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Nº 54 * Informativo dos Missionários Combonianos * combonianos.org.br Pe. Ezequiel Ramin e S. Daniel Comboni Vida entregue como Cristo: até o fim! EDICAO MAIO.indd 1 25/05/2020 14:03

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Nº 54 * Informativo dos Missionários Combonianos * combonianos.org.br

Pe. Ezequiel Ramin e S. Daniel ComboniVida entregue como Cristo: até o fi m!

EDICAO MAIO.indd 1 25/05/2020 14:03

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2 - SEM FRONTEIRAS

EXPEDIENTE:Editores: Missionários Combonianos – Rua José Rubens, 15 – Caxingui – 05515-000 – São Paulo – SP – Tel.: (11) 3721-8733 (11) 97956-8317. Diretor de Redação: João Paulo Marti ns – Dario Bossi - [email protected]. Colaboraram nesta edição: Dario Bossi, José Luís, Everaldo Alves, J. Paulo, Raimundo Rocha, Wilfried Djato, Roberto Minora – Projeto gráfi co: Jorge Custódio – Fotos e desenhos: Arquivo Comboniano, Jorge Custódio, Internet. – Revisão: Helane Berbert – SEM FRONTEIRAS é publicada trimestralmente em São Paulo – SP, Brasil. Propriedade dos Missionários Combonianos do Brasil sob o nome fantasia de Editora Alô Mundo (fi lial), CNPJ 27.120.062/0019-12. – Insc. Estadual 115.279.034.118. – Insc. Municipal 8.601.680-6. – São Paulo (SP). Registrada na Biblioteca Nacional sob o n. 82-370-69817 e no cartório de Registros de Títulos e Documentos de São José do Rio Preto (SP) sob o n. B1-13-22 – Site: www.combonianos.org.br.

2 - SEM FRONTEIRAS

Vida combonianas

A palavra “pan-demia” é defi nida como uma doen-ça contagiosa, espalhada em di-versas partes do globo. É uma de-fi nição que se refe-re à medicina. Mas a palavra “pandemia” tem a sua raiz no grego “pan/παν-demos/δήμος” que signi-fi ca “todo-povo”; daqui quere-mos reti rar um novo signifi cado: “pandemia do amor” que tanta falta está fazendo. Podemos falar da ‘globalização do amor’ contra-posta à ‘globalização da doença’.

Comboni se entregou comple-tamente às necessidades de um povo, e por isso queria que a mis-são fosse um compromisso de

1. Uma Igreja em Saída?É difí cil “prender” missionários em casa. Mesmo com todas as diferenças entre nós, temos no DNA o insti nto de misturar-nos, parti lhando a vida do povo. Por longas semanas, esta parti lha foi da mesma clausura, no respeito rigoroso da quarentena. Assim, nesta primeira metade do ano os combonianos viveram sua missão na oração, no estudo, no acompanhamento à distância das comunidades cristãs e das pastorais sociais. Celebramos assim a quaresma e a Páscoa, tempo para reconhecer o Ressuscitado que caminha no meio de nós. Nos cinco anos da encíclica Laudato Si’, repensamos os esti los de vida, a economia e a políti ca à luz de um novo jeito de estar no mundo.

2. O Projeto LegalNem a esperança se “prende”! Lá em Santa Rita (PB) tem um dos projetos inspirados no sonho de São Daniel Comboni: salvar as crianças e os adolescentes... a parti r deles mesmos! O Projeto Legal oferece diariamente ati vidades educati vas, culturais, esporti vas a mais de cem crianças e adolescentes. Mas

como fazer em tempos de pandemia? A criati vidade destes jovens protagonistas superou as barreiras: videoaulas de dança, rimas gravadas no RAP para aprender a respeitar as regras de higiene e cuidado, um canal Youtube para conti nuar juntos, até que tudo possa recomeçar. A missão não para...

toda a Igreja. É assim que hoje a Famí-

lia Comboniana está em mais de 40 países, crian-do essa sensibi-lidade do amor,

da esperança, da justi ça, da digni-

dade e defesa da vida. Precisamos todos apostar

na nova “pandemia do amor” , esse rio que nasce no coração do Cristo vivo e ressuscitado. Ele ca-minha e percorre conosco os ca-minhos do mundo, em todos os momentos da nossa vida.

