pas22013_001_03

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A pintura é poesia sem palavras. LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO. SEGUNDA ETAPA SUBPROGRAMA 2012 OBSERVAÇÕES Informações relativas ao PAS poderão ser obtidas pelo telefone 0(XX) 61 3448 0100 ou pela internet – www.cespe.unb.br/pas. É permitida a reprodução desta prova apenas para fins didáticos, desde que citada a fonte. OBSERVAÇÕES Informações relativas ao PAS poderão ser obtidas pelo telefone 0(XX) 61 3448 0100 ou pela internet – www.cespe.unb.br/pas. É permitida a reprodução desta prova apenas para fins didáticos, desde que citada a fonte. CADERNO VAN GOGH 1 Ao receber este caderno, confira atentamente se o tipo de caderno coincide com o que está registrado no cabeçalho de sua folha de respostas e no rodapé de cada página numerada deste caderno. 2 Quando autorizado pelo chefe de sala, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado de seu Caderno de Respostas, com sua caligrafia usual, a seguinte frase: 3 Língua Estrangeira Verifique se este caderno contém a prova da Segunda Etapa do Subprograma 2012 do PAS, com todas as opções de (itens de 1 a 10), e a prova de , acompanhada de espaço para rascunho, de uso opcional, e se consta, no final do caderno, uma Redação em Língua Portuguesa Classificação Periódica dos Elementos. Verifique, ainda, se este caderno contém a quantidade de itens indicada em seu Caderno de Respostas. Caso o caderno esteja incompleto ou tenha qualquer defeito, solicite ao fiscal de sala mais próximo que tome as providências cabíveis, pois não serão aceitas reclamações posteriores nesse sentido. 4 Língua Estrangeira No Caderno de Respostas, marque as respostas relativas aos itens da que corresponde à sua opção, pois não serão aceitas reclamações posteriores. 5 A C Nos itens do tipo , de acordo com o comando agrupador de cada um deles, marque, para cada item: o campo designado com o código , caso julgue o item ; ou o campo designado com o código , caso julgue o item . Nos itens do , marque, de acordo com o comando: o algarismo CERTO E ERRADO tipo B das na coluna ; o algarismo das na coluna ; o algarismo das na coluna . O algarismo das , o das CENTENAS C DEZENAS D UNIDADES U CENTENAS DEZENAS UNIDADES tipo C e o das devem ser obrigatoriamente marcados, mesmo que sejam iguais a zero. Nos itens do , marque a única opção correta de acordo com o respectivo comando. Nos itens do , que são de resposta construída, faça o que se pede em cada um deles, usando o espaço tipo D destinado para rascunho neste caderno, caso deseje. Escreva as respostas definitivas no Caderno de Respostas. Nos itens do , em caso de erro, tipo D risque, com um traço simples, a palavra, a frase ou o símbolo e, se for o caso, escreva o respectivo substitutivo. Lembre-se: parênteses não podem ser utilizados para essa finalidade. 6 Caderno de Respostas Não deixe de registrar suas respostas no , único documento válido para a correção da sua prova. 7 tipo A tipo C Nos itens do e do , siga a recomendação de não marcar ao acaso, pois, para cada item cuja resposta divirja do gabarito oficial definitivo, será atribuída pontuação negativa, conforme consta em edital. 8 Não utilize qualquer material de consulta que não seja fornecido pelo CESPE/UnB. 9 Durante a prova, não se comunique com outros candidatos nem se levante sem autorização do chefe de sala. 10 cinco horas Fique atento à duração da prova, que é de , já incluído o tempo destinado à identificação — feita no decorrer da prova — e à transcrição das respostas para os locais apropriados no Caderno de Respostas e do da prova de Redação em Língua Portuguesa para o local texto definitivo apropriado. 11 Atenda às determinações constantes nas presentes instruções e no Caderno de Respostas, porque o não atendimento a qualquer uma delas poderá implicar a anulação da sua prova.

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  • A pintura poesia sem palavras.

    LEIA COM ATENO AS INSTRUES ABAIXO.

    SEGUNDA ETAPA

    SUBPROGRAMA

    2012

    OBSERVAES Informaes relativas ao PAS podero ser obtidas pelo telefone 0(XX) 61 3448 0100 ou pela internet www.cespe.unb.br/pas. permitida a reproduo desta prova apenas para fins didticos, desde que citada a fonte.

    OBSERVAES Informaes relativas ao PAS podero ser obtidas pelo telefone 0(XX) 61 3448 0100 ou pela internet www.cespe.unb.br/pas. permitida a reproduo desta prova apenas para fins didticos, desde que citada a fonte.

    CADERNO

    VAN GOGH

    1 Ao receber este caderno, confira atentamente se o tipo de caderno coincide com o que est registrado no cabealho de sua folha de respostas e norodap de cada pgina numerada deste caderno.

    2 Quando autorizado pelo chefe de sala, no momento da identificao, escreva, no espao apropriado de seu Caderno de Respostas, com sua caligrafiausual, a seguinte frase:

    3 Lngua EstrangeiraVerifique se este caderno contm a prova da Segunda Etapa do Subprograma 2012 do PAS, com todas as opes de (itens de 1 a 10), e aprova de , acompanhada de espao para rascunho, de uso opcional, e se consta, no final do caderno, umaRedao em Lngua Portuguesa ClassificaoPeridica dos Elementos. Verifique, ainda, se este caderno contm a quantidade de itens indicada em seu Caderno de Respostas. Caso o caderno estejaincompleto ou tenha qualquer defeito, solicite ao fiscal de sala mais prximo que tome as providncias cabveis, pois no sero aceitas reclamaesposterioresnesse sentido.

    4 Lngua EstrangeiraNo Caderno de Respostas, marque as respostas relativas aos itens da que corresponde sua opo, pois no sero aceitasreclamaes posteriores.

    5 A CNos itens do tipo , de acordo com o comando agrupador de cada um deles, marque, para cada item: o campo designado com o cdigo , caso julgue oitem ; ou o campo designado com o cdigo , caso julgue o item . Nos itens do , marque, de acordo com o comando: o algarismoCERTO E ERRADO tipo Bdas na coluna ; o algarismo das na coluna ; o algarismo das na coluna . O algarismo das , o dasCENTENAS C DEZENAS D UNIDADES U CENTENASDEZENAS UNIDADES tipo Ce o das devem ser obrigatoriamente marcados, mesmo que sejam iguais a zero. Nos itens do , marque a nica opo corretade acordo com o respectivo comando. Nos itens do , que so de resposta construda, faa o que se pede em cada um deles, usando o espaotipo Ddestinado para rascunho neste caderno, caso deseje. Escreva as respostas definitivas no Caderno de Respostas. Nos itens do , em caso de erro,tipo Drisque, com um trao simples, a palavra, a frase ou o smbolo e, se for o caso, escreva o respectivo substitutivo. Lembre-se: parnteses no podem serutilizados para essa finalidade.

    6 Caderno de RespostasNo deixe de registrar suas respostas no , nico documento vlido para a correo da sua prova.

    7 tipo A tipo CNos itens do e do , siga a recomendao de no marcar ao acaso, pois, para cada item cuja resposta divirja do gabarito oficial definitivo, seratribuda pontuao negativa, conforme consta em edital.

    8 No utilize qualquer material de consulta que no seja fornecido pelo CESPE/UnB.

    9 Durante a prova, no se comunique com outros candidatos nem se levante sem autorizao do chefe de sala.

    10 cinco horasFique atento durao da prova, que de , j includo o tempo destinado identificao feita no decorrer da prova e transcrio dasrespostas para os locais apropriados no Caderno de Respostas e do da prova de Redao em Lngua Portuguesa para o localtexto definitivoapropriado.

    11 Atenda s determinaes constantes nas presentes instrues e no Caderno de Respostas, porque o no atendimento a qualquer uma delas poderimplicar a anulao da sua prova.

  • El trabajo

    Alemania sigue siendo, a pesar de los pesares, y de la1ralentizacin de su economa, lo ms parecido a un El Dorado

    dentro de la Europa de la recesin ms larga. El Gobiernogermano ha dejado muy clara su postura contraria a aplicar ms4

    estmulos en su pas para tirar de la actividad europea, pero ssuele ofrecerse como refugio para la mano de obra cualificada

    espaola, especialmente cuando se trata de jvenes. En este7contexto, la ministra de Empleo espaola, Ftima Bez, y su

    homloga alemana, Ursula Von der Leyen, firmaron estemartes un memorando de entendimiento para dar empleo a10

    miles de jvenes espaoles al ao a travs de la formacinprofesional dual que combina trabajo y formacin y de

    puestos estables para personal cualificado.13

    Internet: (con adaptaciones).

