parte01 redacao - joao bolognesi2

26
Língua Portuguesa João Bolognesi Redação Oficial 1 TÉCNICO DOS TRIBUNAIS E CARREIRAS PÚBLICAS REDAÇÃO OFICIAL PROF. JOÃO BOLOGNESI 2014 AAA AAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Upload: bruno

Post on 22-Dec-2015

36 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

1

TÉCNICO DOS TRIBUNAIS E

CARREIRAS PÚBLICAS

REDAÇÃO OFICIAL

PROF. JOÃO BOLOGNESI

2014

AAAAAAAAAAAAAAAAAA

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

2

1 – REDAÇÃO OFICIAL: LINGUAGEM

Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações.

A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais.

Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.

Esses mesmos princípios (impessoalidade, clareza, uniformidade, concisão e uso de linguagem formal) aplicam-se às comunicações oficiais: elas devem sempre permitir uma única interpretação e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem.

Nesse quadro, fica claro também que as comunicações oficiais são necessariamente uniformes, pois há sempre um único comunicador (o Serviço Público) e o receptor dessas comunicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o público).

Acrescente-se, por fim, que a identificação que se buscou fazer das características específicas da forma oficial de redigir não deve ensejar o entendimento de que se proponha a criação – ou se aceite a existência – de uma forma específica de linguagem administrativa, o que coloquialmente e pejorativamente se chama burocratês. Este é antes uma distorção do que deve ser a redação oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressões e clichês do jargão burocrático e de formas arcaicas de construção de frases.

A redação oficial não é, portanto, necessariamente árida e infensa à evolução da língua. É que sua finalidade básica – comunicar com impessoalidade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular, etc.

QUESTÕES DE PROVA

1. (CESPE) A impessoalidade que deve caracterizar a redação oficial é percebida, entre outros aspectos, no tratamento que é dado ao destinatário, o qual deve ser sempre concebido como homogêneo e impessoal, seja ele um cidadão ou um órgão público.

2. (CESPE) Em ofícios e memorandos, independentemente da urgência dos assuntos tratados, mantêm-se as exigências de concisão e clareza da linguagem e de revisão cuidadosa do texto do expediente.

3. (CESPE) Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, existe um padrão oficial de linguagem que deve ser usado na redação de correspondências oficiais.

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

3

4. (CESPE) As comunicações oficiais devem ser padronizadas e, para isso, o uso do padrão oficial de linguagem é imprescindível.

5. (CESPE) Na comunicação oficial, o emprego da língua em sua modalidade formal decorre da necessidade de se informar algo o mais claramente possível, de maneira concisa e não pessoal, sendo imprescindível, seja qual for o destinatário, o emprego dos termos técnicos próprios da área de que se trata. 6. (CESPE) As correspondências oficiais devem ser uniformes dentro de um mesmo órgão, mas não é necessário que apresentem essa mesma uniformidade com relação a outros órgãos, já que esse tipo de exigência não seria viável do ponto de vista prático. 7. (CESPE) A linguagem clara e inteligível deve pautar a comunicação oficial. Desse modo, o uso de jargão técnico colabora para a clareza na comunicação.

8. (CESPE) Na redação de correspondências oficiais, deve-se levar em conta sua finalidade básica: comunicar com impessoalidade e máxima clareza.

9. (CESPE) Será violado o princípio da impessoalidade se um expediente oficial versar sobre tema alheio aos assuntos relacionados ao interesse público.

10. (CESPE) Formalidade de tratamento, clareza datilográfica, correta diagramação do texto e utilização de papéis de mesma espécie são necessárias para a uniformidade das comunicações oficiais.

11. (CESPE) O emprego do padrão culto da língua em expedientes oficiais é justificado pelo alto nível de escolaridade daqueles que os redigem e daqueles a quem se destinam.

12. (CESPE) O caráter impessoal das comunicações oficiais decorre da ausência de impressões individuais de quem comunica, da impessoalidade conferida ao destinatário da comunicação e do tratamento impessoal a ser dado aos assuntos tratados nas comunicações.

13. Os expedientes oficiais devem caracterizar-se pela impessoalidade, por constituírem modalidade de comunicação empregada exclusivamente entre órgãos do serviço público.

14. (ESAF) Considerando que textos oficiais, como relatórios, ofícios ou memorandos, devem, entre outras qualidades, caracterizar-se pelo uso do padrão culto da linguagem, assinale a expressão destacada do texto que não precisa, obrigatoriamente, ser substituída para constar de uma comunicação oficial.

a) “perde fôlego” c) “endurecer o jogo” e) “o gatilho para a nova fase” b) “quebra” d) “taxas cobradas pelos bancos”

Cada um dos itens abaixo apresenta trechos de texto que devem ser julgados quanto a sua adequação a correspondências oficiais.