José Luís Rodríguez, comboniano em SP

Os Missionários Combonia-nos se solidarizam com todas as famílias que sofreram e ainda sofrem as consequên-cias do vírus. Carregamos cada pessoa em nossa ora-ção, colocamo-nos à dispo-sição das comunidades que servimos, pedindo esperança e proteção ao Deus da Vida.

Dario Bossi, comboniano

A Pandemia do Amor SONHOS DE COMBONI

A palavra “pan-demia” é defi nida como uma doen-ça contagiosa, espalhada em di-versas partes do globo. É uma de-fi nição que se refe-re à medicina. Mas a palavra “pandemia” tem a sua raiz no grego “pan/

toda a Igreja. É assim que hoje a Famí-

lia Comboniana está em mais de 40 países, crian-do essa sensibi-lidade do amor,

da esperança, da justi ça, da digni-

dade e defesa da vida. Precisamos todos apostar

missão não para...

SONHOS DE COMBONI

PROJETO LEGAL

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SEM FRONTEIRAS - 3 SEM FRONTEIRAS - 3

Além Fronteiras

Caríssimos amigos, eu sou o pe. Everaldo, missionário comboniano, na República

Centro Africana há 10 anos. Nos últimos anos, trabalhei na pa-róquia S. Miguel de Boda, com 45.000 habitantes, sendo 50% católicos, 40% muçulmanos e 10% evangélicos. É um ambiente multicultural e multirreligioso. O povo está sofrendo com as con-sequências da guerra: postos de combustíveis destruídos, escolas delapidadas, hospitais abando-nados, estradas impraticáveis.

Estamos numa região rica em recursos naturais: ouro, cobre, diamante, etc. Porém, os garimpos criam outra forma de escravidão. Os pobres são explorados e não percebem. Eles abandonam a agricultura pen-sando que um dia serão ricos, graças ao trabalho nas minas.

Nosso maior desafi o é a coesão social. O Povo está dividido segundo suas etnias e confi ssão religiosa. Pessoas que cresceram juntas, hoje têm medo de se cumprimentarem por causa da violência e dos trau-mas sofridos durante a guerra. Enquanto nós, líderes religiosos, pregamos a paz e a reconciliação, bandos armados continuam a ameaçar os inocentes.

Neste contexto, nós anunciamos a ressurreição de Jesus como um evento que traz vida, paz e esperança. Nos empenhamos na pastoral, na formação dos fi éis e na solidariedade com os mais excluídos. Abraçamos a causa do diálogo ecumênico e inter-religioso. Junto com outros líderes religiosos, sensibilizamos as pes-soas para o respeito mútuo e a convivência pacífi ca das diferentes religiões e etnias, visando promover a paz,

este bem essencial e tão raro hoje na África e no mundo.

Às vezes, não vemos os fru-tos dos nossos trabalhos, mas é enriquecedor perceber a pre-sença de Deus que me fortale-ce e assegura que vale a pena sonhar e lutar pela Paz. É grati-fi cante partilhar este sonho com outros colaboradores inclusive não cristãos, que reconhecem a nossa presença como um es-tímulo para que eles não desa-nimem diante dos obstáculos e sofrimentos.

Cada pessoa carrega consigo um tesouro que deve ser respeitado, conhecido e valorizado. Por isso rea-lizamos o nosso serviço missionário com espírito de humildade, escuta e diálogo. De fato, estamos convic-tos que toda experiência vivida e iluminada pelo Evan-gelho se torna um aprendizado inesquecível.

O povo me impressiona pelo seu espírito de luta e de fé em meio a tantas difi culdades. No mês passado, quando eu celebrava uma missa de despedida na mi-nha paróquia, um pastor disse: “Se não fosse a presen-ça dos missionários e da Igreja no meio de nós, não saberíamos mais se Deus está conosco”. Assim, agra-deço a Deus, pelo testemunho de tantas pessoas que partilham o mesmo ideal: anúncio do Evangelho e luta pela paz. Que o Cristo Ressuscitado nos dê a sua paz e nos fortaleça, a fi m de que também nós possamos fortalecer e consolar as pessoas feridas e traumatiza-das pela guerra.

Everaldo Alves, comboniano na Rep. Centro-Africana

A Pandemia do Amor

MissãoCentro- África:

Diálogo de Paz como Jesus no lava-pés

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Pe. Ezequiel e ComboniVida

entregue como

Cristo: até o fi m!

