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PATRULHAMENTO SEXUAL EM ITAIPU EM FOZ (.4 ,ai A LIBIA SOCIALISTA DE KH F1 Foz, 29/04/1.982- Ano 02 1W 47 - Cr$ 50,00 NOSSC ER 1O TENTA EXPLICAR

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PATRULHAMENTOSEXUAL

EM ITAIPU

EM FOZ(.4

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A LIBIASOCIALISTADE KH F1

Foz, 29/04/1.982- Ano 021W 47 - Cr$ 50,00

NOSSC ER 1OTENTA

EXPLICAR

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Banqueiros são osVampirosdos BancáriosEntre agências e postos de atendimento, Foz do Iguaçu

conta com 17 estabelecimentos bancários, servidos por cerca de800 empregados. Corno em todos os setores da economia do mu-nicípio, o setor bancário aqui entrou pela porta aberta com a cons-trução de Itaipu e dificilmente houve empresas tão bem sucedidasquanto os bancos.

Se, por outro lado, os bancos progrediram, seus empre-gados foram sendo progressivamente reduzidos à condição de umadas categorias profissionais mais exploradas. Defesas os trabalhado-res têm poucas, enquanto para o ataque os banqueiros dispõem dearsenais.

Em 21 de novembro de 1980, sob a liderança de AlvaroMoreira da Costa, funcionário do Banco do Brasil, foi formada aAssociação Profissional dos Bancários de Foz do Iguaçu, para darassistência jurídica e alguma participação social aos associados -sempre dentro das tremendas dificuldades que caracterizam todo otrabalho associativo em Foz do Iguaçu. A primeira diticuldadenasce com a falta de participação da classe. Dos quase 800 ban-cários empregados nas agências de Foz, apenas 343 estão associa-dos à entidade, que em 13 de janeiro último recebeu do ministrodo Trabalho a carta sindical que automaticamente transforma aAssociação em Sindicato. -

Para tanto, está marcada a data de 13 de maio para aeleição da primeira diretoria e constituição definitiva do Sindicatodos Bancários de Foz do Iguaçu. Evidenciando a desconsidei açãoda classe para com sua entidade representativa, observa-seapenas uma chapa concorrendo à eleição. Para presidente, o -andídato é Antonio Mariano da Silva Flores, funcionário do Ba.0coBandeirantes; para vice-presidente, Francisco Teixeira NoLe; Pa-.asecretário, Valdevino Fagundes dos Santos Sauer; e para tesoue'ros, Vilmar Cavalcante de Oliveira e Tadeu Bastos de Meio. O Sin-dicato alugou a sala 203 do Edifício Metrópole (Travessa CristianoWeirich, 91), contratou uma secretária e oferecerá aos associadosassistência jurídica e social através dos respectivos departamentos,além de descontos preferenciais em determinados estabelecimentoscomerciais da cidade, com os quais a Associação mantém convênio,

Desrespeito a CLTMas o que poderá, efetivamente, fazer o Sindicato dos

Bancários? Não será por falta de problemas que essa pergunta vaificar sem resposta. Por qualquer ângulo que se analisar a profissãode bancários, sobram motivos para muita luta. Resta esperar pelaatuação da entidade representativa da classe, porque as queixas dosfuncionários de bancos, especialmente os privados, são muitas, esérias.

"O problema do trabalhador em geral é o mesmo paratodos. Todos brigam mais ou menos pela mesma coisa: a não obe-diência ao disposto na CLT" - afirma o bancário Alvaro Moreira daCosta. "Você observa a maioria dos bancos, especialmente os pri-vados, e vê que não respeitam a CLT em muitos dos seus pontosfundamentais. Aqui em Foz, salvam-se os estatais, talvez só o Ban-co do Brasil e a Caixa Econômica Federal, que observam integralmente a legislação trabalhista. Ao menos a Associação, que agoravai passar a Sindicato, não recebeu reclamações trabalhistas defuncionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.Seria desejável que todos os bancos tomassem por modelo o tra-tamento dispensado pelo Banco do Brasil" - disse Álvaro Moreira.

A mais gritante aberração nas condições de trabalho nosbancos que operam em Foz do Iguaçu situa-se na carga horária ile-gal imposta aos trabalhadores. Por determinação do Banco Centrale da própria CLT, a carga horária é de 6 horas diárias, com opçãopara 2 horas extras, só que estas nunca foram opcionais na prática.O empregado perfaz naturalmente 8 horas, quando não 9, 10 oumais.

Sem desmerecer a falta de escrúpulos de outros bancos,os que se destacam em Foz do Iguaçu na exploração dos funcioná-rios são o Bamerindus, o Bradesco e o Unibanco. O Banco Centraldeterminou que para o atendimento público o banco só pode ficaraberto 6 horas por dia, mas os bancos privados abrem às 8 ou 9 damanhã e praticamente não têm horário para fechar. "Mesmo de-pois de fechado o banco ao público, o funcionário tem que con tinuar no serviço para cumprir sua tarefa diária" - acusam os diretores do Sindicato. "Muitas vezes o empregado faz três ou quatrohoras extras por dia, mas não recebe um centavo por isso:'

Uma funcionária do Bamerindus conta que seu horáriolegal de trabalho seria de 8 horas diárias, entrando às 8 da manhãe saindo às 6 da tarde, com duas horas para o almoço. Mas ela,como tantos outros, sente-se obrigada a entrar às 7h30 para só sairquando termina o serviço, não quando o horário esgotou. "Nin-Nosso Tempo- Foz, 29/4/1982- Página 2

juem obriga entrar antes ou sair depois, mas cada um tem seu tra-balho e, se não concluir, evidentemente passa a ser marcado comomau funcionário e acaba ganhando a conta" - relata a moça.

No Bamerindus, no Bradesco, Unibanco, Sul Brasileiroe outros, os empregados não têm horário de trabalho. Eles têmuma empreitada diária, que tem um preço fixo - o salário -, e de-vem concluí-la. Só aí termina o expediente. E, mesmo saindo às9 ou 10 horas da noite, o ponto é batido às 6 horas.

Outro funcionário do Bamerindus acusa que os contado-res muitas vezes trabalham até altas horas da madrugada, sem rece-ber. No Bradesco acusam que às vezes são obrigados a trabalharaos sábados e domingos - mesmo para atender ao público, pagandocheques, aceitando depósitos. Há pessoas amigas do gerente e estelhes dá todas as regalias às custas do sacrifício do empregado.

Um funcionário do Bradesco conta como procedem osempregadores para não pagar horas extras: Se o empregado admiti-do tem direito a um salário de 30 mil cruzeiros, assina um contratocom ordenado de 20 mil, mas acrescentam então mais 10 mil atitulo de "complemento de ordenado' Se depois o empregado re-clama pelo pagamento de horas extras, o empregador cai fora como argumento de que o banco paga 10 mil de complemento, e ficaPor isso. Mesr diante do Ministério do Trabalho, os banqueirosestão orotegio 5 agindo dessa maneira.

A par disso, "se o empregado chega ao serviço 15 mi-nutos atrasa 4.j0, é advertido e até sofre descontos no ordenado.Contudo, qu4ndo raz horas extras, nem um muito obrigado ouvedo patrão" - 10 wxa-se um funcionário do Bradesco.

Essa carga horária injusta e ilegal, além de estafante, im-possibilita a maioria dos jovens que trabalham nos bancos de estu-darem. A grande maioria dos funcionários dos bancos particularessão jovens, adolescentes que mal completaram 18 anos, havendotambém muitos menores trabalhando como contínuos. "Entre osbancários são poucos os que podem estudar, e os que estudam per-dem muitas aulas e são reprovados nas escolas" - acusa uma funcio-nária do Bamerindus.

Importa lembrar que, em qeral, a responsabilidade portudo isso não é dos gerentes das agências. Eles também cumpremordens da direção do banco, e pouco podem fazer.

Contrato deslealA diretoria do Sindicato dos Bancários denuncia que há

menores trabalhando como contínuos e que muitas vezes são for-çados a trabalhar aos sábados, domingos e feriados. Eles recebemdiversas tarefas e é comum não darem conta do recado, porque osrecados são muitos, acumulam,e o chefe não perdoa. Assim,o alí-vio desses contínuos quando há um feriado consiste em poderemliquidar com as tarefas estocadas em suas agendas.

Já os caixas amargam responsabilidades maiores, sob pe-nas também maiores. Quando acontecem os famosos "furos" - que-

bras de caixa -, o responsável amanhece no banco paradescobrir onde as contas estouraram, seja a favor do banco ou emprejuízo do caixa.

Aliás, aqui surge o mais berrante, desleal contrato que seconhece. Ao assumir a função, o empregado assina um termo decompromisso com o banco, ficando obrigado a pagar, em 48 horas(caso do Bradesco), toda a importância que faltar na hora do fe-chamento do caixa. Se, porém, sobrar dinheiro, este é contabiliza-do em favor do banco. Dizem que quando sobra não é possíveldeixar com o responsável pelo caixa porque este poderia então fa-zer suas jogadas e embolsar boas somas diárias, saqueando clientesdistraídos. Como o banco está estruturado de modo a não aceitar amenor perda, o empregado assume todo esse risco. Em troca rece-be uma espécie de adicional de risco de 2 mil cruzeiros, ou poucomais, variando de banco para banco. Essa importância foi fixadanum acordo celebrado entre o Sindicato da classe e o Sindicatodos Banqueiros.

Não é à toa que já houve tempo em que o Bradesco, aocontratar um funcionário, obrigava-o a assinar uma declaração emque jurava solenemente: "Prometo amar a Deus e ao Banco acimade meus interesses pessoais". Uma espécie de profissão de fé, deconfiança nos firmes propósitos do banco...

E a mulher?No Bamerindus - confessa uma bancária - simplesmente

não há uma mulher casada. Mulher casada eles não admitem nun-ca' Mesmo assim, a maioria dos empregados do Bamerindus sãomoças. Será apenas uma questão de "public relations" ou de esté-tica? Não.

Nesse ponto há apenas o seguinte: Na agência do Bancodo Brasil em Foz, a maioria das mulhres são casadas. Fora do BBnão se vêem mulheres casadas trabalhando em bancos. O Fundo eGarantia está para isso: garantir o do patrão, eis que os encargos so-ciais do empregador para com uma gestante podem pesar na folhade pagamento.

"Há muitos bancos em que a empregada não pode casarsenão é despedida. Casou ou engravidou, o patrão chama para umacordo" - observaram os membros da diretoria do Sindicato dos

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Bancários de Foz, em entrevista a este jornal. "Quando a funcioná-ria diz que vai casar, o gerente a chama para o acordo, isto é, ga-nhar a conta" - acrescentaram.

Intensa rotalividade

A política de não manter no banco mulheres casadas ede despedir os funcionários que passam a se tornar caros devidoao tempo de serviço e às promoções previstas no plano de carreirada classe, tudo isso faz com que ser bancário é emprego para jo-vens, sempre principiantes - e custando pouco ao empregador.

Os diretores do Sindicato se queixam da intensa rotati-vidade da mão de obra. "Se por direitos adquiridos um funcioná-rio merece duzentos mil cruzeiros mensais, o banco prefere inde-nizar e contratar outra pessoa para a mesma função, pagando-lheuns 80 mil por mês" - relatou um funcionário do Bradesco. "Quan-do chega a hora de ser promovido, dão a conta" - diz, por expe-riência própria, um bancário. "A rotatividade é um problema se-riíssimo". "Promoção depende de tempo de serviço, de experiênciano cargo, e puxa-saquismo"- disse um ex-gerente.

Não há, efetivamente não há outro banco, a não ser oBB, que ofereça um plano de carreira sério, confiável.

Mas há um detalhe curioso: Os bancários que fazemparte da diretoria sindical não podem ser dispensados, nem mes-mo após um ano do término da respectiva gestão. Ë sem dúvidaum privilégio - muito mal aproveitado - por essa classe tão cas-murra, silenciosa, desorganizada, mas trabalhadora.

No mais, será que o contato permanente com o dinhei-ro não vicia?

