pb 905

1
Povo da Beira 12 de Julho de 2011 2 12 de Julho de 2011 Povo da Beira 3 A Amato Lusitano – Associação de Desenvol- vimento viu recentemente aprovado um projecto resul- tante de uma candidatura à II Edição da “Promoção da Interculturalidade a nível Municipal “. “Abraçar a Diversida- de” é o novo projecto tutela- do pelo Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, I.P., cujo fi- nanciamento pertence ao Fundo Europeu para a In- tegração de Nacionais de Países Terceiros. O objectivo principal é acolher, integrar e incluir imigrantes e crianças de et- nia cigana promovendo ac- tividades que incentivem a sua interacção com a comu- nidade local e a sua popula- ção autóctone. A Palestra” A Saúde Imigrante no Concelho” que decorreu no passado dia 7 está inserida neste projecto de interculturalidade. Arnaldo Brás, presiden- te da Amato Lusitano, diz que apesar de todos os cida- dãos terem acesso à saúde, há por vezes alguns cons- trangimentos “nomeada- mente por causa das barrei- ras linguísticas”. O objectivo da palestra foi promover as boas práticas e sensibilizar os profissionais e futuros profissionais, sobre os hábi- tos culturais dos imigrantes, tendo por base os direitos estipulados no Sistema Na- cional de Saúde. Pretende - se perceber as barreiras que se colocam aos imigrantes , no campo da saúde, quan- do chegam ao país de aco- lhimento e definir algumas estratégias de intervenção para as ultrapassar. O responsável lembra que a Associação Amato Lusitano tem desde 2004 um CLAI, centro local de apoio à integração, que todos os dias recebe imi- grantes “todas as situações são acompanhadas, se não conseguimos responder às necessidades aqui, os casos são encaminhados para o ACID” Assunção de Sousa, representante do ACID, participou na palestra que considerou uma iniciativa muito interessante “a maior parte dos problemas que nos chegam nesta questão da saúde tem a ver com o pagamento das taxas mode- radoras” dada a situação so- cioeconómica do país “mui- tos imigrantes caem numa situação de desemprego, e não conseguem renovar o seu titulo acabando por ficar irregulares, mesmo estando há alguns anos regulares” o acesso ao serviço nacional de saúde não é barrado a uma pessoa nesta situação, mas os descontos das taxas moderadoras não é efectu- ado “porque só tem direito a eles quem faz descontos para a Segurança Social”. A representante do ACID disse ao Povo da Bei- ra que há também algumas queixas da forma como as pessoas são atendidas “nor- malmente os emigrantes têm algumas dificuldades, de en- tendimento, das normas e das leis, quando se dirigem a uma instituição publica, se o funcionário não estiver sensibilizado pode criar-se logo ali um problema”. As- sunção de Sousa não defen- de tratamento diferente para os emigrantes, mas antes o principio da igualdade “o que nem sempre acontece, por falta de sensibilização. Muitas vezes os funcioná- rios gritam com as pessoas, falam mal e ao primeiro obs- táculo que encontram termi- nam o atendimento” diz a representante do ACID. Cristina Valente Destaque Destaque -EDITORIAL- Povo da Beira João Tavares Conceição Director Confiança e Trabalho Até 30 de Junho Mais mortos nas estradas do distrito de Castelo Branco Os acidentes nas estra- das do distrito de Castelo Branco provocaram 12 víti- mas mortais nos primeiros seis meses do ano, mais três do que em igual período de 2010, e mais sete do que no primeiro semestre de 2009. Aos dados divulgados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), que reúne infor- mações da PSP e da GNR, há já que somar o atrope- lamento de um homem 50 anos na estrada que liga o Fundão à localidade de Te- lhada, no passado dia 2 de Julho. Também o número de feridos graves, 59, repre- senta um aumento face aos valores dos primeiros semes- tres de 2009 (40) e 2010 (57). No total do país, a ANSR refere que já 321 pessoas perderam a vida em acidentes rodoviários, me- nos uma do no mesmo pe- ríodo do ano passado. Lis- boa (45) e Porto (40) são os distritos que registam mais vítimas mortais; Guarda (1) e Bragança (2) destacam-se pela positiva. Durante o ano de 2010, os acidentes ocorridos nas estradas do distrito de Cas- telo Branco provocaram 119 feridos graves e 19 mortos. O concelho albicastrense registou os números mais elevados de sinistralidade rodoviária na região, con- tabilizando seis das vítimas mortais e 51 dos feridos gra- ves. Note-se que o conceito de “morto ou vítima mor- tal” utilizado pela ANSR neste âmbito diz respeito apenas a mortes no local do acidente ou durante o trans- porte para o hospital. Tiago Carvalho Rua Conselheiro Albuquerque nº 4 - R/C Esq. - Castelo Branco COMMÉDICOS CUIDADOS MÉDICOS LDA Telefone: 272 346 482 | Telm: 961 843 412 Marcações de Consultas: Das 14h às 20 horas Dr.