede que tenha início à ação penal, nos termos da súmula 554 do STF:

“o pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal”.

Conforme orienta a melhor doutrina, o pagamento do cheque demonstra a inexistência de dolo, e sem dolo não há que se falar no crime que ora foi culminado ao réu, qual seja: art. 171, § 2.º, VI, do Código Penal.

Nesse sentido súmula 246 do STF:“comprovado não ter havido fraude não se configura o crime de emissão de cheque sem fundos”

Não há assim justificativa que alguém praticou fato típico, pois seria grande injustiça que, mesmo diante das peculiares circunstâncias, fosse o réu condenado.

Se a absolvição não for o entendimento de Vossa Excelência, há que se notar que a pena do crime de estelionato admite a conversão em restritiva de direito, e até mesmo em multa pecuniária. Em um Estado Democrático de Direito, a pena aplicada deve ser sempre a menor dentre as possíveis para o caso concreto.

Por fim, ausentes os requisitos da prisão preventiva, requer seja deferido o direito de recorrer em liberdade.

III - DO PEDIDONulidade, pede anulação Falta de justa causa, pede absolvição Extinção da punibilidade, pede que seja extinta a punibilidadeNa punição excessiva, vai pedir uma desclassificação: roubo furto ou uma pena justa, a menor possível no casso concreta.Autoridade arbitrária: vai pedir que sejam concedidos os direitos subjetivos relacionados à condenação.No caso em tela do Luiz:

Ante o exposto, requer seja julgada improcedente a presente ação com a absolvição do acusado com fulcro no artigo 386, III (que nos traz a atipicidade do fato) do Código de Processo Penal, ou, subsidiariamente, que seja convertida a pena em multa pecuniária, ou restritiva de direitos. Requer, ainda, seja concedido direito de recorrer em liberdade.

Termos em que, pede deferimento.

Local, data.

Assinatura do advogadoOAB número ___

Page 8: PEÇAS PRÁTICAS

FAZER ESSAS TRÊS PEÇAS

PROBLEMA 12Saulo foi processado, pelo juiz de direito de determinada vara criminal da Capital, como incurso nas penas do art. 155, caput, c/c o art. 14, II, ambos do CP. Foi, ao final, condenado a cumprir pena de 4 meses de reclusão, sursis por 2 anos. Consta dos autos que Saulo, “punguista”, tentou subtrair para si a carteira da vítima, colocando a mão no bolso desta. Só não conseguiu consumar a subtração porque a vítima não portava a carteira, já que a esquecera em casa.Questão: Como advogado de Saulo, apresentar o que melhor lhe couber, justificando a medida.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL.

Saulo, já qualificado nos autos do processo número _____, por seu advogado signatário, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, interpor RECURSO DE APELAÇÃO, com fulcro no artigo 593, inciso I, do Código de Processo Penal, requerendo que este seja regularmente recebido, processado e encaminhado ao respectivo Tribunal de Justiça do Estado.

Termos em que,pede deferimento.

Local, data.

AdvogadoOAB n. ______

RAZÕES DE APELAÇÃOAutos número ______________Apelante: SauloApelada: Justiça Pública

Egrégio Tribunal de JustiçaColenda CâmaraDouto Procurador da Justiça

Inconformado com a r. sentença, que o condenou com incurso nas penas do art. 155, caput, combinado com o art. 14, II, ambos do Código Penal, Saulo, já qualificado nos autos do processo número ____, vem pela presente, apresentar suas RAZÕES DE APELAÇÃO, conforme motivos de fato e de direito que agora passa a expor.

Page 9: PEÇAS PRÁTICAS

I – DOS FATOS

Saulo, ora réu, teria supostamente cometido a tentativa do crime de furto, e assim foi enquadrado no artigo 155, caput, combinado com o art. 14, II, ambos do Código Pena, pois teria tentado subtrair para si a carteira de uma pessoa, e, para isso, teria colocado a mão sorrateiramente no bolso desta.