15. (CESPE) Vimos informar que as inscrições para o Concurso Público de Provas e Títulos para o Cargo de Analista de Sistemas começam dia 15 de abril de 2008, das oito da manhã às 6 horas da tarde, no subsolo do edifício-sede desta companhia. Estamos querendo pontualidade na entrega dos documentos.

16. (CESPE) A seleção para o cargo de que trata este edital compreenderá o exame de habilidades e conhecimentos, mediante a aplicação de provas objetivas e de prova discursiva, todas de caráter eliminatório e classificatório.

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

4

2 – PRONOMES DE TRATAMENTO

Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelência conhece o assunto”.

Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa ... vosso...”). Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”.

Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece a secular tradição. É de uso consagrado Vossa Excelência para as seguintes autoridades:

a) do Poder Executivo:

Presidente da República; Vice-Presidente da República; Ministros de Estado; Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-Generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos.

b) do Poder Legislativo:

Deputados Federais e Senadores; Ministro do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais, Vereadores Municipais.

c) do Poder Judiciário:

Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juízes; Auditores da Justiça Militar.

O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:

Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,

Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.

As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo: Senhor Senador,

Senhor Juiz, Senhor Ministro,

Senhor Governador,

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

5

No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a seguinte forma:

A Sua Excelência o Senhor A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Senador Fulano de Tal Ministro de Estado da Justiça Senado Federal 70064-900 – Brasília. DF 70165-900 – Brasília. DF

Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD), às autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.

Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado é: Senhor Fulano de Tal. Como se depreende do exemplo acima, fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.

Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado. É costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações.

Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por força da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo:

Magnífico Reitor,

(...)

Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesiástica, são: Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo correspondente é:

Santíssimo Padre,

(...)

Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações aos Cardeais. Corresponde-lhe o vocativo:

Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou

Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal,

(...)

Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a Arcebispos e Bispos; Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima para Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos. Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos.

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

6

Observe outros usos de pronomes de tratamentos:

Destinatário Tratamento / Abreviatura

. Reitor de Universidade Vossa Magnificência (V.Maga.)

ou

Vossa Excelência (V. Exa.)

. Imperador Vossa Majestade (não se usa)

. Rei Vossa Majestade (não se usa)

. Arquiduque Vossa Alteza (não se usa)

. Duque Vossa Alteza (não se usa)

. Príncipe Vossa Alteza (não se usa)

. Papa Vossa Santidade (V.S.)

. Cardeal Vossa Eminência Reverendíssima (V.Ema. Revma.)

ou

Vossa Eminência (V.Ema.)

. Arcebispo Vossa Excelência Reverendíssima (V.Exa. Revma.)

. Bispo Vossa Excelência Reverendíssima (V.Exa. Revma.)

. Monsenhor Vossa Reverendíssima (V.Revma.)

ou

Vossa Senhoria Reverendíssima (V.Sa. Revma.)

. Cônego Vossa Reverendíssima (V.Revma.)

ou

Vossa Senhoria Reverendíssima (V.Sa. Revma.)

. Superior Religioso Vossa Reverendíssima (V.Revma.)

ou

Vossa Senhoria Reverendíssima (V.Sa. Revma.)

. Religiosos em geral Vossa Reverência (V.Reva.)

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

7

17. (FGV) Com base no Manual de Redação da Presidência da República, analise as afirmativas a seguir:

I. Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento “digníssimo”. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.

II. Em comunicações oficiais, é correto usar o vocativo “Excelentíssimo Senhor Senador”.

III. É recomendável evitar expressões como “Tenho a honra de”.

Assinale: a) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. c) se todas as afirmativas estiverem corretas. d) se nenhuma afirmativa estiver correta. e) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

18. (FGV) Com base no Manual de Redação da Presidência da República, analise as afirmativas a seguir:

I. Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD), às autoridades. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.

II. Fica dispensado o emprego do superlativo Ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.

III. Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Deve-se evitar usá-lo indiscriminadamente. Como regra geral, deve ser empregado apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado.

Assinale: a) se nenhuma afirmativa estiver correta. b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. c) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. d) se todas as afirmativas estiverem corretas. e) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

19. (CESPE) A forma de tratamento “Digníssimo” deve ser empregada caso o destinatário da comunicação oficial ocupe cargo hierarquicamente superior ao do remetente.

20. (CESPE) A forma de tratamento Magnífico destina-se a autoridades do Poder Legislativo, principalmente ao presidente da Câmara dos Deputados e ao do Senado Federal.

21. (CESPE) Em um documento encaminhado por ministro a um bispo brasileiro, deve ser empregada a forma de tratamento Vossa Excelência Reverendíssima.

22. (CESPE) Entre as autoridades tratadas por Vossa Excelência, estão o presidente da República, os ministros de Estado e os juízes.

23. (CESPE) Embaixadores, secretários de estado dos governos estaduais e auditores da justiça militar estão entre as autoridades que devem ser tratadas por Vossa Excelência.

