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Agosto | Setembro 2013 | Ano XIX | Nº 147 Apicultores de Catas Altas testam tecnologia para evitar o roubo de colmeias Extração de quartzo em Corinto conquista a confiança do mercado 9 772238 217000 Empresários se capacitam para receber os turistas durante a Copa de 2014 ISSN 2238-2178 passo a passo J oga d a d e mestre Agosto | Setembro 2013 | Ano XIX | Nº 147

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Page 1: Passo a Passo 147...Passo a Passo é uma publicação do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas). Registro no Cartório Jero Oliva nº 931. Conselho

Agosto | Setembro 2013 | Ano XIX | Nº 147

Apicultores de Catas Altas testam tecnologia para evitar o roubo de colmeias

Extração de quartzo em Corinto conquista a con:ança do mercado

9 7 7 2 2 3 8 2 1 7 0 0 0

Empresários se capacitam para receber os turistas durante a Copa de 2014

ISSN 2238-2178

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Agosto | Setembro 2013 | Ano XIX | Nº 147

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Passo a Passo é uma publicação do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas). Registro no Cartório Jero Oliva nº 931.

Conselho Deliberativo do Sebrae Minas:BB, BDMG, CDL-BH, CEF, Cetec Ciemg, Faemg, Fapemig, Fecomércio-MG, Federaminas, Fiemg, Indi, Ocemg, Sebrae e Sede.

Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas:Lázaro Luiz GonzagaSuperintendente: Afonso Maria RochaDiretor Técnico: Luiz Márcio Haddad Pereira SantosDiretor de Operações: Fábio VerasConselho editorial: Albertino Corrêa, Aline de Freitas, Andrea Avelar, Luciana Patrícia Rezende, Rodrigo Patrocínio Mazzei, Daniela Toccafondo, Danielle Fantini, Edelweiss Petrucelli, Gustavo Moratori, Je^erson Ney Amaral, José Márcio Martins, Karinne Mendes, Carlos Vieira Pinto, Denise Sapper, Március Marques Mendes, Paulo César Barroso Veríssimo, Regina Vieira, Alex Pena e Daniele Brito.Gerente de Comunicação: Teresa GoulartJornalista responsável: Andrea Avelar – MTb 06017/MGProdução editorial: Rede Comunicação de ResultadoEdição: Jeane Mesquita e Licia LinharesReportagem: Bárbara Fonseca, Beatriz Debien, Brígida Alvim, Fernanda Carvalho, Hellem Malta, Jamerson Costa, João Luís Chagas, Laura Conrado, Lucas Ávila, Raíssa Maciel e Tarsis Murad Revisão: Liza AyubDesigner e diagramação: Clayton PedrosaFotograEa: Agência i7 e Gláucia RodriguesFoto capa: Pedro Vilela/Agência i7Ilustrações: Cláudio Duarte, Clermont Cintra e QuinhoProjeto gráEco: Brava Design Impressão: EGL Editores GráhcosPeriodicidade: bimestralTiragem: 15 mil exemplares

Redação: [email protected]. Barão Homem de Melo, 329Nova Granada – Belo HorizonteMinas Gerais – CEP: 30.431-28508005700800

www.sebraemg.com.brPrêmio AberjeVencedor nacionalCategoria mídia impressa

PASSO A PASSO

sumário

Pág. 6 ARTESANATO Artesãos de Santo Antônio do Leite produzem joias com design e conquistam o mercado

PÁG. 12 APICULTURASistema de monitoramento dos apiários é testado em Catas Altas para inibir o roubo de colmeias

PÁG. 17 EMPREENDEDORISMOJovem de Juiz de Fora planeja abrir franquias de produção de brownies em todo o país

PÁG. 20 SUSTENTABILIDADEFazenda em Cabo Verdetransforma resíduos orgânicos em adubo organomineral

PÁG. 26 COMÉRCIOProjetos de gestão ajudam empresas de Juatuba a aprimoraros negócios

PÁG. 30 ARTIGOCultura: alicerce do desenvolvimento local, por Tião Rocha

PÁG. 32 CONSTRUÇÃO CIVILEmpresários do Norte de Minas buscam no associativismo o sucesso para as empresas