Desemprego

O Sindicato dos Bancários declarou a esta reportagemque praticamente não existe desemprego para os profissionais darede bancária em Foz do Iguaçu. Entretanto,um alto funcionáriode um banco privado garantiu que há bastante desemprego.

Destaca-se ainda, porém, que as agências bancárias têmsido importante fator de absorção de mão de obra, mas atualmenteo fervor de instalar agências em Foz do Iguaçu esfriou entre os do-nos dos bancos. Significa que a oferta de emprego nos bancos es-tancou - desde que não se confunda novos empregos com rotativi-dade no mesmo emprego.

Havendo desemprego na classe e sabendo-se da cargahorária ilegal imposta a quem está empregado, percebe-se comque voracidade operam os bancos, que pouco se importam se osclientes passam horas numa fila para chegar até o caixa.

Como consolo final, resta aos bancários um certo pri-vilégio. Conforme ponderou um membro da diretoria do Sindicato,"a pessoa que tenha passado pela experiência de um banco temfacilidade para arrumar outra colocação, em outro setor da eco-nomia. A experiência adquirida em banco é uma experiência quequalquer empresa deseja" - disse. "O banco é uma espécie de esco-la".

Sob um Regimedo Chicote

Quem lucrou mais que os bancos dentro da política eco-nômica do governo tecnocrata e militar da era pós-64? Nem mes-mo o próprio governo. E como os bancos se constituíram num dospoucos setores da economia que ficou imune,, e até beneficiado,com a grave crise que se abateu sobre o Brasil nos últimos anos?

Dentro do sistema capitalista impera a lei do lucro. E aprimeira fonte de lucro está na exploração do trabalho alheio. Nes-se aspecto, os bancos têm-se revelado mestres acabados no Brasil.

Aqueles por cujas mãos passam diariamente os milhõesde cruzeiros que resultam em lucros para seus donos e para os ban-cos, sio hoje uma classe trabalhadora em decadência, fazendo corojunto a todas as classes trabalhadoras do país, jogadas que foram àcondição de peças de uma engrenagem produtiva sem o menor es-pírito social.

Os bancários, componente mecânico em seus compar-timentos, obrigados a um horário rígido, são hoje a própria ima-gem do trabalhador sugado pelos patrões. A outrora promissoracarreira do bancário resultou hoje numa acidental passagem porum estabelecimento do gênero, para jovens simplesmente não fi-carem desempregados, com raras exceções. Se anos atrás ser ban-cário dava status e significava garantias de estável carreira profis-sional, atualmente nem mesmo o sempre cobiçado Banco do Bra-sil oferece aquelas vantagens que faziam de seus funcionários inve-jados profissionais, que asseguravam para si a quase certeza de umavida tranquila.

O dia-a-dia atraí de cheques, ordens de pagamento,

compensações, carteiras de crédito, financiamento e o escam-bati, fazem do bancário antes de tudo uma das peças da mais pode-rosa máquina geradora de lucros do país, sem que essa peça daengrenagem se veja recompensada por seu desempenho.

Numa matéria publicada pelo jornal —Movimento -, umfuncionário do Banco do Brasil disse ao repórter que "as grandesaventuras da vida de um bancário são as mudanças do corte da rou-pa" Não está de todo errado. O bancário experimenta pouquissi-mas oportunidades de crescimento pessoal por viver eternamentecumprindo ordens rigorosas e operando dentro de um esquemapré-estabelecido, mecânico, numérico. O bancário, em sua função,pouco ou nada é mais que um operador de alavancas, acionador debotões e teclas.

São Francisco de Assis qualificou o dinheiro de "estercodo diabo" Pois, é isso que os bancários manuseiam, e é mais oumenos assim a sua profissão.

O funcionário do Banco do Brasil que falou ao jornal"Movimento" resumiu com propriedade a profissão: "Logo quefui ser bancário, entrei como "office-boy" no Comercial; todaminha família exultou. Naquele tempo ser bancário era uma carrei-ra de prestígio e a gente enchia a boca quando dizia que era bancá-rio. Se entrasse no Banco do Brasil, então, era um sonho, a certezade um salário certo para toda a vida. Uma carreira até melhor quea de professor. Grandes nomes das letras eram bancários. Políticos,administradores - uma beleza. Mas depois, aos poucos, tudo co-meçou a mudar. Os salários foram não prestando mais, o serviçofoi ficando cada vez mais impessoal e a gente nem mais reconheceos colegas do banco. (...) Eu não me arrependo da minha vida debancário porque peguei uma fase boa, pude comprar minha casae ainda hoje tenho certo conforto. Mas, se eu fosse novo e tivesseque recomeçar, tenho certeza: eu não seria nunca um bancário.Ser bancário hoje em dia é viver quase na miséria, debaixo de umregime de chicote".

Ao contrário de quando os bancos e suas agências erampoucas, com a proliferação de instituições e agências os bancáriospassaram a ter dificuldades em sua união, porque hoje esta profis-são é passageira. O funcionário está ali enquanto não arranja outroemprego, ou então faz dessa oportunidade um trampolim paraconseguir outro trabalho melhor. A intensa rotatividade, porém,não é apenas urna pedra no sapato dos bancários; é, acima de tudo,um dos mais generosos ingredientes dos lucros dos banqueiros, quetêm nesse fenômeno uma de suas melhores fontes de econom/a,pois estão sempre pagando salários de iniciantes, economizandograndes swnas em dinheiro. Os banqueiros procuram manter só oschefes, os gerente, contadores - bem remunerados e bem distancia-dos dos funcionários comuns. A primeira coisa que um novo fun-cionário aprende num banco é ter medo do chefe, do gerente.Aprende, também, a ter medo de errar, porque o banco nuncaperde um centavo, e o funcionário que erra é multado no ato:tem que pagar o preço do erro, seja qual for a importância. "Agente chega sem saber nada, com medo de errar porque está li-dando com dinheiro, e o dinheiro é a coisa mais saqrada nesta SQ-

cíedade. As primeiras conversas que a gente ouve num banco saosobre desfalques, furos de caixa, erros fantásticos, trocas de im-pressos que param computadores - tudo num clima de terrordanado", confessou outro bancário ao jornal "Movimento""Hoje a maioria dos bancário é de jovens, estudantes, pessoal quevai sair logo se puder. Só nos bancos do governo é que o pessoalfaz carreira"

O dia-a-dia do bancário é tão monótono e as responsa-bilidades tão escrupulosas • que a categoria profissional é uma dasque apresentam o maior número de neuróticos e doentes mentais.Diante disso, os banqueiros não se comovem. O que querem émesmo um bando de funcionários-máquina, que trabalham semconversar, sem reclamar, sem errar. E, naturalmente, dando muitolucro ao banco.

Em resumo, os banqueiros são verdadeiros vampirosque sugam até a última gota de sangue do bancário e depoisoabandonam. - Juvênc,o Mazzarollo

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EditorFábio Campana

Chefe (sem súditos):Juvêncio Mazzarollo

Representante em Curitiba:G. Cadamuro, Praça Zacarias, 80

1 9 andar, conj. 708

Nosso Tempo é umayublicaço daEditora Liberaçao Ltda.

Rua Edmundo de Barros. 830Bairro MBoicy

(85890)- Foz do Iguaçu. PR

ImpressãoEora Valério Ltda.Fone (0452)64-1366

Medianeira . Paraná

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Festejos do aniversário de FozBancode carrosroubados

Correram boatos por aí de queos brasileiros que vivem no Paraguai es-tRo ameaçados de perder suas proprie-dades, suas terras.....a menos que lega-lizem, apresentem ou façam documen-tos de seus bens. Realmente, há algonesse sentido, mas não se trata denenhuma ameaça de perda, por exem-plo, da terra por parte de brasileirosque adquiriram suas propriedades eainda não conseguiram a escritura. Es-se perigo continua jogado para m..adiante. O que está pegando agora é oseguinte: O governo paraguaio baixouuma lei que obriga os cidadãos ou mi-grantes a fazerem o que lá chamam de"blanqueo de capitales", isto é, limpar,"branquear" os bens que estejam nopaís irregularmente, como por exem-plo um carro roubado no Brasil, umtrator, uma máquina introduzida noParaguai mediante o pagamento de me-ras propinas às autoridades alfandegá-rias - coisas do gênero.

A lei foi baixada em janeiro eo prazo para o "blanqueo" expira em30 de abril. Mas isso ar, antes de seruma espada sobre a cabeça dos ladrõese contrabandistas em geral, é a chanceque eles têm de legalizar o ilegal.

Sabe-se que o Paraguai man-tém um verdadeiro banco de carrosroubados no Brasil, e esse banco temno "blanqueo de capitales" sua fór-mula de operação: Quem tiver um car-ro roubado ou uma maquina introdu-zida ilegalmente no país, basta-lhe pa-gar uma taxa e pedir a documentaçãoe tudo fica limpinho. Qualquer reciboforjado serve como documento paraapresentar no oedido de "blanqueo",

e tudo bem.Portanto, isso de dizer que os

brasileiros que compraram terras noParaguai estão com suas propriedadesa perigo,é um engano. O que há é ape-nas maiores facilidades para o bancode carros roubados continuar fun-cionando na maior.

A divida ativadomunicípio

Atendendo a requerimento dovereador Evandro Teixeira, o prefeitoCunha Vianna informou à Câmara quea dívida ativa do município em 30 deoutubro de 81 era de 50 milhões580 mil, 955 cruzeiros. O prefeitonão informou o montante da dívidaativa de hoje, mas é mais do que certoque ela deve ser ainda maior. Acobrança vem sendo feita, informouCunha Vianna, "de acordo com o quedispõe o Código Tributário Municipal,ou seja, através de cobrança amigávelou judicial".

Comentando o fato, Teixeiradisse que isso "demonstra claramenteque o governo do comeI Clóvis CunhaVianna, se mal faz na aplicação da re-ceita, pior faz na arrecadação". O ve-reador disse ainda que a Prefeitura nãotorna pública a relação dos devedores"para não expor ao ridículo possíveisapaniguados do prefeito", mas esteexplicou que a divulgação da lista seriamuito onerosa.

Por que o povo deve tanto aoscofres municipais? Em primeiro lugarporque os impostos são um assalto e,em segundo, porque o povo está semdinheiro até para comer. Como vaiainda pagar impostos?

Por que um homem é triste e ooutro alegre? Por que um é feliz epróspero e outro pobre e desgraçado?Por que um homem é tímido e insegu-ro e o outro cheio de fé e confiança?Por que um mora em uma casa bela eluxuosa e o outro leva uma existênciamiserável numa favela? Por que um é

É esta a programação para oaniversário do município:

VI JOGOS ESTUDANTISData: 5 a 10 de junho de 82Horário: matutino e vespertinoLocal: Praça Almirante Tatnandaré,Capitania dos POrtos e Colégio São Jo-sé.Realização: Departamento de esportesda Prefeiturala. Classe: 67, 68 e 692a. Classe: 64, 65 e 66.TAÇA CIDADE DE FOZ DEFUTSALData: 01 a 10 de junho de 82Horário: noturnoLocal: Praça Almirante TamandaréRealização: Departamento de Esportesda Prefeitura e Liga Iguaçuense deFutsal.1 CAMPEONATO INTER-BAIRROS

DE FUTEBOLData: 6 de junho (início)Horário: Vespertino aos domingos.Local: Campos de várzea de Foz.Realização: Departamento de Espor-tes da Prefeitura e Liga Iguaçuense deFutebol,

AMISTOSO ENTRE SELEÇÃO DEFOZ E EQUIPE DA REGIÃO

Data: 10 de junhoHorário: 16 horasLocal: Estádio do ABCRealização: Departamento de Espor-tes da Prefeitura e Liga lguaçuense deFutebol.