24. (CESPE) Os adjetivos referidos aos pronomes de tratamento concordam com o gênero do interlocutor.

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

8

25. (CESPE) Em comunicações oficiais dirigidas a autoridades que devam ser tratadas por Vossa Excelência, emprega-se sempre o masculino. Assim, mesmo que o TSE seja presidido por uma mulher, estaria correto e adequado o emprego do seguinte trecho em uma correspondência a ela dirigida: Vossa Excelência será comunicado sobre a referida publicação.

26. (CESPE) Em exposição de motivos encaminhada, por exemplo, pelo ministério da saúde à presidente da República, é adequada a utilização do vocativo “Excelentíssima Senhora Presidenta da República” e do fecho “Respeitosamente”, ambos seguidos de vírgula.

27. (CESPE) Nas comunicações oficiais dirigidas ao presidente da República, o fecho adequado é a expressão Respeitosamente, qualquer que seja o remetente.

28. (CESPE) “4. Certo de contar com vossa atenção, já demonstrada em preitos anteriores, coloco-me à disposição para o que for de seu desejo.”

Está incorreto o uso do pronome possessivo de segunda pessoa do plural no quarto parágrafo: “vossa atenção”.

29. (CESPE) Excelentíssimo Senhor Ministro é o vocativo adequado a ser empregado em documento oficial dirigido a um ministro de Estado, tal como o citado no texto, e Vossa Excelência, o pronome de tratamento apropriado, devendo a forma verbal que com ele concorda estar flexionada na segunda pessoa do plural, como sinal de respeito à autoridade — Vossa Excelência conheceis bem o assunto.

30. (CESPE) Em documento destinado a governador ou a ministro de Estado, a cujos cargos correspondem o tratamento “Vossa Excelência”, deve-se tratá-los por “Senhor”.

31. (CESPE) A forma de tratamento “Vossa Senhoria” poderia ser substituída por Vossa Excelência, em virtude de referir-se a autoridade de hierarquia superior da instituição.

32. (CESPE) Em ofício dirigido a uma senadora e cujo signatário seja um diretor de um órgão público, deverão ser empregados o vocativo "Senhora Senadora," e o pronome de tratamento "Vossa Excelência", devendo estar flexionados no feminino os adjetivos que se refiram à destinatária, como se verifica no seguinte enunciado: "Vossa Excelência ficará satisfeita ao saber que foi indicada para presidir a sessão."

33. (CESPE) Suponha que o general José da Rocha seja assessor do ministro da Defesa. Com relação à forma de endereçamento que deve constar no envelope de ofício enviado ao general, assinale a opção correta.

a) Excelentíssimo Assessor José da Rocha d) Eminente Senhor

General José da Rocha

b) Ilustríssimo Senhor

General José da Rocha e) Senhor General José da Rocha

c) A sua Excelência o Senhor

General José da Rocha

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

9

3 – FECHO O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram regulados pela Portaria no 1 do Ministério da Justiça, de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los e uniformizá-los, este Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial:

a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: Respeitosamente,

b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: Atenciosamente,

Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores.

34. (CESPE) O seguinte fecho seria adequado a ofício destinado a servidor que ocupasse cargo de grau hierárquico equivalente ao ocupado pelo autor do documento, mas em órgão diverso.

Com cordiais saudações,

Fulano de Tal

35. (CESPE) O fecho “Atenciosamente” deve ser empregado para saudar autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. 36. (CESPE) No fecho de um ofício ou memorando entre autoridades de mesma hierarquia, como é o caso de diretores, recomenda-se substituir “Com os meus maiores respeitos e consideração” por “Atenciosamente”. 37. (CESPE) Considerando que funcionário de determinado ministério precise escrever ofício dirigido a funcionário que ocupa posição hierárquica superior à sua. O trecho abaixo corresponde a fecho adequado para o documento que o funcionário deve escrever.

Subscrevo-me cortês e atenciosamente

38. (CESPE) Considerando-se que Fulano de Tal represente uma assinatura, respeitam-se as normas de elaboração de documentos oficiais ao se redigir o final de um ofício entre chefes de mesma hierarquia como se segue.

Brasília, 25 de março de 2009

Respeitosamente,

Fulano de Tal

Chefe da Seção de Pessoal

39. (CESPE) Todos os expedientes oficiais devem conter, após o fecho, a assinatura e a identificação do signatário. 40. (CESPE) Além do fecho utilizado no documento, o Manual de Redação da Presidência da República estabelece o emprego de mais dois fechos: Respeitosamente, para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República; e Cordialmente, para particulares. 41. (CESPE) Recomenda-se o emprego da expressão Cordialmente como fecho para correspondências oficiais entre autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior.

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

10

4 – EXPEDIENTES

Padrão Ofício Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o fito de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos de padrão ofício. As peculiaridades de cada um serão tratadas adiante; por ora busquemos as suas semelhanças.

