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1 PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES DO CAMPUS DO CEULP/ULBRA PRÉDIOS 1, 5, 6 E 7. Palmas - TO 2017

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PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA

ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES DO CAMPUS

DO CEULP/ULBRA – PRÉDIOS 1, 5, 6 E 7.

Palmas - TO

2017

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PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA

ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS EDIFICAÇÕES DO CAMPUS

DO CEULP/ULBRA – PRÉDIOS 1, 5, 6 E 7.

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) II elaborado e apresentado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil do CEULP/ULBRA Orientador: Prof. M.Sc. Fábio Henrique de Melo Ribeiro.

Palmas - TO

2017

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DEDICATÓRIA

Agradeço a Deus, que me ama e tem derramado sua graça e misericórdia a cada

dia sobre minha vida.

Agradeço a minha esposa, Nayara, que teve compreensão e paciência comigo

durante esse período onde tive que me dedicar ao projeto.

Agradeço aos meus pais, José Doudamim e Nadia, por me incentivarem durante

todo o curso e me dar condições para que eu pudesse chegar onde cheguei até agora,

e por promoverem Deus na minha vida para construção do meu caráter.

Agradeço a meu orientador, Fábio Ribeiro, pelo conhecimento compartilhado e

por colaboração que deu a esse projeto.

Agradeço aos meus cunhados Natalia, Abdon, Leticia e minha sogra Martinha

pelo incentivo e apoio que me deram durante todo o curso.

Agradeço aos meus irmãos Ramon e Júlio César pelo carinho a amor que temos

uns pelos outros.

Agradeço a todos os professores do curso de engenharia civil que foram

responsáveis por me promoverem conhecimento técnico em todas as disciplinas.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - REPRESENTAÇÃO DE CUSTOS E FASES DA MANUTENÇÃO ........................................................................ 17 FIGURA 2 - ILUSTRAÇÃO DE EMPOLAMENTO ................................................................................................................ 19 FIGURA 3 - ILUSTRAÇÃO DE BOLOR ............................................................................................................................. 20 FIGURA 4 - ILUSTRAÇÃO DE EFLORESCÊNCIA ............................................................................................................. 21 FIGURA 5 - FISSURA POR SOBRECARGA NA ESQUADRIA ............................................................................................. 22 FIGURA 6 - FISSURAS HORIZONTAIS EM PAREDES POR RETRAÇÃO DE LAJES INTERMEDIARIAS .............................. 22 FIGURA 7 - RETRAÇÃO PLASTICA ................................................................................................................................ 23 FIGURA 8 - CARACTERÍSTICAS DE ESTRUTURAS COM CORROSÃO ............................................................................. 24 FIGURA 9 - IMAGEM DO CEULP/ULBRA .................................................................................................................... 26 FIGURA 10 - MAQUETE ELETRÔNICA DO CEULP/ULBRA ......................................................................................... 27 FIGURA 11 - MAQUETE ELETRÔNICA DO CAMPUS ...................................................................................................... 30 FIGURA 12 - ALVENARIA INTERNA - SECRETARIA ........................................................................................................ 31 FIGURA 13 - ALVENARIA EXTERNA – SECRETARIA ...................................................................................................... 32 FIGURA 14 - ALVENARIA EXTERNA - SECRETARIA ...................................................................................................... 33 FIGURA 15 - ALVENARIA EXTERNA - PRÉDIO 1 ........................................................................................................... 34 FIGURA 16 - ALVENARIA EXTERNA - PRÉDIO 1 – SALA DE REUNIÕES ....................................................................... 35 FIGURA 17 - ALVENARIA EXTERNA - PRÉDIO 1 – SALA DE REUNIÕES ....................................................................... 35 FIGURA 18 – ALVENARIA INTERNA - CAPELA .............................................................................................................. 36 FIGURA 19 - ALVENARIA INTERNA - CAPELA ............................................................................................................... 37 FIGURA 20 - ALVENARIA INTERNA – PRÉDIO 1 - CAPELA ............................................................................................ 38 FIGURA 21 - ALVENARIA INTERNA - PRÉDIO 1 - CAPELA ............................................................................................. 38 FIGURA 22 - ESPAÇO FUNCIONÁRIO - EXTERNA ......................................................................................................... 39 FIGURA 23 - ESQUADRIA - ESPAÇO FUNCIONÁRIO ..................................................................................................... 40 FIGURA 24 - DESCRIÇÃO DE VERGA E CONTRAVERGA ............................................................................................... 40 FIGURA 25 - SALA DA BIBLIOTECA - INTERNA .............................................................................................................. 41 FIGURA 26 – PAREDE EXTERNA – PRÉDIO 7 .............................................................................................................. 42 FIGURA 27 - PAREDE EXTERNA – PRÉDIO 7 ............................................................................................................... 43 FIGURA 28 – CALÇADA – PRÉDIO 7 ............................................................................................................................. 43 FIGURA 29 - COMPLEXO LABORATORIAL – TÉRREO ................................................................................................... 44 FIGURA 30 - COMPLEXO LABORATORIAL - 1 PISO ...................................................................................................... 45 FIGURA 31 - COMPLEXO LABORATORIAL - 1º PISO ...................................................................................................... 46 FIGURA 32 - COMPLEXO LABORATORIAL - CIRCULAÇÃO INTERNA ............................................................................. 46 FIGURA 33 - SALA DE AULA - PRÉDIO 6 ........................................................................................................................ 47 FIGURA 34 - SALA DE AULA - PRÉDIO 6 ........................................................................................................................ 47 FIGURA 35 - SALA DE AULA - PRÉDIO 6 ........................................................................................................................ 48 FIGURA 36 - SALA DE AULA - PRÉDIO 6 ........................................................................................................................ 48 FIGURA 37 - SALA DOS PROFESSORES - PRÉDIO 6 ...................................................................................................... 49 FIGURA 38 - PRÉDIO 6 - LABORATÓRIO DE SOLOS ..................................................................................................... 50 FIGURA 39 - PRÉDIO 6 – ALVENARIA INTERNA - LABORATÓRIO DE MATERIAIS .......................................................... 51 FIGURA 40 - ALVENARIA EXTERNA - LABORATÓRIO DE MATERIAIS ............................................................................ 52 FIGURA 41 - PRÉDIO 6 - ALVENARIA EXTERNA ........................................................................................................... 53 FIGURA 42 - PRÉDIO 6 - ALVENARIA EXTERNA ........................................................................................................... 53 FIGURA 43 – GRÁFICO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ESTUDADAS ....................................................................................... 55

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LISTA DE TABELAS TABELA 1 - SALAS POR PRÉDIO ................................................................................................................................... 29

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Sumário

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 8

1.1 Objetivo Geral ........................................................................................................... 8

1.1.1 Objetivos Específicos ............................................................................................... 8

1.2 Justificativa ............................................................................................................... 9

2 REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................... 11 2.1 Generalidades sobre Patologias .....................................................................................................11 2.2 Durabilidade ......................................................................................................................................11

2.3 Desempenho ................................................................................................................. 16

2.4 Vida Útil .......................................................................................................................... 16

2.5 Conceituando Manutenção .......................................................................................... 16

2.6 Empolamento e perda de aderência ............................................................................. 18

2.7 Bolor .............................................................................................................................. 19

2.8 Eflorescência ................................................................................................................. 20

2.9 Fissuras ......................................................................................................................... 21

2.10 Retração Plástica ........................................................................................................ 23

2.11 Movimentação térmica ................................................................................................ 23

2.12 Corrosão ...................................................................................................................... 24

2.13 Inspeção ...................................................................................................................... 25

3 METODOLOGIA ......................................................................................................... 26

3.1 Caracterização do objeto de estudo ............................................................................ 28

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................... 30

5 CONCLUSÕES ........................................................................................................... 54

6 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ......................................................... 56

REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 57

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1 INTRODUÇÃO

Segundo Verçoza (1991) por causa da busca pela economia, e rapidez no

processo de construção, aumenta-se o aparecimento de manifestações patológicas.