PROVA DE KART-10 DE JUNHOData: 6 de junho (domingo)Horário: Período da tarde

sucesso espetacular e o outro um po-bre fracassado? Por que um é notávelorador e imensamente popular e outro.apenas medíocre e impopular? Porque um homem é um gênio em seutrabalho ou profissão e o outro moure-ja a vida inteira sem nada fazer ouconseguir de valor? Por que um ho-mem fica curado de uma moléstiaconsiderada incurável e outros não?Por que tantas pessoas boas e religio-sas sofrem as torturas dos condenadose sua mente e corpo? Por que tantaspessoas ímpias e sem moral obtêmsucesso, prosperam e gozam de exce-lente saúde? Por que uma mulher éfeliz no casamento e sua irmã frustra-da e infeliz? Haverá respostas paraessas perguntas na mente conscientee subconsciente de tais pessoas?É certo que sim", garante o autor dolivro "O Poder do Subconsciente",Dr. Joseph Murphy, cujo livro já estána 21a. edição e com absoluto sucessode vendas em todo o Brasil,e agora emFoz do Iguaçu.

O Dr. Joseph Murphy é autorde vários outros livros relacionadosao assunto e todos eles foram sucessoabsoluto de vendas. Eis alguns: "O Po-der Cósmico da Mente", A Magiado Poder Extra-Sensorial", "Para umaVida Melhor", 1001 Maneira de Enri-quecer", "Telepsiquismo".

Local: Kartódromo Internacional doFlamengo.Realização: Departamento de Kart doFlamengo, Prefeitura Municipal, S.M.T. E.Premiação: Prefeitura Municipal

PROVA INTERNACIONAL DEMOTO-CROSSS

Data: 13 de junho de 82Horário: 14 horasLocal: Pista do Moto ClubeRealização: Moto Clube Internacionalde Foz, Prefeitura de Foz e Departa-mento de Esportes da Prefeitura.

DESFILE CIVICO MILITARData: 10 de junho de 82Horário: 9 horas.Local: Avenida Brasil.Realização: Prefeitura Municipal,S.M.T.E., 44o. I.R.E., 34o. BIM, 4a.Cia. P.M.Participação: Estudantes, entidadesassistenciais e militares.

VI FARTALDatas e horários

10 de junho: 12 às 23 horas11 de junho: 18 às 23 horas12 de junho: 12 às 23 horas13 de junho: 09 às 23 horasLocal:Av. Juscelino KubitechekRealização: Comissão Permanente deFestejos de Foz do Iguaçu. -

BAILE DOMUNICIPIOData: 05 de junho de 82Horário 23 horasLocal: Oeste Paraná Clube.Realização: Prefeitura Municipal,S.M.T.E e Oeste Paraná Clube.

mAEN EXPODOMAILO Exportadora

Domareski LtdaEletrodomésticos e Der vados de Petróleo

Exportação de meter/ais de construção ao ParaguaiBr 277- Jardim Jupira. 949- Fone 73-2415

Reunida com o Prefeito Cunha Vianna, a Comissão Permanente de Festejosde Foz do Iguaçu elaborou o programa de festejos do aniversário do municf-pio.

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Nosso Tempo - Foz, 291411982 - Página 4

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HistóriasdaCochinchina

Falando na tribuna da Câmara,o vereador Evandro Teixeira (PMDB)contou na sessão de 15 de abril queum dos chefetes da Prefeitura de Fozdo Iguaçu suspendeu, "pôs nogancho", dois funcionários. Estes fo-'ram falar com o prefeito pedindo queele anulasse a suspensão senão iriambotar a boca no trombone e "contarhistórias da Cochinchina" para contá-las aos leitores. Devem ser cheias delances, golpes espetaculares, chunchosem grande e pequeno estilo - por aí

H istorinhamuitotriste

Esta historinha é bem trágica.Maria Antonia da Silva vivia com suafamília em Pedro Juan Cabailero, fron-teira do Paraguai com o Brasil. Eramdesses migrantes brasileiros que foramtentar a sorte no Paraguai porque co-mo agricultores no Brasil a vida an-dava pra lá de preta. Mas lá tambémnão deu certo. As dificuldades eramtantas e tão grandes que o marido dedona Maria Antonio deu de afogaras mágoas na cachaça e vivia de pile-que. O casal tinha dois filhos e passa-vam fome. A mãe, no desespero, ma-tou os dois filhos e tentou suicidar-seem seguida, mas foi salva, presa, jul-gada e condenada a 25 anos de pri-são pela justiça paraguaia.

Isso acpnteceu em dezembro

de 1973, e Maria Antonia continuacumprindo a pena na "Casa dei BuenPastor", penitenciária para mulheresem Assunção. Está sendo assistida pe-los advogados do "Comitê de Iglesiaspara Ayudas de Emergencia", que vie-ram a este jornal pedindo que ajudás-semos na localização dos pais de MariaAntonia da Silva. Na última vez emque ela viu seus pais (1973), eles vi-viam em Porto Indio, Santa Helena,no Brasil. Depois que foi presa, MariaAntônia não viu mais os pais, nãos abeonde estão e estes certamente não sa-bem o que se passa com a filha. Ospais da presa são Camilo Itácio e Pal-meira da Silva.

Se alguém souber do paradei-ro deles deve se comunicar com estejornal ou diretamente com o pessoaldo "Comité de Iglesias", que tem es-critório em Porto Franco e em Assun-ção. Essa família deve ter sido umadas indenizadas por Itaipu, e esta tal-vez tenha informações sobre o destinoque a família tomou. Vamos ajudar'

Liberdadeparaas pichações

Profundamente lamentável aatitude do Sérgio Lobato Machado,que fez representação junto ao juizpedindo a repressão ás pichações poli'-ticas nos muros da cidade. O pior foique o juiz Roberto Sampaio da CostaBarros acatou a representação, reuniuos presidentes dos partidos e proibiu aspichações. A Prefeitura se encarregoude pintar os muros pichados e a políciaficou encarregada de prender pichado-

res que encontrar com a mão na botija.Ridículo. Se não for encontrado o res-ponsável por pichações que apareçam,o juiz vai incriminar o partido ou osdirigentes do partido que pichou. Ese, por exemplo, o PMDB fizer picha-ções tirando sarro do PDS, quem seráresponsabilizado

O argumento da repressão éque a cidade deve ser mantida limpa,apresentável para os turistas... Tudobem, mas lembrem que o cemitériotambém apresenta túmulos caiados,branquinhos por fora, mas cheios devermes por dentro. Por outro lado, queadianta deixar os muros sem pichaçõesem nome da elegância da cidade,se lo-go abaixo do muro só há capim, ca-poeira, lixo, imundície, tocos, árvo-res, postes e de tudo?

Além do mais, o próprio Sér-gio Lobato, que dedou as pichações,há muito tempo polui os muros da ci-dade com propagandas de sua empre-sa - a Domus. Por que só a propagandacomercial pode?

Sabem duma coisa? É verdadeque há muitas pichações sem o menorbom gosto ou sem mensagem alguma.Mas é preciso deixar o povo à vontadepara se manifestar. Também não é ocaso de deixar que pichem muros resi-denciais sem permissão do dono, masos muros públicos e abandonados?Tem mais é que pichar mesmo, e comas maiores loucuras.

Na verdade, essa represssão aítem Outro fundamento, que não éapenas estético. É poli'tico. A oposiçãoque não tem dinheiro para a campanhaprecisa usar os muros, as pichações pa-ra a propaganda dos partidos, dos can-didatos, das palavras de ordem.

Liberdade para a pichação!

Tércio aplicouaLSNsumariamente

Se vocês lerem com cuidado aentrevista do Tércio nesta edição, vãoperceber que na exoneração da diretorada Escola Bartolomeu Mitre houveaplicação sumária da Lei de SegurançaNacional. Disse o Tércio que ela foidemitida porque estava colocando osalunos contra as autoridades constituí-das - bem ao estilo em que está redigi-do o artigo 14 da LSN, que foi aplica-do, desta vez, por civis ( o pessoal doPDS), dispensando a tramitação de umProcesso em tribunal da justiça mili-tar. Já o processo movido contra Nos-so Tempo com base na LSN é um pou-co mais sofisticado, com inquérito,inquirição de testemunhas, acusação edefesa, julgamento....

Outro detalhe curioso naaplicação da LSN contra a diretora doMitre foi a pena imposta. O artigo 14da referida prevê pena de 6 meses a 2anos de prisão,e não fala em demissãodo cargo que a pessoa ocupa.

Conhecem alguma oalhaçadasemelhante ?

A".

1)tk'spitalidade negativa abrasileiros na Argentina.

2) Quando policiais desvirtuamseus deveres.

3) foz do Iuaçw exemplo em .As-sis2éncia SociaL

A marca do Jayme...

'

...foi chupada pelo grupo gaúcho.

Chuparamo nome da'Três Poderes'

Poderoso grupo jornalísticogaúcho lançou em todo o Brasil a re-vista "Três Poderes". Trata-se de umarevista de circulação dirigida a empre-sários, autoridades e profissionais li-berais.

Já circularam dois númerose agora a revistra terá que trocar denome ou indenizar Jayme Alves deOliveira, proprietário de outra revis-ta com o mesmo nome. A revista deJayme circula no mercado há seisanos e está devidamente registradaem marcas e patentes sob o número014542-76.

Jayme Oliveira disse quese a Editora que lançou a revistanão trocar o nome, entrerá na Jus-tiça para impedir as próximas edi-oes.

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Nosso Tempo - Foz, 291411982 - Página 5

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5:1i1fl-,

A CU'ITiiTãTTilâmicaPublicaç5o do Centro Cultural Beneficente Islâmico de Foz do Iguaçu. Informações Cx. Postal 81

Não se pede ao homem que acei-te as condições existentes como ummal necessário, mas se lhe ordena nãocessar jamais de lutar para melhorar,pois o islamismo é uma religião queaponta o progresso humano, mostran-do o caminho adequado através deuma quantidade de mandamentos eproibições que cobrem todos os aspec-tos da vida diária, no setor social e polí-tico, assim como também cada feito desua mente e espirito. Estes mandamen-tos e proibições foram codificadosnum completo sistema político e social.E um sitema prático, uma vez que temsido utilizado com êxito, o que consti-tui um grande fato da história. Muitosescritores têm tentado explicar o êxitoavassalador do Islamismo, atribuindo-oa causas externas, debilidade e ao de-senvolvimento cultural das nações adja-centes, ao uso da força, à credulidadeda época, etc. Contudo, como explica-riam o fato de que enquanto os muçul-manos odedeceram implicitamenteuma ordem particular da "Lei Sagrada"obtiveram êxito na esfera correspon-dente ao dito mandamento e quandonão o fizeram, fracassaram? E, como

1 assa

1

explicariam o fato de uma pessoa quenão era muçulmana fazendo o que osmuçulmanos tinham sorte de poder fa-zer, sempre alcançou sucesso nessa di-reção ? Só pela suposição de que osmandamentos do Alcorão e do ProfetaSagrado são leis para toda a humanida-de, leis naturais que os homens trans-gridem arriscando-se, ou melhor, pon-do em prerigotoda a raça, uma vez que essas leis nãopoderão ser encontradas mediante oexperimento individual e só poderiamser estabeleciadas parcialmente ao lon-go da História por um estudioso e pen-sador, uma vez ou outra, pelo que te-riam que ser reveladas ao Profeta. Deoutro modo, são tão naturais, quantoas leis físicas que governam a existên-cia, o que evidentemente, ninguém ou-saria contestar.

Haverá quem pense que estas sãomeras aspirações religiosas e expressõesafastadas da vida. O Islamismo não énada se não for prático, As expressõesdo Islamismo não são letra morta, ten-do em vista terem sido traduzidas numsistema organizado visando à caridade,na maior escala que já havia sido tenta-da, vindo resolver todos os problemas

SOCIIS cio mundo muçulmano por sé-culos. O Alcorão nos informa que averdadeira religião é prática e não teó-rica ou formal.

Alcorão - Sura 2 - Versiculo177.