Partes do Documento no Padrão Ofício

O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes partes:

a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede: Exemplos: Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SG Of. 123/2002-MME

b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita: Exemplo: Brasília, 15 de março de 1991.

c) assunto: resumo do teor do documento Exemplos: Assunto: Produtividade do órgão em 2002. Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores.

d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. No caso do ofício deve ser incluído também o endereço.

e) texto: nos casos em que não for de mero encaminhamento de documentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura: – introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, na qual é apresentado o assunto que motiva a comunicação. Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”, empregue a forma direta; – desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto contiver mais de uma idéia sobre o assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à exposição; – conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente reapresentada a posição recomendada sobre o assunto.

Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos.

Já quando se tratar de mero encaminhamento de documentos a estrutura é a seguinte:

– introdução: deve iniciar com referência ao expediente que solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documento não tiver sido solicitada, deve iniciar com a informação do motivo da comunicação, que é encaminhar, indicando a seguir os dados completos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatário, e assunto de que trata), e a razão pela qual está sendo encaminhado, segundo a seguinte fórmula:

“Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 1991, encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 1990, do Departamento Geral de Administração, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal.”

– desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer algum comentário a respeito do documento que encaminha, poderá acrescentar parágrafos de desenvolvimento; em caso contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em aviso ou ofício de mero encaminhamento. f) fecho; g) assinatura do autor da comunicação e h) identificação do signatário.

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

11

Forma de diagramação

Além dos três expedientes já citados (ofício, aviso e memorando), aplica-se o constante neste item também à exposição de motivos e à mensagem. Tais documentos devem obedecer à seguinte forma de apresentação:

a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas

notas de rodapé;

b) para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;

c) é obrigatório constar a partir da segunda página o número da página;

d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos em ambas as faces do papel. Neste caso,

as margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (“margem espelho”);

e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda;

f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura;

g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;

h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor

de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha em branco;

i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo,

bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a elegância e a sobriedade do documento;

j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impressão colorida deve ser usada

apenas para gráficos e ilustrações;

l) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja,

29,7 x 21,0 cm;

m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich Text nos documentos de texto;

n) dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto preservado para consulta

posterior ou aproveitamento de trechos para casos análogos;

o) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira: tipo do

documento + número do documento + palavras-chaves do conteúdo

Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002”

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

12

OFÍCIO

1. Ofício

É o documento destinado à comunicação oficial entre órgãos da administração pública e de autoridades para particulares.

Trata-se de documento formalmente semelhante ao memorando, sendo a diferença básica o destino: enquanto o memorando é uma correspondência interna, entre unidades administrativas de um mesmo órgão, o ofício tem por fim a comunicação externa, tanto para outros órgãos da Administração Pública, como para o público ou instituições. Também é formalmente idêntico ao aviso, sendo que este é exclusivamente usado entre ministros.

No padrão ofício, o destinatário é composto do nome e do cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. No caso do ofício deve ser incluído também o endereço postal,telefone e endereço de correio eletrônico . Além disso, no ofício (e também no aviso), deve-se acrescer o vocativo. Exemplo:

A Sua Excelência o Senhor

Deputado [Nome]

Câmara dos Deputados

70.160-900 – Brasília – DF

Na comunicação externa deve ser usada a carta, em vez do ofício, quando o assunto for eminentemente particular (correspondência entre Deputado e eleitores, por exemplo).

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

13

AVISO

2. Aviso

Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares.

Vale lembrar que no aviso (bem como no ofício) é necessário o uso do vocativo, item dispensado de uso no memorando.

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

14

MEMORANDO

É a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna.

Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de projetos, idéias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor do serviço público.

Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior transparência à tomada de decisões, e permitindo que se historie o andamento da matéria tratada no memorando.

Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa, sem o vocativo. Exemplos:

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

15

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

MENSAGEM

É o expediente dirigido ao

Presidente da República ou ao Vice-

Presidente para: informá-lo de determinado

assunto; propor alguma medida; ou

submeter a sua consideração projeto de ato

normativo.

Em regra, a exposição de motivos é

dirigida ao Presidente da República por um

Ministro de Estado. Nos casos em que o

assunto tratado envolva mais de um

Ministério, a exposição de motivos deverá

ser assinada por todos os Ministros

envolvidos, sendo, por essa razão, chamada

de interministerial.

É o instrumento de comunicação oficial

entre os Chefes dos Poderes Públicos,

notadamente as mensagens enviadas pelo

Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo

para informar sobre fato da Administração

Pública; expor o plano de governo por ocasião

da abertura de sessão legislativa; submeter ao

Congresso Nacional matérias que dependem

de deliberação de suas Casas; apresentar

veto; enfim, fazer e agradecer comunicações

de tudo quanto seja de interesse dos poderes

públicos e da Nação.

O local e a data ficam ao final do texto,

à margem direita. A mensagem, como os

demais atos assinados pelo Presidente da

República, não traz identificação de seu

signatário.

