participação das mulheres mercado trabalho - métodos econometricos
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Estudo cientifico sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho.TRANSCRIPT
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Miguel J. Alves Correia | A29475 ANO LETIVO 2015/2016 |
PARTICIPAO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO MTODOS ECONOMTRICOS
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|PARTICIPAO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO
A sabedoria resulta da observao e da experincia.
Charles Saint-Beuve
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|PARTICIPAO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO
A29475
NDICE INTRODUO ............................................................................................................................................................ 1
1 TEORIA ECONMICA E HIPTESES DE INVESTIGAO ................................................................................................. 2
1.1- PROBLEMTICA ...................................................................................................................................... 2
1.2- OBJETIVOS E HIPTESES DE INVESTIGAO .................................................................................................. 6
1.2-1. OBJETIVOS .................................................................................................................................... 6
1.2-2. HIPTESES .................................................................................................................................... 7
2. EQUAES E VARIVEIS ..................................................................................................................................... 9
2.1- ESPECIFICAES DO MODELO/EQUAES ................................................................................................... 9
2.2- AMOSTRA: VARIVEIS, FONTES DE INFORMAO, BASE DE DADOS ................................................................ 10
2.2-1. VARIVEIS .................................................................................................................................. 10
2.2-2. FONTES DE INFORMAO E BASE DE DADOS ..................................................................................... 11
3. RESULTADOS ................................................................................................................................................. 12
3.1- ESTUDO DAS VARIVEIS ......................................................................................................................... 12
3.1-1. ESTATSTICA DESCRITIVA ............................................................................................................... 12
3.1-2. CORRELAES ............................................................................................................................. 14
3.2- ESTIMAO DO MODELO ....................................................................................................................... 15
3.2-1. MODELO A ESTIMAR .................................................................................................................... 15
3.2-2. TABELA DE MODELOS ESTIMADOS .................................................................................................. 16
3.3- ANLISE DAS HIPTESES CLSSICAS E JUSTIFICAO .................................................................................... 17
3.3-1. COEFICIENTE DE DETERMINAO .................................................................................................... 17
3.3-2. TESTE F (FICHER) ......................................................................................................................... 17
3.3-3. HIPTESES A VERIFICAR ................................................................................................................ 18
3.4- INTERPRETAO DOS RESULTADOS ........................................................................................................... 19
3.4-1. INTERPRETAO .......................................................................................................................... 19
3.4-2. VALIDAO DAS HIPTESES DE INVESTIGAO .................................................................................. 21
4. CONCLUSO .................................................................................................................................................. 22
5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .......................................................................................................................... 23
6. ANEXOS ........................................................................................................................................................ 24
Tabela 1 - Sinais Esperados para os Parmetros ................................................................................................ 9
Tabela 2 - Descrio das Variveis .................................................................................................................... 10
Tabela 3 - Estatsticas Descritivas ..................................................................................................................... 13
Tabela 4 - Matriz de Correlao ........................................................................................................................ 14
Tabela 5 - Modelos Estimados .......................................................................................................................... 16
Tabela 6 - Fatores de Inflacionamento da Varincia (VIF) ............................................................................... 18
Tabela 7 - Modelos Estimados com Significncias ........................................................................................... 19
Tabela 8 - Coeficientes do Modelo Selecionado ............................................................................................... 19
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|PARTICIPAO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO
A29475 |Pgina 1
INTRODUO
O presente estudo tem como principal objetivo determinar quais os fatores que influenciam,
deterministicamente, a participao das mulheres no mercado de trabalho nos EUA. Ir-se- ento analisar
quais as alteraes, transformaes e variaes que os determinantes mais relevantes exercem na variao
da taxa de participao das mulheres no mercado de trabalho.
A importncia da realizao do presente estudo fundamenta-se essencialmente na questo nuclear, que a
participao das mulheres no mercado de trabalho, devendo ter-se em conta que esta uma posio em
que tradicionalmente o sexo masculino tem mais peso, sendo que somente no sculo passado esta situao
se veio a inverter e se demonstrou forte crescimento na cada vez maior participao das mulheres no
emprego remunerado, sendo esta uma questo de enorme relevncia social e econmica.
-nos, subjetivamente, encontrar vrias variveis e hipteses de fatores que podem influenciar a
participao das mulheres no mercado de trabalho, tais como a remunerao mdia feminina, a taxa global
de desemprego, a situao civil, entre outros, visando este estudo determinar cientificamente, atravs do
teste de hipteses, quais o fatores que realmente influenciam a participao do sexo feminino no mercado
de trabalho. Importa frisar que no so deixadas parte seja anotaes de carter cientfico, seja anotaes
de carater de pessoal, visando explicitar todo o estudo da melhor forma, com o rigor cientfico que lhe deve
estar subjacente, mas tambm com todas as anotaes necessrias para entendimento da matria e das
anlises realizadas.
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A29475 |Pgina 2
1 TEORIA ECONMICA E HIPTESES DE INVESTIGAO
1.1- PROBLEMTICA
A sociedade tem gradualmente vindo a evoluir relativamente ao tema em questo, reformulando
conceptualmente o conceito convergente de que apenas aos homens cabe a responsabilidade de
sustentao familiar, sendo no passado entregue aos homens a unicidade da responsabilidade em honrar
o seu dever e ter, em consequncia, direito ao trabalho remunerado, restringindo-se s mulheres este
direito sendo-lhe entregue a responsabilidade de cuidar da famlia, deixando-lhe implicitamente a posio
de dever ao tempo de trabalho no remunerado.
Se mencionarmos a evoluo e o progresso da sociedade como geradora do incremento da participao
feminina no mercado de trabalho, nos meios culturais e universitrios, no podemos deixar de referir a
evoluo em matria legal, restrita salvaguarda dos direitos ao trabalho, que tm sofrido constantemente
alteraes e reformulaes que visam a reintegrao da mulher no mercado de trabalho.
A nvel do normativo comunitrio, o art. 119 do Tratado de Roma e mais tarde a diretiva 75/117/CEE, de
10 de Fevereiro de 1975, j previam a necessidade de cada estado implementar o princpio da igualdade
retributiva entre trabalhadores masculinos e femininos. A diretiva 76/207/CEE, de 9 de Fevereiro,
concretizou o princpio da igualdade no tratamento entre ambos os sextos (Masculino e Feminino), no que
se refere no acesso ao emprego, formao e promoo profissional e condies de trabalho.
