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Paróquia São Francisco Xavier VIA SACRA 2013 Dedicada especialmente aos jovens da paróquia

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Page 1: Paróquia São Francisco Xavier · novos céus e nova terra? Convosco, continuo perguntando: Pai por que abandonas tantos jovens, matando e sendo mortos por bens irrisórios? ─-

Paróquia São Francisco Xavier

VIA SACRA 2013

Dedicada especialmente aos jovens da paróquia

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Primeira estação: Jesus é condenado à morte

Refrão: Ó Cristo, Senhor Jesus, ó Cristo, Senhor Jesus!

─ Sexta feira santa. Acompanhamos o santo enterro do teu corpo ─ tão jovem, tão destroçado! Caminhamos unidos a Maria, tua mãe, e a tantas mães que choram a morte dos filhos!

Vem à nossa mente tantas lembranças da tua vida e da vida deles! “Teu belo jeito sempre novo e verdadeiro” [Hino da CF-2013]. O jeito desajeitado deles. Sua fome de amor e de justiça.

Condenam-te hoje à morte, ao condenar tantos jovens. Por que, Senhor? Ajuda-nos a entender.

[Jesus] ─ Eu também perguntei ao meu Pai. Condenaram-me por ter sonhado um mundo novo, novos céus e nova terra?

Convosco, continuo perguntando: Pai por que abandonas tantos jovens, matando e sendo mortos por bens irrisórios?

─- Não quiseram eles escutar-te? Ou não soubemos nós, teus discípulos, anunciar-lhes, com nossa vida, a boa notícia de que por eles morreste? Com eles continuas morrendo, sustentando até hoje a boa notícia, que não sabemos como transmitir-lhes!

Refrão: A misericórdia do Senhor, sempre, sempre cantarei

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Segunda estação: Jesus toma nos ombros a cruz

Refrão: Ó Cristo, Senhor Jesus, ó Cristo, Senhor Jesus!

─ Não te assustou, Senhor, a figura vergonhosa da cruz, instrumento de tortura para os piores criminais?

[Jesus] ─ Espantam-me mais as cruzes de tantas meninas e de tantos rapazes seduzidos com ilusórias promessas de felicidade e depois desamparados. Adestrados ao crime desde tenra idade.

Ensinam-lhes a usar drogas e armas das quais se tornarão vítimas.

Para estar ao lado deles, quando todos os abandonam, abracei a cruz.

Para que o desalmado bando do prazer fácil e da ganância veja que meu Pai não os abandona!

─ Obrigado, Senhor, teu gesto nos transforma e nos salva.

Obrigado por nos ensinar com teu exemplo a nos gloriar na tu cruz. A fazer nossa a cruz, tremenda e assustadora, de tantos jovens imolados no altar do deus dinheiro, do deus conforto, do deus poder.

Refrão: A misericórdia do Senhor, sempre, sempre cantarei!

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Terceira estação: Jesus cai por terra.

Refrão: Ó Cristo, Senhor Jesus, ó Cristo, Senhor Jesus!

“Ele foi esmagado por causa de nossos crimes”, lembra-nos Isaías (53,5).

─ Como compreender que Tu, Senhor Jesus, o Filho do Todo-poderoso, tenhas caído por terra! Onde está o poder de Deus?

[Jesus] Cair e levantar-se faz parte da condição humana. Cai a criança, e, levantada pelos braços da mãe, vai aprendendo a caminhar na vida.

Cair e ficar sem vida na terra encharcada do nosso sangue não faz parte do projeto do meu Pai para condição humana.

Para ele a perda de uma vida querida é irreparável! Pode se perder um objeto dos nossos sonhos e adquirir outro semelhante.

Uma vida querida, não!

─ Obrigado, Senhor Jesus, caído no chão, nos ensinas a cuidar da vida de nossas crianças e de nossos jovens!

Refrão: A misericórdia do Senhor, sempre, sempre cantarei!

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Quarta estação: Jesus se encontra com sua Mãe

Refrão: Ó Cristo, Senhor Jesus, ó Cristo, Senhor Jesus!

─ De novo em pé, Senhor Jesus, carregando a cruz! Persistes na subida ao monte amaldiçoado, mesmo depois de os discípulos, assustados, desistirem!

De súbito, um olhar se cruza com teu olhar e vês nas lágrimas compassivas da Mãe a ternura do Pai que não te abandona.

Saberemos ver a ternura de Deus nas lágrimas de tantas mães olhando aflitas para seus filhos perdidos na vida e, não raro, só achados depois de mortos?