Com o conhecimento do comportamento dos materiais, utiliza-se de economia no

processo, porém, o menor erro pode gerar as manifestações patológicas, deixando de

atender o desempenho exigido.

Segundo a ABNT NBR 6118 (2014) conceito de durabilidade da obra ficou mais

claro no âmbito da construção civil, entendendo que uma edificação não tem que durar

para sempre, se não for acrescido valor adicional por isso. Sabe-se também, que a vida

útil da edificação pode ser atingida com as realizações de algumas atividades

preventivas realizadas pelo usuário, desde que prevista em projetos, caso contrário,

será um investimento além do que esperado pelo consumidor.

Com o surgimento de patologias, perdem-se algumas características da

edificação e em alguns casos o desempenho também, por isso, identificar as

manifestações patológicas para corrigi-las, além de manter as características de

projeto, faz com que a atividade seja menos onerosa se comparadas com ações de

correção quando em estado avançado, onde a possibilidade de materiais e métodos de

realização de manutenção são mais limitados.

Além de custo-beneficio, cada vez mais os consumidores têm exigido a

excelência na construção civil, para isso, detectar as causas e como esses

manifestações patológicas se dão é fundamental para a evolução da tecnologia na

construção civil em sentido da qualidade.

1.1 Objetivo Geral

Esta pesquisa tem como objetivo, analisar as manifestações patológicas

presentes nas edificações do CEULP/ULBRA e promover discussões sobre o

desempenho e durabilidade de edifícios institucionais.

1.1.1 Objetivos Específicos

Diagnosticar as manifestações patológicas aparentes presentes em 4 edifícios

do Centro Universitário Luterano de Palmas.

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Identificar os sintomas, origens, causas e os mecanismos das manifestações

patológicas encontradas no CEULP/ULBRA.

Identificar os ambientes que, por causa da manifestação patológica, houve

algum tipo de perda de patrimônio da instituição.

1.2 Justificativa

Idealiza-se que uma edificação ao ser executada, seja durável pelo tempo que foi

determinado pelo projetista, nesse processo de projeto até a utilização da obra, podem

ocorrer falhas que em muitos casos, dão origem a manifestações patológicas que

comprometem a estrutura, parcialmente ou como toda.

Faz-se importante o estudo em patologias pois mostra se há ou não um perigo

em potencial para o tipo de estrutura, se tratando do estudo de caso, riscos para as

edificações do campus, que com as devidas intervenções não trarão riscos aos

acadêmicos e colaboradores da instituição e nem para o patrimônio do CEULP/ULBRA,

contribuindo para que o desempenho proposto seja alcançado.

Nesse sentido, entender como se dá as manifestações utilizando a bibliografia

nesta área para identificar as causas e os mecanismos é fundamental para impedir que

a manifestação tenha um agravamento e que outras manifestações patológicas sejam

evitadas.

Então, já que atividades que evitam o agravamento e até o surgimento de novas

patologias geram uma economia de investimentos - se comparados com ações já em

fase de recuperação e reforço da estrutura – torna o estudo viável do ponto de vista

econômico.

Essas ações, também contribuem para manter o desempenho da edificação já

que com a presença de patologias, a estrutura deixa de funcionar de forma integra de

acordo com que ela foi projetada.

A garantia do desempenho e do alcance da vida útil de uma edificação, são de

responsabilidades dos profissionais da área da construção civil. Porém, a mão-de-obra

qualificada e profissionais que se dedicam a área de patologias em construção civil

ainda é precária. Por isso, estudos nessa linha de trabalho se faz importante para a

academia de Engenharias visto que assim o conteúdo desenvolvido durante o projeto

se disseminará.

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Segundo o portal Oglobo (2017) investiu-se cerca de 2,18% do PIB brasileiro em

infra-estrutura entre os anos de 2001 e 2014, onde o ideal dos investimentos seria de

no mínimo 3%, e os países desenvolvidos investem cerca de 4 a 5% do PIB. Esses

investimentos são fundamentais para o crescimento da economia do pais, porém, além

de investi-se pouco, investi-se mal, com materiais de baixa qualidade e que não se

adequam as necessidades, causando uma série de problemas patológicos nas poucas

estruturas em processos de construção ou abandonadas.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Generalidades sobre Patologias

Segundo o dicionário brasileiro, patologia é o estudo da doença, que segundo

Verçosa (1991) doença na construção civil se da como rachaduras, manchas, fissuras,

descolamentos, deformações, rupturas e etc.

Segundo Verçoza (1991) por causa da busca pela economia, e rapidez no

processo de construção, aumenta-se o aparecimento de manifestações patológicas.

Com o conhecimento do comportamento dos materiais, utiliza-se de economia no

processo, porém, o menor erro pode gerar as manifestações patológicas, deixando de

atender o desempenho exigido.

Segundo Souza e Ripper (p. 22, 1998), espera-se de uma estrutura de concreto

que atenda as finalidades para que foi destinado, sempre levando em consideração a

relação segurança-economia.

Quando se pretende que um produto atinja o nível de qualidade desejado, deve-se garantir que tenha conformidade com os requisitos de satisfação do cliente a um preço aceitável. Esta garantia é conseguida através de um conjunto de ações programadas e sistemáticas, necessárias para proporcionar a confiança apropriada de que o produto venha a atender às expectativas. (SOUZA e RIPPER, p. 22, 1998)

Salvo em casos de catástrofes naturais, os processos patológicos têm início

decorrentes de falhas que ocorrem durante processos da construção civil que podem

ser divididos em três etapas básicas: concepção, execução e utilização. (SOUZA e

RIPPER, p. 22, 1998) e segundo Verçosa

Em nível de qualidade, exige-se, para a etapa de concepção, a garantia de plena satisfação do cliente, de facilidade de execução e de possibilidade de adequada manutenção, para a etapa de execução, será de garantir o fiel atendimento ao projeto, e para a etapa de utilização, é necessário conferir a garantia de satisfação do utilizador e a possibilidade de extensão da vida útil da obra. (SOUZA e RIPPER, p. 22, 1998)

2.2 Durabilidade

A Associação Brasileira de Normas Técnica (ABNT), NBR: 6118 (2014) prevê

que durabilidade é a capacidade da estrutura que, em variadas condições de uso e

realizações de manutenções previstas, desempenha suas funções para que foi

desenvolvida até um tempo previsto de acordo com o projeto, suportando também a

agressões do meio ambiente em que a estrutura está inserida.

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Segundo Helene (2001) durabilidade não se confunde com vida útil pois a

durabilidade é a qualidade de uma estrutura em desempenhar sua função enquanto a

vida útil é a quantificação dessa qualidade em tempo, e pra que a estrutura possa ser

considerada durável, precisa desempenhar suas funções se relacionando tanto com

material utilizado na obra como com o meio que está inserido, implicando em sua

interação com meio ambiente e o tipo de uso que é feito.