ª Ana Maria Soares - Clínica Geral Dr. José Mendes Gil - Dermatologia/Venerologia Dr. José Carvalhinho - Psiquiatria(Doenças nervosas) Dr. Mário Dionísio - Ginecologia/Obstetrícia Dr. Marquez de La Peña - Clínica Geral Dr. Pedro Abreu - Reumatologista Dr.ª Patrícia Bernardo - Psicologia Clínica Dr. Ricardo Baptista - Massagem/Acupunctura Dr.ª Joana Pimenta Oliveira - Nutrição Clínica Centro de Férias Canino vai acolher mais de 100 animais este Verão Directora defende necessidade de dois funcionários Enquanto vão chegando animais de estimação para passar algumas semanas no Centro de Férias, Maria do Rosário Almeida está a negociar com a autarquia de Castelo Branco a colocação de dois funcionários muni- cipais no abrigo para animais abandonados. Neste momento, o abrigo conta apenas com os prés- timos da directora da APAAE e de três voluntárias, sen- do que a voluntária com maior antiguidade tem cerca de seis meses de casa. “Não é possível acompanharmos todas as situações, e não tenho aqui qualquer funcioná- rio” diz Maria do Rosário Almeida, que exemplifica: “Tenho de carregar cestos de pão que pesam cerca de 70 quilos, cada um”. Acontecem também outras situações, como a mor- te de cães mal tratados pelas pessoas a quem foram en- tregues para adopção, sem que a APAAE consiga fazer o acompanhamento e controlo dos animais adoptados. A responsável desta associação realça que “já cá es- tiveram a trabalhar funcionários da Câmara, mas entre- tanto foram-se embora, talvez por o trabalho ser muito duro. É trabalho de homem: fazer a limpeza de quatro hectares de matos, capturar animais na rua, lidar com os cães mais fortes, como os rottweiler”. Cadelas morrem por negligência Quatro cadelas morreram no Parque de Bem-Estar Animal por negligência de dois voluntários que entre- tanto abandonaram a APAAE. O apuramento da causa da morte dos animais surgiu duas semanas depois de, no dia 23 de Junho, esta associação ter suspeitado de mão criminosa estar por detrás da morte das quatro ca- delas. Segundo Maria do Rosário Almeida, os animais, que pertenciam aos dois voluntários, foram vítimas de desidratação durante o transporte entre a casa destes e o abrigo. Os dois voluntários terão optado por deixar de tra- balhar com a APAAE por opção dos mesmos, garante a directora da associação. O abrigo para animais abandonados de Castelo Branco conta receber mais de 100 animais de estima- ção no Centro de Férias Canino de São Lázaro, du- rante o Verão. Este serviço da Associação de Protecção e Apoio ao Animal Errante (APAAE) pretende comba- ter o abandono de animais durante a época de férias. Embora a afluência de cães deva intensificar-se a partir de 15 de Junho e até final de Agosto, altura escolhida por muitos por- tugueses para gozar férias, já desde princípios de Ju- lho que alguns animais de estimação aguardam neste Centro de Férias o regresso dos donos. “Já temos clientes ha- bituais e é impressionante o número de animais que chegamos a receber”, diz Maria do Rosário Almeida, directora da APAAE. Con- tudo, a responsável conside- ra que “não se justifica au- mentar o Centro de Férias porque está vazio durante o resto do ano”. Este serviço está inte- grado no abrigo denomi- nado Parque de Bem-Estar Animal Santuário de São Lázaro e é disponibilizado apenas a sócios da APAAE. O equipamento é constitu- ído por boxes individuais e colectivas, sombras em am- biente campestre e um beach club, com areia e mini-pisci- nas. Os animais podem fi- car, no máximo, um mês no Centro de Férias, sob pena de uma vez ultrapassado esse período, a lei conside- rar abandono. Em troca, a APAAE cobra um donativo de cin- co euros diários para cães de grande porte e de quatro euros para cães de pequeno porte. Estes valores podem ser reduzidos na eventuali- dade do cliente ter mais do que um cão. O dinheiro re- verte para a manutenção do abrigo e para alimentação dos animais de estimação durante o período de resi- dência. Cliente habitual des- te serviço, António Nunes Dias, costuma deixar Niki- ta, uma cadela de 11 anos, no