    Segn el texto de arriba, juzgue los tems siguientes.

    1 El Gobierno alemn no est dispuesto a hacer inversiones en

    su pas para activar la economa europea.

    2 En el texto se puede entender que el acuerdo firmado entre

    Espaa y Alemania ayuda la poblacin espaola ms joven.

    3 La palabra tirar (R.5) tiene el significado de echar a la

    basura.

    4 El trmino homloga (R.9) se puede cambiar por homnima

    en el texto.

    5 Alemania, actualmente, representa la tierra prometida para los

    jvenes espaoles.

    La cultura de los jvenes espaoles

    Entre los diez retos de la competitividad espaola que1Cotec present recientemente, el primero y ms importante se

    refera a la necesidad de mejorar el sistema educativo, de formaque todos los niveles formativos consigan no slo que los4

    alumnos adquieran conocimientos, sino tambin que secapaciten para aprovecharlos, aprendan a valorar su utilidad y

    sepan aplicarlos de forma participativa.7

    Internet: (con adaptaciones).

    De acuerdo con el texto de arriba, juzgue los siguientes tems.

    6 La voz verbal se refera (R.2-3) est en tiempo pasado.

    7 La expresin de forma que (R.3-4) se puede sustituir por en

    cuanto a.

    8 En el texto, sino tambin (R.5) es lo mismo que mientras

    que.

    9 El vocablo Entre (R.1) est en tiempo presente y es del verbo

    entrar.

    10 En la palavra aplicarlos (R.7), el elemento los se refiere aconocimientos (R.5).

    Biotechnology

    The field of biotechnology has emerged as a major1

    contributor to the advancement of agriculture, medicine, and

    environmental sciences. The biotechnology industry is one of

    the newest and most promising commercial segments in the4

    USA. The industrys primary goal is to invent new biologically

    active substances for the treatment of diseases and the

    management of agriculture.7

    Recent developments in biotechnology, particularly

    molecular biology, are likely to lead to major improvements in

    agricultural productivity, discoveries in human health care, and10

    new solutions to environmental problems. Biotechnology also

    focuses on the role of genetics and how it will shape the future

    of medicine, health care and food production.13

    Internet: (adapted).

    Based on the text above, judge the following items.

    1 The contracted form in The industrys primary goal (R.5)

    stands for the verb is.

    2 The word major (R.9) means important.

    3 The prefix bio- as in biotechnology, biography, and biology

    relates to living things or someones life.

    4 Biotechnology has a considerable impact on three important

    areas.

    5 The biotechnology industry is likely to be successful.

    6 There are only a few career opportunities in biotechnology.

    7 The cure for some diseases may be possible through

    biotechnology.

    8 Biotechnology can help reduce the damage caused to the

    natural world by human activity.

    9 The phrase The biotechnology industry is one of the newest

    and most promising commercial segments in the USA (R.2-5)

    describes biotechnology.

    10 The words biotechnology (R.1), treatment (R.6), and

    productivity (R.10) belong to the same grammatical class.

    Subprograma 2012 Segunda Etapa Caderno: Van Gogh 1

  • Les expressions idiomatiques en franais

    Internet: .

    Expression idiomatique : a veut dire propre un1

    idiome, propre une langue. Comme cest une expression qui

    utilise souvent une image, on dit expression image.

    Toutes les langues ont des expressions idiomatiques4

    parce quelles mettent toutes en uvre cette grande fonction du

    langage, la fonction potique. Cependant, chaque langue est

    particulire ; chaque langue a son registre dimages. Il est vrai7

    que le franais, langue potique et littraire par excellence, a

    beaucoup dexpressions images, mais il y en a dans toutes les

    langues. Je dirais que lexpression image joue de la diffrence10

    entre la signification et le sens qui est propre au langage. Si je

    dis Pierre a cass sa pipe, la signification est claire : il a cass

    du verbe casser avec un complment dobjet sa pipe.13

    La signification est vidente, on la comprend. Or le sens est

    tout autre, a veut dire il est mort.

    Les expressions images sont vraiment importantes16

    parce quelles sont au cur du fonctionnement du langage qui

    est toujours indirect.

    Les langues ont leurs expressions qui deviennent une19

    sorte de patrimoine linguistique ; les expressions images se

    figent et perdurent au del de lvolution de la civilisation.

    Toute une srie dexpressions, mme si elles se maintiennent,22

    elles ne sont plus bien comprises, elles sont transformes. Par

    exemple, tomber dans les pommes et pourquoi pas dans les

    poires ou dans les melons ? Non, cest tomber dans les pmes,25

    cest--dire se pmer, mais comme le verbe pmer ne se dit

    plus, encore moins la pme pour lvanouissement, tomber

    dans les pmes est devenu tomber dans le pommes. Le sens est28

    maintenu et on lemploi sans sen rendre compte, il y a donc

    dans notre langue des chos du pass.

    Bernard Cerquiglini. Internet: .

    partir des image et du texte prsents ci-dessus, apprciez les

    affirmations de 1 5.

    1 Les expressions images appartiennent au pass et donc ne sont

    plus utilises de nos jours.

    2 Des expressions comme casser sa pipe exploitent la

    fonction potique du langage et reprsentent un trsor de la

    langue.

    3 Selon le texte, le sens et la signification des expressions

    idiomatiques concident.

    4 Dans il y en a dans toutes les langues (R.9-10), le pronom

    en remplace expressions images (R.9).

    5 Lhumour dans limage tient au fait que le mort dans sa

    sepulture affirme quil a cass sa pipe, alors quil est dj mort.

    En Espagne: la fuite des cerveaux face la crise

    Nuria Marti, une biologiste espagnole de 33 ans, a perdu

    son emploi en 2011 dans le cadre dun plan social. Comme tant

    dautres de ses compatriotes ces dernires annes, direz-vous. Sauf

    que cette jeune scientifique, qui a rapidement t embauche par

    luniversit amricaine de la sant et des sciences dOregon

    (OHSU), y a particip au premier clonage de cellules souches

    humaines par transfert nuclaire, prouesse scientifique relate dans

    le monde entier la semaine dernire.

    Le 16 mai, sur la radio Cadena Ser, Nuria Marti a racont

    son motion et sa chance davoir particip lexprience. Mais elle

    est aussi revenue sur la colre quelle a ressentie quand elle a d

    quitter lEspagne et sur son dsir de revenir. En prcisant

    cependant : Je ne viendrai pas tant que les choses sont ainsi .

    Car les choses vont mal pour la science. LEspagne a

    rduit de 39 % en trois ans le budget de la recherche. Nuria Marti

    a souffert les consquences en novembre 2011 de cette diminution

    des fonds pour la recherche quand elle a t licencie du Centre de

    recherche Principe Felipe de Valence, dans le cadre dun plan

    social qui a mis la porte 114 des 244 salaris et elimin la moiti

    de ses laboratoires. Son curriculum a convaincu la prestigieuse

    OHSU, qui la embauche.

    S. Morel. En Espagne, la fuite des cerveaux face la crise. Internet: (texte adapt).

    Daprs le texte prsent ci-dessus, jugez les propositions suivantes.

    6 LEspagne vient daugmenter en 39% les investissements dans

    la recherche scientifique.

    7 Le texte parle du refus des jeunes scientifiques espagnols

    travailler dans leur pays.

    8 Nuria Marti est une biologiste espagnole qui a particip du

    clonage de cellules souches humaines par transfert nuclaire.

    9 Lexpression fuite des cerveaux signifie migration des

    intellectuels vers des pays qui offrent de meilleures conditions

    de travail.

    10 Nuria Marti a exprim son dsir de revenir habiter lEspagne

    si les choses changent dans son pays.

    Subprograma 2012 Segunda Etapa Caderno: Van Gogh 2

  • Aleijadinho. Profeta Jonas. Internet: .

    Aleijadinho. ltima ceia , 1795-96, madeirapolicromada. Internet: .

    O conjunto arquitetnico e paisagstico do Santurio Bom Jesus de

    Matosinhos est situado em Congonhas, na mesorregio

    metropolitana de Belo Horizonte. Aps a crise da minerao no

    sculo XIX, novas atividades econmicas instalaram-se na regio,

    a partir da primeira metade do sculo XX. Considerando esse

    contexto e as obras de Aleijadinho apresentadas acima, julgue os

    itens 11 e 12 e assinale a opo correta no item 13, que do tipo C.

    11 Considerada obra tipicamente acadmica, a ltima Ceia no

    apresenta a caracterstica marcante das esculturas, qual seja, a

    postura sbria em cores discretas, tal como se verifica na

    escultura Profeta Jonas.

    12 As esculturas da obra ltima Ceia foram policromadas, como

    era a tradio do Barroco em relao s esculturas de madeira

    at a chegada da Misso Francesa ao Brasil.

