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7/29/2019 Patologias nas Edificações - Cópia http://slidepdf.com/reader/full/patologias-nas-edificacoes-copia 1/23 CURSO DE ENGENHARIA CIVIL - Patologias nas Edificações

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CURSO DE ENGENHARIA CIVIL -

Patologias nas Edificações

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................................3

OBJETIVO..................................................................................................................................5

PATOLOGIAS EM CONCRETO ARMADO ...........................................................................6

Armaduras Expostas e Concretos Danificados........................................................................6

PATOLOGIA EM REVESTIMENTOS CERÂMICOS ............................................................9

Origem das patologias..............................................................................................................9Principais patologias em revestimentos cerâmicos................................................................11

PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO DE PINTURA...........................................................19

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INTRODUÇÃO

A ocorrência de patologia nas construções tem aumentado nos últimos anos. Isto se deve amão-de-obra não qualificada da indústria de construção. A falta de planejamento obriga aindústria da construção civil a trabalhar em repetidos ciclos que causam perdas dos elementos.

A qualidade dos materiais utilizados também contribui para o aparecimento das patologias, pois podem trazer defeitos de fabricação, afetando assim o produto fina. O recebimento earmazenamento devem ser considerados para evitar possível depreciação do material.

O uso inadequado de materiais, aliado à falta de cuidados na execução e somado à falta demanutenção, tem criado despesas extras aos usuários que muitas vezes com até menos decinco anos de uso já necessita consumir recursos financeiros em reparos, reparos estes que poderiam inteiramente ser evitados.

A combinação da má execução da impermebialização ou a sua ausência, o concreto permeável, a rigidez inadequada de elementos estruturais apresentaram elevada incidência na

construção civil hoje. Essa combinação associada a falhas de execução explicam os problemas precoces de infiltrações, fissuras, corrosão da armadura, trincas, dentre outros.

Segundo Pichhi, vários são os fatores que interferem na qualidade final do produto daconstrução civil, dentre eles podem-se citar:

- No Planejamento, a definição dos níveis de desempenho desejados;

- No projeto, a programação de todas as etapas da obra, os desenhos, as especificações eas descrições das ações;

- Nos materiais, a qualidade e a conformidade com as especificações;

- Na execução, a qualidade e a conformidade com as especificações;

- No uso o tipo de utilização previsto para o ambiente construído aliado ao programa demanutenção.

Para se obter a diminuição ou a eliminação dos problemas patológicos deve haver grandecontrole de qualidade nestas etapas do processo. Nas Figura 1 e Figura 2 apresentadas aseguir, seguem exemplos de algumas patologias comuns em obras civis.

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Figura 1: Corrosão nas armaduras e infiltrações próximas as tubulações

Figura 2: Corrosão nas armaduras, lixiviação do concreto provocado pela água

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OBJETIVO

O objetivo deste é fazer uma apresentação das diversas patologias que podem se manifestar nas estruturas de concreto e das placas cerâmicas, incluindo suas origens, características e

conseqüências.

Conceito de Manutenção

De acordo com SOUZA e RIPPER (2003), entende-se por manutenção de uma estrutura oconjunto de atividades necessárias à garantia do seu desempenho satisfatório ao longo dotempo, ou seja, o conjunto de rotinas que tenham por finalidade o prolongamento da vida útilda obra, a um custo compensador. Nota-se aqui a presença do usuário/proprietário comoelemento participante, pois este é considerado um co-responsável pela manutenção, devendoestar sempre disposto a suportar o custo com o sistema de manutenção concebido pelos projetistas, que deverá ser respeitado e viabilizado pelo construtor.

A associação entre desempenho, vida útil, durabilidade e manutenção é inevitável. Sabe-seque as estruturas e seus materiais deterioram-se mesmo quando existe um programa demanutenção bem definido, sendo esta deterioração, no limite, irreversível. O ponto em quecada estrutura, em função da deterioração, atinge níveis de desempenho insatisfatórios, variade acordo com o tipo de estruturas. Algumas delas, por falhas de projeto ou de execução, jáiniciam as suas vidas de forma insatisfatória, enquanto outras chegam ao final de suas vidasúteis projetadas ainda mostrando um bom desempenho.