"A virtude não consiste só emque orientais vossos rostos para o Le-vante e o Poente. A verdadeira virtudeé a de quem crê em Deus, no dia cioJuízo Final, nos anjos, no livro, nosProfetas; de quem investe seus bens emcaridade por amor a Deus, entre os pa-rentes orfãos, necessitados, viajantes,mendigos e no resgate dos cativos. A-queles que observam a oração, pagamo zacat (tributo), cumprem os compro-missos contra idos, são pacientes na mi-séria, na adversidade ou durante ocombate, são os verdadeiros crentes esão os que temem a Deus". -

"Os que crêem e fazem o bem",quão constantemente encontramos es-sa frase no Alcorão Sagrado.

"Os que crêem e fazem o mal",são inconcebíveis, uma vez que o Islamsignifica entrega do homem à vontadede Deus, portanto obediência à.sua leique é uma lei de esforço e não de ocio-

sidade.Não existia distinção entre edu-

cação secular e educação religiosa noapogeu do Islam. Toda a educação es-tava incluída na esfera religiosa.

Citarei novamente o Dr. Pickthallque disse: "Foi a glória cio Islam queconferiu às demais ciências o mesmoimpulso que deu ao estudo do SagradoAlcorão e à Jurisprudência, um lugarna Mesquita".

Na Mesquita eram feitas conferências sobre Química, Física, botiinica,Medicina e Astronomia, já que a Mes-quita era a Universidade do Islam emseus dias de esplendor e merecia esseno ne - Universidade -- pois aceitavade bom grado em seus recintos todo oco ~cimento da época provenientedos mais remotos rincões. Foi estaunidade e exaltação do conhecimentoque conferiu aos velhos escritos mu-çulmanos a qualidade peculiar que deveser notada por todos os seus leitores:a calma serenidade da mente.

No islam não existem os termosser.'ilar e religioso, uma vez que a ver-dadeira religião inclui toda a esfera dasaii'idades do homem.

A distinção que nos faz no Saqra-

do Alcorão é entre o bem, aquilo queajuda o crescimento do homem, e omal, tudo o que é destrutivo e nocivo.O homem não pode dizer: "Eu creioporque é incrível", pois constantemen-te, o Alcorão denuncia a religião irracional. Não há razão para que o homem creia em uma religião evidentemente falsa. Algumas vezes, exorta aoshomens a utilizar seu senso comum emassuntos religiosos.

Todas as expressões históricasprovam de livre pensamento é absolu-tamente necessária ao progresso hu-mano, ao mesmo tempo em que pro-vam que as nações que perdem sua féem Deus, se deterioram. Será que a vi-vida fé em Deus e uma grande liberda-de de pensamento são incompatíveis?

Uma considerável escola de pen-samento no Ocidente parece crer quesão imcompatíveis. Nos primeiros e lu-minosos séculos do Islam, combina-vam-se uma intensa fé em Deus e o li-vre pensamento sobre todos os temasterrenos, urna vez que para o Islamis-mo não há nada sobre a terra tão sagra-dro que possa ser imune à crítica. Ha-via somente um diretor, só um imcom-

íiMilpreensvel, cuja unidade, uma vez ten-do sido aceita não mais admitia discus-são. Ele era um para todos. Benfeitor ePiedoso para com todos igualmente.Ele conferiu ao homem o privilégio darazão, considerado pelos escritores mu-çulmanos como o maior dos privilégios,para ser utilizado livremente em nomede Deus, isto é, com o proposito de al-cançar o bem e evitar o mal, para oque a lei sagrada oferece orientação esalvaguardas.

A imagem da condição atual doIslam é muito clara diante do grandenúmero de teólogos fanáticos que nosfazem duvidar, mas o significado dapalavra conhecimento, tal como autilizamos aqui, é mais amplo e maishumano do que a sabedoria que elespossuem.

O profeta Muhamad disse:Uma hora de comtemplação

e estudo da .riação de Deus é melhorque um ano e adoração.

2 - A primeira a ter sido criadafoi a razão.

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CARTASSobre a exoneração da profes-

sora Eva Terezinha Vera, Nosso Tem-po recebeu esta carta da leitora VeraMaria Ribas:

"Lendo seu editorial de 17/4/82 sobre os desmandos dentro do Co-légio Bartolomeu Mitre contra a dire-tora Eva Terezinha Vera, que é duasvezes sofredora, uma pela profissãooutra pelo sobrenome Vera, acho queela tem que entrar com reza brava, se-não não vai.

Mas tenho uma observação arespeito de um fato que presenciei naEscola em questão. Recordo-me quehá quatro anos estive em contato comaquela diretora, lá mesmo dentro dasobsoletas e precárias instalações, e via sua luta para melhorar as condiçõesdo estabelecimento. Percebi também amá vontade e a demora do Estado ematender aos insistentes pedidos.

Recém-chegada a esta cidade equerendo fazer alguma coisa, sem sa-ber o quê, inerte cruzei os braços la-mentando tanta coisa errada e nin-guém querendo resolver nada. Pra queme incomodar com os problemasalheios? Viva os brasileiros!"(Vera Maria Ribas).

Outro leitor nos mandou umacarta que endereçou ao deputadoErondi Silvério, do PDS. Foi assim opau que baixou sobre o deputado pelobraço de Renê Ramos:

"Senhor Erondi Silvério. Ou-vindo seu comentário matinal na Rá-dio Independência, há alguns dias, no-tei que o senhor se colocou na posiçãotípica de um comunista. Espera, nãorasgue a carta ainda. Espere o que voulhe dizer, pois talvez sirva para medi-tação. Eu disse comunista porque, háuns dois anos, quem se colocasse numaposição justa como esta em que o se-nhor se coloca agora, certamente se-ria tachado de comunista. Foi-nos co-

RESTAURANTE

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locada na cabeça, até então, uma idéiade que quem contrariasse o plano eco-nómico do governo estaria contra-riando a "revolução", e quem contra-riasse a "revolução" seria comunista.

Vejaagora a situação dos estu-dantes, trabalhadores, que sempre(desde que as injustiças sociais exis-tem) reclamaram, porque eles sempretiveram problemas, seja de preços ina-cessíveis, péssimas condições de traba-lho e estudo, etc. E vocês. arenistasdefensores da "revolução", comba-tiam o movimento estudantil, a orga-nização dos trabalhadores e suas lutas.Certamente o senhor estará mental-mente se defendendo neste momento,dizendo que a Arena combatia os fo-cos comunistas dos movimentos, comoafirmou certa feita o atual governadorNey Braga, na época ministro da Edu-cação.

Mas isso é apenas uma des-culpa furada, pois todos sabemos daspéssimas condições de estudo e de vidado povo brasileiro. (Como é possívelviver com salário mínimo?) E vocês,arenistas, ainda combatiam a organiza-ção das massas. Pois bem, chego agoraonde queria chegar. O senhor ErondiSilvério e todos os outros do PDS nãorepresentam o povo. Representam umaminoria que só percebe as falhas do go-verno quando estas atingem o bolsodesta minoria. Por que o senhor nãonotava antes estes problemas?

Toda a abertura dada pelo go-verno se resume na liberdade dada àclasse média, pois esta interessa aoscomandantes do nosso país. E essaclasse que mantém o governo, e é porisso que tentam colocar através datelevisão este clima de abertura.

Quanto à maioria do povo bra-sileiro, este permanecerá enclausuradopelos grilhões da economia até que._-o senhor sabe até quando. Estão aí oImã, a Nicarágua, El Salvador, paramostrar onde vão parar os governosque se esquecem do povo".

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BÓIAA

lgumas pessoas que passavam pela Ponte daAmizade na tarde de domingo ficaram assustadasao verem um grupo de rapazes sentados em câma-ras de ar, aparentemente vrtimas de algum naufrá-gio, flutuando ao sabor da forte correnteza doRio Paraná.Mas pela alegria dos navegantes, pôde-se perceber

que eles estavam apenas se divertindo com o mais novo esporte daregião, que já está sendo chamado de "Bóia-Cross'

Todos os fins de semana esse grupo de jovens eco-logistas da cidade se reúne com o propósito de "curtir" a natureza.Com câmaras de ar, coletes salva-vidas, eles vão até o Porto Belo,perto das obras de Itaipu, e de lá descem até o Marco das TresFronteiras, num percurso de quase 30 quilômetros.

Logo no início, quando um deles comentou sobrea sua vontande de experimentar a descida, houve quem perguntas-se: "Mas será que isso é permitido ? " A pergunta foi respondidacom outra: "Pô, mas será que nem o Rio não é mais do povo?"

E lá se foram faceiros conquistar o que já era de-les. "A sensação , dizem, é incrível, pois somente pulando dentrodeste rio é que se tem uma idéia exata do seu tamanho e da suaportência'

Quem não tiver coragem pode consultar a geogra-fia. Há milhões de anos , as Sete Quedas estavam na região ondehoje está Posadas (Argentina). Com o tempo, o "Paranazão" foimodificando a paisagem.

Estes são alguns dos assuntos que vão sendo dis-cutidos no decorrer da "viagem': A velocidade da correnteza é deaproximadamente 10 quilómetros por hora, e nas três horas de du-ração do percurso, muita coisa que nunca havia sido notada vaisendo percebida: A diferença da paisagem das duas margens: ado lado brasileiro evidentemente muito mais desmatada; a ausên-cia da preocupação das autoridades brasileiras com o paisagismodar margem do rio. Quanta coisa poderia ser feita.

M

as por enquanto a preocupação do grupo é ape-nas a de reunir mais adeptos para o esporte. E istoparece que não é muito difícil, pois, a cada domin-go que passa, mais câmaras aparecem. Agora elesjá pensam em promover uma competição, comequipes, etc.

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J0I 4

IN À

Nosso Tempo publicou, em sua edição anterior, vasta matéria denunciando as circunstâncias em que aprofessora Eva Terezir,ha Vera foi demitida da direção da Escola Bartolomeu Mitre, fato em que o deputado

Tércio Albuquerque esteve envolvido como um dos principais personagens.Tendo sido impossível contatar com o deputado para que desse sua versão dos atos ainda naquela edição,

o jornal convidou-o para esta entrevista. Tércio fala de suas possibilidades eleitorais, revela olimite de sua influência política e tenta descascar o abacaxi que colheu ao forçara demissão

da diretora da Escola Bartolomeu Mitre.

Tércio Garante:

« Não sou Dom Corleone »Nosso Tempo - O acidente que você sofreu prejudicou cou que pretende ser candidato. A maioria dos em- ja união de todas as correntes para se poder fazer

sua campanha para a reeleição? presarios iguaçuenses está comigo. Alguns chegaram a algo de bom.

Tércio Albuquerque - De certa forma, sim. O acidente ficar revoltados com essa conversa de que os empreá- NT - Há algum distanciamento entre exportadores,me tirou a possibilidade de realizar uma campanha in- rios querem me trocar por outro candidato. De qual- empresários ligados à construção civil e o deputadotensa como a que fiz em 78 1 quando eu ía de casa em quer forma, entendo que o Ozires Santos tem todo o Tércio?casa, chegando a fazer uma média de 150 visitas por direito de pretender a candidatura. Mas pelo que Tércio - Absolutamente, não. Os exportadores tive-dia. Lembro que em Medianeira os companheiros me observei, não é propriamente o Ozires que quer ser ram em mim um legítimo representante, que sempreobrigaram a visitar 200 e poucas casas num só dia. À candidato, e sim um grupo de amigos dele. Se tives- assumiu as questões propostas pela Associação Co-noite eu já estava quase desmaiando. É claro que em se havido um acordo nesse sentido dentro do partido, mercial. E houve sucesso nesse sentido. Não há porvirtude do acidente que sofri não poderei fazer tantas eu poderia perfeitamente concorrer a outro cargo e que haver distanciamento entre o deputado e os em-visitas e nem poderei participar de todos os comrcios. até fazer dobradinha com o Ozires. Agora parece um presários da construção civil ou de qualquer outro

NT - Pelo que se sabe, você não terá problemas para pouco tarde, e o PDS de Foz do Iguaçu apoiará a mim setor.se reeleger porque cada candidato a deputado deverá como candidato a deputado estadual e para federal NT - Acha que o nome de Ozires Santos passaria nareceber do governo 40 milhões de cruzeiros para a apoiará o Antônio Mazurek. Eu sou um homem de convenção do PDS?campanha. diálogo. Se essa ala de empresários não conseguir lan- Tércio . Se eles me procurarem eu ajudo. Não tenho

Tércio - Desafio qualquer pessoa a provar que haja çar o Ozires, peço que tragam a mim suas idéias e rei receio algum da candidatura de Ozires Santos.

essa verba. Inclusive, fizemos uma reunião dias atrás vindicações, pois desejo levá-las adiante. NT - Você sustenta que detém o "mando político"

para organizar uma caixinha com vistas a arrecadar NT - A ala dissidente fez reuniões para discutir a aqui na região. O que significa isso? Você seria uma

fundos para a campanha. questão. Você nunca participou? espécie de cacique político?