Centro de Férias. “As- sim posso ir de férias des- cansado, visto que sei que ela fica bem. Não a posso levar comigo e não tenho quem me fique com ela”, explica. Já para Jack, um Epag- neul Breton, esta é a segun- da vez que passa férias nes- te espaço. Regina Gadanha, a dona do cão, vai para a praia durante oito dias, mas não gosta de o deixar “seja onde for”. Ainda que tenha “confiança de que o Jack fique bem”, para que o cão sinta menos saudades de casa, não resiste a deixar no abrigo a sua alimentação habitual. Menos adopções e mais abandonos Segundo a directora da APAAE, “a crise existe, mas na maioria das vezes é uma desculpa esfarrapada para dar um cão e desres- ponsabilizar as pessoas”. Maria do Rosário Almeida observa que este ano têm-se verificado menos adopções e aumentaram os abando- nos. Contudo tem esperan- ça de que “talvez as coisas melhorem até final do ano”. “A situação não é dra- mática”, garante a respon- sável. Porém, a quantidade de animais que dão entrada no abrigo tem estado a su- bir. “Temos de ter cuidado com a lotação porque, no país inteiro, somos o único abrigo para animais aban- donados licenciado pela Direcção Geral de Veteri- nária”, afirma. O licencia- mento foi atribuído no pas- sado dia 3 de Maio de 2011. Actualmente residem 250 animais no Parque de Bem-Estar Animal Santu- ário de São Lázaro, na sua esmagadora maioria cães. Há meses em que “há ape- nas uma adopção”, garante a responsável da APAAE, e outros, como o dia em que o Povo da Beira visitou o abrigo, em que foram adop- tados seis animais. Celina e Alexandra levaram dois gatinhos. Os gatos são uma prenda de aniversário para a mãe de Alexandra, de 7 anos. “Aca- bámos por levar os dois por- que foram criados juntos e não quisemos estar a sepa- rá-los”, explicam. Também Júlio Mendes e a filha vieram buscar um animal ao abrigo. O pai diz que “trazer um cão do canil é uma atitude mais cons- ciente do que estar a com- prar um, quando sabemos que há muitos abandona- dos”. Tiago Carvalho Três voluntárias ajudam Maria do Carmo Almeida no quotidiano do abrigo Castelo Branco Alegado cabecilha de rede de tráfico de cocaína ficou em prisão preventiva A Polícia Judiciária anunciou a detenção de três pessoas pertencentes a uma rede internacional de tráfico de cocaína, entre as quais o alegado cabecilha do grupo, que ficou em prisão preven- tiva. A droga era adquirida na América do Sul e entrava em Portugal por via aérea, refere a PJ em comunicado. As detenções foram fei- tas na sequência de uma in- vestigação da Directoria do Centro da PJ que já decorria desde o final de 2010. A última detenção, de uma mulher de 24 anos re- sidente em Castelo Branco, “foi feita na terça-feira”, en- quanto na sexta-feira tinha sido apanhado um homem de 52 anos, residente no Es- toril, “que era o alegado ca- becilha da rede”, disse fonte da PJ à agência Lusa. O indivíduo “tem an- tecedentes criminais por crimes de natureza econó- mico-financeira”, refere a polícia, e foi detido na zona de Elvas, quando regressava de Espanha. No mesmo dia foi-lhe decretada a prisão preventi- va pelo Tribunal de Castelo Branco, onde decorre o pro- cesso. Também na sexta-feira foi apanhado no aeropor- to de Barajas, em Madrid, Espanha, um outro homem suspeito de ser correio de droga na mesma rede - no local onde em janeiro já ti- nha sido apanhado outro alegado correio. Estes dois homens deti- dos no aeroporto de Barajas no âmbito da investigação da PJ transportavam ao todo 10,5 quilos de cocaína dissimulada na roupa, junto ao corpo. Para além das deten- ções, foi apreendida docu- mentação “fortemente indi- ciadora da referida atividade ilícita e uma viatura”, acres- centa o comunicado da PJ. Cristina Valente A OPERAÇÃO À HÉRNIA NEM SEMPRE É NECESSÁRIA Muitos herniados operados (alguns várias vezes) voltam a sofrer de hérnia tanto ou mais do que antes da operação. Confie nos nossos métodos (sistema Francês), competência profissional e assistência técnica regular e gratuita. Faça a sua vida normal com segurança e conforto. Observação gratuita por Técnicos Especializados em: Castelo Branco, Farmácia Higiene, no dia 21 de Julho de manhã Castelo Branco, Farmácia Higiene, no dia 12 de Agosto de manhã INSTITUTO HERNY BRUN PORTUGAL Trav. Madressilva, 10-A - 1300-382 Lisboa - Telefone 213 630 247 Saúde para todos Abrigo para animais de Castelo Branco Vários futuros enfermeiros assitiram à palestra