Recentemente, a alterao introduzida pelo Tratado de Amesterdo, veio certificar a importncia da
igualdade de oportunidade no projeto de integrao europeia e abriu novos horizontes na matria ao
emprego. Em Novembro de 1997, a realizao da Cimeira Extraordinria do Emprego em Luxemburgo, deu
lugar aprovao de uma nova estratgia europeia de emprego, identificando a necessidade de dedicar
uma maior ateno problemtica da insero da mulher no mercado de trabalho, reconhecendo-lhe em
substrato e matria a respetiva importncia econmica.
A igualdade de oportunidades e de tratamento tm sido tambm no contexto nacional um alvo de
progressos de e medidas de apelao ao seu desenvolvimento, isto principalmente com a constituio de
1976, em que se legalizou a normatividade social e os seus papis de desigualdade para homens e
mulheres, vinculadas com o estado novo, encontrando-se atualmente consagrado no n1 do art. 13 da
Constituio Portuguesa que todos os cidados tm a mesma dignidade social e so iguais perante a lei.
Em Portugal, a taxa mdia de atividade feminina situa-se atualmente na ordem dos 48%, dando
continuidade sua posio como uma das mais elevadas da Unio Europeia, apresentando esta ltima uma
taxa mdia de atividade feminina na ordem dos 46%.
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A29475 |Pgina 3
Apresentam-se de seguida alguns grficos conjuntarias, de natureza homologa e temporal, por via de se
efetuarem algumas anotaes de contextualizao e anlise face aos dados apresentados pelo universo
que a participao feminina no mercado de trabalho.
Observando-se o grfico anterior (Grfico 1) denota-se que, apesar da taxa de emprego do sexo feminino
no ser tanto distinta como no incio do sc. XXI, esta ainda uma das mais altas taxas de emprego da EU,
tendo-se situado em 48% para o perodo de 2014 face aos 46% apresentados pela mdia da EU.
Do grfico anterior (Grfico 2) e da comparao entre os perodos de 2002 e 2014 possvel analisar
subjetivamente um crescimento global para os vrios pases que compe a unio europeia, sendo de
distinguir o crescimento positivo para Portugal, tendo esta variado positivamente na ordem dos 3,1%
(2002:45,5%|2014:48,4%). Este crescimento para universo global dos pases da unio europeia
perfeitamente associvel s medidas econmicas e sociais propostas pela conjuno europeia para a no-
discriminao de gnero no mercado de trabalho.
0,010,020,030,040,050,060,070,0
Ale
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Bl
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Su
a
Grfico 1 | Taxa de Emprego por Pas e Sexo | UE28:2014 | %
Masculino Feminio
0,010,020,030,040,050,060,0
Ale
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u
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Suc
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Su
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Grfico 2 | Comparao Homologa Participao Feminina no Mercado de Trabalho| UE28:2002/2014 | %
2002 2014
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A29475 |Pgina 4
Apresentam-se de seguida anlises da evoluo temporal deste indicador (taxa de participao feminina
no mercado de trabalho) visando analisar sustentavelmente as tendncias de crescimento para o indicador
em questo, comparando-se a sria temporal e contextualizando as tendncias de crescimento
comparativamente para Portugal e para a Unio Europeia (UE28).
Da anlise do grfico anterior (Grfico 3) nos possvel concluir que, apesar das oscilaes entre os
perodos em questo, tanto Portugal como a UE28 tm apresentado crescimento mdio positivo ao longo
dos ltimos 12 anos. A UE28 apresenta uma taxa mdia de crescimento na ordem dos 0,2% e uma variao
homloga (2002/2014) na ordem dos 2,1%. Portugal apresenta uma taxa mdia de crescimento na ordem
dos 0,3% e uma variao homloga (2002/2014) na ordem dos 3,1%. Os indicadores analisados permitem
analisar perfeitamente a tendncia de crescimento apresentada pelo mercado trabalho para a cada vez
maior incluso do gnero feminino no mercado de trabalho.
O grfico anteriormente apresentado advm da anlise da taxa de emprego do sexo feminino, entre os 15
e os 64 anos, por nvel de escolaridade (ISCED 0-21;ISCED 3-42;ISCED 5-83). Apesar da inexistncia de uma
relao linear entre a taxa de participao do gnero feminino no mercado de trabalho e o nvel de
escolaridade, destaca-se e denota-se o facto das mulheres que possuem um diploma de ensino superior
1 Sem nvel de ensino ou com ensino bsico; 2 Do ensino secundrio ao ensino ps-secundrio no superior; 3 Ensino superior.
41,0
42,0
43,0
44,0
45,0
46,0
47,0
48,0
49,0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Grfico 3 | Evoluo Temporal da Participao Feminina no Mercado de Trabalho| UE:2002/2014 | %
Portugal UE28
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Grfico 4 | Tx. Emprego, 15-64 anos por nvel de escolaridade| Portugal:2002/2014 | %
Total ISCED 0-2 ISCED 3-4 ISCED 5-8
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A29475 |Pgina 5
serem as que apresentam uma maior taxa de participao direta no mercado de trabalho, apresentando
este grupo indicadores que oscilam entre 75,8% e 86,75%. Apesar de se observar globalmente uma taxa
de participao bastante mais distinta por parte deste grupo, a taxa mdia de evoluo peridica deste
indicador e a sua variao homloga, tem vindo a sustentar uma tendncia contrria para o futuro, esta
situao observvel pelo facto da taxa mdia de empregabilidade feminina com escolaridade superior
entre 2002 e 2014 para as mulheres, apresentando um crescimento negativo na ordem dos -0,7%, tendo
transferido para do seu crescimento para a empregabilidade feminina com escolaridade de nvel
secundrio e ps-secundrio no superior, que apresenta uma taxa de crescimento na ordem dos 0,2%.
D anlise do grfico anterior (Grfico 5) e da comparao homloga possvel concluir o decrscimo
explicado anteriormente, face variao mdia deste indicador entre o universo comparvel dos perodos
de 2002 e 2014.
O grfico anterior (Grfico 6) permite sustentar a concluso das mulheres com diploma superior
representar a maior parte do universo analisado, tendo claramente de se ter em conta que o universo da
anlise somente representativo do gnero feminino que se situa na faixa etria dos 15 aos 64 anos.