    13 A reconfigurao da economia de Congonhas de centro da

    minerao do ouro para cidade industrial ocorreu a partir da

    A expanso da moderna agricultura, que possibilitou a

    instalao de agroindstrias na regio.

    B construo de refinaria de petrleo e gs, que atraiu

    empresas da cadeia produtiva dos hidrocarbonetos.

    C poltica de instalao de pequenas e mdias empresas do

    setor txtil e de vesturio, as quais geraram muitos

    empregos.

    D explorao das jazidas de minrio de ferro, que atraiu a

    instalao de siderrgicas e metalrgicas.

    A msica erudita, ou clssica, bem difcil de definir. Em

    geral, o conceito abrange toda forma musical admitida nas

    academias, pesquisada e interpretada de acordo com as convenes

    e os cnones determinados pelos historiadores da msica.

    Os dicionrios de msica costumam disseminar a noo de

    que ela msica sria, contrapondo-se s canes populares e

    folclricas. Mas no h muito sentido nessa ideia, pois qualquer

    musicalidade pode ser austera, no precisando, portanto, ser erudita.

    Internet: (com adaptaes).

    Considerando o fragmento de texto acima, julgue os itens a seguir.

    14 Um exemplo da inadequao da definio de msica erudita

    apresentada nos dicionrios especializados a obra

    O Carnaval dos Animais, de Camille Saint-Sens, a qual

    pertence ao repertrio erudito e, no entanto, uma pardia que

    satiriza as relaes entre homens e animais.

    15 A austeridade mencionada no texto est presente tambm nas

    canes populares Disseram que eu voltei americanizada e

    Voc no soube me amar, nas quais foram utilizados linguajar

    sofisticado e estruturas musicais complexas inspiradas na

    msica de Bach e Mozart.

    16 As convenes e os cnones determinados pelos historiadores

    da msica podem ser observados na Cantata 140, obra sacra

    em estilo contrapontstico, na qual J. S. Bach utilizou materiais

    sonoros variados, como instrumentos de corda e de sopro e

    combinaes vocais.

    17 O que se afirma, no trecho selecionado, a respeito da definio

    de msica erudita, em especial a meno a convenes e

    cnones, aplica-se, por analogia, no mbito da lngua, a

    critrio que distingue a lngua padro das demais modalidades

    da lngua.

    Subprograma 2012 Segunda Etapa Caderno: Van Gogh 3

  • William Shakespeare foi um cidado ingls que viveu1de 1564 a 1616, produto de determinada sociedade e dedeterminado tipo de viso e de processo de educao, produtodo precrio, mas fascinante, equilbrio entre a herana4medieval, a redescoberta da Antiguidade, as descobertas denovos mundos geogrficos e cientficos, as perplexidadesreligiosas da Reforma e Contrarreforma e as aberturas do7humanismo, para mencionar apenas alguns dos elementos quetornavam o mundo de Shakespeare ricamente conflitivo, comfantsticas possibilidades dramticas.10

    Shakespeare foi um autor popular (...) que escreveupara um pblico ecltico, sem dvida uma das razes de suaperene popularidade ao longo dos sculos e pelo mundo afora.13

    Barbara Heliodora. Falando de Shakespeare.So Paulo: Perspectiva, 1997 (com adaptaes).

    Otelo: Doce alma, presta ateno. Presta ateno, que isso1 perjrio. Ests no teu leito de morte.Desdmona: Sim, mas ainda no estou pronta para morrer.Otelo: Pois logo morrers. Portanto, confessa e liberta-te4desse teu pecado. O teu negar cada item com juramentos nofar desaparecer, tampouco sufocar, o forte propsito de queestou imbudo e que me faz assim padecer. Deves morrer.7Desdmona: Oh, Senhor meu Deus, tenha piedade de mim!Otelo: Amm.Desdmona: E tenhas tu piedade tambm. Jamais te tra em10toda a minha vida. Jamais amei Cssio com outro amor que noaquele que os cus sancionam, o nico tipo de amor que eupoderia sentir por Cssio. E jamais lhe dei uma lembrana.13Otelo: Por Deus, eu vi meu leno na mo dele. Ah, mulherfalsa! Tu apedrejas meu corao e me fazes chamar deassassinato o que tenciono fazer, que antes eu pensava ser um16sacrifcio. Eu vi o leno!Desdmona: Ento ele o encontrou. Eu jamais o presenteeicom o leno. Manda cham-lo aqui. Deixa que ele fale a19verdade.

    Willian Shakespeare. Otelo. Trad. BeatrizVigas-Faria. Porto Alegre: L&PM, 2007.

    Tendo como referncia os fragmentos de texto acima e a peaOtelo, escrita por Shakespeare provavelmente em 1604, julgue ositens de 18 a 24.

    18 Uma ponta de Iago, ttulo de um dos captulos do romanceDom Casmurro, uma aluso ao personagem da pea Otelo,que o prottipo do difamador sem escrpulos.

    19 Infere-se do texto crtico apresentado que a autora recusa a tesede que o homem produto do meio e sustenta que a obra deShakespeare fascinante (R.4), ou seja, exerce forte sensaode encanto, porque o dramaturgo vivia em conflito com osvalores culturais de sua poca.

    20 Na pea Otelo, o cime predomina na relao amorosa, queculmina na cena em que Otelo mata Desdmona, por asfixia.

    21 Na Inglaterra, na poca de Shakespeare, as personagensfemininas, como, por exemplo, Desdmona, eram interpretadaspor homens, porque, poca do teatro elisabetano, as mulheresno atuavam como atrizes.

    22 notvel a capacidade de Shakespeare de criar imagensvisuais pelas palavras e, assim, fazer o pblico ter a percepo,por exemplo, do manto da noite em espetculo realizado sduas horas da tarde, em teatro a cu aberto.

    23 No fragmento da obra Otelo, a primeira fala revela que opersonagem ouviu com descrdito o que Desdmona haviadito, como evidencia o perodo composto pela sentenaimperativa Presta ateno e pela orao coordenadaexplicativa, na qual o elemento coesivo isso refere-se ao quefoi dito anteriormente por Desdmona.

    24 No fragmento da obra Otelo, os vocbulos negar (R.5) epropsito (R.6) so, respectivamente, ncleos do sujeito dasoraes cujos verbos so far e desaparecer (R.6).

    A socializao, na abordagem culturalista, 1considerada o processo que comanda a formao e o equilbrioda personalidade. Decompe-se em um conjunto demecanismos gerais que asseguram a incorporao da cultura4nas personalidades individuais dos membros de uma mesmasociedade.

    Claude Dubar. A socializao: construo das identidades sociais e profissionais. Trad.Andra S. M. da Silva. So Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 49 (com adaptaes).

    Tendo como referncia o texto acima, julgue os itens 25 e 26 e faao que se pede no item 27, que do tipo C.

    25 Atendendo-se norma gramatical padro, o trecho aps aforma verbal asseguram (R.4) poderia ser expresso daseguinte forma: que seja incorporado a cultura spersonalidades individuais dos que formam uma mesmasociedade.

    26 A relao entre indivduo e cultura segundo a viso culturalistaassemelha-se ao expresso no seguinte trecho, que situahistoricamente o dramaturgo Shakespeare: WilliamShakespeare foi um cidado ingls que viveu de 1564 a 1616,produto de determinada sociedade e de determinado tipo deviso e de processo de educao.

    27 A partir do fragmento de texto acima, assinale a opo corretaacerca de socializao.

    A A educao formal um mecanismo de socializao.

    B As redes sociais virtuais so os processos socializadoresmais importantes e prestigiados da atualidade.

    C Na contemporaneidade, a socializao requer o contatointerpessoal presencial.

    D Guerras capitalistas so agentes socializadores.

    Se, pois, retirarmos do pacto social o que no de suaessncia, veremos que ele se reduz aos seguintes termos: cada umde ns pe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a supremadireo da vontade geral; e recebemos, coletivamente, cada membrocomo parte indivisvel do todo.

    Jean-Jacques Rousseau. O contrato social. 3.a ed. Trad. Antoniode Pdua Danesi. So Paulo: Martins Fontes, 2003. p. 21-2.

    28 A partir do fragmento acima, extrado da obra O ContratoSocial, de Jean-Jacques Rousseau, assinale a opo correta arespeito de pacto social.

    A De acordo com a filosofia liberal, todo indivduo nascedestitudo de poder.

    B Para Rousseau, a suprema direo da vontade geral Deus.

    C Na sociedade contempornea, o pacto social construdono Poder Judicirio.

    D Na modernidade, o pacto social consubstancia-se nas leis.