Por outro lado, o fato de uma estrutura em determinado momento apresentar-se comdesempenho insatisfatório não significa que ela esteja necessariamente condenada. Aavaliação desta situação é, talvez, o objetivo maior da Patologia das Estruturas, posto que esta

é a ocasião que requer imediata intervenção técnica, de forma que ainda seja possível reabilitar a estrutura. Logo, a situação ideal é desenvolver o projeto de forma que a execução seja bemfeita e o trabalho de manutenção facilitado, mantendo-se a deterioração em níveis mínimos.(SOUZA e RIPPER, 2003).

O Conceito de Patologia das Construções

Patologia estuda as causas, mecanismos de ocorrência, sintomas e conseqüências dos defeitosnas construções civis ou nas situações em que a construção não apresente um desempenhomínimo pré-estabelecido pelo usuário.

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PATOLOGIAS EM CONCRETO ARMADO

A existência de estruturas de concreto armado com patologias geradas por processos dedeterioração gera insegurança e instabilidade. Tal situação, em muitos casos, é motivada pelo

desconhecimento dos processos e mecanismos de degradação, bem como pela ausência decuidados nas etapas de planejamento, projeto, escolha dos materiais, execução e manutençãodas estruturas de concreto, contribuindo para a redução da vida útil e durabilidade dasmesmas.

A durabilidade de uma estrutura pode ser definida como a manutenção de sua utilidade (suautilização prevista em projeto), ou ainda, a manutenção de um desempenho satisfatório, por um determinado período de tempo pré-concebido (isto é, durante a sua vida útil). A NBR 6118: 2003 estabelece que as estruturas de concreto devem ser projetadas e construídas demodo que, sob as condições ambientais previstas na época do projeto e quando utilizadasconforme foi preconizado, conservem sua segurança, estabilidade e aptidão em serviço

durante o período correspondente a sua vida útil.De acordo com o Comitê ACI-201 (1991), durabilidade pode ser entendida como a capacidadede resistir a ações de intempéries, ataques químicos, abrasão ou qualquer outro processo dedeterioração. Em outras palavras, a durabilidade também pode ser expressa como a capacidadeda estrutura se manter em condições adequadas de funcionamento sem a necessidade deintervenções e reparos.

Armaduras Expostas e Concretos Danificados

 

Figura 3 e Figura 4: Exemplos típicos de corrosão de armaduras

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Figura 5: Rigidez inadequada de elementos estruturais

 

Figura 6 e Figura 7: Casos típicos de impermeabilização mal feita

Figura 8: Pilar corroído com armaduras expostas e enferrujadas

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Figura 9: Cobrimento da armadura inadequado gerando corrosão

Percebe-se também um alto índice de fissuras, seja em paredes que não conseguem

acompanhar as deformações excessivas da estrutura, ou fissuras longitudinais, principalmenteem pilares, ocasionadas por corrosão da armadura.

Figura 10: Espessura excessiva de revestimento

Pode-se sugerir em relação a este caso de destacamento de revestimento, que houve uso dematerial inadequado para o seu assentamento, em um caso, o uso de camada excessiva derevestimento para compensar a falta de prumo.

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PATOLOGIA EM REVESTIMENTOS CERÂMICOS

Placas Cerâmicas são os materiais, de formas e tamanhos variados usados na construção civil para revestimento de paredes, pisos, bancadas e piscinas de ambientes internos e externos.

Recebem designações ais como: azulejo, pastilha, porcelanato, piso, etc. Os revestimentoscerâmicos protegem a construção contra infiltrações externas, garantem mais conforto térmico,oferecem boa resistência às intempéries e à maresia, funcionam como proteção mecânica degrande durabilidade, têm longa vida útil e são de fácil limpeza e manutenção.

O uso do revestimento cerâmico de fachada tem sido uma prática cada vez mais freqüente noBrasil, principalmente nas regiões litorâneas. Além de ser bastante atrativo pela baixamanutenção requerida e pelo padrão de acabamento reconferido à edificação. (DUAILIBE,2005).