NT - Quanto precisará arrecadar? Tércio - Sei que fizeram reuniões, mas nunca me Tércio - Não. Não sou coronel ou cacique. Eu até

Tércio - Em torno de 10 milhões de cruzeiros. Está convidaram. Se tivessem me convidado, eu teria com- nem gosto muito desse comando político. Isso dátudo muito caro. Uma campanha bem feita exige mui- parecido. Não receio o diálogo, o debate, as críticas. muito trabalho porque tudo acabada recaindo sobre

to dinheiro. Veja o preço da gasolina e pense no que NT - Que motivos teriam os empresários para lançar minha pessoa e tenho que estar sempre presente na

poderá custar até novembro. Para uma campanha sur- o Ozires? região. Sou chamado e tenho que vir. Durante ostir efeito é preciso movimentar uma equipe muito Tércio- Eu desconheço. três anos já passados do meu mandato não passei um

grande. NT -- Pelo que transpareceu, esse setor do empresa- mês sem vir duas ou três vezes à região.nado estaria descontente com a atuação do deputado NT - É verdade que nada pode ser reivindicado na

NT - Terá também o apoio da máquina do governo? Tércio, que teria deixado de levantar junto ao gover- sua área de comando político sem passar por sua pes-Tércio - Eu uso a máquina administrativa, como to- no as grandes questões que preocupam Foz do Iguaçu. soa?do o candidato deve usar. Eu uso fazendo reivindica- Tércio - Todas as questões que me foram encaminha- Tércio - Negativo. Qualquer cidadão pode fazer suasçôes para a minha região e trazendo benefrcios para o das eu levei adiante. Acontece que eu sou apenas um reivindicações, seus pedidos a qualquer autoridade do

povp. legislador, e um legislador não executa.O deputado governo sem passar por mim.

NT A pretensão do setor do PDS que quer lançar tem o poder de legislar e reivindicar. Isso sempre fiz. NT - Mas os secretários de Estado normalmente man-Ozires Santos para deputado estadual poderá prejudi- Se há mais por fazer, por que essa facção descontente dam passar antes pelo deputado da região, não é ver-

car sua reeleição? - não me auxiliou antes ? Não estaria um pouco tarde dade?Tércio - Em absoluto. Antes de tudo, quero deixar agora? Acho que o simples lançamento de outro no- Tércio - Não há tal exigência ou condição. É claroclaro que o Ozires é meu amigç e nunca me comuni- me não irá resolver problema algum. É preciso que ha- que passando por mim as coisas podem ser facilitadas

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e as soluções podem ser aceleradas. Os secretários nor-malmente ouvem o meu pensamento quando se tratade atribuir cargos de confiança.NT - Comando político é aquele negócio do tirano-inho que tira e põe, faz e defaz, manda no secretário,no governador?Tércio - Olha aqui, até hoje eu não troquei sequer umdiretor de escola. Já sei onde vocês querem chegar.NT - Nem a diretora Eva Terezinha Vera, da EscolaBartolomeu Mitre?Tércio - De maneira nenhuma. Ela foi exonerada pe-lo secretário da Educação depois de uma sindicânciafeita na Escola pela 44a. Inspetoria Regional de En-sino.NT - Mas você interferiu no caso e essa interferênciapesou na exoneração. Qual foi, efetivamente, sua par-ticipação no episódio?Tércio - Ainda em abril de 79 recebi correspondênciado vereador Alberto Koelbl reclamando melhorias noprédio da Escola Bartolomeu Mitre. Desde aquelaépoca lutamos para atender as reivindicações do colé-gio e até mesmo os pedidos pessoais da diretora.NT - Quando estourou o problema da instalação elé-trica da Escola, você tinha conhecimento da situação?Tércio - Não tinha conhecimento. Fiquei sabendonaqueles dias através de duas estudantes e do ArnaldoChemin.NT - Não foi uma falha da sua assessoria?Tércio- De maneira nenhuma. A Inspetora de Ensinoestá ar para reivindicar pelos colégios. Entretanto, eufui eleito para legislar e também para reivindicar. Seeu conhecer as justas reivindicações, sempre as enca-minharei aos órgãos competentes. Assim que fiqueisabendo da situação precária do colégio, fui à Secre-taria da Administração e pedi fosse trocada imediata-mente toda a instalação elétrica do prédio. Na mesmahora o secretário mandou a Emopar fazer um orça-mento. A Emopar já tinha o estudo e respondeu queeram necessários 2 milhões de cruzeiros para sanar oproblema. A verba foi liberada e as instalações já es-tão em perfeito estado. Então, a única coisa de ruimque eu fiz pela Escola Bartolomeu Mitre foi conseguir2 milhões de cruzeiros.NT - No ano passado, o secretário da AdministraçãoVéspero Mendes, esteve reunido em Foz com os dire-tores dos colégios estaduais para saber das necessida-des de cada estabelecimento. A diretora do Mitre so-licitou as reformas, mas não foi atendida.Tércio - Naquela ocasião a diretora do Mitre apre-sentou seus pedidos por escrito, mas não apontou oproblema da instalação elétrica. Para resolver os pro-problemas que ela apontou foram destinados 400 milcruzeiros.NT - Nós estávamos presentes naquela reunião elembramos que a diretora Eva Terezinha apon-tou o problema elétrico do prédio.Tércio - Tenho comigo o documento entregue peladiretora naquela reunião, e nele não consta o proble-ma elétrico.NT - Ela apontou o problema verbalmente. Portan-to, o problema estava levantado. Como as autoridadespodem agora alegar ignorância?Tércio - As palavras muitas vezes se perdem. Quantosdiretores havia naquela reunião? Quantos pedidos fo-ram feitos? Minha cabeça não é um gravador. Todasas reivindicações feitas por escrito nós atendemos.NT - De qualquer forma, em documentos anterioresàquela reunião, a diretora alertou para o problemaelétrico e pediu providências, sem ser atendida. Elatinha que pedir ao deputado Tércio para resolver oproblema?Tércio —Repito que não há necessidade alguma dequalquer problema ser encaminhado através de minha

pessoa. Se encaminham a mim, posso facilitar e apres-sar o atendimento, mas ninguém é obrigado a isso.NT - Os motivos da demissão da diretora do Mitrenão foram dados por quem a demitiu. Por que, afinal,ela foi demitida?Tércio - Em primeiro lugar, quero deixar bem claroque eu não demiti ninguém. Não sou o secretário daEducação para exonerar diretores de escolas. Eu pre-zo muito a professora Eva Terezinha. Por isso nemvou rebater as palavras maldosas que ela lançou con-tra mim pelo jornal Nosso Tempo. Vou respondercom trabalho. E vou dizer mais: Os alunos que meprocuraram para me colocar ao par do problema elé-trico foram repreendidos pela diretora, dizendo a elesque não deviam ter-me procurado, pois se tratava deassunto da alçada da Secretaria da Administração.Além disso, na Rádio Cultura, a professora Terezinharespondeu grosseiramente ao meu pronunciamento dodia anterior; ela citou o meu nome, o nome de outrasautoridades do governo em forma de ataque. A mes-ma diretora mandou imprimir panfletos...NT - Quem imprimiu os panfletos foram os alunosda escola, que não suportavam mais as constantes fal-tas de luz na Escola.Tércio - Nos panfletos havia o nome do Grêmio Estu-dantil da Escola, mas o presidente do Grêmio nem se-quer havia tomado conhecimento dos panfletos. Faleicom o presidente do Grêmio e ele me disse que a dire-tora entregou os panfletos para serem distribuídos.NT - A diretora não distribuiu coisa alguma. Ela atéreprimiu os alunos, não deixando-os fazer a passeataque haviam proposto.Tércio - Ela sabia que os alunos iriam soltar os pan-fletos e até os incentivou a distribui-[os, mesmodepois de saber que a verba para os reparos fora li-berada. Isso mostrou que ela estava jogando os alunose a comunidade contra as autoridades constituídas.NT - Os panfletos dos alunos não atacaram ninguém.Apenas fizeram um apelo para que as autoridades to-massem as providências necessárias.Tércio - Calma ar. Deixe-me terminar. No dia 2 deabril, o PMDB Jovem de Foz do Iguaçu elaborou umacarta, muita mal redigida, por sinal, solidarizando-secom a diretora e atacando minha pessoa e o governo.Isso só agravou a situação. O panfleto do PMDBacusava que eu exigira a exoneração da diretora quan-do ela ainda não fora demitida. Ela foi demitida nodia 5, depois-da sindicância feita pela Inspetoria deEnsino.NT - O que a sindicância apontou que justificasse ademissão?Tércio - Foi confirmada a participação da diretorana panfletagem feita pelos alunos. E o pronunciamen-to dela na Rádio Cultura se somou a isso. Além domais, fazia 10 anos que ela ocupava o cargo. Não émelhor mudar? Vocês também não são contra a per-manência eterna de pessoas em cargos de direção oucargos políticos?NT - Mas não foi por isso que ela foi exonerada, co-mo também não foi por má conduta, erros, omissõesou incompetência. Está claro que a demissão se deuporque ela não interessava aos políticos do PDS.

Tércio - Bem, eu não tirei a professora Eva Terezinhado cargo. Influi na exoneração, isso não posso negar.Mas não tive interesse eleitoral no colégio. Nunca fuia esse colégio pedir votos.NT - Não é questão de votos. Dizem que até paraconseguir giz os diretores de escolas têm que passarpelo deputado Tércio.Tércio - Não é verdade. Se o diretor me procura et

ajudo a conseguir as coisas. Por que o diretor deve ir aCuritiba se eu estou lá e sei a melhor maneira de con-

seguir o que precisa? Que bom seria se tudo tivesseque passar por mim. Aí sim eu seria o que vocês escre-veram no jornal, chamando-me de Dom Corleone,como se fosse chefe de alguma máfia.NT - Quer dizer que você não é um Dom Corleone?Tércio - Não sou. Infelizmente não sou em quemcomanda tudo.NT -- A demissão da diretora por meras questõespolíticas não foi uma injustiça?Tércio - Não foi por meras questões políticas.NT Você mesmo acabou de confirmar que ela foidemitida porque estava colocando os alunos contraas autoridades. Então, o ato é puramente político.Tércio - Isso aí não é política. E tumulto-NT - Mas ela não estava colocando os alunos contrao governo. Estava apenas clamando pela solução deum problema.Tércio - Já que o problema fora solucionado, por queela quis massacrar quem resolveu o problema?NT - Se até o Secretário de Educação reconheceu obom trabalho da professora, por que foi ela demitidasenão por um capricho político?Tércio - Tá bom. Já que vocês querem, eu vou admi-tir que foi apenas um impasse político.NT - Dizem que há tempo você queria tirá-la do car-go. Parece que ela se recusou aparticipar de reuniõesdo PDS, e sabe-se também que recentemente houveuma discussão entre ela e um irmão seu. Isso tambémpesou?Tércio - Não tem nada a ver. Pelo amor de Deus, ademissão dela não tem nada a ver com a discussão de-les. Aquele foi um problema profissional do meu.irmão com a professora.NT - Como vai ficar a situação?Tércio - Bem, foi trocada a direção; assumiu a vice-di-retora ) interinamente. A nova diretora será escolhidabrevemente.NT - Ë você que vai escolha-la?Tércio - Quem viver verá.NT - Vai ser através de apresentação de listra tri'-plice?Tércio - Não vou dizer como vai ser. Quem viververá.NT - Você saiu chamuscado deste episódio') Ganhouou perdeu com isso tudo?Tércio - Acho que no final de tudo ainda saio commais lucros do que prejuízos - mesmo que o jornal devocês tente me denegrir. Muitos alunos e pais já vie-rjm me agradecer por esta minha atuação no caso doMitre. -NT - Trocando de escola. E verdade que você foi àSecretaria de Educação e rasgou a carta de demissãodo diretor do Colégio Agrícola de Foz?Tércio - Eu??? Estou sabendo disso agora. Aliás, porfalar nisso, o diretor da Escola Agrícola é um bom di-retor.NT - Serve politicamente ao PDS? Qual o critério debom ou ruim - político ou profissional?Tércio - É profissional e político, porque é naturalque um governante se acerque de seus amigos nos car-gos de direção e de confiança. Mas vejam a luta do di-retor do Colégio Agrícola. Tempos atrás, parece quehavia pouco diálogo entre ele, os professores e osalunos, mas hoje está tudo bem.ARNALDO C'IILMIN (presidente do PDS em Foz,que acomvanhou Tércio na entrevista) - Eu queriaesclarecer que é falsa a noticia de que o Diretório dol't)S em Foz intimou duas alunas da Escola Bartolo-mneu Mitre a comparecerem na sede do partido.partido. Quemintima é o juiz, promotor, não um presidente de par-tido. A professora Eva Terezinha é do PDS. e isso pro-va que nãb há protecionismo do nosso partido paracom seus correligionário).