    Subprograma 2012 Segunda Etapa Caderno: Van Gogh 4

  • J. M. William Turner. O naufrgio, 1805, leo sobretela, 171 cm 240 cm, Tate Gallery, Londres. Internet: .

    Considerando a obra representada acima, O Naufrgio, de Joseph

    Mallord William Turner, julgue os prximos itens.

    29 A obra O Naufrgio exalta a violncia, as foras

    incontrolveis da natureza diante da fragilidade humana; nela,

    observa-se o impiedoso jogo das ondas que dinamiza a

    pintura e o intenso contraste tonal recurso coerente com

    as tendncias do Romantismo.

    30 Diferentemente das tranquilas paisagens coloridas de Turner

    criadas ao modo clssico, a obra O Naufrgio

    excessivamente dramtica e expressa pessimismo; seu tema era

    inusitado para a sociedade do incio do sculo XIX.

    A tica uma cincia muito antiga. Filsofos antigos j se

    preocupavam em explicar os mecanismos utilizados para se ver um

    objeto. Plato, por exemplo, considerava que os nossos olhos

    emitem pequenas partculas que, ao atingirem os objetos, os tornam

    visveis. Aristteles considerava a luz um fluido imaterial que se

    propaga entre o olho e o objeto visto. Considerando aspectos

    relacionados luz e sua interao com o meio, julgue os itens a

    seguir.

    31 Algumas espcies de plantas xerfitas mantm seus estmatos

    fechados durante o dia e abertos noite, adaptao que

    minimizou a perda de gua. Assim, tais espcies, noite,

    captam gs carbnico e o convertem em cidos orgnicos,

    como mlico e isoctrico, e, durante o dia, com os estmatos

    fechados, elas degradam esses cidos e liberam o CO2 para a

    realizao da fotossntese.

    32 A presena da luz aumenta a liberao de CO2 pelas folhas das

    plantas, porque esse composto produzido na fotossntese e na

    respirao celular.

    Jantei fora. De noite fui ao teatro. Representava-se1justamente Otelo, que eu no vira nem lera nunca; sabia apenaso assunto, e estimei a coincidncia. Vi as grandes raivas domouro, por causa de um leno. Um simples leno! E aqui4dou matria meditao dos psiclogos deste e de outroscontinentes, pois no me pude furtar observao de que umleno bastou a acender os cimes de Otelo e compor a mais7sublime tragdia deste mundo. Os lenos perderam-se. Hojeso precisos os prprios lenis; alguma vez nem lenis he valem s as camisas. Tais eram as ideias que me iam10passando pela cabea, vagas e turvas, medida que o mourorolava convulso, e Iago destilava a sua calnia. Nos intervalosno me levantava da cadeira no queria expor-me a13encontrar algum conhecido. As senhoras ficavam quase todasnos camarotes, enquanto os homens iam fumar. Ento euperguntava a mim mesmo se alguma daquelas no teria amado16algum que jazesse agora no cemitrio, e vinham outrasincoerncias, at que o pano subia e continuava a pea. Oltimo ato mostrou-me que no eu, mas Capitu, devia morrer.19Ouvi as splicas de Desdmona, as suas palavras amorosas epuras, e a fria do mouro, e a morte que este lhe deu entreaplausos frenticos do pblico.22

    E era inocente, vinha eu dizendo rua abaixo ;que faria o pblico, se ela deveras fosse culpada, to culpadacomo Capitu? E que morte lhe daria o mouro? Um travesseiro25no bastaria; era preciso sangue e fogo, um fogo intenso evasto, que a consumisse de todo e a reduzisse a p, e o p serialanado ao vento, como eterna extino...28

    Machado de Assis. Dom Casmurro. So Paulo: Catania, 1986, p. 201-2.

    Considerando a obra Dom Casmurro, de Machado de Assis, e ofragmento dela extrado e apresentado acima, julgue os itens de33 a 36 e faa o que se pede no item 37, que do tipo C.

    33 Machado de Assis estabelece clara identificao entreBentinho e o personagem Otelo, criado por Shakespeare, umavez que ambos, por meio de intrigas de terceiros, descobriramque foram vtimas de adultrio.

    34 Em Dom Casmurro, h evidente influncia do Romantismo,em especial da obra de Jos de Alencar, como demonstra atrajetria da herona Capitu, que passa por diversas provaese, ao final, encontra a redeno pelo amor, tal como ocorrecom a protagonista do romance Senhora.

    35 No fragmento apresentado, a fala final comprova o desejo donarrador de Dom Casmurro de perdoar Capitu, tal como, napea de Shakespeare, teria feito o mouro, se pudesse voltaratrs.

    36 No trecho que eu no vira nem lera nunca (R.2), destacam-seos seguintes usos da lngua: a forma verbal simples do maisque perfeito do indicativo, cujo emprego, atualmente, est maisvinculado a textos formais, e a dupla negao, que, segundo anorma gramatical, tpica da linguagem informal.

    37 Com relao a aspectos gramaticais do texto, assinale a opocorreta.A O sentido da orao e valem s as camisas (R.10) seria

    mantido, caso a palavra s estivesse colocadaimediatamente antes do verbo.

    B O emprego da locuo conjuntiva medida que (R.11)para introduzir orao que expressa noo de causa evidncia de que, j no sculo XIX, havia, na lnguaportuguesa, registro do emprego corrente dessa expressocom esse sentido.

    C No trecho algum que jazesse agora no cemitrio (R.17),em que a orao adjetiva restringe o sentido do pronomeindefinido, estaria de acordo com a norma gramatical oemprego das formas verbais jaz ou jaza, em vez da que foiempregada: jazesse.

    D No trecho at que o pano subia e continuava a pea(R.18), as oraes esto coordenadas e, em ambas, ostermos esto colocados na ordem direta.

    Subprograma 2012 Segunda Etapa Caderno: Van Gogh 5

  • Dom Casmurro: o cime e a dvida pstuma

    Na literatura brasileira, poucos personagens tm a1fora de Capitu. Continuamos naufragando em seus olhos deressaca. A questo em aparncia inevitvel : Capitu traiuBento Santiago?4

    Reconheo que essa uma leitura vlida do romance.Trata-se, porm, de leitura fcil, demasiadamente fcil, quedeixa escapar a malcia do texto. Ora, o tema central de Dom7Casmurro no a infidelidade, mas o cime. E no um cimequalquer, mas o de um escritor malogrado. O ciumento, ensinao Houaiss, define-se pelo receio de que o ente amado dedique10seu afeto a outrem, o medo de perder alguma coisa.

    O cime tem uma dimenso muito mais inquietante,que, se o dicionrio ignora, a literatura revela. O ciumento13nunca dispe de prova definitiva da infidelidade. O ciumento um possessivo dotado de poderosa imaginao, um escritormalogrado, que, em lugar de livros, produz fantasias de16adultrio. Os grandes clssicos sempre destacaram esseaspecto. Em Hiplito, de Eurpedes, Teseu acusa o filho combase em falsa evidncia. Em Otelo, uma prova fraudulenta,19arquitetada por Iago, leva o mouro a assassinar Desdmona.

    O prprio Bentinho revelou a natureza do problema:Cheguei a ter cimes de tudo e de todos. Um vizinho, um par22de valsa, qualquer homem, moo ou maduro, me enchia deterror ou desconfiana. Tal sentimento associado a umafantasia indomvel produz um resultado previsvel: a minha25imaginao era uma grande gua ibera; a menor brisa lhe davaum potro, que saa logo a cavalo de Alexandre.

    A literatura tambm no dispe de provas, no28expe evidncias; como o cime, a literatura um discursoque se alimenta da dvida, da impossibilidade de conhecer averdade ltima do mundo. Dom Casmurro um dos mais31poderosos elogios fora da fico, ideia da literatura comouma mquina de produzir perguntas inovadoras. Por isso, noh como saber se Capitu traiu Bentinho: nessa lio de Dom34Casmurro, reside a superioridade da literatura de Machado deAssis.

    Joo Cezar de Castro Rocha. Jornal doBrasil, 10/6/2006 (com adaptaes).

    A partir do fragmento de texto acima, do crtico e professor JooCezar de Castro Rocha, julgue os itens de 38 a 41 e faa o que sepede nos itens de 42 a 44, que so do tipo C.

    38 Depreende-se do fragmento apresentado que, para o autor dotexto, a fora da narrativa machadiana reside, em grandemedida, na capacidade de Machado de Assis de fazer persistirnos leitores a sensao de dvida.

    39 A comparao da literatura com uma mquina de produzirperguntas inovadoras (R.33) aplica-se, em especial, ao modeloficcional naturalista, em voga na poca de Machado de Assis.

    40 Do ponto de vista filosfico, a paixo uma das pulsesassociadas ao humana e deve, portanto, ser objeto dapaideia, para que o ser moral se constitua.