O concreto durável é quando desempenha funções que lhe foram atribuídas,

tanto em resistência como em utilidade durante um período de tempo já predeterminado

na fase de projetos. É fundamental que o concreto suporte o processo de deterioração

e a esforços a que é submetido durante o tempo de uso. (NEVILLE, p. 481, 1997)

Porém, isso não significa que o concreto deva suportar a todo e qualquer esforço

que é submetido e por um tempo indeterminado, pelo contrário, já deve haver

programada as manutenções de rotina para que o concreto atinga a sua vida útil

determinada. (NEVILLE, p. 481, 1997)

Segundo Souza e Ripper (p.17, 1998) com o tempo percebeu-se que o concreto

é material instável, pois suas propriedades físicas e químicas são alteradas quando

seus componentes reagem com o meio ambiente. Com isso ocorrem os processos de

alterações - chamados de deterioração - que comprometem o desempenho de uma

estrutura, e os elementos agressores são chamados de agentes de deterioração.

Os agentes de deterioração atuam de forma particular em cada material, sendo

determinante para a velocidade e a forma de deterioração a natureza do material em

deterioração e as condições de exposição aos agentes de deterioração. (SOUZA e

RIPPER, p. 17, 1998)

Segundo Neville (p. 481, 1997) o processo de deterioração pode ser originado

por fatores externo ou por causas internas do próprio concreto, resultando em uma

durabilidade inadequada. As causas da deterioração do concreto podem ser químicas,

físicas ou mecânicas. Em casos de deterioração por motivos mecânicos, as causas

podem ser impacto, abrasão, erosão ou cavitação. Já nas causas de deterioração por

motivos químicos podem incluir reações álcali-sílica e álcali-carbonato – processos

internos -, e reações químicas por agentes externos ocorrem pela ação de ions

agressivos, como cloretos, dióxido ou sulfatos de carbono, líquidos e gases naturais ou

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industriais. Altas temperaturas e diferenças de coeficientes de dilatação térmica da

pasta de cimento hidratado e do agregado são compreendidas como causas para

deterioração física.

Uma das causas da origem de deterioração por ação de agentes agressivos e

processos físicos é a permeabilidade do concreto, que influenciará diretamente com a

capacidade desses agentes e da agua de permear pelo concreto, sendo que uma

característica importante a ser estudada é a porosidade do concreto.

Segundo Neville (p, 484. 1997) “o escoamento em poros capilares segue a lei de

Darcy para o fluxo laminar atravéz de meio poroso”:

dq/dt * 1/A = K1.

ρ. g/ƞ * ∆h/L

Onde: dt/dt = velocidade de escoamento da agua em m3/s

A = área de seção transversal do elemento, m2

∆h = diferença de altura da coluna hidráulica através do elemento, m.

L = espessura do elemento, m.

ƞ = viscosidade dinâmica do fluido, N.s/m2

ρ = massa específica do fluido, kg/m3.

g = aceleração da gravidade, m/s2

“O coeficiente K’ é expresso em metros ao quadrado e representa a

permeabilidade intrínseca do material, qualquer que seja o fluido.”

“Como, geralmente, o fluido é agua, pode-se escrever:

K = k1.ρ.g/ƞ ”

O coeficiente K é expresso em metro conhecido como coeficiente de permeabilidade do concreto, subentendendo-se que se refere à agua a temperatura ambiente. Este último atributo ocorre do fato de que a viscosidade da água varia com a temperatura. A equação pode então ser escrita: (NEVILLE, p. 484, 1997)

dq/dt * 1/A = K * ∆h/L

E, quando se atinge um regime estável de escoamento, K é determinado

diretamente. (NEVILLE, p. 484, 1997)

Segundo Neville (p. 488, 1997) a pasta de cimento hidratado é constituído de

partículas ligadas por uma pequena parte de sua superfície, por isso, uma parte da

água está adsorvida, essa, tem viscosidade elevada porém, tem mobilidade e participa

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do escoamento. Sabendo que a porosidade não é o único fator influenciador da

permeabilidade, outros fatores como dimensões, distribuição, forma e continuidade dos

poros são determinantes para essa característica. Desta forma, mesmo tendo menos

furos em quantidades, a pasta de cimento endurecida tem poros maiores,

proporcionando uma maior permeabilidade se comparado com o gel de cimento. Da

mesma forma, a água pode escoar mais facilmente pelos poros do cimento endurecido

do que pela pasta de cimento hidratada.

Segundo Silva (p. 61 apud BULLENTI, TEZUKA,NAI) permeabilidade do

concreto depende do tamanho dos furos, de como os poros estão dispostos, ou seja, a

distribuição dos poros, e da continuidade dos poros na pasta de cimento, depende

também da permeabilidade dos agregados, da zona de transição pasta/agregado, do

lançamento da pasta, adensamento e cura. A partir disso, compreende-se que a

porosidade, juntamente com substancias nocivas interferem significativamente na

questão da durabilidade.

A rigor permeabilidade se refere ao escoamento de um fluido através de um meio poroso. No caso do concreto, o deslocamento dos diversos fluidos se efetua não somente por escoamento através de meio poroso, mas também por difusão e adsorção. De modo que o que interessa realmente é a penetrabilidade do concreto. (NEVILLE, p. 482, 1997).

Como já visto anteriormente, quando mais tarde a correção de uma falha em

uma edificação, mais oneroso fica para executar a recuperação. Na fase de projetos, é

comum haver falhas, e as mais comuns, segundo Couto (2007)

Elementos de projeto inadequados e má definições das ações atuantes;

Falta de compatibilização entre estrutura e arquitetura, bem como os

demais projetos civis;

Especificação inadequada de materiais e materiais esbeltos que podem

gerar grandes deformações na estrutura;

Detalhamento insuficiente ou errado;

Detalhes construtivos inviáveis como juntas de dilatação sujeitas a

infiltração próximos a elementos estruturais.;

Falta de compatibilização entre os projetos da edificação;

Falta de padronização das representações (convenções)

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Erros de dimensionamento e no estudo do solo quanto sua capacidade de

carga.

De acordo com a NBR 12654 (1992), é necessário ter o controle dos materiais

utilizados na execução da obra para que seja de acordo com o especificado com o

projeto. No cimento por exemplo, deve ser monitorado seus aspectos físicos e

químicos, como finura, início e fim de pega, resistência a compressão, expansibilidade,

calor de hidratação, resistência ao fogo e quantidade de aluminato tricálcio e de álcalis.

A NBR 14931 (2004) define a etapa de execução das atividade sendo elas,

sistemas de formas, armaduras, concretagem, cura e outras, sendo que falhas nessa

etapa podem provocar danos ao desempenho da estrutura de concreto.

São comuns erros nessa etapa da seguinte origem:

Armazenamento inadequado de materiais no canteiro de obra, fazendo

que com que os materiais comprometam a qualidade do concreto.

Materiais inadequados ou desgastados como formas;

Desobediência ao detalhamento da armadura;

Concretagem deficiente, sem adensamento apropriado;

Cura inadequada do concreto;

Desforma de forma errônea;

Desde a fase de execução, há ações químicas, físicas e biológicas, que atuam

na argamassa do concreto de forma que agentes agressores penetram de dentro para

fora causando assim manifestações patológicas como: fissuração, eflorescência,

ataque por cloretos e sulfatos, reação álcali agregado, corrosão de armaduras e

carbonatação. (SOUZA, 2014, p. 18)

Mesmo quando essas duas etapas anteriores forem realizadas com a qualidade

adequada, as estruturas podem apresentar problemas patológicos oriundos da

utilização de forma errada, pela falta de um programa de manutenção ou um programa

de manutenção ineficiente da obra, de forma que o usuário pode se tornar o

responsável por gerar a deterioração da estrutura, seja por desleixo ou por falta de

conhecimento. (SOUZA e RIPPER, p. 27,1998).

A seguir, estudaremos sobre alguns tipos de manifestações patológicas

apresentadas no campus do CEULP/ULBRA durante a pesquisa.