Em fase de sentença, o juiz da vara criminal da comarca da capital optou por condenar Saulo pelo respectivo crime, ora apresentado, bem como a cumprir pena de 4 meses de reclusão, com a devida suspensão criminal concedida por 2 anos.

Entretanto, a consumação de tal crime mostrou-se impossível, visto que a vítima não portava sua carteira, pois teria esquecido em casa.

É o que veremos no próximo tópico.

II – DO DIREITO

Com a máxima vênia, a decisão da r. sentença proferida pelo juiz singular que condenou o réu no respectivo crime de furto, em sua forma tentada, é totalmente equivocada e, portanto deve ser reformada.

Resta manifesto, para qualquer operador do direito, que com uma simples lida nos artigos do código penal notará que não se pode punir a tentativa de um crime quando por ineficácia absoluta do meio ou por impropriedade do objeto, seria impossível de se consumar. Isso é o que aduz o artigo 17 do código Penal.

No caso em tela, é de fácil percepção a impropriedade absoluta do objeto, pois foi inviabilizada totalmente a consumação do delito, no que tornou este impossível. Assim o fato não pode ser considerado típico.

Assim, Saulo, ora réu, só poderia ser condenado no crime tentado se a impropriedade do objeto fosse relativa, qual seja: quando um punguista enfia a mão no bolso errado, notar-se-ia a ocorrência de circunstancia meramente acidental o que não torna o crime impossível, respondendo, aqui sim, por tentativa.

Portanto, o fato praticado não pode ser considerado típico, eis que trata de caso exemplar de crime impossível.

Existe a impropriedade absoluta do objeto quando o objeto material não reveste o bem jurídico tutelado, e, assim, a ação praticada não coloca o bem protegido em risco.

No caso em tela, sequer havia patrimônio a ser colocado em risco, eis que a vítima havia esquecido sua carteira em casa.

III – DO PEDIDOAnte o exposto, requer que o recurso seja conhecido e provido, bem como,

que o apelante seja absolvido conforme aduz o artigo 386, inciso III, do Código de Processo Penal, como medida de inteira justiça.

Termos em que,pede deferimento.

Local, data.

AdvogadoOAB n. _____

Page 10: PEÇAS PRÁTICAS

PROBLEMA 8No curso de ação penal de iniciativa privada ajuizada por João Henrique contra Edmar Benson, na Comarca de Perdões-MG, pela prática dos delitos previstos nos arts. 138, 139 e 140 do CP, o querelante foi devidamente intimado para constituir novo patrono por ter o anterior renunciado aos poderes que lhe foram outorgados, deixando, no entanto, o querelante de fazê-lo por mais de 30 dias seguidos. O advogado do querelado requereu a decretação da perempção e o juiz indeferiu a pretensão ao argumento de que a suposta omissão não poderia ser caracterizada como inércia ou desídia, pois, independentemente de ser de iniciativa privada, toda ação penal tem interesse público e deve seguir o seu trâmite até o final, com o julgamento do mérito. Em face de tal decisão, atuando como advogado do querelado, elabore a petição de interposição do recurso e as razões que o acompanham, com o devido e completo encaminhamento.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE PERDÕES ESTADO DE MINAS GERAIS

EDMAR BENSON, já qualificados nos autos de número ______, por seu advogado signatário, vem, perante Vossa Excelência, interpor RECURSO DE APELAÇÃO com fulcro no artigo 593, inciso I, do Código de Processo Penal, requer ainda que o presente seja regularmente recebido, processado e encaminhado ao respectivo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.

Termos em que,pede deferimento.

Local, data.

AdvogadoOAB n. ____

RAZÕES DE APELAÇÃOAutos número _____Apelante: Edmar BensonApelada: Justiça Pública

Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Minas GeraisColenda CâmaraDouto Procurador de Justiça

Inconformado com r. sentença proferida pelo juiz singular, Edmar Benson, vem, pela presente, apresentar suas RAZÕES DE APELAÇÃO, pelos motivos de fato e de direito que agora passa a expor.