Em adição ao baixo custo de manutenção e à alta durabilidade, os revestimentos cerâmicos sãoresistentes ao fogo e antialérgicos. Aliadas à grande variedade de padrões, cores e texturas,essas características fazem com que pastilhas e cerâmicas sejam as opções mais lembradasquando o objetivo é buscar diferenciais estéticos de mercado para um empreendimento,melhorar a relação custo/benefício ou aumentar o valor agregado da construção.

Os revestimentos da fachada devem apresentar as propriedades para os fins a que se destinam,que é a proteção e vedação da edificação contra a ação de agentes externos agressivos, quantoao efeito estético e de valorização patrimonial, compatíveis com a nobreza e custo do material.

As manifestações patológicas são evidenciadas por alguns sinais que, embora muitas vezesapareçam em alguns componentes, podem ter origem em outros componentes de revestimento.Quando há destacamento da placa cerâmica, isto não significa necessariamente que o

 problema foi causado pela própria placa, o problema pode ter sido causado, por exemplo, por falta de treinamento de mão-de-obra, que não respeitou o tempo em aberto da massa colante(FONTENELLE & MOURA, 2004).

Origem das patologias

De acordo com Pedro (2002), a origem das patologias pode ser classificada em:

Congênitas - São aquelas originárias da fase de projeto, em função da não observância das Normas Técnicas, ou de erros e omissões dos profissionais, que resultam em falhas nodetalhamento e concepção inadequada dos revestimentos.

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Figura 11: Ausência de detalhes construtivos (contraverga)

Construtivas - Sua origem está relacionada à fase de execução da obra, resultante do empregode mão-de-obra despreparada, produtos não certificados e ausência de metodologia paraassentamento das peças.

Figura 12: Falha relacionada à fase de execução da obra

Adquiridas - Ocorrem durante a vida útil dos revestimentos, sendo resultado da exposição aomeio em que se inserem, podendo ser naturais, decorrentes da agressividade do meio, oudecorrentes da ação humana ou de revestimentos não adequados.

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Figura 13 e Figura 14: Escola de Engenharia/UFMG (Prédio AS)

Acidentais – Caracterizadas pela ocorrência de algum fenômeno atípico, resultado de umasolicitação incomum.

Figura 15: Problema ocasionado por recalque da fundação

Principais patologias em revestimentos cerâmicos

Destacamentos ou descolamentos

Os destacamentos são caracterizados pela perda de aderência das placas cerâmicas dosubstrato, ou da argamassa colante, quando as tensões surgidas no revestimento cerâmicoultrapassam a capacidade de aderência das ligações entre a placa cerâmica e argamassa colantee/ou emboço. O primeiro sinal desta patologia é a ocorrência de um som cavo (oco) nas placascerâmicas (quando percutidas), ou ainda nas áreas em que se observa o estufamento dacamada de acabamento (placas cerâmicas e rejuntes), seguido do destacamento destas áreas,que pode ser imediato ou não.

Geralmente estas patologias ocorrem nos primeiros e últimos andares do edifício, devido aomaior nível de tensões observados nestes locais. As causas destes problemas são:

- Instabilidade do suporte, devido a acomodação do edifício como um todo.

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- Deformação lenta (fluência) da estrutura de concreto armado, variações higrotérmicase de temperatura, características um pouco resilientes dos rejuntes.

- Ausência de detalhes construtivos (contravergas, juntas de dessolidarização).

- Utilização da argamassa colante com um tempo em aberto vencido; assentamento

sobre superfície contaminada.

- Imperícia ou negligência da mão -de -obra na execução e/ou controle dos serviços(assentadores, mestres e engenheiros).

Trincas, gretamento e fissuras

Estas patologias aparecem por causa da perda de integridade da superfície da placa cerâmica,que pode ficar limitada a um defeito estético (no caso de gretamento), ou pode evoluir para umdestacamento (no caso de trincas).

As trincas são rupturas no corpo da placa cerâmica provocadas por esforços mecânicos, que

causam a separação das placas em partes, com aberturas superiores a 1 mm. As fissuras sãorompimentos nas placas cerâmicas, com aberturas inferiores a 1 mm e que não causam aruptura total das placas. O gretamento é uma série de aberturas inferiores a 1 mm e queocorrem na superfície esmaltada das placas, dando a ela uma aparência de teia de aranha.

