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Conselho Regional do Norte - Câmara dos Solicitadores Edição 31 2010.NOVEMBRO/DEZEMBRO.31. BOLETIM INFORMATIVO EDITORIAL EDITORIAL EDITORIAL EDITORIAL José M. Antas Presidente Regional do Nor- Passado Passado Passado Passado que está o período eleitoral, que as eleições já foram, que os resultados estão conso- lidados, há que dar tempo a que as feri- das sarem e, que todos arrefeçam os ânimos e nos concentremos no trabalho que há para fazer. Conforme disse neste espaço, quem ganhou que mereça o voto que neles depositamos e acima de tudo que saiba congregar toda a classe à sua volta para dar um novo caminho à nossa Câmara. Os que não ganharam que aceitem os resultados e da parte deles façam tam- bém o esforço de contribuir para o engrandecimento de toda uma classe, as dos SOLICITADORES. O futuro já começou e, todos somos pou- cos para tanto trabalho que há fazer. Acredito que vencedores e vencidos saí- ram mais enriquecidos, pelo menos no que ao relacionamento humano respeita. Para todos os concorrentes resta-me deixar o meu agradecimento pela vitali- dade com que todos demonstraram no tempo de campanha eleitoral e na vota- ção. A quem votou deixo também o agradeci- mento pelo número expressivo de votan- tes. II Neste Neste Neste Neste mês de Dezem- bro que em breve irá terminar, o Conse- lho Regional do Norte organizou uma vez mais o já tradicional jantar de Natal. Contamos a presença de um número “record” de Colegas e suas famílias o que nos deixou a todos nós cheios de alegria, já que o que pretendemos com este evento constituísse um veículo de são convívio e camaradagem. Aos pre- sentes o nossos agradecimento e aos ausentes lamentamos que não pudessem estar também presentes. III Mas Mas Mas Mas este mês também foi “record” pelo número de estagiários ins- critos para o próximo estágio com início em 14 de Janeiro de 2011. Só no CRNorte estão inscritos cerca de 500 candidatos, número este que representa um acrésci- mo de cerca de 25% relativamente ao ano anterior e, que por si só nos deixa a todos preocupados com o futuro. Este crescente número de candidatos tem que merecer uma reflexão muito aprofundada e muito urgente de todos os órgãos da Câmara. Aceitem Colegas um forte Aceitem Colegas um forte Aceitem Colegas um forte Aceitem Colegas um forte abraço de amizade com abraço de amizade com abraço de amizade com abraço de amizade com votos de um votos de um votos de um votos de um ANO de 2011 ANO de 2011 ANO de 2011 ANO de 2011 , , , , se possível melhor que o se possível melhor que o se possível melhor que o se possível melhor que o que vai terminar que vai terminar que vai terminar que vai terminar. Destaque À SEMELHANÇA DE ANTERIORES ANOS, JUNTO REMETEMOS CALEN- DÁRIO PARA O ANO DE 2011.

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Conselho Regional do Norte - Câmara dos Solicitadores Edição 31

2010.NOVEMBRO/DEZEMBRO.31.

BOLETIM INFORMATIVO

EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL

José M. Antas

Presidente Regional do Nor-

PassadoPassadoPassadoPassado que

está o período eleitoral, que as eleições

já foram, que os resultados estão conso-

lidados, há que dar tempo a que as feri-

das sarem e, que todos arrefeçam os

ânimos e nos concentremos no trabalho

que há para fazer.

Conforme disse neste espaço, quem

ganhou que mereça o voto que neles

depositamos e acima de tudo que saiba

congregar toda a classe à sua volta para

dar um novo caminho à nossa Câmara.

Os que não ganharam que aceitem os

resultados e da parte deles façam tam-

bém o esforço de contribuir para o

engrandecimento de toda uma classe, as

dos SOLICITADORES.

O futuro já começou e, todos somos pou-

cos para tanto trabalho que há fazer.

Acredito que vencedores e vencidos saí-

ram mais enriquecidos, pelo menos no

que ao relacionamento humano respeita.

Para todos os concorrentes resta-me

deixar o meu agradecimento pela vitali-

dade com que todos demonstraram no

tempo de campanha eleitoral e na vota-

ção.

A quem votou deixo também o agradeci-

mento pelo número expressivo de votan-

tes.

II

Neste Neste Neste Neste mês de Dezem-

bro que em breve irá terminar, o Conse-

lho Regional do Norte organizou uma vez

mais o já tradicional jantar de Natal.

Contamos a presença de um número

“record” de Colegas e suas famílias o

que nos deixou a todos nós cheios de

alegria, já que o que pretendemos com

este evento constituísse um veículo de

são convívio e camaradagem. Aos pre-

sentes o nossos agradecimento e aos

ausentes lamentamos que não pudessem

estar também presentes.

III

Mas Mas Mas Mas este mês também foi

“record” pelo número de estagiários ins-

critos para o próximo estágio com início

em 14 de Janeiro de 2011. Só no CRNorte

estão inscritos cerca de 500 candidatos,

número este que representa um acrésci-

mo de cerca de 25% relativamente ao ano

anterior e, que por si só nos deixa a

todos preocupados com o futuro.

Este crescente número de candidatos

tem que merecer uma reflexão muito

aprofundada e muito urgente de todos os

órgãos da Câmara.

Aceitem Colegas um forte Aceitem Colegas um forte Aceitem Colegas um forte Aceitem Colegas um forte

abraço de amizade com abraço de amizade com abraço de amizade com abraço de amizade com

votos de um votos de um votos de um votos de um ANO de 2011ANO de 2011ANO de 2011ANO de 2011, , , ,

se possível melhor que o se possível melhor que o se possível melhor que o se possível melhor que o

que vai terminarque vai terminarque vai terminarque vai terminar....

Destaque

À SEMELHANÇA DE ANTERIORES

ANOS, JUNTO REMETEMOS CALEN-DÁRIO PARA O ANO DE 2011.

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Página 2 BOLETIM INFORMATIVO Edição 31

ELEIÇÕES PARA OS ÓRGÃOS REGIONAIS DO NORTE

2011/2013

Pelas 10H00 iniciaram os membros da Mesa da Assembleia Regio-nal do Norte e verificação das urnas e respectiva selagem.

Os primeiros Colegas a exercerem o seu direito.

Lançamento nos cadernos eleitorais dos

Votos remetidos por correspondência e a

sua colocação nas respectivas urnas.

Pelas 17h00 encerrou-se a votação presencial. Continuando os trabalhos com os votos envia-dos por correspondência até às 20H00, a partir das quais se procedeu a contagem dos votos.

