partidos

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2 FIDELIDADE PARTIDÁRIA E OS PRINCÍPIOS INERENTES AOS PARTIDOS POLÍTICOS Neste capítulo serão elencados a fidelidade partidária e os princípios atribuídos aos partidos políticos, como a soberania nacional, regime democrático, liberdade de organização partidária, pluripartidarismo e respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana para com os partidos políticos. 2.1 Fidelidade partidária O Instituto da fidelidade partidária surgiu durante a ditadura militar, exigindo que no Brasil só poderiam existir dois partidos políticos, que seriam a situação e a oposição, neste caso, a ARENA era a situação, e o MDB a oposição. No ano de 1969, foi inserido no Instituto da Fidelidade Partidária a proibição de troca de partidos pelos parlamentares, no entanto, não havia punição para tal. No ano de 1985 com a Emenda Constitucional n. 25, excluiu prematuramente o Instituto da Carta Magna fazendo com que os

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Page 1: PARTIDOS

2 FIDELIDADE PARTIDÁRIA E OS PRINCÍPIOS INERENTES

AOS PARTIDOS POLÍTICOS

Neste capítulo serão elencados a fidelidade partidária e os princípios atribuídos aos

partidos políticos, como a soberania nacional, regime democrático, liberdade de organização

partidária, pluripartidarismo e respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana para com

os partidos políticos.

2.1 Fidelidade partidária

O Instituto da fidelidade partidária surgiu durante a ditadura militar, exigindo que no

Brasil só poderiam existir dois partidos políticos, que seriam a situação e a oposição, neste

caso, a ARENA era a situação, e o MDB a oposição.

No ano de 1969, foi inserido no Instituto da Fidelidade Partidária a proibição de troca

de partidos pelos parlamentares, no entanto, não havia punição para tal. No ano de 1985 com

a Emenda Constitucional n. 25, excluiu prematuramente o Instituto da Carta Magna fazendo

com que os políticos trocassem de partidos sempre e quando quisessem atendendo seus

interesses pessoais (COSTA, 2010).

Em 1988, com a criação da Constituição Federal, a fidelidade partidária do

regulamentada, dando liberdade aos partidos políticos de criarem seus próprios estatutos,

deixando brechas para novamente se atender os interesses pessoais de cada parlamentar.

Em 1995, disciplinarmente, a fidelidade partidária foi prescrita na Lei 9.096/95

objetivando aperfeiçoar a eficácia democrática sendo determinado direitos deveres e

disciplinas que proporcionam aos políticos a obrigação de assiduidade nas atividades

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partidárias, divulgação do estatuto, onde a recusa de tais condutas implicam em infidelidade

partidária, sujeitas a penalidades (COSTA, 2010).

Bem mais adiante, no ano de 2007, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), prolatou a

afirmação de que o mandato do parlamentar pertencente a um partido em que foi eleito,

utilizando princípios constitucionais, sendo ratificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF),

sobre a possibilidade de perda do mandado por justa causa.

A infidelidade partidária é punida com a perda do mandato eletivo, conforme cita

Cardozo (1997, p. 25):

É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I. Cancelamento de naturalização por sentença transitada em julgado; II. Incapacidade civil absoluta; III. Condenação criminal transitada em julgado; IV. Recusa de cumprir obrigação alternativa a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5°, VIII; V. Improbidade administrativa, nos termos do art. 37.

O fato é que os partidos políticos dispõem do princípio da liberdade, no qual podem

tipificar condutas para caracterizar o que é ou não infidelidade partidária e assim a aplicação

das penalidades dependerão do que consta no Estatuto de casa um (ANDRADE; FELIPE,

2008).

2.2 Soberania Nacional

O princípio da soberania nacional confere liberdade partidária possibilitando aos

partidos políticos a criação, fusão e incorporação, primordiais à organização partidária. É uma

característica do Estado moderno estando disposto no art. 17, 1, inciso 1 da Constituição

federal de 1988, não admitindo em um mesmo Estado a convivência de outra soberania

(ANDRADE; FELIPE, 2008).

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: [...] §1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas

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coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 52, de 2006) [...].

Deste modo, fica assegurado aos partidos políticos autonomia para definir sua

estrutura interna, funcionamento, forma de organização, estabelecimento de normas de

fidelidade e disciplina partidária (ROCHA, 2011).