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2.3 Desempenho

Como já dito acima, desempenho é a capacidade da estrutura de realizar as

atividades para que foi desempenhada – interagindo com o meio ambiente e resistindo

aos esforços solicitados - sem deteriorações que prejudicam sua estética, sua utilização

e sua atuação mecânica, para isso, evitar a presença de manifestações patológicas é

fundamental.

Segundo Andrade e Silva (2005), a presença de alguma manifestação patologia

está diretamente relacionada a perda de desempenho, sendo que a estrutura é

prejudicada no aspecto de utilidade, estético ou mecânico.

2.4 Vida Útil

Segundo Klein (1999) a vida útil de uma obra será determinada pelos cuidados

em relação a ela na fase de projetos, na execução e na fase do uso, com a utilização

adequada e na manutenção apropriada em seu tempo previsto pelo projetista. Como já

exposto anteriormente, a vida útil é a quantificação em tempo da qualidade que a

estrutura tem de permanecer durável diante de agentes como calor, umidade, ações do

vento e sobrecargas.

A ABNT NBR: 6118 (2014) define a vida útil de projeto sendo o “período de

tempo durante o qual se mantêm as características da estrutura de concreto, sem

intervenções significativas, desde que atendidos os requisitos de uso e manutenção

prescritos pelo projetista e pelo construtor.”

Segundo Helene (1992) o concreto terá a vida útil elevada se houver

sistemáticas manutenções e periódicas, mesmo assim, a estrutura pode sofrer efeito de

alguma ação além do que o esperado na fase de projetos e vir a perder seu

desempenho, antecipando o fim da sua vida útil.

2.5 Conceituando Manutenção

Segundo a NBR 5674, manutenção é definida como conjunto de ações a serem

tomadas com o intuito de recuperar ou manter o desempenho adequado da edificação

de forma a atender a segurança de seus usuários.

É importante conhecer alguns conceitos de manutenção ditos pela ABNT:

A manutenção de edifícios visa a preservar ou a recuperar as

condições ambientais adequadas ao uso previsto para as edificações.

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A manutenção de edifícios inclui todos os serviços realizados para

prevenir ou corrigir a perda de desempenho decorrentes da deterioração dos

seus componentes, ou de atualização nas necessidades dos seus usuários.

A manutenção de edifícios não inclui serviços realizados para

alterar o uso da edificação.

Andrade (1992) ainda destaca que há dois tipos de manutenções: preventiva e a

corretiva. A manutenção preventiva, é aquela descrita ainda em fase de projetos para

que sejam tomadas algumas ações durante o uso da estrutura para que se atingir a

vida útil especificado. Vale ressaltar que esse tipo de manutenção é especificado ainda

em fase projetos. Já a segunda, são ações a fim de corrigir algum tipo de deterioração

para que a estrutura não venha a colapso.

Outro responsável pela contribuição da garantia da vida útil, desempenho e

durabilidade da edificação é o usuário, – além, é claro, do proprietário e o investidor - já

que deve realizar algumas medidas de utilização determinadas pelos projetistas,

respeitada e viabilizada pelo construtor para atingir o desempenho da obra. (NEVILLE,

p. 21, 1997)

E na demora de uma política de manutenção, e até mesmo a iniciação dela, faz

com que os gastos com os reparos sejam ainda maiores. Segundo a lei de Sitter, dada

o nome de lei de evolução dos custos, quanto mais tarde for feita a correção, maior é o

gasto feito para a correção respeitando uma progressão geométrica de razão cinco.

Segue na figura 1 a ilustração da lei de Sitter:

Figura 1 - Representação de custos e fases da manutenção

Fonte: VITORIO, 2006.

Page 18: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

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Segue a relação de gastos com correções a cada etapa segundo Helene(1997),

conforme dito acima:

Projeto = 1 – nessa fase se enquadram todas as medidas tomadas na

intencionalidade de aumentar a durabilidade e a proteção da estrutura como aumentar

o cobrimento da armadura, diminuir a relação água-cimento, aumentar o fck do

concreto, especificar adições no concreto, adotar um tratamento superficial com protetor

da estrutura e outros, dessa forma, são enquadrados na fase um, com o custo mais

baixo entre todas as fases.

Execução = 5 – na fase seguinte, estão todas as medidas extra projetos,

que são tomados na etapa de execução da obra que implica em 5 vezes o custo se

comparado com a medida tomada em faze de projeto. Pode se observar, por exemplo,

que nessa fase, ao tomar uma decisão de redução da relação água/cimento para

aumentar a durabilidade, sendo que em fase de projeto, permitiria uma redução de

sessão de concreto, redução de armadura e de peso próprio.

Manutenção preventiva = 25 – nessa fase, são caracterizadas as

operações isoladas de forma a manter a estética e o bom funcionamento da edificação.

Um exemplo de manutenção dessa etapa são as pinturas frequentes e atividades

realizadas por um mal planejamento de projeto. Custam 25 vezes mais, caso o

problema fosse corrigido ainda em fase de projetos. Mesmo assim, ainda é mais

econômico que aguardar a estrutura apresentar manifestações patológicas onde as

manutenções serão corretivas.

Manutenção corretiva = 125 – trata-se dos trabalhos de diagnostico,

reparo, reforço e proteção das estruturas que anteciparam o fim da vida útil descrita em

projeto e já apresentam a presença de manifestações patológicas.

2.6 Empolamento e perda de aderência

Segundo Borges (2008), o empolamento nas alvenarias ocorre pela ação de

agentes agressores externos como intemperes, ou por perda de aderência do

substrato, fica visivelmente perceptível quando há o empolamento da argamassa, onde

cria-se irregularidades.

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Segundo Cincotto (1998) é possível haver um deslocamento do revestimento

quando há um excesso de umidade na alvenaria, descolando o reboco do emboço,

formando bolhas.

A perda de aderência ocorre pela falta de homogeneidade da estrutura causando

a separação física entre materiais, e consequentemente, fissuras. A aderência também

está ligada a porosidade do material, quanto menor o índice de vazios superficial do

material menor será a sua aderência, ou a aderência de outros materiais à ele. Sendo o

material mais poroso, mais fácil é a aderência de outros materiais à ele. Abaixo, na

figura 2, uma imagem ilustrando o empolamento:

Figura 2 - Ilustração de empolamento

Fonte: MARCOS, A., 2016.

2.7 Bolor

Segundo Shirakawa (1995) o bolor é a presença de vários tipos de fungos

filamentosos sobre qualquer tipo de substrato como o exemplo de argamassas

inorgânicas que com o desenvolvimento desses microrganismos nas alvenarias internas

e externas causam alterações estéticas, formando manchas escuras de tonalidade

escura.

O aparecimento do bolor é relacionado com a existência constante de umidade,

sendo comum em paredes umedecidas por infiltração de agua ou por vazamentos de

tubulações, dai, evita-se o bolor ou mofo ainda na fase de projetos quando se garante a

ventilação, insolação adequada de cada ambiente, e compatibilização de projetos para

Page 20: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

20

que não haja vazamentos de tubulações do interior da alvenaria. (ALUCCI; FLAUZINO;

MILANO, 1985). Abaixo, na figura 3, segue uma ilustração de bolor:

Figura 3 - Ilustração de Bolor

Fonte: MISTURAGERAL, 2016.

2.8 Eflorescência

Segundo Uemoto (2002) nesse tipo de manifestação patológica, são formados

depósitos de sais brancos na superfície do revestimento quando esses sais solúveis

presentes na argamassa de cimento migram para o exterior da alvenaria. Essa

migração é feita quando transportados pela água da hidratação do cimento, de limpeza

ou por infiltração e quando entram em contato com o ar, a água evapora e os sais se

solidificam.