Upload: luistiagocarvalho

Post on 25-Jul-2015

254 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: PB 905

Povo da Beira 12 de Julho de 20112 12 de Julho de 2011 Povo da Beira 3

A Amato Lusitano – Associação de Desenvol-vimento viu recentemente aprovado um projecto resul-tante de uma candidatura à II Edição da “Promoção da Interculturalidade a nível Municipal “.

“Abraçar a Diversida-de” é o novo projecto tutela-do pelo Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, I.P., cujo fi-nanciamento pertence ao Fundo Europeu para a In-tegração de Nacionais de Países Terceiros.

O objectivo principal é acolher, integrar e incluir imigrantes e crianças de et-nia cigana promovendo ac-tividades que incentivem a

sua interacção com a comu-nidade local e a sua popula-ção autóctone.

A Palestra” A Saúde Imigrante no Concelho” que decorreu no passado dia 7 está inserida neste projecto de interculturalidade.

Arnaldo Brás, presiden-te da Amato Lusitano, diz que apesar de todos os cida-dãos terem acesso à saúde, há por vezes alguns cons-trangimentos “nomeada-mente por causa das barrei-ras linguísticas”. O objectivo da palestra foi promover as boas práticas e sensibilizar os profissionais e futuros profissionais, sobre os hábi-tos culturais dos imigrantes, tendo por base os direitos

estipulados no Sistema Na-cional de Saúde. Pretende - se perceber as barreiras que se colocam aos imigrantes , no campo da saúde, quan-do chegam ao país de aco-lhimento e definir algumas estratégias de intervenção para as ultrapassar.

O responsável lembra que a Associação Amato

Lusitano tem desde 2004 um CLAI, centro local de apoio à integração, que todos os dias recebe imi-grantes “todas as situações são acompanhadas, se não conseguimos responder às necessidades aqui, os casos são encaminhados para o ACID”

Assunção de Sousa,

representante do ACID, participou na palestra que considerou uma iniciativa muito interessante “a maior parte dos problemas que nos chegam nesta questão da saúde tem a ver com o pagamento das taxas mode-radoras” dada a situação so-cioeconómica do país “mui-tos imigrantes caem numa situação de desemprego, e não conseguem renovar o seu titulo acabando por ficar irregulares, mesmo estando há alguns anos regulares” o acesso ao serviço nacional de saúde não é barrado a uma pessoa nesta situação, mas os descontos das taxas moderadoras não é efectu-ado “porque só tem direito a eles quem faz descontos para a Segurança Social”.