PÁG. 56 CONFECÇÕES Empresas de Juiz de Fora desenvolvem habilidades gerenciais para fortalecer a imagem do polo têxtil mineiro

PÁG. 62 NOTAS

PÁG. 66 NEGÓCIO A NEGÓCIOEmpresários recebem orientações para aprimorar o planejamento e o crescimento dos negócios

PÁG. 71 ENTREVISTARobério Silva, diretor executivo da OIC, aposta no crescimento do consumo de café

PÁG. 76 CONSULTORIAAprenda a importância do plano de negócios e saiba como elaborar um plano de cargos e salários

PÁG. 80 É BOM SABEROs melhores cafés do Cerrado Mineiro serão premiados, assim como as práticas de cultura empreendedora nas escolas

PÁG. 37 CAPADe olho na Copa 2014, empresários mineiros se capacitam para atender os turistas com qualidade

PÁG. 44 EDUCAÇÃOPrograma Empresa Simulada prepara alunos para o mercado de trabalho

PÁG. 49 TERRITÓRIOS DA CIDADANIAGarimpeiros de Corinto legalizam a extração de quartzo e conquistam a conZança dos clientes

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36 PASSO A PASSO AGOSTO/ SETEMBRO 2013

feitas capacitações em conjunto dos colabora-dores das lojas. “Muitos de nossos fornecedores, ao lançarem produtos, fazem o treinamento das equipes para falar sobre as estratégias de venda.”

Em 2010, com o Sebrae Minas, os empre-sários do Norte de Minas participaram de uma missão para a China, onde visitaram a Canton Fair, considerada a maior do mundo no ramo da construção civil. Foi uma oportunidade para conhecer os fabricantes dos produtos e as novidades do setor e fazer contatos com pos-síveis fornecedores. Em abril deste ano, o gru-po marcou presença no evento mais uma vez, contudo, diferentemente da primeira partici-pação, retornaram ao Brasil com negócios fe-chados. “Em 2010, não fomos preparados para comprar. Dessa vez, como já conhecíamos o processo, fizemos uma compra conjunta, no valor de R$ 680 mil, em portas, janelas e me-tais sanitários”, revela Anderson Garcia.

A criação da Rede Construir no Norte de Minas chamou a atenção de lojistas de outras regiões do Estado. Hoje, existem regionais no Sul e na Zona da Mata, que trabalham de for-ma independente, constituindo a Rede Cons-truir Minas Gerais.

Pulmão da empresaUm divisor de águas na trajetória da Rede

Construir no Norte de Minas foi a inaugura-ção, em 2007, de um Centro de Distribuição (CD) do grupo. Localizado em Montes Claros, o espaço de 1.600 metros quadrados funciona como um estoque para as lojas, possibilitando o armazenamento de um mix maior de produtos e a garantia da entrega imediata aos clientes. “O Centro de Distribuição é como se fosse um pul-mão. A gente não precisa ter estoque nas lojas, o que gera economia de espaço, além de possibili-tar que tenhamos maior variedade de produtos a oferecer aos clientes. A loja vira uma espécie de mostruário”, explica Anderson Garcia.

Para regulamentar a entrada de novos membros na Central de Negó-cios, os membros da Rede Construir do Norte de Minas criaram um esta-tuto. Não existem regras quanto ao tamanho da loja, mas ela deve estar em funcionamento há, no mínimo, dois anos, e estar em dia com ques-tões legais e hnanceiras. Também é importante que o empresário com-partilhe com as ideias de associativis-mo do grupo, uma vez que, mais que buscar o menor custo com fornecedo-res, o objetivo é contribuir para o forta-lecimento na região, por meio de ações de cooperação. Mais informações no site www.redeconstruir.com.br.

FAÇA PARTE

Para exemplificar, ele cita o caso das banhei-ras que são vendidas em seu estabelecimento. “Antes do CD, eu não podia vender esse tipo de produto, pois não tinha como armazenar, sem falar na questão da logística do fornecedor, que tem resistência a vender pouca quantidade. Com o espaço, fazemos uma compra grande de banheiras. Depois, é só mandar buscar em Montes Claros e, em até dois dias, entrego.”