Segundo Diniz (1993) evita-se essa manifestação patológicas aguardando a

secagem da superfície para só depois ser pintada. Quando já existe a manifestação

patológica, deve-se limpar o deposito de sais por raspagem, utilizar o selador resistente

a álcalis e pintar novamente com tinta látex acrílica, em caso de fachadas externas.

Esse mecanismo é descrito da seguinte equação:

Ca (OH)2 + CO2 H2O CaCO3 + H2O

Abaixo, como segue a figura 4, uma ilustração de eflorescência:

Page 21: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

21

Figura 4 - Ilustração de Eflorescência

Fonte: BLOG ELMAESTRODECASAS, 2011.

2.9 Fissuras

Duarte (1998) classifica fissura – que são aberturas de até 0,5 mm - em alguns

parâmetros. São eles:

Atividade:

Ativas: fissuras que apresentam mudança com o passar do tempo ou que

apresentam uma crescente em sua abertura.

Inativas: são aquelas que não apresentam mudança em seus estado físico

com o tempo.

Forma:

Isoladas: Fissuras individuais que seguem em uma direção predominante.

Disseminadas: aquelas que se apresentam em forma de rede de fissuras,

sendo mais comum em revestimentos.

Causas:

Excesso de carregamento

Variação de temperaturas

Retração e expansão

Pela deformação da estrutura

Recalque das fundações

Reações químicas

Page 22: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

22

Detalhes construtivos incorretos

Direção:

Verticais

Horizontais

Diagonais

Quanto a fissuração da estrutura por conta de sobrecargas em torno de

aberturas, segundo Thomaz (1989) ocorrem pelo esforço de compressão excessivo

sobre os vãos o que origina o aparecimento de fissuras nos vértices das aberturas, e se

apresentam de formas diferentes, pois dependem de elementos construtivos da

alvenaria como vergas e contravergas e a própria alvenaria em seu tamanho e rigidez,

como segue a figura 5:

Figura 5 - Fissura por sobrecarga na esquadria

Fonte: Thomas (1998)

Já as fissuras por causa de retração da laje, segundo Duarte (1998) é comum

ocorrer esse tipo de fissura quando a laje sofre uma movimentação causada pela

retração onde as paredes não acompanham o movimento, levando a fissuração. O

principal motivo dessa manifestação patológica é a perda muito rápida de água da

pasta de cimento, por secagem como mostra a figura 6:

Figura 6 - Fissuras Horizontais em Paredes por Retração de Lajes Intermediarias

Fonte: (THOMAZ, 1999)

Page 23: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

23

2.10 Retração Plástica

Segundo Scartezini (2002) materiais com bases cimentícia são propícios a

sofrerem retração por secagem, que é um produto de um fenômeno físico quando

aplicada a argamassa em estado mais líquido, e no processo de secagem, a

argamassa sofre tração, fissurando e comprometem a durabilidade da estrutura.

Segundo Cincotto (1998) as fissuras mapeadas ocorrem por causa da retração

da argamassa base da alvenaria e são apresentadas em forma de mapa em toda

superfície.

A figura 7 é um exemplo desse tipo de manifestação:

Figura 7 - Retração Plastica

Fonte: Neto, 2007

2.11 Movimentação térmica

Segundo a ABNT – NBR 6118 (2014), movimentações de origem térmicas

podem dar início a deterioração da estrutura como todo e podem ser evitadas com

medidas específicas que devem ser observadas em projeto, de acordo com a própria

norma. Essas medidas podem ser: a) a existência de juntas de dilatação em estruturas

sujeitas a variações volumétricas. b) isolamentos isotérmicos, em casos específicos,

para prevenir patologias devidas a variações térmicas.

Segundo Dal Molin (1988), as variações de temperaturas externas podem

ocorrer por mudança climática, incêndios, e as variações internas são decorrentes do

calor de hidratação do concreto. Segundo Aranha (1994) essas fissuras se apresentam

Page 24: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

24

de forma padronizada e podem ser evitadas com a construção adequada das juntas de

dilatação para que os materiais se comportem sem danificar a estrutura.

Essas fissuras também são originadas devido a impossibilidade do material de

se movimentar. Em casos de muita restrição de movimentação do material, a mínima

variação de volume provoca tensões internas levando a fissuração.

2.12 Corrosão

No concreto armado, uma das principais manifestações patológicas tem sido a

corrosão da armadura. Segundo Aranha (1994) quando a permeabilidade do concreto é

elevada, quando há falhas na elaboração do projeto estrutural, ou execução da obra,

quando não há o cobrimento necessário da armadura, há uma grande possibilidade da

estrutura sofres de corrosão da armadura.

Se dá por um processo que necessita de duas matérias, sendo elas o oxigênio e

a água, sendo ele eletroquímico pois transforma o metal em um íon metal quando a

barra perde seção pelo processo de corrosão e formando elementos de característica

expansiva que acumulam tensões internas que acabam fissurando o concreto devido os

esforços, deixando as armaduras mais expostas, acelerando o processo de corrosão

(CASCUDO, 2005)

Segundo Helene (2003) essa expansão provoca um aumento de volume de seis

a dez vezes maior que o volume original. Segundo o autor, há algumas características

apresentada pelas vigas e pilares quando há manifestação patológica do tipo de

corrosão da armadura como segue a figura 8:

Figura 8 - Características de estruturas com corrosão

Fonte: HELENE, 2003.

Page 25: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

25

2.13 Inspeção

Segundo Cascudo (1997, p. 77, 79) a primeira identificação do problema

patológico é pelos métodos visuais para a caracterização de todos os sintomas. Esses

métodos visuais, inseridos em uma inspeção preliminar, podem demandar de uso de

equipamentos como lupas, máquinas fotográficas, trenas e outros na intencionalidade

de registrar todas as anomalias encontradas na edificação para, a partir daí identificar

os tipos de patologias que atuam na edificação.

A inspeção preliminar consistirá em um exame visual para caracterizar todos os sintomas, assim como realizar um número pequeno de ensaios que permitam avaliar o problema e, dependendo do caso, preparar um plano mais detalhado para desenvolver uma inspeção pormenorizada. (ANDRADE, 1992 p. 51)

Segundo Barros (1997, apud SEGAT,2005) para determinar a gravidade da

manifestação patológica sobre a estrutura é preciso observar se ela é generalizada ou

localizada. Em caso de localizada, apenas aquela parte da estrutura precisa passar

pelo processo de reparo ou correção. Em caso de generalizada, deve-se tomar

medidas para vistoria de todo edifício e seguir o seguinte roteiro de vistoria:

Iniciar a visita pela parte superior do edifício, seguindo então

para a parte do térreo do edifício.

Cada ambiente de interesse do edifício deve ser vistoriado

obedecendo um sentido, horário ou anti-horário.

Após vistoriado o interior do edifício, partir para o exame do

exterior da edificação.

Fazer levantamento de dados de qualquer elemento

importante para o estudo.

Segundo Andrade (1992, p. 51) é recomenda-se que seja feita uma inspeção

preliminar que é feito no exame visual para a observação e registro de todos os

sintomas, e dependendo do caso, preparar minunciosamente atividades para a

inspeção detalhada para a caracterização e quantificação da deterioração da estrutura.

No presente trabalho, não é possível fazer a utilização de ensaios para determinar a

gravidade dos problemas encontrados.