Variações de temperatura também podem provocar o aparecimento de fissuras nosrevestimentos, devidas às movimentações diferenciais que ocorrem entre esses e as bases(THOMAZ, 1989).

Figura 16: Ausência de detalhes construtivos (juntas de movimentação)

Estas patologias ocorrem normalmente nos primeiros e últimos andares do edifício,geralmente pela falta de especificação de juntas de movimentação e detalhes construtivosadequados. A inclusão destes elementos no projeto de revestimento e o uso da argamassas bem dosadas ou colantes podem evitar o aparecimento de fissuras.

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Eflorescência

É evidenciado pelo surgimento na superfície no revestimento, de depósitos cristalinos de cor esbranquiçada, comprometendo a aparência do revestimento. Estes depósitos surgem quandoos sais solúveis nas placas de cerâmicas, nos componentes na alvenaria, nas argamassas deemboço, de fixação ou de rejuntamento, são transportados pela água utilizada na construção,ou vinda de infiltrações, através dos poros dos componentes de revestimento (placas cerâmicasnão esmaltadas, rejuntes). Estes sais em contato com o ar solidificam, causando depósitos. Emalgumas situações (ambientes constantemente molhados) e com alguns tipos de sais (de difícilsecagem), estes depósitos apresentam-se como uma exsudação na superfície.

 

Figura 17 e Figura 18: Ocorrência de Eflorescência em fachadas

Deterioração das juntas

Apesar de afetar diretamente as argamassas de preenchimento das juntas de assentamento(rejuntes) e de movimentação, este tipo de problema compromete o desempenho dosrevestimentos cerâmicos como um todo, já que estes componentes são responsáveis pelaestanqueidade do revestimento cerâmico e pela capacidade de absorver deformações. Os sinaisde que está ocorrendo uma deterioração das juntas são: perda de estanqueidade da junta eenvelhecimento do material de preenchimento. A perda da estanqueidade pode iniciar-se logoapós a sua execução, através de procedimentos de limpeza inadequados. Estes procedimentosde limpeza podem causar deterioração de parte do material aplicado (uso de ácidos e basesconcentrados), que, somados ataques de agentes atmosféricos agressivos e/ou solicitaçõesmecânicas por movimentações estruturais, podem causar fissuração (ou mesmo trincas) bemcomo infiltração de água.

Bolor 

O termo bolor ou mofo é entendido como a colonização por diversas populações de fungosfilamentosos sobre vários tipos de substrato, citando-se inclusive as argamassas inorgânicas

(SHIRAKAWA, 1995). O termo emboloramento, de acordo com Allucci (1988) constitui-senuma “alteração observável macroscopicamente na superfície de diferentes materiais, sendouma conseqüência do desenvolvimento de microorganismos pertencentes ao grupo dosfungos”. O desenvolvimento de fungos em revestimentos internos ou de fachadas causaalteração estética de tetos e paredes, formando manchas escuras indesejáveis em tonalidades preta, marrom e verde, ou ocasionalmente, manchas claras esbranquiçadas ou amareladas(SHIRAKAWA, 1995).

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Análises do Projeto Arquitetônico

Para iniciarmos o projeto de RCF devemos, preliminarmente, observar o projeto arquitetônicoda edificação a ser revestida com material cerâmico, sendo dispensada atenção especial a panos de fachada cujas dimensões sejam superiores as recomendadas pela NBR 13755/1996,conforme quadro a seguir, juntamente com as recomendações de outros países :

Tabela 1: Dimensionamento de juntas de movimentação

Dimensionamento de juntas de movimentaçãoPaís Extensão máxima Área máxima Largura da junta

França 6 metros 32 m2 -Estados Unidos 5 metros - 12 mmAustrália 6 metros - 12 mmBrasil* (NBR-8214) 6 metros 24 2 12 mm **

Brasil (NBR 13.755)3m p/horizontal

6m p/vertical- -

* Referente à paredes externas

** O dispositivo normativo prevê largura variável em função da extensão, que aqui foi calculada por 6 m.

Projetos em que os panos de assentamento sejam delimitados por elementos arquitetônicos taiscomo varandas, saliências ou reentrâncias podem fundamentar o posicionamento das juntas.