Atualmente, os empresários estão receben-do consultorias na área de logística, para tornar o Centro de Distribuição ainda mais funcional e ágil. O próximo passo será estudar a viabilidade de comercializar produtos para outras lojas.

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Para exemplificar, ele cita o caso das banhei-ras que são vendidas em seu estabelecimento.

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Com a proximidade dos grandes eventos esportivos, empresários mineiros são capacitados para atender o torcedor com mais qualidade, eaciência e inovação

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Robert Souza oferece diferenciais, como pontualidade, segurança e educação, para adelizar os clientes

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rizonte e da Região Metropolitana. Até o fim do próximo ano, a expectativa é de que os mais de 6.000 profissionais da região, além de centenas no restante do Estado, sejam be-neficiados. “O taxista é o primeiro contato dos visitantes com a cidade. Nosso objetivo é que ele possa enxergar seu táxi como uma empresa, onde ele fará a gestão do negócio, dos controles financeiros, marketing pesso-al, implementará estratégias de inovação, logística, atendimento e fidelização de clien-tes”, enumera a analista do Sebrae Minas, Grazielle Cotta.

Gratuito, o curso, desenvolvido pelo Se-brae em parceria com a TV Brasil, é ofertado em duas modalidades: a distância – pela in-ternet – e por meio de um kit composto por um livro sobre a metodologia e o conteúdo, DVDs com uma telenovela de 13 episódios de 26 minutos cada e CDs com programas de rádio com duração de 15 minutos, que apresentam situações cotidianas e dilemas da profissão. A iniciativa aborda outras questões, tais como: fazer do táxi um negócio rentável, dicas para atender com qualidade, estratégias para encantar o cliente e marketing pessoal. “Este curso é uma oportunidade para que o ta-xista aproveite o seu tempo ocioso, enquanto aguarda um cliente, para se capacitar”, analisa Grazielle Cotta.

Para promover a capacitação dos moto-ristas, algumas cooperativas de táxi estão incentivando seus associados a participa-rem do curso. É o caso da VipTaxi e da Co-opertramo, ambas de Belo Horizonte e que atendem a Região Metropolitana. “Somos embaixadores da nossa cidade. Precisamos estar preparados para receber bem o turista e também atender bem o morador daqui. O material apresentado pelo Sebrae tem uma linguagem fácil, prática, com situações do nosso cotidiano e é fundamental para todos os profissionais do ramo”, analisa o taxista da Coopertramo e diretor da Federação das Cooperativas de Transportes do Estado de Minas Gerais, Geraldo Osmany de Almeida.

Para Francisco Antônio Nunes, taxista e diretor da VipTaxi, a iniciativa atende, espe-

QUER SER UM TAXISTA EMPREENDEDOR?É simples. Vá até qualquer ponto de aten-dimento do Sebrae, faça a sua inscrição e receba o kit físico composto por livro, CDs, DVDs e guia. Outra opção é entrar no site www.taxistaempreendedor.com.br e praticar o curso online. O prazo para conclusão das aulas e apresentação da Echa de avaliação é de 60 dias. A Echa é parte integrante do kit e também pode ser impressa pela internet para os parti-cipantes que optarem pelo curso online. Após essa etapa, o participante recebe um certiEcado de conclusão e um adesi-vo para colocar no táxi, informando que é um Taxista Empreendedor.

Francisco Nunes, diretor da VipTaxi, aprendeu a contabilizar os custos do serviço

Oportunidade. Essa é a palavra-chave para as micro e peque-nas empresas quando o as-sunto são os grandes eventos esportivos programados para o Brasil nos próximos anos,

especialmente a Copa do Mundo FIFA Bra-sil 2014™. Para tornar os empreendimentos e negócios mais competitivos, preparando--os para o mercado, foi criado o Programa Sebrae 2014, com foco nos dez segmentos identificados com mais possibilidades de ge-ração de negócios: turismo, economia cria-tiva, comércio varejista, serviços, artesanato, construção civil, madeira e móveis, agrone-gócios, moda e tecnologia da informação e comunicação.