Momento da abertura das

urnas para se proceder à con-

tagem

RESULTADOS MESA DA ASSEMBLEIA REGIONAL DO NORTE: VOTARAM 840 SOLICITADORES; 13 VOTOS NULOS; 110 VOTOS EM BRANCO; VOTOS VÁLIDOS 717 PRESIDENTE REGIONAL DO NORTE: VOTARAM 843 SOLICITADORES; 14 VOTOS NULOS; 110 VOTOS EM BRANCO; VOTOS VÁLIDOS 719 CONSELHO REGIONAL DO NORTE: VOTARAM 845 SOLICITADORES; 17 VOTOS NULOS; 107 VOTOS EM BRANCO; VOTOS VÁLIDOS 721 SECÇÃO REGIONAL DEONTOLÓGICA DO NORTE: VOTARAM 842 SOLICITADORES; 12 VOTOS NULOS; 107 VOTOS EM BRANCO; VOTOS VÁLIDOS 723

VOTARAM PRESENCIALMENTE 27 SOLICITADORES

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Página 3 BOLETIM INFORMATIVO Edição 31

Legislação publicada entre 1 de Novembro e 31 de Dezembro de

2010

ACÇÕES EXECUTIVAS Portaria n.º 1148/2010. D.R. n.º 214, Série I de 2010-11-04 - Primeira alteração à Portaria n.º 331-B/2009, de 30 de Março, que regulamenta vários aspectos das acções

executivas cíveis

PROCEDIMENTO ESPECIAL APLICADO À CONSTITUIÇÃO DE PR OPRIEDADE HORIZONTAL

Portaria n.º 1167/2010. D.R. n.º 218, Série I de 2010-11-10 - Aplica à constituição de propriedade horizontal, à modificação do título constitutivo da propriedade horizon-

tal, ao mútuo de demais contratos de crédito e de financiamento, com hipoteca, com ou sem fiança, o procedimento especial de transmissão, oneração e registo imediato

de prédios em atendimento presencial único

PREÇO DE CONSTRUÇÃO POR METRO QUADRADO

Portaria n.º 1172/2010. D.R. n.º 218, Série I de 2010-11-10 - Fixa, para vigorar em 2011, os preços de construção da habitação por metro quadrado, consoante as zonas

do País, para efeitos de cálculo da renda condicionada

CORRECÇÃO EXTRAORDINÁRIA DAS RENDAS PARA 2011 Portaria n.º 1190/2010. D.R. n.º 224, Série I de 2010-11-18 - Estabelece os factores de correcção extraordinária das rendas para o ano de 2011

AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL

Portaria n.º 1200/2010. D.R. n.º 231, Série I de 2010-11-29 - Estabelece as normas regulamentares, os modelos de requerimento e as taxas a que estão sujeitos os pedi-

dos de instrução para aquisição ou reconhecimento da qualidade de agente oficial da propriedade industrial e aprova o regulamento das respectivas provas de aptidão

IVA

Decreto-Lei n.º 134/2010. D.R. n.º 249, Série I de 2010-12-27 - Altera o Código do IVA e o Regime do IVA nas Transacções Intracomunitárias, ao abrigo da autorização

legislativa constante do artigo 129.º da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril, e transpõe o artigo 3.º da Directiva n.º 2008/8/CE, do Conselho, de 12 de Fevereiro, a Directiva

n.º 2009/69/CE, do Conselho, de 25 de Junho, e a Directiva n.º 2009/162/UE, do Conselho, de 22 de Dezembro

VALOR MÉDIO DA CONSTRUÇÃO POR METRO QUADRADO

Portaria n.º 1330/2010. D.R. n.º 253, Série I de 2010-12-31 - Fixa o valor médio de construção por metro quadrado para vigorar em 2011

IRS

Portaria n.º 1331/2010. D.R. n.º 253, Série I de 2010-12-31 - Aprova as instruções de preenchimento da declaração modelo n.º 39, «Rendimentos e retenções a taxas

liberatórias», aprovado pela Portaria n.º 454-A/2010, de 29 de Junho

SALÁRIO MÍNIMO Decreto-Lei n.º 143/2010. D.R. n.º 253, Série I de 2010-12-31 - Actualiza o valor da retribuição mínima mensal garantida para 2011

Acórdão do Tribu-

nal Constitucional

n.º 338/2010.

D.R. n.º 216,

Série I de 2010-

11-08

Tribunal Constitucional

Declara a inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, da norma constante do

artigo 356.º, n.º 1, do Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de

Fevereiro; não declara a inconstitucionalidade das seguintes normas do Código do

Trabalho: n.os 1 e, em consequência, 2 a 5 do artigo 3.º; alíneas a) e b) do n.º 4 do

artigo 140.º; n.º 1 do artigo 163.º, e artigos 205.º, 206.º, 208.º, 209.º, 392.º,

497.º, 501.º e 10.º da Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro

Acórdão do Supremo

Tribunal de Justiça

n.º 10/2010. D.R.

n.º 242, Série I de

2010-12-16

Supremo Tribunal de Justiça

Em processo por crime de desobediência qualificada decorrente de violação de provi-

dência cautelar, previsto e punido pelos artigos 391.º do Código de Processo Civil e

348.º, n.º 2, do Código Penal, o requerente da providência tem legitimidade para se

constituir assistente

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Página 4 BOLETIM INFORMATIVO Edição 31

Foi inaugurado no passado dia 03 de Dezembro do corrente ano, o primeiro Balcão único do solicitador do Distrito Viana do Castelo, a inauguração decorreu nas instalações do escritório da Solicitadora Paula Ferreira, onde estiveram presentes, alguns colegas de profissão, amigos, familiares, e clien-tes, sendo que os representantes da Câmara dos Solicitadores, embora tenham sido convidados, não lhes foi possível estarem presentes por motivo de eleições. Assim sendo, queremos partilhar com a Câmara do Solicitadores as fotografias da referida inauguração. Aproveito ainda, para desejar umas Felizes Festas e um Próspero Ano 2011 a Câmara dos Solicitadores, funcionários e colegas em geral..

Paula Ferreira - Solicitadora

Solicitadora Paula Fer-reira e suas colaborado-ras, Carla Reis (solicitadora estagiaria), Isabel Palmeira e Sónia Campos

NOTICIAS

______________________________________________________________________________________________________________________________________

QUOTAS

2011

NIB PARA TRANSFERENCIAS DE QUOTAS : 0036 0175 99100737063 46

QUOTAS ANO 2011

NORMAL 99,75 €

MENSAL 33,25 €

RED. 60% 39,90 €

RED. 40% 59,85 €

RED. 30% 69,83 €

SUSPENSOS 16,63 €

ANO S/ RED. 399,00 €

ANO C/RED. 7% 371,00 €

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Página 5 BOLETIM INFORMATIVO Edição 31

A FESTA DE NATAL DO CRN

Na visão de alguns dos participantes

Desta vez, por imposição de meia dúzia de amigos que, comigo, se espraiavam a petiscar as entradas que serviam de despertador à sede ainda ador-mecida, a crónica da festa de Natal é feita por outros participantes. Escolhidos embora por mim, apresentam visões diferentes, se bem que complementa-res, como constatará o leitor, se se der ao trabalho de lê-las.