Page 26: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

26

3 METODOLOGIA

Essa pesquisa é de caráter de estudo de caso, visto que o objeto em estudo são

as edificações do CEULP/ULBRA. Sabendo que não a como mensurar a gravidade da

manifestação patológica em números, a pesquisa se torna qualitativa de igual forma. É

de característica exploratória dada com a utilização de levantamentos bibliográficos por

meio de livros, artigos, revistas e dissertações sobre manifestações patológicas que,

comparadas com imagens fotografadas do objeto de estudo, é feito o diagnóstico.

Segue as etapas por ordem cronológica:

O trabalho foi realizado no Centro Universitário Luterano de Palmas situado na

Avenida Teotônio Segurado, Quadra 1501 sul, Palmas – TO, CEP: 77.019-900

conforme mostra figura 9, com a utilização do google maps.

Figura 9 - Imagem do CEULP/ULBRA

Fonte: https://www.google.com.br/maps/@-10.2757789,-48.3349819,732a,35y,90h/data=!3m1!1e3

Inicialmente foi feita a inspeção preliminar por exame visual, em seguida foi feito

o registro por fotos de cada manifestação patológica presente nos prédios 1, 5, 6 e 7 do

campus do Centro Universitário Luterano de Palmas, sendo registrado, elemento por

elemento, com a intenção de comprovar se os sintomas e a natureza do problema são

iguais em todas as manifestações ou se a causas são diversas para tipos de patologias

diferentes em pontos distintos do campus, como mostra a figura 6 de uma maquete

N

Page 27: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

27

eletrônica do CEULP. Nessa visita, apenas o prédio 1 foi visitado e feito o registro das

manifestações patológicas. Na segunda visita, foram registradas as manifestações

encontradas nos prédios 5 e 7, e na terceira visita o registro do prédio 6.

Figura 10 - Maquete eletrônica do CEULP/ULBRA

1 – Prédio administrativo

2 – Prédio 2

3 – Prédio 3

4 – Prédio 4

5 – Prédio 5

6 – Prédio 6

7 – Prédio 7

C – Central de atendimento ao aluno

H – Hospital veterinário

G – Ginásio poliesportivo

Fez-se a anotação de todos os sintomas visuais presentes em cada

manifestação patológica como manchas, cores, texturas e tamanhos de fissuras por

medições com a utilização de fissurômetro e posterior, a identificação da agressividade

do ambiente sendo ele um ambiente que tenha uma influência moderada para com a

edificação.

Page 28: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

28

Não foi possível fazer ensaios com corpos de provas, nem por retirada de

material, sabendo que a edificação da instituição de ensino não pôde ser alterada em

sua estética.

Sendo assim, foi feita uma análise visual ampla, com o registro das

manifestações acumulando todas as observações que foram feitas como sugere

Andrade (1992, p. 57)

Os registros das imagens foram feitos com câmera semiprofissional pelo autor do

projeto quando feita a visita in loco.

Utilizou-se caneta e prancha de papel A4 para anotações e registro de alguns

detalhes que não foram compreendidos nas fotos. Foi utilizada também, durante a visita

in loco, escalímetro de 30cm com escala de 1/100, e fissurimetro, quando necessário,

para a medição de fissuras e rachaduras, ou outros exemplares de manifestações

patológicas e para referência visual das dimensões delas.

Comparou-se as imagens registradas durante o trabalho com imagens de

manifestações patológicas catalogada em literaturas nessa área para o procedimento

de identificação delas e suas origens.

Destacou-se as possíveis causas de manifestações patológicas com maior

frequência encontradas durante o estudo, sendo que foram quantificadas o total de

patologias e agrupadas por tipo de manifestação com a utilização de tabelas e gráficos.

Para os resultados e discussões, levou-se em consideração as imagens

registradas durante o trabalho - elas são apresentadas no projeto - com manifestações

patológicas catalogadas e literatura com assuntos dessa área para o diagnóstico, o

mecanismo, origem e as principais causas de suas ocorrências. Não é feito o

procedimento de anamnese, tendo em vista não ter acesso aos projetos e memoriais

descritivos. Sendo entrevistados, quando necessário, os responsáveis administrativos

do campus.

3.1 Caracterização do objeto de estudo

O prédio administrativo e o prédio dos labins são compostos por concreto

armado e alvenaria de vedação e os prédios seis e sete são compostos de estrutura

metálica, alvenaria de vedação e drywall.

Segue a relação de prédios, dividido por andares, e tipo de salas da edificação:

Page 29: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

29

Tabela 1 - Salas por Prédio

Edificação Tipo de salas

Prédio 1 – Térreo Secretaria, sala de reuniões e

direção acadêmica; biblioteca,

capela e circulação.

Prédio 1 – 1º Piso Biblioteca e auditório.

Prédio 5 – Complexo Laboratorial

Térreo

Laboratórios e salas administrativo

Prédio 5 – Complexo Laboratorial

1º Piso

Laboratórios e coordenações

Prédio 5 – Complexo Laboratorial

2º Piso

Laboratórios e Mini auditório

Prédio 5 – Complexo Laboratorial

3º Piso

Laboratórios e Mini auditório

Prédio 6 – Terreo Laboratório de solos e Laboratório

de materiais

Prédio 6 - 1º Piso Salas de aula, coordenação e sala

dos professores

Prédio 7 – Labins - Térreo Salas de aula.

Page 30: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

30

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após entrevistas com funcionários e responsáveis pela manutenção dos prédios,

relatou-se que o campus de Palmas sofre com problemas de umidade principalmente

pela intensidade da precipitação e o volume de água relativamente grande.

Depois das manifestações patológicas terem sido diagnosticadas, foi discutido

sobre os sintomas, mecanismos, origens e as causas delas.

A primeira edificação visitada foi o Prédio 1, que se encontram os setores

administrativos do Ceulp como mostra a identificação da figura 11.

Figura 11 - Maquete Eletrônica do Campus

Foram encontradas manifestações patológicas como segue.

Na secretaria geral:

Page 31: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

31

Figura 12 - Alvenaria Interna - Secretaria

No caso da figura 12, percebe-se que há falhas no revestimento, causando um

desconforto visual, que possivelmente é uma falha provocada pela umidade em período

chuvoso. Essa umidade provoca uma má aderência do revestimento com a argamassa.

Nota-se que nessa mesma alvenaria, na parte externa da edificação, é encontrado

sinais de retração plástica onde vê-se fissuras inativas em formas de mapas que ocorre

no processo de cura do concreto pela perda rápida de humidade devido a evaporação

da água da pasta de cimento em suas primeiras horas de cura.

Segundo Carasek (2007) as principais atribuições do revestimento são:

Proteger a alvenaria e a estrutura contra a ação de intemperismo;

Integrar o sistema de vedação do edifício, contribuindo com isolamento térmico,

isolamento acústico, estanqueidade à água, segurança ao fogo e resistência ao

desgaste superficial.

Regularizar a superfície dos elementos de vedação e servir como base para

acabamentos decorativos, contribuindo para a estética da edificação.

Page 32: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

32

A seguir, na figura 13 e 14, percebe-se que há fissuras na alvenaria da parte

externa da secretaria como foi dito anteriormente:

Figura 13 - Alvenaria externa – Secretaria

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33

Figura 14 - Alvenaria Externa - Secretaria

Mesmo com essas fissuras, manchas e má aderência do revestimento na parte

interna do setor, essa manifestação patológica não produz umidade excessiva no

ambiente ao ponto de haver perda de materiais já que a estrutura passa por reparos

frequentes, sendo a última reforma feita no início do ano de 2017, onde trocou-se a

pintura do ambiente.