I – DOS FATOSEdmar Benson, ora querelado, supostamente teria praticado os crimes

previstos nos artigos 138, 139 e 140 do Código Penal, quais sejam: calúnia, difamação e injúria, respectivamente, contra João Henrique, ora querelante.

Page 11: PEÇAS PRÁTICAS

No decorrer da ação penal de iniciativa privada, o querelante foi devidamente intimado para constituir novo advogado, visto que seu anterior patrono renunciou aos poderes que lhe foram outorgados.

Contudo, o querelante deixou de constituir um defensor por mais de 30 dias seguidos e assim, foi requerida a decretação da manifesta perempção.

Entretanto, o juiz singular da causa indeferiu a pretensão, argumentando que não se caracterizava a inércia, nem mesmo desídia, em tal suposta omissão, fundamentando que, toda ação penal, independentemente de sua natureza privada, tem interesse público e, assim, deve seguir seu trâmite até o fim, culminando com o julgamento de mérito.

Restou evidente, que o respectivo magistrado da causa agiu de forma contrária a lei, é o que vermos a seguir.

II – DO DIREITOÉ manifesta que a sentença proferida pelo juiz de primeira instância deve

ser reformada.Aduz o artigo 60, inciso I, do Código de Processo Penal:

“nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 (trinta) dias seguidos”

Ainda, conforme o artigo 798 do Código de Processo Penal, todos os prazos serão contínuos e peremptórios.

Por conseguinte, por expressa previsão legal, ocorreu a extinção da punibilidade do querelando.

Nesse sentido: artigo 107, inciso IV do Código Penal:

“extingue-se a punibilidade pela prescrição, decadência ou perempção”

Assim, não pode o juiz julgar contra a lei penal, a argumentação do magistrado a respeito da descaracterização da inércia na ação penal, fundamentando o interesse público do jus puniendi, data venia, é equivocada, visto os artigos expressos, tanto código de processo penal, como no código penal, afirmaram a possibilidade da caracterização da desídia na ação penal privada, bem como extinção da respectiva punibilidade.

III – DO PEDIDO

Ante o exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso e assim que seja reformada a respectiva sentença, bem como extinta a punibilidade do querelante, como medidas de inteira justiça.

Termos em que,pede deferimento.

Local, data.

AdvogadoOAB n. _____

Page 12: PEÇAS PRÁTICAS

PROBLEMA 6Paulo, depois de regularmente processado, foi condenado pela prática de aborto em Maria e, por isso, acha-se preso com sentença já confirmada em segunda instância e transitada em julgado. Examinados os autos, verifica-se que inexiste exame de corpo de delito direto ou indireto, tendo as decisões judiciais se valido da confissão de Maria para justificar a sanção penal.Questão: Elaborar peça profissional apta a resolver a situação de Paulo, bem como alcançar a devida indenização.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE _

Paulo (nome completo), nacionalidade, estado civil, profissão, residente e domiciliado na rua (endereço completo), por seu advogado signatário (conforme procuração anexa – documento 1), vem, perante Vossa Excelência, requerer a justa

REVISÃO CRIMINAL

do processo autuado de número __________,com fulcro no artigo 621, inciso I, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito que agora passa a expor.

I – DOS FATOSPaulo foi condenado por, supostamente, praticar aborto em Maria, sendo

assim regularmente processado.Por conseguinte, encontra-se preso, com sentença já passada pelo duplo

grau de jurisdição, qual seja: analisada pelo tribunal de justiça, e findo todos os prazos para posteriores recursos, transitada em julgada.

Nos autos verificou-se que não existe exame de corpo delito, seja direito ou indireto.