A representante do

ACID disse ao Povo da Bei-ra que há também algumas queixas da forma como as pessoas são atendidas “nor-malmente os emigrantes têm algumas dificuldades, de en-tendimento, das normas e das leis, quando se dirigem a uma instituição publica, se o funcionário não estiver sensibilizado pode criar-se logo ali um problema”. As-sunção de Sousa não defen-de tratamento diferente para os emigrantes, mas antes o principio da igualdade “o que nem sempre acontece, por falta de sensibilização. Muitas vezes os funcioná-rios gritam com as pessoas, falam mal e ao primeiro obs-táculo que encontram termi-nam o atendimento” diz a representante do ACID.

Cristina Valente

Destaque Destaque

-EDITORIAL-Povo da Beira

João Tavares ConceiçãoDirector

Confi ança e Trabalho

Até 30 de Junho

Mais mortos nas estradas do distrito de Castelo Branco

Os acidentes nas estra-das do distrito de Castelo Branco provocaram 12 víti-mas mortais nos primeiros seis meses do ano, mais três do que em igual período de 2010, e mais sete do que no primeiro semestre de 2009.

Aos dados divulgados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), que reúne infor-mações da PSP e da GNR, há já que somar o atrope-lamento de um homem 50 anos na estrada que liga o Fundão à localidade de Te-lhada, no passado dia 2 de Julho.

Também o número de feridos graves, 59, repre-senta um aumento face aos valores dos primeiros semes-tres de 2009 (40) e 2010 (57).

No total do país, a

ANSR refere que já 321 pessoas perderam a vida em acidentes rodoviários, me-nos uma do no mesmo pe-ríodo do ano passado. Lis-boa (45) e Porto (40) são os distritos que registam mais vítimas mortais; Guarda (1) e Bragança (2) destacam-se pela positiva.

Durante o ano de 2010, os acidentes ocorridos nas estradas do distrito de Cas-telo Branco provocaram 119 feridos graves e 19 mortos.

O concelho albicastrense registou os números mais elevados de sinistralidade rodoviária na região, con-tabilizando seis das vítimas mortais e 51 dos feridos gra-ves.

Note-se que o conceito de “morto ou vítima mor-tal” utilizado pela ANSR neste âmbito diz respeito apenas a mortes no local do acidente ou durante o trans-porte para o hospital.

Tiago Carvalho

Rua Conselheiro Albuquerque nº 4 - R/C Esq. - Castelo Branco

COMMÉDICOSCUIDADOS MÉDICOS LDA

Telefone: 272 346 482 | Telm: 961 843 412Marcações de Consultas: Das 14h às 20 horas

Dr.ª Ana Maria Soares - Clínica GeralDr. José Mendes Gil - Dermatologia/VenerologiaDr. José Carvalhinho - Psiquiatria(Doenças nervosas)

Dr. Mário Dionísio - Ginecologia/ObstetríciaDr. Marquez de La Peña - Clínica Geral

Dr. Pedro Abreu - ReumatologistaDr.ª Patrícia Bernardo - Psicologia ClínicaDr. Ricardo Baptista - Massagem/AcupuncturaDr.ª Joana Pimenta Oliveira - Nutrição Clínica

Centro de Férias Canino vai acolher mais de 100 animais este Verão

Directora defende necessidade de dois funcionários

Enquanto vão chegando animais de estimação para passar algumas semanas no Centro de Férias, Maria do Rosário Almeida está a negociar com a autarquia de Castelo Branco a colocação de dois funcionários muni-cipais no abrigo para animais abandonados.