Na parte externa da estrutura do prédio 1, também nota-se outros pontos de

umidade na estrutura causando uma patologia no local de observação conforme item

2.7. Segue a figura 15, ilustrando a presença de bolor.

Page 34: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

34

Figura 15 - Alvenaria Externa - Prédio 1

Pode-se notar a presença de manchas de umidade e bolor, que são provocadas

pela umidade excessiva nesse local, proveniente de chuvas e infiltração de água de

tubulação interna, sabendo que a mancha é percebida desde o ponto de cima da janela

até o solo, onde vê-se o ponto de liberação de água, como destacado na imagem pelo

circulo. Esse tipo de patologia não traz risco a estrutura, não prejudicando o

desempenho da edificação.

Page 35: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

35

Figura 16 - Alvenaria Externa - Prédio 1 – Sala de Reuniões

Figura 17 - Alvenaria Externa - Prédio 1 – Sala de Reuniões

Nessas imagens, das figuras 16 e 17, percebe-se uma quantidade de umidade

excessiva no rodapé da alvenaria na parede externa do prédio 1. Isso ocorre quando a

um problema ou deficiência na impermeabilização da parte inferior da alvenaria. Sendo

Page 36: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

36

assim, o solo transmite umidade para a alvenaria e essa, se expande alguns

centímetros para cima por capilaridade devido a porosidade do concreto, como já foi

dito no item 2.1, quando dito sobre porosidade. Assim como as anteriores, esse tipo de

patologia não afeta de forma significativa para o desempenho da estrutura causando

apenas um desconforto do ponto de vista estético.

Observa-se outros pontos de deficiências da edificação na capela. Por ser a

última do prédio, há muitos pontos de infiltração de água proveniente de chuva e por

umidade do solo. Na figura 18, pode se perceber uma fissura no rodapé:

Figura 18 – Alvenaria Interna - Capela

Fissura

Após entrevista com o capelão geral do Ceulp, constatou-se que em dias de

chuva, há transbordo de água nesse local como destacado na figura 18, sendo que há

vazamento do primeiro pavimento até a parte que a cerâmica destacada.

Possivelmente, proveniente de uma tubulação que está causando a infiltração.

Page 37: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

37

Figura 19 - Alvenaria Interna - Capela

Percebe-se que na capela, a mesma parede que ocorre a patologia da figura 18,

também ocorre a manifestação da figura 19 que é a infiltração de água, vinda da parte

superior da parede, podendo perceber manchas provenientes de excesso de umidade,

que ao longo do tempo pode ficar mais evidente. Ao contrário das manifestações

anteriores, esse tipo de manifestação patológica compromete o desempenho da

estrutura, visto que a umidade dentro do ambiente pode danificar equipamentos de

dentro do estabelecimento como piano, livros e estantes que ficam encostados na

parede, levando-os a deterioração por umidade.

A figura 20 já mostra um outro tipo de manifestação patológica.

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Figura 20 - Alvenaria Interna – prédio 1 - Capela

Nota-se que se trata de uma mancha branca, provocada pelo excesso de

umidade do local chamada de eflorescência. É a reação química do dióxido de carbono

presente no ar ou na água com componentes da pasta de cimento carreados pela água

para o lado externo da alvenaria. Também na figura 21, nota-se o empolamento:

Figura 21 - Alvenaria Interna - prédio 1 - Capela

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39

Figura 22 - Espaço Funcionário - Externa

Na figura 22, nota-se um desplacamento do concreto que por ser paralelo à

extremidade da parede, julga-se possivelmente ser uma corrosão da armadura do pilar,

levando a expansão das barras, o que gera esforço internos que o concreto não resiste,

sendo ele resistente para suportar esforços de compressão e fraco para suportar

esforços de tração, como esclarece o item 2.12.

Na figura 23 vê-se algumas fissuras na extremidade da esquadria em sentido

diagonal na direção do solo. Isso se dá possivelmente pelo incorreto processo de

construção da obra, onde a alvenaria sofre uma sobrecarga próxima ao vão causando

assim a fissura. O erro no método construtivo é não executar a verga e contraverga do

vão para essa estrutura sim distribuir as tensões que seriam distribuídas sobre a

esquadria. Percebe-se muitas vezes uma flambagem na estrutura da esquadria na

parte superior por conta da sobrecarga.

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40

Figura 23 - Esquadria - Espaço Funcionário

Fissura essa, parecida com fissuras catalogadas como mostra o item 4.9.

Uma ilustração, como a figura 24, mostra como as vergas e contravergas devem

ser executadas de forma a evitar essas fissuras como acima:

Figura 24 - Descrição de Verga e Contraverga

FONTE: FROLLINI, C. B., 2016,

Ainda no prédio 1, na biblioteca, pode se perceber uma sala com uma grande

área com excesso de umidade, mostrando alguns pontos de bolor como descrito no

Page 41: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

41

item 2.7, trazendo inúmeros problemas para os materiais do interior da sala, como

mostra a figura 25:

Figura 25 - Sala da Biblioteca - Interna

Em entrevista com a responsável pelo setor da biblioteca, relatou-se que por

causa da umidade muito grande na sala, no início do ano de 2017 vários livros foram

desfeitos pois absorviam umidade e estragaram. Dessa forma, essa alvenaria já não

está desempenhando todas as funções para que foi construída.

No prédio 7 ou labins, conforme figura da maquete do CEULP/ULBRA,

percebemos alguns pontos de umidade como segue a figura 26:

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Figura 26 – Parede Externa – Prédio 7

Como selecionado na imagem, vê-se manifestação patológica de bolor. Segundo

Alucci e Flausino e Milano (1985) o bolor pode ser encontrado comumente nas

edificações em regiões tropicais, é considerado um problema de grandeza econômica

pois exige que constantemente se faça manutenção do revestimento, gerando gastos

dispendiosos. É comum o emboloramento de alvenarias com alto grau de umidade

sendo por infiltração ou por vazamentos de tubulações no interior da alvenaria. O Bolor

é um tipo de microrganismos do tipo fungo que tem como principio fundamental para a

sua proliferação, a umidade, por isso, evita-se o bolor com a presença dos raios

solares, ventilação e a diminuição do risco de umidade.

Ainda no prédio 7, percebe-se uma rachadura na alvenaria e fissuras na calçada.

Nota-se na figura 27 que a rachadura já tem uma dimensão bem maior que o comum

variando de 1,5 mm a 5,0 mm. Essa rachadura apresentada na figura, segundo o item

2.9 é caracterizada como ativa, pois percebe-se uma crescente da fissura conforme o

seu comprimento; isolada e no sentido em diagonal. De acordo com entrevista com o

funcionário do CEULP/ULBRA, Rangel Silva, que presenciou as etapas de construção

do prédio, essa rachadura no revestimento se dá pelo método construtivo. Segundo ele,

no processo de construção dos pilares do prédio 7, foi-se utilizado tubulações de PVC

como formas para os pilares que posteriormente não sendo desformados, criou-se um

problema de aderência do revestimento com o pilar, pois como já dito no item 2.6, o

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43

reboco sofre de má aderência com o material PVC, que ao solicitado pela estrutura de

cobertura, descola-se do pilar.

Figura 27 - Parede Externa – Prédio 7

Figura 28 – Calçada – Prédio 7

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44

Já as fissuras no piso da figura 28, nota-se ser oriundo de movimentação

térmica como exposto no item 2.11. Por causa da dilatação térmica diferentes entre os

materiais do contrapiso, gerou-se fissuras no sentido e nos locais onde deveriam haver

juntas de dilatação para que os materiais se movimentassem livremente quando

expostos a variações de temperaturas.