Vamos lá a ver se não foi uma ideia demasiado enorme.

Timóteo de Matos

Então? Tásse bem?

Basicamente, fui àquela cena do jantar com o meu

pai. O cota ficava chateado e é Natal.

Dahh…, aquilo havia lá tecla 3 a dar com pau, mas

também já era de esperar, não é? Ya… também havia b ué

de malta fixe e portanto estas cenas, às vezes…

Mas quanto à festa é assim: basicamente é fashion,

não é? Até que me diverti! E, pois, havia programa,

meu… com DJ e tudo. Mas o DJ era bué pró fraco… já

era.

Basicamente o melhor foi quando uma gaja matulona… é

assim: ela era mas era muita boa, meu! A gaja foi l á can-

tar - e era bué da fixe a cantar - p’ra um chefe qu alquer

chamado Amadeu que já é chefe há 25 anos. Da-se! Ga nda

nóia, meu! 25 anos a trabalhar é do baril!

Também um cota baixinho, armado em xico esperto, fo i

lá fazer um sorteio e tal. Não me calhou nada, mas o

melhor do jantar eram as garinas que as comi com os

olhos, percebes, não é?

E prontos, basicamente não me lembro de mais nada.

Portanto que se lixem os cotas.

Bernardo, 18 anos

Eu fui à festa de Natal dos colegas da minha mãe. E

tinha lá uma palhacinha gorda a brincar com os meni nos. E eu

também andei lá a brincar… a brincar muito. Com os outros

meninos. E comi a sopa e ainda mais… não me lembro.

E estava lá um senhor e do microfone chamou… chamou para

eu e os outros meninos irmos… irmos fazer desenhos. E eu fui…

com uma senhora bonita que era a Vanessa. E depois, uma meni-

na fazia anos e cantámos os parabéns com o palhacin ho.

E depois, o senhor e a Vanessa deram os prémios e s ó

ganharam os meninos e as meninas não. Mas a Vanessa e a Marta

deram-me um papel ainda mais bonito, com a assinatu ra do

Senhor Presidente e eu mostrei à minha mãe. E no fi m, o meu

pai tava a beber uma bebida amarela e a minha mãe r alhou com

ele… ralhou, ralhou, que eu vi bem!

Eu gostei muito da festa de Natal das colegas da mi nha

mãe e estavam lá muitos velhos!

Ritinha, 5 anos

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Página 6 BOLETIM INFORMATIVO Edição 31

Como sempre, não faltei à festa de Natal que o CRN e os funcioná-

rios organizaram mais uma vez, com cuidado e rigor. Só é pena que esco-

lham sempre sítios que ninguém descobre: andei mais de uma hora, à pro-

cura, antes de conseguir lá chegar. Mas a verdade é que a festa tinha

muita gente e estava um primor. Como sempre, lá me encontrei com os

velhos amigos e foi uma alegria.

Bom convívio e bom jantar, a começar pelas entradas , embora servi-

das num espaço um pouco apertado. Em compensação er a espaçosa a sala

onde foi servido o jantar, com esmero e variedade, embora os vinhos ser-

vidos não fossem os constantes da ementa.

A festa decorreu com um ritmo excelente a que, para os mais

novos, não faltou o DJ e, para todos, uma excelente cantora lírica. É

de louvar a homenagem que se fez ao Sr. Amadeu pelo s seus 25 anos de

serviço e foi lindo ouvir a bela voz da competente funcionária Marta e

a união de toda a direcção, junto dele, a apoiá-lo. Muito bem também as

actividades para as crianças, nomeadamente o concur so de desenho e os

duendes “As Trapalhonas” (as funcionárias Vanessa B arrosa e Paula

Lopes) na entrega das prendas aos pequenitos.

O teatro não me pareceu totalmente conseguido porqu e havia uma

grande dispersão das pessoas na sala o ambiente não seria o ideal.

Uma ideia que, na minha opinião deverá ser repensad a, no futuro,

mas todos acharam muito boa a ideia de oferecer ao Banco Alimentar

o valor que, tradicionalmente, costumava ser aplica do numa lembran-

ça para cada um de nós.

Terminada a festa acho que é de agradecer aos funci onários e

ao CRN o esforço que despenderam na realização dest a festa e dese-

jar-lhes um bom ano de trabalho. Julgo também que t odos nos senti-

mos muito honrados com a presença dos ilustres conv idados, nomeada-

mente o Sr. Presidente da Assembleia Geral da Câmar a dos Solicita-

dores, Colega José Silva Queirós.

João Boa Pessoa, solicitador, 62 anos

INTERVENIENTES DA NOSSA FESTA DE NATAL Músicos: Violinista - Gaspar Santos Pianista Isabel Sá Cantora - Ana Barros Grupo de Teatro : Actriz - Bárbara Martinho Actor - Rúben Correia Dançarinos de jazz convidados

1º. Bailarino- Costantino Dias 2º. Bailarino - João Guimarães Animadora Infantil - Palhaça Concurso de Desenho: Vencedor da classe etária dos 3 aos 5 - Xavier Neto Vencedor da Classe etária dos 6 aos 9 - Gabriel Rocha Vencedor da Classe etária dos 10 aos 12 - Daniel David lemos Morgado Sorteio de Natal: 3º. prémio - Salete Pereira 2º. prémio - Maria Teresa Saraiva

1º. prémio -Manuel Oliveira da Silva Momento Solene ( Homenagem ao director dos serviços do C.R.Norte, Amadeu Monteiro) Música, "Vou chamar o Amadeu" de Marta Pinheiro ( funcionária do C.R.Norte) Entrega de presentes as crianças com a colaboração das duendes "As trapalhonas". Duende 1 - Paula Lopes (funcionária do C.R.Norte) Duende 2 - Vanessa Barrosa (funcionária do C.R.Norte)

D.J. Pedro Neto

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Página 7 BOLETIM INFORMATIVO Edição 31

Às vezes, quando o vagarzinho anda por ali, à minha volta, gosto de me pôr à janela. Dias há que me bas-ta, ao longe, a música breve de uma ocarina, o cantar de um galo ou os sons abafados do fervilhar de uma quinta. Outros, porém, fico atento, a ver quem passa. Se estou mais concentrado, acontece ver-me, a mim próprio, a pas-sar na rua. Ponho ao léu a fantasia, jornadeio viagens já passadas, alargo as presentes construindo as futuras, amplio alegrias, desfaço tristezas. Tudo muda, tudo parte, tudo tem o seu avesso.