Daniel Comboni fundadorS. Daniel Comboni teve seu grande momento de inspiração, junto do túmulo de S. Pedro, no Vaticano - Roma. Perante as difi culdades e as mortes na missão da África Central ele não desistiu. Ao contrário desenvolveu o Plano “Salvar a África com os africanos”. Ao princípio todos pareciam apoiar, mas logo ele fi cou só, sem pessoas nem fundos para a Missão. Por isso, fundou os institutos masculino e feminino, em Verona, em 1867 e 1871, respetivamente. Seu sonho encontrou muita resistência e oposição, mas nosso Pai sempre insistiu e sem desanimar, seguiu em frente, pois as obras de Deus nascem e crescem aos pés da cruz.

Um sonho … muitos sonhos- Salvar a África com a África: “Hoje gostaria de dizer algo especial para vocês… Tenham um sonho! Cultivem um sonho bonito… A vida que segue um sonho é uma vida feliz, que se renova a cada dia” (carta de 4 novembro 1981)

- Justiça para todos: “Esta gente é como os cachorrinhos: recebem só os ossos… sinto um nó na garganta, pensando nos quilômetros de arame farpado. Ninguém conhece as dimensões da rapina” (carta ao Pe. Carlos Bianchi). “Eu estou orgulhoso de usar hoje a minha palavra para denunciar os abusos e poder trabalhar apoiando os movimentos populares” (29 out 84). “difícil é cantar ao Senhor quando a morte mora nas casas das pessoas. Faz mal ao coração ver tanta injustiça e saber que podemos fazer tão pouco” (9 fev 85). “Depois da morte de Cristo, vítima de injustiça, toda injustiça desafi a o cristão” (17 fev 85).

Amor sem limites!- Cansaço, doenças e… calúnias: “Antes de ontem, foi o Pe. Moron que nos deixou. Ontem, foi o pe. Antônio. Hoje,

Em FocoEm Foco

4 - SEM FRONTEIRAS

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Pe. Ezequiel e ComboniVida

entregue como

Cristo: até o fi m!

a irmã Maria. Outros estão lutando contra as febres tropicais. Eu mesmo estou doente. Mas o que mais me afl ige não é isso, mas as notícias que me chegam da Itália. Já não tenho mais forças para escrever e agora que não preciso mais me defender dos assaltantes, tenho que me defender das calúnias que estão levantando contra mim. Estou desesperado porque não sei mais como pagar as contas aqui no Sudão e me comunicam que, também lá em Verona, estou cheio de dívidas... Cheguei ao ponto de, enquanto estava celebrando missa de corpo presente por um irmão falecido, ter de deixar o altar para ir socorrer outro que morreria uma hora depois. O que me conforta é que, se não tiver consolação na terra, a terei no céu”.

África ou Morte!- Cansaço, doenças e … ameaças: Fiel até o fi m, o Pe. Ezequiel no domingo, 17 de fevereiro de 1985, fez diante dos fi éis uma homilia emocionada e lúcida, em que vibravam todas as mais profundas fi bras do seu ser e confi rmava que estava decidido a continuar a sua missão sem poupar-se, sem medo, mesmo ao preço da vida. A homilia de 17 de fevereiro é o seu testamento. Gritou o seu amor pela justiça, a recusa da violência, a entrega da própria vida e da própria morte à comunidade, a sua solidariedade na luta de quem está privado dos seus justos direitos. Denunciou por nome os maiores latifundiários da região, denunciou as ameaças de morte, que lhe foram dirigidas e as investigações intimidatórias que lhe diziam respeito, as prevaricações dos latifundiários, as invasões das terras indígenas e a cadeia interminável de assassinatos. “Não aprovamos a violência, mesmo se estamos sendo vítimas de violência. O padre que está lhes falando recebeu ameaças de morte. Querido irmão, se a minha vida lhe pertence, também lhe pertence minha morte”.

João Paulo, comboniano em SP

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chamada a se converter e sonhar. Sim, a mudança é pos-sível, mas depende de nós, homens e mulheres do nosso tempo. Por isso, ao longo do ano de 2020, como combo-nianos no continente americano, queremos aprofundar e assumir cada um dos pontos. Nosso compromisso envolve pessoas e comunidades, para juntos defendermos a vida, bem como os territórios e povos ameaçados.