40,0 45,0 50,0 55,0 60,0 65,0 70,0 75,0 80,0 85,0 90,0
2014
2002
Grfico 5 | Tx. Emprego, 15-64 anos por nvel de escolaridade Var. Homologa| Portugal:2002/2014 | %
ISCED 5-8 ISCED 3-4 ISCED 0-2 Total
25,98%
33,21%
40,81%
Grfico 6 | Tx. Emprego, 15-64 anos por nvel de escolaridade Comparao Classes| Portugal:2014 | %
ISCED 0-2 ISCED 3-4 ISCED 5-8
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1.2- OBJETIVOS E HIPTESES DE INVESTIGAO
Aps o devido posicionamento e contextualizao do tema advindo da seco anterior, d-se inicio a
apresentao metodolgica do presente trabalho de estudo. Este estudo visa determinar quais os fatores
que influenciam a taxa de participao das mulheres no mercado de trabalho, apresentando-se de seguida
as hipteses, metodologias e dados necessrios realizao do estudo, com as devidas denotaes e
explicitaes.
1.2-1. OBJETIVOS
O presente estudo tem como principal objetivo analisar, quantificar e explicitar os fatores que influenciam
decisivamente a determinao da taxa de participao das mulheres no mercado de trabalho, com base
nas hipteses apresentadas anteriormente, tendo-se nelas refletido e ponderando a devida relevncia na
determinao da taxa de participao e empregabilidade do gnero feminino no mercado de trabalho.
Importa tambm anotar que a base de dados utilizada assume a natureza de cross-section.
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1.2-2. HIPTESES
H1: A taxa de participao do gnero feminino no mercado de trabalho depende da sua habilitao
acadmica.
Observou-se anteriormente que, apesar na inexistncia de uma relao linear entre a taxa de
empregabilidade feminina e o nvel de escolaridade, o grau acadmico um fator de relevncia para a
empregabilidade, no universo analisado. O facto de se possuir um grau acadmico superior garante
claramente uma maior empregabilidade do sexo feminino, sendo de extrema relevncia verificar se o nvel
de escolaridade do sexo feminino influncia a sua taxa de empregabilidade.
H2: A taxa de participao das mulheres no mercado de trabalho dependente dos salrios mdios feminino
e masculino.
O facto do nvel percentual de desemprego dos sujeitos do gnero feminino ser superior aos do sexo
masculino, pode originar uma maior procura de emprego por parte do sexo feminino, frisando que o facto
do salrio mdio deste gnero ser geralmente mais baixo pode ser um dos fatores determinantes no
sucesso da sua empregabilidade.
H3: A taxa de participao das mulheres no mercado de trabalho depende do seu estado civil.
A situao do estado civil do gnero feminino um fator de extrema importncia na anlise da taxa de
empregabilidade destas no mercado de trabalho. Este facto advm de muitas vezes de se relacionar o
casamento com o surgir de novas responsabilidades domsticas e destas serem assumidas integralmente
pelo sexo feminino, na grande maioria dos casos. O facto de esta situao ser a que se tradicionalmente se
aplica ao universo em anlise, pode resultar desta situao a dupla tarefa que se assimila entre o emprego
e o universo familiar, podendo portanto esta situao estar na origem de conflitos na interligao entre o
mundo do trabalho assalariado e o no assalariado (domstico), gerando consequentemente um fator
determinante na empregabilidade do sexo feminino, relacionando-se o facto de estarem casadas com o
seu nvel de empregabilidade.
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H4: A taxa de participao das mulheres no mercado de trabalho influenciada pela localizao geogrfica
da sua residncia e por questes raciais.
O facto de se residir numa zona urbana ou do interior, em que as condies de trabalho so por norma
mais divergentes face s zonas mais globalizadas e industrializadas das grandes cidades e do litoral pode
ter um grande impacto no fator de empregabilidade das mulheres no mercado de trabalho, tendo-se em
conta a sua disperso geogrfica. As questes raciais so tambm um fator relevante para anlise, isto
visando que, com a forte expanso migratria que se tem notado nos ltimos anos, sendo o facto de serem
de natureza caucasiana relevante para o sucesso face empregabilidade e garantir uma vantagem natural
face aos restantes sujeitos de gnero feminino no mercado de trabalho.
H5: A taxa de participao das mulheres no mercado de trabalho influenciada pela taxa geral de
desemprego.
Importa denotar o aumento da taxa de desemprego geral nos ltimos anos. Frisando-se o facto da
empregabilidade global do sexo feminino ser inferior taxa de empregabilidade do sexo masculino, de
extrema relevncia verificar o comportamento da empregabilidade do sexo feminino com as flutuaes e
variaes da taxa global de desemprego.
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2. EQUAES E VARIVEIS
2.1- ESPECIFICAES DO MODELO/EQUAES
A realizao deste trabalho de estudo e anlise assume pretender quantificar e explicar os fatores que so
decisivos para a determinao da taxa de participao das mulheres no mercado de trabalho. O modelo
utilizado para se estimar e explicar os fatores de influncia na taxa de participao das mulheres no
mercado de trabalho ser o modelo OLS4, o mtodo dos mnimos quadrados ou MQO5. Esta ltima assume-
se como uma tcnica matemtica de otimizao que visa encontrar o melhor ajustamento para um
conjunto de dados, atravs da minimizao da soma dos quadrados das diferenas entre o valor estimado
e o universo observado (termo de perturbao). A problemtica da estimao dos modelos lineares
estocsticos torna-se um problema de minimizao das distncias das observaes reais perante a linha de
regresso da amostra ou linha de estimao. Esta assume notavelmente o lugar do mtodo de estimao
mais largamente utilizado pela econometria.
Importa frisar que para garantir a convergncia estatstica necessrio que os estimadores utilizados
assumam as propriedades BLUE6, que contempla o no enviesamento, a eficincia e a convergncia
assimpttica, sendo um dos pressupostos mais importantes a independncia entre os regressores e o
termo de perturbao.
Para analisar o modelo relativo heteroscedasticidade e autocorreo (independncia dos erros), ir-se-
a dois testes, nomeadamente e respetivamente ao teste de White e o teste de Durbin-Watson.
Tabela 1 - Sinais Esperados para os Parmetros
Varivel Sinal Esperado
ln (YF) Positivo ( + )
ln (YM) Positivo ( + )
ln (EDUC) Negativo ( - )
ln (UE) Negativo ( - )
ln (MR) Negativo ( - )
ln (DR) Positivo ( + )
ln (URB) Negativo ( - )
ln (WH) Negativo ( - )
4 Ordinary Least Squares; 5 Mnimos Quadrados Ordinrios. 6 Best Linear Unviesed Estimator
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2.2- AMOSTRA: VARIVEIS, FONTES DE INFORMAO, BASE DE DADOS
2.2-1. VARIVEIS
O presente estudo assume as variveis que se demonstram como essenciais para testar as hipteses
mencionadas anteriormente.
Como varivel dependente temos a taxa de participao das mulheres no mercado de trabalho (wlfp).