Posicionamento e dimensionamento de juntas de movimentação

As juntas de movimentação deverão ser inseridas na fachada de modo que a mesma sejasubdividida em “panos” menores, assim as solicitações acumuladas e não absorvidas pelas juntas de assentamento deverão ser absorvidas pelas juntas de movimentação.

As juntas de movimentação deverão ser posicionadas, segundo as dimensões máximas preconizadas pela NBR 13755/1996 e em consonância com o projeto arquitetônico.

 Neste momento é interessante ressaltar que elementos arquitetônicos podem desempenhar função semelhante às juntas de movimentação, visto que pela simples presença desteselementos ocorrerá um alívio de tensões.

Para o dimensionamento das juntas de movimentação deverão ser obedecidos os parâmetrosque seguem:

A dilatação total (LT) é a soma da dilatação devido à expansão por umidade (Leu) mais adilatação térmica (L t), então:

Equação 1:

L T= Leu+ L t

e:

Equação 2:

Leu = eu . Lo

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Onde:

Lo = comprimento inicial

eu = expansão por umidade

Equação 3:L t = Lo . α  .  t

Onde:

Lo = comprimento inicial,

α  = coeficiente de dilatação térmica e,

  t = variação da temperatura

Serão apresentados a seguir alguns casos estudados de patologias de revestimentos cerâmicosde fachada.

As peças para RCF prensadas deverão obrigatoriamente, possuir garras poli orientadas notardoz, que promove um acréscimo de aderência à argamassa colante.

Figura 19: Tardoz da peça cerâmica.

Caso 1

O edifício em tela situa-se à Rua Capelinha, esquina com a Rua Fagundes Varela, sendoconstituído de três pavimentos de apartamentos e um pavimento destinado a comercio egaragens. O imóvel foi revestido com material cerâmico, dimensões de 20 x 20 cm, em sua

totalidade. Na vistoria realizada pode-se observar que o material utilizado tornase inadequado parafachada, pois não possuem garras poli-orientadas no tardoz, ausência de juntas demovimentação e desolidarização e deficiência na aderência da argamassa com a peçacerâmica.

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Figura 20: Descolamento de revestimento cerâmico na interface entre argamassa de assentamento e a peçacerâmica.

Foi observada uma área de aproximadamente 15 m² de área de descolamento de cerâmica,

apresentando argamassa colante bem aderida à argamassa de regularização e argamassacolante com aspecto bem definido do tardoz da peça cerâmica assentada.

Foi observada uma área de aproximadamente 30m² de área com descolamento de cerâmica(pastilha em porcelana preta), apresentando argamassa colante bem aderida à argamassa deregularização e argamassa colante com aspecto bem definido do tardoz da peça cerâmicaassentada.

A argamassa de regularização apresenta desagregação parcial na superfície.

Caso 2

O edifício do caso 2 constitui-se de um edifício de 17 pavimentos residenciais com 4apartamentos em cada pavimento, um pavimento de garagens e um pavimento com halls deentrada e salão de festas.

Figura 21: Descolamento de revestimento cerâmico na interface entre argamassa de assentamento e a peçacerâmica.

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Caso 3

O edifício do caso 3, Tribunal de Justiça, é constituído de prédio com três pavimentos, sendoutilizado RCF apenas em detalhes na fachada. Pode-se observar que as patologias encontradassão bastante pertinentes ao material empregado no edifício aliado à arquitetura do mesmo,sendo que parte da água pluvial escorre pela fachada revestida de material cerâmico.

Figura 22: Presença de flora sobre revestimento cerâmico.

Foi definido como “Outras Causas” em função de não apresentar patologia definida conforme bibliografia pesquisada. A patologia apresentada sobre a forma de flora presente sobre orevestimento cerâmico. A característica dos elementos de Arquitetura é determinante para oaparecimento deste tipo de patologia, pois é definido como um plano inclinado, facilitando adeposição de sementes.

Caso 4

O edifício sede do poder público municipal é constituído de um prédio comercial comdezesseis pavimentos, sendo quinze pavimentos destinados a diversas secretarias e o pilotisdestinado ao atendimento público.