Nas palavras de Pinto Junior (2011, p. 40):

Muito embora a soberania seja o atributo básico de um estado que estabelece a sua independência em relação aos estados estrangeiros, é possível, teoricamente, admitir uma relativização da soberania interna; assim, podemos admitir que os grupos integrantes do poder também são soberanos no sentido de evitar a centralização em excesso ou mesmo a existência de um grupo social inteiramente soberano, muito embora admita-se a presença de grupos ou setores mais organizados, o que traduz uma maior influência nas decisões do poder; contudo, deve-se preservar a interferência harmônica de outros grupos sociais tidos como mais frágeis ou minoritários.

Assim, entende-se que a soberania propicia a elegibilidade dos representantes

políticos, atribuindo ao estado o dever de respeitar a legislação, tendo em vista que o regime

político adotado no país é o representativo, destacando-se que a soberania popular deve ser

praticada de modo que o poder do povo se exercerá pelos seus representantes, fato que não

permite a nenhum partido político a inclusão de qualquer texto em seu estatuto que possa

injuriar este princípio.

2.3 Regime democrático

O princípio democrático está disposto no parágrafo único do art. 1 da CF de 1988

dispondo que “todo poder emana do povo, que exerce por meio de representantes eleitos, nos

termos desta Constituição”.

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Pressupõe este princípio a liberdade de expressão e o entendimento da detenção do

mandato eletivo no exercício de sua função legislativa, devendo ser seguida as diretrizes

partidárias do partido que representa (SCHWANKA, 2007).

Destaca-se que o regime democrático possui dois aspectos, o substancial e o formal. O

substancial identifica-se pela substância valorativa do Estado e o formal caracteriza-se pelas

ferramentas utilizadas para expressar o aspecto substancial como as eleições, por exemplo,

(WESP, 2010). Nas palavras do autor:

O regime democrático consiste na possibilidade de que todas as pessoas que vivem dentro da comunidade possam, utilizando sua razão, interpretar os fins do Estado e aplicar esta interpretação na realidade. Porém essa possibilidade de interpretação não é ilimitada, deve consistir em uma interpretação desses fins consensuais, caso contrário os participantes do regime estarão quebrando as regras do jogo (WESP, 2010, p. 16).

Assim, a estrutura interna dos partidos políticos deve respeitar o princípio democrático

de modo a atender a vontade popular de forma equitativa., estando intrinsecamente

relacionado aos outros princípios, como a soberania nacional, liberdade de organização

partidária, pluripartidarismo e respeito aos partidos políticos por meio dos direitos

fundamentais da pessoa humana.

Explica Michels (2004, p. 151) o seguinte:

Os partidos políticos, internamente, descuram dos postulados democráticos ao não seguirem sequer uma prática igualitária de procedimentos partidários. Desse modo, não respeitando a legitimidade democrática estatuída na Constituição Federal (art. 1º, parágrafo único c/c art. 14) em sua organização interna em relação aos seus filiados estar-se-ia infringindo a própria ideia de isonomia dentro do sistema partidário.

Deste modo, cabe ao partido expor aos seus filiados à legitimidade democrática,

explicando que o poder é do povo e os partidários apenas são os representantes deste poder,

prevalecendo, pois a vontade popular.

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Conclui-se assim, que o princípio do regime democrático objetiva principalmente não

permitir a concentração de poder e o autoritarismo, tendo em vista que os partidos políticos

são responsáveis pela preservação deste princípio no seu ambiente interno, sendo visibilizados

nos ideais de seus programas e de suas ações.

2.3 Liberdade partidária de organização partidária

O princípio da liberdade partidária está disposto na Constituição Federal de 1988

garantindo a não influência do Estado na criação, função, incorporação e extinção dos

partidos políticos, com exceção de criação de partidos antidemocráticos.

A CF traz contornos democráticos ao instituir o princípio da liberdade partidária para

criação de partidos, acesso direto de antena e ao fundo partidário, sistema eleitoral

proporcional e divisão federativa das atribuições (SALGADO, 2010).