    41 Uma comprovao formal da afirmao de que o cime otema principal de Dom Casmurro o ensimesmamentonarrativo, condio bsica para que o cime seja expressocomo determinante das aes do protagonista em narrativa emprimeira pessoa.

    42 A respeito da linguagem e das ideias desenvolvidas no texto,

    assinale a opo correta.

    A Na orao em que se refere metfora machadiana olhos

    de ressaca (R.2-3), o autor do texto utiliza tambm uma

    metfora, que pertence ao mesmo campo semntico de

    ressaca.

    B No texto, salientado o fato de o trado no dispor de

    prova definitiva da traio, o que, analogamente, define a

    literatura como um discurso que se alimenta da

    impossibilidade de conhecer a verdade ltima do

    mundo (R.30-31), tal como ocorre na traio.

    C Depreende-se das ideias desenvolvidas no texto que a

    verossimilhana, por no ser cpia da realidade, no

    participa da criao literria, fato que, no caso da obra

    Dom Casmurro, pode ser sintetizado no seguinte dito

    popular: O que os olhos no veem o cime inventa, ou

    seja, o que o real no apresenta, a fico inventa.

    D Sntese da ideia central do texto crtico apresentado, a

    metfora uma grande gua ibera (R.26) expressa a ideia

    de que Bentinho tem conscincia de seu conflito, que foi

    gerado pela traio de Capitu.

    43 Assinale a opo em que a afirmativa est de acordo com o

    descrito na norma gramatical da lngua padro.

    A Como, no ttulo do texto, h dois substantivos

    coordenados e modificados por apenas um adjetivo, este

    poderia estar flexionado no masculino plural: pstumos.

    B Na expresso A questo em aparncia inevitvel (R.3), o

    adjetivo modifica o ncleo nominal aparncia.

    C O sinal de dois pontos empregado aps a forma verbal

    (R.3) isola o aposto explicativo, cuja referncia o

    vocbulo questo (R.3).

    D No contexto em que foi empregado (R.22-24), o verbo

    encher poderia estar flexionado na 3.a pessoa do plural.

    44 A obra de Machado de Assis constitui valiosa fonte da histria

    e da vida cotidiana do Imprio do Brasil. Sobre a histria

    brasileira nesse perodo, assinale a opo correta.

    A No perodo regencial (1831-1840), houve revoltas

    provinciais contra a tentativa de se construir um Estado

    monrquico descentralizado, nos moldes do federalismo

    norte-americano.

    B No Brasil Imperial, os valores culturais e estticos

    franceses eram referncia para a elite da sociedade

    brasileira.

    C Uma das consequncias do apoio dos Estados Unidos da

    Amrica (EUA) ao Brasil durante a guerra do Paraguai foi

    o aumento da influncia norte-americana na vida cotidiana

    brasileira.

    D O tratado de Tordesilhas foi referncia para a definio

    das fronteiras do Imprio brasileiro.

    Subprograma 2012 Segunda Etapa Caderno: Van Gogh 6

  • Vincent Van Gogh. O semeador, 1888, leo sobre tela,

    64 cm 81 cm, Rijksmuseum Krller-Mller, Otterlo.

    Assim como o quadro O Semeador, mostrado acima,

    outras obras de Van Gogh passam, frequentemente, pelo processo

    de restaurao e conservao. Nesse processo, descobriu-se, em

    2011, a causa de alterao de cores do quadro Flores em um Vaso

    Azul, pintado em 1887. Antes brilhantes, as flores amarelas

    assumiram, com o tempo, tons laranja-acinzentados. O dano foi

    causado por um verniz aplicado sobre a tela, para proteger a

    pintura. Inicialmente, as tintas de tons amarelos continham PbCrO4,

    PbCrO4PbSO4 e PbCrO4PbO. Aps o dano, nos espaos pintados

    com tinta amarela, dois teros do cromo estavam na forma de

    compostos de Cr2O32H2O, Cr2(SO4)3H2O e (CH3CO2)7 Cr3(OH)2,

    alaranjados.

    G.Van Der Snickt et alii. Analytical Chemistry, 2012.

    Advanced online publication (com adaptaes).

    A partir dessas informaes, julgue os itens a seguir.

    45 Considere que o cromo dos pigmentos da tinta amarela, ao

    entrar em contato com o verniz, sofra a reao de primeira

    ordem Cr6+ + 3e! 6 Cr3+. Nesse caso, a velocidade de reduo

    do cromo ser dada por kCa, em que Ca a concentrao do

    agente oxidante, e k, a constante da taxa da reao de reduo.

    46 Em solues no saturadas de PbCrO4 e Cr2(SO4)3H2O de

    mesmas concentraes molares, a temperatura de ebulio da

    soluo formada por sulfato de cromo (III) maior que a da

    soluo de cromato de chumbo (II).

    47 Na obra O Semeador, a figura do campons est contraposta

    ao pr do Sol, tendo sido explorados contrastes tonais e

    cromticos; a rvore oblqua imprime dinamicidade, gravidade

    e dramaticidade pintura, em consonncia com a tendncia da

    poca, em que se ultrapassavam as premissas do

    Impressionismo em direo expressividade de uma

    linguagem mais pessoal, com pinceladas direcionais.

    48 Na obra O Semeador, de dimenses 64 cm 81 cm, se a

    imagem do Sol tem dimetro igual a 20 cm, ento essa

    imagem, considerando-se 3,14 como valor aproximado de ,

    ocupa mais de 8% da tela.

    49 Se a tinta amarela utilizada por Van Gogh era uma soluo

    slida que continha somente os pigmentos PbCrO4,

    PbCrO4PbSO4 e PbCrO4PbO em quantidade equimolar, ento

    era maior que 3%, em massa, a porcentagem de cromo que

    havia restado na tinta amarela aps o dano causado pelo

    verniz.

    RASCUNHO

    Subprograma 2012 Segunda Etapa Caderno: Van Gogh 7

  • Em 1798, o economista britnico Thomas Malthus

    formulou uma teoria populacional que conduzia previso de um

    apocalipse de fome e guerra, caso a populao humana no parasse

    de crescer. Segundo Malthus, a populao cresceria em progresso

    geomtrica, enquanto nossa capacidade de produzir alimentos

    cresceria s em progresso aritmtica. Logo, em um futuro

    prximo, faltaria comida para alimentar tanta gente.

    Hoje, mais de dois sculos depois, a previso no se

    confirmou. A populao no parou de crescer e estamos todos, bem

    ou mal, vivos.

    Internet: .

    anopopulao

    (indivduos)

    produo mundial de gros

    (toneladas)

    1950 2,5 109 7,5 108

    2000 6 109 18 108

    2050 9,2 109 (*) 36 108 (**)

    (*) estimativa (**) meta

    Considerando o texto e os dados da populao mundial e da

    produo de gros no perodo de 100 anos, entre 1950 e 2050,

    apresentados na tabela acima, julgue os itens de 50 a 56 e faa o

    que se pede no item 57, que do tipo D.

    50 Considere que a quantidade de pessoas no mundo seja obtida,

    no ano t, por meio da expresso Q(t) = mek(t !1950), a partir do

    ano t = 1950. Nessa situao, tendo 0,88 e 1,76 como valores

    aproximados respectivamente de ln(2,4) e ln(5,8), infere-se que

    a populao mundial prevista para 2050 ser maior que a

    estimada que consta na tabela.

    51 O modo de produo capitalista demanda o consumo, para que

    se complete o ciclo produtivo.

    52 A sociedade capitalista transformou necessidades biolgicas,

    emocionais e espirituais (estticas, ticas e morais) em uma

    patologia individual: o consumismo.

    53 A teoria malthusiana explica os grandes surtos de fome,

    principalmente os registrados em pases da frica Oriental e

    Subsaariana e do sul da sia.

    54 Para Karl Marx, que refutou, no sculo XIX, a teoria

    malthusiana, a fome no era um problema de produo, mas,

    sim, de desigual distribuio da renda.

    55 No sculo XX, a Revoluo Verde possibilitou a expanso das

    reas de cultivo e o crescimento da produo em larga escala,

    o que permitiu nova fase de superproduo em pases como

    Brasil, Argentina e EUA.

    56 Os dados da tabela permitem inferir que o crescimento da

    populao mundial demandar novas reas agrcolas e aumento

    da produo de alimentos, para que sejam atendidas,

    principalmente, as sociedades ricas da Europa Ocidental, dos

    EUA e do Japo.

    57 Esboce, em um sistema cartesiano, os grficos das funes querepresentam, com base nos dados de 1950 e 2000, a populaoconforme os valores da tabela e o crescimento em progressogeomtrica, proposto por de Malthus.