Cabe ainda mencionar, que as decisões proferidas pelo magistrado singular basearam tão somente na confissão de Maria, na qual justificou a sanção penal.

II – DO DIREITO

É notório que a condenação não pode existir, pois a sentença condenatória foi contrária ao texto expresso da lei penal, bem como a evidência dos autos.

Pois conforme pode-se verificar nos autos, não existe qualquer prova suficiente que comprove que o requerente seja o autor do suposto delito.

É expresso o artigo 159 do Código de Processo Penal, aduzindo que, se o crime deixa vestígios será obrigatório o exame de corpo de delito, direito ou indireto.

Assim, a condenação não pode versar apenas no depoimento da suposta vítima. Então se torna manifesta a falta de justa causa nesse caso.

Em um Estado Democrático de Direito apenas deve-se condenar uma pessoa com a devida certeza do crime, e não apenas em uma simples argumento da vítima, que não apresentou qualquer tipo de prova e nem mesmo comprovou que houve o aborto.

Page 13: PEÇAS PRÁTICAS

É interessante destacar o que diz o Decreto 678/92 – Convenção Interamericana de Direito Humanos (Pacto de São José da Costa Rica) em seu artigo 8, item 1:

“Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa”.

Além disso, é oportuno trazer a baila o que diz a Constituição Federal, a respeito do princípio da presunção da inocência, em seu artigo 5, inciso LVII:

“ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória”.

Por conseguinte, Paulo, deve ser absolvido, no que implicará o restabelecimento de todos os direitos perdidos em virtude da condenação, bem como ter sua liberdade de volta. Nesse sentido o artigo 627 é expresso.

Além de tudo, restou evidente que o réu sofreu prejuízos incalculáveis com tal condenação errônea, pois a injustiça dessa procedeu de um ato imputável ao magistrado e não dele.

Aduz o art. 630, “caput”, do Código de Processo Penal

“o tribunal, se o interessado requerer, poderá reconhecer o direito a uma justa indenização pelos prejuízos sofridos”

II – DO PEDIDO

Ante o exposto, requer seja julgada procedente a presente revisão criminal, para absolver o réu por falta de provas, absolvendo o réu por falta de provas da inexistência do fato, pois não houve corpo de delito, conforme artigo 386, inciso I, bem como o inciso V desse mesmo artigo, pois não existe prova de ter o réu concorrido para a infração penal - artigo este do Código de Processo Penal. Além disso cabe ainda o pedido de expedição do respectivo alvará de soltura. Por fim requer que seja concedida a devida indenização, nos termos do artigo 630 do Código de Processo Penal, atingindo assim a devida justiça.

Termos em que,pede deferimento

Local, data.

AssinaturaOAB n.

PROBLEMA 18Tício, homem violento na juventude, acabou sendo condenado em três processos crime a penas de 18, 25 e 30 anos, respectivamente, por três homicídios qualificados. Após o cumprimento de 15 anos de reclusão, fugiu, e permaneceu em liberdade por 2 anos, quando foi recapturado em blitz de rotina. Desde a captura, contam-se 15 anos efetivamente cumpridos, e por tal razão requereu sua liberdade, tendo sua pretensão indeferida pelo magistrado, sob a alegação que há pena a cumprir.Questão: Apresentar o recurso cabível.

Page 14: PEÇAS PRÁTICAS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DA COMARCA DE _

Tício (nome completo), já qualificado nos autos de número ______, por seu advogado signatário (procuração anexa), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência interpor

AGRAVO DE EXECUÇÃO

com fulcro no artigo 197 da Lei de Execuções Penais, requerendo que este seja regularmente recebido, processado e encaminhado suas razoes ao respectivo Tribunal de Justiça do Estado de ___.

Termos em que,pede deferimento.

Local, data.