Se expressa a esse respeito Clemerson Merlin Cleve (1998, p. 20):

Na atual Constituição, portanto, e ao contrário do que ocorria na Constituição anterior, possuem os partidos políticos liberdade de organização, podendo, ademais, definir as suas normas de estrutura interna e funcionamento, as quais, evidentemente, poderão variar de partido para partido. Se é certo, porém, que aos próprios partidos compete a definição da respectiva estrutura interna, não é menos certo que pode a lei, respeitada a autonomia conferida pela Constituição, fixar determinadas regras para efeito de compatibilizar a liberdade partidária com outros postulados constitucionais de observância obrigatória. Cumpre, então, deixar claro que a autonomia do partido imuniza a agremiação da interferência indevida do legislador ordinário, mas não imuniza totalmente a agremiação contra o atuar normativo do legislador, desde que compatível com os parâmetros fixados pela Constituição.

Deste modo, não pode a CF determinar a perda de mandato eletivo em casos de

infidelidade partidária, que somente pode ser proposta através de emenda constitucional,

disciplinado pelo art. 55 da CF.

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O próprio princípio democrático já pressupõe a liberdade do detentor do mandado

eletivo, desde que este siga as diretrizes partidárias dispostas no conteúdo programático do

partido que representa (SCHWANKA, 2007).

Deste modo, entende-se que o princípio da liberdade se inicia no princípio

democrático e se limita ao princípio da soberania nacional e aos direitos fundamentais da

pessoa humana, cabendo a qualquer regime representativo está vinculado obrigatoriamente a

um partido político.

2.4 Pluripartidarismo

O pluralismo político está disposto no art. 1 da CF destacando que o poder emana do

povo e é exercido por seus representantes políticos, se mostrando como um elemento

democrático.

Rabello Filho (2001, p. 76) detalha:

A fórmula da democracia pelos partidos não se compatibiliza com o funcionamento de um número grande de partidos – o multipartidarismo ‘excessivo’. É isto experiência mundial. Na verdade, idealmente esse modelo reclama o bipartidarismo. Realmente neste caso, o povo, ao votar escolhe quem vai governar e qual a orientação do governo – presumidamente o programa do partido majoritário. Sendo muitos os partidos, a linha governamental será em regra geral fruto do acordo de partidos que se compõem para constituir a coalização majoritária – a ‘maioria’ –, o que significa que o programa de governo será fixado entre eles, à margem da vontade popular.

Deste modo, o pluripartidarismo adota a representação proporcional, representando

pensamentos a partir de várias correntes de opinião diferentes, sendo utilizado para

fragmentar a oposição e beneficiar a polarização (ANDRADE; FELIPE, 2008).

O pluralismo é um direito fundamental ao conceito da dignidade humana, pois prima

pela liberdade, bem estar social, justiça em uma sociedade pluralista e sem discriminações,

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sendo os partidos políticos os principais responsáveis por fazer funcionar o contexto pluralista

tendo em vista que representa o povo.

O pluralismo político aceita, portanto, vários centros de poder, harmonizando os

interesses e descentralizando a administração, sendo totalmente contrário ao totalitarismo,

tendo como objetivo principal reduzir a capacidade centralizadora do Estado de forma que

não tomem decisões que venham a beneficiar apenas a uma classe dominante (PINTO

JUNIOR, 2011).

Para Maria Helena Diniz (2005, p. 701):

A teoria pela qual os seres componentes do mundo são múltiplos, individuais e independentes. Logo, não podem ser considerados como fenômenos de uma única realidade. Em ciência política é a teoria que propõe como modelo a sociedade composta por vários grupos ou centros do poder, mesmo que em conflito entre si, aos quais se confere a função de controlar o poder dominante, identificado com o estado.

A multiplicação de vários partidos políticos traz dificuldades para que se governe o

país, principalmente pela divisão de apoio à atuação governamental, o quer não compatibiliza

com a fórmula democrática exigida aos partidos (ANDRADE; FELIPE, 2008).

Deste modo, considera-se que o pluralismo político decorre do princípio do regime

democrático, tendo como elementos a diversidade e a liberdade, evitando que o Estado tenha

suas decisões centralizadas em excesso, embora preserve o princípio da soberania nacional.

2.5 Respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana para com os

partidos políticos

Os partidos políticos estão amparados pelos Direitos Fundamentais da pessoa humana,

disposto no caput do art. 17 da CF, fazendo com que os partidos políticos excluam dos seus

princípios programáticos orientações que caracterizam afronto ao princípio do Estado de

Direito Democrático e também que cada partido tenha uma visão adequada dos direitos

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fundamentais, veiculando-os e efetivando-os em suas próprias estruturas (ANDRADE;

FELIPE, 2008).