Os setores foram identificados por meio de pesquisa feita pelo Sebrae, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que mapeou 930 oportunidades nas 12 cidades--sede da competição. O projeto, além de capacitar os empreendedores de micro e pequenas empresas, promove Sessões de Ne-gócios, que aproximam compradores de ven-dedores. “Desde 2010, estamos recebendo a adesão de empresas, fazendo diagnósticos, propondo melhorias e criando oportunida-des de negócios entre compradores e forne-cedores. Agora, o foco está na realização de negócios, aproximando os empresários do mercado comprador, por meio de encontros, feiras e sessões de negócios”, explica a analis-ta e responsável pelo Programa Sebrae 2014 em Minas Gerais, Mônica Alencar.

E as expectativas têm sido superadas. A meta era atender uma média de 500 empresas por ano, mas, só nos primeiros seis meses de 2013, quase 1.000 participaram das iniciativas. Cerca de 20 encontros ainda devem acontecer no segundo semestre deste ano. “O importante é que os empreendedores fiquem motivados e sensibilizados a buscar a excelência no aten-dimento. O Programa Sebrae 2014 é uma das possibilidades, mas, para além dos grandes eventos esportivos, o Brasil está vivenciando um período excelente, com inúmeras oportu-nidades de negócios”, ressalta Mônica Alencar.

VOU DE TÁXI I Quando alguém entra no táxi do Robert Warley da Costa Souza, motorista há oito anos, torna-se dono do espaço, por que não dizer do carro. A filosofia dele é: entra passageiro, sai cliente. “Meu preço é o mesmo de todos os taxistas de Belo Horizon-te. Então, o que faz o custo-benefício para o meu cliente ser melhor? Os diferenciais que eu ofereço: pontualidade, segurança, educa-ção, conversa, qualidade no trabalho, higiene e estado de conservação do veículo, motoris-ta bem-vestido, ar-condicionado, som baixo, sintonizado numa rádio de preferência do passageiro ou desligado, entre outros deta-lhes fundamentais”, analisa o taxista.

Está em Belo Horizonte a passeio? Ro-bert Souza mostra os pontos turísticos, in-dica bons restaurantes e leva o visitante às cidades históricas. Veio a negócios? Corrida agendada, carro impecável. É estrangeiro? Sem problemas, ele fala inglês com a natu-ralidade de quem viveu nos Estados Unidos por 10 anos. E o serviço de qualidade é de família. A esposa do motorista, Ana Cláu-dia, também é taxista e trabalha com a mes-ma filosofia. “A gente troca muitas ideias, discute estratégias. O principal é ver o táxi como a sua empresa e saber que o que deve ser explorado é o turismo, e não o turista”, orienta o taxista.

A ideia que Robert Souza tem sobre o seu negócio é o que ensina o Taxista Empreen-dedor, iniciativa que integra o Programa Se-brae 2014 e que, em apenas dois meses, já capacitou mais de 360 taxistas de Belo Ho-

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“O objetivo principal é garantir maior acesso a mercados, aumentando o faturamento por meio da comercialização de produtos de qualidade” Sabrina Albuquerque, analista do Sebrae Minas

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William Silveira, da Lalubema, está negociando o aplicativo Meu Garçom com 20 possíveis clientes

cialmente, à organização do negócio. “Com o curso, aprendemos, por exemplo, a conta-bilizar os custos do nosso serviço, sem exce-ções”, ressalta. A cooperativa se diferencia no mercado por oferecer apenas táxis especiais, aqueles de cor preta, que circulam pela capi-tal mineira e têm diferenciais como conforto e ar-condicionado. Os taxistas cooperados também possuem um tablet, que é por onde recebem as informações das corridas. Até junho de 2013, os 80 motoristas terão con-cluído, segundo o diretor, ao menos o curso básico de inglês.

COMÉRCIO BRASIL I Atuar na retaguarda, com diagnósticos e orientações, na linha de frente, como catalisador de negócios, facilitando o contato com possíveis compradores. É assim o Comércio Brasil, parte integrante do Pro-grama Sebrae 2014, uma iniciativa que, desde 2012, tem ajudado empresas mineiras a ala-vancar as vendas.