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Nosso Tempo - Foz, 291411982 - Página 9

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Um verdadeiro gheto onde vi-vem aproximadamente quatro mil fa-mílias. Esta é a definição da Vila CdeItaipu, um conjunto residencial cons-trui'do precariamente para abrigar osoperários da hidrelétrica de Itaipu. Emcada unidade moram quatro famílias.As casas são padronizadas, com 2 quar-tos, sala, cozinha e banheiro. O destinodeste conjunto, entretanto, é o seudesmantelamento depois de termina-das as obras. Fontes da alta direçãode Itapu dizem que a destruição da Vi-la C é por motivo de segurança, pois aexistência de um conjunto operárionas proximidades da usina representa-ria "um risco de segurança".

Esta concentração de quasequinze mil pessoas vive dominada pelomedo, coagida por uma série de regrasque "disciplinam" desde o relaciona-mento entre vizinhos até a vida sexualdos moradores. Para atender aos di-versos problemas e exercer um férreocontrole sobre o comportamento dosoperários, estão duas assistentes sociais,vinculadas à UNICON. Suas funçõesseriam a princípio assistir as famílias eencaminhar os problemas para os de-partamentos que lhes dariam solução.Entretanto, entre os moradores cor-reram diversos comentários, feitosnum clima de medo de que o objetivodeste trabalho tido como assistencialseria o de de exercer controle do com-portamento não só individual comocoletivo. O serviço social da UNICONe Itaipu está estreitamente ligado aosetor de segurança da obra.

PATRULHA SEXUALLuiz Carlos da Silva, que até

dois meses atrás era operador de má-quinas no canteiro de obras, moravana rua Manaus, 65, na Vila C. O seudepoimento, ao mesmo tempo quedramático, é também cômico. Depoisde trabalhar quatro anos dentro docanteiro,ele acumulou uma série de in-formações e foi vítima do sistema decoação social existente dentro doconjunto residencial. Morador em Fozdo Iguaçu há mais de 23 anos, sendopessoa bastante conhecida entre me-cânicos e afins, Luizão (assim é conhe-cido entre os amigos) está até hojetraumatizado pela experiência deItaipu.

"Dentro da Vila todos têm medode falar", diz Luizão. "Ali domina omedo de perder o emprego. Veja sóuma coisa: em cada unidade residencialmoram quatro famílias; se você dá umbeijo na mulher, o vizinho do ladofica sabendo. Briga de casal é coisa co-mum na vida a dois. Não existe casalque não tenha uma discussão sequer.Mas na Vila C, briga entre marido emulher oode ser motivo de demissão.Para levar estes casos até a chefia estão

as assistentes sociais. Sei de casos decompanheiros que por causa de discu-são boba foram parar na chefia".

Num conjunto onde vivem quasedezesseis mil pessoas é normal algumadiscussão entre vizinhos ou mesmouma série de problemas derivados decasos entre homens e mulheres. Masainda relatando os problemas de quefoi testemunha na Vila C, Luizão co-menta: "Sei de um vizinho que foi aI-caguetar o outro para a assitente social.O problema é que ele não podia dor-mir devido ao "nheco-nheco" da camado casal vizinho. A assistente social foilá, reuniu os dois e disse para eles pa-rarem de fazer barulho, e se não fossepossível, deveriam p& o colchão nochão".

Luizão conta mais um caso:Um homem casado teve um casocom outra mulher e foi chamadono setor de assistência social onde lhepassaram um tremendo sabão. Disse-ram que se ele não terminasse com ocaso extra-conjugal, tomariam provi-dência séria . Chegaram a segurar seupagamento até que ele dispensasse aamante.

"A intromissão na vida do peãochega a um ponto insuportável. Umoperário que está sempre trabalhandodobrado, com dezesseis horas de tra-balho, sem sombra de dúvida acabaperdendo o desejo sexual. Sei de casos,e muitos, em que mulheres insatisfeitassão induzidas a tomar calmantes paraaplacar a fome de sexo", conclui Luiz

AS VIÚVAS DE ITAIPUOs milhões de metros cúbicos

de concreto de que se orgulham osfaraós construtores da "Taipa da Injus-tiça", foram assentados em cima demuito suor, sangue e cadáveres de ope-rários. Um alto executivo da Itaipucomentou numa roda de amigos quefoi feita uma previsão de seis mil aci-dentes até o final da obra, o que dariauma média de dois casos por diadurante dez anos. Aparentemente estecálculo está exagerado, mas se foremcomputados honestamente os aciden-tes que originaram morte e invalidezpermanente, este cálculo estaria hojeultrapassado.

Zé Gambiá, um mecânico quese acidentou durante o trabalho, estáhoje com sério problemas de coluna eno pescoço. Ganhou a conta na empre-sa depois do acidente e pôs uma ofici-na mecânica na Vila C. Ali buscavaganhar uns trocados para a alimenta-ção da sua família. Não durou muito.A direção disse que não poderia traba-lhar dentro da vila.

Em 1979, um soldador e seu aju-dante morreram depois que o cabo quesustentava a "gaiola" onde estavamcaiu dentro do rio. Em dezembro do

ano passado tombou um guindaste elé-trico e morreram seis operários: Lauroe Flácio, (operadores de Payner), Ges-sy (sub-encarregado elétrico), Ananias(mecânico de Payner) e outros dois.Com as obras de Itaipu os casos de aci-dentes de trabalho em Foz do Iguaçuaumentaram em dois mil por cento.Para comprovar este dado basta fazeruma pesquisa nos livros que usa oplantão da Delegacia de Polícia de Foz,sem levar em conta os casos de operá-rios que entram em condições de saú-de excelentes e saem com doenças denatureza neuro-vegetativa e pulmonar.Como exemplo está o caso de MiguelMatias, que foi despedido por contrairdoenças e hoje vive em Cascavel inváli-do para trabalhos pesados.

Neste momento vivem lá naVila C vinte e Oito viúvas de operáriosque morreram na obra. Outras foramemboram depois de esperarem inutil-mente pela indenização. Itaipu só pagadepois de aparecer o cadáver. No casodos operários que estavam na gaiolaque caiu dentro do rio, uma viúva rece-beu a indenização, mas a outra está atéhoje esperando. A justificativa da Itai-pu é que o corpo não apareceu.

Os moradores da rua Belo Hori-

zonte, do conjunto C, são testemunhasde uma viúva que, depois de esperardurante bastante tempo, começou ater ataques e desmaios. A solução en-contrada por Itaipu foi dopar a viúvacom calmantes e mandá-la embora. De-ve hoje estar em São Paulo mendigan-do, diz uma vizinha.

"A pobrezinha vivia desespe-rada. Ia todos os dias lá nos escritó-rios para saber se encontraram o corpodo marido. Ficou muito doente, nãodormia e tinha ataques frequentes. En-cheram ela de injeções", afirma umasenhora vestida de preto, enlutadaapós a morte do filho.

O tratamento médico dentrodo gheto de ltaipu é feito à base decalmantes e analgésicos. Luiz Carlos daSilva afirma que quando o peão vai aomédico acaba saindo sempre com umareceita de Benzetacil e qualquer anal-gésico.

Esta é a vida de milhares de ope-rários que estão constuindo a libra doSéculo, para produzir energia que oBrasil já tem em excesso. A Vila C étestemunho vivo de como são tratadosos trabalhadores neste país em que otrabalho é submetido e esmagado pelaganância do capital.

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acompanharam. Percebendo que eraimpossível realizar um último ato emfrente à Câmara, os manifestantes di-rigiram-se à Escola, encerrando a pas-seata e voltando às salas de aula.

Os professores não acompanha-ram a passeata como desejavam os es-tudantes. Perguntado sobre a ausên-cia dos professores, um estudante de-clarou: "Os professores estão a nossofavor, mas não quiseram se juntar àpasseata por medo de serem reprimi-dos e perderem o emprego. Os pro-fessores são muito covardes" - disse.

Em entrevista à imprensa queacompanhou a manifestação, o co-mandante da PM disse que os soldadostinham ordem de não agredirem, a me-nos que fossem agredidos, e que pode-riam ser detidas "lideranças negativas"

Passeata

Quando o deputado estadualTércio Albuquerque interferiu na Es-cola Bartolomeu Mitre fazendo comque a diretora Eva Terezinha Vera fos-se exonerada do cargo, certamentenem cogitou da possibilidade de rea-ção que poderia desencadear. Educa-do politicamente dentro dos princí-pios e procedimentos da repressão,Tércio e seus correligionários do PDSmostraram que não é fácil perder asmarcas deixadas em sua linha de açãcpelos hábitos adquiridos durante os18 anos de arbítrio e prepotência doregime militar. Tércio iniciou sua car-reira política dentro do partido do re-gime militar precisamente na fase maisnegra da repressão ao povo. Agora.apesar da esquálida abertura democrá-tica, o deputado e seus partidários demodo geral dão mostras de pouca ca-pacidade de adaptação.

Depois que a exoneração da di-retora Eva Terezinha Vera se consu-mou e depois que os professores, alu-nos e pais dos alunos tomaram conhe-cimento dos motivos que ocasionaramo ato, começou a resistência. A primei-ra reação partiu dos professores da Es-cola, que redigiram um documento e olevaram até o secretário de Educaçãohipotecando solidariedade à diretora epedindo fosse reintegrada à função.Inútil. O Secretário confirmou que ademissão só tinha motivação política,lavou as mãos e prometeu que o atoera irrevogável.

O caso foi tornado público epassou a ser comentado insistentemen-te nos círculos políticos e educacionais,ao ponto de configuãrar-se um dosmais sérios escândalos políticos dosúltimos tempos em Foz do Iguaçu. Asinterpretações do fato aos poucos fo-ram imprimindo a convicção de querora cometida uma grande injustiça euma inaceitável intromissão político-eleitoral na educação. O deputado Tér-cio, responsável direto pela situação,passou a ser recriminado à medida emque crescia a solidariedade à diretorademitida. A ausência de motivos jus-tos para a exoneração e o reconheci-mento pelo desempenho competen-te e responsável da diretora por parteda comunidade, aumentaram a indi-gnação.

No dia 20 de abril, mais de du-zentos alunos do período noturno rea-lizaram uma assembléia no salão da Pa-róquia São João Batista para definiremsua posição. Sabendo da realização daassembléia, a 44a. Inspetoria Regionalde Ensino ordenou aos professores quedessem falta aos alunos que participas-sem da reunião. Os professores apoia-vam o movimento dos alunos, mas fi-caram na indiferença - comprimidosentre pressões e ameaças, a que estãoacostumados,e o sentimento da justezada posição dos alunos.