Neste caso, os direitos fundamentais tem representatividade na consciência do povo, na

certeza de que a dignidade da pessoa humana é um direito inviolável. Se houver violação dos

direitos fundamentais, há possibilidade de perda de mandato. Destaca-se, porém que a

Emenda Constitucional n. 25 de 1985 alterou o art. 152 da a Emenda Constitucional nº 1 de

1969, com o seguinte texto:

“Art. 152. É livre a criação de Partidos Políticos. Sua organização e funcionamento resguardarão a Soberania Nacional, o regime democrático, o pluralismo partidário e os direitos fundamentais da pessoa humana, observados os seguintes princípios: I - é assegurado ao cidadão o direito de associar-se livremente a Partido Político; II - é vedada a utilização pelos Partidos Políticos de organização paramilitar; III - é proibida a subordinação dos Partidos Políticos a entidade ou Governo estrangeiros; IV - o Partido Político adquirirá personalidade jurídica mediante registro dos seus Estatutos no Tribunal Superior Eleitoral; V - a atuação dos Partidos Políticos deverá ser permanente e de âmbito nacional, sem prejuízo das funções deliberativas dos órgãos estaduais e municipais. §1º Não terá direito a representação no Senado Federal e na Câmara dos Deputados o Partido que não obtiver o apoio, expresso em votos, de 3% (três por cento) do eleitorado, apurados em eleição geral para a Câmara dos Deputados e distribuídos em, pelo menos, 5 (cinco) Estados, com o mínimo de 2% (dois por cento) do eleitorado de cada um deles. §2º Os eleitos por Partidos que não obtiverem os percentuais exigidos pelo parágrafo anterior terão seus mandatos preservados, desde que optem, no prazo de 60 (sessenta) dias, por qualquer dos Partidos remanescentes. §3º Resguardados os princípios previstos no ‘caput’ e itens deste artigo, lei federal estabelecerá normas sobre a criação, fusão, incorporação, extinção e fiscalização financeira dos Partidos Políticos e poderá dispor sobre regras gerais para a sua organização e funcionamento” (grifo meu) (SILVA; SANTOS, 2013, p. 14).

Ressalta-se que é dado aos partidos políticos os Direito Fundamentais da pessoa

humana forçando-os a afrontar o princípio do Estado de Direito Democrático e efetivar e

vincular suas próprias estruturas (BONAVIDES, 2005).

Conclui-se que tendo como base o respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana,

os partidos políticos tem o direito de livre criação e extinção desde que tenha caráter nacional,

sendo proibido recebimento de recursos provenientes de entidades estrangeiras ou se

subordinar a estes, devendo que seu funcionamento parlamentar seja de acordo com a lei.

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3 CASOS JURISPRUDENCIAIS

3.1 Casos julgados

O caso julgado abaixo se trata de uma ação cautelar por infidelidade partidária que

tomou como base a Lei n. 9.096/95, em especial seu artigo 11.

AÇÃO CAUTELAR. INFIDELIDADE PARTIDÁRIA. RECURSO ESPECIAL ADMITIDO. PRESSUPOSTOS PARA CONCESSÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA. PLAUSIBILIDADE. LIMINAR DEFERIDA. 1. Não há plausibilidade em relação à preliminar de ilegitimidade ativa. Os partidos políticos são representados pelos Diretórios Estaduais perante o Tribunal Regional Eleitoral (Lei nº 9.096, de 1995, art. 11). Isso não impede, contudo, que o Diretório Municipal também possa propor a ação prevista na Res.-TSE nº 22.610, de 2007 quando o cargo almejado é municipal. Precedentes. 2. A legitimidade concorrente do Diretório Municipal e do Diretório Estadual para requerer o mandato municipal não implica na dobra do prazo previsto no art. 1º da Res.-TSE 22.610, de 2007.3. Presente, em tese, a plausibilidade das alegações relativas à ausência de interesse de agir.4. Na ação de perda de cargo eletivo por infidelidade partidária o interesse da agremiação é manter a sua representação popular dentro do número de cadeiras que conquistou nas urnas, de modo que seus ocupantes pertençam aos seus quadros. A inexistência de suplente capaz de suceder aquele que se afastou do partido é matéria a ser examinada no julgamento do recurso especial.5. Não existindo suplente da agremiação capaz de suceder aquele que se afastou, aparentemente não há resultado prático ou utilidade na prestação jurisdicional em favor da agremiação partidária. Plausibilidade da tese reconhecida.6. No caso em exame, manter o autor afastado do cargo significa, na prática, reduzir o número de cadeiras, não da agremiação, mas de toda a Câmara Municipal, modificando, consequentemente o valor proporcional do voto de cada Vereador nas deliberações da Casa Legislativa.7. Reconsideração da liminar anteriormente indeferida para emprestar efeito suspensivo ao recurso especial já admitido e garantir ao autor o exercício do cargo até o julgamento do apelo. (TSE - AgR-AC: 45624 RS , Relator: Min. HENRIQUE NEVES DA SILVA, Data de Julgamento: 28/06/2012, Data de Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Tomo 160, Data 21/08/2012, Página 38-39)