Ontem, da minha janela, vi-me passar, a mim próprio, na minha rua, curiosamente há um ano. Hoje, lá venho eu, de novo! Sou aquele, lá ao fundo, que sobe, len-tamente, a calçada. Lá de baixo dou-me os bons dias; cá de cima contemplo-me: estou diferente. Sem bigode, reparo agora. Bigode que ainda tinha, há um ano atrás, quando ontem me vi passar, lá em baixo, na minha rua.

Mudar o aspecto que temos é para nós, homens, mais difícil que ir à Índia. E depois, é um inferno, uma chatice: -“cortaste o bigode?” –" “cortei o bigode, sim!”. Qualquer bigode fica velho e dura menos do que o dono do rosto onde se implantou. Mas corta-o um cristão, e tudo nos cai em cima. No entanto, a minha vizinha tam-bém o cortou, na mesma altura que cortei o meu e ninguém a chateou. Fica um homem do avesso em pouco tempo. Tudo muda.

Cortado o bigode, não sei se fui eu que mudei se foram os outros. A verdade é que, a partir daí, choveu um mar de desgraças: só por causa de já não ter bigode, fui afastado de duas comissões de que fazia parte: a de Imagem e a da Compra da Sede (mas o que é que eu tinha de trazer agora para aqui esta comissão?). Em compensa-ção, por causa de já não ter bigode fui obrigado a ficar na comissão de Estatutos (estar nessa comissão era, grosso modo, equivalente a ser lançado às feras no Circo romano).

Para documentar a mudança, apanhei-me na rua e, da janela, tirei duas fotografias: uma, ontem de manhã, de quando lá passei há um ano e picos, com bigo-de. E outra, há três dias, de quando lá passei hoje, sem bigode. São as fotografias que se vêem ao lado. Como? Ao leitor pareço-lhe demasiadamente parecido com o Brad Pitt? É verdade caro leitor: por razões muito minhas ando, por vezes, tão deprimido e com tão fraco aspecto que, nas fotografias, fico desfavorecido a este ponto.

Foi, também, por esses tempos que a carta chegou. A carta é essa mesma provocação que aí em cima

se vê impressa. Fiquei furioso. Como era possível compara-rem-me ao Chalana, aquele tipo pequenino do Benfica que parecia o Astérix? Francamente! Fiquei meses à procura do provocador! Que, enfim, tirando essa nódoa, a carta até não deixava de ter a sua piada. Mas eu tinha de descobrir quem assim gozava comigo. Como não era fácil, fiz o que normalmente faz um pobre de Cristo irrealizado em solici-tador: desisti.

Depois, como tinha mais tempo, fui mais vezes à janela. Conclusão: passei a escrever mais crónicas. Quase sempre via passar o Sr. Presidente da Câmara, frequente-mente o António Cardoso, espaçadamente outros colegas. Às vezes, passavam amigos, juntos comigo, em amena cavaqueira; outras, passava eu, sozinho, mais ou menos pensativo.

É nessas alturas que me dá mais gozo escrever as minhas crónicas e é então, também, que me rio muito. Rio-me, sobretudo, de mim próprio, que é uma coisa que eu faço quase todos os dias. Faz bem à saúde e, depois, sinto-me mais arejado e isso tem-me ajudado, ultimamente, a observar as diversas formas do meu pensamento.

Você, caro leitor, também já lá tem passado, na minha rua, por baixo da minha janela e, por duas ou três vezes, encarou-me. Não volte a fazer figas, nem caranto-nhas, senão cai no Boletim que é um figo. Também, mais recentemente, da minha janela, me pareceu ver passar o nosso novo Presidente da Câmara. Não tive a certeza, foi já ao cair da tarde. Pareceu-me ainda que, atrás dele, passava um autocarro. Ainda ia cheio, o autocarro. O Senhor Presi-dente levava um sorrisinho de gozo e o autocarro também levava um sorrisinho de gozo. Mas, a seu tempo, averigua-remos quem passa e não passa debaixo da minha janela e se o autocarro mantém, ou não, aquele sorrisinho maroto que lhe fica bem e lhe dá confiança.

Termino informando o leitor, se é que lhe inte-ressa, que descobri já quem me tinha mandado a carta: o meu filho mais velho. Ele não é muito, muito mau, é só um bocadinho pequenino muito mau (acho que apanhei esta frase por aí, não sei bem onde, e espero que o autor não venha acusar-me de plágio). Mas esteja o leitor descansado que o meu filho não está autorizado a escrever para o nos-so Boletim.

Timóteo de Matos

Vogal do CRN

TUDO MUDA ...

Tudo muda, tudo parte,

Tudo tem o seu avesso.

Onde, sob a inspiração do título que roubou ao Rui Veloso, o autor desta crónica corta o bigode porque lhe não convém, por agora, começar a cortar nas casacas.

Lá mais para diante se verá…

O Autor com bigode

O Autor sem bigode

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Página 8 BOLETIM INFORMATIVO Edição 31

Dúvidas Técnicas

Processo executivo

Consultor Fernando Pereira

ACÇÃO EXECUTIVA DISTRIBUIDA EM 12/02/2009

Desde já agradeço a disponibilidade de me ajudar neste assunto, para o qual tenho dúvidas, e, apesar de procurar respostas não consegui até agora alcançar qualquer resposta.

1. Em 12/02/2009 foi intentada uma execução contra a Sr. Maria João, nesta execução foi registada uma penhora num imóvel.

2. Entretanto fui nomeada defensora oficiosa dela em 14/01/2010, através do apoio judiciário.

3.Como não havia qualquer fundamento não deduzi oposição.

4. O Banco …. veio apresentar a sua reclamação de créditos.

5. Chegou-se a um acordo e nesta altura a Sr. D. Maria João pediu também a modalidade de atribuição de agente de execução, em 25/03/2010.

6.Entretanto o processo foi sustado pelas partes chegarem a acordo no dia 16/06/2010.

7.Em 28/06/2010 a Sr.ª Solicitadora junta a sua conta.

8. Em 21/07/2010 o tribunal notificou a Sr.ª Solicitadora para dar cumprimento ao artigo 919 n.2 do CPC.

O que não fez até hoje e aqui reside a minha dúvida...

Telefonicamente a Sr.ª Solicitadora disse-me que não podia dar seguimento à notificação ao banco porque enquanto o apoio judiciário não lhe pagasse os honorários e despesas ela não poderia fechar o processo, porque o mesmo sairia da sua aplicação e nunca mais iria os receber.

No âmbito do apoio judiciário nós advogados recebemos no fim do processo.

E esta é a minha questão os solicitadores tem de aguardar pelo pagamento e só depois findam o processo?

Gostaria que me ajudasse a dissipar esta dúvida para poder terminar com este assunto.

….. Advogada ________________________________________________________________________ /// _____________________________________________________________________________

Resposta:

Dispõe o art.º 455.º do CPC, na redacção em vigor à data da instauração da execução, que os honorários e despesas suportadas pelo agente de execução, saem precípuas do produto dos bens penhorados.