Raimundo Rocha, comboniano em S. Luís-MA

Igreja em saída

Quando duas ou mais pessoas fi rmam um pac-to, se comprometem a agir em certo modo. A Bíblia usa o termo aliança para se referir

ao pacto entre Deus e a humanidade, uma aliança de amor e vida que encontra sua maior expressão na ação salvadora de Deus, em Jesus de Nazaré, que se faz solidário e oferece redenção e vida plena à huma-nidade e à criação inteira.

A. Um Pacto atual!O Pacto das Catacumbas pela Casa Comum, com quinze pontos, buscou inspiração no Pacto das Cata-cumbas fi rmado em 1965 e nas intuições do Sínodo para a Amazônia que refl etiu sobre a Ecologia Inte-gral e novos caminhos para a Igreja. Foi renovado o compromisso com os pobres e também com toda a criação. O Pacto é a expressão de uma Igreja com-prometida, servidora, profética, samaritana, que quer assumir um rosto amazônico.

B. São Daniel Comboni no seu tempoEm Daniel Comboni dois eventos marcantes falam de sua espiritualidade e de seu grande amor pela África. No dia 15 de setembro de 1864, enquanto Comboni rezava sobre o túmulo de São Pedro, teve uma ins-piração e elaborou seu Plano para a ‘Regeneração da África com a África’. O segundo evento foi a sua ho-milia em Cartum, no dia 11 de maio de 1873, onde ele disse ao povo: “faço causa comum com todos vocês”. Um e outro são sinais evidentes de um compromisso, que se tornou um projeto missionário.

C. São Daniel Comboni e a Família CombonianaAnimada pela espiritualidade de Comboni, a Família Comboniana hoje quer fazer causa comum com o mundo. Por isso, a missão comboniana no continente americano busca inspiração no Pacto das Catacumbas pela Casa Comum, para motivar e assumir uma missão e um estilo de vida pessoal, comunitário e eclesial em sintonia com o cuidado da Casa Comum e com as orientações do Sínodo para a Amazônia. Por isso, nossa missão no conti-nente americano assume um Pacto Comboniano pela Casa Comum. Na urgência da crise social e ambiental, a humanidade é

FAMÍLIA COMBONIANA: Pacto das Catacumbas pela Casa Comum

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SEM FRONTEIRAS - 7

Vinde e Vede

Minhas raízesEu me chamo WILFRIED

DJATO, originário de um país chamado Togo situado na Áfri-ca ocidental. Eu sou o mais ve-lho de uma família cristã de três fi lhos (uma menina e dois me-ninos). Eu gostaria de partilhar com você a breve história do caminho que estou percorren-do. Pois bem! Pensar em de-tectar quando foi o momento exato do chamado para a vida religiosa missionária combo-niana, é difícil para mim. No entanto, lembro quando eu senti as primeiras vezes uma vontade interior, ainda confusa, sobre uma possível vida Com-boniana.

Eu pertencia ao grupo da le-gião de Maria da paróquia onde eu rezava. Numa visita como sempre fazíamos às casas dos fi éis da paróquia, depois de ter ajudado certo senhor idoso a limpar e organizar a sua casa,

Meu sonho maior era ser piloto

como motivo de agradecimen-to, este senhor disse: “ore por mim! ” Logo respondi: “sim” sem fi car atento ao sentimen-to que me animou naquele momento!

Confuso, fui pedir conselho

Sendo jovem e cheio de ex-pectativas, o meu sonho maior era me tornar um piloto mili-tar. Grudado ao meu sonho, eu resistia a certos fatos da minha vida. Não aguentando mais e estando confuso, fui conver-sar com um padre, a fi m de encontrar uma direção melhor para a minha vida. Após ter conversado com ele, as coisas começaram aos poucos a se tornar mais claras. Com ele fui partilhando a minha vida:

- eu pertencia a uma paróquia comboniana;

- recebi a primeira comunhão e a crisma numa paróquia com-boniana;

- a minha vida sempre foi ca-raterizada por mudanças de um lugar para outro, por causa do serviço do meu pai;

- nos lugares aonde íamos, sempre eu caía numa paróquia comboniana.

Acompanhamento, formação e consagração

O que esses fatos poderiam signifi car na minha vida? Será que há certa mensagem para ser decodifi cada? Parei de resistir e entrei na lógica dos fatos mar-cantes da minha vida. Foi a partir desse momento que fui atrás da uma busca de respostas e come-cei o acompanhamento em vista de um discernimento mais pro-fundo.