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Em análise ao julgado, surge a possibilidade de perda cargo eletivo por infidelidade

partidária, sendo citado o artigo 11 da Lei Orgânica dos Partidos políticos que dispõe:

Art. 11. O partido com registro no Tribunal Superior Eleitoral pode credenciar, respectivamente:I - delegados perante o Juiz Eleitoral;II - delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral;III - delegados perante o Tribunal Superior Eleitoral.Parágrafo único. Os delegados credenciados pelo órgão de direção nacional representam o partido perante quaisquer Tribunais ou Juízes Eleitorais; os credenciados pelos órgãos estaduais, somente perante o Tribunal Regional Eleitoral e os Juízes Eleitorais do respectivo Estado, do Distrito Federal ou Território Federal; e os credenciados pelo órgão municipal, perante o Juiz Eleitoral da respectiva jurisdição.

Isto, pois a ação cautelar foi proposta no Diretório Municipal, TSE - AgR-AC: 45624

RS, podendo ser credenciado tendo em vista que o cargo almejado é municipal. O relator

destacou que a perda do cargo eletivo do autor solicitado, implica na redução de cadeiras de

toda a Câmara Municipal e modificação do valor proporcional do voto de cada Vereador nas

deliberações da Casa Legislativa. Por esta razão, o Tribunal proveu a liminar garantindo ao

autor o exercício do cargo até o julgamento do apelo.

O caso abaixo julgado trata-se de um pedido de perda de mandato eletivo por

desfiliação de vereador.

MANDADO DE SEGURANÇA - ATO DO JUIZ ELEITORAL - PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS - DESFILIAÇÃO DE VEREADOR - PERDA DO MANDATO ELETIVO - NECESSIDADE DA PROPOSITURA DA AÇÃO DE INFIDELIDADE PARTIDÁRIA PERANTE O TRIBUNAL REGIONAL - ARTIGO 2º DA RESOLUÇÃO TSE 22.610/2007 - SEGURANÇA DENEGADA. Não cabe simples pedido de providências, endereçado ao Juiz Eleitoral, para que se determine a perda do mandato eletivo de vereador face ao seu desligamento da agremiação pela qual se elegeu. A competência para processar e julgar a Ação de Perda de Mandato Eletivo, no caso de vereador, é do Tribunal Regional respectivo, nos termos do artigo 2º da Resolução TSE 22.610/2007.

(TRE-MT - MS: 66181 MT, Relator: PEDRO FRANCISCO DA SILVA, Data de Julgamento: 06/12/2011, Data de Publicação: DEJE - Diário Eletrônico da Justiça Eleitoral, Tomo 1031, Data 12/12/2011, Página 2 a 5).

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Neste caso, o relator não deu como procedente a perda de mandato eletivo pelo fato de

que o vereador se desligou da agremiação que lhe elegeu, passando o caso ao Tribunal

Regional nos moldes do artigo 2 da Resolução TSE 22.610/2007.

O terceiro caso julgado trata-se de uma solicitação de mandado de segurança por

infidelidade partidária no qual foi indeferido o pedido de assistência.