As empresas participantes passam por várias etapas: matriz de competitividade, para avaliar o nível de gestão dos negócios; diagnóstico do Comércio Brasil, para identi-ficar os produtos e serviços adequados para o

mercado, atendendo às demandas de canais de compra; orientações para acesso a novos mercados e a participação na Central de Oportunidades, ambiente virtual onde todas as empresas participantes tem visibilidade e podem ser consultadas a qualquer momento para atender a novas demandas; e, por fim, as Sessões de Negócios, que são os encontros presenciais, quando compradores e fornece-dores ficam frente a frente para a realização de negócios.

Para diagnosticar as empresas, o Sebrae Minas conta com o trabalho realizado pela analista da Unidade de Comércio e Serviço, Débora de Andrade Souza, que visita os micro e pequenos negócios, que devem ter fatura-mento anual de até R$ 3,6 milhões. Desde o início do Comércio Brasil até meados de ju-lho, 51 empreendimentos foram visitados e diagnosticados. “Analisamos questões como ca-pacidade de produção, se a empresa é atendida em algum projeto do Sebrae Minas, quanto tem-po está no mercado e quais são seus produtos. Com o diagnóstico feito e os empreendedores preparados, vem a parte mais aguardada – os ne-gócios”, revela Débora Souza.

A partir dessa etapa, as empresas ofertantes são apresentas às outras, identificadas, pelo con-sultor Tiago Caetano, como possíveis compra-doras, tendo sido visitadas 91 desde o início do projeto. A participação em feiras do mercado de interesse também é indicada para algumas de-las e tem ajudado na realização de negócios. “É importante que o empresário se dedique. Não adianta o Sebrae Minas identificar compradores se ele não tiver uma boa estrutura comercial, ca-pacidade produtiva e de entrega, por exemplo”, analisa Débora Souza.

A dedicação de William Tadeu Silveira e seus três sócios tem feito a Lalubema, desenvol-vedora de aplicativos móveis, ganhar mercado. A partir da ideia de um dos proprietários, que se via de mãos atadas diante da ineficiência do atendimento de alguns restaurantes, a empresa desenvolveu o Meu Garçom, um aplicativo para tablets que permite que o estabelecimento insi-ra o cardápio detalhado e imagens dos produtos. Essa estratégia facilita o trabalho do garçom,

que vai à mesa depois que o cliente já conhece detalhes do cardápio, a fim de complementar as informações sobre o prato e efetuar o pedido.

Com o conteúdo pronto, o problema era difundir o aplicativo, tornando-o conhecido no mercado no menor espaço de tempo. “Foi então que procuramos o Sebrae Minas, que se tornou um catalisador de nossas vendas. Após a realiza-ção de um diagnóstico, participamos da Sessão de Negócios e, atualmente, estamos negocian-do com 20 possíveis clientes, inclusive em ou-tros estados e países”, destaca William Silveira.

O volume de vendas alcançado pela atuação do Comércio Brasil, em apenas quatro empre-sas, chegou a R$ 30 mil em julho. Outros qua-tro encontros segmentados estão previstos para o segundo semestre. Serão contemplados bares e restaurantes, hotelaria, cafeterias e organiza-dores de eventos.

Para realizar a inscrição no Comércio Brasil, é necessário enviar um e-mail para [email protected] com o nome completo da em-presa, telefone e pessoa para contato.

DE MINAS PARA O MUNDO I A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, que serão re-alizadas no Rio de Janeiro, trarão oportunidades para vários segmentos da economia brasileira. Um setor em especial tem uma forte identidade cultural com Minas Gerais e vem sendo desen-volvido por meio do projeto ExpoArt do Sebrae Minas. O artesanato mineiro tem, nesses even-tos, a oportunidade de se mostrar ao mundo e conquistar mercado em outros estados, como já é o caso de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Fe-deral, Bahia, Goiás, Mato Grosso e Alagoas, além de países, como Alemanha, Suécia, Espanha, Es-tados Unidos, França, Itália e Argentina, todos eles já representados por empresas compradoras nas ações organizadas pelo Sebrae Minas.

“O objetivo principal é garantir maior acesso a mercados, aumentando o faturamen-to dos artesãos mineiros por meio da comer-cialização de produtos originais e de quali-dade”, explica a analista do Sebrae Minas, Sabrina Campos Albuquerque.