A patologia no revestimento cerâmico da fachada ocorreu próximo às janelas do décimo primeiro pavimento, sendo caracterizada pela ausência de juntas de movimentação edesolidarização, argamassa sem o rompimento dos cordões de argamassa de assentamento, provável tempo em aberto excedido e a utilização de único tipo de argamassa para diferentesclassificações das peças cerâmicas quanto à absorção;

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Figura 23: Descolamento de revestimento cerâmico na interface entre argamassa de assentamento e a peçacerâmica.

Caso 5

O caso estudado de número 6 é constituído de um prédio de utilização comercial, com três pavimentos com área revestida próxima de 1500 m².

Figura 24: Ocorrência de descolamento de RCF em toda extensão do edifício.

Esta obra apresenta falha em todas as etapas construtivas do RCF, sendo que foramobservadas patologias na interface da Base com a Argamassa de Regularização, comdesplacamento de argamassa de regularização, na argamassa de regularização, apresentandodesagregação desta argamassa, apresenta também falha na interface entre a argamassa deregularização e argamassa colante, sendo que facilmente dedutível que esta interface seria

afetada em função da má qualidade da argamassa de regularização, na interface da argamassacolante com a cerâmica, sendo possível observar que o tardoz da peça não conseguiu esmagar os cordões de argamassa, provável tempo em aberto excedido e ainda que nesta argamassa podem-se observar as características do tardoz da peça cerâmica.

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PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO DE PINTURA

 No caso de revestimento de pintura, deve-se, tomar os devidos cuidados para evitar falhas efuturos problemas patológicos. Podendo ser aplicado em qualquer tipo de substrato, à base de

cimento, madeira e outros, deve-se, antes de revestí-lo com pintura, verificar se sua superfícieestá lixada e limpa, sem qualquer tipo de poeira e outro tipo de contaminação, ou seja, tem quehaver uma preparação da base que irá receber a pintura, a qual poderá ser tinta látex (PVA),acrílica, esmalte, óleo, à base de cal, verniz e outros.

 Na preparação do substrato à base de cimento, como alvenaria e concreto, é importante atentar  para as camadas anteriores à pintura, como o reboco ou emboço, que devem ser devidamentecurados, sendo necessário no mínimo 28 dias, evitando assim o destacamento da pintura juntamente com o reboco ou aparecimento de bolhas na pintura.

As infiltrações de água são as causas mais freqüentes da deterioração das pinturas causandodescascamentos, destacamentos, bolhas, manchas etc.(Como ilustra as Figura 25e Figura 25).É importante verificar se há pontos de umidade ou vazamentos que podem ser devido àsinfiltrações pelo solo ou tubulações que estejam com falhas em suas instalações, às áreas quenão foram devidamente impermeabilizadas como jardineiras e lajes sem telhados expostas aotempo, às impermeabilizações desgastadas, infiltrações em banheiros e cozinhas devido aodesgaste da argamassa de rejunte por serem áreas em contato direto com água ou umidade,dentre outros.

Para a recuperação do revestimento sobre alvenaria ou concreto em que houve infiltrações,após estas serem sanadas, deve-se aplicar um produto que tenha a propriedade de unir as partículas soltas, como o fundo preparador de paredes acrílico sempre diluído na proporçãoadequada prevista na própria embalagem.

 

Figura 25: Infiltração de água em pintura e Figura 26: Infiltração em pintura de fachada

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Quando a base for reboco ou concreto, por serem superfícies porosas, as mesmas têm acaracterística de absorver muita tinta e de forma irregular, provocando manchas pela diferençade absorção tornando assim necessária a aplicação de seladores antes da pintura que visam àregularização e uniformização da absorção da tinta, à melhoria e economia do acabamento.

Por razões estéticas e para correções de pequenas imperfeições pode ser feito o emassamentototal da superfície a receber pintura com massa acrílica para ambientes exteriores e à base dePVA, em superfícies interiores, com camadas finas visando perfeita cobertura e secagem.

Antes da aplicação da tinta deve-se lixar e limpar a superfície com pano úmido. Geralmente oaparecimento de bolhas em paredes externas é devido ao uso de massa corrida PVA e não aacrílica como recomendado. Nesse caso deve ser removida a massa PVA logo após ser aplicado uma demão de fundo preparador diluído e corrigir os defeitos com a massa corridaacrílica em seguida repintar a superfície. Em paredes internas podem ocorrer quando após olixamento não foi removido totalmente o pó da parede ou a tinta não foi devidamente diluída.