MANDADO DE SEGURANÇA. AÇÃO DE INFIDELIDADE PARTIDÁRIA. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE ASSISTÊNCIA. NÃO CONHECIMENTO DE AGRAVO REGIMENTAL. LIMINAR NÃO CONCEDIDA. TERCEIRO SUPLENTE DE DEPUTADO ESTADUAL. FALTA DEINTERESSE JURÍDICO. DENEGAÇÃO DA SEGURANÇA. "Mantém-se o entendimento de que, nas hipóteses de infidelidade partidária, somente o 1º suplente do partido detém interesse jurídico, uma vez que poderá assumir o mandato do parlamentar eventualmente condenado" (CTA 1.482/DF, Rel. Min. Caputo Bastos).

(TRE-PB - AGREG: 242795 PB , Relator: NEWTON NOBEL SOBREIRA VITA, Data de Julgamento: 15/07/2010, Data de Publicação: DJE - Diário de Justiça Eletrônico, Data 26/07/2010).

Neste caso, o pedido foi indeferido e liminar negada pelo fato de que em hipóteses de

infidelidade partidária, somente o 1º suplente do partido detém interesse jurídico, podendo

assumir o mandato do parlamentar que for condenado.

Acrescenta-se o seguinte julgado que se trata do caso do parlamentar que conquistou

uma vaga na Câmara Municipal da cidade de Riachuelo, Sergipe, nas eleições de 2004, pelo

partido do PAN que mais tarde incorporou-se ao PTB, porém, no ano de 2007, o parlamentar

desfilou-se para o partido do PDT.

DESFILIAÇÃO PARTIDÁRIA. VEREADOR. PEDIDO DE DECRETAÇÃO DE PERDA DO CARGO. MIGRAÇÃO DO PAN PARA O PDT. RESOLUÇÃO TSE nº 22.610/07. PRELIMINAR DE INCONSTITUCIONALIDADE. REJEITADA. INCORPORAÇÃO ANTIGA. DESCABIMENTO DE JUSTA CAUSA. PERDA DO CARGO. DECRETAÇÃO. Para que a incorporação possa caracterizar justa causa para o desligamento partidário é necessário que este ocorra de imediato, pois assim o mandatário estará demonstrando a sua objeção, desde logo, à agremiação recém-criada. A militância por dilatado tempo na nova legenda denota aceitação de seus estatutos e normas pelo requerido e afasta a incidência do § 1º do artigo 1º da Resolução TSE nº 22.610/07. Pedido julgado procedente.

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(TRE-SE - PET: 431 SE, Relator: JOSÉ DOS ANJOS, Data de Julgamento: 22/04/2008, Data de Publicação: DJ - Diário de justiça, Data 30/04/2008, Página 12)

Nota-se que o relator José dos Anjos caracterizou o caso como infidelidade partidária,

tendo em vista que o parlamentar Aldomiro Freire de Lima rompeu vínculo partidário,

trocando de partido após um intervalo razoável de tempo, o que demonstra sua objeção à

cartilha do partido. Assim, o relator decidiu decretar perda do cargo do vereador.

3.2 Perda de mandato de detentores de mandatos parlamentares

A hipótese da perda de mandato decorrente de condenação criminal tramitada em

julgado surgiu com o Anteprojeto da Comissão de Organização dos Poderes e Sistemas do

Governo sem enfatizar se seria efetivada pelas Casas Legislativas ou por mera declaração de

suas mesas.

Consta no art. 64 sobre um Senador ou Deputado condenado o seguinte: “Art. 64.

Perderá o mandato o Deputado ou Senador: VI – que sofrer condenação criminal em sentença

definitiva e irrecorrível, ou for condenado em ação popular pelo Supremo Tribunal Federal.”

Conforme Romano (2015, p. 1): “A perda do mandado, como efeito da sentença penal

condenatória, deve ser justificada pelo juiz na sentença condenatória, exigindo-se os mesmos

requisitos necessários à aplicação do efeito da perda do cargo ou função pública”.