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

16

CABEÇALHOS: COMPARAÇÃO

OFÍCIO

_________________________________________________________________________

AVISO

MEMORANDO

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

17

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

__________________________________________________________________________

MENSAGEM

__________________________________________________________________________

SÍNTESE

EXPEDIENTE EMISSOR DESTINATÁRIO

OFÍCIO das autoridades -------------> para a administração pública e particulares

AVISO dos Ministros -------------> para as autoridades de Estado da mesma hierarquia

MEMORANDO de uma unidade -------------> para a mesma unidade administrativa administrativa no mesmo órgão

EXPOSIÇÃO dos Ministros -------------> para o Presidente DE MOTIVOS de Estado da República

MENSAGEM dos Chefes -------------> para os Chefes do Poder do Poder

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

18

TELEGRAMA Definição e Finalidade

Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos, passa a receber o título de telegrama toda comunicação oficial expedida por meio de telegrafia, telex, etc. Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos cofres públicos e tecnologicamente superada, deve restringir-se o uso do telegrama apenas àquelas situações que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência justifique sua utilização e, também em razão de seu custo elevado, esta forma de comunicação deve pautar-se pela concisão.

Forma e Estrutura

Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet.

FAX Definição e Finalidade

O fax (forma abreviada já consagrada de fac-simile) é uma forma de comunicação que está sendo menos usada devido ao desenvolvimento da Internet. É utilizado para a transmissão de mensagens urgentes e para o envio antecipado de documentos, de cujo conhecimento há premência, quando não há condições de envio do documento por meio eletrônico. Quando necessário o original, ele segue posteriormente pela via e na forma de praxe.

Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia xerox do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos modelos, se deteriora rapidamente.

Forma e Estrutura

Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a estrutura que lhes são inerentes.

CORREIO ELETRÔNICO Definição e finalidade

O correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de comunicação para transmissão de documentos.

Forma e Estrutura

Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial.

O campo assunto do formulário de correio eletrônico mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto do remetente. Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo.

Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar da mensagem pedido de confirmação de recebimento.

Valor documental

Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, i. é, para que possa ser aceita como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

19

QUESTÕES DE PROVA

42. (CESPE) Para formatação do aviso, utiliza-se como modelo o padrão ofício.

43. (CESPE) Os avisos são expedientes oficiais emitidos por ministros de Estado para autoridades de mesma hierarquia.

44. (CESPE) Os ministros de Estado comunicam-se com autoridades de mesma hierarquia por meio do documento denominado av iso.

45. (CESPE) Na estrutura administrativa do TJDFT, o presidente do tribunal possui a prerrogativa de redigir av iso, documento do padrão ofício destinado a autoridades de mesma hierarquia.

46. (CESPE) A mensagem a ser enviada por correio eletrônico deve ser diagramada em conformidade com o padrão estabelecido para o ofício.

47. (CESPE) O aviso é empregado para o tratamento de assuntos oficiais entre os órgãos da administração pública, ao passo que o memorando é usado para a comunicação entre unidades de um mesmo órgão.

48. (CESPE) O aviso consiste em modalidade de comunicação oficial expedida por ministro de Estado para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior.

49. (FGV) A respeito do padrão ofício, analise as afirmativas a seguir:

I. Atualmente há somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial.

II. Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos.

III. Para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira: tipo do documento + número do documento + palavras-chave do conteúdo.

Assinale:

a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

c) se nenhuma afirmativa estiver correta.

d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

50. (CESGRANRIO) Estão corretas as seguintes normas de diagramação dos documentos do padrão ofício, EXCETO:

a) Deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral.

b) As citações e notas de rodapé deverão vir igualmente em fonte Times New Roman de corpo 12.

c) Para símbolos não existentes na fonte Times New Roman, poder-se-ão utilizar as fontes Symbol e Wingdings.

d) É obrigatório constar, a partir da segunda página, o número da página.

e) Os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos em ambas as faces do papel.

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

20

51. (CESGRANRIO) Segundo o “Manual de Redação da Presidência da República”, de 2002, ofício, aviso e memorando diferenciam-se mais pela finalidade do que propriamente pelo aspecto formal. O ofício tem como finalidade a(o)

a) apresentação à autoridade superior de trabalhos relativos ao serviço público.

b) solicitação do reconhecimento de um direito dirigido a uma autoridade pública.

c) transmissão de instruções, ordens ou recomendações pelos órgãos da Administração Pública.

d) registro de ocorrência de transgressão da lei por parte de autoridade pública e de particulares.

e) tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e também com particulares.