    O espao reservado acima de uso opcional, para rascunho. No seesquea de transcrever seu esboo para o Caderno de Respostas.

    RASCUNHO

    Subprograma 2012 Segunda Etapa Caderno: Van Gogh 8

  • Internet: . Internet: .

    Trazido pelos imigrantes portugueses, alemes, italianos,franceses e espanhis, o acordeo tornou-se popular principalmenteno Nordeste e no Sul do Brasil. Conhecido como sanfona noNordeste, passou a integrar, no comeo do sculo XX, o novo ritmoali criado, o forr, que se espalhou por todo o territrio nacional.Ficou tambm muito conhecido no Rio Grande do Sul, onde amsica tradicionalista tem a gaita (acordeo) como majestade erainha dos bailes.

    Internet: (com adaptaes).

    Tendo como referncia o texto e as figuras acima, julgue os itens aseguir.

    58 As msicas Milonga para as Misses, de Renato Borghetti, eFeira de Mangaio, de Sivuca, so, respectivamente, um forre um chamam.

    59 Nas obras Forr Classudo, de Toninho Ferragutti, Milongapara as Misses, de Renato Borghetti, e Feira de Mangaio,de Sivuca, o acordeo destacado como solista e as melodiasapresentam mais de quatro notas por segundo.

    60 possvel fazer a distino entre, por exemplo, uma notaexecutada por Sivuca no acordeo e a mesma nota executadapor Victor e Lo na guitarra, porque elas tm timbres iguais eintensidades diferentes.

    61 Depreende-se do texto apresentado que o acordeo, s depoisde integrar o forr na regio Nordeste e j denominadosanfona, foi disseminado pelas demais regies brasileiras.

    importante identificar os causadores de doenas infecciosashumanas, com nfase em desdobramentos patolgicos, modo detransmisso e profilaxia. Nesse contexto, fundamental associar ascaractersticas dos vrus dificuldade de classific-los segundocritrios atuais, que incluem o meio em que eles vivem, e entendera dependncia deles clula hospedeira para sua reproduo,relacionando-a sua estrutura. Acerca desse assunto, julgue os itensseguintes.

    62 Em muitos casos, os vrus modificam o metabolismo da clulaque parasitam e podem provocar-lhe degenerao e morte.

    63 A falta de hialoplasma e ribossomos impede que os vrus,parasitas intracelulares, tenham metabolismo prprio.

    64 Por no ter mecanismo de injeo de material gentico, o HIVentra em contato com o linfcito, funde o seu envoltrioexterno lipoproteico com a membrana plasmtica da clula epenetra no citoplasma celular.

    Sob condio ambiente de temperatura e presso, ohidrognio um gs incolor, inodoro, inspido, com densidade iguala 0,089 g/mL, a 0 C e 1 atm, e muito mais leve que o ar. No estadolquido, quando armazenado a !253 C, o hidrognio ocupa volume700 vezes menor que em forma de gs. Acima dessa temperatura,o hidrognio pode ser armazenado, como gs comprimido, emcilindros de alta presso. A seguir, so apresentados a equao querepresenta a reao de combusto do hidrognio e o respectivovalor de entalpia de combusto padro (H0comb).

    2H2(g) + O2(g) 6 2H2O(l) H0comb = !286 kJ/mol

    E. H. Gomes Neto. Hidrognio, evoluir sem poluir: a era do hidrognio,das energias renovveis e das clulas a combustvel.Curitiba: Brasil H2 Full Cell Energy, 2005 (com adaptaes).

    Tendo como referncia as informaes acima, julgue os prximositens.

    65 O calor necessrio para a vaporizao de 1,0 mol dehidrognio lquido equivale energia necessria para seremrompidas as ligaes covalentes nas molculas de hidrognio.

    66 Assumindo-se que a entalpia de vaporizao da gua a298 K seja +44 kJ/mol, conclui-se que a equao

    H2O(g) 6 H2O(l) + 44 kJ representa a energia necessria noprocesso de condensao da gua a 298 K.

    67 A energia liberada na queima de 1,0 L de H2(g) nas condiesnormais de temperatura e presso (CNTP) menor que10.000 kJ.

    RASCUNHO

    Subprograma 2012 Segunda Etapa Caderno: Van Gogh 9

  • (...) uma caverna subterrnea, com uma entrada ampla,1aberta luz em toda a sua extenso. L dentro, alguns homensse encontram, desde a infncia, amarrados pelas pernas e pelopescoo de tal modo que permanecem imveis e podem olhar4to-somente para a frente, pois as amarras no lhes permitemvoltar a cabea. Num plano superior, atrs deles, arde um fogoa certa distncia. E, entre o fogo e os prisioneiros, eleva-se um7caminho ao longo do qual tinha sido construdo um pequenomuro. Homens passam ao longo desse pequeno murocarregando uma enorme variedade de objetos cuja altura10ultrapassa a do muro. (...) Se um deles fosse libertado esubitamente forado a se levantar, virar o pescoo, caminhar eenxergar a luz, sentiria dores intensas ao fazer todos esses13movimentos e, com a vista ofuscada, seria incapaz de enxergaros objetos cujas sombras ele via antes. Mas, se o afastassemdali fora, obrigando-o a galgar a subida spera e abrupta, e16no o deixassem antes que tivesse sido arrastado presena doprprio Sol, no crs que ele sofreria e se indignaria de ter sidoarrastado desse modo? No crs que, uma vez diante da luz do19dia, seus olhos ficariam ofuscados por ela, de modo a ele nopoder discernir nenhum dos seres considerados agoraverdadeiros?22

    Plato. A Repblica. 2. ed. Trad. Elza Moreira Marcelina.Braslia: EdUnB, 1996. p. 46-8 (com adaptaes).

    A partir do fragmento de texto acima, extrado da obraA Repblica, de Plato, julgue os itens a seguir.

    68 Plato defende que o conhecimento sensitivo da realidade uma iluso, como ilustrado no mito da caverna.

    69 Expressa no mito da caverna, a alegoria platnica relativa aconhecimento explica a passagem de um grau de conhecimentopara outro.

    70 Tanto no 2. perodo do texto (R.2-6) quanto no ltimo(R.19-22), Plato vale-se da relao de causa e efeito paradesenvolver as ideias que constroem o mito da caverna.

    71 O mito platnico da caverna representa a crena noconhecimento como condio de libertao do indivduo.

    No perodo de 1760 a 1830, a Revoluo Industrial ficoupraticamente limitada Inglaterra, a oficina do mundo. Para queessa exclusividade fosse mantida, proibiu-se a exportao demquinas e tcnicas de produo industrial. A primeira mquinatrmica a operar foi a mquina a vapor, utilizada para bombear agua das minas de carvo. Atualmente, mquinas a vapor sousadas principalmente na gerao de energia eltrica.

    Tendo como referncia o texto acima, julgue os itens de 72 a 79.

    72 Na Inglaterra, a Revoluo Industrial no sculo XIX contribuiupara o incremento da urbanizao e a ampliao doproletariado urbano.

    73 Na Alemanha, a unificao nacional, a proteo estatal, aatuao do capital bancrio e o crescimento demogrficocontriburam para o ritmo vertiginoso de industrializao apartir de 1870.

    74 A substituio de navios veleiros por navios a vapor barateouo frete martimo, o que favoreceu o incremento do comrciomundial.

    75 Os movimentos nacionalistas europeus do sculo XIXpleitearam o retorno das fronteiras situao anterior aoCongresso de Viena e a restaurao dos monarcas absolutistasno poder.

    76 inferior a 50% a eficincia de uma mquina trmica queabsorva 350 J de calor de um reservatrio quente, realizetrabalho e ceda 180 J de calor a um reservatrio frio.

    77 Considerando que o calor latente de solidificao da gua e ocalor especfico da gua correspondam, respectivamente, a80 cal/g e 1 cal/(g C), verifica-se que um refrigerador comeficincia igual a 5 dever realizar um trabalho igual a 19 kcal,para congelar 1.000 g de gua inicialmente a 15 oC.

    78 Com o desenvolvimento tecnolgico, a produtividade daagricultura na Europa aumentou, o que acarretou a reduo daimportao de alimentos da Amrica.

    79 Na Europa do sculo XIX, o pensamento socialista europeudifundiu-se mais entre os trabalhadores industriais que entre oscamponeses.

    Acerca da economia brasileira no Imprio, julgue os itens 80 e 81e faa o que se pede nos itens 82 e 83, que so do tipo C.

    80 O Brasil, semelhana do que ocorreu no Imprio, temadotado, no sculo XXI, a poltica de exportao de produtosprimrios, denominados commodities, como caf e acar.

    81 No Brasil Imprio, durante o II Reinado, a diplomaciabrasileira adotou o critrio do uti possidetis juris na definiodas fronteiras com os pases vizinhos.