A Portaria 708/2003, de 04.08 que estabelece a remu neração e o reembolso das despesas do solicitador d e execução no exercício da actividade de agente de execução, d ispõe no seu art.º 5.º n.º 1: “Saem precípuas do pro duto dos bens penhorados as custas da execução, nos termos do art igo 455.º do Código de Processo Civil”.

Por outro lado o n.º 2 do citado art.º 5.º consagra que a remuneração devida ao solicitador de execuçã o e o reembol-so das despesas por ele efectuadas, são suportados pelo autor ou exequente, mas integram as custas que ele tenha direito a receber do executado.

No caso concreto o apoio Judiciário foi concedida à executada e não ao exequente. Logo os honorários e despesas do agente de execução terão que ser suportadas pelo exequente, ainda que este tenha direito a ser reem bolsado pela executada. Como esta tem apoio, o reembolso (ao exe quente e não ao agente de execução) terá que ser su portado pelo IGFPJ.

Face ao exposto, parece-me que não faz qualquer sen tido que a Sra. Solicitadora de Execução só proceda à notifica-ção da extinção da execução, após o recebimento dos honorários e despesas. Como atrás já referi, os ho norários no caso concreto (porque não existe produto dos bens p enhorados) são suportados pelo exequente e não pela executa-da, não implicando o não pagamento destes pelo exeq uente que a execução não possa ser extinta. Mas mes mo que estivesse dependente do pagamento, é de realçar que a execução poderia ser extinta, logo que fosse emi tida pelo tri-bunal a nota de honorários respectiva, pois o que i nteressa a nível processual é que a ordem de pagame nto tenha sido emitida (é o Estado que paga) e não o seu paga mento. Como bem sabemos, muitas vezes as notas são e mitidas e só são pagas passados vários meses (depende da ca pacidade financeira do fundo próprio).

Caso a Sra. Solicitador persista na intenção de só proceder à notificação da extinção, após o recebime nto dos hono-rários, deverá informar o Tribunal do facto e reque rer que a mesma seja notificada, para dar cumprimen to ao já orde-nado em 21.07.2010.

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SOLICITADOR EM PORTUGAL Um Pouco de História

Coordenação: Timóteo de Matos

Publicamos hoje um texto recebido do nosso colega Germano Rosé Saraiva, autor do conhecido programa televisivo “Vou Agora Aqui Inventar-vos uma Lenda” (não confundir com Hermano José Saraiva autor do conhecido programa televisivo “Foi Aqui, Precisamente Aqui, neste Castelo”). Em parte tinha-nos sido enviado há cerca de um ano. Não foi possível, então, publicá-lo, por absoluta “falta de espaço”. Recebê-mo-lo, agora, revisto e aumentado, e pareceu-nos ser nosso dever publicá-lo embora, nalguns pontos, esteja um pouco menos actualizado. Chama-mos, no entanto, a atenção do leitor para o facto de que todos os estudos históricos deste colega têm vindo a ser, sistematicamente, objecto de con-testação dos demais historiadores, quase sempre por razões de deficiência de fontes e de conclusões. Não sendo nós especialistas, aqui o transcre-vemos, sem mais comentários e nos precisos termos em que nos foi enviado, deixando ao cuidado do leitor eventuais críticas ou simples reparos. Quanto a nós, estamos tentados a acrescentar que qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. Será demasiado afirmar que não pas-sa de uma mistificação? Eventualmente voltaremos ao assunto.

Encontrámos esta “Chronica dos Vozeiros de Portu-gal” (Torre do Tombo - Chancelaria de D. Pedro I, fol. 158) por mero acaso, numa das muitas deambulações em torno da obra de Fernão Lopes e, imediatamente, vimos que estava ali um verdadei-ro tesouro embora, lamentavelmente, o seu estado de conservação não seja o melhor. É de referir que Fernão Lopes, já habituado a copiar inúmeros capítulos de Pero Lopez de Ayala para as suas Cró-nicas de D. Pedro e D. Fernando, o mesmo fez com a Crónica dos Vozeiros que lhe serviu depois para caracterizar não só aqueles reis, como ainda D. Leonor Teles. Como aperitivo à obra que escrevemos, resolvemos publi-car, no nosso “Boletim”, algumas ideias e excertos, para que todos os colegas possam, de algum modo, antecipar aquilo que, pese embora a imodéstia, ousamos classificar como a obra de investiga-ção mais completa, sobre uma classe, até hoje editada em Portugal.

VOZEIRO: O ANTEPASSADO DO SOLICITADOR Sabe-se que já no foral de Ozezar (Castelo dos Templários), concedido por Gualdim Pais em 1174, aparece mencionado o termo “vozeiro”. Este cumula-va funções de procurador e de advogado e foi o primeiro antecessor do actual solicitador. No foral de Penamacor (1199) aparece o termo “solicitador”, referido na acepção de encarregado da cobrança de determinados impostos. Este “solicitador” é apenas o antepassado de um não desprezível número dos actuais solicitadores: os que foram já funcionários do fisco e que, portanto, a dada altura, se regeneraram, entraram no bom caminho, e passaram a ser pessoas de bem. Em 1241 surge o nome “procurador” em carta de Abril Peres, em repre-sentação de D. Sancho II. Só em 1367 surge a distinção entre “procurador” e “vogado”: finalmente foi separado o trigo do joio!

O PRIMEIRO “BASTONÁRIO” Vamos agora entrar nos tempos de D. Pedro I e assistir, pela pena do grande cronista Fernão Lopes, a um momento muito especial: a nomeação do Mestre da Ordem dos Procuradores (cargo que, numa Ordem, corresponde hoje a Bastonário). Diz assim o cronista a dado passo:

“… ca elles nom tiinham meestre que os ouvesse de reger como compria ao serviço de Deos e d´elRei, segundo sua hordem mandava, nem emtemdiam de emleger outro, senom aquel que lhes el desse; e que pois elle elRei o fazer podia, lhe pediam por merçee, que por serviço de Deos e bem da dita hordem, lhes desse meestre que os ouvesse de reger, segundo sua regra mandava. ElRei respondeo entomçe, que porque elle era theudo de fazer toda a cousa que fosse serviço de Deos e do poboo e em prol de sua hordem, que pera seer seu meestre, lhes dava Dom Anthonio Gomez da Cunha…” Convém notar, antes de mais, que, à época, em parte estavam os solici-tadores mais avançados do que hoje pois tinham já a sua ordem constituída; e em

parte mais atrasados porque só podiam ter um mestre, enquanto que, agora, mes-tres em solicitadoria vão passar a ser mais comuns que pulgas em cão vadio. Além disso, convém lembrar ainda que, nesse tempo, tinham os “procuradores” democracia interna: podiam eleger livremente o seu “bastonário” (então designado “mestre”), embora, no caso em apreço, à cautela, por se tratar de D. Pedro I, rei de maus fígados, tivessem optado por lhe solicitar nomeação. E o rei assim o fez sem mais demoras. Supõe-se que fosse natural e esperada a escolha de D. Antho-nio Gomez da Cunha já que D. Pedro nem sequer gaguejou, o que, a fazer fé no seu cronista, nele seria coisa rara.