Como varveis independentes temos o salrio mdio de mulheres com 15 ou mais anos nos EUA (yf), o
salrio mdio de homens com 15 ou mais anos nos EUA (ym), o percentual de mulheres de 25 ou mais anos
nos EUA com grau acadmico superior (educ), a taxa de desemprego global nos EUA (ue), o percentual de
populao feminina com 15 ou mais anos nos EUA que casada (mr), o percentual de populao feminina
com 15 ou mais anos nos EUA que divorciada (dr), o percentual de populao residente em zonas urbanas
nos EUA (urb), e o percentual de populao feminina de 16 ou mais anos nos EUA que caucasiana (wh).
Tabela 2 - Descrio das Variveis
Varivel Descrio Unidade
wlfp Taxa de participao das mulheres no mercado de trabalho, 16 anos ou mais. %
yf Salrio mdio, sexo feminino, 15 ou mais anos, EUA USD
ym Salrio mdio, sexo masculino, 15 ou mais anos, EUA USD
educ Taxa de mulheres grau acadmico superior, 25 ou mais anos, EUA %
ue Taxa de desemprego, EUA %
mr Taxa de populao feminina, casada, 15 ou mais anos, EUA %
dr Taxa de populao feminina, divorciada, 15 ou mais anos, EUA %
urb Taxa de populao residente em zonas urbanas, EUA %
wh Taxa de populao feminina, caucasiano, 16 ou mais anos, EUA %
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2.2-2. FONTES DE INFORMAO E BASE DE DADOS
A base de dados utilizada na realizao do presente trabalho contemplam os fatores que podem influenciar
a taxa de participao feminina no mercado de trabalho, tal como definido anteriormente aquando na
definio das hipteses, tendo a fonte de informao origem nos censos dos Estados Unidos da Amrica,
contemplando 50 estados.
Os pontos-chave para determinao dos fatores de influncia na taxa de participao feminina apresentam
perfeita concordncia com as hipteses que necessrio testar, o universo estudado insere-se
exclusivamente nos Estados Unidos da Amrica e contemplam os seguintes dados:
Salrio mdio de sujeitos do gnero feminino;
Salrio mdio de sujeitos do gnero masculino;
Percentual de sujeitos do gnero feminino com grau acadmico superior;
Taxa global de desemprego;
Percentual de sujeitos casados do gnero feminino;
Percentual de sujeitos divorciados do gnero feminino;
Percentual de populao residente em zonas urbanas;
Percentual de populao do gnero feminino de natureza caucasiana.
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3. RESULTADOS
3.1- ESTUDO DAS VARIVEIS
3.1-1. ESTATSTICA DESCRITIVA
O presente estudo tem, tal como enunciado anteriormente, como principal objetivo a determinao dos
fatores de influncia na taxa de empregabilidade de sujeitos de gnero feminino, como tal e conforme as
hipteses que se pretendem testar foram selecionadas as variveis que se visa serem determinantes no
nvel percentual de participao das mulheres no mercado de trabalho.
A varivel dependente compreensivamente a taxa de participao das mulheres no mercado de trabalho,
visando que o nosso estudo se baseia na determinao e anlise dos fatores que influenciam essa mesma
varivel.
Do grfico apresentado importante denotar alguns pontos que podem ser considerados relevantes para
anlise do estudo, tais como o facto de somente um estado (48) apresentar uma taxa de empregabilidade
para o sexo feminino inferior a 50%, situando-se esta acima dos 50% em todos os restantes estados, o facto
de o estado (2) ser que maior taxa de empregabilidade feminina apresenta situando-se nos 66,4%, devendo
tambm referir-se que a taxa de empregabilidade em geral bastante elevada tendo-se em conta o perodo
em anlise. Dar-se- de seguida incio a uma anlise descritiva mais aprofundada, onde se consideram
todos os fatores de anlise estatstica considerados como relevantes para anlise do presente estudo.
0
10
20
30
40
50
60
70
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49
Grfico 7 | Taxa de Participao do Gnero Feminino no Mercado de Trabalho| EUA:1990 | %
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Tabela 3 - Estatsticas Descritivas
Varivel Un N Mdia Mediana Mnimo Mximo Desvio Padro
C. V. Enviesa.o Curtose
Ex.
wlfp % 50 57,474 57,750 42,600 66,400 4,249 0,074 -0,695 1,588
yf $ 50 18416,0 18079,0 14271,0 25620,0 2703,180 0,147 0,653 -0,185
ym $ 50 27789,9 27219,5 21425,0 35622,0 3459,394 0,124 0,445 -0,229
educ % 50 76,108 77,100 64,500 86,100 5,736 0,754 -0,436 -0,725
ue % 50 6,160 6,150 3,500 9,600 1,364 0,221 0,449 0,317
mr % 50 54,233 54,200 46,880 60,920 3,134 0,058 -0,051 -0,232
dr % 50 9,509 9,350 6,420 15,060 1,579 0,166 0,831 1,483
urb % 50 68,180 68,800 32,200 92,600 14,671 0,215 -0,335 -0,529
wh % 50 65,905 69,130 24,690 77,730 9,379 0,142 -1,834 5,563
Da anlise estatstica descritiva possvel retirar as seguintes anotaes:
No perodo em referncia e de recolha dos dados, a taxa mdia de mulheres dos EUA com 25 ou
mais anos que possuem formao acadmica de nvel superior de 76,1%, tendo este indicador
registado um nvel mnimo de 64,5% e um nvel mximo de 86,1%, bem como uma mediana de
77,1% que permite observar que a mdia pouco afetada por extremos estatsticos;
A taxa mdia de mulheres casadas nos EUA com 15 ou mais anos era, no perodo em referncia,
de 54,2%, atingindo um nvel mximo 60,9% e um nvel mnimo de 46,8%, a mediana situou-se
nos 54,2% e permite-nos observar que a mdia no em nada afetada pelos extremos do universo
em anlise;
No perodo em referncia possvel observar que, em mdia, 68,1% da populao americana
residia em zonas urbanas, apresentando uma mediana de 68,8% que nos indica que a mdia
pouco afetada pelos extremos dos dados da varivel. Registou-se um nvel mnimo de 32,2% e um
nvel mximo de 92,6%, mas esta situao pode estar associada ao facto de alguns estados terem
uma superfcie urbana superior rural e noutros a rea urbana ser inferior rural, deixando em
aberto a transparncia que o mnimo e o mximo nos indicam acerca desta varivel;
No perodo em referncia, taxa mdia de participao das mulheres no mercado de trabalho era
de 57,75%, registando, tal como referido anteriormente, um mximo de 66,4% e um mnimo de
42,6%, a mediana de 57,7% permite-nos observar que a mdia em nada afetada pelos extremos
dos dados da varivel;
A taxa mdia de desemprego global era, para o perodo de referncia, cerca de 9,5%, atingindo
um nvel mximo de 15,1% e um nvel mnimo na ordem dos 6,4%.