Ocorre o enrugamento da pintura quando é utilizada excessiva quantidade de tinta, seja em

uma demão, seja em várias demãos sem aguardar o intervalo de tempo necessário entre estas,ou até mesmo por causa de altas temperaturas no momento da pintura.

Quando o problema é de descascamento da pintura em alvenaria pode ser devido à má diluiçãoda primeira demão de pintura sobre o reboco, superfície com poeira ou à aplicação da tintasobre caiação, sem preparação da superfície. A cal não tem boa aderência com a superfícieconstituindo uma camada cheia de pó, deixando assim a tinta que foi aplicada sobre caiaçãosujeita a descascar-se. Devendo antes de pintar sobre caiação, remover as partes não aderidas,logo após aplicar um fundo preparador para receber a tinta.

 No caso de manchas em pintura podem ser provenientes de mofo, saponificação,florescências, pingos de chuva, ou da poluição urbana sobre fachadas que não recebem

manutenção. As provenientes de mofo são escuras ocorrendo em ambientes úmidos, maliluminados e mal ventilados, visto que esses ambientes são favoráveis à proliferação de seresvivos que causam esse tipo de patologia. Como visto na Figura 27, a seguir.

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Figura 27: Pintura com manchas.

Saponificação é identificada quando as manchas sobre a pintura têm superfícies pegajosas podendo até escorrer óleo. Esse problema é causado pela reação da alcalinidade da cal e docimento que compõe o reboco, em presença de certo grau de umidade, com a acidez de algunstipos de resina. Contudo, para evitar esse tipo de patologia, devemos-se esperar os 28 diasnecessários para a cura e secagem do reboco. Outro caso de patologia de pintura devido a estaser aplicada sobre reboco úmido é o das manchas esbranquiçadas, conhecidas comoeflorescências.

Manchas de pintura também podem ser ocasionadas por causa de pingos de chuva isolados em paredes recém-pintadas, que trazem para suas superfícies materiais solúveis de tinta capazesde manchá-las. No entanto esse tipo de mancha não ocorre se cair realmente uma chuva. Essecaso pode ser solucionado com lavagem da parede com água sem esfregar. Recomenda-se não pintar em tempos chuvosos, com grande umidade relativa do ar ou em dias com ocorrência deventos fortes.

Podem ocorrer ainda trincas em paredes que de um modo geral são devidas às movimentaçõesda estrutura. As mais finas ou fissuras, rasas e sem continuidade, podem ser provocadas por falta de tempo suficiente de hidratação da cal antes da aplicação de reboco ou camada muitogrossa da Massa Fina. Para solucionar esse problema as trincas devem ser abertas com

ferramentas adequadas, eliminar toda poeira com pano úmido, após sua secagem aplicar ofundo recomendado para tal superfície, emassa-la com massa acrílica ou PVA, de acordo comcada ambiente, e em seguida repintar com a tinta devidamente diluída.

 No caso da madeira, como dito anteriormente, também deve haver uma preparação da suasuperfície antes da tinta de cobertura. Muitos tipos de madeira eliminam resinas internascausando manchas durante e após a pintura ou envernizamento o que pode ser evitado com a

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aplicação de solvente. Essa aplicação deve se repetir quantas vezes necessárias até aeliminação total da resina no interior da madeira, ou seja, quando não houver o aparecimentodas manchas na madeira. Contudo deve-se ainda aplicar o fundo para madeira, estando assim preparada para receber a pintura de cobertura não se esquecendo de lixar corretamente elimpar a superfície com pano umedecido esperando o tempo necessário de secagem antes da

etapa final de revestimento a fim de evitar o aparecimento de patologias.Trincas e má aderência em madeira geralmente são provocadas pela aplicação de massacorrida PVA para correção de alguns defeitos da própria madeira, por exemplo, em portas, osquais devem ser corrigidos com massa óleo.

 Nos casos em que houver utilização de soda cáustica para remoção de pintura em madeira,antes de repintar deve ser eliminado todo vestígio da soda cáustica lavando com bastante águae aguardando a secagem total da mesma, evitando assim manchas na madeira.

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