Mistério divino do amor materno: Deus sofrendo e chorando no sofrimento de todos nós!

[Jesus] Fiquei surpreendido ao ver nos olhos aflitos de Maria a ternura do olhar materno de Deus. O mistério da dor divina do Pai misericordioso que está nos céus quando nada mais pode fazer, por seus filhos e filhas que estão na terra, a não ser lamentar sua morte.

Filhos e filhas gerados com carinho pelos pais, carregados com desvelo no seio materno, ensaiando com ajuda deles os primeiros passos na vida entre sorrisos e esperanças.

Refrão: A misericórdia do Senhor, sempre, sempre cantarei!

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Quinta estação: O Cirineu ajuda Jesus a carregar

a cruz. Refrão: Ó Cristo, Senhor Jesus, ó Cristo, Senhor Jesus!

─ Foi a compaixão ou foi o temor de que não chegasses ao lugar da execução que moveu os verdugos a angariar a ajuda de Simão de Cirene para carregar tua cruz? Vimos tantas vezes o mesmo pavor em torturadores impiedosos de vítimas inocentes!

Em todo caso, o Cirineu recebeu a graça de pôr em cena tua palavra: “quem quiser ser meu discípulo tome a sua cruz e siga-me”. Seu nome honra quantos ajudam a carregar as cruzes dos pequenos

Por teu amor, Cireneus queremos ser todos nós.

[Jesus] Nesta noite de sexta feira santa que dedicais aos jovens, eu, Jesus, vos peço: olhai para as dificuldades de alguns deles para aprender a caminhar no deserto vida. É difícil ser jovem numa sociedade que desaprendeu meu testemunho: as cruzes da subida ao monte das angústias só são suportáveis quando mãos caridosas ajudam a carregá-las.

Refrão: A misericórdia do Senhor, sempre, sempre cantarei!

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Sexta estação: Verônica enxuga o rosto de Jesus

Refrão: Ó Cristo, Senhor Jesus, ó Cristo, Senhor Jesus!

─ A cena não está nos escritos evangélicos. A piedade popular retrata, na lenda, a experiência tantas vezes repetida de vislumbrar o teu rosto ao enxugar o rosto ensanguentado dos feridos, a face aflita dos moribundos, o rostinho assustado e banhado em lágrimas dos nenês indefesos.

A recompensa não demora em chegar.

A cada gesto de compaixão a imagem de teu rosto vai se imprimindo mais e mais em nossas vidas.

[Jesus] A lenda não foi escrita nos evangelhos. Recolhe minhas palavras fazendo-se carne uma e outra vez nas vidas dos meus seguidores:

“Estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estive na prisão, e fostes me ver… Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.”

Refrão: A misericórdia do Senhor, sempre, sempre cantarei!

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Sétima estação: Jesus cai de novo.

Refrão: Ó Cristo, Senhor Jesus, ó Cristo, Senhor Jesus!

─ De novo no chão! Como foi possível que não houvesse ninguém para impedi-lo? Não estavam lá por perto os líderes da religião, os arautos da lei, com os seus mandamentos escritos nas franjas de suas testas e de suas vestes?

Como é possível, Senhor, que até hoje continues caindo, perante tantos que propagam gloriosos o teu nome e o levam estampado em suas vestes e em seus carros!

[Jesus] É possível, sim: eu e tantos jovens comigo continuaremos caindo enquanto não “aprendais o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento” [Mat 9:13].

Já meu Pai o tinha predito por boca dos profetas e eu o aprendi, ainda criança, dos lábios de Maria e de José: “Rasguem o coração e não as vestes” ou ainda “o jejum que eu quero não é este: partilhar o pão com o faminto, albergar os pobres sem abrigo, cobrir o que está nu!”.

Refrão: A misericórdia do Senhor, sempre, sempre cantarei!

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Oitava estação: As mulheres de Jerusalém

lamentam o sofrimento de Jesus

Refrão: Ó Cristo, Senhor Jesus, ó Cristo,Senhor Jesus!

─ Unidos às mulheres de Jerusalém daquela primeira sexta feira santa lamentamos teu sofrimento em tantos de nossos irmãos e irmãs que choram inúmeras vidas ceifadas antes dos frutos estarem maduros.