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3.1-2. CORRELAES
Apresenta-se de seguida a matriz de correlao entre as vrias variveis relevantes para o presente
trabalho de estudo e que nos permite analisar efetivamente quais as relaes existentes entre elas.
Tabela 4 - Matriz de Correlao
wlfp yf ym educ ue mr dr urb wh Varivel
1,000 0,548 0,421 0,658 -0,589 0,071 0,056 0,271 -0,104 wlfp
1,000 0,932 0,388 -0,049 -0,434 0,152 0,618 -0,126 yf
1,000 0,394 0,041 -0,374 0,124 0,597 0,021 ym
1,000 -0,399 0,418 0,134 0,234 0,226 educ
1,000 -0,169 0,274 -0,161 -0,065 ue
1,000 0,174 -0,361 0,227 mr
1,000 0,299 -0,057 dr
1,000 -0,229 urb
1,000 wh
A matriz de correlao permite-nos iniciar a anlise estatstica do universo estudado, visando a
identificao individual das vrias variveis envolvidas no estudo, estuando as que se associam e
interrelacionam entre si. Os valores indicados na matriz variam entre 1, quando a relao positivamente
perfeita, e -1, quando a relao negativamente perfeita. Quando os valores indicados so de 0 ou
prximos de zero, positiva ou negativamente, constata-se uma relao insignificante entre as variveis.
Relativamente aos indicadores de correlao obtidos importa referir as correlaes positivas e moderadas
da varivel wlfp com as variveis yf, ym e educ e a correlao negativa e moderada com a varivel ue. A
correlao existente entre as variveis urb e yf/ym moderada e positiva, indicando um relacionamento
bastante elevado entre estas variveis. tambm de referir forte correlao entre as variveis yf e ym,
frisando que o salrio mdio dos sujeitos de gnero feminino se encontra fortemente relacionada com o
salrio mdio dos sujeitos do sexo masculino. Os restantes indicadores de correlao, alm dos
mencionados, indicam fraco nvel de relao entre as variveis, no sendo portanto essencial dar indicao
dos mesmos na presente anotao.
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3.2- ESTIMAO DO MODELO
3.2-1. MODELO A ESTIMAR
O modelo a estimar apresenta a seguinte estrutura e especificao:
= + ln + ln + + +
ln(yf) Logaritmo do salrio dos sujeitos de gnero feminino com 15 ou mais anos nos EUA;
ln(ym) Logaritmo do salrio dos sujeitos de gnero masculino com 15 ou mais anos nos EUA;
educ Percentual de sujeitos do sexo feminino de 25 ou mais anos com grau acadmico superior EUA;
eu Taxa de desemprego nos EUA;
mr Percentual de populao feminina casada com 15 ou mais anos nos EUA;
dr Taxa de populao feminina divorciada com 15 ou mais anos nos EUA;
urb Taxa de populao residente em zonas urbanas nos EUA;
wh - Taxa de populao feminina, caucasiano, com 16 ou mais anos, EUA;
Termo constante;
Coeficiente das variveis explicativas;
Termo de perturbao.
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3.2-2. TABELA DE MODELOS ESTIMADOS
Apresenta-se de seguida a tabela de indicadores-resultado dos modelos testados, tendo-se somente
efetuado testes de natureza multivariada, visto no se considerar relevantes a anlise univariada, tendo
em conta as relaes de correlao anteriormente explicitadas. Os vrios modelos estimados so
determinados pela utilizao de todos os indicadores, tendo-se retirado alguns para os restantes modelos,
permitindo testar vrios modelos e vrias formas para se elevar a fiabilidade na contraposio das
hipteses a testar determinadas para o presente estudo.
Tabela 5 - Modelos Estimados
Indicador Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4
76,2651 88,8644 100,651 94,2142
ln(yf) 20,2202 15,1182 16,1204 15,3676
ln(ym) -6,4367
educ 0,2835 0,2817 0,2551 0,2862
ue 1,5247 1,6370 1,6267 1,4254
mr 0,0465 0,0739
dr 0,3726 0,4347 0,3946
urb 0,0913 0,1001 0,0966 0,0793
wh 0,0880 0,1008 0,1000 0,1013
R-Quadrado 0,7783 0,7753 0,7743 0,7582
R-Quadrado Ajustado 0,7351 0,7378 0,7428 0,7308
F(n,k) 18,0014 20,7036 24,5946 27,6057
Valor P(F) 3,57E-11 9,81E-12 2,04E-12 1,54E-12
Log. Da Verosimilhana 105,1023 105,4475 105,5533 107,2741
Critrio de Akaike 228,2046 226,8950 225,1065 226,5483
Critrio de Schwarz 245,4128 242,1912 238,4907 238,0204
Critrio Hanna-Quinn 234,7576 232,7198 230,2033 230,9169
Valor P (Normalidade) 0,6679 0,5881 0,5126 0,1101
Valor P (Breush-Pagan) 0,4471 0,2872 0,2439 0,1604
Teste RESET - Valor P(F) 0,1730 0,1540 0,1880 0,0799
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3.3- ANLISE DAS HIPTESES CLSSICAS E JUSTIFICAO
Apresenta-se de seguida a anlise global dos vrios modelos, visando denotar e destacar os indicadores
considerados de maior relevncia para obteno de resultados e anlise das hipteses apresentadas no
presente estudo.
3.3-1. COEFICIENTE DE DETERMINAO
O coeficiente de determinao mensura o percentual de explicao das variveis dependentes sobre a
variao das variveis dependentes e designa-se por R2, este poder assumir valores entre 0 e 1.
Se o coeficiente assumir o valor 0 ou tender para este, o modelo estimado no satisfatrio, uma vez que
a explicao da variao da varivel dependente depende somente da variao residual.
Se o coeficiente assumir o valor 1 ou tender para este, o modelo estimado satisfatrio, uma vez que a
explicao da variao da varivel dependente se deve, somente, ao efeito das variveis explicativas
includas no modelo, sendo que quando assume o valor exato de 1, indica um ajustamento perfeito, com
resduos integralmente iguais a 0 em que a linha estimada da amostra coincide perfeitamente com a linha
da populao, denominando-se de relao exata e estocstica. A incluso de inmeras variveis, mesmo
que tenham pouco poder explicativo sobre a varivel dependente, aumentaro o valor de R. Isto incentiva
a incluso indiscriminada de variveis, prejudicando o princpio da parcimnia. Para combater esta
tendncia, podemos usar uma medida alternativa do coeficiente de determinao, que penaliza a incluso
de regressores pouco explicativos.