RETRATO DO VERDADEIRO CHEFE Mas atentemos, agora, no homem escolhido para tão espinhosa missão, seguindo o mesmo texto de Fernão Lopes: “... Avia bem composto corpo, e de razoada altura e era bom em parecer e mujto vistoso; tal que estando açerca de mujtos da sua hordem, posto que conhecido nom fosse, logo o julgariam por mujto principal entre todos. Era ledo e namorado, amador de molheres e achega-dor a ellas. De nenhuum a quem bem quisesse, podia creer mal que lhe dele fosse dito. Era muito viandeiro, seendo comedor mais que mujtos outros. A toda a gente era galardoador dos serviços que lhe fezessem. Amou muito a sua hordem e todallas cousas que por seu serviço e defensom mandava fazer, todas eram fundadas em boa razom e mujto justamente hordena-das…”. Convém, ainda, determo-nos sobre uma questão que apontam os nos-sos detractores, a saber: não é absolutamente seguro que Fernão Lopes se referis-se, no texto que analisamos, aos “procuradores”, já que não usa o termo, podendo perfeitamente supor�-se que se estaria a referir aos “vogados”, termo que utiliza noutros textos. Estaríamos assim a falar de advogados e não de solicitadores. Esta posição não tem qualquer base de apoio. Vejamos: Primo – Fernão Lopes equivocou-se algumas vezes, logo o fez nesta; Secundo – repare-se nas características do indivíduo em causa: bom em parecer, amador de mulheres e achegador a elas, muito viandeiro e comedor. É absolutamente garantido: trata-se de um solicitador! Alegam, também, que não pode tratar-se de um solicitador já que o tratamento de “Dom” pressupõe a pessoa de um nobre, sendo que, como é sabi-do, aos nobres estava proibido fazer qualquer trabalho visto que este apenas dos plebeus era próprio. Mais uma vez, erro de principiante desatento! O texto é bem claro e não afirma que Anthonio Gomez da Cunha tivesse alguma vez feito algum trabalho, mas apenas que o mandava fazer: “… todallas cousas que por seu serviço e defensom mandava fazer…”. Não nos referimos, obviamente, a todos os tipos de trabalho já que, bem ao espírito da época, a dado passo nos surge uma passagem que, no mínimo, sugere, aos mais atentos, a que tipo de trabalhos se poderia dedicar este nosso “procurador” nomeado “mestre” por elrei D. Pedro, o das grandes festas. A passa-gem é da melhor prosa de Fernão Lopes e refere-se a uma certa donzela que… “… era bem mançeba em fresca hidade, e igual em gramdeza de corpo; avia louçaão e gracioso geesto, e todallas feiçoões do rostro quaaes o dereito da fremosura outorga; tal que nenhuuma por estomçe era a ella semelhavel em bem pareçer, e dulçidom de fala; mostrava a todos leda conversaçom com graada prestamça…”.

Cont.pag. seg.

SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA SOLICITADORIA EM PORTUGAL

A Propósito de um texto inédito de Fernão Lopes, descoberto pelo autor na Torre do Tombo e outros que adiante se verão

Por: Germano Rosé Saraiva

O texto que, em primeiro lugar, abaixo transcrevemos foi extraído da “Chronica dos Vozeiros de Portugal desde que começarom até ao fim do reinado de elRei Dom Fernando” da autoria de Fernão Lopes, e nele se comprova a antiguidade da profissão de solicitador e a força e importân-cia que essa profissão teve em Portugal. Foi, até hoje, a referida Crónica ignorada de todos e teve o autor destas linhas a felicidade de encontrá-la e ser o primeiro a trazê-la a público, o que fará em breve, publicando-a em apenso à “História dos Solicitadores em Portugal”, obra em 4 tomos, de sua autoria, que se encontra no prelo.

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TÃO AMIGOS QUE ELES ERAM Mas deixemo-nos de indiscrições e façamos novo salto no tempo. Consultemos a obra de Garcia de Resende. De novo na Torre do Tombo, encontramos estes versos, intitulados “Trovas de Garcia de Resende ao Senhor D. António Gomes da Cunha, príncipe dos Procuradores, pelo bem que lhe queria”, onde o autor exibe os seus talentos de versificação, no característico estilo da época de “cousas de folgar e gentilezas”. Estas trovas, à semelhança do que fez Fernão Lopes, adaptou-as mais tarde Garcia de Resende, vindo a publicá-las no “Cancioneiro Geral”, dedicando-as a D. Luis da Silveira. Quanto a nós, descobrimo-las na Torre do Tombo, inseridas num opúsculo intitulado “20 Trovas de Garcia de Resende”, editado, após a morte do autor, como nele se refere. Ao ver, de novo, referido o nome de António Gomes da Cunha, poderá ser o leitor tentado a pensar que ele se encontra a exercer o cargo de presidente há demasiado tempo. Convém no entanto lembrar, para bem da verdade e independentemente da razão que possa assistir a tal pensamento, que se trata aqui de pessoa diversa. Há, ainda, quem veja, no texto de Garcia de Resende, semelhanças com a actualidade: falam as trovas de gastos e o mesmo está na agenda actual da nossa Câmara. Pura coincidência. A verdade é que não têm estas trovas qualquer relação com os nossos tempos. Podem sim, lembrar aos mais atentos que Resendes e Cunhas foram grandes amigos em tempos que já lá vão, mas não mais do que isso. Mas vejamos as trovas em causa cuja grafia, por se tratar de versos, actualizamos para melhor compreensão:

Quão poucos falam verdade, E a quão poucos se crê: A quão poucos homem vê Usar razão nem bondade. Quão poucos têm amizade Verdadeira com ninguém: Se a mostram, é a alguém De que têm necessidade.

Servem pouco, pedem muito, Vê-los-eis sempr’agravar,

Não ter homens, trazer luito Por poupar e não gastar. S’alguém como deve gasta, Querem-no logo comer, Dizendo que quer fazer

Mais do qu’a renda lh’abasta.

Dizem a vós de vós bem, Logo a outros de vós mal,

Compitem com quem mais tem, Desprezam quem menos vale.

O que vos ouvem dizer Vão contar d’outra maneira.

Todo seu feito é fazer Como s’a gente mal queira.