AdvogadoOAB/UF n. _____

Razões do Agravo de Execução

Autos de execução número: ________Agravante: TícioAgravado: Justiça Pública

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇACOLENDA CÂMARADOUTRO PROCURADOR DE JUSTIÇA

Inconformado com decisão do juiz a quo que indeferiu sua pretensão de liberdade, sob a alegação que há pena a cumprir, Tício vem pela presente apresentar as Razões do Agravo de Execução, pelos motivos de fato e de direito que agora passa a expor.

I – DOS FATOS

Tício foi condenado em três processos criminais as penas de 18, 25 e 30 anos, respectivamente, tendo cometido, nesses casos, três homicídios qualificados.

Tendo cumprindo 15 anos de reclusão, o condenado fugiu do respectivo estabelecimento prisional em que se encontrava, permanecendo por 2 anos em liberdade.

Entretanto, em uma blitz de rotina foi recapturado pela polícia.Por conseguinte, após essa captura, passou-se 15 anos, efetivamente

cumpridos, razão esta, que foi requerida sua liberdade.Em uma decisão manifestamente surpreendente, o magistrado de primeira

instancia indeferiu tal pedido, alegando que ainda existia pena a cumprir.Data vênia, decisão esta totalmente equivocada, é o que veremos no

próximo tópico.

Page 15: PEÇAS PRÁTICAS

II – DO DIREITO

A decisão proferida pelo juiz a quo deve ser reformada. Pois apesar de Ticio ter pego uma pena concreta de 73 anos, somando os três homicídios qualificados, é manifesto que ele já cumprir 30 anos, quais sejam: 15 antes de fugir e mais 15 depois de ser recapturado.

Nesse sentido o artigo 75 do Código Penal nos mostra a figura da pena unificada:

“o tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos.”

Ainda no mesmo artigo, mas em seu parágrafo primeiro aduz que o agente que for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma for superior a trinta anos, essas devem ser unificadas para poder respeitar o limite máximo estabelecido no “caput” deste artigo.

Nossa Carta Magna ainda é manifesta e apresenta o fundamento para tal artigo do Código Penal, pois em seu artigo 5°, que trata dos direitos fundamentais do ser humano, em seu inciso XLVII, alínea b, segue aduzindo que “não haverá penas de caráter perpétuo”.

É notório que, se uma pessoa fosse condenada e tivesse cumprir aos 73 anos de prisão. Passaria a vida inteira na cadeia, o que caracteriza a tão injusta pena perpétua.

Cabe ainda ressaltar que, apesar do réu ter fugido da prisão, ele não cometeu nenhum crime, e a fuga, tão somente ela, não caracteriza um novo crime, assim os 30 anos estão cumpridos regularmente.

Ou seja, o réu, nada mais tem a quitar com o Estado e para respeitar o princípio da humanidade das penas, que é expresso em nossa Constituição, bem como no ordenamento penal o réu deve ser solto.

III – DO PEDIDO

Ante o exposto, requer seja conhecido e provido o respectivo agravo de execução para conceder a liberdade de Tício, e para isso, expedindo o devido alvará de soltura.

Local, data.

AdvogadoOAB/UF n. ___________

Page 16: PEÇAS PRÁTICAS

PROBLEMA 19A está sendo processado por violação ao art. 213 do Código Penal. Ocorre que B, a ofendida, deixou passar o prazo de seis meses do art. 38 do CPP para propor a ação. Dessa forma, não podendo a ação penal prosperar, em face da decadência já operada, A requereu fosse reconhecida a extinção da punibilidade. Seu pedido foi indeferido pelo juiz. Desse modo, A interpôs, dentro do prazo legal, recurso em sentido estrito, com fundamento no art. 581, IX, do CPP. Entretanto, o juiz a quo deixou de processar tal recurso, sob a alegação de ter sido interposto intempestivamente. Questão: Elaborar medida judicial em favor de A.