52. (FCC) A afirmativa INCORRETA, considerando-se a redação de um ofício, é:

a) O local e a data devem aparecer por extenso, com alinhamento à direita da página.

b) Devem constar o tipo e o número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede.

c) Deve haver identificação do signatário, constando nome e cargo abaixo da assinatura, exceto se for o Presidente da República.

d) O fecho deve conter as expressões Respeitosamente ou Atenciosamente, de acordo com a autoridade a que se destina o documento.

e) É facultativa a indicação do teor do documento, ou seja, o assunto, pois ele vem expresso no corpo do ofício.

53. (CESPE) Considerando as normas de redação de documentos oficiais, julgue os itens a seguir, referentes ao memorando.

I - Devem constar, nessa comunicação oficial, o número do documento e a sigla do órgão de origem.

II - O destinatário deve ser identificado pelo nome do cargo que ocupa.

III - No espaço destinado ao registro de local e data, pode-se informar somente a data.

IV - Como fecho nesse tipo de correspondência, emprega-se usualmente a expressão “Reitero votos de estima e consideração”.

Estão certos apenas os itens

a) I e III b) I e IV c) II e III d) II e IV e) I, II e III

54. (CESPE) O aviso, o memorando e o ofício são expedientes que podem apresentar uma diagramação comum, denominada padrão ofício. 55. (CESPE) O aviso, o ofício e o memorando apresentam a mesma função; o que os distingue é fundamentalmente a diagramação adotada em sua forma.

56. (CESPE) Memorando, ofício e aviso, expedientes da comunicação oficial que servem ao mesmo propósito funcional, são usados, geralmente, no padrão formal denominado "padrão ofício", em virtude de poderem adotar a mesma diagramação na distribuição das partes.

57. (CESPE) Caso uma funcionária pública deseje comunicar ao setor de pessoal do órgão em que trabalha a necessidade de se ausentar para realizar tratamento médico, ela deverá redigir um aviso.

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

21

58. (FCC) Considere as afirmativas seguintes sobre redação de documentos.

I. Correspondência oficial utilizada por autoridades, para tratar de assuntos de serviço ou de interesse da Administração.

II. Com estrutura específica, esse documento deve, de início, ser numerado em ordem sequencial, com sigla do órgão expedidor e data.

III. Na exposição do assunto, os parágrafos devem ser numerados, com exceção do primeiro e do fecho.

IV. Encerra o assunto a fórmula Atenciosamente ou Respeitosamente, seguida da assinatura e do cargo do emitente.

Trata-se de

a) parecer b) portaria c) ofício d) requerimento e) ata

59. (CESPE) No memorando, o destinatário é identificado apenas pelo cargo que ocupa — único aspecto estrutural que diferencia esse documento do ofício.

60. (CESPE) Para que correspondências oficiais enviadas por correio eletrônico sejam aceitas como documentos originais, é necessária certificação digital que ateste a identidade do remetente.

61. (CESPE) O telegrama segue um padrão rígido de formatação, é bastante utilizado na administração pública, especialmente em casos urgentes, e não pode ser substituído pelo correio eletrônico.

62. (CESPE) Telegrama e correio eletrônico têm em comum a flexibilidade em sua forma estrutural, a celeridade da transmissão de informação e o baixo custo. Esses meios diferenciam-se, principalmente, pelo fato de que o correio eletrônico prescinde de certificação digital que ateste a identidade do remetente, conforme determina a lei.

63. (CESPE) O email ou correio eletrônico é considerado uma forma de comunicação oficial.

64. (CESPE) Em citações de textos legais, as letras das alíneas devem ser destacadas entre aspas ou em itálico.

65. (CESPE) Nos documentos oficiais que seguem o padrão ofício, é permitido o uso de qualquer tipo de fonte, desde que sejam obedecidos os tamanhos 12 no corpo do texto, 11 nas citações e 10 nas notas de rodapé.

66. (CESPE) Nos expedientes oficiais, deve-se empregar fonte Times New Roman, nos tamanhos 12 no corpo do texto, 11 nas citações e 10 nas notas de rodapé.

67. (CESPE) Supondo-se que o trecho “Vossa Excelência sereis congratulada em nome de nosso partido” faça parte de uma correspondência a ser expedida para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, é correto afirmar que, nessa estrutura, estão corretamente empregadas a concordância verbal e a nominal.

68. (CESPE) O memorando é o expediente adequado para o tratamento de assuntos oficiais pela administração pública com particulares e nele devem constar o local e a data de assinatura do documento.

69. (CESPE) No ofício, quando se indica o destinatário, deve-se incluir, além do nome e do cargo, o endereço da pessoa a quem o expediente é dirigido

70. (CESPE) Em comunicações oficiais, o emprego de formas cristalizadas pelo uso, como “Cumpre-me informar que” ou “Tenho a honra de”, transmite a ideia de formalidade, cortesia e respeito.