[Jesus] “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai, antes, por vós e por vossos filhos”, disse eu, naquele dia, às mulheres que se compadeciam comigo. A vós que já chorais ─ e tanto! ─ por vós e por vossos filhos e filhas lembro mais uma vez: chorando por eles e por elas chorais por mim e por meu Pai que comigo e com eles e neles sofre.

Ou imaginais meu Pai como o juiz inflexível, pronto para condenar aos que não acertam com o caminho nas veredas incertas do mundo moderno?

A glória de meu Pai é que todos os seus filhos e filhas aprendam a viver com a ajuda do próximo! Não choreis por mim, chorai por quem não está disposto a ajudar.

Refrão: A misericórdia do Senhor, sempre, sempre cantarei!

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Nona estação: Jesus cai pela terceira vez Refrão: Ó Cristo, Senhor Jesus, ó Cristo, Senhor Jesus!

─ Por terceira vez caíste. Após as grandes guerras que ceifaram tantas vidas jovens, após o holocausto do povo judeu pensávamos que a humanidade teria aprendido a lição e nunca mais presenciaríamos coisa semelhante. E estamos vendo coisas piores. O deus prazer associado ao deus ganância envenenou nossas ruas e nossas praças. Nelas morrem mais jovens do que nos campos de batalha.

[Jesus] Caído no chão, veio-me à memória o que vos tinha dito: “Asseguro-vos que, se o grão de trigo caído na terra não morrer, ficará só; se morrer dará muito fruto”(Jo 12, 24).

Hoje talvez possa ajudar-vos o que eu aprendi com muito sofrimento:

É preciso negar-se a si mesmo para que todos vivam. Encontrar a própria alegria na alegria do irmão. Morrer para ressuscitar.

Isso vale para as pessoas, para os povos e, sobretudo, para as religiões que teimam em se firmar concorrendo umas com outras.

Refrão: A misericórdia do Senhor, sempre, sempre cantarei!

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Décima estação: Jesus é despojado de suas

vestes Refrão: Ó Cristo, Senhor Jesus, ó Cristo, Senhor Jesus!

─ “O Senhor Jesus Cristo despojou-se a si mesmo... fez-se obediente até a morte e morte de cruz,” lembra-nos o apóstolo Paulo.

Despojado de tudo te fizeram morrer.

Condenado a comparecer desnudo perante a insolência da morte! Tu, que no batismo nos revestes da tua imagem para remediar nossa nudez.

[Jesus] Eu vos revesti da minha imagem para que, despojando-vos de todo privilégio, vistais os outros. Para que aprendais a ser uma Igreja que não olha para si mesma, mas olha para os necessitados de ajuda. Uma Igreja “sacramento, sinal e instrumento, do amor de Deus a toda a humanidade”.

Tal vez o gesto lúcido e profético do papa Bento vos faça ver que é preciso despojar-se de todo sinal de ostentação e de poder para deixar transparecer a simplicidade do serviço evangélico.

“Convertei-vos ao Evangelho ─ a boa notícia!” ─ escutastes, uma e outra vez, nesta quaresma!

Refrão: A misericórdia do Senhor, sempre, sempre cantarei!

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Décima primeira estação: Jesus é pregado na

cruz Refrão: Ó Cristo, Senhor Jesus, ó Cristo, Senhor Jesus!

─ “Quando for levantado sobre a terra atrairei todos a mim”, disseste. (João 12, 32).

Difícil de acreditar! Levantado no tosco poste da cruz fincado num chão, tantas vezes empapado do sangue de transgressores justiçados, nos atrairás a ti?

Como ajudaremos os jovens decifrar a força de atração dessa estranha mensagem?

[Jesus] O evangelista João vos deixou a chave: “Deus é amor”, disse ele.

Numa terra impregnada de tanto sangue futilmente derramado, a imagem reveladora de um Deus─Amor para todos, poderia ser outra que a de um crucificado entre dois crucificados?

Somente da terra árida do monte Calvário impregnada do sangue “derramado por vós e por todos para o perdão dos pecados” pôde brotar, no deserto da vida, a surpreendente palavra: “Hoje estarás comigo no paraíso”.

Refrão: A misericórdia do Senhor, sempre, sempre cantarei!

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Décima segunda estação: Jesus morre na cruz

Refrão: Ó Cristo, Senhor Jesus, ó Cristo, Senhor Jesus!

─ “Pai, em tuas mãos entrego o meu Espírito” gritaste no último suspiro.

Três horas de agonia bastaram para silenciar três anos de incansável anúncio da “terra sem males” e extinguir “a vida que veio ao mundo para ser a luz dos homens”.