    82 Assinale a opo correta sobre a economia brasileira entre1822 e 1889.

    A Houve aumento crescente da participao da regioNordeste nas exportaes brasileiras nesse perodo.

    B Para atender s necessidade logsticas da exportao decaf, foram construdas ferrovias nesse perodo.

    C A descoberta da vulcanizao da borracha acarretou ainstalao, na regio Norte, de indstrias queprocessassem o ltex a ser exportado.

    D No Brasil, a dvida pblica externa crescente resultou doaumento das exportaes de produtos primrios.

    83 Com relao economia brasileira entre 1822 e 1889 e aosprocessos de independncia nas Amricas portuguesa ehispnica, assinale a opo correta.

    A Na Amrica hispnica, no houve luta armada, ao passoque, na Amrica portuguesa, foi necessrio o uso da forapara expulsar da Bahia os portugueses.

    B Houve continuidade dinstica no Brasil, mas no nosnovos pases hispano-americanos, onde a formamonrquica de governo foi extinta.

    C No Brasil, as elites continuaram no controle do poderpoltico aps a independncia, ao passo que, nos novospases hispnicos, o setor popular se imps eliteagroexportadora.

    D Em ambas as Amricas, as independncias foram formais,mas no reais, pois o Brasil permaneceu subordinado Inglaterra, e os pases hispano-americanos, aos EUA.

    Subprograma 2012 Segunda Etapa Caderno: Van Gogh 10

  • A Lista Vermelha da International Union for Conservation

    of Nature (IUCN) um inventrio detalhado do estado de

    conservao mundial de vrias espcies de plantas, animais, fungos

    e protistas. Atualmente, a perda da biodiversidade, associada ao

    aumento da temperatura na Terra, o maior desafio para a

    humanidade. Para chamar a ateno para o problema, a

    Organizao das Naes Unidas (ONU) declarou 2010 o Ano

    Internacional da Biodiversidade. Segundo dados divulgados, em

    janeiro de 2013, pela Conveno sobre a Diversidade Biolgica

    (CBD), rgo da ONU que trata do assunto, a taxa de perda de

    espcies cem vezes maior que a da extino natural e vem

    crescendo exponencialmente. Pesquisadores estimam que 150

    espcies sejam extintas todos os dias no mundo e calcula-se que

    30% das espcies podem deixar de existir at o final deste sculo,

    se o aquecimento global no for mantido abaixo de dois graus.

    Internet: (com adaptaes).

    Com relao aos seres vivos e suas caractersticas anatmicas e

    fisiolgicas, julgue os itens de 84 a 87 e faa o que se pede no item

    88, que do tipo B.

    84 Em Amphibia, os indivduos da ordem Anura apresentam

    fecundao externa, e os da ordem Giminophiona, fecundao

    interna, e ambos tm fase larval.

    85 Os primeiros vertebrados terrestres surgiram de um grupo de

    organismos primitivos que viviam em mares de guas rasas.

    86 A Taenia solium um endoparasita cujas ventosas lhe

    permitem fixar-se no sistema nervoso central humano,

    causando, assim, a cisticercose.

    87 Considere que, em 2010, existiam 8,76 milhes de espcies e

    que, a partir desse ano, o nmero de desaparecimento anual de

    espcies seja dado pela expresso Q(t) = 54.750ekt, em que t

    representa a quantidade de anos decorridos a partir de 2010.

    Nesse caso, usando 3,87 como valor aproximado para ln(48),

    verifica-se que o valor de k maior que 0,04.

    88 Considere que, em 2010, tenha sido registrado, em

    determinada regio, o total de 600 espcies extintas de

    animais, fungos, plantas e protistas. Considere, ainda, que,

    nessa regio, a extino de animais correspondeu ao dobro da

    extino de fungos, a de fungos correspondeu ao dobro da

    extino de plantas, e a de plantas correspondeu ao dobro da

    extino de protistas. Com base nessas informaes, calcule a

    quantidade de animais que foram extintos nessa regio, em 2010.

    Para a marcao no Caderno de Respostas, despreze, caso

    exista, a parte fracionria do resultado final obtido, aps ter

    efetuado todos os clculos solicitados.

    Internet: .

    Aprovado pela Organizao Mundial de Sade, o uso deiodato de potssio (KIO3) tem sido alternativa de proteo contraradiao, porque se verificou que o iodeto de potssio (KI),frequentemente utilizado para tal fim, causa cncer em ratos e tembaixa durabilidade quando estocado em regies de clima quente emido. O grfico acima mostra as variaes de solubilidade,conforme a temperatura, para o iodeto de potssio e para o iodatode potssio, em comparao com outros sais.

    Internet: (com adaptaes).

    Considerando o grfico e as informaes acima, julgue os itens89 e 90 e faa o que se pede no item 91, que do tipo B.

    89 As dissolues dos sais indicados no grfico so endotrmicas,excetuando-se a do sulfato de csio.

    90 Nas condies de concentrao e temperatura no ponto A dogrfico, as solues dos sais apresentados, excetuando-se a deiodeto de potssio, podem ser classificadas como nosaturadas.

    91 Considerando que a solubilidade do iodeto de potssiomantenha comportamento linear entre 0 C e 110 C, calcule,em g/100 ml de H2O, a solubilidade do iodeto de potssio temperatura de 105 C. Para a marcao no Caderno deRespostas, despreze, caso exista, a parte fracionria doresultado final obtido, aps ter efetuado todos os clculossolicitados.

    RASCUNHO

    Subprograma 2012 Segunda Etapa Caderno: Van Gogh 11

  • Representao do ciclo de Carnot para um motor ideal

    O estudo e a caracterizao dos motores a combusto so aplicaes importantes das leis da termodinmica. Apesar de um motorideal trabalhar no regime denominado ciclo de Carnot, a maioria dos motores automotivos das mquinas trmicas tem motores decombusto interna, gasolina ou lcool, e trabalha no ciclo de Otto. A figura acima ilustra um sistema termodinmico que opera no ciclode Carnot. Nesse sistema, as temperaturas quente e fria so iguais, respectivamente, a TA = 157 C e TB = 57 C.

    Tendo como referncia essas informaes e assumindo 273 K = 0 C como a temperatura de congelamento da gua, julgue os seguintesitens.

    92 O rendimento trmico da referida mquina de Carnot igual a 25%.

    93 No ciclo de Carnot, ocorrem, temperatura constante, apenas duas transformaes, que, na figura, correspondem s etapas 1 6 2 e

    3 6 4.

    A via fermentativa do caldo de cana-de-acar a maisimportante para a obteno do lcool etlico no Brasil. Nesseprocesso, ocorre a converso da glicose em piruvato, que, depois, transformado em acetaldedo, que, por sua vez, convertido emlcool etlico e libera CO2. As molculas envolvidas no processodescrito so indicadas a seguir.

    molcula I molcula II

    molcula III molcula IV

    Considerando as informaes acima, julgue os prximos itens.

    94 alta a solubilidade em gua de, pelo menos, dois doscompostos de I a IV, os quais, portanto, podem formar ligaesde hidrognio com o solvente.

    95 O acar produzido nas folhas da cana-de-acar transportado para o interior dos tubos crivados, o que aumentasua concentrao local e promove, por osmose do xilema parao floema, a entrada de gua, que empurra a seiva elaborada dofloema.

    96 Com base nos dados apresentados, infere-se que a sequnciacorreta dos compostos envolvidos na obteno do etanol viafermentao alcolica I III IV II.

    RASCUNHO

    Subprograma 2012 Segunda Etapa Caderno: Van Gogh 12

  • A figura acima ilustra trs situaes I, II e III queenvolvem molas idnticas sob a ao da fora gravitacional. Asmolas so ideais, com peso prprio nulo e sem atrito. Considereque, nas situaes mostradas, os sistemas massa-mola estejam emrepouso e em equilbrio esttico. Considere, ainda, que as molas IIe III esto estiradas pela ao de corpos massivos conectados a elasem uma das extremidades.

    Tendo como referncia essas informaes e assumindo 9,8 m/s2

    como valor da acelerao da gravidade, julgue os itens seguintes.

    97 Na situao III, o objeto fixado no extremo da mola tem massam = 150 g.

    98 Considere que o corpo preso mola II tenha a forma deum cilindro circular reto com altura de 5 cm e raio de 2 cm.Nesse caso, desconsiderando o pedao de arame reto ecurvado, e assumindo 3,14 como valor aproximado de ,verifica-se que a densidade do corpo que a mola II suporta

    superior a

    99 Se os sistemas massa-mola II e III forem igualmentedeslocados do estado de equilbrio na direo vertical e, emseguida, forem liberados, ento, desprezando-se as foras deatrito, correto inferir que eles oscilaro na mesma frequncia.

