passivo ambiental de mega represas hidrelétricas casos na...

24
Passivo ambiental de mega represas hidrelétricas Casos na SudAmerica ( p/ apresentação no Encuentro para uma nueva cultura del agua, Fortaleza, dez 2005) Pontos críticos dos “lagos” Sismicidade induzida por reservatorios (exemplos em MG,SP, PR) Barramento progressivo das bacias fluviais do continente Amazônia (BR): represa Tucuruí no rio Tocantins Estado do Pará + de 2800 km2 represa Balbina no rio Uatumã, Estado do Amazonas + de 2400 km2 represa Samuel , rio Jamari, Estado de Rondônia + de 650 km2 Rios da Bacia do Paraná: anti-exemplos da represa Corumbá IV , Goiás da represa Yaciretá (Argentina-Paraguay) da represa Itá , Rio Grande do Sul e Sta Catarina Mais imagens, informes técnicos e artigos científicos em www. fem. unicamp. br / ~seva

Upload: nguyendung

Post on 02-Dec-2018

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Passivo ambiental de mega represas hidrelétricasCasos na SudAmerica

( p/ apresentação no Encuentro para uma nueva cultura del agua, Fortaleza, dez 2005)

Pontos críticos dos “lagos”Sismicidade induzida por reservatorios (exemplos em MG,SP, PR)

Barramento progressivo das bacias fluviais do continenteAmazônia (BR): represa Tucuruí no rio Tocantins Estado do Pará + de 2800 km2

represa Balbina no rio Uatumã, Estado do Amazonas + de 2400 km2represa Samuel, rio Jamari, Estado de Rondônia + de 650 km2

Rios da Bacia do Paraná: anti-exemplos da represa Corumbá IV, Goiásda represa Yaciretá (Argentina-Paraguay)

da represa Itá, Rio Grande do Sul e Sta Catarina

Mais imagens, informes técnicos e artigos científicos em www. fem. unicamp. br / ~seva

AREA DA BARRAGEMCARMO DO CAJURU

rios Madalena y CaucaOrinoco

rio Negro Ucayali-Solimões-Amazonas Tapajós

Juruá Purus XinguTocantins

rio Grande-Beni-Madeira Araguaia São Francisco

Paraguay Paraná –Grande

Rios Neuqueny Colorado

CUSCO QUITO

rio marañonrio ucayali IQUITOS

rio madre de diós rio juruá rio putumayo

R BRANCOrio beni rio purus rio caquetá

P VELHO

rio madeira

MANAUS rio brancorio tapajós BOA VISTA

SANTARÉM

rio xinguMACAPÁ

CAYENNErio tocantins

MARABÁ BELEM

BOGOTÁLA PAZ

ppt_Xingu_VGrande_ novembro 05satfotos Google + fotos Oswaldo Sevá out 2003 e jul 2005 + encarte livro Tenotã Mõ verso

Tocantins

Araguaia

Marabá

Represa de Tucuruí

A esquina do rio Tocantins, vista da janela do Airbus a 11 mil metros, num fim de tarde de julho de 2005Rio acima, o Bico do Papagaio, rio abaixo, a 2a. represa mais extensa no Brasil.

Tucurui Tocantins River, 300km up from his mouth vertical drop 70 metersReservoir 2860 sq km Water flow averages from 2.000 to 50.000 m3/sec02 Powerhouses + spillways in a concrete blocks building 2 km longElectric capacity: 12 x 330 MW + 10 (when completed) x 370 MW = 7.660 MW

Foto Landsat, agosto de 1988 .Represa da usina de Tucuruí, no rio Tocantins, Pará

o lenhador subaquático colhendo madeira de lei no “paliteiro”

colonos acampados diante da guarita da Eletronorte, exigindo um novo assentamento, por causa da praga mansônica

Ao lado: Fotos de G. Bizzarri, MAB,1992

Tucurui, beginning of the 1990’s The “mansonic” plague, na explosivemultiplication of mosquitos cloudsover some banks of the artificial lake. The plague turned unfeasiblethe re-settlement of dam affectedpeople since 1984(when the “lake” filled up)

BR 174 p/ Boa Vista

BR 174 p/ Manaus

Balbina reservoir & Hydroelectric plant

Pitinga hydro plant and tin mining siteempresa Taboca

Waimir Atroari indian territory

Presidente Figueiredotown

2003, the Balbina reservoir still allowed a great production of Tucunaré fish, for sale in theManaus market and for export

Uatumã River Biological Reserve ...for the visitors enlightenment

Maintenance works in set 5 of Balbina’s Power house july 2003The Turbine blades and axis wereattacked by the corrosionresulted from the rottening of organic material in the reservoirand acidification of water. The pieces must be solded, the“pits” must be filled with metal,all the surface must be brushed, grated, repainted...

Hidrelétrica de Samuel, rio Jamari, Rondônia.Na parte baixa da bacia fluvial mais degradada do Estado. 215 MW, abastece a capital Porto Velho e algumas cidades ao longo da BR 36470 km de diques protegem a “represa” de extravazar água para bacias vizinhas.No perímetro inundado, milhões de árvores já haviam tombado, a sua lenha apodrece nas margens, outras milhões ainda resistiam em 1998

Projetada para gerar eletricidade (usina de 125 MW, degrau de 70 metros) , a represa também será usada para captação de água para mais de dois milhões de pessoas, na maior concentração populacional do planalto central brasileiro. É a Região metropolitana de Brasília: Plano Piloto, Guará, Cruzeiro, cidades-satélite de Taguatinga, Ceilândia, Braslândia, Águas Lindas, Samambaia, Gama, Sobradinho, Planaltina, mais a cidade de Anápolis, a segunda maior de Goiás.

Obra Corumbá IV,No rio Corumbá, afluente direito do rio Paranaíba, no centro do estado de Goiás.

Municípios de Luziânia, Alexânia, Abadiânia, Leopoldo de Bulhões, Silvânia.

A prepotência dos barrageiros na obra Corumbá IV: Em fevereiro de 2005, vários problemas sérios se arrastavam: pendências fundiárias e indenizatórias na área prevista para o alagamento, interferências com rodovias e oleoduto ainda não resolvidas, vários itens da Licença ambiental não cumpridos. O “paredão”, um enrocamento pedra terra, com 70 metros de altura ainda estava “subindo”, as estruturas do vertedor de cheias e do dissipador não estavam concretadas,.. Mas... as máquinas na Casa de Força já estavam montadas. Decidiram fechar o túnel de desvio e iniciaram o enchimento da represa “na marra”.

Deixar a parte ”salva” da igrejaa apenas oito metros acima do solo da represa é um ato imperial. Destruí-la seria esconder o crime.Mantê-la é o aviso do poder : Faço o quê projeto, do modo que quero! mostro prá não ter dúvida!A represa Itá, no rio Uruguai (divisa RS-SC) sepultou a velha cidade gaúcha, moradia de imigrantes e descendentes de polacos, italianos, ucranianos, alemães. Obra iniciada pela estatal Eletrosulno final da década de 1980, terminou privatizada, quase vinte anos depois (Tractebel, grupo Suez)