Na Assembléia, os alunos toi:-ram três decisões: Redigir um abaixo-assinado condenando a demissão e exi-gindo que a diretora fosse reconduzidaao cargo; realizar uma passeata pelasruas da cidade no dia 22; formar umacomissão de pais, professores e alunospara irem a Curitiba e lutar junto aosecretário de Educação ou ao governa-dor Ney Braga para reconsiderarem adecisão. Se fosse impossível conseguira volta da diretora, os alunos iriam aomenos pedir fossem anunciados os mo-tivos reais da demissão.

O feriado de 21 de abril foi ocu-pado pelos estudantes na confecção defaixas e cartazes. As 19h15 do dia 22.na Escola Bartolomeu Mitre, foi dadoo sinal para os alunos entrarem nas sa-las de aula. Conforme haviam acerta-do, ao invés de irem às aulas, seconcentraram no pátio da Escola parade lá saírem à rua em passeata. Maisda metade dos estudantes do períodonoturno, juntamente com alguns pais,engrossaram a mobilização. Percorre-

ram a Av. Jorge Schimmelpteng, pas-saram em frente à Prefeitura, descerampela Av. JK e entraram na Av. Brasil.Os próprios alunos faziam o controledo trânsito para evitar acidentes. Osmanifestantes cantavam o Hino Nacio-nal e o Hino da Escola, exibiam carta-zes e faixas, gritavam palavras de or-dem: "Queremos nossa diretora","Terezinha, Terezinha", "Queremosjustiça", "Fora Dom Corleone", "On-tem o Juvêncio, hoje a dona Terezinha,amanhã..." Muitos populares saíam

à rua e se juntavam à manifestação.Emdado momento, um transeunte in-dagou a um estudante se não tinha me-do da repressão policial. "Nem umpouco - respondeu o aluno. Que éisso? Estamos em tempo de abertura".

Dez minutos depois, porém, oestudante e seus colegas entenderamque a abertura é um pouco mais estrei-ta do que pensavam. Quando a passea-ta chegou à praça da Câmara Munici-pal, três viaturas da Polícia Militar euns quinze policiais estavam à esperados manifestantes. Chefiados pelo co-mandante da 4a. CIPM, capitão Moa-cir Lobo, os policiais se apresentaramcom cassetetes e revólveres. Arranca-ram as faixas e os cartazes das mãosdos estudantes, ostentavam as armas erevelavam-se bastante tensos. Houveinicio de tumulto e correria porquemuitos estudantes temeram que os po-liciais deixassem de apenas ostentar asarmas e passassem à agressão. A calmavoltou quando um dos manifestantesentoou o Hino Nacional e todos o

bléia e que todos os que participaiam tinham a mesma responsabilidade.Então os policiais queriam que Zilmarapontasse quem eram os cabeças,ameaçando: "Se você não disser, vailevar a culpa e será enquadrado naLei de Segurança Nacional. Assim,não poderá nem cursar uma faculdademais tarde".

A ordem de reprimir a passea-ta e de tentar identificar os líderesestudantis teria partido do comandodo 34o. Batalhão de Infantaria Moto-rizada, segundo se soube, e o objeti-vo da detenteção de Zilmar Rafagnin,ao menos aparentemente, foi intimida-ção pura e simples. Estaversão, entre-tanto, parece ser por demais otimista.Na verdade, as buscas de cabeças paraacusar de incitamento continuaramdurante a semana,e tudo indica que ocaso irritou profundamente os órgãosde segurança, que destacaram para apasseata diversos agentes (da PolíciaFederal e do SNI) - na verdade os úni-cos elementos estranhos infiltradosno movimento, além da PM.

Zilmar foi liberado pela PM àmeia noite do mesmo dia, sob o alertade que posteriormente seria citado ju-dicialmente. No dia seguinte ele pro-curou o advogado Santo Rafagnin, pre-sidente da Subseção da OAB em Foz,que telefonou à PM e ouviu a informa-ção de que Zilmar seria intimado adepor a qualquer momento.

que porventura estivessem infiltradasno movimento.

Tudo parecia encerrado na maisabsoluta normalidade. No dia seguinte,porém, soube-se que a questão não fi-caria nisso. O aluno Zilmar Rafagnin,que acompanhou a passeata ajudandono controle do trânsito, relatou o quese passara com ele naquela noite. Aosair da Escola no final das aulas, Zil-mar foi recolhido por um carro Brasí-lia branco e dois soldados da PM vesti-dos à paisana,que o levaram até o quar-tel da corporação, onde foi interroga-do e ameaçado. Informou Zilmar queos interrogadores queriam que confes-sasse ser o cabeça do movimento, masele insistia em que não havia cabeçase, sim, que se tratava de uma manifes-tação decidida por votação em asern-

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na ESIOLH 1 MITRE

A agitação em torno do caso nãopararia por ali. Dois dias após apasseata dos alunos, seria a vez dospais que têm filhos na Escola Bartolo-meu Mure se posicionarem oficialmen-te. llton Chemin, presidente da Asso-ciação de Pais e Professores da Escola.convocou uma assembléia geral extraordinária. Reunidos na seda da Asso- -ciação Comercial e Industrial de Fozdo Iguaçu, cerca de 100 pais de alunosse inteiraram da situação e decidiramjuntar-se ao protesto geral.

Na assembléia dos pais, o presi-dente da APP solicitou a um aluno daescola que expussesse os motivos damovimentação estudantil. Após, con-vidou o professor Juvêncio Mazza-rollo para que fizesse um resumo dosacontecimentos. A seguir, passou a pa-lavra a Aluízio Palmar, que tem filhosestudando naquela escola,e que apon-tou o mal representado pela ingerênciapolítico-eleitoral no ensino, qualifican-do a exoneração da diretora Eva Tere-zinha de "gesto arbitrário, injusto econtrário aos interesses dos pai; alu-nos, professores e da própria escoIa.

Os pais decidiram elaborar umabaixo-assinado em que reclamaramfossem dados pelo secretário de Educa-ção motivos que justifiquem a exone-neração da diretora, caso contrárioexigirão sua volta à função. Fizeramconstar um pedido às autoridades dogoverno para que acabem com toda aintromissão de interesses políticos epartidários dentro das escolas. Por úl-timo, decidiram formar uma comissãocomposta por representantes dos pais,professores e alunos para irem ao se-cretário de Educação e ao governadorNey Braga e exporem sua posição.

Desse modo, os dividendos po-lítico -eleitorais que o deputado Tér-cio Albuquerque e o PDS pretendiamembolsar com a exoneração da pro-fessora Eva Terezinha, se transfor-maram, para sua surpresa, em dece-pção e desgaste dificilmente recupe-rável. O fato continua repercutindo.Dificilmente as autodiades voltarãoatrás e, se essa situação não tiver umdesfecho melhor, está ao menos ensi-nado que o abandono do arbítrio e daprepotência é conveniente mesmo paraaqueles que preferem atos institucio-nais e decretos " ritários para segui-rem na busca de ;,.,js interesses pes-soais.

Nosso Tempo - Foz, 29/411982- Página 11

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No último dia 15 esteve em visita à comunidade árabe de Fozdo Iguaçu o embaixador da Líbia no Brasil, dr. Abdul LatifBukar. Em entrevista a Nosso Tempo, o representante da "Ja-mahirya Árabe Popular e Socialista da Ljbia" traçou um perfildas conquistas da revolução conduzida pelo coronel MuamarKhadafi (foto). Onze anos após a vitória de Muamar Khadafi

sobre a monarquia, assim é a Líbia:Nosso Tempo - Foz, 291411982 • Página 12

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As conquistas da Revolução Líbia

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1lW1iIAbdul Ltif Bukar, embaixador da Recepção do Embaixador Líbio: Assen Ornar, Murched Taha, Ali Dakatni,(cõnsul geral da Liba no Brasil), Mohamad

Libia no Brasil. - Barakat, Abdul Latif Buakar (embaixador). Ali Seleiman, Ahrnad Taufic, Flassan Wahab e Barakat Barakat.

1"O coronel Muamar Khadafi tomou o po-

der na Líbia como líder de uma revolução socialistanacionalista em 1969. De imediato foram expulsas dopaís as bases militares norte-americanas e os resquíciosdo colonialismo italiano. Esta foi a primeira grandeconquista da revolução.

Em 1969 foi derrubada a monarquia e cria-da a república, que durou até 75, quando foi instala-do o que se chama de "Jamahirya", palavra árabe quesignifica "governo do povo pelo povo". Essa sobera-nia popular é desenvolvida pelos congressos popula-res, que encaminham propostas e expõem as neces-sidades básicas.

Na área econômica, a revolução de Kha-dafi nacionalizou as companhias de petróleo e os ban-cos e deu ao povo as mais amplas oportunidades departicipação na economia nacional. Verificou-se essaparticipação direta dos trabalhadores líbios dentro dosistema de pequena e média empresa, onde eles parti-cipam dos lucros. A direção das indústrias e empresasnão é feita de cima para baixo. As direções adminis-trativas são escolhidas entre os trabalhadores, que no-meiam um comité que coordena o trabalho e dirigea empresa.

Todo o povo líbio tem participação nariqueza da terra. Não existem empregados na agricul-tura porque quem quer trabalhar na agricultura temterra e trabalha coletivamente.

Na Líbia não existem classes, não existempobres nem ricos, porque a riqueza é distribuida entretoda a população

Recentemente visitaram a Líbia o ex-presi-dente brasileiro Jãnio Quadros, o líder político Lulae o ministro César Cais, das Minas e Energia- Cada umpor sua vez pôde verificar isso que dizemos sobre nos-so país.

No setor educacional, basta dizer que an-tes da revolução o índice de analfabetismo chegava a74 por cento. Hoje esse índice baixou drasticamentee o programa educacional líbio prevê a erradicação to-tal do analfabetismo até 1985. O trabalho está sendodesenvolvido e a meta será alcançada. A educação éinteiramente gratuita. Todo o povo tem acesso àescola, à faculdade. Antes da revolução, só uma mi-noria de privilegiados tinha acesso à universidade. Ho-je procura-se dar ensino elementar a todo o povo e,aos poucos, será garantido o ensino superior a todosos interessados.

Do mesmo modo, a medicina está sociali-zada e ninguém fica sem atendimento médico por fal-ta de recursos. Não existe medicina pri-vada na Líbia. O médico trabalha 6 horas por dia, 3de manhã e 3 à tarde. Os médicos têm um salário fi-xo e atendem gratuitamente seus clientes'

POLÍTICA EXTERNA"As relações diplomáticas do Brasil com a

Líbia são normais e sem problemas. Recentemente orelacionamento entre os dois países melhorou aindamais. Em breve haverá reunião da Comissão MistaBrasil-Líbia para estudos de problemas econômicos eculturais de interesse mútuo.

O Brasil compra atualmente 30 mil barrisdiários de petróleo líbio. O Brasil não participa, aomenos a nível oficial, da campanha internacional mo-vida pelo imperialismo contra a revolução de Khadafi.

Não há um bloqueio internacional, masapenas uma campanha de difamação, e isso se deve àposição anti-imperialista e às transformações introdu-zidas no país após a revolução. Além disso, como ésabido de todos, a Líbia apóia todos os movimentosde libertação nacional. Isso desagrada o imperialismo,que apela para todos os meios para hostilizar e boico-tar.

Os americanos tinham bases militares e em-presas petrolíferas na Líbia. Todos sabem que quan-do os americanos perdem terreno fazem de tudopara voltar. Uma vez derrotados, não se confor-mam e adotam a calúnia, a difamação.

Já o Brasil reconhece o direito do povolíbio de adotar o sistema político e econômico quequiser. O relacionamento entre os dois países excluiqualquer problema histórico ou de escolha do siste-ma de governo. É diferente do relacionamento coma Itália, por exemplo, porque o Brasil nunca dominoua Líbia, mas a Itália sim. Isto vale também para a In-glaterra e os Estados Unidos. O Brasil não tem com aLíbia um passado com esses problemas de domina-ção ou colonialismo. Não há razões, portanto, paranão haver reconhecimento mútuo.