Trata-se do R ajustado e apresenta um mximo de 0,74 para os modelos 1, 2 e 3 e um mnimo de 0,73
para o modelo 4.
3.3-2. TESTE F (FICHER)
Para se proceder ao estuda da significncia conjunta das variveis do modelo recorre-se ao teste F
(Distribuio de Fischer), este permite-nos verificar qual o conjunto de variveis que constitui o modelo e
que apresenta portanto significncia perante o modelo que estamos a testar e analisar, que neste caso
os fatores que influenciam a percentagem de participao de mulheres no mercado de trabalho.
Atendendo ao valor de resultado obtido pela realizao do presente teste, e verificando que os modelos
utilizados assume uma significncia estatstica de 1%, conclui-se que todos os modelos apresentados so
estatisticamente significativos.
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3.3-3. HIPTESES A VERIFICAR
Homoscedasticidade
A Homoscedasticidade assume-se como um fenmeno tpico quando se est perante uma base de dados
do tipo cross-section. Apesar dessa situao, podemos afirmar com base no teste de Breush-Pagan que nos
modelos apresentados no existe heterocedasticidade, sendo o valor de prova superior a 10%, 5% e 1%,
verificando-se esta situao independentemente no nvel aceite de significncia.
Normalidade dos Resduos
Verifica-se um nvel de significncia de 5% nos modelos apresentados, garantindo que estes seguem uma
distribuio normal.
Multicolineariedade
num problema de regresses, onde as variveis explicativas tm relaes lineares exatas ou
aproximadamente exatas. O problema da Multicolineariedade apenas preocupante se o objetivo da
estimao for a previso.
A ausncia de Multicolineariedade implica que nenhuma das variveis explicativas esteja perfeitamente
correlacionada com qualquer outra varivel explicativa. Um dos indicadores de Multicolineariedade
quando o R bastante elevado, mas nenhum dos coeficientes da regresso estatisticamente significativo
segundo o teste t convencional. As consequncias da Multicolineariedade numa regresso so: o erro
padro elevado no caso de Multicolineariedade moderada e at mesmo a impossibilidade de qualquer
estimao se a Multicolineariedade for perfeita. Outro indicador de Multicolineariedade os valores de
VIF (Fatores de Inflacionamento da Varincia), apresentando-se de seguida os valores testados.
Tabela 6 - Fatores de Inflacionamento da Varincia (VIF)
Indicador Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4
ln(yf) 12,7470 3,1980 2,0060 1,9660
ln(ym) 11,2830
educ 3,0260 3,0240 1,6640 1,5540
ue 1,9350 1,5130 1,5010 1,2420
mr 3,2520 3,1200
dr 1,7430 1,5700 1,3370
urb 2,4830 2,1850 2,0320 1,8100
wh 1,4260 1,1660 1,1620 1,1620
Com base na anlise efetuado exclui-se o modelo 1, referindo que este apresenta claramente problemas
de colineariedade.
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3.4- INTERPRETAO DOS RESULTADOS
3.4-1. INTERPRETAO
Atravs da anlise e justificao anteriormente expressa e que vem sindo verificada ao longo deste estudo,
ponderou-se a utilizao do modelo 3, sendo que este no apresenta problemas de multicolineariedade e
apresenta um R-Quadrado superior a todos os restantes modelos, alm disto, cumpre o critrio de todas
as variveis terem significncia estatsticas e todas as variveis apresentam natureza BLUE, tal como
analisado e verificado ao longo do presente estudo.
A interpretao dos resultados apenas realizada no caso das variveis explicativas com coeficientes
significativamente no nulos, refletindo-se esta situao na seguinte tabela:
Tabela 7 - Modelos Estimados com Significncias
Indicador Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4
-76,2700* -88,8600** -100,7000** -94,2100**
ln(yf) 20,2200** 15,1200** 16,1200** 15,3700**
ln(ym) -6,4370
educ 0,2835** 0,2818** 0,2551** 0,2862**
ue -1,5250** -1,6370** -1,6270** -1,4250**
mr -0,0466 -0,0739
dr 0,3727 0,4347* 0,3947*
urb -0,0913** -0,1001** -0,0966** -0,0793**
wh -0,0880** -0,1008** -0,1000** -0,1013**
* - Indica um nvel de significncia de 10%; ** - Indica um nvel de significncia de 5%; *** - Indica um nvel de significncia de 1%.
Importa referir que o facto de um coeficiente determinante de uma varivel ser no nulo e estatisticamente
significativamente significa que a respetiva varivel influncia de forma relevante e significativamente a
varivel explicativa.
Resume-se na seguinte tabela os coeficientes a utilizar no caso do modelo 3:
Tabela 8 - Coeficientes do Modelo Selecionado
Modelo ln(yf) ln(ym) educ ue mr dr urb wh
3 100,651 16,1204 0,2551 1,6267 0,3946 0,0966 0,1000
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Da tabela anteriormente apresentada e dos coeficientes ai apresentados, resultado o seguinte modelo,
modelo 3:
= 100,651 + 16,1204 ln + 0,2551 1,6267 + 0,3946 0,0966 0,1000 +
Do modelo anteriormente inscrito podemos ento concluir, especificar, analisar e realizar as seguintes
anotaes:
Uma variao de 1,0000% no salrio dos sujeitos do sexo feminismo com 15 ou mais anos nos EUA
exerce no mesmo sentido, uma variao mdia de 16,1204% na taxa de participao de mulheres com 16
ou mais anos no mercado de trabalho dos EUA;
Uma variao de 1,0000% no nvel de educao de mulheres com 25 ou mais anos e com grau
acadmico superior nos EUA exerce no mesmo sentido, a variao mdia de 0,2551 % na taxa de
participao de mulheres com 16 ou mais anos no mercado de trabalho dos EUA;
Uma variao de 1,0000% na taxa global de desemprego nos EUA exerce, no sentido inverso, uma
variao mdia de 1,6267% na taxa de participao de mulheres com 16 ou mais anos no mercado de
trabalho dos EUA;
Uma variao de 1,0000% na taxa de populao feminina divorciada com 15 ou mais anos nos EUA
exerce uma variao positiva mdia de 0,3946% na taxa de participao de mulheres com 16 ou mais anos
no mercado de trabalho dos EUA;
Uma variao de 1,0000% na taxa de populao residente em zonas urbanas nos EUA exerce, no
sentido inverso, a variao mdia de 0,0966% na taxa de participao de mulheres com 16 ou mais anos
no mercado de trabalho dos EUA;
Uma variao de 1,0000% na taxa de populao feminina, caucasiano, com 16 ou mais anos, EUA
exerce no sentido inverso, a variao mdia de 0,1000% na taxa de participao de mulheres com 16 ou
mais anos no mercado de trabalho dos EUA;
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3.4-2. VALIDAO DAS HIPTESES DE INVESTIGAO
H1: A taxa de participao do gnero feminino no mercado de trabalho depende da sua habilitao
acadmica.