Cliente: ACrime: 213 pena de 6 a 10 anosAção: regra é pública condicionadaRito: ordinárioMomento: requereu a extinção da punibilidade, juiz negou, cabe RESE art. 581, IX, mas ele foi denegado.Peça: Carta testemunhável, com fulcro no artigo 639 do CPP.Competência:

1) Requerimento: para o escrivão.2) Razões: TJ

Egrégio Tribunal de JustiçaColenda CâmaraDouto Procurador de Justiça

Tese: admissibilidade do RESEPedido: seja conhecido e provido, determinando-se o recebimento e processamento do RESE ou, caso já esteja suficientemente instruído, que seja julgado “de meritis”.

ILUSTRÍSSIMO SENHOR ESCRIVÃO DIRETOR DO_ OFÍCIO CRIMINAL DA COMARCA DE _

A, já qualificado nos autos de número _____, que lhe move B, por seu advogado, vem respeitosamente à presença de Vossa Senhoria, não se conformando com a respeitável decisão que denegou o recurso em sentido estrito, requerer a extração de CARTA TESTEMUNHÁVEL, com fulcro no artigo 639 do CPP.

Indica para translada as seguintes peças, conforme 640:a) Decisão que indeferiu o pedido de extinção da punibilidadeb) Certidão de intimação desta decisão retro.c) Recurso em sentido estritod) Decisão que denegou o recurso em sentido estritoe) Certidão de intimação desta decisão retro.

Requer seja extraída a presente Carta Testemunhável, caso o Meritíssimo Juiz entenda que deva manter a respeitável decisão, que seja remetida, com as inclusas razões ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de _.

Termos em que,pede deferimento.

Local, data.

AdvogadoOAB n. ___

RAZÕES DA CARTA TESTEMUNHÁVEL PROCESSO N. _____RECORRENTE: ARECORRIDO: JUSTIÇA PÚBLICA

Page 17: PEÇAS PRÁTICAS

Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de ______Colenda CâmaraDouto Procurador de Justiça.

“A”, inconformado com a decisão que negou seguimento ao recurso em sentido estrito, vem pela presente apresentar as razões da carta testemunhável, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

I – DOS FATOS“A”, ora testemunhante, foi processado por violar o artigo 213 do Código

Penal. Entretanto, B, a parte ofendida, perdeu o prazo decadencial de seis meses do artigo 38 do CPP.

Por conseguinte, sendo manifesta a decadência já operada, “A” requereu que fosse declarada a extinção da punibilidade.

Fundamentado no artigo 581, IX, do CPP, “A” apresentou o devido recurso em sentido estrito.

Porém o referido pedido foi surpresamente indeferido pelo juiz singular, alegado ter sido interposto intempestivamente.

II – DO DIREITO

Evidente que a r. decisão do juiz a quo não deve prosperar.O recurso interposto por A, ora testemunhante, vai de encontro ao que

afirmar a decisão proferida por tal juízo. Sendo nitidamente tempestivo, sendo interposto dentro do prazo legal de cinco dias.

E assim, a respeito do prazo, é expresso o artigo 586 do Código de Processo Penal.

Art. 586. O recurso voluntário poderá ser interposto no prazo de cinco dias.

Nesse sentido é expresso o artigo 639 do Código de Processo Penal, que prevê tão recurso:

Art. 639. Dar-se-á carta testemunhável:I - da decisão que denegar o recurso;

Por conseguinte, deveria ser manifestamente aceitável e cabível o recurso, bem como esta carta testemunhável.

III – DO PEDIDO

Ante o exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, bem como processado o recurso em sentido estrito, ou, estando suficiente instruída esta carta e, sendo este o entendimento de Vossas Excelências, requer decidam “de meritis” como aduz o artigo 644 do Código de Processo Penal.

Local e data.