Quanto às acusações feitas pelo imperia-lismo de que a Líbia está comprometida com o ter-rorismo internacional, nada existe de mais falso. ALíbia é contra toda forma de terrorismo. Foi sancio-nada uma lei nesse sentido. Apóia o povo palestinoque quer voltar à sua terra. A Líbia estava com a re-volução iraniana para derrubar o xá Rheza Pahlevi. ALíbia estava com o povo sandinista que derrubou aditadura de Somoza na Nicarágua e está agora com opovo de El Salvador, que luta para se libertar. A Li'-bia apoiou a revolução da Etiópia. E a favor da lutada Namíbia contra o imperialismo racista da Áfricado Sul. Essas revoluções não são movimentos terro-ristas, mas é por causa desse apoio às lutas de liber-tação que o imperialismo acusa a Líbia de apoiar oterrorismo internacional".

BEM—ESTAR SOCIAL"No campo social, o que se verificou foi a

mais ampla participação popular em todos os setoresessenciais - moradia, saúde, educação e alimentação.

Hoje ninguém paga aluguel na Líbia. Prati-camente toda a população tem casa própria.

Foi dado um destaque muito grande à par-ticipação da mulher na vida nacional. A mulher viviaantes numa condição inferior, mas hoje ela não é maisdiscriminada e participa de tudo com os mesmos di-reitos do homem. Só como exemplo, existem cerca de50 mil mulheres nas forças armadas.

A revolução líbia sempre foi alvo de perse-guição e da difamação por parte do imperialismo e docapitalismo ocidental. Mas as mentiras propagandea-das para desmoralizar a revolução de nosso país sãorefutadas por todos os que visitam a Líbia e verificam'com seus próprios olhos os progressos alcançados.

MORTE AOS TRAIDORES'Quem decidiu o fim de Anuar Sadat

foi um congresso do povo árabe que reuniu pratica-mente todas as entidades políticas do mundo árabe.Sadat foi o grande traidor da causa árabe. O congressodo povo decidiu o justiciamento de Sadat de-pois de realizar três reuniões - em Damasco, Bagdá eTrípoli. Foi decidido que Sadat devia morrer depoisda visita que fez a Jerusalém. Houve o julgamento,mas Sadat não levou em consideração. Quem execu-tou a sentença foram os egípcios. Sadat é uma páginanegra na história do povo árabe. E o fim que Sadatteve é o mesmo reservado a todos os traidores.

A Líbia e todos os povos árabes estão con-tra os acordos de Camp David, feitos por Carter,Beguin e Sadat contra os interesses árabes. Todo ogoverno que for favorável àqueles acordos é inimigodo povo árabe.

O atual presidente do Egito, por continuarcom a política de- Anuar Sadat, terá o mesmo fimde seu antecessor:'

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CONVOCAÇÃOOs Diretbrios Municipais do PARTIDO DO

MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO -PMDB a PARTIDO POPULAR- PP, de Foz do Igua-ÇU, PR., convocam a todos os filiados para a CON-VENÇÃO CONJUNTA, a ser realida no dia 2 do maiodo 1982 (próximo domingo), com inicio ás 9 horas eencerramento às 17 horas, na sede do PMDB, situadaà Avenida República Argentina, esquina com SantosDumont, nesta cidade, para cumprimento ao que dis-põe o parágrafo lo, do Artigo 160 da Resolução10. 785/80, do Tribunal Superior Eleitoral

Será , a seguinte a Ordem do Dia.lo. - feição do Diretório Municipal2o, - Eleição de Delegado e Supiente

à Convenção Regional -3a Eleição da Comissão Executiva e Se-

plantes.OBS: Todos os eleitores de Foz do Iguaçu,

filiados ao PMDB a ou ao PP, deverão comparecera este Convenção.

Foz do Iguaçu, 23 de abril de 1982-A Comissão Executiva

Casas de Carnese. Fri'.os

ROUXINOLFRANGOS ABATIDOS NA HORA

O Oeste Parana Clube fez realizarcom raro brilho grandioso baile premiandoassim o seu numeroso quadro social. A Or-questra-'Show Cassino de Sevilha ficou res-ponsável pela animação. Para este ano a dire-toria está anunciando surpreendentes con-tratações no setor artística Vamos aguardar.

Por falar em Oeste.a diretoria Conti-nua a execução das obras do primeiroclube social de Foz. As piscinas já estão qua-se conclurdas e, para servir de água, foicontratada uma empresa para a perfuraçãode um poço artesiano.

O Estatuto do Clube também passapor uma reforma geral e em breve haveráassembléia geral para apreciação e votaçãodo novo documento legal.

O presidente da Câmara Municipal.vereador João Kuster, esteve no último dia17, acompanhado pelo vereador FranciscoFreire, participando de uma reunião do Co-mité Pró Autonomia dos Municípios, naAssembléia Legislativa do Estado, em Curi-tiba. Dentre os muitos assuntos abordadosfoi decidido o envio de muitas correspon-dências aos membros do Congresso Nacio-nal pedindo o com parecimento e voto f a-vorável de todos na sessão em que deverá serdiscutida a Emenda Constitucional que pre-tende devolver a autonomia aos municipiosdas chamadas 'áreas de segurança".

O departamento de Assitência So-cial de Casa Espirita Os Mensageiros con-tinua com a sua campanha objetivando reco-lher roupas usadas para distribuição à popu.l.çio carente.

A Casa da Amizade também pros-segue com a construção de novas depen-dências do "Lar das Meninas" e espera con-tar com a colaboração da comunidade paraatender seus inúmeros compromissos deassistência social.

Embora com um pouco de atrasoenviamos nossos cumprimentos aos leitoresdenossa coluna que aniversariaram: Sãoelas: Sra. Walsíria (esposa de Manuel Orfa-naki); Marize (esposa do ar, Gelsi Gelmini;Eduardo (filho do Sr, Luiz Fernando Sil-veira); Carlos Edson (filho do Si'. ManoelOrfsnaki) e Dosiree (filha do Si'. AberonyGomos de Lima,

Para a Si, Conferbncia do RotaryInternacional (Distrito 464), Foz do Iguaçumandou uma equipe altamente representati-va de rotarianos, que nos dias 23, 24 e 25participou dos debates e elegeu o Governa-

dor para o período de 1984185.Autoridades do Municipio, liderados

pelo dr, Germano Nascimento, reuniram-sedia 21 de abril no Oeste Paraná Clube comafinalidade de prestar homenagem aTiraden-tes.

E o delegado Raimundo Nonato Si-queira, conhecido em todo o Estado paiasus capacidade na elucidação de casos com-plicados, deverá fazer um giro no ecterioronde fará cursos de .spcialização Ë o Ja-mas Bond sgusçuenss,

João Soares Martins é o novo go-vernador do Distrito L6 do Lions ClubeInternacional. O Distrito L6 é composto pe-Ias regiões Oeste, Sudoeste, Sul e Litoral,contando com 64 clubes formados e apro-ximadamente 1250 associados. A Confra-ternização dos "leões" foi na Chácara Kel-ler,

Na sede do Clube de Caça o Pesca Ma-ringá foi oferecido um jantar ao novo co-mandante da Marinha, Cláudio Jase daMata. Felicidades ao novo comandante.

O casal Roberto/Jussara Fava estãorumando para o exterior onde pretendem vi-sitar diversos países, inclusive a Espanha,on-de assistirão a Copa do Mundo. Antas elespassaram na Boutique Xuxureka para reno-var seu guarda-roupa. Também os casaisAdemar/Cida Montoro, Navio/Cristina Rafa-gnin e Egeu/Luiza Brito estão arrumando asmalas para urna viagem.

O proprietário do Travão, LourençoCosta, ofereceu almoço em homenagem aoprefeito Clbvis Vianna. Lã estiveram presen-tes o juiz Roberto Sampaio Barros, di'.bio Kopytowski,Germano Nascimento, ooutras autoridades. Na ocasião foi feito olançamento da c.didatura de Antonio Soa-res.

No dia 29 deste mõs acontecerá oaniversário do Foz do Iguaçu Country Club-Extensa programação está programada, soba coordenação do seu presidente, José Cae-tano Ferreira Neto,

Parece que até o final do ano o pre-feito Clóvis Cunha Vianna deita o comandodo Executivo Municipal, Empresários igua-'çuanses movimentam-se no sentido do indi-car um sucessor à altura. Junto com V,anna,evidente, segui,'a d. Laia e é bom que as da-mas da cidade comecem a se movimentarno sentido de conseguir uma pessoa comreal competència para substitui-Ia, o quenão será fácil,tendo em vista o grande esfor-ço e capacidade que se exige de uma pessoapara dirigir uma entidade como a GuardaMirim,

É verdade que o Grupo dos 30 deFoz do Iguaçu são remanescentes do Grupodos 11? Ou seria clube?

No dia 9 de maio, grandiosa festano Jardim São Paulo. Será no pavilhão daIgreja Matriz a partir das 10 horas, Muitasatrações e o tradicional churrasco.

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am~os na mansão do seu

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Maiy Terezinha deu o recado no Trevão, omaior saião de molas do País.

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Grupo Folclórico do Centro Cultural Árabe-Brasi-leiro de São Paulo em apresentação no Floresta

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Empresário J. Delano, diretor da Casa de FriosRouxinol, em pose especial para esta cohma

Relembrando o enlace matrimonial de SadyBuzzanello e Marta Damen, no lpé Clube

Ornar Safde, Hamed Safiedme, Hamed Omaire,Namur Saíde e Mohamed Tarabain flO show árabe -.

Ls Puma Punko" dão o recado todos os sábadosno Resturante Ponto de Encontro.

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IIOrtegacompletou dois

recancionou

Dr. Martins, o novo governador do distrito L6,ao dirigir-se aos presentes quando de sua poe

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IfCristina, Doraci, Glefr, Diurna, Marilena e Lídia. Adomadoras na festa do Lions na Chácara Kelier.

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rn MAIflR9

l o FESTA DO TRABALHADOR

foto "Primeiro de Maio". de Pedro Martineili revista Realidade,

Quem é que constrói prédios, casasluxuosas, grandes hidrelétricas e no entantomora em pobres barracos, nas favelas ouem casas alugadas pelo olho da cara?

Quem é que produz todo o alimento,plantando, colhendo e industrializando, edepois não tem dinheiro para dar

de comer a seus filhos?

Quem é que trabalha nas fábricas,produzindo riquezas para uma minoria deexploradores, privilegiados?

Quem foi expulso da terra pelas máquinasdos latifundiários e pela política agrícola dogoverno? Por acaso o rendimento dasmáquinas oferece algum benefício aoagricultor que foi expulso da terra e nãotem como voltar nem como viverdignamente na cidade?

lo. de maio é o nosso dia - a festa dotrabalhador.

Temos o direito de comemorar, apesar dosofrimento de sermos eternamenteexplorados. Se o governo, os ricos e ospatrões não valorizam o nosso trabalho,nem assim ele perde o valor.

Aliás, temos que começar por aí:valorizando o nosso trabalho. Senão, quem

vai valorizar algum dia?

Professores, operários de Itai pu, estudantes,

vigilantes, agricultores, operários daconstrução, empregadas domésticas,balconistas, bancários, cozinheiras,enfermeiras, camareiras, guias turísticos,garçons, enfim todas as categoriasprofissionais, todos precisam comparecerà la. Festa do Trabalhador de Foz doIguaçu, no dia lo. de maio.

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VENHA COMEMORAR O DIA DO TRABALHADOR1.0 de Maio de 82

Oeste Paraná Clube A partir das 14 HorasPresença Importante: Todos vocís

PROGRAMA;

Músicas, Violeiros, Trovadores, Poetas, Sanfoneiros, Debates Políticos

PROMOÇÃO DO PT E DO PDTNO DIA 11 DE MAIO O LULA ESTARÁ EM FOZ PARTICIPANDO DE UM COMIdO QUE O PT FARÁ NO SALÃO DO BINO