Neste momento, o abrigo conta apenas com os prés-timos da directora da APAAE e de três voluntárias, sen-do que a voluntária com maior antiguidade tem cerca de seis meses de casa. “Não é possível acompanharmos todas as situações, e não tenho aqui qualquer funcioná-rio” diz Maria do Rosário Almeida, que exemplifica: “Tenho de carregar cestos de pão que pesam cerca de 70 quilos, cada um”.

Acontecem também outras situações, como a mor-te de cães mal tratados pelas pessoas a quem foram en-tregues para adopção, sem que a APAAE consiga fazer o acompanhamento e controlo dos animais adoptados.

A responsável desta associação realça que “já cá es-tiveram a trabalhar funcionários da Câmara, mas entre-tanto foram-se embora, talvez por o trabalho ser muito duro. É trabalho de homem: fazer a limpeza de quatro hectares de matos, capturar animais na rua, lidar com os cães mais fortes, como os rottweiler”.

Cadelas morrem por negligênciaQuatro cadelas morreram no Parque de Bem-Estar

Animal por negligência de dois voluntários que entre-tanto abandonaram a APAAE. O apuramento da causa da morte dos animais surgiu duas semanas depois de, no dia 23 de Junho, esta associação ter suspeitado de mão criminosa estar por detrás da morte das quatro ca-delas.

Segundo Maria do Rosário Almeida, os animais, que pertenciam aos dois voluntários, foram vítimas de desidratação durante o transporte entre a casa destes e o abrigo.

Os dois voluntários terão optado por deixar de tra-balhar com a APAAE por opção dos mesmos, garante a directora da associação.

O abrigo para animais abandonados de Castelo Branco conta receber mais de 100 animais de estima-ção no Centro de Férias Canino de São Lázaro, du-rante o Verão. Este serviço da Associação de Protecção e Apoio ao Animal Errante (APAAE) pretende comba-ter o abandono de animais durante a época de férias.

Embora a afluência de cães deva intensificar-se a partir de 15 de Junho e até final de Agosto, altura escolhida por muitos por-tugueses para gozar férias, já desde princípios de Ju-lho que alguns animais de estimação aguardam neste Centro de Férias o regresso dos donos.

“Já temos clientes ha-bituais e é impressionante o número de animais que chegamos a receber”, diz Maria do Rosário Almeida, directora da APAAE. Con-tudo, a responsável conside-ra que “não se justifica au-mentar o Centro de Férias porque está vazio durante o resto do ano”.

Este serviço está inte-grado no abrigo denomi-nado Parque de Bem-Estar Animal Santuário de São Lázaro e é disponibilizado apenas a sócios da APAAE. O equipamento é constitu-ído por boxes individuais e colectivas, sombras em am-biente campestre e um beach club, com areia e mini-pisci-nas. Os animais podem fi-car, no máximo, um mês no

Centro de Férias, sob pena de uma vez ultrapassado esse período, a lei conside-rar abandono.

Em troca, a APAAE cobra um donativo de cin-co euros diários para cães de grande porte e de quatro euros para cães de pequeno porte. Estes valores podem ser reduzidos na eventuali-dade do cliente ter mais do que um cão. O dinheiro re-verte para a manutenção do abrigo e para alimentação dos animais de estimação durante o período de resi-dência.

Cliente habitual des-te serviço, António Nunes Dias, costuma deixar Niki-ta, uma cadela de 11 anos, no Centro de Férias. “As-sim posso ir de férias des-cansado, visto que sei que ela fica bem. Não a posso levar comigo e não tenho quem me fique com ela”, explica.

Já para Jack, um Epag-neul Breton, esta é a segun-da vez que passa férias nes-te espaço. Regina Gadanha, a dona do cão, vai para a praia durante oito dias, mas não gosta de o deixar “seja onde for”. Ainda que tenha “confiança de que o Jack fique bem”, para que o cão sinta menos saudades de casa, não resiste a deixar no abrigo a sua alimentação habitual.

Menos adopções e mais abandonos

Segundo a directora da APAAE, “a crise existe, mas na maioria das vezes é uma desculpa esfarrapada para dar um cão e desres-ponsabilizar as pessoas”. Maria do Rosário Almeida observa que este ano têm-se verificado menos adopções e aumentaram os abando-nos. Contudo tem esperan-

ça de que “talvez as coisas melhorem até final do ano”.