UMA SEDE PARA COM-PRAR Sendo verdade que há sempre quem defenda que a História se repete, por muito que se não concorde tem que se aceitar que as trovas aci-ma transcritas são de uma actualidade notável. Se atentarmos então no texto que segue, somos levados a crer que foi escrito há poucos dias, tal a sua actualidade. Esse texto foi publicado a 31 de Dezembro de 1720 pela “Gazeta de Lisboa” e fala de uma assembleia que se realizou no dia 29 de Dezembro do mesmo ano. Antes, porém, convém lembrar que, à data em que foi escrito, já promulgada estava uma Lei de 29 de Janeiro de 1643 que se referia aos “Solicitadores”. Nalguns pontos estava já essa Lei mais avançada do que o actual Estatuto, já que obrigava a que os solicitadores soubessem ler e escrever, enquanto que hoje, para se inscreverem na Câmara basta que sejam licenciados. Vejamos então o tal texto e a sua incrível actualidade: “Cincoenta e seis illustrissimos Solicitadores deste Reyno, vindos para o efeito, fizerão assemleia na Sala do Capitulo do Real Mos-teyro da villa de Alcobaça para votar a compra de uma sede para a sua Ordem. Presidio o Bastonnario D. Anthonio Gomes da Cunha e referio que elleminadas as hyppoteses de Castelo de

Vide, Pampilhosa da Serra e Freixo de Espada à Chinta, restava esta de Alcobaça cujas installaçoens no próprio Mosteyro eram ideais e que o D. Abbade do dito Mosteyro & Geral de toda Ordem Cisterciense nestes Reynos, & no do Algarve, & Esmoler mór de S. Mag. Que Deos guarde, o R.mo D. Fr. Joseph da Cunha, as cedia com as mayores isençoens, privilégios, & jurisdiçoens, em atten-ção à Ordem e ao Bastonnario. E logo recebeo sobre hum missal, que tinha diante de si, o jura-mento de todos os referidos cincoenta e seis illustrissimos Solicita-dores e de imediato ali procederão à votação; e forão comptados 16 votos sim e 40 não, ficcando assim aprovada a dita compra por 52 votos a favor e 40 contra, porque aquelles 16 traziam muytas procuraçoens fazendo assim grande diferença e ganhando.” Sabemos hoje que a assembleia viria a ser muito contestada e, até agora, não foi comprada qualquer sede. De resto, é sabido que, noutras instituições, quando se não quer fazer qualquer coisa, se nomeia uma comis-são. Muito mais originais, os solicitadores convocam, para o efeito, uma assembleia e conseguem assim e sempre evitar que alguma coisa seja feita.

UM BASTONÁRIO QUE NÃO VERGA Um pouco mais tarde, em 1746, António Duarte Ferrão publica o “Palito Métrico”, obra de que todos se lembrarão por ter sido escrita em latim macarrónico (vocabulário alatinado, mantendo o plebeísmo da locução por-tuguesa corrente e construção do discurso segundo a sintaxe latina). Talvez não esteja bem presente em todas as mentes mas o facto é que o herói da obra se chamava António Gomes da Cunha, embora mais tarde o autor, seguindo de resto o exemplo de outros anteriores, tenha modificado o pro-tagonista para João Fernandes, por razões que não vem ao caso referir. Este mesmo António Gomes da Cunha viria, mais tarde, em 3 de Maio de 1755, a ser eleito Bastonário da Ordem dos Solicitadores, tendo ainda sido reeleito para segundo mandato. À semelhança dos grandes sis-mos por que passou o país nesses tempos, também os seus mandatos foram conturbados por fortes tempestades, sobretudo trazidas por ventos do nor-te. No entanto, beneficiou a sua administração de fundos obtidos especial-mente da actividade dos solicitadores que faziam execuções, uma espécie de ouro do Brasil que viria a acabar quando os solicitadores foram fazer execu-ções para outro lado (para outra Ordem?). Mas vamos então ao “Palito Métrico” e aos primórdios do jovem António que parte para Coimbra, procurando um futuro glorioso na carreira das Ciências Jurídicas. Seguimos aqui a 2ª edi-ção, cujo frontispício, no essencial, reza assim: “PALITO METRI-

CO, LAVRADO NO LORVAÕ DA PACHORRA, Com a ferramenta da cachimónia, embrulhado no titulo da Calouriada, por ANTONIO DUARTE FERRAÕ, Official de Estudante na Universidade de Coim-bra. Segunda impressaõ mais acrescentada que a primeira e locu-pletada com seu prólogo em letra para toda a qualidade de Leito-res e estilo corredio, em ordem a que petisquem todos”. Começa assim o nosso texto: Forte ad Coimbram venit de monte Novatus Ut matriculetur. Nomen si bene recordor Anthonius Gomes Cuniae erat. Patres mitere suorum Ut formatus Doctor foret honra parentum”. O que, traduzido livremente significa: “Um belo dia mar-chou para Coimbra um caloiro, com o fim de se matricular. Se bem me recordo, chamava-se António Gomes da Cunha. Os pais o mandaram para Coimbra, para que, depois de formado, fosse o senhor Doutor, a honra da família”. A aventura prossegue: “Ia ele em um macho de aluguer; e, apenas deixou o horizonte da sua aldeia, principiou a mirar tudo com pasmo, fazendo perguntas ao arrieiro que vai rindo do pobre moço” e “Contat inauditas, illum empulhando, patranhas”. Por volta do meio-dia trataram de comer alguma coisa: “Nam barriga sibi jantandi jam dabat horas”. Pegaram nos alforges em que levavam de merenda uma grande posta de toucinho e sete broas com a competente borracha; dirigiram-se para a sombra de uma árvore e “Totum toucinhum et totas mamaverunt boroas”, sempre bebendo, “Donec borracha escorropichata ficavit”.

Cont.pag. seg.

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Página 15 BOLETIM INFORMATIVO Edição 31

Aliviados os alforges, o caloiro montou o machinho, mas opôs-se o arrieiro, dizendo-lhe muito inchado: “Nos quoque gens summus et cavalgare sabemus. Irra! Super machum totum vult ire caminhum? Desçat et in macho permittat me ire pedaçum!...”. “E, sem cerimónia, deitou as mãos ao caloiro e pregou com ele no chão. O caloiro deu-lhe um sopapo; logo se engalfi-nharam os dois”: “Ferbevant quoques bofetatae quae sonabant: Murri et mosquetes plusquam bagaçus haviat;”. “Mas, por fortuna, o caloiro”: “Omnibus in luttis semper de cima ficavit”. Dizem os cronistas deste Bastonário que a sua direcção correspondeu aos seus primórdios, mantendo intransigentemen-te as suas posições, sem se deixar abater e respondendo com energia a todas as contestações, sendo certo que sempre gostou do convívio com todos e que era tido como um óptimo conviva em qualquer mesa.