Esta hiptese vlida. A realizao do presente estudo permitiu concluir que o grau acadmico superior
um fator com relevncia na empregabilidade e consequentemente determinante na participao das
mulheres no mercado de trabalho dos EUA, tal como se verifica nas anotaes realizadas no ponto anterior.
H2: A taxa de participao das mulheres no mercado de trabalho dependente dos salrios mdios feminino
e masculino.
Esta hiptese parcialmente vlida. Comprovou-se a influncia dos fatores salariais na taxa de participao
das mulheres no mercado de trabalhos nos EUA, conclui-se no entanto que o fator salarial dos sujeitos do
sexo masculino no relevante.
H3: A taxa de participao das mulheres no mercado de trabalho depende do seu estado civil.
Esta hiptese valida. esperado que a condio civil influencie a participao das mulheres no mercado
de trabalho, tendo bastante influncia na variao, tal como inscrito anteriormente, atravs da anlise da
varivel que engloba os sujeitos da populao feminina divorciada com 15 ou mais anos nos EUA
H4: A taxa de participao das mulheres no mercado de trabalho influenciada pela localizao geogrfica
da sua residncia e por questes raciais.
Esta hiptese fracamente validada. No foi possvel comprovar que o facto de se residir numa zona
urbana tenha influncia direta ou relevantemente significativa na taxa de participao das mulheres no
mercado de trabalho dos EUA.
H5: A taxa de participao das mulheres no mercado de trabalho influenciada pela taxa geral de
desemprego.
Esta hiptese validada. Conclui-se que que taxa global de desemprego tem uma forte influncia na
participao das mulheres no mercado de trabalho dos EUA.
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4. CONCLUSO
Foram utilizados todos os mtodos necessrios estimao do melhor modelo, tendo-se testado os vrios
critrios de seleo bem como os critrios de excluso dos modelos, deste estudo e respetiva anlise
conclui-se que o valor mdio do salrio dos sujeitos do sexo feminismo com 15 ou mais anos nos EUA e a
taxa global de desemprego so os fatores mais determinantes na taxa de participao das mulheres no
mercado de trabalho, estabelecendo-se no entanto que tambm o nvel de educao, o estado civil, o facto
de residirem em zonas urbanas, bem como a sua raa, so fatores determinantes, embora com um peso
bastante reduzido.
Seria relevante proceder presente anlise com a disposio de mais variveis, e de dados mais atuais,
sendo que esta uma questo que atualmente pode ser totalmente contrria ao que foi analisado no
presente estudo, frisando que as questes sociais, tais como a que foi objeto do presente estudo, se
encontram em constante mutao.
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5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
http://epp.eurostat.ec.europa.eu
http://www.pordata.pt
Pinheiro, Maximiniano, Nascimento, Mrio; et al; Populao, Emprego e Desemprego em Sries Longas
para a Economia Portuguesa, Ps II Guerra Mundial, Notas Metodolgicas
Nota: As tabelas e os grficos apresentados no ponto 1 tiveram como base dados diretamente retirados do
site do Eurostat e Pordata, indicando-se acima o seu domnio web.
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6. ANEXOS
Figura 1 - Output GRETL - Estatsticas Descritivas - Estatisticas_Descritivas.rtf ............................................. 25
Figura 2 - Output GRETL - Coeficientes de Correlao - Matriz_de_Correlao.rtf ....................................... 26
Figura 3 - Output GRETL - OLS Modelo 1 - Modelo_1.rtf ................................................................................ 27
Figura 4 - Output GRETL - OLS Modelo 2 - Modelo_2.rtf ................................................................................ 28
Figura 5 - Output GRETL - OLS Modelo 3 - Modelo_3.rtf ................................................................................ 29
Figura 6 - Output GRETL - OLS Modelo 4 - Modelo_4.rtf ................................................................................ 30
Figura 7 - Output GRETL - Tabela Global dos Modelos - Tabela_Global_Modelos.rtf ................................... 31
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Figura 1 - Output GRETL - Estatsticas Descritivas - Estatisticas_Descritivas.rtf
Estatsticas Descritivas, usando as observaes 1 - 50 Varivel Mdia Mediana Mnimo Mximo
wlfp 57,4740 57,7500 42,6000 66,4000 yf 18416,0 18079,0 14271,0 25620,0 ym 27789,9 27219,5 21425,0 35622,0
educ 76,1080 77,1000 64,5000 86,1000 ue 6,16000 6,15000 3,50000 9,60000 mr 54,2332 54,2000 46,8800 60,9200 dr 9,50940 9,35000 6,42000 15,0600
urb 68,1800 68,8000 32,2000 92,6000 wh 65,9050 69,1300 24,6900 77,7300 l_yf 9,81081 9,80244 9,56598 10,1511 l_ym 10,2250 10,2117 9,97231 10,4807
Varivel Desvio Padro C.V. Enviesamento Curtose Ex. wlfp 4,24878 0,0739253 -0,695482 1,58764
yf 2703,18 0,146784 0,653440 -0,185426 ym 3459,39 0,124484 0,444564 -0,228542
educ 5,73595 0,0753660 -0,435516 -0,725421 ue 1,36382 0,221399 0,448943 0,316542 mr 3,13442 0,0577953 -0,0509672 -0,231799 dr 1,57863 0,166007 0,830801 1,48274