A seguir, fui admitido para co-meçar a formação comboniana. Fiz o os estudos fi losófi cos no meu país e o noviciado num país vizinho, chamado Benin. Após ter pronunciado os primeiros vo-tos no Instituto dos Missionários Combonianos, fui enviado para o Brasil a fi m de continuar a forma-ção missionária. Eis que estou cur-sando nesse ano o terceiro ano de teologia em São Paulo. Reconhe-cendo a minha pequenez e con-fi ando na graça do Senhor, acom-panhado do olhar zeloso de São Daniel Comboni, peço sua oração querido (a) leitor (a).

E você… aceita arriscar?Você jovem que está lendo

a minha partilha, não teremos a mesma história de vida certamen-te, mas uma coisa é certa: Deus lhe conhece e lhe chama pelo seu nome. Siga o batimento do seu coração e procure ajuda, a fi m de escutar melhor seus sentimentos e emoções interiores. Eis o desa-fi o. Você aceita de arriscar-se?

Wilfried Djato, comboniano em SP

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8 - SEM FRONTEIRAS

Mala DiretaBásica

27120062/0001-93 - DR/SPMProvíncia MissionáriosCombonianos do Brasil

Na pandemia muitos jovens aprenderam a va-lorizar a vida, as pessoas e o que parecia ser rotina. No isolamento social, descobrimos como utilizar melhor o tempo. Aqui dou umas

dicas que deveríamos sempre colocar em prática:

- Num cantinho da casa, montar uma capelinha para rezar sozinho/a

ou com a família. Tempo e espaço sagrados favorecem a leitura do

Evangelho do dia e a refl exão sobre o nosso papel no mun-do.

- Sugiro o hábito de boas

ESPAÇO JOVEM: Como estou vivendo a Quarentena?

leituras... procure na internet o livro “Poesia e Vida”, de Mariana Oxente Gen-te, uma jovem poetiza, amiga da comunidade comboniana de Salvador. Todo jovem é artista ...cultivando o bom que temos dentro de nós, seremos auto-res, escritores, inventores, fazedores de paz.

- Um amigo da Paz não trabalha sozinho, mas juntos vamos mais longe. Aconselho conhecer uma pastoral, uma ONG, ou associação que atue na de-fesa e promoção dos direitos, do meio ambiente, das crianças e adolescentes: engaje-se e seja parceiro na construção de um mundo mais justo e fraterno.

- Você sabia que o papa Francisco convida para o mês de novembro, na cidade de Assis, jovens de todos os países, para pensar numa nova economia de inclusão? A dica é conhecer a história de um jovem de antigamente, pre-cursor de uma mudança econômica. Pesquise a história de Amedeo Giannini. Filho de imigrantes italianos, nasceu em 1870 nos Estados Unidos e fundou o primeiro banco que concedia empréstimos à nascente classe media e aos po-bres imigrantes. Ele ofereceu contas de poupança e empréstimos, julgando as pessoas não por sua riqueza, mas por seu caráter. Morreu sem ter acumu-lado, por opção própria, nenhuma fortuna, já que preferia fazer donativos a instituições através das fundações que criou.

Você tem outra dica que pode ajudar a vida dos jovens? Escreva para nós e iremos publicar!

Roberto Minora, comboniano em Santa Rita-PB

DA REDAÇÃO :

ATENÇÃO!■ Diversas pessoas nos escreveram com o desejo de enviar para a Missão sua doação, por meio

de Transferência Programada (Débito Automáti co).■ Propomos 2 modalidades: - Missas por seus familiares vivos ou defuntos - Formação de Missionários Porém, você é quem indica o desti no de sua ajuda!

PROCEDIMENTO: 1. Contate o seu banco (Aplicati vo, Caixa Eletrônico, ou Guichê de Caixa) 2. Agende sua Transferência: valor, data, conta de desti no 3. Duração do agendamento (um ano, mais...)

Dados: Banco: Bradesco Banco: Santander Nome: Obra do Redentor Província dos Missionários Combonianos CNPJ: Agência: 02199-7 Agência: 038827.120.062/0001-93 Conta: 17090-9 Conta: 13004833-1

Mais informações: (11) 3721-8733 (11) 97956-8317 [email protected]

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