AdvogadoOAB n. _______

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PROBLEMA 16José encontra-se preso em virtude de sentença condenatória proferida pelo juiz da 6.ª Vara Criminal, por ter incorrido nas penas do art. 213, caput, do Código Penal. A sentença aplicou ao réu a pena de 6 (seis) anos de reclusão. Interposto o recurso de apelação, o revisor e o relator negaram provimento ao apelo da defesa, mantendo a decisão recorrida, enquanto o terceiro juiz, vencido em parte, deu provimento parcial ao referido recurso, para anular ab initio o processo, no tocante ao crime de estupro, dada a ausência de representação da vítima nesse sentido e a ilegitimidade ad causam do Ministério Público , conforme acórdão publicado hoje. Questão: Na condição de advogado de José, elaborar a peça cabível.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DO ACÓRDÃO NÚMERO__________ DA CÂMARA CRIMINAL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE __________

José (nome completo), já qualificado nos autos recebido pelo Egrégio Tribunal sob número _________, por seu advogado signatário, vem, perante Vossa Excelência opor

EMBARGOS DE NULIDADEcom fulcro no artigo 609 em parágrafo único do Código de Processo Penal, requerendo que o presente seja regularmente reconhecido, processado e encaminhado ao respectivo Tribunal do Estado de ________.

Termos em que,pede deferimento.

Local, data.

Advogado.OAB/UF n. _______

RAZÕES DE EMBARGOS DE NULIDADEAPELAÇÃO N. _______EMBARGANTE: JOSÉEMBARGADO: JUSTIÇA PÚBLICA

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ______COLENDA CÂMARADOUTO PROCURADOR DE JUSTIÇA

Inconformado com o acórdão que decidiu por negar o provimento ao pelo da ora defesa que apresentou recurso de apelação, José, vem pela presente apresentar as razões dos EMBARGOS DE NULIDADE pelos motivos de fato e de direito que agora passa a expor.

I – DOS FATOS

José, ora condenado por sentença condenatória proferida pelo juiz da sexta vara criminal do estado de ______, enquadrado nas penas previstas no artigo 213, em seu caput, do diploma penal brasileiro.

Se respectiva determinou ao réu o cumprimento de seis anos de reclusão.A defesa optou por recorrer da decisão apresentado o recurso de apelação.Entretanto o revisor, bem como o relator negaram provimento ao respectivo

recurso, resolvendo manter a decisão recorrida.

Page 19: PEÇAS PRÁTICAS

Porém, o terceiro juiz, “data venia” aos demais desembargadores, em decisão manifestamente coerente, deu provimento parcial ao recurso, optando por anular desde início, devido a ausência de representação do ofendido no respectivo crime de estupro.

Decisão sábia, é que passamos a fundamentar.

II – DO DIREITO

Prezados desembargadores, é manifesto que a presente decisão deve ser revista, bem como levada ao pleno.

Isto é, conforme modificação apresentada pela lei 12.015/2009 o crime de estupro somente se procede mediante a representação do ofendido, ou seja, trata-se de um caso de ação pública condicionada à representação.

Nesse sentido o artigo 225, do Código Penal:

“nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação”.

Por conseguinte o processo deve ser anulado “ab initio”, devido a ausência da representação da vítima.

É claro o artigo 395, inciso II, do Código de Processo Penal:

“A denúncia ou queixa será rejeitada quando:II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal”.

Aduz ainda o artigo 564, inciso III, alínea “a” do Código de Processo Penal:

III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante;

Nesse sentido, ocorreu nulidade do ato pela ilegitimidade “ad causam” do Ministério Público.

III – DO PEDIDO

Ante o exposto e em conformidade com o artigo 609, parágrafo único, do Código de Processo Penal, requer que seja conhecido e provido o presente embargos, declarando a nulidade “ab initio” do processo, por ter ocorrido a ilegitimidade “ad causam” do Ministério Público.

Local, data.