As trevas cobriram a terra. Maldade de homens!

Piedade dos céus para encobrir o espetáculo de mais um cadáver, entre tantos e tantos outros, ao olhar impiedoso dos curiosos de plantão?

Protegidos pelo véu da escuridão poderão se aproximar discípulas e discípulos fieis e ver no corpo do crucificado o que outros não viram: a vida que dá vida de todos os mortais.

Chegue rápido o silêncio da noite, abafe as orgulhosas e blasfemas palavras dos doutores da lei!

Possa se ouvir, no silêncio supremo da Palavra feita carne, a Palavra anterior a todas as palavras.

Chegue a todos os discípulos, atravessando os séculos boca a boca, a palavra da fé do soldado que te viu morrer: “Este era verdadeiramente o Filho de Deus”.

Refrão: A misericórdia do Senhor, sempre, sempre cantarei!

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Décima terceira estação: Jesus é descido da cruz

Refrão: Ó Cristo, Senhor Jesus, ó Cristo, Senhor Jesus!

─ “Lamentarão sua morte, como se chora por um filho primogênito”. (Zacarias 12,10).

Descido da cruz por mãos caridosas de amigos destemidos, volta ao regaço materno que te abrigara na aurora da vida teu corpo. Inerte e frio, como o de todos os mortos. Ensanguentado como o dos assassinados.

Não podes retribuir à mãe o olhar banhado em lágrimas que te envolve em manto de ternura!

Mudo, como todos os mortos, não podes dirigir-nos uma última palavra.

Permite-nos, elevar ao Pai uma súplica derradeira: Que a ternura de tua Mãe nos inspire caminhos para acolher nos braços a humanidade dilacerada e dolorida que Tu, obediente até a morte, vieste reparar e reunir, assumindo em teu corpo suas feridas.

Refrão: A misericórdia do Senhor, sempre, sempre cantarei!

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Décima quarta estação: Jesus é colocado no

sepulcro Refrão: Ó Cristo, Senhor Jesus, ó Cristo, Senhor Jesus!

“Para a triste mansão dos mortos descerei” (Isaías 38, 10).Do silêncio fúnebre do sepulcro chega até nos o eco das palavras do salmo que tantas vezes recitaste:

[Jesus] “Bendigo ao Senhor por me ter aconselhado. …. Com Ele à minha direita não vacilarei. Por isso meu coração se alegra, sinto uma alegria íntima, até minha carne descansa segura, pois Vós não largareis minha vida na mansão dos mortos…Vós me ensinareis o caminha da vida e me enchereis de gozo em vossa presença”. [Do Salmo 16].

─ Diante do sepulcro do vosso Filho, Senhor Deus, nós vos pedimos: fazei chegar aos nossos ouvidos a palavra reveladora que responde ao amor levado ao extremo de uma vida sempre voltada para Vós e para nossa salvação: “Tu és meu Filho, hoje te gerei”.

Jesus ressuscitou ─ nos revelais ─, não o busqueis entre os mortos. Ele vive em vós. Na comunidade que rememora e celebra, dando graças, sua caminhada terrena. Seu desmedido amor.

Refrão: A misericórdia do Senhor, sempre, sempre cantarei!

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Décima quinta estação: Jesus ressuscita e vence a Morte

Refrão: Ó Cristo, Senhor Jesus, ó Cristo, Senhor Jesus!

“Por que procurais entre os mortos aquele que está vivo”. Do evangelho de Lucas (24,5).

Continuaremos a memória do teu caminho da Cruz em vigília de oração, no recolhimento do sábado santo. O sábado mais solene, para os judeus. Esperado como se espera uma noiva. Assim teu povo aguardava o sábado.

Assim tua Igreja, na vigília pascal, espera o Domingo mais solene. Como se espera o Esposo. Para celebrar, a tua e a nossa passagem da morte para a vida. Vigília Pascal. Novo nascimento dos irmãos e irmãs que escolheste para os sacramentos da iniciação cristã, os sacramentos pascais! Memória e renovação dos sacramentos pascais de todos nós. Esperança de vida nova para toda a criação.

Escutem nossos ouvidos o brado divino brotando da cruz do vosso Filho ─ a boa notícia para todos os mortais: “Não busqueis nos sepulcros os irmãos e irmãs que morreram. Vivem com meu Filho na comunidade dos eleitos. Em comunhão convosco!”

Refrão: A misericórdia do Senhor, sempre, sempre cantarei!