DESAPARECE UM BAL-CÃO ÚNICO Durante o segundo mandato deste Bastonário, o Governo de Sua Majestade (o que, traduzido em português actual, significa o Marquês de Pombal) concedeu à Câmara dos Solicitadores o privilégio de fazer um “Balcão Único”. Ao contrário de muitas concessões da época, não se trata-va de um monopólio. Antes pelo contrário: até os Correios de Sua Majesta-de tinham uns Balcõezinhos, embora mais pequenos. Balcão Único, tinham-no também as Agências Imobiliárias e consta que os próprios Agentes Funerários o não chegaram a ter porque de tal se desinteressaram. Fabricou-se, pois, o Balcão Único e, pouco tempo depois, nin-guém mais ouviu falar dele. Só muito mais tarde viria a surgir para gáudio de todos. Como desapareceu, vamos demonstrá-lo adiante. Mas, antes, abrimos um parêntesis para desmontar uma teoria que fez escola: a de que alguma vez tivessem andado os cavaleiros da Távola Redonda em busca do nosso Balcão. É claro que tal era absolutamente impossível dado que o Balcão Único apareceu vários séculos depois da existência de tão esforça-dos cavaleiros. Mas é assim que medianos escribas, sem escrúpulos, falsifi-cam a História e, o que é mais grave, em órgãos próprios da Câmara. Vamos então repor a verdade. Acontece que o Balcão Único foi, pura e simplesmente, esquecido – pasme o leitor! - na casa de uma vizinha (não se conseguiu, até hoje, averiguar em que circunstâncias lá foi parar) e foi desta casa que desapareceu. Como? Bastará consultar documentos da época. Um deles é de um poeta lisboeta, Nicolau Tolentino. No seu soneto que abaixo transcrevemos tudo é claro, embora, mais uma vez, à moda da época, o autor o tenha modificado para a versão que hoje é impressa (consultar o Google se não tiver a edição impressa à mão), cedendo a exigências do editor. Vejamos então o soneto: Chaves na mão, melena desgrenhada, Batendo o pé na casa, a mãe ordena Que o furtado Balcão, sem fazer cena, A filha o ponha ali ou a criada. A filha, moça esbelta e aperaltada, Lhe diz coa doce voz que o ar serena: - “Sumiu-se-lhe um Balcão? É forte pena; Olhe não fique a casa arruinada…” - “Tu respondes assim? Tu zombas disto? Tu cuidas que, por ter pai embarcado, Já a mãe não tem mãos?” E, dizendo isto, Arremete-lhe à cara e ao penteado. Eis senão quando (caso nunca visto!) Sai-lhe o Balcão de dentro do toucado!...

Sobre verdade e mentira em História, convirá, ainda, lembrar que, frequentemente, se tentou denegrir a imagem deste Basto-nário. O mesmo escriba dos cavaleiros da Távola Redonda sus-tentou que o Bastonário viajava seguido de todo o seu Conselho dentro de uma diligência vazia. Nada mais injusto. O que se pas-sou foi exactamente o contrário o que é provado pelo facto de, a partir de então, se ter começado a utilizar a expressão “à cunha” sempre que vai muito cheio qualquer meio de transporte. Mas, felizmente para a classe, ainda há historiadores conscienciosos que queimam as pestanas a estudar, aplicam o tempo a consul-tar documentos e utilizam a inteligência a tirar as conclusões cor-rectas.

ELEIÇÕES NA CÂMARA DOS SOLICITADORES

Ao chegar ao fim o mandato deste Bastonário, foram convocadas novas eleições. É quase nula a informação sobre elas existente. O único texto da época é de um autor de pouca con-fiança, Teotónio de Matos, também por vezes citado como Teófi-lo de Matos ou mesmo Teodósio de Matos. É-lhe, frequentemen-te, apontado o erro da inexactidão e também o de, nem sempre tirar as conclusões devidas. À falta de melhor, vejamos o que diz sobre tão importantes eleições:

“Ao acto eleitoral apresentavam-se três listas: A, B e C.

Às dezanove em ponto, pouco mais ou menos, abriu-se a urna e procedeu-se à contagem dos votos. Ganhou a lista B, com mil duzentos e tal votos. Em segundo lugar ficou a lista A com trezen-tos e qualquer coisa e em terceiro a lista C com cento e muitos votos. Acrescente-se que os líderes se comportaram democratica-mente, festejando o primeiro, efusivamente, a vitória e fazendo, os outros, os habituais telefonemas de parabéns. Fingidos, acres-centamos nós que somos isentos e observadores. Ou vão querer convencer-nos que o que cada um queria era que ganhasse um outro? De qualquer modo, deve acrescentar-se que os apanigua-dos da lista B, à boca pequena, se referiam, à sua folgada vitória, com termos como “cabazada” e outros quejandos e que os defen-sores das outras listas se queixaram de azia durante dois bons pares de semanas.

Fazendo agora uma análise mais detalhada aos resulta-dos eleitorais, tenho a certeza absoluta de que talvez seja assim:

A lista C perdeu porque o seu líder é um Cavalheiro e, como havia outros candidatos, recusou-se terminantemente a fazer campanha para não prejudicar os adversários. É claro que houve um ou outro amigo da onça que comentou que, se não queria prejudicar os adversários, então o melhor teria sido mes-mo ter feito a campanha. Quanto à lista A, perdeu, no dizer de muitos, porque o seu líder fez a campanha trabalhando muito, exactamente ao contrário do que tinha feito em todo o mandato que tinha terminado. Para concluirmos, é unânime a opinião de que a lista B ganhou porque teve mais votos que as outras. Assim, o novo Bastonário da Ordem dos Solicitadores será o Sr. Dom José Carlos de Resende e Viana.”

La Palisse não teria concluído melhor. E, por hoje, tam-

bém nós terminamos este apontamento, relembrando os leito-

res que a nossa “História dos Solicitadores em Portugal” se

encontra já no prelo e será a primeira a ser editada, certamente

muito antes de uma outra que a nossa Câmara vem anuncian-

do, há anos.

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Página 16 BOLETIM INFORMATIVO Edição 31

O CRNorte celebrou protocolo com a Medicassur,ldª com vista à obtenção de condições mais vantajosas nos serviços de Segurança e Saúde do Trabalho para os Solicitadores.

Assim os Solicitadores inscritos pelo Conselho Regional do Norte passam a usufruir da seguinte tabela de des-contos:

Escritórios com:

De 1 a 5 trabalhadores: 10% Preço com desconto: 22,50€ De 6 a 15 trabalhadores: 15% Preço com desconto: 21,75€ Mais de 15 trabalhadores: 20% Preço com desconto: 20,00€

Nestes serviços estão incluídos todos os requisitos legais obrigatórios, incluindo a elaboração do Relató-rio Único.

Caso pretendam obter mais informações ou a visita de um comercial contactar através do telef.: 252620001 - fax: 252621079 - e-mail: [email protected]

BENEFICIOS PARA OS SOLICITADORES