Uma das principais ações do projeto é a loja Brasil Original, que expôs peças produzidas por

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TERRITÓRIOS DA CIDADANIATTTTTTTTTEEEEEERRRRRRRRRRIIITTTTTTTTÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓRRRRRRRIIIIIIIIOOOOOOOOOOSSSS DDDDDAAAAAAAAA CCCCCCCIIIIIIIIIIDDDDDDDAAADDDAAAAAAANNNNNNNNNNNIIIIIIIAAAAAAAA

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Para saber mais sobre as demais ações do Sebrae 2014, acesse www.sebrae2014.com.br. Lá você en-contra notícias e informações necessárias para fa-zer parte dos projetos desenvolvidos. Faça contato: [email protected].

FAÇA PARTE

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Loja Brasil Original, montada no Boulevard Shopping para expor peças de mais de 400 artesãos mineiros

mais de 400 artesãos do Estado, todos apoiados pelas iniciativas do Sebrae Minas. O primei-ro espaço, montado em uma área de cerca de 200 metros quadrados no Boulevard shopping, na região Leste de Belo Horizonte, ficou aber-to entre 8 de junho e 7 de julho de 2013 para atender, principalmente, turistas que estavam na cidade em função da Copa das Confedera-ções e que precisavam ir ao centro de compras para trocar os ingressos dos jogos. No mês de exposição, quase 6.000 peças foram vendidas e mais de R$ 165 mil foram comercializados. A loja recebeu, em média, 1.000 visitantes por dia, e os produtos que fizeram mais sucesso fo-ram as flores de tecido produzidas por um gru-po de artesãos de Piedade dos Gerais, a cerca de 95 quilômetros de Belo Horizonte.

“A loja Brasil Original será novamente montada na Copa do Mundo. Talvez tenhamos mais de um espaço na cidade e quem sabe até depois do evento. Acredito que possamos viabi-lizar negócios pelo menos até o fim de 2014”, conta Sabrina Alburqueque.

Além da loja, outras ações de mercado es-tão previstas para serem realizadas até 2015. O Catálogo de Artesanato Minas Gerais, após sua quinta edição, chega com uma novidade: será específico para segmentos de mercado. A pró-

xima edição apresentará apenas peças decora-tivas e utilitárias. “A intenção principal do catá-logo é colocar o artesão em contato direto com o comprador. Ao lado da foto de cada produto, há a ficha técnica e o contato do profissional, nas versões em português, espanhol e inglês”, explica a analista.

Em pesquisa realizada pelo Sebrae Minas, constatou-se que um grupo formado por 20% dos artesãos participantes registrou, em um ano, volume de vendas de R$ 1,38 milhão a partir de contatos possibilitados pelo catálo-go. Esse relacionamento direto entre os pro-fissionais e os compradores também é possi-bilitado pelas Rodadas de Negócio, realizadas desde 2004. Em média, um evento gera R$ 4 milhões em negociações.

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ENCONTROS DE NEGÓCIOS DEVEM SER REALIZADOS DE JULHO A DEZEMBRO DE 2013

EMPRESAS ATENDIDAS

EM 2013

META REAL (ATÉ JULHO):

QUASE

Turismo Economia criativa Comércio varejista Serviços Artesanato Construção civil Madeira e móveis Agronegócios Tecnologia da informação e comunicação Moda

(têxtil e confecções, couro e calçados, gemas e joias)

Taxista Empreendedor360 taxistas capacitados em gestão

Comércio Brasil51 empresas ofertantes visitadas95 empresas compradoras visitadasR$ 30.304 em volume de vendas**

Local: Boulevard Shopping – Belo HorizonteArtesãos atendidos: 400Tempo de funcionamento: 30 dias (de 8 de junho a 7 de julho de 2013)Variedade: quase 500 itens diferentesAmpla faixa de preço: de R$ 0,75 a R$ 1.080Visitas: 30.224 pessoas Peças vendidas: 5.809Valor arrecadado: R$ 165.300Artesanatos mais vendidos: decorativos (bandejas, lores, almofadas, etc.), utilitários, moda (colares, bolsas, acessórios) e religiosos.

Pesquisa com compradores revelou que os principais fatores que inluenciaram a decisão de compra:

1º: qualidade do produto2º: originalidade3º: preço4º: beleza e estética