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

22

71. (CESPE) Assinale a opção correta a respeito da função das comunicações oficiais. a) Uma das finalidades da exposição de motivos é apresentar, nos diversos setores do serviço público, projetos e ideias a serem implementados. b) Uma das principais finalidades do expediente de comunicação denominado mensagem é convocar extraordinariamente o Congresso Nacional. c) O e-mail pode ser empregado como correspondência oficial para transmissão de informações, desde que não haja documentos anexados à mensagem. d)Tanto o aviso quanto o ofício abordam assuntos oficiais entre os órgãos da administração pública e entre os órgãos da administração pública e terceiros. e) O memorando é uma forma de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação interna.

72. (FGV) Em relação ao correio eletrônico, analise as afirmativas a seguir: I. O campo "assunto" deve ser preenchido de modo a facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto do remetente. II. O correio eletrônico, pela sua flexibilidade, pode ser composto com total liberdade de forma e linguagem. III. Para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente. Assinale: a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. d) se nenhuma afirmativa estiver correta. b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

73. (CESPE) A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo, seguir preceitos como impessoalidade, formalidade, padronização, concisão e clareza. Além disso, há características específicas de cada tipo de expediente. Manual de Redação da Presidência da República. 2.ª ed., revista e atualizada, 2002, p. 12 (com adaptações).

Com relação aos diferentes tipos de expedientes oficiais, referidos no texto, assinale a opção correta.

a) Mensagens enviadas por correio eletrônico, usadas comumente nos dias atuais como comunicações oficiais, também devem seguir a estrutura prefixada para textos oficiais.

b) O ofício e o aviso têm em comum a diagramação do padrão ofício e o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da administração pública.

c) O memorando constitui a forma de comunicação entre unidades administrativas equivalentes de diferentes órgãos.

d) Uma das finalidades da exposição de motivos é submeter determinado assunto à consideração de um ministro de Estado.

e) As mensagens devem sempre conter vocativo, texto, local e data e identificação do signatário.

74. (CESPE) Acerca das características gerais dos diversos tipos de comunicação oficial, assinale a opção correta. a) A agilidade é característica fundamental do memorando e do e-mail. b) No campo “destinatário” de um aviso, deve constar o endereço da pessoa a quem é dirigida a comunicação. c) O texto de expedientes de mero encaminhamento de documentos deve conter introdução, desenvolvimento e conclusão. d) Em comunicações oficiais, não deve haver anexos. e) O ofício é um expediente emitido exclusivamente por ministros de Estado.

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

23

75. (FGV) De acordo com o Manual de Redação da Presidência da República, o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais decorre: I. da ausência de impressões individuais de quem comunica; II. da impessoalidade de quem recebe a comunicação, tanto o cidadão quanto um órgão público; III. do caráter impessoal do próprio assunto tratado. Completa(m) o enunciado corretamente a) somente os itens II e III c) somente os itens I e II e) nenhum dos itens b) somente os itens I e III d) todos os itens

76. (CESPE) O memorando, destinado a veicular notas e informações de pequena importância relativas ao andamento do trabalho de uma repartição ou departamento, é utilizado no lugar dos denominados avisos, os quais estão reservados ao registro de assuntos internos mais sérios da repartição.

77. (CESPE) O texto abaixo comporia adequadamente o envelope de uma comunicação oficial enviada a cidadão que ocupe cargo de ministro de Estado. A Sua Excelência o Senhor

João Nascimento

Ministro de Estado da Saúde

74.000-000 – Brasília. DF

78. (CESPE) Assinale a opção correta a respeito de correspondência oficial. a) O documento via fax possui formatação própria, diferindo-se das demais correspondências oficiais. b) Considerando a concordância dos pronomes de tratamento, uma comunicação dirigida ao presidente do Senado Federal deverá ser redigida da seguinte maneira: Vossa Excelência será informado da tramitação do projeto em pauta. c) Apesar de menos usuais, ilustríssimo e digníssimo são pronomes de tratamento aceitos em comunicações oficiais. d) As páginas de um ofício devem ser numeradas, inclusive a primeira, quando houver mais de uma. e) Os ofícios e memorandos não podem ser impressos em frente e verso, uma vez que é utilizado o papel timbrado.

79. (CESPE) No que se refere às normas para elaboração de correspondência oficial, assinale a opção correta. a) Aviso é o expediente adequado para a comunicação entre o gestor máximo de qualquer órgão da administração e outras autoridades de mesma hierarquia. b) O expediente adequado para que um ministro de Estado submeta um projeto de ato normativo à consideração da presidenta da República é a exposição de motivos. c) Apesar da recomendação para que se empreguem os fechos Atenciosamente e Respeitosamente, nas redações oficiais, admite-se também o uso de “Cordialmente”, “Saudações” e ”Com meus cumprimentos”, se o conteúdo do documento for solene. d) Na comunicação entre um tribunal regional eleitoral e o Tribunal Superior Eleitoral, deve-se utilizar um memorando. e) Em correspondências enviadas a deputado, juiz, embaixador e diretor-geral de agência reguladora, deve-se empregar o pronome de tratamento Vossa Excelência.