    O movimento oscilatrio de um sistema massa-molapode ser representado, genericamente, pela equao horriax(t) = Acos(t) + Bsen(t), em que A e B so constantes quedependem das condies iniciais do movimento, a frequnciaangular, t o tempo e x(t) o comprimento da deformaolongitudinal a partir do ponto de equilbrio.

    Considerando essas informaes, julgue os itens a seguir.

    100 Se A = B um nmero positivo, ento, usando-se a identidadesen(2) = 2sen()cos(), infere-se que o valor mximo do

    quadrado de x(t) e de x(t) ocorre em .

    101 Se o movimento peridico do sistema massa-mola iniciar emt = 0 e as constantes A e B forem positivas, ento o estiramentomximo sofrido pela mola ser igual a A + B.

    Figura I Figura II

    Para se demonstrar o processo de transferncia de calor,cinco esferas de gelo idnticas e igualmente congeladas forampresas nas extremidades de cinco bastes metlicos, a fim de seremaquecidas por meio de um bico de Bunsen, como ilustram as figurasacima. Foram usados bastes homogneos, de geometria cilndricareta e com dimenses idnticas. A figura I mostra o sistema antesde os bastes serem aquecidos uniformemente por determinadoperodo, nas mesmas condies e sob a mesma variao detemperatura. A figura II ilustra a situao em que as esferas de gelocomeam a cair sequencialmente devido ao aumento da temperaturanas extremidades dos bastes.

    A partir dessas informaes, e considerando que o sistema descritoestava em regime estacionrio e que no havia outras fontes decalor alm do bico de Bunsen, julgue os itens subsequentes.

    102 Considere que o raio de cada esfera igual a r e que o volumeda gua descongelada igual ao da gua congelada. Nessasituao, o volume total de gua liquefeita das 5 esferas podeser armazenado em 2 recipientes iguais, na forma de um conecircular reto com raio da base = altura = 2r.

    103 Os bastes tm condutividade trmica diferente.

    104 A ltima esfera de gelo a cair foi a fixada no basto queapresentava a maior taxa de transmisso de calor por unidadede tempo.

    105 A condutividade trmica de um basto uma funo linear doinverso da variao da temperatura.

    RASCUNHO

    Subprograma 2012 Segunda Etapa Caderno: Van Gogh 13

  • produto (j)

    ms (i)

    1 2 3

    1 3 2 1

    2 2 1 0

    3 2 1 1

    Na tabela acima, os produtos 1, 2 e 3 correspondem,respectivamente, a caf, arroz e acar, e os meses 1, 2 e 3correspondem, respectivamente, a janeiro, fevereiro e maro. Atabela apresenta a quantidade de pacotes de cada produto compradonos referidos meses.

    A partir dessas informaes, e supondo que A seja uma matriz3 3, A = (aij)33, em que aij igual ao elemento da linha i ecoluna j da tabela, julgue os itens seguintes.

    106 Suponha que no tenha havido alterao nos preos dospacotes dos 3 produtos em janeiro, fevereiro e maro e que umconsumidor tenha gasto, na compra dos 3 produtos nessesmeses, respectivamente, R$ 43,00, R$ 22,00 e R$ 27,00. Essesdados permitem concluir que o pacote de caf o mais baratoe custa R$ 5,00.

    107 A matriz A inversvel.

    108 Considere que, nos referidos meses, os pacotes de caf, arroze acar custem R$ 8, R$ 12 e R$ 6, respectivamente.

    Considere, ainda, a matriz , cujas linhas correspondem

    a esses preos. Nessa situao, se a matriz C = (ci1)31 dadapor C = A B, ento c11 ! c31 = 20 representa a diferena, emreais, entre a quantia total gasta com esses produtos nos mesesde janeiro e maro.

    A figura acima representa, esquematicamente, umasituao em que uma jovem de 1,60 m de altura est de frente paraum espelho plano e vertical. A figura mostra que a distncia entreos olhos da jovem e o topo da cabea igual a 10 cm.

    Com base nessas informaes, julgue o item 109 e assinale a opocorreta no item 110, que do tipo C.

    109 Na situao apresentada, o tamanho da imagem refletidadepende da distncia que a jovem mantenha do espelho.

    110 Para que a jovem possa ver refletida a sua imagem completa,o espelho deve ter comprimento mnimo de

    A 65 cm.

    B 70 cm.

    C 75 cm.

    D 80 cm.

    RASCUNHO

    Subprograma 2012 Segunda Etapa Caderno: Van Gogh 14

  • ATENO: Nesta prova, faa o que se pede, utilizando, caso deseje, o espao indicado para rascunho no presente caderno. Em seguida,escreva o texto na folha de texto definitivo da prova de redao em lngua portuguesa, no local apropriado, pois no sero avaliadosfragmentos de texto escritos em locais indevidos. Respeite o limite mximo de linhas disponibilizado. Qualquer fragmento de texto almdesse limite ser desconsiderado. Na folha de texto definitivo da prova de redao em lngua portuguesa, utilize apenas caneta esferogrficade tinta preta, fabricada em material transparente. Identifique-se apenas nos locais apropriados, pois ser atribuda nota zero ao texto quetenha qualquer assinatura ou marca identificadora fora desses locais.

    Medo de Amar

    Vinicius de Moraes

    Vire essa folha do livro e se esquea de mim

    Finja que o amor acabou e se esquea de mim

    Voc no compreendeu que o cime um mal de raiz

    E que ter medo de amar no faz ningum feliz.

    Agora v a sua vida como voc quer

    Porm no se surpreenda se uma outra mulher

    Nascer de mim como do deserto uma flor

    E compreender que o cime o perfume do amor.

    CimeRoger Rocha Moreira

    Eu quero levar uma vida moderninhaDeixar minha menininha sair sozinhaNo ser machista e no bancar o possessivoSer mais seguro e no ser to impulsivo.

    Mas eu me mordo de cimeMas eu me mordo de cime

    Meu bem me deixa sempre muito vontadeEla me diz que muito bom ter liberdadeQue no h mal nenhum em ter outra amizadeE que brigar por isso muita crueldade.(...)

    J. Borges por J. Borges. Clodo Ferreira(Org.). Braslia: EdUnB, 2006, p. 75.

    CapituLuiz Tatit

    De um lado, vem voc com seu jeitinhoHbil hbil, hbil.. e pronto!Me conquista com seu domDe outro, esse seu site petulantewww ponto poderosa ponto com.

    esse o seu modo de ser ambguoSbio, sbioE todo encanto, canto, cantoRaposa e sereia da terra e do marNa tela e no arVoc virtualmente amada amanteVoc real ainda mais tocanteNo h quem no se encante.

    Um mtodo de agir que to astutoCom jeitinho alcana tudo, tudo, tudo. s se entregar, s te seguir, capitular.

    CapituA ressaca dos maresA sereia do sulCaptando os olharesNosso totem tabuA mulher em milharesCapitu.(...)

    CapituFeminino com arteA traio, atraenteUm captulo parteQuase vrus ardenteImperando no siteCapitu!(...)

    A partir dos fragmentos de letras de msicas acima, que tm carter motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte comentriode uma leitora sobre um artigo jornalstico em que o autor demonstrava a atualidade e a universalidade dos conflitos dos protagonistas dasobras Dom Casmurro, de Machado de Assis, e Otelo, de Shakespeare.

    No h nada de atual e universal nos conflitos vividos por esses personagens. Hoje, os relacionamentos soabertos e transparentes. A traio no mais uma falha irreversvel, uma transgresso moral hedionda. Etem mais. A sociedade mudou muito com a emancipao das mulheres, as Desdmonas esto em extino.O mundo atual comandado por Capitus, que so dissimuladas, sutis e misteriosas. E os Bentinhos... Ah!Os ciumentos e frgeis Bentinhos atuais sempre encontram razo para seguirem a lio de Otelo. So Otelosdelirantes em pele de Bentinho. S precisam de um pequeno pretexto para serem violentos. Assim, nummundo de Capitus e Otelos, as relaes amorosas so mesmo luta por poder. Quando o poder dos homens ameaado, os Otelos aparecem. E imediatamente, na pele de Bentinho, se fazem de coitadinhos e inventamuma traio. medieval. a realidade. Isso me deixa indignada! E no me acusem de maniquesta! Estousendo realista.

    Em seu texto, apresente argumentos que sustentem suas concordncias e/ou discordncias a respeito do comentrio e utilize a modalidadepadro da lngua escrita.

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  • RASCUNHO

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  • Tabela de valoresdas funes seno e cosseno

    CLASSIFICAO PERIDICA DOS ELEMENTOS