urb 14,6714 0,215187 -0,334807 -0,529312 wh 9,37887 0,142309 -1,83361 5,56323 l_yf 0,142840 0,0145594 0,371763 -0,562744 l_ym 0,123073 0,0120365 0,156096 -0,381393
Varivel Perc. 5% Perc. 95% intervalo IQ Observaes omissas
wlfp 50,7500 63,8500 4,97500 0 yf 14614,5 23609,3 3888,75 0 ym 22102,0 35546,2 4482,25 0
educ 65,5500 84,2050 7,97500 0 ue 3,86500 9,16000 1,60000 0 mr 48,5920 59,8520 4,49250 0 dr 7,28050 11,9460 2,10000 0
urb 40,7750 89,1800 24,8750 0 wh 50,8280 77,1530 11,5800 0 l_yf 9,58973 10,0692 0,214788 0 l_ym 10,0034 10,4786 0,162183 0
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Figura 2 - Output GRETL - Coeficientes de Correlao - Matriz_de_Correlao.rtf
Coeficientes de correlao, usando todas as observaes 1 - 50 5% valor crtico (bilateral) = 0,2787 para n = 50
wlfp yf ym educ ue 1,0000 0,5476 0,4208 0,6582 -0,5887 wlfp
1,0000 0,9318 0,3883 -0,0488 yf 1,0000 0,3938 0,0410 ym 1,0000 -0,3986 educ 1,0000 ue
mr dr urb wh l_yf 0,0706 0,0559 0,2705 -0,1039 0,5525 wlfp -0,4341 0,1523 0,6178 -0,1264 0,9967 yf -0,3736 0,1236 0,5971 0,0210 0,9313 ym 0,4177 0,1337 0,2340 0,2262 0,3950 educ -0,1692 0,2740 -0,1607 -0,0651 -0,0690 ue 1,0000 0,1740 -0,3612 0,2270 -0,4428 mr
1,0000 0,2987 -0,0570 0,1723 dr 1,0000 -0,2293 0,6370 urb 1,0000 -0,1166 wh 1,0000 l_yf
l_ym 0,4152 wlfp 0,9237 yf 0,9971 ym 0,4001 educ 0,0367 ue -0,3725 mr 0,1483 dr 0,6099 urb 0,0292 wh 0,9284 l_yf 1,0000 l_ym
-
|PARTICIPAO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO
A29475 |Pgina 27
Figura 3 - Output GRETL - OLS Modelo 1 - Modelo_1.rtf
Modelo 1: M-nimos Quadrados (OLS), usando as observaes 1-50 Varivel dependente: wlfp
Coeficiente Erro Padro
rcio-t valor p
const 76,2651 42,8023 1,7818 0,0822 * educ 0,283543 0,0947325 2,9931 0,0047 *** ue 1,52475 0,318576 4,7861 48,0257) = 0,313011
Teste de Breusch-Pagan para a heterocedasticidade - Hiptese nula: sem heterocedasticidade Estatstica de teste: LM = 7,644 com valor p = P(Qui-quadrado(8) > 7,644) = 0,468994
Teste RESET para especificao - Hiptese nula: a especificao adequada Estatstica de teste: F(2, 39) = 1,83534 com valor p = P(F(2, 39) > 1,83534) = 0,173074
-
|PARTICIPAO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO
A29475 |Pgina 28
Figura 4 - Output GRETL - OLS Modelo 2 - Modelo_2.rtf
Modelo 2: M-nimos Quadrados (OLS), usando as observaes 1-50 Varivel dependente: wlfp
Coeficiente Erro Padro
rcio-t valor p
const 88,8644 39,213 2,2662 0,0287 ** educ 0,281786 0,094218 2,9908 0,0046 *** ue 1,63709 0,280249 5,8415 45,2773) = 0,114431
Teste de Breusch-Pagan para a heterocedasticidade - Hiptese nula: sem heterocedasticidade Estatstica de teste: LM = 8,54141 com valor p = P(Qui-quadrado(7) > 8,54141) = 0,287278
Teste RESET para especificao - Hiptese nula: a especificao adequada Estatstica de teste: F(2, 40) = 1,96024 com valor p = P(F(2, 40) > 1,96024) = 0,15412
-
|PARTICIPAO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO
A29475 |Pgina 29
Figura 5 - Output GRETL - OLS Modelo 3 - Modelo_3.rtf
Modelo 3: M-nimos Quadrados (OLS), usando as observaes 1-50 Varivel dependente: wlfp
Coeficiente Erro Padro
rcio-t valor p
const 100,651 27,2597 3,6923 0,0006 *** educ 0,25512 0,0692145 3,6859 0,0006 *** ue 1,62671 0,276488 5,8835 7,9212) = 0,243933
Teste RESET para especificao - Hiptese nula: a especificao adequada Estatstica de teste: F(2, 41) = 1,7434 com valor p = P(F(2, 41) > 1,7434) = 0,187643
-
|PARTICIPAO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO
A29475 |Pgina 30
Figura 6 - Output GRETL - OLS Modelo 4 - Modelo_4.rtf
Modelo 4: M-nimos Quadrados (OLS), usando as observaes 1-50 Varivel dependente: wlfp
Coeficiente Erro Padro
rcio-t valor p
const 94,2142 27,6369 3,4090 0,0014 *** educ 0,286235 0,0684441 4,1820 0,0001 *** ue 1,42548 0,257287 5,5404 7,92413) = 0,160467
Teste RESET para especificao - Hiptese nula: a especificao adequada Estatstica de teste: F(2, 42) = 2,68481 com valor p = P(F(2, 42) > 2,68481) = 0,0799349
-
|PARTICIPAO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO
A29475 |Pgina 31
Figura 7 - Output GRETL - Tabela Global dos Modelos - Tabela_Global_Modelos.rtf
Estimativas Mnimos Quadrados (OLS) Varivel dependente: wlfp
(1) (2) (3) (4) const -76,27* -88,86** -100,7** -94,21**
(42,80) (39,21) (27,26) (27,64) educ 0,2835** 0,2818** 0,2551** 0,2862**
(0,09473) (0,09422) (0,06921) (0,06844) ue -1,525** -1,637** -1,627** -1,425** (0,3186) (0,2802) (0,2765) (0,2573)
mr -0,04659 -0,07391 (0,1797) (0,1751)
dr 0,3727 0,4347* 0,3947* (0,2612) (0,2467) (0,2255)
urb -0,09133** -0,1001** -0,09662** -0,07930** (0,03355) (0,03131) (0,02991) (0,02888)
wh -0,08800** -0,1008** -0,1000** -0,1013** (0,03977) (0,03578) (0,03538) (0,03619)
l_yf 20,22** 15,12** 16,12** 15,37** (7,808) (3,891) (3,052) (3,092)
l_ym -6,437 (8,525)
n 50 50 50 50 Adj. R2 0,7352 0,7379 0,7429 0,7308
lnL -105,1 -105,4 -105,6 -107,3
Erros padro em parentesis * indica significncia num nvel de 10 por cento ** indica significncia num nvel de 5 por cento