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

24

80. (CESPE) Empregar linguagem técnica nas comunicações oficiais é uma maneira de conferir formalidade a esse tipo de expediente.

81. (CESPE) O ofício e o aviso se diferenciam do memorando quanto a sua forma e finalidade.

82. (CESPE) Ainda em relação à correspondência oficial, assinale a opção correta.

a) O documento adequado para a comunicação entre setores da mesma instituição é o memorando.

b) Nos documentos do padrão ofício, o signatário deve ser identificado pelo nome, seguido do nome da instituição.

c) Em documentos endereçados a um ministro de Estado, deve-se empregar o vocativo Excelentíssimo Senhor Ministro.

d) O telegrama é a forma de comunicação mais utilizada em situações de emergência, dados seu baixo custo e a celeridade por ele proporcionada.

e) A mensagem de correio eletrônico não tem valor documental, uma vez que não há forma de confirmar a autenticidade da assinatura do seu remetente.

83. (CESPE) O emprego de linguagem simples e vocabulário acessível denota coloquialidade, razão por que deve ser evitado em correspondências oficiais.

84. (CESPE) No cabeçalho ou no rodapé do ofício, devem, necessariamente, constar as informações do remetente, tais como nome do órgão ou setor, endereço postal, telefone e endereço de correio eletrônico.

85. (CESPE) Uma característica comum ao aviso e à exposição de motivos é o fato de ambos serem remetidos por ministros de Estado.

86. (CESPE) As modalidades de comunicação denominadas ofício, aviso e memorando assemelham-se quanto à forma, visto que todas devem ser formatadas conforme o padrão ofício; quanto à finalidade, o memorando distingue-se do ofício e do aviso por destinar-se à comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão.

87. (CESPE) Entre as correspondências oficiais que devem seguir o padrão ofício incluem-se o ofício, o aviso e o memorando.

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

25

88.

89. (C ESPE) O vocativo que deve ser empregado em correspondência dirigida a um ministro de Estado é Senhor Ministro.

90. (CESPE) Nas opções a seguir, são apresentados fragmentos de correspondências oficiais. Assinale a opção cujo excerto apresenta as características necessárias de um texto oficial: clareza, concisão, impessoalidade, uniformidade e linguagem culta e apropriada a esse tipo de expediente.

a) Em sua comunicação, Sua Excelência destaca a necessidade de incremento de pessoal nesta casa, que há muito carece de funcionários que deem conta da demanda municipal, que vem crescendo ano após ano, e a população já começou a perceber o acúmulo de afazeres do órgão e passou a reclamar formalmente da falta de atendimento adequado.

b) Em resposta ao memorando n.° 15, de 11 de agosto de 2012, encaminham-se, em anexo, as atas das reuniões do Conselho Tutelar do município de Porto Velho – RO.

c) Vossa Excelência há de reconhecer como é bonito o trabalho desenvolvido na região e ficará encantado quando conhecer as pessoas que o desenvolveram.

d) As terras demarcadas para plantio estão legalmente prevista, no acordo, permitindo a cultura de mais de um produto e não precisando de autorização prévia para uso.

e) Senhor Juiz,

Segue pareceres para exame e pronunciamento de

Vossa Excelência.

Atenciosamente,

[nome do remetente]

Advogado Criminalista

89. (CESPE) O trecho de documento

apresentado a seguir poderia compor

adequadamente um aviso, modalidade

de comunicação oficial expedida

exclusivamente por ministros de Estado,

para autoridades de mesma hierarquia.

Língua Portuguesa

João Bolognesi Redação Oficial

26

GABARITO

1. Correto

2. Correto

3. Errado

4. Errado

5. Errado

6. Errado

7. Errado

8. Correto

9. Correto

10. Correto

11. Errado

12. Correto

13. Errado

14. D

15. Errado

16. Correto

17. A

18. D

19. Errado

20. Errado

21. Correto

22. Correto

23. Correto

24. Correto

25. Errado

26. Correto

27. Errado

28. Correto

29. Errado

30. Correto

31. Errado

32. Correto

33. C

34. Errado

35. Correto

36. Correto

37. Errado

38. Errado

39. Errado

40. Errado

41. Errado

42. Correto

43. Correto

44. Correto

45. Errado

46. Errado

47. Correto

48. Errado

49. E

50. B

51. E

52. E

53. E

54. Correto

55. Errado

56. Errado

57. Errado

58. C

59. Correto

60. Correto

61. Errado

62. Errado

63. Correto

64. Correto

65. Errado

66. Correto

67. Errado

68. Errado

69. Correto

70. Errado

71. E

72. C

73. B

74. A

75. D

76. Errado

77. Correto

78. B

79. B

80. Errado

81. Errado

82. A

83. Errado

84. Correto

85. Correto

86. Correto

87. Correto

88. Errado

89. Correto 90. B