A seguir, nas figuras 29 e 30, nota-se a presença de umidade e bolor na

alvenaria, encontradas no prédio 5:

Figura 29 - Complexo Laboratorial – Térreo

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45

Figura 30 - Complexo Laboratorial - 1 Piso

Nota-se a presença de umidade excessiva tanto no pavimento térreo quanto no

primeiro pavimento do prédio 5 e a presença de bolor como descrito no item 2.7, que

segundo entrevista com assessor administrativo, é proveniente da drenagem da agua

dos condicionadores de ar, sendo que essa tubulação teve um rompimento. Esse tipo

de patologia acaba gerando muitos gastos, já que há a necessidade de manutenção e

correção do revestimento com muita frequência afim de manter o controle quanto a

umidade e estética da estrutura. Também foi visitado o interior desses ambientes e não

há presença de manifestação patológica aparente, pois segundo a responsável, no mês

de julho de 2017 houve uma manutenção da estrutura. Porém, antes da manutenção,

segundo ela, houve uma perda de materiais do laboratório por conta da umidade

presente no ambiente.

Ainda no primeiro pavimento do prédio 5, nota-se uma fissura entre uma sala e

outra, a cima da esquadria como descrito no item 2.11, como mostra a figura 31 e a

seleção, como segue a imagem.

Page 46: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

46

Figura 31 - Complexo laboratorial - 1º Piso

Ainda no complexo laboratorial, fez-se o registro de uma infiltração entre o

primeiro piso e o segundo, sendo perceptível a visualização de presença de água entre

os dois pavimentos de forma indevida. Após entrevista com Rangel Silva, essa umidade

é originada da junta de dilatação entre os prédios que por deficiência de

impermeabilização da junta, infiltra-se água, sendo percebida em todos os pavimentos,

como mostra a figura 32:

Figura 32 - Complexo Laboratorial - Circulação Interna

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Foi visitado também o prédio 6 do campus, onde foi encontrado umidade

excessiva nas seguintes salas do primeiro andar: 616, 617, 618, 619, 622, 623, 624,

625, 626, 628, 629, sala de multimídia, sala dos professores e coordenação de curso.

Grande parte da umidade é pela infiltração de água pelas ligações da alvenaria e as

esquadrias e também pelo forro, como mostram as figuras 33, 34, 35 e 36:

Figura 33 - sala de aula - prédio 6

:

Figura 34 - sala de aula - prédio 6

Page 48: PAULO RICARDO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA ANÁLISE DAS

48

Figura 35 - sala de aula - prédio 6

Figura 36 - sala de aula - prédio 6

Em todas essas salas que foram citadas encontrou-se essas manchas de

umidade próximos as esquadrias. Além da sala dos professores, como mostra a figura

37:

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49

Figura 37 - sala dos professores - prédio 6

Ainda no prédio seis, foi percebido e registrado alguns setores do térreo que

apresentaram problemas referentes a umidade excessiva. Exemplos disso temos o

laboratório de solos, laboratório de materiais e na parte externa do prédio, com mostram

as figuras 38, 39, 40, 41, 42 e 43:

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Figura 38 - Prédio 6 - Laboratório de Solos

Nota-se uma grande mancha de umidade, próximo a alvenaria, que segundo o

responsável pelo setor, em dias de precipitações uma grande quantidade de água

percola para a parte de dentro do ambiente pela ligação da alvenaria e a esquadria.

Ainda segundo o responsável, por causa do sistema de drenagem falho, uma grande

quantidade de água entra no setor pois o ralo não é capaz de conter o volume de água

que também vem do lado de fora, já que a inclinação da calçada é contraria, fazendo

com que a água do lado de fora entre no setor.

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Figura 39 - Prédio 6 – Alvenaria Interna - Laboratório de materiais

No laboratório de materiais, conforme a figura 39, também se percebe uma

grande quantidade de umidade provinda das precipitações. Segundo o responsável,

essa manifestação patológica teve início quando ao ser comprada uma prensa para

ensaios, teve que se quebrar a parede, já que a prensa não passava pela porta, ao

refazer a parede, de forma inapropriada, houve essa concentração de umidade.

Também na parte externa da estrutura percebe empolamento e má aderência do

revestimento como mostra a figura 40:

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Figura 40 - Alvenaria Externa - Laboratório de Materiais

No prédio 6, também se nota algumas irregularidades no revestimento da

alvenaria próximo ao solo. Isso se dá pela umidade provinda do solo por capilaridade,

quando há falhas ou não há a devida impermeabilização da alvenaria com o solo.

Dessa forma, se vê nas figuras 41 e 42 essa manifestação patológica:

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Figura 41 - Prédio 6 - Alvenaria Externa

Figura 42 - Prédio 6 - Alvenaria Externa

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5 CONCLUSÕES

Com o objetivo de avaliar as condições das edificações dos prédios 1, 5, 6 e 7 e

manifestações patológicas presentes nas edificações, o presente trabalho apresentou

revisão bibliográfica, juntamente com a metodologia para a sua realização de forma que

ficou claro quais os tipos de manifestações encontradas e em que condições se

encontram.

Para o diagnóstico, utilizou-se de comparativos com imagens de manifestações

patológicas catalogadas na área de pesquisa com imagens registradas na realização do

trabalho, para que o leitor compreendesse melhor que tipo de manifestação se trata.

Nota-se que há uma predominância de incidência de manifestações patológicas

oriundas de excesso de umidade, seja elas por capilaridade, infiltração de tubulações

defeituosas, ou mesmo pelo contato frequente com a á gua de condicionadores de ar.

Também se faz presente fissuras, trincas e rachaduras em alguns prédios que ao

comparadas com a bibliografia utilizada, possibilitou os diagnósticos das mesmas.

Conclui-se que, a edificação do campus tendo 25 anos, apresenta manifestações

patológicas que com manutenções preventivas evita o agravamento da mesma. Muitas

vezes essa correção é ignorada, fazendo com que o custo para a reforma seja ainda

maior, sendo ela já corretiva, e como já visto, o custo de uma manutenção corretiva é 5

vezes maior que uma manutenção preventiva.

Nota-se que as reformas feitas no Ceulp/Ulbra são feitas de forma paleativa na

intensão de amenizar esteticamente os problemas por umidade. Com isso, de tempos

em tempos gasta-se com esse tipo de atividade, quando a manifestação patológica

compromete a estrutura e seu desempenho, ou de forma a evitar que haja uma perda

de patrimônio.

Por fim, durante a realização do trabalho, notou-se uma quantidade significativa

de manifestações devido a umidade. Segue a relação de manifestações patológicas

estudadas durante a realização da pesquisa, como mostra a figura 43:

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Figura 43 – Gráfico de Manifestações Patológicas Estudadas

Tipos de Manifestações Patológicas Citadas

Empolamento

Retração Plastiva

Bolor

Manchas de Umidade

Capilaridade

Eflorescência

Corrosão

Vega e Contraverga

Materiais Impróprios

Retração Térmica

Depois de entrevistas com responsáveis pelos setores que apresentam

manifestações patológicas, foi relatado que as atividades corretivas são feitas

periodicamente, geralmente depois do período chuvoso, esse, que agrava mais a

situação da estrutura. Fazendo a reforma, a instituição da inicio as suas atividades no

inicio do semestre letivo com essas manifestações patológicas aparentemente

corrigidas.

É necessário e viável economicamente, a correção dessas manifestações

patológicas a fim de evitar gastos futuros na manutenção e correção desses pontos

localizados.

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6 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Analisar e apresentar formas de manutenção e reparo para as

manifestações patológicas apresentadas pelo presente trabalho.

Fazer o levantamento das manifestações patológicas presentes no

complexo esportivo, hospital veterinário e central de atendimento/arquitetura.

Analizar as condições fisicas e mecânicas dos reservatorios de água do

campus do CEULP/ULBRA e avaliar se necessita de reparos e manutenções.

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