AdvogadoOAB/UF n. __________

PROBLEMA 24Mévio foi processado e, ao final, condenado como incurso nas penas do art. 158, caput, combinado com o art. 14, II, ambos do Código Penal, a 1 (um) ano e 4 (quatro) meses de reclusão, porque teria tentado constranger Tício, mediante grave ameaça, a sacar dinheiro em caixa eletrônico, momento no qual foi surpreendido por policial militar. O juiz competente negou o pedido de suspensão condicional da pena formulado pelo advogado de Mévio, pedido este elaborado por tratar-se de réu primário e de bons antecedentes. O advogado, então, impetrou hábeas corpus , o qual foi denegado pela 2.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, em votação não unânime. Questão: Como advogado de Mévio, adotar as providências judiciais cabíveis.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO

Mévio, já qualificado nos autos de “habeas corpus” n. ______, por seu advogado signatário, vem perante Vossa Excelência, não se conformando com o venerando acórdão que denegou o retro “habeas corpus”, interpor Recurso Ordinário Constitucional, com fulcro no artigo 105, inciso II, alínea “a”, e no artigo 30 da Lei 8038/90.

Requer seja regularmente recebido, processado e encaminhado com as inclusas razões ao Superior Tribunal de Justiça.

Termos em que,pede deferimento.

Local, data.

AdvogadoOAB

RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONALRecorrente: MévioRecorrido: Justiça PúblicaHC n. ______

Superior Tribunal de JustiçaColenda TurmaDouto Procurador de Justiça

Inconformado com respeitável acórdão proferido pela Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, Mévio, vem pela presente apresentar as devidas razões do recurso ordinário constitucional, pelos motivos de fato e de direito que agora passa a expor.

I – DOS FATOSO recorrente foi processado pelo douto membro do ministério público, e

condenado pelo magistrado singular ao cumprimento de um ano e quatro meses de reclusão, por ter cometido o crime aduzido no artigo 158, “caput”, combinado com o artigo 14, inciso II, ambos do Código Penal, qual seja: roubo tentado.

Assim, Mévio, ora recorrente, teria constrangido Tício, ora ofendido, mediante grave ameaça, a sacar uma determinada quantia pecuniária em um caixa eletrônico, entretanto, nesse exato momento, o agente foi surpreendido por um policial militar.

Por se tratar de réu primário e de bons antecedentes, foi pedido, em primeira foi instância, a suspensão condicional do processo, porém o juiz singular indeferiu o pedido.

Por conseguinte, foi impetrado “habeas corpus” em favor de Mévio, no entanto este também foi denegado, em votação não unânime, pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso.

II – DO DIREITOÉ manifesta que a decisão proferida pelo egrégio tribunal deve ser

reformado.Nesse sentido o artigo 155 da Constituição Federal:

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: II - julgar, em recurso ordinário: a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;

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Restou evidente que o caso em questão era perfeitamente possível a impetração do retro habeas corpus.

O habeas corpus é uma garantia constitucional prevista em nossa Carta Magna em seu artigo 5°, inciso LXVIII, na qual aduz que este sempre deverá ser concedido quando alguém sofrer, ou até mesmo achar ameaçado de sofrer, violência ou coação em sua liberdade de locomoção, seja esta por ilegalidade ou abuso de poder.

O artigo 77 do Código Penal, traz os requisitos para a suspensão da pena, quais sejam: a pena privativa de liberdade que não for superior a 2 anos, poderá ser suspensa, por 2 a 4 anos, quando o condenado não for reincidente em crime doloso, bem como este ter uma conduta social, antecedentes, culpabilidade dentro dos motivos que autorizam a concessão de tal benefício.

Assim, como Mévio era réu primário, com bons antecedentes e teve uma pena de um ano e quatro meses, fica manifesto que este cumpriu todos os requesitos elencados no artigo retro.

III – DO PEDIDOAnte o exposto, requer que o presente recurso ordinário constitucional seja

conhecido e provido, bem como seja concedida a suspensão condicional da pena, em consonância com o artigo 77 do Código Penal.

Local, data.

AdvogadoOAB