“A situação não é dra-mática”, garante a respon-sável. Porém, a quantidade de animais que dão entrada no abrigo tem estado a su-bir. “Temos de ter cuidado com a lotação porque, no país inteiro, somos o único abrigo para animais aban-donados licenciado pela Direcção Geral de Veteri-nária”, afirma. O licencia-mento foi atribuído no pas-sado dia 3 de Maio de 2011.

Actualmente residem 250 animais no Parque de Bem-Estar Animal Santu-ário de São Lázaro, na sua esmagadora maioria cães. Há meses em que “há ape-nas uma adopção”, garante a responsável da APAAE, e outros, como o dia em que o Povo da Beira visitou o abrigo, em que foram adop-tados seis animais.

Celina e Alexandra levaram dois gatinhos. Os gatos são uma prenda de aniversário para a mãe de Alexandra, de 7 anos. “Aca-bámos por levar os dois por-que foram criados juntos e não quisemos estar a sepa-rá-los”, explicam.

Também Júlio Mendes e a filha vieram buscar um animal ao abrigo. O pai diz que “trazer um cão do canil é uma atitude mais cons-ciente do que estar a com-prar um, quando sabemos que há muitos abandona-dos”.

Tiago Carvalho

Três voluntárias ajudam Maria do Carmo Almeida no quotidiano do abrigo

Castelo BrancoAlegado cabecilha de rede de tráfi co de cocaína fi cou em prisão preventiva

A Polícia Judiciária anunciou a detenção de três pessoas pertencentes a uma rede internacional de tráfico de cocaína, entre as quais o alegado cabecilha do grupo, que ficou em prisão preven-tiva.

A droga era adquirida na América do Sul e entrava em Portugal por via aérea, refere a PJ em comunicado.

As detenções foram fei-tas na sequência de uma in-vestigação da Directoria do Centro da PJ que já decorria desde o final de 2010.

A última detenção, de uma mulher de 24 anos re-sidente em Castelo Branco, “foi feita na terça-feira”, en-

quanto na sexta-feira tinha sido apanhado um homem de 52 anos, residente no Es-toril, “que era o alegado ca-becilha da rede”, disse fonte da PJ à agência Lusa.

O indivíduo “tem an-tecedentes criminais por crimes de natureza econó-mico-financeira”, refere a polícia, e foi detido na zona de Elvas, quando regressava de Espanha.

No mesmo dia foi-lhe decretada a prisão preventi-va pelo Tribunal de Castelo Branco, onde decorre o pro-cesso.

Também na sexta-feira foi apanhado no aeropor-to de Barajas, em Madrid,

Espanha, um outro homem suspeito de ser correio de droga na mesma rede - no local onde em janeiro já ti-nha sido apanhado outro alegado correio.

Estes dois homens deti-dos no aeroporto de Barajas no âmbito da investigação da PJ transportavam ao todo 10,5 quilos de cocaína dissimulada na roupa, junto ao corpo.

Para além das deten-ções, foi apreendida docu-mentação “fortemente indi-ciadora da referida atividade ilícita e uma viatura”, acres-centa o comunicado da PJ.

Cristina Valente

A OPERAÇÃO À HÉRNIA NEM SEMPRE É NECESSÁRIA

Muitos herniados operados (alguns várias vezes) voltam a sofrer de hérnia tanto ou mais do que antes da operação.

Confie nos nossos métodos (sistema Francês), competência profissional e assistência técnica regular e gratuita.Faça a sua vida normal com segurança e conforto.

Observação gratuita por Técnicos Especializados em:

Castelo Branco, Farmácia Higiene, no dia 21 de Julho de manhã Castelo Branco, Farmácia Higiene, no dia 12 de Agosto de manhã

INSTITUTO HERNY BRUN PORTUGALTrav. Madressilva, 10-A - 1300-382 Lisboa - Telefone 213 630 247

Saúde para todos

Abrigo para animais de Castelo Branco

Vários futuros enfermeiros assitiram à palestra