O caso julgado a seguir se trata de uma medida cautelar em mandado de segurança

para condenação criminal definitiva de parlamentar com a hipótese de declaração de perda do

mandato pela mesa:

MEDIDA CAUTELAR EM MANDADO DE SEGURANÇA 32.326 DISTRITO FEDERAL RELATOR: MIN. ROBERTO BARROSO IMPTE. (S): CARLOS HENRIQUE FOCESI SAMPAIO ADV.(A/S):GUSTAVO GUILHERME BEZERRA KANFFER E OUTRO(A/S) IMPDO.(A/S) :PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO MS 32.326 MANDADO DE SEGURANÇA. CONDENAÇÃO CRIMINAL DEFINITIVA DE PARLAMENTAR. RECLUSÃO EM REGIME

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Page 13: PARTIDOS

INICIAL FECHADO POR TEMPO SUPERIOR AO QUE RESTA DE MANDATO. HIPÓTESE DE DECLARAÇÃO DE PERDA DO MANDATO PELA MESA (CF, ART. 55, § 3º). 1. A Constituição prevê, como regra geral, que cabe a cada uma das Casas do Congresso Nacional, respectivamente, a decisão sobre a perda do mandato de Deputado ou Senador que sofrer condenação criminal transitada em julgado. 2. Esta regra geral, no entanto, não se aplica em caso de condenação em regime inicial fechado, que deva perdurar por tempo superior ao prazo remanescente do mandato parlamentar. Em tal situação, a perda do mandato se dá automaticamente, por força da impossibilidade jurídica e fática de seu exercício. 3. Como consequência, quando se tratar de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 4438965. MS 32326 MC / DF Deputado cujo prazo de prisão em regime fechado exceda o período que falta para a conclusão de seu mandato, a perda se dá como resultado direto e inexorável da condenação, sendo a decisão da Câmara dos Deputados vinculada e declaratória. 4. Liminar concedida para suspender a deliberação do Plenário da Câmara dos Deputados na Representação nº 20, de 21.08.2013.

O referido mandado de segurança requerendo a concessão de liminar foi submetido ao

Plenário da Casa deliberação sobre a perda ou não do mandado de um Deputado Federal

condenado criminalmente em caráter definitivo pelo Supremo Tribunal a 13 (treze) anos, 4

(quatro) meses e 10 (dez) dias de reclusão, em regime inicial fechado.

Em se tratando da perda do mandato declarada pela mesa, a legitimação ativa, defende

a violação do seu direito líquido de não participar de uma deliberação que contraria ao

procedimento previsto constitucionalmente. Deste modo fica protegido o direito líquido de

cada parlamentar de exercer o mandato popular a que lhe foi conferido nos termos da CF.

O art. 15 da Constituição Federal estabelece ser vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; incapacidade civil absoluta; condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5.º, VIII e improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º (MORAES, 1998, p. 1).

Em termos do pedido cautelar, há duas vertentes no julgamento da Ação Penal 470,

por um lado tem-se que a perda do mandato seria uma decorrência natural da condenação

criminal transitada em julgado, propondo-se que a perda do mandato se desse por mera

declaração da Mesa da casa legislativa nas seguintes situações:

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a) nos casos de condenação por crimes nos quais esteja ínsita a improbidade administrativa; b) nos casos de condenação por outros crimes aos quais seja aplicada pena privativa de liberdade superior a 4 (quatro) anos, nos termos do art. 92, I, do Código Penal, com a redação da Lei nº 9.268/96. 10.

A segunda vertente entende que em qualquer caso, a perda do mandato somente pode

se dar por decisão do Plenário da Casa legislativa, respaldada no art. 55, VI e §2º,

sustentando-se o seguinte:

a) a Constituição, deliberadamente, tratou de maneira diversa a sanção à prática de improbidade administrativa e a condenação criminal; b) é contrário à boa técnica hermenêutica interpretar os 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

À título de entendimento, conta-se o seguinte no art. 55, VI e §2º que respalda a

segunda vertente:

“Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: (…) VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. (…) § 2º - Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa”.

A esse respeito Alexandre de Moraes se manifesta ao expor:

Os parlamentares federais no exercício do mandato que forem condenados criminalmente, salvo se incidirem na hipótese do art. 55, VI e parágrafo 2º da CF não perderão automaticamente o mandato, mas não poderão disputar novas eleições enquanto durarem os efeitos da decisão condenatória. Isso ocorre pois a própria Constituição Federal estabelece que perderá o mandato o Deputado ou Senador que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado, sendo que a perda será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa (MORAES, 1998, p. 3).

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Neste exposto, entende-se que em hipóteses de condenação em ação criminal ou

popular, a perda do mandato deve ser decidida soberanamente pelo Plenário da Câmara ou do

Plenário do Senado.

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